Toneladas de peixes jogadas no lixo

Juiz eleitoral Henrique Veiga assume cadeira no TRE a partir de 5 de outubro

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O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII – N.º 8.881 – DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

Experiente, novo juiz eleitoral avalia cenário político atual

Eleito com maioria de votos para compor o colegiado do TRE, o juiz Hen-rique Veiga concendeu entrevista ao EM TEMPO. Com a Palavra A7

Mauá 3, 100% gásde Urucu em 2017

Com a conclusão das obras em 2017, além de ser a maior da Região Norte, a usina termelétrica Mauá 3 será a primeira geradora de energia elétrica produzida 100% com gás natural de Urucu. Economia B1

Ainda em obras, a usina Mauá 3 será a primeira 100% com gás natural de Urucu

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Guerrero é o reforço do Fla contra o Galo

Um dos maiores patrimônios do povo ama-zonense — o peixe — tem sido jogado no lixo, diariamente, por falta de planejamento e de estrutura no terminal pesqueiro de Manaus, que custou R$ 19 milhões aos cofres públicos. Ao

todo, em pleno período de crise econômica, cinco toneladas do alimento estão sendo des-

perdiçadas. Dia a dia C4 e C5

SUPLEMENTOS

O atacante Paolo Guerrero pode ser o principal reforço do Flamengo para o duelo deste domingo, às 15h, contra o Atlético-MG, vice-líder, fora de casa. Pódio E7

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NOENERGIA

Juiz euiz euiz

Experiente,avalia cenário político atual

Eleito com maioria de votos para compor o colegiado do TRE, o juiz Hen-

DESPERDÍCIO

jogadas no lixojogadas no lixoUm dos maiores patrimônios do povo ama-

zonense — o peixe — tem sido jogado no lixo, diariamente, por falta de planejamento e de estrutura no terminal pesqueiro de Manaus, que custou R$ 19 milhões aos cofres públic

todo, em pleno período de crise econômica, cinco toneladas do alimento estão sendo des-

perdiçadas.

jogadas no lixojogadas no lixojogadas no lixojogadas no lixojogadas no lixojogadas no lixojogadas no lixojogadas no lixoUm dos maiores patrimônios do povo ama-

zonense — o peixe — tem sido jogado no lixo, diariamente, por falta de planejamento e de estrutura custou R$ 19 milhões aos cofres públic

todo, em pleno período de crise econômica, cinco toneladas do alimento estão sendo des-

Toneladas de peixes Toneladas de peixes DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

JORGE TEIXEIRA

Última hora A2

Quatro mortos em chacina na Zona Leste

HENRIQUE VEIGA

CONFIRA AMANHÃ!

DOMINGO 20-09.indd 3 19/09/2015 12:32:07

MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015A2 Ultima horaUQuatro pessoas morrem em chacina na Zona LesteVítimas eram da mesma família e foram executadas em ação de acerto de contas por bandidos no bairro Jorge Teixeira

Quatro pessoas da mesma família fo-ram mortas a tiros em uma chacina,

que ocorreu às 6h de ontem (19), em uma residência locali-zada na rua 7, do bairro Jorge Teixeira 4, Zona Leste.

Francisco Marques dos San-tos, 60, Luiz dos Santos Bue-no, 31, Vinícius dos Santos Bueno, 15, e Pedro Cassiano dos Santos Bueno, 21, foram mortos com vários tiros pelo corpo, efetuados por um revól-ver calibre 38 e uma escopeta calibre 12. Uma adolescente de 17 anos e uma criança de 2, também estavam na casa, mas conseguiram fugir.

O crime, segundo a polícia, está ligado ao tráfi co de dro-gas no bairro e a uma vingança pela morte de um integrante da facção criminosa Família do Norte (FDN), identifi cado por Vítor Oliveira Vasconcelos, 20, o “Leon”. Vítor foi morto no último dia 15 de setembro, também na rua 7, após ser espancado e atingindo com um tiro no peito.

A suspeita é de que as agres-sões e o tiro foram feitos por Vinícius com a ajuda do primo Luiz e Pedro.

De acordo com investigado-res da Polícia Civil (PC), três homens em um carro modelo Vectra, de cor vermelha, de placa JXR-2645, arrombaram a porta da residência e des-carregaram todas as muni-ções nas vítimas, que foram atingidas principalmente na cabeça. Outro veículo, modelo Gol, de cor vermelha, de placa NOM – 3551, também estava no local do crime dando co-bertura aos atiradores.

A polícia não soube informar o número de pessoas que par-ticiparam da chacina, mas dis-se que duas mulheres, sendo uma menor de 17 anos, estão envolvidas no crime. Elas são namoradas dos criminosos.

FugaApós a chacina, o bando

fugiu sem levar nada, e no caminho perdeu o controle do veículo Vectra, atravessaram o canteiro central na avenida Grande Circular, em frente ao motel Lazer, e acabaram atropelando o mototaxista Francisco das Chagas, 40, que pilotava uma motocicleta de cor preta, placa JXU 0433.

Com o impacto do acidente o motoqueiro foi escalpelado e levado ao hospital Platão Araújo, em estado grave.

SÍRIA

O braço da Al-Qaeda na síria e seus aliados executa-ram pelo menos 56 soldados do Exército em um aeroporto militar recentemente ocu-pado, informou a ONG Ob-servatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A Frente Al-Nosra e seus aliados fuzilaram os solda-dos no aeroporto de Abu Duhur, afi rmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

As execuções acontece-ram no início da semana, mas a ONG só conseguiu confi rmar a notícia neste

sábado (19). “Nós confi r-mamos isso ontem à noite, por meio de pessoas que testemunharam e por meio de algumas fotos que chega-ram. A execução aconteceu”, disse Rami Abdulrahman, di-retor do Observatório.

A Frente Al-Nosra integra uma aliança de forças isla-mitas chamada “Exército da Conquista”, que assumiu o controle do aeroporto mili-tar de Abu Duhur em 9 de setembro. O confl ito sírio, uma complexa guerra inter-na entre forças do governo

de Bashar al-Assad, terroris-tas da Al-Qaeda, militantes do grupo que se auto intitula Estado Islâmico (EI) e cur-dos na região norte do país, provocou 240 mil mortes em quatro anos e meio.

RefugiadosCentenas de refugiados

romperam o cerco policial croata e entraram no país vindos da Sérvia, em meio a plantações e linhas de trens. O país tem se tornado a principal rota de entrada na União Europeia.

Al-Qaeda comete novo massacre

Adolescente de 17 anos foi apreendida por suspeita de ter participado da chacina no Jorge Teixeira

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AÇÃO

Marcelo Ramos assinou fi liação ao PR de Alfredo Nascimento

ELEIÇÕES 2016

Marcelo Ramos é aposta do PR para a prefeitura

O ex-deputado Marcelo Ramos assinou sua fi liação ontem (19) com o Partido da República (PR), cujo presi-dente nacional é o deputado federal Alfredo Nascimen-to. Marcelo vem como apos-ta para alavancar o PR no Amazonas e para disputar as eleições de 2016.

O PR tem como único re-presentante no Amazonas o deputado estadual Cabo Maciel. Na Câmara Muni-cipal de Manaus (CMM), a sigla não possui nenhum parlamentar. Com a vin-da de Marcelo, o partido tentará emplacar cinco nomes para o Legislativo municipal.

Alfredo Nascimento reafi rma que não é pré-candidato a Prefeitura de Manaus e que vai dar total apoio ao projeto de Mar-celo. Segundo Alfredo, é preciso que novos políticos façam essa transformação com o apoio dos políticos

tradicionais.“Nós vamos procurar fa-

zer do PR, junto com o Mar-celo, uma alternativa para Manaus. A partir de agora vamos começar a discutir um projeto para a cidade e juntar pessoas que quei-ram o bem da população manauense. Fazemos essa junção do novo com o tra-dicional, que é o meu caso com o Marcelo”, disse.

CríticasRamos conta que chegou

a hora de construir o mo-mento novo, e fez várias críticas ao atual prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), citando a recente história da precariedade do transporte coletivo. “No meu diálogo com o Alfredo, ele não pediu um novo Mar-celo, nem eu pedi um novo Alfredo, nós pedimos que a junção dessas ideias, da experiência da juventude, possa sair algo maduro, seguro e moderno para Manaus”, disse Ramos.

Vettel largana pole em Cingapura

Depois de 23 poles con-secutivas, o reinado da Mercedes no treino de classifi cação foi encerra-do ontem (19). O alemão Sebastian Vettel, da Fer-rari, foi o mais rápido e largará na pole position no GP de Cingapura, 13ª etapa da temporada, que será hoje, às 9h.

A primeira fi la ainda terá o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull. A segunda fi la também terá um piloto da Ferrari e outro da Red Bull. O fi nlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, largará em ter-ceiro, enquanto o russo Daniil Kvyat sairá em quarto. Líder do Mundial, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, largará na quinta posição. Rosberg sai em sexto.

A primeira posição de Vettel no grid impediu que a Mercedes igualasse o recorde de 24 pole po-sitions, que pertence à Williams. A sequência da Mercedes vinha desde o GP da Inglaterra do ano passado. De lá para cá, Hamilton amealhou 14 poles e Rosberg fi cou com nove.

Vettel impediu também que Hamilton igualasse o recorde de pole positions consecutivas de Senna, que conquistou oito entre os GPs da Espanha de 1988 e dos EUA de 1989. O inglês tinha sete.

O brasileiro Felipe Mas-sa, da Williams, largará em nono lugar, enquanto que Felipe Nasr vai sair na 16ª posição.

GP F-1

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POR MICHELLE FREITAS

POR HENDERSON MARTINS

O tenente Leonardo Pessoa, da 13ª Compa-nhia Interativa Comuni-tária (Cicom), informou que pelo menos quatro pessoas estavam no veí-culo Vectra, mas apenas uma adolescente de 17 anos foi apreendida na ação policial.

A polícia também apreendeu no veículo duas armas, sendo uma de calibre 38 e uma esco-peta calibre 12. A adoles-cente foi encaminhada à Delegacia Especializada de Homicídios e Seques-tros (DEHS), onde con-fessou que estava no carro com os integrantes do crime. Ela contou que não saiu do carro e que só estava acompanhan-do um namorado.

Até o fechamento des-ta edição, os demais par-ticipantes do crime não tinham sido presos.

Polícia faz apreensão de armamentos

A02 - ⁄LTIMA HORA.indd 2 19/09/2015 12:34:25

MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

De desastre em desastre, o Brasil se distancia da condição de Pátria Educadora. De acordo com os números coletados e divulgados pelo próprio governo federal, é trágica a situação de crianças e adolescentes (e por consequência de jovens, adultos e velhos e da triste memória que deixarão), quando o assunto é, particularmente, ensino público. O “corpo estendido no chão” desse público está desenhado na Avaliação Nacional de Alfabetização 2014, divulgada neste fi m de semana pelo Ministério da Educação.

A saber: a maioria dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental – a idade em que termina o ciclo de alfabetização nas escolas – só consegue localizar informações “explícitas” em textos curtos. Mas uma, em cada cinco crianças (22,21%), tem défi cit ainda maior: elas só desenvolveram a capacidade de ler palavras isoladas. De acordo com o resultado da avaliação, 56,17% dos alunos só conseguem, no máximo, localizar uma informação explícita em textos mais compridos se ela estiver na primeira linha.

Essa relação sofrível com a língua portuguesa tem más consequências. Um quarto das crianças avaliadas (24,29%) atingiram o nível 1 na escala de alfabetização em matemática, e 32,78% delas fi caram no nível 2. Ambos os níveis são considerados inadequados pelo MEC. Segundo o presidente do Inep, Chico Soares, “há uma explicação mais complexa por trás dos resultados da prova de matemática”: o desempenho dos estudantes é impactado pelo nível de conhecimento do português, “porque os estudantes precisam interpretar aquele problema para transformá-lo em um cálculo, em um resultado”.

E para interpretar precisam ler, além de palavras isoladas. A defi ciência da alfabe-tização acompanha o estudante até a universidade. Como ele chega lá? Mistério do ensino brasileiro.

Manaus premiada

Na quinta-feira Manaus recebeu, no Rio de Janeiro, dois prêmios de “Cidade com Melhor Qualidade de Vida”, títulos concedidos no ranking “As melhores cidades do país”.

Isto É

Os prêmios foram cria-dos pela revista “IstoÉ” com a consultoria Austin Ratings.

O prefeito Arthur Virgílio estava no Rio para receber a honraria.

Intolerância religiosa

O presidente da Articu-lação Amazônica de Po-vos Tradicionais de Ma-triz Africana (Aratama), Alberto Jorge, aproveitou a presença do procurador do MPF para denunciar que de 2014 a 2015 já foram assassinados dez pais-de-santo por pertencerem a crenças de matriz africa-na.

Denúncias

No fi nal do lançamento do programa “10 medidas de combate à corrupção”, a palavra foi franquiada e o líder da Aratama mandou ver.

Disse que nos últimos dois anos fez 13 denúncias

de discriminação religio-sa foram registradas pela Secretaria de Direitos Hu-manos da Presidência da República (SDH/PR)

“Encosto”

De acordo com o presi-dente da Aratama, Alberto Jorge, o ódio na maioria das vezes recais sobre os seguidores de crenças de matriz africana.

—Somos chamados de demônios, capeta, pais de encosto e outras ofensas.

Crise energética?

Brasília sofreu um gran-de apagão na sexta-feira.

Os indícios de uma crise energética no Brasil têm se manifestado há algum tempo. Entre apagões e reajustes sucessivos, o se-tor enfrenta graves pro-blemas de abastecimento, sobretudo em áreas de alto consumo.

Compre gerador

Embora os setores ofi -ciais neguem a crise, já tem gente comprando ge-rador.

De acordo com empresas especializadas na produ-ção de geradores, as ven-das do produto apresenta-ram altas de mais de 100% desde o início do ano.

Barbas de molho

A procura pelos equipa-

mentos veio principalmen-te de setores empresa-riais com alto consumo, que conseguiram reduzir até 15% dos gastos com energia.

Conselho de ministro

O próprio ministro de Minas e Energia, Eduar-do Braga, recomendou o uso de geradores em lo-cais com alto consumo de energia.

A iniciativa é importan-te para garantir economia no abastecimento comum, evitando que haja sobre-carga no sistema coleti-vo.

Segundo ele, essa medi-da faz parte de um proces-so de mudança de hábito e tomada de consciência.

Estupros

Os casos de estupros coletivos podem ter pena ampliada em um terço.

É o que prevê projeto apresentado pela sena-dora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Aprovação

Se for aprovado, o proje-to (PLS 618/2015) poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

Membro da força tarefa da Lava Jato, o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Athayde Ribeiro, disse durante sua passagem por Manaus que algumas frases encontradas na agenda particular de José Roberto Corrêa, ex-diretor da Petrobras preso na operação chegam a impressionar.

— “Acabar com a corrupção é o objetivo de quem ainda não chegou ao poder” (Millôr Fernandes)”.

— “O rico acorda para reclamar e o pobre acorda para trabalhar”.

A agenda do Zé Roberto

E quando é que vão ensinar? marioadolfo@emtempo.com.br | contexto@emtempo.com.br

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Mesmo sem ter sido entregue à popu-alção, terminal pesqueiro já apresenta problemas estruturais como rachamento no piso, conforme relatório da Seinfra.

Terminal pesqueiroRICARDO OLIVEIRA

O papa Francisco desembarcou neste sábado (19) em Cuba, na primeira parte da viagem que também abrange uma visita aos Estados Unidos.

Papa Francisco REPRODUÇÃO

GILMALarteurucum@gmail.com

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPOMudaram os homens em sua estru-tura física e em seu código genético nos últimos tempos? Absolutamente não, pois bem sabemos que a marcha da evolução é por demais lenta e, até chegar aonde chegou, milênios foram consumidos. Sabemos inclusive que o homo sapiens, tal como se apresenta hoje, há muito tempo não sofre uma mutação, e as últimas que ocorre-ram foram superfi ciais e de pequena monta, a ponto de não terem logrado subdividir a espécie, que continua uma só e a mesma.

Mas é inegável que a humanidade tem mudado muito e muda cada vez com maior velocidade nos tempos atuais. E como não tem mudado enquanto grupo zoológico, só resta concluir que as mudanças humanas estão ocorrendo nas culturas e nas civilizações que o homem produz e atualiza sempre, ou seja, não são mudanças propriamente sofridas, mas na verdade engendradas por ele mesmo, e que, num segundo mo-mento, retornam para produzir efei-tos e realimentar futuras alterações. A essas refl exões nos levaram as percepções do momento histórico, político e, sobretudo, cultural que ora vivemos.

Cada vez mais raros os chamados homens públicos que verdadeiramen-te revelem portar espírito público, mesmo reconhecendo que paradig-mas políticos já aconteceram entre nós, e não muito tempo decorreu desde então. Tão acelerada tem sido a mudança que, se não voltarmos o olhar para trás, em atitude de com-paração, surgirá a impressão de que sempre foi assim e que o desavergo-nhamento a que assistimos faz parte da natureza da Política. Somente o homem produz cultura e somente ele, dela engendra o registro e por isso cria a História que com justeza tem sido dita mestra da vida.

Cabem pois as perguntas: lá atrás,

Joaquim Nabuco, Rio Branco, Rui Bar-bosa poderiam ser equiparados aos calhordas que hoje constituem a elite política nacional? E, bem mais recen-temente, no mesmo saco de farinha podre que hoje somos obrigados a consumir, poderíamos colocar ho-mens públicos da envergadura de um Ulisses Guimarães e de um Fernando Henrique Cardoso? Não dá sequer para pensar.

Alguma coisa aconteceu neste Bra-sil, e não apenas no âmbito macro, nacional, pois também nas províncias mais distantes e afastadas do poder central, nos mais remotos municípios, faz-se sentir a degenerescência que, partindo das instâncias do poder pú-blico e das instituições políticas, já se faz perceber a atingir e a contaminar quase todo o tecido da sociedade nacional.

Generaliza-se cada vez com maior ímpeto, em todo o Brasil, a permissi-vidade moral, fi lha do individualismo e do egocentrismo, assim como a institucionalização e a sagração da esperteza e da astúcia, que levam ao culto daqueles que se especializam em driblar as leis e as normas mais elementares da moral, fazendo da “lei de Gerson” (repudiada com veemência pelo próprio) a legitimação do tirar vantagem em tudo.

Pela precariedade da educação que se processa nesta “pátria educadora” e pelos modelos e paradigmas ofe-recidos a partir dos que deveriam ser fi guras emblemáticas dos bons exemplos, somos hoje um povo que, em sua visível maioria, está sempre à espreita do momento em que poderá avançar o sinal vermelho, subtrair a senha bancária do distraído, apossar-se dos bens e pertences de outrem, e assim adiante, quase infi nitamente. O íntegro, honesto e de boa fé, o que procura sobreviver por si e pelos seus esforços, é, na atual sociedade brasileira, o leso e abestalhado.

Novos tempos opiniao@emtempo.com.br

João Bosco Araújo

Alguma coisa aconteceu neste Brasil, e não apenas no âmbito macro, na-cional, pois também nas províncias mais distan-tes e afasta-das do poder central, nos mais remotos municípios, faz-se sentir a degeneres-cência que já se faz perce-ber a atingir e a conta-minar quase todo o tecido da sociedade nacional”

Editorial opiniao@emtempo.com.br

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Frase

Dom Sérgio Eduardo

Castriani

Arcebispo Metropolitano

de Manaus

FOTO LEITOR

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câma-ra, ironizou a ideia do governo de legalizar os jogos de azar, proposta pelo deputado do PP Benedito Lira (AL). A casa estaria disposta a aprovar, mas o pro-blema real “é que o governo não corta os gastos”.

PainelMeu umbigo 2 Avaliam que

ele percebeu que, convocando a ala do PT à esquerda a agir contra o programa, terminaria por emparedar Dilma e compro-meteria o próprio projeto político e qualquer chance de resgatar o PT.

“Ainda lembro Demitido no fi m de 2014 por Dilma, o ex-ministro Moreira Franco é considerado o “general” do im-peachment no PMDB. Também coordena o congresso que deve defi nir o rompimento com o go-verno.

Outubro... Diante da possibi-lidade de o processo de impe-achment avançar na Câmara, lideranças do MST, da CUT e do MTST decidiram organizar manifestações “contra o golpe” em várias cidades do país em 2 de outubro.

... vermelho Outros movimen-tos mais críticos ao governo formaram a frente “Povo Sem Medo”. Farão ato no dia 8 em defesa de uma “saída à esquer-da” para a crise.

Fazendo amigos Represen-tantes de entidades que parti-cipam do fórum da reforma da Previdência saíram furiosos da reunião da última quinta-feira. Nenhum ministro apareceu, e o encontro acabou um hora e meia antes.

Deixa estar Embora faça oposição a Dilma, o PSB decidiu se manter, por ora, longe do movimento pró-impeachment. Na terça-feira a bancada volta a discutir o assunto.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Ao discursar em jantar no início do mês em defesa da candidatura de Andrea Matarazzo à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a maior virtude do vereador é “gostar e conhecer a minúcia de cada região de São Paulo”.–Isso é essencial em uma candidatura a prefeito. Uma vez, quando disputei a prefeitura, me perguntaram onde fi cava Sapopemba. Eu não sabia. O Janio usou isso a campanha inteira e me derrotou.Em seguida, FHC completou:–Pensando bem, isso foi sorte. Se tivesse vencido aquela eleição, jamais teria sido presidente!

Há males que vêm para bem

TIROTEIO

O governo começou a semana propondo ajuste via CPMF e ter-minou achando que o jogo do bicho é a solução para o Brasil.

DE GEDDEL VIEIRA LIMA (BA), da ala oposicionista do PMDB, sobre a discussão de legalizar os jogos de azar como forma de aumentar a arrecadação federal.

Está avançada uma articulação de políticos de vários partidos, membros do governo, ministros do Superior Tribunal de Justiça e advogados da Operação Lava Jato para que o STJ conceda nas próximas semanas habeas corpus para os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutier-rez, presos desde junho em Curitiba. A expectativa dos que costuram a saída é que o STJ também critique a manutenção de prisões provisórias por tanto tempo.

Todo mundo A coluna ouviu detalhes da operação –que inclui políticos de PMDB e PT e ministros do governo Dilma Rousseff e do STJ– de três fontes: um assessor do Palácio do Planalto, um se-nador do PT e um integrante do primeiro escalão.

Deu errado Advogados haviam recebido garantia de que os habeas corpus seriam concedidos no recesso judici-ário pelo STJ, mas a estratégia ruiu depois que o juiz Sergio Moro decretou novas prisões preventivas de Odebrecht e Azevedo em julho.

Garrote A mobilização para tirar o mais rápido possível os executivos da prisão se deve às ameaças, cada vez mais frequentes, de que podem dar detalhes sobre depósi-tos feitos no exterior para campanhas recentes.

É com ele O relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, despachou na semana pas-sada para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido da Polícia Federal para ouvir o ex-presidente Lula num dos inquéritos de-

rivados da investigação na Petrobras.

Batata quente Janot terá de decidir se as justifi cati-vas do delegado são cabíveis, uma vez que Lula seria ouvi-do como testemunha, e não como investigado.

LavaJatoTube O Ministé-rio Público Federal se vale do fato de que os depoimentos de Julio Camargo foram to-dos gravados em vídeo para rebater a acusação da defesa de Eduardo Cunha de que o lobista foi coagido a acusar o presidente da Câmara de ter solicitado propina.

Proibidão Os depoimentos em vídeo de todos os delato-res estão no STF, sob sigilo. Mas se tornarão disponíveis caso o tribunal decida receber as denúncias contra políticos apresentadas ao longo das investigações pela Procura-doria-Geral da República.

Meu umbigo 1 O recuo de Lula das críticas ao ajuste fi s-cal foi tratado entre petistas e peemedebistas como mostra do “instinto de sobrevivência” do ex-presidente.

Uma das expressões mais fortes do Novo Testamento aparece numa das cartas de Pedro quando ele diz aos convertidos que eles se tornaram cidadãos do céu, raça escolhida e nação santa. Depois da Revolução Francesa, foi assim que as pessoas passaram a se chamar.

Todos queremos ser cidadãos e sermos tratados como tais. Cida-dãos têm o direito de se expressar e de opinar, sobretudo em maté-rias que lhes dizem respeito e que mudam as suas vidas. Cidadãos também têm deveres porque a cidadania é sempre participação num corpo maior que precede o in-divíduo. Em tempos de crise, como a que estamos vivendo, sentimos a necessidade de exercer a nossa cidadania, pois se tem a impressão que estamos sendo levados pelas circunstâncias e que os mais fortes e mais espertos, como sempre, levarão a melhor.

Interessante que a nossa Cons-tituição, ao ser promulgada, foi chamada de Constituição Cidadã. Ela prevê mecanismos de partici-pação dos cidadãos na condução do país. Nos muitos debates que se fazem atualmente, ouvi de um dos debatedores a lembrança de que a nossa Lei Maior até prevê um Conselho da República que infelizmente nunca foi instalado e que seria de grande utilidade no momento atual. Sem querer simplifi car as coisas, penso que uma das razões de termos che-gado a esta situação é o fato de sermos considerados meros con-sumidores. Onde o mercado reina soberano, a necessidade maior é que o número de consumidores aumente cada vez mais.

Se a distribuição da renda por meio dos programas sociais não possibilitou o surgimento e a afi r-

mação da cidadania, só criou mais consumidores. foi um grande fra-casso. Consumidores são meros clientes que servem enquanto con-somem e aumentam os lucros. São descartáveis e podem facilmente ser trocados.

Agora temos a sensação de ser-mos apenas contribuintes. Aumen-tos sucessivos nos impostos se fazem necessários para que todo o aparato estatal possa funcionar. Seria muito bom se os serviços púbicos fossem de qualidade e se os poderes da nação de fato servissem a todos. Clientes, contri-buintes, consumidores, queremos nos tornar cidadãos, e é urgente que isto aconteça. Sem abrir mão dos mecanismos que garantem a democracia, e da estrutura de po-der que escolhemos. Temos tam-bém o direito de fazer de nossas instituições, e penso na família, nas comunidades que nascem e vivem de uma fé comum, escolas, bairros, lugares de exercício da cidadania.

Antes de tudo é preciso pensar o Brasil. Que país queremos, qual é o nosso projeto de nação? Depois temos que nos apoderar realmente do Estado compreendendo como funciona e o colocando a serviço de todos. Oxalá esta crise nos faça mais cidadãos. Conscientes dos nossos deveres e direitos, tenhamos criati-vidade para nos organizarmos e su-perarmos preconceitos colaborando para que todos possam crescer na sua cidadania. Jesus certa vez colo-cou uma criança no meio dos discí-pulos depois de falar sobre maiores e menores no Reino de Deus.

Teremos uma nova sociedade quando a preocupação não for mais a de aumentar o consumo e consequentemente o número de contribuintes, mas a de formar verdadeiros cidadãos.

Cidadãos opiniao@emtempo.com.br

Dom Sérgio Eduardo Castriani

OLHO DA RUAopiniao@emtempo.com.br

O país que depende de um jogo de azar para resolver sua conta é como o trabalhador que não tem salário e vai para o cassino ganhar

o dinheiro para poder pagar sua despesa. Não podemos ir para o cassino para poder pagar nossa despesa. O governo quer toda forma de receita. Estamos de novo tangenciando o

problema

Eis o piscinão do Mindu com sua bandeira a meio pau, talvez com águas mais limpas do que as do igarapé que lhe dá nome, no Parque 10. Ao ser projetado, não se imaginava que El Niño estaria em sua fase de marido ciumento, fazendo ferver o clima de Manaus. Por ali, urubu voa com uma asa e com a outra ele se abana

VERA MAGALHÃES

CONTRAPONTO

Se a distribui-ção da renda por meio dos programas sociais não possibilitou o surgimento e a afi rmação da cidadania, só criou mais consumidores. foi um grande fracasso. Con-sumidores são meros clientes que servem enquanto consomem e aumentam os lucros. São descartáveis e podem fa-cilmente ser trocados”

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)ra, ironizou a ideia do governo de legalizar os jogos de azar, proposta pelo deputado do PP Benedito Lira (AL). A casa estaria disposta a aprovar, mas o pro-

O país que depende de um jogo de azar para O país que depende de um jogo de azar para resolver sua conta é como o trabalhador que resolver sua conta é como o trabalhador que resolver sua conta é como o trabalhador que não tem salário e vai para o cassino ganhar não tem salário e vai para o cassino ganhar não tem salário e vai para o cassino ganhar

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de receita. Estamos de novo tangenciando o

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015

INSTABILIDADE

Crise deixa municípios no caos

Política A8

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AÇÃO

Se as eleições fossem hoje, o prefeito de Manaus teria um batalhão de adversários para enfrentar

Todos querem a cadeira de

ArthurAs eleições do próximo ano se desenham

acirradas, inchadas de pré-candidatos e com um objetivo único dos adversá-rios do prefeito Arthur Neto (PSDB):

tirá-lo do poder. Se a disputa eleitoral fosse hoje, o tucano – que deve tentar a reeleição - teria à sua frente um verdadeiro exército de nomes a enfrentar nas urnas e, pelo menos, dois deles revelaram ao EM TEMPO ser pré-candidatos a prefeito: o ex-deputado Marcelo Ramos – que se fi liou ontem ao PR – e o vice-governador Henrique Oliveira (SDD).

Evitando falar de reeleição, Arthur atravessa um momento crítico em sua gestão, 33 meses depois de ter sido empossado no cargo, em que a crise econômica se tornou a tônica dos discursos e, por tabela, protestos da população contra a precariedade do transporte público, manifestações de mototaxistas, de condutores do transporte executivo e alternativo, exigên-cias dos estudantes pelo Passe Livre estudantil e a iminência de ter um Orçamento enxuto em 2016 e menor que o executado neste ano. Em meio a esse cenário turbulento, o prefeito – que já tem o apoio do governador José Melo (Pros) e do senador Omar Aziz (PSD) – terá que vestir uma “armadura” para lutar na batalha eleitoral do próximo ano.

Em entrevista ao EM TEMPO, o vice-go-vernador Henrique Oliveira confi rmou que é pré-candidato a prefeito, haja vista que é uma decisão nacional do seu partido, o Solidarieda-de, que tenha candidatos majoritários em todas as capitais brasileiras. “Como fui candidato no pleito anterior e tive uma expressiva votação, fi cando em terceiro colocado, nós defi nimos que eu sou pré-candidato à prefeitura no ano que vem”, disse Oliveira.

Segundo ele, nesse momento várias con-versas estão sendo feitas com o objetivo de fortalecer as alianças para as eleições de 2016, para que assim possa ter o tempo de televisão sufi ciente para ser competitivo com os demais pré-candidatos. Henrique frisou que sua relação com o governador José Melo e com o senador Omar Aziz continua “totalmente institucional” e que tem um bom relacionamento com o prefeito de Manaus, em que pese as diferenças na forma de se administrar a máquina pública.

“Hoje nós temos a simpatia de diversos partidos. É claro, como o senador Omar e o governador José Melo já decidiram seu apoio aberto e publicamente ao atual prefeito, nessa linha de raciocínio eu não conto com o tempo de televisão desses partidos (Pros e PSD) que fazem parte dessa aliança e de outras siglas. Então, tenho buscado em outros partidos, como o PRTB e inclusive o PDT do ex-prefeito Amazonino Mendes”, revelou Henrique.

O vice-governador afi rmou que, nesse mo-mento, Manaus precisa de uma renovação. Ele cita recente pesquisa eleitoral que aponta 38% de intenção de votos para Arthur Neto, o que para ele é muito pouco para quem pretende uma reeleição. “Esse percentual mostra uma insatisfação da população”, comentou.

“Isso mostra que existe um desconforto. A cidade de Manaus está entre as quatro me-

lhores cidades do Brasil para se viver e o que podemos ver são grandes problemas, tanto na infraestrutura, quanto no saneamento básico. Eu acredito que o Arthur já deu a contribuição dele. Agora precisamos de renovação. Por isso sou candidato”, enfa-tizou o vice-governa-dor.

Adotando o mesmo discurso da renova-ção, Marcelo Ramos aposta no prestígio que conquistou nas urnas nas eleições majoritárias de 2014, em que conseguiu um feito inédito na histó-ria das disputas elei-torais para o governo do Estado: forçar um segundo turno.

“Eu penso que nós precisamos fazer um encontro de uma so-ciedade moderna e complexa, como essa sociedade do século 21. O prefeito de hoje é o mesmo de 1988 e governa com os mes-mo métodos de 1988”, disse Ramos.

PP se preparaA ex-deputada fe-

deral Rebeca Garcia (PP) afi rma que nesse momento a direção está fortalecendo o partido para as eleições muni-cipais no interior do Estado e na capi-tal. A sigla planeja lançar uma chapa com maior núme-ro de candidatos de vereadores e também candidatu-ras majoritárias.

“O Partido Progressista entende que enquanto não vivermos em uma cidade ou Estado que não corres-ponda aos anseios de nos-sos cidadãos temos, como agentes políticos, a obrigação de apresentarmos alternati-va à população. Vivemos um momento claro de insatisfação popular, basta ouvirmos a voz das ruas que nos orienta a um caminho claro de mudança no modo de fazer política”, disse Rebecca. Seu discurso denota uma possível candidatura sua à prefeita de Manaus. Há 3 anos, no pleito de 2012, a ex-deputada ensaiou disputar o pleito, mas nove horas antes de ofi cializar a sua candidatura na convenção do partido, ela recuou.

Hissa mantém cautela

dele. Agora precisamos de renovação. Por isso sou candidato”, enfa-tizou o vice-governa-dor.

Adotando o mesmo discurso da renova-ção, Marcelo Ramos aposta no prestígio que conquistou nas urnas nas eleições majoritárias de 2014, em que conseguiu um feito inédito na histó-ria das disputas elei-torais para o governo do Estado: forçar um segundo turno.

“Eu penso que nós precisamos fazer um encontro de uma so-ciedade moderna e complexa, como essa sociedade do século 21. O prefeito de hoje é o mesmo de 1988 e governa com os mes-mo métodos de 1988”, disse Ramos.

PP se preparaA ex-deputada fe-

deral Rebeca Garcia (PP) afi rma que nesse momento a direção está fortalecendo o partido para as eleições muni-cipais no interior do Estado e na capi-tal. A sigla planeja lançar uma chapa com maior núme-ro de candidatos de vereadores e também candidatu-ras majoritárias.

“O Partido Progressista entende que enquanto não vivermos em uma cidade ou Estado que não corres-ponda aos anseios de nos-sos cidadãos temos, como agentes políticos, a obrigação de apresentarmos alternati-va à população. Vivemos um momento claro de insatisfação popular, basta ouvirmos a voz das ruas que nos orienta a um caminho claro de mudança no modo de fazer política”, disse Rebecca. Seu discurso denota uma possível candidatura sua à prefeita de Manaus. Há 3 anos, no pleito de 2012, a ex-deputada ensaiou disputar o pleito, mas nove horas antes de ofi cializar a sua candidatura na convenção do partido, ela recuou.

Outro nome que desponta como prefeiturável é o deputado federal Hissa Abrahão (PPS). Ex-vice-prefeito de Manaus, eleito na chapa de Arthur Neto em 2012, o parlamentar rompeu com o tucano e tem adotado uma postura de pré-candidato, mesmo sem confi rmar o desejo.

Cauteloso, Hissa disse à reportagem que so-mente vai se pronunciar sobre disputa municipal em 2016. Segundo ele, neste momento está focado em seu mandato parlamentar ao qual foi eleito nas eleições do ano passado.

Também pré-candidata, a deputada Alessan-dra Campêlo (PCdoB) não esconde o desejo de conquistar o apoio de seu partido e se lançar na disputa.

Outros nomes também são cogitados, entre os quais o dos ex-deputados

Chico Preto (PMN), Francisco Praciano (PT), do deputado

estadual Serafi m Corrêa (PSB), dos deputados federais Alfredo Nasci-mento (PR) e Marcos Rotta (PMDB) e até mesmo do ex-prefeito Amazonino Mendes (PDT) e do ministro de Minas e Ener-gia, Eduardo Bra-ga (PMDB). O EM TEMPO procurou o prefeito Arthur

Neto, mas ele estava em via-

gem para o exterior.

POR HENDERSON MARTINS

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015A6 PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

aumento da Cide provoca-rá revolta, porque elevará o preço da gasolina e das passagens. Lembram que o estopim das manifestações de 2013 foram vinte centa-vos nas passagens.

Fim da boquinhaOs servidores da Câma-

ra maldizem o deputado Eduardo Cunha, que deci-diu economizar R$ 800 mil cortando horas extras. Tinha funcionário que passava na Câmara apenas para assinar o ponto noturno.

Na agendaO Palácio do Planalto deixou

os líderes aliados avisados que na segunda-feira (21) o grupo volta a se encontrar. A reunião será tocada pelo ministro-ar-ticulador Ricardo Berzoini. Na pauta: pacotão fi scal.

AtalhoO Planalto estuda ressus-

citar a CPMF via projeto de lei complementar, que precisa de 257 votos na Câmara para ser aprovado. Como emenda constitucional (PEC), são ne-cessários 308. O Planalto tem 200 votos.

Cala-bocaCom a ameaça de defl agrar

o processo de impeachment, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) passou a agilizar com nomeações encalacra-das. O medo era de levar a culpa pelo processo.

TesouraO senador Álvaro Dias

(PSDB-PR) acha que a refor-ma política deveria cortar um senador por Estado e 21% dos atuais deputados. Como for-ma de economizar e moralizar o Legislativo.

Pergunta no PalácioOnde na bicicleta Dilma

esconde o kit de primeiros socorros?

PODER SEM PUDOR

Senado: líderes de Dilma têm histórico sombrio

Inquérito no STFContra Delcídio do Amaral

(PT-MS) há no STF inquérito (3778/13 ) que apura crimes de funcionários públicos con-tra a administração.

Churrasquinho de gatoHélio José (PSD) luta para se

livrar do apelido “Hélio Gam-biarra”, pelo “gato na energia” para fazer um churrasco em sua casa, no DF.

VampirescoWellington Fagundes (PR-

MT), outro do time de Dilma, foi acusado no escândalo dos sanguessugas de ter recebido R$ 100 mil. Ele nega.

Quase mensaleiroPaulo Rocha (PT-PA) apare-

ceu na lista de pagamentos do mensalão. Para não ser cassado, renunciou em 2005, quando ainda era deputado.

Governo Dilma embolsou R$ 2 trilhões este ano

O governo Dilma bateu esta semana os R$ 2 tri-lhões em receitas, em 2015. O governo dispõe de mais de 1.160 formas de arreca-dação, como impostos, mul-tas, rendas, execuções fi scais etc, para abastecer os cofres que sustentam sua fabulosa máquina administrativa, tão inefi ciente e corrupta quanto cara. Apesar da choradeira, até agora o governo já faturou o equivalente a 90% do que

arrecadou em 2014.

Subindo, subindoEm 2010, último ano do

governo Lula, as receitas atin-giram R$ 1,4 trilhão, mas em menos de dois anos (2012) já beiravam R$ 2 trilhões.

Dobrando a metaO avanço no bolso do cida-

dão deve levar as receitas do governo Dilma ao recorde de R$ 2,8 trilhões, 100% a mais, em apenas cinco anos.

Mão leveO governo Dilma foi o pri-

meiro a superar os R$ 2 tri-lhões em um ano, e vai celebrar os R$ 3 trilhões até 2017. Se ainda for presidente, claro.

Sete chavesO movimento parlamentar

pelo impeachment de Dilma guarda, em total sigilo, os nomes dos deputados favorá-veis à cassação do mandato da Madame. A idéia é evitar pressão do governo. Muitos são da base.

Mundo da LulaO acordo de delação do ala-

goano Fernando Baiano, preso na Lava Jato, tira o sono da cúpula do PMDB. Por isso pas-sam a impressão de estarem no mundo da Lula, sem foco na crise econômica.

Vinte centavosOs petistas dizem que

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

A Lava Jato estragou tudo”MINISTRO GILMAR MENDES (STF) descrevendo o modelo de

governança corrupta do PT

A vida privada é públicaRepórter da Manchete, Alexandre Garcia noticiou certa

vez que o presidente João Figueiredo devorava barras de chocolate que escondia numa lata, na cozinha da Granja do Torto. O general acabara de ser operado do coração. Ficou furioso. Ordenou investigação para identifi car o auxiliar que vazara a informação e mandou um recado mal-educado ao jornalista, acusando-o de invadir sua privacidade. Alexandre respondeu por carta, argumentando que, ao aceitar ser presidente, ele abriu mão da privacidade. E advertiu que o chocolate fazia mal também ao País, com o risco de entupir outra artéria. Conhecido pelo jeito duro e até truculento, o general Figueiredo teve uma reação inesperada. Em carta a Alexandre – que a guarda até hoje – ele reconheceu que o jornalista tinha razão.

O Planalto parece não ter o menor zelo para escolher quem toca as negociatas do Palácio no Senado. Dos cinco senadores que integram a liderança do governo, sendo quatro vices-líderes indicados esta semana, apenas um parlamentar não tem nenhum rolo na Justiça: Telmário Mota (PDT-RR). No restante da trupe, tem de tudo: acusação no escândalo dos Sanguessugas, Mensalão e até roubo de energia.

Segundo turno entra em votaçãoBrasília (Agência Câma-

ra) - O segundo turno da proposta de emenda à Cons-tituição do Pacto Federativo (PEC 172/12) é o destaque do plenário da Câmara dos Deputados para os dias 22 a 24 de setembro, cuja pauta também terá o projeto que disciplina a compra de terras no Brasil por estrangeiros (PL 2289/07).

Aprovada em primeiro tur-no com 379 votos a favor e 47 contra, a PEC 172/12, do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), proíbe lei federal

de impor ou transferir qual-quer encargo ou prestação de serviços aos Estados, ao Distrito Federal ou aos mu-nicípios sem a previsão de repasses fi nanceiros neces-sários ao seu custeio.

De acordo com o relatório do deputado Andre Moura (PSC-SE), a União só será responsável pelas obriga-ções repassadas se houver dotação orçamentária para isso.

Com regime de urgência aprovado na última quarta-feira, o projeto de lei 2289/07

regula a compra de terras brasileiras por estrangeiros, criando uma série de restri-ções à aquisição e ao arren-damento de imóveis rurais no país.

Pelo substitutivo da CCJ não poderão comprar terras rurais, ainda que indireta-mente, os fundos soberanos constituídos por outros paí-ses e as organizações não-governamentais ou funda-ções particulares com sede no exterior ou cujo orçamento provenha, majoritariamente, de uma mesma pessoa.

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ULG

AÇÃO

Servidoras da Câmara Federal realizaram, há duas semanas, protesto contra projeto de deputada

Legislativos têm normas internas proibindo o uso de trajes não adequados no interior das casas, inclusive dos plenários

Aleam e CMM possuem regras de vestimentas

PACTO FEDERATIVO

A polêmica do “dress-code”, ou código de vestimenta, um pro-jeto que deverá vetar

o uso de adereços como a minissaia e o decote no Con-gresso Nacional, tem tomado grandes proporções e, inclu-sive, há duas semanas, foi motivo de protesto por parte de servidoras da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Embora o texto venha sen-do estudado desde agosto deste ano, fruto da proposta da deputada Cristiane Brasil (PTN-RJ), a restrição de uso de certas peças para acessar as dependências de casas parlamentares, tribunais e outros órgãos públicos já é antiga.

Normas internas, memo-randos e portarias estabe-lecem os trajes adequados para quem quer que seja o frequentador.

Na capital amazonense, por exemplo, para entrar no Tribunal de Contas do Esta-do do Amazonas (TCE-AM),

segundo informações da as-sessoria de imprensa, é proi-

bido adentrar o local trajando regatas, shorts, bermudas e sandálias. E a regra serve tan-to para os servidores quanto para quem estiver visitando o órgão. Placas estão dispos-tas no local para orientar os desavisados.

Já na Câmara Municipal de Manaus (CMM), as limitações são parecidas para algumas dependências do Legisla-tivo, mas para ter acesso ao plenário, a exigência de roupas sociais é totalmente indispensável. Todas as re-comendações foram feitas por meio de um memorando. “Para acesso ao plenário é obrigatório o uso de paletó ou blazer e gravata para os homens e para as mulheres traje feminino compatível com a decência e discrição exigidas para o respectivo local. Ficando expressamen-te proibido mulheres com minissaia, vestidos e blusas decotados e transparentes, homens sem blazer, gravata, com camisa esporte e tênis”,

disse a assessoria de impren-sa da instituição, em nota.

RigidezSe há um memorando na

CMM, na Assembleia Legis-lativa do Estado (Aleam), desde 2003 uma portaria estabelece quais são as pe-ças banidas dos ambientes parlamentares.

A rigidez com o vestuário é tanta que é tratada logo no primeiro artigo do docu-mento, com a proibição de “bermuda, short, saias curtas, decote exagerado, colo trans-parente, camisetas e etc”.

Questionado sobre o pro-jeto da deputada carioca e se há alguma restrição ao tipo de vestimenta adequa-do, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio de sua assessoria, disse que não tem nenhuma informa-ção sobre o veto às peças de vestuário das servidoras em Brasília e frisou que o mesmo é apenas um proje-to. Também não respondeu sobre as regras adotasas no Poder Judiciário.

PEC no Senado retoma polêmicaBrasília (Agência Sena-

do) - Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na última quinta-feira defi niu como incons-titucional o fi nanciamento empresarial a campanhas eleitorais e partidos polí-ticos, os defensores desse tipo de doação ainda espe-ram reverter a proibição. O caminho seria a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 113/2015, uma minir-reforma eleitoral em trami-tação no Senado, que agora passa ao foco das aten-ções. O texto é originário da Câmara dos Deputados, onde foi aprovado ao fi m de maio.

A interpretação dos sena-dores que defendem a PEC é de que a decisão do Supremo impede a aprovação de leis liberando as doações de em-presas, mas que seria possí-vel garantir os repasses por meio da aprovação de uma

emenda constitucional. Pelo texto, o sistema de fi nancia-mento permaneceria como é hoje: misto, com dinheiro público do fundo partidário e do horário eleitoral gratuito; e também doações privadas, de pessoas e empresas.

Ainda pelo texto, os par-tidos fi cam autorizados a

receber contribuições - em dinheiro ou bens estimáveis em dinheiro - tantos de pes-soas como de empresas. Os candidatos, porém, só po-derão aceitar doações de pessoas. Em qualquer caso, haverá limites máximos de arrecadação para cada car-go eletivo, defi nidos em lei.

DOAÇÕES

Relator da PEC, Jorge Viana é contra doações de empresas

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ADO

POR CECÍLIA SIQUEIRA

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015A7PolíticaPolítica

Eleito na última semana pelo critério de antiguidade membro da corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), numa disputa apertada, o juiz Henrique Veiga de Lima assume a vaga no próximo mês para um mandato de 2 anos. Veiga vai ocupar a vaga do juiz Marco Antônio Pinto da Costa, cujo biênio na corte termina em 5 de outubro. Leia a seguir entrevista ao EM TEMPO

‘O sistema ELEITORAL É UMA COLCHA de retalhos’

Henrique VEIGAUm OLHAR pela AMAZÔNIA

EM TEMPO – Nos últimos 19 anos, o senhor tem atu-ado, de alguma maneira, na Justiça Eleitoral. Na sema-na passada, foi eleito mem-bro da corte do Tribunal Regional Eleitoral. Era seu objetivo? Qual a expectati-va para o novo cargo?

Henrique Veiga - Não, não era objetivo. Mas depois de contribuir nas eleições de 2014 como coordenador da propaganda eleitoral, vislum-brei nesta uma oportunidade de desenvolver ali os conhe-cimentos adquiridos. Entrei na magistratura em 1999, no início da carreira, quando no interior presidi diversos pleitos. Quando promovido para Manaus, sempre fui chamado para trabalhar nas eleições. Mas só em 2014 assumi uma zona eleitoral, a 58ª. E, paralelamente, assumi a coordenação da propaganda política. Neste ano de 2015 surgiu a oportunidade de me candidatar à corte. E acabei conseguindo. Repito o que disse na ocasião: Não espero fazer milagres. Apenas vou me conduzir como sempre fi z até aqui, com muito esforço, determinação e honrar a toga que eu visto.

EM TEMPO - Trabalhan-do há tanto tempo com eleições, como o senhor avalia o sistema eleitoral brasileiro?

HV - Acho que pode ser comparado a uma colcha de retalhos. A cada eleição, sur-gem novas instruções que aca-bam criando uma legislação copiosa e difusa para tratar de temas que envolvem cada pleito. Uso como exemplo o calendário do processo eleito-

ral, pesquisas de intenção de voto, registro de candidatura, apuração de crimes eleitorais, divulgação, proclamação dos resultados, diplomação dos candidatos eleitos dentre outros.

EM TEMPO - Esse sistema passou por muitas mudan-ças nestes últimos 20 anos. Em que o senhor acredita que ele pode melhorar?

HV - Somam-se mais de duas dezenas de propostas atualmente que visam mu-danças no processo de elei-ção, discussões sobre o voto obrigatório, as restrições ao comércio de legendas, que hoje passam da casa dos 30. Mudanças no sistema de go-verno, cláusula de barreiras, listas pré-ordenadas, coliga-ção entre partidos, fi delidade partidária, etc. De tudo, resta a certeza de que passamos por um processo depurativo que vai gerar distorções, mas é necessário enfrentá-las. So-bretudo, se deve dar ao povo o direito de discutir, de conhecer e se organizar em partidos que sejam dignos desse nome, sem ter a pretensão de querer mudar tudo de um dia para o outro. Mas que essas altera-ções levem o país a despertar do sono em que vive submerso. E que deixem para as gerações futuras um país sem injustiças sociais, com uma divisão de riquezas equitativas e sem os males do analfabetismo.

EM TEMPO - O senhor assumirá a corte eleitoral num momento em que está sendo implementado o voto biométrico em Manaus. O senhor avalia essa mudan-ça como necessária?

HV - Como dizia o drama-turgo e escritor Nelson Ro-

drigues: “Nós devemos per-der o complexo de cachorro vira-lata”, que é o sentimen-to de inferioridade em que se coloca voluntariamente o povo brasileiro em face do resto do mundo, sem aspi-rar o que existe de melhor, nos contentando com o mais barato, com o mais simples e com o menos expressivo. Nós desejamos sempre ser iguais nos conceitos das nações, mas tropeçamos sucessivamente na nossa baixa autoestima.

EM TEMPO - Qual a sua opinião sobre fi nanciamen-to público de campanha?

HV - Após um longo período de incubação, a questão aca-bou resolvida por expressiva maioria no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, não há mais o que discutir.

EM TEMPO - Há uma po-lêmica sobre a demora do julgamento do processo envolvendo o governador José Melo. Seria possível estabelecer prazo para pe-

didos de vista? O senhor seria contra ou a favor?

HV - Dados dos STF dão conta de que somente 20% dos pedidos de vista são devolvidos no prazo. O que signifi ca que apenas um em cada cinco desses pedidos é devolvido dentro do prazo re-gimental que é de duas seções ordinárias. Todavia, é preciso considerar a sobrecarga de trabalho, a complexidade que o caso possa requerer, razões de saúde, férias, dentre outras. O próprio presidente do STF, ministro Ricardo Lewando-wski, pediu para o tribunal priorizar os 20 processos sus-pensos por pedido de vista. O próprio código do processo civil faculta ao magistrado o direito de pedir vista, caso não esteja habilitado a proferir seu voto. Nesse caso, é dado prazo de dez dias, prorrogável por mais dez o retorno do pro-cesso deste pedido. Assim me parece o mais acertado.

EM TEMPO - O senhor é titular da 9ª Vara Criminal e também já atuou na Vara

de Crimes e Uso de Entor-pecentes (Vecute). Baseado em sua experiência, a polí-tica de Estado no trato das drogas é efi ciente?

HV - A impressão é que o Estado defl agrou guerra con-tra o inimigo errado. Há de se estabelecer a diferença entre quem é usuário e quem é trafi cante. Condição “sine qua non” (sem a qual não pode ser) para caminharmos para uma política sobre drogas mais hu-mana e efi ciente. Não passa despercebido que em meio a tudo isso, temos um dublê de usuário que acaba caindo no tráfi co pela necessidade de manter o vício. O fato é que a abordagem do tema apenas pela ótica proibicionista só in-teressa ao crime organizado.

EM TEMPO - Esse ano foi marcado por alguns incidentes envolvendo assassinatos em massa, como no fi nal de semana em que 38 pessoas foram mortas. Existe crime orga-nizado em Manaus? Como ele funciona?

HV - Virou moda falar em crime organizado. A impren-sa passou a desempenhar um papel fundamental nessa história, visto que passou a divulgar com maior profusão as ilegalidades dos líderes do governo e as atuações de quadrilhas, dando a im-pressão de que o crime or-ganizado havia crescido. Os atores envolvidos no comba-te à criminalidade têm por hábito chamar assim todo bando que comete um crime com êxito. Todavia, a cons-trução do conceito do que é crime organizado é um pou-co mais complexa. Deve-se levar em conta os aspectos econômicos e institucionais, sendo de vital importância descobrir quais são as suas características para que um grupo possa ser classifi cado como “organização crimino-sa”. Para mim, é importante também observar o modus operandi dos atores envol-vidos nos atos. É bem dife-rente de um simples grupo de pessoas que se encontra para cometer delitos.

POR FRED SANTANA

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015A8 PolíticaPolíticaCrise deixa prefeituras do interior de pires na mão Prefeitos se queixam que não têm recursos sufi cientes para arcar com os compromissos e cobram governo federal

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AÇÃO

Cidade mais rica do interior por conta dos royalties do petróleo, Coari começa a sofrer desgaste em consequência da crise econômica, política e social

A crise fi nanceira que atinge o país nos úl-timos 2 anos, aliada à instabilidade política

nos municípios do Amazonas, tem gerado rombos em prefei-turas do interior do Estado em 2015. Segundo a Associação dos Municípios do Amazonas (AAM), os programas federais de primeira necessidade, como os que cuidam da saúde, me-renda escolar e assistência social, correm sério risco de serem paralisados no interior por conta dos défi cits de recur-sos federais que não têm sido repassado às prefeituras.

De acordo com o secretário-geral da AAM, Tabira Ferreira – que também é prefeito de Juruá -, o fi nanciamento dos programas do governo fede-ral estão sendo custeados na maioria com recursos muni-cipais. “As prefeituras estão arcando com a maior parte desses programas, que de-veriam ser responsabilidade exclusiva do governo federal. Os municípios estão sendo prejudicados com a falta de recursos e os moradores des-sas cidades estão seriamente afetados com a paralisação e execução desses projetos”, garantiu Tabira.

Para o prefeito, os muni-cípios começam a sentir os efeitos da crise, com o corte no número de servidores, des-pesas básicas como economia de água, luz, além de ter cortado o repasse na anteci-pação do décimo terceiro dos funcionários.

“Hoje, os municípios preci-sam se adequar à realidade, que é uma crise profunda. Nós estamos conseguindo apenas suprir as necessidades essen-ciais no quadro de pessoal. Mas nesse momento não tivemos nem como pagar a antecipação do décimo terceiro do pessoal, que sempre fazíamos adian-tado. Conseguimos manter as funções essenciais, mas outros serviços como o administra-

tivo, vigias, serviços gerais, entre outros, tivemos que de-miti-los”, lamentou Tabira.

Além dos problemas fi nan-ceiros, outro fato que está difi cultando o município de Boca do Acre, distante 1.028 quilômetros de Manaus, é a consequência da cheia recor-de dos rios Acre e Purus que atingiu o município em março e levou o prefeito Iran Lima (PSD) a decretar estado de calamidade pública.

Segundo o prefeito – que tam-bém preside a AAM -, ainda é impossível calcular quanto tem-po a cidade levará para restabe-lecer os serviços de educação, saúde e abastecimento de água das casas. O prefeito estima que sejam necessários mais de R$ 6 milhões para restabelecer os serviços de abastecimento de água do município.

Para Iran Lima, as prefei-turas do interior vivem dos recursos dos repasses do go-verno federal, e a partir do momento em que os recursos não são repassados, todos os prefeitos do Estado sofrem com a crise. “Verdade é que ninguém vê os resultados apresentados pelos ajustes econômicos que a presidente Dilma está tentando imple-mentar. São ajustes que foram tomados tardiamente, que ela escondeu durante as eleições e agora estamos pagando um alto preço por isso”, disse.

Ainda segundo a Associa-ção dos Municípios, a falta de recursos não tem sido uma exclusividade do Amazonas, e algumas prefeituras dos Es-tados de Minas Gerais, Ceará e Mato Grosso já chegaram a realizar um protesto paralisan-do todas as atividades durante um dia inteiro. “Talvez não cheguemos a esse extremo, mas a AAM apoia todos os prefeitos que queiram cancelar a realização dos programas go-vernamentais. As prefeituras não podem ser prejudicadas com a falta desse comprome-timento do governo federal”, disse o dirigente.

Antes detentora do posto de cidade mais rica do in-terior do Estado, Coari vive uma realidade bem distante nos dias atuais. Segundo o atual prefeito do município, Raimundo Magalhães (PRB) – que assumiu o cargo há cinco meses -, a cidade tem sofrido quedas constantes na arrecadação, principal-mente em virtude dos cortes de investimentos da Petro-bras na cidade.

“Hoje a realidade de Coa-ri é bem diferente de antes. Antigamente a cidade recebia em torno de R$ 35 milhões em receita por mês. A mé-dia hoje é R$ 14,5 milhões. Temos perdido muita receita, principalmente, do repasse da Petrobras sobre os royalties. Em novembro do ano passado era de R$ 7 milhões. Em maio

deste ano, o município recebeu apenas R$ 3 milhões. Tudo, isso aliado à queda no preço do barril do petróleo e à crise na Petrobras, está prejudicando os repasses ao município de Coari porque ela parou todas as obras, e deixando de entrar ISS”, assinalou Magalhães.

O prefeito afi rma ainda que será obrigado a fazer contes no quadro de funcionários do município por conta de exigências do Tribunal de Contas do Estado, TCE-AM. “De uma média de R$ 30 mi-lhões mensais que entravam por conta dos royalties do petróleo e gás, FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e outras receitas, esse valor caiu para R$ 14 milhões/mês. O Fundeb (Fundo de Manu-tenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que em

abril foi de R$ 5 milhões, em julho caiu para R$ 2,2 milhões”, acrescentou.

Outro município que tem sofrido com a instabilidade política, além das difi culda-des em receber recursos fe-derais, é o município de Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros de Manaus). As acusações que pesam contra o prefeito Luiz Ricardo (PRP) vão desde o desvio de verbas públicas federais, além de salários de servidores atrasa-dos, péssimas condições so-ciais, o que levou o município a um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

Em junho desde ano, a Câ-mara município criou uma comissão para processar e cassar o mandato de Chagas. O Ministério Público do Esta-

do (MPE) também solicitou o afastamento do prefeito. Na ação, o juiz pedia urgência para o pagamento dos servidores.

Manaus também sofreNo fi nal de agosto, o pre-

feito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), esteve em Brasília com a fi nalidade de buscar recursos que, segundo ele, têm sido “represados” pela presi-dente Dilma Rousseff (PT).

“Vamos cobrar com mais força os recursos prometidos a Manaus. Temos obras, como o resgate do centro históri-co, que não saíram em 2013, porque o dinheiro prometido nunca chegou. Vamos reunir o máximo de forças possíveis para que nossa cidade seja tratada como merece e para isso, conto com os parlamen-tares”, disse o prefeito.

Cai repasse dos royalties em CoariPOR STENIO URBANO

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economia@emtempo.com.br3090-1019MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015

EconomiaB1

Com os novos investimentos, produção de energia elétrica deve ser ampliada em Manaus e na RMM

Manaus terá usina com 100% do gás de UrucuQuando fi car pronta, Mauá 3 será a primeira geradora de energia elétrica da capital com gás natural totalmente de Coari

Distribuição suprirá a demandaHoje, a demanda de ener-

gia elétrica da RMM, duran-te o período de consumo médio, é de 1.290 MW.

Deste total, os 42,8% ge-rados a partir do gás natural saem das Usinas Termelé-tricas de Aparecida, com 140 MW, de Mauá com 108 MW e dos Produtores Inde-pendentes de Energia (PIEs) com 305 MW, em média. Os demais MW’s são gera-

dos pelo Sistema Integrado Nacional (SIN), por meio do Linhão de Tucuruí, com 450 MW, da Usina Hidrelétrica de Balbina, com 129 MW, e das usinas térmicas a óleo combustível com 158 MW.

Durante o período de pon-ta de carga de consumo de energia na RMM, entre as 14h e 14h30, a demanda média de energia chega a 1.418 MW. Nessa hora, o gás

natural responde por 39,1% da energia elétrica gerada.

“Com os quase 600 me-gawatts produzidos aqui (na Mauá 3), teremos a capaci-dade de suprir a distribuição na RMM com uma energia mais barata, consumindo o gás natural produzido no Estado, que é muito menos poluente que outras terme-létricas antigas que temos em operação”, diz Moulin.

O gás natural da usi-na petrolífera de Urucu, em Coari (a 367 quilômetros de

Manaus), já é responsável por 42,8% da energia elétrica ge-rada para capital e outros três municípios da Região Metro-politana de Manaus (RMM). Essa capacidade alcançará média de 81,6% até 2017, com a conclusão das obras da Usina Termelétrica Mauá 3, que será a primeira geradora de energia elétrica produzida 100% com gás natural.

Com os esforços do Minis-tério de Minas e Energia em destravar o andamento das obras da usina, situada no bair-ro Mauazinho, Zona Leste, ela terá a primeira fase entregue para operação comercial em meados de outubro de 2016, com capacidade de geração de 375 megawatts (MW) de energia. A segunda fase está prevista para maio de 2017, e completará a operação com mais 208 megawatts, totali-zando 583 MW.

A Mauá 3 está com 65% das obras encaminhadas, de

acordo com o gestor do con-trato da obra pela Eletrobras Amazonas Geração e Trans-missão de Energia (Eletrobras Amazonas GT), Milton Moulin. A nova unidade, que irá fun-cionar em ciclo combinado, com fl exibilidade de operação em ciclo simples, utilizará o

volume máximo disponível de 2,3 milhões de metros cúbicos (m3) por dia de gás natural.

Maior usina termelétrica da Região Norte, a Mauá 3 será composta por três unidades geradoras, de acor-

do com Moulin. Duas delas consumirão gás natural e a terceira funcionará com os gases dos dois turboge-radores, sem a queima de combustível adicional.

“Ao invés de os gases da exaustão serem jogados na atmosfera, eles seguirão para dentro de uma caldeira de re-cuperação, para transformar a água em vapor superaquecido, que tocará a terceira unidade, com quase 200 megawatts, sem a necessidade do gás natural”, explica o gestor.

InvestimentosO custo global da constru-

ção da usina é da ordem de R$ 1,1 bilhão, segundo o gestor da Eletrobras Amazonas GT. Os equipamentos importados da Siemens, dos Estados Unidos da América (EUA), custarão US$ 217,5 milhões, dos quais já foram pagos R$ 184,7 mi-lhões, afi rma Moulin.

“É uma usina altamente efi -ciente, das melhores que há no mundo, com rendimento térmico da ordem de 56%”, comenta Moullin.

EMPREGOS

O canteiro de obras da Mauá 3 conta hoje com 355 trabalhado-res, porém, no pico da construção da usina, a Eletrobras Amazonas GT estima que a mão de obra deverá au-mentar e chegar até 1,5 mil operários

POR EMERSON QUARESMA

EXTINTORES

Fim da obrigatoriedade é criticadoEconomia B2

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Desenho 3D mostra futura usina Mauá 3

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Conta mais barata é descartadaOs custos de geração

de energia com a inclusão do gás natural, segundo a Eletrobras Amazonas GT, fi carão mais baratos em média 50%. Para Moulin, esse barateamento não afe-tará ainda positivamente na composição tarifária.

“Estamos falando de uma usina mais efi ciente, com melhor rendimento, com cli-co térmico e um combustível mais barato. Com ela, va-mos entregar uma geração de menor custo e menos poluente”, aponta.

Mas, o rebaixamento dos custos, de acordo com a

assessoria de imprensa da Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel), não será transformado auto-maticamente em redução tarifária. Conforme a as-sessoria, como a energia de Manaus é interligada no SIN, que conta com ener-gia hidrelétrica mais bara-ta, o Operador Nacional do Sistema (NOS) é que fará os cálculos das fontes de energia disponível, puxando sempre da mais barata para a mais cara, dependendo da disponibilidade de cada uma delas, para defi nir quais fontes serão usadas.

“Não podemos garantir rebaixamento imediato em conta. Se a geração da nova usina for mais barata, será levado em conta no ajuste tarifário. Mas não tem efei-to direito na tarifa porque o custo de geração é um mix de energia”, diz a Aneel.

Com o nosso sistema interligado ao SIN, Moulin afi rma que o Estado poderá exportar o excedente para o país. “A Mauá 3 benefi ciará toda a região metropolita-na. Em momentos de baixo consumo, poderemos expor-tar o excedente de energia para resto do país”, avalia.

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015B2 Economia

CAFE APUI

Empresários temem perdas com o extintor de incêndioLojistas que fi zeram estoque para lucrar com o produto criticam o fi m da obrigatoriedade do uso do item de segurança

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Extintor de incêndio não é mais item obrigatório em carros de passeio que circulam pelas vias do país

O fi m da obrigato-riedade do uso de extintor de incên-dio em veículos de

passeio surpreendeu os em-presários que apostavam na venda do produto em Manaus. Por causa da decisão do Con-selho Nacional de Transito (Contran), que mudou a lei na semana passada para aca-bar com a exigência, lojistas vão ter que amargar prejuízos com o estoque acumulado para alavancar as vendas até o dia 1º de outubro, data que era o prazo fi nal para a troca do equipamento no país.

O empresário Ivan Benayon reclama da falta de consulta com as revendedoras. Segun-do ele, a decisão do Contran atrapalhou o cronograma de empresas que revendem o extintor do tipo ABC. “Recebi uma carga de 30 a 40 extin-tores porque achei difícil en-contrar um distribuidor. Acho uma falta de respeito com os empresários e também com o consumidor”, lamenta.

O motorista particular Alex do Carmo também critica a decisão do Contran. Porém, ele acredita que a determinação

não vai trazer grandes mudan-ças para os condutores. “Exis-tem alguns motoristas que não tem a habilidade de manusear os extintores. Em caso de in-cêndio em veículos, o que mais vejo são recomendações para que se afaste do carro com se-gurança. Acho esses extintores muito pequenos para casos de

emergência”, destaca.

AdiamentosOs adiamentos foram jus-

tifi cados em razão da difi -culdade de motoristas en-contrarem o novo modelo de extintor. Os carros fabrica-dos a partir de 2010 já são equipados com esse tipo de extintor, com carga à base de bicarbonato de sódio e validade de 5 anos.

A não obrigatoriedade cor-rige uma distorção histórica. Há mais de 10 anos, os veícu-los têm tecnologia sufi ciente para não gerarem incêndios, e nos EUA já faz tempo que não se exige extintores por diversos motivos. Dados da Associação Brasileira de En-genharia Automotiva (AEA) demonstram que os extinto-res não têm efi cácia.

Inefi cáciaDe acordo com dados da

associação, dos 2 milhões de sinistros em veículos cober-tos por seguros em um ano, apenas 800 tiveram incêndio como causa. Desse total, ape-nas 24 pessoas informaram que usaram o extintor, equi-valente a 3% dos casos.

A exigência para a troca do extintor de incêndio foi adiada pelo menos três vezes ao lon-go de 2015. O primeiro prazo estabelecido foi 1º de janeiro, depois houve adiamentos em abril e julho e o novo limite para trocar os equipamentos seria 1º de outubro.

A decisão do Contran ocorreu após quase 1 ano de polêmica e correria dos motoristas para comprar os equipamentos do tipo ABC, que seriam exigidos.

JUSTIFICATIVA

Em nota, o Denatran diz que na maioria dos países da Europa não existe a obriga-toriedade, pois as autoridades conside-ram a falta de treina-mento e despreparo dos motoristas para o manuseio do extintor

POR LINDIVAN VILAÇA E AGÊNCIAS

A indústria reagiu com preocupação à resolução do Contran e teme a perda de até 7 mil empregos.

Segundo o diretor da Abiex (associação de empresas que fabricam extintores), Cláudio Sachs, a medida é “um retrocesso na segu-rança do consumidor”. “No momento em que pratica-

mente estávamos no fi m desse processo e os pontos estavam abastecidos com a mercadoria para vender, veio a resolução”, afi rma.

Ele diz, no entanto, que não há indicação das montado-ras de que elas deixarão de disponibilizar os extintores de incêndio nos automóveis que serão produzidas a par-

tir da entrada em vigor da nova regra. “Posso afi rmar que vai ter um prejuízo enor-me na cadeia produtiva. A gente calcula que tem 10 mil empregos diretos envolvi-dos nessa cadeia produtiva toda. Certamente, se não houver nenhuma reversão dessa lei, vai haver mais demissões”, projeta.

Indústria alerta para demissões

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015B3Economia

Verão aquece as vendasde material de construção Segmento registra alta de 6%, em Manaus, cidade cujo mercado encontra-se aquecido por conta do calor amazônico

O mercado de mate-riais de construção civil deu sinais de reaquecimento no

início do segundo semestre com o aumento do período de calor em Manaus. A sazo-nalidade do verão amazônico aliada ao crescimento do setor imobiliário deverá fortalecer a comercialização de materiais de construção no último tri-mestre do ano.

As vendas da indústria de materiais de construção ti-veram uma melhora, no mês passado, com crescimento de 6,1% sobre julho. Porém, na comparação anual, esse foi o terceiro pior desempenho, com recuo de 11,4% sobre o mesmo período de 2014, na quinta queda seguida.

Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon/AM), Frank Souza, as obras aumentaram 20% em relação ao primeiro semes-tre devido à chegada do ve-rão amazônico. Segundo ele, nesse período, as principais obras são de terraplanagem e fundação, além de reformas externas, como reboco e pintu-ras. “Muitas obras iniciam no verão porque o custo é menor que no inverno. Por exemplo, uma terraplanagem que agora pode ser feita em um mês, em tempo de chuva leva de até quatro meses”.

Para o presidente da Câ-mara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL/Manaus),

Ralph Assayag, “a melhoria salarial fez com que o con-sumidor buscasse reformar e organizar mais a estruturada residência”.

O gerente administrativo da JLN Materiais de Constru-ção, Raimundo Moreira, des-taca que a cada ano há uma elevação média de 10% nas vendas. De acordo com ele, os sábados são os dias de maior movimentação na loja e, nesse período do ano, os materiais mais vendidos são cimento, areia, seixo, pedra e ferro. “Além de estarmos no verão, época do ano mais propícia para as obras, o setor da construção civil está aqueci-do, também houve aumento na renda do amazonense, o que contribui para que ele invista em reforma e ampliação da casa”, afi rma.

Conforme Frank, o varejo de materiais deverá manter o aumento de 6% obtido nos últimos meses. A expectati-va é de mais aquecimento nas vendas neste trimestre. “Esses percentuais positi-vos progressivos abrem es-paço para uma real recu-peração de atividade parao setor”, destaca.

PerspectivaFrank informa que, com a

chegada do verão amazônico, as obras particulares e de pa-vimentação propiciaram um crescimento signifi cativo no setor da construção. “No pe-ríodo de verão, aumentam as obras de construção, inclusive a doméstica”, conta.

POR LINDIVAN VILAÇA

De acordo com a As-sociação dos Comer-ciantes de Materiais de Construção do Amazo-nas (Acomac/AM), dois fatores interferem nos preços do material de construção: os dissídios e convenções dos tra-balhadores e o reajuste de energia elétrica, que repercute no preço fi nal ao consumidor.

Por conta desses rea-justes, o preço de fábri-ca do milheiro de tijolo custa, hoje, em média, de R$ 350 a R$ 450. As obras públicas e, prin-cipalmente as pessoas físicas, são as que mais sentem esse aumento. “O reajuste deve refl etir em todas as obras. As únicas empresas que es-capam desse aumento são aquelas que fabri-cam o próprio bloco de cimento estrutural no canteiro de obras”, diz a Acomac/AM.

Segundo a entidade, os materiais de cons-trução representam até 50% do custo de uma obra. O restante é divi-dido entre mão de obra e encargos sociais.

Dissídio e convenção impactaram

Para contornar as baixas vendas no primeiro semes-tre deste ano, as lojas de materiais de construção apostam em promoções e descontos para não entra-rem no “vermelho” neste verão. A iniciativa surgiu efeito e elevou em até 10% o volume de transações co-

mercial em alguns estabe-lecimentos da cidade em relação ao mesmo período de 2014.

A Beny Lar e Construção foi uma das lojas que não dis-pensaram as ofertas para vender nesse período. “Per-manentemente, realizamos campanhas para aumentar

as vendas e sentimos uma melhora nas saídas de mer-cadorias”, afi rma a gerente da loja Marly Nascimento.

Segundo ele, estratégias como parcelamento faci-litado, descontos, preços atrativos refl etem no volu-me de comercializações a cada início de ano.

Promoções para atrair clientes

Alguns estabelecimentos comerciais aproveitam para dar descontos no afã de conquistar consumidores

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Com o aumento do calor, as pes-soas aproveitam

para reformar ou construir

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015B6 PaísPaís

Operadoras de saúde têm aumento de clientes

O setor de saúde suple-mentar melhorou a quali-dade do atendimento aos clientes nos últimos anos. De acordo com os dados do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), divulgados pela Agência Na-cional de Saúde Suplemen-tar (ANS), de 2013 para 2014 o número de operadoras que fi caram com nota entre 0,6 e 1, que é a nota máxima, passou de 805 para 901, umaumento de 11,9%.

Juntas, essas empresas com melhor avaliação cor-respondem a 75,9% do mer-cado de planos de saúde, atendem 89% dos benefi ci-ários de assistência médica e 96% da assistência exclu-sivamente odontológica.

Na faixa mais baixa do índice, com notas de 0 a 0,19, o número de operadoras caiu 30,5% e passou de 72 para 50 de 2013 para 2014.

Na faixa intermediária, com notas de 0,4 a 0,59, houve queda de 34,5% no

número de operadoras, pas-sando de 266 para 174.

Com notas de 0,2 e 0,39, houve diminuição de 34%, passando de 94 para 62 operadoras. No total, 337 subiram na avalia-ção e 83 tiveram quedanos indicadores.

De acordo com a Fede-ração Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a contínua melhora no IDSS se deve aos esforços e in-vestimentos feitos pelas operadoras para qualifi car o trabalho “em busca do melhor atendimento aos seus benefi ciários”.

O mercado de saúde suple-mentar no Brasil é composto por 1.187 operadoras, que são avaliadas anualmente pela ANS nos quesitos as-sistência prestada (40% da nota), satisfação do cliente (20%), estrutura e opera-ção da empresa (20%) e aspectos econômico-fi nan-ceiros (20%) que, juntos,perfazem o índice.

BEM AVALIADAS

As áreas avaliadas foram leitura, escrita e matemática nas provas aplicadas a estudantes do 3º ano do ensino fundamental de escolas da rede pública

Alfabetização é pior no Norte e Nordeste do país

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Os dados da Ava-liação Nacional da Alfabetização (ANA), divulgados

pelo Ministério da Educação, mostram que as regiões Nor-te e Nordeste têm os piores resultados. As áreas avalia-das foram leitura, escrita e matemática nas provas apli-cadas a estudantes do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas.

Na escrita, a distância é maior. Apenas 3,72% dos estudantes do Nordeste e

4,12% do Norte alcançaram o melhor nível da avaliação. No Sul e Sudeste, o regis-tro de alunos nesse pata-mar foi, respectivamente, de32,55% e 36,13%.

Para a escrita alcançar o melhor nível de avaliação, os estudantes precisam ter capacidade de escrever pala-vras com diferentes estrutu-ras silábicas e um texto corre-tamente e com coerência.

Na avaliação de matemá-tica, 11,76% e 13% dos alu-nos estiveram no patamar

mais alto nas regiões Norte e Nordeste, enquanto nas re-giões Sul e Sudeste 32,55% e 36,13% dos alunos alcança-ram, respectivamene, esses níveis de avaliação. Esses estudantes são capazes, por exemplo, de resolver cálculos mais complexos.

A diferença entre as regiões se repete naavaliação de leitura.

Enquanto 4,84% e 5,52% dos alunos do Norte e do Nordeste obtiveram o nível máximo na avaliação, nas re-

giões Sul e Sudeste 13,88% e 16,75% atingiram omesmo resultado.

Na leitura, entre as ha-bilidades exigidas no nível máximo estão reconhecer referentes de pronomes pos-sessivos e advérbios.

Segundo o ministro da Edu-cação, Renato Janine, o único nível inadequado é o um.

”Os níveis dois, três e qua-tro são adequados. O nível um é francamente inadequa-do. Ele sequer lê uma pala-vra”, informou o ministro.

Apenas 3,72% dos estudantes do Nordeste e 4,12% do Norte alcançaram o melhor nível da avaliação realizada pelo Ministério da Educação

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AÇÃO

Operadoras bem avaliadas correspondem a 75,9% do mercado

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015B7PaísPaís

O Rio de Janeiro tem agora um sistema de audiências de custódia para facilitar a troca de informações entre a Justiça e a polícia e permitir a redução do tempo em que o preso em fl agrante leva para fi car diante de um juiz para ter a sua situação resolvida, com possibilidade de conseguir a liberdade provisória. O servi-ço, que não inclui pedidos de prisão temporária, foi lançado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Hoje, a média de tempo das prisões provisórias no país é de meio ano. “A média no Brasil é de seis meses. Existem exce-

ções, em função da burocracia do sistema penal, em que a pessoa fi ca presa por mais de ano”, informou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Antes da audiência, a fi cha criminal do preso será encami-nhada ao juiz pelo delegado de polícia, por meio da internet, e vai ajudar na decisão sobre a legalidade e a manutenção da prisão ou pela liberação. O preso passará por exame médico para avaliar se sofreu violências ou foi alvo de espan-camento por parte da própria população em casos ocorridos diante da prática de delitos.

RIO DE JANEIRO

Preso sob custódia fi cará menos tempo em presídio

Pesquisa do Centro de Po-líticas Sociais (CPS), da Fun-dação Getulio Vargas, indica uma abertura do Brasil para profi ssionais estrangeiros qualifi cados, conforme infor-mou o coordenador da uni-dade, Marcelo Neri, ex-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

A sugestão aproveita o tema mundial, que é a imigração para a Europa, destacou Neri. Segundo ele, o Brasil fez uma abertura na balança comercial, mas falta uma na conta de pes-soas. “Trazer gente de fora”. A

pesquisa do CPS-FGV revela que o Brasil é um dos países mais fechados para pessoas do mundo, com apenas 0,3% da população de imigrantes de primeira geração, contra 3% no mundo e 15% nos Es-tados Unidos. Consulta do CPS mostra que a imagem de Brasil fechado a novos talentos ex-ternos não tem correspondên-cia na percepção das pessoas, uma vez que 73,7% da popu-lação são favoráveis à vinda de estrangeiros de alta qua-lifi cação e 70,8% acreditam que novos talentos ampliam a produtividade.

QUALIFICAÇÃO

Profi ssionais estrangeiros terão espaço no Brasil

Moradores das favelas utilizam mais os meios tecnológicos que os moradores de asfalto por terem a possibilidade de geração de renda

Morador de favelas é mais ligado à tecnologia

AGÊN

CIA

BRA

SIL

Pesquisa divulgada no Green Gallery, em Nova York, pelo pre-sidente do Instituto

Data Popular e fundador do Data Favela, Renato Meirel-les, indicou que os moradores de favelas são mais conecta-dos com os meios tecnoló-gicos que os habitantes do asfalto. “O número de inter-nautas nas favelas é maior que no asfalto, porque, para as favelas, a internet tem antes de tudo uma função de geração de renda”.

De acordo com a pesquisa, apresentada durante a Sema-na Global da Central Única das Favelas (Cufa), 89% dos inter-nautas de favelas acreditam que a rede pode ajudá-los a ganhar mais dinheiro e 57% já tiveram aumento de renda graças à internet.

“Na crise, a internet é a grande aliada dos morado-res”, destacou Meirelles em entrevista. Isso signifi ca que, quando a situação fi nanceira aperta, os moradores das fa-velas recorrem à internet para conseguir emprego ou mesmo fazer alguma venda.

Para ilustrar como a ino-vação tecnológica pode ser útil à população carente, o presidente do Data Popular lembrou o projeto efetuado pelo Facebook na comunidade

de Heliópolis, em São Paulo.Primeira iniciativa do gê-

nero a ser criada no mundo pela empresa norte-ameri-cana, o projeto ensina cerca de 5 mil pequenos negócios daquela favela a usar o ma-rketing digital para seu de-senvolvimento econômico.

Por meio de capacitação em tecnologias digitais, os pequenos comerciantes po-

dem usar a criatividade para aumentar vendas.

Hoje à tarde, durante lança-mento do projeto Cufa Global, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), Renato Meirelles apresentou estudo sobre a existência de um novo país formado no Brasil. “É um país chamado favelas brasilei-ras, em que 53% das pessoas já passaram fome, em que

ainda existe racismo e que tem preconceito policial”.

Conforme Renato Meirelles, os 12,3 milhões de moradores de favelas no Brasil movi-mentaram cerca de US$ 19,5 bilhões em 2015.

De acordo com ele, isso decorre do crescimento da classe média e do au-mento da escolaridademédia das pessoas.

Conforme a pesquisa, os 12,3 milhões de moradores de favelas no Brasil movimentaram cerca de US$ 19,5 bilhões

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015B8 Mundo

Europa já registrou mais de 400 mil refugiados

Pelo menos 473 mil pes-soas atravessaram, este ano, o mar Mediterrâneo para chegar à Europa, das quais perto de 40% são oriundas da Síria. O número é o dobro do re-gistrado no ano passado, segundo cálculo da Orga-nização Internacional das Migrações (OIM).

Da Síria chegaram 182 mil pessoas, 38% do total, quando em 2014 os refu-giados sírios na Europa representaram menos de 30% das entradas.

De todas as pessoas que chegaram à Europa, 349 mil entraram pela Grécia, 121 mil pela Itália e 2 mil pela Espanha.

De acordo com os le-vantamentos da organi-zação, pelo menos 2.812

pessoas morreram ten-tando a travessia pelo mar.

O Alto Comissariado da ONU para os Re-fugiados indicou que o número de mortos é superior a 2,9 mil.

Joel Millman, porta-voz da OIM, explicou que a diferença dos números se deve, provavelmente, ao fato de esta organi-zação contabilizar ape-nas as mortes ocorridas no mar, não incluindo as pessoas mortas no con-tinente, após a travessia do Mediterrâneo.

Millman afi rmou que o mês de setembro registra, até agora, uma média de oito mortes por dia, de pes-soas que tentavam atra-vessar o Mediterrâneo.

CHEGADA

Mais de 6 milhões de vidas foram poupadas nos últimos anos, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo da Naçõs Unidas para a Infância (Unicef)

Mortes por malária caem 60%, mas ainda há risco

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AÇÃO

A taxa de mortalidade por malária baixou 60% des-de o ano 2000, mas ainda existem mais de 3 bilhões

de pessoas em risco de contrair a doença. A informação é de re-latório conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)).

Segundo o levantamento, fo-ram 6,2 milhões de vidas pou-padas nos últimos 15 anos, entre elas de 6 milhões de crianças menores de 5 anos, o grupo mais vulnerável à doença.

O relatório Achieving the Mala-ria Millennium Development Goal Target mostra que a meta de reduzir à metade o número de casos até 2015 - que consta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - foi alcançada de “ma-neira convincente”, com queda de 37% em 15 anos.

Além disso, há um número crescente de países que estão perto de conseguir eliminar a malária: em 2014, não foram registrados casos da doença em 13 países e em seis o número fi cou abaixo de dez.

As quedas mais rápidas têm sido registradas no Cáucaso e na Ásia Central, onde não se registraram casos em 2014, e na Ásia Oriental, acrescentao relatório.

A malária, no entanto, continua a ser “um problema agudo” de saú-

de pública em muitas regiões. Es-tima-se que só em 2015 tenham sido notifi cados 214 milhões de novos casos e 438 mil mortes em consequência da doença, que pode ser evitada e tratada.

O relatório mostra ainda que cerca de 3,2 bilhões de pessoas – quase metade da população mundial – estão em risco de con-trair malária. “Alguns países con-tinuam com um índice despropor-

cionadamente elevado do total de casos de malária no mundo”. Em 15 países estão 80% dos casos da doença no mundo e 78% de mortes até este ano”, informam os autores do relatório.

As crianças menores de 5 anos representam mais de dois terços de todas as mortes associadas à malária. De 2000 a 2015, o índice de mortes por malária de crianças menores de 5 anos

caiu 65%, o que representa 5,9 milhões de vidas salvas.

O relatório destaca a impor-tância do fi nanciamento global para o combate à doença, mas lembra que ele ainda não é sufi -ciente e que é preciso continuar a investir em redes para se pro-teger do mosquito, no combate à resistência aos medicamentos, em inseticidas e nos sistemas de saúde africanos.

A malária continua a ser “um problema agudo” de saúde pública em muitas regiões do mundo

Da Síria chegaram cerca de 182 mil pessoas à Europa

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TERMINAL

Sem uso e com rachaduras

Dia a dia C4 e C5

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Compromisso com o leitor

Há 28 anos no mercado, o EM TEMPO se tornou referência de credibilidade e segue conquistando novos leitores na era digital

movimenta jornalMostrar o fato sem-

pre olhando os dois lados, essa é a marca do jornal

Amazonas EM TEMPO. Aos 28 anos, o veículo de informação continua diariamente lutando para levar à população os principais acontecimentos em Manaus e no mundo. Até chegar aos pontos de venda, muito trabalho acontece. Da pauta passada até a fi nali-zação na página, os profi s-sionais soam a camisa para oferecer a melhor matéria ao leitor. Esse é o desafi o do jornalista. Estudar, pesqui-sar, apurar e escrever.

Apesar das diversas mídias eletrônicas e da forte concor-rência das rádios e televisões, para o diretor de Redação do EM TEMPO, Mário Adolfo, o jornal ainda é uma grande re-ferência para a sociedade.

“Acredito que o jornalista ainda é uma grande referên-cia na tentativa de mudança da cidade. E mesmo alguns dizendo que por conta das mídias eletrônicas o jornal pode acabar, acredito que não. Se você analisar os úl-timos grandes momentos que mudaram o rumo do Brasil, verá que todos saíram do jor-nal impresso. O escândalo que derrubou o Fernando Collor, o Mensalão, o escândalo da Petrobras, todos saíram de grandes reportagens de jor-nais. Por mais incrível que possa parecer, como o jornal tem mais tempo para apurar, ele ainda está na frente”, afi r-ma Mário, além de ressaltar a importância de uma boa apuração antes de publicar alguma matéria. Ele ressalta que uma das marcas do EM

TEMPO é a credibilidade do veículo, devido à seriedade de todos os jornalistas.

“O jornal não tem borracha. A primeira proprietária do EM TEMPO, a grande jorna-lista Hermengarda Junqueira, sempre disse que o jornal não tem prédio bonito, carro bonito ou dinheiro sobrando, mas o EM TEMPO tem credi-bilidade. Então, trabalhamos muito para colocar o jornal nesse patamar. Nunca ape-lamos e fi zemos o jornalismo marrom. Sempre demos os dois lados da história. Muitas matérias deixamos de pu-blicar porque achamos que

merecia ser mais apurada. Sempre zelamos pela credi-bilidade”, diz.

VanguardaA editora-executiva Jeane

Glay vai além, chamando a atenção para as novas plata-formas que contribuem para a convergência de mídias e atraem os leitores da era digital e que fazem com que o EM TEMPO se destaque en-tre elas. “Ainda há a tradição das pessoas que gostam de ir à banca de revista ou espe-ram o jornaleiro pelo prazer de ler um jornal impresso, de ter contato com o papel,

isso é fato! Mas há aqueles que utilizam o tablet ou o smartphone para se inteirar sobre o que está acontecen-do, seja no Amazonas ou no mundo. Isso é importante, porque mostra que o EM TEMPO também é um jornal de vanguarda”, observa.

Trabalhando no EM TEMPO há 12 anos, o diagramador Mário Henrique Silva cita que diferente de outros meios de comunicação, o jornal pode ser utilizado como documento. Segundo ele, esse é um grande fator para a permanência do veículo no mercado. “Acredito que o jornal sobrevive por-que é importante. O jornal é documento. Enquanto um conteúdo on-line pode sumir, você guarda o jornal e ele é um documento para a vida toda”, observa Mário Henrique.

Com uma vida dedicada à profi ssão, o jornalista, escri-tor e poeta Aldísio Filgueiras vê a profi ssão de uma forma romântica. Apesar das difi cul-dades que encontra no dia a dia, o poeta afi rma não po-der reclamar de nada, pois a adrenalina é sua cachaça. “O jornalista é um escritor de não fi cção. Tem que ter o cuidado de se preparar e conhecer estilos literários. O dia a dia é alimentado pelo estresse. O jornalista tem que escrever como Machado de Assis e Gui-marães Rosas escrevia, mas contando a realidade. Não pode fi ccionar. O cara é um artista. A adrenalina é a ca-chaça do jornalista. É isso que deixa o profi ssional no clima romântico com a profi ssão. Não devemos nunca recla-mar. Quem escolhe carregar a cruz não pode reclamar do peso. Aguente e leve até o calvário”, fi naliza.

POR THIAGO FERNANDO

MÉRITOS

Em 28 anos de estra-da, a equipe do jornal Amazonas EM TEM-PO foi vencedora de inúmeras premiações jornalísticas, em nível regional e nacional, desbancando, muitas vezes, candidatos de peso

Mesmo na era digital, jornal impresso ainda tem um público cativo que não dispensa a versão impressa

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015C2 Dia a diaEM TEMPO lança suplemento destinado aos vestibulandosO “Simuladão 2015” irá oferecer aos candidatos de vestibulares questões com as resoluções comentadas

A partir deste domin-go, os leitores do EM TEMPO serão agra-ciados com o projeto

“Simuladão 2015”, um suple-mento com 70 questões de vestibulares destinado aos candidatos que irão se sub-meter aos processos seletivos das universidades locais ou de outros Estados. Os gabaritos com as questões comentadas serão publicados nas segun-das-feiras subsequentes.

“Faz parte do conceito do EM TEMPO oferecer produtos diferenciados aos seus leito-res, e este projeto é mais uma proposta de levar algo diferen-te ao leitor, além de ser uma ferramenta que irá contribuir para um momento tão deci-sivo e importante na vida das pessoas, que é o vestibular, primeiro passo para ingressar na vida profi ssional”, avalia o gerente comercial do EM TEMPO, Gibson Araújo.

De acordo com Gibson, o projeto é uma parceria entre o jornal e o curso Biosfera Ves-tibulares, além de contar com

o apoio dos colégios La Salle e Marta Falcão. Nas quatro edições do simulado, previstas para serem publicadas nos dias 20 e 27 de setembro e 4 e 11 de outubro, cada uma delas irá contemplar questões das áreas de Humanas, Exatas e Biológicas. Além de testar o conhecimento dos vestibu-landos, cada uma das edições do “Simuladão 2015” também será uma forma de avaliar a desenvoltura dos mesmos e o tempo gasto na resolução do exame simulado.

“Esse projeto vem somar ao conceito do grupo (Ra-man Neves de Comunica-ção), de oferecer projetos voltados ao desenvolvimen-to do cidadão, como, por exemplo, o caderno de Con-cursos, encartado todos os domingos”, destaca Araújo.

O “Simuladão 2015” tam-bém poderá ser conferido na versão on-line do EM TEMPO, e, segundo Gibson, quem perder a edição do su-plemento com as questões ou com as respostas co-mentadas, poderá adquiri-la na sede do jornal.

POR SÍNTIA MACIEL

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AÇÃO

Aos domingos, os leitores do EM TEMPO poderão testar os conhecimentos nos simulados, com questões de Humanas, Exatas e Biológicas

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015C3Dia a dia

ARBORIZAÇÃO URBANA

O Dia da Arvore, celebrado amanhã (21), será comemora-do na capital com a abertura do I Seminário de Arborização Urbana da Cidade de Manaus, com foco voltado para o plane-jamento da arborização urba-na. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), pretende envolver a população para discutir e participar do trabalho de ar-borização urbana, entendendo os desafi os e as difi culdades enfrentadas no dia a dia.

Mais de 200 pessoas, en-tre estudantes, professores, líderes comunitários e técni-cos de prefeituras da Região Metropolitana de Manaus (RMM) estarão participando do seminário que segue até a quinta-feira (24).

O evento será aberto com uma mesa-redonda tendo pesquisadores, especialistas e gestores da Semmas, deba-tendo sobre a experiência de

Manaus e os temas relativos à arborização na atualidade.

O seminário terá minicur-sos que serão oferecidos aos participantes, permitindo vivenciar na prática o pla-nejamento da arborização. O evento ocorrerá no Par-que Municipal do Mindu, das 8h30 às 12h. Os interessados poderão se inscrever no local, nesta segunda-feira.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Itamar de Oliveira Mar, que fará a abertura do seminário, o tra-balho da arborização possui diferentes vertentes e desde o começo da gestão vem sendo uma das principais preocupa-ções da Prefeitura de Manaus, por meio do programa Manaus Verde e Viva.

O programa envolve ações de arborização e paisagismo, plantio, reposições, manejo de árvores adultas, produção de mudas, doação de mudas à

população, irrigação, controle das atividades de corte e poda em áreas públicas e parti-culares, além da fi scalização. “Nossa intenção desta vez é contribuir com a difusão de informações sobre o plane-jamento das ações de arbo-rização para que as pessoas possam entender e contribuir ainda mais para aperfeiçoa-mento desse trabalho”, explica o secretário Itamar Mar.

A diretora de Arborização e Paisagismo do órgão ex-plica que hoje o trabalho de arborização desenvolvido pela Semmas é referência para muitas prefeituras do interior. “Recebemos muitas demandas de mudas e insu-mos para arborização vindas principalmente da RMM e entendemos que essa é uma oportunidade para que esses municípios encaminhem téc-nicos que possam absorver co-nhecimento e também aplicar na prática”, afi rma.

Evento celebra o Dia da Árvore

Difi culdades enfrentadas na arborização da cidade serão debatidas em seminário ao longo da semana

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Orientação vocacional ajuda carreira a seguirTeste é uma forma de identifi car a aptidão do jovem vestibulando, além de auxiliar em que áreas ele poderá atuar

Universidade pública ou privada? Estudar na cidade ou fora dela? Qual curso escolher?

Esses são alguns dilemas que perturbam os jovens que estão em vias de começar a se prepa-rar para os processos seletivos das instituições superiores de ensino. A dica da psicóloga e diretora geral do Centro Lite-ratus (CEL), Rosselane Sandrini, é a orientação vocacional, que pode ajudar nessa fase conside-rada uma das mais importantes na vida dos estudantes.

Executada por psicólogos, a orientação vocacional é uma forma de identifi car os interes-ses e aptidões com uma ou duas áreas de atuação profi ssional.

“A orientação vocacional in-clui uma etapa de autoconhe-cimento que permite ao jovem refl etir sobre suas característi-cas pessoais, suas competên-cias e seus interesses, assim como o auxilia a projetar-se no futuro e imaginar o tipo de vida que ele deseja construir”, destaca a psicóloga.

Por escolherem muito cedo a carreira que vão seguir, os jovens tendem a ter uma visão distorcida do mercado de traba-lho, que pode ser infl uenciada por pais, amigos, professores,

Momento decisivo na vida dos jovens, a escolha de uma carreira deve ser bem avaliada, para que no futuro não haja arrependimentos

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entre outras pessoas do con-vívio diário.

Rosselane frisa que essa é uma das vantagens da orientação vocacional, pois ela desmistifi ca as profi s-sões e mostra suas verdadei-ras rotinas e a realidade do mercado de trabalho.

“Na orientação vocacional, o jovem também faz as suas considerações e interpreta-ções, isso é essencial para que sejam levados em consi-deração seus sonhos, anseios

e expectativas. Nem só nas oportunidades de mercado e salários estará a felicidade fu-tura, é preciso conciliar esses dois aspectos com seus valores e objetivos de vida”, frisa a diretora do Literatus.

Infl uênciasDe acordo com ela, é ine-

gável a infl uência dos pais na escolha vocacional. “A infl uên-cia é sempre positiva, desde que haja liberdade para o fi lho optar por outra profi ssão. Po-

rém, escolher a área somente por infl uência dos pais corre risco de provocar frustrações e ter, sobre os ombros, a res-ponsabilidade de trilhar igual história de vitórias da família”, disse Rosselane.

Antigamente, as profi ssões mais escolhidas pelos jovens eram medicina, direito, odonto-logia, engenharia e outras que detinham tanto status quanto estas. O ofício era transmitido de pai para fi lho por várias gerações. Porém, com o avanço

da economia, o mercado de trabalho aumentou de tamanho e os jovens puderam tomar conhecimento de outras áreas para iniciar suas carreiras.

“É fundamental que os jo-vens se conscientizem da infl uênciasa qual estão sub-metidos, é somente assim que é possível realizar uma escolha profi ssional conscien-te, sem alienar-se dos deter-minantes familiares, sociais e culturais no qual ele está inserido”, conclui.

>>> Busque fazer orien-tação vocacional a fi m de promover autopercep-ção e maturidade sobre si, a realidade exterior e familiar, objetivando escolhas mais efetivas;

>>> Faça uma lista das profi ssões e busque infor-mações sobre elas, inclua conversa com profi ssionais na área, participação em palestras e workshops;

>>> Experimente es-tágios ou trabalhos voluntários a fi m de vivenciar a profi ssão;

>>> Uma vez defi nido, busque formação, especia-lização, viagens, estágios em empresas de referên-cia, pratique idiomas, leia, pesquise e verá que muitas dessas ações virão natu-ralmente e isso tudo vai confi rmar sua escolha e seu propósito de vida.

Dicas que podem ajudar

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015

C5Dia a dia

Relatório mostraMesmo não sendo utilizado para a fi nalidade a que foi destinado, terminal pesqueiro na Zona Sul apresenta algumas complicações na sua estrutura, segundo a Seinfra

Um caso grave de des-perdício de alimen-tos vem acontecen-do justamente com

um dos maiores patrimônios da cidade de Manaus: seus peixes. Aproximadamente, 5 toneladas do alimentos são desperdiçadas por dia, de acordo com o Sindicato dos Pescadores e Pescadoras Ar-tesanais do Estado do Ama-zonas (Sindpesca) no Terminal Pesqueiro da cidade, localiza-do na Zona Sul.

Isso acontece por conta de problemas estruturais na construção e a burocracia no trâmite dos procedimentos que estão travando a reforma do local ao longo dos últimos 5 anos. Tais fatores impedem a implementação de itens im-portantes como um frigorífi co adequado para a demanda dos pescadores e a conservação adequada do pescado.

Mas os problemas não se resumem ao armazenamento e desperdício. A estrutura do local também apresenta com-plicações. A reportagem do EM TEMPO teve acesso com exclusividade a um relatório da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) relatando problemas no piso interno do terminal, além de conversar com o engenheiro Paulo Oví-dio Machado, que assinou o laudo fi nal e descartou risco imediato na estrutura exter-na da construção. “Não há risco nenhum. A estrutura em concreto armado encontra-se incólume”, afi rma.

O piso interno, por outro lado, requer reparos com urgência. “O piso deverá ser restaurado logo. Como está não poderá ser usado. Ele está cedendo, pois está em base insólita e não recebeu a compactação necessária. Se for usado como está, o processo de recalque tende a aumentar mais ainda, tornando o trânsito no interior impraticável”, alerta.

A reportagem procurou o Ministério da Pesca e Agri-cultura para saber se já havia recebido o relatório, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

HistóricoO Terminal Pesqueiro de Ma-

naus começou a ser construído em 2006 e teve custo total de R$ 19 milhões. Na verdade, ele foi orçado em 19 milhões, mas acabou custando R$ 14 milhões, de acordo com o Con-selho Regional de Engenha-ria e Arquitetura (Crea/AM). A obra nunca fi cou pronta em sua totalidade.

Apesar das obras do ter-minal e de um armazém no porto pesqueiro da Panair es-tarem concluídas desde 2010, a estrutura estava embargada por falta de defi nição sobre a posse do terreno e também por falta da construção da câmara frigorífi ca. Hoje, a administra-ção do terminal é responsabi-lidade do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Em junho, um laudo da De-fesa Civil do Estado, feito a pedido da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado do Amazonas (SFPA/AM), apontou que o Terminal Pesqueiro de Manaus tem “ma-nutenção preventiva precária” e pede intervenção estrutural no local para diminuir “efeitos negativos futuros”.

PescadoresAo todo, 120 pescadores

estão sindicalizados e, apro-ximadamente, 3 mil barcos de pesca navegam nos rios do Estado. Para a categoria, o investimento no setor é uma forma de criar alternativas de emprego e renda para a população do interior do Ama-zonas. A expectativa era que, além de receber o pescado, o Terminal Pesqueiro abrigasse um frigorífi co para evitar o desperdício e facilitar o co-mércio de pescado. Mas não foi o que aconteceu.

Mesmo não sendo utilizado, piso do terminal está comprometido

Estrutura do prédio do termi-

nal não estaria comprometida, se-

gundo o relatório da Seinfra

Para o presidente do Sin-dpesca, Ronildo Nogueira, na construção do empreendi-mento não foram observadas as peculiaridades do Estado. “O que temos é só um lugar de embarque e desembar-que. A obra foi feita a partir de um decreto do presidente Lula em 2004, mas quando construíram não observaram as questões do Amazonas e agora o terreno está trincado. Quem fez, quem pagou e o arquiteto que assinou preci-sam ser responsabilizados. A obra foi milionária e não foi concluída”, observa.

LixoA população que usa o

Terminal Pesqueiro de for-ma improvisada divide o espaço com urubus e lixo em um local de venda de alimentos. A situação deve se agravar por conta da época da piracema, quando há o aumento da produção do pescado e assim aumen-ta o número de pessoas circulando no terminal.

A denúncia foi feita por pescadores e consumi-dores na última semana, ao presidente da Comis-são de Agricultura, Pesca, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPPADR) da Assembleia Legislativa do Estado Amazonas (Aleam), de-

putado Dermilson Cha-gas (PDT), quando este vistoriava o local.

Dermilson afirma que o poder público tem que procurar apoiar e ajudar os trabalhadores a ofe-recer serviço adequado à população. “Aqui não adianta levantar forças contra os mais fracos, é preciso ajudá-los. A cida-de precisa ser abastecida e os pescadores precisam trabalhar”, avalia.

EstruturaEm 2014, o Tribunal de

Contas da União (TCU) determinou ao Ministério da Pesca que adotasse to-

das as medidas cabíveis para “a efetiva entrada em funcionamento do Termi-nal Pesqueiro de Manaus, tendo em vista a entrega do mesmo, pela Secretaria de Patrimônio da União ao Ministério em 12 de setem-bro de 2013.

A Prefeitura de Manaus chegou a anunciar tra-tativas para pôr fim ao impasse burocrático que impede há 5 anos a regu-larização do uso da obra pelos pescadores.

O Ministério da Pesca e Agricultura solicitou um re-latório sobre a situação do local para poder financiar as reformas.

Sindicato cobra providências

Balsa onde atracam e descarregam os barcos com pescado é responsável por abrigar o carregamento que diariamente chega ao local

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POR FRED SANTANA

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Relatório mostraMesmo não sendo utilizado para a fi nalidade a que foi destinado, terminal pesqueiro na Zona Sul apresenta algumas complicações na sua estrutura, segundo a Seinfra

Um caso grave de des-perdício de alimen-tos vem acontecen-do justamente com

um dos maiores patrimônios da cidade de Manaus: seus peixes. Aproximadamente, 5 toneladas do alimentos são desperdiçadas por dia, de acordo com o Sindicato dos Pescadores e Pescadoras Ar-tesanais do Estado do Ama-zonas (Sindpesca) no Terminal Pesqueiro da cidade, localiza-do na Zona Sul.

Isso acontece por conta de problemas estruturais na construção e a burocracia no trâmite dos procedimentos que estão travando a reforma do local ao longo dos últimos 5 anos. Tais fatores impedem a implementação de itens im-portantes como um frigorífi co adequado para a demanda dos pescadores e a conservação adequada do pescado.

Mas os problemas não se resumem ao armazenamento e desperdício. A estrutura do local também apresenta com-plicações. A reportagem do EM TEMPO teve acesso com exclusividade a um relatório da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) relatando problemas no piso interno do terminal, além de conversar com o engenheiro Paulo Oví-dio Machado, que assinou o laudo fi nal e descartou risco imediato na estrutura exter-na da construção. “Não há risco nenhum. A estrutura em concreto armado encontra-se incólume”, afi rma.

O piso interno, por outro lado, requer reparos com urgência. “O piso deverá ser restaurado logo. Como está não poderá ser usado. Ele está cedendo, pois está em base insólita e não recebeu a compactação necessária. Se for usado como está, o processo de recalque tende a aumentar mais ainda, tornando o trânsito no interior impraticável”, alerta.

A reportagem procurou o Ministério da Pesca e Agri-cultura para saber se já havia recebido o relatório, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

HistóricoO Terminal Pesqueiro de Ma-

naus começou a ser construído em 2006 e teve custo total de R$ 19 milhões. Na verdade, ele foi orçado em 19 milhões, mas acabou custando R$ 14 milhões, de acordo com o Con-selho Regional de Engenha-ria e Arquitetura (Crea/AM). A obra nunca fi cou pronta em sua totalidade.

Apesar das obras do ter-minal e de um armazém no porto pesqueiro da Panair es-tarem concluídas desde 2010, a estrutura estava embargada por falta de defi nição sobre a posse do terreno e também por falta da construção da câmara frigorífi ca. Hoje, a administra-ção do terminal é responsabi-lidade do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Em junho, um laudo da De-fesa Civil do Estado, feito a pedido da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado do Amazonas (SFPA/AM), apontou que o Terminal Pesqueiro de Manaus tem “ma-nutenção preventiva precária” e pede intervenção estrutural no local para diminuir “efeitos negativos futuros”.

PescadoresAo todo, 120 pescadores

estão sindicalizados e, apro-ximadamente, 3 mil barcos de pesca navegam nos rios do Estado. Para a categoria, o investimento no setor é uma forma de criar alternativas de emprego e renda para a população do interior do Ama-zonas. A expectativa era que, além de receber o pescado, o Terminal Pesqueiro abrigasse um frigorífi co para evitar o desperdício e facilitar o co-mércio de pescado. Mas não foi o que aconteceu.

Mesmo não sendo utilizado, piso do terminal está comprometido

Estrutura do prédio do termi-

nal não estaria comprometida, se-

gundo o relatório da Seinfra

Para o presidente do Sin-dpesca, Ronildo Nogueira, na construção do empreendi-mento não foram observadas as peculiaridades do Estado. “O que temos é só um lugar de embarque e desembar-que. A obra foi feita a partir de um decreto do presidente Lula em 2004, mas quando construíram não observaram as questões do Amazonas e agora o terreno está trincado. Quem fez, quem pagou e o arquiteto que assinou preci-sam ser responsabilizados. A obra foi milionária e não foi concluída”, observa.

LixoA população que usa o

Terminal Pesqueiro de for-ma improvisada divide o espaço com urubus e lixo em um local de venda de alimentos. A situação deve se agravar por conta da época da piracema, quando há o aumento da produção do pescado e assim aumen-ta o número de pessoas circulando no terminal.

A denúncia foi feita por pescadores e consumi-dores na última semana, ao presidente da Comis-são de Agricultura, Pesca, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPPADR) da Assembleia Legislativa do Estado Amazonas (Aleam), de-

putado Dermilson Cha-gas (PDT), quando este vistoriava o local.

Dermilson afirma que o poder público tem que procurar apoiar e ajudar os trabalhadores a ofe-recer serviço adequado à população. “Aqui não adianta levantar forças contra os mais fracos, é preciso ajudá-los. A cida-de precisa ser abastecida e os pescadores precisam trabalhar”, avalia.

EstruturaEm 2014, o Tribunal de

Contas da União (TCU) determinou ao Ministério da Pesca que adotasse to-

das as medidas cabíveis para “a efetiva entrada em funcionamento do Termi-nal Pesqueiro de Manaus, tendo em vista a entrega do mesmo, pela Secretaria de Patrimônio da União ao Ministério em 12 de setem-bro de 2013.

A Prefeitura de Manaus chegou a anunciar tra-tativas para pôr fim ao impasse burocrático que impede há 5 anos a regu-larização do uso da obra pelos pescadores.

O Ministério da Pesca e Agricultura solicitou um re-latório sobre a situação do local para poder financiar as reformas.

Sindicato cobra providências

Balsa onde atracam e descarregam os barcos com pescado é responsável por abrigar o carregamento que diariamente chega ao local

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015C6 Dia a diaAulas comprometidas no município de ManaquiriAlém da falta de pagamento aos barqueiros que realizam o transporte escolar, servidores estariam sem receber

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Sem combustível, barco não transportou estudantes nas comunidades do Manaquiri, deixando-os sem aulas

Pais de alunos do mu-nicípio de Manaquiri - a 79 quilômetros de Manaus - denunciam

a falta de transporte escolar e o atraso no pagamento dos salários dos servidores locais. De acordo com um dos denun-ciantes, que preferiu não se identifi car, o transporte fl uvial destinado aos alunos da esco-la municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada na comunidade Bom Intento, foi interrompido por 15 dias, deixando, aproximadamente, 40 alunos sem aula. Além disso, os servidores públicos municipais não recebem há seis meses.

Segundo ele, os alunos da 1ª à 9ª série do ensino fundamen-tal foram prejudicados pela falta do repasse da cota dos combustíveis aos barqueiros, que não recebem há quatro meses. “A prefeitura deixou de repassar o dinheiro aos proprietários das embarca-ções, que prestam o serviço de transporte dos alunos. Por conta disso, resolveram cruzar os braços, deixando os estu-dantes sem aula”, explica.

Outra situação informada pelo denunciante foi o desli-

gamento de cinco servidores municipais, entre professores, merendeiras, além de admi-nistrativos, que também estão sem receber.

Conforme o pai do aluno, os funcionários demitidos fo-ram orientados a procurar os direitos deles, pois a prefei-tura não teria dinheiro para efetuar o pagamento.

O denunciante afi rma, ainda, que o secretário de Educação ameaçou os funcionários de demissão, caso não voltassem às atividades. Depois das ame-aças, os barqueiros voltaram ao trabalho com as lanchas abas-tecidas de combustível, além do pagamento de um mês efetu-ado, porém admitiram que o combustível teria duração para apenas oito dias.

Um documento elaborado pelos comunitários foi en-tregue ao Ministério Público do Estado (MPE-AM) denun-ciando que as verbas de pa-gamento dos funcionários e as cotas de combustível não estão sendo repassadas pela Prefeitura de Manaquiri.

ExplicaçõesEm resposta às denúncias,

o secretário de Administração da Prefeitura de Manaquiri, Luís Neves, informou que as contas do município estão em atraso devido às verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educa-ção Básica e de Valorização dos Profi ssionais da Educação (Fundeb) terem sido repassa-dos somente 30% pelo gover-no federal, mas adiantou que os salários em atrasos dos servidores estão sendo pagos de acordo com o repasse.

Quanto às paralisações realizadas pelos barqueiros, ele enfatizou que o proble-ma ocorreu, mas foi resolvido com os pagamentos de dois meses em atraso. Os quatro meses restante serão pagos gradativamente. Além disso, as cotas de combustível estão sendo pagas normalmente e nunca houve atraso.

TRANSPORTE

Ao todo, quatro bar-cos realizam os tra-balhos de transporte escolar no município de Manaquiri, sendo dois pela parte da manhã e outros dois à tarde, atendendo as escolas estaduais e municipais da cidade

POR JOSEMAR ANTUNES

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015C7Dia a dia

Bastante frequentes, as infecções respiratórias são responsáveis por altos índices de consultas mé-dicas e internações. Esti-ma-se que metade dessas doenças sejam causadas por vírus, afetando, princi-palmente, pacientes com baixa imunidade, idosos e crianças em fase de ama-mentação. Dentre as prin-cipais, destacam-se a pneu-monia, gripe, bronquite, faringite e resfriados.

Para facilitar o diagnós-tico dessas enfermidades, o Laboratório Sabin dispo-nibiliza o Painel Molecular para Vírus Respiratórios. O exame é capaz de detectar 19 tipos de vírus em uma única amostra e tem ótima sensibilidade, podendo ser realizado apenas com uma coleta de secreção do nariz

ou garganta. O resultado do teste é disponibilizado ao médico e paciente em dois dias úteis.

“A importância do diag-nóstico rápido e a correta identifi cação dos agentes podem evitar o uso excessivo de antibióticos no tratamen-to das infecções respirató-rias e pneumonias”, explica o infectologista e consultor médico do Laboratório Sa-bin, Alexandre Cunha.

A prescrição desneces-sária de antibióticos ex-põe o paciente aos efei-tos adversos indesejáveis da medicação e seleciona bactérias multirresisten-tes. O diagnóstico clínico de “virose”, sem a compro-vação e especifi cação do agente viral, gera ansieda-de e insegurança sobre os diagnóstico e prognóstico.

SAÚDE

Teste identifi ca 19 tipos de vírus respiratórios

Bebês e pessoas com baixa imunidade são propensos a vírus

Voltado para diabéticos, estudo é coordenado por pesquisador do Inpa. Tratamento com o produto em UBS da Zona Leste obteve 95% de êxito

Gel à base de gengibre é finalista em prêmio

Sem esperanças de ser curado de uma úlce-ra de pé diabético, e diante de um diag-

nóstico conclusivo de ampu-tação do dedo, o diretor de uma empresa de táxi aéreo, Mauro Paulino, 37, encontrou no tratamento terapêutico com gel de gengibre amargo a cura para o problema. O reconhecimento do trabalho desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Pesqui-sas da Amazônia (Inpa) veio como fi nalista do XIV Prêmio de Incentivo em Ciência e Tec-nologia para o Sistema Único de Saúde (SUS) 2015.

Durante 90 dias, em 2014, o tratamento terapêutico al-ternativo com o gel do óleo essencial do gengibre amargo foi desenvolvido com 27 dia-béticos com úlceras nos pés e com êxito de 95% de cura das lesões, na Unidade Básica de Saúde (UBS) José Amazonas Palhano, no bairro São José I, na Zona Leste.

O trabalho fez parte da dis-sertação para obtenção do título de mestre em biologia urbana na Universidade Nilton Lins, do enfermeiro Mauricio Ladeia sob a orientação do pesquisador do Inpa, Carlos Cleomir Pinheiro.

O trabalho, intitulado “Es-tudo do potencial terapêutico

de Zingiber zerumbet (gen-gibre amargo) Zingiraceae, no processo infl amatório em portadores de úlceras de pé diabético”, está entre os seis fi nalistas do Premio SUS, na categoria Dissertação de Mes-trado. Os vencedores serão anunciados em cerimônia no

dia 12 de novembro.O gel do gengibre amargo é

fi nanciado pela empresa Bio-zer da Amazônia e já teve o pedido de patente solicitado. A última etapa para que o produto esteja disponível no mercado é a certifi cação junto à Agência Nacional de Vigilân-

cia Sanitária (Anvisa).O extrato do gengibre

amargo tem um potencial cicatrizante, anti-infl amató-rio, cicatrizante, analgésico, além de ser vasodilatador e possuir várias propriedades de interesse farmacológico em nível terapêutico.

Estudos do enfermeiro Maurício Ladeia, orientados pelo professor Cleomir Pinheiro, tiveram bons resultados

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015C8 Dia a diaAtendimento a pacientes é agilizado no Delphina AzizServiço “Posso Ajudar?” orienta os usuários dentro do pronto-socorro e informa sobre alguns procedimentos

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Atendimento procura orientar os pacientes dentro da unidade de saúde, além de tirar dúvidas do público

Disponível 24 horas por dia, os usuá-rios dos serviços do pronto-socorro (PS)

Delphina Rinaldi Abdel Aziz, localizada na Zona Norte, pas-saram a contar com o apoio de uma equipe de atendimento, que fi ca de prontidão para esclarecer dúvidas e ajudar no acolhimento dos pacientes, dentro da unidade. Trata-se do serviço “Posso Ajudar?”. “São cinco colaboradores que se revezam, em sistema de plantão, na recepção do PS, fazendo este trabalho”, ex-plica o diretor da unidade, Remídio Vizzotto.

O diretor acrescenta que a implantação deste novo serviço integra o compro-misso da unidade em as-segurar aos seus usuários um padrão de acolhimento que está em sintonia com as diretrizes da Política de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). “Des-de que inauguramos o pron-to-socorro, há pouco mais de 1 ano, temos buscado inserir, constantemente, na rotina de atendimento da unidade, medidas que visem à melhoria do atendimen-to, o que inclui nossa for-ma de receber e orientar os

pacientes”, disse Vizzotto. O pronto-socorro integra o

complexo que será composto, em breve, pelo hospital Del-phina Aziz. “O hospital será uma estrutura moderna, com equipamentos de ponta, que irá reforçar a rede estadual de saúde com mais 300 leitos hospitalares”, diz o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza.

AcolhidaLia dos Anjos, líder do Servi-

ço de Atendimento ao Usuário (SAU) do pronto-socorro, afi r-ma que o contato direto com os pacientes e acompanhantes, propiciado pelas equipes do “Posso Ajudar?” logo na en-trada do serviço, aumenta a satisfação com o atendimento prestado. “O usuário tem total

apoio no esclarecimento de dúvidas e se sente melhor acolhido”, avalia.

IntegraçãoAntes de começar a atuar,

os integrantes da equipe do “Posso Ajudar?” foram trei-nados pelos profi ssionais res-ponsáveis pela Recepção, área da Tecnologia da Informação (TI) e do Serviço de Atendi-mento ao Usuário (SAU). “Eles (os pacientes) ainda estão se acostumando, mas basta dar-mos um sorriso e um bom dia e eles passam a confi ar na gente. A maioria é muito receptiva com a abordagem que fazemos. Os usuários pre-cisam de informações sobre o caminho até os setores, prin-cipalmente, e no caso dos idosos, nós os levamos até os setores porque eles preci-sam de um acompanhamento mais de perto”, conta Abel Biase, um dos colaboradores do “Posso Ajudar?”.

A estudante Deividiane Silva, 18, procurou atendi-mento no local após sentir dores abdominais e utilizou o serviço. “Foi muito prático. Assim que cheguei à recep-ção, uma pessoa da unidade me abordou e me direcionou ao local certo”, declara.

INDICAÇÕES

Os colaboradores indicam aos pacientes como chegar à sala de medicação, labora-tório e outros setores do pronto-socorro. Orientam, também, quanto aos horários de visita e do boletim médico

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plateia@emtempo.com.br3090-1042MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015

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NOVA VERSÃO

Música para Santo Antônio de BorbaD3

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Thiaguinho traz ‘ousadia e alegria’ para Manaus Paulistano de Presidente Prudente, Thiaguinho é um dos

cantores mais esperados no 15º “Samba Manaus”, que acontece no dia 10 de outubro, no sambódromo. Com a nova turnê do CD “Hey, mundo!”, o “Príncipe do Pagode”

adianta que, para o show em Manaus, preparou uma seleção de músicas tanto do novo álbum quanto do Exaltasamba, grupo que assumiu os vocais por nove anos.

Thiago André Barbosa vive uma nova e vitoriosa fase na sua carreira. Há 3 anos, Thiaguinho investiu na carreira solo. Com o Exaltasamba, lançou oito CDs e quatro DVDs, e ainda ganhou um Grammy Latino, em 2011, de Melhor Álbum de Samba. Já em carreira solo, o artista acumula quatro CDs, um EP e um DVD ao vivo. Com o último álbum, o cantor já emplacou nas paradas de sucesso “Pra que viver nesse mundo?”, com participação de Rodriguinho, e “Hey, mundo!”.

Surpresas e boas recordações são detalhadas pelo cantor, em entrevista exclusiva ao EM TEMPO.

EM TEMPO – Como você analisa a sua afi rmação no pagode, que, hoje, é um gênero musical que lança muitos artistas? Conse-guir se manter no mercado há mais de 10 anos é um desafi o?

Thiaguinho – Eu acho que o samba e o pagode estão em uma ótima fase. Novos grupos e cantores estão sur-gindo e outros grupos e can-tores que fi zeram sucesso há alguns anos estão voltando. O mercado e os profi ssionais estão mais maduros e isso refl ete na boa qualidade das músicas e dos artistas deste segmento. Estou muito feliz e realizado com tudo que estou vivendo. Deus é muito gene-roso comigo.

EM TEMPO – Com o último CD você emplacou dois sin-gles, “Pra que viver nesse mundo?” e “Hey, mundo!”. Como foi escolher as músi-cas e as parcerias deste ál-bum que acumula sucessos, mesmo com pouco tempo de lançamento?

Thiaguinho – Eu estou no segundo single deste disco, mas eu quero que mais mú-sicas toquem nas rádios. Esse foi mais um trabalho que pro-duzi com o Rodriguinho e que conta com as participações do Péricles, Rogério Flausino (do Jota Quest), Mr. Dan e Hellen Caroline. Todas as pessoas que eu chamo para cantar são pessoas que se identi-fi cam comigo e com o meu som. Estou muito feliz com a repercussão dele. No show do “Samba Manaus” eu vou cantar várias músicas desse álbum e quero saber como a cidade vai receber esse traba-lho novo. Estou bem ansioso para isso.

EM TEMPO – No ano pas-sado, você ganhou em duas categorias do Prêmio Mul-

tishow, a de Melhor Cantor e de Música Chiclete, com o hit “Caraca muleke”. O que representam esses dois prêmios?

THIAGUINHO – Eu fi co feliz com todos os prêmios que ganho porque é o reconheci-mento de um trabalho. Mas o maior prêmio, com certeza, é a galera cantando as músicas nos shows, me acompanhando e trocando essa energia boa toda vez que a gente se en-contra, seja nos palcos, nos aeroportos ou em qualquer lugar. O prêmio é gostoso para caramba, mas eu já me sinto premiado por ter a oportuni-dade de fazer música e por ter o Brasil de olho no que eu faço.

Você é conhecido pelos sucessos no pagode e, nes-te novo trabalho, algumas faixas apresentam uma mistura de gêneros musi-cais, como o rap e a black music. Como foi produzir este trabalho com a inter-ferência de ritmos?

Thiaguinho – Eu sempre misturei gêneros no meu som desde o Exalta. Tinha samba com funk, samba com serta-nejo, samba com MPB, samba com rap... Essa sempre foi uma característica do meu som por-que escuto muita coisa. Eu deixo todas essas infl uências rolarem na minha música e isso faz com que ela fi que universal.

EM TEMPO – O “Samba Manaus” está completando 15 anos e você participou de quase todas as edições do evento. É possível fazer um balanço do festival?

Thiaguinho – O “Samba Manaus” é um dos maiores festivais de música do país, é conhecido em todo o Brasil. O público é sempre muito grande. Todo lugar que a gente passa as pessoas falam sobre o “Samba Manaus” e a vontade de parti-

cipar desta grande festa. Tem gente que sai de outras cidades para conferir as atrações. Fico muito feliz em ter participado de quase todas as edições. Uma história muito bonita que a Bete Dezembro e toda sua equipe construíram com a Fábrica de Eventos. Espero participar dos próximos.

EM TEMPO – O que o ma-nauense pode esperar do show de Thiaguinho neste “Samba Manaus” que está debutando?

Thiaguinho – O show cha-ma-se “Hey, mundo!”, nome da nova turnê. Como é uma noite com várias atrações, o show será reduzido, mas

vou tentar fazer um resumo do que eu venho apresen-tando em todo o país. Tem músicas do Exalta, músicas dos outros discos da minha carreira solo e canções do novo trabalho.

EM TEMPO – Nas suas vindas a Manaus, tem al-

guma programação na ci-dade que é imperdível ou gostaria de fazer?

Thiaguinho – Várias coi-sas, como comer aquele peixe gostoso, né?! Gostaria tam-bém de conhecer o Teatro Amazonas, que é um lugar bonito, mas que ainda não tive a oportunidade de visitar.

SERVIÇO

QUANDO: dia 10 de outubroONDE: sambódromo QUANTO: Pista 2º lote R$ 60 (meia entrada)VENDAS: Centrais da Fá-brica de Eventos nos sho-ppings: Amazonas, Cidade Leste e SumaúmaÁrea vip open bar 2º Lote R$ 190 (meia entrada). Com open bar de cerveja, água, refrigerante, caipiri-nha e caipiroska das 21h às 3h. Entrada diferencia-da, bares, banheiros ex-clusivos e acesso ao front stage. Vendas somente para maiores de 18 anosVENDAS: Centrais da Fá-brica de Eventos nos sho-ppings: Amazonas, Cidade Leste e SumaúmaCAMAROTE STAGE LAPPA R$ 300 (meia entrada) em até 2x no cartão. Brin-de: 01 copo e 01 par de havaianas – personaliza-dos. Open bar de cerveja, vodka importada, whisky 8 anos, água e refrigerante das 21h às 04h. Buff et Comida de Boteco. Vista privilegiada dos shows. Entrada diferenciada, bares e banheiros exclusivos. DJ nos intervalosVENDAS: Centrais da Fá-brica de Eventos nos sho-ppings: Amazonas, Cidade Leste e SumaúmaVENDAS ONLINE - www.fabricaingressos.com

“SAMBA MANAUS 2015”

‘ousadia e alegria’

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015D2 Plateia

SÃO PAULO, SP (FOLHA-PRESS) – “Até que aconteça com você, você não vai saber, não vai ser real. Não, não vai ser real. Você não vai saber como eu me sinto.” São os versos de “Til It Happens to You”, nova música de Lady Gaga lançada no YouTube (https://www.youtube.com/

watch?v=ZmWBrN7QV6Y).A canção é dedicada a mu-

lheres vítimas de abuso sexual e é parte da trilha sonora do documentário “The Hunting Ground”, sobre estupro nas universidades americanas.

O vídeo mostra cenas de estupro, de rapazes batizando as bebidas de suas colegas

com sedativos para, depois, abusar delas. Na sequência, elas aparecem com frases como “acredite em mim” e “eu não valho nada”, escritas no corpo. Parte dos lucros pro-venientes da venda da música será doada a organizações que amparam mulheres víti-mas de estupro.

MÚSICA

Gaga lança clipe contra o estupro

fernando.emtempo@hotmail.com - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho Jr. Glaydes e José Augusto Gomes or-

questrarão festa no dia 10 de outubro, comemorando o aniversário de 15 anos da fi lha Bárbara, no Dulcila Fes-tas e Convenções. A aniversariante é neta da querida empresária Dulcila Luniére. O evento movimentará o society de Manaus.

A atração do projeto musical “Tacacá com Pavulagem” da Ta-cacaria Parintins deste domingo será o cantor Serginho Queiroz. O show começa, a partir das 19h, no espaço gastronômico cultural localizado no Centro Social Urba-no (CSU) do Parque Dez.

Rosa Doval estréia idade nova hoje. Cumprimentos da coluna.

A apresentadora Regina Casé mostra hoje no programa ‘Es-quenta’ o nosso Boi Garantido, um dos monumentos do folclore brasileiro. O programa conta com a participação da Rainha do Fol-clore, Isabelle Nogueira, André Nascimento como Pajé, Denildo Piçanã como Tripa, Ito Teixeira como Diretor de Arena e o jor-nalista Mencius Melo como repre-sentante da Comissão de Arte do Festival de Parintins.

Festão na agenda do high society de Manaus, no dia 3 de outubro, no Tropical Hotel: a festa de 15 anos de Luiza Nicolau.

A partir de hoje, seguindo até o dia 8 de outubro, exposição de todas as capas da revista do Sho-pping Manauara, além de fotos do editorial de moda da edição atual, no Piso Castanheira.

Amanhã é o momento de cum-primentar Mara Makarem, Juliana Ra-fael, Janayna Conde e Jeane Pinheiro, que estarão aniversariando.

Vitrine

Ações artísticas

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esej

o . A Vacheron Constantin completou seu 260º aniversário na quinta-feira e, para comemorar a data, apresenta o relógio mais complicado – e desejado - já fabricado pela maison.. A peça, única no mundo – pedido exclusivo, feito sob encomenda para um colecionador pelo Atelier Cabinotiers -, é um relógio de bolso com 57 funções, entre elas múltiplos calendários e um cronógrafo fl yback duplamente retrógrado.

Mais um de seus diferen-ciais, o alarme permite a opção entre o tradicional de um gongo único de

diferentes tons com um martelo único ou o alarme com o car-rilhão de Westmins-ter, completo no modo de grande ou petite sonnerie.

Cumprimentos da coluna.

A apresentadora Regina Casé mostra hoje no programa ‘Es-quenta’ o nosso Boi Garantido, um dos monumentos do folclore brasileiro. O programa conta com a participação da Rainha do Fol-clore, Isabelle Nogueira, André Nascimento como Pajé, Denildo Piçanã como Tripa, Ito Teixeira como Diretor de Arena e o jor-nalista Mencius Melo como repre-sentante da Comissão de Arte do Festival de Parintins.

Festão na agenda do high society de Manaus, no dia 3 de outubro, no Tropical Hotel: a festa de 15 anos de Luiza Nicolau.

A partir de hoje, seguindo até o dia 8 de outubro, exposição de todas as capas da revista do Sho-pping Manauara, além de fotos do editorial de moda da edição atual, no Piso Castanheira.

Amanhã é o momento de cum-primentar Mara Makarem, Juliana Ra-fael, Janayna Conde e Jeane Pinheiro, que estarão aniversariando.

Magazine. A Manaus dos prédios históricos, dos monumentos e da cultura. É isto que o Manauara Shopping colocou na sétima edição da sua revista personalizada, a Manauara MAG, que chega às mãos de clientes e formadores de opinião, de forma gratuita, a partir deste fi m de semana.. Com enfoque em moda, comportamento, bem-estar e turismo, a publicação teve todo o editorial de moda de Primavera/ Verão fotografado em Manaus. . A produção de moda com assinatura do stylist paulista César Fassina.

2.

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. Performances, ofi cinas, exposições de arte, mostras de fi lmes e lançamento de livro são algumas das atividades na agenda da Ocupação Lugar Uma, que acontece a partir de segunda-feira, no Lugar Uma de Artes.. A tomada artística vai transformar o espaço multicultural no Centro de Manaus em abrigo para uma série de ações artísticas diárias, ao longo de três meses, com acesso gratuito. A iniciativa foi contemplada pelo Prêmio Manaus de Ocupação Artística 2015, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).. “Reservoir”, de Francisco Rider (Foto), será a primeira performance na agenda da Ocupação, no dia 27, do-mingo, às 19h. Releitura de um trabalho encenado pelo artista amazonense em 2004, na Judson Church, em Nova York, a montagem lança mão da voz e do corpo para traçar uma narrativa entre o fi ccional e o real, explorando as linguagens das Artes Visuais e da Dança Contemporânea.

1. A cantora amazonense Eliana Prints, que se apresentará em Manaus em show inédito no dia 26 no Teatro Amazonas, recebe o afa-go do empresário Zeca Nascimento, amigo e fã da artista

2. O elegante empresário Paulo Girardi, um dos personagens do livro ‘Manaus Jet-Set’ que o fotógrafo Célio Said, lança no próximo dia 24 na Casa das Artes

3. Janayna e Roberto Conde durante evento no Condomínio Ephigênio Salles

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015D3Plateia

Musical dos anos 1990 ganha estrutura eruditaA nova versão de “Santo Antônio, padroeiro de Borba”, do maestro Adelson Santos, estreia daqui a dois meses

Manaus conhecerá, daqui a dois me-ses, uma home-nagem musical a

“Santo Antônio, padroeiro de Borba”, município a 151 qui-lômetros da capital. Não se trata de uma viagem fundada no dois para lá e dois para cá das toadas de boi-bumbá, que se dissemi-naram por to-dos os eventos populares rea-lizados no inte-rior do Estado. O trabalho eru-dito composto pelo maestro Adelson San-tos está pron-to desde o fi nal dos anos 1990 e é a tradução de um poema do escritor e jornalista e Al-disio Filgueiras (não é a pri-meira parceria dos dois, que fi zeram “Dessana, Dessana”, em 1970).

A estrutura musical da obra apresenta uma síntese com formas europeia e princi-palmente brasileira, sob a regência do maestro ama-

zonense Adelson Santos. Os ensaios estão sendo realiza-das duas vezes na semana, às terças e quintas-feiras, a partir das 15h, no Centro de Artes da Universidade do Amazonas (Caua), localizado na rua Simão Bolívar, no centro de Manaus.

O maestro enfatiza que a composição foi enriquecida

com orques-tração para ga-nhar mais vida, para não cair na redundân-cia. “Eu peguei as variações já existentes e estendi a obra com o tempo maior, dando mais estrutura, para não cair no buraco ne-gro”, explica.

“Santo Antônio, padroeiro de Borba” foi criada nos 1990 e tocada com orquestras de violeiros. Com a nova estrutu-ra erudita, o maestro diz que o musical está quase pronto e em breve será divulgado. “Não quero criar expectativa, mas a obra de 55 minutos está quase pronta, e a previsão do lançamento será no máximo

Adelson Santos durante os ensaios semanais do musical, que conta com 40 músicos e o coral feminino da Orquestra Vozes da Ufam

em dois meses”, diz.Ao todo, 40 músicos vão

participar do espetáculo, com-posto por fl autistas, violinis-tas, saxofonistas, entre outros profi ssionais da música, além do coral feminino da Orques-tra Vozes da Universidade Fe-

deral do Amazonas (Ufam).

QualidadeSantos ressalta a importân-

cia da música bem trabalhada na sociedade, mas lamenta a falta prestígio do público, que ainda prefere aderir a outros

tipos de músicas brasileiras. Ele afi rma que outro contri-buinte para esse problema é a falta de mercado de tra-balho para o músico, onde surgiram muitos jovens com muita qualidade.

“Para a arte da música

em Manaus é uma angústia a cada dia, pois o trabalho com repertório bem elabo-rado que leva meses acaba em poucos dias e que, infe-lizmente, não tem como de-senvolver”, conclui o maestro Adelson Santos.

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POR JOSEMAR ANTUNES

PRODUÇÃO

Originalmente, o musical “Santo Antônio, padroeiro de Borba” foi tocado com orquestras de violeiros. A nova versão possui 55 minutos e, segundo o maestro, já está quase pronta

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015D4 Plateia

B e l e z a , moda e gla-mour estarão reunidos na 17ª edição da “Feira Estética & Moda Ma-naus 2015”, que está cada vez mais pro-fi ssional e será realizada de 24 a 27 de setembro, das 17h às 22h, no Studio 5 Centro de Convenções em Manaus.Organizada e pro-movida pelo Studio 5 Centro de Convenções, a feira reúne algu-

mas das mais conceitua-das marcas de produtos, equipamentos e serviços para a área de beleza, além das mais recentes tendências e lançamen-tos dos segmentos de m o d a infantil, femini-na, mas-c u l i n a ,

Pluz Size, fi tness e noivas. A di-retora da “Feira Estética & Moda 2015”, Camila Sampaio Daou, declara: “Nos-so objetivo é apresentar os principais lan-çamentos em produtos, serviços e inovações, sinalizando tendências e pro-movendo negócios nas áreas de beleza e moda”.

Na área de moda, os desfi les dos segmentos infantil, Plus Size, de noivas e fi tness são muito

concorridos e o destaque será o estilista manauen-se Jean Carlos, que veste Viviane Araújo e diversas musas do

Carnaval, do Boi Garantido e Caprichoso. Será realiza-

do também um desfi -le com os lançamen-tos dos ex-positores e o desfi le de encerramento contará com a participação do ator global Daniel Rocha, o “João Lucas”, fi -lho do Comen-dador da no-vela “Império”.

No segmento de estética, os destaques são: “Simpósio Saúde e Qualidade de Vida na Amazô-nia”, o 2º Congresso Científi co de Estética & Moda Manaus”, o “Curso A Make perfeita Noite e Dia”, com o maquiador da MAC

de Mia-mi, Joshua R ibadeo , atração do Studio Ci-dade, o “1º Congresso nacional de Designer de Sobran-celhas”, or-ganizado pela esco-

la de maquiagem profi ssional Katy Anne Ribeiro, o “Workshop Perfect Blond, a Arte de criar Louros perfeitos”, promovido pelo expositor Hershare e ministrado por Cidinha Lins, reco-nhecida por seu tra-balho diferenciado em coloração de cabelos louros e a “Apresentação de Tendências de Cortes, Cores e Penteados” promo-vida pelo expositor

Haskel com o pro-fi ssional Félix Filho, entre outros.

A “Feira Estética & Moda Manaus 2015” vai fazer algumas ações so-ciais e ambientais, como bazar benefi -cente com o Insti-tuto Nacer (Núcleo de Assistência à Criança e à Família). Instituto Alguém, que presta assistência a crianças em tratamento contra o câncer e seus familiares e que estará

expondo produtos personalizados na feira. O ator global Daniel Rocha vai participar do desfi le de encerramento da feira vestindo uma camiseta customi-zada pelas Institui-ções. Em parceria com o canal Ama-zon Sat, serão re-alizadas coleta de leite para crianças

em tratamento contra o câncer e

distribuição de mudas de plantas para desper-tar a consciência ecoló-gica dos visitantes.

O evento é aberto a todos os profi ssionais da área, estudantes, con-sumidores em geral e a Manazinha vai estar lá

escolhendo uma pessoa que ga-nhará uma TRANSFORMAÇÃO total! PARTICIPE!

Feira Estética & Moda Manaus 2015

EVENTO

Lançamentos, inovação, infor-mação, interação e treinamento: o universo da beleza e da moda se reúne no principal evento do setor realizado na Região Norte do país

feira vestindo uma camiseta customi-zada pelas Institui-ções. Em parceria com o canal Ama-zon Sat, serão re-alizadas coleta de leite para crianças

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015D5Plateia

TV TudoElencoO músico Mumuzinho, do

“Esquenta!”, está na mira da equipe de “Mister Brau” para viver ele mesmo no programa, que estreia ter-ça-feira na Globo em subs-tituição a “Tapas & Beijos”. “Brau” tem à frente Lázaro Ramos como a mais nova sensação da música brasi-leira. Taís Araújo, por sua vez, repetirá na fi cção o papel de esposa, Michele.

Túnel do tempoO Viva estreia dia 12 de

outubro, às 13h, uma das temporadas de maior su-cesso de “Malhação”, a de 2004. A edição alavancou a carreira de Marjorie Estia-no na televisão. Ela viveu a vilã Natasha, apaixonada por Gustavo (Guilherme Beren-guer), seu colega de banda, ou “Vagabanda”, e fazia de tudo para afastá-lo de Letí-cia (Juliana Didone).

Expediente normalEra de se esperar que, de-

vido a essa turbulência em “A Regra do Jogo”, já houvesse uma certa pressão na equipe da próxima novela, com título provisório de “Sagrada Famí-lia”. Mas não. Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari não alteraram em nada o plane-jamento adotado para esse trabalho. E não alteraram

porque a direção da Globo não fez nenhum pedido aos autores.

Nova bateriaLarissa Manoela e o elen-

co de “Cúmplices de um resgate” estão envolvidos nas gravações de três novos videoclipes para a novela. Todos com a participação da protagonista. Direção de Ricardo Mantoanelli.

ContinuaA equipe do “Pânico” na Ban-

deirantes não desistiu de gra-var na Praça da Sé, apesar do tremendo sufoco no último dia 4. Na ocasião, os trabalhos do quadro “Laura Müller do Povo”, com Mariana Gonzalez, foram

interrompidos por causa de um tiroteio. Duas pessoas mor-reram. O local seguirá como locação do quadro.

Distância regulamentar Glória Pires pretende fi car

um bom tempo afastada das novelas para se dedicar a outros trabalhos, como o ci-nema. E, claro, curtir bastante a vida em Paris.

EfeitosA Globo produziu uma cha-

mada toda especial para pro-mover o Mata-Mata da Copa do Brasil, movimentando Cle-ber Machado e Luís Roberto. Portanto, agora é torcer para que a qualidade do espetáculo seja a mesma.

Bate – Rebate• O vínculo de Tiririca com o

“Pânico” vai até fevereiro de 2016...

• ...Mas sua situação no pro-grama será defi nida entre no-vembro e dezembro.

• Ainda do “Pânico”, apesar do assédio da Record, o programa não perdeu ninguém de peso para a próxima “Fazenda”...

• ...Se sair alguém, aos 45 do segundo tempo, será sur-presa até para os donos do programa.

• Paolla Oliveira, Malvino Salvador e Tatá Werneck vão trabalhar juntos de novo em uma novela da Globo...

• ...Os atores, que estiveram em “Amor à Vida”, farão “Haja Coração”, produção na fi la das 19 horas.

‘Receitas Brasil’ com a chef Letícia Massula

LUIZ

CAR

LOS

FERN

AND

ES

Na quinta-feira, 24, às 10h, o Nat Geo vai promover um evento no Le Pain Quotidien, no Itaim, em São Paulo para promover o lançamento de “Todas As Manhãs do Mundo”, novo programa de Lawrence Wahba, com estreia dia 4 de outubro, às 22h15. A série vai mostrar o amanhecer em cinco santuários diferentes ao redor do planeta e durou 2 anos para ser gravada e fi nalizada. “Todas as Manhãs” envolve uma parceria com a produtora francesa Bonne Pioche, ganhadora do Oscar de melhor documentário em 2006 com “A Marcha dos Pinguins”.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Bastidor Grazi Massafe-

ra e Flávio To-lezani gravaram cenas de “Ver-dades Secretas” nas proximida-des da Estação da Luz, em São Paulo. “Vou sair feia”, dizia a atriz, bem humorada, para as pessoas que pediam para fotografá-la. Sua atuação nas gra-vações foi muito elogiada.

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

plateia@emtempo.com.br

Canal 1

Dos mais simples aos mais sofi sticados, os programas de culinária se tornaram presença obrigatória nos programas da TV aberta e dos canais pagos. E o Sony, no caso, se prepara para aumentar sua participação no bolo. Em novembro, o canal estreia a produção da Medialand, “Recei-tas Brasil”, que tem a cozinha brasileira como grande estrela. Em 24 episódios, a chef Letícia Massula vai mostrar os mais diferentes pratos com tempero do país.

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

A leitura de “A Idelologia Alemã” de Marx e Engels refl ete sobre o ímpeto presente ainda hoje em muitos dos nossos. Imaginar um mundo das ideias incompatível com a realidade é tão utó-pico quanto desnecessário, pelo menos hoje, mas não à época, sobretudo para os neo-hegelianos, grupo criticado por Marx e Engels. Mas Marx pertenceu ao círculo dos seguidores de Hegel e talvez por isto tenha se desiludido ou discordado de seus princípios e proposto a sua visão materialista da história, um materialismo que aborda o mundo sensível sem os distanciamentos meta-físicos dos neo-hegelianos. A resposta e alternativa ao espírito metafísico e religioso de vários fi lósofos neo-hege-lianos, é, claro, o comunismo livre de classes onde o indivíduo reivindique suas necessidades enquanto indivíduo mas sem uma classe que fale por ele, pois no Comunismo, esta não existiria.

Obras juvenis e de maturidade de Marx. Como afi rma Gyorg Márkus, não é possível “nem mesmo metodologicamente, traçar uma demarcação nítida e rígida entre as obras de ‘juventude’ e as de ‘maturidade’ de Marx” e que para isso seria necessário uma íntima análise das obras de Marx e a relação com o seu desenvolvimento intelectual para chegarmos à conclusão de que esta separação se deu a partir da mudança de uma concepção jovem-hege-liana para uma materialista e comunista, e é só a partir deste entendimento que se pode falar de obras juvenis e obras maduras de Marx e defi nir cisões.

Portanto, é a partir do momento em que Marx se afi rma ideologicamente materia-lista e comunista que devemos pensar em suas obras juvenis e obras de maturidade – e isto de dá precisamente em 1843. A partir daí, Marx empreendeu uma série de obras com o objetivo de esclarecer suas próprias ideias e esse entendimento se deu criticando problemas como a relação entre o homem e a natureza, a essência da evolução histórica, e a questão da “signifi cação” histórica; as relações das

formas espirituais do homem com sua atividade material, a relação do indivíduo e da sociedade e etc.

A grande diferença entre Marx e outros revolucionários da época é que ele não procurou refutar “em nome da justiça e da moral humana” os fenônemos descritos, e sim, analisar cientifi camente estes fenômenos e evidenciar o que está oculto por trás destes. Após esta análi-se “objetiva” dos fenômenos é que ele procurou esclarecer as possibilidades e perspectivas da ação revolucionária.

Como exemplo, podemos falar do que se chama “concepção marxista do caráter social do homem” de modo a ilustrar esta objetividade, este processo de subjetivação em Marx. O trabalho, segundo Marx, se insere num contexto sociohistórico onde herdamos de nossos antepassados e de gerações passadas formas de trabalho com o objetivo de, a partir dele, suprir nossas necessidades. Dessa forma, “a atividade do indivíduo está em dependência objetiva da ativida-de de um círculo cada vez mais extenso de outros indivíduos”.

Essa forma de trabalho, sem a posse dos recursos e da propriedade privada, “aliena o indivíduo de sua própria ativi-dade produtiva”. Ele deixa de desenvolver livremente suas próprias capacidades criadoras onde o indivíduo oprime seu corpo e seu espírito. A propriedade pri-vada, como componente dessa divisão e, consequentemente, da alienação, separa o operário de seu produto e faz dele um “objeto estranho”. O autor aponta ainda que é “a alienação econômica que fornece o fundamento das outras formas de alienação social”. De modo conclusivo, em nossas breves observa-ções, é importante lembrar que – voltando a diferença citada acima entre Marx e outros revolucionários de seu tempo – a fi losofi a marxista não se refere apenas a construção de ideias mas também a mudança do mundo. Marx não procurava apenas a compreensão deste, mas sim, a modifi cação de sua estrutura.

O jovem e maduro Karl Marxplateia@emtempo.com.br

Márcio Braz

A grande diferença entre Marx e outros revolu-cionários da época é que ele não procurou refutar ‘em nome da justiça e da moral humana’ os fenônemos descritos, e sim, analisar cientifi ca-mente estes fenômenos e evidenciar o que está oculto por trás destes”

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ULG

AÇÃO

O SBT leva ao ar mais um episódio do seriado “Arqueiro”, com o ator Stephen Amell (à esquerda)

ÁRIES - 21/3 a 19/4É positivo e que o benefi ciará muito e de modo decisivo em assuntos relacionados com a família. Notícias agradáveis. Data positiva para fazer mudanças física ou interna. No período, não mude de atitude em relação ao seu amor, é hora de assumir o relacionamento e partir para a concretização.

TOURO - 20/4 a 20/5 Você está vivendo um dia que muito o favorece. Faça tudo para evitar atritos, discussões e cena de ciúme. Boas notícias à tarde e novos conhecimentos de bons resultados para o futuro. Otimismo e persistência são fatores reais para o sucesso. Faça alguns exercícios leves para manter uma boa forma física e psíquica. Cuidado com os ciúmes!

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Cuidado com o amor a primeira vistam tudo pode não passar de ilusão. Confi e em si e fará associações que

trarão bons resultados. As suas questões fi nanceiras estão oscilando, convém poupar. Será mais fácil traduzir em palavras os seus pensamentos. Cuidado para não perder o limite que separa o real daquilo que você fi ca imaginando, este é o maior perigo do momento.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Hoje poderá receber correspondência do seu interesse. Saiba incentivar o seu otimismo. Deixe de lado o seu ciúme, o seu espírito de vingança, no fi nal só você perderá. Haja de maneira prática e alcançará maior sucesso. Procure conter os seus gastos. Poderá recu-perar possíveis perdas.

LEÃO - 23/7 a 22/8Melhores oportunidades de soluções em assuntos jurídicos. O dia indica momento favorável para con-sultas a médico ou dentista. Não discuta nem brigue com ninguém, principalmente no transito. Faça todos os esforços para manter uma boa e saudável ali-

mentação.

VIRGEM - 23/8 a 22/9Procure seguir métodos originais para conseguir o que lhe parece difícil, sejam os objetivos fi nanceiros ou de ordem doméstica. Organize o seu programa de pagamentos e recebimentos. A posição da lua indica um dia prático para tudo o que deseje realizar, principalmente os assuntos amorosos.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Dia propício para festejar a vida. Seja coerente com a alegria que as pessoas ao seu redor transmitem a você. No trabalho, permaneça com o foco nos resul-tados, mas sem se deixar infl uenciar por mecanismos ilícitos, que podem manchar a sua carreira.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11O astral está favorecendo sua vida amorosa. Pe-ríodo favorável para aventuras, mas não abuse.

A sua disposição para aventuras, pode levá-lo a extremos. Bom momento para viagens curtas e prazerosas. Saúde procure se hidratar bem, o uso de vitaminas é indicado.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Sua probabilidade de êxito material será aumentada hoje preste atenção às entrelinhas. Por outro lado, deverá prosperar no campo profi ssional e poderá conseguir o que pretende na vida artística. Bom para iniciar novos contatos sociais. Você irá vangloriar-se por suas atitudes ousadas. No romance a sexuali-dade ditará o rumo da relação, cuidado!

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1Alguma prudência será bastante aconselhável, uma vez que afastará a possibilidade de se perder nos negócios, esqueça a senha da sua conta bancária. Saúde, dinheiro e amor sob-bons fl uxos astrais. Muita criatividade nas coisas do amor, resultan-

tes da transcendência das suas energias vitais e sexuais.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Ocorrências dispersivas poderão desviar sua aten-ção dos compromissos e problemas mais importan-tes do dia. Não permita que isto aconteça. Fluxo bom para o trabalho, saúde e o amor. Procure divertir-se mais. Sua vida fi nanceira estará mais movimentada e poderá alcançar o que deseja.

PEIXES - 19/2 a 20/3Supere o mau humor que evitará questões que poderiam terminar em atritos. Muitas serão suas chances de sucesso no campo profi ssional. Pode tirar proveitos de parentes, uma vez que alguns deles estarão prontos a ajudá-lo em tudo o que for preciso, recorra a quem realmente esta disposta a te ajudar. No amor, bom para fi car juntinho, curtindo o momento.

SBT GLOBO4h45 JORNAL DA SEMANA SBT6h BRASIL CAMINHONEIRO6h30 TURISMO & AVENTURA7h15 ACELERADOS8h CHAVES10h MUNDO DISNEY12h DOMINGO LEGAL14h ELIANA18h RODA A RODA JEQUITI18h45 SORTEIO DA TELESENA19h PROGRAMA SILVIO SANTOS23h CONEXÃO REPÓRTER0h SÉRIE: ARQUEIRO1h SÉRIE: NIKITA2h SÉRIE: GAROTO DE OURO3h BIG BANG3h30 IGREJA UNIVERSAL

BAND5H POWER RANGERS6H30 SANTA MISSA NO SEU LAR7H30 POWER RANGERS8H30 MASKAT NA TV9H30 QUAL É O DESFIO?10H45 VERDADE E VIDA11H PÉ NA ESTRADA11H30 COPA PETROBRAS DE MAR-CAS – ETAPA DE CAMPO GRANDE/MT12H30 BAND ESPORTE CLUBE14H GOL: O GRANDE MOMENTO DO FUTEBOL14H30 FUTEBOL 2015 – AO VIVO – ATLÉTICO-MG X FLAMENGO16H50 3º TEMPO19H SABE OU NÃO SABE20H SÓ RISOS21H15 PÂNICO NA BAND0H15 CANAL LIVRE1H15 GLEE1H50 FILHOS DA ANARQUIA2H40 IGREJA UNIVERSAL

4H45 SANTA MISSA5H45 AMAZÔNIA RURAL6H15 PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES NEGÓCIOS6H50 GLOBO RURAL7H48 MUNDIAL DE FÓRMULA 1: GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA10H10 AUTO ESPORTE10H30 ESPORTE ESPETACULAR12H ESQUENTA13H10 TEMPERATURA MÁXIMA. FILME: X-MEN 215H FUTEBOL 2015: CAMPEONATO BRA-SILEIRO – ATLÉTICO MG X FLAMENGO17H DOMINGÃO DO FAUSTÃO20H FANTÁSTICO22H20 TOMARA QUE CAIA23H20 ROCK IN RIO VI – 30 ANOS2H09 SESSÃO DE GALA. FILME: O GURU DO AMOR3H24 MENTES CRIMINOSAS4H05 MENTES CRIMINOSAS

Programação de TV

Cruzadinhas

Horóscopo

CinemaESTREIA

CONTINUAÇÕES

A Entidade 2: EUA. 16 anos. Kinoplex 1 – 18h40 (dub/diariamente), 14h20 (dub/somente sábado).

Carga Explosiva – O Le-gado: EUA. 14 anos. Ki-noplex 1 – 16h30, 20h50 (dub/diariamente).

1. Que Horas Ela Volta?: BRA. 12 anos. Kinoplex 2 – 15h50, 18h10, 20h30 (diariamente).

Linda de Morrer: BRA. 12 anos. Kinoplex 4 – 15h20, 19h30 (diariamente).

O Pequeno Príncipe. EUA, FRA. Livre. Kinoplex 5 – 13h40 (dub/diariamente).

1.

1. Maze Runner – Prova de Fogo: EUA. 14 anos. Thomas (Dylan O´Brien) e seus com-panheiros Clareanos vão en-carar seus maiores desafi os até agora: procurar por pistas sobre a misteriosa e poderosa organização conhecida como

C.R.U.E.L. Sua jornada os leva até O Deserto, um cenário de-solado repleto de obstáculos inimagináveis. Unindo-se com lutadores da resistência, os Clareanos desafi am as forças superiores da C.R.U.E.L e des-cobrem seus terríveis planos

para todos eles. Kinoplex 3 – 15h40, 18h20, 21h (3D/dub/diariamente), 13h (3D/dub/somente sábado e domingo), Kinoplex 5 – 21h20 (3D/dub/diariamente), 18h40 (3D/leg/diariamente), 16h (dub/diaria-mente).

1.

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015D7Plateia

gutomosaico@hotmail.com

Guto OliveiraEncontro de Guto OliveiraEncontro de Encontro de

chefs

trabalho que vem sendo feito nos últimos anos na capital do Amazonas. O levantamen-to foi feito pela consultoria Austin Ratings com base em cerca de 500 itens e elaborado após análise de todas as 5.565 cidades brasileiras.

*** Jeferson e Gigi Cunha lan-

çam na próxima quarta-feria, a partir das 20h, somente para convidados, no bufê Casa das Artes um novo empreen-dimento na produção editorial da cidade. Trata-se da revista “Em Visão – Médicos”. No primeiro número, a revista traz em destaque os sócios dra. Montaha Jasserand e Israel Oliveira, Elza Sarkis e

Cristiano Paiva. Já na segun-da capa a ascensão do todo estiloso Rodrigo Ezagui.

***Para manter a segurança e a integridade assessores da presidente Dilma Rousseff es-tão de olho nos empresários do PIB nacional. Para reuniões eles estão tendo que entregar

É um programa muito impor-tante e conseguimos aumen-tar a quantidade de recursos.

Serão mais de R$ 80 milhões só para aplicar no microcrédito com juros de 3%. Uma bênção para as pessoas que mais precisam

O prefeito Arthur Neto (PSDB) está rindo à toa. Mal acabou de chegar de Londres, onde foi agraciado como “prefeito empreen-dedor” e já emendou outra homenagem. Dessa vez foi em São Paulo. Na noite da última quinta-feira, Manaus foi agraciada com dois prê-mios de “cidade com melhor qualidade de vida”, títulos concedidos no ranking ”As melhores cidades do país”, criado pela Revista “IstoÉ”. O prefeito Arthur Virgílio Neto recebeu a premiação e, duran-te a solenidade, disse que o título é um reconhecimento ao

José Melo

seus celulares na entrada. Os aparelhos são colocados em envelopes com o nome do dono, grampeados e de-volvidos somente ao fi nal do encontro. Tudo para evitar gravações e vazamentos.

***O fraco desempenho da economia e os parcelamen-tos especiais concedidos no ano passado que não se repetiram este ano fi zeram a arrecadação federal atingir, em agosto, o menor nível em cinco anos. Segundo núme-ros divulgados pela Receita Federal, foram arrecadados R$ 93,738 bilhões no mês passado, com queda real (descontada a infl ação ofi -

cial) de 9,32% em relação a agosto do ano passado. O valor é o mais baixo para o mês desde 2010.

***O Estado do Amazonas vacinou, durante a Campa-nha Nacional contra a Po-liomielite, mais de 333,6 mil crianças, o que corresponde a 96,1% do público-alvo. A mobilização foi realizada, em todo o país, de 15 a 31 de agosto. Balanço do Ministério da Saúde indica que 15 Estados atingiram a meta estabelecida, que é de vacinar 95% das crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Em 12 Estados a meta não foi alcançada.

Um dos lugares mais badalados da cidade quando o assunto é alta gas-tronomia recebeu o chef francês e um dos jurados do pro-grama Master Chef, Erick Jacquin. De an-fi triões estavam a chef Bianca Paes Barreto e o sócio Or-sine Oliveira Júnior. Por lá também circu-lavam Hiroya Taka-no, Babu Loureiro e Thiago Sales.

Tomada artística no centro de Manaus

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ÃOPerformances, ofi cinas, ex-posições de arte, mostras de fi lmes e lançamento de livro são algumas das atividades na agenda da Ocupação Lugar Uma, que acontece a partir desta segunda-feira (21), no Lugar Uma de Artes. A toma-da artística vai transformar o espaço multicultural no Centro de Manaus em abrigo para uma série de ações artísticas diárias, ao longo de três me-ses, com acesso gratuito. A ini-ciativa foi contemplada pelo Prêmio Manaus de Ocupação Artística 2015, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).

“Reservoir”, de Francisco Ri-der, será a primeira performan-ce na agenda da Ocupação, no dia 27, domingo, às 19h. Relei-tura de um trabalho encenado pelo artista amazonense em 2004, na Judson Church, em Nova York, a montagem lança mão da voz e do corpo para traçar uma narrativa entre o fi ccional e o real, explorando as linguagens das artes visuais e da dança contemporânea.

Outros trabalhos a serem encenados durante a Ocupa-ção serão “Blocorpo” (premiado com o Rumos Dança 2009/10

do Itaú Cultural) e “Hescuta”, também de Rider; “Episódio”, performance de Francis Baiar-di; e “Inquietações”, montagem teatral de Victor Kaleb.

FormaçãoTambém responsável pelo

Ocupação Lugar Uma, Rider irá mediar a primeira ofi cina da iniciativa, no período de 21 a 25 de setembro, segunda a sexta-feira, das 9h30 às 11h30. Com o tema “Narrativas: Ora-lidade/Corporalidade”, a ação vai explorar o uso da voz e do

corpo como ferramentas para a narrativa performática.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no primei-ro dia da atividade, voltada para artistas cênicos e visuais, músicos, estudantes e profes-sores de Letras e Artes, entre outros interessados.

Ainda na agenda da iniciativa estão outras formações com mediação de Rider (com o tema “Improvisações”), Francis Baiar-di (“Dança”), Luna Aramais (“Fi-gurino cênico”) e Ecila Mabelini (“Literatura infantojuvenil”).

Livro, fi lmes e maisO calendário da Ocupação

Lugar Uma terá ainda o lança-mento de “Altos dos salgueiros”, livro de fi cção do autor amazo-nense Gabriel Mar, seguido de debate com Francisca de Lour-des, Doutora em Literatura pela Universidade de Coimbra.

Entre as ações agendadas está também uma mostra de fi lmes com foco na dança con-temporânea, reunindo seis tí-tulos que apresentam obras de artistas como Trisha Brown e Merce Cunningham; e o trabalho

cênico-visual “Abaporutação”, do artista Dimas Mendonça. Outras atividades serão anun-ciadas ao longo da iniciativa. A Ocupação Lugar Uma seguirá com atividades diárias até o dia 21 de dezembro no Lugar Uma de Artes, no subsolo da avenida Joaquim Nabuco, 1.436, Centro. Mais informações sobre a ini-ciativa e a agenda de atividades podem ser obtidas na página ofi cial no Facebook, com o nome “Ocupação LUGAR UMA”.

Inaugurado no fi nal do ano passado, o espaço cultural no

Centro de Manaus serve de abrigo às ações de investigação e experimentação artística do Projeto Cênico Corporal Uma, desenvolvido por Rider. Recebe também ensaios, performan-ces, encontros e exibições de arte de outras companhias, gru-pos e criadores parceiros.

O local busca dar espaço à investigação de proces-sos criativos das artes em geral, com ênfase no diálo-go entre as linguagens ar-tísticas contemporâneas dediversos segmentos.

CULTURA

A performance “Reservoir”, de Francisco Rider, está na agenda da Ocupação

***Imagine um encontro de titãs. Sim, é isso que

podemos pensar sobre a parceria entre Ma-donna, Prada e Miu Miu para o fi gurino da nova turnê Rebel

Heart! Os looks criados por Prada são marcados

pelo uso do xadrez em diferentes tamanhos, silhueta que valori-za a cintura e om-bros exagerados,

reforçando a imagem podero-sa que Madonna

ostenta. ***

***Imagine um encontro de titãs. Sim, é isso que

podemos pensar sobre a parceria entre Ma-donna, Prada e Miu Miu para o fi gurino da nova turnê Rebel

Heart! Os looks criados por Prada são marcados

pelo uso do xadrez em diferentes tamanhos, silhueta que valori-za a cintura e om-bros exagerados,

reforçando a imagem podero-sa que Madonna

ostenta. ***

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