em risco polícia militar é a força de segurança com maior

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Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 20 e 21 de dezembro de 2020 A5 CIDADES Em risco A Cidade é Sua Em 2019 Pelo menos 270 PMs, entre casos suspeitos e confirmados, estão em isolamento domiciliar Polícia Militar é a força de segurança com maior número de afastamentos por COVID em dezembro À espera do asfalto, moradores do Portal Caiobá aguardam com expectativa obra MS teve mais nascimentos de meninos do que de meninas De acordo com o Painel Mais Saúde da SES (Secretaria de Estado de Saúde), 1.259 profissionais da segurança pública de Mato Grosso do Sul já foram infectados pela COVID, mas nenhum profissional morreu em decorrência da doença. Do total, 1.139 já estão curados, ou seja, 120 profissionais ainda estão com o vírus ativo. Painel Mais Saúde Os convênios foram cadastrados e os projetos serão apresentados à Caixa Econômica Federal para assinatura dos contratos. As obras serão licitadas ao longo de 2021. Rafaela Alves A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) está com, pelo menos, 270 homens afas- tados por conta da pandemia da COVID-19. Conforme o úl- timo boletim divulgado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pú- blica), no dia 11 de dezembro, a corporação estava com 174 casos confirmados e com 96 casos suspeitos. Diante disso, a Aspra- -MS (Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul) protocolou um ofício junto ao Comando-Geral da Polícia Militar para que medidas de segurança sejam tomadas a fim de evitar ainda mais o contágio da doença dentro dos batalhões. Conforme o presidente da associação, Eduardo Ferreira dos Santos, até então, os afas- tamentos não estão causando prejuízo aos serviços pres- tados à sociedade, mas o ele- vado número de afastamentos é reflexo do serviço contínuo e ininterrupto dos policiais militares perante o alto índice de contágio da doença. “O contato direto com de- zenas de pessoas durante abordagens e ocorrências, ações que expõem cada agente a doenças facilmente trans- missíveis, como é o caso do novo coronavírus. Ainda mais nesse período de festas e aque- cimento do comércio onde re- dobra o emprego do efetivo operacional e sobrecarrega o serviço administrativo”, disse Santos. Entre as medidas solici- tadas pela associação no ofício protocolado ontem (18) estão: restringir o atendimento ao público para apenas casos de urgência, e, se possível, prio- rizar o atendimento virtual. No expediente administrativo, que o cumprimento do horário seja feito de forma alternada para diminuir ao máximo o trânsito de pessoas nas re- partições administrativas dos quartéis. “Estamos enfrentando a COVID-19 sem prejuízo ao serviço, mas a doença tem dei- xado nosso efetivo defasado. Então, essas flexibilizações que protocolamos no comando e para ver se conseguimos frear a disseminação do vírus entre os policiais”, ressaltou. Outras forças de segurança Ainda conforme o último bo- letim da secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública, no Corpo de Bombeiros há sete militares afastados que testaram positivo para COVID. Rafaela Alves “Eu tinha muita expecta- tiva de que fosse um menino, isso desde o começo da gra- videz, pois em casa éramos todas mulheres. Eu não con- segui nem fazer chá revelação, porque queria contar logo para todo mundo que era um ‘rapa- zinho’ que viria ao mundo”, re- velou a auxiliar administrativo Jéssica Correa, mãe do Arthur Medeiros Correa Silva, de 1 ano e 10 meses. O filho dela nasceu no dia 17 de fevereiro do ano pas- sado, em um ano em que o número de nascidos vivos do sexo masculino foi maior que o número de nascidos do sexo feminino. Conforme os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Estado, dos 44.382 nascidos, 22.716 eram do sexo mascu- lino. Em Campo Grande, dos 13.982, 7.110 eram homens. Entretanto, desde o ano de 2015 que o número de nas- cidos do sexo masculino tem sido maior que o feminino em Mato Grosso do Sul. O IBGE, por nota, informou que real- mente, estatisticamente, no Estado e no Brasil, nascem mais meninos que meninas. No ano passado, os meses de março e abril apresentaram o maior número de nascidos no Estado, 4.078 e 3.980 nas- cimentos, respectivamente. Já outubro teve o menor número, 3.243. Na Capital, o mês de março também é o que mais há nascimentos, 1.410, seguido pelos meses de maio (1.384) e janeiro (1.331). Já em relação ao sub- -registro, crianças que não obtiveram Certidão de Nas- cimento, o IBGE estima que pelo menos 554 crianças estão nessa situação. E que as ci- dades do Estado que apresen- taram o sub-registro foram: Paraíso das Águas (50,04%), Japorã (16,61%) e Coronel Sa- pucaia (8,91%). O levantamento deste ano informou ainda que ocorreram menos nascimentos no Estado no ano passado comparado a 2018. Houve redução de 2,37%, deixando Mato Grosso do Sul em oitavo lugar entre os de- mais estados do país. Em contrapartida, em 2017, Mato Grosso do Sul foi um dos estados que mais tiveram aumento no número de nas- cimentos, se comparado com os registros do ano anterior. Naquele ano, 48.036 bebês foram registrados, aumento de 6,3% em relação a 2016. Em Campo Grande, foram 15.473 nascimentos. Dayane Medina Cansados de sofrer por morar em ruas de pedras e enfren- tarem dificuldades diárias, os mora- dores do bairro Portal Caiobá aguardam há décadas pela pa- vimentação que foi anunciada recentemente pela prefeitura para algumas ruas da região. Mesmo sendo uma boa notícia para o próximo ano, o anúncio aos olhos de quem mora ali há quase 20 anos só será válido a partir do início das obras. A prefeitura ainda vai as- sinar convênio com a Sudeco (Superintendência de Desen- volvimento do Centro-Oeste) para o repasse de R$ 18,3 mi- lhões, recurso que vai garantir obras de drenagem e quase 6 quilômetros de pavimentação em quatro bairros. No Portal Caiobá, está programado 1,7 quilômetro de pavimentação. Com a destinação de R$ 2,306 milhões, serão asfaltadas as ruas Ilha de Marajó, Diógenes Inácio de Souza e Jerumita Maria de Souza. Dono de uma conveniência na Rua Ilha de Marajó, o co- merciante Gelson Vaz Pereira, de 52 anos, mora no bairro desde 2002 e lamenta as inú- meras dificuldades de quem vive com os problemas de uma rua sem asfalto. Para ele, que tem os pais idosos, até para ir ao posto de saúde é difícil. “São muitos os problemas, meu pai tem 92 anos e tem dificuldade para andar, minha mãe, de 82, vive na cadeira de rodas. Até para ir ao posto de saúde que é na mesma rua é complicado, corremos risco dela cair da cadeira quando passa nos buracos. O asfalto vai ser mais que bem-vindo, antes tarde do que nunca”, afirmou. Apesar da boa notícia, o morador não cria muita ex- pectativa, pois mora no cru- zamento com a Rua Midas que não está no cronograma para ser asfaltada. “É uma pena que apenas três ruas do bairro tenham sido cotadas para re- ceber asfalto”, destacou. A aposentada Helena Moreira Alves, de 60 anos, Associação da categoria pediu medidas ao Comando-Geral para proteger policiais na linha de frente Valentin Manieri A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) está com 56 ser- vidores afastados, sendo 15 confirmados e 41 suspeitos. Na Polícia Civil há 14 poli- cias com a doença. Na Perícia Criminal, são seis casos confir- mados e sete em investigação, ao todo 13 pessoas estão afastadas de suas funções. Já sobre os agentes socioe- ducadores, quatro testaram positivo para o coronavírus. Jéssica Correa foi uma das mães de meninos nascidos em ano de predominância masculina Arquivo pessoal também mora na mesma rua há dez anos e demonstra sua indignação pela rua esbura- cada. “Aqui, muitos moradores são desprestigiados. Moramos em uma rua onde tem escola, posto de saúde e somente ao entorno delas tem asfalto, o restante dos moradores so- frem. Esperamos que essa pa- vimentação venha de verdade e, junto, tenha sinalização”, acrescentou. Outros bairros Além do Portal Caiobá, os bairros Nashville, Jardim Monte Alegre e North Park também fazem parte do pacote de obras. Segundo a Prefei- tura de Campo Grande, para o North Park, na saída para Rochedinho, está programada a execução de 2,4 quilômetros de pavimentação. O investi- mento previsto é de R$ 3,378 milhões. Já no bairro Nashville, será reaproveitado um projeto de 2008, mas que acabou não sendo concluído porque a gestão anterior não finalizou as obras. Por isso o Minis- tério das Cidades, na época, rescindiu o convênio. Foram garantidos R$ 3.231,000,00 e mais a contrapartida de re- cursos próprios para execução de 1,4 quilômetro de asfalto. O Jardim Monte Alegre é o que receberá metade do recurso, R$ 8,3 milhões, que terá R$ 1,1 milhão de contra- partida. O projeto executivo está sendo elaborado, mas é certo que vai contemplar a Rua dos Gonçalves e dos Pereira, onde os moradores enfrentam dificuldades nos dias de chuva. Segundo o secretário mu- nicipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fio- rese, ali escoa a enxurrada que desce de bairros como o Pioneiro, Jardim Morenão e Botafogo, trazendo muita areia e pedra. “A água na altura do Cemitério das Oli- veiras desemboca na Avenida Guaicurus, que chega a ter trechos interditados quando chove forte. O Monte Alegre foi impactado porque nos últimos anos a região foi bastante adensada com a construção de vários núcleos habitacionais”, disse o secretário. Na região, uma moradora da Rua dos Pereiras, que não quis se identificar, ressalta que as ruas são bem estreitas e precisam muito mais do que asfalto. Segundo ela, a rua des- nivelada é alvo de constante reclamação por quem passa por ali, mas, em sua visão, a prioridade para asfalto seria a linha de ônibus. “Espero que além da nossa rua, outras do bairro sejam contempladas, assim como a linha do ônibus. Muitos locais aqui precisam do olhar do Poder Público e espero que esse seja só o pri- meiro”, comentou. Situação da Rua Ilha de Marajó denuncia a situação crítica das vias que cortam o bairro Portal Caiobá Dayane Medina Assinatura de convênio

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Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 20 e 21 de dezembro de 2020

A5

CIDADESEm risco

A Cidade é Sua Em 2019

Pelo menos 270 PMs, entre casos suspeitos e confirmados, estão em isolamento domiciliar

Polícia Militar é a força de segurança com maior número de afastamentos por COVID em dezembro

À espera do asfalto, moradores do Portal Caiobá aguardam com expectativa obra

MS teve mais nascimentos de meninos do que de meninas

De acordo com o Painel Mais Saúde da SES (Secretaria de Estado de Saúde), 1.259 profissionais da segurança pública de Mato Grosso do Sul já foram infectados pela

COVID, mas nenhum profissional morreu em decorrência da doença. Do total, 1.139 já estão curados, ou seja, 120 profissionais ainda estão com o vírus ativo.

Painel Mais Saúde

Os convênios foram cadastrados e os projetos serão apresentados à Caixa Econômica

Federal para assinatura dos contratos. As obras serão licitadas ao longo de 2021.

Rafaela Alves

A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) está com, pelo menos, 270 homens afas-tados por conta da pandemia da COVID-19. Conforme o úl-timo boletim divulgado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pú-blica), no dia 11 de dezembro, a corporação estava com 174 casos confirmados e com 96 casos suspeitos.

Diante disso, a Aspra--MS (Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul) protocolou um ofício junto ao Comando-Geral

da Polícia Militar para que medidas de segurança sejam tomadas a fim de evitar ainda mais o contágio da doença dentro dos batalhões.

Conforme o presidente da associação, Eduardo Ferreira dos Santos, até então, os afas-tamentos não estão causando prejuízo aos serviços pres-tados à sociedade, mas o ele-vado número de afastamentos é reflexo do serviço contínuo e ininterrupto dos policiais militares perante o alto índice de contágio da doença.

“O contato direto com de-zenas de pessoas durante abordagens e ocorrências, ações que expõem cada agente

a doenças facilmente trans-missíveis, como é o caso do novo coronavírus. Ainda mais nesse período de festas e aque-cimento do comércio onde re-dobra o emprego do efetivo operacional e sobrecarrega o serviço administrativo”, disse Santos.

Entre as medidas solici-tadas pela associação no ofício protocolado ontem (18) estão: restringir o atendimento ao público para apenas casos de urgência, e, se possível, prio-rizar o atendimento virtual. No expediente administrativo, que o cumprimento do horário seja feito de forma alternada para diminuir ao máximo o

trânsito de pessoas nas re-partições administrativas dos quartéis.

“Estamos enfrentando a COVID-19 sem prejuízo ao serviço, mas a doença tem dei-xado nosso efetivo defasado. Então, essas flexibilizações que protocolamos no comando e para ver se conseguimos frear a disseminação do vírus entre os policiais”, ressaltou.

Outras forças de segurançaAinda conforme o último bo-

letim da secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública, no Corpo de Bombeiros há sete militares afastados que testaram positivo para COVID.

Rafaela Alves

“Eu tinha muita expecta-tiva de que fosse um menino, isso desde o começo da gra-videz, pois em casa éramos todas mulheres. Eu não con-segui nem fazer chá revelação, porque queria contar logo para todo mundo que era um ‘rapa-zinho’ que viria ao mundo”, re-velou a auxiliar administrativo Jéssica Correa, mãe do Arthur Medeiros Correa Silva, de 1 ano e 10 meses.

O filho dela nasceu no dia 17 de fevereiro do ano pas-sado, em um ano em que o número de nascidos vivos do sexo masculino foi maior que o número de nascidos do sexo feminino. Conforme os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Estado, dos 44.382 nascidos, 22.716 eram do sexo mascu-lino. Em Campo Grande, dos 13.982, 7.110 eram homens.

Entretanto, desde o ano de 2015 que o número de nas-cidos do sexo masculino tem sido maior que o feminino em Mato Grosso do Sul. O IBGE, por nota, informou que real-mente, estatisticamente, no Estado e no Brasil, nascem mais meninos que meninas.

No ano passado, os meses de março e abril apresentaram

o maior número de nascidos no Estado, 4.078 e 3.980 nas-cimentos, respectivamente. Já outubro teve o menor número, 3.243. Na Capital, o mês de março também é o que mais há nascimentos, 1.410, seguido pelos meses de maio (1.384) e janeiro (1.331).

Já em relação ao sub--registro, crianças que não obtiveram Certidão de Nas-cimento, o IBGE estima que pelo menos 554 crianças estão nessa situação. E que as ci-dades do Estado que apresen-taram o sub-registro foram: Paraíso das Águas (50,04%), Japorã (16,61%) e Coronel Sa-pucaia (8,91%).

O levantamento deste ano informou ainda que ocorreram menos nascimentos no Estado no ano passado comparado a 2018. Houve redução de 2,37%, deixando Mato Grosso do Sul em oitavo lugar entre os de-mais estados do país.

Em contrapartida, em 2017, Mato Grosso do Sul foi um dos estados que mais tiveram aumento no número de nas-cimentos, se comparado com os registros do ano anterior. Naquele ano, 48.036 bebês foram registrados, aumento de 6,3% em relação a 2016. Em Campo Grande, foram 15.473 nascimentos.

Dayane Medina

Cansados de sofrer por morar em ruas de pedras e enfren-tarem dificuldades diárias, os mora-

dores do bairro Portal Caiobá aguardam há décadas pela pa-vimentação que foi anunciada recentemente pela prefeitura para algumas ruas da região. Mesmo sendo uma boa notícia para o próximo ano, o anúncio aos olhos de quem mora ali há quase 20 anos só será válido a partir do início das obras.

A prefeitura ainda vai as-sinar convênio com a Sudeco (Superintendência de Desen-volvimento do Centro-Oeste) para o repasse de R$ 18,3 mi-lhões, recurso que vai garantir obras de drenagem e quase 6 quilômetros de pavimentação em quatro bairros. No Portal Caiobá, está programado 1,7 quilômetro de pavimentação. Com a destinação de R$ 2,306 milhões, serão asfaltadas as ruas Ilha de Marajó, Diógenes Inácio de Souza e Jerumita Maria de Souza.

Dono de uma conveniência na Rua Ilha de Marajó, o co-merciante Gelson Vaz Pereira, de 52 anos, mora no bairro desde 2002 e lamenta as inú-meras dificuldades de quem vive com os problemas de uma rua sem asfalto. Para ele, que tem os pais idosos, até para ir ao posto de saúde é difícil.

“São muitos os problemas, meu pai tem 92 anos e tem dificuldade para andar, minha mãe, de 82, vive na cadeira de rodas. Até para ir ao posto de saúde que é na mesma rua é complicado, corremos risco dela cair da cadeira quando passa nos buracos. O asfalto vai ser mais que bem-vindo, antes tarde do que nunca”, afirmou.

Apesar da boa notícia, o morador não cria muita ex-pectativa, pois mora no cru-zamento com a Rua Midas que não está no cronograma para ser asfaltada. “É uma pena que apenas três ruas do bairro tenham sido cotadas para re-ceber asfalto”, destacou.

A aposentada Helena Moreira Alves, de 60 anos,

Associação da categoria pediu medidas ao Comando-Geral para proteger policiais na linha de frente

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A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) está com 56 ser-vidores afastados, sendo 15 confirmados e 41 suspeitos.

Na Polícia Civil há 14 poli-cias com a doença. Na Perícia

Criminal, são seis casos confir-mados e sete em investigação, ao todo 13 pessoas estão afastadas de suas funções. Já sobre os agentes socioe-ducadores, quatro testaram positivo para o coronavírus.

Jéssica Correa foi uma das mães de meninos nascidos em ano de predominância masculina

Arquivo pessoal

também mora na mesma rua há dez anos e demonstra sua indignação pela rua esbura-cada. “Aqui, muitos moradores são desprestigiados. Moramos em uma rua onde tem escola, posto de saúde e somente ao entorno delas tem asfalto, o restante dos moradores so-frem. Esperamos que essa pa-vimentação venha de verdade e, junto, tenha sinalização”, acrescentou.

Outros bairrosAlém do Portal Caiobá,

os bairros Nashville, Jardim Monte Alegre e North Park também fazem parte do pacote de obras. Segundo a Prefei-tura de Campo Grande, para o North Park, na saída para Rochedinho, está programada a execução de 2,4 quilômetros de pavimentação. O investi-mento previsto é de R$ 3,378 milhões.

Já no bairro Nashville, será reaproveitado um projeto de 2008, mas que acabou não sendo concluído porque a gestão anterior não finalizou as obras. Por isso o Minis-tério das Cidades, na época, rescindiu o convênio. Foram garantidos R$ 3.231,000,00 e mais a contrapartida de re-cursos próprios para execução

de 1,4 quilômetro de asfalto.O Jardim Monte Alegre é

o que receberá metade do recurso, R$ 8,3 milhões, que terá R$ 1,1 milhão de contra-partida. O projeto executivo está sendo elaborado, mas é certo que vai contemplar a Rua dos Gonçalves e dos Pereira, onde os moradores enfrentam dificuldades nos dias de chuva.

Segundo o secretário mu-nicipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fio-rese, ali escoa a enxurrada que desce de bairros como o Pioneiro, Jardim Morenão e Botafogo, trazendo muita areia e pedra. “A água na altura do Cemitério das Oli-veiras desemboca na Avenida Guaicurus, que chega a ter trechos interditados quando

chove forte. O Monte Alegre foi impactado porque nos últimos anos a região foi bastante adensada com a construção de vários núcleos habitacionais”, disse o secretário.

Na região, uma moradora da Rua dos Pereiras, que não quis se identificar, ressalta que as ruas são bem estreitas e precisam muito mais do que asfalto. Segundo ela, a rua des-nivelada é alvo de constante reclamação por quem passa por ali, mas, em sua visão, a prioridade para asfalto seria a linha de ônibus. “Espero que além da nossa rua, outras do bairro sejam contempladas, assim como a linha do ônibus. Muitos locais aqui precisam do olhar do Poder Público e espero que esse seja só o pri-meiro”, comentou.

Situação da Rua Ilha de Marajó denuncia a situação crítica das vias que cortam o bairro Portal Caiobá

Dayane Medina

Assinatura de convênio