emascarados
TRANSCRIPT
"Do mesmo modo que os atores põem uma máscara, para que a vergonha não se reflita nos seus rostos, assim entro eu no teatro do
mundo - emascarado."
Enéas Martim Canhadas
Não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo (...)
Quando quis tirar a máscara estava pegada à cara"Fernando Pessoa
Não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo (...)
Quando quis tirar a máscara estava pegada à cara"Fernando Pessoa
As máscaras que usamos são as maneiras como a nossa personalidade se apresenta ao meio onde convive e para o mundo
no qual existe e se relaciona.
As máscaras que usamos são as maneiras como a nossa personalidade se apresenta ao meio onde convive e para o mundo
no qual existe e se relaciona.
As máscaras que usamos são
intermediárias entre a nossa essência - Anima - (Alma na conceituação
de Jung) e a nossa exterioridade, Persona
pela qual nos apresentamos.
A pessoa altruísta, a auto suficiente, a pessoa
carinhosa, a que está sempre desconfiada, a egoísta, a briguenta, a
honesta, a pessoa carente ou parasita, a que se faz pai ou mãe de todos, a mentirosa, narcisista, a
otimista ou pessimista, a pessoa colaboradora ou
individualista, a pusilânime fraca de ânimo e sem firmeza, a religiosa, a sofredora, a solitária, a sonhadora, são alguns exemplos de máscaras
que usamos.
Não se trata, portanto, de negativo ou
positivo, de bom ou mau. São maneiras de
ser que compõem a personalidade de
alguém e fazem parte da alma, isto é, da
essência da pessoa. Afinal de contas,
somos obrigados a usar máscaras ou devemos tirá-las?
Não se trata de desvencilhar-nos das máscaras, como tiramos uma roupa que não vamos mais usar.
Não se trata de desvencilhar-nos das máscaras, como tiramos uma roupa que não vamos mais usar.
A questão é que, precisamos das máscaras todos os dias. É assim que garantimos o desempenho dos vários papéis nas nossas vidas
ao nos relacionarmos.
Máscaras são atitudes adequadas para as várias
circunstâncias que se apresentam na vida. O que importa é a consciência de
que elas representam faces da personalidade
que vêm da nossa Alma, como partes do todo que
somos.
Não se trata de eliminar as máscaras mas de aprender a conviver com elas, até que um dia não tenhamos mais necessidade
disso.
Dessa convivência, decorrem o nosso desenvolvimento
intelectual, psíquico-emocional, moral e espiritual traduzindo a nossa atuação de ser-no-mundo, o que
nos dá uma identidade.
Este caráter mediador das máscaras,
constituem-se em bastões em que nos
apoiamos para dar conta do nosso modo de ser.
Máscaras são alavancas quando podemos mostrar um pouco mais da nossa
essência interior em atitudes e são margens dando-nos a noção dos
nossos limites e competências.Este “caminhar mascarado” nos
conduzem na trajetória rumo à plenitude
espiritual.
Somos completos e caminhamos para viver em
plenitude. O que aprendemos não ocupa espaço e nem precisa
produzir tentáculos. Assim desenvolvemo-nos como um todo. O problema não é de crescimento físico, mas sim
de ampliação da consciência, e consciência
não ocupa um espaço geograficamente delimitado.
Identificar-se com a Anima (Alma para Jung), significa ser uma pessoa voltada inteiramente para
dentro de si mesma, tornando-se egoísta, individualista ou auto centrada, o que não
permite uma relação com o mundo e com as
pessoas, porque ela está em contato apenas
consigo mesma.
“Menina, vou te ensinar como é que se namora: põe a alma no sorriso e o sorriso põe pra fora”. Antonio Nóbrega e Wilson Freire
A evolução no Plano Espiritual, não dispensa a prática que tem lugar no
campo do exercício terreno, condição diferenciada de residência transitória na matéria, para consolidar
mudanças e aprendizados.
Somos muito vulneráveis às mudanças quando ainda não tenham adquirido consistência na vivência prática, no exercício das relações
com os outros.
Somos muito vulneráveis às mudanças quando ainda não tenham adquirido consistência na vivência prática, no exercício das relações
com os outros.
As sucessivas encarnações não significam simples capricho da resolução criadora de Deus que se concretiza pela evolução. É condição normal e prática uma vez que “a alma compreende a lei de Deus, segundo o grau de perfeição a que tenha chegado e conserva a sua lembrança intuitiva após a união com o corpo (...). É, como poderíamos dizer, a práxis do
Espírito.
Formatação: Miriam Catão
Texto:Enéas Martim Canhadas e (Indicados)
Música: Bizet-Seguidilla
Imagens: Internet
(Artigo completo:www.espirito.org.br/portal/artigos/eneas-canhadas/as-muitas-mascaras-que-usamos)