em louvor à santíssima trindade e à virgem maria diretório...
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"Em louvor à Santíssima Trindade e à Virgem Maria"
Diretório Interno para os Celibatários.
I - DO CARISMA
Art.1- De forma resumida nosso carisma pode ser entendido à partir
de quatro pontos fundamentais.
Art.2- Nosso carisma é consagrado em louvor à Santíssima Trindade
e a Virgem Maria, portanto cada um dos quatro pontos fundamentais
de nossa comunidade é em honra a cada uma das 3 pessoas da
Santíssima Trindade e o quarto ponto em honra à Virgem Maria.
Art.3- O primeiro ponto é em honra à Deus Pai¹, e consiste em
participar diária e fervorosamente do Santo Sacrifício da Missa, fazer
que nossa vida seja como que uma 'Missa prolongada'², nossos gestos
externos devem manifestar nossa ação de graças e nossa adoração à
Deus³, também fora da celebração da eucaristia devemos adorar o
corpo, sangue, alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo
presente sob as espécies eucarísticas.
Art.4- O segundo ponto é em honra à Deus Filho¹, e consiste em
amar e auxiliar os pobres com um amor eucarístico ou seja um amor
que é gerado de um coração que comunga o Corpo e Sangue de
Jesus e transborda em Ação de Graças através de gestos concretos em
favor dos pobres², devemos ouvi-los, cuidar de suas feridas do corpo
e da alma, se preocupar com sua saúde, sua alimentação, deixa-los
participar de nossas vidas, diminuir seus sofrimentos e leva-los a ter
novamente a esperança de realizar seus sonhos³.
Art.5- O terceiro ponto é em honra à Deus Espírito Santo¹, e consiste
em ser profetas eucarísticos em favor dos pobres, devemos denunciar
com coragem e ousadia todo tipo de injustiças e discriminações que
se cometem contra os pobres², promover e lutar por seus direitos,
mas nunca devemos promover atos de violencia e rebeldia e sim dizer
a verdade com caridade querendo a conversão do opressor e não sua
destruição, pois somos chamados não a matar pelos pobres e sim
morrer por eles.
Art.6- O quarto ponto é em honra à Virgem Maria, e consiste em se
consagrar a Nossa Senhora segundo o metodo de São Luis Maria de
Monfort, a reza diária do Santo Terço, o amor profundo e gratuito
aos sacerdotes da Igreja, nunca permitindo que nossos lábios falem
mal de um sacerdote, pois como diz Santa Catarina de Senna-" tudo
que se diz de bom de um sacerdote é como dizer de Jesus, e tudo
que se diz de mal é como se falássemos mal de Jesus...".
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Art.3 ¹- Conf. C.I.C-1359.
Art.3 ²- Conf. D.A-354.
Art.3 ³- Conf. C.I.C-1378.
Art.4¹- Conf. MT.25,vers.40.
Art.4²- Conf. C.I.C 544.
Art.4³- Conf. Carta Encíclica SPE SALVI 38.
Art.5¹- Conf. C.I.C 852.
Art.5²- Conf. Carta Encíclica SPE SALVI 39.
II- DO NOSSO ESTADO DE VIDA
Art.7- Somos uma Associação Privada de Fiéis¹, e todos membros de
nossa comunidade- casais, solteiros e celibatários- são Leigos
Consagrados ao carisma² (exceto os sacerdotes), portanto dentro de
nossa comunidade não existem consagrados Religiosos³ pois somos
uma comunidade Laical.
Art.8- Os celibatários de nossa comunidade, mesmo sendo leigos,
depois do período de experiência¹ ,se forem admitidos devem morar
em nossas casas fraternas², casa masculina para os homens e casa
feminina para as mulheres.
Art.9- Os leigos celibatários de nossa comunidade , embora não
sejam religiosos, devem usar as vestes próprias de nossa comunidade
como prevê nossos estatutos aprovados¹pelo Sr. Cardeal Arcebispo
de São Paulo Dom Odilo Pedro Scherer.
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Art.7- ¹ - Conf. C.D.C 298.
Art.7 ² - Conf. João Paulo II-Exortação Apostólica-VITA
CONSECRATA 12 .
Art.7 ³- Conf. C.D.C 607 §2.
Art.8- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.17 §7.
Art.8²- Conf. Estatuto Canônico V.P art.17 §7.
Art.9- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.17 § 10.
III- DO GOVERNO
Art.10- O governo da vida celibatária de nossa comunidade segue a
seguinte ordem hierárquica:
Ministro Geral
Vice-Ministro Geral
Ministro da vida celibatária
Guardiões
Custódios
Consagrados
Noviços
Postulantes
Aspirantes
Vocacionados
Art.11- A autoridade do ministro da vida celibatária em nossa
comunidade só é legitima se estiver em plena comunhão e acordo
com nosso Estatuto Canônico e com o Ministro Geral¹ e o
Vice-Ministro Geral, sem tal comunhão não existe legitimidade e não
se está obrigado à obediência.
Art.12- Somente o Ministro Geral pode nomear os ministros da vida
celibatária e os guardiões¹das casas onde moram os celibatários,
exceto os guardiões da pastoral vocacional masculina e feminina
conforme o artigo 14 deste diretório.
Art.13- O ministro Geral não necessita do consentimento dos
ministros da vida celibatária nem dos guardiões para definir e nomear
missionários¹ nas diversas funções e cargos de nossa comunidade,
abrir novas casas, mas sempre que possível pode ouvir o parecer dos
responsáveis por tal missionário.
Art.14- É da competência do ministro da vida celibatária( que em
nossa comunidade é um cargo de governo equivalente a dos ministros
regionais)¹ em comunhão com o M.Geral eVice-Ministro, nomear
um custódio para auxilia-lo , nomear o guardião da pastoral
vocacional, nomear um ecônomo para organizar as finanças da casa,
admitir na casa novos membros , decidir sobre acolhimentos de
irmãos de rua em sua casa , orientar os celibatários para que vivam
nosso carisma, guardar nosso carisma sem "mancha" entre os
celibatários, fazer a direção espiritual dos celibatários, organizar
funções pastorais e a vida de oração das casas, levar casos de
indisciplina interna ao conhecimento do Ministro Geral,
supervisionar e orientar os guardiões da vida celibatária, dar formação
litúrgica, religiosa e pastoral para os celibatários, partilhar com os
guardiões e se julgar necessário partilhar também com os membros
da casa, organizar meios de auxilio nas despesas da casa, dar férias
conforme nosso diretório interno e exercer com caridade sua
"paternidade" ou "maternidade" junto aos filhos de nossa comunidade.
Art.15- É da competência do Guardião da vida celibatária, em
comunhão com o Ministro da vida celibatária, Governar a casa e os
membros da casa conforme orientações de seu ministro e também
conforme nossos estatutos¹, também deve distribuir funções de
trabalhos domésticos, organizar momentos de oração da casa e
também fazer escalas de trabalhos pastorais em comunhão com seu
ministro.
Art.16- Todos celibatários de nossas casas devem obedecer fielmente
e alegremente seu ministro e guardiões.
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Art.11- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.14-§2
Art.12- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.12-§4
Art.13- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.11-§10
Art.14- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.14-§1,2,3
Art.15- ¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.15-§1,2
IV- DA ADMISSÃO
Art.17- Os candidatos a vida celibatária em nossa comunidade,
devem ser batizados na Igreja Católica Apostólica Romana, solteiros
ou viúvos, maiores de 18 anos ou se forem menores no ano em que
completam 16 anos de idade com autorização dos pais ou
responsáveis, podem iniciar o acompanhamento vocacional. (esta
autorização deve ser por escrito com assinatura e reconhecimento de
firma.), Também deficientes físicos podem ser missionários.
Art.18- Tendo apresentado tudo que é previsto no art.17 deste
diretório, o candidato(a) deve conversar com o guardião da pastoral
vocacional e manifestar o desejo de ser missionário em nossa
comunidade, após essa conversa o vocacionado(a) deve ser
acompanhado pelo guardião(Experiência externa) pelo período de 3
meses a um ano( dependendo do parecer do guardião da PV em
comunhão com o(a) ministro(a) da vida celibatária) para depois poder
fazer(Experiência interna) de 6 meses morando em nossas casas.
Art.19- Os menores de idade com as devidas autorizações previstas
no art.17, que ingressarem em nossas casas, devem continuar os
estudos até completarem dezoito anos.
Art.20- No período de 6 meses de experiência em nossas casas os
vocacionados se tornam Aspirantes e devem usar as vestes próprias
de nossa comunidade para este período. Também devem trazer
certidão de batismo atualizada, certidão de nascimento e se já for
crismado trazer certificado de crisma.
Art.21- Após este período de 6 meses, o Ministro(a) da vida
celibatária decidirá pela admissão ou não do(a) aspirante para o
postulantado, sendo admitido o(a) aspirante receberá as vestes do
postulantado e fará compromisso de um ano de vivencia de nosso
carisma.
Art.22- O postulantado pode durar de 6 meses à 2 anos ficando a
critério do ministro(a) da vida celibatária( após consultar o Ministro
Geral ou em sua ausência o Vice-Ministro), se o(a) postulante(a) está
apto para entrar no período de noviciado.
Art.23- Sendo admitido(a) ao noviciado o(a) missionário(a) receberá
as vestes de noviço(a) e fará o compromisso de 1 ano de vivência de
nosso carisma.
Art.24- O noviciado pode durar de 6 meses à 2 anos ficando à
critério do(a) ministro(a) da vida celibatária(após consultar o Ministro
Geral ou em sua ausência o Vice-Ministro),se o(a) noviço(a) está apto
para se tornar um(a) consagrado(a) em nossa comunidade.¹
Art.25- Sendo admitido(a) à vida consagrada, o(a) missionário(a)
receberá as vestes de consagrado(a) deve também assumir um novo
nome de consagração (este nome deve ser escolhido pelo noviço(a)
durante o tempo do noviciado e aceito ou não pelo ministro(a)
celibatário(a).) e fará o compromisso de um ano de vivência de nosso
carisma.
Art.26- O(a) consagrado(a) após ter renovado o compromisso por 3
anos, poderão fazer o compromisso perpétuo de vivência de nosso
carisma, caso o(a) consagrado queira esperar um pouco mais antes de
perpetuar o compromisso ,ele(a) pode renovar o compromisso por
até 5 anos, após este período se não quiser perpetuar deverá se retirar
da casa, podendo continuar missionário mais não mais celibatário.
Art.27- Somente o Ministro Geral pode adiantar algum
missionário(a)se para o noviciado ou consagração¹ se este julgar ser
necessário. Também cabe ao Ministro Geral dar ou não permissão
para um(a) celibatário(a) viver sua vocação mesmo morando em casa
da família, se o mesmo precisar de cuidados especiais e manifestar o
desejo de permanecer na casa de seus pais.
Art.24-¹- Conf. Subsídios Doutrinais 3 CNBB
Art.27-¹- Conf. Estatuto Canônico V.P art.11 §12
V- DA DEMISSÃO
Art.28- Em cada período de um ano de vivência em nossas casas, o(a)
celibatário(a) deve se comportar de acordo com as normas de nossa
comunidade e todo ato de indisciplina resultará dependendo da
gravidade em uma advertência ,que pode ser aplicada pelo(a)
guardião ou ministro(a) da vida celibatária. Na primeira advertência o
missionário não receberá nenhuma punição somente uma notificação
da advertência contendo o motivo da mesma e que deverá ser
assinado pelo missionário(a) e entregue ao guardião do secretariado
para assuntos religiosos de nossa comunidade.
Art.29- Se no período de um ano acontecer do missionário(a) receber
uma segunda advertência, o mesmo receberá uma segunda
notificação por escrito contendo o motivo da advertência que deverá
ser assinada e entregue ao guardião do secretariado e além disso
receberá uma suspenção de 30 dias fora de nossas casas, neste
período o celibatário deverá ir para casa de familiares e poderá
continuar com as vestes da vida celibatária.
Art.30- A terceira advertência no mesmo período de um ano,
resultará na saída do(a) celibatário(a) de nossas casas, ele(a) deverá
então devolver as vestes de celibatário(a) e voltar para casa de
familiares, porém poderá continuar a fazer parte de nossa
comunidade, mas não como celibatário.
Art.31- Caso aconteça que o(a) guardião ou ministro(a) faça algo que
mereça uma advertência, esta só poderá ser feita pelo Ministro Geral
ou Vice-Ministro.
Art.32- Indisciplinas que merecem advertência, são as seguintes;
a) Desobediência a uma ordem legítima do guardião ou
ministro(a).¹
b) Faltar com o respeito, ex: xingar, gritar, agredir, etc...a qualquer
membro da casa.
c) Conduta de falta moral, ex: ver filmes, revistas, livros, sites que
contenha material pornográfico ou qualquer outro tipo de
conduta que ferem o voto de castidade.¹
d) Atos imorais feitos em palavras ou atitudes, ex: conduta
homossexual¹, assédios sexuais, escândalos morais ou qualquer
atitude que seja contra o voto de castidade e a doutrina moral
da Igreja.
e) Não cumprimento das orações, obrigações da casa, se negar ir a
pastorais de rua ou se negar ir servir em nossas casas de
acolhimento.
f) Recusa a tratamento médico caso aja necessidade.
g) Tentativa de suicídio.¹
h) Desrespeito por palavras ou atitudes em relação ao Ministro
Geral, Vice-Ministro ou outro legítimo superior de nossa
comunidade.
Art.33- O membro que recebe uma advertência, tem o direito de se
defender e explicar sua versão dos fatos ao seu legítimo superior.
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Art.32.(a)¹- Conf. C.D.C 1371 §2
Art.32 (c)¹- Conf. C.I.C 2354.
Art.32 (d)¹- Conf. C.I.C 2357,2359
Art.32 (e)¹- Conf. C.D.C 696 (g)¹ C.I.C 2281
VI- DA FORMAÇÃO
Art.34- A formação¹ dos celibatários deve seguir o que está previsto
em nosso Estatuto Canônico Capítulo IV art.18, §1 à §8.
Art.35- Além das formações previstas em nosso Estatuto, os
celibatários aspirantes (durante o período de experiência interna)
devem ter formações sobre seu estado de vida e compromissos
assumidos de castidade, pobreza e obediência.¹
Art.36- As formações específicas para os celibatários, devem
acontecer uma vez ao mês e nunca devem coincidir com as
formações gerais das quais todos os celibatários em formação devem
participar.
Art.37- Para a formação específicas dos celibatários, se deve estudar:
a) A vida e ensinamentos de S.Francisco;
b) A vida e ensinamentos de S.Clara;
c) Exortação Apostólica “Vita Consecrata”, João Paulo II
d) Escritos do Frei Raniero Cantalamessa,castidade,pobreza e
obediência.
Art.38- Após o compromisso perpétuo dos celibatários, o
ministro(a) da vida celibatária pode apresentar ao Ministro
Geral algum membro da casa que tenha o desejo de se formar
em um curso superior para melhor servir a comunidade e
especificamente os pobres.
Art.39- Os cursos superiores permitidos aos celibatários são os
seguintes;
a) Medicina, Odontologia
b) Psiquiatria, Psicologia
c) Teologia, Filosofia
d) Assistência Social
e) Pedagogia
f) Enfermaria
g) Farmácia
h) Fisioterapia
i) Nutricionista
j) Música
Art.40- Somente o Ministro Geral, após receber a indicação
do ministro(a) celibatário(a), poderá autorizar ou não –
dependendo das condições financeiras da comunidade e as
necessidades da mesma - que o celibatário indicado curse
algum dos cursos contidos no art.39 deste Diretório.
Art.41- Somente o Ministro Geral ou em sua ausência o
Vice-Ministro –de acordo com necessidades da comunidade-
pode permitir que um(a) celibatário(a) curse alguma
faculdade descrita no art.39 deste Diretório ,mesmo que não
tenha ainda perpetuado o compromisso.
Art.42- Todos celibatários que forem cursar alguma
faculdade, devem estudar na parte da manhã ou na parte da
tarde e nunca no período noturno. O mesmo se aplica para
os menores de idade que cursam o ensino médio ou
fundamental.
Art.43- Não será permitido em hipótese alguma, que um
celibatário de nossa comunidade curse alguma faculdade
diferente das especificadas no art.39 deste Diretório.
Art.44- §1- O celibatário que estiver estudando nunca deve
negligenciar seu trabalho pastoral na comunidade usando o
pretexto de que tem que estudar e não pode rezar ou cuidar dos
pobres. Se ocorrer o que acima foi dito, o missionário receberá
uma advertência conforme o capítulo V deste Diretório.
§2- O celibatário que já for maior de 18 anos, não pode de
forma alguma ser obrigado a completar os estudos contra sua
vontade.
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Art.34 ¹- Conf. D.A 310
Art.35 ¹- Conf. C.D.C 231
VII- DAS FÉRIAS
Art.45- Uma vez ao ano os celibatários terão direito de ter 20 dias de
férias para visitar seus parentes e amigos.
Art.46- Cada Ministro(a) celibatário deve dividir o contingente da casa
de forma que metade saiam de férias no primeiro período e a outra
metade no segundo período.
Art.47- O primeiro período de férias será do dia 1 até dia 20 do mês
de Junho. O celibatário deverá sair de férias no dia 1 após as Laudes
e deverá estar de volta no dia 20 para a oração das Vésperas.
Art.48- O segundo período de férias será do dia 1 até dia 20 do mês
de Novembro. O celibatário deverá sair de férias no dia 1 após as
Laudes e deverá estar de volta no dia 20 para a oração das Vésperas.
Art.49- O(A) Ministro(a) celibatário(a) deverá durante o ano
arrecadar através de pedidos de doação ou venda de doces,salgados
ou artigos religiosos confeccionados na própria casa, o valor
necessário para a viagem de férias dos celibatários que tem pais ou
irmãos em outras cidades ou Estados.
VIII- DA ESPIRITUALIDADE
Art.50- Somos uma comunidade com inspiração franciscana, ou seja,
devemos nos inspirar também na vida e ensinamentos de São
Francisco e Santa Clara que seguiram o Evangelho com todas suas
forças e fraquezas, amaram, sofreram, perdoaram e continuaram
perseverantes até o fim de suas vidas, eles foram humildes e
obedientes, como devem ser os verdadeiros servos de Deus.
Art.51- Nossa espiritualidade é profundamente Mariana, ou seja, todo
missionário deve cultivar em seu coração um grande amor a Nossa
Senhora de Guadalupe, ela que é a verdadeira mãe do Deus por
quem se vive, que é o Santíssimo Sacramento.
XI- DA VIDA DE ORAÇÃO
Art.52- Em nossas casas devemos ter grande disciplina de oração, os
horários de oração devem ser elaborados pelos ministros celibatários
e escritos e colocados em local visível para que todos que moram na
casa possam ver.
Art.53- Os momentos de oração da comunidade, devem ser
organizados de forma a permitir que pela manhã se reze as Laudes e
a consagração a Nossa Senhora de Guadalupe, que se reze o terço
diariamente, a ladainha dos santos anjos, as Vésperas na parte da
tarde e se reserve um momento para a adoração ao Santíssimo
Sacramento em profundo silêncio.
Art.54- Nas sextas-feiras se deve rezar a via-sacra e fazer abstinência
de carne e derivados¹, exceto no tempo pascal, ou festas litúrgicas
onde se usa a Estola Branca.
Art.55- No tempo da quaresma, se deve abster-se de carne e
derivados, também se deve meditar no tema que a CNBB propõe
durante a campanha da fraternidade e se aprofundar e vivenciar o
tema de reflexão dado pelo Ministro Geral para este período.
Art.56- Os membros da casa com problemas de saúde estão
desobrigado do Jejum e das abstinências. E se houver algum membro
da casa fazendo algum tratamento que lhe impeça ou limite participar
de outros compromissos, este deve ser desobrigado de realizar tais
compromissos, pelo ministro(a) celibatário(a) após consultar o
Ministro Geral ou o Vice-Ministro.
Art.57- Na Semana Santa o(a) ministro(a) celibatário(a) se tiver
alguma inspiração sobre como meditar melhor a Paixão de Nosso
Senhor Jesus Cristo, deve antes de realiza-la com os membros das
casas, expor a ideia ao Ministro Geral ou Vice-Ministro, para que seja
autorizado ou não tal meditação.
Art.58- A Santa Missa é o centro de nossa vida e carisma, portanto
devemos participar com toda adoração interior e exterior,
manifestando também externamente nossa adoração a Nosso Senhor,
essa postura externa de adoração¹ – que deve ser reflexo de um
coração sincero e adorador – é expressada de forma mais perfeita
quando se recebe o Santíssimo Sacramento de joelhos². Também nos
momentos do ato penitencial, oração eucarística e durante a recitação
do “cordeiro” se pode ficar de joelhos³.
Art.59- Nas Dioceses ou paróquias que não tem por costume dar a
comunhão de joelhos, se deve comungar de pé, tendo no coração a
mesma adoração do que quando se comunga ajoelhado, pois o
essencial não é a postura e sim o coração de quem recebe Jesus, pois
a Virgem Maria “DE PÉ” diante do calvário¹ adorou a Deus com
mais fervor do que todos os homens e mulheres juntos de joelhos.
Art.60- Durante o tempo pascal, só se ajoelha no momento da
consagração, no momento de comungar e na ação de graças.
Art.61- Todo celibatário deve manter uma vida em busca da
santidade, deve se confessar sempre que sua consciência acusar algum
pecado grave¹, mas não deve fazer da confissão uma forma de se
“aliviar” a consciência e sim deve ter verdadeiro propósito de não
mais pecar.
Art.62- As confissões e direções espirituais dos celibatários sejam
feitas se possível com sacerdotes que conheçam nosso carisma e que
de preferência tenham sido indicados pelo Ministro Geral ou
ministro(a) celibatário(a). Caso não for possível pode se confessar
com outro sacerdote de sua confiança¹.
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Art.54¹- Conf. C.D.C 1251.
Art.58 ¹- Conf. Ex.Apost. Sacramentum Caritatis
Art.58 ²- Conf. C.I.C 1378.
Art.58 ³- Conf. Ex.Apost. Sacramentum Caritatis 40.
Art.59 ¹- Conf. Evangelho de João 19, vers.25.
Art.61 ¹- Conf. C.D.C 916. Art.62 ¹- Conf. C.D.C 991.
X- DAS VESTES
Art.63- As vestes usadas em nossa comunidade, expressam nossa
identidade¹ e embora não sejamos um instituto religioso², significam
também nossa entrega à nosso Senhor e nossa opção de segui-lo sem
por a nossa esperança no dinheiro ou no poder deste mundo³.
Art.64- A cada período de formação o(a) celibatário(a) recebe uma
veste própria que também sinaliza em que ano de formação o mesmo
está.
Art.65- No tempo de acompanhamento vocacional externo (sem
morar em nossas casas) o(a) vocacionado(a) não é obrigado a usar
nenhum tipo de sinal ou vestes.
Art.66- No tempo de Aspirantado (morando em nossas casas) os
homens devem usar o sinal do TAU e camiseta e calça marrom e as
mulheres devem usar o sinal do TAU e camiseta e saia marrom e na
Santa Missa e momentos de Adoração devem usar um véu branco de
renda.
Art.67- No tempo do Postulantado os homens devem usar calça
marrom e camisa social na cor bege com 3 listas marrom do lado
esquerdo e por cima das listas o símbolo da comunidade. As
mulheres devem usar saia marrom, camisa social bege com 3 listras
marrom no lado esquerdo e por cima das listras o símbolo da
comunidade, também devem usar véu branco com 3 listras marrom.
Na metade do período de Postulantado homens e mulheres
receberão o crucifixo do IIIº ano.
Art.68- No tempo do Noviciado os homens receberão a medalha
redonda de madeira com a cruz do Discipulado e devem usar calça
marrom, camisa social marrom com uma listra larga na cor bege do
lado esquerdo e sobre essa listra bege deve ter 3 listras marrom e o
símbolo da comunidade por cima, também devem cortar o cabelo
bem baixo com maquina 1,2,3 ou 4.
Art.69- No tempo do Noviciado as mulheres receberão a medalha
redonda de madeira com a cruz do Discipulado e devem usar saia
marrom, camisa social na cor marrom com uma listra larga na cor
bege do lado esquerdo e sobre essa listra bege deve ter 3 listras
marrom e o símbolo da comunidade por cima, também devem cortar
o cabelo com maquina 1 ou 2 e usaram véu na cor bege com 3 listras
marrom.
Art.70- Após a Consagração¹ os homens receberão o crucifixo de
madeira com um ostensório, devem fazer tonsura e usar o hábito
marrom tendo um escapulário marrom com capuz por cima e no
escapulário deve ter 3 listras brancas em todo seu contorno e o
símbolo da comunidade do lado esquerdo.
Art.71- Após a Consagração as mulheres receberão o crucifixo de
madeira com um ostensório, devem manter o cabelo baixo mas não
muito, devem também usar habito marrom com bordado de flores
como no manto de N.S. de Guadalupe, uma faixa marrom larga na
cintura com a seguinte frase escrita por dentro da faixa-“ seguirão o
cordeiro por onde quer que vá”, também usarão véu marrom com 3
listras brancas em todo seu contorno e este véu deve ser como um
“sari” indiano, deve ser comprido de forma a passar por baixo do
braço esquerdo e preso por cima do ombro direito com um broche
do ostensório.
Art.72- Quando for feito o compromisso perpétuo, os homens além
do habito marrom trocará de escapulário usando um escapulário com
capuz de tecido trançado ( tipo Rede) na cor marrom sem as listras
no contorno e somente com 3 listras brancas( um pouco mais largas
que do antigo escapulário ) no lado esquerdo, e o símbolo da
comunidade por cima das listras.
Art.73- Quando for feito o compromisso perpétuo, as mulheres além
das vestes descritas no art.71 deste Diretório, colocarão 3 listras
brancas no lado esquerdo do habito por baixo do símbolo e essas
listras devem ir do ombro esquerdo até a altura da cintura
(terminando atrás da faixa larga da cintura).
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Art.63¹- Conf. Subsídios Doutrinais 3-CNBB nº27
Art.63²- Conf. Subsídios Doutrinais 3-CNBB nº 57
Art.63³- Conf. D.A nº 31 – C.D.C 669
Art.70¹- Conf. Subsídios Doutrinais 3-CNBB nº 28
XI- DA VIDA PASTORAL
Art.74- Nossa vida pastoral deve estar profundamente enraizada em
nosso carisma¹, ou seja, nos quatro pontos fundamentais de nosso
carisma descritos no Capítulo I desse Diretório do art.1 ao art.6.
Art.75- Todos os celibatários devem no mínimo fazer duas vezes por
semana uma pastoral de rua, ou seja, ir ao encontro dos pobres que
estão em situação de rua, e levar até eles o amor eucarístico que
recebemos em comunhão na Santa Missa¹, cuidar de suas feridas no
corpo e também na alma², levar-lhes o socorro imediato como;
alimentos, cobertores, agasalhos e se houver necessidade leva-los aos
hospitais.
Art.76- Ao Ministro(a) da vida celibatária, juntamente com os
guardiões celibatários, cabe organizar os melhores dias e horários
para que se realizem as pastorais de rua.
Art.77- Salvo nos casos de doenças ou de liberação do Ministro Geral
ou do Vice-Ministro, todos celibatários devem ir as pastorais de rua,
sendo considerado uma falta grave não participar delas ao menos 2
vezes na semana, e a falta resultará em uma advertência que deve ser
aplicada pelo(a) guardião ou Ministro(a) celibatário(a) como prevê o
art.32,(e) deste Diretório.
Art.78- Ao menos uma vez na semana os celibatários devem ir em
uma de nossas casas de acolhimento para partilhar, cortar cabelo,
fazer a barba de nossos irmãos acolhidos.
Art.79- Cabe aos ministros celibatários juntamente com os guardiões,
organizar as visitas dos celibatários na casa de acolhimento. Estas
visitas devem ser no mínimo de uma hora.
Art.80- Nas pastorais peregrinas ( Pastoral São Bento José Labre), os
ministros celibatários deverão indicar ao menos um membro para ir
participar.
Art.81- Nas visitas pastorais do Ministro Geral a outras regiões¹ onde
nossa comunidade está presente, sempre devem ir um consagrado e
uma consagrada, que devem ser indicados pelos ministros celibatários
ou escolhidos diretamente pelo Ministro Geral.
Art.82- Uma vez ao mês o Ministro Geral ou o Vice-Ministro devem
se reunir com os ministros celibatários e seus respectivos custódios,
para uma partilha pastoral¹. Essas partilhas devem acontecer um mês
na casa masculina e no outro mês na casa feminina, sempre na 1ª
segunda-feira de cada mês as 20:30hs.
Art.83- Salvo em caso de doenças ou recomendação médica ou ainda
por liberação do Ministro Geral, os ministros celibatários e seus
custódios não devem de forma alguma faltar nessa reunião pastoral.
Art.84- Todos os celibatários devem ouvir a direção espiritual, feita
em todas as quintas-feiras pelo Ministro Geral¹, os que não puderem
estar presentes ( por motivo justo), devem depois assistir no site da
comunidade.
Art.85- Sempre que um de nossos irmãos acolhidos estiverem em
hospitais, devemos lhes fazer companhia¹, os ministros celibatários
devem fazer uma escala de troca de acompanhantes. E também
devem pedir ajuda aos casais e solteiros da comunidade,
principalmente os membros da pastoral São José Moscati.
Art.86- O(a) ministro(a) celibatário(a) deve organizar partilhas gerais
com os membros da casa e também partilhas pessoais sempre que
um membro da casa solicitar ou o(a) ministro(a) celibatário(a) julgar
necessário. Sempre que for possível o Ministro Geral ou o
Vice-Ministro podem partilhar pessoalmente com todos(as) os
membros da casa sempre que for solicitados pelos ministros
celibatários, ou quando julgar necessário.
Art. 74¹- Conf. D.A 217.
Art. 75¹- Conf. Bento XVI-Discurso à Cúria Romana(22 de
Dezembro de 2005) Ex. Apost.Sacramentum Caritatis 66.
Art,75²- Conf. Ex. Apost. Pós Sinodal Verbum Domini 107.
Art.81¹- Conf. Estatuto Canônico V.P- art.12º § 6.
Art.82¹ – Conf. Estatuto Canônico V.P art.11 §1.
Art.84¹- Conf. C.D.C 578.
XII- DA VIDA EM COMUNIDADE
Art.87- Em nossa comunidade os celibatários devem viver em
comunhão e harmonia com todos os demais missionários,
participando dos eventos da comunidade, assim como dos momentos
de lazer e festas.
Art.89- Os celibatários e celibatárias devem ao menos 2 vezes ao mês
ter um momento de adoração em uma de nossas casas, todos juntos
para rezar as vésperas ou outra oração. Os ministros da vida
celibatária é que devem marcar e organizar estes momentos.
Art.90- Os irmãos e irmãs celibatários podem conversar entre si em
todos os eventos da comunidade, lazer, festas, retiros e missões.
Porém NÃO é permitido partilhas pessoais de forma reservada
(separados do restante da comunidade) entre irmãos e irmãs¹ .
Art.91- Conversas à sós ( de forma reservada) entre um irmão
celibatário e alguma missionária ou outra pessoa do sexo feminino,
ou entre uma irmã celibatária com algum missionário ou outra pessoa
do sexo masculino, NÃO são permitidas¹. Salvo se a conversa for
com parentes ou se for autorizada pelos ministros celibatários.
Art.92- Sempre que convidados à almoçar ou jantar na casa de algum
casal missionário ou de parentes de algum celibatário, os ministros
celibatários ou em sua ausência os guardiões é que decidem de ir ou
não.
Art.93- Em visitas de parentes dos celibatários em nossas casas,
deve-se acolhe-los com respeito e caridade, dando-lhes uma boa
hospedagem, principalmente se forem de outras cidades.
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Art.90¹- Conf. Tomás de Celano-Segundo Vida de São Francisco 205.
Art.91¹- Conf. Tomás de Celano-Segundo Vida de São Francisco 206.
Com todo nosso carinho e cuidado e também com nossas bênçãos e
votos de uma vida feliz e santa para todos que viverem e ensinarem
fielmente tudo que aqui foi escrito, e aos que não observarem ou
mudarem estes escritos, sobre estes venha a justa repreensão da parte
de Deus.
São Paulo, 06 de Junho de 2013
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Claudio Luiz Vaz António Carlos Vaz
Ministro Geral e Fundador Vice-Ministro e Co-Fundador
Nossa Senhora de Guadalupe... Rogai por nós !!!