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O JORNAL DE ECONOMIA DO BRASIL DESDE 1920 TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009 | EDIÇÃO NACIONAL gzm.com.br ANO LXXXVIII | Nº 23.985 | R$ 3,00 MEDIDAS DO GOVERNO Montadoras Novembro Dezembro R$ 3 bilhões Construtoras R$ 3 bilhões Redução de IPI, IOF e IRPF R$ 8,4 bilhões Agricultura R$ 18 bilhões TERMOS DO ACORDO O que o empregado ganha Direito a cinco meses para efeito de rias, 13º salário e FGTS (não inclui aposentadoria) Recebe ajuda compensaria no valor do rendimento líquido atual paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e pela empresa Fonte: Sindicato dos Metalúgicos da Grande Curitiba RISCO SOBERANO Agências de classificação estão atentas aos efeitos da crise no País, diz Rafael Guedes B1 BOVESPA Valorização de 3,17% é a quinta consecutiva B3 FUSÕES E AQUISIÇÕES Brasil dobra participação em transações globais B1 DANIEL TEIXEIRA/GAZETA MERCANTIL Venda de carros recua 35% nos EUA e 22% no Japão REUTERS, AFP E BLOOMBERG NEWS TÓQUIO, PARIS E SOUTHFIELD, MICHIGAN (EUA) A Toyota e a Honda informaram que suas vendas nos Estados Unidos despen- caram mais de 35% em dezembro. A Ford, segunda maior montadora dos EUA, computou queda de 32% nas ven- das. Os números são os piores em 16 anos. “Se a confiança do consumidor não voltar logo, vai ser difícil para as mon- tadoras”, disse John Wolkonowicz, ana- lista da IHS Global Insight. No mercado japonês as vendas de veí- culos, excluindo os de 660 cilindradas, caí- ram 22% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2007, batendo no pior pa- tamar já registrado para o período. O re- sultado fecha um 2008 fraco, em que a de- manda caiu ao nível mais baixo em 34 anos. “Nós nunca imaginamos que as ven- das cairiam tanto assim”, disse o diretor da Jada (associação que reúne revendas do Ja- pão), Takeshi Fushimi. “Essa é uma situa- ção desanimadora. Na França, as vendas caíram 15,8% em dezembro. C4 Renault troca cinco meses de salário por garantia de emprego CRESCIMENTO O Grupo Pão de Açúcar passou 2008 se preparando para um crescimento agressivo em 2009. Quer abrir 100 lojas e está avaliando 15 empresas para possíveis aquisições, diz o presidente, Cláudio Galeazzi. C2 WAGNER OLIVEIRA, CAIO CIGANA, DURVAL GUIMARÃES E JULIO OTTOBONI SÃO PAULO, PORTO ALEGRE, BELO HORIZONTE E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) Num acordo inédito na indústria auto- mobilística, a Renault vai deixar mil me- talúrgicos em casa por cinco meses para evitar demissões enquanto espera uma reação das vendas. Neste período, os traba- lhadores receberão ajuda compensatória no valor líquido do salário com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) complementados pela empresa, mas sem caráter salarial. Previsto na Consolida- ção das Leis Trabalhistas (CLT), o acordo dá direito ao cômputo dos cinco meses pa- ra efeitos de férias, 13 o - salário e FGTS, além de curso de qualificação profissional. O acordo foi aceito em assembléia on- tem por 3 mil metalúrgicos após volta das férias coletivas. Também voltaram empre- gados da Volkswagen, Fiat, Ford e General Motors. Mesmo com estoques mais baixos, a GM já agendou novas paralisações em Gravataí (RS) e São José dos Campos (SP). No Sul, a empresa trabalhou apenas seis dias úteis nos últimos dois meses. C4 Russa Gazprom despenca no ranking das maiores THE NEW YORK TIMES MOSCOU Há um ano, a Gazprom, estatal russa do setor de gás natural, aspirava ser a maior corporação do mundo. Impulsio- nada pela alta na cotação do petróleo e pelo apoio político de Kremlin, a com- panhia já havia alcançado o terceiro lu- gar em capitalização de mercado, atrás da ExxonMobil e da General Electric. Hoje, a Gazprom está afundada em dí- vidas, negocia ajuda financeira com o go- verno russo e já caiu para o 35 o - lugar no ranking das maiores empresas do globo. Sua capitalização de mercado, acumula perdas de 76% desde o início de 2007. Apesar dos nú- meros negativos, Alexander Medve- dev, vice-presidente da empresa, defen- de o desempenho da Gazprom e atri- bui a queda abrup- ta no preço das ações à listagem na bolsa russa, que é volátil e não conta com investidores que aplicam em empresas a longo prazo. Med- vedev diz que o preço das ações “não re- flete o valor da empresa” e culpou a crise financeira pelos males da empresa. C1 ALEXANDER MEDVEDEV PLANO PESSOAL João Guimarães Rosa, um dos maiores escritores brasileiros, já foi tema de inúmeros ensaios e te- ses acadêmicas. Mas muito pouco se conhece de sua face amante da boa mesa. Para Rosa, os pratos mi- neiros — como a carne-seca desfia- da — eram alta gastronomia. D6 LUIZ HENRIQUE MENDES EXPORTAÇÃO DE MILHO DISPARA As exportações de milho cresceram 76% em dezembro sobre novembro. Compras do grão pela Malásia mudaram o cenário do merca- do. E o preço baixo contribuiu para a reto- mada. das vendas externas. B9 PRIMEIRO PLANO UNIÃO DEIXA DE REPASSAR R$ 2,8 BI A União deixará de repassar aos estados e municípios R$ 2,8 bilhões este ano em razão das medidas de redução de impostos (IOF, IR e IPI), adotadas recentemente pelo governo para atenuar os efeitos da crise no País. A6 COM RONALDO, MAS SEM PATROCÍNIO O Corinthians completa nesta sexta-feira um mês da contratação de Ronaldo, mas ainda está sem patrocínio. O clube espera anunciar até o fim da semana a marca que estampará seu uniforme. C6 Guimarães Rosa, gênio das letras e gourmand das Gerais OPINIÃO LUIZ GUILHERME PIVA Na economia, além de espectadores, somos também personagens, pontinhos no mapa da economia mercadejada todos os dias. A3 COSTÁBILE NICOLETTA Não é preciso formar-se em Harvard para aplicar conhecimentos apenas para tirar pedidos de mer- cadorias quando todos querem comprá-las. A3 LETRAS DE CÂMBIO A reforma ortográfica opõe editoras, que te- rão de desfazer-se do estoque antigo, e a in- dústria gráfica, que desfrutará de aumento da demanda. INVESTNEWS.COM.BR FABIANA BATISTA SÃO PAULO As multinacionais Louis Dreyfus Com- modities, Noble Group e a suíça Glencore retiraram suas propostas de compra do controle da franco-brasileira Agrenco. Mais dependentes de capital estrangeiro, as em- presas entregaram agora proposta de ar- rendamento das duas unidades de proces- samento de soja. De acordo com o analista de relação com investidores da Agrenco, Ricardo Rastelli, a mudança de planos tam- bém é explicada pelo desinteresse das em- presas de arcar com o compromisso de criar condições para pagar credores, impos- to pelo processo de recuperação judicial. A estimativa é de que a dívida da Agren- co se situe hoje entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão, três vezes maior do que o ativo, de aproximadamente R$ 400 milhões. B10 Valor de 45 empresas brasileiras cai 87,1% SILVIA ROSA SÃO PAULO No ano de 2008, muitas empresas de capital aberto foram castigadas pela crise internacional e viram o seu valor de mer- cado derreter com a fuga de capital de in- vestidores estrangeiros. Das 122 empre- sas da América Latina e dos Estados Uni- dos que apresentaram queda de valor de mercado superior a 80%, analisadas pela consultoria Economatica, 45 são brasilei- ras. O valor de mercado das companhias brasileiras somava, no final de 2007, US$ 59,7 bilhões, ante US$ 7,7 bilhões no fi- nal de 2008, queda de 87,1% . A primeira empresa latina entre as mais castigadas é a Agrenco, listada na BM&F Bovespa, que no ano de 2008 per- deu 98,3% do seu valor de mercado, de- pois de seus controladores serem acusa- dos de fraude e desvio de dinheiro. No final de 2007, o valor de mercado da em- presa era de US$ 836,7 milhões, caindo para US$ 14,5 milhões no final de 2008. O estudo aponta ainda que, das 29 empresas que perderam mais de 90% do seu valor de mercado no ano de 2008, nove são brasileiras, entre elas a Laep, controladora da Parmalat no Brasil (- 95,8%), MMX Mineração (-95,5%), Abyara (-94,7%), Inpar (-93,5%), Ecodie- sel (-93,4%), General Shopping (-90,0%) e BR Brokers (-90,0%). B3 Mesmo sem comprador, Agrenco busca recuperação Web enfrenta o desafio dos idiomas locais THE NEW YORK TIMES NOVA YORK A globalização da internet tem ins- pirado empresários como Ram Prakash Hanumanthappa, um engenheiro que mora perto de Bangalore, Índia, e que aprendeu inglês na adolescência, mas ainda prefere conversar com os amigos e familiares na sua língua nativa kan- nada. Ele desenvolveu o Quillpad, um serviço on-line para digitar em dez lin- guagens sul-asiáticas. Os usuários soletram as palavras de linguagens locais foneticamente em le- tras romanas, e a máquina as converte em escrita com caracteres de idiomas regionais. Blogueiros e autores estão entusiasmados com o serviço, que tem atraído o interesse da fabricante de ce- lulares Nokia e a atenção do Google, que desde então apresentou sua pró- pria ferramenta de transliteração. A Ásia já tem mais que o dobro de usuários de internet da América do Nor- te, e até 2012 terá o triplo. C5 Ministro culpa bancos pela dívida rural ANA CAROLINA OLIVEIRA BRASÍLIA O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, declarou ontem que estuda medidas para atenuar a inadimplência ru- ral. Ele culpou as instituições financeiras pelo agravamento da situação no campo. Erro nos cálculos dos bancos dificultaram a renegociação das dívidas. B10 “LEI DO CALL CENTER” Com um mês de vigência, decreto que es- tipula novas regras ao Serviço de Atendi- mento ao Cliente (SAC), os chamados call centers, ainda é motivo de polêmica e alvo de processos judiciais. A9 PAUL KRUGMAN Os números da economia têm sido assustadores, não só nos EUA. Isso se parece muito com o início de uma segunda Grande Depressão. A12 Incentivo à construção pode chegar a R$ 200 bi VIVIANE MONTEIRO BRASÍLIA O ministro da Fazenda, Guido Mante- ga, se reúne amanhã com empresários para discutir medidas de incentivo às áreas de construção civil e de infra-estru- tura. De acordo com Paulo Godoy, pre- sidente da Associação Brasileira da Infra- estrutura e Indústria de Base (Abdib), o foco do governo deverá se concentrar em novas desonerações tributárias para esti- mular os investimentos em setores que são grandes geradores de emprego. O presidente da Câmara Brasileira da In- dústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, afirmou que o pacote de benefícios para reativar o setor poderá alcançar R$ 200 bilhões. Este conjunto de medidas en- volveria novas obras do Programa de Ace- leração do Crescimento (PAC) e programas habitacionais de interesse social. A6 02/jan* 14:00 18:16 Fonte: Bovespa * Fechamento Ibovespa - em pontos - 05/01/2009 41.800 40.800 39.800 40.244,22 41.518,66 Para mais informações veja a seção Indicadores no Caderno B 12/dez 5/jan 48,81 2,2772 / 2,2780 2,2520 / 2,2540 3,09062 / 3,09239 1,35720 / 1,35750 397,00 (15h07) 290,20 / -13,27 13,75 / 13,67 3,17 / 41.518,66 -0,91 / 8.952,89 -0,26 / 1.628,03 2,07 / 9.043,12 INDICADORES Dólar Ptax (R$/US$) Dólar Mercado (R$/US$) Euro (R$/) Euro (US$/) Risco- Brasil Embi (pontos) Risco- Brasil CDS (pontos/var. %) Selic (meta/efetiva % a.a. ) Bovespa (var. %/pontos) DowJones (var. %/pontos) Nasdaq (var. %/pontos) T óquio (var. %/pontos) Petróleo WTI (em US$/barril) 49,12

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O JORNAL DE ECONOMIA DO BRASIL DESDE 1920

TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009 | EDIÇÃO NACIONAL gzm.com.brANO LXXXVIII | Nº 23.985 | R$ 3,00

PÁG. 1 CMYK

MEDIDAS DOGOVERNOMontadorasNovembro DezembroR$ 3bilhões ConstrutorasR$ 3bilhões Redução deIPI, IOF e IRPFR$ 8,4bilhõesAgriculturaR$ 18bilhões TERMOS DO ACORDOO que o empregado ganhaDireito a cinco meses para efeito de férias, 13º salário e FGTS(não inclui aposentadoria)Recebe ajuda compensatória no valor do rendimento líquido atualpaga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e pela empresa Fonte: Sindicato dos Metalúgicos da Grande CuritibaRISCO SOBERANO

Agências de classificação estão atentas aosefeitos da crise no País, diz Rafael Guedes B1

BOVESPA Valorização de 3,17% éa quinta consecutiva B3

FUSÕES E AQUISIÇÕESBrasil dobra participaçãoem transações globais B1

DANIEL TEIXEIRA/GAZETA MERCANTIL

Venda de carros recua 35%nos EUA e 22% no Japão

REUTERS, AFP E BLOOMBERG NEWSTÓQUIO, PARIS E SOUTHFIELD,MICHIGAN (EUA)

A Toyota e a Honda informaram quesuas vendas nos Estados Unidos despen-caram mais de 35% em dezembro. AFord, segunda maior montadora dosEUA, computou queda de 32% nas ven-das. Os números são os piores em 16anos. “Se a confiança do consumidor nãovoltar logo, vai ser difícil para as mon-tadoras”, disse John Wolkonowicz, ana-lista da IHS Global Insight.

No mercado japonês as vendas de veí-culos, excluindo os de 660 cilindradas, caí-ram 22% em dezembro em relação aomesmo mês de 2007, batendo no pior pa-tamar já registrado para o período. O re-sultado fecha um 2008 fraco, em que a de-manda caiu ao nível mais baixo em 34anos. “Nós nunca imaginamos que as ven-das cairiam tanto assim”, disse o diretor daJada (associação que reúne revendas do Ja-pão), Takeshi Fushimi. “Essa é uma situa-ção desanimadora. Na França, as vendascaíram 15,8% em dezembro. C4

Renault troca cinco meses desalário por garantia de emprego

CRESCIMENTO O Grupo Pão de Açúcar passou 2008 se preparando paraum crescimento agressivo em 2009. Quer abrir 100 lojas e está avaliando 15empresas para possíveis aquisições, diz o presidente, Cláudio Galeazzi. C2

WAGNER OLIVEIRA, CAIO CIGANA,DURVAL GUIMARÃES E JULIO OTTOBONISÃO PAULO, PORTO ALEGRE, BELOHORIZONTE E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)

Num acordo inédito na indústria auto-mobilística, a Renault vai deixar mil me-talúrgicos em casa por cinco meses paraevitar demissões enquanto espera umareação das vendas. Neste período, os traba-lhadores receberão ajuda compensatóriano valor líquido do salário com recursosdo Fundo de Amparo do Trabalhador(FAT) complementados pela empresa, massem caráter salarial. Previsto na Consolida-ção das Leis Trabalhistas (CLT), o acordodá direito ao cômputo dos cinco meses pa-ra efeitos de férias, 13o- salário e FGTS, alémde curso de qualificação profissional.

O acordo foi aceito em assembléia on-tem por 3 mil metalúrgicos após volta das

férias coletivas. Também voltaram empre-gados da Volkswagen, Fiat, Ford e GeneralMotors. Mesmo com estoques mais baixos,a GM já agendou novas paralisações emGravataí (RS) e São José dos Campos (SP).No Sul, a empresa trabalhou apenas seisdias úteis nos últimos dois meses. C4

Russa Gazprom despencano ranking das maiores

THE NEW YORK TIMESMOSCOU

Há um ano, a Gazprom, estatal russado setor de gás natural, aspirava ser amaior corporação do mundo. Impulsio-nada pela alta na cotação do petróleo epelo apoio político de Kremlin, a com-panhia já havia alcançado o terceiro lu-gar em capitalização de mercado, atrásda ExxonMobil e da General Electric.

Hoje, a Gazprom está afundada em dí-vidas, negocia ajuda financeira com o go-verno russo e já caiu para o 35o- lugar noranking das maiores empresas do globo.Sua capitalização de mercado, acumulaperdas de 76% desde o início de 2007.

Apesar dos nú-meros negativos,Alexander Medve-dev, vice-presidenteda empresa, defen-de o desempenhoda Gazprom e atri-bui a queda abrup-ta no preço dasações à listagem nabolsa russa, que é

volátil e não conta com investidores queaplicam em empresas a longo prazo. Med-vedev diz que o preço das ações “não re-flete o valor da empresa” e culpou a crisefinanceira pelos males da empresa. C1

ALEXANDER MEDVEDEV

PLANO PESSOAL

João Guimarães Rosa, um dosmaiores escritores brasileiros, jáfoi tema de inúmeros ensaios e te-ses acadêmicas. Mas muito poucose conhece de sua face amante daboa mesa. Para Rosa, os pratos mi-neiros — como a carne-seca desfia-da — eram alta gastronomia. D6

LUIZ HENRIQUE MENDES

EXPORTAÇÃO DE MILHO DISPARAAs exportações de milho cresceram 76% emdezembro sobre novembro. Compras do grãopela Malásia mudaram o cenário do merca-do. E o preço baixo contribuiu para a reto-mada. das vendas externas. B9

PRIMEIRO PLANO

UNIÃO DEIXA DE REPASSAR R$ 2,8 BIA União deixará de repassar aos estados emunicípios R$ 2,8 bilhões este ano em razãodas medidas de redução de impostos (IOF, IRe IPI), adotadas recentemente pelo governopara atenuar os efeitos da crise no País. A6

COM RONALDO, MAS SEM PATROCÍNIOO Corinthians completa nesta sexta-feiraum mês da contratação de Ronaldo, masainda está sem patrocínio. O clube esperaanunciar até o fim da semana a marca queestampará seu uniforme. C6

Guimarães Rosa,gênio das letras egourmand das Gerais

OPINIÃO

LUIZ GUILHERME PIVANa economia, além de espectadores, somostambém personagens, pontinhos no mapa daeconomia mercadejada todos os dias. A3

COSTÁBILE NICOLETTANão é preciso formar-se em Harvard para aplicarconhecimentos apenas para tirar pedidos de mer-cadorias quando todos querem comprá-las. A3

LETRAS DE CÂMBIOA reforma ortográfica opõe editoras, que te-rão de desfazer-se do estoque antigo, e a in-dústria gráfica, que desfrutará de aumentoda demanda. INVESTNEWS.COM.BR

FABIANA BATISTASÃO PAULO

As multinacionais Louis Dreyfus Com-modities, Noble Group e a suíça Glencoreretiraram suas propostas de compra docontrole da franco-brasileira Agrenco. Maisdependentes de capital estrangeiro, as em-presas entregaram agora proposta de ar-rendamento das duas unidades de proces-samento de soja. De acordo com o analista

de relação com investidores da Agrenco,Ricardo Rastelli, a mudança de planos tam-bém é explicada pelo desinteresse das em-presas de arcar com o compromisso decriar condições para pagar credores, impos-to pelo processo de recuperação judicial.

A estimativa é de que a dívida da Agren-co se situe hoje entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4bilhão, três vezes maior do que o ativo, deaproximadamente R$ 400 milhões. B10

Valor de 45 empresas brasileiras cai 87,1%SILVIA ROSASÃO PAULO

No ano de 2008, muitas empresas decapital aberto foram castigadas pela criseinternacional e viram o seu valor de mer-cado derreter com a fuga de capital de in-vestidores estrangeiros. Das 122 empre-sas da América Latina e dos Estados Uni-dos que apresentaram queda de valor demercado superior a 80%, analisadas pelaconsultoria Economatica, 45 são brasilei-

ras. O valor de mercado das companhiasbrasileiras somava, no final de 2007, US$59,7 bilhões, ante US$ 7,7 bilhões no fi-nal de 2008, queda de 87,1% .

A primeira empresa latina entre asmais castigadas é a Agrenco, listada naBM&F Bovespa, que no ano de 2008 per-deu 98,3% do seu valor de mercado, de-pois de seus controladores serem acusa-dos de fraude e desvio de dinheiro. Nofinal de 2007, o valor de mercado da em-

presa era de US$ 836,7 milhões, caindopara US$ 14,5 milhões no final de 2008.

O estudo aponta ainda que, das 29empresas que perderam mais de 90% doseu valor de mercado no ano de 2008,nove são brasileiras, entre elas a Laep,controladora da Parmalat no Brasil (-95,8%), MMX Mineração (-95,5%),Abyara (-94,7%), Inpar (-93,5%), Ecodie-sel (-93,4%), General Shopping (-90,0%)e BR Brokers (-90,0%). B3

Mesmo sem comprador,Agrenco busca recuperação

Web enfrentao desafio dosidiomas locais

THE NEW YORK TIMESNOVA YORK

A globalização da internet tem ins-pirado empresários como Ram PrakashHanumanthappa, um engenheiro quemora perto de Bangalore, Índia, e queaprendeu inglês na adolescência, masainda prefere conversar com os amigose familiares na sua língua nativa kan-nada. Ele desenvolveu o Quillpad, umserviço on-line para digitar em dez lin-guagens sul-asiáticas.

Os usuários soletram as palavras delinguagens locais foneticamente em le-tras romanas, e a máquina as converteem escrita com caracteres de idiomasregionais. Blogueiros e autores estãoentusiasmados com o serviço, que tematraído o interesse da fabricante de ce-lulares Nokia e a atenção do Google,que desde então apresentou sua pró-pria ferramenta de transliteração.

A Ásia já tem mais que o dobro deusuários de internet da América do Nor-te, e até 2012 terá o triplo. C5

Ministro culpabancos peladívida rural

ANA CAROLINA OLIVEIRABRASÍLIA

O ministro da Agricultura, ReinholdStephanes, declarou ontem que estudamedidas para atenuar a inadimplência ru-ral. Ele culpou as instituições financeiraspelo agravamento da situação no campo.Erro nos cálculos dos bancos dificultarama renegociação das dívidas. B10

“LEI DO CALL CENTER”Com um mês de vigência, decreto que es-tipula novas regras ao Serviço de Atendi-mento ao Cliente (SAC), os chamados callcenters, ainda é motivo de polêmica e alvode processos judiciais. A9

PAUL KRUGMANOs números da economia têm sido assustadores,não só nos EUA. Isso se parece muito com oinício de uma segunda Grande Depressão. A12

Incentivo à construçãopode chegar a R$ 200 bi

VIVIANE MONTEIROBRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Guido Mante-ga, se reúne amanhã com empresáriospara discutir medidas de incentivo àsáreas de construção civil e de infra-estru-tura. De acordo com Paulo Godoy, pre-sidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib), ofoco do governo deverá se concentrar emnovas desonerações tributárias para esti-mular os investimentos em setores quesão grandes geradores de emprego.

O presidente da Câmara Brasileira da In-dústria da Construção (CBIC), Paulo SafadySimão, afirmou que o pacote de benefícios

para reativar o setor poderá alcançar R$200 bilhões. Este conjunto de medidas en-volveria novas obras do Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC) e programashabitacionais de interesse social. A6

02/jan* 14:00 18:16Fonte: Bovespa * FechamentoIbovespa - em pontos - 05/01/2009 41.80040.80039.80040.244,22 41.518,66Para mais informações veja a seçãoIndicadores no Caderno B12/dez 5/jan48,81 2,2772 / 2,2780 2,2520 / 2,2540 3,09062 / 3,09239 1,35720 / 1,35750 397,00 (15h07)290,20 / -13,27 13,75 / 13,673,17 / 41.518,66-0,91 / 8.952,89-0,26 / 1.628,032,07 / 9.043,12INDICADORESDólar Ptax (R$/US$)Dólar Mercado (R$/US$)Euro (R$/€)Euro (US$/€)Risco-BrasilEmbi (pontos)Risco-Brasil CDS (pontos/var. %)Selic (meta/efetiva % a.a.)Bovespa (var. %/pontos)DowJones (var. %/pontos)Nasdaq (var. %/pontos)Tóquio (var. %/pontos)Petróleo WTI (emUS$/barril)49,12

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A2 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

PÁG. 2 CMYK

Conselho de AdministraçãoPresidente Nelson Tanure

Diretoria ExecutivaDiretor Editorial Augusto NunesDiretor Geral de Gestão Eduardo L. Jácome

Direção GeralJackson FullenMarcello D’AngeloEditores-executivos Costábile Nicoletta,Nelson Rocco e Cinthia RodriguesCoordenadores Editoriais Klaus Kleber (Opinião)e João Bittar (Imagem)

EDITORIAIS

Preservar bancos menoresajuda a enfrentar a crise

PERSONAGEM Marcelo Lacerda, presidente da Lanxess

Os bancos de pequeno e médio porteinstalados no Brasil têm função essen-cial: estimular a capacidade de investi-mento do negócio que não desperta

atenção plena da grande instituição. Essa possibi-lidade, pilar mestre de todo sistema financeiro efi-ciente e competitivo, pode perder espaço de ope-ração no Brasil. Os que observam os resultadosdos bancos menores, entre janeiro e setembro doano passado, podem vir a ter impressão equivoca-da desse risco. Muitas dessas instituições, comomostrou matéria publicada na edição de ontemda Gazeta Mercantil, estavam bem capitalizadaspela emissão de IPOs (oferta pública inicial deações) feitas em 2007, alcançando rentabilidadeinédita no ano passado. A agência de análise derisco Austin Rating, depois de avaliar desempe-nho das nove principais instituições bancárias demédio porte que realizaram IPO, mostrou que es-ses bancos obtiveram lucro líquido de 61% maiornos nove primeiros meses de 2008, na compara-ção com o mesmo período do ano anterior.

Porém, os novos números dessas instituições, rela-tivos ao último trimestre, devem apresentar realida-de bem diferente, com alta volatilidade nas opera-ções de Tesouraria e receitas bem menores em razãode significativas reduções das concessões de crédito.O volume de depósito também deve diminuir comum certo aumento de custo, em especial pelas des-pesas trabalhistas com as numerosas demissõesocorridas nos bancos menores em novembro e de-zembro. Esse conjunto de fatores terá sensível im-pacto nos resultados desses bancos. Essas institui-ções atuam em nichos específicos, com foco centra-lizado em operações de crédito. As operações deTesouraria, seguros e investimentos, que despertamforte interesse dos grandes bancos, nos menores re-presentam atividades marginais. Bancos menores,com pequenas diferenças entre um e outro, voltam-se mais para atividades de crédito localizadas, comofinanciamento de veículos ou crédito consignado.

A crise no mercado internacional, iniciada nomercado imobiliário de alto risco dos Estados Uni-dos, transformou-se em séria crise de liquidez, comnotório empoçamento de recursos, principalmentenos grandes bancos internacionais. Os emprésti-mos interbancários efetivamente desapareceram nocenário externo, atingindo duramente o mercado

nacional. Os bancos brasileiros, como os interna-cionais, preferiram reter recursos, antes destinadosàs operações interbancárias, para aplicações em tí-tulos do Tesouro. As instituições menores, semgrande capilaridade, sofreram impacto maior coma interrupção do interbancário. Resultado: corta-ram empréstimos, em óbvia atitude defensiva, paramanter dinheiro em caixa para enfrentar a crise.

Esse quadro não será de longa duração: até abrila situação deve se normalizar nos empréstimosentre instituições No entanto, se as despesas dosbancos menores forem menores, com todos os cor-tes feitos, as receitas também serão. É fato que es-ses bancos estão capitalizados, até aumentaramseus volumes de depósitos com os IPOs de 2007,mas no atual contexto é indiscutível que a crise osimpedirá de crescer. E como reduziram o créditodesde setembro, estarão ainda mais capitalizados,porém com resultados e lucros menos atraentes.

O governo não pode se omitir frente ao quadroenfrentado pelos bancos menores. É fato que no úl-timo dia útil de 2008, o Conselho Monetário Nacio-nal (CMN) decidiu estimular os bancos a aumentara oferta de financiamentos. A alteração visou à me-todologia usada para cálculo de patrimônio míni-mo usada pelas instituições como garantia de crédi-to. Atualmente os bancos podem emprestar, seguin-do as rígidas regras dos acordos de Basiléia, valorcorrespondente a oito vezes seu patrimônio. A exi-gência se mantém, porém a forma como é calcula-do o patrimônio se altera: as provisões feitas paraenfrentar eventuais inadimplências não precisarãomais ser descontadas do patrimônio calculado. Amedida poderá liberar para empréstimos quantiaestimada em R$ 36 bilhões. A medida poderá repre-sentar significativa ajuda aos bancos menores.

O sistema financeiro brasileiro precisa proteger asinstituições menores, que prestam serviço de alta re-levância aos clientes, pessoa física ou jurídica, quenão têm alternativa nos bancos grandes. Na fase decrédito contido, apesar de todos os esforços em con-trário, com juros ainda tão altos, as autoridades eco-nômicas devem dar maior acolhida às necessidadesdos bancos menores. Manter o consumo, e com eleo emprego e a renda, depende das oportunidadesaproveitadas pela empreendedor. Sem esquecer queesse empreendedor sempre bate à porta de um ban-co com porte semelhante ao seu. E é bem recebido.

Gian Paolo La Barbera

CARTAS E OPINIÕES E-mail: [email protected]

GAZETA NO TEMPO

06/01/79DÓLAR REAGE E INICIAO ANO COM OTIMISMO

O dólar entrou no ano novocom o pé direito. Depois do pâni-co do mercado, causado pelo au-mento dos preços do petróleo, acotação da moeda norte-america-na começou a se recuperar.

Para comprar um dólar, no úl-timo dia útil de 1978, era neces-sário 1,81 marco; na última sexta-feira o preço já era 1,848. Em fran-co suíço, o dólar custava 1,62 nofim do ano, mas passou para1,647 na sexta-feira. Comparadocom a libra, o dólar também ga-nhou: de 2,041 o preço da libracaiu para 2,028 na sexta.

06/01/83NOVA PROPOSTA DEPAZ CHEGA À OTAN

O Pacto de Varsóvia propôs umacordo de não agressão à Otan,classificado pelos líderes do blocooriental como uma “nova e grandio-sa proposta de paz” que surgiu daconferência de cúpula de dois diasem Praga. A proposta está contidanuma resolução política adotadapor unanimidade por Yuri Andro-pov e pelos dirigentes dos seis alia-dos soviéticos da Europa Oriental.

Os ministros das Relações Ex-teriores do Pacto de Varsóvia de-verão “debater novos meios detraduzir essa iniciativa em realida-de”, destaca o comunicado.

06/01/88AUMENTA A TENSÃONA FAIXA DE GAZA

Soldados israelenses mataramontem pelo menos um palestinodurante um novo surto de violên-cia na faixa ocupada de Gaza, en-quanto políticos reagiam furiosa-mente contra as críticas feitas porum ministro britânico a Israel.

O primeiro-ministro YitzhakShamir recebeu o ministro de Es-tado das Relações Exteriores daGrã-Bretanha, David Mellor, parauma conversa “muito franca”. Osefeitos negativos ocasionados pe-la conversa de Mellor à política is-raelense estremeceram os laçosentre Israel e Inglaterra.

ÍNDICE DAS 210 EMPRESAS CITADAS NESTA EDIÇÃOAAbyara A1, B3, Agrale C4, Agrenco A1, B3,Agrenco Group B10, Agromen TecnologiaB9, AgRural B9, Alcoeste A3, Alpine WoodsCapital B4, Altria Group B1, American IntelGroup B3, Anglo American B3, Anheuser-Busch B1, Aracruz B1, B3, AT&T B2, AtivaCorretora B3

BBaker Hostetler B4, Banco do Brasil B1, Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) A3, Bank ofAmerica B1, B4, Barbosa, Müssnich &Aragão A9, Bernard L. Madoff InvestmentSecurities B4, BIC Banco B10, BloombergNews A11, Blue Chip Economic IndicatorsA11, BM&F B2, BM&F Bovespa A1, B3,BMW B2, BR Brokers A1, B3, Bradesco B1, Brascan Residential Properties B3, BrasilTelecom Participações B3, Braskem C3

CCable and Wireless B2, Caixa EconômicaFederal B2, Candente Resource B3, Capcom C6, Carrefour C2, Cemig B3, Chevron B4, China Mobile B2, ChinaNational Petroleum Corporation C1, Choice A12, Chrysler B4, C4, Citigroup B1, Citigroup Inc A11, Clarion S.A.Agroindustrial B10, Comercial MexicanaB3, Commerzbank C1, Common SenseAdvisory C5, Companhia de Águas eEsgotos do Rio de Janeiro (Cedae) A6, Companhia Energética de Brasília (CEB)B2, Companhia Siderúrgica Nacional B3, Company B3, ConocoPhillips B4, Coodetec B9, Copel B3, Corretora Souza Barros B3, Cosan A3, CPFL Energia B3, Credit SuisseB1, Criag Drill Capital A11

DDaimler B2, Danone C3, Daycoval B10, Deutsche Bank B3, Dolby Laboratories C3, Dow AgroSciences B9

EEcodiesel A1, B3, Economatica A1, Economática B3, Electronic Arts C6, ExxonMobil B4, ExxonMobil A1, C1

FFair Corretora B2, Fannie Mae B2, Fiat A1, FIC C2, Fitch B1, Fitch Ratings B1, C3, Ford

A1, B4, C4, Freddie Mac B2, FundaçãoGetúlio Vargas (FGV) A5, Furnas B2

GGazeta Mercantil A6, A8, Ga zpromA1, C1, General Electric A1, C1,General Motors A1, B4, C4,General Shopping A1, B3, GinnieMae B2, Glencore A1, B10, GoldmanSachs A11, Goldman Sachs GroupC5, Google A1, B1, C5,Grupo Orsa A10, Grupo Pão deAçúcar A1, B3, C2, Guarani A3,Guerrilla Games C6

HHencorp Commcor B2, Honda A1, B2,Honda Motor C4, Hunter Douglas doBrasil Ltda. B10, Hyndai C6

IIBM A10, Idearc B3,IHS Global Insight A1, A11, Inbev B1,Invesco B4, Itaú B1,Itaú BBA B2, Ivax PharmaceuticalsA9, Iveco C4

JJ. Cocco Esporte e Marketing C6, JagranGroup C5, JHAreias Consultoria EsportivaC6, JP Morgan B4, JPMorgan Chase B3, Jupiter Research C5

KKamenetz & Haimenis Advogados A9, Kaufman Brothers C5, Key Private BankB4, Korea National Oil Corp (Knoc) C2

LLaep A1, B3, Lehman Brothers B2, B3,Light B3, Logos Consultoria Fiscal A6, Lojas Renner B3, Louis DreyfusCommodities A1, Louis DreyfusCommodities (LDC) B10

MM&G C3, Manaca S.A B10, Medial SaúdeC6, Merger Market B1, Merrill Lynch B1, Microsoft C5, Mitsubishi UFJ Securities B2, MMX Mineração A1, B3, Morgan StanleyB4, C1

NNestlé C3, Nielsen C2, C3, Nintendo C6,

Noble Group A1, B10, Nokia A1, C5, NossaCaixa B1, NovAmérica A3

PPão de Açúcar B3, Parmalat A1, B3,Petrobras B3, C2, Philips C2, Philips MorrisB1, Porshe B2, Portugal Telecom B2, Prudential Financial B9, PSA PeugeotCitroën C4

RRBC Capital Markets C5, RC ConsultoresA4, Renault A1, B2, C4, Reuters A12, RioBravo B3, Rosneft C1, Rossi Residencial B3, RosUkrEnergo C1, Royal Bank of ScotlandB2

SSanta Bárbara C3, Santander B1, Scania C4, Schlumberger B2, Seeds Bredbeck B9, Sekab A3, Shell C2, Sibneft de Roma, C1, Siqueira Castro Advogados A9, SLWCorretora B3, Sonda Supermercados C2, Sony C3, Soproval C3, Standard & Poor’s,B1, Stonyfield Farm A12, StrategicResource Group B4, Swisscom B2

TTake Two Interactive C6, Telemar B3, Telemig Celular B3, Telesp B3, TendênciasConsultoria B2, Teva PharmaceuticalIndustries A9, Thomson Reuters A9, B1,Toyota A1, Toyota Motor C4, TransmissoraPaulista B3, Trench, Rossi e WatanabeAdvogados A9, Trevisan Escola deNegócios B2, Troika Dialog C1, T-StormWeather B9

UUBS A11, B3, UBS Securities A11, Unibanco B1

VVale do Rio Doce B3, Valero Corp. C2, Verizon B2, Vodafone B2, Volkswagen A1,A6, C4, Volvo C4

WWachovia B1, Wal-Mart A10, C2, WarnerMusic A12, WBIE C6, Wedbush MorganSecurities C6, Wells Fargo B1

YYahoo C5, Yukos C1

O Brasil já sente hoje um apagãotão ou mais devastador que umapagão ligado à infra-estruturaenergética ou de transportes. É algomuito mais sério: um apagão de ca-pital humano. O País já vive as con-sequências da ausência de mão-de-obra qualificada para atender às ne-cessidades do mercado de trabalho.Sobram postos de trabalho, masgrassa o desemprego entre nossosjovens que não possuem a escola-ridade mínima exigida para a inser-ção no mundo do trabalho.

Não podemos mais ignorar quevivemos hoje na chamada econo-mia do conhecimento, em que odiferencial não está na mão-de-obra barata, mas em recursos hu-manos qualificados. Este tipo de ca-pital humano, aliado à produçãode ciência e tecnologia, constitui obem mais precioso que uma socie-dade pode dispor para a produçãoda riqueza de bem comum. En-quanto não garantirmos a forma-ção básica das novas gerações, qua-lificando-as para ocupar os novospostos de trabalho, continuaremoscorrendo atrás do tempo perdido.

Observando casos como os daÍndia, China ou Coréia do Sul, ve-rificamos que, a despeito de terempartido de PIBs per capita seme-lhantes ao do Brasil, em meadosda década de 80, tiveram trajetó-rias de crescimento bastante dife-rentes, e atualmente são potênciasexportadoras de mão-de-obra qua-lificada. Adotaram o conhecimen-to como estratégia para impulsio-nar seu desenvolvimento. Hoje,enquanto a média de escolaridadena Coréia do Sul é de 10,5 anos, na

Um apagão humano anunciadoChina é de 6,2 anos, na populaçãobrasileira com 15 anos ou mais es-ta média é de 4,3 anos de estudo.

O cenário assustador da educa-ção básica brasileira mostra que osjovens estão deixando, aos borbo-tões, de frequentar a escola e con-cluir seus estudos. Dos atuais 10,6milhões de pessoas entre 15 e 17anos, apenas 48% estão no ensinomédio. O pior é que, dos 3,6 mi-lhões de jovens que se matriculamanualmente na primeira série destenível, apenas 1,8 milhão concluemos estudos. Ou seja, “morre napraia” metade de nossos jovens quetiveram o “privilégio” de chegar aeste grau de escolaridade. Ao mes-mo tempo que o fluxo de entrada esaída dos jovens no Ensino Médiodenuncia elevados e crescentes ín-dices de abandono e evasão, o mer-cado tem se tornado cada vez maiscompetitivo e exigente: 11 anos deestudos, ou seja, a conclusão do En-sino Médio é o tempo mínimo ne-cessário para que uma pessoa ad-quira qualificações básicas exigidaspara postos de trabalho com salá-rios dignos. O resultado desta in-congruência é o que os especialistasvêm chamando de “apagão da mão-de-obra”, com sérias consequênciaspara o desenvolvimento sustentá-vel de nossa economia. Enquanto,por um lado, sobram postos de tra-balho, por outro, falta qualificaçãode nossa mão-de-obra jovem, au-mentando os índices de desempre-go na juventude que já alcança otriplo do verificado em outras faixasetárias. Outra consequência é o au-mento do percentual de jovens quenão estudam nem trabalham, boa

parte deles inserida no mercadomarginal. O subproduto de tudo is-so são os crescentes índices de vio-lência que consomem, segundo es-tudos do BID, 10,5% de nosso PIB.

A PNAD de 2007 mostrou que30,4% dos jovens são pobres —possuem renda domiciliar per capi-ta de até meio salário mínimo — eque os jovens representam 61,4%do total de desempregados do País.Este desperdício de potencial pro-dutivo é uma bomba-relógio prestesa explodir (se é que já não está ex-plodindo). Ignorar o forte elo exis-tente entre conhecimento, capitalhumano e crescimento econômicoé um erro que não podemos maiscometer. Promover a análise, a in-terpretação e a utilização de infor-mações sobre a incidência da eva-são e do abandono, bem como aforma com que esses fenômenosvêm afetando os diversos grupos so-ciais, pode ser um marco inicial pa-ra aprofundarmos o debate e desen-volvermos uma análise crítica daspolíticas educacionais voltadas paraa juventude. A partir daí, podere-mos pensar em estratégias e solu-ções capazes de dar conta dessa ur-gentíssima agenda: deter a sangriade recursos humanos que tanto afe-ta o futuro dos jovens e do País.Wanda Engel, superintendente do InstitutoUnibanco

CORREÇÃO Diferentemente do publicado nareportagem sobre o AquíferoGuarani (edição 5/1, pág. A5), odado correto é 376,3 km3 .

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | A3

OPINIÃO

Elogios internacionais ao etanol produzido no Brasil

Menção deObama podesinalizar avançopara quebrade barreiras

Em novembro, a cidade deSão Paulo foi palco da Confe-rência Internacional sobre Bio-combustíveis, promovida pelogoverno federal. Com a pre-sença de delegados de 92 paí-ses, o encontro teve como me-ta a promoção dos benefíciosdo etanol e a quebra de barrei-ras internacionais para a co-mercialização do combustível.Desta forma, caminha-se rumoà transformação do etanol emuma commodity mundial.

O interesse de diversos paí-ses em nosso combustível nãoé novidade. Há algumas sema-nas, o presidente eleito dos Es-tados Unidos, Barack Obama,telefonou para Luiz Inácio Lulada Silva e elogiou o programa

Os pontos positivos do eta-nol do Brasil despertam aindao interesse de países como Ja-pão, Suécia, Arábia Saudita,Holanda, Alemanha, México eEstados Unidos. Neste ano, asusinas brasileiras receberamdiferentes delegações interna-cionais, que vie-ram conhecer oprocesso produ-tivo aplicado naárea agrícola eindustrial. Exem-plo deste poten-cial e reconheci-mento foi à dis-tribuição para aSuécia, em julho,do primeiro embarque de eta-nol com a verificação de im-portantes critérios de sustenta-bilidade. A operação comercialfoi resultado de um contratopioneiro firmado entre as usi-nas brasileiras Alcoeste, Cosan,Guarani e NovAmérica com aempresa sueca Sekab — a

maior compradora de etanolbrasileiro na Europa.

O acordo demonstrou a ini-ciativa das companhias envol-vidas no contrato em dar umprimeiro passo para um proces-so de melhoria contínua paraatender a um dos mais exigen-

tes consumido-res do mundo. Éimportante no-tar que as usinasforam capazes deatender às exi-gências do con-sumidor euro-peu sem alterarpráticas corren-tes de operação.

Todos esses atributos doetanol brasileiro devem servalorizados não apenas naConferência Internacional so-bre Biocombustíveis, masprincipalmente no dia-a-diado nosso presidente Lula —caso queira continuar ressal-tando nossas potencialidades.

Economia mercantil e mercantilização da economia

Das mercadorias,a fundamental éa mais abstratade todas: odinheiro

Tudo são mercadorias — di-zia um velhinho de barbasbrancas. Ou: tudo pode sertransformado em produto,precificado e vendido. Papéis,direitos, promessas, símbolos,perdões, artes, prestígios e tera-pias transcendentais são al-guns exemplos. Nem tudo oque é vendido, porém, pode serentregue — diz outro velhi-nho de barbas brancas. O queestá em transação, nestes ca-sos, é só a compra e a convic-ção da posse. Não há comoembrulhar nem guardar.

A sofisticação da mercado-ria é crescente. Podem virarmercadorias: direitos sobrepapéis; papéis emitidos comlastros em direitos sobre pa-péis; promessas de perdõesterrenos ou divinos, securiti-zadas, com deságio ou ágio(depende da folha corrida, dotamanho da dívida e da conta-corrente do pecador); direitosautorais; papéis lastreados emdireitos autorais; certificadosde reproduções de obras de ar-te com direitos autorais; di-plomas de personalidades his-tóricas lastreadas por antigui-dades; carreiras artísticas; etc.

Só faltou o exemplo para te-rapias transcendentais. Não seicitar, mas quem as compra po-

derá comprar qualquer coisa.Como muitos já explica-

ram, a atual crise financeiratem esse componente. Papéisque geraram direitos, que fo-ram vendidos à vista e lastrea-ram outros papéis, outros di-reitos e novas securitizações,num redemoinho em que to-dos ganhavam. De tal formaque era lucrativo arrumarmais compradores, qualquerum (“ei, você aí!”), porque avenda multiplicava os dólares(“me dá um dinheiro aí!”) nomercado de rece-bíveis. Até queos juros subiram,veio a inadim-plência e merca-dorias deixaramde ser entregues.

Hoje é possí-v e l e n c o n t r a rmuitos analistasque, olhando pa-ra trás, “preveem” que esse re-demoinho tinha, dentro, em si-lêncio absoluto, o diabo da cri-se. E que a economia não podese sustentar na leveza do ar:precisa ter bases em produçãoe mercadorias. Há, nisso, doisenganos. O primeiro é acharque o que estava sendo vendi-do e comprado não eram mer-cadorias. Pois é justamente ofenômeno de transformar emmercadoria as expectativas(emitidas e assinadas) e osbens intangíveis que possibili-ta a multiplicação de riquezas.Foi assim em outras crises. Se-rá assim nas vindouras.

O capitalismo não cabe nomundo tangível. A mais fun-damental das mercadorias é amais abstrata delas: o dinhei-ro. Ele precisou, durante al-gum tempo, ser visível, so-nante, palpável. Mas o tato éum sentido restrito: os dese-jos são sempre muito caros— não estão ao alcance dasmãos. Foi preciso abreviar eabstrair o processo produtivotradicional, que, iniciando-seno setor primário, vai até oterciário e à geração de rique-

za financeira.Partiu-se cadavez mais rapi-damente diretopara a geraçãodessa riqueza.

A produçãoque a sustenta-ria passou a serpresumida. Umlastro que foi fi-

cando lá embaixo, visto, pelapeneira das nuvens, da janelados mercados que iam aoscéus com os bolsos cheios dedesejos comprados, vendidos,crescidos e multiplicados —como produtos mais concre-tos do que aquelas vaquinhas,fabriquetas, lojinhas e escri-tórios que viravam ponti-nhos no mapa.

O segundo engano é nãover que a própria economia,no sentido do acompanha-mento, da análise, das previ-sões (sejam as feitas antes, se-jam as feitas depois, estas úl-timas têm sido mais comuns

no mercado), das explicaçõese das teorias, virou mercado-ria. Não falo da profissão legí-tima com que muitos ganha-mos nossos pãezinhos. Falo daeconomia como atração, estre-la, personagem meio vivo emeio irreal como os das nove-las e filmes que ocupam nos-sas atenções. Cuja trama se de-senvolve ao alcance do con-trole remoto, do mouse, dospainéis dos elevadores. Combandidos e mocinhos debati-dos nos bares, feiras e salõesde beleza. E que não requergastos com roteirista, sono-plasta, atores e diretores.

Assim também é com a po-lítica e com os crimes de re-percussão popular. Só luz ecâmera — a ação está lá, degraça. Pronta para ser vendi-da. Mas estas duas são dimen-sões distantes, que só ocor-rem com os outros.

Na economia, além de es-pectadores, somos tambémpersonagens. Nela, parte danossa vida é comercializada.Se teremos emprego, se com-praremos a televisão. Se ven-deremos o imóvel. Se teremospoupança. Se nossos filhosirão à escola. Ou seja: estenosso mundo primitivo daprodução e da moeda sonan-te. Pontinhos no mapa daeconomia que vemos merca-dejada todos os dias.

* Diretor-técnico da LCAConsultores. Próximo artigo doautor em 27 de janeiro

PEDRO MIZUTANI*

LUIZ GUILHERMEPIVA*

de biocombustíveis do Brasil.Os Estados Unidos é o maiormercado do brasileiro para aexportação do etanol. Na oca-sião, a menção quase tímida deObama à nossa energia renová-vel foi encarada como um gran-de avanço nas negociações paraa quebra de barreiras interna-cionais ao etanol do Brasil,além de sinalizar uma disposi-ção dos norte-americanos emrever as políticas de comércioexterior entre os dois países.

Com diferenciais competi-tivos de alto valor agregado, oetanol brasileiro representa apossibilidade de distribuir aomundo uma fonte limpa, sus-tentável e economicamenteviável.Vale ressaltar aindaqueo resíduo do processo dasusinas sucroalcooleiras aindareforça a matriz energéticabrasileira, com a possibilida-de de gerar energia elétrica,por meio do bagaço e da pa-lha da cana-de-açúcar.

No momento em que seencontra a economia atual,serão necessários fortes in-vestimentos no setor paraque ele não perca a competi-tividade e seu desempenhofrente ao mercado externo.

A morosidade na homolo-gação e repasse dos recursos fi-nanceiros por parte do BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES)irá implicar tanto descréditocomo baixa contribuição paraa economia nacional.

Um dos pontos mais ca-rentes de investimento do go-verno está na ampliação damatriz energética nacionalpor meio do setor sucroalco-oleiro. Com a crescente de-manda do País por energiaelétrica, as usinas surgem co-mo importante alternativapara garantir o desenvolvi-mento e equilíbrio brasileirosna cogeração de energia.

Além de ser renovável, a

energia produzida pelo baga-ço e palha da cana-de-açúcartem a virtude de ampliar ofornecimento de eletricidadejustamente num período deescassez de chuvas, quando osreservatórios das hidrelétricase represas alcançam seus ní-veis mais baixos. Caso hou-vesse incentivo do governo, asusinas brasileiras poderiamgerar energia equivalente a hi-drelétrica de Itaipu.

Com os devidos repasses, osetor ganha fôlego para dar an-damento aos projetos de cons-trução, ampliação e manuten-ção das usinas, além de gerarnovas e boas oportunidades decomércio no exterior e no País.O governo federal também saiganhando, porque pode poten-cializar sua liderança regionale global e firmar-se como ex-portador de know-how e tec-nologia de produção.

* Vice-presidente geral da Cosan

Telê Santana deveria estarno currículo dos MBAs

A inflação trouxe inúmerosmales ao Brasil, alguns dosquais ainda hoje estão incrus-tados em nosso cotidiano, co-mo o repasse aos preços deprodutos e serviços das expec-tativas de carestia de itens queos compõem, mesmo que elasnão se confirmem.

Mas a inflação também teveseu lado positivo. Ela realçou aversatilidade dos executivosbrasileiros, reconhecida inter-nacionalmente pela quantida-de de profissionais tupini-quins que assumiram o co-mando de multinacionais nasúltimas décadas. O atual presi-dente do Banco Central, Hen-rique Meirelles, é um exemplotípico. Ele chefiou a subsidiá-ria brasileira do Banco de Bos-ton, de 1984 a 1996, quandofoi alçado ao comando mun-dial da institui-ção financeiranorte-america -n a . E m 1 9 9 9 ,quando o Bank-Boston se fun-diu com o grupoFleet Financial,tornou-se o prin-cipal executivoda organização.

Um sem-número de brasi-leiros, espelhados na trajetóriabem-sucedida de profissionaiscomo Meirelles e também porexigência do mercado, decidiucomplementar seus estudosem renomadas escolas dos Es-tados Unidos e de outros paí-ses. Em decorrência dessa de-manda, nasceram centenas decursos de Master in BusinessAdministration (MBA) noBrasil. Como não são cursosde pós-graduação strictu sensu(como os de mestrado, douto-rado e pós-doutorado, demaior profundidade que osde especialização e geralmen-te mais longos), não passampela avaliação do Ministérioda Educação, que, em razãodisso, não dispõe de estatísti-cas de quantos cursos há,tampouco do número de alu-nos que os freqüentam.

De qualquer forma, suben-tende-se que o País possuauma significativa elite de“mestres” em administraçãode negócios exercendo seus co-nhecimentos nas empresasaqui instaladas. É frustrante,portanto, que, em momentosde adversidade, profissionaistão capacitados tomem a mes-ma decisão adotada por umdono de botequim quandopressente que passará por difi-culdades. Talvez a comparaçãoseja injusta com os donos de

botequins — por compaixãoou drama de consciência, dói-lhes pôr alguns de seus empre-gados no olho da rua.

É difícil de entender porque companhias que lucrarammais de R$ 12 bilhões num tri-mestre tenham que despediruma parcela de seus operáriosno outro. Não era de supor, aos“mestres” em administraçãode negócios dessas empresas,que um ciclo econômico depreços exageradamente altos éacompanhado por outro emque as forças tendem, pelo me-nos, a se neutralizar? Não é ne-cessário formar-se em Harvardpara aplicar seus conhecimen-tos apenas para tirar pedidosde mercadorias quando todosquerem comprá-las e ser toma-do por uma espécie de mortecerebral quando os produtosse acumulam nas prateleiras.

Na temporada de 1979,quando dirigiu a Sociedade Es-portiva Palmeiras, Telê Santanamontou um time de jogadorespraticamente desconhecidos econsiderados pouco talentosos.

Só não chegou àfinal do Campeo-nato Paulista por-que o então pre-sidente do Corin-thians, VicenteMatheus, mano-brou nos bastido-res para transfe-rir a partida se-mifinal entre os

dois rivais para depois das fé-rias dos jogadores, nivelando acondição física das duas equi-pes e freando a superioridadetécnica que o time esmeraldinodemonstrara até então.

No mesmo ano e com osmesmos jogadores, Telê levouo Palmeiras às semifinais doBrasileirão, depois de aplicar,em pleno Estádio do Maraca-nã, no Rio de Janeiro, uma go-leada de 4 x 1 no Flamengo,que tinha entre as suas estrelasZico, um dos melhores atacan-tes do futebol brasileiro. A par-tida valeu a Telê seu ingressocomo técnico da seleção nacio-nal em 1980. Não conseguiu otítulo da Copa do Mundo de1982, porém a beleza do fute-bol apresentado por seu escreteé lembrada até hoje. Em 1992 e1993, já no São Paulo FutebolClube, sagrou-se bicampeão daCopa Libertadores da Américae do Mundial Interclubes.

Ele demonstrou que, mes-mo com poucos recursos —como na época em que treinouo Palmeiras —, é possível de-senvolver um bom trabalho.As escolas brasileiras de MBAdeveriam incluir em seu currí-culo os ensinamentos de Telê,um dos melhores técnicos defutebol que o Brasil já teve.

* Editor-executivoE-mail: [email protected]

COSTÁBILENICOLETTA*

É hora de osexecutivosbrasileirosprovarem quesão criativos

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A4 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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BRASIL Recuperação econômica dos Estados Unidos não virá antes de 2011

INDICADORES NACIONAISEMPRÉSTIMOS DO SISTEMA FINANCEIRO *

(Saldos em fim de período — Em R$ milhões).

N ov / 2 0 0 7 Set/2008 Out/2008 N ov / 2 0 0 8 % 12 Meses.

Total do setor privado 892.105 1.131.296 1.161.568 1.185.018 32,83Indústr ia 205.351 269.460 279.400 291.276 41,84Ha b i t a ç ã o 44.422 58.132 59.828 61.775 39,06R u ra l 88.421 102.669 104.260 104.887 18,62Comércio 95.333 120.412 122.891 124.559 30,66Pessoas físicas 310.129 380.026 386.714 386.891 24,75Outros serviços 148.451 200.597 208.476 215.631 45,25.

Total do setor público ** 18.638 21.298 23.628 24.446 31,16Governo federal 3.676 4.785 6.946 7.102 93,19Governos estaduais e municipais 14.963 16.513 16.682 17.344 15,92.

Níveis de risco *** AA A + B C + D E + F G + HParticipação % sobre o total emN ov / 2 0 0 8 25,72 57,59 11,51 1,93 3,49.

Fontes: Banco Central e Centro de Informações da Gazeta Mercantil* Inclui operações de arrendamento mercantil. ** Inclui adm. direta, indireta e atividadesempresariais. *** As operações com atraso de pagamento têm a seguinte classificação: entre15 e 30 dias, nível B; de 31 a 60, nível C; de 61 a 90, nível D; de 91 a 120, nível E; de 121a 150, nível F; de 151 a 180, nível G; e acima de 180 dias, nível H de risco.

CORREÇÃO DE IMPOSTOS (R$)2008 2009.

Ufesp (SP) 14,88 15,85UFMSP (São Paulo) 87,20 92,09Rio de Janeiro 1,0436 1,0610Ufir (RJ) 1,8258 1,9372FCA (PR) 1,4403 1,5434UPF (PR) 54,29 58,18UPF (RS) 10,4257 11,0617UFEMG (MG) 1,8122 2,0349.

Fontes: Secretarias de fazenda municipais e estaduais e Centro de Informações da GazetaMercantil.

CORREÇÃO DAS COTAS DO IRPF/2008.

Pagamento no prazo legal.

Cota Ve n c i m e n t o Valor da cota Juros sobre To t a l (Darf campo 07) o valor da cota (Darf campo 09) (Darf campo 10).

1ª 30/04/2008 -2ª 30/05/2008 Va l o r 1% campo 073ª 30/06/2008 1,88% +4ª 31/07/2008 d e c l a ra ç ã o 2,84% campo 095ª 29/08/2008 3,91%6ª 30/09/2008 4,93%7ª 31/10/2008 6,03%8ª 28/11/2008 7,21%.

Taxa Selic.

Abr/08 = 0,90 Mai/08 = 0,88 Jun/08 = 0,96.

Jul/08 = 1,07 Ago/08 =1,02 Set/08 = 1,10.

Out/08 = 1,18 Nov/08 = 1,02 Dez/08 = 1,12.

Pagamento com atraso.

Utilize no Darf o código 0211.Multa = (Darf campo 08) sobre o valor apurado na declaração, aplicar 0,33% por dia deatraso, a partir do primeiro dia útil após o vencimento até o limite de 20,0%Juros = (Darf campo 09) aplicar os juros equivalentes à taxa Selic calculados a partir deMaio/08 até o mês anterior ao do pagamento e mais 1% no mês do pagamentoTotal = (Darf campo 10) informar a soma dos valores dos campos 07, 08 e 09..

Fontes: Secretaria da Receita Federal e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

BALANÇO DE PAGAMENTOS - CONTA CAPITAL(US$ milhões).

Jan Jan Jan JanContas N ov / 0 5 N ov / 0 5 N ov / 0 6 N ov / 0 6 N ov / 0 7 N ov / 0 7 N ov / 0 8 N ov / 0 8 .

Conta capital e financeira 2.899 1.954 2.672 19.459 8.143 85.134 34.940 35.874Conta capital 57 692 89 839 83 699 65 999Conta financeira 2.843 1.263 2.583 15.948 8.060 84.435 34.875 34.875Investimento direto líquido 908 11.041 550 -8.100 91 30.412 19.616 19.616No exterior -264 -2.660 -2.118 -24.945 -2.439 -3.287 -17.309 -17.309No País 1.172 13.701 2.667 16.295 2.530 33.699 36.926 36.926Investimentos em carteira 1.622 3.474 2.520 10.335 -1.196 39.699 5.395 5.395A t i vo s -58 -1.694 -86 597 -186 -1.236 784 784Ações -1 -926 -101 -624 -181 -1.426 171 171Títulos de renda fixa -56 -768 15 1.308 -5 190 613 613Pa s s i vo s 1.679 5.168 2.606 9.738 -1.010 40.935 4.610 4.610Ações 929 5.327 439 7.431 -390 18.704 -6.654 -6.654Títulos de renda fixa 750 -159 2.167 -299 -620 22.231 11.264 11.264Der ivativos 17 40 37 368 -121 -513 -322 -322Outros investimentos 295 -13.292 -524 13.345 9.286 14.837 10.186 10.186.

Fontes: Banco Central e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

ÍNDICES DE PREÇOS (EM %)A c u mu l a d o

Ju l Ago Set Out N ov Dez no Ano 12 Meses.

IGP-DI (FGV) 1,12 -0,38 0,36 1,09 0,07 - 9,58 11,20.

IPA-DI (FGV) 1,28 -0,80 0,44 1,36 -0,17 - 10,78 12,88.

IPA-Agro (FGV) 1,14 -5,09 -0,46 -0,02 -0,64 - 2,99 7,38.

IPA-Ind. (FGV) 1,34 0,86 0,77 1,86 0,00 - 13,79 14,93.

IPC-DI (FGV) 0,53 0,14 -0,09 0,47 0,56 - 5,52 6,27.

INCC-DI (FGV) 1,46 1,18 0,95 0,77 0,50 - 11,68 12,34.

IGP-M (FGV) 1,76 -0,32 0,11 0,98 0,38 -0,13 9,81 9,81.

IPA-M (FGV) 2,20 -0,74 0,04 1,24 0,30 -0,42 10,84 10,84.

IPC-M (FGV) 0,65 0,23 -0,06 0,25 0,52 0,58 6,07 6,07.

INCC-M (FGV) 1,42 1,27 0,95 0,85 0,65 0,22 12,00 12,00.

INPC (IBGE) 0,58 0,21 0,15 0,50 0,38 - 6,17 7,20.

IPCA (IBGE) 0,53 0,28 0,26 0,45 0,36 - 5,61 6,39.

IPCA-E (IBGE) * 0,63 0,35 0,26 0,30 0,49 0,29 6,10 6,10.

IPC-SP (Fipe) 0,45 0,38 0,38 0,50 0,39 - 5,99 6,86.

ICV-SP (Dieese) ** 0,87 0,32 0,14 0,43 0,53 - 6,01 7,16.

IPC-RJ (FGV) 0,22 0,17 -0,22 0,54 0,85 - 5,60 6,21.

Fontes: FGV, IBGE, Fipe, Dieese e Centro de Informaçöes da Gazeta Mercantil.* Divulgação trimestral. ** Referente a famílias com renda de 1 a 33 salários m í n i m o s.

PRODUÇÃO/EMPRESASVariação %

Set Out N ov Mês Ano 12 Meses.

Indústria geral (1) 136,17 137,88 - 1,26 18,27 0,77.

Indústria têxtil (1) 112,87 115,26 - 2,12 30,87 -3,51.

Nível de emprego (2) 111,15 111,71 - 0,51 6,07 4,54.

Falências (unidades) (3) 13 26 13 -27,78 -68,98 -35,31.

Autoveículos (unidades)* 300.220 296.871 194.879 -28,59 13,06 13,29.

Fontes: IBGE, Fiesp, ACSP, Anfavea e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.(1) Produção industrial, Base: média 2002 =100; (2) Total de pessoal ocupadona indústria paulista, Base: Jan/2006=100 ; (3) Decretadas na Capital/SP.*Produção total de autoveículos(montados e CKD). Dados revisado a partir de Jan/04.

IMÓVEIS — ÍNDICE DE CUSTO DE FINANCIAMENTOSAcumulado %

Ju l Ago Set Out N ov Dez Jan no Ano 12 Meses.

CUB/SP % * 0,60 1,36 0,74 1,69 0,21 -0,04 - 10,96 10,96.

UPC/R$ ** 21,41 21,41 21,41 21,53 21,53 21,53 21,67 0,65 1,69.

Fontes: Sinduscon, Caixa Econômica Federal e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.* Custo Unitário Básico ** Unidade Padrão de Capital.

IMPOSTO DE RENDARendimentos em Janeiro - R$ Alíquota (%) Deduzir (R$).

Até 1.434,59 Isento -.

Acima de 1.434,60 até 2.150,00 7,5 107,59.

Acima de 2.150,01 até 2.866,70 15,0 268,84.

Acima de 2.866,71 até 3.582,00 22,5 483,84.

Acima de 3.582,00 27,5 662,94.

Fontes: Receita Federal e Centro de Informações da Gazeta Mercantil."Deduções: R$ 144,20 por dependente; R$ 1.434,59 por aposentadoria a quem já completou65 anos; pensão alimentícia judicial; valor da contribuição paga, no mês, à Previdência Sociale a entidades de Previdência Privada no Brasil. "

AGREGADOS MONETÁRIOS E ARRECADAÇÃO(R$ milhões).

N ov / 2 0 0 7 Set/2008 Out/2008 N ov / 2 0 0 8 % em 12Meses.

Base monetária 127.393 137.544 139.816 130.600 2,52Papel moeda emitido 86.141 98.222 99.682 100.534 16,71Reservas bancárias 41.252 39.323 40.134 30.066 (27,12)Meios de pagamento 183.725 193.428 195.979 195.354 6,33Papel moeda em poder do público 69.380 79.895 80.578 81.158 16,98Depósitos à vista 114.345 113.533 115.401 114.196 (0,13).

N ov / 2 0 0 7 Set/2008 Out/2008 N ov / 2 0 0 8 R$ em 12Meses.

Arrecadação da Receita Federal 52.414 55.663 65.493 54.729 685.079Imposto de Renda 13.914 14.320 18.168 13.987 191.864Receita Previdenciária 12.946 14.851 14.887 15.051 177.057IPI 2.414 2.610 2.619 2.509 29.785Imposto sobre Importações 1.937 2.715 3.073 2.842 26.771Contr ibuições* 18.980 17.258 19.278 16.662 207.453Outras receitas 2.223 3.908 7.469 3.677 52.149.

Fontes: Banco Central, RFB e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.* CPMF, Cofins, PIS/Pasep, CSLL, Cide-combustíveis e Seguridade Social dos Ser-vidores Públicos.

BALANÇO DE PAGAMENTOS - CONTA CORRENTE(US$ milhões).

Balança comercial Ser viços Tra n s fe r. Trans. correntes

Pe r í o d o Expor t. Impor t. Ju ro s Viag ens Outros (1) To t a l Unital. 12 meses % PIB.

N ov / 0 7 14.052 12.025 -340 -369 -2.964 -3.673 303 2.620 0,20.

Dez/07 14.231 10.595 -339 -313 -4.143 -4.795 356 1.712 0,13.

Ja n / 0 8 13.277 12.333 -1.289 -380 -3.832 -5.501 325 -1.955 -0,14.

Fev / 0 8 12.800 11.918 -595 -317 -2.382 -3.293 321 -4.244 -0,31.

Mar/08 12.613 11.601 -307 -233 -5.250 -5.790 349 -8.817 -0,63.

Abr/08 14.059 12.315 -348 -500 -4.483 -5.331 276 -13.795 -0,97.

Mai/08 19.306 15.229 -130 -585 -4.276 -4.990 264 -14.516 -1,01.

Ju n / 0 8 18.593 15.875 -565 -621 -3.863 -5.049 320 -17.852 -1,22.

Ju l / 0 8 20.451 17.149 -1.288 -838 -3.658 -5.785 372 -19.355 -1,30.

Ago/08 19.747 17.478 -387 -523 -2.740 -3.650 291 -21.828 -1,45.

Set/08 20.017 17.263 -502 -656 -4.688 -5.846 323 -25.168 -1,64.

Out/08 18.512 17.305 -515 -295 -2.408 -3.219 504 -26.559 -1,71.

N ov / 0 8 14.753 13.140 -459 -128 -2.476 -3.063 420 -26.270 -1,67.

Fontes: Banco Central e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.(1) Inclui lucros reinvestidos

SALÁRIO MÍNIMO E FGTSA c u mu l a d o

Set/08 Out/08 N ov / 0 8 Dez/08 no Ano 12 Meses.

FGTS (%) * 0,4441 0,4978 0,4088 0,4620 4,68 4,68Salário mínimo (R$) 415,00 415,00 415,00 415,00 9,21 9,21.

Fontes: CEF, Ministério da Fazenda e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.* Crédito no dia 10 do mês seguinte (TR + juros de 3% ao ano).

NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO(Fluxos acumulados em 12 meses — em R$ milhões).

Conceito/Esfera deG ov e r n o

N ov / 2 0 0 7 Ago/2008 Set/2008 Out/2008 N ov / 2 0 0 8.

Pr imár io -106.934 -122.347 -128.798 -127.922 -123.050Governo central -77.837 -92.011 -98.457 -96.744 -91.449Governos regionais -28.625 -30.266 -30.467 -30.263 -30.576Empresas estatais -472 -70 126 -915 -1.025.

Juros nominais 160.285 174.972 165.641 159.015 157.820Governo central 115.619 99.879 94.954 88.079 85.689Governos regionais 42.524 72.467 67.751 67.740 68.763Empresas estatais 2.143 2.625 2.936 3.196 3.369.

Nominal 53.352 52.625 36.843 31.093 34.771Governo central 37.782 7.868 -3.503 -8.665 -5.760Governos regionais 13.899 42.202 37.284 37.477 38.187Empresas estatais 1.670 2.555 3.063 2.281 2.343.

PIB 2.542.409 2.800.051 2.829.309 2.855.505 2.881.419.

Fontes: Banco Central e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

IMPOSTOS

Agenda tributária

Data de Código Código Périodo doTributos/contribuições vencimento Darf GPS fato gerador (FG)

1) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF) DiáriaRendimentos do TrabalhoTributação exclusiva sobre remuneração indireta 2063 FG ocorrido no mesmo diaRendimentos de Residentes ouDomiciliados no ExteriorRoyalties e pagamentos de assistência técnica 0422 FG ocorrido no mesmo diaRenda e proventos de qualquer natureza 0473 FG ocorrido no mesmo diaJuros e comissões em geral 0481 FG ocorrido no mesmo diaObras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas 5192 FG ocorrido no mesmo diaFretes internacionais 9412 FG ocorrido no mesmo diaRemuneração de direitos 9427 FG ocorrido no mesmo diaPrevidência privada e Fapi 9466 FG ocorrido no mesmo diaAluguel e arrendamento 9478 FG ocorrido no mesmo diaOutros RendimentosPagamento a beneficiário não identificado 5217 FG ocorrido no mesmo dia

2) Imposto sobre a Exportação (IE) Diária 0107 Exportação, cujo registro dadeclaração para despacho

aduaneiro tenha-se verificado 15 dias antes

3) Cide - Combustíveis - Importação - Lei 10.336/01Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Diária 9438 Importação, cujo registroincidente sobre a importação de petróleo e seus da declaração tenha-sederivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, verificado no mesmo dia.e seus derivados, e álcool etílico combustível.

4) Contribuição para o Pis/Pasep DiáriaPis/Pasep - Importação de Serviços (Lei 10.865/04) 5434 FG ocorrido no mesmo dia

5) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) DiáriaCofins - Importação de Serviços (Lei 10.865/04) 5442 FG ocorrido no mesmo dia

6) Associação Desportiva que Mantém Equipe Diário (até 2 2550 Data da realização dode Futebol Profissional- Receita Bruta de dias úteis após do evento (2 diasEspetáculos Desportivos - CNPJ - Retenção e a realização do úteis anteriores ao recolhimento efetuado por entidade promotora do evento) vencimento)espetáculo (federação ou confederação), em seu próprio nome

7) Pagamento de parcelamento de clube Diário (até 2 4316 Data da realização dode futebol - CNPJ - (5% da receita bruta dias úteis após do evento (2 diasdestinada ao clube de futebol) a realização do úteis anteriores ao

evento) vencimento)

8) Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/Pasep Data de Vencimento 1708 Mês da prest.do serviçoReclamatória Trabalhista - CEI do tributo na época 2801 Mês da prest.do serviçoReclamatória Trabalhista - CEI - pagamento da ocorrência doexclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, fato gerador (videSenai, etc.) art. 11 do ADE Codac 2810 Mês da prest.do serviçoReclamatória Trabalhista - CNPJ nº 76/2008 2909 Mês da prest.do serviçoReclamatória Trabalhista - CNPJ - pagamento exclusivopara outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) 2917 Mês da prest.do serviço

9) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 6/1Rendimentos de capitalTítulos de renda fixa - Pessoa física 8053 21 a 31/Dez/2008Títulos de renda fixa - Pessoa jurídica 3426 21 a 31/Dez/2008Fundo de investimento - Renda fixa 6800 21 a 31/Dez/2008Fundo de Investimento em ações 6813 21 a 31/Dez/2008Operações de Swap 5273 21 a 31/Dez/2008Day-trade - Operações em Bolsas 8468 21 a 31/Dez/2008Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados 5557 21 a 31/Dez/2008Juros remun. de capital próprio (art. 9º, Lei nº 9249/95) 5706 21 a 31/Dez/2008Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de cotas 5232 21 a 31/Dez/2008Demais rendimentos de capital 0924 21 a 31/Dez/2008Rendimentos de residentes ou domiciliados no exteriorAplic. financeiras – Fundos/entidades de investim. coletivo 5286 21 a 31/Dez/2008Aplicações em fundos de conversão de débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos 0490 21 a 31/Dez/2008Juros remuneratórios de capital próprio 9453 21 a 31/Dez/2008Outros rendimentosPrêmios obtidos em concursos e sorteios 0916 21 a 31/Dez/2008Prêmios obtidos em bingos 8673 21 a 31/Dez/2008Multas e vantagens 9385 21 a 31/Dez/2008

10) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 6/1 21 a 31/Dez/2008Operações de crédito - Pessoa jurídica 1150 21 a 31/Dez/2008Operações de crédito - Pessoa física 7893 21 a 31/Dez/2008Operações de câmbio - Entrada de moeda 4290 21 a 31/Dez/2008Operações de câmbio - Saída de moeda 5220 21 a 31/Dez/2008Aplicações financeiras 6854 21 a 31/Dez/2008Factoring (art. 58 da Lei nº 9532/97) 6895 21 a 31/Dez/2008Seguros 3467 21 a 31/Dez/2008Ouro, ativo financeiro 4028 21 a 31/Dez/2008

11) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 6/1Cigarros dos códigos 2402.20.00 da Tipi 1020 21 a 31/Dez/200812) Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poderpúblico - CNPJ 8/1 7307 1º a 31/Dez/2008Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poderpúblico - CNPJ - estoque 8/1 7315 1º a 31/Dez/2008

13) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 9/1Outros rendimentos 5299Juros de empréstimos externos Dezembro/2008Data em que se esgota o prazo legal para pagamento dos tributos e contribuições federais.Fontes: Departamento da Receita Federal e Gazeta Mercantil.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (INSS) Dezembro*Contribuintes individuais e facultativos

Salário Alíquota Contribuiçãobase (R$) (%) (R$)

415,00 11,00 45,65de 415,01 a 3.038,99 20,00 de 45,66 a 607,80

Empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsosAlíquotas (em %)

Salário contribuição (R$) INSS**Até 911,70 8,00de 911,71 até 1.519,50 9,00de 1.519,51 até 3.038,99 11,00Empregador 12,00

Salário famíliaRemuneração Quota (R$)até R$ 472,43 24,23de R$ 472,44 até R$ 710,08 17,07Fontes: Ministério da Previdência Social e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.* Pagamento até o dia 12/1/09 (empresas) e até o dia 15/1/09 (pessoas físicas).Obs.: Tabela válida a partir de 1/3/2008, de acordo com a Portaria Nº 77, de 12/3/2008.

COMÉRCIO EXTERIOR

Obama deverá cuidarda economia interna eadiar temas ligados àAmérica Latina

Superávit com EUA pode zerar em 2009

SÔNIA SALGUEIROSÃO PAULO

Os Estados Unidos continuamsendo o principal parceiro comer-cial do Brasil, com uma corrente decomércio superior a US$ 50 bilhões,mas os efeitos da crise financeira in-ternacional já pairam sobre o inter-câmbio entre os dois países. O su-perávit comercial a favor do Brasil,que era de US$ 6,34 bilhões ao finalde 2007, somou apenas US$ 2,09 bi-lhões no acumulado de janeiro anovembro de 2008, e a tendência éde um saldo comercial ainda menorneste ano. “Como a cotação dascommodities cairá mais do que opreço médio de outros produtos, osuperávit com o mercado norte-americano pode diminuir ou até ze-rar”, diz Fábio Silveira, sócio-diretorda RC Consultores, lembrando queo Brasil manda para lá principal-mente produtos básicos e semima-nufaturados e traz manufaturados.

“Além do aspecto do preço, co-mo a previsão é que o Brasil con-tinuará a crescer, as importaçõestendem a cair menos do que as ex-portações”, completa o economista.Cenário projetado pela RC indicaque em 2009 o Produto InternoBruto (PIB) norte-americano cairá1%. A recuperação da economialocal, sinaliza Silveira, não virá an-tes de 2011. A consultoria avaliaque a cotação média do petróleo –item mais exportado para os EUAaté novembro – cairá 52% frente a2008, atingindo US$ 47 o barril.

Pelas estimativas de José Augus-to de Castro, vice-presidente da As-sociação de Comércio Exterior doBrasil (AEB), a balança com os Es-tados Unidos deve ter fechado oano passado com um saldo positi-vo de US$ 2 bilhões a US$ 2,3 bi-lhões. “Desde 1985 a balança Brasil-

Estados Unidos só foi deficitáriaentre 1995 e 1999, mas em 2009 oquadro muda, porque nossas im-portações cairão, mas as exporta-ções vão cair ainda mais, devido aobarateamento das commodities”,faz coro o dirigente da AEB.

Uma incógnita que se apresentapara este exercício no comércio bi-lateral com os Estados Unidos é co-mo será a administração BarackObama. “O viés desse governo serámenos livre comércio e mais ques-tões ambientais e trabalhistas”,aposta Mário Marconini, diretor deNegociações Internacionais da Fe-deração das Indústrias do Estado deSão Paulo (Fiesp).

Na opinião de José FredericoÁlvares, gerente executivo daUnidade de Comércio Exterior daConfederação Nacional da Indús-tria (CNI), demorará algum tem-po até que a administração Oba-ma se volte para as questões co-merciais na América Latina. “Onovo presidente vai pegar a eco-nomia norte-americana em fran-galhos e, por isso mesmo, imagi-no que ele elegerá duas priorida-des: olhar para dentro de casa epara os temas voltados à seguran-ça nacional”, diz Álvares. Daí aprevisão de que Obama demoraráa atentar para temas comerciais,principalmente os relativos àAmérica Latina. Diante disso, se-gundo Álvares, será a capacidadede recuperação dos Estados Uni-dos que determinará como será arelação comercial entre os doispaíses a partir deste ano.

“A questão que se coloca é oque ocorrerá depois de dezembrode 2009 com o Sistema Geral dePreferências (SGP)”, afirma Cas-tro, da AEB. O SGP é uma conces-são tarifária para produtos espe-cíficos que os Estados Unidosconcedem unilateralmente paraalguns países. Lembrando que opartido democrata tende a sermais conservador que o republi-cano, o dirigente da AEB diz que é

SALDO REDUZIDOFontes: Secex e Centro de Informações da Gazeta Mercantil *Acumulado em 12 meses até novembroBalança comercial Brasil–Estados Unidos (em US$ bilhões)2005 2006 2007200430,025,020,015,010,05,00 0,2912,90 2,8225,0527,87Exportações 2008*2000 2001 2002 2003Importações Saldo13,19preciso considerar ainda que te-mos um parceiro em plena reces-são. “Por que os Estados Unidosdariam incentivos fiscais se suaeconomia está ruim?”, indaga.

A exclusão e a inclusão de pro-dutos no SGP são discutidas emmeados do ano, para vigorar a par-tir do ano seguinte. “O Brasil nãoaproveita tudo o que tem lá. A par-ticipação dos produtos que cons-tam do SGP corresponde só a 10%de nossas exportações para os Es-tados Unidos”, calcula Castro.

Marconini, da Fiesp, diz que oBrasil não tem acordo comercial

com os Estados Unidos. “Só te-mos o SGP, que beneficia muitoo intercâmbio intrafirma, afinalsó 7% do que exportamos para omercado norte-americano é debens de consumo final”, afirma.O diretor da Fiesp reconhece queas negociações, a partir de mea-dos deste ano, para concessão doSGP de 2010, serão complicadas.“Esse será um assunto sensívelem 2009, porque os democratasdefendem que a concessão sejadada a países menos avantajadose não vão querer manter o siste-ma como ele é hoje”, conclui.

Participação norte-americana na pauta de exportações abaixo de 10%Os Estados Unidos já foram bem mais re-

presentativos na pauta de exportação brasi-leira. Em 1985, 26,79% de todas as nossasvendas externas iam para a terra de TioSam. No acumulado de janeiro a novembrodo ano passado, essa fatia caiu para 14,58%.“Não surpreenderá se a participação dosEUA na nossa pauta de exportação cair pa-ra menos de 10% em 2009, por causa da que-da de preços”, diz José Augusto de Castro, vi-ce-presidente da Associação de Comércio Ex-terior do Brasil (AEB).

Castro analisa que a perda de mercadonos Estados Unidos decorreu principalmente

da valorização do real frente ao dólar. “Issofez o Brasil ceder terreno em áreas como cal-çados e têxteis e aumentar participação emitens básicos”, diz. Agora, com a mudança dopadrão cambial, é possível recuperar parte dacompetitividade na área de manufaturados.No âmbito dos itens básicos e semimanufatu-rados, porém, a situação continuará difícil,devido à desaceleração dos preços.

Do lado das importações, a representativi-dade dos Estados Unidos também diminuiu,mas bem menos do que na ponta das expor-tações. Em 1985, mostra levantamento daAEB, os produtos vindos dos EUA respon-

diam por 19,6% das importações totais. Noacumulado de janeiro a novembro de 2008,essa fatia encolheu para 14,5%.

A pauta de exportação para o mercadonorte-americano mudou drasticamente nosúltimos anos. Levantamento da mesmaAEB mostra que em 2001 lideravam o ran-king de produtos mais exportados aviões, te-lefones celulares, calçados, automóveis eóleos combustíveis. No ano de 2007, os em-barques foram puxados por petróleo em bru-to, aviões, ferro fundido bruto, motores pa-ra veículos e ouro para uso não monetário.

S.S.

Redução tarifária do SGP será essencial, afirma Mário Marconini

GENESIO/GAZETA MERCANTIL

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | A5

Preços dos alimentos subiram 10,15% no ano passado, segundo a FGVBRASIL

FOCUS

Expectativa é decrescimento de 2,4% doPIB neste ano, segundolevantamento do BC

AYR ALISKIBRASÍLIA

Diante da piora nas expectati-vas de crescimento econômico esteano, o Comitê de Política Monetá-ria (Copom) deve promover cortede 0,5 ponto percentual na taxa Se-lic já na primeira reunião de 2009,que acontece entre 22 e 23 destemês. É o que esperam os economis-tas ouvidos pelo Banco Central napesquisa semanal Focus, divulgadaontem. Com isso, a taxa passariados atuais 13,75% para 13,25% aoano. Na semana passada, a previsãoera de um corte de 0,25 ponto.

Tal comportamento represen-ta uma mudança no cenário eco-nômico, uma vez que há quatrosemanas as estimativa era de ma-nutenção da Selic em 13,75% noprimeiro mês de 2009. Para oano, os analistas mantêm a pro-jeção de que a taxa básica de ju-ros chegará em 12% em dezem-bro, mesmo patamar estimadono boletim anterior.

O mercado piorou as expectati-vas quanto ao crescimento do Pro-duto Interno Bruto (PIB) em 2009.A mais recente projeção indica pa-ra uma expansão de apenas 2,4%no PIB neste ano. Uma semana an-tes, a estimativa era da alta de2,44% no ano. O setor privado está,portanto, bem mais pessimista queo governo. A projeção do próprioBanco Central, presente no últimoRelatório de Inflação divulgado em

dezembro, aponta para crescimen-to do PIB em 3,2% este ano; en-quanto o ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, insiste que o Brasil de-ve trabalhar para obter umaevolução do PIB em 4% em 2009.

O mercado revisou também es-timativas quanto ao desempenhoda indústria. A nova estimativa in-dica crescimento de 2,7% este anona produção da indústria brasileira,contra projeção de alta de 2,9% nasemana anterior.

O resultado da balança comer-cial de 2009 também passou a seralvo de uma projeção de superávitde apenas US$ 14,5 bilhões. Umasemana antes, a estimativa era deque o superávit chegaria a US$ 15bilhões. De qualquer forma, trata-se de forte retração na comparaçãocom o resultado de 2008, quando osuperávit comercial ficou em tornode US$ 24 bilhões.

Não há apenas revisões pessi-mistas de estimativas. O boletimFocus indica que o mercado apostatambém em fluxo de US$ 23 bi-lhões em Investimentos Estrangei-ros Diretos (IED) este ano. Na se-mana anterior, a estimativa era deque o IED chegaria a apenas US$21,5 bilhões. Apesar da melhora

das projeções, será um resultadobem mais tímido que o de 2008, noqual o fluxo consolidado é estima-do em US$ 40 bilhões, conformeestudos do próprio Banco Central.

Melhoraram também as pers-pectivas quanto à evolução da dí-vida pública, a qual deverá aboca-nhar 37% do PIB ao final desteano. Na semana anterior, os agen-tes de mercado apostavam que adívida seria de 37,1% do PIB. Já asprojeções em relação ao resultadoem conta corrente foram mantidasna comparação com a semana an-terior, com déficit estimado emUS$ 25 bilhões para 2008.

Os agentes de mercado têmboas perspectivas quanto ao com-portamento da inflação. Em rela-ção ao boletim anterior, forammantidas as projeções de alta de5% do Índice de Preços ao Consu-midor Amplo (IPCA) e de 5,5% pa-ra o Índice Geral de Preços – Dis-ponibilidade Interna (IGP-DI). Foireduzida de 5,5% para 5,26% a es-timativa para o Índice Geral de Pre-ços de Mercado (IGP-M). Não háexpectativas por mudanças na taxade câmbio, que deverá ser de R$2,25 por dólar ao final do ano, mes-ma previsão da semana anterior.

Mercado prevê redução de0,5 ponto na Selic em janeiro

INFLAÇÃO

AGÊNCIA BRASIL E REDAÇÃOSÃO PAULO

O Índice de Preços ao Consu-midor Semanal (IPC-S), medidopela Fundação Getúlio Vargas(FGV), registrou queda de 0,52%na quarta semana de dezembro– número 0,09 ponto percentualinferior ao resultado da terceirasemana do mês, que foi de0,61%. Com esse resultado, oIPC-S fechou 2008 com alta de6,07%, taxa superior à registra-da no ano anterior, quando ti-nha tido alta de 4,6%.

O grupo alimentação foi oque mais contribuiu para o re-cuo do indicador semanal, coma taxa passando de 0,88% para0,60%. Nesse caso, os principaisdestaques foram as hortaliças eos legumes, que variaram de11,48% para 9,55%, os adoçan-tes (de 0,37% para -1,14%) e osl a t i c í n i o s ( d e 0 , 6 6 % p a r a0,25%).

Os alimentos encerraram2008 com alta de 10,15%, a taxamais elevada entre as sete clas-ses de despesas pesquisadas pelaFGV. Com uma taxa de 6,27%, ogrupo saúde e cuidados pessoaisapresentou a segunda maior va-riação no ano, seguida por edu-c a ç ã o , l e i t u r a e r e c r e a ç ã o(5,77%), despesas diversas(4,69%) e habitação (4,49%).Vestuário e transportes registra-ram, respectivamente, altas de2,92% e 2,78% no ano passado.

Na quarta semana de dezem-bro, além de alimentação, tam-bém apresentaram recuo os gru-pos habitação (0,44% para0,36%), com destaque para tari-fa de eletricidade residencial (de0,48% para 0,29%), educação,

leitura e recreação (de 0,39% pa-ra 0,37%), destacando passeios eférias (de 2,10% para 1,09%),além de vestuário (de 0,56% pa-ra 0,52%), com os calçados co-mo principal fator de contribui-ção para a taxa (de -0,28% para -0,66%).

Entre os grupos que apresen-taram alta estão os transportes(de 0,57% para 0,72%) e as des-pesas diversas (de 0,31% para0,37%). As contribuições mais

e xp re s s i va sem cada umadessas classesf o r a m d o sitens ônibusu r b a n o ( d e0 , 6 5 % p a r a0,99%) e dosalimentos pa-r a a n i m a i s

domésticos (de -1,21% para0,78%).

O grupo saúde e cuidadospessoais repetiu a mesma taxade 0,71% registrada na últimaapuração. O destaque em senti-do ascendente foi a categoria deartigos de higiene e cuidado pes-soal (de 1,07% para 1,21%) e, nosentido descendente, medica-mentos em geral (de 0,12% para-0,05%).

IPC-S fecha 2008com alta de 6,07%

SONDAGEM

INVESTNEWSSÃO PAULO

A cesta básica apresentou al-ta de 11,30% em 2008, segundopesquisa realizada na cidade deSão Paulo pela Fundação Pro-con-SP, órgão vinculado à Secre-taria da Justiça e da Defesa daCidadania, em convênio com oDepartamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeco-nômicos (Dieese). O preço mé-dio que, em 27 de dezembro de2007, era R$ 258,58, passou paraR$ 287,80 em 26 de dezembrodo ano passado.

Por grupos, foram constata-das as seguintes variações: ali-mentação: 9,78%; limpeza: 16%;e higiene pessoal, 20,43%. Ostrês produtos que apresentaramas maiores altas no ano foram:s a b ã o e m b a r r a - u n i d a d e(42,11%), arroz - tipo 2 - pacotede 5 kg. (36,60%) e sabonete -unidade de 90-100g. (35,42%).As três maiores quedas foram:feijão carioquinha (-36,36%), ba-tata - quilo (-17,68%) e alho(–12,25%).

A pesquisa que abrange 31produtos desagregados em mar-cas, perfazendo um total de 68itens, e foi realizada em 70 super-mercados da cidade de São Paulo.A variação do preço médio da ces-ta básica desde o Plano Real foi de170,49% (base: 30 de junho de1994 R$ 106,40).

Cesta básicafica 11,30%mais cara

TAXA TINHASIDO DE

4,6por cento noexercícioanterior

"O presente Edital está sendo republicado em razão de incorreções verificadas na versão originalmente publicada ontem, 05/01/2009, neste mesmo jornal."

IX. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA OBJETO9.1. A Companhia Objeto é uma sociedade por ações, de capital aberto, com registro para negociar valores mobiliários de sua emissão no mercado de bolsa,e que tem por objeto social principal a indústria, o comércio e a exportação de café em geral, de seus subprodutos e derivados, bem como a importação demercadorias para fins de comercialização. Como operações acessórias ao objeto principal, a Companhia Objeto está autorizada a promover a importação demercadorias e equipamentos necessários às suas atividades comerciais e industriais, bem como a comprar, vender e beneficiar produtos industrializados eagrícolas em geral, podendo, ainda, participar de outras sociedades. 9.2. O capital social é de R$90.064.557,30 (noventa milhões, sessenta e quatro mil,quinhentos e cinqüenta e sete reais e trinta centavos), dividido em 9.684.360 (nove milhões, seiscentas e oitenta e quatro mil, trezentas e sessenta) açõesordinárias, 7.378.562 (sete milhões, trezentas e setenta e oito mil, quinhentas e sessenta e duas) ações preferenciais da classe “A” e 11.990.161(onze milhões, novecentas e noventa mil, cento e sessenta e uma) ações preferenciais da classe “B”, todas escriturais e de valor nominal de R$3,10 (três reais edez centavos) cada uma. 9.3. A composição acionária da Companhia Objeto em 03/09/2008 era a seguinte:Categorias Ordinárias % Prefs. A % Prefs. B % Total %

Ofertante 7.575.329 78,22 3.056.909 41,43 6.285.022 52,42 16.917.260 58,23Controladores (controladora)e pessoas Pessoas 1.445.602 14,93 137.179 1,86 896.779 7,48 2.479.560 8,53vinculadas vinculadas

Administradores 33.505 0,35 31.693 0,43 3.427 0,03 68.625 0,24Total das açõesdos controladores e 9.054.436 93,50 3.225.781 43,72 7.185.228 59,93 19.465.445 67,00pessoas vinculadasTitulares de ações Eduardo 5.000 0,05 1.713.000 23,22 2.060.000 17,18 3.778.000 13,00em circulação Duvivier Netocom mais de Luiz Alves 7.000 0,07 1.473.698 19,97 996.084 8,31 2.476.782 8,535% do capital Paes de BarrosDemais ações em circulação 617.924 6,38 966.083 13,10 1.748.849 14,59 3.332.856 11,47Total das ações em circulação 629.924 6,50 4.152.781 56,28 4.804.933 40,07 9.587.638 33,00Total 9.684.360 100 7.378.562 100 11.990.161 100 29.053.083 1009.4. Quadro de negociação das ações ordinárias da Companhia Objeto nos últimos doze meses na BM&FBOVESPA:Mês Quantidade negociada Volume (R$) Preço mínimo (R$/ação) Preço médio (R$/ação) Preço máximo (R$/ação)Nov./07 3.100 30.880,00 8,80 9,96 11,00Dez./07 100 1.000,00 10,00 10,00 10,00Jan./08 1.200 12.650,00 9,50 10,25 12,00Fev./08 1.200 14.520,00 12,10 12,10 12,10Mar./08 100 1.200,00 12,00 12,00 12,00Abr./08 400 4.400,00 11,00 11,00 11,00Mai./08 6.900 62.048,00 8,18 8,99 10,00Jun./08 10.100 110.965,00 8,20 10,99 15,60Jul./08 1.900 16.002,00 8,00 8,42 9,20Ago./08 137.700 949.940,00 6,50 6,90 7,50Set./08 6.000 40.290,00 6,20 6,72 6,90Out./08 2.600 16.320,00 6,20 6,28 6,309.5. O preço médio ponderado de cada ação ordinária da Companhia Objeto nos últimos doze meses é de R$7,36 (sete reais e trinta e seis centavos).9.6. Indicadores econômico-financeiros e de mercado da Companhia Objeto consolidados de acordo com a legislação societária:Indicadores 31/12/2006 31/12/2007 31/03/2008 30/06/2008 30/09/2008Capital Realizado (R$ mil) 81.348 81.348 81.348 90.064 90.064Patrimônio Líquido (R$ mil) 177.627 192.625 195.188 201.848 171.125Receita Operacional Líquida (R$ mil) 466.285 490.598 127.385 257.601 392.837Lucro Operacional (R$ mil) 21.707 37.438 3.693 13.741 (35.241)Lucro Líquido (R$ mil) 15.791 26.418 2.563 8.859 (21.500)Exigível Total (R$ mil) 212.746 215.064 219.472 249.828 349.421Quantidade de Ações (mil) 29.053 29.053 29.053 29.053 29.053Lucro por Ação (R$/ação) 0,5435 0,9093 0,0194 0,3049 (0,7400)Valor Patrimonial por Ação (R$/ação) 6,1139 6,6301 6,7183 6,9476 5,8901Exigível Total/Patrimônio Líquido 1,977 1,116 1,124 1,238 2,042Lucro Líquido/Patrimônio Líquido (%) 8,89% 13,71% 1,31% 4,39% (12,56%)Lucro Líquido/Receita Líquida (%) 3,39% 5,38% 2,01% 3,44% (5,47%)Lucro Líquido/Capital Social (%) 19,41% 32,48% 3,15% 9,84% (23,87%)Notas: (1) 2006 e 2007 - balanços publicados; 31/03/2008, 30/06/2008 e 30/09/2008 - Informações Trimestrais (ITR) disponibilizadas junto à CVM e à

BM&FBOVESPA;(2) Dados com base no balanço da controladora;(3) Os valores de 31/03/2008 e 30/06/2008 são os acumulados no 1º trimestre e 1º semestre, respectivamente;(4) O lucro líquido para os períodos findos em 31/12/2006 e 31/12/2007 correspondem a 12 meses e o lucro líquido para o período findo em

31/03/2008 corresponde a 3 (três) meses, em 30/06/2008 corresponde a 6 (seis) meses e em 30/09/2008 corresponde a 9 (nove) meses.X. OUTRAS INFORMAÇÕES

10.1. A Ofertante declara ser responsável pela veracidade, qualidade e suficiência das informações fornecidas à CVM e ao mercado, bem como por eventuaisdanos causados à Companhia Objeto, aos seus acionistas e a terceiros, por culpa ou dolo, em razão da falsidade, imprecisão ou omissão de tais informações,nos termos do parágrafo 1° do artigo 7° da Instrução CVM nº 361/02. 10.2. A Ofertante e a Instituição Intermediária declaram que desconhecem a existênciade quaisquer fatos ou circunstâncias, não revelados ao público, que possam influenciar de modo relevante os resultados da Companhia Objeto ou as cotaçõesdas Ações. 10.3. A Companhia Objeto está em situação regular e atualizada com relação aos registros de que tratam o artigo 21, da Lei n° 6.385/76,e a Instrução CVM n° 202/93. 10.4. A Instituição Intermediária, a sua controladora e pessoas a elas vinculadas declaram não ser titulares e nem ter sob suaadministração discricionária valores mobiliários de emissão da Companhia Objeto. 10.5. Além das Ações e das ações preferenciais classes A e B,a Companhia Objeto não emitiu outros valores mobiliários que estejam em circulação. 10.6. A Instituição Avaliadora declarou no Laudo de Avaliação que ela,seus controladores, pessoas vinculadas a ela ou a seus controladores não são titulares ou possuem sob sua administração discricionária ações de emissão daCompanhia Objeto, e que não tem conflito de interesses que lhe diminua a independência necessária ao desempenho de suas funções. 10.6.1. A InstituiçãoAvaliadora declara que, nos últimos 12 (doze) meses, recebeu R$60.000,00 (sessenta mil reais) da Ofertante pela elaboração de avaliação preliminar daCompanhia Objeto e R$40.000,00 (quarenta mil reais) pela elaboração do Laudo de Avaliação, bem como R$100.000,00 (cem mil reais) pela prestação dosdemais serviços relacionados à Oferta. Além desses valores, a Instituição Avaliadora declara que não recebeu qualquer outro da Ofertante e da CompanhiaObjeto por serviços de consultoria, avaliação, auditoria e assemelhados, nos 12 (doze) meses anteriores ao pedido de registro desta Oferta.10.7. Os acionistas domiciliados fora do Brasil poderão estar sujeitos a restrições impostas pela legislação de seus países quanto à aceitação da presenteOferta, à participação no Leilão e à venda das Ações. A observância de tais leis aplicáveis é de inteira responsabilidade desses acionistas não residentes noBrasil. 10.8. Estão à disposição dos possíveis interessados cópias dos seguintes documentos, nos endereços indicados no item 10.8.2 abaixo:(i) Laudo de Avaliação elaborado pela Instituição Avaliadora; e (ii) o presente Edital. Tais documentos estão disponíveis nos centros de consulta da CVM, naBM&FBOVESPA, na sede da Companhia Objeto, na sede da Ofertante, na sede da Instituição Intermediária e nos respectivos endereços na rede mundial decomputadores. 10.8.1. A relação nominal de todos os Acionistas da Companhia Objeto, com os respectivos endereços e quantidade de ações, inclusive emmeio eletrônico, está disponível aos possíveis interessados, mediante identificação e apresentação de extrato emitido pela instituição escrituradora quecomprove a titularidade das ações, no endereço da Companhia Objeto, da Ofertante, da Instituição Intermediária, da BM&FBOVESPA, bem como nos centrosde consulta da CVM. 10.8.2. A documentação referida nos itens 10.8 e 10.8.1 acima encontra-se disponível nos seguintes locais:• COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM

Rua Sete de Setembro, n° 111, CEP 20050-901, Rio de Janeiro - RJRua Cincinato Braga, n° 340, 2° andar (centro de consultas), Centro, 2°, 3° e 4° andares, Edifício Delta Plaza, CEP 01333-010, São Paulo - SP,Internet: www.cvm.gov.br

• CIA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVELBR-369 (Rodovia Mello Peixoto), Km 88, CEP 86300-000, Cornélio Procópio - PRInternet: www.cafeiguaçu.com.br

• MAGLIANO S.A. CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOSRua Bela Cintra, nº 986, 2° andar, CEP 01415-000, São Paulo - SPInternet: www.magliano.com.br

• BM&FBOVESPA S.A. - BOLSA DE VALORES, MERCADORIAS E FUTUROSPraça Antonio Prado, nº 48, 2º andar, Diretoria de Operações, CEP 01010-901, São Paulo - SPInternet: www.bm&fbovespa.com.br

10.9. A Instituição Intermediária declara que tomou todas as cautelas e agiu com elevados padrões de diligência para assegurar que as informações prestadaspela Ofertante fossem verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes, respondendo pela omissão nesse seu dever. A Instituição Intermediária declara, ainda,ter verificado a suficiência e qualidade das informações fornecidas ao mercado durante todo o procedimento da Oferta, necessárias à tomada de decisão porparte de investidores, inclusive as informações eventuais e periódicas devidas pela Companhia Objeto, e as constantes do presente Edital e do Laudo deAvaliação, nos termos do parágrafo 2° do artigo 7° da Instrução CVM nº 361/02. 10.10. A presente Oferta foi previamente submetida à CVM e registrada sob on° CVM/SRE/OPA/AUM/2008/002, em 26 de dezembro de 2008, tendo a BM&FBOVESPA aprovado a realização do Leilão em seu sistema de negociação.“O REGISTRO DA PRESENTE OFERTA PÚBLICA DE AQUISIÇÃO DE AÇÕES PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM OBJETIVASOMENTE GARANTIR O ACESSO ÀS INFORMAÇÕES PRESTADAS, NÃO IMPLICANDO, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DA VERACIDADEDAQUELAS INFORMAÇÕES, NEM JULGAMENTO QUANTO À QUALIDADE DA COMPANHIA EMISSORA OU O PREÇO OFERTADO PELAS AÇÕESOBJETO DA OFERTA.”

São Paulo, 05 de janeiro de 2009

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A MAGLIANO S.A. CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS, instituição financeira com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Bela Cintra, nº 986, 2° andar, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 61.723.847/0001-99, na qualidade de instituição financeira intermediária(“Instituição Intermediária”), por ordem e conta da MARUBENI CORPORATION, sociedade com sede na 4-2, Ohtemachi 1 chome, Chiyoda-ku, Tóquio 100-8088, Japão, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.719.353/0001-60 (“Ofertante”), vem a público, nos termos do artigo 4°, parágrafo 6°, da Lei n° 6.404/76,e da Instrução CVM n° 361/02, dirigir aos acionistas titulares de ações ordinárias de emissão da CIA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL, companhia aberta com sede na Cidade de Cornélio Procópio, Estado do Paraná, na BR-369 (Rodovia Mello Peixoto), Km 88, inscrita no CNPJ sob o n° 76.255.926/0001-90 (“Companhia Objeto”),a presente Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias de emissão da Companhia Objeto (“Oferta”), tendo em vista o aumento da participação da Ofertante no capital social da Companhia Objeto, observados os procedimentos e as condições a seguir indicadas.I. AUMENTO DE PARTICIPAÇÃO

1.1. Conforme informado pela Companhia Objeto, em anúncio de Fato Relevante datado de 25 de agosto de 2008 (publicado em 26 de agosto nos jornaisGazeta Mercantil e Folha de Londrina e, em 27 de agosto de 2008, no Diário Oficial do Estado do Paraná), no dia 22 de agosto de 2008, a MARUBENI celebrou,por meio de negociação privada, contrato para a compra de 1.321.565 (um milhão, trezentas e vinte e uma mil, quinhentas e sessenta e cinco) ações ordinárias deemissão da Companhia Objeto, ao preço unitário de R$7,00 (sete reais), sendo 871.565 (oitocentas e setenta e uma mil, quinhentas e sessenta e cinco) açõesordináriaspertencentesàAustralianTimberTrustees (C.I.) Limited, sociedadecomsedeemJersey,Channel Islands, inscritanoCNPJsobon°05.702.702/0001-30,e 450.000 (quatrocentas e cinqüenta mil) ações ordinárias pertencentes à G&S Trustees Limited, sociedade com sede em Jersey, Channel Islands,inscrita no CNPJ sob o n° 05.702.673/0001-07, equivalentes a 13,65% do total das ações ordinárias emitidas e a 4,55% do total das ações representativasdo capital social da Companhia Objeto. 1.2. Tendo em vista que as ações ordinárias adquiridas pela Ofertante representavam mais de 1/3 (um terço) do totalde ações ordinárias de emissão da Companhia Objeto em circulação no mercado na data das mencionadas aquisições, a Ofertante está obrigada pela legislaçãoem vigor a formular a presente Oferta, para aquisição da totalidade das ações ordinárias de emissão da Companhia Objeto em circulação no mercado.

II. OFERTA PÚBLICA2.1. Dispõe-se a Instituição Intermediária, por conta e ordem da Ofertante, a adquirir a totalidade das 629.924 (seiscentas e vinte e nove mil, novecentas e vinte e quatro)ações ordinárias de emissão da Companhia Objeto que remanescem em circulação no mercado (“Ações”), com todos os seus direitos, livres edesembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames. As Ações correspondem a 6,5% do total de ações ordinárias da Companhia Objeto. 2.1.1. Sujeita àscondições previstas nos itens 2.3 e 2.4 e observado o disposto no item 2.7 abaixo, a presente Oferta é imutável e irrevogável, exceto se houver, nos termos doartigo 5° da Instrução CVM nº 361/02, alteração substancial, posterior e imprevisível, nas circunstâncias de fato existentes quando do lançamento da Ofertaque, a critério da CVM, acarrete aumento relevante dos riscos assumidos pela Ofertante. 2.2. Prazo de Validade: A Oferta permanecerá válida pelo prazo de35 (trinta e cinco) dias contados da data da publicação do presente Edital de Oferta (“Edital”), ou seja, de 05/01/2009 a 09/02/2009. 2.3. Condições daOferta: A Oferta é imutável e irrevogável para a Ofertante, que é responsável pelo cumprimento das obrigações que lhe incumbam, juntamente com aInstituição Intermediária, nos termos do presente Edital. 2.4. Preço: O preço de compra das Ações é de R$7,00 (sete reais) por ação ordinária de emissão daCompanhia Objeto (“Preço da Oferta”). 2.4.1. O Preço da Oferta será pago à vista, em moeda corrente nacional, na data de liquidação financeira do Leilão,que, para os Acionistas aceitantes da Oferta, ocorrerá no terceiro dia útil após a realização do Leilão. 2.5. Conseqüência da Aceitação da Oferta:Ao aceitar esta Oferta, cada acionista concorda em alienar a propriedade de suas Ações de acordo com os termos e condições previstos neste Edital, incluindotodos os direitos inerentes às referidas Ações. 2.6. Laudo de Avaliação: O Preço da Oferta está dentro da faixa de valores encontrados no Laudode Avaliação datado de 21/11/2008, elaborado de forma independente pela Lagoa Projetos e Consultoria Financeira Ltda., sociedade com sede naCidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Guilherme Bannitz, nº 126, 2º andar, cj. 21, inscrita no CNPJ nº 07.457.376/0001-79(“Instituição Avaliadora”), de acordo com a Instrução CVM n° 361/02. O Laudo, baseado nas demonstrações financeiras da Companhia Objetode 30/06/2008, considerou os seguintes critérios: (i) o preço médio ponderado das cotações das ações ordinárias de emissão da Companhia Objeto na bolsade valores no período de 01/09/2007 até 31/08/2008 (R$7,52 por ação); (ii) o preço médio ponderado das cotações das ações ordinárias de emissãoda Companhia Objeto na bolsa de valores no período de 01/08/2008 até 31/08/2008 (R$6,90 por ação); (iii) o valor patrimonial das ações de emissão daCompanhia Objeto (R$6,94 por ação); (iv) o valor econômico da Companhia Objeto, com base na metodologia de fluxo de caixa descontado (R$6,96 por ação);e (v) o valor pago pela Ofertante, em 22 de agosto de 2008, por meio de negociação privada entre partes independentes, para aquisição de 1.321.565 açõesordinárias de emissão da Companhia Objeto pertencentes a 2 (dois) acionistas não vinculados com a Ofertante, equivalentes a 13,65% do total das açõesordinárias emitidas e a 4,55% do total das ações representativas do capital social da Companhia Objeto. 2.7. Revisão do Preço da Oferta: Conformedisposto no Artigo 4° - A da Lei n° 6.404/76, os acionistas titulares, individual ou conjuntamente, de, no mínimo, 10% (dez por cento) das Ações em circulaçãono mercado (“Acionistas Minoritários Requerentes”) poderão, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de publicação deste Edital,requerer aos administradores da Companhia Objeto que convoquem assembléia especial dos seus acionistas titulares de Ações em circulação no mercado(“Assembléia Especial”) para deliberar sobre a realização de nova avaliação da Companhia Objeto, pelo mesmo ou por outro critério, de acordo com oprocedimento estabelecido no Artigo 24 da Instrução CVM nº 361/02. 2.7.1. Os próprios Acionistas Minoritários Requerentes poderão convocar aAssembléia Especial caso os administradores da Companhia Objeto não atendam, no prazo de 8 dias, ao pedido de convocação. 2.7.2. O pedido deconvocação da Assembléia Especial deverá ser devidamente fundamentado e acompanhado de elementos de convicção que demonstrem a falha ou imprecisãono emprego da metodologia de cálculo ou no critério de avaliação adotado. Para fins de requerimento de nova avaliação da Companhia Objeto, os AcionistasMinoritários Requerentes deverão encaminhar, pessoalmente ou através de procurador devidamente constituído, de qualquer modo até as 18:00 (dezoito)horas do dia 21/01/2009, pedido formal, por escrito, ao Diretor de Relações com Investidores da Companhia Objeto, devidamente subscrito e com firmareconhecida, indicando a qualificação e a quantidade total de ações detidas por cada Acionista Minoritário Requerente. Caso o pedido seja realizado porAcionista Minoritário Requerente que seja pessoa jurídica, os documentos societários comprobatórios de sua representação também deverão serapresentados. 2.7.3. Caso os Acionistas Minoritários Requerentes solicitem a convocação da Assembléia Especial, o prazo previsto neste Edital para arealização do Leilão será suspenso e a Ofertante providenciará a publicação de anúncio de fato relevante dando notícia do adiamento do Leilão e da datadesignada para a Assembléia Especial. 2.7.4. Se a Assembléia Especial deliberar pela não realização de nova avaliação da Companhia Objeto,o processo voltará a seu curso normal e a Ofertante designará nova data para a realização do Leilão, que será objeto de novo anúncio de fato relevante.2.7.5. Caso a Assembléia Especial decida pela realização de nova avaliação da Companhia Objeto, a instituição contratada para elaborar a nova avaliação teráo prazo de 30 dias contados da realização da Assembléia Especial para entregar o laudo de avaliação. Se referido laudo de avaliação indicar preço igual ouinferior ao Preço da Oferta, o processo voltará a seu curso normal e a Ofertante designará nova data para a realização do Leilão, publicando-se novo anúncio defato relevante. Se referido laudo de avaliação indicar preço superior ao Preço da Oferta, será publicado, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da apresentação detal laudo, novo anúncio de fato relevante informando se a Oferta será mantida ou não. Os Acionistas Minoritários Requerentes e os acionistas minoritários quevotarem a favor da nova avaliação da Companhia Objeto na Assembléia Especial deverão ressarcir a Companhia Objeto pelos custos incorridos, caso o novovalor seja inferior ou igual ao Preço da Oferta. 2.8. Dividendos: Caso a Companhia Objeto venha a declarar dividendos ou juros sobre o capital própriodurante o período compreendido entre a data da publicação deste Edital e a data da efetiva transferência das Ações para a Ofertante, esses pagamentos serãoefetuados aos acionistas da Companhia Objeto registrados como proprietários ou beneficiários das Ações nas datas de tais declarações.

III. HABILITAÇÃO PARA O LEILÃO3.1. O acionista da Companhia Objeto que desejar participar do Leilão deverá habilitar-se junto à Instituição Intermediária, ou a qualquer outra sociedadecorretora autorizada a operar no mercado de ações na BM&FBOVESPA (sendo cada uma delas denominada individualmente “Corretora” e, coletivamente,“Corretoras”), até as 17:00 (dezessete) horas do dia 06/02/2009 (“Período de Habilitação”). A participação no Leilão deverá atender às exigênciasestabelecidas pela BM&FBOVESPA, além das exigências previstas no item 3.2 abaixo, quando aplicáveis. 3.2. Documentos Necessários paraHabilitação: Os acionistas que desejarem participar do Leilão deverão, pessoalmente ou através de procuradores constituídos, credenciar-se por meio dasCorretoras munidos dos seguintes documentos, conforme o caso: • Pessoa Física - cópia autenticada do CPF e da Cédula de Identidade. Representantes deespólios, menores, interditos e acionistas que se fizerem representar por procurador deverão ainda apresentar documentação outorgando poderes derepresentação, original ou cópias autenticadas do CPF e Cédula de Identidade dos representantes; ou • Pessoa Jurídica - cópia autenticada do últimoestatuto ou contrato social consolidado, cartão de inscrição no CNPJ, documentação societária outorgando poderes de representação, original ou cópiasautenticadas do CPF e Cédula de Identidade dos representantes da empresa.

IV. O LEILÃO4.1. Data do Leilão: O Leilão ocorrerá em 09/02/2009 (“Data do Leilão”), às 14:00 (quatorze) horas, no sistema de negociação de ações denominadoMEGABOLSA da BM&FBOVESPA. 4.2. Procedimentos de Aceitação: Até as 13:00 (treze) horas da Data do Leilão, as Corretoras representantes dosacionistas que tiverem atendido às exigências de habilitação na forma deste Edital deverão registrar, diretamente no sistema MEGABOLSA, por meio do códigoIGUA3L, a quantidade de Ações detidas e a serem vendidas pelos acionistas que serão por elas representados no Leilão (“Ordem de Venda”).4.2.1. O somatório das Ações informadas pelas Corretoras credenciadas na forma do item 4.2 acima constituirá o total das Ações em circulação para efeito docálculo da quantidade de aceitantes da Oferta. 4.2.2. Caso haja manifestações de aceitação: (i) por parte de titulares de menos de 1/3 das Ações em circulação,a Ofertante adquirirá todas as Ações ofertadas; (ii) por parte de titulares de mais de 1/3 e de menos de 2/3 das Ações em circulação, a Ofertante,nos termos do artigo 15, inciso I, da Instrução CVM nº 361/02, adquirirá 1/3 das Ações em circulação, correspondentes nesta data a 209.975 (duzentas e nove mil,novecentas e setenta e cinco) Ações, procedendo ao rateio entre os Acionistas que aceitarem a Oferta; e (iii) por parte de titulares de mais de 2/3 das Ações emcirculação, a Ofertante adquirirá todas as Ações ofertadas. 4.3. Será permitida a livre interferência de corretoras representando terceiros compradores noLeilão, desde que tais interferências compradoras tenham por objeto a totalidade das Ações, por se tratar de oferta pública de aquisição de ações ordinárias poraumento de participação, e desde que o valor ofertado nessa oferta seja pelo menos 5% (cinco por cento) superior ao Preço da Oferta. As interferênciascompradoras estarão condicionadas ao prévio registro na CVM, pelos interferentes, de oferta pública concorrente, nos termos da Instrução CVM nº 361/02.4.4. Custos, Comissões de Corretagem e Emolumentos: Todos os custos, comissões de corretagem e emolumentos relativos à venda das Açõescorrerão por conta dos respectivos Acionistas vendedores; aqueles relativos à compra correrão por conta da Ofertante. 4.5. Representante da Ofertante:A Magliano S.A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários será a representante da Ofertante no Leilão.

V. LIQUIDAÇÃO5.1. A liquidação financeira do Leilão ocorrerá pelo módulo de liquidação bruta da Central Depositária de Ativos da BM&FBOVESPA, ora denominada CBLC,e ocorrerá em 12/02/2009. 5.2. Em conformidade com os termos do contrato de intermediação celebrado entre a Instituição Intermediária e a Ofertante,

a Instituição Intermediária garante a liquidação financeira da Oferta em dinheiro, conforme o parágrafo 4° do artigo 7°, da Instrução CVM n° 361/02,bem como a obrigação constante do item 8.2 abaixo.

VI. OBJETIVOS DA OFERTA6.1. Objetivos da Oferta: A Oferta possui como objetivo a aquisição da totalidade das Ações em circulação no mercado, de forma a atender ao dispostonos artigos 26 e seguintes da Instrução CVM nº 361/02.

VII. INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTANTE7.1. A Ofertante é uma sociedade constituída segundo as leis japonesas, com sede em Tóquio, Japão, fundada em 1858, com o objetivo de comercialização deprodutos. Em 1949, após uma série de fusões e aquisições de outras empresas japonesas, adotou o nome de Marubeni Corporation. Trata-se de uma dasmaiores “trading companies” japonesas, com negócios em quase todos os segmentos econômicos. A Marubeni Corporation apresentou, no exercício fiscal de2007, uma receita bruta de US$106.316 milhões (31,30% superior à observada no exercício anterior) e um lucro líquido de US$1.472,5 milhões(45,58% superior ao observado no exercício anterior). Em seu objeto social incluem-se, dentre outras atividades, a fabricação, a importação, a exportação e avenda de mercadorias em geral, nacionais ou estrangeiras, o beneficiamento e reparos relacionados a qualquer tipo de transportes e de armazenamento.A Ofertante é controladora direta da Companhia Objeto desde 1972, e possui diversos outros investimentos e interesses comerciais no Brasil.Maiores informações podem ser obtidas no seu endereço eletrônico (www.marubeni.co.jp).

VIII. OBRIGAÇÕES SUPERVENIENTES DA OFERTANTE8.1. A Ofertante obriga-se a pagar aos titulares das Ações que aceitarem a Oferta a diferença a maior, se houver, entre o preço que estes receberem no âmbito daOferta, corrigido monetariamente pela Taxa Referencial (TR) calculada pro rata die desde a data da liquidação financeira do Leilão, inclusive, até a data dorespectivo pagamento, e ajustado pelas alterações na quantidade de ações ordinárias decorrentes de bonificações, desdobramentos, grupamentos econversões eventualmente ocorridos, e (i) o preço por ação ordinária que seria devido ou venha a ser devido, caso venha a se verificar, no prazo de 1 (um) anocontado da data de realização do Leilão, fato que impusesse, ou venha a impor, a realização de OPA obrigatória, dentre aquelas referidas nos incisos I a III do art.2° da Instrução CVM nº 361/02; e (ii) o valor a que teriam direito, caso ainda fossem acionistas e dissentissem de deliberação da Companhia Objeto que venhaa aprovar a realização de qualquer evento societário que permita o exercício do direito de recesso, quando este evento se verificar dentro do prazo de 1 (um) ano,contado da data de realização do Leilão. 8.2. Findo o prazo da presente Oferta, caso a Ofertante venha a adquirir mais de 2/3 (dois terços) das Ações emcirculação, a Ofertante compromete-se a, pelo prazo de 3 (três) meses, contados da data da realização do Leilão, adquirir as Ações em circulaçãoremanescentes, pelo preço final do Leilão, atualizado até a data do efetivo pagamento, pela Taxa Referencial mais 6% (seis por cento) ao ano (base de 365 dias),calculados de forma “pro rata” desde 09/02/2009 nos termos da legislação em vigor, com pagamento em no máximo 15 (quinze) dias contados do exercício dafaculdade pelo acionista, observado o disposto no item 2.4 acima. 8.2.1. O acionista que tiver interesse em exercer a opção mencionada neste item poderáfazê-lo perante a Instituição Intermediária ou a própria Companhia Objeto. A Instituição Intermediária garantirá a liquidação financeira no caso de exercício dafaculdade a que se refere este item.

Instituição Intermediária

OFERTA PÚBLICA DE AQUISIÇÃO DE AÇÕES ORDINÁRIAS DE EMISSÃO DA

CIA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVELCompanhia Aberta - CNPJ/MF n° 76.255.926/0001-90 - ISIN: BRIGUAACNPA6-040

Por ordem e conta de

MARUBENI CORPORATIONCNPJ/MF nº 05.719.353/0001-60

Fontes: Banco Central e Centro de Informaçõesda Gazeta Mercantil * Fim de períodoTaxa Selic*Meta para 2009 (em %)

JUROS MENORES11,8

12,4

13,0

13,6

14,2 22/8/2008 2/1/200914,00 12,00Fontes: FGV e Centro de Informações da Gazeta MercantilIPC-SVariação (em % ao ano)2003 2004 2005 2006 2007 20088,69 6,29 5,43 2,06 4,61 6,07ELEVAÇÃO

Page 6: em transações globais B1 B1 a quinta consecutiva B3 02/jan ...p.download.uol.com.br/spimagem/bidusayao/gm06jan2009.pdf · Blogueiros e autores estão entusiasmados com o serviço,

A6 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

PÁG. 6 CMYK

Com corte do IPI, estados e municípios perdem R$ 570 milhões até marçoBRASIL

Publicada pela CBM — Companhia Brasileira de MultimidiaRua Gomes de Carvalho, 1327 – 2º andar – Vila Olímpia – São Paulo-SPCEP.: 04547-005 – Fone: (11) 3508-0025 / (11) 3508-0027Informações ComerciaisPublicidade Comercial - SedeFone: (11) 3508-0026 / (11) 3508-0149 – Fax: (11) 3508-0364 [email protected] Legal - SedeFone: (11) 3508-0018 – Fax: (11) 3508-0364 [email protected] Brasília Fone/Fax: (61) 3313-5851 / 3313-5867 [email protected] Rio de Janeiro Fone/Fax: (21) 2101-4751 / 2101-4761 [email protected]

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RedaçãoEditores-ExecutivosCostábile Nicoletta [email protected]ças Nelson [email protected] Especiais e Suplementos Cinthia [email protected]

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IMPOSTOS

Pacote para conterefeitos da crise teráimpacto nas contas deestados e municípios

VIVIANE MONTEIROBRASÍLIA

A União deixará de repassaraos estados e municípios R$ 2,8 bi-lhões este ano em razão das me-didas de redução de impostos (IOF,IR e IPI), adotadas recentementepelo governo, a fim de atenuar osefeitos da crise financeira interna-cional no País. É o que calcula oex-secretário da Receita FederalEverardo Marciel, presidente daLogos Consultoria Fiscal. Para ele,o impacto mais significativo detais medidas será nas contas de es-tados e municípios que terão re-ceitas menores nessa atual con-juntura de crise.

No total, o pacote do governoanunciado no dia 11 do mês pas-sado, soma R$ 8,4 bilhões, dosquais R$ 2,8 bilhões serão “sus-tentados” por estados e municí-

pios. As medidas contemplam re-dução de Imposto sobre Opera-ções de Crédito (IOF), nova tabelade Imposto de Renda (IR) e cortesno Imposto sobre Produtos In-dustrializados.

Apenas o corte na alíquota doImposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) causará um im-pacto aos cofres de estados emunicípios de R$ 570 milhõesaté março, quando expira a me-dida. Isso se forem consideradosos cálculos do ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, de que aredução da taxa de IPI causaráuma perda de cerca de R$ 1 bi-

lhão na arrecadação este ano. Oimpacto no corte do IPI serámaior para estados e municípiosporque eles recebem 57% da ar-recadação do imposto. A Uniãofica com 43% do total.

Sem efeitos na produçãoPara Maciel, a redução do IPI,

adotada para fomentar a indús-tria automotiva, não deve surtirefeito significativo na produçãodo setor. Assim, não deve benefi-ciar a criação de emprego no mer-cado. Pois, diz, se trata de umamedida de curtíssimo prazo, quevigora até março.

“Nenhuma empresa tomarámedidas de longo prazo pensandoem uma medida de médio e curtoprazo”, avaliou. Por essa razão, elechamou a medida de “inócua”. Oex-secretário do Fisco afirma que aação tem um efeito localizado eserve apenas para “desovar” esto-ques de veículos, os quais ele se es-quivou de mensurar.

Na sua avaliação, a crise fi-nanceira atingirá o Brasil e, con-

seqüentemente, reduzirá a ren-da do consumidor, motor queaté então impulsionou as ven-das de veículos – somada às fa-cilidades de crédito que já foramagravadas pela falta de liquidezno sistema financeiro.

“Com a redução nos prazos definanciamento e a queda na ren-da do consumidor, não há medidade redução de imposto que resol-va isso”, afirma.

Na última sexta-feira, a Recei-ta Federal publicou decreto, noDiário Oficial da União, em queestendeu o corte do IPI para car-ros comprados pela internet epara Kombi, da Volksvagen. Es-se foi um ajuste feito no decreto6687, divulgado no dia 11 de de-zembro, para contemplar ambossegmentos.

A alíquota do IPI para Kombicaiu de 8% para 4%. No caso doscarros comprados pela internet aalíquota também foi reduzida em50%; e vale apenas para os auto-móveis que ainda não foram en-tregues aos clientes.

Renúncia fiscal pode diminuirrepasses da União em R$ 2,8 bi

EVERARDO MACIELPresidente da Logos Consultoria

PACOTE ANTICRISE

VIVIANE MONTEIROBRASÍLIA

O ministro da Fazenda, GuidoMantega, convidou o setor daconstrução civil e da infra-estru-tura para discutir amanhã medi-das a serem implantadas no novopacote a ser anunciado até o dia20 deste mês conforme já anteci-pou o presidente Luiz Inácio Lulada Silva. Foram convidados ospresidentes da Câmara Brasileirada Indústria da Construção(CBIC), Paulo Safady Simão, queprevê medidas da ordem de R$200 bilhões; e o presidente da As-sociação Brasileira da Infra-estru-tura e Indústrias de Base (Abdib),Paulo Godoy, que espera novasdesonerações tributárias para osetor. A assessoria de imprensa doMinistério da Fazenda disse on-tem que não tinha acesso à agen-da de quarta-feira do ministro. Eórgão assegura que o presidenteLula “quer que as obras do PAC”não parem.

Pelas conversas que tem ouvi-do da ministra da Casa Civil, Dil-ma Rousseff, Safady acredita queo governo anunciará um pacote,o que chamou de “grande pacote”para fomentar o setor da constru-ção e de infra-estrutura em 2009no valor de R$ 200 bilhões.

“Essas seriam novas obrasque seriam incorporadas aoPAC, além dos programas de ha-bitação de interesse social”, dis-se à Gazeta Mercantil. SegundoSafady, o pacote deve atender,além da construção civil e infra-estrutura, a indústria automoti-va e agricultura.

Sem arriscar o valor do novopacote do governo, Godoy disse ogoverno deve anunciar novas de-sonerações tributárias para os in-vestimentos no setor.

De acordo com o presidenteda Abdib, o governo deve focar

os investimentos na construçãocivil e infra-estrutura – dois se-tores geradores de emprego.Apenas a construção civil repre-senta 45% da formação bruta decapital fixo.

A idéia do governo, segundoos representantes do setor priva-do que vem participando dasdiscussões no governo, é focaros investimentos em ambos se-tores para compensar as perdasde investimento do setor priva-do na economia em 2009 emvirtude da crise financeira inter-nacional.

Não se sabe se os dois repre-sentantes da iniciativa privada se-rão recebidos no mesmo horário.Safady disse que se reunirá com oministro às 16 horas. Godoy pre-feriu o silêncio.

Para Safady, os R$ 200 bilhõessão suficiente para atender asobras a serem contempladas nasáreas de construção civil e infra-estrutura, principalmente doPrograma de Aceleração doCrescimento (PAC). Para ele, sódevem ser contempladas asobras do PAC já licenciadas am-biental, para agilizar as execu-ções. Dentro do pacote de infra-estrutura e habitação, sobretudode interesse social, Safady dizacreditar que haverá medidaspara incentivar a compra da ca-sa própria com recursos da ca-derneta de poupança. Além dis-so, ele espera recursos paraobras de siderurgia, mineração,crédito para as construtoras via-bilizar a produção de empreen-dimentos até junho deste ano.Assim, atender sobretudo a de-manda de 2010 e 2011.

“Se não vier um investimentopúblico forte para esses setores, ogoverno terá dificuldade de ga-rantir o crescimento em tais seto-res”, defendeu Safady.

Construção e governodiscutem medidas

INVESTIMENTOS

AGÊNCIA BRASILRIO DE JANEIRO

O ministro das Cidades, MárcioFortes, destacou ontem, ao dar iní-cio às obras do novo sistema de dis-tribuição de água de São Gonçalo(RJ) , a importância do Programa deAceleração do Crescimento (PAC)para a indústria e a criação de em-pregos no País. “Por isso é que oPAC é um programa anticíclico.Quando se fala em crise, o PAC estáaí para dar sua resposta com a ge-ração e a manutenção de empregose, sobretudo, com geração de ren-da”, afirmou Fortes.

Segundo o ministro, o novosistema de distribuição de águado município de São Gonçalo,primeira obra do PAC este ano noestado do Rio de Janeiro, faz partede um conjunto de obras em par-ceria com o governo fluminense,por intermédio da Companhia deÁguas e Esgotos do Rio de Janeiro(Cedae). Ele informou que os re-cursos totalizam R$ 24,3 milhões– R$ 19,4 milhões do Orçamentoda União e R$ 4,9 milhões de con-trapartida do governo estadual.

Fortes lembrou que o períodode abrangência do PAC é de 2007a 2010. Quando o programa foilançado, o teto de recursos para o

estado do Rio era de R$ 3,8 bi-lhões. Com os acréscimos do Fun-do Nacional de Habitação de In-teresse Social (Finis) e de valoresdestinados à área de saneamento,o total já passa de R$ 4,5 bilhões.“E caminha para R$ 5 bilhões, emfunção de várias obras prioritá-rias”, acrescentou o ministro.

Em nível nacional, o PAC pre-via até 2010 recursos no total deR$ 504 bilhões, valor que teria su-bido para R$ 640 bilhões. Pelasprevisões, o Ministério das Cida-des participaria do total inicial doPAC com cerca de 30% ou o equi-valente a R$ 150 bilhões. As obrasdo PAC englobam as áreas de ha-bitação de interesse social e asdestinadas à classe média, sanea-mento, transporte urbano, linhasexpressas, corredores exclusivos,setores ferroviário e metroviário erenovação de frotas.

O ministro disse que, até o finaldeste mês ou o início de fevereiro, oMinistério das Cidades lançará umanova rodada anual do Finis parainscrição on line de prefeitos e go-vernadores, visando à construção emelhoria de habitações e assenta-mentos ou planos habitacionais. Ototal de recursos disponíveis paratodo o País é de R$ 1 bilhão.

PAC gera empregoe renda, diz Fortes

EDUCAÇÃO

AGÊNCIA BRASILBRASÍLIA

Os estados que ajuizaram a açãodireta de inconstitucionalidade(Adin) no Supremo Tribunal Fede-ral (STF) contra dispositivos da leique define novas regras para o ma-gistério e unifica no país a remu-neração inicial dos professores deescolas públicas da educação bási-ca em R$ 950 buscaram ajustes or-çamentários para garantir o cum-primento de parte da lei que en-trou em vigor em 1º de janeiro.

Em 17 de dezembro, os minis-

tros do STF decidiram na análisede liminar que não haverá prazopara que as gratificações possamvaler como parte do piso, ou seja,será preciso aguardar o julgamentode mérito da questão. A lei ques-tionada permite que até 31 de de-zembro deste ano o piso incorporevantagens pecuniárias, numa espé-cie de período de maturação paraos estados. Os ministros suspende-ram ainda o aumento do tempo deplanejamento de aulas para umterço da carga horária de trabalhodo professor, previsto na nova lei.

Com as ressalvas feitas pelo STF,o impacto do novo piso nas finan-ças do Rio Grande do Sul, porexemplo, foi baixo – em torno deR$ 11 mil por mês na folha de pa-gamento. Isso porque, segundo aSecretaria da Educação do estado,99% dos professores do estado járecebiam acima de R$ 950, com osadicionais e gratificações.

Entretanto, cerca de 800 pro-fessores gaúchos que recebementre R$ 862,80 ( piso estadual) eR$ 950 não terão aumento ime-diato. Eles precisam aguardar avotação de um projeto de lei naAssembléia Legislativa que auto-riza o aumento do piso estadual

para R$ 950, com previsão de pa-gamento retroativo a janeiro.

A expectativa do governo doRio Grande do Sul é de que o STFnão mantenha a lei federal em suaintegralidade no julgamento demérito. A prevalecer o texto origi-nal da norma, o impacto no orça-mento estadual seria R$ 1,5 bilhãoanuais a partir de 2010, quando asvantagens pecuniárias passariam aser calculadas tendo o valor de R$950 como vencimento básico.

O orçamento do governo esta-dual para a educação em 2008 foide R$ 3,7 bilhões, com R$ 3,2 bi-lhões destes comprometidos com opagamento de pessoal.

Piso salarial altera contas estaduais

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | A7

Início do ano é prenúncio do que será 2009 no Executivo federalBRASIL

Márcio Fortes é um dos poucos presentes na Esplanada dos Ministérios nesse início de 2009

ministro do DesenvolvimentoAgrário, Guilherme Cassel. Naagenda, o fechamento do balançodo programa Territórios da Cidada-nia, lançado no ano passado pelopresidente Lula para levar a terri-tórios pré selecionados de baixo ín-dice de Desenvolvimento Humano(IDH) uma espécie de força-tarefa

do governo em atividades produti-vas, como crédito e assistência téc-nica; acesso a direitos, como a cons-trução de postos de saúde e de es-colas; e ações de infra-estrutura.

O balanço do programa é muitoaguardado pela oposição que acu-sou o presidente Lula de usá-lo pa-ra fins eleitoreiros uma vez que o

programa bilionário – com orça-mento de R$ 7 bilhões em 2008 –seria um trampolim para o presi-dente viajar pelo país lançando aministra Dilma Rousseff como suacandidata a sucessão presidencial.O balanço da reforma agrária tam-bém será lançado no início de fe-vereiro pelo ministro Cassel.

ESPLANADA

Ausência de ministrosesvazia o governoQuinze Pastasaguardam a chegadados titulares, em fériasou em recesso

LUCIANA ABADEBRASÍLIA

O ano começou lento na Espla-nada dos Ministérios, onde 15pastas ainda aguardam a chegadade seus ministros que estão de fé-rias ou em recesso. Na primeirasegunda-feira do ano, a maioriados ministros que se encontra-vam na capital federal estavamvoltados para despachos internose, de acordo com as assessoriasdos órgãos, o paradeiro de um on-tem é um prenúncio do que será oinício do ano no Executivo. Ospossíveis reflexos no Brasil da cri-se financeira mundial levaram,no entanto, os ministros da Fa-zenda, Guido Mantega e da Agri-cultura, Reinhold Stephanes, a sereunirem ontem para discutir aprorrogação dos prazos de dívidasdos produtores e a liberação de R$2 para as cooperativas agrícolas.

No Ministério do Desenvolvi-

mento Social e Combate à Fome, ofoco é finalizar o formato dos cur-sos de capacitação para beneficiá-rios do programa Bolsa Família. Oministro Patrus Ananias, que estána cidade, pretende lançar o pro-grama que priorizará cursos naconstrução civil no primeiro se-mestre do ano.

O ministro das Cidades, MárcioFortes, chegou ontem no início danoite à capital. Ele começou a se-mana no Rio de Janeiro para par-ticipar da cerimônia que marca oinício das obras do novo sistema dedistribuição de água de São Gon-çalo. As obras, que pretendem me-lhorar o fornecimento de água tra-tada para cerca de 170 mil mora-dores da região, fazem parte doPrograma de Aceleração do Cresci-mento (PAC) e terão investimentode R$ 19,4 milhões do governo fe-deral e uma contrapartida do go-verno do estado do Rio de Janeirode R$ 4,8 milhões. Segundo a as-sessoria do órgão, Fortes pretendeinaugurar outras obras do PAC ain-da este mês, mas essa agenda de-pende da definição do Palácio doPlanalto nos próximos dias.

De férias em Lisboa, o ministrodas Relações Exteriores, CelsoAmorim, não fugiu dos assuntosoficiais. Ele discutiu política exter-na com embaixadores portuguesescomo convidado do Seminário Di-plomático do Ministério dos Negó-cios Estrangeiros de Portugal. A cri-se no Oriente Médio também rece-beu a atenção do chanceler quetratou sobre o assunto com mem-bros do corpo diplomático suíço.

Polêmica à vistaQuando chegar do recesso que

passa em Fernando de Noronha,no próximo dia 12, o ministro doMeio Ambiente, Carlos Minc,priorizará a articulação do encon-tro do presidente Luiz Inácio Lulada Silva com os prefeitos eleitosda Amazônia Legal. Anunciadaem diversos eventos oficiais reali-zados no ao passado, a reunião dopresidente com os prefeitos deveacontecer no início de fevereiro.Na pauta, incentivos a serem con-cedidos aos gestores que combate-rem o desmatamento.

Outro que chegará no início dapróxima semana em Brasília é o

CÂMARA

AGÊNCIA CÂMARABRASÍLIA

O presidente da Câmara dosDeputados, Arlindo Chinaglia(PT—SP), dará posse hoje a oitodeputados titulares que assumi-rão o mandato dos parlamentaresque foram eleitos prefeitos. Nessecaso, o prefeito eleito renunciouao mandato parlamentar. Alémdisso, três suplentes assumirão omandato como deputado ao subs-tituir parlamentares que ocupa-rão cargos diversos e não são obri-gados a renunciar.

Como titular, tomarão possecomo titular os seguintes deputa-dos federais: Antonio Carlos Ra-mos (PTB-AL), assume no lugarde Cristiano Matheus (PMDB),prefeito de Marechal Deodoro;Capitão Assunção (PSB-ES), no lu-gar de Neucimar Fraga (PR), pre-feito de Vila Velha; José VieiraLins (PSDB-MA), no lugar de Se-bastião Moreira (PSDB), prefeitode Imperatriz; Marcos Lima(PMDB-MG), no lugar de Mariado Carmo Lara (PT), prefeita deBetim; Fernando Stephan Mar-roni (PT-RS), no lugar de Tarcí-sio Zimmermann (PT), prefeitode Novo Hamburgo; Jorge Boei-ra (PT-SC), no lugar de CarlitoMerss (PT), prefeito de Joinville;Dr. Roberto Alves (PTB-SP), nolugar de Frank Aguiar (PTB), vi-ce-prefeito de São Bernardo;João Herrmann Neto (PDT-SP),no lugar de Reinaldo Nogueira(PDT), prefeito de Indaiatuba.

Na condição de suplentes dedeputados federais, assumem ho-

je: Fernando Antonio do Nasci-mento (PT-PE), como suplente deJosé Múcio Monteiro (PTB), jáque o outro suplente, Silvio Sera-fim Costa (PMN), assumiu comotitular após a renúncia de RenildoCalheiros, prefeito de Olinda; Eli-zeu Morais de Aguiar (PTB-PI), nolugar de Antonio José Medeiros(PT), secretário do Piauí desde

2007, já que o suplente B. Sá foieleito prefeito de Oeiras; GlauberBraga (PSB-RJ), no lugar de JorgeBittar (PT), secretário da Habita-ção da prefeitura do Rio.

Em decorrência das eleiçõesmunicipais, também tomaramposse recentemente outros seis de-putados federais.Entre eles, MarcioCarlos Marinho (PR-BA), no lugar

de Jusmari Oliveira (PR), prefeitode Barreiras; Uldorico Alves Pinto(PMN-BA), no lugar de GuilhermeMenezes (PT), prefeito de Vitóriada Conquista; Jairo Ataide Vieira(DEM-MG), no lugar de CustódioMattos (PSDB), prefeito de Juiz deFora; e Silvio Serafim Costa (PMN-PE), no lugar de Renildo Calheiros(PCdoB), prefeito de Olinda.

Onze deputados tomam posse hoje

WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

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A8 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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“Ainda está cedo para falar em 2010, tenho de trabalhar muito até lá.”BRASIL

ENTREVISTA João Henrique Carneiro

“Mais gestão e menos conversa política”Distante do governador Jaques Wagner (PT), o prefeitoreeleito de Salvador quer ampliar a autonomia emrelação ao governo estadual; também prevê umapauta técnico-administrativa no 2º mandatoJOSÉ PACHECO MAIA FILHOS A LVA D O R

Reeleito, o prefeito de Salva-dor, João Henrique de BarradasCarneiro (PMDB), quer exercer onovo mandato com um perfilmais técnico. Reduziu o númerode secretarias de 18 para 11 e des-sas só duas serão ocupadas porpolíticos. Todas as demais terão àfrente técnicos especializados nasrespectivas áreas.

Aos 49 anos, João Henrique,com formação acadêmica em eco-nomia, pela Universidade Federalda Bahia, se diz mais preparado emaduro para comandar até 2012 ogoverno municipal. Avalia que acidade é outra se comparada à en-contrada em 2005, quando, segun-do ele, o endividamento era supe-rior à capacidade de arrecadação eprejudicou bastante seus primeirosdois anos de mandato. “Para cadaR$ 100 arrecadado, se devia R$106”, diz nesta entrevista concedi-da à Gazeta Mercantil.

A situação ainda não é das me-lhores, mas ele comemora o fatode a relação dívida-receita ter me-lhorado. “Hoje recuperamos anossa capacidade de endivida-mento. De cada R$ 100, devemosR$ 45. E já podemos contrair em-préstimos no valor de até R$ 1,5bilhão”, acrescenta. A folga, noentanto, não o estimula a contrairmais dívidas. Com a reforma ad-ministrativa, além da diminuiçãodo número de secretarias, serãoextintas 50% das superintendên-cias, fundações e empresas e 80cargos comissionados.

O resultado, segundo a con-sultoria do Instituto Nacionalde Desenvolvimento Gerencial(INDG), será uma economia deR$ 40 milhões nos gastos já noprimeiro ano. O dinheiro econo-mizado, segundo João, será dire-cionado a investimentos sociaise de infra-estrutura. Com maiorfolga no orçamento de R$ 2,9 bi-lhões neste ano, o prefeito tam-bém ganha autonomia com re-lação ao governo do estado.

Aliados até o primeiro turnodas eleições municipais, João Hen-rique e o governador Jaques Wag-ner (PT) trocaram farpas entre si nafase final da disputa eleitoral. Wag-ner abandonou a neutralidade eapoiou o candidato petista WalterPinheiro. João foi taxado de “con-fuso” pelo governador, que recebeuem troca o adjetivo de “lento”.

Outra marca do rompimentoentre os dois é o fato de João de-fender abertamente a candidatu-ra do ministro da Integração Na-cional, Geddel Vieira Lima(PMDB), ao governo do estado em2010, contrariando um possívelacordo entre peemedebistas e pe-tistas de apoio à reeleição de Ja-ques Wagner. Também não con-dena a posição da deputada Ma-ria Luíza (PMDB), sua mulher, defazer oposição ao governador naAssembléia Legislativa.

Ironia do destino, João hojeestá mais afinado com os adver-sários que derrotou em 2005, osex-pefelistas César Borges (PR),Antonio Carlos Magalhães Neto(DEM) e 0.4ptnos. Ninguém du-vide que seu nome possa vir aestar na disputa de 2010. Falta aGeddel, o que João tem de sobra:simpatia e carisma.

A seguir, os principais trechosda entrevista:

Gazeta Mercantil — Como osenhor encara o novo mandato?

Em 2005, quando eu chegueiaqui, era outra cidade. Depois dequatro anos, eu entro agora admi-nistrando uma nova cidade, por-que a população cresce em Salva-dor, o número de veículos nem sefala – são cerca de 60 mil novoscarros por ano. Então, temos umaoutra cidade hoje. Estamos che-gando para administrar uma novacidade, mas também o prefeito éoutro: mais experiente, mais ma-duro, mais preparado para a novae outra cidade que começo a ad-ministrar a partir de 2009.

GZM — O que muda na cidadehoje em relação a 2005?

Em 2005, encontramos uma ci-dade completamente endividada,sem nenhuma capacidade de en-dividamento. A relação dívidaconsolidada líquida com receitacorrente líquida era negativa. Era1.06, ou seja, para cada R$ 100 queeu arrecadava, eu devia R$ 106. Eujá devia mais do que eu arrecada-va. Hoje essa relação está em 0.45— de cada R$ 100 que eu arreca-do, eu devo R$ 45. Então nós re-cuperamos nossa capacidade deendividamento. Agora podemosnos endividar em até R$ 1,5 bi-lhão. Quando cheguei aqui, nãopodia tomar nenhum empréstimopara fins de investimento social.

GZM — E o senhor pretendetomar novos empréstimos?

Sim, mas estamos pagando dí-vidas de outras administrações, deaté 20 anos atrás. Por isso, não con-vém aumentar o endividamento,mas é bom saber que recuperamosa capacidade de endividamento.Numa emergência, por exemplo,temos condições de tomar junto abancos internacionais, BNDES ouBanco do Nordeste até R$ 1,5 bi-lhão. Isto é saudável do ponto devista da saúde financeira do muni-cípio. Mas não foi fácil recuperaressa capacidade de endividamento.Tivemos que ter uma gestão fiscalaustera nesses quatro anos.

GZM – O governo estadualajudou sua administração?

Encontrei em 2005 uma cidademuito dependente do governo es-tadual. Se o governo do estado des-se um espirro, a prefeitura ficavagripada. Eu me lembro que, quan-do João Durval Carneiro [pai deJoão Henrique] foi governador daBahia, de 1982 a 1986, ele pagava afolha de pessoal da prefeitura deSalvador. Se fosse hoje, isso repre-sentaria R$ 30 milhões. Esse valor,R$ 30 milhões, eu não recebi de ne-nhum dos dois governadores queeu peguei até agora. Naquela época— década de 80 —, o estado pa-gava a folha de pessoal.

pauta política, de conversa. O queespero não aconteça neste novomandato, quando pretendo teruma pauta mais técnico-adminis-trativa, uma pauta de mais gestão epouca conversa política. No pri-meiro governo, foi o tempo tododiscutindo e os partidos querendomais espaço, brigando entre si.Agora não. Serão só 11 secretarias.

GZM — O senhor pretendeexercer este novo mandato commais autonomia?

Antes eram vários partidos po-líticos. Hoje nós só temos con-templados no secretariado, qua-tro partidos, incluindo o meu, oPMDB. Antes eram 14 partidos ecerca de nove tinham secretarias,fora o segundo escalão. Foi umaexperiência que eu não aconselhoa nenhum prefeito, essa experiên-cia que tive no primeiro manda-to. Quando você releva o aspectopolítico, você prejudica o aspectotécnico. E quando releva o aspec-to técnico, há condição de fazeruma gestão melhor.

GZM — Quais os benefícios dareforma administrativa que osenhor vai implementar nestesegundo mandato?

Estou reduzindo de 18 para 11 onúmero de secretarias. Haveráuma redução de despesas no pri-meiro ano de R$ 40 milhões e, nosegundo, acreditamos, um poucomais, e assim sucessivamente.

GZM — Haverá corte de pessoal?De pessoal não. Agora haverá

redução de gastos com aluguéis deprédios. A prefeitura de Salvador ti-nha 18 secretarias e a maioria fun-cionava em prédios alugados. Só aíteremos uma redução estúpida. Nosegundo escalão, fizemos a mesmacoisa. Diminuímos em 50% o nú-mero de autarquias, fundações eempresas. E isso tudo funcionavaem prédios alugados. Mas, paraquem tinha o papai que dava me-sada todo mês, tudo bem. A prefei-tura de Salvador historicamente vi-via do papai que era o governo doestado. Agora não. Ela está se tor-nando auto-sustentável adminis-trativa, política e financeiramente.

Com essas medidas o senhorganha autonomia em relação aogoverno do estado?

Havia uma cultura aqui na ci-dade de que o prefeito tinha queser subserviente ao governador.Uma cultura a partir de fatosreais. A folha de pessoal era paga

pelo governo do estado. Isso favo-receu a subserviência e submis-são por parte do prefeito ao go-vernador. Hoje não, a gente temautonomia.O governo do estadoprecisa muito da prefeitura deSalvador e não invade mais o ter-ritório do município para fazersuas obras sem antes ter o alvaráde construção, que é dado pelaprefeitura. Também há as licen-ças ambientais.

GZM — No último ano de seuprimeiro mandato, o senhorconseguiu aprovar um novo PlanoDiretor e de DesenvolvimentoUrbano (PDDU), bastante criticadona campanha eleitoral. O senhorvai revisar esse plano?

Fizeram do PDDU uma verda-deira bandeira político-eleitoral.Mas os vereadores que mais bate-ram no PDDU não se reelegeram.O candidato a prefeito, Walter Pi-nheiro (PT), que mais bateu no PD-DU, junto com sua candidata a vi-ce-prefeita, Lídice da Matta, perdeua eleição para mim. Quem bateuno PDDU foi derrotado.

GZM — Então o senhor não faránenhuma revisão no PDDU?

O PDDU está legitimado pe-las urnas.

GZM — O novo PDDU institui asfiguras da contrapartida e daoutorga onerosa, medidas quemotivam polêmicas em outrascapitais brasileiras.

Tudo que é novo causa polêmi-ca e, sobretudo, quando é comple-xo. A liberação do gabarito em al-gumas áreas não deixa de ser umacoisa complexa numa cidade quetem patrimônio paisagístico, histó-rico e cultural a ser preservado. Acontrapartida e a outorga onerosasão compensações financeiras poressas liberações. São receitas novas,cujos recursos serão investidos eminfra-estrutura, como saneamento,calçamento e iluminação, em áreaspobres da cidade.

GZM — O senhor vai promovermudanças no código tributáriomunicipal, mas um artigo dareforma permitia um aumento deaté 150% no valor do IPTU, houvereação da sociedade e o senhorresolveu recuar e suspender opolêmico artigo.

Eu sempre lutei contra escorchatributária. O que a gente quer éatualizar a planta genérica de va-lores. Existem prédios em Salvador,sobretudo, prédios de luxo, onde se

paga condomínios muito mais ca-ros do que a parcela mensal do IP-TU. Só que, quando você paga amensalidade do condomínio deum prédio, você paga pela manu-tenção de um prédio, enquanto oIPTU se paga pela manutenção deuma cidade com três milhões dehabitantes. Não é justo, do pontode vista da justiça fiscal, quem pagaR$ 2 mil de condomínio, paga R$200 de IPTU. Quando se fala ematualização de impostos, há sem-pre uma reação, principalmentedos mais ricos, que são aqueles quemenos gostam de pagar impostos.

GZM — Quais os investimentosprevistos para este novomandato?

Pretendemos transformar ocorredor central da avenida Para-lela numa via expressa para otransporte coletivo. Fecharemoscanais abertos para transformá-losem áreas urbanas, como já fize-mos na avenida Centenário. Ago-ra, além disso, contamos com 10ministros em Brasília que são alia-dos de nosso governo e vão nosajudar, como o ministro da Inte-gração Nacional, Geddel Vieira Li-ma, Márcio Fortes, das Cidades e oJosé Gomes Temporão, da Saúde.Também temos três senadoresaliados, quando assumi em 2005não tinha nenhum. Com a gestãomais enxuta, com apenas 11 secre-tarias, temos muito por fazer.

Sim, a TransSalvador, que sãocorredores expressos exclusivos pa-ra ônibus, como o que prevemospara a avenida Paralela. E tambéma Via Náutica.

GZM — O senhor planeja algumaação para incrementar o turismoem Salvador?

A Emtursa deixa de existir enasce agora a Saltur, a Salvador Tu-rismo. Essa empresa não cuidará sódo Carnaval, como fazia a Emtursa.Salvador tem que ter uma freqüên-cia turística ao longo do ano. E en-tidades do setor estão nos ajudandono desenvolvimento de políticaspúblicas para o fortalecimento doturismo em Salvador. A Saltur vaiter um modelo de gestão público-privada.O que tem de mais atualno mundo são essas empresas deturismo que, antes eram apenasgovernamentais, com capital pú-blico, e passam a ter participaçãoda iniciativa privada, transforman-do-se em parcerias público-priva-das, que potencializam as ações pa-ra a captação de turistas.

GZM — O modelo da Saltur éinspirado em algumaexperiência?

Nossa inspiração foi o modeloda empresa de turismo de Barcelo-na (Espanha), hoje uma referênciano mundo e adotou esse formatopúblico e privado.

GZM — A ruptura com o PT sedeu só no plano municipal ou noestadual também?

O universo em que eu atuo é omunicipal. Durante a campanha,eles foram muito duros conosco,principalmente depois de teremparticipado de nossa gestão ocu-pando as melhores secretarias, in-clusive a secretaria de governo. Mi-nha esposa é deputada estadual pe-lo PMDB, é solidária a mim, comoé que ela vai votar a favor do go-verno do PT, se eles fizerem opo-sição a mim, com pedidos diáriosde CPI e críticas infundadas?

GZM — E no âmbito estadual enacional, há entendimento como PT?

O prefeito de uma cidade temque se relacionar com o governa-dor de seu estado. Em Minas Ge-rais, se relacionaram tanto queacabaram lançando um candida-to comum a prefeito de Belo Ho-rizonte, o Marcos Lacerda. Nin-guém imaginava a união doPSDB com PT. Um prefeito de ca-pital tem que ter relações institu-cionais com o governador do es-tado e com a União.

GZM — Com a sua aproximaçãoao Democratas, que lhe apoiou nosegundo turno, o senhor estariatambém propenso a contribuirpara a formação de um palanque,em Salvador, para o governadorJosé Serra (PSDB), em 2010, nadisputa da presidência daRepública?

Ainda está cedo para falar de2010. Eu tenho que trabalharmuito até lá.

GZM — O Democratas vai apoiarseu governo?

Já anunciaram que, na Câmarados Vereadores, eles estão predis-postos a apoiar nossa gestão: o De-mocratas e o PR. Há uma sinaliza-ção neste sentido e, se eles a prin-cípio demonstram simpatia pornossa gestão, não temos por que tra-tá-los mal. Por outro lado, a bancadade seis vereadores do PT já anun-ciou que fará oposição sistemática.Então que tipo de postura vão que-rer de mim, que eu seja simpáticoaos que não me são simpáticos...

GZM — O senhor pretende sergovernador da Bahia?

Tem coisas na vida que a genteluta tanto para ser e quando con-quista a gente vê que não era aqui-lo que queria. E outras que chegamem nossas mãos sem querer, natu-ralmente. Então essa responsabili-dade é definida por Deus. Eu eradeputado estadual, resolvi me can-didatar a prefeito, estava em tercei-ro lugar nas pesquisas, ganhei aeleição em 2004, sem nenhumapoio. Agora, eu saio em quarto lu-gar, ninguém acreditava na minhaeleição, eu entreguei a Deus, e fuieleito. Então, entrego a Deus e Elesabe o que é melhor.

Podemosampliar oendividamento,mas ainda nãotomamos decisãosobre isso

Entrego aDeus o meufuturo político eEle certamentesaberá o quefazer

”GZM — E o metrô, que provocoucobranças até por parte dopresidente Lula em sua últimapassagem por Salvador?

A primeira etapa será entregueem junho ou julho. O presidenteLula teve a mesma indignação queeu tinha tido antes. A indignaçãodele se somou à minha e foi bom.Foi uma indignação elevada ao cu-bo. O governo federal dividiu o me-trô em duas etapas e os recursospara a segunda fase estão previstospelo PAC. Nossa previsão é que até2010, seja concluído o outro trechode mais seis quilômetros.

GZM — Estão previstos maisinvestimentos em transportes?

GZM - Como o senhor conseguiusuprir a falta desses recursos?

Com austeridade fiscal e maiseficiência de órgãos arrecadatórios.Na medida em que um alvará deconstrução de um prédio é libera-do em 30 dias e antes era em 30meses, é muito diferente. Então háentrada de receitas. O próprio alva-rá já é pago. Depois da construção,o prédio já vira carnê de IPTU, in-dependentemente de ser residen-cial, comercial ou de serviços. En-tão, demos uma celeridade e mo-dernidade a órgãos da prefeitura, oque antes não existia.

GZM — Existem muitashabitações precárias e umdéficit de 100 mil moradias. Osenhor pretende desenvolveruma política habitacional nestenovo mandato?

O déficit quantitativo é de 100mil unidades, mas o qualitativo éde 300 mil. O PP, partido do minis-tro das Cidades, Márcio Fortes, fazparte de nossa gestão e ocupa a se-cretaria de Habitação. Temos pro-jetos para buscar verbas no Minis-tério das Cidades para investimen-tos em habitação popular.

GZM — O senhor governou noprimeiro mandato com o apoio deuma ampla aliança, com 14partidos. Isso favoreceu oudificultou a sua gestão? E comoserá no novo mandato?

Essa ampla aliança prejudicou oprimeiro mandato porque a nossaagenda foi de muita conversa po-lítica. O PT, o tempo todo, ameaça-va com rompimento. Foi uma ges-tão em que gastei muito do meutempo e da minha energia com

Para fugir da pressão por cargos, João Henrique eliminou 7 das 18 secretarias municipais

D I V U LG A Ç Ã O

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | A9

DIREITO CORPORATIVO Decreto torna mais rigorosos os órgãos fiscalizadores

R E G U L A M E N TA Ç Ã O

Em vigência há ummês, decreto federal édesrespeitado e alvo deprocessos na Justiça

“Lei do Call Center” ainda causa polêmica

FERNANDA BOMPANSÃO PAULO

O Decreto 6.523/08 que esti-pula regras para o serviço deatendimento ao consumidor(SAC), conhecido como callcenter, já está a mais de um mêsem vigor e advogados ainda di-vergem sobre a eficácia da nor-ma. Segundo último balanço doProcon de São Paulo, divulgadoem dezembro, das mais de 60empresas pesquisadas, 35 apre-sentaram irregularidades, taiscomo o SAC estar indisponível(telefone mudo ou ocupado) eter ultrapassado o tempo máxi-mo de espera para atender ocliente (o tempo varia de 45 se-gundos a 1 minuto, dependen-do da instituição). De acordocom as reclamações apresenta-das por Procons de 22 estados, oDepartamento de Proteção e

Defesa do Consumidor (DPDC),do Ministério da Justiça, inti-mou, no período de 1º a 13 dedezembro de 2008, 72 empresaspara se adequarem às novasnormas, sendo quatro empresasde telefonia fixa, 18 de trans-porte terrestre, seis de planosde saúde, 24 de serviços finan-ceiros e 20 de seguradoras. “Asempresas tiveram 120 dias parase adaptarem. Desde o primeirodia da entrada em vigor do de-creto, há dificuldades, mas ascoisas estão melhorando. Mes-mo assim ainda há muitas dú-vidas”, afirma Carlos Coscarelli,assessor chefe do Procon-SP.

Liminar

As empresas obrigadas a segui-rem as regras do decreto são aquelasque sofrem fiscalizações da União,como o caso das companhias de te-lefonia, aviação, entre outras. Noentanto, para o advogado GustavoGonçalves Gomes, do Siqueira Cas-tro Advogados, a norma torna asempresas igualitárias, mesmo comaquelas que recebem poucos aten-

dimentos por dia. “Temos duas li-minares para empresas estrangeiraspara que elas não precisam se ade-quar à norma já que recebem deuma a duas ligações diárias”, diz.

“O atendimento tem que serfeito 24 horas em sete dias por se-mana. Há muito custo para essanova estrutura, o que torna insus-tentável para pequenas empresasou as que recebem poucas recla-mações”, analisa Ana BeatrizMarchioni Kesselring, do Trench,Rossi e Watanabe Advogados. “Odecreto fere o princípio da cons-titucionalidade”, afirma.

O assessor chefe do Procon-SPdiz que as pequenas empresas po-dem tornar disponível uma pes-soa para atender e que o serviçode 24 horas deve ser prestado pa-ra aqueles que atendem 24 horas.“Essa regra não é para todos.”

Há outros questionamentosobservados pela advogada que odecreto não deixa claro, tais comodeve ser feito o sistema de infor-matização e como devem serapresentado aos órgãos fiscaliza-dores o conteúdo das reclama-

ções. A advogada Rafaella Marco-lini, do escritório Kamenetz &Haimenis Advogados, afirma queapesar da “lei do call center” serpositiva aos consumidores, comotambém afirmam os demais ad-vogados, há termos ainda a seremesclarecidos. “As sanções não sãoespecificadas. Desde a multas acassação de registros. Existe umasérie de possibilidades de puni-ções”, explica. Para ela, ainda estácedo para avaliar a eficácia do de-creto, mas ela diz acreditar quevai ser difícil fiscalizar se nãohouver uma clareza nas sanções.

Já Alexandre Brandão, mem-bro do Instituto dos AdvogadosBrasileiros (IAB), vai mais alémnas críticas. Para ele, esse decretonem deveria existir. “O decreto sóreforça uma obrigatoriedade queexiste no Código de Defesa doConsumidor (artigo 31)”, justifi-ca. Para ele, a regulamentaçãonão vai resolver a situação doatendimento ao consumidor.

Benefícios Carlos Coscarelli afirma que há

ainda muito o que fazer, mas ex-plica que os benefícios são váriospara o consumidor. “SAC serve pa-ra cancelamento, reclamações e in-formações. Todos os demais servi-ços têm que ter outro telefone. An-tes do decreto tudo era feito porum único canal”, exemplifica.

Para Ana, há benefícios até pa-ra a empresa, já que há uma re-gulamentação que trata comtransparência como deve ser oprocesso de atendimento. “Ficoumais fácil provar que se cumpreas regras, caso haja ações na Jus-tiça contra a empresa”, justifica.

O advogado Leonardo Amaran-te, que diferentemente dos demaisadvogados, assessora o consumido-res, diz que reclamações das insti-tuições sempre vão haver, já que “éuma forma de ganhar tempo parase adaptar”. “A norma deveria sub-meter todos os tipos de empresas.O call center no Brasil é algo latis-mável e o decreto atende aos an-seios de qualidade no atendimento.Além de que vai tornar os órgãosde fiscalização mais rigorosos. E is-so só vai beneficiar”, avalia.

CARLOS COSCARELLIassessor chefe do Procon-SP

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Número de operações cai, mascresce o volume de negóciosGILMARA SANTOSSÃO PAULO

Um levantamento divulgadoontem pela Thomson Reutersrevela que o número de opera-ções de fusões e aquisições as-sessoradas por escritórios de ad-vocacia brasileiros em 2008 foimenor que no ano anterior. Se-gundo a pesquisa, no ano passa-do, os escritórios brasileiros as-sessoraram 330 operações, en-quanto que em 2007 foram 390operações de fusões e aquisi-ções. A crise financeira é um dosprincipais motivos para a redu-ção no número de operações,que tiveram um aumento ex-pressivo no volume — 62,2% secomparado ao anterior (ver maisna página B1).

Apesar da redução no núme-ro de operações no ano passa-do, advogados estão confiantesque este ano o mercado de fu-sões e aquisições deve seguiraquecido. “Algumas operaçõesacabaram sendo interrompidascom esta crise, mas a expecta-tiva é que o mercado de fusõese aquisições continue aqueci-do”, afirmou o advogado BrunoSoter, do Barbosa, Müssnich &Aragão em entrevista a estejornal publicada em 4 de no-vembro do ano passado.

DISPUTA JUDICIAL

THE NEW YORK TIMESCALIFÓRNIA (EUA)

A Power.com é uma star-up se-diada no Brasil que tem o objeti-vo de ser o portal através do qualas pessoas acessam todos os seussites de relacionamento social fa-voritos. Porém, o Facebook prefe-riria que seus membros o acessas-sem diretamente. E na últimaquarta-feira, o Facebook registrouu m a r e c l a m a ç ã o c o n t r a aPower.com na comarca de San Jo-se, Califórnia, por infração de co-pyright e de marca registrada,competição ilegal, fraude de vio-lação computacional e abuso, en-tre outras acusações. “O Facebooksofreu danos irreparáveis e incal-culáveis”, diz a reclamação. APower.com removeu do seu site oacesso ao Facebook.

A Power.com pede aos usuá-rios que forneçam seus nomesde usuários e senhas para aces-sar as redes sociais. Ela entãoacessa aquelas fora dos sites co-mo se ela fosse o usuário, e per-mite a ele ver as páginas do ou-tro site sem na verdade vistá-lo. A empresa levantou US$ 2milhões de investidores “an-jos” incluindo a analista de tec-nologia Esther Dyson, e US$ 6milhões da empresa de “ventu-re capital” (capital de risco)Draper Fisher Jurvetson.

“Depois de discutir as questõescom a Power.com por cerca deum mês sem chegar a uma solu-ção, abrimos um processo paraexecutar nossos termos de servi-ço, manter a integridade do nossosite, e assegurar que a privacidadee a segurança de nossos usuáriosestejam protegidas”, disse BarrySchnitt, porta-voz do Facebook.

Argumentos Steve Vachani, fundador da

Power.com, disse que sua compa-nhia havia estado “em discussõescom o Facebook a fim de obterseu feedback sobre a melhor ma-neira de trabalhar com eles”.

De acordo com a reclamaçãodo Facebook, a Power.com “estáoferecendo um produto que so-licita, armazena e usa informa-ções de login do Facebook paraacessar informações armazena-das nos computadores dele semautorização e para mostrar ma-terial com copyright da empresasem permissão”.

A Power.com também enviouanúncios enganosos por e-mailpara amigos de usuários do Face-book, de acordo com a reclama-ção. Eles usavam endereços de re-torno que terminavam em “face-bookmail.com” e diziam que osanúncios haviam vindo “da equi-pe do Facebook”.

Facebook processa abrasileira Power.com

CÂMARA

AGÊNCIA CÂMARABRASÍLIA

Tramita na Câmara a propostade emenda à Constituição do de-putado Pompeo de Mattos (PDT-RS) que atribui ao Conselho Fede-ral da Ordem dos Advogados doBrasil (OAB) competência paraapresentar projetos de lei, desdeque referentes exclusivamente aassuntos relacionados à adminis-tração da Justiça. De acordo coma proposta, essa nova competên-cia da OAB poderá abranger tantoleis complementares quanto ordi-nárias. Para ser encaminhado aoCongresso Nacional, o projeto delei deverá ser aprovado pela

maioria absoluta dos membrosdo Conselho Federal da Ordem.

Ficam excluídos da competên-cia da OAB projetos relativos amatérias de iniciativa privativado presidente da República, doSupremo Tribunal Federal (STF),dos tribunais superiores e do pro-curador-geral da República.

Pompeo de Mattos argumentaque a relevância do papel institu-cional da OAB já está consagradana Constituição e que o ConselhoFederal da Ordem já possui legi-timidade para propor ações dire-tas de inconstitucionalidade(Adin) e ações declaratórias deconstitucionalidade.

PEC prevê que OABpode propor leis

FRAUDE

DOW JONES NEWSWIRESBOSTON

A Teva Pharmaceutical Indus-tries pagou US$ 7 milhões para oprograma Massachusetts Medicaid(sistema federal de seguro saúdepara pessoas de baixa rena nos Es-tados Unidos) a fim de resolver umcaso de reclamação de fraude, pen-dente no Tribunal Federal de Bos-ton. A fabricante de medicamentosgenéricos e sua subsidiária quecontrola totalmente, Ivax Pharma-ceuticals, são duas entre 13 fabri-cantes de remédios processadaspor Massachusetts em 2003 sob aalegação de aumentar mentirosa-mente os preços que divulgavam

Teva fecha acordode US$ 7 milhões

para os serviços nacionais de pre-ços farmacêuticos. Ivax era umacompanhia independente quandoo caso deu entrada.

A ação legal acusou as compa-nhias de negociar seus medica-mentos para médicos e farmáciasa preços inferiores ao custo quedivulgavam para o governo, oque levantou a especulação deque médicos e farmácias embol-savam a diferença. O assunto sus-citou numerosas investigações eações legais por parte do estado edos órgãos reguladores federaisque alegaram que as empresasfarmacêuticas ao longo dos anostiravam vantagem do sistema.

REGISTRO PRESIDÊNCIA DO STJO corregedor-geral da Justiça Fede-ral, ministro Hamilton Carvalhido,do Superior Tribunal de Justiça(STJ), está no exercício da presidên-cia do tribunal desde do dia 2 dejaneiro, decidindo os pedidos de li-minar ou de urgência levados aoSTJ durante o período das férias.

Desde abril de 1999, o ministro in-tegra o STJ. Devido ao exercício dafunção de corregedor-geral de Jus-tiça Federal, no Conselho da Justi-ça Federal, passou a participar so-mente das sessões da Corte Espe-cial. Antes, o ministro foi membrodo Ministério Público do Estadodo Rio de Janeiro.

HABEAS-CORPUS NEGADOO vice-presidente do SuperiorTribunal de Justiça (STJ), minis-tro Ari Pargendler, negou novopedido de habeas-corpus a fa-vor do advogado Ildeu da Cu-nha Pereira Sobrinho, preso des-de outubro de 2008, duranteoperação da Polícia Federal, por

suposta prática dos delitos decorrupção ativa, formação dequadrilha e divulgação de segre-do. No habeas-corpus, a defesaalegou impossibilidade da decre-tação de prisão preventiva emfase investigatória, ausência defundamentação e incompetên-cia da autoridade judiciária.

AGÊNCIA BRASILBRASÍLIA

O prazo para entrar com açãoa fim de receber perdas do PlanoVerão na caderneta de poupan-ça terminaria no dia 31 de de-zembro de 2008, mas, devido aoferiado do Ano Novo, foi possí-vel pedir a correção até ontem,já que a Justiça não funcionoudurante o recesso. Os consumi-dores que tinham poupançanesse período podem ter direitoà correção de 20,36% sobre seusaldo na época.

O Plano Verão foi instituídoem janeiro de 1989. A lei que ocriou determinou que os saldosdas cadernetas de poupança emfevereiro de 1989 fossem atualiza-dos com base no rendimento acu-mulado das Letras Financeiras doTesouro (LFT) e não mais peloIPC (Índice de Preços ao Consu-midor). Com isso, os bancos nãoteriam creditado a diferença devi-da — no percentual de 20,46% —nas cadernetas de poupança comaniversário entre 1º e 15 do mês

Polêmica A correção das cadernetas de

Termina prazo parapedir ressarcimento

poupança tem sido motivo degrande polêmica. A FederaçãoBrasileira de Bancos (Febraban)estima que, considerando apenasas cadernetas de poupança, osbancos teriam de desembolsar en-tre R$ 100 bilhões e R$ 120 bi-lhões. “Outras aplicações finan-ceiras, o FGTS (Fundo de Garan-tia por Tempo de Serviço) e osdepósitos judiciais também po-dem ser alvo de pedidos de ressar-cimento”, disse o economista-che-fe da entidade, Rubens Sarden-berg em matéria publicada poreste jornal no dia 30 de outubrode 2008. A estimativa é que ape-nas os bancos públicos (Banco doBrasil, Caixa Econômica Federal eCaixas estaduais) tenham um im-pacto de R$ 55 bilhões. São maisde 550 mil ações tramitando.

À época, a entidade estudavaentrar com uma ação de argüiçãode preceitos fundamentais(ADPF) no Supremo Tribunal Fe-deral (STF) para barrar o ressarci-mento das diferenças de correçãodas poupanças referente a perdasinflacionárias provocadas pelosplanos econômicos, mas aguardauma posição do governo..

PLANO VERÃO

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A10 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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RESPONSABILIDADE SOCIAL Para inovar, empresa deve abrir seu próprio DNA

DILEMAS SOCIAIS

Desafio é desenvolversoluções que unamganhos econômicos,sociais e ambientais

Inovação precisa mirar sustentabilidade

JULIANA LOPES — REVISTA IDÉIAS O C I O A M B I E N TA L SÃO PAULO

Principal motor do crescimen-to, a inovação também está rela-cionada à capacidade de anteci-par cenários, tendências e, conse-quentemente, à perenidade deuma organização. O termo inova-ção sustentável faz referência,portanto, a capacidade inovadorade uma empresa que se mantémviva ao longo dos anos, mas tam-bém a soluções que ofereçam res-postas aos dilemas sociais, am-bientais e econômicos.

Para Moysés Symantob, pes-quisador e co-fundador do Fórumde Inovação da Fundação GetúlioVargas - São Paulo, não há comodiscutir a inserção da sustentabi-lidade na estratégia da compa-nhia, sem envolver os processosde inovação. “Organizações e ino-vações sustentáveis são cara e co-roa da mesma moeda. O estado deuma empresa em um determina-do momento é resultado das ino-vações do passado. Então, comofazemos, hoje, que as companhiasorientem os critérios econômicos,sociais e ambientais para gerarprodutos que sejam úteis para asociedade e, ao mesmo tempo, seco-responsabilizem pelo ciclo to-tal de vida dos seus serviços, so-luções e produtos? Essa é umaquestão-chave”, afirma.

O primeiro passo para cons-trução de uma cultura de inova-ção voltada para a sustentabilida-de é, na verdade, uma pergunta:“para que inovar?”. Esse simplesquestionamento pode reorientara estratégia da companhia embusca de soluções sustentáveis.

“Ninguém é contra o floresci-mento e a inserção de novidadesno mercado. Mas é necessário quea inovação atenda às múltiplasdimensões da sustentabilidadeem bases sistemáticas, que colhaos resultados esperados pela em-presa, pela sociedade e pelo meioambiente”, ressalta.

E o campo para desenvolvi-mento de inovações sustentáveisvai desde a eliminação de subs-tâncias tóxicas, redução de quan-tidade de matéria-prima e energiapor unidade produzida até o au-mento da vida útil do produto.

No entanto, na maioria dasempresas ainda prevalece a idéiade oferecer algo a mais e, segundoHenrique Rattner, pesquisador doInstituto de Pesquisas Tecnológi-cas (IPT), não necessariamentemais seguro, mais limpo ou maiseficiente. “A inovação normal-mente está associada ao novo.No entanto, essa filosofia nãofaz muito sentido do ponto devista da racionalidade do Plane-ta. Isso porque há produtos quepodem perfeitamente servir pormuito mais tempo sem prejuízonenhum, mas o consumidor éestimulado, induzido e muitasvezes até condicionado pela pro-paganda a adquirir novos pro-dutos”, afirma Rattner.

“Decifra-se ou serásdevorada” Conhecer a fundo as compe-

tências e incapacidades da empre-sa é pré-requisito para a inovação.De acordo com Symantob, daFGV, as empresas inovadoras sus-tentáveis, são, antes de tudo,grandes psicanalistas de si mes-mas. Essa é uma habilidade que,segundo ele, a Embraer desenvol-veu muito bem. Como sabia quenão conseguiria produzir aerona-ves grandes, a companhia brasi-

leira decidiu usar o conjunto desuas competências para bater fa-bricantes de máquinas de vôos re-gionais, como a Bombardier.

A conexão com pólos de co-nhecimento, acesso a matérias-primas essenciais, custo de mão-de-obra competitivo, conheci-mento do mercado de rotas cur-tas e flexibilidade produtiva sãoos pontos fortes da empresa. Aoreconhecê-los, ficou mais fácil— crê Symantob — traçar umaestratégia e centrar seus esfor-ços de inovação.

O desenvolvimento de tecno-logias mais limpas é hoje umadas principais apostas da Em-braer. Em 2004, a empresa lançouo pulverizador Ipanema, primei-ro avião no mundo a operar to-talmente com biocombustível(álcool). A tecnologia foi premia-da pela revista Scientific Ameri-can como uma das 50 invençõesmais importantes de 2005.

Para Guilherme Freire, diretorde estratégias e tecnologias para omeio ambiente da Embraer, o in-vestimento em pessoas e o com-promisso da alta administraçãocom o tema foram fatores essen-ciais para construção de uma cul-tura de inovação fundamentadana sustentabilidade. A coopera-ção é outro aspecto que a Em-braer procura desenvolver. “Valo-rizamos a colaboração não só en-tre os funcionários, mas tambémcom a Academia. Temos algumasparcerias com o MassachusettsInstitute of Technology (MIT) pa-ra tratar de pontos específicosque toda a indústria trabalha, en-tre eles o desafio das mudançasclimáticas”, explica Almeida.

De acordo com Symantob, daFGV, a Embraer consegue desen-volver e lançar novos produtosacompanhando as necessidadesdo mercado porque a inovaçãoestá consolidada em sua cultura.Ainda segundo o especialista, pa-ra tornar o processo de inovaçãocontínuo, a organização deve,portanto, “abrir seu próprioDNA” e, se for preciso, transfor-má-lo por meio da criação de no-vas competências, da correção derumos, do abandono de recursosimprodutivos que não reprodu-zam o valor do capital.

“A companhia precisa formu-lar estratégias ancoradas na suaidentidade. Deve fazê-lo em aten-ção ao chamado da mitológica es-finge, monstro épico destruidorda cidade de Tebas, apenas derro-tado após a resolução do enigma,que parafraseado ficaria: decifra-se, ou serás devorada”, ressalta.

Empresa sou “eu”

Como pressupõe o próprio no-me, a responsabilidade social tra-duz em compromissos a propostade desenvolvimento sustentável.Partindo desse princípio, o profes-sor da FGV defende que os fun-cionários tenham consciência deque respondem pela companhia.“As pessoas contratadas para a or-ganização precisam trazer algu-mas características, como a clare-za de que vão trabalhar em umaorganização comercial, cuja partedo resultado final será responsa-bilidade dela. Os profissionaisprecisam aprender a pensar e agirsempre na primeira pessoa dosingular.”, exemplifica.

O Grupo Orsa é um bom exem-plo de integração do conceito desustentabilidade ao negócio e decultura interna predisposta para otema. Segundo Rosana Orlando,coordenadora de Responsabilida-de Social Empresarial e Sustenta-bilidade da companhia, os funcio-nários requerem atenção especial.“É preciso trabalhar a cultura or-ganizacional e, sobretudo, cons-cientizar as pessoas da sua parcelade responsabilidade como cida-dãos e como empregados. É im-portante que os funcionários sesintam fazendo parte dos resulta-dos da empresa e, consequente-mente, da diminuição do impactodas atividades do negócio no meioambiente”, ressalta.

No Wal-Mart, as responsabi-lidades dos funcionários são re-forçadas por meio do “ProjetoPessoal para a Sustentabilida-de”. O programa incentiva a mu-dança de atitude em sete temas:compras responsáveis, reduçãoe reciclagem de resíduos saúde ebem-estar, energia, água, mobili-zação e voluntariado. O PPS jáconta com mais de 32 mil adep-tos, que escolheram seu campode atuação, comprometendo-sea adotar valores sociais e am-bientais em sua vida cotidiana.

Para Daniela Di Fiori, vice-pre-sidente de assuntos corporativos esustentabilidade do Wal-Mart, esti-mular o desenvolvimento do temano âmbito do indivíduo é funda-mental para que a sustentabilidadeseja incorporada efetivamente aomodo de pensar da empresa. “Oprojeto pessoal para a sustentabili-dade é uma das formas trabalhadaspara estimular os funcionários aincorporarem a preocupação so-cioambiental e com a qualidade devida. Um dos objetivos é mostrarque ações simples podem fazer adiferença”, destaca.

Redes de conhecimento

Ciente de que o conhecimentoé o principal capital de uma or-ganização, a IBM tem procuradodesenvolver ambientes nos quaisas pessoas possam registrar ecompartilhar suas idéias.

“Em uma economia global,

largam na frente as organizaçõesque conseguem criar grandes co-munidades a fim de agregar todoo conhecimento espalhado. Porisso, procuramos criar ferramen-tas capazes de integrar as pes-soas”, explica Mauro Segura, exe-cutivo de comunicação da IBM.

O Innovation Jam é um even-

to emblemático desta filosofia decolaboração da companhia. Cria-do em 2001, e realizado uma vezpor ano, o fórum virtual era vol-tado apenas para o público inter-no. Mas a partir de 2006, passou aintegrar familiares dos funcioná-rios, clientes e formadores de opi-nião sempre em torno da idéia dediscutir tendências e oportunida-des de negócios.

No Innovation Jam de 2007, acompanhia selecionou 10 idéias.Com base nelas, está investindoUS$ 100 milhões no desenvolvi-mento de novos modelos de ne-gócios, entre os quais uma linhade soluções verdes. A IBM já iden-tificou três áreas de interesse ini-cial: modelagem hídrica avança-da; filtragem hídrica por meio denanotecnologia e sistemas efi-cientes de energia solar.

Em 2008, o evento teve comotema inovação e sustentabilidade.A plataforma registrou 32 mil co-mentários postados e mais de1,5 milhão de visitas. As idéiasestão sendo organizadas e orien-tarão a estratégia da companhia.“O grande desafio é não perderde vista as necessidades das pes-soas e voltar-se para aquilo querealmente vai ser útil para ocliente e para a sociedade comoum todo. Não é simplesmente ainovação pela inovação”, ressal-ta Ruth Arada, diretora de cida-dania corporativa da IBM.

+ Veja mais emwww.ideiasocioambiental.com.br

OPINIÃO Ricardo Voltolini*

Leitura sustentável para 2009A título de contribuição inte-

lectual, esta coluna listou seislivros importantes, já tratados,de forma direta ou indireta, nes-ta página de sustentabilidadeda Gazeta Mercantil. Sãoobras inteligentes, provocativase promotoras de idéias novas evigorosas. Constituem leituraimprescindível para quem quercomeçar o ano antenado comas mais importantes tendênciasdessa área.

O ex-presidente Bill Clintonresolveu colocar em livro suasidéias sobre a importância doato de doar. Trata-se de Doar-Como Cada um Pode Mudar oMundo (Editora Agir, 238 pági-nas). A obra combina brevesanálises, opiniões e crenças deClinton com histórias de pes-soas e organizações com quemconviveu e que, em sua visão,têm feito a diferença na constru-ção de um mundo mais justo.Sobre Clinton, vale lembrarque, após dois mandatos àfrente do governo dos EUA(1993-2001), ela passou a se de-dicar à gestão e de uma funda-ção que leva o seu nome. E hojeemprega seus ativos pessoaisna missão de levar assistênciamédica digna, promover a cida-dania e o desenvolvimento eco-nômico em países pobres.

São interessantes as idéias deClinton sobre como doar dinhei-ro, tempo, coisas e habilidades.Oportunas também são as tesesque ele partilha com o leitor, es-pecialmente as relacionadas aomodo como se pode organizarmercados para atender causasde grande interesse público. Noentanto, os depoimentos colhidosno convívio com grandes perso-nagens são, de longe, o melhordo livro. A leitura já valeria apena pelas passagens com BillGates e Warren Buffet. Mas hámuitas outras boas surpresas.

Em Um Mundo Sem Pobreza(Editora Ática, 263 páginas) oprêmio Nobel da Paz de 2006,Muhammad Yunus, propõe umaespécie de reinvenção do capitalis-mo a partir do que ele chama de“empresas sociais”, empreendi-mentos não focados na idéia dolucro convencional cujo objetivoprincipal é fornecer produtos eserviços para atender necessida-des das populações mais pobres.

Não só pela polêmica tese

que defende – vista por muitos co-mo incompatível com o mundo dosnegócios --, mas pela maneira con-victa como descreve os resultadosalcançados pela experiência dejoint venture social entre o Grame-en Bank e a Danone, na produçãode um iogurte fortificado paracombater a desnutrição em Ban-gladesh, o livro vale a pena ser li-do da primeira à última página.Experiências como a de Yunus ain-da são tratadas como alternativasporque confrontam a lógica vigenteda rentabilidade de curto prazo.Mas é bom que elas existam paranão nos fazer esquecer de que omelhor lucro é o que está a serviçodo bem-estar da humanidade.

Daniel Esty é um dos mais im-portantes pensadores norte-ameri-canos em estratégia ambiental cor-

É leitura imprescindívelpara quem quer começaro ano antenado com asmais importantestendências dessa área

cursos, o mundo precisa de umPlano B capaz de rever o atualmodelo econômico insustentável.

A solução, segundo o ambienta-lista, pressupõe seis pontos: erradi-car a pobreza e estabilizar a popu-lação, restaurar o planeta, alimen-tar bem oito bilhões de pessoas,planejar melhor as cidades, criareficiência energética e mudar a ma-triz para energias renováveis.

Outro livro estrangeiro impor-tante é “Branded - How the certi-fication revolution is transformingglobal corporations” (New SocietyPublishers, 320 páginas) de Mi-chael Conroy. Para o autor, amarca consiste no componentemais importante e volátil do patri-mônio de uma companhia. Cadadólar investido na expansão desseativo aumenta os riscos e desafios

para a empresa no camposocial e ambiental. Os sis-temas de certificação, noentanto, podem eliminaresses riscos, contribuindopara as empresas fideliza-rem clientes e conquista-rem novos mercados.

De acordo com Conroy,a revolução das certifica-ções resulta da combinação

de três variáveis: campanhas demarketing desenvolvidas para con-vencer as companhias a melhorarsuas práticas; a criação de sistemasde certificação e a existência de líde-res nas companhias convencidos daimportância de rever processos eatitudes com vistas à sustentabilida-de. A boa notícia é que o livro deveser editado no Brasil em 2009.

O que ganha uma empresa queresolve basear sua gestão no princí-pio da sustentabilidade, combinan-do os aspectos econômicos, ambien-tais e sociais no negócio. Essa per-gunta-central motivou Bob Willarda escrever “The sustainability ad-vantage – seven business cases be-nefits of triple bottom line”, (NewSociety Publishers, 203 páginas.)

Com uma linguagem pragmáti-ca, o autor, ex- vice-presidente daIBM, revela que os ganhos de umaestratégia focada no triple bottom li-ne são quantificáveis e que os exe-cutivos não precisam se tornar ati-vistas de causas socioambientaispara alcançar esses benefícios.

* Publisher da revista IdéiaSocioambiental e diretor daconsultoria Idéia SustentávelE-mail: [email protected]

porativa. No livro Verde que ValeOuro (Editora Campus Elsevier,300 páginas), escrito a quatromãos com Andrew Winston, oprofessor da Universidade de Yalemostra como criar vantagem com-petitiva e adicionar valor aos negó-cios incorporando as questões am-bientais na estratégia de negócio.Bem redigida, didática em ser cha-ta, a obra se destaca pelas boasidéias dos autores, sobretudo pelosestudos de caso nos quais apoiamsuas teses. Um dos seus pontos al-tos é o capítulo que trata das 13armadilhas nas quais as compa-nhias podem cair ao trilhar o ca-minho para a sustentabilidade.

Há três obras muito importantes,infelizmente ainda sem tradução pa-ra o Português, que valem o esforçode serem adquiridas por meio deum site de vendas internacional.

Uma delas é Plan B 3.0: mobi-lizing to save civilization” (EditoraW.W. Norton & Company, 384 pá-ginas), novo livro de Lester Brown,um dos mais renomados ambienta-listas do mundo. A tese central deBrown, recentemente convocadopor Barack Obama para assesso-rá-lo em questões ambientais, é deque, à beira de um colapso de re-

Dez passos para aliar desenvolvimento e meio ambiente1. — Orientação da atividade de pesquisa e desen-

volvimento para o desenvolvimento sustentável;2. — Valorização das pessoas;3. — Formação de profissionais conscientes de

sua responsabilidade junto à organização e à socie-dade;

4. — Estabelecimento de relações de trabalhomais permanentes;

5. — Compromisso da alta administração como tema;

6. — Capacidade de antecipar cenários futuros;7. — Agilidade em transformar conhecimento

em soluções de mercado;8. — Consciência de sua identidade, competên-

cias e limitações.9. — Desenvolvimento de novas tecnologias e

modelos de gestão que favoreçam a cooperação;10. — Criação de uma estrutura organizacional

que proporcione a liberdade de expressão, capaz dereconhecer e desenvolver boas idéias.

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | A11

INTERNACIONAL “O consenso diz que estamos na parte mais profunda da recessão agora”

tal, há um fator psicológico queRobert Shiller, economista de Yale,espera que contribua.

“Se tivermos gastos maciços eminfra-estrutura e as pessoas senti-rem que isso está funcionando, issopode criar um sentimento de queestamos bem e as pessoas vão vol-tar ao normal”, disse ele. “O proble-ma real é que estamos em suspen-so. Todo mundo está”.

A expectativa da maioria daque-les que fazem previsões, dizem vá-rias pessoas, é de que a maior partedo estímulo da administração Oba-ma vá para projetos de trabalhospúblicos e redução de impostos.Com este tipo de incentivo, o PIB,principal medida da produção, de-ve começar a subir — se não noterceiro trimestre, então certamen-te no quarto, dizem os analistas dasprevisões, e a taxa de desempregofinalmente atingir o pico em 8 a9% até o início do próximo ano.

“A insegurança quanto ao em-prego é muito séria. Este é o pioraspecto disso tudo”, disse AlbertWojnilower, que faz previsões deconsultoria na Criag Drill Capital.“Mas a maioria das altas na econo-mia começaram com altas no con-sumo, quando as pessoas que aindatêm emprego param de se preocu-par em perdê-los”.

Como outros profissionais dasprevisões, Wojnilower espera queo quarto trimestre recém-termina-do seja o pior da recessão, com oPIB contraindo-se a uma taxa anualde 4% ou 5% ou até mesmo de6%. Também como os outros, es-pera que a economia esteja cres-cendo novamente até o final doano, embora a uma taxa anual de1% ou menos, o que parece umarecessão e não é suficiente para ge-rar novos empregos.

Mas a economia não estarámais em contração, e a recessão

que começou em dezembro de2007 deve terminar em 18 ou 21meses. As detentoras dos recordesanteriores, as recessões severas emmeados da década de 70 e no inícioda década de 80, duraram, cadauma delas, 16 meses.

“Acho que os consumidores es-tão certamente em estado de cho-que neste exato momento, mas seucomportamento é fundamental-mente racional”, disse Martin Re-galia, economista chefe da Câmarade Comércio americana. “Eles que-rem trabalhar, querem fazer di-nheiro e querem gastar esse di-nheiro. Acima de tudo, são resis-tentes.

Lambem suas feridas e com al-guma ajuda do governo, come-çam de novo e sairemos disso ra-pidamente”. Uma chave para orenascimento, em toda previsão,é a construção de moradias e ospreços das moradias.

ECONOMIA AMERICANA

Otimistas vêem o fundodo poço já em julhoEspecialistas emprevisões acham que opior deve acabar logopara os EUA

LOUIS UCHITELLE/THE NEW YORK TIMESNOVA YORK

No meio da mais profunda re-cessão na experiência da maioriados americanos, muitos dos pro-fissionais das previsões estão ru-mando, de maneira otimista, emdireção ao ano novo declarandoque o pior pode acabar logo.

Para que este cenário cor-de-rosa se desenrole, eles contamque a administração de Obama eo Congresso forneçam um pacotede estímulo público substancial,até US$ 1 trilhão em dois anos.Dizem que isso vai fazer com quea economia se movimente de no-vo diante dos gastos persistente-mente fracos por parte dos con-sumidores e das empresas, semcontar os bancos que relutam emestender o crédito.

Se os dominós caírem da ma-neira correta, a economia deveatingir o fundo do poço e começara crescer novamente a passos pe-quenos até julho, de acordo comuma pesquisa realizada em dezem-bro, junto a 50 profissionais que fa-zem previsões, conduzida pelaBlue Chip Economic Indicators. Osinvestidores pareciam estar em umastral semelhantemente otimistana semana passada, aumentando opreço das ações em 3%.

Mas na ausência desse estímulogovernamental, as amargas man-chetes econômicas de 2008 vãoprovavelmente continuar por al-

gum tempo, reconhecem os profis-sionais das previsões. “Sem estacontribuição federal, a projeção deconsenso para 2009 é que a reces-são continue pela maioria do ano”,disse Randell E. Moore, editor daBlue Chip Economic Indicators,que conduz a pesquisa mensal jun-to aos profissionais de previsões.

Muitos economistas são maispessimistas, claro. Nouriel Roubi-ni da Universidade de Nova York,que anunciou corretamente o de-sastre do mercado de 2008, escre-veu em um recente comentáriona Bloomberg News que prevê“uma retração profunda e prolon-gada que vai durar pelo menosaté o final de 2009”. Mesmo em2010, ele acrescentou, a recupera-ção deve ser tão fraca “que seráterrível mesmo se a recessão es-tiver tecnicamente acabada”.

Mas Roubini não está entre oseconomistas pesquisados pela BlueChip. Tais profissionais são geral-mente empregados por bancos deinvestimentos, associações comer-ciais e grandes corporações.

Baseiam suas previsões em mo-delos feitos por computadores quetendem a ver a economia america-na como basicamente segura, mes-mo nos piores momentos. Isso fazdesses profissionais um grupo ge-ralmente mais otimista que Roubi-ni e seus pares.

A credibilidade deles sofreucom isso no ano passado. Não en-xergaram a recessão até que o fi-nal do verão chegasse. Uma razãopara serem pegos de surpresa:seus modelos que rodam emcomputadores não explicam fa-cilmente os fatores emocionais

como o choque da crise de créditoe os preços em queda das mora-dias que tanto têm atrapalhado osempréstimos e os gastos.

Esses modelos também to-mam como dado que o estado na-tural de uma economia de mer-cado como a dos Estados Unidostem um alto nível de atividadeeconômica, e que vai voltar quasereflexivamente àquele nível altoa partir de uma recessão.

Mas esse fato assume que osbancos e outras financeiras não es-tejam retendo os empréstimos, co-mo estão fazendo hoje, privando opaís do crédito necessário parauma economia vigorosa. “A maio-ria dos nossos modelos estão estru-turados de uma maneira que a eco-nomia se auto-corrija”, disse NigelGault, economista chefe da IHSGlobal Insight, empresa de consul-toria e de previsões em Lexington,Massachusetts.

Mesmo se a economia começara se reabilitar até este verão(jul/set), a recessão ainda será amais longa desde 1930, que foi a úl-tima vez que o governo se engajouem um programa de gasto públicoamplo para superar a inércia per-sistente nos gastos dos consumido-res e das empresas.

“O consenso diz que estamos naparte mais profunda da recessãoagora”, disse Moore. “Mas espera-seque o pacote de estímulo e os pre-ços muito mais baixos da gasolinarecuperem de certa forma a con-fiança do consumidor e os gastospessoais, e isso vai nos colocar nostrilhos novamente”. Além do gastodireto e a criação de empregos ad-vindos do estímulo governamen-

FAIXA DE GAZA

Ofensiva vai continuar, dizministro da Defesa de Israel

Ao anoitecer, os soldados tenta-vam capturar um morro com vistapara a cidade de Jabaliya e umcampo de refugiados, mas enfren-tavam a resistência dos combaten-tes islâmico. Israel concentrava suaartilharia e sua aviação nessa área.O avanço militar de Israel na Faixa,com 40 quilômetros de compri-mento, dividiu o território em dois.

A Cidade de Gaza está sob cerco.A chanceler de Israel, Tzipi Liv-

ni, rejeitou propostas da UE paraenvio de observadores internacio-nais, e sugeriu equipes para locali-zar e lacrar túneis que possam serusados pelo Hamas para o contra-bando de armas. Na ONU, paísesárabes defendem resolução contraa "agressão israelense".

REUTERSGAZA

Soldados israelenses, comapoio da artilharia aérea disputa-vam ontem território com com-batentes do Hamas dentro da Fai-xa de Gaza, apesar dos apelos in-ternacionais por um cessar-fogono conflito que matou mais de540 palestinos em dez dias. O mi-nistro da Defesa de Israel, EhudBarak, afirmou que a ofensiva vaicontinuar, pois “ainda não atingi-mos nossos objetivos”.

Em discurso por uma rádio,Abu Ubaida, porta-voz militar doHamas, conclamou os combaten-tes a lutarem “em cada rua, em ca-da beco” e ameaçou disparar aindamais foguetes contra Israel.

Os presidentes da França, Nico-las Sarkozy, que foi ao Oriente Mé-dio tentar mediar a crise, e dosEUA, George W. Bush, a 14 dias dofim de seu mandato, fizeram apelopor um cessar-fogo. Mas as discor-dâncias sobre quem para de atirarantes e os termos da trégua tornamessa hipótese remota.

Falta comida, água e energia emGaza, onde pelo menos 541 pes-soas já morreram, muitas delas ci-vis. Entre as vítimas de segunda-fei-ra estão 13 integrantes de uma fa-mília palestina cuja casa, numcampo de refugiados, foi atingidanum bombardeio, segundo fontesmédicas. O Exército de Israel dissejá ter matado dezenas de comba-tentes do Hamas desde o início daincursão terrestre, no sábado, e on-tem foi anunciada a morte de maistrês soldados israelenses.

Israel lançou a ofensiva depoisdo fim de uma trégua de seis me-ses, em dezembro, quando o Ha-mas intensificou o uso de fogue-tes em resposta contra as açõesmilitares e o bloqueio ao territó-rio, que esteve sob ocupação is-raelense entre 1967 e 2005.

Os combates de ontem entra-ram pela noite. Militantes usammorteiros, granadas e minas, e ten-tam atrair os soldados para áreasdensamente urbanizadas, dizemtestemunhas. Israel bombardeoudezenas de alvos, inclusive casas demembros do Hamas usadas comodepósitos de armas.

Lições das últimas crises pouco ajudamBLOOMBERG NEWSWA S H I N G T O N

Os mecanismos que tiraram aeconomia de todas as recessões emque mergulhou desde a II GuerraMundial serão de pouca valia destavez. A reconstituição dos estoques,os gastos dos consumidores, aconstrução de casas e o crescimen-to das folhas de pagamento — for-ças que impulsionaram, em maiorou menor grau, todas as recupera-ções do país desde 1945 — podemficar inoperantes por boa parte de2009. Um excedente de imóveisnão-comercializados deverá man-ter o mercado de unidades residen-ciais deprimido, enquanto as pou-panças dilapidadas vão desestimu-lar os consumidores. Empresasdevem relutar em reconstituir es-toques e em recontratar enquantoos lucros continuarem baixos.

“Não há fatores impulsionado-res óbvios da expansão por partedo setor privado”, diz Jan Hatzius,economista-chefe para os EUA doGoldman Sachs de Nova York.

O resultado é que uma recupe-ração, ocorra quando ocorrer, deve-rá ser anêmica e altamente depen-dente de empréstimos a baixo cus-to por parte do presidente doFederal Reserve (Fed, o BC dosEUA), Ben S. Bernanke, e da inten-sificação dos gastos prometida pelopresidente eleito Barack Obama.As taxas de juros de curto prazo de-verão ter de permanecer próximasde zero por todo o ano, enquanto odéficit público dos EUA permane-cerá no nível recorde, ou próximo

dele, até boa parte de 2010.“Se não agirmos de forma rápi-

da e ousada, nos defrontaremoscom um desaquecimento da eco-nomia muito mais profundo, quepode levar a níveis de desempregode dois dígitos’’, disse Obama emseu pronunciamento radiofônicosemanal dia 3 de janeiro. A taxa dedesemprego dos EUA estava em 6,7por cento em novembro.

O UBS Securities prevê que oProduto Interno Bruto (PIB) dosEUA vai contrair ao ritmo anualde 3% neste trimestre, depois deencolher 4,5% nos três últimosmeses de 2008.

James O’Sullivan, economista-sênior do UBS em Stamford, Con-necticut, diz que a economia ame-ricana deverá deixar de recuar nosegundo trimestre, graças a uma“blitz de política econômica”’ semprecedentes desencadeada pelo Fede pelo futuro governo Obama. Arecuperação no segundo semestre,no entanto, será fraca, diz ele, limi-tando-se a um crescimento de1,5% no terceiro trimestre e de 2%no quarto, uma vez que o apertodo crédito continuará a restringirconsumidores e empresas.

Essa situação se diferencia dasrecuperações passadas, em que ocrescimento foi puxado por umrenascimento sólido da demandapor parte do setor privado.

As oscilações dos estoques de-sempenharam um papel funda-mental na recessão de 1973-75,que durou 16 meses, e na recupe-ração que se seguiu. As empresas

reduziram os estoques em 1974 e1975 diante da queda da deman-da, e reconstituíram-no rapida-mente no ano seguinte. Isso ele-vou o PIB de 1976 em 1,4 pontopercentual, a maior contribuiçãodesse gênero em 21 anos.

Os gastos do consumidor e omercado de imóveis residenciaisresgataram a economia da recessãoem 1983, quando a demanda repri-mida fez disparar as aquisições decarros e moradias. O crescimentodas folhas de pagamento tambémfoi sólido, com a criação de 1,1 mi-lhão de empregos somente em se-tembro daquele ano.

Em 1992, o mercado de imóveisresidenciais foi novamente degrande ajuda. Juntamente com osinvestimentos das empresas embens de capital, a construção de re-sidências foi a maior contribuiçãoà expansão dos investimentos des-de 1984. Todos esses fatores podemser inoperantes desta vez.

Com uma administração de es-toques pontual, segundo as neces-sidades, os efeitos das baixas — edas altas — do ciclo de formaçãode estoques estão mais atenuadosdo que antes. As empresas estãosendo mais ágeis em reduzir os es-toques quando a demanda esmore-ce, limitando o acúmulo de produ-tos não-desejáveis tanto em suaspróprias instalações quanto nas deseus clientes. A desvantagem dareação rápida é que a economianão obterá tamanho impulso coma reestocagem das empresas queacompanha uma recuperação.

ÁSIA

China deve crescer 8% em 2009clarações oficiais confirmam queum crescimento de 8% é atual-mente uma prioridade tanto polí-tica quanto econômica.’’

A China precisa de um cresci-mento de pelo menos 8% paracriar um número suficiente depostos de trabalho para absorveros 20 milhões de trabalhadoresque reforçam a população econo-micamente ativa das cidadesanualmente e para garantir a es-tabilidade social. O governo di-vulgou em novembro um planode estímulo voltado para a cria-ção de empregos e instou no mês

passado as empresas estatais aevitarem demitir funcionários.

O crescimento da economiachinesa não deverá superar 5%no primeiro trimestre, o ritmomais lento de mais de uma déca-da, antes que os gastos do gover-no em infra-estrutura e no forta-lecimento do consumo impulsio-nem a expansão do segundotrimestre, escreveu Huang. Ocrescimento deverá “evoluir commuita força”’ a partir do final dosegundo trimestre, previu ele. Osólido crescimento resultará navalorização do iuane, diz Huang.

BLOOMBERG NEWSXANGAI

O crescimento da economiachinesa, aquecido pelo pacote deincentivo de US$ 4 trilhões de iua-nes (US$ 586 bilhões) baixado pelogoverno, deverá ultrapassar 8% es-te ano, disse o Citigroup Inc.

“O motivo mais importante asustentar nossa confiança em tor-no de crescimento de 8% é a de-terminação e a capacidade do go-verno”’, disse Huang Yiping, econo-mista-chefe para a Ásia do Pacíficodo Citigroup, em relatório distri-buído ontem. “As mais recentes de-

EDITORIAL USE ONLY/THE NEW YORK TIMES

“Vamos superar isso!“, diz cartaz dos líderes da campanha de Nova York contra o desemprego, em 1932

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | A12

INTERNACIONAL “Os recentes números da economia têm sido assustadores não só nos EUA”

ESTADOS UNIDOS

Presidente eleito querantecipar ao máximoo projeto, que devechegar a US$ 775 bi

REUTERS E AFPWA S H I N G T O N

O presidente eleito dos Esta-dos Unidos, Barack Obama, visi-tou o Congresso norte-americanona ontem para fazer campanhapela aprovação rápida de um gi-gantesco pacote fiscal com o qualespera combater a recessão.

Um dia depois de se mudarcom a família para Washington,Obama começou uma série dereuniões com líderes do Congres-so, numa tentativa de pressionar olegislativo por uma aprovação re-lâmpago de seu projeto de resgateda economia uma vez que os líde-res do Congresso deixaram claroque seu gigantesco plano de estí-mulo econômico não será aprova-do tão rápido quanto ele gostaria.

“A razão pela qual estamos aquihoje é porque os assuntos da po-pulação não podem esperar”, disseObama a jornalistas no início deum encontro com a presidente daCâmara dos Deputados, Nancy Pe-losi. “Temos um extraordináriodesafio econômico diante de nós”,afirmou Obama, que tomará posseno próximo dia 20.

Obama visita Congresso paraagilizar a aprovação de pacote

Equipe de transição se aproxima da meta de arrecadaçãoREUTERS| WASHINGTON

A equipe de transição do presidente eleito dosEUA, Barack Obama, já arrecadou pelo menos US$3,8 milhões para as suas atividades, segundo dadosdivulgados ontem, o que a coloca perto de alcançarsua meta antes da posse, no dia 20.

Obama obteve uma arrecadação recorde nacampanha presidencial de 2008, com US$ 639 mi-lhões em doações. Mas o dinheiro continua sendolevantado, já que a equipe de transição estimouque terá gastos de US$ 12 milhões em salários ealuguéis até a posse. Os contribuintes arcarão comUS$ 5,2 milhões, e o resto precisa ser coberto pordoações, até um teto de US$ 5 mil por doador.

Até 15 de dezembro, 54 mil doadores haviam de-positado mais de metade dos US$ 6,8 milhões estipu-lados como meta. Apenas 218 doaram a quantia má-xima, entre eles Edgar Bronfman, executivo-chefe da

Warner Music, Stewart Banum, presidente da redede hotéis Choice, e Gary Hirshberg, executivo-chefeda fábrica de iogurtes orgânicos Stonyfield Farm. Amaioria dos doadores deu bem menos -- uma médiade US$ 70,62 cada, segundo a equipe de transição,que prometeu divulgar mensalmente uma lista dedoadores. Contribuições de lobistas, empresas, sindi-catos e outros grupos foram rejeitadas.

Paralelamente, partidários do futuro presidentedemocrata — primeiro negro eleito para este cargona história dos EUA — estão arrecadando dinheiropara as festividades da posse. Em 2005, o republi-cano George W. Bush obteve mais de US$ 40 mi-lhões para a posse após a sua reeleição. Ao contrá-rio das contribuições eleitorais, não há limite legalpara as doações para a posse. Bush estabeleceu umlimite de US$ 250 mil por indivíduo em 2005.Obama fixou o limite em US$ 50 mil.

“Temos um extraordinário de-safio econômico pela frente, esta-mos esperando um relatório sen-sato até o fim da semana”, acres-centou Obama. Ele disse queespera dados de desemprego“sombrios”. “Nós temos um desa-fio econômico extraordinário àfrente de nós, estamos esperandoum relatório de emprego som-brio para o final da semana.”

De acordo com uma pesquisada Reuters, economistas acreditamque dados do Departamento deTrabalho mostrem uma queda doemprego formal de 500 mil, ele-vando as perdas de empregos em2008 para cerca de 2,5 milhões.

Enquanto isso, os primeirosdetalhes do plano de recuperaçãoeconômica elaborado por suaequipe começaram a ser divulga-

dos, a começar pelo impressio-nante valor: US$ 775 bilhões.

Os democratas esperavam ini-cialmente ter o pacote pronto paraa assinatura de Obama no dia emque ele assumisse o poder. Masagora dizem que levará ao menosum mês para organizar a iniciativaque pode exigir apoio bipartidárioa fim de evitar uma possível obs-trução no Senado republicano.

O presidente eleito também or-ganiza a aplicação de um significa-tivo corte de impostos para traba-lhadores da classe média no valorde US$ 300 bilhões — o que cor-responde a cerca de 40% da cifratotal do projeto de resgate, indicouuma fonte da equipe de transição.

Obama já revelou também queseu plano inclui investimentosmultibilionários em infra-estru-tura, como a modernização dosistema de saúde, a reforma de es-colas e obras para a construção depontes e estradas.

O tamanho do corte fiscal podesurpreender alguns analistas — epode também ser visto como umaisca para fisgar o apoio dos repu-blicanos para o pacote de estímuloeconômico, principalmente no Se-nado, onde a oposição tem parla-mentares em número suficientepara barrar sua aprovação.

PANORAMA GLOBALPaul Krugman*

Lutando contra umaGrande Depressão II

“Se não agirmos com rapi-dez e confiança”, declarou opresidente eleito Barack Oba-ma no seu mais recente discur-so, “Poderemos ver um declínioeconômico mais profundo quepode resultar em taxa de de-semprego de dois dígitos”, se qui-ser minha opinião, ele demons-trou que entende o problemaquando disse essas palavras.

O fato é que os recentes nú-meros da economia têm sidoassustadores, não só nos Esta-dos Unidos, mas também aoredor do mundo. A produção,em particular, imerge em todosos lugares. Os bancos não estãoemprestando. Vamos falar cla-ro: isso se parece muito com oinício de uma segunda GrandeD e p re s s ã o .

Então nós vamos “agir comrapidez e confiança” suficientepara impedir que isso ocorra?Logo descobriremos.

Não deveríamos estar nessasituação. Por muitos anos amaioria dos economistas acre-ditou que é fácil impedir outraGrande Depressão. Em 2003,Robert Lucas, da Universidadede Chicago, declarou, no discur-so presidencial para a Associa-ção Econômica Americana, queo “problema central da preven-ção da depressão foi resolvido,para todos os propósitos práti-

tra que Keynes acertou na primei-ra vez. E o pensamento keynesia-no está por trás dos planos deObama para resgatar a economia.

Mas esses planos podem se mos-trar difíceis de aprovar.

Notícias da mídia informamque os democratas esperam apro-var um plano econômico com am-plo apoio bipartidário, Boa sortecom isso.

Na realidade, o posicionamentopolítico já começou, com os líderesrepublicanos criando obstáculos àsleis que visam estimular a econo-mia enquanto possam como defen-sores da deliberação cuidadosa noCongresso — o que é muito en-graçado quando se leva em contao comportamento do partido nos úl-timos oito anos.

Mais claramente, depois de dé-cadas declarando que o governo éo problema, não a solução, semmencionar denegrir tanto o pensa-mento econômico keynesiano quan-to o New Deal, a maioria dos re-publicanos não aceitarão a necessi-dade de se gastar profusamente, asolução no estilo Franklin DelanoRoosevelt para a crise econômica.

O maior problema que se apre-senta para o plano de Obama, noentanto, provavelmente será a exi-gência de alguns políticos de provarque os benefícios do gasto públicoproposto justificam os custos — umônus da prova que nunca foi impos-

to às propostas de cortesfiscais.

Esse é um problemacom o qual Keynes erafamiliar: a doação dedinheiro, ele ressaltou,tende a receber menosobjeções do que os pla-nos de investimento pú-blico “os quais, por nãoserem um completo des-

perdício, tendem a ser julgados pe-lo princípios estritos de ‘negócios’”.O que se perde nessas discussões éo argumento chave para o estímu-lo econômico — a saber, aquelesob as presentes condições, a altasúbita nos gastos públicos empre-gará americanos que de qualquerforma estariam desempregados edinheiro que de qualquer forma es-taria parado, e colocará os dois atrabalhar produzindo algo útil.

Tudo isso me deixa preocupadocom as perspectivas do plano Oba-ma. Tenho certeza de que o Con-gresso aprovará o plano de estímu-lo, mas receio que com atraso e/oucortes. E Obama está certo: Nósrealmente necessitamos de ação rá-pida e corajosa.

Aqui está meu cenário de pesa-delo: O Congresso levará meses pa-ra aprovar o plano de estímulo, e oconjunto de leis que na verdade sur-gir será muito tímido. Como resul-tado, a economia mergulha namaior parte de 2009, e quando oplano finalmente começa a surtirefeito, servirá só para diminuir oritmo da queda, não para detê-la.Enquanto isso, a deflação se estabe-lece, enquanto as empresas e os con-sumidores começam a basear seusplanos de gastos na expectativa deuma economia permanentementedeprimida — bem, você pode verpara onde isso vai levar.

Então esse é nosso momento daverdade. Nós vamos de fato fazer oque é necessário para impedir aGrande Depressão II?

*The New York Times

Então nós vamos “agircom rapidez e confiança”suficiente para impedirque isso ocorra? Logodescobriremos

cos, e foi de fato resolvido hámuitas décadas”.

Milton Friedman, em particu-lar, convenceu muitos economistasde que o Federal Reserve (Fed, obanco central norte-americano) po-dia deter a Depressão à medidaque ela se revela, bastando paraisso abastecer os bancos com maisliquidez, o que pode prevenir aqueda abrupta na base monetá-ria. Ben Bernanke, presidente doFed, deu uma boa resposta paraFriedman em nome da instituição:“Você está certo. Nós fizemos isso.Estamos bastante arrependidos.Mas graças a você, não faremosisso novamente.”

Ocorre que prevenir depres-sões não é tão fácil no final dascontas. Sob a liderança de Ber-nanke, o Fed tem fornecido liqui-dez como uma equipe de bom-beiros que tenta apagar umgrande incêndio, e a base mone-tária tem crescido sucessiva-mente. Mas o crédito permane-ce escasso, e a economia segueem queda livre.

A tese de Friedman de quea política monetária poderia im-pedir a Grande Depressão foiuma tentativa de refutar a aná-lise de John Maynard Keynes,que defende que a política mone-tária é ineficiente sob condiçõesde depressão e que a política fis-cal — os custos e as despesas de-ficitárias em grande escala dogoverno — é necessária paraevitar o desemprego em massa.

O fracasso da política mone-tária nessa presente crise mos-

Mais homens de Clinton no governo

de Justiça; Tom Perrelli, ex-colegade Obama na Faculdade de Direitode Harvard, como secretário adjun-to de Justiça; e Dawn Johnson co-mo secretária-assistente para o De-partamento de Assessoria Jurídica.

Ogden, Perrelli e Johnson ocu-param vários cargos importantesno Departamento de Justiça du-rante o governo Clinton, e parti-ciparam ativamente da equipe detransição de Obama.

“Esses indivíduos trazem a in-

tegridade, a profundidade de ex-periência e a tenacidade que oDepartamento de Justiça exigenestes tempos incertos”, disseObama em nota.

Todos os cargos precisam deconfirmação do Senado.

No mês passado, Obama já ha-via indicado Eric Holder, que forasub-secretário no governo Clin-ton, para o cargo de secretário deJustiça. A sabatina dele no Sena-do foi marcada para o dia 15.

REUTERSWA S H I N G T O N

O presidente eleito dos EUA,Barack Obama, escolheu Leon Pa-netta — que foi chefe de gabineteda Casa Branca durante o gover-no de Bill Clinton — para liderara CIA, disseram autoridades de-mocratas ontem. O cargo de dire-tor da CIA era um dos mais im-portantes do governo norte-ame-ricano que ainda não haviam sidodivulgados por Obama.

Barack Obama, que assumirá ogoverno no próximo dia 20, indi-cou ontem quatro advogados queatuaram no governo Clinton paracargos importantes no Departa-mento de Justiça.

Entre os escolhidos está ElenaKagan, reitora da UniversidadeHarvard desde 2003, que será a pri-meira mulher no cargo de advoga-da geral da União (encarregada derepresentar o governo junto à Su-prema Corte). Ela trabalhou no go-verno Clinton e foi colega de Oba-ma na Escola de Direito da Univer-sidade de Chicago, na década de1990. A jurista, de 48 anos, vinhasendo cotada para uma futura vagana Suprema Corte.

Como advogada geral, ela teráparticipação importante em umcaso que tramita na SupremaCorte sobre a possibilidade de ogoverno norte-americano mantersuspeitos de terrorismo presospor tempo indeterminado e semacusação formal.

Embora Obama seja contra aconduta da atual administração na“guerra ao terrorismo” e prometadesativar a prisão de Guantánamo,o futuro governo ainda não se ma-nifestou sobre as prisões.

Obama também indicou o ad-vogado David Ogden, de Washing-ton, para o cargo de sub-secretário

Leon Panetta foi chefe de gabinete de Clinton entre 1993 e 2001

AFPWA S H I N G T O N

O presidente eleito norte-americano, Barack Obama, indi-cou ontem que espera organizaruma “festa de bairro”, na noite desua posse, próximo dia 20, comentradas baratas para os morado-res da capital que não foram con-vidados para as dezenas de festasseletivas já previstas.

“É uma cerimônia de possepara todos os americanos”, disseObama em um comunicado.“Eu quero me assegurar de queteremos um evento que acessí-vel aos moradores de nosso no-vo bairro aqui em Washington”,acrescentou, rompendo umatradição segundo a qual as festasda noite da posse são reservadasa uma elite abastada.

“Com ingressos gratuitos oua preços abordáveis, esta será aprimeira festa de posse deste ti-po”, indicou a equipe do presi-dente eleito, acrescentando quea noite, assim como os eventossimilares em outras cidades dopaís, serão transmitidos pela in-ternet.

Dois milhões de pessoasOs organizadores das cerimô-

nias de posse prevêem umamultidão recorde na capital. Asautoridades esperam até doismilhões de pessoas para o jura-mento e o desfile.

No dia 20 de janeiro, os ho-téis, as salas de concertos e asigrejas da capital vão realizarfestas oficiais pela posse de Ba-rack Obama.

Uma “festade bairro”para a posse

REGISTRO CHÁVEZ E A REELEIÇÃOO presidente venezuelano, HugoChávez, propôs ontem que o pro-jeto de emenda à Constituiçãopara permitir a reeleição indefini-da, inicialmente prevista apenaspara a presidência, seja estendi-do a todos os cargos eleitos porvoto popular. A Assembléia Na-cional (Parlamento) venezuelanaaprovou, em 19 de dezembro, emprimeira discussão uma propostade emenda constitucional quepermitiria a reeleição indefinidaapenas para presidente.

CONSTRUÇÃO BRITÂNICAO setor de construção da Grã-Bre-tanha encolheu no mês passadono ritmo mais acelerado já regis-trado desde quando o levanta-mento começou a ser feito em1997. O índice do setor de cons-trução do Chartered Institute ofPurchasing and Supply (CIPS)/Mar-kit caiu para 29,3 pontos em de-zembro, ante 31,8 em novembro.Foi o décimo mês consecutivoque o indicador ficou abaixo de50 pontos, nível que separa con-tração de crescimento.

MANDEL NGAN/AFP PHOTO

Obama, ao lado de Nancy Pelosi, afirma que os assuntos da população não podem esperar

ROSE PROUSER/REUTERS

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TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009 | B1

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PREGÃO CÂMBIO Ibovespa mantém desempenho positivo B3

Moeda americanatem baixa de 3,34% B2

AGRONEGÓCIO Exportações de milho cresceram 76%em dezembro com compras da Malásia B9

Redução do comércioexterior levará governoa ter de ficar atento àponta de custeio

LUCIANO FELTRINSÃO PAULO

O ano começa com as princi-pais agências de classificação derisco soberano atentas ao Brasil.As maiores preocupações dizemrespeito à reação que terão os in-dicadores macroeconômicos doPaís ao longo da fase mais agudada crise global. O desaquecimen-to econômico, cujo principal re-flexo é a maior pressão sobre osaldo da balança comercial, traránovos desafios e a necessidade degerenciar as reservas cambiais, decerca de US$ 200 bilhões. “Para asreceitas oriundas de exportações,que vinham crescendo ao redorde 20% ao ano, estamos preven-do uma estagnação em 2009 e2010. A boa nova é que isso nãodeve se traduzir em aumento de

déficit em conta corrente, que de-ve ficar estável em 2,5% do PIB, oque é completamente administrá-vel, principalmente com reservasexternas tão robustas”, afirma odiretor-executivo da Fitch Ra-tings, Rafael Guedes.

A forma como o Banco Central(BC) utilizará o mecanismo serádecisiva para dar tranqüilidade aomercado, aponta o especialista.“Neste momento, uma variávelmuito importante é a atuação doBC. Não há um nível mínimo demanutenção ou uso das reservas.Em um instante de intranqüilida-de, um volume aparentementeconfortável passa a não ser mais”,exemplifica Guedes.

A Standard & Poor’s, que ele-vou a nota dos títulos da dívidasoberana brasileira para grau deinvestimento em abril do anopassado, também considera que ogerenciamento das questões queenvolvem câmbio uma das maisimportantes para que o Brasilpossa sair-se melhor ao longo das

turbulências. “É importante man-ter o BC com um certo grau deindependência, além de manteras políticas fiscal e monetária. Aresposta do Banco Central à valo-rização do dólar foi positiva. Afi-nal, o câmbio flexível permiteque suas taxas incorporem umacerta volatilidade”, exemplifica odiretor para ratings soberanos daagência, Sebastián Briozzo.

Menos despesasUma das premissas do aumen-

to da nota do País foi a flexibili-dade em enfrentar crises. Pesounessa análise, principalmente, ocomprometimento do governofederal com a manutenção de umsuperávit primário na faixa dos3,8% do PIB. Prosseguir nesse rit-mo, porém, será mais difícil coma crise. “O governo tem crescido12%, 13% de suas receitas, o quetornou muito fácil, em um cená-rio como era o anterior, registrarum superávit primário robusto,mesmo sem ser necessariamente

muito rígido com as despesas dogoverno, que têm crescido nomesmo ritmo”, adverte RafaelGuedes, da Fitch.

Avaliação parecida tem a Mo-ody’s. “Um dos riscos que o agra-vamento da crise pode trazer parao Brasil é a necessidade de ajustaras despesas para garantir o declí-nio da dívida pública ao longo dotempo”, afirma Mauro Leos, ana-lista senior da agência para aná-lise de risco soberano.

Não crer na capacidade — evontade — do governo em redu-zir suas despesas foi um sos prin-cipais motivos que levaram aagência a não conceder aos títu-los soberanos brasileiros a classi-ficação de grau de investimento.“Uma das preocupações estava as-sociada à persistente tendênciaascendente das despesas primá-rias”, lembra Leos.

Embora satisfeita com a me-lhora no perfil das contas exter-nas brasileiras, a Standard &Po-or’s concorda que reformas se-

Para agências de risco, saldocomercial e reservas são desafios

riam importantes para fortalecero País diante da crise. “Claramen-te, países com níveis de dívidamenores têm maior margem demanobra para realizar políticasanticíclicas”, compara Briozzo.

Bandeiras retomadasEm tempos de indefinições,

velhas bandeiras das agências derating — como a reforma do sis-tema previdenciário — ganhamespaço. A explicação para defen-dê-la é simples: com uma máqui-na menor para custear, o governopoderia aumentar seus níveis deinvestimento. “Há uma correla-ção clara entre investimento ecrescimento. Os países que se des-tacam em crescimento crescemmais de 25%. A China investe

40% de seu PIB; a India 33%. OBrasil investe entre 15% e 20%, oque já é uma melhora fantásticaem relação a outros anos”, diz Ra-fael Guedes, da Fitch.

Segundo o executivo, isso, po-rém, só será possível com a rea-lização de reformas. “Outro dia,conversava com um norte-ameri-cano que dizia que o país já estádiscutindo o seu sistema previ-denciário, que ficará deficitárioapenas em 2017”, compara.

A Moody’s não crê que o Le-gislativo brasileiro aprove nenhu-ma reforma neste ano. “Qualquergoverno enfrenta uma reduzidacapacidade de empurrar suaagenda legislativa quando chegaao fim. E a reforma previdenciá-ria é necessária”, diz Leos.

Rafael Guedes, diretor-executivo da Fitch: atuação do Banco Central com reservas será uma das chaves para abrandar crise

Derivativos tóxicosestavam fora dos planos

LUCIANO FELTRINSÃO PAULO

As agências de classificação derisco tiveram, no ano passado, delidar com uma novidade. Váriasdas empresas para as quais elabo-ram notas enfrentaram proble-mas de perdas com instrumentosderivativos de câmbio. Aposta-vam na baixa ou manutenção dascotações do dólar. Estavam “com-pradas” em reais e com a acelera-da da moeda norte-americana su-cumbiram a perdas que, no casoda Aracruz, superou a casa do R$1,9 bilhão. Os contratos, assina-dos entre as empresas e bancos deinvestimento, embutiam a possi-bilidade de perdas e, por isso, essaespécie de derivativo ficou co-nhecida como tóxica. “Houve al-guns casos semelhantes no Méxi-co. Mas da forma como aconte-ceu no Brasil foi algo inédito”,confirma o diretor da Standard &Poor’s, Sebastián Briozzo.

O executivo, entretanto, expli-

ca que os governos não estão ex-postos ao instrumento.

As operações pouco ortodoxasde hedge também chamaram aatenção da Fitch. “Fazer hedgesempre foi uma forma natural deproteção. No caso desses contra-tos, assinados com uma preocu-pação muito forte com o custo doreal, havia um produto acopladomuito interessante, que trazia ta-xas muito atraentes em sua con-tratação”, diz o diretor-executivoda agência, Rafael Guedes.

De qualquer forma, o casotrouxe às empresas de rating ou-tro desafio em um ano marcadopor muitas críticas. Afinal, asclassificadoras de riscos, sobera-nos ou de companhias, foramatingidas. Diversos títulos emiti-dos ou empacotados para nego-ciação de hipotecas subprimeeram considerados de boa quali-dade. Viraram micos. “Vivemosde credibilidade e teremos de re-construir modelos”, diz Guedes.

DANIEL TEIXEIRA/GAZETA MERCANTIL

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Com volume recorde, Brasildobra participação globalMARIA LUÍZA FILGUEIRASSÃO PAULO

Mesmo com um quarto tri-mestre mais fraco para os negó-cios, o Brasil confirmou um novorecorde no volume de fusões eaquisições (F&A) em 2008, so-mando US$ 95,34 bilhões. Omontante representa um cresci-mento de 62,2% sobre o volumede transações envolvendo empre-sas brasileiras em 2007, conformeo levantamento da ThomsonReuters. O desempenho no Paísfoi superior à movimentação naAmérica Latina, que registrou in-cremento de 42,62% sobre 2007.A performance foi oposta aos re-sultados somados no mundo, queregistraram retração de 29,2% noano, para US$ 2,95 trilhões.

Já que o mundo encolheu e aAmérica Latina avançou, o Brasilconseguiu mais que dobrar suaparticipação no volume de tran-sações realizadas em todo o glo-bo. A fatia nacional era de apenas1,4% em 2007 e saltou para 3,2%em 2008. Contribuíram para osresultados a fusão dos bancosItaú e Unibanco e a compra daNossa Caixa pelo Banco do Brasil.Além disso, conforme relatórioda consultoria Merger Market, omaior negócio efetivado em solo

americano envolveu uma compa-nhia com capital brasileiro, a In-bev. A indústria de bebidas adqui-riu a Anheuser-Busch.

No ranking de assessores finan-ceiros, o Santander, que liderou noBrasil em 2007, caiu para a 12ª po-sição. O líder no ano passado foi oCredit Suisse, com 38 transações,enquanto o Itaú tomou destaquedo Bradesco entre os grandes ban-cos brasileiros em intermediação.

No cenário mundial, a crise fi-nanceira criou oportunidades de

negócios no setor bancário, como acompra do Merrill Lynch peloBank of America e a aquisição doWachovia pelo Wells Fargo. Mas,segundo a Merger Market, a maiortransação no ano foi fechada naEuropa: a compra da companhiade tabaco Philips Morris pelo AltriaGroup, por US$ 106,88 bilhões.

Por outro lado, a movimentaçãoentre ofertas iniciais e subsequentesde ações consolidou um ano desa-nimador. O volume mundial enco-lheu 41,32% e, no Brasil, 44,18%.

MERCADO DE CAPITAIS

Ofertas de ações nos EUA sódevem se recuperar em 2011

O cenário “parece sombrio”,defendeu Jay Ritter, professor deeconomia na Universidade daFlórida em Gainesville e queacompanha dados de IPO desde1960. “A probabilidade de uma re-viravolta é bastante remota.” Po-de haver alguma melhora esteano à medida que as ações se es-tabilizem. No entanto, uma reces-são, as piores avaliações de títulosem mais de 20 anos e o menornúmero de ofertas em andamen-to desde pelo menos 2004 podemretardar a recuperação dos IPOs.

“Há todo um sistema que de-pende dos IPOs, e este ciclo éparticularmente doloroso”, disseLise Buyer, ex-analista de WallStreet que aconselha as compa-nhias que pretendem abrir o ca-pital. “Podem se passar três anosantes que o número volte aos pa-tamares anteriores, mas as com-panhias boas e sólidas abrirão ocapital muito antes”, disse Buyer,que trabalhou na Google doisanos ajudando a administrar o

IPO da companhia em 2004.Historicamente, os IPOs se es-

gotam no fim de um período debaixas e não começam a se recu-perar por meses depois de umamelhora, já que os emissores e osinvestidores aguardam sinais deestabilidade, mostram dados com-pilados pela Universidade da Fló-rida e a Bloomberg. Depois dasquedas do mercado em 2000 - 2002e 1973 - 1974, quando o S&P 500perdeu quase a metade de seu va-lor, foram necessários pelo menos13 meses para que os IPOs se re-cuperassem durante o tempo emque o mercado permaneceu comtendências de baixa. A lista de no-vos IPOs em preparação está dimi-nuindo, já que 38 companhias seretiraram ou adiaram a apresenta-ção de documentos diante da Co-missão de Valores Mobiliáriosamericana no trimestre passado.Segundo o IPOHome.com, da Re-naissance Capital, 166 compa-nhias esperavam para abrir o capi-tal no dia 23 de dezembro.

BLOOMBERG NEWSNOVA YORK

Ainda que o índice Standard &Poor’s 500 suba 24% este ano, sãopoucas as chances de uma recu-peração similar nas ofertas públi-cas iniciais (IPO, na sigla em in-glês) nos Estados Unidos. Podedemorar até 2011 para que aquantidade de companhias nego-ciadas na bolsa volte ao nível ob-servado em 2007, segundo dadoscompilados pela Universidade daFlórida. Embora o S&P 500 tenharegistrado uma alta média de24% no ano que se seguiu às que-das no mercado, são necessáriosem média 34 meses até que sejaretomado o mesmo nível que eraobservado no início do declínio.

Estas são más notícias para o Ci-tigroup e o Bank of America. As co-missões por venda de novas açõesnos EUA caíram 66% em 2008frente aos US$ 2,9 bilhões registra-dos no ano anterior, menor nívelem cinco anos, de acordo com ci-fras apuradas pela Bloomberg.

NEGÓCIOS COM BRASILEIROSFonte: Thomson Reuters

TRANSAÇÕES DE F&ACredit SuisseBanco Itau Holding FinanceiraCitiRothschildGoldman Sachs & Co

38.212,2534.192,5028.863,8526.870,0821.684,10 431622158Assessor financeiro Volume (US$ milhões) Nº de negóciosOFERTAS DE AÇÕES (inicial e follow-on)Banco Itau Holding FinanceiraCredit SuisseJP MorganUnião de Bancos BrasileirosBanco do Brasil 4.314,423.958,301.886,491.742,001.670,86 56422Coordenador líder Volume (US$ milhões) Nº de negócios 09:30 13:00 16:30Fontes: InvestNews e Centro de Informações daGazeta Mercantil * MercadoCotações de venda do dólar comercial*(em R$/US$) 2,34002,29002,24002,3250 2,2540

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B2 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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FINANÇAS Efeitos negativos nos mercados devem migrar para economia real na Ásia

NY cai após quatro pregõesAs principais praças norte-americanas fecharam em baixa pela

primeira vez em quatro sessões, com os receios de que a queda doslucros das empresas se prolongue por 2009. O Dow Jones caiu0,91%, aos 8.952 pontos. O S&P 500 perdeu 0,46%, para 927 pontos.O índice Nasdaq terminou em queda de 0,26%, aos 1.628 pontos.

A AT&T e a Verizon caíram mais de 4%, depois que a Sanford C.Bernstein anunciar que a recessão vai afetar o crescimento dosegmento de celulares. Em contrapartida, a Schlumberger liderou ogrupo do setor energético, em um dia em que o petróleo subiu pelaquarta sessão, por conta dos receios de que o conflito na Faixa deGaza possa levar a um corte do fornecimento da matéria-prima.

Na agenda, o Departamento de Comércio dos EUA informou queo nível de gastos na construção civil caiu 0,6% em novembro, anteprojeções de 1,3%. Somado a isso, o Federal Reserve (Fed, bancocentral dos Estados Unidos) comunicou que começou a recomprartítulos endossados a créditos imobiliários junto a organismos derefinanciamento hipotecário.

O programa foi adotado no final de novembro como uma novaetapa do combate à crise, resultado do colapso do mercado imobiliárioque envolveu o setor financeiro e debilitou a atividade econômica dopaís. O Fed deve comprar até US$ 100 bilhões em títulos hipotecários,além de US$ 500 bilhões por meio das firmas de investimentos.

Investnews

MERCADOS

Ambiente externo maistranqüilo colaboroupara mais um dia derecuperação do real

JIANE CARVALHOSÃO PAULO

O volume fraco de negócioscom dólar no mercado à vistacontribuiu para mais uma quedana cotação, a segunda consecuti-va do ano. Ontem, a moeda ame-ricana registrou baixa de 3,34%,negociada a R$ 2,254. A expecta-tiva de mais um plano de socorroà economia norte-americana, des-ta vez encabeçada pelo presidenteeleito Barack Obama, ajudou amanter o ambiente econômicocalmo. O Ibovespa se manteve

em alta por mais um pregão,avançando 3,17%, cotado a41.518 pontos.

A forte queda do dólar, segun-do analistas, se explica principal-mente pelo volume reduzido denegócios. Ontem, no interbancá-rio foi negociado algo próximo deUS$ 1,2 bilhão, bem inferior à mé-dia registrada em dezembro deUS$ 3 bilhões. “Quando o volumenegociado é menor, naturalmentea cotação tende a oscilar mais for-temente, é natural”, explica MarioBattistel, da Fair Corretora. “Alémdisso, deve ter tido uma entradagrande de recursos no País, o quetambém derruba a cotação.”

O ambiente mais calmo foi ci-tado como fator que ajuda na re-cuperação do real. “Quando não

tem notícia ruim, investidoresvoltam seu foco para os juros in-ternos elevados e reforçam suasapostas na moeda local”, explicaRodrigo Nassar, gerente da mesade câmbio da corretora HencorpCommcor. O BC atuou ontemapenas leiloando dólares comcompromisso de recompra futu-ra. No total, foram leiloadosUS$650 milhões.

Outros fatores contribuírampara uma relativa calmaria nosmercados ontem. Além da ex-pectativa do pela ajuda de Bara-ck Obama, o Fed anunciou o iní-cio do programa de recompra detítulos de créditos imobiliáriosemitidos por Fannie Mae, Fred-die Mac e Ginnie Mae. Anuncia-do em novembro pelo governo,

o plano de recompra de títulosatrelados a ativos imobiliáriosdeve injetar US$ 500 bilhões nomercado financeiro.

Na BM&F, a divulgação demais um relatório de mercado doBC ajudou a derrubar as proje-ções de juros futuros. Segundo orelatório, os bancos estimam cor-te de meio ponto na Selic estemês, que cairia a 13,50% a ano. Amaioria das projeções de jurosembutidos nos contratos de De-pósito Interfinanceiro (DI) fe-chou o dia sinalizando queda. ODI de janeiro de 2010, o mais lí-quido, registrou taxa anual de12,07%, ante 12,16% do ajuste desexta-feira. Fevereiro de 2009apontou taxa de 13,40%, contra13,33% do último fechamento.

Europa tem 2ª- alta seguidaAs bolsas de valores da Europa alcançaram ontem a segunda alta

consecutiva, com destaque para o bom desempenho de empresasdos setores de telecomunicações e energia. O índice FTSEurofirst300, que acompanha os principais papéis do continente encerrou opregão com valorização de 1,66%, aos 871 pontos. Em Londres, oíndice Financial Times fechou em alta de 0,39%, a 4.579 pontos. Oíndice DAX da bolsa de Frankfurt subiu 0,22%, para 4.983 pontos.Em Paris, o CAC-40 avançou 0,31% (3.359 pontos). Os indicadoresMitbel (Milão), Ibex-35 (Madri) e PSI-20 (Lisboa) registraram ganhosde 1,70%, 1,66% e 2,14%, respectivamente.

O setor de telecomunicações foi o que mais contribuiu com osganhos na primeira sessão completa para muitos mercadoseuropeus em 2009. As ações da Swisscom subiram 5,2%, seguidasde perto pelos ganhos de Cable and Wireless (4,6%), PortugalTelecom (4,6%) e Vodafone (4,3%). Já o setor automotivodecepcionou, mantendo a mesma pressão do fim do ano passado,principalmente com França e Japão divulgando quedas acentuadasnas vendas de carros em dezembro. As ações de BMW, Daimler,Porshe e Renault recuaram entre 2,2% e 6,6% no pregões de ontem.“A perspectiva não é realmente encorajadora. Nós poderíamosantecipar que ainda haverá muitas notícias ruins”, disse Neil Parker,estrategista de mercado do Royal Bank of Scotland.

Reuters

Ásia tem dia de euforiaA expectativa de recuperação da economia global até o fim do

ano por conta dos exuberantes gastos dos governos injetou ânimonas bolsas asiáticas ontem, que atingiram o maior patamar em doismeses com a volta dos investidores às compras de ativos de maiorrisco. O índice MSCI da região Ásia-Pacífico, excluindo o mercadojaponês, subiu 1%, para 91,03 pontos. O indicador da bolsa deTóquio teve valorização de 2,1%, impulsionado por papéis daHonda e outros exportadores, graças a um iene mais fraco. EmHong Kong, o Hang Seng subiu 3,46%, ajudado pelo avanço de4,7% da China Mobile. Na Coréia do Sul, o índice Kospi de SEULsubiu 1,4%, enquanto o salto em da bolsa de Cingapura foi de 5,2%.Xangai (3,3%) e Taiwan (2,3%) também registraram alta. O pregãoem Sydney foi na contramão e recuou 0,72%.

Analistas acreditam que os recordes de baixa registrados pelamaioria das praças em 2008 já anteciparam o movimento de quedada economia global em um ambiente de recessão e atingiram osganhos corporativos que serão divulgados nos próximos meses. “Aaversão a risco diminuiu na semana passada e isso garantiu a altatanto do Dow Jones quanto do Nikkei", afirmou NagayukiYamagashi, estrategista do Mitsubishi UFJ Securities, em Tóquio.“Em termos de aversão ao risco, já vimos o pior”, opinou Rajeev DeMello, executivo do Western Asset Management.

Reuters

PREVISÕES

Para analistas, mercado asiáticose recupera apenas em 2010MARCEL SALIM/INVESTNEWSSÃO PAULO

As previsões dos economistaspara os mercados da Ásia em2009 ainda são pessimistas, jáque uma possível recuperaçãoda região é projetada apenas pa-ra 2010. De acordo com os espe-cialistas consultados, os efeitosnegativos vistos em 2008 nosmercados financeiros migramagora para a economia real, on-de a atividade econômica deveráser afetada. “O primeiro semes-tre de 2009 será crítico porque aeconomia real dos EUA sofrerácom os efeitos da crise financei-ra”, afirma Alcides Leite, econo-mista e professor da TrevisanEscola de Negócios. “Conse-quentemente, a atividade econô-mica na Ásia também deve apre-sentar declínio no início desteano, com recessão nos princi-pais países, principalmente nosque dependem fundamental-mente das exportações para osEstados Unidos”, diz.

“Uma estabilização deve servista a partir do segundo semes-tre de 2009. No entanto, está pre-vista a volta do crescimento eco-nômico e a recuperação dos mer-cados asiáticos apenas no ano de2010”, complementa Leite.

Pedro Jobim, economista-che-fe do banco Itaú BBA, projeta queas economias da Ásia devem cres-cer muito pouco em 2009. “Espe-ra-se que este ano seja o pior des-de a depressão da década de 30,com o Produto Interno Bruto(PIB) global ficando estável”, des-taca. “Em relação ao valor dos ati-vos na Ásia, não acredito que odesastre visto em 2008 se repita.Por outro lado, não deve haverforte valorização. O crescimentoserá medíocre em 2009.”

Filipe Albert, economista daTendências Consultoria, ressaltaa importância de avaliar o cená-rio econômico de cada país, e fazainda um paralelo entre Japão eChina, as duas maiores econo-mias da Ásia, para exemplificaros contrastes e as incertezas pre-vistas para este ano na região. “AChina possui um sistema finan-

CRÉDITO

AYR ALISKIBRASÍLIA

O conselho curador do Fundode Garantia do Tempo de Serviço(FGTS) aprovou, na semana passa-da, a redução do juro anual de 8%para 6,5% para os projetos habita-cionais destinados à classe média,ou seja, o público que ganha entreR$ 3,9 mil e R$ 4,9 mil mensais. Anova taxa envolve empréstimosobtidos com recursos do fundo degarantia para a compra da casaprópria, de imóveis novos ou usa-dos com valor de até R$ 100 mil.Na habitação popular, o juro foimantido em 6% ao ano.

O orçamento de 2009 do fun-do é de R$ 14 bilhões. O valor estádefinido em circular da CaixaEconômica Federal publicada naedição desta segunda-feira do“Diário Oficial” da União. Essemontante refere-se a valores porárea de aplicação, programa eunidade da federação. Desse totalde recursos, foi estabelecido limi-te mínimo de R$ 4,5 bilhões a se-rem aplicados em programas dehabitação popular, atendendo fa-mílias com rendimento mensalbruto de até R$ 1.875. Tambémfoi fixado que no máximo R$ 2bilhões serão destinados a proje-tos da área habitacional atenden-do famílias com rendimentomensal superior a R$ 3,9 mil.

Do total de recursos do FGTS,ficou estabelecida a obrigatorie-dade de que pelo menos 50% dodinheiro seja destinado a finan-ciamentos para imóveis novos.Outros 80% terão de ser destina-dos a financiamentos de imóveisem regiões urbanas. Da mesmaforma, foi estabelecido teto de

30% de liberação para financia-mentos para famílias de baixarenda, ou seja, com rendimentomensal bruto de até R$ 760.

Na semana passada, foi decidi-do também um corte pela metade— de 10% para 5% — nas con-trapartidas exigidas dos governosestaduais, municipais e empresasque tiram financiamento na Cai-xa com fundos do FGTS paraobras de água e esgoto. Para sa-neamento, o total reservado é deR$ 3 bilhões do fundo.

Circular da Caixa publicada on-tem estabelece também limites deR$ 840 milhões para aquisição deCertificados de Recebíveis Imobi-liários (CRIs); de R$ 15 bilhões paraaplicação no Fundo de Investimen-to do Fundo de Garantia do Tempode Serviço (FI-FGTS), R$ 1 bilhãopara aplicação nas condições espe-ciais de financiamento a trabalha-dores detentores de conta vincula-da do FGTS, e de até R$ 3 bilhõespara aquisição de cotas de Fundosde Investimento Mobiliário e deFundos de Investimento em Direi-tos Creditórios e debêntures.

Outra novidade que deve serimplantada é a “carta subsídio”,que deve atender a 12,5 milhões defamílias com renda entre R$ 600 eR$ 2.075, ou seja, até cinco saláriosmínimos. Esse novo instrumentoterá papel semelhante à “carta decrédito” oferecida para a classe mé-dia. A proposta da carta subsídio écobrir os juros incidentes sobre osfinanciamentos para o público demenor renda, ou seja, taxas que va-riam entre 4,5% e 5%. O governopretende garantir que a parcelamensal da casa própria fique emtorno de R$ 200 por mês.

Governo reduz taxaspara a casa própria

REGISTRO CAIXA FINANCIA CEBA Companhia Energética de Brasí-lia (CEB) obteve um empréstimode R$ 219,8 milhões com a CaixaEconômica Federal, realizado viainstrumento de Cédula de Crédi-to Bancário (CCB). Os recursos se-rão usados para liquidar uma dí-vida que a empresa possui com

Furnas, relativa a energia com-prada para revenda. O financia-mento tem prazo de 78 meses,com dois meses de carência e ju-ros equivalentes ao CDI mais0,18% ao mês. A garantia ofereci-da pela CEB Distribuição é o flu-xo de recebíveis que transitampela Caixa.

Homem gesticula diante do painel de cotações de uma corretora que atua na Bolsa de Xangai

ceiro menos exposto ao mercadointernacional. Além disso, o paísestá melhor preparado para resis-tir à crise devido à forte demandainterna. A recuperação da econo-mia do gigante asiático se darácom mais rapidez”, afirma.

“O Japão possui companhiasabertas ao mercado externo, compresença global, que tendem aacompanhar a recuperação da ati-vidade econômica mundial paraapresentar sinais de melhora.Desta forma, acredito que a eco-nomia nipônica vai demorarmuito tempo para reagir à crise.As empresas japonesas continua-rão a reduzir seus lucros em2009”, prevê Filipet.

Juros em baixaOs bancos centrais da Ásia, em

uma ação coordenada inédita comautoridades monetárias de todo omundo, atuaram em 2008 para mi-nimizar os efeitos da crise mundialsobre suas economias. Injeções deliquidez foram feitas para facilitaras condições de empréstimos, alémde cortes de juros para estimular oconsumo. Apesar dos esforços, al-

guns países da região não conse-guiram evitar a recessão.

O Banco do Japão (BoJ) foi oque promoveu mais atuações en-tre as principais economias daÁsia. No entanto, grande partedas medidas anunciadas pelo BoJforam feitas apenas nos últimostrês meses do ano, principalmen-te devido à deterioração do cená-rio econômico mundial.

Desde a falência do banco nor-te-americano Lehman Brothers nodia 15 de setembro, o banco cen-tral japonês promoveu mais de 20injeções de liquidez para controlara instabilidade no mercado local.Em apenas 19 dias úteis consecu-tivos, a autoridade monetária doJapão aplicou quase 36 trilhões deienes no sistema financeiro.

Neste ano de 2009, a autorida-de monetária japonesa começará aemprestar fundos, sem limite, pa-ra instituições financeiras, cobran-do a taxa de juro do overnight eaceitando dívidas corporativas co-mo colateral. Desde 9 de dezem-bro, o BoJ já aceita títulos comclassificação mais baixa (BBB).

Medidas similares já foram

adotadas pela autoridade monetá-ria nipônica entre dezembro de1998 e abril de 1999, quando o Ja-pão vivenciou uma crise no sis-tema bancário e muitas compa-nhias sofreram com a falta de li-quidez nos mercados.

Saneamento “O sistema financeiro japonês

já não corre grandes riscos, poispassou por um processo de sanea-mento ao longo da última déca-da. A ação do BoJ nos últimos me-ses garantirá que o setor bancáriopossa resistir ao atual período decrise”, afirma Alcides Leite, pro-fessor e economista da TrevisanEscola de Negócios.

Filipe Albert, da TendênciasConsultoria, também acreditaque não apenas o BoJ, assim co-mo outros bancos centrais ao re-dor do mundo, continuarão a in-jetar liquidez no mercado local.“No caso do Japão, a autoridademonetária deverá aproveitar asgrandes reservas estrangeiras,que já ultrapassam US$ 1 trilhão,para garantir a estabilidade nosistema interbancário.”

ALY SONG/REUTERS

DÓLAR COMERCIAL*Fontes: InvestNews e Centro de Informações da Gazeta Mercantil *MercadoCotações (em R$/US$)9:30 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 16:302,3250 2,3150 2,3270 2,31902,2980 2,2950 2,25802,2480 2,25402,24002,26502,29002,31502,3400Em dia fraco, dólar mantém ritmo de queda

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | B3

Ibovespa sobe 3,17% impulsionado por índice de metais em Nova YorkCAPITAL ABERTO

MERCADO DE CAPITAIS

Agrenco apresentamaior queda entrecompanhias da AL,com perda de 98,3%

SILVIA ROSASÃO PAULO

No ano de 2008, muitas em-presas de capital aberto foramcastigadas pela crise internacio-nal e viram o seu valor de mer-cado derreter com a fuga de capi-tal de investidores estrangeiros.Das 122 empresas da América La-tina e dos Estados Unidos queapresentaram queda de valor demercado superior a 80%, analisa-das pela consultoria Economáti-ca, 45 são brasileiras. O valor demercado dessas companhiasapresentava no final de 2007 ummontante de US$ 978,6 bilhõescontra US$ 115,6 bilhões no finalde 2008, ou uma desvalorizaçãode 88,2%. O total acumulado pe-las 45 empresas brasileiras soma-va no final de 2007 US$ 59,7 bi-lhões contra US$ 7,7 bilhões nofinal de 2008, queda de 87,1% .

A primeira empresa latina en-tre as mais castigadas é a Agren-co, listada na BM&F Bovespa, queno ano de 2008 perdeu 98,3% doseu valor de mercado, depois dedenúncias de má gestão em queseus controladores foram acusa-dos de fraude e desvio de dinhei-ro. No final de 2007, o valor demercado da empresa era de US$836,7 milhões, caindo para US$14,5 milhões no final de 2008.

O estudo aponta ainda, quedas 29 empresas que perderammais de 90% do seu valor de mer-

cial no dia 15 do mesmo mês.O país com maior número de

empresas entre as 122 com perdasuperior a 80% do valor de mer-cado foi os Estados Unidos, com59 empresas que no final de 2007tinham US$ 907,1 bilhões contraUS$ 106,1 bilhões no final de2008, queda de 88,2%.

Nominalmente, a companhiacom a maior perda é a AmericanIntel Group, que no ano passadoapresentou desvalorização de US$143,6 bilhões ou 97,1%. No final de2007, a empresa tinha valor demercado de US$ 147,8 bilhões e fe-chou 2008 com US$ 4,2 bilhões.

Entre as latinas, a que maisperdeu nominalmente foi aMMX, do setor de mineração, queno ano de 2008 viu sumir US$ 7,7bilhões. Por meio de nota, a MMXinformou que a queda de 95,5%em seu valor de mercado, verifi-cada entre os últimos pregões de2007 e 2008, reflete em grandeparte a venda dos sistemas Ama-pá e Minas-Rio para a AngloAmerican. “Os ativos foram nego-ciados em julho do ano passadopor US$ 5,5 bilhões, valor que foiembolsado pelos acionistas daMMX”, diz a nota.

“O valor menor no fim doexercício do ano passado, emborainfluenciado pela queda geral devalor de mercado, não refletiuapenas este efeito da crise inter-nacional nas bolsas, mas princi-palmente a alienação dos dois ati-vos”, explicou a MMX.

A segunda empresa commaior queda nominal é a Aracruzque em 2007 viu desaparecer US$6,9 bilhões.

Valor de mercado de 45 empresasbrasileiras recua mais de 80%

cado no ano de 2008, nove sãobrasileiras, entre elas a Laep, con-troladora da Parmalat no Brasil (-95,8%), MMX Mineração (-95,5%), Abyara (-94,7%), Inpar (-93,5%), Ecodiesel (-93,4%), Gene-ral Shopping (-90,0%) e BR Bro-kers (-90,0%).

Entre as brasileiras, há ainda aCompany, que fechou capitalcom queda de 89,9%, depois deser adquirida pela Brascan Resi-dential Properties.

Na América Latina, a empresaComercial Mexicana, listada naBolsa do México, apresentou que-da do valor de mercado de 91,4%,assim como a Candente Resour-ce, empresa listada Bolsa do Peru,que encerrou o ano com desvalo-rização de 91,2%.

Entre os países latinos, as em-presas mexicanas são as que apre-

sentaram maior queda acumula-da. No final de 2007, as quatromexicanas selecionadas soma-vam valor de mercado de US$ 6,3bilhões contra US$ 794 milhõesno final de 2008, com desvalori-zação de 87,4%.

A companhia com maior que-da de valor de mercado é aIdearc, empresa norte-americanado setor de publicações de pági-nas amarelas, que no ano de2008 perdeu 99,9% de valor demercado, e teve seu capital fe-chando no mês de novembro doano passado. A segunda empresacom maior queda de valor foi obanco de investimento LehmanBrothers, que no ano de 2008perdeu 99,7% do seu valor demercado e fechou capital em se-tembro de 2008, depois de entrarcom pedido de recuperação judi-

VANESSA CORREIA/INVESTNEWSSÃO PAULO

Pelo quinto dia consecutivo, oíndice acionário da BM&FBoves-pa marcou valorização, desta vezpuxado pela forte alta de papéisatrelados às commodities — Valedo Rio Doce, Petrobras e compa-nhias de mineração e siderurgia.Ao final dos negócios, a bolsa bra-sileira registrou avanço de 3,17%,aos 41.518 pontos. O primeiropregão da semana também mos-trou reação no volume financei-ro, com giro de R$ 4,24 bilhões.

Apesar da alta das blue chips,não foram as cotações das maté-rias-primas que animaram os in-vestidores a entrar nos papéis. Aúnica commodity que registroualta foi o petróleo — ajudando aTAM PN a subir 7,73% —, en-quanto níquel, cobre e alumínio,por exemplo, encerraram a segun-da-feira em queda, em Londres.

“Não foi a alta das commodi-ties que influenciou o movimen-to. A valorização do índice de me-tais em Wall Street (que contem-pla as 40 maiores empresas norte-americanas de metais e energia)pode ter sido a responsável”, ava-lia Luiz Roberto Monteiro, analis-tas de investimentos da CorretoraSouza Barros.

As ações preferenciais de sé-rie A e as ordinárias da Vale dis-pararam mais de 9%. Já os pa-péis da petrolífera brasileiraavançaram mais de 3%. Segun-do Monteiro, nos últimos doisdias foram registradas várias or-dens de compra, por parte dosestrangeiros, para as ações dasduas companhias.

A Companhia SiderúrgicaNacional também ajudou na al-

Índice registra quinta alta consecutivaDI tem ganho de0,18% no anoOs 30 maiores fundos de inves-timento classificados como DI,com patrimônio superior a R$30 milhões, segundo critério de-finido pelo InvestNews, acumu-lam no ano ganhos entre 0,11%e 0,18%.

FUNDOS E PREGÃO

ta, com a valorização de 8,92%de suas ações ordinárias, masquem liderou os ganhos no pre-gão foi a incorporadora RossiResidencial, que subiu 15,16%.No destaque negativo, as varejis-tas Lojas Renner e Grupo Pão deAçúcar registraram retração de4,08% e 4,06%, respectivamen-te, nos papéis ordinários. O diatambém não foi favorável paraas empresas de energia elétrica etelefonia, com desvalorização daCemig, Light, Copel, Transmis-

sora Paulista, Telesp, Telemar eBrasil Telecom Participações.

Descolamento Mas, ao contrário do Ibovespa,

os principais índices acionáriosmundiais refletiu a cautela dos in-vestidores quanto às declaraçõesdo presidente eleito dos EstadosUnidos, Barack Obama. Ele afir-mou hoje que o pacote bilionáriode estímulo econômico pode nãoser aprovado tão rápido quanto seespera — isto é, antes de sua pos-se, no dia 20 deste mês.

O plano, avaliado entre US$ 775bilhões e um US$ 1 trilhão pelochefe da maioria democrata na Câ-mara dos Deputados, Steny Hoyer,deverá ser aprovado no início de fe-vereiro, ou seja, depois da chegadado novo presidente à Casa Branca.

Ainda por lá, o Federal Reserve(Fed, o Banco Central dos EstadosUnidos) comunicou que começoua recomprar títulos endossados acréditos imobiliários junto a orga-nismos de refinanciamento hipote-cário americanos, iniciando umanova etapa de apoio à economia

REGISTRO RIO BRAVO DESTACA MADOFFA Rio Bravo destaca o escândaloda pirâmide financeira tramadopelo ex-presidente da NasdaqBernard Madoff em seu podcastdesta semana. No link de áudiowww.riobravo.com.br/podcast,está disponível entrevista comMiguel Russo Neto, diretor jurídi-

co e de risco e compliance dagestora de recursos. O executivofala das repercussões da fraude,que resultou em prejuízo avalia-do em US$ 50 bilhões para inves-tidores de todo o mundo. O en-trevistado também analisa aschances do crime acontecer noBrasil e os instrumentos existen-

tes no sistema financeiro nacio-nal para defender o investidorbrasileiro. Segundo Russo, o es-quema vai fortalecer as regras deinvestimento no futuro. “Vejo ummundo mais transparente emque os ativos que suportam osinvestimentos têm um nível deconfiança bastante maior”, diz.

TELEMIG NEGA DIVIDENDOOs acionistas da Telemig Celularrecusaram, em assembléia, a pro-posta feita pelos minoritários derealizar a distribuição de dividen-dos intermediários. O conselho jáhavia rejeitado a proposta porconta das necessidades da com-panhia e da crise internacional.

P E R S P E C T I VA S

BLOOMBERG NEWSNOVA YORK

Os mesmos estrategistas deWall Street que orientaram os in-vestidores a comprar ações noano passado, o pior ano desde1937, estão ainda mais otimistasque um ano atrás, prevendo que oíndice Standard & Poor’s 500 vaisubir 17% neste ano.

Os bancos UBS, JPMorganChase e Deutsche Bank dizemque a decisão do Federal Reserve(Fed, o BC dos EUA) de reduzir astaxas de juros para não mais que0% contribuirá para revitalizar aeconomia dos EUA e atrair os in-vestidores de volta para o merca-do de ações. A queda dos preçosdos combustíveis e os gastos go-vernamentais de US$ 850 bilhõesem estradas, pontes e assistênciamédica no país vão aquecer asações, disseram os estrategistas.

Mesmo se tiverem razão, oS&P, referencial para as ações nor-te-americanas, encerrará 2009 em1.056 pontos, 28% abaixo do nívelcom que abriu o ano de 2008 e35% menos do que o patamar emque os analistas previam que eleestaria agora, com base nos prog-nósticos de consenso de 11 estra-tegistas consultados pela Bloom-berg News. Alguns dos maioresinvestidores também estão fican-do mais otimistas uma vez que oS&P 500 avançou 24% desde o dia20 de novembro do ano passado,quando alcançou sua marca maisbaixa em 11 anos.

“As ações normalmente che-gam ao ponto mínimo (a partirdo qual só podem subir) na me-tade do curso de uma recessão”,disse Binky Chadha, estrategista-chefe para ações norte-america-

nas do Deutsche Bank de NovaYork, que previu que o S&P 500subiria 12% em 2008 e agora pro-jeta uma disparada de 26% paraeste ano. “Se a política do governoacertar a mão, chegaremos a esseponto mínimo e começaremos arecuperação. E, se isso acontecer,é a hora de comprar ações.”

Os analistas de Wall Street per-deram credibilidade em 2008,quando nenhum deles chegou aprever um ano de desaquecimentoe quando a média das previsõesapontava para uma alta de 11%,segundo dados reunidos pela Blo-omberg News. Em vez disso, o S&P500 despencou 38%, para 903,25pontos, e US$ 29 trilhões foramceifados dos mercados mundiais.As projeções para este ano configu-rarão, se confirmadas, o melhor de-sempenho anual desde 2003, quan-do o S&P 500 subiu 26%.

As ações subiram no final de2008 quando o Fed disse que vai“empregar todos os meios disponí-veis” para revigorar a economianorte-americana e o presidenteeleito do país, Barack Obama, pro-meteu impulsionar o crescimentopor meio do maior investimentoem infra-estrutura já implementa-do desde a década de 1950.

A combinação entre o estímulogovernamental e a queda de 69%do petróleo, em relação a seu re-corde de julho, de US$ 147,27 obarril, pode estourar a “bolha dopessimismo” para com as ações,segundo David Bianco do UBS, omais otimista de Wall Street.

“A perspectiva de consenso pa-ra 2009 é de um ano inteiro de de-pressão”, escreveu Bianco emsuas perspectivas.

Ver também pág. B4

Bancos prevêembom ano para ações

HOME BROKERRECOMENDADASSLW inclui ações daCPFL EnergiaA SLW Corretora divulgou acarteira de ações recomenda-das para esta semana. A únicamudança foi a troca dos papéisda Lojas Renner pelos da CPFLEnergia. Para os analistas daSLW, a empresa pode se bene-ficiar caso sejam confirmadosos rumores de que o grupoVBC pode vender a participa-ção no controle da empresa, oque pode contribuir para um aumento do percentual de açõesem circulação no mercado (free float).

CARRINHO CHEIOAtiva destaca vendas do Pão de AçúcarA Ativa Corretora considerou positivos os dados de vendas doGrupo Pão de Açúcar em dezembro. A rede de supermercadosapresentou vendas brutas de R$ 2,356 bilhões, com crescimen-to de 9,3% em relação ao mesmo período de 2007, enquantoas vendas líquidas cresceram 12,6%, para R$ 2,037 bilhões.“Consideramos que o resultado foi relativamente forte, lem-brando que a base de comparação de dezembro é mais difícildo que meses como outubro e novembro”, diz em relatório aanalista-chefe da corretora, Luciana Leocadio.

[email protected]

CARTEIRA SEMANALFonte: SLW(em R$)Itaubanco PNEletrobras ONUsiminas PNACPFL Energia ONPão de Acucar PN 28,88 27,1428,7131,1432,70 49,46 42,08 84,00 48,00 40,00 Empresa Cotaçãoem 2/Jan PreçojustoERRATA AO EDITAL DE OFERTAS PÚBLICAS DE AQUISIÇÃODE AÇÕES ORDINÁRIAS E PREFERENCIAIS DE EMISSÃO DA

S.A. FÁBRICA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS VIGORCompanhia AbertaCNPJ/MF 61.116.331/0001-86Código ISIN Ações Ordinárias: BRVGORACNOR3Código ISIN Ações Preferenciais: BRVGORACNPR0BERTIN S.A.CNPJ/MF 09.112.489/0001-68por conta e ordem deAs datas informadas nos itens 1.9, 2.1, 3.1 e 3.5 do Edital, conformepublicado no jornal “Gazeta Mercantil” em 05 de janeiro de 2009, com refe-rência ao ano de 2008 devem ser lidas como referentes ao ano de 2009.COMPANHIA LECO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOSCompanhia abertaCNPJ/MF 60.434.487/0001-42Código ISIN Ações Ordinárias: BRLECOACNOR1Código ISIN Ações Preferenciais:BRLECOACNPR8MAIORES GANHOS

Fontes: InvestNews da Gazeta MercantilBase: Patrimônios acima de R$ 30 milhõesObs: 1. As tabelas das páginas a seguir mostram o desempenhodos fundos com patrimônio superior à R$ 30 milhões.2. As tabelas completas estão no sitewww.gazetamercantil.com.br/fundosmutuos.asp

Santander Ban FIF DI

Santander FIC FI Master Ref DI

Sant FIC FI Corporate Ref DI

Santander FIC FI PB VIP Ref DI

Santander FICFI Capital Ref DI

Sant Ban FIC FI Inst Ref DI

Sant Ban FIC FI Senior Ref DI

Sant Ban FIC FI Classic Ref DI

Santander FIC FI Senior RF

LM Private DI FIC

LM Invest DI FIC

Safra FQS DI

Safra Corporate DI

LM DI Max Excellent

Safra Market DI FIC FI Ref

LM DI Max Master

WA Top Target DI

LM DI Max Special

WA Large Corp DI

Bradesco FI Ref DI Premium

Safra Institucional DI

Private Exclusive Ref DI FICFI

LM DI Excellent

Itau Emp Super Ref DI

Itau Corp Plus Ref DI FICFI

Brad Empresas FIC Ref. DI Top

LM DI Master

Itau Empresa Maxi Ref DI FICFI

BNP Paribas Targus

Itau Emp Trust Ref DI FICFI

123456789101112131415161718192021222324252627282930 5.059,33.171,9362138,778,241,91.904,13.131,3722,6357,590,178,3485,32.309,8727,2270,5126,58956,617801.263,71.952,41.141,31.040,4838,4524,7519,3471,4340,8233,2 0,180,170,170,170,170,170,160,140,140,130,130,130,130,120,120,120,120,120,120,120,120,110,110,110,110,110,110,110,110,11P. líquido(milhõesde R$) Rent.acum.(ano) SOBE-E-DESCE Rossi Resid Sid Nacional JBS BMF Bovespa Bradespar Cosan TAM S/A Cyrela Realt Duratex Braskem

ON NM ON ON NM ON EJ NM PN N1 ON NM PN N2 ON NM PN N1 PNA N1

4,48 34,55 5,38 6,98 22,50 12,19 21,45 10,49 15,95 6,04 15,168,928,468,218,177,787,737,157,046,90 ON NM PN N1 PN PN N1 PNB N1 PN N1 ON NM PN EJ ON EJ N1 PN

Lojas Renner P.Açúcar-CBD Ambev Cemig Copel Tran Paulist Light S/A Telesp Brasil T Par Telemar

15,97 31,37 102,19 32,15 24,85 41,99 23,01 45,29 57,70 32,39 4,084,064,043,423,302,682,001,321,311,25Fontes: Bovespa e Centro de Informações da Gazeta Mercantil (*) Cotações por lote de mil (#) Ações do Ibovespa ($) Ref. em dólar (&) Ref. em IGP-M (N1) Nível 1 deGovernança Corporativa (N2) Nível 2 deGovernança Corporativa(NM) Novo Mercado (MA) Bovespa Mais (MB) Balcão Org. Tradicional (DR1) BDR Nível 1 (DR2) BDR Nível 2 (DR3) BDR Nível 3 Var (%)Preço Var (%)PreçoMAIORES ALTAS MAIORES BAIXAS12345678910 12345678910

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B4 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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Lucro das empresas do índice S&P 500 deve cair 11%GOVERNANÇA CORPORATIVA

PIRÂMIDE FINANCEIRA

Curador convocainvestidores para quereclamem perdas emsuposta fraude

THE NEW YORK TIMESNOVA YORK

A Bernard L. Madoff Invest-ment Securities foi examinada pe-lo menos oito vezes em 16 anos pe-la Comissão de Valores Mobiliáriosdos EUA (SEC) e outros órgãos re-guladores , que tinham muitas sus-peitas, divulgou ontem o site dojornal The Wall Street Journal.

Autoridades da SEC acompa-nharam e-mails de um fundo dehedge de Nova York que descreveuas práticas de negócios de Madoffcomo “altamente pouco tradicio-nais”, disse o jornal. A Financial In-dustry Regulatory Authority, órgãode fiscalização do setor de correto-ras, divulgou em 2007 que partesda companhia pareciam não terclientes, segundo o jornal.

Bernard Madoff foi entrevista-do pelo menos duas vezes pelaSEC, informou o jornal, queacrescentou que os órgãos regula-dores jamais se aproximaram darevelação de um suposto esque-ma de pirâmide financeira deUS$ 50 bilhões que os investiga-dores atualmente acreditam tertido início nos anos 1970.

Formulário O encarregado pelo tribunal

para supervisionar a companhiade Madoff, Irving H. Picard , doescritório de advocacia BakerHostetler, enviou mais de 8 milformulários de queixas para seusclientes, à medida que eles ten-

Empresa de Madoff chegoua ser investigada oito vezes

tam recuperar coletivamente bi-lhões de dólares perdidos no es-quema de pirâmide do gestor derecursos. O processo é conduzidopela Securities Investor Protec-tion Corporation (SIPC), agênciacriada pelo Congresso para prote-ger os clientes das corretoras. Nosite da instituição, há uma cópiado formulário.

A fraude de Madoff é a maiorjá registrada, mas ainda não foiplenamente mensurada. Emsuas queixas, os promotores pú-blicos citaram Madoff, que disseque seus prejuízos alcançarammais de US$ 50 bilhões. Grupos

de companhias de investimentoe pessoas físicas com fortunastornaram pública sua exposiçãoà empresa de Madoff, com essaquantia totalizando mais deUS$ 30 bilhões.

Segundo a notícia, os prazosde vencimento estabelecidos pelotribunal para as queixas são 4 demarço para os que receberam osformulários de Picard, e 2 de ju-lho para os que não receberam.Entre os requisitos estão docu-mentos que comprovem os paga-mentos para e da Bernard L. Ma-doff Investment Securities.

Mais detalhes em www.sipc.org

Reprodução de uma páginas do formulário para reclamação

Influência de gestor será investigadaBLOOMBERG NEWSNOVA YORK

Uma investigação efetuada pe-la Comissão de Valores Mobiliá-rios (SEC) dos Estados Unidos so-bre seu insucesso em deter o su-posto esquema financeiro de US$50 bilhões de Bernard Madoff,procurará determinar se a in-fluência de Madoff e seus relacio-namentos com os órgãos regula-dores permitiram que suas ativi-dades passassem desapercebidaspor pelo menos uma década.

A investigação irá examinar sea extensão alcançada pela reputa-ção de Madoff, durante sua par-ticipação nas comissões de con-sultoria da SEC, quando liderougrupos da Securities Industry As-sociation e quando atuou comochairman da Bolsa Nasdaq, “po-

dem ter afetado as decisões da co-missão em relação às investiga-ções, análises e inspeções de suaempresa”, informou o inspetorgeral da SEC, H. David Kotz.

Os investigadores irão procu-rar documentos, entrevistar auto-ridades da agência e rever e-mailsde membros atuais e antigos daequipe, disse Kotz em depoimen-to preparado para uma reuniãodo Congresso. Kotz determinou odia 16 do mês para que as unida-des de aplicação de medidas eanálises da SEC divulguem regis-tros importantes.

Christopher Cox, chairman daSEC, pediu a revisão interna nomês passado, após dizer que aagência não conseguiu agir dian-te “de alegações críveis e especí-ficas” sobre delitos cometidos por

Madoff, que remontam a pelomenos 1999. A investigação po-derá ajudar o Congresso a deter-minar o motivo pelo qual a SECnão teve sucesso, e que reformasse fazem necessárias.

Kotz, em depoimento a um sub-comitê da Câmara dos Represen-tantes que supervisiona os merca-dos de capitais, disse que irá fazerrecomendações a respeito das “ope-rações em geral” da divisão de exe-cuções de medidas da SEC e do se-tor de inspeções e exames da agên-cia. Kotz irá rever como a unidadelida com as queixas e como deter-mina quais as informações que de-vem ser levadas à atenção dos co-missários da SEC. Cox disse que aequipe de aplicação de medidasnunca recomendou que os comis-sários agissem contra Madoff.

CONJUNTURA

Para analistas, companhias nãoterão lucro antes do fim do ano

gista de investimentos da Inves-co, de Nova York.

Nos EUA, os lucros das 500empresas que compõem o índiceStandard & Poor’s cairão 11% noprimeiro trimestre, seguidas poruma retração de 6,2% nos trêsmeses subsequentes, segundoprojeção baseada em dados reuni-dos pela Bloomberg News. Os lu-cros deverão melhorar a partir dosegundo semestre, puxados pelarecuperação do setor financeiro.

Europa e Ásia: mais recessãoEnquanto os lucros deverão

aumentar 4,3% em 2009 comoum todo nos EUA, projeta-se queo desempenho das empresas da

Europa serádeficitário aolongo de todoo ano, e analis-tas prevêemde ter io raç ãodos demons-trativos de re-sultados paratoda a Ásia,

porque a recessão ainda não atin-giu plenamente a região.

O setor de combustíveis nosEUA apresenta estimativa de queos lucros caiarão 29% em 2009.Os lucros de Exxon Mobil, Che-vrone ConocoPhillips, as maiorespetrolíferas norte-americanas, de-verão cair depois que a recessãocomprimir a demanda por com-bustíveis, estimulando um recuode 78% nos preços do petróleobruto em relação ao recorde regis-trado em julho de 2008, de poucomais de US$ 147 o barril.

Os lucros das varejistas norte-americanas vão cair 20% nesteano, segundo estimativas dosanalistas. O Conselho Internacio-nal dos Centros de Compras(ICSC, da sigla em inglês) de No-va York prevê que 73 mil lojas de-

verão fechar as portas no primei-ro semestre de 2009 depois doque deve ter sido a pior tempora-da de compras de fim de ano dosúltimos 40 anos. Isso após 148mil estabelecimento terem sidodesativadas no país em 2008. “Va-mos ver lojas de departamento,de produtos especiais, lojas a pre-ços populares, mercearias, farmá-cias, redes de grande porte — tan-to regionais quanto nacionais —saírem do mercado”, comentaBurt Flickinger, diretor executivoda Strategic Resource Group.

JP Morgan, Bank of America eMorgan Stanley, os maiores bancosdos EUA, deverão registrar lucrosmaiores este ano comparativamen-te a 2008, quando as empresas fi-nanceiras registraram prejuízos su-periores a US$ 720 bilhões.

“Para as grandes financeiras, se-rá um ano de muitas dificulda-des”, avalia David Burg, analista daAlpine Woods Capital, que admi-nistra cerca de US$ 6,5 bilhões.

As montadoras norte-america-nas vão mostrar alguma melhoriaem 2009, depois da queda verticaldas vendas registrada em 2008,que obrigou o governo dos EUA aemprestar US$ 13,4 bilhões à Ge-neral Motors e à Chrysler paraevitar que fossem à falência. Oprejuízo da GM deverá diminuirdos US$ 19,6 bilhões de 2008 paraUS$ 12,8 bilhões este ano, segun-do as estimativas dos analistas. AFord deverá contabilizar perdasde US$ 6,38 bilhões, inferior aosUS$ 9,2 bilhões do ano passado,mostram as estimativas.

O setor de tecnologia terá de-sempenho positivo no segundosemestre. Os lucros das empresasde software e serviços de informá-tica deverão subir 8,1% em 2009,enquanto os das fabricantes dehardware deverão recuar 6,7%,conforme o levantamento.

BLOOMBERG NEWSNOVA YORK E SÃO FRANCISCO

Os lucros corporativos vão con-tinuar a despencar no primeiro se-mestre de 2009 e não deverão sereverter em lucros antes do fim doano, em meio à primeira recessãosimultânea dos Estados Unidos,do Japão e da Europa desde a Se-gunda Guerra Mundial.

Os lucros das empresas quecompõem o Índice Standard & Po-or’s 500 deverão cair no primeirosemestre, marcando um períodode oito trimestres consecutivos deretração. Na Europa e na Ásia, asperspectivas deverão ser aindapiores, uma vez que a recessão re-duz a demanda por produtos devarejo e de exportação.

“Será uma jornada deprimen-te”, diz Bruce McCain, estrategis-ta-chefe de investimentos da KeyPrivate Bank, de Ohio, responsá-vel pela administração de US$ 30bilhões. Para ele, os lucros não de-verão voltar aos níveis anterioresantes do final de 2009. “O merca-do se recupera, em seguida a eco-nomia se recupera e só depois, fi-nalmente, os lucros se recupe-ram”, projeta.

As empresas estão enfrentan-do queda de demanda e diminui-ção do capital de giro depois queos bancos enrijeceram as condi-ções de concessão de crédito paraadministrar os bilhões de dólaresem prejuízos imobiliários. O Fe-deral Reserve (Fed, o Banco Cen-tral dos EUA) reduziu as taxas dejuros para perto de 0%, enquantoos governos do mundo inteiro as-sumiram participações no capitalde bancos e empresas para evitaro colapso das finanças globais.

“Chegamos ao pico dos lucrosem 2007, e em 2009 vamos assis-tir a uma contínua deterioração”,espera Diane Garnick, co-gestorade US$ 500 bilhões como estrate-

PREJUÍZO DAGM SERÁ DE

12bilhões dedólares em2009

Madoff, apontado como pivô de uma fraude de US$ 50 bilhões, em foto tirada em sua empresa

RUBY WASHINGTON/THE NEW YORK TIMES

REPRODUÇÃO

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | B5

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BOLSAS NACIONAISCÓDIGOS USADOS NAS TABELASl: Preço por ação.*: Cotação ou preço de exercício por lote de mil.$: Opções referenciadas em dólar.@: Empresas que participam do Índice Bovespa.&: Referenciadas em IGP-M.Todas as cotações referem-se às negociações no período diurno.

BISA3 Brascan Res ON NM 2,57 2,53 2,59 2,67 2,64 +4,34 2,59 2,64 150 409.400@BBAS3 Brasil ON EJ NM 15,00 14,67 15,16 15,60 15,28 +1,86 15,26 15,28 4.127 5.261.500@B RT P 3 Brasil T Par ON EJ N1 58,47 57,20 57,63 58,47 57,70 -1,31 57,50 57,70 802 258.700@B RT P 4 Brasil T Par PN EJ N1 18,75 18,59 19,29 19,73 19,35 +0,25 19,35 19,49 1.118 689.900B RTO 3 Brasil Telec ON EJ N1 - - - - - - 52,00 57,00 - -@B RTO 4 Brasil Telec PN EJ N1 14,04 13,76 14,51 14,90 14,80 +3,27 14,80 14,84 1.210 490.700AG RO 3 Brasilagro ON NM - - - - - - 6,31 6,51 - -BRKM3 Braskem ON N1 5,93 5,93 6,00 6,20 6,20 +4,20 6,00 6,20 18 10.400@BRKM5 Braskem PNA N1 5,69 5,68 5,95 6,10 6,04 +6,90 6,04 6,05 1.763 1.605.700BRKM6 Braskem PNB N1 - - - - - - 1,10 7,75 - -B M TO 3 Brasmotor ON 0,74 0,74 0,74 0,74 0,74 - 0,32 0,74 1 1.000B M TO 4 Brasmotor PN 0,47 0,46 0,48 0,48 0,48 +2,12 0,47 0,49 12 319.000BU E T 3 Buettner ON - - - - - - 10,00 25,00 - -BU E T 4 Buettner PN - - - - - - - 20,00 - -C I QU 3 Cacique ON - - - - - - 5,50 30,00 - -C I QU 4 Cacique PN - - - - - - 5,00 6,00 - -CAMB4 Cambuci PN - - - - - - 1,90 2,60 - -CPTP3B Capitalpart ON MB - - - - - - 0,20 0,60 - -CRBM3 Caraiba Met ON - - - - - - - 500,00 - -CRBM7 Caraiba Met PNC - - - - - - - 100,00 - -CASN3 Casan ON INT - - - - - - - 20,00 - -CASN4 Casan PN INT - - - - - - - 20,00 - -CCIM3 Cc Des Imob ON NM 2,61 2,57 2,66 2,75 2,67 +4,29 2,67 2,69 127 879.500@C C RO 3 Ccr Rodovias ON NM 24,65 24,38 25,26 25,92 25,92 +5,36 25,60 25,92 1.173 485.000CEBR3 CEB ON - - - - - - 15,10 17,00 - -CEBR5 CEB PNA - - - - - - 15,74 20,00 - -CEBR6 CEB PNB 14,87 14,70 14,78 14,88 14,70 +10,69 14,01 14,70 5 1.900CEDO3 Cedro ON EJ N1 30,01 30,01 31,58 31,89 31,89 +22,60 29,02 38,00 2 600CEDO4 Cedro PN EJ N1 - - - - - - 26,00 41,00 - -CLSC3 Celesc ON N2 - - - - - - 35,00 52,00 - -CLSC5 Celesc PNA N2 - - - - - - 34,00 - - -@CLSC6 Celesc PNB N2 36,70 35,62 36,06 36,70 36,00 +0,30 35,69 36,00 356 64.100G PA R 3 Celgpar ON - - - - - - 10,00 30,00 - -CELM3 Celm ON - - - 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- - - - - 20,00 - - -@CPLE6 Copel PNB N1 25,03 24,71 25,02 25,60 24,85 -3,30 24,85 24,86 1.592 686.400CORR4 Cor Ribeiro PN - - - - - - 10,00 - - -@CSAN3 Cosan ON NM 11,30 11,01 11,48 12,19 12,19 +7,78 11,92 12,19 899 1.012.400C Z LT 1 1 Cosan Ltd DR3 7,91 7,91 7,91 7,91 7,91 -1,12 7,02 8,00 1 500CSRN3 Cosern ON EJ - - - - - - 7,20 8,60 - -CSRN5 Cosern PNA EJ - - - - - - 8,00 11,00 - -CTNM3 Coteminas ON - - - - - - 3,41 4,35 - -CTNM4 Coteminas PN 4,14 3,95 4,02 4,14 4,10 - 3,95 4,10 133 102.500@CPFE3 Cpfl Energia ON NM 31,99 30,60 31,11 31,99 31,14 - 30,94 31,14 1.130 353.400CRDE3 CR2 ON EJ NM 3,35 3,35 3,49 3,60 3,60 +7,46 3,50 3,60 5 7.300CREM3 Cremer ON NM 9,40 9,40 9,40 9,40 9,40 - 9,26 9,40 1 500CZRS4 Cruzeiro Sul PN N1 5,05 4,81 4,97 5,20 5,05 +1,60 5,02 5,15 34 101.300CARD3 Csu Cardsyst ON NM 2,49 2,49 2,88 2,98 2,59 +5,71 2,59 2,62 33 567.800CCPR3 Cyre Com-Ccp ON NM 6,34 6,34 6,41 6,48 6,45 -3,73 6,45 6,60 127 44.500@CYRE3 Cyrela Realt ON NM 9,69 9,69 10,11 10,74 10,49 +7,15 10,49 10,54 3.621 2.701.700DHBI3 D H B ON - - - - - - 0,60 85,00 - -DHBI4 D H B PN 21,70 21,70 21,70 21,70 21,70 -3,12 0,01 21,70 3 700DA S A 3 Dasa ON NM 22,85 22,50 22,87 23,00 22,79 +0,39 22,61 22,79 250 529.800DAY C 4 Daycoval PN EJ N1 5,50 5,50 5,58 5,90 5,75 +4,54 5,37 5,75 40 287.200PNVL3 Dimed ON EJ 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 - 29,50 31,50 2 900PNVL4 Dimed PN EJ - - - - - - 25,00 112,00 - -DXTG4 Dixie Toga PN 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 - 1,50 1,70 1 100IMBI3 Doc Imbituba ON - - - - - - 1,02 2,08 - -IMBI4 Doc Imbituba PN 0,97 0,94 0,96 0,99 0,99 +3,12 0,94 0,99 10 84.000DOCA3 Docas ON - - - - - - 10,00 99,00 - -DOCA4 Docas PN - - - - - - 10,00 19,99 - -DOHL3 Dohler ON - - - - - - 10,00 - - -DOHL4 Dohler PN - - - - - - 15,00 28,00 - -D RO G 3 Drogasil ON NM 10,00 10,00 10,02 10,19 10,05 +0,39 9,96 10,05 17 111.100DTCY3 Dtcom-Direct ON ES 0,67 0,67 0,68 0,70 0,70 +4,47 0,66 0,79 2 500DUFB11 Dufrybras DR3 17,39 15,30 16,00 17,39 15,90 -2,39 15,90 16,10 231 204.600DURA3 Duratex ON N1 13,27 13,25 13,27 13,29 13,27 -0,15 12,01 13,99 10 2.000@DURA4 Duratex PN N1 14,97 14,45 15,13 16,10 15,95 +7,04 15,91 15,95 1.905 823.500ECOD3 Ecodiesel ON NM 0,64 0,62 0,64 0,67 0,63 -1,56 0,62 0,63 462 2.019.200ELEK3 Elekeiroz ON EJ - - - - - - - 24,75 - -ELEK4 Elekeiroz PN EJ - - - - - - 10,00 15,30 - -EKTR3 Elektro ON EJ - - - - - - 10,00 18,50 - -EKTR4 Elektro PN EJ 11,99 11,99 11,99 11,99 11,99 +1,35 11,00 13,00 8 2.000@ELET3 Eletrobras ON N1 27,09 26,67 27,19 27,54 27,19 +0,18 27,19 27,43 2.399 902.000ELET5 Eletrobras PNA N1 - - - - - - 21,71 40,00 - -@ELET6 Eletrobras PNB N1 25,40 25,18 25,73 26,16 25,73 +0,70 25,73 26,00 2.754 1.157.900LIPR3 Eletropar ON - - - - - - 41,50 46,50 - -ELPL3 Eletropaulo ON EJ N2 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 +8,38 22,00 25,00 1 100ELPL5 Eletropaulo PNA EJ N2 25,00 25,00 25,05 25,50 25,49 +1,96 23,00 25,50 4 2.200@ELPL6 Eletropaulo PNB EJ N2 25,90 25,72 26,11 26,56 26,48 +2,23 26,21 26,48 1.297 539.600ELUM3 Eluma ON - - - - - - - 40,00 - -ELUM4 Eluma PN - - - - - - 0,01 35,00 - -EMAE4 Emae PN 6,46 6,45 6,52 6,52 6,45 - 6,36 7,00 6 1.001.800@EMBR3 Embraer ON NM 10,10 9,94 10,38 10,59 10,37 +1,76 10,36 10,37 1.745 1.034.100ECPR3 Encorpar ON - - - - - - 10,00 32,00 - -ECPR4 Encorpar PN 15,00 15,00 15,70 16,00 16,00 +6,73 15,01 16,00 8 2.000ENBR3 Energias Br ON EJ NM 22,42 22,04 22,28 22,55 22,04 -2,04 22,04 22,10 970 269.000ENGI3 Energisa ON 6,20 6,15 6,18 6,20 6,15 -0,80 5,80 6,80 3 15.000ENGI4 Energisa PN 6,20 6,15 6,19 6,40 6,15 -3,90 6,15 6,20 8 20.400EQTL3 Equatorial ON EJ NM 10,34 10,30 10,42 10,59 10,58 +1,82 10,45 10,59 160 189.600BPIA3 Est Piaui ON EJ 7,07 7,07 7,07 7,07 7,07 -29,15 6,01 20,00 6 600ESTC3 Estacio Part ON NM 12,89 12,60 13,14 13,70 13,70 +9,60 13,30 13,70 49 251.400ESTR3 Estrela ON - - - - - - 3,00 4,50 - -ESTR4 Estrela PN 0,40 0,38 0,40 0,41 0,40 +2,56 0,40 0,41 69 272.900ETER3 Eternit ON NM 5,20 5,07 5,20 5,25 5,25 +1,94 5,21 5,25 56 153.800EVEN3 Even ON NM 2,90 2,83 2,93 3,08 3,04 +4,82 3,04 3,05 62 94.500B AU H 4 Excelsior PN 2,42 2,40 2,40 2,42 2,40 - 2,20 3,26 7 3.600EZTC3 Eztec ON NM 2,46 2,33 2,37 2,46 2,35 -2,48 2,35 2,36 37 26.000FTRX3 Fab C Renaux ON - - - - - - 0,15 0,50 - -FTRX4 Fab C Renaux PN - - - - - - 0,20 0,28 - -VSPT3 Fer C Atlant ON - - - - - - - 1,30 - -FHER3 Fer Heringer ON NM 3,85 3,84 4,15 4,41 4,40 +15,78 4,38 4,40 455 639.500FESA3 Ferbasa ON - - - - - - 7,51 16,00 - -FESA4 Ferbasa PN 6,80 6,66 6,74 6,85 6,75 -0,73 6,71 6,75 112 130.300FBMC3 Fibam ON - - - - - - 48,30 - - -FBMC4 Fibam PN 41,99 41,99 41,99 41,99 41,99 +3,47 38,18 41,99 1 100F J TA 3 Forja Taurus ON INT - - - - - - 3,07 7,00 - -F J TA 4 Forja Taurus PN INT 3,65 3,60 3,71 3,80 3,80 +4,10 3,70 3,79 39 44.000FFTL3 Fosfertil ON - - - - - - 10,50 15,00 - -FFTL4 Fosfertil PN 11,50 11,20 11,62 11,79 11,70 - 11,50 11,70 360 368.300FRAS3 Fras-Le ON N1 - - - - - - 0,10 - - -FRAS4 Fras-Le PN N1 2,41 2,25 2,33 2,41 2,32 -0,85 2,26 2,32 33 59.300@GFSA3 Gafisa ON NM 11,40 11,20 11,87 12,42 12,29 +5,04 12,25 12,29 2.087 1.491.400GAZO4 Gazola PN 3,50 3,01 3,29 3,60 3,53 +2,31 3,53 3,59 48 14.100GSHP3 Generalshopp ON NM 2,25 2,19 2,24 2,27 2,25 -1,31 2,05 2,25 13 41.200G E PA 3 Ger Paranap ON 14,09 14,09 14,12 14,45 14,45 -4,11 14,45 24,57 5 1.400G E PA 4 Ger Paranap PN 18,08 18,08 18,08 18,08 18,08 +0,05 18,50 23,57 1 1.500GG B R 3 Gerdau ON N1 12,70 12,40 13,36 13,63 13,51 +4,97 13,51 13,59 497 225.100@GG B R 4 Gerdau PN N1 15,96 15,80 16,70 17,19 17,00 +5,45 16,98 17,00 5.867 3.699.100G OAU 3 Gerdau Met ON N1 18,50 18,50 19,79 20,99 20,00 +8,10 20,00 20,98 18 3.300@G OAU 4 Gerdau Met PN N1 21,00 20,82 22,00 22,65 22,57 +6,21 22,20 22,57 1.579 839.800GLOB3 Globex ON 5,00 5,00 5,31 5,59 5,40 +11,34 5,29 5,45 25 15.900@G O LL 4 GOL PN N2 10,18 10,02 10,35 10,81 10,64 +3,20 10,62 10,64 2.021 1.058.300GPIV11 Gp Invest DR3 5,39 5,31 5,36 5,75 5,38 +0,56 5,37 5,38 228 1.718.300GPCP3 Gpc Part ON 0,98 0,90 0,94 0,98 0,95 - 0,86 0,95 6 10.400IGBR3 Gradiente ON 2,82 2,70 2,77 2,83 2,80 +3,70 2,73 2,80 50 34.600CGRA3 Grazziotin ON EJ 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 - 5,51 6,50 2 300CGRA4 Grazziotin PN EJ 6,40 6,40 6,43 6,45 6,45 -5,00 6,25 6,45 5 1.000GRND3 Grendene ON NM 12,83 12,40 12,47 12,89 12,59 -2,47 12,50 12,60 80 152.000GTDP3B Gtd Part ON EJ MB 0,20 0,20 0,20 0,25 0,25 +38,88 0,20 0,24 5 9.100GTDP4B Gtd Part PN EJ MB 0,18 0,18 0,18 0,23 0,20 +11,11 0,19 0,22 18 104.700AC G U 3 Guarani ON NM 2,19 2,10 2,29 2,38 2,34 +6,84 2,30 2,34 65 46.200G UA R 3 Guararapes ON 17,11 17,00 17,17 17,30 17,00 -0,75 16,80 17,00 10 2.400G UA R 4 Guararapes PN 15,98 15,98 15,99 16,00 16,00 - 15,00 16,00 2 300GVTT3 Gvt Holding ON NM 25,42 25,15 26,58 27,00 26,75 +1,71 26,60 26,75 645 383.700HBTS5 Habitasul PNA 2,55 2,55 2,55 2,55 2,55 +0,79 2,55 2,90 4 800HBOR3 Helbor ON NM 2,94 2,85 2,86 2,94 2,90 +1,75 2,83 2,90 6 3.100H E TA 3 Hercules ON - - - - - - 0,30 3,00 - -H E TA 4 Hercules PN 0,20 0,20 0,20 0,21 0,21 - 0,20 0,21 11 25.000H O OT 4 Hoteis Othon PN 0,30 0,28 0,29 0,30 0,28 +12,00 0,28 0,29 59 810.000HYPE3 Hypermarcas ON NM 13,70 13,50 13,74 13,75 13,75 -0,72 13,60 13,90 21 131.900IDNT3 Ideiasnet ON NM 2,44 2,29 2,39 2,44 2,30 -4,95 2,30 2,34 142 2.885.300IENG3 Ienergia ON 0,19 0,19 0,19 0,20 0,20 +11,11 0,18 0,20 12 146.000IENG5 Ienergia PNA 0,19 0,18 0,19 0,19 0,19 +5,55 0,18 0,20 7 42.000I G UA 3 Iguacu Cafe ON - - - - - - 6,40 7,00 - -I G UA 5 Iguacu Cafe PNA - - - - - - 0,01 8,00 - -I G UA 6 Iguacu Cafe PNB - - - - - - 0,01 7,00 - -I G TA 3 Iguatemi ON NM 12,68 12,35 12,44 12,68 12,47 -4,07 12,37 12,47 44 27.900RO M I 3 Inds Romi ON NM 7,50 7,35 7,47 7,60 7,50 - 7,50 7,59 22 51.500I DV L 4 Indusval PN N1 4,05 4,05 4,09 4,22 4,22 +5,76 4,11 4,22 4 11.400INEP3 Inepar ON 21,60 20,94 21,83 22,60 20,94 -0,28 19,10 20,95 5 500INEP4 Inepar PN 16,76 16,00 16,29 17,25 16,00 -1,84 15,70 16,00 63 16.800INET3 Inepar Tel ON 0,19 0,18 0,19 0,19 0,19 - 0,18 0,19 15 44.600INPR3 Inpar S/A ON NM 1,70 1,63 1,66 1,70 1,67 -0,59 1,66 1,68 66 201.600IVTT3 Invest Tur ON NM 499,00 499,00 499,00 499,00 499,00 -0,20 450,00 495,00 1 100MYPK3 Iochp-Maxion ON NM 8,84 8,70 8,78 9,00 8,77 +0,68 8,77 8,78 256 173.900B OVA 1 1 Ishares Bova CI 40,20 39,70 41,24 42,00 42,00 +4,16 36,60 100,00 83 341.700MILA11 Ishares Mila CI - - - - - - 26,00 31,50 - -SMAL11 Ishares Smal CI 25,22 25,22 25,22 25,22 25,22 +2,81 25,30 100,00 1 100I TAU 3 Itaubanco ON EDJ N1 22,90 22,89 23,20 23,90 23,20 +0,34 22,94 23,20 33 16.700@I TAU 4 Itaubanco PN EDJ N1 28,75 28,11 29,00 29,40 28,95 +0,24 28,90 28,95 5.341 3.586.800ITSA3 Itausa ON EJ N1 11,01 10,90 11,01 11,20 10,90 -2,59 10,90 11,20 19 368.900@ITSA4 Itausa PN EJ N1 8,55 8,46 8,57 8,70 8,58 -0,46 8,56 8,58 4.238 8.340.900ITEC3 Itautec ON - - - - - - 27,00 30,00 - -JBDU3 J B Duarte ON 0,05 0,05 0,05 0,06 0,06 - 0,05 0,06 11 113.000JBDU4 J B Duarte PN 0,04 0,04 0,04 0,05 0,04 - 0,04 0,05 27 252.000@JBSS3 JBS ON NM 4,95 4,76 5,01 5,38 5,38 +8,46 5,30 5,38 3.056 4.359.200MLFT3 Jereissati ON - - - - - - 0,36 2,00 - -MLFT4 Jereissati PN 0,52 0,51 0,51 0,52 0,52 -1,88 0,51 0,52 7 29.000JHSF3 Jhsf Part ON NM 1,69 1,61 1,65 1,69 1,62 -1,81 1,62 1,65 19 31.800JFEN3 Joao Fortes ON 2,64 2,64 2,64 2,64 2,64 +3,52 2,38 2,65 1 100J O PA 3 Josapar ON - - - - - - 15,00 25,00 - -J O PA 4 Josapar PN - - - - - - 15,01 25,88 - -CTKA3 Karsten ON - - - - - - 4,00 7,95 - -CTKA4 Karsten PN - - - - - - 6,80 7,90 - -KEPL3 Kepler Weber ON 0,15 0,15 0,15 0,16 0,16 +6,66 0,15 0,16 170 3.381.500KLBN3 Klabin S/A ON N1 - - - - - - 5,01 7,00 - -@KLBN4 Klabin S/A PN N1 3,55 3,42 3,49 3,58 3,52 +0,57 3,52 3,57 1.319 1.789.100KSSA3 Klabinsegall ON NM 2,59 2,50 2,58 2,67 2,67 +3,08 2,67 2,70 49 112.500K ROT 1 1 Kroton UNT N2 12,55 12,30 12,42 12,55 12,30 -1,20 12,30 12,45 21 24.300LFFE3 La Fonte Tel ON - - - - - - 0,01 0,95 - -LFFE4 La Fonte Tel PN - - - - - - 0,01 0,60 - -MILK11 Laep DR3 0,46 0,44 0,45 0,46 0,46 - 0,45 0,46 161 739.900LARK4 Lark Maqs PN - - - - - - 0,10 - - -LL I S 3 Le Lis Blanc ON NM 3,78 3,78 3,78 3,78 3,78 +0,26 3,10 3,78 1 100LECO3 Leco ON - - - - - - 0,51 - - -LECO4 Leco PN 1,40 1,40 1,40 1,40 1,40 -3,44 1,42 1,55 1 10.000@LIGT3 Light S/A ON NM 23,31 22,82 23,12 23,48 23,01 -2,00 23,01 23,30 630 183.900LIXC3 Lix Da Cunha ON - - - - - - 2,21 3,00 - -LIXC4 Lix Da Cunha PN - - - - - - 2,15 2,84 - -LL X L 3 Llx Log ON NM 1,51 1,48 1,50 1,54 1,49 -0,66 1,49 1,50 242 816.900RENT3 Localiza ON NM 7,25 7,10 7,28 7,38 7,30 +1,10 7,26 7,30 276 267.400LOGN3 Log-In ON NM 5,30 5,15 5,21 5,30 5,20 +0,38 5,20 5,24 54 49.400LAME3 Lojas Americ ON 5,41 5,30 5,38 5,45 5,42 -0,55 5,40 5,42 66 78.300@LAME4 Lojas Americ PN INT 6,38 6,21 6,38 6,50 6,44 +0,15 6,42 6,44 2.053 2.785.000@LREN3 Lojas Renner ON NM 16,44 15,79 16,00 16,44 15,97 -4,08 15,92 15,97 2.266 1.412.100LPSB3 Lopes Brasil ON NM 6,60 6,55 6,74 6,85 6,75 +0,74 6,61 6,75 38 97.200L U PA 3 Lupatech ON NM 23,40 23,40 25,01 25,72 25,05 +5,91 25,05 25,39 244 168.900RHDS3 M G Poliest ON 0,08 0,07 0,07 0,08 0,07 - 0,07 0,08 2 53.000MDIA3 M.Diasbranco ON NM 20,49 19,90 20,31 20,50 20,47 +0,34 19,95 20,47 5 1.000M AGG 3 Magnesita Sa ON NM 7,31 7,10 7,62 7,78 7,64 +2,82 7,45 7,64 198 371.500MGEL3 Mangels Indl ON N1 - - - - - - 10,00 40,00 - -MGEL4 Mangels Indl PN N1 5,06 5,06 5,15 5,30 5,30 -2,03 5,25 5,40 17 7.800CTPC3 Marambaia ON - - - - - - 1,02 1,79 - -

FUNDO IMOBILIÁRIO A VISTA - LOTES UNITÁRIOSPreços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

F PA B 1 1 Fii A Branca CI ER - - - - - - 220,00 226,00 - -ABCP11 Fii Abc Imob CI ER 5,84 5,84 5,84 5,84 5,84 -2,66 5,42 6,10 2 100FA M B 1 1 B Fii Almirant CI ER MB 1.751,46 1.751,46 1.751,46 1.751,46 1.751,46 +1,01 1.750,00 1.900,00 3 150BBFI11B Fii Bb Progr CI ER MB 1.550,00 1.550,00 1.550,00 1.550,00 1.550,00 - 1.520,00 1.561,00 2 6HCRI11B Fii Crianca CI MB - - - - - - 191,00 - - -HGBS11 Fii Cshgshop CI ER - - - - - - 1.100,00 1.350,00 - -E U RO 1 1 Fii Europar CI ER 135,60 135,60 135,60 135,60 135,60 -2,89 135,60 139,90 7 132FFCI11 Fii F Center CI 0,98 0,96 0,96 0,98 0,96 -3,03 0,96 1,00 6 34.000SHPH11 Fii Higienop CI 265,00 265,00 265,00 265,00 265,00 - 261,00 265,00 1 3FJKI11 Fii Jk Imob CI ER - - - - - - 1,64 2,00 - -NSLU11B Fii Lourdes CI ER MB - - - - - - 145,60 150,00 - -EDFO11B Fii Ourinves CI ER MB - - - - - - 152,00 - - -PA B Y 1 1 Fii Panamby CI - - - - - - 0,01 - - -FLMA11 Fii S F Lima CI 0,83 0,83 0,83 0,84 0,84 - 0,81 0,84 7 29.057SCPF11 Fii Scp CI - - - - - - 4,94 - - -ALMI11B Fii Torre Al CI ER MB - - - - - - 1.230,00 - - -TRNT11B Fii Torre No CI MB - - - - - - 108,00 109,00 - -

Preços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

Preços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

POMO3 Marcopolo ON N2 3,01 3,01 3,04 3,10 3,05 -7,29 3,05 3,19 8 3.300POMO4 Marcopolo PN N2 3,31 3,20 3,33 3,39 3,39 +3,03 3,30 3,39 226 404.200MRFG3 Marfrig ON NM 7,60 7,10 7,27 7,60 7,10 -5,33 7,10 7,29 144 217.800MARI3 Marisa ON NM 3,30 3,30 3,41 3,45 3,41 +0,88 3,41 3,44 42 83.800MRSL3 Marisol ON - - - - - - 0,01 - - -MRSL4 Marisol PN 1,16 1,16 1,30 1,34 1,33 +14,65 1,21 1,39 12 8.500MEDI3 Medial Saude ON NM 7,41 7,40 7,51 7,70 7,50 +0,13 7,41 7,50 78 192.300M S PA 3 Melhor Sp ON - - - - - - 5,00 50,00 - -M S PA 4 Melhor Sp PN - - - - - - 30,00 69,99 - -M L PA 1 2 Melpaper PN SJD - - - - - - 10,00 50,00 - -MEND3 Mendes Jr ON - - - - - - 16,02 - - -MEND5 Mendes Jr PNA - - - - - - 24,00 42,00 - -MEND6 Mendes Jr PNB - - - - - - 27,01 38,40 - -BMEB3 Merc Brasil ON 8,50 8,50 8,50 8,50 8,50 - 8,00 9,00 4 3.000BMEB4 Merc Brasil PN 8,25 8,00 8,08 8,25 8,09 -1,22 7,91 8,10 9 1.400MERC3 Merc Financ ON 15,01 15,01 15,01 15,01 15,01 +42,95 - - 1 1.000MERC4 Merc Financ PN - - - - - - 9,00 10,50 - -BMIN3 Merc Invest ON - - - - - - 0,60 1,09 - -BMIN4 Merc Invest PN 0,33 0,32 0,32 0,33 0,32 - 0,30 0,34 2 3.000DUQE4 Met Duque PN - - - - - - 3,50 25,00 - -MTIG3 Metal Iguacu ON - - - - - - 0,50 1,00 - -MTIG4 Metal Iguacu PN 0,31 0,30 0,31 0,33 0,33 +3,12 0,32 0,34 6 5.100LEVE3 Metal Leve ON - - - - - - 10,00 - - -LEVE4 Metal Leve PN 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00 - 16,90 17,49 2 3.000FRIO3 Metalfrio ON NM - - - - - - 5,61 7,15 - -MTSA4 Metisa PN EJ - - - - - - 18,18 19,50 - -MLCX11 Midlarge Cap MLC - - - - - - 5,01 - - -TIBR3 Millennium ON - - - - - - 0,10 0,79 - -TIBR5 Millennium PNA 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 - 0,04 0,05 6 800.000TIBR6 Millennium PNB - - - - - - 0,03 0,04 - -BEEF3 Minerva ON NM 2,05 2,01 2,08 2,16 2,10 +2,94 2,06 2,10 178 225.900MNPR3 Minupar ON 5,60 5,50 5,80 5,89 5,89 -1,83 5,57 5,88 15 228.200MMXM3 Mmx Miner ON NM 2,90 2,86 3,01 3,07 3,00 +4,52 3,00 3,01 1.407 4.440.000M OA R 3 Mont Aranha ON 81,11 80,00 80,61 84,95 80,00 -10,01 79,07 83,89 15 1.800MPXE3 Mpx Energia ON NM 143,00 141,00 142,34 148,99 148,99 +3,47 145,19 148,00 21 5.500M RV E 3 MRV ON NM 10,80 10,75 11,74 12,70 12,25 +11,56 12,25 12,28 755 883.100M U LT 3 Multiplan ON N2 12,60 12,45 12,52 12,60 12,50 - 12,40 12,50 36 72.900MNDL3 Mundial ON - - - - - - 1,00 1,72 - -MNDL4 Mundial PN 1,15 1,10 1,12 1,15 1,10 -4,34 1,10 1,13 33 35.100NAFG3 Nadir Figuei ON - - - - - - 7,25 - - -NAFG4 Nadir Figuei PN - - - - - - 7,25 12,49 - -@N AT U 3 Natura ON NM 20,21 20,19 20,65 20,96 20,80 +1,31 20,70 20,80 1.535 714.800NETC3 NET ON N2 - - - - - - 10,02 - - -@NETC4 NET PN N2 14,19 13,96 14,38 14,72 14,43 +0,27 14,43 14,53 1.576 1.037.900BNBR3 Nord Brasil ON - - - - - - 22,00 44,00 - -BNBR4 Nord Brasil PN - - - - - - 20,00 40,00 - -@BNCA3 Nossa Caixa ON EJ NM 67,51 67,51 68,50 69,10 68,60 +0,05 68,60 68,90 582 300.600NUTR3M Nutriplant ON MA - - - - - - 6,00 7,50 - -ODPV3 Odontoprev ON EJ NM 24,00 23,80 24,42 25,42 25,35 +6,51 24,85 25,35 71 44.900OGXP3 Ogx Petroleo ON NM 510,00 455,54 486,42 510,00 458,00 -10,19 455,60 458,00 255 50.000OHLB3 Ohl Brasil ON NM 12,79 12,68 12,79 12,80 12,70 -3,42 12,70 12,75 184 361.400@PCAR4 P.Acucar-Cbd PN N1 33,01 31,07 31,57 33,01 31,37 -4,06 31,30 31,37 2.472 864.600BPNM4 Panamericano PN N1 2,61 2,55 2,70 2,76 2,74 +4,98 2,74 2,75 95 123.400PAT I 3 Panatlantica ON - - - - - - 7,40 20,00 - -PAT I 4 Panatlantica PN - - - - - - 6,10 12,35 - -PEAB3 Par Al Bahia ON - - - - - - 37,00 44,99 - -PEAB4 Par Al Bahia PN 48,00 48,00 48,00 48,00 48,00 +4,34 44,00 64,00 1 100PRBC4 Parana PN EJ N1 2,61 2,61 2,70 2,90 2,90 +8,61 2,82 2,89 78 1.669.700PMAM3 Paranapanema ON N1 3,08 3,00 3,09 3,40 3,05 -0,97 3,03 3,05 500 766.700PMAM4 Paranapanema PN N1 2,80 2,80 2,90 3,09 2,82 +0,71 2,85 2,95 18 13.900B PAT 1 1 Patagonia DR3 16,75 16,75 16,82 16,95 16,85 +1,20 16,55 17,10 4 7.000PDGR3 Pdg Realt ON EJ NM 11,20 11,06 11,87 12,25 12,00 +5,26 11,91 12,20 533 773.200@PRGA3 Perdigao S/A ON NM 32,00 31,21 32,00 32,44 31,76 -0,75 31,76 31,94 1.378 553.100RPMG3 Pet Manguinh ON - - - - - - 0,29 0,65 - -RPMG4 Pet Manguinh PN - - - - - - 0,36 0,59 - -@PETR3 Petrobras ON EJ 29,60 29,16 30,44 31,06 30,52 +2,21 30,27 30,52 4.625 3.936.200@PETR4 Petrobras PN EJ 24,38 24,03 24,94 25,50 25,10 +2,28 25,07 25,10 23.129 26.454.800P T PA 3 Petropar ON - - - - - - 0,01 31,50 - -P T PA 4 Petropar PN 30,49 28,10 28,75 30,49 28,10 -9,32 26,18 30,30 9 1.100PTNT3 Pettenati ON - - - - - - 0,01 17,99 - -PTNT4 Pettenati PN 6,80 6,79 6,79 7,00 7,00 - 6,71 7,00 6 34.000PIBB11 Pibb CI 59,34 58,40 60,46 61,50 61,05 +2,86 57,00 61,05 168 96.200PINE4 Pine PN EDJ N1 3,75 3,70 4,02 4,25 4,25 +14,86 4,25 4,27 183 100.300PLAS3 Plascar Part ON 1,33 1,27 1,33 1,37 1,28 -2,29 1,28 1,30 128 4.920.600PSSA3 Porto Seguro ON EJ NM 13,29 13,17 13,31 13,40 13,40 +0,82 13,14 13,40 201 280.300PTBL3 Portobello ON NM 1,01 0,97 1,00 1,01 1,00 -2,91 0,97 1,00 5 8.500POSI3 Positivo Inf ON NM 7,15 6,96 7,02 7,17 7,00 -3,04 7,00 7,02 492 652.400PFRM3 Profarma ON NM 5,45 5,45 5,60 5,83 5,80 +9,43 5,45 5,80 12 7.900PNOR5 Pronor PNA 1,47 1,47 1,47 1,67 1,67 +15,17 1,47 1,69 13 21.400PNOR6 Pronor PNB 1,27 1,27 1,28 1,50 1,50 +21,95 1,27 1,51 10 6.100P RV I 3 Providencia ON NM 3,28 3,00 3,06 3,28 3,00 -8,53 2,94 3,00 25 68.400SZPQ4 Quattor Petr PN 8,09 8,09 8,09 8,09 8,09 -3,69 6,51 8,09 1 5.400RAPT3 Randon Part ON N1 - - - - - - 1,00 6,00 - -RAPT4 Randon Part PN N1 6,41 6,33 6,43 6,52 6,40 +0,94 6,40 6,48 229 176.900RSIP3 Rasip Agro ON - - - - - - 0,47 0,53 - -RSIP4 Rasip Agro PN 0,52 0,50 0,51 0,52 0,52 +4,00 0,50 0,52 8 12.700RCSL3 Recrusul ON - - - - - - 4,50 10,90 - -RCSL4 Recrusul PN 6,99 6,06 6,64 7,49 6,15 -10,86 6,15 6,20 204 77.300REDE3 Rede Energia ON - - - - - - 5,10 6,00 - -REDE4 Rede Energia PN - - - - - - 4,30 5,40 - -@RDCD3 Redecard ON EJ NM 26,25 25,25 27,24 28,40 27,75 +5,71 27,51 27,75 4.600 2.379.700RNAR3 Renar ON NM 2,49 2,49 2,50 2,63 2,63 +5,20 2,51 2,65 17 249.800RNPT3 Renner Part ON EJ - - - - - - 27,00 28,00 - -RNPT4 Renner Part PN EJ - - - - - - 27,00 28,00 - -RSUL4 Riosulense PN - - - - - - 5,00 97,23 - -RDNI3 Rodobensimob ON NM 7,90 7,67 7,93 8,05 8,00 +1,26 7,95 8,00 43 166.700@RSID3 Rossi Resid ON NM 3,89 3,83 4,21 4,59 4,48 +15,16 4,47 4,48 2.129 2.675.200@SBSP3 Sabesp ON NM 28,94 28,00 28,53 28,94 28,68 -0,62 28,54 28,68 795 272.300SDIA3 Sadia S/A ON N1 4,25 4,25 4,25 4,27 4,25 - 4,15 4,25 9 8.100@SDIA4 Sadia S/A PN N1 3,80 3,71 3,79 3,87 3,81 -0,78 3,81 3,82 2.780 4.409.200FCAP3 Sam Industr ON - - - - - - 0,55 0,76 - -FCAP4 Sam Industr PN - - - - - - 0,60 0,84 - -SAPR4 Sanepar PN EJ 1,55 1,54 1,54 1,61 1,61 -0,61 1,58 1,61 5 8.900SANB3 Santander Br ON EDJ - - - - - - 0,13 0,15 - -SANB4 Santander Br PN EDJ - - - - - - 0,13 0,14 - -CTSA3 Santanense ON 2,05 2,01 2,02 2,05 2,01 +4,68 2,01 2,05 10 11.000CTSA4 Santanense PN 2,05 2,01 2,04 2,05 2,01 +2,03 2,01 2,05 3 3.000CTSA8 Santanense PND - - - - - - 0,84 - - -STBP11 Santos Brp UNT ED N2 6,50 6,40 6,60 6,60 6,60 +1,53 6,60 6,70 21 154.800SCAR3 Sao Carlos ON NM 10,50 10,49 10,50 10,69 10,69 +1,80 10,50 10,69 8 109.900S M TO 3 Sao Martinho ON NM 9,20 9,20 9,55 9,85 9,49 +3,71 9,39 9,49 97 114.100SLED3 Saraiva Livr ON N2 - - - - - - 15,50 26,00 - -SLED4 Saraiva Livr PN N2 16,74 16,60 16,64 16,74 16,65 -0,89 16,54 16,65 14 3.300S AT I 3 Satipel ON NM 3,98 3,89 3,90 3,98 3,90 +2,90 3,90 3,95 22 90.400SCLO3 Schlosser ON - - - - - - 0,02 19,00 - -SCLO4 Schlosser PN - - - - - - 1,75 2,48 - -SHUL4 Schulz PN 17,30 17,30 17,30 17,30 17,30 +1,76 16,21 17,30 1 100SEBB11 SEB UNT N2 10,00 9,30 9,54 10,49 9,50 - 9,12 9,50 14 7.700CSAB3 Seg Al Bahia ON - - - - - - 24,00 29,00 - -CSAB4 Seg Al Bahia PN 24,00 24,00 24,00 24,00 24,00 - 23,50 25,00 2 300@CSNA3 Sid Nacional ON 31,11 30,64 33,37 34,90 34,55 +8,92 34,55 34,57 6.159 3.437.200SLCE3 Slc Agricola ON NM 13,50 13,50 13,89 14,05 13,60 -2,15 13,60 13,79 160 202.300SFSA4 Sofisa PN N2 3,85 3,80 3,86 4,10 4,10 +6,49 3,91 4,05 58 248.800SOND3 Sondotecnica ON - - - - - - 10,00 50,00 - -SOND5 Sondotecnica PNA - - - - - - 17,00 20,00 - -SOND6 Sondotecnica PNB 44,00 44,00 44,00 44,00 44,00 - 20,00 37,23 3 500@C RU Z 3 Souza Cruz ON EJ 46,19 45,30 46,09 46,73 45,90 -0,86 45,80 45,90 924 266.000SPRI3 Springer ON - - - - - - 2,80 6,99 - -SPRI5 Springer PNA - - - - - - 2,80 6,00 - -SPRI6 Springer PNB - - - - - - 2,80 6,95 - -SGPS3 Springs ON NM 3,60 3,60 3,60 3,60 3,60 -3,48 3,60 3,69 1 200AHEB3 Spturis ON - - - - - - 10,00 - - -AHEB5 Spturis PNA - - - - - - 10,00 - - -AHEB6 Spturis PNB - - - - - - 10,00 - - -SULA11 Sul America UNT N2 16,02 16,00 16,54 16,88 16,60 +3,68 16,44 16,60 85 189.200S U LT 3 Sultepa ON - - - - - - 0,01 4,40 - -S U LT 4 Sultepa PN 4,40 4,40 4,42 4,50 4,50 +4,65 3,50 4,25 2 6.000SUZB5 Suzano Papel PNA INT N1 12,60 12,04 12,38 12,60 12,47 -1,65 12,38 12,47 525 563.000TA M M 3 Tam S/A ON N2 - - - - - - 14,12 35,15 - -@TA M M 4 Tam S/A PN N2 19,80 19,10 20,07 21,53 21,45 +7,73 21,45 21,48 1.825 691.700TA R P 1 1 Tarpon DR3 11,99 11,99 12,00 12,00 11,99 +2,47 11,70 13,00 9 13.000TENE5 Tec Blumenau PNA - - - - - - 0,01 4,90 - -TENE7 Tec Blumenau PNC - - - - - - 0,25 12,00 - -SJOS3 Tecel S Jose ON - - - - - - 1,00 5,00 - -SJOS4 Tecel S Jose PN - - - - - - 0,31 0,55 - -TCSA3 Tecnisa ON NM 3,60 3,60 3,71 3,86 3,74 +3,88 3,70 3,74 146 601.900TCNO3 Tecnosolo ON - - - - - - 0,10 0,79 - -TCNO4 Tecnosolo PN - - - - - - 0,58 0,63 - -TGMA3 Tegma ON NM 4,88 4,76 5,00 5,12 4,99 +2,88 4,95 4,99 70 117.700TKNO4 Tekno PN - - - - - - 57,50 65,00 - -TNCP3 Tele Nort Cl ON - - - - - - 83,00 120,00 - -TNCP4 Tele Nort Cl PN - - - - - - 0,50 34,00 - -TEFC11 Telefonica DR3 50,08 49,00 49,90 50,08 49,00 -4,83 45,09 56,72 4 600@TNLP3 Telemar ON 37,56 37,56 38,09 38,67 38,40 -0,13 38,02 38,40 609 242.000@TNLP4 Telemar PN 32,99 32,11 32,55 33,60 32,39 -1,25 32,25 32,39 2.102 1.081.100TMAR3 Telemar N L ON EJ 59,90 59,90 59,90 59,90 59,90 +3,27 58,01 60,00 1 100@TMAR5 Telemar N L PNA EJ 57,80 56,27 58,23 59,40 59,39 +4,37 57,55 59,39 499 123.900TMAR6 Telemar N L PNB - - - - - - 19,02 - - -TMGC13 Telemig Cl PNG EJ - - - - - - 340,01 495,00 - -TMCP3 Telemig Part ON EJ 34,99 34,99 35,00 35,00 35,00 +7,26 32,00 35,00 3 1.100TMCP4 Telemig Part PN EJ 34,41 34,00 34,21 35,08 34,50 -0,94 34,42 34,50 215 311.300TLPP3 Telesp ON EJ 36,44 36,39 36,55 37,30 37,30 +2,36 36,40 37,49 41 20.800@TLPP4 Telesp PN EJ 45,90 44,50 45,23 47,34 45,29 -1,32 45,20 45,29 584 162.400TEMP3 Tempo Part ON NM 2,60 2,51 2,54 2,60 2,60 - 2,55 2,60 4 6.600TEND3 Tenda ON NM 1,27 1,25 1,31 1,35 1,31 +3,96 1,31 1,32 779 2.518.200TRNA11 Terna Part UNT N2 21,64 21,00 21,60 21,65 21,65 -1,59 21,60 21,65 23 17.100TXRX3 Tex Renaux ON - - - - - - 0,25 1,50 - -TXRX4 Tex Renaux PN 0,29 0,29 0,30 0,30 0,30 - 0,26 0,27 2 2.000@TCSL3 Tim Part S/A ON 5,12 4,93 5,09 5,17 5,07 +1,60 5,06 5,07 903 585.500@TCSL4 Tim Part S/A PN 3,14 3,07 3,18 3,25 3,16 +0,95 3,15 3,16 2.903 5.052.900TOT S 3 Totvs ON EJ NM 38,99 38,05 39,03 39,50 39,40 -0,15 39,00 39,69 35 12.100TBLE3 Tractebel ON NM 19,08 18,10 18,51 19,10 18,20 -3,70 18,15 18,20 1.005 762.400TRFO3 Trafo ON 2,00 2,00 2,00 2,01 2,00 - 1,60 2,40 5 2.100TRFO4 Trafo PN - - - - - - 1,91 2,00 - -TRPL3 Tran Paulist ON N1 - - - - - - 38,88 45,00 - -@TRPL4 Tran Paulist PN N1 42,99 41,40 41,88 42,99 41,99 -2,68 41,80 41,99 968 787.200LUXM3 Trevisa ON - - - - - - 20,00 - - -LUXM4 Trevisa PN - - - - - - 10,01 16,23 - -TRIS3 Trisul ON NM 2,70 2,64 2,67 2,70 2,64 -3,29 2,61 2,68 2 200TPIS3 Triunfo Part ON NM 1,01 1,01 1,13 1,19 1,19 +16,66 1,19 1,20 26 35.100T RO R 3 Trorion ON - - - - - - 1,00 5,00 - -T RO R 4 Trorion PN - - - - - - 1,05 1,70 - -U G PA 3 Ultrapar ON N1 - - - - - - 0,01 - - -@U G PA 4 Ultrapar PN N1 52,48 50,65 52,59 53,63 52,30 -0,58 52,30 52,50 814 391.800UBBR3 Unibanco ON EDJ N1 18,65 18,50 18,80 19,00 18,50 -1,33 18,50 18,79 20 9.800UBBR4 Unibanco PN EDJ N1 7,90 7,90 7,96 8,05 8,05 +3,07 7,95 8,05 16 16.000@UBBR11 Unibanco UNT EDJ N1 16,20 15,74 16,16 16,50 16,20 - 16,20 16,21 3.295 3.551.600UNIP3 Unipar ON N1 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 -4,95 1,04 1,14 1 770.000UNIP5 Unipar PNA N1 - - - - - - 2,08 2,68 - -UNIP6 Unipar PNB N1 0,68 0,66 0,68 0,69 0,68 - 0,67 0,68 146 890.500U O LL 4 UOL PN N2 7,30 7,20 7,28 7,30 7,25 -0,68 7,17 7,25 61 130.600@USIM3 Usiminas ON EJ N1 26,80 26,35 28,11 28,71 28,10 +4,46 28,10 28,25 1.432 993.900@USIM5 Usiminas PNA EJ N1 28,40 27,96 29,90 30,88 30,60 +6,58 30,60 30,64 4.755 3.095.900USIM6 Usiminas PNB EJ N1 - - - - - - 20,08 - - -UCOP4 Usin C Pinto PN - - - - - - 0,01 6,94 - -@V C PA 4 V C P PN N1 18,80 18,17 18,72 19,29 19,26 +2,33 19,06 19,26 1.030 410.200@VA L E 3 Vale R Doce ON N1 30,00 29,70 31,89 33,23 32,16 +5,44 32,16 32,30 5.888 3.964.900@VA L E 5 Vale R Doce PNA N1 25,80 25,59 27,63 28,88 28,00 +6,87 28,00 28,04 24.543 25.922.200VINE3 Vicunha Text ON - - - - - - 2,50 - - -VINE5 Vicunha Text PNA 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 +11,80 9,00 11,99 1 100VINE6 Vicunha Text PNB 9,01 9,01 9,01 9,01 9,01 +0,11 9,00 - 1 100VG O R 3 Vigor ON N1 - - - - - - 0,26 - - -VG O R 4 Vigor PN N1 5,64 5,64 5,65 5,65 5,65 -0,70 5,65 5,68 10 229.000V I VO 3 Vivo ON EJ - - - - - - 27,50 31,50 - -@V I VO 4 Vivo PN EJ 30,44 29,00 31,02 31,47 31,38 +3,22 31,14 31,38 1.104 402.900VULC3 Vulcabras ON - - - - - - 13,00 18,50 - -WEGE3 WEG ON NM 12,97 12,40 12,93 13,15 13,14 +2,49 12,92 13,13 217 110.900MWET3 Wetzel S/A ON - - - - - - 12,50 49,99 - -MWET4 Wetzel S/A PN 12,70 12,00 12,44 12,87 12,87 +2,06 12,00 12,87 12 2.200WHRL3 Whirlpool ON - - - - - - 2,30 2,99 - -WHRL4 Whirlpool PN 2,56 2,50 2,62 2,98 2,98 +14,61 2,56 2,89 18 15.600WISA3 Wiest ON 0,41 0,40 0,41 0,41 0,40 +14,28 0,39 0,41 12 27.000WISA4 Wiest PN 0,63 0,63 0,70 0,78 0,67 +3,07 0,67 0,68 106 299.000WSON11 Wilson Sons DR3 11,25 11,25 11,26 11,27 11,27 +0,08 11,31 11,63 12 2.500SGAS3 Wlm Ind Com ON - - - - - - 0,01 30,00 - -SGAS4 Wlm Ind Com PN - - - - - - 26,00 28,89 - -ILMD4 Yara Brasil PN 39,98 39,98 39,98 39,98 39,98 -0,02 25,00 39,99 1 100

MERCADO A VISTA - COTAÇÕES UNITÁRIAS - (Continuação) MERCADO A VISTA - COTAÇÕES UNITÁRIAS - (Continuação)

MERCADO A VISTA - COTAÇÕES UNITÁRIASPreços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

ABCB4 Abc Brasil PN EJ N2 5,40 5,19 5,25 5,60 5,49 +3,58 5,44 5,50 82 657.800ABNB3 Abnote ON ED NM 10,95 10,60 10,72 10,95 10,88 -0,18 10,88 10,89 32 11.900A B YA 3 Abyara ON NM 1,67 1,63 1,72 1,80 1,75 +8,69 1,75 1,76 330 489.000E A LT 3 Aco Altona ON - - - - - - - 100,00 - -E A LT 4 Aco Altona PN 38,51 38,51 39,06 39,60 39,60 -4,16 35,00 39,70 2 200AV I L 3 Acos Vill ON 0,49 0,49 0,50 0,51 0,51 +2,00 0,50 0,51 76 420.000AELP3 Aes Elpa ON EJ 18,00 18,00 18,18 18,30 18,30 - 17,01 17,85 3 500GETI3 Aes Tiete ON EJ 12,71 12,71 12,96 13,50 12,81 - 12,81 12,92 81 33.500GETI4 Aes Tiete PN EJ 15,01 14,80 14,97 15,01 14,90 -3,87 14,90 14,91 444 261.300AFLU3 Afluente ON - - - - - - 13,00 15,96 - -AFLU5 Afluente PNA - - - - - - 9,60 - - -AG I N 3 Agra Incorp ON NM 1,80 1,72 1,78 1,81 1,76 -2,76 1,76 1,78 208 714.100AG E N 1 1 Agrenco DR3 0,23 0,22 0,24 0,26 0,25 +13,63 0,24 0,25 580 7.864.600BRGE3 Alfa Consorc ON - - - - - - 4,88 5,15 - -BRGE5 Alfa Consorc PNA - - - - - - 4,82 - - -BRGE6 Alfa Consorc PNB - - - - - - 4,84 5,54 - -BRGE7 Alfa Consorc PNC - - - - - - 4,84 - - -BRGE8 Alfa Consorc PND - - - - - - 4,84 5,54 - -BRGE11 Alfa Consorc PNE - - - - - - 4,88 5,54 - -BRGE12 Alfa Consorc PNF - - - - - - 4,86 5,10 - -CRIV3 Alfa Financ ON - - - - - - 2,40 2,59 - -CRIV4 Alfa Financ PN 2,22 2,22 2,26 2,27 2,27 +2,25 2,20 2,27 8 1.400R PA D 3 Alfa Holding ON - - - - - - 4,08 5,02 - -R PA D 5 Alfa Holding PNA - - - - - - 3,87 4,13 - -R PA D 6 Alfa Holding PNB - - - - - - 3,87 4,19 - -BRIV3 Alfa Invest ON - - - - - - 6,31 6,49 - -BRIV4 Alfa Invest PN - - - - - - 6,06 6,44 - -APTI4 Aliperti PN - - - - - - 200,00 1.500,00 - -A LLL 3 All Amer Lat ON N2 3,81 3,81 3,81 3,81 3,81 +8,23 3,26 4,10 1 100A LLL 4 All Amer Lat PN N2 1,67 1,67 1,68 1,69 1,69 -0,58 1,59 1,69 2 200@A LLL 1 1 All Amer Lat UNT N2 10,10 9,91 10,05 10,19 10,09 -0,78 10,06 10,09 2.660 2.441.400A L PA 3 Alpargatas ON N1 - - - - - - 41,00 57,04 - -A L PA 4 Alpargatas PN N1 48,00 48,00 49,35 50,00 50,00 +4,16 49,61 50,50 6 3.100BAZA3 Amazonia ON 0,42 0,42 0,49 0,53 0,49 +16,66 0,46 0,49 467 2.988.000T M AC 3 B Amazonia Cel ON MB - - - - - - 100,00 - - -AMBV3 Ambev ON 88,98 86,00 87,25 88,98 86,00 -3,37 86,00 86,76 103 42.800@AMBV4 Ambev PN 103,43 102,19 104,80 106,67 102,19 -4,04 102,15 102,19 1.237 270.200AMCE3 Americel ON - - - - - - 1,01 40,00 - -AMIL3 Amil ON NM 7,45 7,23 7,29 7,45 7,40 -0,93 7,25 7,35 186 163.200AEDU4 Anhanguera PN N2 - - - - - - 0,01 - - -AEDU11 Anhanguera UNT N2 12,40 12,40 12,68 13,00 12,70 +1,68 12,59 12,70 54 1.777.900ARCZ3 Aracruz ON N1 4,24 4,09 4,19 4,39 4,10 +0,73 4,00 4,09 23 9.000ARCZ5 Aracruz PNA N1 - - - - - - 4,05 13,97 - -@ARCZ6 Aracruz PNB N1 2,73 2,57 2,68 2,73 2,69 -0,73 2,69 2,70 4.295 9.833.700ARLA3 Arthur Lange ON - - - - - - 2,00 2,60 - -ARLA4 Arthur Lange PN 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 +2,12 2,40 3,30 2 700AZEV3 Azevedo ON - - - - - - 1,00 - - -AZEV4 Azevedo PN - - - - - - 100,05 900,00 - -@B TOW 3 B2w Varejo ON NM 24,50 23,46 24,50 25,00 25,00 +1,75 24,73 25,00 1.454 805.200BAHI3 Bahema ON - - - - - - 0,01 99,00 - -BAHI4 Bahema PN 78,50 78,50 78,50 78,50 78,50 +4,22 72,01 78,00 1 100C B AG 3 Ban Armazens ON - - - - - - 20,00 - - -BGIP3 Banese ON EJ - - - - - - 11,00 50,00 - -BGIP4 Banese PN EJ - - - - - - 10,59 11,57 - -BEES3 Banestes ON EJ 5,70 5,67 5,72 5,80 5,75 -1,54 5,68 5,75 28 13.900BEES4 Banestes PN EJ 5,08 5,08 5,10 5,40 5,40 +0,37 5,01 5,40 3 1.600BRSR3 Banrisul ON N1 6,70 6,70 6,70 6,70 6,70 +2,91 6,60 7,29 1 100BRSR5 Banrisul PNA N1 6,00 5,85 6,11 6,20 5,85 -0,84 5,85 6,15 6 1.200BRSR6 Banrisul PNB N1 5,75 5,51 5,60 5,75 5,51 -4,17 5,50 5,51 341 1.359.500B D LL 3 Bardella ON - - - - - - 0,01 200,00 - -B D LL 4 Bardella PN 135,00 135,00 138,42 143,99 143,99 +6,66 125,00 143,99 5 600BTTL3 Battistella ON - - - - - - 0,52 1,75 - -BTTL4 Battistella PN 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 -4,95 1,06 1,15 1 300BALM3 Baumer ON - - - - - - 0,01 - - -BALM4 Baumer PN - - - - - - 0,01 - - -BEMA3 Bematech ON EJ NM 5,70 5,70 5,85 5,95 5,92 +2,95 5,90 5,96 151 79.200BSCT5 Besc PNA ANT - - - - - - 0,51 3,00 - -BSCT6 Besc PNB ANT 1,73 1,71 1,71 1,73 1,71 +0,58 1,71 1,98 3 1.400BMKS3 Bic Monark ON - - - - - - 550,00 600,00 - -BICB3 Bicbanco ON EJ N1 3,22 3,08 3,19 3,22 3,08 -21,22 3,07 3,80 6 1.500BICB4 Bicbanco PN EJ N1 3,03 3,00 3,17 3,40 3,27 +9,00 3,22 3,27 504 1.157.400BIOM3 Biomm ON - - - - - - 0,10 5,00 - -BIOM4 Biomm PN - - - - - - 1,60 2,20 - -@BVMF3 Bmf Bovespa ON EJ NM 6,36 6,27 6,65 6,98 6,98 +8,21 6,96 6,98 8.132 27.786.700BOBR4 Bombril PN 4,30 4,15 4,21 4,30 4,15 -3,48 4,00 4,15 6 2.800BBRK3 Br Brokers ON NM 1,65 1,61 1,64 1,65 1,64 - 1,60 1,64 11 51.400BRML3 Br Malls Par ON NM 9,48 9,15 9,34 9,59 9,55 -0,52 9,55 9,60 197 178.100BBDC3 Bradesco ON ED N1 20,98 20,69 21,09 21,54 20,94 -0,66 20,94 21,19 127 91.100@BBDC4 Bradesco PN ED N1 24,45 23,92 24,78 25,12 24,70 -0,68 24,70 24,72 4.649 4.433.000BRAP3 Bradespar ON N1 20,00 19,41 21,29 22,10 22,10 +10,44 20,00 23,00 21 9.800@BRAP4 Bradespar PN N1 20,80 20,40 22,38 23,18 22,50 +8,17 22,50 22,60 2.753 1.908.900

BOLSAS - RESUMO DAS OPERAÇÕES - EM 5/1/2009LOCAL 26/12 29/12 30/12 31/12 2/01 5/01 Variação %.

VOLUME (EM R$) No dia No mês No ano.

S. Pa u l o 1.195.261.698 1.953.499.518 2.606.533.610 fer iado 2.215.435.717 4.247.819.759 91,74 62,97 62,97.

ÍNDICE No dia No mês No ano.

I b ove s p a 36.864 37.060 37.550 Fer iado 40.244 41.518 3,17 10,56 10,56IBrX 12.273 12.368 12.539 Fer iado 13.469 13.760 2,16 9,74 9,74IEE 15.173 15.188 15.291 Fer iado 15.812 15.662 -0,95 2,43 2,43IGC 3.626 3.642 3.697 Fer iado 3.933 4.010 1,96 8,47 8,47FGV 100 6.219 6.195 6.267 Fer iado 6.626 6.815 2,85 8,74 8,74FGV 100-E 12.375 12.382 12.550 Fer iado 13.296 13.567 2,04 8,10 8,10I TAG 4.673 4.691 4.765 Fer iado 5.071 5.136 1,28 7,79 7,79ITEL 1.039 1.024 1.022 Fer iado 1.067 1.076 0,84 5,28 5,28IBrX 50 5.416 5.468 5.546 Fer iado 5.989 6.141 2,54 10,73 10,73IVBX-2 3.407 3.398 3.444 Fer iado 3.620 3.666 1,27 6,45 6,45ISE 1.169 1.168 1.185 Fer iado 1.271 1.275 0,31 7,59 7,59MLCX 554 558 566 Fer iado 608 621 2,14 9,72 9,72S M LL 484 486 493 Fer iado 513 521 1,56 5,68 5,68ICON 692 687 698 Fer iado 728 725 -0,41 3,92 3,92IMOB 292 298 308 Fer iado 328 346 5,49 12,46 12,46.

Fontes: Bovespa, FGV e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO - EM 5/1/2009Alterações no Pregão de 5/1/2009.

BONAIRE PART (BNPA - MB)/ELEKTRO (EKTR)/LITEL (LTEL - MB) - Ações escriturais, ex-juros.BRADESCO (BBDC - N1) - Ações escriturais, ex-dividendo mensal.BRAZILIAN SC (BSCS) - CRIs da 1ª emissão, 73ª série, ex-juros e ex-amortização.CLARION (CLAN) - Ações nominativas, ex-subscrição.CYRELA REALT (CYRE - NM) - Debêntures da 2ª emissão, 1ª e 2ª séries, ex-juros.FDC COBRA (CBRF)/FDC PARAN II (PRBD - MB) - Cotas seniores, ex-amortização.SUBESTAÇÃO (ELMT) - Debêntures da 3ª emissão, série única, ex-juros e ex-amortização.WTORRE NSBC (WTNS) - CRIs da 1ª emissão, série única, ex-juros e ex-amortização..

Alterações Previstas para o Pregão de 6/1/2009.

CAPITALPART (CPTP - MB) - Deixam de ser negociados os recibos de subscrição.LONGDIS (SPRT - MB) - Ações escriturais, ex-subscrição..

Ações mais negociadas.

A vista A termo.

Va l o r Par t. Va l o r Par t.Ação (R$/mil) (%) Ação (R$/mil) (%).

VALE R DOCE PNAl N1 716.221 18,74 BMF BOVESPA ONl EJ NM 14.183 9,99PETROBRAS PNl EJ 659.797 17,26 UNIBANCO UNTl EDJ N1 9.386 6,61BMF BOVESPA ONl EJ NM 184.894 4,83 TELEMIG PART PNl EJ 9.277 6,53VALE R DOCE ONl N1 126.454 3,30 BRADESPAR PNl N1 7.068 4,98PETROBRAS ONl EJ 119.812 3,13 EMAE PNl 6.611 4,65.

Futuro de Ações Opções.

Va l o r Par t. P / exe rc . Va l o r Par t.Ação Ve n c . (R$/mil) (%) Ação (R$) Ve n c . (R$/mil) (%).

OPC VALE PNAl N1 28,00 Ja n . 0 9 44.824 16,27OPC PETR /EJ PNl 25,32 Ja n . 0 9 42.963 15,59OPC PETR /EJ PNl 23,32 Ja n . 0 9 33.925 12,31OPC VALE PNAl N1 25,42 Ja n . 0 9 33.535 12,17OPC VALE PNAl N1 30,00 Ja n . 0 9 25.119 9,12.

Resumo das operações realizadas.

Par tic. Va l o r Par tic.Discrim. N. negs. Qtde ./mil Tot. (%) (R$/mil) To t . ( % ).

Lote Padrão 221.468 14.916.598 79,42 3.799.936,74 89,45Fracionár io 13.269 2.886 0,01 8.698,51 0,20Demais Ativos 745 53.447 0,28 21.684,00 0,51Total a Vista 235.482 14.972.932 79,72 3.830.319,26 90,17Ex Opções Compra 3 2 - 48,73 -Ter mo 970 3.572.020 19,01 141.922,70 3,34Opções Compra 73.958 235.605 1,25 260.165,54 6,12Opções Venda 92 194 - 426,60 0,01Opções Compra Índice 33 5 - 12.390,90 0,29Opções Venda Índice 21 2 - 2.434,31 0,05Total de Opções 74.104 235.808 1,25 275.417,35 6,48BOVESPA Fix 2 (*) - 111,69 -.

TOTAL GERAL 310.561 18.780.762 100,00 4.247.819,75 100,00.

PARTIC. NOVO MERCADO 57.968 90.480 0,48 791.626,60 18,63.

PARTIC. NÍVEL 1 148.111 222.403 1,18 2.015.493,80 47,44.

PARTIC. NÍVEL 2 10.789 9.814 0,05 118.922,31 2,79.

PARTIC. BALCÃO ORG. TRADIC. 36 133 - 300,28 -.

PARTIC. IBOVESPA 197.090 193.330 1,02 3.468.491,83 81,65.

PARTIC. IBrX-50 184.652 186.667 0,99 3.297.528,94 77,62.

PARTIC. IBrX-100 210.190 217.928 1,16 3.618.437,47 85,18.

PARTIC. ISE 64.262 47.594 0,25 815.273,79 19,19.

PARTIC. ITEL 12.742 9.834 0,05 147.473,18 3,47.

PARTIC. IEE 18.721 8.724 0,04 225.757,94 5,31.

PARTIC. INDX 54.201 60.626 0,32 600.204,16 14,12.

PARTIC. IVBX2 86.386 73.205 0,38 883.839,58 20,80.

PARTIC. IGC 168.385 189.094 1,00 2.687.222,10 63,26.

PARTIC. ITAG 106.041 133.130 0,70 1.404.519,19 33,06.

PARTIC. SMLL 43.015 61.500 0,32 373.870,04 8,80.

PARTIC. MLCX 170.427 164.482 0,87 3.309.375,08 77,90.

PARTIC. ICON 23.236 20.705 0,11 255.120,38 6,00.

PARTIC. IMOB 11.255 14.560 0,07 89.140,17 2,09.

(*) 100 BOVESPA Fix.

Oscilações.

Maiores altas Maiores baixas.

Preço Osc. Preço Osc.Ação (R$) (%) Ação (R$) (%).

MERC FINANC ONl 15,01 42,95 EST PIAUI ONl EJ 7,07 29,15GTD PART ONl EJ MB 0,25 38,88 COBRASMA PNl 0,05 28,57CEDRO ONl EJ N1 31,89 22,60 BICBANCO ONl EJ N1 3,08 21,22PRONOR PNBl 1,50 21,95 PARMALAT ONl 4,70 11,48AMAZONIA ONl 0,49 16,66 RECRUSUL PNl 6,15 10,86TRIUNFO PART ONl NM 1,19 16,66 OGX PETROLEO ONl NM 458,00 10,19COELCE ONl 21,96 16,19 MONT ARANHA ONl 80,00 10,01FER HERINGER ON NM 4,40 15,78 PETROPAR PNl 28,10 9,32PRONOR PNAl 1,67 15,17 PROVIDENCIA ONl NM 3,00 8,53ROSSI RESID ONl NM 4,48 15,16 MARCOPOLO ONl N2 3,05 7,29.

I b ov e s p a .

Maiores altas Maiores baixas.

Preço Osc. Preço Osc.Ação (R$) (%) Ação (R$) (%).

ROSSI RESID ONl NM 4,48 15,16 LOJAS RENNER ONl NM 15,97 4,08SID NACIONAL ONl 34,55 8,92 P.ACUCAR-CBD PNl N1 31,37 4,06JBS ONl NM 5,38 8,46 AMBEV PNl 102,19 4,04BMF BOVESPA ONl EJ NM 6,98 8,21 CEMIG PNl N1 32,15 3,42BRADESPAR PNl N1 22,50 8,17 COPEL PNBl N1 24,85 3,30COSAN ONl NM 12,19 7,78 TRAN PAULIST PNl N1 41,99 2,68TAM S/A PNl N2 21,45 7,73 LIGHT S/A ONl NM 23,01 2,00CYRELA REALT ONl NM 10,49 7,15 TELESP PNl EJ 45,29 1,32DURATEX PNl N1 15,95 7,04 BRASIL T PAR ONl EJ N1 57,70 1,31BRASKEM PNAl N1 6,04 6,90 TELEMAR PNl 32,39 1,25.

Índices Comportamento no dia - em pontos.

FGV100 FGV100E I B OV E S PA IBrX IBrX 50 IEE IVBX-2 IGC.

Aber tura - - 40.243 13.469 5.989 15.819 3.619 3.933Mínimo 6.565 13.161 39.525 13.236 5.873 15.569 3.570 3.876M á xi m o 6.856 13.677 41.889 13.911 6.215 15.819 3.681 4.041Fe c h a m e n t o 6.815 13.567 41.518 13.760 6.141 15.662 3.666 4.010Média Aritmética 6.716 13.432 40.859 13.630 6.075 15.664 3.627 3.968Média Ponderada - - 41.026 13.674 6.097 15.640 3.636 3.981.

Comportamento das ações.

Altas 53 51 44 61 36 6 32 103B a i xa 39 41 20 35 12 9 17 65E s t áve i s 7 7 2 4 2 1 1 10Sem Neg. 1 1 - - - - - 4.

To t a l 100 100 66 100 50 16 50 182..

Evolução dos fechamentos.

FGV100 FGV100E I B OV E S PA IBrX IBrX 50 IEE IVBX-2 IGC.

No dia +2,85% +2,04% +3,17% +2,16% +2,54% -0,95% +1,28% +1,96%Ontem +5,73% +5,94% +7,17% +7,41% +7,99% +3,40% +5,11% +6,38%Na semana - - +3,16% +2,16% +2,54% -0,95% +1,27% +1,96%Em uma semana - - +12,03% +11,25% +12,30% +3,12% +7,90% +10,09%No mês +8,74% +8,10% +10,56% +9,73% +10,73% +2,42% +6,45% +8,47%Em um mês - - +17,45% +18,60% +20,97% -1,37% +3,39% +12,39%No ano +8,74% +8,10% +10,56% +9,73% +10,73% +2,42% +6,45% +8,47%Em um ano - - -31,97% -32,57% -33,42% -7,28% -30,92% -38,08%.

Máximo no ano - - 41.518 13.760 6.141 15.812 3.666 4.010.

- - 5/Jan./09 5/Jan./09 5/Jan./09 2/Jan./09 5/Jan./09 5/Jan./09.

Mínimo no ano - - 40.244 13.469 5.989 15.662 3.620 3.933.

2/Jan./09 2/Jan./09 2/Jan./09 5/Jan./09 2/Jan./09 2/Jan./09

ROSSI RESID ON(Cotações* em R$/ação)Fontes: Bovespa e Centro de Informações da Gazeta Mercantil *Posição as 18h00 LOJAS RENNER ON(Cotações* em R$/ação)Fontes: Bovespa e Centro de Informações da Gazeta Mercantil *Posição as 18h00 P.AÇÚCAR-CBD PN(Cotações* em R$/ação)Fontes: Bovespa e Centro de Informações da Gazeta Mercantil *Posição as 18h00SID NACIONAL ON(Cotações* em R$/ação)Fontes: Bovespa e Centro de Informações da Gazeta Mercantil *Posição as 18h004,604,253,903,553,20 17,0016,2015,4014,6013,80 34,0033,0032,0031,0030,0035,0032,5030,0027,5025,00 31,3733,9022dez 523 26 29 30 2jan 22dez 523 26 29 30 2jan 22dez 523 26 29 30 2jan 22dez 523 26 29 30 2jan15,9716,004,483,65 28,46 34,55

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B6 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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MOEDASCotações de compra/venda - LONDRES - Denominação localante uma libra esterlina. NOVA YORK - Disponível -transferências bancárias ao exterior, incluindo-se comissões- moeda local e decimais por dólar para o marco alemão,franco francês, lira italiána ao exterior, francos suíços equatro decimais para um dólar estadunidense, para uma libraesterlina e para um dólar canadense para cem moedas dasdemais em 5.1.2009.

S/R. Unido S / E UA S/SuíçaC o m p ra / C o m p ra / C o m p ra /

Pa í s e s Ve n d a Ve n d a Ve n d a.

Alemanha 2,1175/2,1185 1,4409/1,4410 0,7705/0,7707Argentina s/cot. n/rec. s/cot.Áustr ia 14,698/14,706 10,1372/10,1380 0,10951/0,10954Bélgica 43,088/43,113 29,719/29,721 3,7355/3,7364B ra s i l s/cot. n/rec. s/cot.Canadá 1,7500/1,7515 1,18966/1,19000 0,9330/0,9334Dinamarca 8,0648/8,0657 5,4882/5,4886 20,2279/20,2325Espanha 177,72/177,82 122,58/122,59 0,90567/0,90588E UA 0,6787/0,6789 s/cot. 1,1102/1,1104Fra n ç a 7,0065/7,0104 4,8325/4,8328 22,9728/22,9780Holanda 2,3539/2,3552 1,6235/1,6236 68,3808/68,3963Itália 2.068/2.069 1.426/1.427 0,07783/0,07784Ja p ã o 137,37/137,42 93,29/93,30 1,1900/1,1902M éxi c o s/cot. 13,4690/13,4710 s/cot.Nor uega 10,2377/10,2601 6,9653/6,9665 0,15937/0,15939Por tugal 214,1415/214,2622 147,696/147,706 s/cot.*Reino Unido s/cot. 1,4672/1,4673 1,6288/1,6293Suécia 11,5935/11,5949 7,8970/7,8997 0,14054/0,14061Suíça 1,6329/1,6333 1,11023/1,11050 s/cot.Ur uguai s/cot. 23,8500/24,8500 s/cot.* E U RO 1,0827/1,0833 1,3573/1,3574 1,5070/1,5071.

(*) - Cotações em US$/unidade monetária.

TAXA ANBIDP ra z o P r e f i xa d a % sobre

Data dias úteis (% ao ano) Vol. total.

24/12/2008 1 13,33 100,0026/12/2008 1 13,51 100,0029/12/2008 1 13,37 100,0030/12/2008 1 13,30 100,0002/01/2009* 1 13,39 100,00.

(*) Taxa do CDI OVER dos bancos: fator diário elevado a 252..

Fontes: Anbid e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

ARBITRAGEM SWAP(Estoque em R$ milhões).

Título 5 / j a n e i ro / 2 0 0 9.

DI x Pré 47.657,18DI x US$ Com 39.154,87TR x Pré 1.086,86DI x TR 3.155,77SELIC x Pré 12.455,20US$ COM x Pré 26.632,86Outros 123.438,15To t a l 253.580,88.

Fontes: Cetip e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

P O U PA N Ç A A n i v e r- Rendi- A n i v e r- Rendi-sário mento sário mento.

01/01 0,7160 02/01 0,663103/01 0,6555 04/01 0,644805/01 0,6167 06/01 0,599207/01 0,6287 08/01 0,688809/01 0,6760 10/01 0,667611/01 0,6447 12/01 0,606413/01 0,6056 14/01 0,635515/01 0,6646 16/01 0,688717/01 0,6876 18/01 0,654219/01 0,6231 20/01 0,592221/01 0,6315 22/01 0,670523/01 0,6782 24/01 0,667025/01 0,6395 26/01 0,648527/01 0,6568 28/01 0,685329/01 0,6849 30/01 0,684931/01 0,6849 01/02 0,684902/02 0,6737 03/02 -.

Fontes: Banco Central e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

ÍNDICE DE MERCADO ANDIMA5/1/2009 Número Índice Var. % no dia.

IRF-M 3.827,4015 0,36462435 1.701,2352 0,0354996

IMA-C 5+ 1.825,9997 0,0603544To t a l 1.793,7062 0,0587712

5 1.722,5022 0,3248997IMA-B 5+ 1.845,8909 1,0672971

To t a l 1.729,1291 0,6371306IMA-S 1.664,5710 0,0504293I M A - G e ra l 1.702,9291 0,2928176.

Fontes: Andima, STN e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

CDB PRE-FIXADO DE 30 DIAS - CETIP(Taxas em % a .a . (252 dias úteis).

N. de Vo l u m e P ra z o Ta xa Ta xa Ta xa Ta xa DesvioData O p e r. (R$ milhões) (dias úteis) média mínima máxima modal padrão.

18/dez 7 0,20 20 12,04 10,26 12,32 11,49 0,4119/dez 12 9,99 19 13,36 10,26 13,55 12,31 0,2322/dez 9 10,77 20 12,33 10,25 13,35 12,30 0,1823/dez 4 4,87 23 12,58 12,28 13,40 12,50 0,2524/dez 4 0,04 20 11,06 10,78 11,73 11,05 0,2326/dez 9 6,61 20 13,15 10,78 13,54 12,29 0,2029/dez 19 16,25 21 13,00 11,03 13,66 12,27 0,5830/dez 15 0,94 21 12,50 10,76 13,35 11,02 0,5331/dez 4 0,14 21 11,95 10,22 12,25 Amodal 0,332/jan 24 4,22 21 12,78 10,24 13,40 11,75 0,41.

Fontes: Cetip e Centro de Informações da Gazeta Mercantil

DEPÓSITOS INTERFINANCEIROS - CETIP(Taxa DI "over extra-grupo" em % a . a . (252 dias úteis).

N. de Vo l u m e Ta xa Ta xa Ta xa Ta xa DesvioData O p e r. (R$ milhões) média mínima máxima modal padrão.

18/dez 47 2.070,67 13,50 13,00 13,62 13,50 0,1019/dez 56 1.589,04 13,46 13,00 13,60 13,50 0,0822/dez 45 2.023,98 13,51 13,35 13,62 13,50 0,0823/dez 57 1.228,29 13,47 13,00 13,60 13,50 0,0824/dez 51 1.750,10 13,52 13,00 13,66 13,50 0,1026/dez 50 1.827,44 13,51 13,00 13,62 13,50 0,1429/dez 63 7.487,98 13,59 13,00 13,70 13,50 0,0930/dez 49 7.211,62 13,61 13,00 13,64 13,50 0,0831/dez 48 7.203,73 13,62 13,00 13,64 13,50 0,082/jan 45 7.122,57 13,62 13,00 15,50 13,50 0,08.

Fontes: Cetip e Centro de Informações da Gazeta Mercantil

UNIDADES DE REFERÊNCIA DO BNDESCotação

Unidade Na data base 6/1/2009 Na data baseMonetária Código Dez embro ( P ró - ra t a ) J a n e i ro.

URIP09 398 19,114566 19,118068 19,118443URIP10 399 19,192143 19,195534 19,196036

REPASSES DO BNDES *Taxas de Juros eRepasses de IR.

Ju ro s CustoPe r í o d o (% ao ano) I.R. (%) To t a l .

16/07/2008 a 15/10/2008 5,093037 2,748145 5,233001.

16/10/2008 a 15/01/2009 4,318275 3,168979 4,455120.

Data FATOR UMBNDES.

Dez 30 0,04688431 0,045729Jan 01 0,04571702 0,04571905 0,045548.

Fontes: BNDES e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.* Fatores de correção cambial diários incidente sobre a posição do passivo exigível do BNDES, em moeda estrangeira, semvinculação a repasse específico. Resolução No

- 635/87

SEGUROSJANEIRO DE 2009

TAXA DE JUROS PRO RATA DIE DA TR (I).

Contratos até Contratos a partir Contratos até Contratos a partirDia 30.06.94 (II) 01.07.94 (III) Dia 30.06.94 (II) 01.07.94 (III).

1/jan 0,01197740 2,67338345 17/jan 0,01198900 2,675972042/jan 0,01197740 2,67338345 18/jan 0,01198900 2,675972043/jan 0,01197816 2,67355310 19/jan 0,01198900 2,675972044/jan 0,01197816 2,67355310 20/jan 0,01198991 2,676174625/jan 0,01197816 2,67355310 21/jan 0,01199093 2,676403236/jan 0,01197911 2,67376466 22/jan 0,01199208 2,676659437/jan 0,01198018 2,67400313 23/jan 0,01199326 2,676922048/jan 0,01198117 2,67422451 24/jan 0,01199425 2,677142649/jan 0,01198238 2,67449444 25/jan 0,01199425 2,6771426410/jan 0,01198338 2,67471675 26/jan 0,01199425 2,6771426411/jan 0,01198338 2,67471675 27/jan 0,01199521 2,6773571512/jan 0,01198338 2,67471675 28/jan 0,01199629 2,6775983713/jan 0,01198441 2,67494810 29/jan 0,01199750 2,6778694414/jan 0,01198557 2,67520610 30/jan 0,01199874 2,6781461115/jan 0,01198687 2,67549746 31/jan 0,01199977 2,6783761016/jan 0,01198806 2,67576158.

(I) Fator diário para aplicação de juros (TR) nos contratos de seguro. (II) Antigo IDTR . (III) Fator acumulado de juros - TR (FAJ-TR)..

Fonte: Fenaseg.

OURO - (Continuação)NOVA YORK - Futuro.

(COMEX - em dólares p/onça-troy).

Cont.Meses Abt.(*) Abt. M á x. Mín. Ajuste Osc..

Ju n 29.522 859,70 859,70 859,70 859,70 -21,80Ago 10.995 860,90 860,90 860,90 860,90 -21,80Out 3.202 862,20 862,20 862,20 862,20 -21,80Dez 11.795 863,70 863,70 863,70 863,70 -21,80Fev / 1 0 2.563 865,40 865,40 865,40 865,40 -21,90.

Total de contratos negociados 104.086 onças(*) Contratos em aberto em 2.1.2009

CUPOM CAMBIALBOLSA DE MERCADORIAS & FUTUROS - em 5.1.2009.

Mercado futuro (Contrato = US 50.000,00; cotação = taxa de juro).

Cont. Cont.Meses Abt. (*) Neg. Méd. Últ. Ajuste Var. Ptos..

Fev / 0 9 217.279 - s/cot. s/cot. 96.632,15 -3.600,85Mar 78.720 - s/cot. s/cot. 96.482,05 -3.587,54Abr 140.007 - s/cot. s/cot. 96.145,94 -3.621,98Mai 600 - s/cot. s/cot. 95.667,59 -3.635,58Ju l 93.603 - s/cot. s/cot. 94.869,16 -3.691,97Out 73.545 - s/cot. s/cot. 93.170,38 -3.818,58Ja n / 1 0 103.689 - s/cot. s/cot. 91.752,57 -3.749,10Abr 38.630 - s/cot. s/cot. 90.437,63 -3.779,34Ju l 44.935 - s/cot. s/cot. 89.070,77 -3.860,77Out 31.610 - s/cot. s/cot. 87.529,35 -3.915,02Ja n / 1 1 41.090 - s/cot. s/cot. 86.164,97 -4.013,81Abr 16.376 - s/cot. s/cot. 84.682,61 -3.570,48Ju l 27.460 - s/cot. s/cot. 83.400,32 -3.685,49Out 13.930 - s/cot. s/cot. 82.289,97 -3.663,11Ja n / 1 2 34.687 - s/cot. s/cot. 80.986,09 -3.450,45Abr 9.250 - s/cot. s/cot. 79.639,43 -3.222,22.

Número de negócios: Nenhum. Volume em R$: Não houve..

(*) - Contratos em aberto em 2.1.2009.

Fonte: Bolsa de Mercadorias & Futuros

FRA DE CUPOM *BOLSA DE MERCADORIAS & FUTUROS - em 5.1.2009.

Mercado futuro (Tamanho = US$ 50.000,00; cotação = taxa de juro).

Nº Cont. Preço Ajuste de Va r. Meses Neg. Neg. Vo l u m e Méd. R e fe r ê n c i a Ptos..

Mar/09 5 3.200 731.264.536 2,00 2,00 -0,10Abr 12 5.750 1.308.804.470 3,08 3,14 +0,25Mai 20 4.180 946.671.603 3,88 3,99 +0,29Ju l 10 2.960 664.734.263 4,33 4,49 +0,39Out 3 300 65.983.492 5,51 5,55 +0,55Ja n / 1 0 32 8.700 1.889.138.147 5,63 5,70 +0,39Ju l 2 200 42.094.838 5,95 5,95 +0,45Out 3 300 62.245.882 6,18 6,18 +0,47Ja n / 1 1 1 100 20.360.342 6,25 6,25 +0,52Ja n / 1 2 9 920 176.465.608 6,52 6,54 +0,21.

* Operação a termo de cupom cambial..

Fonte: Bolsa de Mercadorias & Futuros.

MERCADO FUTURO DE DÓLARBOLSA DE MERCADORIAS & FUTUROS - em 5.1.2009.

TAXA DO DÓLAR COMERCIAL.

(contrato = US$ 50.000,00; cotação = R$/US$ 1.000,00).

Cont. Cont.Meses Abt. (*) Neg. Méd. Últ. Ajuste Var. Ptos..

Fev / 0 9 542.677 165.315 2.301,379 2.257,000 2.273,9190 -84,6080Mar 29.270 15 2.280,000 2.280,000 2.290,4130 -85,1840Abr 31.292 500 2.378,000 2.378,000 2.306,4400 -87,0970Mai 10.685 20 2.315,000 2.315,000 2.317,0090 -87,3970Ju n 3.600 - s/cot. s/cot. 2.328,3770 -89,3920.

Número de negócios: Fev/09, 7.158; Mar, 1; Abr, 1; Mai, 1 e Jun, -..

(*) - Contratos em aberto em 2.1.2009.

OPÇÕES DE COMPRA S/DISPONÍVEIS - em 5.1.2009.

Cont. Cont. Últ.Série Código Abt.(*) Neg. Mín. M á x. Preço.

G980 G09C002100 1.044 2.000 243,000 243,000 243,000G99B G09C002175 100 300 187,000 187,000 187,000G98F G09C002200 2.330 9.750 120,110 172,900 120,110G99C G09C002225 3.000 300 150,100 150,100 150,100G98K G09C002250 4.900 400 90,000 90,000 90,000.

(*) - Contratos em aberto em 2.1.2009.

Fonte: Bolsa de Mercadorias & Futuros

Continua na página B7

INDICADORES

URIP15 405 18,260177 18,262806 18,263882URIP20 410 17,641458 17,643421 17,645037.

URBT09 363 9,745045 9,746831 9,747022URBT10 364 9,784593 9,786322 9,786578URBT15 369 9,309451 9,310792 9,311340URBT20 375 8,994020 8,995020 8,995845.

U RT J 1 5 535 6,530604 6,531544 6,531929U RT J L P 314 1,971324 1,971792 1,971727U RT J 2 0 520 6,309324 6,310026 6,310604.

UR INPC 329 5,304729 N/D 5,324887.

UR IGP-M 558 8,754017 N/D 8,742640.

Fontes: BNDES e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

UNIDADES DE REFERÊNCIA DO BNDES - (Continuação)Cotação

Unidade Na data base 6/1/2009 Na data baseMonetária Código Dez embro ( P ró - ra t a ) J a n e i ro.

OUROSÃO PAULO - em 5.1.2009.

BOLSA DE MERCADORIA & FUTUROSMercado Disponível (Contrato = 250g; cotação = R$/grama).

Abt. Min. M á x. Méd. Últ. Var. Ptos..

61,000 58,560 61,500 61,059 58,560 -4,930.

Número de negócios: 8. Contratos negociados: 60. Vo l u m eem R$: 914.973.

Fonte: Bolsa de Mercadorias & Futuros.

LONDRESPreços em US$ a onça Troy.

P ra t a 11,0700.

ESTADOS UNIDOS(HANDY AND HARMAN)

Preços em US$ a onça troy.

Ouro bruto (preço base) 853,50Ouro refinado 921,78Prata (preço base) 10,9800E N G E LH A R DOuro bruto (preço base) 855,60Ouro refinado 919,77Krugerrand (fixação) 824,36OUTRAS PRAÇASHong Cong 864,50/865,00Londres 849,15/851,15Par is 860,00Zur ique s/cot..

NOVA YORK - Futuro.

(COMEX - em dólares p/onça-troy).

Cont.Meses Abt.(*) Abt. M á x. Mín. Ajuste Osc..

Ja n / 0 9 83 857,20 857,20 857,20 857,20 -21,60Fev 193.338 854,00 859,50 846,00 857,80 -21,70Mar 11 858,40 858,40 858,40 858,40 -21,60Abr 35.647 859,50 859,50 859,50 858,80 -21,70

MERCADO A VISTA - LOTE DE MIL AÇÕESPreços R$/mil Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

A.

CBEE3 Ampla Energ ON * - - - - - - 0,74 0,75 - -AMPI3 Ampla Invest ON * - - - - - - 10,00 50,00 - -.

CD.

CAFE3 Caf Brasilia ON * - - - - - - 3,00 5,10 - -CAFE4 Caf Brasilia PN * - - - - - - 1,00 1,20 - -CEED3B Ceee-D ON * MB - - - - - - 1,35 7,50 - -CEED4B Ceee-D PN * MB - - - - - - 1,00 3,85 - -EEEL3B Ceee-Gt ON * MB - - - - - - 0,03 3,79 - -EEEL4B Ceee-Gt PN * MB - - - - - - - 8,00 - -CEGR3 CEG ON *EJ 27,00 27,00 27,00 27,00 27,00 +0,22 27,00 - 1 200.000.

EFGH.

EBTP3 Embratel Par ON * - - - - - - 7,80 8,50 - -EBTP4 Embratel Par PN * - - - - - - 7,65 8,34 - -.

MNO.

N OVA 3 B Nova America ON * MB - - - - - - 0,11 0,60 - -N OVA 4 B Nova America PN * MB - - - - - - 0,01 0,69 - -.

PQR.

PMET5 Pro Metalurg PNA* - - - - - - 0,01 - - -PMET6 Pro Metalurg PNB* 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 +7,14 0,14 0,16 1 1.000.000REEM4 Rimet PN * - - - - - - 2,50 4,57 - -.

S.

SGEN3 Sergen ON * - - - - - - 2,00 - - -SGEN4 Sergen PN * - - - - - - 0,86 1,00 - -.

T.

TOY B 3 Tectoy ON * 0,07 0,07 0,07 0,08 0,07 - 0,07 0,08 9 18.600.000TOY B 4 Tectoy PN * 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 - 0,07 0,08 48 574.700.000TEKA3 Teka ON * - - - - - - 0,50 0,80 - -TEKA4 Teka PN * 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 +2,94 0,31 0,35 2 1.500.000TELB3 Telebras ON * 0,39 0,37 0,39 0,42 0,38 -2,56 0,38 0,39 63 270.000.000TELB4 Telebras PN * 0,37 0,36 0,38 0,40 0,37 - 0,36 0,37 73413.785.500.000TUPY3 Tupy ON * 11,88 11,00 11,24 11,88 11,00 - 10,02 11,77 5 700.000TUPY4 Tupy PN * - - - - - - 7,00 12,00 - -.

UVWYZ.

VPSC3 Varig Serv ON * - - - - - - 1,00 - - -VPSC4 Varig Serv PN * - - - - - - 4,00 5,85 - -V P TA 3 Varig Transp ON * - - - - - - 3,00 5,00 - -V P TA 4 Varig Transp PN * - - - - - - 3,49 6,99 - -

Preços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Ve n c . Preço Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

PETRC32 Petr /ej PN MAR/09 31,32 - - - - - - 0,12 0,89 - -PETRD20 Petr /ej PN ABR/09 19,32 - - - - - - 5,50 - - -PETRD24 Petr /ej PN ABR/09 24,00 - - - - - - 1,01 4,00 - -PETRD26 Petr /ej PN ABR/09 26,00 - - - - - - 2,10 3,10 - -PETRD30 Petr /ej PN ABR/09 30,00 - - - - - - 0,09 - - -PETRD32 Petr /ej PN ABR/09 32,00 - - - - - - 0,09 - - -PETRD38 Petr /ej PN ABR/09 37,32 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 +50,00 0,01 4,27 1 100PETRA13 Petre /ej PN JA N / 0 9 12,32 - - - - - - 11,21 - - -PETRA27 Petre /ej PN JA N / 0 9 26,32 0,41 0,40 0,44 0,69 0,69 +60,46 0,61 0,79 14 2.100PETRA29 Petre /ej PN JA N / 0 9 28,32 0,25 0,25 0,31 0,35 0,35 +12,90 0,26 0,35 7 1.800PETRA30 Petre /ej PN JA N / 0 9 29,32 0,12 0,09 0,16 0,22 0,17 +54,54 0,16 0,17 1.479 13.994.200PETRA33 Petre /ej PN JA N / 0 9 32,32 0,02 0,02 0,03 0,04 0,04 -20,00 0,02 0,05 4 3.500PETRA37 Petre /ej PN JA N / 0 9 36,32 - - - - - - 0,01 0,02 - -PETRA39 Petre /ej PN JA N / 0 9 38,32 - - - - - - - 0,02 - -PETRB1 Petre /ej PN FEV/09 26,92 - - - - - - - 1,95 - -PETRB13 Petre /ej PN FEV/09 12,32 - - - - - - 10,21 14,99 - -PETRB19 Petre /ej PN FEV/09 18,32 - - - - - - 5,61 8,99 - -PETRB21 Petre /ej PN FEV/09 20,32 - - - - - - 4,01 5,99 - -PETRB39 Petre /ej PN FEV/09 38,32 - - - - - - 0,01 0,05 - -PETRB96 Petre /ej PN FEV/09 35,32 0,06 0,06 0,08 0,10 0,10 +100,00 0,09 0,11 8 1.900PETRC13 Petre /ej PN MAR/09 12,32 - - - - - - 11,01 13,99 - -PETRC39 Petre /ej PN MAR/09 38,32 - - - - - - - 0,13 - -PLASC2 Plas ON MAR/09 2,00 - - - - - - - 0,40 - -TBLEB22 Tble ON NM FEV/09 22,00 - - - - - - - 0,95 - -T N L PA 3 0 Tnlp PN JA N / 0 9 30,00 3,01 2,61 2,81 3,01 2,61 -27,70 2,60 3,70 3 300T N L PA 3 2 Tnlp PN JA N / 0 9 32,00 1,92 1,60 1,78 2,00 1,85 -2,63 1,65 2,05 19 8.700T N L PA 3 4 Tnlp PN JA N / 0 9 34,00 1,00 0,83 0,96 1,15 0,85 -5,55 0,82 0,97 45 12.600T N L PA 3 6 Tnlp PN JA N / 0 9 36,00 0,45 0,34 0,41 0,54 0,36 +2,85 0,36 0,42 80 32.900T N L PA 3 8 Tnlp PN JA N / 0 9 38,00 0,22 0,20 0,23 0,30 0,20 - 0,19 0,22 58 30.200T N L PA 4 0 Tnlp PN JA N / 0 9 40,00 0,11 0,08 0,11 0,12 0,09 +12,50 0,08 0,09 13 15.300T N L PA 4 2 Tnlp PN JA N / 0 9 42,00 0,03 0,03 0,04 0,04 0,04 +100,00 0,02 0,04 2 2.000TNLPB98 Tnlpe PN FEV/09 35,00 - - - - - - 0,81 - - -TNLPB99 Tnlpe PN FEV/09 40,00 - - - - - - - 1,99 - -U O LLL 1 1 Uoll PN N2 DEZ/09 11,00 - - - - - - - 1,00 - -USIMA26 Usim /ej PNA N1 JA N / 0 9 25,32 - - - - - - 0,20 - - -USIMA32 Usim /ej PNA N1 JA N / 0 9 31,32 - - - - - - - 2,04 - -USIMB1 Usime PNA N1 FEV/09 34,50 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 - - - 4 50.000USIMB6 Usime /ej PNA N1 FEV/09 32,50 - - - - - - 0,58 - - -VA L E A 1 2 Vale PNA N1 JA N / 0 9 12,00 - - - - - - 9,81 - - -VA L E A 1 4 Vale PNA N1 JA N / 0 9 14,00 13,59 13,59 14,09 14,59 14,59 +55,04 13,01 15,99 2 200VA L E A 1 6 Vale PNA N1 JA N / 0 9 16,00 10,99 10,99 11,99 12,99 12,99 +30,03 11,51 13,99 3 300VA L E A 1 8 Vale PNA N1 JA N / 0 9 18,00 8,30 8,30 9,28 10,99 9,81 +14,20 9,01 12,15 10 5.100VA L E A 2 0 Vale PNA N1 JA N / 0 9 20,00 6,09 6,09 7,84 9,01 7,99 +23,87 7,70 8,00 186 92.900VA L E A 2 2 Vale PNA N1 JA N / 0 9 22,00 4,00 4,00 5,71 7,04 6,00 +31,29 5,85 6,40 676 643.200VA L E A 2 4 Vale PNA N1 JA N / 0 9 24,00 2,35 2,27 3,68 5,20 4,21 +53,64 4,21 4,40 2.540 2.974.300VA L E A 2 6 Vale PNA N1 JA N / 0 9 25,42 1,50 1,46 2,30 3,96 3,09 +71,66 3,09 3,10 8.142 14.549.900VA L E A 2 8 Vale PNA N1 JA N / 0 9 28,00 0,58 0,52 1,24 2,22 1,54 +120,00 1,53 1,54 11.974 36.193.300VA L E A 3 0 Vale PNA N1 JA N / 0 9 30,00 0,21 0,15 0,68 1,19 0,79 +192,59 0,75 0,79 7.806 37.017.500VA L E A 3 2 Vale PNA N1 JA N / 0 9 31,42 0,10 0,09 0,36 0,65 0,42 +223,07 0,42 0,43 2.789 15.579.100VA L E A 3 4 Vale PNA N1 JA N / 0 9 34,00 0,04 0,03 0,14 0,24 0,12 +200,00 0,12 0,13 681 4.313.800VA L E A 3 6 Vale PNA N1 JA N / 0 9 36,00 0,02 0,01 0,05 0,09 0,05 +66,66 0,04 0,05 170 1.375.000VA L E A 3 8 Vale PNA N1 JA N / 0 9 38,00 0,01 0,01 0,02 0,04 0,02 +100,00 0,02 0,03 50 245.200VA L E A 4 0 Vale PNA N1 JA N / 0 9 39,42 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 - 0,01 0,02 17 79.700VA L E A 4 2 Vale PNA N1 JA N / 0 9 42,00 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 - 0,01 0,02 9 23.800VA L E A 4 4 Vale PNA N1 JA N / 0 9 44,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 - 0,01 0,02 3 11.800VA L E A 4 6 Vale PNA N1 JA N / 0 9 46,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 - - 0,01 1 16.000VA L E A 4 8 Vale PNA N1 JA N / 0 9 48,00 - - - - - - - 0,01 - -VA L E B 1 8 Vale PNA N1 FEV/09 18,00 - - - - - - 7,01 - - -VA L E B 2 0 Vale PNA N1 FEV/09 20,00 7,50 7,50 8,80 9,60 9,60 +52,38 8,21 - 7 1.200VA L E B 2 2 Vale PNA N1 FEV/09 22,00 5,70 5,70 6,87 7,50 7,10 +73,17 5,70 7,79 38 13.600VA L E B 2 4 Vale PNA N1 FEV/09 24,00 3,39 3,39 4,94 5,92 5,00 +46,19 5,00 5,80 404 275.200VA L E B 2 6 Vale PNA N1 FEV/09 26,00 2,15 2,02 3,10 4,47 3,86 +79,53 3,22 3,79 840 728.100VA L E B 2 8 Vale PNA N1 FEV/09 28,00 1,15 1,12 2,42 3,10 2,35 +113,63 2,35 2,40 1.305 2.434.600VA L E B 3 0 Vale PNA N1 FEV/09 30,00 0,70 0,60 1,37 1,95 1,55 +121,42 1,55 1,65 854 1.575.800VA L E B 3 4 Vale PNA N1 FEV/09 34,00 0,19 0,17 0,57 0,81 0,50 +138,09 0,41 0,50 226 391.000VA L E C 1 8 Vale PNA N1 MAR/09 18,00 - - - - - - 5,41 - - -VA L E C 2 0 Vale PNA N1 MAR/09 20,00 - - - - - - 8,25 - - -VA L E C 2 2 Vale PNA N1 MAR/09 22,00 - - - - - - 5,01 - - -VA L E C 2 4 Vale PNA N1 MAR/09 24,00 5,00 4,20 4,80 5,00 4,20 +16,66 4,71 - 2 400VA L E C 2 6 Vale PNA N1 MAR/09 26,00 3,45 3,45 3,63 4,59 4,59 +95,31 4,01 4,99 7 1.700VA L E C 2 8 Vale PNA N1 MAR/09 28,00 2,59 2,59 2,99 3,02 3,02 - 2,80 3,49 5 3.300VA L E D 2 4 Vale PNA N1 ABR/09 24,00 - - - - - - 0,06 - - -VA L E D 2 6 Vale PNA N1 ABR/09 26,00 - - - - - - 0,05 - - -VA L E D 2 8 Vale PNA N1 ABR/09 28,00 - - - - - - 0,05 - - -VA L E D 3 0 Vale PNA N1 ABR/09 30,00 - - - - - - 0,05 - - -VA L E D 4 2 Vale PNA N1 ABR/09 41,42 - - - - - - 0,05 - - -VA L E F 3 2 Vale PNA N1 JUN/09 32,00 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 +260,00 1,20 3,20 1 100VA L E L 2 6 Vale PNA N1 DEZ/09 26,00 - - - - - - 5,50 - - -VA L E A 2 5 Valee PNA N1 JA N / 0 9 24,42 3,99 3,99 4,24 4,49 4,49 +104,09 4,01 4,99 2 200VA L E A 3 7 Valee PNA N1 JA N / 0 9 36,42 0,02 0,02 0,03 0,04 0,04 +300,00 0,01 - 2 4.000VA L E A 4 5 Valee PNA N1 JA N / 0 9 44,42 - - - - - - - 0,01 - -VA L E A 5 5 Valee PNA N1 JA N / 0 9 54,42 - - - - - - - 0,01 - -VA L E B 3 1 Valee PNA N1 FEV/09 30,42 0,45 0,45 0,88 1,69 1,69 +428,12 1,51 1,79 18 2.700VA L E B 9 4 Valee PNA N1 FEV/09 39,42 - - - - - - - 0,19 - -VA L E B 9 5 Valee PNA N1 FEV/09 35,42 0,17 0,17 0,39 0,45 0,36 +140,00 0,33 0,48 26 9.200VA L E B 9 6 Valee PNA N1 FEV/09 32,00 0,38 0,34 0,73 1,29 0,91 +160,00 0,91 1,20 233 561.066VA L E B 9 8 Valee PNA N1 FEV/09 45,00 - - - - - - - 0,15 - -VA L E B 9 9 Valee PNA N1 FEV/09 49,42 - - - - - - - 0,02 - -

OPÇÕES DE COMPRAPreços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação Ve n c . Preço Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a N.º Qtde ..

BBASA15 Bbas /ej ON NM JA N / 0 9 14,86 - - - - - - 0,50 - - -BBASA17 Bbas /ej ON NM JA N / 0 9 16,73 - - - - - - - 0,50 - -BBASA3 Bbas /ej ON NM JA N / 0 9 15,73 - - - - - - 0,50 - - -BBDCA24 Bbdc /ed PN N1 JA N / 0 9 23,46 1,50 1,50 2,29 2,34 1,90 +18,75 1,90 2,50 12 27.100BBDCA26 Bbdc /ed PN N1 JA N / 0 9 25,99 0,50 0,50 0,58 0,70 0,70 +20,68 0,42 0,78 3 1.600BBDCA28 Bbdc /ed PN N1 JA N / 0 9 27,44 0,30 0,10 0,27 0,30 0,10 -50,00 - 0,30 3 1.200BBDCB26 Bbdc /ed PN N1 FEV/09 26,00 - - - - - - - 2,55 - -BBDCB28 Bbdc /ed PN N1 FEV/09 27,99 0,71 0,71 0,80 0,91 0,86 +7,50 - 0,91 9 400.000BBDCB32 Bbdc /ed PN N1 FEV/09 32,00 - - - - - - - 0,40 - -BNCAB58 Bnca /ej ON NM FEV/09 57,94 - - - - - - - 12,00 - -B V M FA 5 Bvmf /ej ON NM JA N / 0 9 4,94 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 +76,84 1,00 1,98 1 100B V M FA 6 Bvmf /ej ON NM JA N / 0 9 5,94 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 +14,92 - - 1 1.300B V M FA 7 Bvmf /ej ON NM JA N / 0 9 6,94 0,12 0,12 0,14 0,30 0,30 +150,00 0,15 0,30 5 3.400B V M FA 8 Bvmf /ej ON NM JA N / 0 9 7,94 - - - - - - - 0,40 - -BVMFB6 Bvmf /ej ON NM FEV/09 5,94 - - - - - - - 3,00 - -CESPB14 Cesp PNB N1 FEV/09 14,00 2,39 2,39 2,41 2,42 2,42 +30,81 - - 4 30.000CMIGB36 Cmig PN N1 FEV/09 36,00 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 - - - 4 4.200CSNAA30 Csnae ON JA N / 0 9 30,50 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 +163,63 2,00 5,00 2 300CSNAA4 Csnae ON JA N / 0 9 33,50 - - - - - - 0,22 2,50 - -CSNAA5 Csnae ON JA N / 0 9 34,50 - - - - - - 0,15 - - -CSNAB1 Csnae ON FEV/09 38,50 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 - - - 3 50.400CSNAB2 Csnae ON FEV/09 39,50 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 - - - 4 50.200EMBRC9 Embr ON NM MAR/09 9,00 2,14 2,14 2,14 2,14 2,14 -4,88 - - 1 100GG B R A 1 3 Ggbr PN N1 JA N / 0 9 13,00 - - - - - - 1,13 - - -GG B R A 1 4 Ggbr PN N1 JA N / 0 9 14,00 - - - - - - 1,48 - - -GG B R A 1 5 Ggbr PN N1 JA N / 0 9 15,00 - - - - - - 0,91 - - -GG B R A 1 6 Ggbr PN N1 JA N / 0 9 16,00 0,90 0,90 1,33 1,39 1,39 +256,41 - - 6 800GG B R A 1 8 Ggbr PN N1 JA N / 0 9 18,00 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 +2,63 - 0,99 6 900GG B R A 2 0 Ggbr PN N1 JA N / 0 9 20,00 - - - - - - - 0,62 - -GG B R B 1 6 Ggbr PN N1 FEV/09 16,00 - - - - - - 0,79 - - -GG B R B 1 7 Ggbr PN N1 FEV/09 17,00 0,56 0,56 0,91 1,25 1,25 - - - 2 200GG B R B 1 8 Ggbr PN N1 FEV/09 18,00 1,00 0,80 0,87 1,00 0,80 +60,00 - - 4 600I TAUA 2 4 Itau /edj PN N1 JA N / 0 9 23,58 - - - - - - 0,50 - - -ITSAA10 Itsa /ej PN N1 JA N / 0 9 9,95 - - - - - - 0,01 0,25 - -ITSAA9 Itsa /ej PN N1 JA N / 0 9 8,96 - - - - - - 0,05 0,49 - -ITSAB10 Itsa /ej PN N1 FEV/09 9,96 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 -13,79 0,40 0,45 2 400ITSAB11 Itsa /ej PN N1 FEV/09 10,96 - - - - - - - 0,15 - -ITSAB8 Itsa /ej PN N1 FEV/09 8,00 - - - - - - 0,70 - - -ITSAB4 Itsae /ej PN N1 FEV/09 9,50 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 - - 0,29 2 130.000NETCA1 Netce PN N2 JA N / 0 9 12,50 - - - - - - 1,61 2,59 - -NETCA2 Netce PN N2 JA N / 0 9 13,50 - - - - - - 0,61 1,69 - -NETCA5 Netce PN N2 JA N / 0 9 16,50 - - - - - - 0,05 0,11 - -NETCB1 Netce PN N2 FEV/09 12,50 - - - - - - 2,01 4,59 - -NETCB2 Netce PN N2 FEV/09 13,50 - - - - - - - 3,59 - -NETCB4 Netce PN N2 FEV/09 15,50 - - - - - - - 2,59 - -NETCB5 Netce PN N2 FEV/09 16,50 - - - - - - - 1,29 - -NETCB6 Netce PN N2 FEV/09 17,50 - - - - - - - 0,75 - -PETRA14 Petr /ej PN JA N / 0 9 13,32 10,30 10,30 11,08 11,30 11,30 +1,34 11,32 - 5 800PETRA16 Petr /ej PN JA N / 0 9 15,32 9,31 8,90 9,64 10,50 9,92 +5,64 8,01 10,15 105 34.600PETRA18 Petr /ej PN JA N / 0 9 17,32 7,31 6,81 7,66 8,50 7,70 +2,66 7,70 7,98 380 263.700PETRA19 Petr /ej PN JA N / 0 9 18,32 5,99 5,99 6,62 7,29 7,29 +40,46 6,41 7,89 4 400PETRA20 Petr /ej PN JA N / 0 9 19,32 5,31 4,99 5,69 6,36 5,91 +9,04 5,71 6,10 1.035 1.094.500PETRA22 Petr /ej PN JA N / 0 9 21,32 3,42 3,18 3,78 4,45 3,91 +9,83 3,91 3,95 2.238 2.922.500PETRA23 Petr /ej PN JA N / 0 9 22,32 2,60 2,60 2,73 2,99 2,99 +15,44 2,61 3,49 2 300PETRA24 Petr /ej PN JA N / 0 9 23,32 1,85 1,68 2,13 2,70 2,30 +19,79 2,26 2,30 8.284 15.955.200PETRA26 Petr /ej PN JA N / 0 9 25,32 0,79 0,74 1,04 1,39 1,00 +12,35 1,00 1,01 11.373 41.224.300PETRA28 Petr /ej PN JA N / 0 9 27,32 0,29 0,26 0,44 0,58 0,40 +25,00 0,39 0,40 5.778 29.172.600PETRA32 Petr /ej PN JA N / 0 9 31,32 0,04 0,03 0,07 0,09 0,06 +100,00 0,06 0,07 293 3.660.100PETRA34 Petr /ej PN JA N / 0 9 33,32 0,02 0,02 0,03 0,04 0,02 - 0,02 0,03 74 1.439.600PETRA36 Petr /ej PN JA N / 0 9 35,32 0,01 0,01 0,02 0,03 0,02 +100,00 0,02 0,03 40 1.198.600PETRA38 Petr /ej PN JA N / 0 9 37,32 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 - 0,01 0,02 6 20.100PETRA40 Petr /ej PN JA N / 0 9 39,32 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 - 0,01 0,02 2 6.100PETRA42 Petr /ej PN JA N / 0 9 41,32 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 - - 0,01 4 18.700PETRA44 Petr /ej PN JA N / 0 9 43,32 - - - - - - - 0,01 - -PETRA46 Petr /ej PN JA N / 0 9 45,32 - - - - - - - 0,01 - -PETRA48 Petr /ej PN JA N / 0 9 47,32 - - - - - - - 0,01 - -PETRA50 Petr /ej PN JA N / 0 9 49,32 - - - - - - - 0,01 - -PETRB16 Petr /ej PN FEV/09 15,32 - - - - - - 7,41 - - -PETRB18 Petr /ej PN FEV/09 17,32 7,21 7,11 7,76 8,59 8,16 +9,23 7,06 8,80 30 11.500PETRB20 Petr /ej PN FEV/09 19,32 5,05 5,05 6,03 6,60 6,20 +8,39 5,20 6,45 143 105.000PETRB22 Petr /ej PN FEV/09 21,32 4,12 3,80 4,40 4,94 4,65 +14,25 4,65 4,80 407 418.200PETRB24 Petr /ej PN FEV/09 23,32 2,71 2,49 3,08 3,54 3,15 +14,96 3,15 3,20 922 1.008.300PETRB26 Petr /ej PN FEV/09 25,32 1,66 1,52 1,91 2,27 2,00 +22,69 2,00 2,01 818 1.413.600PETRB28 Petr /ej PN FEV/09 27,32 0,90 0,82 1,15 1,30 1,14 +26,66 1,14 1,17 762 1.143.600PETRB30 Petr /ej PN FEV/09 29,32 0,45 0,44 0,63 0,73 0,61 +27,08 0,59 0,61 253 373.700PETRB32 Petr /ej PN FEV/09 31,32 0,22 0,22 0,32 0,38 0,32 +33,33 0,31 0,36 84 84.100PETRB34 Petr /ej PN FEV/09 33,32 0,15 0,15 0,17 0,20 0,19 +58,33 0,19 0,20 17 24.400PETRB38 Petr /ej PN FEV/09 37,32 0,06 0,04 0,06 0,07 0,07 +40,00 0,06 0,07 11 7.000PETRC16 Petr /ej PN MAR/09 15,32 - - - - - - 6,81 - - -PETRC18 Petr /ej PN MAR/09 17,32 - - - - - - 5,40 - - -PETRC20 Petr /ej PN MAR/09 19,32 5,99 5,99 6,19 6,39 6,39 +6,67 5,91 6,79 2 200PETRC22 Petr /ej PN MAR/09 21,32 4,99 4,99 5,00 5,00 5,00 +24,68 4,51 5,50 5 800PETRC24 Petr /ej PN MAR/09 23,32 3,30 3,30 3,61 3,90 3,70 +13,84 3,50 3,70 10 10.800PETRC26 Petr /ej PN MAR/09 25,32 1,66 1,66 2,40 2,85 2,85 +30,13 2,30 2,79 6 2.000PETRC28 Petr /ej PN MAR/09 27,32 1,08 1,08 1,35 1,60 1,60 +23,07 1,41 1,69 25 8.500PETRC30 Petr /ej PN MAR/09 29,32 - - - - - - 0,70 1,25 - -

MERCADO A TERMOPreços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação P ra z o Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a No- Qtde ..

ABCB4T Abc Brasil PN EJ N2 98 5,53 5,49 5,50 5,54 5,50 - - - 4 100.000A B YA 3 T Abyara ON NM 90 1,83 1,83 1,84 1,84 1,84 - - - 2 11.500AG I N 3 T Agra Incorp ON NM 60 1,78 1,78 1,78 1,79 1,79 - - - 2 2.000AG I N 3 T Agra Incorp ON NM 90 1,81 1,81 1,81 1,82 1,82 - - - 2 1.000AG E N 1 1 T Agrenco DR3 45 0,25 0,25 0,25 0,26 0,26 - - - 2 1.000.000A LLL 1 1 T All Amer Lat UNT N2 16 10,23 10,23 10,24 10,24 10,24 - - - 2 100A LLL 1 1 T All Amer Lat UNT N2 30 10,09 10,09 10,17 10,23 10,23 - - - 6 900A LLL 1 1 T All Amer Lat UNT N2 31 10,16 10,16 10,17 10,17 10,17 - - - 2 4.000BAZA3T Amazonia ON 30 0,43 0,43 0,43 0,44 0,44 - - - 2 130.000AMBV4T Ambev PN 16 104,09 104,09 104,09 104,10 104,10 - - - 2 400ARCZ6T Aracruz PNB N1 16 2,70 2,70 2,71 2,71 2,71 - - - 2 10.000ARCZ6T Aracruz PNB N1 17 2,70 2,70 2,71 2,71 2,71 - - - 2 1.000ARCZ6T Aracruz PNB N1 30 2,72 2,70 2,72 2,74 2,71 - - - 14 70.300ARCZ6T Aracruz PNB N1 60 2,74 2,74 2,75 2,76 2,76 - - - 4 15.000B TOW 3 T B2w Varejo ON NM 16 24,40 24,40 24,41 24,41 24,41 - - - 4 300BRSR6T Banrisul PNB N1 60 5,61 5,61 5,62 5,62 5,62 - - - 2 1.000BRSR6T Banrisul PNB N1 91 5,76 5,76 5,77 5,77 5,77 - - - 2 1.000BICB4T Bicbanco PN EJ N1 98 3,16 3,16 3,16 3,17 3,17 - - - 2 125.000BVMF3T Bmf Bovespa ON EJ NM 30 6,47 6,35 6,87 7,02 7,02 - - - 10 79.000BVMF3T Bmf Bovespa ON EJ NM 45 7,09 7,09 7,09 7,10 7,10 - - - 2 2.000.000BVMF3T Bmf Bovespa ON EJ NM 180 6,82 6,81 6,82 6,83 6,82 - - - 6 77.084BBDC3T Bradesco ON ED N1 90 21,92 21,92 21,93 21,93 21,93 - - - 2 500BBDC4T Bradesco PN ED N1 16 24,55 24,55 24,81 25,13 25,13 - - - 14 17.000BBDC4T Bradesco PN ED N1 30 24,44 24,44 24,83 25,28 24,84 - - - 18 50.200BBDC4T Bradesco PN ED N1 60 25,54 25,44 25,53 25,55 25,45 - - - 4 2.500BRAP4T Bradespar PN N1 64 23,10 23,10 23,10 23,11 23,11 - - - 18 306.000BBAS3T Brasil ON EJ NM 16 15,08 15,08 15,09 15,09 15,09 - - - 2 35.000BBAS3T Brasil ON EJ NM 30 14,90 14,89 14,97 15,41 15,41 - - - 12 207.400BBAS3T Brasil ON EJ NM 45 15,52 15,52 15,52 15,53 15,53 - - - 2 290.000BBAS3S Brasil ON EJ NM 60 15,12 15,12 15,12 15,13 15,13 - - - 2 100BRKM5T Braskem PNA N1 30 5,80 5,80 5,84 5,89 5,89 - - - 14 25.000BRKM5T Braskem PNA N1 45 5,82 5,82 5,83 5,83 5,83 - - - 2 1.000BRKM5T Braskem PNA N1 60 6,08 6,08 6,11 6,14 6,14 - - - 4 3.400B M TO 4 T Brasmotor PN 30 0,47 0,47 0,48 0,49 0,49 - - - 4 227.000CCIM3T Cc Des Imob ON NM 45 2,69 2,69 2,69 2,70 2,70 - - - 2 671.000CMIG4T Cemig PN N1 16 32,79 32,58 32,79 32,80 32,59 - - - 4 18.500CMIG4T Cemig PN N1 60 33,04 32,87 32,91 33,29 32,88 - - - 8 12.000CESP3T Cesp ON N1 91 11,95 11,95 11,96 11,96 11,96 - - - 2 10.000CESP3T Cesp ON N1 120 12,32 12,32 12,32 12,33 12,33 - - - 2 2.200CESP6T Cesp PNB N1 16 15,71 15,71 15,71 15,72 15,72 - - - 4 2.000CESP6T Cesp PNB N1 30 15,91 15,75 15,96 16,34 16,33 - - - 20 59.600CESP6S Cesp PNB N1 60 15,95 15,95 15,96 15,96 15,96 - - - 2 1.000CESP6T Cesp PNB N1 90 16,64 16,63 16,65 16,65 16,64 - - - 4 10.000CESP6T Cesp PNB N1 91 16,39 16,37 16,39 16,40 16,38 - - - 4 2.000COCE5T Coelce PNA 120 22,78 22,78 22,78 22,79 22,79 - - - 2 300CNFB4T Confab PN N1 182 4,15 4,15 4,16 4,16 4,16 - - - 2 1.000CPLE6T Copel PNB N1 16 25,19 25,12 25,16 25,20 25,13 - - - 6 1.500CSAN3T Cosan ON NM 30 11,37 11,32 11,36 11,42 11,42 - - - 6 140.000CSAN3T Cosan ON NM 45 11,52 11,52 11,52 11,53 11,53 - - - 2 165.000CPFE3T Cpfl Energia ON NM 30 31,59 31,59 31,59 31,60 31,60 - - - 2 1.000CARD3T Csu Cardsyst ON NM 30 2,68 2,58 2,68 2,69 2,59 - - - 8 157.500CARD3T Csu Cardsyst ON NM 90 3,07 3,07 3,07 3,08 3,08 - - - 2 392.000CYRE3T Cyrela Realt ON NM 30 9,91 9,83 9,95 10,38 10,38 - - - 6 3.900CYRE3T Cyrela Realt ON NM 60 10,62 10,25 10,41 10,63 10,26 - - - 6 5.000DAY C 4 T Daycoval PN EJ N1 98 5,80 5,79 5,80 5,81 5,80 - - - 4 98.500IMBI4T Doc Imbituba PN 30 0,97 0,97 0,98 0,98 0,98 - - - 2 56.000DUFB11T Dufrybras DR3 16 16,00 16,00 16,17 16,61 16,61 - - - 8 2.900DURA4T Duratex PN N1 30 14,70 14,64 14,95 15,10 14,84 - - - 8 4.700ECOD3T Ecodiesel ON NM 60 0,66 0,65 0,66 0,68 0,66 - - - 14 200.000ELET3T Eletrobras ON N1 30 27,36 27,26 27,39 27,55 27,27 - - - 8 5.400ELET3T Eletrobras ON N1 91 28,18 28,18 28,19 28,19 28,19 - - - 2 1.000ELET6T Eletrobras PNB N1 30 25,81 25,81 25,81 25,82 25,82 - - - 2 2.000ELPL6T Eletropaulo PNB EJ N2 60 26,35 26,35 26,36 26,36 26,36 - - - 2 10.000EMAE4T Emae PN 38 6,61 6,61 6,61 6,62 6,62 - - - 2 1.000.000EMBR3T Embraer ON NM 30 10,17 10,17 10,18 10,18 10,18 - - - 2 1.000ENBR3T Energias Br ON EJ NM 30 22,42 22,26 22,42 22,49 22,27 - - - 6 4.000EQTL3T Equatorial ON EJ NM 120 10,75 10,75 10,75 10,76 10,76 - - - 2 5.000ETER3T Eternit ON NM 30 5,24 5,24 5,24 5,25 5,25 - - - 2 1.000EVEN3T Even ON NM 30 2,92 2,92 2,93 2,93 2,93 - - - 2 3.000EVEN3T Even ON NM 60 2,95 2,88 2,95 2,96 2,89 - - - 6 5.200EZTC3T Eztec ON NM 60 2,42 2,41 2,42 2,43 2,43 - - - 8 8.000FHER3T Fer Heringer ON NM 16 4,40 4,40 4,41 4,41 4,41 - - - 2 4.000FHER3T Fer Heringer ON NM 60 4,45 4,45 4,46 4,46 4,46 - - - 2 500FFTL4T Fosfertil PN 30 11,81 11,81 11,81 11,82 11,82 - - - 2 10.000FRAS4T Fras-Le PN N1 30 2,33 2,33 2,33 2,34 2,34 - - - 2 19.000GSHP3T Generalshopp ON NM 90 2,34 2,34 2,35 2,35 2,35 - - - 2 1.000GG B R 3 T Gerdau ON N1 60 13,86 13,86 13,88 13,89 13,89 - - - 4 2.000GG B R 4 T Gerdau PN N1 30 16,17 16,17 17,17 17,18 17,18 - - - 4 10.100GG B R 4 T Gerdau PN N1 60 16,31 16,31 16,32 16,32 16,32 - - - 2 300G OAU 4 T Gerdau Met PN N1 30 21,22 21,22 21,23 21,23 21,23 - - - 2 29.000G O LL 4 T GOL PN N2 16 10,53 10,53 10,54 10,54 10,54 - - - 2 1.000GPCP3T Gpc Part ON 91 0,96 0,96 0,97 0,97 0,97 - - - 2 4.000IDNT3T Ideiasnet ON NM 16 2,32 2,32 2,32 2,33 2,33 - - - 2 5.000IDNT3T Ideiasnet ON NM 30 2,32 2,32 2,32 2,35 2,33 - - - 8 9.600IDNT3T Ideiasnet ON NM 38 2,43 2,43 2,44 2,48 2,48 - - - 12 2.595.000INPR3T Inpar S/A ON NM 30 1,69 1,69 1,71 1,71 1,71 - - - 4 12.000INPR3T Inpar S/A ON NM 60 1,67 1,67 1,67 1,68 1,68 - - - 2 2.700MYPK3T Iochp-Maxion ON NM 120 9,17 9,17 9,18 9,18 9,18 - - - 2 10.000I TAU 4 T Itaubanco PN EDJ N1 16 29,33 29,33 29,33 29,34 29,34 - - - 2 500I TAU 4 T Itaubanco PN EDJ N1 17 28,59 28,59 28,60 28,60 28,60 - - - 2 5.000I TAU 4 T Itaubanco PN EDJ N1 30 28,81 28,81 29,13 29,46 29,46 - - - 4 200ITSA3T Itausa ON EJ N1 180 11,75 11,75 11,76 11,76 11,76 - - - 2 300.000ITSA4T Itausa PN EJ N1 17 8,63 8,63 8,64 8,64 8,64 - - - 2 20.000ITSA4T Itausa PN EJ N1 30 8,66 8,66 8,66 8,67 8,67 - - - 2 10.000ITSA4T Itausa PN EJ N1 45 8,73 8,67 8,70 8,74 8,68 - - - 6 29.600ITSA4T Itausa PN EJ N1 60 8,78 8,75 8,76 8,79 8,76 - - - 4 2.000JBSS3T JBS ON NM 30 4,97 4,97 4,98 4,98 4,98 - - - 2 5.000JBSS3T JBS ON NM 120 5,11 5,11 5,11 5,12 5,12 - - - 2 10.000KEPL3T Kepler Weber ON 91 0,16 0,16 0,16 0,17 0,17 - - - 2 10.000KSSA3T Klabinsegall ON NM 60 2,63 2,54 2,62 2,64 2,55 - - - 4 25.200KSSA3T Klabinsegall ON NM 90 2,68 2,67 2,68 2,69 2,68 - - - 4 1.000KSSA3T Klabinsegall ON NM 91 2,57 2,57 2,58 2,58 2,58 - - - 2 4.000LIGT3T Light S/A ON NM 30 23,36 23,36 23,36 23,37 23,37 - - - 2 1.000LL X L 3 T Llx Log ON NM 90 1,55 1,55 1,56 1,56 1,56 - - - 2 13.000LAME4T Lojas Americ PN INT 30 6,36 6,36 6,39 6,40 6,40 - - - 4 6.000LAME4T Lojas Americ PN INT 45 6,51 6,51 6,51 6,52 6,52 - - - 2 200.000LAME4T Lojas Americ PN INT 84 6,44 6,44 6,45 6,45 6,45 - - - 2 1.500LAME4T Lojas Americ PN INT 120 6,48 6,48 6,49 6,49 6,49 - - - 2 21.000LREN3T Lojas Renner ON NM 16 16,20 16,20 16,20 16,21 16,21 - - - 2 6.000LREN3T Lojas Renner ON NM 60 16,30 16,30 16,31 16,31 16,31 - - - 2 5.000M AGG 3 T Magnesita Sa ON NM 30 7,82 7,82 7,83 7,83 7,83 - - - 2 3.000MEDI3T Medial Saude ON NM 30 7,66 7,66 7,67 7,67 7,67 - - - 2 3.000MNPR3T Minupar ON 30 5,85 5,85 5,86 5,86 5,86 - - - 12 222.500MMXM3T Mmx Miner ON NM 30 3,05 3,05 3,08 3,10 3,08 - - - 6 23.000MMXM3T Mmx Miner ON NM 45 3,07 3,07 3,08 3,08 3,08 - - - 2 400.000MMXM3T Mmx Miner ON NM 91 3,11 3,11 3,11 3,13 3,13 - - - 4 11.500NETC4T NET PN N2 38 14,60 14,60 14,60 14,61 14,61 - - - 2 47.100NETC4T NET PN N2 120 14,88 14,88 14,89 14,89 14,89 - - - 2 3.000BNCA3T Nossa Caixa ON EJ NM 59 69,55 69,55 69,55 69,56 69,56 - - - 2 1.000OGXP3T Ogx Petroleo ON NM 30 479,65 479,65 479,66 479,66 479,66 - - - 2 100OHLB3T Ohl Brasil ON NM 30 12,87 12,87 12,87 12,88 12,88 - - - 2 1.000OHLB3T Ohl Brasil ON NM 60 13,04 13,04 13,04 13,05 13,05 - - - 2 1.500OHLB3T Ohl Brasil ON NM 120 13,30 13,30 13,30 13,31 13,31 - - - 2 1.000PCAR4T P.Acucar-Cbd PN N1 60 31,91 31,91 31,92 31,92 31,92 - - - 2 500BPNM4T Panamericano PN N1 180 2,88 2,88 2,88 2,89 2,89 - - - 2 1.000PRBC4T Parana PN EJ N1 60 2,71 2,71 2,71 2,72 2,72 - - - 2 3.000PRBC4T Parana PN EJ N1 90 2,78 2,78 2,78 2,79 2,79 - - - 4 10.000PRBC4T Parana PN EJ N1 91 2,74 2,74 2,74 2,75 2,75 - - - 4 10.000PMAM3T Paranapanema ON N1 90 3,23 3,15 3,19 3,27 3,16 - - - 10 168.000PRGA3T Perdigao S/A ON NM 30 32,07 32,07 32,07 32,08 32,08 - - - 2 3.000PRGA3T Perdigao S/A ON NM 60 32,51 32,51 32,52 32,53 32,53 - - - 4 2.000PETR3T Petrobras ON EJ 91 31,64 31,64 31,64 31,65 31,65 - - - 2 300PETR4T Petrobras PN EJ 16 25,09 25,09 25,09 25,10 25,10 - - - 2 20.000PETR4T Petrobras PN EJ 17 24,28 24,28 24,50 25,41 25,41 - - - 10 51.000PETR4T Petrobras PN EJ 18 25,42 25,42 25,42 25,43 25,43 - - - 2 90.000PETR4T Petrobras PN EJ 30 24,64 24,33 25,37 25,74 25,60 - - - 70 224.300PETR4T Petrobras PN EJ 45 25,17 24,87 25,17 25,77 25,35 - - - 14 11.500PETR4T Petrobras PN EJ 60 24,61 24,59 24,75 25,91 25,65 - - - 26 27.350PETR4T Petrobras PN EJ 73 24,88 24,88 24,88 24,89 24,89 - - - 2 25.000PETR4S Petrobras PN EJ 90 25,03 25,03 25,04 25,05 25,05 - - - 8 33.000PETR4T Petrobras PN EJ 90 24,90 24,90 24,92 25,81 25,81 - - - 14 106.700PETR4T Petrobras PN EJ 91 24,85 24,85 25,58 25,75 25,75 - - - 6 3.700PETR4T Petrobras PN EJ 120 25,19 25,19 25,66 26,42 26,42 - - - 6 3.100PETR4T Petrobras PN EJ 182 26,25 26,25 26,25 26,26 26,26 - - - 2 136.900

OPÇÕES DE COMPRA - (Continuação)MERCADO A TERMO - (Continuação)Preços R$/ação Oscil. Ofer tas Negs. Real..

Cód. Emp./Ação P ra z o Abt. Min. Méd. M á x. F e ch . (%) C o m p r. Ve n d a No- Qtde ..

PTNT4T Pettenati PN 180 7,27 7,27 7,28 7,28 7,28 - - - 2 3.000PLAS3T Plascar Part ON 30 1,34 1,34 1,34 1,35 1,35 - - - 2 5.000PLAS3T Plascar Part ON 38 1,36 1,34 1,35 1,37 1,35 - - - 12 4.685.000POSI3T Positivo Inf ON NM 30 7,10 7,07 7,09 7,11 7,10 - - - 8 32.000POSI3T Positivo Inf ON NM 45 7,13 7,13 7,13 7,14 7,14 - - - 2 200.000POSI3T Positivo Inf ON NM 90 7,21 7,21 7,21 7,22 7,22 - - - 2 1.000RAPT4T Randon Part PN N1 16 6,51 6,51 6,51 6,52 6,52 - - - 2 10.000RAPT4T Randon Part PN N1 120 6,71 6,71 6,71 6,72 6,72 - - - 2 10.000RDCD3T Redecard ON EJ NM 16 28,04 28,04 28,05 28,05 28,05 - - - 2 300RNAR3T Renar ON NM 30 2,52 2,52 2,53 2,53 2,53 - - - 4 247.000RSID3T Rossi Resid ON NM 30 3,93 3,93 3,93 3,94 3,94 - - - 2 1.000RSID3T Rossi Resid ON NM 45 4,13 4,13 4,14 4,14 4,14 - - - 2 500.000SDIA4T Sadia S/A PN N1 30 3,85 3,83 3,86 3,87 3,86 - - - 10 151.000SDIA4T Sadia S/A PN N1 45 3,87 3,87 3,87 3,88 3,88 - - - 2 500.000SDIA4T Sadia S/A PN N1 60 3,80 3,80 3,81 3,81 3,81 - - - 2 5.000CSNA3T Sid Nacional ON 30 33,92 33,80 33,87 33,93 33,85 - - - 8 6.900CSNA3T Sid Nacional ON 60 33,71 33,71 33,78 34,07 34,07 - - - 4 1.100CSNA3T Sid Nacional ON 90 34,57 34,57 34,57 34,58 34,58 - - - 2 1.900CSNA3T Sid Nacional ON 91 32,53 32,53 33,15 35,63 35,63 - - - 4 1.000CSNA3T Sid Nacional ON 180 35,85 35,85 35,85 35,86 35,86 - - - 2 200SFSA4T Sofisa PN N2 30 4,04 4,04 4,04 4,05 4,05 - - - 2 47.800SULA11T Sul America UNT N2 60 16,89 16,89 16,92 16,98 16,98 - - - 6 65.000S U LT 4 T Sultepa PN 30 4,44 4,44 4,46 4,55 4,55 - - - 4 6.000TCSA3T Tecnisa ON NM 90 3,81 3,81 3,82 3,82 3,82 - - - 2 500.000TNLP4T Telemar PN 16 32,80 32,80 32,89 33,00 33,00 - - - 4 4.600TNLP4T Telemar PN 17 32,34 32,34 32,35 32,36 32,36 - - - 4 1.500TNLP4T Telemar PN 30 32,81 32,81 32,82 32,82 32,82 - - - 2 5.000TNLP4T Telemar PN 60 32,85 32,85 32,85 32,87 32,87 - - - 4 10.000TNLP4T Telemar PN 120 33,92 33,92 33,92 33,93 33,93 - - - 2 5.000TMCP4T Telemig Part PN EJ 90 35,27 35,27 35,28 35,28 35,28 - - - 4 263.000TLPP4T Telesp PN EJ 30 45,68 45,68 45,69 45,69 45,69 - - - 2 100TCSL3T Tim Part S/A ON 45 5,17 5,17 5,18 5,18 5,18 - - - 2 2.000TCSL4T Tim Part S/A PN 30 3,20 3,20 3,21 3,21 3,21 - - - 2 1.000TCSL4T Tim Part S/A PN 91 3,26 3,26 3,27 3,27 3,27 - - - 2 10.000TRPL4T Tran Paulist PN N1 60 42,50 42,50 42,51 42,51 42,51 - - - 2 200UBBR11T Unibanco UNT EDJ N1 180 16,82 16,82 16,82 16,83 16,83 - - - 4 558.000UNIP3T Unipar ON N1 90 0,98 0,98 0,99 0,99 0,99 - - - 2 770.000USIM5T Usiminas PNA EJ N1 30 28,68 28,68 29,64 31,06 31,06 - - - 20 95.200USIM5T Usiminas PNA EJ N1 45 31,08 31,08 31,09 31,09 31,09 - - - 2 155.000USIM5T Usiminas PNA EJ N1 60 30,91 30,91 31,28 31,36 31,36 - - - 4 1.200USIM5T Usiminas PNA EJ N1 90 29,38 29,38 29,38 29,39 29,39 - - - 2 17.500VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 16 26,27 26,27 27,00 28,46 28,46 - - - 4 3.000VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 17 26,06 26,06 26,73 28,67 28,67 - - - 6 11.000VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 18 29,05 29,05 29,06 29,06 29,06 - - - 2 30.000VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 30 26,06 26,06 27,99 29,05 28,69 - - - 46 103.700VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 45 26,25 26,25 27,97 29,28 26,81 - - - 8 9.500VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 60 26,34 26,31 28,76 29,29 29,02 - - - 24 32.950VA L E 5 S Vale R Doce PNA N1 90 26,89 26,89 26,90 26,90 26,90 - - - 4 30.000VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 90 28,28 28,28 28,29 28,29 28,29 - - - 2 300VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 91 29,24 29,24 29,25 29,25 29,25 - - - 2 8.000VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 120 26,76 26,72 28,97 29,71 29,71 - - - 8 6.900VA L E 5 T Vale R Doce PNA N1 182 27,85 27,85 27,85 27,86 27,86 - - - 2 300WEGE3T WEG ON NM 60 13,39 13,39 13,39 13,40 13,40 - - - 2 8.000

Page 19: em transações globais B1 B1 a quinta consecutiva B3 02/jan ...p.download.uol.com.br/spimagem/bidusayao/gm06jan2009.pdf · Blogueiros e autores estão entusiasmados com o serviço,

GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | B7

PÁG. 7 CMYK

INDICADORES

CÂMBIOBancos negociaram ontem o dólar para importação e exportação entre R$2,27720 para compra e R$ 2,27800 para venda. A seguir, outras moedascotadas pelo Banco Central do Brasil (BC) para compra e venda. Válido parao dia 05/01/2009..

Obs.: A partir de 1/6/2005, as paridades de algumas moedas podemnão aparecer na transação Ptax 800, devido a alterações nos critériosde divulgação do Banco Central..

Moedas Em Dólar Em Reais.

Baht (Tailândia) 35,0000/35,0280 0,065011/0,065086Balboa (Panamá) 1,00000/1,00000 2,27720/2,27800Bolívar Forte (Venezuela) 2,14460/2,15000 1,05916/1,06220Cedi de Gana (Gana) 12.690,0/12.840,0 0,0001774/0,0001795Colón (Costa Rica) 547,000/557,000 0,0040883/0,0041645Colón (El Salvador) 8,74700/8,75700 0,260043/0,260432Córdoba Ouro 19,8614/19,8614 0,114655/0,114695Coroa (Estônia) 11,5277/11,5294 0,197512/0,197611Coroa (Islândia) 122,370/123,370 0,018458/0,018616Coroa (Noruega) 6,97090/6,98090 0,326204/0,326787Coroa Checa 19,5040/19,5250 0,116630/0,116797Coroa Dinamarquesa 5,48900/5,49080 0,414730/0,415012Coroa Eslovaca 22,1220/22,1320 0,102892/0,102974Coroa Sueca 7,91720/7,92480 0,287351/0,287728Dalasi (Gâmbia) 26,5000/27,3000 0,083414/0,085962Dinar Argelino 70,4823/72,4823 0,031417/0,032320Dinar da Macedonia 44,0752/44,0752 0,051666/0,051684Dinar de Bahrain 0,376950/0,376990 6,04048/6,04324Dinar do Kuwait 0,279700/0,280200 8,12705/8,14444Dinar Jordaniano 0,707000/0,708500 3,21411/3,22207Dinar Líbio 1,25455/1,25455 1,81515/1,81579Dinar Tunisiano 1,33610/1,33830 1,70156/1,70496Direitos Esp. de Saque * 1,51941/1,51941 3,46000/3,46122Dirham de Marrocos 8,22570/8,27620 0,275150/0,276937Dirham dos Emirados Árabes 3,67290/3,67340 0,619916/0,620218Dólar Americano 1,0000/1,0000 2,27720/2,27800Dólar Australiano * 0,714600/0,715300 1,62729/1,62945Dólar Canadense 1,19020/1,19050 1,91281/1,91396Dólar da Guiana 204,700/204,700 0,011125/0,011129Dólar das Bahamas 0,998000/1,00200 2,27265/2,28257Dólar das Bermudas 1,00000/1,00000 2,27720/2,27800Dólar das Ilhas Salomão 7,28863/8,05153 0,282828/0,312542Dólar de Barbados 2,00000/2,00000 1,13860/1,13900Dólar de Belize 1,96024/1,96024 1,16169/1,16210Dólar de Brunei 1,47320/1,47400 1,54491/1,54629Dólar de Cayman* 1,21951/1,21951 2,77707/2,77804Dólar de Cingapura 1,47320/1,47430 1,54460/1,54629Dólar de Hong Kong 7,75130/7,75250 0,293738/0,293886Dólar de Trinidad e Tobago 6,23190/6,29940 0,361495/0,365539Dólar do Caribe Oriental 2,61000/2,70000 0,843407/0,872797Dólar Jamaicano 80,0000/80,5000 0,028288/0,028475Dólar Neozelandês * 0,588000/0,588800 1,33899/1,34129Dólar Ouro** 853,5/0,036442 62,4883/62,5103Dólar Suriname 2,74375/2,74375 0,829959/0,830251Dong (Vietnã) 17.462,0/17.482,0 0,0001303/0,0001305Euro/Com.Europeia* 1,35720/1,35750 3,09062/3,09239Florim (Antilhas Holandesas) 1,79000/1,79000 1,27218/1,27263Florim (Hungria) 195,812/196,414 0,011594/0,011634Florim de Aruba 1,79000/1,79000 1,27218/1,27263Franco (Burundi) 1.224,31/1.244,05 0,0018305/0,0018606Franco (Ruanda) 555,540/562,250 0,0040502/0,0041005Franco Col. Fr. do Pac. 87,7806/87,8065 0,025934/0,025951Franco Com. Fin. Africano 482,854/482,996 0,0047147/0,0047178Franco de Comores 362,140/362,247 0,0062863/0,0062904Franco de Djibuti 174,500/178,000 0,012793/0,013054Franco Suíço 1,10910/1,10960 2,05227/2,05392Gourde (Haiti) 39,7000/40,7500 0,055882/0,057380Guarani (Paraguai) 4.920,00/4.920,00 0,0004628/0,0004630Hyvnia Ucrania 8,15000/8,50000 0,267906/0,279509Iene (Japão) 93,3390/93,3610 0,024391/0,024406Iuane/Rennimbi (China) 6,83120/6,83470 0,333182/0,333470Kina (Papua Nova Guiné) * 0,370494/0,390503 0,843689/0,889566Kuna (Croácia) 5,37800/5,38500 0,422878/0,423578Lat (Estônia) 0,520000/0,521700 4,36496/4,38077Lempira (Honduras) 18,8950/18,8950 0,120519/0,120561Leone (Serra Leoa) 3.001,00/3.061,87 0,0007437/0,0007591Libra Cipriota 0,431170/0,431202 5,28105/5,28330Libra de Falkland* 1,46300/1,46360 3,33154/3,33408Libra de Gibraltar* 1,46300/1,46370 3,33154/3,33431Libra de Santa Helena* 1,46320/1,46370 3,33200/3,33431Libra Egípcia 5,50000/5,54000 0,411047/0,414182Libra Esterlina * 1,46320/1,46360 3,33200/3,33408Libra Libanesa 1.500,00/1.503,00 0,0015151/0,0015187Libra Síria 46,9176/46,9176 0,048536/0,048553Lilangeni (Suazilândia) 9,29840/9,33000 0,244073/0,244988Lita (Lituânia) 2,54260/2,54520 0,894704/0,895933Loti (Lesoto) 9,29840/9,33000 0,244073/0,244988Naira (Nigéria) 136,500/136,600 0,016671/0,016689Ngultrum (Butão) 48,5000/48,6200 0,046837/0,046969Nova Lira (Turquia) 1,53230/1,53270 1,48574/1,48665Nova Metical (Moçambique) 25,2000/25,5000 0,089302/0,090397Novo Dólar de Formosa (Taiwan) 33,1700/33,1700 0,068652/0,068677Novo Leu (Romênia) 2,99080/2,99120 0,761300/0,761669Novo Quanza (Angola) 75,1562/75,1562 0,030300/0,030310Novo Sol Peruano 3,13800/3,14100 0,724992/0,725940Paanga (Tonga) * 0,472311/0,472311 1,07555/1,07592Pataca (Macau) 7,98410/7,98440 0,285206/0,285317Peso Argentino 3,45750/3,46050 0,658055/0,658858Peso Boliviano 7,02156/7,02156 0,324315/0,324429Peso Chileno 635,300/635,800 0,0035816/0,0035857Peso Colombiano 2.221,80/2.223,00 0,0010244/0,0010253Peso Cubano 0,998000/1,00200 2,27265/2,28257Peso Dominicano 35,1500/35,3500 0,064419/0,064808Peso Filipino 47,0500/47,2500 0,048195/0,048417Peso Novo Mexicano 13,4920/13,5155 0,168488/0,168841Peso Uruguaio 24,3620/24,3620 0,093473/0,093506Pula (Botswana) * 0,130400/0,131100 0,296947/0,298646Quacha de Malawi 139,898/141,304 0,016116/0,016283Quacha de Zâmbia 4.855,00/4.875,00 0,0004671/0,0004692Quetzal (Guatemala) 7,78500/7,78800 0,292399/0,292614Quiate (Birmânia) 6,42000/6,42000 0,354704/0,354829Quipe (Laos) 8.473,50/8.473,50 0,0002687/0,0002688Rande (África do Sul) 9,29840/9,33000 0,244073/0,244988Rial de Omã 0,385000/0,385100 5,91327/5,91688Rial do Catar 3,64100/3,64300 0,625089/0,625652Rial do Iêmen 200,000/200,095 0,011381/0,011390Rial Iraniano 9.911,00/9.946,00 0,0002290/0,0002298Rial Saudita 3,75200/3,75400 0,606606/0,607143Riel (Camboja) 4.054,50/4.054,50 0,0005616/0,0005618Ringgit (Malásia) 3,49750/3,50400 0,649886/0,651322Rublo (Livre) 29,5850/29,7850 0,076455/0,076999Rúfia Maldivense (Maldivas) 12,8000/12,8000 0,177906/0,177969Rúpia (Ilhas Maurício) 31,6000/31,9000 0,071386/0,072089Rupia (Índia) 48,5000/48,6200 0,046837/0,046969Rúpia (Indonésia) 11.050,0/11.150,0 0,0002042/0,0002062Rúpia (Nepal) 77,8000/77,8000 0,029270/0,029280Rúpia (Paquistão) 77,9500/78,1500 0,029139/0,029224Rúpia (Sri Lanka) 113,550/113,750 0,020019/0,020062Rúpia de Seycheles 15,7510/17,4090 0,130806/0,144626Shekel (Israel) 3,83320/3,83880 0,593206/0,594282Sucre (Equador) 25.000,0/25.000,0 0,0000911/0,0000911Taca (Bangladesh) 68,0000/68,2500 0,033366/0,033500Tolar (Eslovênia) 176,543/176,556 0,012898/0,012903Tugric (Mongólia) 1.280,00/1.310,00 0,0017383/0,0017797Won (Coréia do Sul) 1.312,00/1.317,00 0,0017291/0,0017363Xelim (Quênia) 79,1000/79,4000 0,028680/0,028799Xelim (Somália) 1.415,00/1.415,00 0,0016093/0,0016099Xelim (Uganda) 1.965,00/1.975,00 0,0011530/0,0011593Xelim da Tanzânia 1.320,00/1.330,00 0,0017122/0,0017258Zloty (Polônia) 3,01100/3,01550 0,755165/0,756559.

(*) Moedas do Tipo 'B'.

(**) Em Dólar = US$ por onça/grama por US$. Em Reais = R$ por grama..

1. As taxas acima deverão ser utilizadas somente para coberturas específicas de acordocom a legistação vigente.2. As contratações acima referidas devem ser realizadas junto às regionais de câmbio doRio de Janeiro e de São Paulo.Obs.: O lote mínimo operacional, exclusivamente para efeito das operações c o n t ra t a d a sjunto à mesa de operações do Banco Central em Brasília, foi fixado para hoje em US$1.000.000,00..

Obser vação:Dólar - Cotações em unidades monetárias/US$Reais - Cotações em reais/unidadeMoedas Tipo B - Cotações em US$/unidade monetária..

Fonte: Banco Central.

MERCADO FUTURO DE JUROSBOLSA DE MERCADORIAS & FUTUROS - em 5.1.2009.

DI DE 1 DIA FUTURO (Contrato = R$ 100.000,00; cotação = taxa de juro).

Cont. Cont.Meses Abt. (*) Neg. Méd. Últ. Ajuste (PU) Var. Ptos..

Fev / 0 9 298.815 5.295 13,399 13,400 99.006,94 -5,49Mar 90.080 8.340 13,240 13,250 98.141,20 +0,74Abr 295.401 21.100 13,069 13,040 97.119,68 +8,46Mai - 275 12,984 12,980 96.195,73 -26,20Ju l 475.215 41.480 12,662 12,620 94.441,05 +17,08Out 166.933 12.685 12,291 12,290 91.795,32 +22,53Ja n / 1 0 1.172.886 210.455 12,060 11,980 89.350,92 +68,53Abr 50.332 130 11,996 12,050 86.977,38 +91,26.

Número de negócios: Fev/09, 15; Mar, 28; Abr, 33; Mai, 6; Jul, 117; Out, 31; Jan/10, 791 e Abr, 2..

(*) - Contratos em aberto em 2.1.2009.

DI - TAXAS EFETIVAS DÓLAR FUTURO.

Cont. Cont. E fe t i va E fe t i va Correção cambialMeses Abt. (*) Neg. No periodo A nu a l p ro j e t a d a.

Fev / 0 9 298.815 5.295 1,00 13,40 -0,18Mar 90.080 8.340 1,89 13,25 +0,54Abr 295.401 21.100 2,97 13,06 +1,25Mai - 275 3,95 13,00 +1,71Ju l 475.215 41.480 5,89 12,65 +2,74Out 166.933 12.685 8,94 12,30 -Ja n / 1 0 1.172.886 210.455 11,92 12,07 -Abr 50.332 130 14,97 12,01 -.

(*) - Contratos em aberto em 2.1.2009

SISTEMA NACIONAL DE DEBÊNTURES - SND(Negociações no mercado secundário) - 2/1/2009.

Preços Unitários em R$Empresa Código Quant. Mínimo Médio Máximo.

Panamer icano PA N A 1 3 6 30.244,57 30.244,58 30.244,58.

Fontes: Cetip e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

CÂMBIO CONTRATADO(US$ MILHÕES).

Comercial F i n a n c e i ro

Data Exportação Importação Saldo Compra Venda Saldo Saldo Total.

Mai/08 14.674 11.752 2.922 33.894 36.668 -2.774 148Jun/08 17.739 13.039 4.700 49.489 55.067 -5.578 -877Jul/08 17.090 14.453 2.637 44.683 49.813 -5.130 -2.494Ago/08 16.021 11.927 4.094 47.241 49.390 -2.150 1.944Set/08 19.241 12.251 6.990 30.113 34.299 -4.186 2.803Out/08 14.458 12.848 1.610 29.046 35.295 -6.249 -4.639Nov/08 13.492 10.353 3.139 18.690 28.988 -10.298 -7.159.

Fontes: Banco Central e Centro de Informações da Gazeta Mercantil

IPCABolsa de Mercadorias & Futuros - em 5.1.2009(Contrato = cotação a futuro x R$ 50,00; cotação = pontos do índice)..

C o n t r. No- C o n t r. Vo l .

Ve n c . Abt. Negs. Neg. (R$) Abt. Min. M á x. Méd. Últ. Ajust. Osc..

Ja n / 0 9 - - - - s/cot. s/cot. s/cot. s/cot. s/cot. 2.895,743 Inalt..

Fonte: Bolsa de Mercadorias & Futuros.

TAXAS DE JUROS (% AO ANO)Acumulado em Acumulado no

Dez/08 Jan/09 30/Dez 2/Jan 5/Jan J a n e i ro Ano.

Selic (1) 1,12 1,07 13,66 13,67 13,67 0,102 1,07DI (1) 1,11 1,07 13,61 13,62 13,59 0,101 1,07DI - Futuro - Fev/09 - - 13,40 13,36 13,40 - -DI - Futuro - Mar/09 - - 13,23 13,26 13,25 - -DI - Futuro - Abr/09 - - 13,02 13,10 13,06 - -CDB Pré (2) 0,85 0,82 12,86 12,85 12,81 - 0,82CDB Pós (3) 0,80 0,80 10,00 10,00 10,00 - -TR (5) 0,2149 0,1840 0,2235 0,1728 - - 0,18TBF (5) 1,0567 1,0055 1,0654 0,9942 - - 1,01Poupança (6) 0,7160 0,6849 - 0,6737 - - 0,68Libor (4) - - 1,7750 1,7525 1,7938 - -Federal Funds - - 0,2500 0,2500 0,2500 - -Pr ime - - 3,2500 3,2500 3,2500 - -T-Note 2 anos (EUA) - - 0,7300 0,8300 0,7700 - -T-Note 5 anos (EUA) - - 1,4400 1,6600 1,6800 - -T-Note 10 anos (EUA) - - 2,0500 2,3700 2,4800 - -T-Bond 30 anos (EUA) - - 2,5600 2,7900 3,0300 - -.

Fontes: Andima, BM&F, Cetip, InvestNews, Bloomberg News, Banco Central do Brasil, Dow Jones Newswires e Centro de Informações daGazeta Mercantil. (1) Taxa over média. Projeção para o mês corrente; (2) Taxa média bruta; (3) + TR; (4) US$ - 6 meses; (5) % no período de30 dias iniciado na data de referência. (6) Rendimento em % a ser creditado no mesmo dia do mês seguinte. Obs.: Nas colunas referentesaos meses fechados e aos acumulados, as taxas são efetivas no periodo.

CÂMBIO - (R$/US$)Variação do Real (em %).

5/1/2009 C o m p ra Ve n d a Ágio/Ptax * (%) Dia Mês No ano.

Dólar (Ptax*) 2,2772 2,2780 - 2,27 2,59 2,59.

Dólar (Mercado **) 2,2520 2,2540 -1,05 3,46 3,68 3,68.

Turismo (SP) 2,1800 2,3200 1,84 3,02 3,88 3,88.

Turismo (RJ) 2,1800 2,5500 11,94 -3,53 -3,92 -3,92.

Pa ra l e l o 2,3000 2,5000 9,75 0,00 0,00 0,00.

Cabo (BC) 2,2290 2,2770 -0,04 3,51 3,60 3,60.

Cabo 2,3000 2,5000 9,75 0,00 0,00 0,00.

* Média do Banco Central ** Cotação no fechamento do mercado.

Fontes: Banco Central, InvestNews e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

TÍTULOS DE PAÍSES EMERGENTES(Preços em centavos por dólar 5/1/2009. Às 18:30 em New York).

Pa p é i s C o m p ra Ve n d a Va l B. Points Curr. Yid % YTM D u ra ç ã o.

BRASIL.

Brasil GLB-09 108,500 109,313 0,00% 197 13,26% 2,33% 0,75Brasil GLB-09N* 100,625 101,188 -1,28% 809 10,98% 8,53% 0,48Brasil GLB-10 110,500 111,875 0,00% 199 10,73% 2,49% 1,20Brasil GLB-10N* 109,500 110,000 -1,23% 277 8,41% 3,46% 1,68Brasil GLB-11 114,500 116,000 -0,43% 260 8,62% 3,48% 2,28Brasil GLB-12 111,750 116,875 0,00% 394 9,41% 4,91% 2,55Brasil GLB-13 122,000 122,938 0,00% 320 8,34% 4,50% 3,75Brasil GLB-14 125,000 126,000 0,00% 356 8,33% 5,05% 4,30Brasil GLB-15 113,375 114,500 0,49% 338 6,88% 5,10% 4,98Brasil GLB-16 102,313 104,250 -0,71% 965 11,99% 11,60% 4,89Brasil GLB-18 112,000 112,438 -1,37% 421 7,12% 6,18% 6,53Brasil GLB-19 122,000 123,000 0,00% 389 7,22% 5,95% 7,41Brasil GLB-20 149,500 152,000 0,33% 418 8,39% 6,18% 6,82Brasil GLB-22 102,125 105,000 -2,55% 951 11,90% 11,74% 6,81Brasil GLB-24 123,188 125,000 -0,40% 403 7,10% 6,30% 9,17Brasil GLB-24N* 123,375 125,000 -0,40% 403 7,10% 6,30% 9,18Brasil GLB-25 122,000 124,000 0,00% 403 7,06% 6,35% 9,33Brasil GLB-27 138,000 141,000 1,08% 378 7,18% 6,32% 9,94Brasil GLB-28 92,000 95,500 4,95% 851 10,73% 10,81% 7,91Brasil GLB-30 160,063 165,125 1,77% 396 7,42% 6,53% 10,08Brasil GLB-34 122,813 124,188 0,35% 371 6,64% 6,31% 11,83Brasil GLB-37 113,000 113,250 -0,39% 350 6,29% 6,13% 12,96Brasil GLB-40 131,313 131,500 -0,43% 555 8,37% 8,20% 10,93.

VENEZUELA.

Discount 99,700 99,950 0,00% (2.329,083) 0,96% 0,010 9,208DCB na na na - - - -FLRB 100,750 101,000 0,00% - - - -.

P E RU .

Discount 84,500 84,750 0,00% (951,738) 5,53% -7,40% 11,356FLIRB 100,250 100,500 0,00% (41,190) 2,59% 1,02% 4,848PDI 100,375 100,625 0,00% (22,479) 2,59% 1,02% 4,171.

POLÔNIA.

PA R 81,750 82,000 0,00% 1.478,566 4,88% 16,30% 5,387.

Obs.: N* = Título Novo.

Fonte: López León S/C Ltda.

ADR BRASILEIROS 5/1/2009Preços

US$/ADR Último Oscil. Vo l u m e 52 semanas

Cód. Emp./Ação* F e ch . negócio % ADR Maior Data Menor Data.

ABV/C Ambev (1 O) 38,50 18:12:23 1,32 6.200 83,87 28/02/2008 29,13 23/10/2008ABV Ambev (1 P) 45,39 18:44:27 -1,31 667.618 88,77 28/02/2008 30,06 10/10/2008ARA Aracruz (10 P) 11,78 18:44:20 2,26 813.201 92,22 30/05/2008 6,78 05/12/2008BBD Bradesco (1 P) 11,06 18:44:28 3,71 7.701.240 25,24 02/05/2008 7,40 20/11/2008BRP Brasil T Par (5 P) 43,02 18:44:30 4,54 186.222 85,65 10/06/2008 22,00 10/10/2008BTM Brasil Telec (3 P) 19,71 18:44:27 6,77 121.842 38,55 22/04/2008 9,49 10/10/2008BAK Braskem (2 P) 5,35 18:44:26 8,30 214.246 18,95 24/03/2008 4,24 05/12/2008C E DW Y Celesc (1 P) - - - - 22,15 14/01/2008 16,30 16/10/2008CIG Cemig (1 P) 14,15 18:44:31 -1,19 867.468 26,55 17/07/2008 9,31 10/10/2008CESQY Cesp (300 P) - - - - - - - -AESYY Cesp Tietê (3000 P) 6,55 18:17:11 8,99 2.900 11,70 06/08/2008 4,00 09/10/2008ELPVY Copel (1 O) 9,75 30/12/2008 0,00 500 69,14 11/07/2008 7,35 21/11/2008ELP Copel (1 P) 10,90 18:44:08 -1,89 297.401 21,86 21/07/2008 7,80 10/10/2008DEIPY Duke Energy (1 P) 7,00 18/12/2008 0,00 900 20,00 10/06/2008 6,50 21/11/2008CAIFY Eletrobrás (1 O) - - - - - - - -CAIGY Eletrobrás (1 P) - - - - - - - -ERJ Embraer (4 P) 18,65 18:44:31 7,74 1.133.528 48,50 27/02/2008 12,17 20/11/2008EMT Embratel Par (5000 P) - - - - - - - -GG B Gerdau (1 P) 7,44 18:44:30 5,83 5.613.887 26,22 19/06/2008 4,18 20/11/2008GOL Gol (1 P) 4,71 18:44:29 6,93 1.244.968 22,73 07/01/2008 2,93 27/10/2008IOCJY Iochp-Maxion (0 P) 1,23 17:29:13 4,24 38.926 12,00 11/03/2008 1,06 20/11/2008ITU Itaubanco (1 P) 12,94 18:44:28 2,54 5.357.256 25,77 02/05/2008 6,70 08/10/2008IKLBY Klabin (10 P) 15,50 18:43:01 6,51 15.400 43,90 16/05/2008 11,35 24/10/2008L O JAY Lojas Americ (1000 P) - - - - - - - -NETC Net Serviços (1 P) 6,46 18:44:08 4,03 473.935 15,80 19/05/2008 3,88 10/10/2008CBD P. Açúcar-Cbd (2 P) 27,47 18:44:27 -2,35 549.233 50,45 14/05/2008 21,26 10/10/2008CTPZY Paul Energia (1 P) 18,44 02/01/2009 0,00 940 32,15 15/07/2008 15,45 04/11/2008P DA Perdigão (2 P) 28,29 18:44:08 3,55 182.381 66,81 29/05/2008 20,86 08/10/2008PBR Petrobras (2 O) 26,95 18:44:31 3,81 24.014.208 77,61 21/05/2008 14,73 20/11/2008PRB/A Petrobras (2 P) 22,22 18:44:31 3,83 9.839.512 64,89 21/05/2008 12,34 20/11/2008P T B RY Petrobras Dis (2 P) - - - - - - - -RHA Rhodia-Ster (1 O) - - - - - - - -SBS Sabesp (2 O) 25,15 18:44:11 2,57 429.333 57,46 30/05/2008 13,89 10/10/2008S DA Sadia S/A (3 P) 4,99 18:44:09 1,63 420.916 26,27 29/05/2008 3,06 24/11/2008SID Sid Nacional (1 O) 15,18 18:44:31 10,56 5.537.306 52,46 19/05/2008 7,87 20/11/2008CSTBY Sid Tubarão (1000 P) - - - - - - - -TSU Tele Cl Sul (10 P) 13,85 18:44:27 0,36 695.730 44,25 27/02/2008 10,39 24/10/2008T RO Tele Ctr Oes (3000 P) - - - - - - - -BRP Tele Ctr Sul (5 P) 43,02 18:44:30 4,54 186.222 85,65 10/06/2008 22,00 10/10/2008TBE Tele Lest Cl (50000 P) - - - - - - - -TND Tele Nord Cl (20000 P) - - - - - - - -TCN Tele Nort Cl (1 P) - - - - 22,27 30/07/2008 12,50 23/01/2008TNE Tele Nort Les (1 P) 14,28 18:44:31 2,15 1.493.195 25,55 07/04/2008 10,17 20/11/2008TSD Tele Sudeste Cl (1 P) - - - - - - - -TBH Telebrás (1000 **) 11,16 18:27:30 1,46 16.700 24,28 09/04/2008 7,36 24/10/2008TMB Telemig Cl (2 P) 30,80 17:59:24 2,63 23.600 69,88 06/05/2008 24,27 20/11/2008TSP Telesp Part (1P) 20,22 18:43:38 3,89 114.324 30,68 07/08/2008 16,93 08/10/2008TBLEY Tractebel (5 O) 8,30 18:38:48 3,08 4.171 15,41 05/08/2008 6,50 24/10/2008TBLGY Tractebel (5 P) - - - - - - - -U G P. N Ultrapar (1 P) 22,88 18:44:29 2,74 77.122 40,81 14/05/2008 13,50 10/10/2008UBB Unibanco (10 Un) 72,31 18:44:27 2,55 993.698 161,25 02/05/2008 38,14 24/10/2008USNZF Usiminas (1 P) 13,20 18:30:52 3,53 19.433 58,05 19/05/2008 7,50 20/11/2008VCP V C P (1 P) 8,47 18:44:10 4,05 383.170 35,06 06/06/2008 4,74 05/12/2008RIO Vale R. Doce (1 O) 14,13 18:44:31 7,13 53.048.567 44,15 19/05/2008 8,80 20/11/2008RIO-P Vale R. Doce (1 P) 12,52 18:44:31 9,06 14.561.488 35,96 19/05/2008 7,78 20/11/2008VIV Vivo Part S/A (1P) 13,85 18:44:27 5,00 866.995 31,16 02/05/2008 7,76 24/10/2008.

(*) Entre parênteses estão a quantidade e o tipo da ação que cada ADR representa. O = ordinária, P = preferencial.(**) Cada ação representa as 12 companhias em que a Telebrás foi dividada..

Fontes: Bloomberg News e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

ADR — ÍNDICES DE PREÇOS - em 5.1.2009

Índice Quantidade (1) Índice dia % dia Índice mês % mês Índice ano % ano.

BNY Mellon Asia 36.303.063 97,94 0,07 97,87 0,07 95,04 3,05BNY Mellon LatinAmerica 62.972.026 221,26 3,81 213,14 3,81 202,16 9,45BNY Mellon Argentina 948.958 79,73 0,24 79,54 0,24 74,42 7,14BNY Mellon Brazil 53.113.679 251,32 4,24 241,09 4,24 226,85 10,79BNY Mellon Chile 890.100 159,31 0,56 158,43 0,56 154,34 3,22BNY Mellon Mexico 7.436.489 231,93 4,17 222,65 4,17 214,24 8,26.

Obs.: Adrs negociados em bolsas americanas. (1) Adrs negociados no dia..

Fonte: The Bank of New York.

TÍTULOS PÚBLICOSTaxa Referencial * (em % a.a.).

R e fe r e n c i a l Federal LFTE

Data Ano Mês Ano Mês.

26 Dez 13,66 1,52 - 0,0029 13,66 1,52 - 0,0030 13,66 1,52 - 0,0002 Jan 13,67 1,53 - 0,0005 13,67 1,53 - 0,00.

Fontes: Bacen, Andima e Centro de In-formações da Gazeta Mercantil.* Taxas expressas ao ano, tendo comobase 252 dias úteis.

SWAP - BM&F(Taxa Média em % a.a. -

05/01/2009).

PRAZO Pré x DI Dol x DI TR x DI.

30 13,37 42,04 11,4360 13,20 22,27 11,3591 13,05 16,17 11,29120 12,98 13,65 11,26150 12,77 12,05 11,17182 12,63 10,87 11,10210 12,49 10,43 11,04240 12,38 10,10 10,98270 12,29 9,81 10,95302 12,21 9,39 10,90330 12,14 9,17 10,87360 12,07 8,96 10,83.

Fontes: BM&F e Centro de Informações daGazeta Mercantil.(1) Taxa Efetiva para 252 dias úteis. (2) TaxaLinear para 360 dias corridos.

R E S E R VA S (Conceito liquidez internacional).

Data US$ bilhões.

18/12/2008 208,4719/12/2008 207,3522/12/2008 207,6623/12/2008 207,2124/12/2008 207,5126/12/2008 207,1029/12/2008 207,8030/12/2008 207,4731/12/2008 206,812/1/2009 206,19.

Fontes: Banco Central e Centro de infor-mações da Gazeta Mercantil

T Í T U LO S - C E T I P (Estoques-R$ Milhões).

Título 2/1/2009 5/1/2009.

CDB 675.888,06 678.022,34CDB Pré 25.729,72 25.654,37CDB TR 822,51 821,90CDB IGPM 56,12 57,11CDB SNA 649.277,68 651.486,93CDB Outros 2,03 2,03DI 106.635,41 103.576,76DI Pré 104.185,75 101.127,10DI TR 0,00 0,00DI IGPM 0,00 0,00DI Outros 2.449,67 2.449,67LC 270,02 270,14FDS 705,58 705,79RDB 71,13 69,08Debêntures 247.793,68 247.862,57LH 1.046,94 1.034,63Cine 75,88 73,77Ouro 0,00 0,00Exp. Notes 0,00 1.415,79LFT 0,00 0,00CM 0,00 0,00Demais Ativos SNA 76.155,15 76.181,56S WA P 268.431,68 253.580,88Cessão Créd. 0,00 0,00SMP 17.290,16 17.163,33To t a l 1.394.363,681.379.956,65.

Fontes: Cetip e Centro de Informações daGazeta Mercantil.

TAXA REFERENCIALDias Fator de

Período Úteis TR(%) Conversão .

12/12 a 12/01 19 0,1059 0,0121652013/12 a 13/01 19 0,1051 0,0121661914/12 a 14/01 20 0,1348 0,0121818415/12 a 15/01 21 0,1638 0,0122025416/12 a 16/01 21 0,1878 0,0121922317/12 a 17/01 21 0,1867 0,0121739118/12 a 18/01 20 0,1534 0,0122366319/12 a 19/01 19 0,1225 0,0122559920/12 a 20/01 19 0,0917 0,0122171121/12 a 21/01 20 0,1308 0,0121887422/12 a 22/01 21 0,1697 0,0121174223/12 a 23/01 21 0,1773 0,0120290324/12 a 24/01 21 0,1662 0,0120168825/12 a 25/01 20 0,1388 0,0119481526/12 a 26/01 20 0,1478 0,0119714427/12 a 27/01 20 0,1560 0,0120391828/12 a 28/01 21 0,1844 0,0121442829/12 a 29/01 22 0,1930 0,0122310930/12 a 30/01 22 0,2235 0,0121181331/12 a 31/01 22 0,2235 0,0121388701/01 a 01/02 21 0,1840 0,0120474702/01 a 02/02 20 0,1728 0,01201762.

Fontes:Banco Central (TR) e Centro de Infor-mações da Gazeta Mercantil.Obs.: Os fatores devem ser utilizados exclu-sivamente para pagamentos no vencimento.

CUSTO DO DINHEIRO(Em % no mês).

Mês CDB (1) CDI (2) Selic (2).

jan/08 0,71 0,92 0,93fev / 0 8 0,62 0,80 0,80mar/08 0,65 0,84 0,84abr/08 0,68 0,90 0,90mai/08 0,67 0,87 0,88jun/08 0,71 0,95 0,96jul/08 0,81 1,06 1,07ago/08 0,78 1,01 1,02set/08 0,82 1,10 1,10out/08 0,91 1,17 1,18n ov / 0 8 0,79 1,00 1,02dez/08 0,85 1,11 1,12jan/09 0,82 1,07 1,07.

Fontes: Anbid, Cetip, BCB e Centro de Infor-mações da Gazeta Mercantil.(1) Aplicações no 1º dia do mês.(2) Taxa efetiva (projetada no mês corrente)

JUROSDI Over taxa média 13,59% a.a.DI Over taxa média 1,52% a.m.Swap DI x pré (% a.a.) 30 dias 13,30/13,40Swap DI x pré (% a.a.) 60 dias 13,15/13,25Swap DI x pré (% a.a.) 91 dias 13,00/13,10

TBF30/12/2008 a 30/01/2009 1,0654% a.m.31/12/2008 a 31/01/2009 1,0654% a.m.01/01/2009 a 01/02/2009 1,0055% a.m.02/01/2009 a 02/02/2009 0,9942% a.m.

TJLPDe 01/01/2009 a 31/03/2009 6,25% a.a.

CUSTO DO CRÉDITO EM %L I N H A S 29/12/08 02/01/09 05/01/09.

Desc. Duplicata (antecipada a.m.)Empresas grande porte 1,39 / 3,83 1,39 / 3,83 1,39 / 3,83Empresas médio/pequeno porte 2,21 / 4,95 2,21 / 4,95 2,21 / 4,95.

Hot Money (taxa over - a.m.)Empresas grande porte 1,55 / 5,65 1,55 / 5,65 1,55 / 5,65Empresas médio/pequeno porte 1,62 / 6,90 1,62 / 6,90 1,62 / 6,90.

Capital de Giro Pré - (a.a.) 30 diasEmpresas grande porte 18,28 / 56,63 18,28 / 56,63 18,28 / 56,63Empresas médio/pequeno porte 30,79 / 123,96 30,79 / 123,96 30,79 / 123,96.

Conta Garantida - (taxa over - a.m.) 3,38 3,38 3,38.

Vendor Pré - (a.a.) 30 dias 39,55 39,55 39,55.

Capital de Giro Pós 120 dias(a.a. + TR) 12,00 12,00 12,00.

Vendor Pós - (a.a. + TR) 120 dias - - -.

Export Notes 30 dias(a.a. + C. Cambial) (0,31) / (0,41) (2,35) / (2,45) 4,90 / 5,00.

Operações 63 - 03 anos(a.a. + C. Cambial) 7,80 / 8,50 7,80 / 8,50 7,80 / 8,50.

ACC (a.a. + C. Cambial)30 dias 6,15 -- 6,60180 dias 6,40 -- 7,15ACE (a.a. + C. Cambial)30 dias 6,15 -- 6,60180 dias 6,40 -- 7,15.

Factoring - (prazo 30 dias)(Fator Anfac no período) 4,05 / 4,14 4,03 / 4,12 4,04 / 4,12.

Leasing - 36 meses(a.a. + C. Cambial) 30,00 30,00 30,00.

REPASSES DO BNDESFiname (máq. e equip. nacionais) * 7,25 / 8,75 7,25 / 8,75 7,25 / 8,75BNDES Autom. (Invest. fixos) * 7,25 / 8,75 7,25 / 8,75 7,25 / 8,75Finame Agrícola (máq. e impl. agríc.) * 7,25 / 8,75 7,25 / 8,75 7,25 / 8,75Finame Leasing (máq. e equip.) ** 10,75 10,75 10,75.

Fontes: Investnews, Anfac, BNDES e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.* Estas taxas incluem custo financeiro (TJLP) + spread básico (1 % a.a. ou 2,5 % a.a.) e devem ser acrescidas do spread de risco(negociado entre o cliente e o agente financeiro).O spread básico de 1 % destina-se a pequenas e médias empresas de qualquer região do Brasil e empresas de qualquer portelocalizadas na região amazônica, no nordeste e no sul do RS. **Spread básico de 4,5 % a.a.

BOVESPA FIXPreços de referência para o dia 5/1/2009.

DEBÊNTURES - Rodas de negociação com liquidação pelo saldo multilateral.

Preço de Preço deR e fe r ê n c i a R e fe r ê n c i a

para Liquidação para LiquidaçãoCódigo Empresa em D+0 em D+1.

Preço de Preço deR e fe r ê n c i a R e fe r ê n c i a

para Liquidação para LiquidaçãoCódigo Empresa em D+0 em D+1.

ABNB-D11 Abnote (NM) 10.301,05 10.306,27A LLL - D 4 1 ALL Amer Lat (N2) 10.371,20 10.376,46A LLL - D 5 1 ALL Amer Lat (N2) 10.504,93 10.510,26A LLL - D 6 1 ALL Amer Lat (N2) 10.005,66 10.010,73A M B V- D 1 1 A m b ev 10.005,16 10.010,23A M B V- D 1 2 A m b ev 10.005,20 10.010,27ANHB-D11 Au t o b a n 13.187,00 13.193,68ANHB-D12 Au t o b a n 12.526,26 12.532,61ANHB-D13 Au t o b a n 10.348,21 10.353,46BDLS-D11 Bradesco Lsg 169,74 169,83BDLS-D21 Bradesco Lsg 102.213,57 102.265,38BDLS-D31 Bradesco Lsg 169,74 169,83BDLS-D41 Bradesco Lsg 169,74 169,83BDLS-D51 Bradesco Lsg 112,44 112,49BESA-D11 Baesa 11.138,63 11.144,28BESA-D12 Baesa 12.193,79 12.199,97BFBL-D61 BFB Leasing 13,42 13,43BGPR-D11 Bgpar 860,52 860,96BNDP-D21 Bndespar 1.090,33 1.090,88BNDP-D31 Bndespar 1.072,23 1.072,78BNDP-D32 Bndespar 1.023,09 1.023,61BRKM-D21 Braskem (N1) 115.826,48 115.885,19BRKM-D31 Braskem (N1) 10.121,02 10.126,15BRKM-D41 Braskem (N1) 10.466,58 10.471,89BRML-D11 BR Malls Par 10.645,99 10.651,38BRML-D12 BR Malls Par 12.121,08 12.127,22B RTO - D 5 1 Brasil Telec (N1) 10.120,91 10.126,04B TOW- D 1 1 B2W Varejo 10.739,75 10.745,19BVLS-D11 BV Leasing 10.935,65 10.941,19BVLS-D12 BV Leasing 13.800,10 13.807,09BVLS-D21 BV Leasing 641.255,42 641.580,43BVLS-D31 BV Leasing 2.351,62 2.352,82BVLS-D41 BV Leasing 11.859,92 11.865,94BVLS-D42 BV Leasing 11.922,74 11.928,78C A N T- D 1 1 Agpar t 100.683,50 100.734,52CBEE-D31 Ampla Energ 11.165,62 11.171,28CBEE-D32 Ampla Energ 11,40% 11,40%CBEE-D41 Ampla Energ 10.595,02 10.600,39CCCI-D12 Camargo Cim 10.121,49 10.126,62C C RO - D 2 1 CCR Rodovias (NM) 7.855,12 7.859,11CEEB-D31 Coelba 14.116,95 14.124,10CEEB-D51 Coelba 6.077,45 6.080,53CEEB-D52 Coelba 11.156,37 11.162,03CEEB-D61 Coelba 10.809,00 10.814,47CEPE-D11 Celpe 20.423,79 20.434,14CEPE-D21 Celpe 8.773,39 8.777,84CEPE-D22 Celpe 10,95% 10,95%CEPE-D31 Celpe 10.042,47 10.047,56CESP-D01 Cesp 2.397,88 2.399,09CMGD-D11 Cemig Dist 14.098,56 14.105,71CMGD-D21 Cemig Dist 10.704,77 10.710,20C M G T- D 1 1 Cemig GT 16.013,43 16.021,54C M G T- D 1 2 Cemig GT 16.496,01 16.504,37CNCP-D31 Concepa 1.361,07 1.361,76CNCP-D41 Concepa 1.241,65 1.242,28CPFE-D31 CPFL Energia 10.456,46 10.461,76CPFP-D11 CPFL Piratin 10.005,27 10.010,34CPLE-D31 Copel 3.548,16 3.549,96CPLE-D41 Copel 10.468,89 10.474,19C P N Y- D 3 1 C o m p a ny 10.125,58 10.130,72CSNA-D41 Sid Nacional 10.576,89 10.582,25CSRN-D41 Coser n 10.121,76 10.126,89CTBC-D11 CTBC Telecom 100.054,04 100.104,75CYRE-D11 Cyrela Realt 10.349,88 10.355,12CYRE-D21 Cyrela Realt 10.000,00 10.005,07CYRE-D22 Cyrela Realt 10.684,38 10.689,79DA S A - D 1 1 Dasa 10.349,24 10.354,48DBEN-D41 Dibens Lsg 1.011.880,21 1.012.393,06DBEN-D42 Dibens Lsg 1.357,89 1.358,57DBEN-D51 Dibens Lsg 115,39 115,45EBEN-D31 Ebe 10.470,73 10.476,04E C N T- D 1 1 Econor te 468,76 469,00E C OV- D 1 1 E c ov i a s 10.225,75 10.230,93E C OV- D 1 2 E c ov i a s 12.727,01 12.733,46E C OV- D 1 3 E c ov i a s 13.298,66 13.305,40EKTR-D21 Elektro 12.831,47 12.837,98EKTR-D22 Elektro 10.510,35 10.515,68EKTR-D23 Elektro 11.887,90 11.893,92ELCA-D31 Caiuá 794,08 794,48ELPL-D01 Eletropaulo 10.428,76 10.434,05ELPL-D1A Eletropaulo 11.667,85 11.673,77E L M T- D 3 1 Subestação 913,46 913,92ENMA-D31 Cemar 11.117,45 11.123,08ENER-D61 Enersul 10.919,51 10.925,04ENGI-D11 Energisa 10.495,70 10.501,02ENGP-D31 B ra s i l i a n a 10.172,12 10.177,28ESCE-D11 Escelsa 10.121,37 10.126,50ESCE-D21 Escelsa 10.005,32 10.010,39GFSA-D41 Gafisa 10.497,70 10.503,02GFSA-D51 Gafisa 10.232,77 10.237,96GFSA-D52 Gafisa 10.232,77 10.237,96I G TA - D 1 1 Iguatemi 10.127,92 10.133,06I N V T- D 1 1 I nve s t c o 3.958,33 3.960,33ITPB-D21 Itapebi 10.188,52 10.193,69

ITPB-D22 Itapebi 9.626,88 9.631,76ITSP-D21 Itauseg 10.344,75 10.349,99ITSP-D22 Itauseg 10.346,37 10.351,61JMCD-D11 J. M a c e d o 9.003,78 9.008,34KSSA-D11 Klabin Segall (N1) 10.553,05 10.558,40KSSA-D12 Klabin Segall (N1) 11.177,13 11.182,79LAME-D21 Lojas Americ 6.670,28 6.673,66LAME-D22 Lojas Americ 6.670,28 6.673,66LAME-D31 Lojas Americ 10.351,98 10.357,23LBIC-D31 Bicleasing 10.005,83 10.010,90L U PA - D 1 1 Lupatech 11.719,50 11.725,44N A AG - D 1 1 A gr o e n e r g i a 10.825,30 10.830,78N D U T- D 1 1 Nova Dutra 9.359,23 9.363,98N D U T- D 1 2 Nova Dutra 3.273,48 3.275,14NETC-D61 Net (N2) 10.122,67 10.127,80PA L F - D 2 1 Paul F Luz 10.005,52 10.010,60PA L F - D 2 2 Paul F Luz 13.746,16 13.753,13PCAR-D51 P.Açúcar-CBD (N1) 11.677,00 11.682,91PDGR-D11 PDG Realt 10.005,42 10.010,50PETR-D21 Pe t r o b ra s 7,08% 7,08%PETR-D31 Pe t r o b ra s 8,48% 8,48%PITI-D21 LF Tel 115.536,01 115.594,57P RV I - D 0 1 P r ov i d ê n c i a 10.863,14 10.868,64R E N T- D 1 1 Localiza (NM) 10.366,05 10.371,31R E N T- D 2 1 Localiza (NM) 10.005,24 10.010,31RGEG-D21 Rio Gde Ener 9,60% 9,60%RGEG-D22 Rio Gde Ener 10.357,47 10.362,72RSID-D11 Rossi Resid 10.005,40 10.010,47SAPR-D11 Sanepar 666.065,07 666.402,66SAPR-D12 Sanepar 696.153,43 696.506,26SAPR-D13 Sanepar 850.259,39 850.690,33SAPR-D14 Sanepar 1.649.009,84 1.649.845,61SBSP-D61 Sabesp (NM) 1.190,35 1.190,95SBSP-D62 Sabesp (NM) 11,00% 11,00%SBSP-D63 Sabesp (NM) 11,00% 11,00%SBSP-D71 Sabesp (NM) 1.050,49 1.051,03SBSP-D72 Sabesp (NM) 10,80% 10,80%SBSP-D81 Sabesp (NM) 1.013,00 1.013,51SBSP-D82 Sabesp (NM) 10,75% 10,75%SBSP-D91 Sabesp (NM) 1.056,31 1.056,85SBSP-D92 Sabesp (NM) 1.072,78 1.073,33S N S T- D 2 1 Sanesalto 1.221,00 1.221,62STTZ-D41 Santher 10.597,29 10.602,66SUZB-D31 Suzano Papel (N1) 10,00% 10,00%SUZB-D32 Suzano Papel (N1) 813,26 813,67TA M M - D 1 1 Tam S/A 10.582,04 10.587,41TBLE-D11 Tra c t e b e l 9,29% 9,29%TBLE-D12 Tra c t e b e l 10.225,53 10.230,71TBLE-D21 Tra c t e b e l 11.538,52 11.544,37TLMP-D81 Telemar Part 10.316,33 10.321,56TLMP-D82 Telemar Part 10.319,72 10.324,95TMAR-D11 Telemar N L 10.464,28 10.469,58TMAR-D12 Telemar N L 10.470,49 10.475,80TMPE-D21 Ter mope 10.094,50 10.099,61TRFP-D11 Triunfo Part 1.923,02 1.923,99TRIS-D11 Tr isul 1.067,98 1.068,52T U P Y- D 3 1 Tu py 14.960,00 14.967,58ULBR-D21 Ulbra Receb 767,25 767,63UNCI-D21 Uni Cidade 400.297,83 400.500,71UNID-D11 Unidas 10.141,31 10.146,45U N I T- D 1 1 U n i ve r c i d a d e 285,28 285,42USIM-D41 Usiminas 105.754,56 105.808,16VA L E - D 7 1 Vale R Doce (N1) 10.148,68 10.153,82VA L E - D 7 2 Vale R Doce (N1) 10.149,02 10.154,17VINE-D51 Vicunha Text 9.272,77 9.277,47VO E S - D 1 1 V I AO E S T E 8.672,59 8.676,99VO E S - D 1 2 V I AO E S T E 10.680,99 10.686,40VO E S - D 1 3 V I AO E S T E 9.998,50 10.003,57VTRF-D41 Vo t o ra n t i m 11.007,56 11.013,13.

CRI - Rodas de negociação comliquidação pelo saldo multilateral.

Preço de Preço deR e fe r ê n c i a R e fe r ê n c i a

para Liquidação para LiquidaçãoCódigo Empresa em D+0 em D+1.

AG S S - C 3 1 Agora Sec 276.676,49 276.816,72BRCS-C71 BRC Securit 310.900,21 311.057,78IMIG-C11 I m i gra n t e s 301.076,50 301.229,09IMIG-C21 I m i gra n t e s 280.365,53 280.507,62RBCS-C03 RB Crédito 363.171,79 363.355,85RBCS-C04 RB Crédito 363.541,04 363.725,30RBRA-C27 Rio Bravo 104.733,86 104.786,94RBRA-C28 Rio Bravo 239.280,04 239.401,31RBRA-C31 Rio Bravo 409.239,17 409.446,58RBRA-C44 Rio Bravo 326.854,23 327.019,89WTSC-C11 WT Securit 339.567,42 339.739,53WTSC-C21 WT Securit 278.898,66 279.040,01WTTC-C11 WT TC 342.324,37 342.497,87.

Os demais títulos são negociados nas rodas para liquidação bruta doBovespa Fix e no Soma Fix.

CLEARING DE CÂMBIO – BM&Fem 5.1.2009.

OPERAÇÕES CONTRATADAS VALORES LÍQUIDOS COMPENSADOS.

C o n t ra t a ç ã o Liquidação O p e ra ç õ e s Valor (US$) Valor (R$) Liquidação Valor (US$) Valor (R$).

05/01/2009 06/01/2008 2 3.000.000,00 6.977.800,00 05/01/2009 54.850.000,00 127.195.700,0005/01/2009 07/01/2009 195 1.403.665.000,00 3.197.688.550,00 06/01/2008 749.250.000,00 1.743.369.200,00

07/01/2009 511.190.000,00 1.167.710.780,00.

Fonte: Bolsa de Mercadorias & Futuros.

L AT I B E X 5/1/2009

F e ch . Último Oscil.52 semanas

Cód. Empresa* ( E u ro s ) negócio % Vo l u m e Maior Data Menor Data.

XAMXL América Móvil - MÉX (20) 24,38 05/01/2009 9,62 7.060 42,99 18/04/2008 19,30 24/10/2008XARAB Aracruz P - BRA (1) 0,87 05/01/2009 6,10 8.323 5,92 06/06/2008 0,54 05/12/2008XBCH Banco de Chile - CHI (600) 23,97 05/01/2009 5,09 500 39,87 19/03/2008 17,24 13/10/2008XBRSB Banco R. de La Plata - ARG (1) 1,25 05/01/2009 0,00 - 1,75 07/01/2008 1,25 19/11/2008XGFBB BBVA Bancomer O - MÉX (20) - - - - - - - -XBFR BBVA Francês O - ARG (1) 0,81 05/01/2009 0,00 - 1,90 15/01/2008 0,74 16/12/2008XBBDC Bradesco P - BRA (1000) 8,09 05/01/2009 9,24 14.106 16,30 02/05/2008 5,79 27/10/2008XBRPO Bradespar O - BRA (10000) 5,81 05/01/2009 0,00 - 21,50 21/05/2008 5,50 23/10/2008XBRPP Bradespar P - BRA (10000) 6,64 05/01/2009 5,06 4.992 21,01 19/05/2008 4,93 05/12/2008XCMIG Cemig P - BRA (1) 10,55 05/01/2009 6,35 7.286 16,68 17/07/2008 8,99 29/12/2008XCOP Copel P - BRA (1000) 8,28 05/01/2009 6,15 2.775 13,70 17/07/2008 6,64 08/10/2008X DY S D&S - CHI (15) 17,82 05/01/2009 2,89 2.000 23,95 31/01/2008 11,19 12/12/2008X E LTO Eletrobras O - BRA (500) 7,97 05/01/2009 -4,55 1.055 12,87 06/08/2008 6,43 24/10/2008X E LT B Eletrobras P - BRA (500) 8,36 05/01/2009 6,77 3.867 11,13 06/08/2008 6,21 24/10/2008XEOC Endesa - CHI (30) 25,30 05/01/2009 3,48 2.198 33,50 30/05/2008 21,19 13/10/2008XENI Enersis - CHI (50) 9,56 05/01/2009 3,13 5.001 12,79 28/05/2008 7,71 10/10/2008X GG B Gerdau P - BRA (1) 5,42 05/01/2009 9,50 10.186 16,88 19/06/2008 3,50 20/11/2008XNET Net Serviços P - BRA (10) 4,63 05/01/2009 7,93 10.843 10,18 20/05/2008 3,49 21/11/2008XPBR Petrobras O - BRA (1) 9,70 05/01/2009 6,48 7.277 27,05 21/05/2008 6,17 20/11/2008XPBRA Petrobras P - BRA (1) 8,08 05/01/2009 7,88 16.782 23,40 22/05/2008 5,38 05/12/2008XSBP Santander Bancorp - P. RICO (1) 9,38 05/01/2009 7,20 5.379 10,00 22/09/2008 4,87 07/01/2008XSUZP Suzano P - BRA (1) - - - - - - - -XSUPT Suzano Pet P - BRA (1) 0,31 05/01/2009 0,00 - 0,31 02/06/2008 0,30 07/01/2008XTMXL Telmex - MÉX (20) 15,17 05/01/2009 5,20 4.900 18,61 29/09/2008 12,27 10/03/2008X VA L O Vale do Rio Doce O - BRA (1) 9,66 05/01/2009 4,43 7.797 28,49 21/05/2008 7,14 05/12/2008X VA L P Vale do Rio Doce P - BRA (1) 8,63 05/01/2009 7,88 9.161 23,30 19/05/2008 6,50 05/12/2008X VO L B Volcan - PERU (10) 2,57 05/01/2009 -0,77 11.822 14,64 13/03/2008 2,20 18/12/2008.

(*) Entre parênteses estão as quantidades de ações que cada papel representa. O = ordinária, P = preferencial..

Fontes: Bloomberg News, Bolsa de Madri e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

EURO LIBOR(Em % ao ano - 05/01/2009).

LIBOR - Empréstimos interbancários ( E U RO ) .

Banco 1 mês 3 meses 6 meses 1 ano.

B a r c l ay s 2,40000 2,75000 2,90000 3,00000BTMU 2,54000 2,82000 2,91000 2,99000Citibank 2,54000 2,82000 2,91000 2,99000Deutsche Bank 2,57000 2,85000 2,99000 3,14000UBS 2,60000 2,84000 2,97000 3,04000Taxa BBA * 2,52375 2,81375 2,91063 2,99938.

* Taxa da British Bankers' Association com base em informações de 16 bancos..

Fontes: Bloomberg News e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

EURODÓLARES - LONDRES(Em % ao ano - 05/01/2009).

LIBOR - Empréstimos interbancários (US$).

Banco 1 mês 3 meses 6 meses 1 ano.

B a r c l ay s 0,45000 1,45000 1,80000 2,45000BTMU 0,53000 1,45000 1,80000 2,15000Citibank 0,38000 1,38000 1,73000 2,00000Deutsche Bank 0,35000 1,40000 1,80000 2,06000UBS 0,43000 1,43000 1,81000 2,13000Taxa BBA * 0,42875 1,42125 1,79375 2,09250.

Depósitos.

Moeda 1 mês 3 meses 6 meses 1 ano.

Dólar americano 0,3000 0,9000 1,0000 1,7500 1,5000 2,5000 1,7500 2,7500Dólar canadense ND ND ND ND ND ND ND NDEuro 2,4000 2,6500 2,6500 2,9000 2,8000 3,0500 2,9000 3,0600Marco alemão 2,4000 2,6500 2,6500 2,9000 2,8000 3,0500 2,9000 3,0600Franco suíço 0,3300 0,4300 0,3500 0,8500 1,3050 1,3450 ND NDFranco francês 2,4000 2,6500 2,6500 2,9000 2,8000 3,0500 2,9000 3,0600Florim holandês 2,4000 2,6500 2,6500 2,9000 2,8000 3,0500 2,9000 3,0600.

* Taxa da British Bankers' Association com base em informações de 16 bancos..

Fontes: Bloomberg News e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

BOLSAS INTERNACIONAISÍNDICES DE FECHAMENTO

Fontes: Agências Internacionais e Centro de Informações da Gazeta Mercantil.

Amsterdã 261,78 1,37 6,44 6,44Bangcoc 478,69 6,39 6,39 6,39Bogotá 7.672,85 0,65 1,48 1,48Bombaim 10.275,60 3,19 6,51 6,51Br uxelas 2.004,32 1,19 5,01 5,01Budapeste 12.818,73 4,71 4,71 4,71Buenos Aires 1.151,80 0,74 6,68 6,68C a ra c a s Fer iado – – –C i n g a p u ra 1.924,87 5,20 9,27 9,27Copenhague 275,38 5,86 11,17 11,17DJSI 791,45 0,06 3,16 3,16Estocolmo 693,76 0,00 4,75 4,75Eurofirst 300 873,01 1,89 4,93 4,93Frankfur t 4.983,99 0,22 3,61 3,61Hong Cong 15.563,31 3,46 8,17 8,17Jacar ta 1.437,34 6,04 6,04 6,04J o a n e s bu r g o 22.304,43 2,48 3,70 3,70Kuala Lumpur 920,66 2,94 5,01 5,01Lima 7.330,25 3,99 3,99 3,99

Londres 100 ações 4.579,64 0,39 3,28 3,28Madr i 1.023,48 1,67 4,87 4,87Manila 1.974,69 5,44 5,44 5,44M éxi c o 23.238,86 -0,05 3,84 3,84Milão 15.769,00 1,70 4,46 4,46Nasdaq 1.628,03 -0,26 3,23 3,23N Y - Dow Jones 8.952,89 -0,91 2,01 2,01Par is 3.359,92 0,31 4,41 4,41Santiago 2.441,93 0,22 2,76 2,76Seul 1.173,57 1,40 4,37 4,37Shenzen B 280,58 3,43 3,43 3,43Sidnei 3.687,00 -0,72 -0,95 -0,95Ta i p é 4.698,31 2,33 2,33 2,33Tó q u i o 9.043,12 2,07 2,07 2,07To r o n t o 9.285,51 0,56 3,31 3,31We l l i n g t o n 2.744,89 1,07 1,07 1,07Xangai SE A 1.974,72 3,29 3,29 3,29Zur ique 5.756,09 4,00 4,00 4,00FTSE4Good 3.989,10 0,04 2,07 2,07

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Local 5/1/2009 No dia No mês No ano.Local 5/1/2009 No dia No mês No ano.

NASDAQ(continuação)

Preços em dólares.

Empresas 5 Jan 2 Jan.

NY - NYSE(continuação)

Preços em dólares.

Empresas 5 Jan 2 Jan.

NY - NYSE(continuação)

Preços em dólares.

Empresas 5 Jan 2 Jan.

NY - NASDAQPreços em dólares.

Empresas 5 Jan 2 Jan.

Apple Computer 94,58 90,75Adobe Systems 23,13 23,02Au t o d e s k 20,88 20,68Akamai Tech 16,18 15,74Altera Corp 17,32 17,10Applied Materials 10,67 10,67Amgen 59,65 58,99Amylin Pharma 11,42 10,96Amazon com 54,06 54,36Apollo Group 77,67 78,37Activision 8,75 9,12Bed Bath & Beyond 25,57 26,49Biogen Idec 47,44 48,49Broacom 17,58 17,57Cadence Design 3,98 3,84Celgene Corp 54,36 56,49Cephalon Inc. 80,26 77,67Check Point Soft 20,21 19,74CH Robinson W 53,75 55,85Comcast 17,03 17,99Costco Wholesale 52,29 53,35Cisco 17,11 16,96

Cintas 23,66 23,87Cognizant Tech 19,03 19,12Citr ix 23,68 24,36Dell Computer 10,61 10,75Dentsply Inter 28,15 29,11Discovery Comm 14,80 14,65EchoStar Comm 11,49 11,74eBay Inc 14,77 14,66Ericsson LM 7,99 8,10Electronic Arts 16,70 17,44Express Scripts 57,12 56,69Expeditors Inter 33,47 34,43Expedia Inc 9,20 8,79Fastenal Co 36,40 36,51Fiserv Inc 38,14 38,19Flextronics Inter 2,77 2,83Foster Wheeler Ltd 26,76 25,22Genzyme Corp 67,70 68,07Gilead Sciences 51,00 52,18Google 328,05 321,32Garmin Ltd 22,00 21,77InterActiveCor p 16,11 16,09Infosys Tech 25,99 25,15Intel Corp 14,91 15,20Intuit Inc 24,87 24,40Intuitive Surgical 125,54 132,41Juniper Networks 18,49 18,39Joy Global 25,65 25,05KLA -Tencor 22,40 22,48Lamar Advertising 14,75 14,06Liberty Global 16,66 17,28Liberty Media Inter 3,47 3,39Linear Technology 22,71 22,81Logitech Inter 16,11 16,07Lam Research 21,99 22,04Level 3 Comm Inc 0,83 0,72Microchip 19,35 19,57Millicom Int Cellular 50,15 48,15Monster Worldwide 12,30 12,59Marvel Tech 7,02 7,11Microsoft 20,52 20,33NII Holding 21,77 21,26Network Appliance 14,39 14,77Nvidia 8,87 8,71O ra c l e 18,09 18,41Pay c h ex 26,42 26,94Pa c c a r 30,68 30,88Patterson Cos 19,23 19,42Petsmart Inc 18,87 19,05Patterson - UTI 12,91 12,58Qualcomm 36,45 37,05Research In Motion 43,30 41,92Ross Stores 30,27 30,81Ryanair Hold Plc 29,58 30,54S t a r bu ck s 9,92 9,84S e p ra c o r 11,98 11,32Sears Holding 41,32 41,49Sigma - Aldrich 41,61 43,24Sirius Sat Radio 0,13 0,12Scandisk 12,13 11,08Staples 18,53 18,79Symantec 14,30 14,80Teva Pharma 42,82 42,65Te l l a b s 4,20 4,20UAL Corp 11,45 11,87Virgin Media Inc 5,03 5,11VeriSign Inc 20,54 20,62Vertex Pharma Inc 32,15 30,69Whole Foods Market 10,17 9,89Wynn Resorts 52,30 47,42Xilinx 18,24 18,36Ya h o o ! 12,86 12,85

Praxair Inc 63,87 62,43Procter Gamble 62,35 62,80Pub Svc Ent Gp 30,63 30,05Qwest Comm 3,48 3,69RadioShack Corp 12,45 12,47Raytheon Co 52,49 52,00RH Donnelley 0,24 0,17Rockwell Automation 34,06 34,04Royal Dutch Shell B 53,33 53,53Sara Lee Corp 10,04 10,13Schering Plough 17,69 17,35Schlumberger 46,82 45,62Sony Corp 21,43 21,90Sunoco Inc 45,04 43,88TDK Cp 37,27 37,32Tenet Hlthcare 1,10 1,27Texas Instru 15,86 16,04Textron Inc 15,08 15,37Time Warner 10,50 10,63Timken Co 20,41 20,73Toyota Mot 65,62 66,37Tyco Intl Ltd 23,33 22,74Unilever PLC 23,49 23,71Union Pacific 52,05 50,13Unisys Cp 1,18 1,03UnumProvident Corp 19,45 18,43US Steel Corp 39,48 39,51UST Inc 69,46 69,46Utd Technologies 54,30 54,95Varian Med Sys 34,34 36,28Verizon Comm 32,48 34,64Viacom 21,64 21,15Viacom B 20,12 19,73Viad Corp 25,10 24,64Visa Inc 53,82 53,44WalMart Strs 56,52 57,18Wells Fargo & Co 28,06 30,00Weye r h a u s e r 31,93 31,89Whir lpool 46,46 43,62Wye t h 38,07 38,39Xerox Corp 8,90 8,38Zapata Corp 6,02 6,05

Gen Motors 3,71 3,65GenCor p 3,69 3,74Genesco Inc 17,70 17,07Goldman Sachs Grp 88,78 86,76Goodrich, BF 39,57 39,71G o o d ye a r 6,97 6,51Grt Atl Pac 6,70 6,99Heinz 38,78 38,93Hess 58,56 57,25Hewlett Packard 36,33 36,81Hitachi 39,73 39,41Holly Corp 20,06 18,68Home Depot 24,71 24,13Honda Motors 21,37 21,81Honeywell Intl 34,48 34,66IBM 86,82 87,37Ingersoll Rand 18,88 18,82Int Flav Frag 30,36 30,60Intl Paper 12,00 12,43JC Penney 21,52 20,51Johnson & Johnson 60,05 60,65JP Morgan Chase 29,25 31,35Kellogg Co 44,79 45,05Kimberly Clark 52,98 53,65Konami Co 25,28 26,48Kroger Co 26,67 26,54Kubota Cp 35,25 36,45Kyocera Corp 71,87 73,01Limited Inc 10,96 10,73Lincoln Natl 21,81 19,95Lockheed Martin 83,85 85,55Loews Corp 29,81 29,77Manpower Inc 34,69 34,96Marathon Oil 29,34 28,98Marsh & McLennan 24,52 24,94Masco Corp 11,73 11,37Massey Energy Co 17,09 16,19Mattel Inc 16,35 16,65McDonalds Corp 63,56 63,75McGraw Hill 24,59 24,61Merck & Co 30,53 31,00Merrill Lynch n/rec n/recMilacron Inc 0,09 0,09Mitsub UFJ Fn 6,27 6,30MizuhoFnl ADS 6,37 5,91Motorola Inc 4,48 4,67Nabors Ind 12,91 13,27Nat Semi 10,79 10,82Navistar Intl 30,10 24,43Newmont Mining 38,82 40,33Nidec Corp 10,08 9,86Nippon T&T 26,48 27,17NIS Group 0,25 0,22NL Indust 13,64 13,57Nokia Corp 15,92 15,98Nomura Holdings 8,30 8,39Norfolk Sthn 48,50 49,07Northrop Grumman 49,30 46,60NTT DOCOMO 19,50 19,80Occid Petl 61,74 62,16OfficeMax 7,84 7,85Olin Corp 18,55 18,17Orix Corp 27,92 28,84Panasonic Corp 12,42 12,62PepsiAmericas Inc 20,50 20,69Pe p s i C o 55,60 55,97Pfizer Inc 18,16 18,27PG&E Corp 38,70 38,81Pitney Bowes 25,90 26,44Potom Elec 18,42 18,25PPG Inds 43,28 43,55

NY - NYSEPreços em dólares.

Empresas 5 Jan 2 Jan.

3M company 58,50 59,19Abbott Labs 52,64 53,56Advantest Corp 16,53 16,53Aetna 29,24 29,41AFLAC Inc 45,66 46,28Alcatel-Lucent 2,29 2,25Alcoa Inc 11,86 12,11Allegheny Energy 35,12 34,24Altria Group 15,38 15,20Am Ele Pwr 33,69 34,00Am Express 19,95 19,33Am Intl Grp 1,66 1,69AMR Corp 11,22 11,13Aon Corp 44,11 45,12Arbitron Inc 13,91 13,78Arch Dan Mid 29,08 29,19ASA Ltd 48,25 50,00Ashland Inc 10,74 11,02AT&T Corp 28,43 29,42Avon Products 24,81 25,10Bank of America 13,98 14,33Bank of NY 27,73 28,52Baxter Intl 54,24 55,08Becton Dickinson 69,11 69,86Black Deck 44,85 43,78Boeing Co 46,17 45,25Boston Scientific Corp 7,56 7,88BP Amoco PLC 49,03 48,45Brist Myr Sqb 23,23 23,88Brunswick Corp 5,19 4,65Burl Nth Sfe 79,10 78,45Campbell Soup 30,40 30,43Canon Inc 30,98 31,71Cater pillar 46,08 46,91ChevronTexaco Corp 76,66 76,52C i t i gr o u p 7,08 7,14CMS Engy 10,71 10,45CocaCola 45,44 45,90C o l g a t e - Pa l m o l i ve 68,03 69,32Computer Sci 37,56 37,10Con Edison 39,47 39,26ConAgra Foods 16,62 16,80ConocoPhillips 55,47 54,85Corning Inc 10,58 10,05Crane Co 18,13 18,07CSX Corp 35,34 34,62Cur tis-Wright 35,14 34,07DaimlerChr ysler 36,37 39,11Deere Co 42,89 41,51Diebold Inc 29,09 28,77D i s n ey 23,50 23,92Dow Chemical 15,05 15,41DTE Energy Co 36,58 36,21Duke Energy 15,77 15,40D u Po n t 26,33 26,18East Kodak 7,10 6,87Eaton Corp 51,92 51,82Edison Intl 33,43 33,03Eli Lilly 39,46 40,57EMC Corp 10,70 10,86Emerson Elec 37,31 37,95Entergy 85,44 84,69Exxon Mobil Corp 81,63 81,64Ferro Inc 6,96 7,17Foot Locker inc 8,21 8,17Ford Motor 2,58 2,46Fortune Brands 42,42 42,81FPL Group 51,94 51,66G AT X 32,15 31,38Gen Dynamics 59,74 59,76Gen Electric 16,63 17,07Gen Mills 60,80 60,36

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GAZETA DO BRASILB8 | SÃO PAULO — Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

ABNOTE (ABNB - NM)DRI: Carlos Affonso Seigneur D́a l bu -querquePrograma de Recompra de AçõesEnviou o seguinte comunicado aomercado: a American Banknote S.A.(BOVESPA: ABNB3) - ABnote, líder nofornecimento de soluções envolven-do cartões plásticos, sistemas deidentificação e gestão de serviçosgráficos nos mercados onde opera,informa que o seu Conselho de Admi-nistração, em reunião realizada em30/12/2008, autorizou a diretoria aimplementar um novo programa derecompra de ações ordinárias de pró-pria emissão, em conformidade comas disposições da Instrução CVM10/80, nos termos apresentados abai-xo: objetivo: aquisição de ações daCompanhia, sem diminuição do capi-tal social, para permanência em te-souraria, posterior alienação e/ou fa-zer frente às obrigações da Compa-nhia decorrentes dos planos deopção de compra de ações; prazo:365 dias contados desde 30/12/2008,expirando-se em 29/12/2009; quanti-dade de ações em circulação no mer-cado: O capital social da Companhiaé representado por 51.500.000 açõesordinárias, das quais 16.887.049 per-tencem ao acionista controlador e462.100 encontram-se atualmenteem tesouraria. Nos termos da Instru-ção CVM 10, a Companhia tem, por-tanto, em circulação, 34.150.851ações ordinárias; quantidade máxi-ma de ações a serem adquiridas:1.537.900 ações ordinárias, corres-pondentes a 4,50% das ações em cir-culação; Instituições financeiras queatuarão como intermediárias: UBSPactual Corretora de Títulos e Valo-res Mobiliários S.A., com endereço naAvenida Brigadeiro Faria Lima 3729,10º andar - parte, Cep 04538-133, SãoPaulo, SP, CNPJ/MF 43.815.158/0001-22 e Credit Suisse (Brasil) S.A CTVM,com endereço na Avenida BrigadeiroFaria Lima, 3064, 13º andar, São Pau-lo, SP, CNPJ: 42.584.317/0001-07. Hajavista que tal quantidade está abaixodo limite máximo, o Conselho de Ad-ministração poderá rever a qualquertempo a quantidade ora autorizada,complementando o limite legal per-mitido. Fica atribuída à diretoriacompetência para determinar a con-veniência e oportunidade da realiza-ção das operações, bem como asquantidades de ações a serem nego-ciadas, observados os limites estabe-lecidos. Este novo programa tem co-mo finalidade a criação de valor paraos acionistas da ABnote, em razão dodesconto atual das ações da compa-nhia no mercado.ALTERE SEC (ALTR)DRI: Jorge Carlos NunezCRIs da 1ª Emissão, 12ª Série, Ex-juros eEx-amortizaçãoEm 8/1/2009 a Altere Securitizado-ra S.A. pagará juros, no valor de R$93,27/CRI, e amortização, no valorde R$ 2.851,47/CRI da 1ª emissão,12ª série.Nota: a partir de 8/1/2009 CRIs da 1ªemissão, 12ª série, ex-juros e ex-amor-tização.BANESE (BGIP)DRI: Vera Lúcia de OliveiraDistribuição de Juros sobre o CapitalPróprio

Enviou o seguinte aviso aos acionis-tas: comunicou aos acionistas que oConselho de Administração do Bane-se, aprovou em 23/12/2008 ad refe-rendum da Assembléia Geral Ordiná-ria de 2009, a proposta da diretoria dainstituição para pagamento de jurossobre capital próprio relativo ao se-gundo semestre de 2008, no montan-te de R$ 3.361.135,67 conforme previs-to no parágrafo 7º do artigo 9º da Lei9.249/95. Os juros sobre capital pró-prio serão pagos de maneira indivi-dualizada no dia 15/1/2009, da se-guinte forma: 1. Os acionistas corren-tistas do Banese terão seus créditosdisponíveis na data do pagamento,de acordo com a sua conta corrente edomicílio fornecido ao Banese; 2. Osacionistas não correntistas recebe-rão o pagamento dos juros sobre ca-pital próprio em qualquer agência darede Banese mediante apresentaçãode documento de identificação e CPFou CNPJ. 3. Os acionistas de outros Es-tados receberão seus créditos viatransferência eletrônica disponível(TED), conforme informações cadas-trais; 4. Os juros relativos às açõescustodiadas na CBLC - CompanhiaBrasileira de Liquidação e Custódiaserão pagos à referida CBLC, que osrepassará aos acionistas titulares porintermédio das Corretoras depositan-tes; 5. Os acionistas com cadastro de-s a t u a l i z a d o , s e m o n ú m e r o d oCPF/CNPJ ou indicação do ban-co/agência e conta corrente, os jurosserão pagos através de aviso de cré-dito no momento que os interessa-dos providenciarem a regularizaçãode seu cadastro, pessoalmente, emuma das agências, munidos de cópiada Carteira de Identidade e Compro-vante de Residência, e no caso depessoa jurídica, cópia do Contrato So-cial. O pagamento de juros sobre ca-pital próprio relativo ao segundo se-mestre de 2008, será no valor brutode R$ 0,303666386 por ação para asações ordinárias nominativas e R$0,334033024 por ação para as açõespreferenciais nominativas, com re-tenção de 15% de imposto de rendana fonte, exceto para os acionistascomprovadamente imunes ou isen-tos, resultando em juros líquidos deR$ 0,258116428 por ação para asações ordinárias nominativas e R$0,283928070 por ação para as açõespreferenciais nominativas, com basena posição acionária de 26/12/2008,passando as ações, a partir de29/12/2008, a serem negociadas nasBolsas de Valores ex esses juros so-bre o capital próprio, imputados aosvalores a serem pagos aos dividen-dos futuros.Nota: desde 29/12/2008, ações nomi-nativas ex-juros.BANPARÁ (BPAR)DRI: Amaury Valente de SouzaDistribuição de Juros sobre o CapitalPróprioNa RCA de 17/12/2008 foi tomada aseguinte deliberação, entre outras:item 1 - pagamento de juros sobre ca-pital próprio relativo ao exercício de2008. O presidente deu ciência que adiretoria Executiva aprovou o Voto029/2008, da diretoria de Planejamen-to e Controladoria, de 17/10/2008,que trata da proposta de pagamentode juros sobre capital próprio (JCP),

ano 2008, conforme previsto na Lei9.249 de 26/12/95. Enfatiza o voto queo JCP está sujeito à incidência de im-posto de renda na fonte à alíquota de15% na data do pagamento ou crédi-to ao beneficiário. Já os dividendossão calculados com base no lucro lí-quido do exercício após a provisãopara o imposto de renda e a contri-buição social sobre o lucro. Desta for-ma, como a soma desses tributos su-peram os 15% de IRRF deduzidos doacionista pelo pagamento do JCP, sobo aspecto tributário é mais vantajosaa adoção desta modalidade de distri-buição de lucros. Nestes termos, oBanco poderá pagar JCP ao Estado,acionista controlador, e, evidente-mente, aos acionistas minoritários,beneficiando-se da redução do Im-posto de Renda e da Contribuição So-cial sobre o Lucro. O Voto evidenciaque de acordo com os cálculos efe-tuados pela Superintendência deControladoria e Contabilidade - Su-c o n , o J C P i m p o r t o u e m R $6.347.721,67, correspondendo a R$0,00066666 bruto por ação, cabendoao acionista controlador a importân-cia de R$ 6.346.242,65 e aos acionistasminoritários a importância de R$1.479,02. Ressalta, igualmente, que oEstatuto Social do Banco, em seu ar-tigo 23, inciso XIII, estabelece que,além das atribuições previstas em lei,compete ao Conselho de Administra-ção, deliberar quanto ao pagamentode juros sobre o capital próprio. Des-ta forma, a diretoria Executiva, tendoaprovado o Voto da diretoria de Pla-nejamento e Controladoria, traz à de-liberação deste Conselho a propostado pagamento de juros sobre capitalpróprio relativo ao exercício de 2008,no valor de R$ 6.347.721,67, com o cor-respondente crédito a ser registradocontabilmente em 31/12/2008, de for-ma individualizada a cada acionista,e efetivo pagamento na data de30/4/2009. Esta é a proposta. Em19/12/2008. Cláudio Alberto CasteloBranco Puty - presidente. Colocada amatéria em discussão e votação, estafoi aprovada por unanimidade. En-viou, também, o seguinte comunica-do ao Mercado: em complemento àsdeliberações da RCA de 19.12.2008, in-formo que a posição acionária refe-rente ao pagamento dos juros sobrecapital próprio referido na RCA serádivulgado oportunamente, medianteaviso aos acionistas.BICBANCO (BICB - N1)DRI: Milto BardiniAlienação de Participação AcionáriaEnviou o seguinte comunicado rece-bido da Farallon Capital Manage-ment, L.L.C.: em cumprimento ao queestabelece o artigo 12, parágrafo 4º,da Instrução CVM 358, de 3/1/2002,Farallon Capital Management, L.L.C.,sociedade constituída e existente deacordo com as leis do Estado de De-laware, dos Estados Unidos da Amé-rica, com sede em One Maritime Pla-za, Suíte 1325, San Francisco, CA,94111, Estados Unidos da América(Farallon), na qualidade de adminis-tradora de investimento no exterior(investment adviser), comunica que,através de operações realizadas embolsa de valores, por conta de seusclientes, Farallon Capital Partners,L.P.; Farallon Capital InstitutionalPartners, L.P.; Farallon Capital Institu-tional Partners II, L.P.; Farallon CapitalInstitucional Partners III, L.P.; TinicumPartners, L.P.; Farallon Capital Offsho-re Investors, Inc..; Farallon CapitalOffshore Investors II, L.P.; e FarallonCapital Management, L.L.C. - Invest-ment Advisor, alienou a totalidade daparticipação acionária que adminis-trava em ações preferenciais (AçõesPN) de emissão do Banco Industrial eComercial S.A., companhia aberta,inscrita no CNPJ/MF 07.450.604/0001-89 (Companhia). Farallon administra-va, em 16/11/2007, 6.692.600 ações PNda Companhia, correspondentes a

5,67% dessa espécie de ação. Nenhu-ma outra sociedade pertencente aogrupo econômico da Farallon detémparticipação societária na Compa-nhia. Presentemente, não há umaquantidade de ações da Companhiavisada pela Farallon. Não há debêntu-res conversíveis em ações detidas, di-reta ou indiretamente, pela Farallonou pessoa a ela ligada, nem qualqueracordo ou contrato regulando o exer-cício do direito de voto ou a compra evenda de valores mobiliários de emis-são da Companhia em que Farallonou pessoa a ela ligada seja parte.BRASKEM (BRKM - N1)DRI: Carlos José Fadigas de Souza Fi-lhoParticipação AcionáriaEnviou o seguinte comunicado aomercado: em cumprimento ao queestabelece o artigo 12 da InstruçãoCVM 358/02, conforme alterada pelaInstrução CVM 449/07, Odebrecht In-vestimentos em Infra-estrutura Ltda.,com sede na Praia de Botafogo, 300,11º andar parte, Cep 22250-040, Rio deJaneiro, RJ, CNPJ/MF 07.668.258/0001-00 (OII), e Belgrávia Empreendimen-tos Imobiliários S.A., com sede naPraia de Botafogo, 300, 11º andar-par-te, Cep 22250-040, Rio de Janeiro, RJ,CNPJ/MF 71.884.431/0001-06 (Belgrá-via), comunicam que as 20.685.872ações preferenciais classe A de emis-são da Braskem S.A. (Companhia), re-presentativas de 6,5% das ações des-ta classe e de 4,1% do capital total daCompanhia anteriormente detidaspela OII passaram, nesta data, a se-rem detidas pela Belgrávia. Comoconseqüência, a Belgrávia passou aser detentora de 78.512.673 açõespreferenciais classe A de emissão daCompanhia, enquanto que a OII ze-rou sua participação acionária naCompanhia. Cumpre informar que,além desta aquisição, não há quanti-dade de ações da Companhia visadapela Belgrávia. Nenhuma coligada ousubsidiária da Belgrávia detém valo-res mobiliários de emissão da Com-panhia. Não há debêntures conversí-veis em ações detidas, direta ou indi-retamente, pela Belgrávia ou pessoaa ela ligada, e, à exceção dos acordosde acionistas arquivados na sede daCompanhia, não há qualquer outroacordo ou contrato regulando o exer-cício do direito de voto ou compra evenda de valores mobiliários de emis-são da companhia em que Belgráviaou pessoa a ela ligada seja parte. No-te-se, por fim, que tal transação nãoaltera a composição do controle ou aestrutura administrativa da Compa-nhia, tendo em vista que tanto OIIquanto Belgrávia pertencem ao gru-po de controle da Companhia, já quesão, direta ou indiretamente, contro-ladas pela Odebrecht S.A.CLARION (CLAN)DRI: Alexandre BrideFato RelevanteEnviou o seguinte fato relevante: ematendimento ao disposto na Instru-ção CVM 358 de 3/1/2002, informouque o Conselho de Administraçãoreunido em 30/12/2008, aprovou aaquisição pela Clarion S.A Agroindus-trial (Clarion), de ativos conformeContratos de Aquisição firmados nes-ta data (30/12/2008), da destilaria deálcool de propriedade da sua contro-ladora, Manaca S.A. Armazéns Geraise Administração (Manaca), situadaem Ibaiti-PR., com capacidade demoagem de 1.300.000 toneladas porano. O valor do Contrato é de R$452.350.000,00, incluindo o Imóvel on-de está situado a destilaria, máqui-nas e equipamentos, benfeitorias einfra-estrutura existente. Foi aprova-do na mesma reunião a aquisição doscanaviais pertencentes a ManacaAgropecuária Ltda (Magrop), que pos-sui plantio de 18.100 hectares de ca-na, com capacidade de corte estima-da de 1.200.000 toneladas por ano,com o objetivo de suprir a destilaria

da matéria-prima necessária paramais de 90% da capacidade atual demoagem por ano. O valor do Contratode aquisição é de R$ 178.915.500,00, eem ambas as aquisições os preçosadotados foram aqueles constantesdos laudos de avaliação elaboradospela E. Mariz SIC Ltda. Dentre os ob-jetivos desta aquisição, está o de per-mitir uma ampliação da atuação daClarion no setor da agroindústria,conforme está contemplado no obje-to social da Clarion. O valor total dasaquisições é de R$ 631.268.500,00. Asempresas que venderam seus ativosManaca e Magrop constituirão umcontrato de mutuo com a Clarion,que será utilizado exclusivamente afavor da empresa Manaca tendo emvista e cessão do contrato de mutuopertencente a Magrop para a Mana-ca, em aumentos de capital social daClarion, sempre dentro do limite docapital autorizado por AssembléiaGeral Extraordinária. Foi aprovado namesma reunião do Conselho de Ad-ministração, o aumento do capital so-cial da Clarion, dentro do limite do ca-pital autorizado de R$ 800.000.000,00,d e R $ 8 0 . 0 0 0 . 0 0 0 , 0 0 p a r a R $800.000.000,00, através da emissão pa-r a s u b s c r i ç ã o p a r t i c u l a r d e27.252.081 ações, sendo 12.150.612ações ordinárias nominativas e15.101.469 ações preferenciais nomi-nativas. O preço de emissão foi fixa-do em R$ 26,42 por ação, devendoser pago em espécie ou em créditosdetidos contra a sociedade. A inte-gralização será à vista, no ato dasubscrição. O prazo de preferênciaserá de 30 dias, contados da publica-ção do aviso aos Acionistas. Maioresdetalhes sobre a emissão de açõesestão contemplados na ata da reu-nião do Conselho de Administraçãodivulgada no mesmo dia deste fatorelevante (30/12/2008).Nota: a partir de 5/1/2009 ações no-minativas ex-subscrição. Foram sus-pensos, a partir das 10h40 do pregãode 2/1/2009, os negócios com asações de emissão dessa empresa,sendo reabertos a partir do pregãode 5/1/2009, na condição de ex-subs-crição. Encontra-se à disposição nosite da BM&FBOVESPA (www.bmfbo-vespa .com.br) , no menu Empre-sas/Para Investidores/Empresas Lis-tadas, em Informações Relevantes, aata da RCA de 30/12/2008.CYRELA REALT (CYRE - NM)DRI: Luis LargmanDebêntures da 2ª Emissão, 1ª e 2ª Séries,Ex-jurosEm 5/1/2009 a Cyrela Brazil RealtyS.A.Empreend e Part pagará juros, novalor de R$ 684,375450 por debênture,não conversíveis, da 2ª emissão, 1ª e2ª séries, emitidas em 5/1/2008.Nota: a partir de 5/1/2009 debênturesda 2ª emissão, 1ª e 2ª séries ex-juros.FDC COBRA (CBRF)DR: Antonio Joel RosaAmortização de CotasA Concórdia S.A. CVMCC, na qualida-de de administradora do Fundo, in-formou que efetuará, em 5/1/2009, opagamento de amortização aos in-vestidores que detenham cotas doFundo em 2/1/2009. Valor total a seramortizado por cota sênior: R$10.962,502823; valor do principal porcota sênior: R$ 8.333,333333, e valorda correção (juros) por cota sênior:R$ 2.629,169490.Nota: a partir de 5/1/2009 cotas senio-res ex-amortização.FDC FATOR (ATPN - MB)DR: Walter AppelCotas Seniores da 1ª Emissão, 1ª Série,Ex-amortizaçãoO Banco Fator S.A., instituição admi-nistradora do Fator Autopan FIDC -CDC Veículos, informou que o Fundoestará efetuando no dia 2/1/2009, opagamento de amortização de cotasseniores da 1ª emissão, 1ª série, aosinvestidores que detinham cotas doFundo em 30/12/2008. Principal: R$26,5000; juros: R$ 4,55781110, e valortotal a ser amortizado por cota sê-nior é de R$ 31,05781110.Nota: a partir de 2/1/2009 cotas senio-res da 1ª emissão, 1ª série, ex-amor-tização.FDC PARAN II (PRBD - MB)DR: Sérgio de Oliveira

Amortização de CotasA J. Malucelli CV Ltda., na qualidadede administradora do FIDC ParanáBanco I, informou que de acordocom o regulamento do Fundo, esta-rá efetuando no dia 5/1/2009, o pa-gamento de amortização periódicadas cotas seniores. O valor da amor-tização será de R$ 524,10440060 porc o t a . P r i n c i p a l , n o v a l o r d e R $416,66666667 por cota; juros, no va-lor de R$ 107,43773393 por cota.Nota: a partir de 5/1/2009 cotas ex-amortização.FER HERINGER (FHER - NM)DRI: Wilson Rio MardonadoRedução de Participação AcionáriaEnviou o seguinte comunicado aomercado: atendendo ao disposto noa r t i g o 1 2 d a I n s t r u ç ã o 3 5 8 , d e3/1/2002, da Comissão de Valores Mo-biliários, servimo-nos da presente pa-ra informar-lhes que fundos de inves-timento e carteiras de investidoresnacionais e estrangeiro (este últimonos termos da Resolução 2689, de26/1/2000, do Conselho MonetárioNacional), que são geridos pelo UBSPactual Asset Management S. A .DTVM, CNPJ/MF 29.650.082/0001-00,atingiram, em 19/12/2008, a participa-ção acionária em ações ordinárias deemissão da Fertilizantes Heringer S.A.(Companhia) de 4.599 ações ordiná-rias, correspondentes a aproximada-mente 0,009% do total de ações ordi-nárias emitidas pela Companhia. Es-clarecemos que os Fundos e osinvestidores nacionais e estrangeiro,ao alienarem as ações que compõema participação, tinham por objetivo amera realização de operações finan-ceiras, sendo certo, ainda, que não ob-jetivam alterar a composição do con-trole ou a estrutura administrativa daCompanhia. Adicionalmente, infor-mou que a UBS Pactual Gestora de Re-cursos Ltda, CNPJ/MF 06.910.549/0001-08 foi incorporada pela UBS PactualAsset Management S.A. DTVM.FII BB PROGR (BBFI-MB)DR: Bolivar Tarrago Moura NetoComunicadoO Banco do Brasil informou que o va-lor do Patrimônio do BB - Fundo deInvestimento Imobiliário Progressivoreferente a dezembro/2008 era de R$124.323.627,91; o valor patrimonial dacota de R$ 956,335599 e a rentabilida-de apurada no período de -0,08%.FUTURETEL (FTRT - MB)/ZAIN PART (OPZI- MB)Negócios Continuam SuspensosConsiderando que nas AGEs de3/12/2008 foi aprovada a redução docapital social dessas empresas, com arestituição do valor equivalente à re-dução aos seus acionistas, titularesde ações em 3/12/2008, cujo paga-mento definitivo ocorrerá apos o de-curso do prazo previsto no artigo 174da Lei 6.404/76, foram suspensos, apartir do pregão de 4/12/2008, os ne-gócios com as ações de emissão des-sas empresas. Dessa forma, no aguar-do do término do prazo de 60 dias,contados da publicação das atas dasassembléias, para a oposição de cre-dores (artigo 174 da Lei 6.404/76), per-manecem suspensos os negócioscom as ações de emissão dessas em-presas.GENERALSHOPP (GSHP-NM)DRI: Alessandro Poli VeroneziFato Relevante - Certificados de Recebí-veis ImobiliáriosA empresa enviou o seguinte fatorelevante: a General Shopping Bra-sil S.A., companhia aberta com se-de na Avenida Angélica, 2.466, con-junto 221, na cidade e estado deSão Paulo, CNPJ 08.764.621/0001-53, em cumprimento às determina-ções da Instrução CVM 358/02, co-municou aos seus acionistas e aomercado em geral que concluiu,por meio de suas controladas, aoperação financeira que gerou aemissão de Certificados de Recebí-veis Imobiliários com a estrutura-ção do Banco Unibanco, no mon-tante de R$ 70.000.000,00, com pra-zo de 120 meses, amortizaçõesmensais e taxa de juros de 13,4% aoano, indexado ao IGP-M (FGV). Essaemissão visa alongar o perfil de dívidada Companhia e reduz a necessidadede captação a curto prazo.

INFORMATIVO BM&FBOVESPA

Nota da Redação – In f o rm a-mos que ontem, não houve pe-

dido de falência na Comarca daCapital de São Paulo.

FALÊNCIAS & RECUPERAÇÃOEXTRAJUDICIAL E JUDICIAL

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | B9

AGRONEGÓCIO Fiscalização contra pirataria ajudou a elevar tecnologia no campo

CAMPO EM DEBATEGuilherme Nastari*

Onde foi parara bola de cristal?

No começo da safra 08/09o cenário era completamente ooposto da previsão do inicioda safra 09/10. Os mercadosde açúcar e álcool no Brasilestavam sendo pressionadospelos grandiosos impactos deum excesso de oferta de açú-car gerados pela Índia, quenaquele momento buscava re-munerar apenas seu customarginal de produção.

Os elevados níveis de preçosdo petróleo e seus derivadostambém aumentaram os custosde produção. Eram normalmen-te aceitas projeções agressivaspara o preço do petróleo na ca-sa dos U$$ 200 por barril. In-sumos agrícolas, fretes maríti-

do crédito barato desapareceu.Atualmente atingimos uma es-

cala de produção diária de dimen-sões continentais: a cada dois diaso Brasil é capaz de moer o equiva-lente a toda a safra do segundomaior produtor de açúcar do Cari-be, a República Dominicana. Po-rém, ainda só utilizamos com ca-na 1% de toda a área agricultá-vel disponível no Brasil!

Nesse cenário conturbado, usi-nas menores provávelmente passa-rão por processos de fusão ou aqui-sição. Certamente iniciamos o pe-ríodo de consolidação, onde agunsinvestidores estrangeiros rodeiamconstantemente os ativos no Bra-sil. Este movimento deverá ser res-ponsável pela troca da gestão vi-

gente desses ativos.Apesar da turbulên-

cia, os fundamentos domercado continuampromissores. A cadadia o etanol se consoli-da como instrumentopolítico e estratégico nadiversificação da ma-triz energética mundial.

Novas tecnologiastambém impactam diretamenteeste pensamento otimista. Esta-mos assistindo a um crescenteaperfeiçoamento das técnicas deprodução e transformação. Parti-cipantes mais competitivos e efi-cientes serão capazes de surfar aonda que está por vir.

Como todo ciclo de commoditiesagrícolas, estamos no final deuma fase de excesso de oferta e noinício de uma fase de déficit no ba-lanço oferta / demanda mundialde açúcar. Na safra 08/09 (out-set) o déficit de açúcar deverá serde 3,5 milhões de toneladas.

Os preços vão se recuperar, masprovavelmente a sua sazonalidadeno período de safra e entressafradeverá se acentuar. Os grupos capi-talizados vão arbitrar as oportuni-dades de estocagem e comercializa-ção com maior eficiência.

Quem estiver se preparandopara os próximos anos, tanto noplantio como na transformação, es-tará sendo melhor remunerado.Ainda existe o sentimento de que es-tamos apenas em um período detransição e os participantes prepa-rados para as oportunidades depreço estarão participando do fu-turo promissor deste mercado.Nem todos, entretanto, devem so-breviver a este processo.

* Aanalista econômico da Datagro

O período é deconsolidação do mercado;investidores estrangeirosrodeiam constantementeos ativos no Brasil

mos e a taxa de câmbio tam-bém impactavamnegativamente a competitivida-de dos produtos brasileiros.

Em contrapartida, existiauma facilidade junto ao merca-do financeiro de se posicionarfrente a esse cenário conturba-do. Afinal, Brasil já possuía ograu de investimento. Utilizan-do destes recursos, o setor su-croalcooleiro rapidamente res-pondeu a este aumento na de-manda e se alavancou emquase sua totalidade.

Um mercado pressionado pe-lo baixo preço e custo elevadonão foi suficiente para frear o de-senvolvimento do potencial for-necedor mundial de etanol, subs-tituto da gasolina.

Novas fronteiras agrícolasestavam sendo desbravadas aqualquer custo e sem o menorplanejamento estratégico e eco-nômico. O que importava eraa constante demarcação deterritório e realocação do di-nheiro barato.

Mas aconteceu o que nãoninguém esperava, ou melhor,o que ninguém queria queacontecesse. Uma crise sistêmi-ca aparece na hora em que omercado de açúcar e álcool doBrasil estava no nível mais ala-vancado da história. Boa parte

COMMODITIES

Soja sobe com seca na América do SulROBERTO TENÓRIO EBLOOMBERG NEWSSÃO PAULO E CHICAGO (EUA)

As cotações da soja subirampelo quarto pregão consecutivocom os rumores de que o climaseco e quente poderá prejudicaras safras no Brasil e Argentina,os dois maiores produtores de-pois dos Estados Unidos. Oscontratos da oleaginosa com en-trega para maio fecharam cota-dos em US$ 9,87 o bushel (27,2quilos), valorização de 1%.

“O clima seco e as tempera-turas em alta nesta semana irãoaumentar a pressão sobre as co-lheitas no Leste da Argentina aoSul do Brasil”, informou MikeTannura, meteorologistas da T-Storm Weather, em Chicago.“Os níveis de evaporação possi-velmente aumentarão na próxi-ma semana, à medida que astemperaturas se elevam acimados 35° C em muitas áreas”,acrescentou Tannura.

“A soja tem se recuperadodiante da seca na América doSul, que continua em muitasáreas da Argentina, sustentan-do os preços “, disse Anne Fri-

ck, analista sênior de oleaginosasna Prudential Financial. “A estima-tiva ainda é de tempo muito secona Argentina e espera-se que as co-lheitas sejam afetadas nos doispaíses durante esta semana.”

A soja é a segunda maior safrados Estados Unidos, avaliada emUS$ 26,8 bilhões em 2007, segun-do demonstram cifras do gover-no. O milho é a maior cultura dopaís, avaliada em US$ 52,1 bi-lhões no mesmo período.

O crescimento das exportaçõesna semana encerrada em 1º de ja-neiro impulsionou as cotações dotrigo. Os contratos com entregapara maio ficaram cotados em629,50 centavos de dólar o bushel(27,2 quilos), alta de 0,9%. Segun-do as informações do Departa-mento de Agricultura dos EstadosUnidos (USDA), na última sema-na de 2008 foram embarcados278 mil toneladas da commodity,o dobro da semana anterior.

As cotações do suco de laranjasubiram com as informações de re-dução na área plantada e das per-das provocadas pelo clima seco. Ospapéis com entrega em março su-biram 3,6%, para 74,70 centavos de

dólar a libra-peso (0,45 quilos).Na contramão dos princi-

pais grãos, o milho com ven-cimento em maio recuou0,2% para 421,50 centavos dedólar o bushel (25,4 quilos). Se-gundo analistas, a valorizaçãodo dólar por causa do novo pa-cote de estímulo à economiaamericana deverá reduzir a de-manda mundial pelo grão.

COMÉRCIO EXTERIOR

Volume de embarquessuperou média mensalde 2008, que ficou em500 mil toneladas

GILMARA BOTELHOSÃO PAULO

Em dezembro, as exportaçõesbrasileiras de milho ultrapassa-ram, e muito, a média mensal de2008 de pouco mais de 500 miltoneladas. De acordo com dadospreliminares da Secretaria deComércio Exterior (Secex), fo-ram embarcadas 1,36 milhão detoneladas do grão no período —volume 76% superior ao regis-trado em novembro.

A quantidade de milho que ga-nhou o mercado externo no últi-mo mês de 2008 foi maior atémesmo que as 901 mil toneladasde dezembro de 2007, ano em queo País contabilizou o maior volu-me de vendas externas, quase 11milhões de toneladas. O levanta-mento da Secex mostra que o se-tor acumulou ao longo do últimoano 6,4 milhões de toneladas em-barcadas, a maior parte delas fo-ram negociadas em dezembro.

Essa retomada do cereal brasi-leiro no cenário internacional co-meçou ainda em novembro,quando os embarques já registra-vam crescimento de 94% em re-lação ao mês anterior, e pode serjustificada em parte pelo baixopreço do produto nacional, que foinegociado em dezembro a umamédia de US$ 181,07 a tonelada.Em novembro o preço médio pa-go pelos compradores internacio-nais foi de US$ 202,01, em outu-bro a tonelada do grão foi nego-ciada por US$ 237,40. A médiaanual ficou em US$ 183,71.

A receita com as vendas dogrão no mercado externo em to-do o ano de 2008 ficou em US$1,18 bilhão, 38% inferior aosUS$ 1,91 bilhão que entrou noPaís no ano anterior — em de-zembro de 2008 foram 248 mi-lhões de dólares.

Segundo Eduardo Sarmento,analista da Safras & Mercado, aderrocada nos preços do grãoatraiu compradores como a Ma-lásia, que em novembro impor-tou 130 mil toneladas de milhodo Brasil. “Em outubro e setem-bro, eles não compraram nenhu-

ma tonelada, voltaram a cena emnovembro e devem ter compradocerca de 300 mil toneladas em de-zembro”, estima Sarmento. OIrã, nosso maior importador, au-mentou de forma expessiva ovolume de compras de novem-bro, crescimento que segundoprojeções do analista foi aindamaior no último mês de 2008. OSecex não divulgou a lista dos

principais compradores de dezembro.Rodrigo Nunes, da AgRural,

aponta ainda outros fatores res-ponsáveis pelo crescimento dasexportações do grão brasileiro. Se-gundo ele, a combinação “dólarvalorizado e demanda internadaparalisada” impulsionaram asvendas externas. Para Nunes, alémdo elevado estoque de passagem— estimado pela Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab)em quase 13 milhões de toneladas—, a intensificação dos leilões dePrêmios de Escoamento de Produ-to (PEP) realizados pelo governotambém contribuiu com o au-mento dos embarques. “Os tradersque arremataram o prêmio ofere-cido tiveram que comprovar o es-coamento do produto”, explica oanalista. E a Conab já agendou no-vo leilão de 273 mil toneladas dogrão para esta semana.

Segundo levantamento de Sa-fras & Mercado, o Mato Grosso li-dera as exportações de milho em2008. Até novembro um total de2,02 milhões de toneladas saíram.O Paraná aparece em segundo lu-gar, com embarque de 1,63 mi-lhão de toneladas.

Exportação de milho cresce 76%com encomendas da Malásia

INSUMOS

ROBERTO TENÓRIOSÃO PAULO

A busca por lavouras com me-nor incidência de pragas e, conse-quentemente, com menores custos,aumentou o volume de sementescertificadas vendidas em 2008. Maiscautelosos e informados, produto-res investiram com maior peso naqualidade da safra. O uso de insu-mos de baixa qualidade favorece oaparecimento de doenças já contro-ladas, como o mofo branco da soja.A Associação de Sementes e Mudas(Abrasem) estima que, dos 2,7 mi-lhões de toneladas consumidos em2008, cerca de 1,5 milhão eram cer-tificadas, um aumento de 7% emrelação a 2007, quando 1,4 milhãode toneladas de produtos certifica-dos foram consumidos. Essa evolu-ção foi superior ao crescimento daárea de grãos plantada no País. Se-gundo a Conab, a área em 2008/09foi ampliada em 0,2%, para 47,5milhões de hectares.

As fiscalizações contra piratariae contrabando de sementes desen-volvidas pelo Ministério da Agricul-tura também ajudaram a combateras irregularidades no setor e impul-sionar esse crescimento. Segundodados do Ministério, até outubro de2008, as operações coordenadas pe-lo Departamento de Fiscalização deInsumos Agrícolas, da Secretaria deDefesa Agropecuária (DFIA/SDA),desencadearam 15,4 mil fiscaliza-ções, com a suspensão comercial de16,4 mil toneladas do insumo.

“O uso de produtos de origemcertificada estimula o investimen-to das indústrias em pesquisas”,afirma Iwao Miyamoto, presidenteda Abrasem. Ele diz que o investi-mento em pesquisa cresceu muito.“Isso só é possível por causa do pa-gamento dos royalties”. Para ele,2009 será o “ano da tecnologia nocampo”. Segundo disse, além dasfiscalizações, o trabalho de cons-cientização está crescendo a partirdas associações que representam osprodutores. Cita como exemplo oRio Grande do Sul, onde o percen-tual de sementes piratas vem re-cuando ano após ano. “Em 2006,95% das sementes utilizadas no es-tado eram piratas. Esse total caiupara 60% em 2008”, conta.

Cássio Cruz Camargo, secretário-

executivo da Associação Paulistados Produtores de Sementes (Apps),alerta para o excesso de burocracianas fiscalizações. “O rigor deve serusado na comercialização do pro-duto e não na fase de produção. Asexigências beiram o absurdo, cau-sando maiores custos e oferecendooportunidade à corrupção”.

Por outro lado, José GuilhermeLeal, diretor substituto de fiscaliza-ção de insumos agrícolas do Mapa,afirma que comunicar o ministérioé uma forma de manter a rastrea-bilidade regulada. “Conseguimosacompanhar a qualidade do produ-to que chega ao produtor”.

Em linha com o crescimentodo setor, a Dow AgroSciencesanunciou que está em negociaçãocom a Seeds Bredbeck, uma for-necedora tradicional de sementesde milho, trigo e soja aos agricul-tores de Ohio, Indiana e Michi-gan, nos Estados Unidos.

O negócio está baseado na estra-tégia de expansão da empresa. NoBrasil, ela resultou nas aquisições daprodutora de sementes de milho,Agromen Tecnologia, em agosto de2007, e da unidade de produção desementes de milho híbrido da Co-odetec em Paracatu (MG), em ou-tubro de 2008. A empresa colocaráà venda neste ano, a nova variedadedo milho Herculex I, resistente a in-setos e herbicida. Rolando Alegria,diretor da empresa diz que o volu-me oferecido será divulgado após aliberação de todos registros.

Aumenta o uso desementes certificadas

REGISTRO PERDIGÃO CORTA EM LÁCTEOSA Perdigão vai diminuir as opera-ções nas unidades da Cotochés emRio Casca (MG) e da Elegê em Ivoti(RS), a partir desse mês para redu-zir os custos. Segundo a Diretoriade Negócios Lácteos da empresa, ainterrupção da produção nas uni-dades se deve à baixa escala indus-

trial, à defasagem tecnológica e àproximidade com outras unidades.A parceria com os 380 produtoresde leite da região será mantida. EmRio Casca, 163funcionários serãodispensados. Com o encerramentodas operações em Ivoti, outros 70funcionários que atuam na unida-de também serão dispensados.

MEIO AMBIENTE

AYR ALISKIBRASÍLIA

O controle rígido sobre 17 cul-turas, entre as quais, abacaxi, alface,amendoim, arroz, banana, batata,castanha do Brasil e limão, deveráser adotado pelo Ministério da Agri-cultura (Mapa), ainda este ano, pormeio da implementação do PlanoNacional de Controle de Resíduos eContaminantes em Produtos deOrigem Vegetal (PNCRC Vegetal).

Haverá controle sobre o uso deresíduos como agrotóxicos (no ca-so das frutas), aflotoxina (milho, ar-roz, pimenta do reino e castanhado Brasil) e salmonela (pimenta doreino). O primeiro passo rumo à es-se novo sistema de controle foi to-mado ontem, com a publicação daInstrução Normativa nº 42, do Ma-pa, que institui o PNCRC Vegetal.Até o final deste mês, uma nova INserá publicada definindo a quanti-dade tolerada de contaminantes e onúmero de inspeções anuais.

O chefe do Serviço de Controlede Resíduos e Contaminantes Ve-getais do Mapa, Carlos Ramos Ve-nâncio, explica que o projeto vemsendo desenvolvido desde 2006,

quando foi implantado o sistemade controle para as culturas de ma-mão e maçã. Na edição de ontemdo Diário Oficial foi apresentado oresultado desse monitoramentoem 2007, com o detalhamento das18 violações detectadas no ano.

Depois dessa etapa inicial, como monitoramento das culturas demaçã e de mamão, o PNCRC é efe-tivamente implantado. Algunsprodutos terão coletas de amostrasregionalizadas, por serem culturasespecíficas de uma área, comoocorre com a maçã, no sul do País.Outros produtos, como alface, se-rão alvo de coletas nacionais, noscinturões verdes que abastecem ascidades. O custo do projeto é esti-mado em R$ 5 milhões anuais.

“Até final de janeiro, outro nor-mativo será editado”, explicou Ve-nâncio. Essa nova regra vai estabe-lecer oficialmente as novas cultu-ras que serão monitoradas, assimcomo os agrotóxicos e outros tiposde contaminantes abrangidos, paraque então seja dado início ao pro-cesso de monitoramento e fiscali-zação. Segundo Venâncio, o novosistema está adequado aos precei-tos do Codex Alimentarius, ou seja,assim que estiverem em vigor vãogarantir não apenas alimentosmais seguros na mesa dos brasilei-ros, mas também devem abrir por-tas para as exportações de produ-tos agrícolas. O risco de contami-nação por aflotoxina, por exemplo,é argumento comumente utilizadono mercado internacional parabarrar o amendoim brasileiro. Oslimites máximos de presença deagrotóxicos seguirão padrões daAgência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa), e os limites de pre-sença de salmonela e aflotoxina se-guirão normas do Mapa.

Segundo explica o técnico doMinistério da Agricultura, o novosistema de monitoramento per-mitirá rastrear a produção, ou se-ja, saber de qual propriedade ori-ginou-se um item com contami-nação. É, portanto, uma réplica doque já ocorre na área de rastrea-bilidade animal. Isso não significaque a informação será utilizadapara punir o produtor. Confor-me explica Venâncio, o produ-tor que eventualmente for iden-tificado como fornecedor deprodutos com contaminantesacima do tolerado não será ne-cessariamente punido. Isso por-que a identificação do problemapermitirá ao governo verificarse, por exemplo, a melhor estra-tégia não seria a adoção de cam-panhas educativas. “O Planotambém vai beneficiar o produ-tor que adota boas práticas agrí-colas”, diz Venâncio.

Mapa vai controlaruso de defensivos

TECNOLOGIA EM ALTAFontes: Abrasem e ConabCrescimento na venda de sementes certificadas reflete nova realidade do campoÁrea plantada (milhões de hectares) Vendas desementes certificadas(milhões detoneladas)47,4 47,5 1,4 1,52007 2008 2007 2008

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B10 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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NO MUNDO AEROPORTOS

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RecifeRio de JaneiroRio de Janeiro

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Cidade Prev.AracajuBelo HorizonteBelémBoa VistaBrasíliaCampo GrandeCuiabáCuritibaFlorianópolisFortalezaGoiâniaJoão PessoaMacapáMaceióManausNatalPalmasPorto AlegrePorto VelhoRecifeRio BrancoRio de JaneiroSalvadorSão PauloSão LuísTeresinaVitória

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SÃO PAULOHOJE14ºC

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Parcialmentenublado

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Pancadas de chuva

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Neve

LUA

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RIO DE JANEIROHOJE18ºC

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Acima de 40º37º/40º34º/36º31º/33º28º/30º25º/27º22º/24º18º/21º13º/17ºAbaixo de 12º São Luís

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Belém24º/32º

Macapá24º/33º

Boa Vista24º/28º

Manaus24º/28º

Rio Branco22º/29º

Porto Velho23º/33º

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Salvador24º/31º

Teresina22º/35º

Fortaleza25º/32º

Natal24º/31º

J. Pessoa24º/31ºRecife24º/33º

Maceió23º/33º

Aracaju24º/30º

Vitória21º/27º

Belo Horizonte18º/24º

Goiânia17º/30º

Rio de Janeiro18º/26ºSão Paulo

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Campo Grande15º/31º

Porto Alegre15º/29º

Florianópolis19º/29º

Curitiba13º/23º

M A PA DO

TEMPO

COMMODITY Clima seco no Brasil ena Argentina mantéma soja em alta B9

Previsão de mais chuva põe Minas em alertaUma nova Zona de Conver-

gência do Atlântico Sul se con-figura no Brasil. O fenômeno de-verá contribuir para espalharainda mais as nuvens carrega-das na faixa territorial que vaido Sudeste ao Norte do Brasil.

Os maiores volumes de chu-va são esperados para o EspíritoSanto, centro-norte de MinasGerais, oeste da Bahia, Tocan-tins, Amazonas e Roraima. NoEstado capixaba e no nordestede Minas, a situação é de alertapor causa da grande quantidadede chuva esperada, que podeprovocar novos alagamentos edeslizamentos de terra.

Enquanto isso, uma grandemassa de ar seco de origem po-lar predomina e deixa o tempofirme, com sol na região Sul, emMato Grosso do Sul, em boa par-te de São Paulo e no sul de MatoGrosso. Ainda faz um pouco defrio no início do dia.

Sol forte, também sem chuva,na faixa nordestina entre os esta-dos de Alagoas e o litoral do Ma-ranhão. Estão ainda previstos diasde sol e pancadas de chuva norestante do País.

Stephanes defende liberação de recursos para socorrer cooperativas

CONJUNTURA

LDC, Noble Group eGlencore retiraramproposta de aquisiçãoe querem só arrendar

Crise retrai proposta de compra da Agrenco

FABIANA BATISTASÃO PAULO

Em meio à grave crise financeiramundial, a Agrenco Group tentaviabilizar seu plano de recuperaçãojudicial, que já não conta mais comas intenções de aquisição por mul-tinacionais. A Louis Dreyfus Com-modities (LDC), a Noble Group e aGlencore retiraram suas propostasde compra do controle da compa-nhia e agora se interessam apenasem arrendar as plantas de processa-mento de soja. É nessa possibilidadeque a Agrenco se agarra para pagaruma dívida pelo menos três vezesmaior do que seus ativos.

O desinteresse das empresas emcomprar o controle da companhiateria ficado mais evidente ao finaldo ano, após a elaboração do planode recuperação judicial da compa-nhia, em novembro, segundo Ricar-do Rastelli, analista de Relação comInvestidores da Agrenco. A reporta-gem contatou o escritório das trêsmultinacionais no Brasil para falarsobre o assunto. A LDC não tinhaporta-vozes disponíveis e as outrasduas não se pronunciaram.

A francesa foi a primeira entre astrês a propor a compra do controleda Agrenco, em 26 de junho. O pla-no era aportar US$ 100 milhões,sendo US$ 33,521 milhões pormeio de aquisição de ações com no-va emissão. Na época, uma das al-ternativas desenhadas era de quecada ação seria negociada a US$0,70 (R$ 1,60 ao câmbio de R$ 2,33),valor que hoje seria bem superior àcotação atual dos papéis da empre-sa, que ontem fecharam em R$ 0,25— desvalorização de 96% em 12

meses (ver mais na página B3). Nassemanas seguintes, a Noble Group,com sede em Hong Kong, e a suíçaGlencore, também fizeram propos-tas, segundo informou a Agrencona época, em termos e valores se-melhantes.

Rastelli conta que a crise finan-ceira — que tornou o dinheiromais escasso e caro — influenciouo desinteresse das multinacionaispela compra do controle. “As em-presas têm operação no Brasil, masas matrizes são estrangeiras, usamcapital externo”, explica. Além dis-so, segundo ele, a troca de controleera uma questão antecedente à re-cuperação judicial. “Com o planode recuperação, o controlador teriaque criar condições de pagar os cre-dores e as empresas não estavaminteressadas em arcar com o pas-sivo”, acrescenta Rastelli.

A estimativa é de que até omomento a dívida total da Agren-co esteja entre R$ 1,2 bilhão e R$1,4 bilhão, bem superior ao totalde seus ativos, estimados entre R$300 milhões e R$ 400 milhões,basicamente formados pelas trêsfábricas, duas de esmagamento de

50% do passivo da empresa, serápaga em dez anos, conforme pre-visto no plano de recuperação ju-dicial”, informa Rastelli.

Ele garante que, além das pro-postas das três multinacionais,também há outras empresas inte-ressadas no arrendamento dasduas esmagadoras de soja. A uni-dade de Alto Araguaia tem capa-cidade para processar 3 mil tone-ladas por dia e 1 milhão de tone-l a d a s d e s o j a a n u a i s . A d eCaarapó tem condições de pro-cessar a metade desse volume.

As propostas de arrendamento,segundo Rastelli, estão previstas pa-ra serem avaliadas pelos credoresem reunião agendada para o dia 19de fevereiro, quando ocorre a As-sembléia Geral de Credores da com-panhia. “Precisamos da aprovaçãode 50% mais um para implementaro plano de recuperação judicial”. Areportagem contatou alguns doscredores da companhia. O bancoDaycoval informou que não iria co-mentar o assunto e a assessoria doBIC Banco retornou ontem afir-mando que não havia porta-vozesdisponíveis para entrevistas. “Sabe-

mos que estamos diante de umaforte crise, mas o plano de recupe-ração é coerente e possui premissasaceitáveis. É a melhor alternativapara os credores”, avalia Rastelli.

Planos Se for aprovado o plano, a

companhia conseguirá retomarparte de suas atividades. O analis-ta de RI detalha que a intenção éreiniciar a originação de grãos earrendar as indústrias. “Vamos re-tomar a atividade de trading e, de-pois dos dois anos de arrenda-mento, esperamos ter capital degiro suficiente para continuar oplano de verticalizar, assumindoa operação das nossas unidadesde processamento de grãos”.

Assim, caso a recuperação sejaaprovada, a previsão é de já nestasafra movimentar 150 mil tonela-das de soja em Mato Grosso, es-tado onde a companhia tinhaatuação mais forte. O volume re-presenta 10% ou menos do totalentre 1,5 milhão e 2 milhões detoneladas que a empresa movi-mentava antes do escândalo comdívidas e evasão de divisas queenvolveu seu CEO, Antônio Iafe-lice, e diretores.

A Agrenco começou a dar osprimeiros sinais de problemasfinanceiros em abril de 2008com o atraso do pagamento deprodutores. Em meados de ju-nho, a empresa Hunter Douglasdo Brasil Ltda. pediu a falênciada empresa por falta de paga-mento de materiais de constru-ção. Em 2007, a Agrenco faturouUS$ 1,5 bilhão com exportaçãode grãos e farelo do Brasil, Ar-gentina e Paraguai. A previsãocom seus três complexos agroin-dustriais recém -construídos erade aumentar o faturamento emmais de US$ 1,1 bilhão.

soja — Alto Araguaia (MT) e Caa-rapó (MS) — e uma de biodiesel,em Marialva (PR). “Os armazénsrepresentam apenas de 5% a 10%do valor dos ativos”, calcula oanalista de RI da Agrenco.

Agora, a possibilidade de ar-rendar as duas plantas de esma-gamento de soja (até o momento

os planos para a unidade de bio-diesel é a venda) é avaliada comoa mais viável para saldar a dívidacom os credores. Com a receita doarrendamento por dois anos, acompanhia estima conseguir pa-gar os débitos com fornecedoresnão-bancários. “A dívida combancos, que representa mais de

ANA CAROLINA OLIVEIRA | BRASÍLIA

O ministro da Agricultura, Reinhold Ste-phanes, declarou ontem que considera essen-cial a liberação de R$ 2 bilhões para socor-rer algumas cooperativas agrícolas. Esses re-cursos devem ser destinados à liberação decrédito para a formação de capital de giro,além de a renegociação das dívidas dos agri-cultores. Stephanes se reuniu ontem com oministro da Fazenda, Guido Mantega, parapedir a liberação dos recursos.

Segundo o ministro, os R$ 2 bilhões poderãoajudar o agricultor, principalmente no momentoda comercialização dos seus produtos. “Há ne-

cessidade de melhorar as condições de capital degiro das cooperativas, que é uma forma de pro-porcionar melhores condições para comercializa-ção da safra”, afirmou o ministro Stephanes.

Stephanes culpou também os bancos pelainadimplência dos agricultores. Segundo afirmouque problemas operacionais das instituições fi-nanceiras vem dificultando as negociações. Osbancos sequer conseguiram recalcular a dívidados agricultores com base na renegociação reali-zada no ano passado. Isso fez com que essesagricultores acabassem sendo considerados ina-dimplentes. “Os bancos não conseguiram cum-prir o prazo e se eles não cumprem o prazo, au-

tomaticamente torna o agricultor inadimplente,embora a culpa não seja dele”,.

Clarion aumenta capitalA Clarion S.A. Agroindustrial, indústria de

óleos vegetais com sede em Cuiabá e contro-lada pelo grupo Manaca S.A. informou on-tem à Comissão de Valores Mobiliários(CVM) que foi aprovado a aumento do seucapital de R$ 80 milhões para R$ 800 mi-lhões. O aumento será feito por meio deemissão para subscrição particular de27.252.081 ações. O prazo de preferência seencerrará em 05 de fevereiro.

DESCONFIANÇAFontes: Bovespa, Economatica e Centro de Informações da Gazeta Mercantil * Dia 05/01/09Ações da companhia desvalorizam-se 96% em 12 meses(em R$/ação)0,002,004,006,008,00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan2008 20097,00 0,25

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TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009 | C1

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CAMINHÕES TI & TELECOMNo acumulado de 51 anos,liderança é da Mercedes

Índia enfrenta desafiode idiomas na web C5

EM BUSCA DE PATROCÍNIOMesmo com Ronaldo, Corinthians aindanão conseguiu novo patrocinador C6

Estatal russa estáatolada em dívidas e jánegocia ajudafinanceira com governo

THE NEW YORK TIMESMOSCOU

Há um ano, a Gazprom, o mo-nopólio de gás natural da Rússia,aspirava ser a maior corporaçãodo mundo. Incentivada pela altados preços do petróleo e peloapoio político do Kremlin, a com-panhia já havia alcançado o ter-ceiro lugar em capitalização demercado, atrás da ExxonMobil eda General Electric.

Hoje, a Gazprom está afunda-da em dívidas e negocia uma aju-da financeira do governo russo.Sua capitalização de mercado, ovalor total de todas as ações daempresa, acumulam perdas de76% desde o início de 2007. Emvez de ser a maior empresa domundo, caiu para o 35º lugar noranking. E, embora as ajudas fi-nanceiras sejam cada vez mais co-muns, nenhuma das grandes con-correntes do setor privado da Ga-zprom no Ocidente está atrás deajuda financeira.

O fato de a maior empresa es-tatal de energia da Rússia precisarde ajuda financeira mesmo apósas altas recordes do preço do pe-tróleo no terceiro trimestre é umapêndice revelador de um perío-do turbulento. Outrora emblemado orgulho e premonição de umaRússia ressurgente, a Gazprom setornou o símbolo do rápido declí-nio econômico desse país basea-do no petróleo.

Durante os tempos de prosperi-dade, a Gazprom e outra empresaenergética estatal russa, a Rosneft,eram veículos para a execução de‘renacionalização’ gradual. À medi-da que os preços do petróleo su-biam, igualmente subiam as ações.Mas em vez de investir em perfu-ração e exploração, o presidente naépoca, Vladimir V. Putin, usou asempresas para cumprir seu progra-ma de reconquista do controle pú-blico sobre os campos de petróleo ede boa parte do setor privado.

Como resultado, quando o pe-ríodo de declínio chegou, as em-presas entraram na crise de créditosobrecarregadas de dívidas e comnecessidades agregadas de investi-mento de capital. (Sob o comandode Putin, agora primeiro-ministroda Rússia, a Gazprom e a Rosneftsão tão estreitamente controladaspelo Kremlin que as empresas nãosão administradas por meros indi-cados pelo governo, mas direta-mente pelos ministros que ocu-pam cadeiras nos conselhos).

“Elas estavam tão inebriadaspelo sucesso quanto alguns de

seus investidores”, disse James R.Fenkner, estrategista-chefe do Es-trela Vermelha, um fundo hedgededicado à Rússia, sobre a ambi-ção da Gazprom de ser a maiorempresa do mundo. “Não é queeles vão criar uma estratégia me-lhor para atrair os investidores”ele disse. “A estratégia deles é opreço do petróleo. Não se podeaprimorar isso”, afirmou Fenkner.

Menos investidoresOs investidores estão agora fu-

gindo das ações da Gazprom, an-tes tão procuradas já que sozinhasrespondiam por 2% das ações doíndice global de empresas de mer-cados emergentes do banco de in-vestimento Morgan Stanley. A Ga-zprom está longe de ser a maiorempresa do mundo. Os preços desuas ações têm caído mais rápidodo que as ações das concorrentesdo setor privado. A dívida da em-presa, acumulada enquanto con-solidava o controle nacional do se-tor, é um dos principais motivospara afastar os investidores.

Depois de cinco anos de preçosrecordes para o gás natural, a Ga-zprom acumulou dívida de US$49,5 bilhões. Em comparação, a dí-vida acumulada dos setores públi-co e privado que vence para a Ín-dia, China e Brasil em 2009 tota-liza US$ 56 bilhões, conforme umaestimativa do Commerzbank.

Putin usou a Gazprom para ad-quirir empresas privadas. Entresuas grandes aquisições está, em

Gazprom frustra russos e investidores

2005, a empresa petrolífera Sibneftde Roma, , por US$ 13 bilhões. Em2006, o atual primeiro-ministrocomprou metade do projeto de de-senvolvimento de petróleo e gásSacalina II por US$ 7 bilhões. E,em 2007, gastou mais bilhões paraadquirir partes da Yukos, a empre-sa petrolífera privada que quebroupressionada por casos de fraudepoliticamente motivados e de so-negação de impostos.

A Rosneft também está sobre-carregada de dívidas. Deve US$18,1 bilhões depois de ter gasto bi-lhões na aquisição de unidades daYukos. E, além de negociar ajuda fi-nanceira do governo, a Rosneft ne-gocia um empréstimo de US$ 15bilhões da China National Petro-leum Corporation, garantido pelasexportações futuras para a China.

Renacionalização do setorNo governo de Putin, mais de

um terço do setor petrolífero rus-so foi efetivamente renacionaliza-do nessas transações. Mas ao con-trário de Hugo Chávez, da Vene-zuela, e de Evo Morales, da Bolívia,que enviaram soldados para to-mar os campos de gás natural deseus países, o Kremlin fez uso detáticas mais sofisticadas. Pressõesregulatórias foram exercidas sobreos proprietários privados para in-centivá-los a vender seus ativospara empresas estatais ou paraempresas privadas leais ao Krem-lin. As unidades foram normal-mente compradas a preços abaixodas taxas do mercado, mas mesmoassim as empresas estatais paga-ram bilhões de dólares, boa partepor meio de empréstimos contra-tados junto a bancos ocidentaisque retiraram as linhas de créditona crise financeira.

A Rosneft, que também eraapresentada como modelo do or-

Medvedev afirma que o preço das ações “não reflete o valor da empresa” e culpa a turbulência financeira pelos males da companhia

gulho do ressurgimento russo e deresistência ao Ocidente enquantoreforçava sua base de operaçõescom as unidades da Yukos (queantes eram parcialmente perten-centes a investidores estrangeiros),foi obrigada a atender uma chama-da de margem sobre a dívida combancos ocidentais em outubro.

Os críticos previram que a po-lítica de nacionalização da Rússiapromoveria a ineficiência ou, nomínimo, seria obstrutiva à medi-da que grandes empresas eramcompradas e vendidas, divididas ereembaladas como propriedadeestatal. Em jogo estavam os bensno valor de vastas somas: a Rússiaé o maior produtor de gás naturaldo mundo depois que a ArábiaSaudita reduziu a produção noterceiro trimestre do ano passadopara sustentar os preços.

Perdas de 76% nas açõesAlexander Medvedev, vice-pre-

sidente da Gazprom, previu que aempresa alcançaria capitalizaçãode mercado de US$ 1 trilhão antesde 2014. Em vez disso, o preço dasações acumula perdas de 76% des-de o início de 2007 e sua capita-lização de mercado está agora per-to de US$ 85 bilhões.

Em comparação, a cotação dasações da Exxon de US$ 78,02, em29 de dezembro, acumula quedade 18% desde janeiro. A capitali-zação de mercado do grupo petro-lífero é de US$ 393 bilhões. E asações do índice de 500 ações daStandard & Poor’s acumulou per-das de 40% no ano passado.

Medvedev, executivo da Gaz-Prom, defendeu o desempenho daempresa e atribuiu a queda abrup-ta no preço das ações, em relaçãoao recuo registrado em outras em-presas do setor energético, à lista-gem na bolsa russa, que é volátil e

não conta com investidores queaplicam seus recursos em empre-sas a longo prazo.

Medvedev disse que o preçodas ações “não reflete o valor daempresa” e culpou a crise finan-ceira iniciada em Wall Street pe-los males da empresa.

É verdade que a Gazprom estálonge de quebrar. A empresa ob-teve lucro de 360 bilhões de ru-bles, ou US$ 14 bilhões e receitade 1,774 bilhão de rubles, ou US$70 bilhões, em 2007. Estes são osmais recentes resultados audita-dos lançados pela empresa.

Valery A. Nesterov, analista dosetor de petróleo e gás do bancoTroika Dialog, em Moscou, disseque a relação dívida/receita daGazprom — antes dos pagamen-tos de juros, impostos e amortiza-ção — era de 1 para 5 em 2007,elevado pelos padrões do setorpetrolífero mas não tão excessivopara prejudicar a nota de grau deinvestimento da empresa.

A empresa, enquanto isso, in-forma que continuará gastandocapital para desenvolver novoscampos no Ártico, e despejandorecursos nas subsidiárias em seto-res que com freqüência registramperdas, como agricultura e mídia.Além disso, está assumindo, pormeio de sua divisão bancária,uma nova função na crise finan-ceira de socorrer bancos e corre-toras russas em dificuldades.

Os investidores dizem que afalta de disposição para cortarcustos num período de declínio éum problema comum dos setoresnacionalizados e outro motivoque eles têm para fugir das ações.Quando o petróleo era vendidopor menos de US$ 50 o barril em2004, a despesa de capital da Ga-zprom naquele ano era de US$6,6 bilhões; para 2009, a empresa

estimou mais de US$ 32 bilhões.

Revisão de gastosOs executivos da Gazprom di-

zem que estão revendo os gastosmas não vão cortar os empreen-dimentos importantes, como doisgasodutos submarinos que visamreduzir a dependência da empre-sa na Ucrânia como país de trân-sito para cerca de 80% das expor-tações para a Europa. A Gazprome a Ucrânia estão novamente en-volvidas numa disputa de preçosque, segundo os altos funcioná-rios da Gazprom, poderia levá-losa cortar o fornecimento para aUcrânia ainda no fim de 2008.

“Todos os grandes projetos nanossa atividade essencial — ex-ploração, produção, refino, trans-porte, exportação e comercializa-ção — vão prosseguir com esfor-ços muito simples para atender ademanda tanto na Rússia quantonos nossos mercados de exporta-ção”, disse Medvedev.

Mas a receita está projetadapara cair abruptamente nesteano. A Gazprom recebeu umamédia de US$ 420 por 1 milmetro cúbico de gás vendidona Europa Ocidental em 2008;essa quantia está projetada pa-ra cair na faixa de US$ 260 aUS$ 300 neste ano.

“Para eles, como para todos osdemais, o realismo sóbrio che-gou”, disse Jonathan P. Stern, au-tor de “O Futuro do Gás Russo eda Gazprom” e especialista emgás natural da Oxford Energy, nu-ma entrevista por telefone.

Uma parte significativa dofundo de resgate corporativo dopaís — perto de US$ 9 bilhões deum total de US$ 50 bilhões — foireservada para as empresas de pe-tróleo e gás. Só a Gazprom estápedindo US$ 5,5 bilhões.

Por um certo tempo, a Gaz-prom, uma empresa que evoluiuno antigo Ministério de Gás so-viético, foi aceita pelos investido-res como modelo de investimen-to em energia numa época de na-cionalismo de recursos, quandoos governos das regiões ricas empetróleo estavam afastando asempresas ocidentais. Em teoria,os acionistas minoritários de em-presas administradas pelo gover-no não enfrentarão o risco de terseus ativos nacionalizados.

Mas com 436 mil funcionários,subsidiárias que atuam numa am-pla gama de operações, de agricul-tura a hotéis, os salários acima damédia e os resorts e projetos ha-bitacionais patrocinados pela em-presa no Mar Negro, os críticos di-zem que a Gazprom perpetuou aeconomia paternalista soviéticabem na era capitalista.

“Eu posso descrever a econo-mia russa como água numa pe-neira”, disse Yulia L. Latynina, co-mentarista da rádio Echo of Mos-cow. “Quando a entrada de água émaior do que a saída, a peneiraestá cheia. Mas quando há quedano fornecimento de água, a pe-neira novamente se esvazia mui-to rápido”, completou.

CHARLES PLATIAU/REUTERS

Rússia reduz fornecimento de gás para UcrâniaAFPNOVO OGAREVO

O primeiro-ministro russo,Vladimir Putin, ordenou ontem àestatal Gazprom que corte ime-diatamente o gás enviado atravésda Ucrânia à Europa, em respostaàs retenções ilegais de gás dasquais Moscou acusa Kiev.

“Comecem a reduzir a partirde hoje”, afirmou Putin a AlexeiMiller, presidente da Gazprom,depois deste último informarsobre um plano para diminuiros volumes de gás natural envia-do através da Ucrânia em totaisequivalentes aos que Moscouacusa Kiev de roubar.

Um total de 63,5 milhões dem3 de gás foi roubado pela Ucrâ-nia desde 1º de janeiro, declarou

Miller, após uma reunião com Pu-tin para a imprensa.

Putin se reuniu com o presi-dente da Gazprom, Alexei Mil-ler, para conversar sobre o con-flito que gerou o corte dos en-vios de gás para a Ucrânia no diado Ano Novo, por uma dívidaque, segundo Moscou, passa deUS$ 2 bilhões.

O vice-presidente da Gazprom,Alexander Medvedev, em visita aParis, acusou ontem a Ucrânia deroubar 50 milhões de metros cú-bicos de gás e reter o escoamentodo produto à Hungria, Polônia eRomênia no quinto dia de inter-rupção do fornecimento a Kiev.

“O volume total de gás retido,ou melhor dizer claramente, gásroubado, é de 50 milhões de me-

tros cúbicos. É uma quantidadesignificativa”, disse Medvedev ementrevista à imprensa nos escritó-rios da Gazprom em Paris.

Os contratos negociados pelaempresa RosUkrEnergo para for-necer gás a Hungria, Polônia eRomênia não estão sendo cum-pridos pela Ucrânia, acrescentouMedvedev.

Ucrânia recorre à JustiçaA Ucrânia recorreu à Justiça

em Kiev para tentar invalidarum acordo sobre o trânsito degás russo por seu território, in-dicou ontem o ministério ucra-niano da Energia.

A União Européia enviou umadelegação a Kiev para discutir asituação, incluindo Martin Ri-

man, ministro da Indústria e Co-mércio da República Tcheca, paísque exerce atualmente a presi-dência rotativa do bloco.

Seis países do bloco comercialeuropeu — República Tcheca,Hungria, Romênia, Polônia, Bul-gária e Eslováquia — além daCroácia registraram quedas nofornecimento de gás russo, masgarantem que, por enquanto, pos-suem reservas suficientes.

A Ucrânia advertiu sábadoque, se o conflito não for resolvi-do, a UE poderá ter sérios proble-mas daqui a dez dias.

A Ucrânia é a principal rota detrânsito do gás russo para a Eu-ropa, que depende de Moscou pa-ra um quarto de suas necessida-des total do hidrocarboneto.Funcionário tira a neve da fachada da sede da empresa na Rússia

EDUARD KORNIYENKO/REUTERS

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C2 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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INFRAESTRUTURA Barril sobe e fecha a US$ 48,81 em Nova York

ADMINISTRAÇÃO & SERVIÇOS Financeira Itaú CBD (FIC) tem R$ 6 bilhões em créditos aprovados

ELETRICIDADE

AGÊNCIA BRASILCURITIBA

A usina de Itaipu, maior hidre-létrica do mundo em geração deenergia, com 20 unidades gerado-ras e 14 mil megawatts de potên-cia instalada, atingiu novo recor-de histórico em 2008: 94.684.781megawatts-hora (MWh) gerados.O recorde anterior era do ano2000, quando a usina gerou93.427.598 MWh.

A assessoria de imprensa deItaipu informou que esse volumede energia jamais foi atingido poroutra hidrelétrica no mundo. O su-perintendente de ComunicaçãoSocial, Gilmar Piolla, lembrou ain-da que a usina de Três Gargantas,que a China constrói no Rio Yang-Tse, não deverá superar Itaipu emprodução. Quando concluída, ausina chinesa terá 22,4 mil me-gawatts de capacidade instalada,contra 14 mil de Itaipu.

Segundo ele, a vantagem emrelação a Três Gargantas é a situa-

ção hidrológica. O Rio Paraná, on-de está Itaipu, tem grande volu-me de água o ano inteiro.

Ainda de acordo com a asses-soria, a energia produzida porItaipu em 2008 seria suficientepara suprir todo o consumomundial por dois dias; atenderdurante um ano um país como aArgentina; e o Paraguai, parcei-ro no empreendimento, por 11anos. Poderia ainda suprir porum ano o consumo de eletrici-dade de 23 cidades do mesmoporte de Curitiba.

Em 2008, Itaipu participoucom 19% do consumo de energiano Brasil, mesmo percentual de2007. Este é o menor índice desde1992, quando a usina começou aoperar com 18 unidades gerado-ras — hoje são 20. Em 2000, anodo recorde anterior, Itaipu res-pondeu por 25% da demanda deenergia no mercado brasileiro.Em 1995 e 1997, essa participaçãochegou a 26%.

Estatal coreana pode comprar ativos na ALREUTERSSEUL

A petroleira estatal Korea Na-tional Oil Corp (Knoc) vai ad-quirir uma empresa energéticana América Latina no primeirotrimestre de 2009, informou on-tem o ministro de Energia daCoréia do Sul.

O ministro não revelou deta-lhes sobre o possível alvo que apetroleira sul-coreana teria na mi-ra, mas uma fonte que conhece aoperação de perto disse à “Reu-ters” que o negócio estaria avalia-do em mais de US$ 1 bilhão.

A aquisição faz parte de um

plano do governo sul-coreano deanalisar diversas empresas estran-geiras de energia no mundo paraaquisição a fim de aumentar asreservas de petróleo do país. ACoréia do Sul é o quinto maiorimportador de petróleo mundial.

“(O governo) vai aproveitarativamente uma queda acentua-da nos preços dos ativos e rever asoportunidades resultantes parafazer crescer a Korea National OilCorp (KNOC) através de fusões eaquisições com empresas de ta-manho médio”, disse o ministériode Energia em um comunicado.

A queda do petróleo e de ou-

tras commodities reduziu o valorde mercado de ativos em quase70%, com uma empresa canaden-se de energia, por exemplo, cain-do de uma avaliação de US$ 22bilhões para US$ 7,9 bilhõesatualmente. O preço do petróleochegou ao pico de US$ 147 emmeados de 2008 e atualmente énegociado em torno dos US$ 40.

De acordo com o plano do go-verno, a Knoc pretende reforçara sua capacidade de produção depetróleo para 300.000 barris pordia (bpd) até 2012 ante 50.000bpd atuais. Cerca de 20.000 bpddeverão vir de compras de em-

presas de médio porte este ano.“Estamos revendo entre sete e

oito empresas com capacidade deprodução de 100.000/150.000 bar-ris para aquisições”, afirmou LeeJae-Hoon, vice-ministro de Ener-gia coreano, em uma coletiva deimprensa.

Como parte do plano, massem revelar o nome, ele anun-ciou que a Knoc vai compraruma empresa energética latino-americana no primeiro trimes-tre de 2009, um acordo queacrescentaria 10.000 barris depetróleo bruto de produção paraa Coréia do Sul.

SUPERMERCADOS

Com caixa de R$ 4,2bilhões, Grupo querabrir lojas e comprarredes regionais

VALÉRIA SERPA LEITESÃO PAULO

Depois de ter passado 2008arrumando a casa, o Grupo Pãode Açúcar se diz pronto paramostrar a cara este ano. Além demanter a saúde financeira daempresa, de crescer organica-mente (o número de abertura delojas pode ser superior a 100unidades) e de ganhar participa-ção de mercado, a companhia,que está com um caixa de R$ 4,2bilhões, mostra disposição pararealizar novas aquisições: estáavaliando 15 empresas. “Nãonos prepararmos para uma cri-se, embora a situação atual daempresa nos permita passar me-lhor por ela. Nos preparamospara um crescimento agressivoem 2009”, afirma o presidentedo Grupo, Cláudio Galeazzi.

Há cerca de dois meses, a em-presa formou uma equipe espe-cífica para buscar possíveis al-vos de aquisições. Entre as 15empresas com as quais o Pão deAçúcar vem mantendo negocia-ções, estão não só varejistas re-gionais, mas empresas de outrossegmentos como redes de droga-rias e postos de combustível.“Não é porque estamos com cai-xa que vamos comprar uma em-presa. É preciso que ela faça sen-tido para a companhia”, ponde-ra Galeazzi. Captar recursos nomercado para realizar aquisi-ções está, segundo o executivo,entre as últimas opções da com-panhia. “Se precisarmos disso,estaremos bem na frente dos de-mais”, diz Galeazzi, consideran-do, por exemplo, a participaçãoda Financeira Itaú CBD (FIC).

A empresa prevê, por enquanto,

cerca de R$ 1 bilhão para investi-mentos em 2009, incluindo na con-ta, abertura de lojas, investimentoem TI e compra de terrenos.

Na direção da companhia des-de dezembro de 2007 — contrata-do com a missão de e melhorar oretorno sobre o capital investido,elevar vendas, reduzir despesas eaumentar ganhos de eficiência —,Galeazzi, lembra que o valor de in-vestimento da empresa previstopara o ano passado foi reduzido.Inicialmente calculado em R$ 1,3bilhão, passou para R$ 700 mi-lhões, e acabou não chegando a R$500 milhões efetivamente. “Bomsenso é o que determinava o nívelde investimento”, diz o executivoafirmando que a fórmula vai serrepetida este ano.

Em momentos de crise, a em-presa sabe que para ganhar partici-

pação de mercado, pode ter signi-ficar eduzir suas margens. No anopassado, elevou sua presença emum ponto percentual para 33,5%,segundo indicador Scantrack, daNielsen, apresentado pela varejista.

A aposta da varejista está nasnegociações com fornecedores, queseriam favorecidas pela crise. A te-se do Pão de Açúcar é de que paranão ficar com estoques, fornecedo-res estariam mas abertos a negocia-ções. “Se aumentarem o preço equiserem manter o volume de ven-das, vão vender para quem?”, ques-tiona o executivo, acreditando queseus concorrentes também vãomanter posicionamento rígido emrelação ao assunto.

No último ranking da Associa-ção Brasileira de Supermercados(Abras), divulgado no ano passa-do e referente a 2007, a varejista

perdeu a primeira posição para afrancesa Carrefour. Galeazzi nãodiz abertamente que recuperá-laseja uma das metas da empresa.“Nosso objetivo, em primeiro lu-gar, é ter bons resultados. Comuma performance boa, o cresci-mento vai ser consequência.”

Em 2008, o Grupo registrou fa-turamento bruto de R$ 20,85 bi-lhões e as vendas líquidas, já afe-tadas em dezembro, totalizaramR$ 18,03 bilhões no ano, o que re-presenta crescimentos de 18,2% e21% respectivamente , em compa-ração ao ano anterior. No conceitomesmas lojas (abertas há pelo me-nos um ano), as vendas brutascresceram 8,5% no ano e 2,6% de-flacionadas pelo IPCA. Com o con-trole de estoques implementando,reduzindo de 42 para 36 dias o pe-ríodo de giro de mercadorias.

Pão de Açúcar começa o anodisposto a fazer aquisições CINTIA ESTEVES

SÃO PAULO

O Sonda Supermercados esco-lheu 2009 para bater de frentecom as grandes redes supermerca-distas. A partir de fevereiro a va-rejista, que conta com 22 lojas naGrande São Paulo e interior, ini-ciará a venda de eletrodomésticosportáteis leves (liquidificador, ba-tadeira e centrífuga) e também deitens da linha marrom (aparelhosde TV, som e imagem).

Para a nova empreitada a com-panhia fechou parceira com aPhilips que, no início da opera-ção, disponibilizará promotoresespecializados para o atendimen-to aos consumidores. RobertoMoreno, diretor financeiro da re-de, explica que está alinhavandoos últimos detalhes da parceriamas que ainda este ano tambémpretende iniciar a venda de pro-dutos de linha branca (geladeira,fogão, máquina de lavar).

Para conseguir competir comos líderes Carrefour, Pão de Açú-car e Wal-Mart o Sonda vai darexclusividade às marcas da Phi-lips, além de manter estoques re-duzidos nas lojas. “Ainda não te-mos uma expectativa de vendaspara estes produtos, mas o queposso adiantar é que se vender-mos dez televisores por dia va-mos manter nos estoques estaquantidade de produtos mais20%”, exemplifica.

A princípio apenas cinco lojasda rede devem comercializar osnovos produtos. “Se conseguir-mos 5% de lucro líquido na ven-da de portáteis já está ótimo”.

De acordo com o vice-pres-diente de comunicação da Asso-ciação Paulista de Supermerca-dos (Apas), Martinho Paiva Mo-reira, redes médias como oSonda Supermercados tem con-dições de competir na venda deeletros com as grandes redesdesde que tomem alguns cuida-dos. “A venda de eletros é umbom negócio para todos, masprincipalmente as redes médias

devem procurar oferecer boascondições de financiamento.Além disso, elas precisam traba-lhar com estoques reduzidos”,afirma.

O Sonda fechou 2008 comum faturamento de R$ 1,05 bi-lhão, um aumento de 25% emrelação a receita alcançada noano anterior. Até março a rededeve inaugurar mais duas lojasna capital paulista e espera fe-char 2009 com 30 unidades.“Atingimos nossa meta e acredi-tamos que em 2009 nossa redecontinuará crescendo”.

Promoção dos líderesEnquanto o Sonda dá os pri-

meiros passos no setor de eletroscom estoques reduzidos, os super-mercadistas líderes do setor con-cluem grandes liquidações paradesovar estoques.

O Carrefour terminou ontemuma promoção com descontos deaté 80% em cerca de cinco milprodutos dos setores de eletro, ba-zar e têxtil. Segundo a varejista,esta é a maior liquidação já rea-lizada na história da rede — emnúmero de itens e valor de des-contos — desde que chegou aoBrasil. A rede informou que supe-rou suas expectativas e obtevecrescimento de 20% nas vendasdos produtos ofertados em rela-ção à promoção realizada no mes-mo período do ano passado.

Já o Wal-Mart promoveu noinício deste ano um saldão comdescontos de até 60% em produ-tos eletroeletrônicos, portáteis einformática. Para alavancar asvendas a rede varejista promoveuum plano de financiamento espe-cialmente para a campanha. Atéontem, quando a promoção foiencerrada, os eletroeletrônicospodiam ser parcelados em até 15vezes sem juros no cartão Hiper-card. Para Moreira as liquidaçõespromovidas pelos supermercadis-tas são tradicionais nesta épocado ano e não representam alta es-tocagem de produtos.

Sonda inicia venda deportáteis e linha marrom

Cláudio Galeazzi: em 2008, empresa se preparou para um crescimento agressivo este ano

DANIEL TEIXEIRA/GAZETA MERCANTIL

PETRÓLEO

A partir de análisehistórica, mercadoprevê barril a US$ 60até dezembro

BLOOMBERG NEWSNOVA YORK

A queda mais vertical já regis-trada pelos preços do petróleobruto no ano passado deverá pre-parar os investidores em petróleopara uma alta este ano, a julgarpelos históricos anteriores.

A curva conhecida comoavançada dos contratos futurosnegociados na Bolsa Mercantilde Nova York sugere que o pe-tróleo vai se valorizar 28%, paraUS$ 60,10 o barril, até dezembrodeste ano. A curva tem uma apa-rência quase igual à de 10 anosatrás, depois que o calote da dí-

vida da Rússia e o colapso dofundo de hedge Long-Term Ca-pital Management LP (LTCM)elevaram o receio de que um de-saquecimento da economiamundial reduziria a demandapor combustíveis. Os preços dopetróleo bruto caíram 25% noúltimo trimestre de 1998, suamaior queda de sete anos.

As apostas numa recupera-ção renderam frutos na época,quando a Opep (Organizaçãodos Países Exportadores de Pe-tróleo) reduziu a produção em6,9%, levando os preços a maisdo que duplicarem em 1999.Agora, a Opep está prometendocortar a oferta em 9%, empresasdesde a Shell até a Valero Corp.estão adiando novos projetosenergéticos e os BCs estão redu-zindo as taxas de juros para pôr

fim à pior crise financeira desdea Segunda Guerra Mundial.

“A economia mundial vai en-trar num ambiente de maior es-tabilidade mais provavelmenteno segundo semestre de 2009”,disse Christoph Eibl, co-gestorde mais de US$ 1 bilhão na Ti-berius Asset Management deZug, na Suíça. “As commoditiesdevem, portanto, se recuperar. Opetróleo bruto é a que tem omaior potencial para isso”, com-pletou o executivo.

As operadoras já estão se be-neficiando do fato de os preçosdo mercado futuro ultrapassa-rem os fixados pelos contratospara entrega imediata, situaçãoconhecida como contango. Atéos últimos meses deste ano cer-ca de 26 milhões de barris de pe-tróleo deverão ser estocados em

navios-tanque. O petróleo brutoarmazenado, avaliado em US$1,2 bilhão aos preços de hoje, es-tará valendo US$ 1,57 bilhão,com base nos contratos para en-trega em dezembro, embutindopotencialmente um lucro paraos investidores após gastos comfinanciamento, estocagem e se-guro para o petróleo.

Preços mais elevadosVinte e oito dos 30 analistas

consultados pela “Bloomberg”prevêem preços mais elevadospara o petróleo no fim desteano, com a mediana das estima-tivas para o quarto trimestre al-cançando US$ 70 o barril.

Ontem, na bolsa de NovaYork, o barril do petróleo WTI fe-chou a sessão com alta de US$2,47, para US$ 48,81.

Queda vertical da cotaçãosinaliza possível alta em 2009

Itaipu registrarecorde de geração

PETROBRAS

REUTERSRIO DE JANEIRO

Uma falha na válvula de blo-queio da plataforma P-34 da Petro-bras, no campo de Jubarte, na baciade Campos, provocou a morte deum funcionário da UTC Engenha-ria, que presta serviços à estatal, eferimentos leves em outros dois,além de interromper a produção da

unidade, informou a companhia.O acidente ocorreu no domin-

go, por volta das 23h15. Segundoa Petrobras, já estão sendo toma-das medidas para a retomada daprodução de 40 mil barris diáriosde petróleo, o que deve ocorrernas próximas horas. A empresaafirmou que já iniciou a apuraçãoda causa do acidente.

Acidente em plataformasuspende produção

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | C3

INDÚSTRIA Abia estima faturamento bruto de R$ 265 bilhões em 2008Zebra DeluxeA Diferença EntreUma Viagem de Negócios e um Vôo de Negócios.������������������ ��� ������ ������� ��������� ����� �� ����������������������������� ������������������������� � ��������� � �� �� ����� ����! ������� ��� ������ ��� � �� �������������� ���"���� ��������������"��� #������������ � ����� � �� ����$�� ��� � ������ ���������% �� ���������������������� �&���������� ������ ��' (������ � �� � ��� �)����� Fly Business [email protected]. 5584.7779 www.coltaviation.com.brDESEMPENHO

Vendas reais devemter aumento de,no máximo,2% este ano

WILSON GOTARDELLO FILHOSÃO PAULO

A crise econômica deve afetaras vendas das fabricantes de be-bidas e alimentos este ano. Ape-sar da previsão de alta das ven-das reais e da produção, o cres-cimento deve ser menor em2009 em relação ao observadoem 2008, segundo estimativasda Associação Brasileira das In-dústrias da Alimentação (Abia).O faturamento nominal das em-presas fechou o ano passado emcerca de R$ 265 bilhões, de acor-do com previsões da entidade,em relação aos R$ 230 bilhões de2007, quando cresceu 10%. Des-contada a inflação de 16,69% re-gistrada até novembro de 2008,o crescimento real deve ficarum pouco acima de 2%. Em2007, o crescimento real dasvendas foi de 2,9%. Para esteano, a expectativa é fechar o ano

com crescimento real das ven-das entre 1,4% e 2%.

“Não foi um ano ruim. Foi umano considerado bom dado o ta-manho da crise”, afirmou DenisRibeiro, coordenador do departa-mento de economia da Abia.

Apesar do otimismo do econo-mista, 2008 foi o segundo anoconsecutivo em que as vendasreais cresceram abaixo da estima-tiva da associação. Em 2007, aprevisão inicial era crescer até4% e no início de 2008 a expec-tativa de crescimento girava emtorno de 3,5%. Nos dois anos, oprincipal vilão das vendas foi oíndice inflacionário. “Em semiela-borados (arroz, feijão, leite, entre

outros), por exemplo, tivemosum ano de muita oscilação”, ex-plicou Ribeiro. Com base em da-dos da Fundação Instituto de Pes-quisas Econômicas (Fipe), Ribeiroinformou que no acumulado de2008 até novembro a inflação dossemielaborados alcançou 13%.Em doze meses até novembro de2008, a alta chega a 18,7%.

Nos industrializados, a altados preços ficou um pouco abai-xo: 8,6% no acumulado de 2008até novembro e 9,6% nos dozemeses até novembro.

Produção A produção das indústrias da

alimentação fechou 2008 com al-ta de 5% no ano passado, segun-do estimativas da Abia. Para 2009,o crescimento do volume de pro-dução deve se um pouco menor eficar entre 2,5% e 3,5%. SegundoRibeiro, a desaceleração das eco-nomias dos países desenvolvidosdeve impactar nas vendas das fa-bricantes de alimentos no Brasil.“Eles (os países desenvolvidos) re-presentam cerca de 50% do con-sumo mundial”, disse o econo-

mista. “Além disso, temos umadesaceleração do crescimento nosmercados emergentes”, afirmou.Segundo ele, os emergentes repre-sentam 25% do consumo mun-dial de alimentos.

Diante de um cenário de de-saceleração global, as exporta-ções podem ser afetadas. Deacordo com Ribeiro, cerca deum quarto da produção de ali-mentos no Brasil é exportada.“Vamos ter dificuldades, mas dealguma forma temos os merca-dos emergentes para exporta-ção”, disse. “Resta saber comovai se comportar os outros trêsquartos que representam o mer-cado interno”, afirmou.

Para conseguir enfrentar ospiores momentos da crise, que Ri-beiro acredita que será ameniza-da a partir do segundo semestredeste ano, as empresas devem“trabalhar diluindo custo fixo,não formar estoques, ter umaprogramação de produção enxutae acompanhar as vendas”.

“Este será um ano difícil, masvai dar para remar”, concluiu oeconomista.

Setor de alimentos e bebidasprevê crescimento menor em 2009

DENIS RIBEIROEconomista da Abia

EMBALAGENS

ANNA LÚCIA FRANÇASÃO PAULO

O intenso movimento nomercado de águas minerais esucos, que cresceu quase 10%no último ano, mantém os âni-mos da Soproval para 2009. Es-p e c i l i z a d a e m e m b a l a g e n splásticas do tipo PET para lí-quidos, a empresa possui as es-timativas de crescimento entre6% e 8% para este ano.

Com uma fábrica localizadaem Valinhos, no interior de SãoPaulo, e o conhecimento demais de 20 anos nesse mercado,a companhia conseguiu elevar aprodução em 15% no últimoano, atingindo uma capacidadede 150 mil garrafas por dia. Aexpansão foi fruto de um inves-timento feito em 2008 equiva-lente a 18% do faturamento.

Mesmo sem revelar os valores,o diretor comercial da Soproval,Sergio Monteiro, disse que a dire-ção da empresa deve se reunir emfevereiro para avaliar novos in-vestimentos já para 2009. “O mer-cado continua aquecido, apesarda crise, e ainda estamos acompa-nhando novas aquisições no setorde águas, movimento que devecontinuar”, afirmou o executivo.Ele citou a compra da empresaSanta Bárbara pela Nestlé e a en-trada da Danone no segmento deáguas. Com a operação, a Nestléfortaleceu a presença em São Pau-lo, o principal mercado do País nosegmento, representando aproxi-madamente 57% do mercado to-tal de águas engarrafadas.

A Nestlé Waters, divisão deáguas da multinacional, é lídermundial em águas engarrafadas,com 19,2% de participação, e está

presente em 130 países. No Brasil,são comercializadas as marcasNestlé Aquarel, Petrópolis, SãoLourenço, Perrier, S.Pellegrino eAcqua Panna, sendo as três últi-mas importadas

De acordo com dados do ins-tituto de pesquisas Nielsen, hou-ve um crescimento de 26,67% nomercado de águas minerais entre2003 e 2007. A Associação Brasi-leira das Indústrias de Refrigeran-tes e de Bebidas Não-Alcoólicas(Abir) informou que o segmentopulou de 1,5 bilhão de litros re-gistrados em 1995 para 6,6 bi-lhões em 2007. “Nós acreditamos

que a deman-da deve conti-nuar firme, es-pecia lmentenesse segmen-to de águas esucos, baseadae x a t a m e n t eem cima des-ses números”,

acrescentou Monteiro.Em relação ao anúncio feito

pela Braskem, de que deixaria defornecer resinas para produçãode PET, o executivo afirmou quehá algum tempo o setor já vinhasendo abastecido apenas pelaM&G e por importações da Chi-na. Mesmo com o aumento dodólar, Monteiro disse que nãohaverá problemas, uma vez quehouve uma redução dos preçosem dólar da ordem de 15%, oque compensa parte da alta docâmbio, de mais de 40%. “Só es-tamos esperando agora que hajatambém um recuo nos preçosdepois da queda do petróleo, oque ainda não foi repassado”,acrescentou.

Águas devem sustentarexpansão da Soproval

M E TA I S

DOW JONES NEWSWIRESLO N D R E S

O volume negociado na Bolsade Metais de Londres (LME) su-biu cerca de 22% para um novorecorde em 2008, informou on-tem a Bolsa. Foi o quarto ano con-secutivo de novas marcas, confor-me afirmou, em comunicado, aLME. O volume negociado cres-ceu para 113 milhões de lotes,acima dos 93 milhões de lotes re-gistrados em 2007. O volume to-tal transacionado representa US$10,24 trilhões, 7% acima do mon-tante registrado um ano antes.

O volume de níquel em contra-tos futuros foi o que mais cresceu,seguido pelo estanho e pelo zinco.No níquel, o volume de contratosfoi 37% maior, atingindo 5,2 mi-lhões, enquanto o de estanho su-biu 32% para 6,1 milhões de con-tratos e o número de contratoszinco para entrega futura aumen-tou 28%, para 16,1 milhões. O co-bre aumentou 24%, para 26,5 mi-lhões de lotes, e o alumínio cres-ceu 20%, para 48,3 milhões.

Novo recordena Bolsa deMetais

SIDERURGIA

Exportações chinesasde aço caem em outubro

Bureau, o déficit comercial de açona União Européia (UE) sofreuum aumento durante o terceirotrimestre frente ao trimestre an-terior uma vez que a importaçãode aço chinês mais do que do-brou. O déficit comercial de açonos 27 países membros do blocoaumentou para 2,7 milhões de to-neladas no trimestre que se en-cerrou em 30 de setembro de2008, ante 1,2 milhão de tonela-das no trimestre anterior.

O déficit comercial aumentou,em parte, devido ao aumento dasimportações de aço da China e que-da das exportações de aço semi-aca-bado para os Estados Unidos. Asimportações de aço da China pelaUE subiram para 2,8 milhões de to-neladas no terceiro trimestre — notrimestre anterior este número era

de 1,2 milhão de toneladas, de mo-do que as importações de aço na UEsofreram alta de 6,9% no terceirotrimestre, alcançando 11,1 milhõesde toneladas, em comparação com10,4 milhões no trimestre anterior.

As exportações de aço da UEcaíram 9,4%, para 8,4 milhões detoneladas no terceiro trimestre,frente a 9,2 milhões no segundotrimestre, em parte, devido à quedatrimestral de 27% nas exportaçõesde aço semi-acabado ao longo doterceiro trimestre. As exportaçõesde aço semi-acabado da UE caírampara 833 mil toneladas no terceirotrimestre em comparação com 1,2milhão no período anterior.

“A queda no consumo de açodeve continuar até o terceiro tri-mestre de 2009”, defendeu a FitchRatings em um relatório.

REDAÇÃO EDOW JONES NEWSWIRESSÃO PAULO E LONDRES

As exportações chinesas de açocaíram em outubro para 4,4 mi-lhões de toneladas, ante o recordede 7,8 milhões de toneladas regis-tradas em agosto, informou ontemo Iron and Steel Statistics Bureau,instituto sediado no Reino Unido.Em outubro, a produção de açobruto na China foi a menor desdeabril de 2006, embora o país, queresponde por cerca de 40% da pro-dução mundial, tenha apresentadouma redução menor que a de ou-tros grande produtores de aço.

Apesar da redução das expor-tações chinesas, o país asiáticoainda uma ameaça para os mer-cados internacionais. De acordocom o Iron and Steel Statistics

ELETROELETRÔNICOS

REUTERS E REDAÇÃOTÓQUIO E SÃO PAULO

A Sony deve anunciar o fe-chamento de fábricas japonesase de importantes divisões no co-meço do próximo mês, infor-mou ontem o jornal The Times,de Londres. A companhia, noentanto, negou a existência dequalquer plano do tipo.

A fabricante de eletroeletrô-nicos enfrenta queda de vendase acúmulo de estoques comoconsequência da crise financei-ra, ao mesmo tempo em que oiene mais forte prejudica os lu-cros da empresa.

A Sony, cujo império englobasemicondutores, filmes e seguros,prepara uma série de medidasque eliminarão algumas das ope-rações domésticas e transforma-rão os negócios da gigante doseletrônicos, informou o Times, ci-tando fontes da companhia.

“Nós não planejamos anun-ciar medidas adicionais de rees-truturação neste momento”, dis-se o porta-voz da companhia,Atsuo Omagari, em resposta aotexto do jornal. “Nós não temosqualquer plano do tipo.”

A Sony anunciou em dezem-bro um plano de economia deUS$ 1,1 bilhão ao ano, já que operíodo de final de ano não es-timulou gastos dos consumido-res. Mas, na visão de analistas,precisa de mais e maiores medi-das de reestruturação para asse-gurar crescimento.

A Sony projeta que o lucro ope-racional deva cair pela metade, pa-ra 200 bilhões de ienes (US$ 2,2 bi-lhões) no ano, até março, mas 17analistas pesquisados pela ReutersEstimates deram uma estimativamédia de 45,8 bilhões de ienes,queda de quase 80%.

Entre as medidas de reduçãode custos anunciadas no mês pas-sado pela empresa, estão ainda ocorte de 16 mil empregos, a res-trição de investimentos e a saídade alguns negócios.

A empresa também informouque vai fechar 10% de suas 57 fá-bricas até o fim de seu próximoano fiscal, em 31 de março de2010. Até o final deste ano fiscal,em 31 de março de 2009, a Sonypretende fechar duas fábricas forado Japão, incluindo uma unidadede produção na França.

Sony pode fecharfábricas no Japão

E S T R AT É G I A

Dolby quer uso doméstico do 3Ddoméstico do 3D, a companhia en-frentará competição cerrada emum mercado incipiente. Muitasempresas participantes da Consu-mer Electronics Show, que aconte-ce esta semana em Las Vegas, de-monstrarão diversas maneiras delevar imagens em três dimensõesàs residências. Enquanto isso, asempresas de entretenimento ebens de consumo eletrônicos estãotrabalhando para evitar qualquerguerra de formato sobre o 3D, co-mo a que ocorreu entre os forma-tos de vídeo Blu-ray e HD-DVD.

A Dolby já participa do mercadode cinema 3D, tendo introduzido

sua tecnologia nas salas de exibiçãoem 2007. Agora, ela é usada emmais de 400 telas em 24 países. “Mi-lhões de pessoas assistem aos filmese vão para casa dizendo que que-riam ver algo parecido em seus te-levisores”, disse Guido Voltolino, di-retor de desenvolvimento de negó-cios do grupo. Segundo ele, atecnologia de 3D doméstico da Dol-by foi projetada de forma a não re-querer equipamentos adicionais. Amaior parte dos sistemas de entre-tenimento em 3D requer o uso dedispositivos como lentes polariza-das e óculos equipados com obtu-radores de movimento rápido.

REUTERSSÃO FRANCISCO (EUA)

A Dolby Laboratories, empresaconhecida por sua tecnologia deáudio, está agora direcionando ati-vidades a uma das áreas mais co-mentadas do mercado de vídeo: oentretenimento tridimensional do-méstico. A Dolby anunciou que es-tá negociando com fornecedoresde conteúdo a inserção da tecnolo-gia 3D em filmes no formato Blu-ray. A empresa não identificou pos-síveis parceiros, e também está tra-balhando pelo uso da tecnologia3D em videogames.

No esforço para promover o uso

REGISTRO PFIZER COMPRA VACINASA farmacêutica Pfizer exerceu umaopção para adquirir licenças comer-ciais sobre vacinas desenvolvidaspela Cytos Biotechnology, da Suíça.As opções foram baseadas em umacordo que as companhias assina-ram em agosto, e que concedeu àPfizer acesso a vacinas experimen-tais que utilizam o sistema imuno-lógico do corpo humano. A Cytosnão revelou o valor da negociação.

VENDA DEÁGUA CRESCEU

10%no último anoe deve mantervigor em 2009

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C4 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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Mil metalúrgicos da Renault aceitam proposta de ficar em casa 5 meses sem salários para preservar o emprego em período de crise

TRANSPORTES GM planeja novas férias coletivas mesmo com estoque baixo em Gravataí

EFEITOS DA CRISE

GM, Ford, Fiat, Volks eRenault retornam aotrabalho, mas GM avisaque vai parar de novo

Indústrias voltam receosas após longa parada

WAGNER OLIVEIRA, CAIO CIGANA, JÚLIOOTTOBONI E DURVAL GUIMARÃESSÃO PAULO, PORTO ALEGRE, SÃO JOSÉDOS CAMPOS E BELO HORIZONTE

Em assembléia na tarde de on-tem, metalúrgicos da Renault acei-taram um acordo pela qual amontadora evita a demissão demil empregados. Mesmo que am-parado pelo pelo artigo 476 daCLT, o acordo que, em contrapar-tida às dispensas, deixa os mil tra-balhadores por cinco meses emcasa sem salário é inédito no setor.Neste período, os mil metalúrgi-cos terão computados ganhoscom férias, 13º e Fundo de Garan-tia. A empesa se compromete aconduzir cursos de reciclagem, cu-jas despesas serão pagas pelo Fun-do de Amparo ao Trabalhador(FAT) e dará ajuda compensatória,sem natureza salarial.

O acordo, previsto na CLT, foinecessário diante das quedas verti-ginosas nas vendas que obrigam aRenault adequar a produção à de-manda. Assim como em outrasmontadoras, os funcionários da Re-nault voltaram das férias coletivasontem, iniciadas na segunda quin-zena de dezembro. Mas as parali-sações temporárias das indústriasnão chegaram a surtir os efeitosnecessários e novas férias coletivasjá estão programadas, como de uni-dades da General Motors.

Na Volkswagen, as unidadesde Taubaté e São Carlos voltaramontem. A de São José dos Pinhais(PR) está prevista para voltar aoperar hoje e São Bernardo doCampo (SP) volta amanhã. AFord — São Bernardo e Camaçari— também voltou das férias on-tem. A empresa ficou parada porcerca de 40 dias.

Os trabalhadores do complexoda General Motors em Gravataí, naregião metropolitana de Porto Ale-gre, voltaram ontem às atividadesdepois da terceira paralisação naunidade desde novembro. Para ajus-tar a produção, a unidade produziuapenas um dia novembro e cincodias em dezembro.

Um novo período de férias co-letivas está previsto para entre osdias 19 de janeiro e 8 de fevereiro,mas o Sindicato dos Metalúrgicosde Gravataí cultiva a esperança deque a situação possa estar come-çando a voltar à normalidade. “Agente sempre tem a esperança deque o mercado possa reagir”, diz opresidente da entidade, Valcir As-cari, referindo-se à possibilidade dea montadora rever a paralisação ca-so os consumidores voltem àscompras, impulsionados por medi-das como o corte de IPI.

Ascari diz ter notado um sen-timento maior de confiança nocontato com os metalúrgicos namanhã de ontem, quando retor-navam ao trabalho. Os automó-veis com motor 1.0 ficaram isen-tos do imposto, o que beneficiariaa unidade, que tem a maior parteda produção voltada justamente aestes modelos.

Procurada, a GM se limitou a in-formar que considera cedo paraavaliar a hipótese de não recorrer anovas férias coletivas e é preciso es-

perar o comportamento das ven-das nos próximos dias de janeiro.

Mas o medo de demissões emGravataí também diminuiu emrelação às primeiras semanas deprodução interrompida. “O Pi-nheiro Neto esteve aqui em de-zembro e disse que não ocorre-riam demissões em massa. Aidéia era manter os empregos”,relata Ascari, referindo-se à pas-sagem pela unidade do vice-pre-sidente da GM do Brasil, JoséCarlos Pinheiro Neto, ocorrida

dia 18 de dezembro. Segundo osindicalista, o pátio da fábricatem cerca de 800 automóveis, oequivalente à produção de umdia. Com os 10 dias úteis de pro-dução até 19 de janeiro, devemser fabricados entre oito e novemil veículos novos.

O Complexo Industrial Au-tomotivo de Gravataí contacom cerca de 5,2 mil trabalha-dores, sendo aproximadamen-te 2,8 mil da GM e o restantedas empresas sistemistas. A

unidade produz os modelosCelta e Prisma.

Férias ampliadas no ValeA direção da General Motors

resolveu ampliar o período deférias coletivas de uma parcelade seus funcionários da unidadede São José dos Campos. Eles re-tornaram ontem ao trabalho. Ocomunicado foi feito ao Sindica-to dos Metalúrgicos no últimodia 23, mas a entidade de classesó tomou conhecimento ontem

no retorno de suas atividades.A montadora concederá um

novo período de férias coletivasentre 12 de janeiro e 11 de feve-reiro. Pelos cálculos do sindicato,a medida atinge cerca de 300 tra-balhadores da linha powertrainque ainda não tinham sido con-templados com férias coletivas.

A powertrain é um setor da GMresponsável pela produção de mo-tores e transmissões. Este é o quar-to anúncio de férias coletivas feitopela montadora desde o final de se-tembro de 2008. A medida já atin-giu empregados de praticamentetodos os setores da fábrica.

No final de novembro do anopassado, a GM já havia colocadoem férias por três vezes os funcio-nários da powertrain. Cerca de600 trabalhadores do setor, queestavam parados desde o dia 17de novembro, retornaram ao tra-balho no dia 1ª de dezembro úl-timo já com data para paralisa-rem novamente as atividades.

A powertrain fabrica motorese transmissões para os princi-pais modelos da linha Chevro-let. Nas últimas férias coletivas,a montadora havia distribuídoos empregados em dois grupos,sendo que o primeiro turno es-teve parado entre 15 de dezem-bro até ontem. O segundo turnoficará em casa durante o períodode 40 dias, no período de 15 dedezembro a 25 de janeiro. O cli-ma é de tensão entre os funcio-nários, já que há expectativa dedemissões na companhia.

Os outros setores da GM estãoem funcionamento desde ontem.Estão operando os departamentosresponsáveis pela produção da S-10, com cerca de 500 empregados.O primeiro turno da powertrain,com 600 operários, retomou as ati-vidades na fábrica. As linhas dosveículos Corsa, Zafira e da pick-upMontana estão operando normal-mente desde dezembro último.

A Fiat retomou sua produção,que estava totalmente paralisadadesde 23 de dezembro. Retornaram12 mil de um total de 15 mil tra-balhadores. Na segunda feira dapróxima semana retornam os trêsmil restantes, dando condições àfábrica de operar à plena carga.

Segundo informações da em-presa, foram positivas as medidasde incentivo ao consumo adota-das pelo governo, entre quais sedestaca a isenção do IPI por umperíodo que se estenderá atémarço. A fábrica vendeu 42.574veículos em dezembro, contra40.764 em novembro, que foiaté agora, o auge da crise. Ape-sar dos números animadores,ainda estão distante dos 60.618veículos vendidos em setembro,quando a crise financeira inter-nacional ainda não havia mos-trado seu rosto no Brasil.

Após mais de 40 dias em férias, funcionários da GM de Gravataí foram informados que a fábrica vai entrar de novo em recesso

V E Í C U LO S

Mesmo com ajuda, EUA têm omenor mercado em 16 anos

“Se a confiança do consumi-dor não voltar logo, vai ser difí-cil para as montadoras”, disseJohn Wolkonowicz, analista daIHS Global Insight em Lexing-ton, Massachusetts. “Não é so-mente a General Motors, a Ford,a Chrysler que estão sofrendocom isso. É a indústria automo-bilística inteira globalmente”.

A GM e a Chrysler, que rece-beram promessas no mês passadode US$ 17,4 bilhões em emprés-timos dos EUA, vão provavel-mente dizer que tiveram menossucesso que a Toyota, a Honda e aFord. As vendas da GM caíram41% e as da Chrysler caíram48%, baseadas na média de 6 pre-visões feitas por analistas.

A Nissan Motor, pode ter caído43%, de acordo com uma nota de31 de dezembro de Brian John-son, analista do Barclays Capitalem Chicago. A Nissan é a terceiramaior montadora do Japão de-pois da Toyota e da Honda, quetem sede em Tóquio.

No mercado japonês as vendasde veículos, excluindo miniveícu-los de 660 cilindradas, despenca-

REUTERS, AFPE BLOOMBERG NEWSTÓQUIO, PARIS E SOUTHFIELD,MICHIGAN (EUA)

A Toyota Motor e a HondaMotor disseram que as vendasnos Estados Unidos despencarammais de 35% em dezembro con-forme a recessão enfraqueceu ademanda no maior mercado deautomóveis do mundo.

A Toyota, pronta para ultrapas-sar a General Motors como a maiormontadora, divulgou uma quedade 37% em relação a um ano antes,enquanto a Honda despencou35%. A Ford Motor, segunda maiormontadora dos Estados Unidos,disse que as vendas caíram 32%.

Os resultados de ontem sugeri-ram que o total final de toda a in-dústria americana para 2008 seriao mais baixo em 16 anos visto quea ajuda federal de 19 de dezembroda GM e da Chrysler não tiveramsucesso em conter o pessimismodo consumidor e a escassez de cré-dito. As vendas do ano todo daToyota e da Honda, nos EUA, caí-ram pela primeira vez desde 1995 e1993, respectivamente.

ram 22% em dezembro em rela-ção ao mesmo mês de 2007, ba-t e n d o n o p i o r p a t a m a r j áregistrado para o período. O re-sultado fecha um 2008 fraco emque a demanda caiu ao nível maisbaixo em 34 anos.

As vendas de carros, cami-nhões e ônibus novos somaram183.549 veículos, segundo a As-sociação de Concessionárias deAutoveículos do Japão (Jada).Todas as marcas sofreram que-das nas vendas.

Combinadas com as vendas deminiveículos —que tiveram que-da de 6,7%, para 122.770 unida-des— as vendas de automóveisno Japão caíram 17%, para306.319 veículos.

“Nós nunca imaginamos queas vendas cairiam tanto assim”,disse o diretor da Jada, TakeshiFushimi. “Esta é uma situação de-sanimadora”.

Para todo o ano de 2008, asvendas excluindo miniveículostotalizaram 3,21 milhões de uni-dades, em queda de 6,5% em re-lação a 2007, o que marca o quin-to ano seguido de declínio.

No mês passado, a Associaçãodos Fabricantes Automotivos doJapão (Jama) projetou uma quedada demanda por automóveis mó-veis em 2009 para 4,86 milhões deveículos — a primeira queda paraabaixo de 5 milhões em 31 anos.

Na França queda de 15%Na França, as vendas de carros

novos também registraram umaqueda de 15,8% em dezembro e0,7% no acumulado de 2008, en-cerrando um ano “de muitos con-trastes”, anunciou o Comitê deFabricantes de Automóveis Fran-ceses (CCFA).

“Como seus vizinhos euro-peus, o mercado francês sofre osefeitos da crise financeira mun-dial”, indicou o CCFA em um co-municado. O mercado encolheu6,3% no segundo semestre, apósuma alta de 4,5% na primeirametade do ano.

Mesmo assim, os grupos fran-ceses terminaram 2008 em altana França: as vendas da Renaultaumentaram 3,5% em 2008, en-quanto as da PSA Peugeot Citroëncresceram 1%.

CAMINHÕES

ARIVERSON FELTRINSÃO PAULO

Apesar de a Volkswagen terfechado 2008 na liderança emvenda de caminhões acima de3,5 toneladas brutas, com 30,3%de participação, acima da Mer-cedes-Benz, com 29,9%) no acu-mulado desde 1957 a dianteirada marca da estrela de três pon-tas é relevante.

Com efeito, entre 1957 e2008 dos 2,245 milhões de cami-nhões vendidos pelas sete mar-cas que estão no mercado, aMercedes comercializou 971,6mil unidades. Isso lhe deu43,3% de participação.

A segunda marca mais vendi-da , a Ford, comercializou nestes51 anos um total de 618.390 ca-minhões, 27,5% do mercado.

A terceira marca mais vendida,a Volkswagen, com 341.190 unida-des, obteve 15,2% de participação.

As suecas Scania e Volvo,com 157.128 unidades e 105.612caminhões, respectivamente, fi-caram com 7% e 4,7% do mer-cado entre 1957 e 2008.

A Iveco, de origem italiana,vendeu 31.368 unidades, en-

quanto a brasileira Agrale, com19,.490 unidades, ficou com0,9% do mercado.

É de se registrar que só trêsmarcas ocuparam o período todode 1957 a 2008. São elas a Mer-cedes-Benz , Ford e Scania.

A Volvo entrou no mercadoem 1980, a Volkswagen em1981, a Agrale entrou em 1983 ea Iveco chegou em 2000.

No acumulado, a líderé a Mercedes-Benz

R E N A U LT

GM

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | C5

TI & TELECOM Fundador da Apple termina uma tradição de 11 anos, ao não falar hoje na Macworld

INTERNET

Soletram-se as palavrascom fonemas romanose a máquina produzescrita da língua local

Web indiana converte idiomas regionais

DANIEL SORID/THE NEW YORK TIMESNOVA YORK

O próximo capítulo da internetnão será escrito só em inglês. AÁsia já tem mais que o dobro deusuários de internet da América doNorte, e até 2012 terá o triplo. Des-de já, mais da metade das consultasde pesquisa no Google se originamde fora dos Estados Unidos.

A globalização da internet teminspirado empresários como RamPrakash Hanumanthappa, um en-genheiro que mora perto de Ban-galore, Índia, e que aprendeu inglêsna adolescência, mas ainda prefereconversar com os amigos e fami-liares na sua língua nativa kanna-da. Mas para escrever kannada nainternet é preciso usar diagramasnas teclas do computador que mes-mo Prakash acha difícil aprender.

Então ele desenvolveu, em2006, o Quillpad, um serviço on-li-ne para digitar em 10 linguagenssul-asiáticas. Os usuários soletramas palavras de linguagens locais fo-neticamente em letras romanas, e amáquina as converte em escrita doidioma local. Blogueiros e autoresestão entusiasmados com o servi-ço, que tem atraído o interesse dafabricante de celulares Nokia e aatenção do Google, que desde en-tão apresentou sua própria ferra-menta de transliteração.

Ram Prakash disse que as em-presas de tecnologia ocidentais nãocompreenderam bem o panoramalinguístico da Índia, onde o idiomainglês é falado fluentemente por sóum décimo da população e mesmomuitos indianos com ensino supe-rior preferem os contornos de suaslínguas nativas nas conversas coti-dianas. “É preciso dar a eles umaoportunidade para se expressaremcorretamente, em vez de bancarem

os tolos quando são obrigados ausar o idioma inglês”, ele disse.

Mas há escassez de conteúdo eaplicativos em língua não inglesa.Portanto, os gigantes da tecnolo-gia americana estão gastando cen-tenas de milhões de dólares a cadaano para construir e desenvolversites e serviços em língua estran-geira — antes que empresas lo-cais, como a Quillpad, lhes passema perna e tomem os lucros.

“Longe estão os dias nos quaisse podia lançar um site em inglêse presumir que os leitores domundo todo o visitariam só porcausa do conteúdo que o site ofe-rece”, disse Zia Daniell Wigder,analista sênior da Jupiter Resear-ch, uma empresa de pesquisa on-line com sede em Nova York.

Em nenhum outro lugar estãoos obstáculos, ou as possíveis re-compensas, mais visíveis do que naÍndia, cuja população on-line a Ju-piter informa está em posição paraser a terceira maior do mundo de-pois da China e dos Estados Unidosantes de 2012. Os indianos podemconversar num idioma com o che-fe, em outro com o cônjugue enum terceiro com os pais. Nas con-versas informais, as palavras po-dem surgir de vários dialetos.

Nos últimos dois anos, Yahoo eGoogle apresentaram mais de umadúzia de serviços para incentivar osusuários de internet da Índia a pes-quisar, escrever em blogs, trocaridéias e aprender nos idiomas na-tivos. O Facebook alistou centenasde voluntários para traduzir seu si-te de rede social em hindu e emidiomas regionais, e o Wikipedia játem mais verbetes em dialetos daÍndia do que em coreano.

O serviço de busca do Googletem perdido para a concorrêncialocal na China, e isso fez da ofertade serviços de sabor local umaprioridade para a empresa na Ín-dia. As iniciativas do Google naÍndia têm por intuito abrir o mer-cado de computador pessoal, cujo

crescimento é historicamentelento, e desenvolver especialidadeque poderá aplicar na criação deserviços para os mercados emer-gentes do mundo todo.

“A Índia é um microcosmo domundo”, disse Prasad BhaaratRam, diretor de pesquisa e desen-volvimento do Google India. “Ter22 dialetos cria um novo nível decomplexidade no qual se podeempregar o mesmo método quese empregaria se tivesse uma lín-gua predominante e a aplicasse22 vezes”, disse Bhaarat Ram.

As empresas globais estão gas-tando centenas de milhões de dó-lares ao ano para selecionar umalista de idiomas e traduzir seuswebsites, disse Donald A. DePal-ma, diretor de pesquisa da Com-mon Sense Advisory, uma consul-tora para localizar websites.

A Índia — com mercados de co-mércio eletrônico e publicidadeon-line relativamente subdesenvol-vidos — está em pior posição na

lista do que a Rússia, Brasil e Coréiado Sul, disse DePalma.

Ram reconheceu que as inicia-tivas de produzir textos nos idio-mas locais na Índia ainda não ge-raram receita expressiva. Mas osinvestimentos, disse DePalma, sãointeligentes. “Eles estão criando omercado publicitário indiano”.

Inglês não é suficienteO idioma inglês não será sufi-

ciente para se conectar com o cres-cente mercado on-line da Índia,uma lição aprendida pelas produ-toras de programas de TV e pelasfabricantes de produtos de consu-mo ocidentais, disse Rama Bijapur-kar, consultora de marketing.

“Se uma empresa quiser alcan-çar um bilhão de pessoas, ou mes-mo meio bilhão, terá de se conec-tar com elas, então não terá outraopção além de se comunicar emmúltiplos idiomas”, disse.

Mesmo na base de 50 milhõesde usuários de internet na Índia, a

maior parte de idioma inglês, qua-se 75% preferem ler numa língualocal, segundo pesquisa feita peloinstituto JuxtConsult. “Há umaimensa escassez de conteúdo nosidiomas locais”, disse Sanjay Tiwa-ri, presidente do JuxtConsult.

Em iniciativa da Microsoft, Pro-ject Bhasha, coordena os esforçosde acadêmicos indianos, empresaslocais e desenvolvedores solitáriosde software para expandir a infor-mática nos idiomas regionais. O si-te do projeto, que conta com mi-lhares de membros registrados, serefere à linguagem como “um doselementos que mais contribuempara a divisão digital” na Índia.

A empresa também registramais pedidos por parte de agênciasgovernamentais e empresas india-nas para a criação de serviços pú-blicos on-line em idiomas locais.

“À medida que cresce o núme-ro de empresas que querem ven-der seus serviços na Índia ruralou nas cidades ou aldeias, torna-

se essencial se comunicar com osconsumidores nos idiomas lo-cais”, disse Pradeep Parappil, ge-rente da Microsoft.

O website do projeto, BhashaIn-dia.com, oferece glossários editadospelo usuário em idiomas locais pa-ra termos de tecnologia e palavrascom significados coloquiais na re-de social, como “cutucar” e “pesta-nejar” (“Bhasha” é a palavra hindupara “linguagem”).

Em dezembro de 2007, o Yahooe a Jagran Group, grande editora dejornais no idioma hindu, estabele-ceram o Jagran.com, um portal noidioma hindu, a língua nativa de420 milhões de indianos. O Yahoo,que também oferece e-mail e ou-tros conteúdos em diversos diale-tos indianos, informa que o Ja-gran.com superou suas expectati-vas de tráfego de usuários.

O Google apresentou recente-mente sites de agregação de notí-cias em hindu e nos três princi-pais idiomas do sul da Índia. Seusite de busca opera em nove idio-mas indianos, e pode traduzir osresultados de buscas do inglês pa-ra o hindu e vice-versa.

Os técnicos do Google tambémestão trabalhando com reconheci-mento de voz, tradução, translite-ração e leitura de texto digital queplaneja aplicar em outros merca-dos em desenvolvimento.

Ram Prakash, da Quillpad, dis-se que se inspirou quando amigosno Google lhe disseram que ha-viam comparado o Quillpad coma ferramenta de transliteração doGoogle. Ele disse acreditar que oemprego de idiomas locais na in-ternet iria disparar mesmo quan-do os indianos se empenham pa-ra aprender inglês.

“É por isso que dizemos que oidioma inglês não é suficiente”, dis-se Ram Prakash, repetindo o sloganda Quillpad. “As pessoas queremolhar para o futuro e aprender in-glês. Mas o inglês não atende a to-das as necessidades”.

G E S TÃ O

Jobs revela ter desequilíbriohormonal, mas continua na Apple

empresa que ajudou a fundar ini-ciou uma série de sucessos.

O professor de negócios naStanford Law School e ex-comis-sário da Securities and ExchangeC o m m i s s i o n ( S E C ) J o s e p hGrundfest defendeu que há pou-co consenso entre estudiosos le-gais sobre as responsabilidadesdas empresas americanas quando

THE NEW YORK TIMESE BLOOMBERG NEWSNOVA YORK E SÃO FRANCISCO (EUA)

O executivo-chefe da Apple,Steven Jobs, revelou ontem, pormeio de uma carta pública, queestá se recuperando de um dese-quilíbrio hormonal, que contri-buiu para sua perda contínua depeso, mas que planeja permane-cer dirigindo a empresa durante operíodo do seu tratamento.

“Perdi peso durante o ano de2008. A razão era um mistério pa-ra mim e para meus médicos”,Jobs, que faz 54 anos em feverei-ro, disse. “Depois de mais testes,meus médicos acham que encon-traram a causa – um desequilí-brio hormonal que está ‘rouban-do’ as proteínas que meu corponecessita para ser saudável”.

“O remédio para esse proble-ma nutricional é relativamentesimples e direto”, afirmou.

Jobs, que foi operado com su-cesso de uma forma de câncer nopâncreas em 2004, transformou aApple em uma potência dos ele-trônicos de consumo com o toca-dor de música digital iPod e o te-lefone móvel iPhone.

Os acionistas reagiram positi-vamente ao anúncio, fazendo su-bir o valor das ações em mais de4%, para US$ 94,80. Na última se-mana os papéis caíram com osrumores persistentes que circula-ram on-line sobre a deterioraçãodas condições de Jobs. “Que asações sobem com o anúncio deque ele está doente, diz algo”, afir-mou o analista da Kaufman Bro-thers Shaw Wu. “Imagino que asexpectativas eram piores, e queele teria de deixar a empresa.”

“Steve é provavelmente omaior ativo da Apple e seu maiorrisco”, disse Mike Abramsky, ana-lista da RBC Capital Markets.

A doença de Jobs levantouquestões sobre o que a Apple de-veria revelar sobre a saúde do exe-cutivo, que ao retornar em 1996 à

o principal executivo se adoenta.“Entre os argumentos, está o queo executivo-chefe possui certosdireitos de privacidade”, dizGrundfest. “O contra-argumentoé que não existe nadas nas leis defederais de valores mobiliários so-bre direitos à privacidade.”

No último mês, a Apple anun-ciou que Jobs não faria a apresen-

tação principal na conferênciaMacworld Expo, em São Francis-co, nos Estados Unidos, esta se-mana — acabando com uma tra-dição de 11 anos e renovando asespeculações sobre sua saúde.Jobs, sempre vestindo seu figuri-no de suéter negro com golas al-tas e calças jeans azuis, aprovei-tava o evento para mostrar novosprodutos, incluindo o iPhone em2007. A decisão de não se apre-sentar “disparou outra série de ru-mores sobre minha saúde, comalguns até publicando reporta-gens em que estava no leito demorte”, Jobs disse ontem.

A empresa provavelmente nãoterá grandes anúncios de produtose deve usar o Macworld para atua-lizar sua linha de computadoresde mesa Macintosh e seu software,previu o analista David Bailey, doGoldman Sachs Group, em relató-rio do dia 31 de dezembro. A Ap-ple afirmou no último mês que ovice-presidente sênior de marke-ting de produtos, Phil Schiller, seapresentará hoje no lugar de Jobsno evento. A empresa tambémdisse que será o último ano emque vai participar da conferência.

O executivo-chefe de operações,Tim Cook, surgiu como primeiropossível herdeiro, em 2004, aosubstituir Jobs durante um mês derecuperação de uma cirurgia decâncer. Schiller, o executivo-chefede finanças, Peter Oppenheimer, eo diretor para o varejo, Ron John-son, também foram citados por in-vestidores e analistas como possí-veis sucessores de Jobs, que deixoua universidade para abrir a Applena garagem de sua família em LosAltos, na Califórnia, em 1976, comSteve Wozniak.

Enquanto a Apple não anunciaum plano de sucessão, Jobs ao me-nos informou os acionistas emmarço do último ano que, se deixara direção por qualquer motivo, oconselho escolherá um substitutoda equipe de gestão atual.

Steve Jobs, da Apple: “remédio é relativamente simples e direto”

E Q U I PA M E N T O S

REUTERSSÃO PAULO

Apesar das declarações dasoperadoras de telefonia de que ovolume de investimentos não de-verá ser menor que o de 2008,próximo dos R$ 20 bilhões, a As-sociação Brasileira da IndústriaElétrica e Eletrônica (Abinee) te-me postergação de projetos.

O diretor da área de Telecomu-nicações, Paulo Castelo Branco,acredita que pode haver adiamen-to de projetos a partir deste pri-meiro trimestre, especialmentedaqueles não vinculados às obri-gações dos compromissos assu-midos pelas empresas que com-praram licenças de terceira gera-ção e da portabilidade numérica.

As operadoras de celular secomprometeram a levar redes mó-veis a quase 2 mil cidades ondeainda não havia o serviço celular,todas de pequeno porte, e uma par-te será atendida este ano.

Já o processo de portabilidadenumérica, iniciado no ano passa-do, deverá ser concluído em todoo Brasil até 2 de março deste ano,pelo cronograma acertado entreoperadoras e Anatel.

Dados levantados pela Abineeindicam que, em 2008, a área cres-ceu 21% sobre 2007, gerando fatu-ramento de R$ 21,1 bilhões.

Segundo Castelo Branco, o setorvinha com bom desempenho, masa desvalorização brusca do real"causou descompasso nos contra-

tos, pois nem operadoras nem for-necedores de equipamentos pre-viam variação de tal monta emprazo tão curto".

O executivo, entretanto, nãoreduziu sua expectativa para2009 e acredita que as taxas decrescimento do setor devem ficarsimilares às de 2008.

Informática cresce menosPara o diretor da área de infor-

mática da Abinee, Antonio HugoValério Jr., o segmento vinha apre-sentando bom desempenho até se-tembro do ano passado, em razãodas medidas de desoneração, doreal valorizado contra o dólar, quereduz custos de produção, e do usode ferramentas de eficiência.

O faturamento do setor cres-ceu 11%, para R$ 34,9 bilhões dereais — a maior fatia entre os se-tores cobertos pela associação.

Diante da valorização bruscado dólar contra o real desde ou-tubro, Hugo Valério prevê cresci-mento "abaixo das expectativas".

Abinee teme atrasonos investimentos

PAULO CASTELO BRANCOdiretor da Abinee

TONY AVELAR/BLOOMBERG NEWS

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C6 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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PETRÓLEO Barril fecha em alta a US$ 48,81 em NY C2INDÚSTRIA Fabricantes de alimentos crescerão menos C3

CPDOC JB

LIBERDADE DE EXPRESSÃO Após 60 anos da morteMahatma Gandhi, suas obras literárias ganham domíniopúblico. Vigência dos direitos autorais termina este mês.

MARKETING ESPORTIVO

Contratação do craquenão garante ao Timãonovo parceiro para oPaulistão de 2009

Com Ronaldo, mas ainda sem patrocínio

NEILA BALDISÃO PAULO

Quase um mês depois deanunciar a contratação do craqueRonaldo e com a pré-temporadapara o Campeonato Paulista ini-ciada, o Corinthians ainda nãoconseguiu patrocínio para a suacamisa, muito menos aqueles es-pecíficos do jogador — manga ecalção. O problema do Timão é omesmo de outros grandes clubes,como São Paulo e Cruzeiro: a cri-se financeira mundial dificulta osreajustes nos contratos e reduz osinvestimentos das empresas.

O clube do Parque São Jorgehavia pedido R$ 20 milhões paraa Medial Saúde — quando o con-trato anterior era de R$ 16,5 mi-lhões. Não renovou com o antigoparceiro e está ainda à procurado novo patrocinador. O timetambém negocia a manga e o cal-ção do uniforme — 80% desseacordo irá para Ronaldo. “Esta-mos acabando a negociação equalquer coisa que falarmos po-de atrapalhar”, afirma Caio Cam-pos, gerente de marketing do Co-rinthians. Ele não nega que correo risco de iniciar o campeonatoregional sem patrocínio, masacredita que a principal parceriapode ser anunciada até sexta-fei-ra. Até a camisa ter novo dono,

continua a ser vendida com a lo-gomarca da Medial Saúde.

Até o momento, a contrataçãodo Fenômeno resultou apenas navenda de camisetas: somente naloja do Parque São Jorge foram

Enquanto sua a camisa para entrar em forma, Fenômeno usa uniforme com marca da Medial e luta para captar novo patrocinador

cerca de 3 mil até 31 de dezem-bro. Campos garante que o tempode negociação do patrocínio éconsiderado “normal”. Analistasdivergem quanto à demora.

“Começar o campeonato Paulis-

ta sem patrocínio é um baque. Issodemonstraria que o clube não con-segue comercializar e isso resultaránum leilão. Cada mês que passa éum 1/12 do valor do patrocínio quedeixa de existir e valer menos”, afir-

ma José Cocco, diretor da J. CoccoEsporte e Marketing. Para José Hen-rique Areias, da JHAreias Consulto-ria Esportiva, o clube não deve terpressa, pois “tem um belo produtonas mãos”. Segundo ele, não haverá

problema começar o campeonatoregional sem patrocínio. Basta usaresse espaço para uma campanha eganhar com isso, como ocorreucom o Fluminense em 1995: até fe-char com a Hyndai, trazia na cami-sa a inscrição “Ame o Rio”.

Os dois especialistas, no entan-to, lembram que o problema doCorinthians é semelhante ao deoutros clubes. “Estamos em ummomento complicado para a ven-da de patrocínio geral e internacio-nal. Com ou sem Ronaldo, o Co-rinthians estaria na mesma situa-ção por causa da conjunturaeconômica”, afirma Cocco. Deacordo com ele, o mais prejudicadoé o jogador, pois colocou “sua mar-ca na vitrine”, uma vez que o clubejá teria obtido com a exposição.

Areias diz que, embora as em-presas planejem suas verbas no úl-timo trimestre — exatamentequando começou a crise —, muitaspostergaram as definições para oprimeiro trimestre deste ano. Elelembra, no entanto, que o clubeacertou na sua estratégia de mar-keting, inclusive com a contrata-ção do atacante, que trouxe uma“visibilidade espontânea e garanteexposição ao patrocinador”.

A negociação do patrocínio damanga e do calção não é feita deforma conjunta com a comerciali-zação da publicidade principal. Ouseja, o Corinthians pode ter até trêspatrocinadores no uniforme. Alémdisso, o craque ficará com 50% dovalor gerado com os artigos licen-ciados com o seu nome.

MÍDIA INTERNACIONAL

NYT passa a comercializaranúncio publicitário na capa

gulo de 2,5 polegadas de altura,cobriu a parte inferior da capa. ONYT já publicou anúncios classi-ficados em sua primeira página,geralmente algumas linhas detexto posicionados discretamen-te. Não ficou claro, de imediato,se anúncios com texto e imagensjá apareceram na primeira pági-na antes em algum momento dahistória do periódico.

Devido a seu posicionamentodestacado, esses anúncios fre-quentemente podem render mui-to mais verbas que os publicadosnas páginas internas do jornal.

Alguns jornalistas do WallStreet Journal, pertencente àNews Corporation, de RupertMurdoch, fizeram objeções à de-cisão do jornal de publicaranúncios com texto e imagensna primeira página, mas eles ra-

ramente chamam a atenção ho-je. O USA Today, controlado pe-la Gannett Co Inc, também pu-blica anúncios na capa.

Como outras editoras de jor-nais dos EUA, a The Times se es-força para manter sua saúde fi-nanceira e saldar dívidas, aomesmo tempo em que a crise fi-nanceira mundial exacerba umdeclínio já alarmante na receitapublicitária.

A empresa tenta vender suaparticipação de 17,5% na hol-ding controladora do time Bos-ton Red Sox, disse à Reuters nofinal do mês passado uma fon-te. Pelo menos uma pessoa jáabordou a Times para discutir apossibilidade de comprar o jor-nal The Boston Globe, segundooutra fonte bem informada so-bre o assunto.

REUTERSNOVA YORK

O jornal The New York Ti-mes anunciou que vai venderespaços para anúncios com tex-tos e imagens em sua primeirapágina, na mais recente medidaem busca por novas maneiras degerar recursos, enquanto enfren-ta a queda prolongada de receitaobtida com publicidade.

O primeiro anúncio, publica-do na parte inferior da primeirapágina da edição de ontem, é daemissora CBS.

Uma porta-voz do jornal senegou a revelar quanto o veícu-lo cobrou pelo anúncio e quantoespera receber anualmente peloespaço publicitário. Não foi pos-sível obter declarações de um re-presentante da CBS.

A peça publicitária, um retân-

ENTRETENIMENTO

REUTERSRALEIGH (EUA)

Para criadores de videogames, oinício de 2009 marca uma nova fa-se no mundo dos jogos eletrônicoscom o lançamento de novos títulosnão mais confinado às principaisdatas do varejo, mas espalhados aolongo de todo o ano. Tradicional-mente, algo como metade das ven-das anuais de videogames se con-centra entre os meses de novembroe dezembro, mas no ano passado aTake Two Interactive quebrou essepadrão quando lançou o “GrandTheft Auto IV” "em abril, que ven-deu bem durante todo o ano.

Em 2009, o primeiro capítulo dasérie de crimes da Nintendo“Grand Theft Auto ChinatownWars” chega ao mercado em mar-ço, e outros lançamentos chegarãoantes disso. A empresa japonesaCapcom apresenta guerreiros no-vos e antigos na sequência “StreetFighter IV” em fevereiro, quando“Killzone 2” da Guerrilla Gameschega também às prateleiras. Zum-bis devem invadir os consolesPlayStation 3 e Xbox 360 em mar-ço, ao mesmo tempo em que aCapcom traz “Resident Evil 5”.

Os tipicamente tranquilos me-ses de verão no Hemisfério Norteassistirão ao lançamento de gran-des títulos em jogos, como “Termi-nator: Salvation”, da Warner Bros.Interactive, e “Harry Potter and theHalf-Blood Prince” da ElectronicArts. Depois de ficar fora do verãode 2008, o Cavaleiro Negro retornaem um jogo original da WBIE,“Batman: Arkham Asylum”. ANintendo vai oferecer aos jogado-res de Wii algumas atividades deverão em “Wii Sports Resort”, queserá vendido com um sensor avan-çado que garante maior precisãoem atividades como andar de jet-ski ou jogar Frisbee. “Para mim, oprincipal fato é o que acontecerácom o Wii, já que ele é hoje a pla-taforma dominante e será interes-sante ver como os criadores de jo-gos vão tentar agradar essa audiên-cia”, disse Michael Pachter, analistade videogames da Wedbush Mor-gan Securities.

Os Beatles também ingressarãona era dos videogames com a MTVGames e o título “Rock Band”, de-senvolvida pela Harmonix, quepromete criar interatividade entreo jogo e a música.

Início de ano é horade novos jogos

TV pública cortapropaganda na França

AFPPA R I S

A televisão pública francesacortou a publicidade nos horá-rios de maior audiência desde anoite de ontem. Polêmica, a me-dida é resultado de uma reformaimposta pelo presidente NicolasSarkozy que gerou reações enér-gicas entre jornalistas e políti-cos da oposição da França.

Os programas e, em particular,os informativos de uma das redespúblicas, a France 3, foram per-turbados com a convocação deuma greve de vários sindicatos.

O outro canal público, a Fran-ce 2, fará greve na quarta-feira,quando o Senado deve começar adebater o projeto de lei.

Restrições Quarenta anos depois de ter si-

do introduzida no então chama-do Organismo de Rádio e Televi-são Francesa (ORTF), a publicida-de vai desaparecer entre as 20H00e as 06H00 dos canais públicos detelevisão, antes de ser suprimidacompletamente em 2011.

A decisão de realizar a refor-ma foi anunciada há um ano pe-lo presidente Nicolas Sarkozy,que a justificou fazendo referên-

cia à necessidade de qualidadedos programas de um serviçopúblico que não pode funcionarde acordo com critérios pura-mente comerciais.

O projeto de lei prevê aumen-tar a publicidade dos canais pri-vados e concentrar os diversos ca-nais públicos da sociedade FranceTelevisión em uma única empre-sa, cujo diretor será nomeado emseguida pelo governo em vez deum órgão regulador do setor.

Para compensar as perdascom a falta de publicidade, o Es-tado se comprometeu a dar 450milhões de euros por ano à te-levisão pública.

Críticas A iniciativa de Sarkozy vem

sendo ferrenhamente criticadapor jornalistas e partidos daoposição, que vêem nela um de-sejo do governo de controlar atelevisão francesa.

Os opositores ao projeto con-sideram também que o corte depublicidade nos canais públi-cos favorecerá os canais priva-dos, entre eles o maior do país,a TF1, do grupo Bouygues, con-siderado próximo ao presidenteS a r k o z y.

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Edição de ontem do The New York Times trouxe divulgação paga de programa da rede de TV CBS

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TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009 | D1

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O MELHOR DA ÓPERAThiago Arancam indica seis lugares imprescindíveis aos fãs de música erudita

METROPOLITAN OPERA HOUSE (Nova York)Segundo Arancam, nesse teatro há pelo menos duas produçõesde óperas ao mêswww.metoperafamily.org/metopera/MUSEU TEATRAL DO TEATRO ALLA SCALA (Milão)Fundado em 1913, reúne um pouco da história da ópera no mundowww.teatroallascala.org/en/museoscala/museoscala.htmlARENA DI VERONA (Verona)Espaço promove apresentações de ópera ao ar livre durante o verão europeuwww.arena.itWASHINGTON NATIONAL OPERA (Washington)Complexo engloba três teatros usados para apresentações de óperas e concertoswww.dc-opera.orgSALA SÃO PAULO (São Paulo)Sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), é a maior sala de concertos da América Latina www.salasaopaulo.art.br

GASTRONOMIA ESPORTE João Guimarães Rosa, ogourmand das Gerais D6

Barça, de Henry, jogahoje pela Copa do Rei D8

ENTREVISTA DA SEMANAA alquimia culinária e as receitasfantásticas de Heloisa Bacellar D4 e D5

MÚSICA ERUDITA

Thiago Arancam, tenorde 26 anos, já atuouem espetáculo dirigidopor Plácido Domingo

Um brasileiro no seleto mundo da ópera

CAROLINA PEREIRASÃO PAULO

A ópera definitivamente nãoestá entre os gêneros musicaismais populares do Brasil, mas opouco contato com a música eru-dita no País não impediu queThiago Arancam se interessassepelo canto lírico ainda quandocriança, em São Paulo.

Aos sete anos, o aspirante a te-nor já participava do coral da es-cola Liceu Coração de Jesus e des-de então não parou mais de se de-dicar ao estilo de música.

No entanto, na época em queingressou nos corais, Arancamnão imaginava que a ópera seria aprincipal atividade de sua vida eo levaria ao sucesso na Europaantes dos 30 anos de idade.

O principal resultado da ousa-dia de Arancam em acreditar nes-se gênero musical pouco difundi-do no Brasil pôde ser visto no anopassado: um convite do veteranotenor espanhol Plácido Domingopara atuar na ópera Carmen, deBizet, no papel de Don José, prin-cipal personagem masculino datrama que conta a história da ci-gana que usa seus talentos dedança e canto para seduzir os ho-mens. O concerto ocorreu naÓpera de Washington, nos Esta-dos Unidos, em novembro doano passado, marcando o princi-pal momento da carreira do jo-vem tenor até o momento.

Junto com Luciano Pavarotti eJosé Carreras, Plácido Domingo,que dirigiu o espetáculo Carmen,foi justamente um dos tenoresque influenciaram Arancam a se-guir a carreira de cantor lírico. Naépoca em que formavam os “TrêsTenores”, trio de música eruditacriado na década de 90, a admi-ração pelos cantores de ópera foidecisiva para que Arancam optas-se por ingressar definitivamentenesse mundo.

“Os Três Tenores estavam emevidência quando decidi que essaera a minha área”, relembraArancam, fã dos três músicos.

Foi mais ou menos na épocado auge do sucesso dos Três Te-nores que ele começou a se pro-fissionalizar, em 1998, quandoiniciou os estudos na Escola Mu-nicipal de Música, em São Paulo.Em 2003, se formou em cantoerudito pela Faculdade de Músi-ca Carlos Gomes, também na ca-pital paulista.

Carreira na EuropaNo entanto, a ascensão inter-

nacional de Arancam no cenárioda música lírica mundial só sedeu mesmo após o tenor vencero Prêmio Revelação, do ConcursoInternacional de Canto EruditoBidu Sayão, ainda no Brasil. Aparticipação colocou Arancamem contato com um agente inter-nacional que, acreditando em seutalento, prometeu ajudá-lo eapresentá-lo para alguns impor-tantes dirigentes de teatrona Europa.

Foi então que Aran-

cam se arriscou e mudou-se paraa Itália com as economias prove-nientes de apresentações emeventos corporativos no Brasil.Lá, foi convidado a freqüentar aAcademia de Canto Lírico doTeatro Alla Scala, de Milão, umadas mais importantes no mun-do.

“A academia me direcionoupara o lado da atuação profissio-nal e a partir daí tudo ficou maisfácil para mim”, relataArancam, lembrandoque a aceitação naAlla Scalla foi oprincipal trampo-lim de sua carrei-ra internacional.

Após ingres-sar na escola, otenor venceu o“Operália”, maisimportante con-

Thiago Arancam em apresentação da ópera Le Villi, de Puccini, durante turnê pela Europa. Abaixo, o tenor com Plácido Domingo após receber o prêmio Operália

curso de voz lírica do mundo, emQuebec, no Canadá, nas catego-rias zarzuela (ópera espanhola) eescolha do público. Vencer 43candidatos de 19 países fez comque Arancam despontasse no anopassado como um dos grandesnomes do canto lírico no mundo,aos 26 anos.

A ascensão já se reflete na agen-da de shows do tenor brasileiro,que mora atualmente em Monte

Carlo, em Mônaco, mas já viveupor quatro anos em Milão. Atual-mente em turnê pela Alemanhacom a ópera Tosca, de GiacomoPuccini, Arancam deve se apresen-tar também nos Estados Unidos,Inglaterra e Malásia em 2009. Umaturnê pelo Brasil esse ano tambémfigura nos planos do tenor.

Falta de patrocínioApesar do atual prestígio in-

ternacional alcançado, Arancamainda não conseguiu realizar umideal: trazer seus espetáculos parao público brasilileiro e se apre-sentar em sua terra natal.

O impedimento, por enquan-to, é a falta de patrocínio, segun-do o tenor. “Vou buscar isso sem-pre, não tenho dúvidas de que hápúblico para esse tipo de apresen-tação no Brasil”, diz Arancam,contradizendo os que pensamque no país do samba não há ad-

miradores de ópera suficientespara que hajam grandes espetácu-los do gênero. “Nas últimas sema-nas recebi cerca de cinco mil e-mails de brasileiros querendo sa-ber onde vou me apresentar. Oque falta é patrocínio”, garanteArancam, que diz sonhar com asapresentações em em solo brasi-leiro.

No momento, o tenor anunciaque está tentando viabilizar trezeapresentações em capitais do Bra-sil já para o primeiro semestredesse ano. Segundo ele, os espe-táculos devem acontecer pormeio da Lei Roaunet de incentivoà cultura, que torna possível de-duzir o gasto com o patrocínio doimposto de renda das empresas.

Na Europa, por causa da popu-laridade da música erudita, a

busca por patrocínio foi umpouco mais fácil. Por lá, a Ce-

sare Razazzi Company, clí-nica capilar italiana do

empresário AlessandroCorona que possui umafilial no Brasil, é a em-presa que apóia a carrei-ra de Arancam.

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D2 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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>> MINIATURAS

Sérgio Waib e Regininha Moraes em sintonia total para a entrada de 2009 no Iate Clube deSantos, em Angra dos Reis, onde esteve reunida a fina flor do poder

>> Começou o ano e com elevieram as liquidações. Já entra-ram em promoção ArtfixStore,Atec, Bali Express, Benedixt,Bertolucci, Blue Gardenia, ByKamy, Carbono, Clami Design,Decameron e Futon & Home.

>> A Farmacêutica Rocheacaba de fechar um acordode cooperação em pesquisacom a Fundação Zerbini doIncor. Vai financiar um estu-do para reparação cardíacautilizando células adultas deratos e humanas.

AO DEUS DARÁAs festas do Circuito Verão

Trancoso, no Cacau e no Cafedel Mar - Beach Club, foramum sucesso e estavam comple-tamente lotadas. Só gente chi-que, linda, socialites e celebri-dades. O ingresso custava deR$300 a R$ 600. Para tantospoderosos, os organizadorestiveram que contratar segu-ranças. Mas em vez de recorreraos particulares, recrutaram apolícia local mesmo. O minús-culo contingente policial deTrancoso, inclusive a únicaviatura que protege a cidade,estava fazendo um bico na fes-ta. Enquanto isso, nas mesmanoite, ocorreram mais de cin-co assaltos a mão armada nacasa de turistas, principalmen-te estrangeiros. E quando aspessoas chegavam à delegaciapara pedir auxílio, davam coma cara na porta, pois os poli-ciais estavam “trabalhando”.Pode????

RESERVA LE VINO Bistrô Le Vin do simpá-

tico casal Francisco Barroso eNancy Matos agora tem umv i n h o c o m r ó t u l o p r ó p r i oCuvée Le Vin – Chateau Pes-quié Les Terrasses 2005. Emversão magnum e normal, ovinho é produzido pela viní-cola Chateaux Pesquié, na re-gião Côtes du Ventoux, emRhone, na França. Franciscoj á a n d o u p r e s e n t e a n d o a l-guns conaisseur, mas garanteque o bom mesmo é degustá-lo nas mesas do Le Vin, comas dicas de harmonização dasommelier da casa, Katia Ja-can.

Estréia fora decasa

Pela primeira vez GlóriaCoelho resolveu mandar umamarca para ser trabalhada forade casa. A Carlota Joakina, co-ordenada pelo seu filho, o es-tilista Pedro Lourenço passa aintegrar o elenco de marcas re-sidentes do Conceito Showro-om, da mineira Roberta Tolen-tino, que reúne marcas baca-nérrimas no seu espaço naVila Olímpia.

KARLA SARQUIS [email protected]

MALHAÇÃO NOSJARDINS

Aquele terreno imenso, vi-zinho do restaurante A Figuei-ra, na esquina da Rua EstadosUnidos com Haddock Lobo,acaba de ser alugado pelo em-presário Alexandre Accioly, epor João Paulo Diniz, RonaldoFenômeno e Bernardinho. Ogrupo vai montar uma megaacademia de ginástica, nosmesmos moldes da Bodytech,no Rio, com garagem subterrâ-nea e todos os luxos.

AGENDA DEPUNTA

Mas assaltos não são umprivilégio nacional. Em Puntadel Este uma casa na Barra foiassaltada, alugada por umatradicional família gaúcha. Oladrão simplesmente arran-cou o cofre da parede e levou,além de muitos e muitos dóla-res, jóias poderosíssimas, jáque no fim de semana aconte-ceu uma mega casamento nacidade.

Mas Punta está uma festa. Opoint mais concorrido da tempo-rada é o Baretto, no Las Piedras.Apesar de o local ainda não seraberto ao público e funcionar sóem esquema de convites. O mixde bar e restaurante, que fica noalto de um penhasco, com umavista de tirar o fôlego, tem sidopalco de animados encontros gas-tronômicos, comandados pelochef do Fasano, Salvatore Loi,que, invariavelmente terminamem dança, ao pôr-do-sol, embala-do pelo som do DJ Luiz Tepedino,do Londra. No fim de semana, apromoter Fernanda Barbosa le-vou para lá um grupo de jovenslindos, animados e divertidos. Nodia seguinte, Cesar Giobbi tam-bém foi o anfitrião, e recebeu bra-sileiros poderosos e argentinoschiques, habitués do balneário.Ontem , quem esteve por lá foiCarolina Herrera, filha da estilistahomônima. Toninho Abdallatambém chegou ontem com umgrande grupo e está hospedadono guest house de lá.

Cumprir uma agenda socialem Punta é algo que requer mui-to fôlego. Mario Cohen e AdrianaMattoso receberam um grupo pa-ra um almoço. Luiz Fernando Na-zarian, seu vizinho fez o mesmo,no domingo. Gregorio Kramer eAttilio Baschera fizeram um jan-tar em petit comitê, domingo.Ontem, Maria Helena e CarlosEduardo Sobral foram os anfi-triões de um almoço. Amanhã de-sembarcam Bete e Marcos Arbait-man, um dos casais mais festei-r o s , q u e p r e p a r a m u m aprogramação intensa...

Em tempo. Assim que termi-nar a temporada em Punta, Rogé-rio Fasano vai para Brasília, ondepensa em abrir uma filial do seurestaurante Gero, no futuro Shop-ping Iguatemi

Lucília Diniz eIsabela Liberato

chacoalham na pistaao som do show do

cantor Latino, umdos preferidos da

empresária, quecolocou a voz do

cantor na secretáriaeletrônica de sua

residência

Rafaela e Felipe Massade look total white paracomemorar a chegadado ano

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | D3

GASTRONOMIA Vinhos mostraram grande limpidez, pureza, frescor, profundidade e precisão

SOCIEDADE DECONSUMO

Luiz Alberto Marinho

NRF discute os rumosdo varejo em 2009

Começa nesse domingo, emNova York, a 98a- Convenção daNRF – National Retail Federation,entidade que reúne os principaisvarejistas e fornecedores de servi-ços norte-americanos. Este ano oevento, considerado o mais impor-tante encontro do varejo mundial,será fortemente influenciado pelacrise financeira global. Ao contrá-rio das edições anteriores, voltadasprincipalmente para a apresenta-ção das tendências do setor, agoraos debates devem girar em tornodas soluções para enfrentar a que-da nas vendas e a fuga de clientesdas lojas, fatores que determina-ram, em dezembro, o pior resulta-do dos últimos 10 anos para oscomerciantes dos EUA.

Uma leitura atenta da relaçãode palestras dos quatro dias doevento mostra que a saída, na vi-são dos especialistas do setor, pas-sa pela análise criteriosa das in-formações oferecidas pelos consu-midores a partir de suas compras.Exemplo típico dessa estratégia se-rá apresentado pela Disney naconvenção – a empresa registra omovimento dos clientes dentro desuas lojas e com base nos dadosajusta o mix de produtos, o posi-cionamento dos vendedores e a ex-posição da mercadoria. A expres-são ‘customer centricity’, que tra-

duz essa política de desenvolverprodutos, canais de venda e comuni-cação perfeitamente ajustados aosgostos dos clientes atuais e potenciaisde uma marca, será repetida siste-maticamente na NRF, numa clarademonstração de que a intuição devese subordinar à ciência para aumen-tar eficiência e eliminar desperdíciosno varejo.

Curiosamente, sustentabilidadetambém será tema em destaque naconvenção desse ano. Para explicara presença de um assunto teorica-mente institucional em um eventovoltado para a busca de resultadosconcretos, basta dizer que uma pes-quisa feita no final do ano passadopela Edelman em 10 países, in-cluindo o Brasil, mostrou que maisda metade dos 6 mil entrevistados,apesar da crise, estão dispostos apagar mais por marcas queapóiam causas sociais. Cerca de2/3 também comprariam produtosecológicos, mesmo se fossem maiscaros. Esse estudo reforça a tese, de-fendida por alguns especialistas, deque a crise pode levar muitas pes-soas a reavaliar o papel do consu-mo em suas vidas, o que favorece-ria as marcas comprometidas comprojetos sócio-ambientais.

Mande sua pergunta ou comentáriopara [email protected]

Ciência do ConsumoRecentemente, a ciência resol-

veu dar uma mãozinha aos estu-dos sobre a influência das marcase da publicidade no comporta-mento de compra daspessoas. Técnicas usa-das em estudos neuro-lógicos foram adota-das por pesquisadorescomo Martin Linds-trom, que resumiu osresultados de 3 anosde experiências no li-vro ‘Buy-Ology‘.

Depois de exporcerca de 2 mil voluntá-rios a distintos estímulos de marke-ting e radiografar suas mentes,Lindstrom acredita ter confirmadoteses e derrubado mitos sobre a efi-cácia do marketing. Um exemplointeressante é a analogia entre mar-

cas e religião. O estudo comprovouque as manifestações cerebrais defreiras rezando e de consumidoresdiante de produtos icônicos, como

o iPod e uma Harley-Davidson são pratica-mente idênticas. A rela-ção entre consumo,cheiros e música e aforça dos rituais com-partilhados inconscien-temente, como o hábi-to de abrir o biscoito,lamber o recheio e co-mer cada metade, sãooutros temas do livro,

ainda não editado em português.

LIVRO

Experiências e EcologiaN e m s ó d e

palestras vive aconvenção daNRF. A feira deprodutos e ser-viços para o va-rejo também ébastante visita-da. Este ano oevento apresen-tará duas novi-dades – o protó-tipo de um pon-to de venda ecológico e uma lojaconceito que pretende ensinarcomo proporcionar uma expe-riência de compra inesquecívelpara os consumidores. A ‘LojaVerde’(foto) utilizará materiaisecológicos, contará com tecno-logias modernas para evitar odesperdício de energia e papel e

oferecerá aos visitantes uma va-riedade de aromas da natureza.Já a loja-modelo de experiênciasde compra terá estações de jo-gos, permitirá que o cliente es-colha o cheiro de sua preferên-cia e demonstrará novas manei-r a s d e u s a r o s c a r t õ e s d efidelidade no varejo.

TENDÊNCIAS

E N O LO G I A

Degustação verticalavalia os tintos comunse reservas da Quintados Quatro Ventos

Um brinde aos bons ventos do Douro

GUILHERME RODRIGUESREVISTA GULA

Os tintos do Douro não paramde surpreender. Apresentamosuma degustação vertical exclusi-va de um dos ícones da região, oQuinta dos Quatro Ventos, quemostrou a esperada alta qualida-de do vinho. Os sofisticados reser-va, apresentados em garrafas pe-sadas especiais, fazem jus à sua fa-ma. A surpresa fica por conta dalinha comum desse vinho, de in-vulgar qualidade, numa excepcio-nal relação custo-benefício.

A Quinta dos Quatro Ventos si-tua-se no Douro Superior, em ter-roir privilegiado, vizinha da famo-sa Quinta do Vesúvio, que era dedona Antónia Adelaide Ferreira, aFerreirinha. Pertence às CavesAliança, uma das mais poderosasempresas vinícolas portuguesas,fundada em 1927, na Bairrada. Atéhoje sua sede principal situa-se na-quela região, na cidade de Sanga-lhos. A Aliança tem mais de 500hectares de vinhedos próprios eelabora tintos e brancos em todasas áreas vinícolas importantes dopaís, como Douro, Dão, Bairrada,Vinho Verde, Alentejo e Beiras.Seus porta-estandartes, além doQuinta dos Quatro Ventos, são o Tde Terrugem (Alentejo) e o Quintada Garrida (Dão). A Aliança expor-ta grande parte da produção. Seusvinhos podem ser encontrados emtodos os continentes.

São duas linhas de Douro tin-tos, com as uvas da Quinta dosQuatro Ventos: o reserva, no ní-vel ícone, mais concentrado e delotes selecionados de uvas da pro-priedade; e o comum, logo abai-xo, mas que não tem nada de “pe-queno”, salvo o preço convidati-vo, em torno de R$ 80. No Douro,a Aliança produz também o fa-moso Foral, há décadas um vinhode preço acessível, feito com uvasadquiridas de terceiros.

Recentemente, a empresa pas-sou por uma fase de reestrutura-ção e modernização. Seu controlefoi adquirido pelo grande magna-ta e mecenas português comen-

dador Joe Berardo. Conhecido pe-lo faro em negócios e pela sensi-bilidade na escolha de obras dearte significativas, que o levou apossuir uma das mais ricas cole-ções européias de arte moderna,Berardo investe pesadamente nosvinhos. A Aliança faz parte agora,com a Bacalhôa, a Quinta do Car-mo e uma expressiva participa-ção na Sogrape, da coleção dejóias vinícolas do comendador,hoje um verdadeiro rei dos negó-cios, das artes e do vinho.

Antes mesmo da aquisição porparte de Berardo, os então contro-ladores da Aliança, membros dasfamílias fundadoras, já vinhamapostando e investindo alto naqualidade. Um deles, Mario Neves,grande amigo e admirador do Bra-sil, conhecedor como poucos dosmercados mundiais, continua naempresa, como diretor internacio-nal. Já haviam adquirido quintasde elevada qualidade no Alentejo(Terrugem), Dão (Garrida) e Douro(Quatro Ventos). Mas como sógrandes quintas não fazem grandesvinhos, sendo necessário enólogos

qualificados, a empresa passou acontar com o talento de FranciscoAntunes para elaborar seus vinhos.Para reforçar o time, teve a consul-toria de Michel Rolland, por umperíodo, e de Pascal Chatonnet,que permanece até hoje.

Com tantos predicados, terroir e

enólogos de primeira linha, não éde admirar que o Quinta dos Qua-tro Ventos tenha se saído tão bemem nossa prova. Os vinhos mostra-ram grande limpidez, pureza, fres-cor, profundidade e precisão. Estru-tura sólida, mas nada pesada, comtaninos finos e redondos. Sobre um

caráter comum, as diferenças dascolheitas são bem marcadas. Cadasafra é distinta das demais, com apersonalidade da vindima, sinal dequalificação. Francisco Antunesconseguiu um raro equilíbrio. Osvinhos não são ao estilo do NovoMundo. Trazem o caráter do Dou-

ro, mas ao mesmo tempo refina-mento e sofisticação. Como osgrandes vinhos de Bordeaux atual-mente, lapidados para exibir as ele-vadas qualidades do terroir e resis-tir à evolução em garrafa por lon-gos anos, mas sem arestas, comfrutado maduro e cristalino.

O mosto passa por um períodode maceração a frio pré-fermenta-tiva de aproximadamente cincodias. A seguir, fermenta por cercade dez a 15 dias. Por fim, são es-tagiados em barris de 300 litrosde carvalho francês (75%) e russo(25%), todos novos, por um pe-ríodo de 11 a 12 meses antes doengarrafamento. As castas utiliza-das são a Touriga Nacional, TintaRoriz e Touriga Franca. Em 2006,foi aumentada a proporção daTouriga Nacional. A produção dorótulo normal foi de 50 mil gar-rafas em 2004, 97 mil em 2005 ecerca de 110 mil em 2006.

As médias das notas dos degus-tadores (sem contar a avaliação dosconvidados) foram as seguintes. Pa-ra os reservas: 2006 (91), 2002(91,6), 2001 (91,4). Para os normais:2006 (88,6), 2005 (88,6), 2004 (89,6).A maior nota foi um 97 pontos e amenor, 86+, o que revela a alta qua-lidade dos tintos, tendo em contaainda que as médias de Gula sãoconservadoras em relação a pon-tuações internacionais, cerca dedois pontos a menos. A prova con-tou com a presença do enólogoFrancisco Antunes e dos diretoresda Aliança, Eduardo Medeiro e Ma-rio Neves. Transcorreu no restau-rante Antiquarius, de São Paulo,também com a presença de Mar-celo Lopes (Casa Santa Luzia), Pau-lo Alves (restaurante Barbacoa),Edwaldo Silva (representante daAliança em São Paulo) e AilsonLoyola (Épice, importadora) e dodiretor de redação de Gula, J.A.Dias Lopes. A prova não foi às ce-gas. Os degustadores, responsáveispela avaliação dos vinhos, foramAlexandre Rodrigues, EduardoHernandez, José Luiz Pagliari, Ro-berto Ranieri e este redator. O An-tiquarius brindou a todos com seusprimorosos e inspirados pratos, nocaso uma perfumada e estimulanteaçorda de bacalhau, seguida porum arroz de pato à Antiquarius, ri-co e aveludado. Para terminar, do-ces portugueses e frutas da época.

Da mesma forma que os vinhos reserva, a linha comum tem invulgar qualidade, com uma excepcional relação custo-benefício

FERNANDO MARTINHO

CONSUMO

REGISTRO Depois do inglês, o português é oidioma mais falado durante aConvenção da NRF. Isso aconteceporque há muitos anos os brasi-leiros são de longe a maior dele-gação estrangeira presente aoevento. Este ano não será diferen-te - várias caravanas chegarão es-ta semana a Nova York. A consul-toria de varejo Gouvêa de Souzalevará cerca de 150 executivos eempresários de importantes redesde varejo, como C&A, MagazineLuiza, O Boticário, Ricardo Eletroe C&C. O grupo da Alshop - Asso-

ciação de Lojistas de ShoppingCenters terá 50 participantes, in-cluindo empresas como Arezzo,Artefacto, Bematech, Camicado eLe Lis Blanc. Já a CNDL – Confede-ração Nacional dos Dirigentes Lo-jistas contará com 140 comercian-tes de pequenas e médias empre-sas. Somando as demaiscaravanas e inscrições avulsas, es-tima-se que mais de 500 brasilei-ros acompanhem o evento. Não éà toa que a NRF oferece traduçãosimultânea para o português namaioria das palestras.

Dois brasileiros vãodar palestras na NRF2009. Um deles é o ar-quiteto George Ho-mer, que participaráde um painel sobredesign de lojas. Outroé Edmour Saiani, con-sultor de varejo, quefalará sobre a relaçãoentre varejo e estilosde vida globais. Durante suaapresentação, Edmour defenderáa idéia de que o maior perigo pa-ra os comerciantes não é a crise,

mas a falta de dife-renciação e relevân-cia do negócio. Parasolucionar o proble-ma ele recomenda ouso do ‘desequaliza-dor’, modelo desen-volvido para os clien-tes da sua consulto-ria, a Ponto deReferência. Para ilus-

trar a tese, Edmour levará exem-plos bem cariocas – os casos desucesso da Osklen, Bob’s, BelezaNatural, Uncle K e Hortifruti.

Colaboraram Ana Carolina Addario, Carolina Almeida e Paula Spínola

Edmour Saiani

BUY-OLOGY – TRUTH AND LIESABOUT WHY WE BUYMartin Lindstrom, Doubleday240 páginas, R$ 77,80

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ENTREVISTA DA SEMANA Grande parte das melhores lembranças que quase todo mundo tem na vida tem a ver com comida, diz a chef e pesquisadora

ENTREVISTA Heloisa Bacellar

Autora do aclamado Cozinhando para Amigos, apesquisadora lança novo livro — Entre Panelas eTigelas, a Aventura Continua —; ela fala sobre ovolume e sobre sua devoção pela culinária

Uma Sherazade de forno e fogãoColecionadora de utensílios culinários, livros de gastronomia e histórias saborosas, Heloisa percorre o mundo em busca de panelas, colheres, receitas e da diversidade da cozinha de diversas culturas

ALEXANDRE STAUTSÃO PAULO

Cozinheira de mão cheia des-de a infância, a chef e pesquisa-dora Heloisa Bacellar criou nosúltimos anos uma escola que setornou paradigma entre gastrô-nomos, o Atelier Gourmand,além de um best seller — Cozi -nhando para Amigos (editora DBA)—, que agora é traduzido para oinglês e que será distribuído nosEstados Unidos, Reino Unido,Austrália, Nova Zelândia e Áfricado Sul.

Pela mesma DBA lança agoraEntre Panelas e Tigelas, a AventuraContinua , trabalho primoroso,ilustrado com imagens de Romu-lo Fialdini. Mas os projetos nãoparam por aqui. Está preparandooutros dois livros — Guloseimascom Café e Bacalhau, Receitas e His-

tórias. Mesmo com sua veia em-preendedora, esta chef conseguetempo para conduzir suas pai-xões... percorrer o mundo em bus-ca de novidades culinárias, cole-cionar livros de gastronomia eutensílios de cozinha, e passarhoras a fio na beira do fogão tes-tando receitas. Leia a entrevistaque concedeu à Gazeta Mercantilsobre seu saboroso universo.

Gazeta Mercantil — O livro queacaba de lançar mostra suadevoção à culinárias. No capítulo“Arraial chique”, por exemplo,diz que testou 20 receitas debolo de fubá numa única tardepara escolher a melhor para ovolume. Podia falar um poucosobre esta disposição paracozinhar, que hoje se encontraum pouco perdida nos grandes

centros urbanos?Olha, realmente eu tenho uma

incrível disposição para cozinhar,adoro tanto que até quando estoumais cansada consigo deixar a talda preguiça de lado. Nas minhasaulas no Atelier Gourmand, esempre que posso, gosto de trans-mitir uma mensagem que consi-dero essencial: se o dia-a-dia teminevitavelmente coisas chatas e omomento da refeição normal-mente é mais gostoso, vale a penainvestir no momento em que seprepara a refeição, pois quando éfeita com prazer, será inevitavel-mente muito melhor. Para trans-formar esse momento, é precisoentender que cozinhar não é bi-cho-de-sete-cabeças. Aprendendoalgumas técnicas e conhecendoos ingredientes dá para chegar lá.Com tais ferramentas, fica maisfácil encarar a cozinha de um jei-to mais emocionante e depoisque se descobre como é bom, adisposição aumenta. Acho que es-se processo vem se fortalecendonos últimos dez anos.

GZM — Ao ler o livro, aimpressão que se tem é que asenhora pensa num tema, e vaiatrás de tudo que é informaçãodispersa até esgotá-lo. Podiafalar um pouco como organizasuas pesquisas?

É isso mesmo, minhas buscassó terminam quando sinto queconsegui informações para cobrirtodo o conteúdo do tema e de for-ma muito ampla. Acho que souuma pesquisadora nata. Como or-ganizo as pesquisas? Difícil falar,pois acabei criando um métodomuito próprio e que ninguémconsegue participar enquantonão se transforma num texto vis-to e revisto muitas vezes, pois soumuito perfeccionista. Tenho umabiblioteca imensa com livros dosmais antigos aos mais atuais, quetratam de tudo a que se refere àgastronomia, além de assinar to-das as boas revistas brasileiras,americanas e européias que tra-tam de comida e alimentação.Quando compro um livro, mes-mo que seja de um assunto que,

ao menos naquele momento, nãotem nada a ver com meu estudo,eu o leio, catalogo e faço algumasanotações na contracapa, só en-tão vai para a estante. Se, quandoo livro chega à biblioteca, eu nãotenho tempo de ler, deixo o livronuma pilha no chão de não lidos.Como tenho boa memória e mui-tas anotações, sei achar o que meinteressa na hora certa. Baixo dasestantes o que me interessa, leio eanoto tudo em folhas soltas depapel e escrevo a mão, tudo meiomisturado, escrito na língua do li-vro, é meio bagunçado, mas eume acho, já tentei passar direto asinformações para o computador,mas não consigo. Gosto de ma-nuscritos, faz parte dessa fase deestudo. Depois de ler tudo e ano-tar tudo, passo todas as informa-ções para o meu notebook inse-parável. Com as informações nocomputador, passo a organizar otexto no formato já amadurecido.Depois, vou desenhando tudo naminha cabeça. Quanto às receitas,coloco lado a lado todas as ver-

sões de um mesmo tema, compa-ro e começo a testar, misturo da-qui e dali, aproveito as dicas detodos os lugares, até chegar aoque considero nota dez. Em segui-da, coloco todos os resultados notexto, acerto, mexo, mexo e reme-xo, leio nem sei quantas vezes.

GZM — O livro parece percorrercaminhos entre sua memóriasentimental da culinária e oresgate da cultura dagastronomia. É isto mesmo?

Sem dúvida, comida e vidatêm tudo em comum. Grandeparte das melhores lembrançasque quase todo mundo tem na vi-da tem a ver com comida. Desdeque o mundo é mundo, a mesasempre teve um encanto que en-volve o partilhar o alimento, o sa-borear o que foi feito com muitocarinho e por isso é intimamenteligado a ter prazer. O que se cometraduz o modo de vida de cadapovo. Por que comem tâmaras emais tâmaras no deserto? Porqueé praticamente a única fruta que

dá por lá e assim vai, adoçar o lei-te de cabra com tâmara lá não éum luxo e sim necessidade. Já nomundo das cidades em que seacha de tudo, cada um escolhe oque vai comer, usa e abusa de no-vidades e pode até virar um luxoregar tâmaras com leite. E consi-derando que esse mundo globali-zado de hoje, as culturas, valorese tradições vão se misturando,mudando, é super interessante.

GZM — Poderia contar umpouco sobre esta sua disposiçãoem viajar o mundo com umcaderninho, anotandoabsolutamente tudo o que serefere a cultura culinária dospaíses nos quais passa?

Como sempre falo, leio recei-tas como quem lê um romance.Vivo sonhando com ingredientese receitas de tudo o quanto é can-to. Sempre que viajo fico aindamais ligada no assunto. Adoropassear de carro pelo interior dequalquer lugar. Se percebo queem determinada região tem mui-tos pés de abacaxi, já fico pensan-do no assunto e tento conversarcom todos que encontrar pelafrente procurando saber o que fa-zem com ele. Se estou, por exem-plo, em Paris e cismo com bombade chocolate, sou capaz de passaralguns dias comendo bombas,comparando, anotando até con-cluir a busca. Vivo mesmo comcaderno e caneta na mão, nãogosto de eletrônicos nessa hora,acho delicioso escrever e escre-ver.

GZM — No prefácio, ArnaldoLorençato diz que o grandeprazer da senhora é descobrirnovidades culinárias peloslugares onde passa. Das últimasviagens, o que descobriu de maissurpreendente?

A minha viagem mais recentefoi em junho de 2007, para a Pro-vence francesa. Passei 12 dias porlá. Acho que pensei demais nos fi-gos, amêndoas, geléias, azeite,azeitonas e vinhos adocicados pa-ra sobremesa, como um Beaume-de-venise.

GZM — Apesar de ser um livrode receitas e de históriasdispersas dos alimentos, aimpressão que se tem é que seestá lendo um romance. O livrotem uma estrutura narrativa tãogostosa, que é possível ler esentir o aroma de uma tartetatin no forno. Poderia falar umpouco sobre sua escrita?

Sou uma leitora voraz, tantode livros de gastronomia, comode literatura em geral e adoro li-vros que transbordem de emoção.Não gosto de textos áridos. Comosou uma pessoa muito carinhosae gosto de chegar ao leitor comose fosse uma companhia gostosa,tento passar tudo isso no texto.As receitas são bem explicadas eprocuro tentar mostrar ao leitoras coisas que ele deverá tentarperceber com os seus sentidos pa-ra saber se aquilo está bom ounão, quer dizer, digo que ao tocar

o bolo ele deverá estar firme nasbordas e macio no centro, que operfume que invadirá a cozinhaserá incrível. Acho que se só falarpara assar por 40 minutos, o lei-tor não necessariamente compre-enderá qual o ponto certo daque-la receita. Acho que ensinar con-tando histórias e experiênciastorna tudo mais gostoso e envol-vente. Por isso adorei quando al-gumas pessoas me disseram quecomeçaram a ler e não consegui-ram parar. Acho que esse envol-ver o leitor de um jeito aconche-gante é muito bom. O Arnaldo, deum jeito muito lindo, me cha-mou de Sherazade de forno e fo-gão, adorei! Eu sempre adorei es-crever e contra histórias, começoe não consigo parar.

GZM — Cozinhando para Amigosfoi um sucesso editorial. Comoanalisa o atual mercado editorial

focado em livros de gastronomiano Brasil?

Acho que o mercado está co-meçando a florescer. Apenas deuns poucos anos para cá começa-ram a aparecer livros mais elabo-rados, tanto quanto ao texto,quanto à fotografia, quanto à edi-ção. Há uns 5 anos, era bem difícilencontrar um livro de receitasbrasileiro realmente bom, quefosse além das receitas, tivessemais texto, mais fotos primorosase edição mais caprichada.

GZM — Acredita que o atualinteresse pela gastronomia noBrasil pode fazer com que nossaculinária “aconteça” ao redor domundo, como ocorreu com afrancesa, mexicana, japonesa ecomo vem acontecendo com agastronomia peruana? CarlaPernambuco me disse diasdestes que para que a

gastronomia nacional tivesseeste boom mundial, serianecessário que os chefstrabalhassem juntos, a exemplodo que fizeram um dia osmúsicos da Bossa Nova. Noentanto, parece que cada umtem olhos apenas para suaprópria cozinha. Será que faltamesmo este espírito coletivoentre nossos profissionais dacozinha?

Acho que sim, mas concordo100% com a Carla, que é umagrande amiga. Para que isso acon-teça tem que haver mais união, sóassim conseguiremos transmitiresse espírito Brasil, um lugar ma-ravilhoso, onde se encontra de tu-do, com misturas incríveis e tudomuito colorido, perfumado, sabo-roso e alegre.

GZM — Além de pesquisadora,colecionadora de objetos e

utensílios de cozinha, a senhoraé empreendedora... criou oAtelier Gourmand, que hoje éreferência no Brasil entre asescolas de culinária. Poderiafalar um pouco sobre comodesenvolve os seus projetos?Sobre sua face deempreendedora?

Sou realmente uma pessoacheia de idéias. Sonho em fazernem sei quantos livros e outrascoisas mais. Não costumo to-mar decisões de impulso, pensomuito, reflito até chegar ao mo-mento de dizer que alguma coi-sa merece ser detalhada, proje-tada e concretizada. O Ateliernasceu assim, queria uma esco-la que pudesse receber o gour-met, quer dizer, o amador queadora comer e cozinhar, de umjeito mais completo. Achavasem graça e injusto deixar paraesse gourmet a possibilidade de

apenas ter aulas demonstrati-vas, queria oferecer a possibili-dade de colocar a mão na mas-sa. A Paula Moraes Rizkallah,minha sócia no Atelier por dezanos, topou ousar e daí nasceuo Atelier, que virou referência.Com os livros também é assim.Tenho uma parceria maravi-lhosa com a DBA editora. O Ale-xandre Dorea Ribeiro, que alémde excelente editor passou a serum grande amigo, acreditounesse enfoque diferente que euqueria tratar no meu primeirolivro, desenvolvemos um proje-to então enorme, completamosa equipe com o Romulo Fialdi-ni, que é um fotógrafo espeta-cular e com a arte do VictorBurtons, que também é exce-lente. O quarteto trabalha afi-nadíssimo e daí saem ótimos re-sultados. Nada como uma su-p e r e q u i p e . A c h o q u e n ó squatro desenvolvemos um con-ceito realmente de livros degastronomia, um conceito quesó se aprimorará com o tempo ecom os novos projetos. Não sepode parar no tempo, há que seestudar para perceber as neces-sidades do seu público e criars e m p r e .

Bolo de fubá e goiabada2 xícaras de fubá2 xícaras de leite

2 xícaras de açúcar1/2 xícara de óleo vegetal

50g de manteiga1 colher (chá) de sal

4 ovos1 colher (sopa) de fermento em pó

1 1/2 xícara de cubinhos de 1 cm de goiabadamanteiga para untar e fubá para polvilhar

Coloque o fubá, o leite, o açúcar, o óleo, a manteiga e o sal numa panela média,aqueça e, sempre mexendo, deixe no fogo por dez minutos, até a massa ferver eengrossar e o fundo da panela aparecer. Retire do fogo e deixe engrossar por 15

minutos.Aqueça o forno a 200 C (médio-alto). Unte com manteiga e polvilhe com fubá uma

assadeira grande, ou uma forma grande para pudim. Quebre os ovos, coloque asgemas numa tigela e as claras na tigela da batedeira. Bata as claras em neve até

conseguir picos firmes. Quando a massa amornar, junte as gemas e o fermento e,em seguida, com uma espátula e muita delicadeza, incorpore as claras. Despeje

metade da massa na forma e espalhe por cima metade da goiabada. Cubra com orestante da massa e termine com a outra parte da goiabada. Asse o bolo por 40

minutos, até que esteja crescido, bem dourado e firme (ao enfiar um palito nocentro, deverá sair limpo). Deixe o bolo esfriar, desenforme sobre um prato raso e

sirva em fatias.

(para 12 pessoas) tempo de preparo: 1 hora e 30 minutos

O capricho está em cada receita, como na granola caseira Crocante de queijo de cabra com geléia, para festas requintadas Sopa italiana de feijão com aspargo: dica de sopa restauradora

Receitas testadas infinitas vezes, como esta salada de laranja, abacate, agrião e mel, foram fotografadas por Romulo Fialdini

ENTRE PANELAS E TIGELAS, AAVENTURA CONTINUAde Heloisa Bacellar, DBA Editora, R$ 175

FOTOS ROMULO FIALDINI

Page 33: em transações globais B1 B1 a quinta consecutiva B3 02/jan ...p.download.uol.com.br/spimagem/bidusayao/gm06jan2009.pdf · Blogueiros e autores estão entusiasmados com o serviço,

D4 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | D5

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ENTREVISTA DA SEMANA Grande parte das melhores lembranças que quase todo mundo tem na vida tem a ver com comida, diz a chef e pesquisadora

ENTREVISTA Heloisa Bacellar

Autora do aclamado Cozinhando para Amigos, apesquisadora lança novo livro — Entre Panelas eTigelas, a Aventura Continua —; ela fala sobre ovolume e sobre sua devoção pela culinária

Uma Sherazade de forno e fogãoColecionadora de utensílios culinários, livros de gastronomia e histórias saborosas, Heloisa percorre o mundo em busca de panelas, colheres, receitas e da diversidade da cozinha de diversas culturas

ALEXANDRE STAUTSÃO PAULO

Cozinheira de mão cheia des-de a infância, a chef e pesquisa-dora Heloisa Bacellar criou nosúltimos anos uma escola que setornou paradigma entre gastrô-nomos, o Atelier Gourmand,além de um best seller — Cozi -nhando para Amigos (editora DBA)—, que agora é traduzido para oinglês e que será distribuído nosEstados Unidos, Reino Unido,Austrália, Nova Zelândia e Áfricado Sul.

Pela mesma DBA lança agoraEntre Panelas e Tigelas, a AventuraContinua , trabalho primoroso,ilustrado com imagens de Romu-lo Fialdini. Mas os projetos nãoparam por aqui. Está preparandooutros dois livros — Guloseimascom Café e Bacalhau, Receitas e His-

tórias. Mesmo com sua veia em-preendedora, esta chef conseguetempo para conduzir suas pai-xões... percorrer o mundo em bus-ca de novidades culinárias, cole-cionar livros de gastronomia eutensílios de cozinha, e passarhoras a fio na beira do fogão tes-tando receitas. Leia a entrevistaque concedeu à Gazeta Mercantilsobre seu saboroso universo.

Gazeta Mercantil — O livro queacaba de lançar mostra suadevoção à culinárias. No capítulo“Arraial chique”, por exemplo,diz que testou 20 receitas debolo de fubá numa única tardepara escolher a melhor para ovolume. Podia falar um poucosobre esta disposição paracozinhar, que hoje se encontraum pouco perdida nos grandes

centros urbanos?Olha, realmente eu tenho uma

incrível disposição para cozinhar,adoro tanto que até quando estoumais cansada consigo deixar a talda preguiça de lado. Nas minhasaulas no Atelier Gourmand, esempre que posso, gosto de trans-mitir uma mensagem que consi-dero essencial: se o dia-a-dia teminevitavelmente coisas chatas e omomento da refeição normal-mente é mais gostoso, vale a penainvestir no momento em que seprepara a refeição, pois quando éfeita com prazer, será inevitavel-mente muito melhor. Para trans-formar esse momento, é precisoentender que cozinhar não é bi-cho-de-sete-cabeças. Aprendendoalgumas técnicas e conhecendoos ingredientes dá para chegar lá.Com tais ferramentas, fica maisfácil encarar a cozinha de um jei-to mais emocionante e depoisque se descobre como é bom, adisposição aumenta. Acho que es-se processo vem se fortalecendonos últimos dez anos.

GZM — Ao ler o livro, aimpressão que se tem é que asenhora pensa num tema, e vaiatrás de tudo que é informaçãodispersa até esgotá-lo. Podiafalar um pouco como organizasuas pesquisas?

É isso mesmo, minhas buscassó terminam quando sinto queconsegui informações para cobrirtodo o conteúdo do tema e de for-ma muito ampla. Acho que souuma pesquisadora nata. Como or-ganizo as pesquisas? Difícil falar,pois acabei criando um métodomuito próprio e que ninguémconsegue participar enquantonão se transforma num texto vis-to e revisto muitas vezes, pois soumuito perfeccionista. Tenho umabiblioteca imensa com livros dosmais antigos aos mais atuais, quetratam de tudo a que se refere àgastronomia, além de assinar to-das as boas revistas brasileiras,americanas e européias que tra-tam de comida e alimentação.Quando compro um livro, mes-mo que seja de um assunto que,

ao menos naquele momento, nãotem nada a ver com meu estudo,eu o leio, catalogo e faço algumasanotações na contracapa, só en-tão vai para a estante. Se, quandoo livro chega à biblioteca, eu nãotenho tempo de ler, deixo o livronuma pilha no chão de não lidos.Como tenho boa memória e mui-tas anotações, sei achar o que meinteressa na hora certa. Baixo dasestantes o que me interessa, leio eanoto tudo em folhas soltas depapel e escrevo a mão, tudo meiomisturado, escrito na língua do li-vro, é meio bagunçado, mas eume acho, já tentei passar direto asinformações para o computador,mas não consigo. Gosto de ma-nuscritos, faz parte dessa fase deestudo. Depois de ler tudo e ano-tar tudo, passo todas as informa-ções para o meu notebook inse-parável. Com as informações nocomputador, passo a organizar otexto no formato já amadurecido.Depois, vou desenhando tudo naminha cabeça. Quanto às receitas,coloco lado a lado todas as ver-

sões de um mesmo tema, compa-ro e começo a testar, misturo da-qui e dali, aproveito as dicas detodos os lugares, até chegar aoque considero nota dez. Em segui-da, coloco todos os resultados notexto, acerto, mexo, mexo e reme-xo, leio nem sei quantas vezes.

GZM — O livro parece percorrercaminhos entre sua memóriasentimental da culinária e oresgate da cultura dagastronomia. É isto mesmo?

Sem dúvida, comida e vidatêm tudo em comum. Grandeparte das melhores lembrançasque quase todo mundo tem na vi-da tem a ver com comida. Desdeque o mundo é mundo, a mesasempre teve um encanto que en-volve o partilhar o alimento, o sa-borear o que foi feito com muitocarinho e por isso é intimamenteligado a ter prazer. O que se cometraduz o modo de vida de cadapovo. Por que comem tâmaras emais tâmaras no deserto? Porqueé praticamente a única fruta que

dá por lá e assim vai, adoçar o lei-te de cabra com tâmara lá não éum luxo e sim necessidade. Já nomundo das cidades em que seacha de tudo, cada um escolhe oque vai comer, usa e abusa de no-vidades e pode até virar um luxoregar tâmaras com leite. E consi-derando que esse mundo globali-zado de hoje, as culturas, valorese tradições vão se misturando,mudando, é super interessante.

GZM — Poderia contar umpouco sobre esta sua disposiçãoem viajar o mundo com umcaderninho, anotandoabsolutamente tudo o que serefere a cultura culinária dospaíses nos quais passa?

Como sempre falo, leio recei-tas como quem lê um romance.Vivo sonhando com ingredientese receitas de tudo o quanto é can-to. Sempre que viajo fico aindamais ligada no assunto. Adoropassear de carro pelo interior dequalquer lugar. Se percebo queem determinada região tem mui-tos pés de abacaxi, já fico pensan-do no assunto e tento conversarcom todos que encontrar pelafrente procurando saber o que fa-zem com ele. Se estou, por exem-plo, em Paris e cismo com bombade chocolate, sou capaz de passaralguns dias comendo bombas,comparando, anotando até con-cluir a busca. Vivo mesmo comcaderno e caneta na mão, nãogosto de eletrônicos nessa hora,acho delicioso escrever e escre-ver.

GZM — No prefácio, ArnaldoLorençato diz que o grandeprazer da senhora é descobrirnovidades culinárias peloslugares onde passa. Das últimasviagens, o que descobriu de maissurpreendente?

A minha viagem mais recentefoi em junho de 2007, para a Pro-vence francesa. Passei 12 dias porlá. Acho que pensei demais nos fi-gos, amêndoas, geléias, azeite,azeitonas e vinhos adocicados pa-ra sobremesa, como um Beaume-de-venise.

GZM — Apesar de ser um livrode receitas e de históriasdispersas dos alimentos, aimpressão que se tem é que seestá lendo um romance. O livrotem uma estrutura narrativa tãogostosa, que é possível ler esentir o aroma de uma tartetatin no forno. Poderia falar umpouco sobre sua escrita?

Sou uma leitora voraz, tantode livros de gastronomia, comode literatura em geral e adoro li-vros que transbordem de emoção.Não gosto de textos áridos. Comosou uma pessoa muito carinhosae gosto de chegar ao leitor comose fosse uma companhia gostosa,tento passar tudo isso no texto.As receitas são bem explicadas eprocuro tentar mostrar ao leitoras coisas que ele deverá tentarperceber com os seus sentidos pa-ra saber se aquilo está bom ounão, quer dizer, digo que ao tocar

o bolo ele deverá estar firme nasbordas e macio no centro, que operfume que invadirá a cozinhaserá incrível. Acho que se só falarpara assar por 40 minutos, o lei-tor não necessariamente compre-enderá qual o ponto certo daque-la receita. Acho que ensinar con-tando histórias e experiênciastorna tudo mais gostoso e envol-vente. Por isso adorei quando al-gumas pessoas me disseram quecomeçaram a ler e não consegui-ram parar. Acho que esse envol-ver o leitor de um jeito aconche-gante é muito bom. O Arnaldo, deum jeito muito lindo, me cha-mou de Sherazade de forno e fo-gão, adorei! Eu sempre adorei es-crever e contra histórias, começoe não consigo parar.

GZM — Cozinhando para Amigosfoi um sucesso editorial. Comoanalisa o atual mercado editorial

focado em livros de gastronomiano Brasil?

Acho que o mercado está co-meçando a florescer. Apenas deuns poucos anos para cá começa-ram a aparecer livros mais elabo-rados, tanto quanto ao texto,quanto à fotografia, quanto à edi-ção. Há uns 5 anos, era bem difícilencontrar um livro de receitasbrasileiro realmente bom, quefosse além das receitas, tivessemais texto, mais fotos primorosase edição mais caprichada.

GZM — Acredita que o atualinteresse pela gastronomia noBrasil pode fazer com que nossaculinária “aconteça” ao redor domundo, como ocorreu com afrancesa, mexicana, japonesa ecomo vem acontecendo com agastronomia peruana? CarlaPernambuco me disse diasdestes que para que a

gastronomia nacional tivesseeste boom mundial, serianecessário que os chefstrabalhassem juntos, a exemplodo que fizeram um dia osmúsicos da Bossa Nova. Noentanto, parece que cada umtem olhos apenas para suaprópria cozinha. Será que faltamesmo este espírito coletivoentre nossos profissionais dacozinha?

Acho que sim, mas concordo100% com a Carla, que é umagrande amiga. Para que isso acon-teça tem que haver mais união, sóassim conseguiremos transmitiresse espírito Brasil, um lugar ma-ravilhoso, onde se encontra de tu-do, com misturas incríveis e tudomuito colorido, perfumado, sabo-roso e alegre.

GZM — Além de pesquisadora,colecionadora de objetos e

utensílios de cozinha, a senhoraé empreendedora... criou oAtelier Gourmand, que hoje éreferência no Brasil entre asescolas de culinária. Poderiafalar um pouco sobre comodesenvolve os seus projetos?Sobre sua face deempreendedora?

Sou realmente uma pessoacheia de idéias. Sonho em fazernem sei quantos livros e outrascoisas mais. Não costumo to-mar decisões de impulso, pensomuito, reflito até chegar ao mo-mento de dizer que alguma coi-sa merece ser detalhada, proje-tada e concretizada. O Ateliernasceu assim, queria uma esco-la que pudesse receber o gour-met, quer dizer, o amador queadora comer e cozinhar, de umjeito mais completo. Achavasem graça e injusto deixar paraesse gourmet a possibilidade de

apenas ter aulas demonstrati-vas, queria oferecer a possibili-dade de colocar a mão na mas-sa. A Paula Moraes Rizkallah,minha sócia no Atelier por dezanos, topou ousar e daí nasceuo Atelier, que virou referência.Com os livros também é assim.Tenho uma parceria maravi-lhosa com a DBA editora. O Ale-xandre Dorea Ribeiro, que alémde excelente editor passou a serum grande amigo, acreditounesse enfoque diferente que euqueria tratar no meu primeirolivro, desenvolvemos um proje-to então enorme, completamosa equipe com o Romulo Fialdi-ni, que é um fotógrafo espeta-cular e com a arte do VictorBurtons, que também é exce-lente. O quarteto trabalha afi-nadíssimo e daí saem ótimos re-sultados. Nada como uma su-p e r e q u i p e . A c h o q u e n ó squatro desenvolvemos um con-ceito realmente de livros degastronomia, um conceito quesó se aprimorará com o tempo ecom os novos projetos. Não sepode parar no tempo, há que seestudar para perceber as neces-sidades do seu público e criars e m p r e .

Bolo de fubá e goiabada2 xícaras de fubá2 xícaras de leite

2 xícaras de açúcar1/2 xícara de óleo vegetal

50g de manteiga1 colher (chá) de sal

4 ovos1 colher (sopa) de fermento em pó

1 1/2 xícara de cubinhos de 1 cm de goiabadamanteiga para untar e fubá para polvilhar

Coloque o fubá, o leite, o açúcar, o óleo, a manteiga e o sal numa panela média,aqueça e, sempre mexendo, deixe no fogo por dez minutos, até a massa ferver eengrossar e o fundo da panela aparecer. Retire do fogo e deixe engrossar por 15

minutos.Aqueça o forno a 200 C (médio-alto). Unte com manteiga e polvilhe com fubá uma

assadeira grande, ou uma forma grande para pudim. Quebre os ovos, coloque asgemas numa tigela e as claras na tigela da batedeira. Bata as claras em neve até

conseguir picos firmes. Quando a massa amornar, junte as gemas e o fermento e,em seguida, com uma espátula e muita delicadeza, incorpore as claras. Despeje

metade da massa na forma e espalhe por cima metade da goiabada. Cubra com orestante da massa e termine com a outra parte da goiabada. Asse o bolo por 40

minutos, até que esteja crescido, bem dourado e firme (ao enfiar um palito nocentro, deverá sair limpo). Deixe o bolo esfriar, desenforme sobre um prato raso e

sirva em fatias.

(para 12 pessoas) tempo de preparo: 1 hora e 30 minutos

O capricho está em cada receita, como na granola caseira Crocante de queijo de cabra com geléia, para festas requintadas Sopa italiana de feijão com aspargo: dica de sopa restauradora

Receitas testadas infinitas vezes, como esta salada de laranja, abacate, agrião e mel, foram fotografadas por Romulo Fialdini

ENTRE PANELAS E TIGELAS, AAVENTURA CONTINUAde Heloisa Bacellar, DBA Editora, R$ 175

FOTOS ROMULO FIALDINI

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D6 | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | GAZETA MERCANTIL

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GASTRONOMIA Desde cedo o escritor conviveu com os aromas que vinham da cozinha regida pela mãe

JOÃO GUIMARÃES ROSA

O verdadeirogourmand dasMinas GeraisAutor de uma obragenial, o escritormineiro tambémapreciava a boa mesa

xão, principalmente os de calda,os quais, em suas palavras, “quenão convém deixem de ser orgu-lho próprio e um dos pequenossubstratos do bem-querer à pá-tria”. Não mudou de opiniãonem mesmo quando trocou acarreira de médico pela diplo-macia e entrou em contato coma cozinha de outros países. Es-crevendo ao irmão, de Hambur-go, seu primeiro posto, as im-pressões iniciais em relação àculinária alemã não eram dasmelhores: “Depois que se abriuaqui um restaurante italiano, li-bertei-me da detestável comidada terra, e devoro spaghetti emaccheroni, diariamente, emdoses tremendas.”

Que não se pense, contudo,que Rosa era avesso aos palada-res exóticos. A curiosidade desaber mais sobre todos os assun-tos sempre foi sua força motrizao longo da vida — a mesma

vontade que olevou a apren-der holandês,francês e ale-m ã o a i n d acriança e, maistarde, a conhe-cer novos mun-dos ao abraçara carreira di-plomática — eera esse desejod e n o v i d a d eque o induzia ae x p e r im e n t a ros pratos típi-cos de cada lu-gar que visita-v a . S u a f i l h amais velha, a

escritora Vilma Guimarães Ro-sa, autora do livro “Relembra-mentos” (Editora Nova Frontei-ra, 2008), fundamental paraquem quer conhecer o autor naintimidade, conta que, aindabem jovem, morou em Pariscom o pai quando ele era con-selheiro na embaixada brasilei-ra: “Papai fazia questão que euprovasse novos pratos, poisachava que essa era uma das me-lhores maneiras de conhecer acultura de um povo.” Um dia,Rosa a convidou para comer asfamosas lagostas de Houlgate,cidade litorânea da Normandia.Vilma gostou tanto que quismais. O escritor deu boas risadase explicou que, em nome da eti-queta, lagosta era um prato quenão se repetia. Mesmo assim, ocrustáceo voltou à mesa. “Preci-sei me conter para não comeruma terceira”, diverte-se ela.

Em criança, quando ia ao Ita-maraty, Vilma costumava ser re-cebida com geléia de mocotó edoce de leite que Rosa tirava docofre de seu gabinete. “Meu paie eu sempre estivemos muito li-gados pela gula.” Nas cartas que

CLÁUDIO FRAGATAREVISTA GULA

Joãozito detestava mingau defubá com manteiga e queijo. Pa-ra seu desgosto, o pai, Florduar-do Rosa, acreditava que nada eramelhor para fortalecer meninofranzino. Joãozito sentia nojo, ti-nha ânsia, recusava-se a engolira gororoba. Felizmente, a faltado fortificante não impediu queo garoto magrelo crescesse e setransformasse, mais tarde, emhomem do porte de João Gui-marães Rosa, um dos maiores es-critores brasileiros, que, em li-vros como “Sagarana” ou “Gran-de Sertão: Veredas”, reinventoua língua portuguesa ao criaruma sintaxe própria, que mistu-r a n e o l o g i s -mos, arcaísmose o falar da gen-te simples dosertão de Mi-nas Gerais. Avida literáriade João Guima-rães Rosa é bas-tante conheci-da e já foi temade incontáveisensaios e tesesa c a d ê m i c a s .Menos propala-da é sua face deamante da boamesa, que eledesenvolveu apar da intole-rância pelo mingau de seu Fulô,como o pai era mais conhecido.Nascido em Cordisburgo, pe-quena cidade entre montanhas,desde cedo o escritor conviveucom os aromas que vinham dacozinha regida pela mãe, Chi-quitinha, e outras cozinheirasda família, que tudo sabiam so-bre segredos culinários ances-trais. Também da venda de seuFulô, que ficava na parte dafrente da casa, vinha o cheiromisturado de cereais, carne-de-sol e especiarias. Aliás, foi ali,atrás do balcão, que o garotoaprendeu a gostar de históriasenquanto ouvia a conversa detropeiros, viajantes e moradoresda cidade que entravam na ven-da para comprar alimentos, rou-pas, ferramentas ou uma sim-ples dose de cachaça, e aprovei-tavam para jogar um tanto deconversa fora.

Como bom mineiro, Rosa ja-mais negou seu gosto pelo enso-pado de frango com quiabo, pelacostelinha com mandioca ou pe-la carne-seca desfiada, pratosque considerava alta gastrono-mia. Os doces eram outra pai-

Para Rosa, os pratos mineiros eram alta gastronomia. Os favoritos eram o ensopado de frango com quiabo e a carne-seca desfiada

enviava aos parentes em MinasGerais, Rosa vivia pedindo recei-tas e guloseimas. Em uma delas,dirigida a seu Fulô, escreveu nopostscriptum: “Estou arranjandojeito de encomendar, por um contí-nuo daqui, que mora no subúrbio,suã de porco e tripinha para torrar.Mas, saudade mesmo, é da notávelcomida que a mamãe sabe fazer!”.

A culinária aparece tambémem sua obra. Antes de escrever

“Grande Sertão: Veredas”, Rosafez a famosa viagem pelo inte-rior mineiro, no lombo da mulaBalalaika, acompanhando umaboiada conduzida por um grupode vaqueiros. A intenção era co-nhecer de perto as paisagens dosertão, os costumes e falares desua gente. Dona Antonieta, hojeoctogenária, acolheu o escritorem sua fazenda em um dos“pousos” da comitiva. Ela lem-

bra que Rosa estava coberto depó da longa viagem, mas prefe-riu comer antes de banhar-se. “Efez questão de ranchar a mesmacomida dos boiadeiros: arroz,feijão, carne-seca, abóbora equiabo. Ele comia muito direiti-nho, sabe?”

Tudo o que viu e ouviu du-rante a jornada, Rosa anotou emcadernetas que levava ao pesco-ço, e os hábitos alimentares dos

sertanejos não passaram desper-cebidos, tanto que estão diluídospelas quase 500 páginas de“Grande Sertão: Veredas”. Rio-baldo, o narrador do romance,descreve assim o início de suasaventuras pelos campos das Ge-rais como integrante de um ban-do de jagunços: “Jõe Engrácio re-parou na quantidade de comidase mantimentos que a gente ti-nha reunido, em tantos burroscargueiros: e que era despropósi-to, por amor daquela fartura —as carnes e farinhas, e rapadura,nem faltava sal, nem café. De tu-do.” Qualquer semelhança coma própria experiência de Rosapor certo não é coincidência.

Vilma Guimarães Rosa ressal-ta que o pai adorava a culináriasingela de Minas, mas fazia ques-tão de que tudo fosse servido combom gosto, em pratos de porcela-na, travessas de prata e copos decristal. “Era um homem sofistica-do. Minha mãe, Lygia, brincavadizendo que ele preferia comercasca de batata em prato de por-celana fina à própria batata numprato qualquer.” O paladar sim-ples, mas exigente de João Gui-marães Rosa, pode ser resumidoem suas palavras: “Nossos, bemnossos, são o doce de leite e o des-fiado de carne-seca. Meu —per-doem-me — é aquele prato mi-neiro verdadeiramente principal.Guisado de frango com quiabos eabóbora-d’água (ad libitum o jiló)e angu, prato em aquarela, desli-zando viscoso como a vida mes-ma, mas pingante de pimenta”.A inseparável Remington, onde ele escrevia com apenas dois dedos Rosa viajou pelo interior mineiro, para conhecer as paisagens do sertão e os costumes de sua gente

Rosa amava felinos e dizia quesuas gatas eram ‘leopardíssimas’

FOTOS LUIZ HENRIQUE MENDES

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | D7

VIDA EXECUTIVA Formação acadêmica distinta da área de atuação exige adaptação

SUPERAÇÃO João Carlos Martins*

Dois grandes e belosexemplos de vida

O último dia de um ano má-gico para mim, em que vivi, diaa dia, momentos emocionantesdivididos com meu público e asminhas Bachianas, não foi dife-rente. Conforme descrevi na mi-nha coluna há duas semanas, omeu irmão José Eduardo, quefaz quatro anos sofreu um cân-cer violento (ocasião em que nãolhe deram não mais que seis me-ses de vida), iniciou uma recupe-ração acompanhada por excelen-tes médicos, mas principalmentepela sua força de vontade.

Pouco a pouco ele foi galgandodegraus e mais degraus, conse-guindo eliminar totalmente a en-fermidade. Não bastando isso, re-solveu preparar-se física, mentale espiritualmente para realizarum sonho antigo: correr a SãoSilvestre. E o fez aos 70 anos.

No dia 31 de dezembro fuiacompanhá-lo na jornada e pudeobservar no “mano” aquela forçade vontade que o nosso pai trans-mitiu aos filhos. Levei amigosmunidos de câmaras, pois não sepode perder o registro de momen-tos mágicos em nossas vidas. Nomeu fotoblog “A música venceu”pedi para publicarem as fotos desua chegada, e só então pude per-ceber as suas lágrimas ao com-pletar os quinze quilômetros.

Tenho certeza que exemploscomo o dele podem ajudar so-bremaneira aqueles que perde-ram as esperanças.

No mesmo dia tive outro mo-mento emocionante, agora envol-vendo o meu amigo VicenteAmato Filho, o Nino, que semprerealizou um trabalho fantásticopela música e, principalmente,pela ópera em nosso País, não sócomo diretor do Teatro Municipalde São Paulo, como também dosteatros do Governo do Estado.

O Nino, há mais de dezanos vem lutando com sériosproblemas de saúde, os quais ja-mais afetaram o seu trabalhoem favor da cultura.

Desta vez ele está enfrentan-do uma luta muito maior do queas outras, que não foram peque-

nas. Quando eu soube, somenteapós quarenta dias, que ele estavainternado em um hospital de SãoPaulo, fui visitá-lo. Isto se deu naterça-feira, 30 de dezembro, e na-quela tarde me pediu se eu poderiatocar piano para ele, no quarto on-de estava. Aceitei o pedido de ime-diato. Solicitei ao meu fiel escudeiroFernando Mucci para providenciarum teclado de piano e seus acessó-rios (fios, caixas etc.). No dia se-guinte, após a largada da São Sil-vestre, aproveitei aquelas duas ho-ras em que o Zé Eduardo estariafazendo seu percurso para ir ver oNino e cumprir a minha promessa.Ao chegar fiquei sabendo que ele ti-nha sido encaminhado à UTI.

Desapontado por não podercumprir minha promessa, expliqueino hospital a importância queaquele momento teria. Ao percebe-rem minha insistência, acabarampermitindo minha entrada na UTIonde estavam mais cerca de dezpacientes, com meu teclado e seusacessórios. Os pacientes da UTI pe-diram para aproximarem suas ca-mas do teclado e ali toquei três mú-sicas, apesar do braço ainda imobi-lizado devido à cirurgia que mesubmeti no último dia 26 de dezem-bro. Talvez aquela tenha sido aapresentação mais emocionante queeu fiz nos meus sessenta anos decarreira, pois ao voltar para visitaro Nino no dia seguinte, soube, pormeio dos profissionais daquela uni-dade intensiva, que todos os pacien-tes deram uma arribada depois deouvirem música, inclusive o meuamigo. Evidentemente que o destinoestá nas mãos de Deus, mas quebom poder, pela música, levar espe-rança e amor para aqueles que sesentem tão fragilizados em momen-tos como esses.

Ao me despedir dos pacientes nodia 31, já que o “chororô” de todosos presentes, inclusive deste maestro,era grande, avisei a todos: “Na pró-xima vez vou cobrar cachê!” E as-sim a despedida foi com alegria.Que bom terminar o ano assim.

*Regente titular da BachianaFilarmônica.

CARREIRA

Mudanças no mercadolevam executivos afunções diferenciadasdentro das profissões

Novos caminhos para antigas ocupações

JOÃO PAULO FREITASSÃO PAULO

Escolher uma carreira aos 17anos, cursar a faculdade desejadae, depois, estrear naquela que seráa sua carreira pelo resto da vida.Há alguns anos, esse era o sonhode muitos. Hoje, tal história soa,no mínimo, improvável. Cadavez mais as pessoas precisam de-senvolver habilidades interdisci-plinares para enfrentar uma rea-lidade de mercado que exige ino-vações constantes e , claro,mudanças no rumo profissional.Mas se ter um diploma não émais garantia de profissão está-vel, o conhecimento acumuladonos anos de graduação podem serfundamentais em outras áreas deatuação, mesmo que elas estejamaparentemente distantes da for-mação acadêmica.

Esse é o caso do subscritor devida da Swiss Re Hamurabi San-tiago, de 31 anos. Em 2001, quan-do se formou em medicina, elecomeçou a trabalhar com atendi-mento clínico de emergência.Até que em dezembro de 2007soube que a Swiss Re estava àprocura de um médico para suaequipe. Santiago enviou seu cur-rículo e em março do ano se-guinte começou na função. Omédico trabalhou por sete anosem emergências e saúde públicaantes de vislumbrar uma o novocaminho para sua carreira. “Euestava desgastado por causa de

todos os plantões que precisavafazer. Não tinha pretensão de tra-balhar numa área financeira. Foiuma médica amiga que soubeque a Swiss Re abriria uma po-sição no Brasil e me avisou. Sóentão procurei saber como fun-cionava esse mercado”, conta.

Esse tipo de situação exige,muitas vezes, uma adaptaçãocomplicada. Santiago conta queainda hoje se encontra em pro-cesso de capacitação. Para se teruma idéia, seu treinamento ini-cial durou quatro meses. Primei-ramente, passou um mês em Bo-gotá aprendendo sobre as rela-ções entre as questões médicas ea subscrição de vida. Nos trêsmeses seguintes, o treinamentoprosseguiu em Zurique, no es-critório central da Swiss Re.

Santiago é apenas um dos pro-tagonistas do processo de adapta-ção que os profissionais preci-sam enfrentar hoje. A cada dia,novos mercados se abrem, fenô-meno que demanda mais versa-tilidade dos profissionais. O setorde resseguros, no qual a Swiss Reatua, é um exemplo. Até 2007,apenas o Instituto de Ressegurosdo Brasil (IRB, hoje IRB-Brasil Re)podia atuar no ramo no País. Po-rém, a Lei Complementar 126, de15 de janeiro de 2007 e a Reso-lução 168 da Susep (Superinten-dência de Seguros Privados), de17 de dezembro de 2007, promo-veram a abertura do mercado deresseguro e, consequentemente,maior competitividade entre asempresas do ramo.

De acordo com Santiago, aSwiss Re fazia resseguros para aIRB e, a partir da abertura do

mercado, precisou contratarpessoas que tanto fossem espe-cializadas no setor quanto pu-dessem se desenvolver nele. “Nocaso de vida, eles precisavam deum médico para fazer isso”, ob-serva, explicando sua chegada àempresa. “O que eu faço é quan-tificar o risco de morrer. Avaliose esse risco é normal ou se háagravamento, isto é, se a pessoatem uma maior risco de morrer,adquirir uma doença ou ser ví-tima de invalidez”, esclarece. “Aminha função está ligada à acei-tação. Preciso verificar se o riscoé normal ou se a taxa precisa seraumentada”, adiciona.

Santiago observa que a medi-cina abre diversas opções de car-reira. “A minha especialização éem saúde pública, na qual se li-da com dados de epidemiologiade uma região e o que pode serfeito para diminuir esse aconte-cimento. Apesar de clinicar, seeu seguisse a clínica pública, fa-ria análise de dados também”,destaca, apontando as similari-dades entre sua formação e otrabalho que desenvolve hoje.

Remuneração e fériasClaro que um dos atrativos

que levaram Santiago mudar deárea de atuação foi a remunera-ção. Ele não revela valores, ape-nas afirma que “a relação entrecarga horário e valor recebido émuito maior atualmente”. Masalém de ganhos mais polpudos,a possibilidade de descanso tam-bém seduziu o médico. “Eu es-tava sem férias há quatro anos.Isso foi algo que pesou na mi-nha decisão”, revela. Segundoele, para ter um consultório pró-prio, o médico precisar ser mui-to conhecido e cobrar caro, oque é difícil para os jovens. Casocontrário, precisa fazer muitosplantões. “Já tive época de dartrês plantões de 24h por sema-na”, lembra. E além de uma sa-lário maior e uma vida menosestressante, a própria novidadeque a vaga na Swiss Re represen-tava foi outro atrativo. “Gostomuito de novos conhecimentos.E a possibilidade de descobrir efazer algo diferente foi muitoexcitante”, completa.

Lições de design em sabores, aromas e texturasJOÃO PAULO FREITASSÃO PAULO

Sócia da Simples Eventos &Gastronomia, a empresária Mari-na Linberger, de 26 anos, é for-mada em design gráfico. Por al-guns tempo, ela trabalhou naárea. “Eu gostava muito do quefazia e muitas pessoas elogiavamo meu trabalho”, conta. Mas ashabilidades que indicavam o iní-cio de uma carreira promissorano mundo do design, com o tem-po, mostraram-se úteis no mun-do da gastronomia.

Após um ano trabalhando comdesign, Marina foi para Londres,onde morou por um ano. Lá, elapassou pela cozinha de algunspubs e por uma casa de vinhos. Foidessa experiência que ela começou

a vislumbrar aquilo que seria seupróprio negócio quando votasse aoBrasil. “Às vezes fazíamos eventosnessa casa de vinhos”, pontua. An-tes de voltar para o Brasil, ela fezum mochilão de 40 dias pela Eu-ropa. “Conheci quase que 15 países.Em cada um, experimentei pratostípico e trouxe vários temperosdesses locais. Voltei para o Brasilcom a idéia de trabalhar na áreagastronômica”, conta. “Desde pe-quena eu sabia que iria para a áreaculinária”, afirma.

Mas a experiência e o conhe-cimento adquiridos como desig-ner não foram desperdício detempo e energia. Quando abriuseu buffet, ela logo viu que a ima-gem é um item fundamental napreparação de bons pratos. “Em

todas as apresentações que faze-mos eu mexo no design, da mon-tagem de mesa até à bandeja. Umlema do trabalho é a boa apresen-tação. É preciso gostar do que seestá vendo para realente querercomer”, conta. Marina aposta naforça da simplicidade, uma liçãoaprendida nas aulas de design:“eu acho que as coisas simplessão as melhores”.

Aliás, o nome de seu buffet,Simples, é a abreviação de Simples-mente Ingredientes Misturados pa-ra Levar ao Extremo Sabor, nomeque ocorreu a Marina durante suatemporada em Londres.

“Design é, basicamente, apli-cação de conceitos e de um vi-sual bacana. Os conceitos nósusamos em praticamente todos

os nossos eventos. É algo queexiste no design e que levamospara a gastronomia. E visual-mente, é preciso usar cores etextura. É preciso explorar a vi-são, o paladar, o olfato e até a au-dição, pois o design diz repeitotambém aos sons”, diz. “Tenhomanias de designer. Vejo umprato desalinhado e quero ali-nhar. Acho isso importante nagastronomia. Tudo deve estarbem organizado.”

Além de permitir uma apresen-tação mais caprichada dos pratosque elabora, a formação em designtambém foi útil na hora de criar aidentidade visual da empresa. Ma-rina é responsável pelo logotipoda Simples e também da arte dosite do empreendimento.

Santiago, da Swiss Re: “eu estava sem férias há quatro anos. Isso pesou na minha decisão”

Equilíbrio: conhecimentos adquiridos durante curso de design gráfico ajudam empresária na hora de preparar e servir pratos

GENESIO/GAZETA MERCANTIL

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GAZETA MERCANTIL | Terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | D8

CESAR GIOBBI

ESPORTE

MERCADO DE LUXOCarlos Ferreirinha*

Quando o luxo apenas surpreendePara muitas pessoas, não é pos-

sível conceber a atividade do luxosem algumas características intrín-secas como excesso, esbanjamento eostentação. Como já dito em al-guns outros artigos, há uma sériede manifestações do consumo doluxo. Há os que esbanjam e osten-tam e há aqueles que apreciam aqualidade que impressiona. Há osque usam produtos ou acessamserviços acreditando no status queos mesmos emprestam ou geram ehá os que reconhecem história, ori-ginalidade e tradição. Há os queapreciam exclusividade e os quepreferem seguir apenas modismose tendências. Há espaço para todos.Atender a todos e ao consumidorem transição é o grande desafio dagestão. Ser capaz de atrair diver-sos tipos de consumidores dentroda mesma marca. Neste períodode férias, cabe uma reflexão pes-soal. Existem aqueles que buscamos hotéis especiais, com os elemen-tos nobres, a cozinha que tiver umchef celebrado, a roupa de cama ebanho com a maior quantidade defios egípcios e a que tiver a infra-estrutura mais surpreendente desauna, academia e lazer. O luxotradicional visto pela ótica da dife-renciação do produto e do serviço.

No contraponto, existem as pes-soas que buscam os pequenos ho-téis e as pousadas com o mínimode ostentação possível. Os locaisque enalteçam o convívio dos hós-pedes, a sensação de ambiente fa-miliar, o café da manhã exclusivoe caseiro e que, ao invés de umasuper infra-estrutura, valorize oque há de melhor no entorno, bemcomo o acesso rápido e fácil aoque gostaria ou precisa. A tradu-

EVOLUÇÃO Deonísio da Silva

Etimologias do ano que se iniciaO ano de 2009 teve que espe-

rar um segundo para nascer. Oscientistas que cuidam dos reló-gios atômicos, mais precisos doque estes que temos no pulso, nocelular, no computador e em tan-tos outros lugares, não tiveramdificuldade de nos explicar queum segundo é, sim, importante.Um segundo a mais, ou talvezmenos ainda, teria salvado a vi-da de muita gente, no trânsito ena bolsa, especialmente.

Isto posto, o ano de 2009 che-gou atrasado? Não! É comoaquele prejuízo das bolsas noano passado. Bilhões de dólarese reais sumiram de todas as eco-nomias do mundo e ninguém sa-be para onde foram.

Os economistas, que na mo-dernidade fazem as vezes dossacerdotes na antigüidade, sãopródigos em metáforas. O di-nheiro evaporou, o banco que-brou, as ações na bolsa despen-caram, o pregão fracassou.Mas cadê o vapor, a tábua dobanco, a penca das ações, oprego enorme?

A linguagem sacerdotal dasduas castas é semelhante. Sa-cerdotes e economistas, julgan-do-nos incapazes do entendi-mento que somente a eles é re-velado, nos consolam commetáforas e aproximações.

Até para a higiene os sacer-dotes criaram motivos religio-sos. Antes das refeições, rezar epurificar as mãos, lavando-as,pois de outro modo poucos com-preenderiam que aquele gestoera necessário, indispensável àsaúde. Era só para lavar asmãos, mas surgiu a tentação

do poder: aproveite que está ajoe-lhado na fonte e reze. E já que es-tá nessa posição, obedeça! E só co-ma depois de lavar as mãos, re-zar e obedecer.

O mundo, sim, é um grande se-minário! Somos todos seminaris-tas, menos os padres, os pais, osque mandam.

Uma tsunami de metáforas in-festou a mídia. Vieram explica-ções e ordens disfarçadas de conse-lhos e recomendações.

O caso é que, com ou sem as ex-plicações do que já foi e sem as ante-

pois de passar pelo latim vulgar“braccia”, transformando o som de“k” em “s”, mas escrito com “c” ce-dilha, palavra que veio do espanhol“zedilla”, zezinho (não Zézinho,mas um “z” pequenino), posto de-baixo do “c” para indicar que eletem som de “z” em espanhol, seme-lhante ao do “s” em português. As-sim, os espanhóis dizem e calçam o“zapato”, como nós dizemos e calça-mos o nosso “sapato”.

Os quatro dedos da mão resul-tam em 12 falanges, três em cadadedo. Utilizando o polegar como

elemento de multiplicação,a conta resultou em 60:cinco dedos vezes 12 falan-ges. Foram assim divididasas Horas, originalmentecom inicial maiúscula, poiseram deusas e presidiamas estações do ano. De horavieram horário, horóscopo erelógio (“horologium” emlatim, “orologio”” em italia-

no, “horloge” em francês, “reloj” emespanhol), mostrando a origem co-mum das neolatinas, cuja mãe co-mum é o latim.

Deixando de olhar apenas parasi mesmo, o homem, “bicho da Ter-ra tão pequeno”, como diz Camões,levantou os olhos para o céu, obser-vou a Lua, “o Sol e as outras estre-las”, como diz Dante, e passou amedir o tempo também com elas.

Mas continuou com as metáfo-ras. E diz “o Sol nasce hoje às 6 ho-ras”. Quem nasce, cresce e morre,passa. 2008 nasceu, cresceu, mor-reu, passou. E porque tudo passa,2009 também passará.

* Escritor, professor e vice-reitor deCultura Universidade Estácio de Sá

ção do luxo em contemporâneo: maisdo que ter, ser. O luxo das experiên-cias baseadas em qualidade do tem-po, no bem-estar e na recompensaemocional. Muitas vezes, o preço co-brado é exatamente o mesmo. A pro-posta de valor da entrega é que sofrealteração. Nestes casos, a preferência ébaseada no valor percebido. Não há ocerto e nem o errado. O interessanteestá justamente na oportunidade deeleger o que melhor lhe convém. Pode-mos nas férias de fim de ano buscarlocais que estimulem os hóspedes peloluxo tradicional e nas férias de julho,buscar as pousadas que encantem oshóspedes pelo café da manhã caseiroe familiar, sem que seja perdido o ca-ráter da excepcionalidade.

Fui surpreendido pela PousadaVento Forte, que fica na Lagoa daConceição, em Florianópolis. Localiza-ção privilegiada entre as Praias Molee Joaquina, ao final das Rendeiras. Noentorno, excelentes restaurantes, asmelhores seqüências de camarão dafamosa Ilha da Magia, esportes radi-cais, trilhas ou apenas lazer e, o maisfascinante, a possibilidade de se fazertudo caminhando sem ter que recorrerao carro. Desde os preparativos queantecederam a viagem, o encantamen-to pelos detalhes era o que despertavaatenção. Os e-mails enviados eramrespondidos prontamente e pelo pro-prietário diretamente. A acolhida nãose deu no tradicional balcão de recep-ção com a tradicional ficha de cadas-tro. Já não era necessário. O proprietá-rio que respondia os e-mails foi tam-bém o que nos recebeu. Os dados jáhaviam sido colhidos e armazenados.Sequer nos registramos. O quarto jáestava pronto, assim como a chave e ocontrole remoto do portão de acesso.Era a sensação de chegar em casa —

“se sentir em casa”, no nosso tempo ouno tempo que melhor nos conviesse. Oestresse e a necessidade urbana nos fa-zem demandar internet a todo tempo.Na Pousada Vento Forte ela já estádisponível no quarto, por meio de caboou sem fio, sem custo e sem que sejanecessário solicitar. O acesso à interneté para facilitar e não para estressarpelo tempo de utilização ou por quan-to irá custar. Detalhes que fazem umagrande diferença para quem combinadescanso com rotina de trabalho, exa-tamente o meu caso. Na preparaçãodo café da manhã, a presença damãe, da irmã e do pai do proprietá-rio. O “sentir-se em casa” fortalecido eenaltecido. Quando a pergunta “medigam o que gostariam ou desejariamcomer e preparamos” é feita, o mo-mento mágico acontece: a tradução doluxo da raridade, da exclusividade, dofeito quase que artesanalmente paravocê, fascina... E devidamente entorpe-cidos e seduzidos por esta atmosfera,tudo que acontece a partir daí ganhadimensões diferenciadas. Até a falta dosol (em uma região de praias, isso écrítico) não incomoda. Em um deter-minado dia de tempestade de chuva evento forte (explicando o nome daPousada), sem ter o que fazer e semenergia elétrica, nos restou apenas ob-servar a força e o som amedontradordo vento, recorrer a brincadeira decriança “stop”, jogar conversa fora,dormir, renovação literal de energiaem todos os sentidos. O “vento forte”de uma pousada, que nos fez acessaro especial sob outra ótica e nos prepa-rou para a jornada de um novo ano,surpreendendo e encantando.

*Diretor-presidente da MCFConsultoria & Conhecimentomcfconsultoria.com.br

Com ou sem asexplicações do que já foie sem as antevisões doque virá, o futuro nãochega de supetão

visões do que virá, o futuro não che-ga de supetão. Ele vem devagarinho,aos pedaços, e nós, com nossa maniade tudo contar, o repartimos em milê-nios, séculos, décadas, anos, meses,dias, horas, minutos, segundos.

A palavra “futuro” formou-se daraiz indo-européia “bhewe” (brotar,crescer). Chegou ao grego pelo ver-bo “phio” (fazer nascer, étimo pre-sente no latim “crescere”, brotar,aumentar, ligado a “nascere”, serposto no mundo, nascer).

O homem começa a existir, me-dir e contar com o próprio corpo.Uma polegada, um palmo, umabraça, etc. Deveria ser “braço”, queveio do grego “brakhíon”, pelo latimclássico “bracchium”, mas como oplural é “bracchia”, virou braça, de-

E S PA N H A

Líder do Espanhol, timecatalão terá váriosdesfalques no jogo deida das oitavas-de-final

AFPMADRI

O Atlético de Madri, quintocolocado na liga espanhola, re-cebe nesta terça-feira o líder dacompetição, o Barcelona, noduelo de ida mais atrativo dasoitavas-de-final da Copa do Rei.Os jogos prosseguem amanhã equinta-feira. Um dos destaquesda rodada é o encontro entre oValência, atual campeão da Co-pa do Rei e segundo colocado no

Campeonato Espanhol — 11pontos atrás do Barça —, contrao Racing Santander.

O Barcelona não contará comPuyol, Rafael Marquez e Alek-sandr Hleb, todos no departa-mento médico, além de VictorValdés, Xavi e Samuel Eto’o,poupados. Por outro lado, Lio-nel Messi, um dos principais no-mes da equipe, aparecerá comosuplente, depois de ter sido pou-pado na vitória de 3 a 1 sobre oMallorca, domingo, pelo Espa-nhol. Já no Atlético de Madri, otécnico Javier Aguirre anteci-pou que o atacante argentinoSergio Agüero começará no ban-co, cedendo lugar a Sinama.

Na rodada desta semana, osmodestos Real Unión e o Polide-portivo Ejido, ambos da terceiradivisão, receberão, respectiva-mente, o Betis e o Espanyol. Osdois times foram responsáveispelas principais surpresas da fa-se anterior, ao deixarem de forao Real Madri e o Villarreal, res-pectivamente. No caso do “Sub-marino Amarelo” o naufrágio sedeu com uma chamativa golea-da de 5 a 0 na partida de ida con-tra o Deportivo Ejijo.

Os jogos de ida das oitavas seencerram na quinta-feira, comduas partidas. O Almería, dirigi-do pelo mexicano Hugo Sán-chez, visita o Mallorca, enquan-

to o Osasuna encara um dosmaiores vencedores da Copa doRei, o Atlético de Bilbao, queacumula 23 títulos no torneio.Os jogos de volta acontecerãonos dias 14 e 15 de janeiro.

Líder isolado do CampeonatoEspanhol depois de vitória por 3 a 1,de virada, sobre o Mallorca (gols deHenry, Iniesta e Yayá Touré), o Bar-celona mantém 12 pontos de dife-rença sobre o seu maior rival, o RealMadri. No domingo, a equipe da ca-pital, jogando no estádio SantiagoBernabéu, derrotou o Villarreal por1 a 0, gol do holandês Arjen Rob-ben, no primeiro tempo, assumindodefinitivamente a terceira coloca-ção, atrás de Barça e do Sevilla.

Barcelona e Atlético de Madrise enfrentam pela Copa do Rei

FÓRMULA-1

REUTERSLO N D R E S

O bicampeão mundial de Fór-mula-1 Fernando Alonso precisouadiar seu retorno das férias no Quê-nia, após se envolver em um inci-dente com um avião de pequenoporte, segundo informou a equipeRenault nesta segunda-feira. Umaporta-voz afirmou que o espanhole sua família estavam se preparan-do para voar para Nairóbi da casade veraneio do chefe da equipe,Flávio Briatore, em Malindi, no do-

mingo, quando o jato particular dafamília encostou em prédio do ae-roporto e danificou uma das asas.

Briatore não estava a bordo nomomento do choque. “Não é tãosério quanto aparece na internet”,acrescentou a porta-voz.

O jornal italiano Corriere dellaSera informou que o jatinho par-ticular teve uma asa danificada aose preparar para decolar e baterno prédio onde funciona o termi-nal. Alonso venceu os títulos de2005 e 2006 com a Renault.

Incidente com aviãoadia viagem de Alonso

Henry marcou um dos gols do Barça, na vitória sobre o Mallorca. Equipe catalã disparou no Espanhol, com 12 pontos à frente do Real

Susto: aeronave do bicampeão mundial teve asa danificada

GUSTAU NACARINO/REUTERS

RUSS BATCHLOR/BLOOMBERG NEWS

O colunista está em férias até o dia 15 de janeiro

Lionel Messi, um dos destaques do Barça, estará no banco de reservas