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Gestor local do SUS: Avanços e Desafios
Elton Anderson Cavalcanti Jimmy Halex João Marcelo Rabelo Marcus Vinícius Costa Mariana Meireles
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CURSO DE MEDICINA – TURMA 87
DEFINIÇÃO DE GESTÃO PÚBLICA
“Gestão é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades a fim de atender aos seus requisitos de maneira eficiente e eficaz.”
PMBOK 2004
FUNDAMENTOS DA EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Visão Sistêmica
Proatividade
Inovação
Liderança e Constância de Propósitos
Valorização das Pessoas
Antecedentes do SUS
MODIFICAÇÕES HISTÓRICAS NA GESTÃO EM SAÚDE Constituição Federal de 1988 e a criação do SUS.
Lei Orgânica da Saúde 8.080/1990
NOB 01/91
NOB 01/92
NOB 01/93
NOB 01/96
NOAS 01/2002
Pacto de Gestão
Pacto Pela Saúde 2006
PG
Regionalização
Planejamento e Programação
Descentralização
Gestão do Trabalho
Educação na Saúde
Participação e Controle Social Regulação
Financiamento
OS GESTORES DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO
Papel e atribuições dos gestores do SUS nos três níveis
de governo.
A Constituição Federal estabelece os princípios,
diretrizes e competências do Sistema Único de Saúde,
mas não define especificamente o papel de cada esfera
de governo no SUS. Somente as Leis n. 8080/90 e n.
8142/90 definiram as competências das três esferas de
governo na gestão dos sistemas de saúde .
OS GESTORES DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO
A Lei Orgânica da Saúde define atribuições e competências comuns e específicas à União, aos estados e aos municípios.
ATRIBUIÇÕES COMUNS:• Definição das instâncias e mecanismos de
controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;
• Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano à saúde;
• Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições Ambientais.
OS GESTORES DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO
UNIÃO• Papel de caráter normativo;• Estabelecimento de políticas públicas de
saúde;• Controlar e fiscalizar procedimentos,
produtos e substâncias de interesse para a saúde;
• Promoção da descentralização para Estados e municípios dos serviços e ações de saúde de abrangência estadual e municipal.
OS GESTORES DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO
ESTADO• Descentralização para os municípios dos serviços e
ações de saúde;• Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios;• Controlar, acompanhar, avaliar e executar ações do
meio ambiente, saneamento básico,ambiente de trabalho, insumos e equipamentos, laboratórios e hemocentros, controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano, vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteira sem colaboração com a União;
• Avaliar e divulgar os indicadores de morbi-mortalidade no âmbito estadual.
OS GESTORES DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO
MUNICÍPIOS• Planejar, organizar, controlar e avaliar as
ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
• Participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde, em articulação com sua direção estadual.
CONTROLE SOCIAL
Conferências e Conselhos de Saúde; Composição dos Conselhos de Saúde; Resolução nº 33; Competência dos Conselhos de Saúde:
regimento do conselho, defesa de princípios constitucionais que fundamentam o SUS, estímulo a participação comunitária, fiscalização de recursos;
Trabalho do Conselho x Trabalho do Gestor;
CONTROLE SOCIAL
Impedimentos que comprometem a legitimidade dos segmentos nos Conselhos de Saúde: participação do poder legislativo e do Ministério Público, representantes dos usuários e trabalhadores de saúde em cargo comissionado ou de chefia;
Funções e mandato dos conselheiros; Estrutura dos conselhos de saúde:
Órgãos, elaboração de regimento interno, periodicidade das reuniões
FINANCIAMENTO
As três esferas de governo e as transferências de recursos;
Emenda Constitucional nº 29 e Resolução nº 316;
Ações e serviços públicos de saúde; SIOPS; Fontes de financiamento do Ministério
da Saúde: contribuições sociais, COFINS, CPMF, CSLL, fundo de combate e erradicação da pobreza e DPVAT
FINANCIAMENTO
Fundos de saúde (instrumento de gestão, de planejamento e de controle);
Modalidades de transferência de recurso: transferência fundo a fundo e remuneração por serviços produzidos.
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
É a que tem a finalidade de selecionar, gerir e nortear os colaboradores na direção dos objetivos e metas da instituição.
No âmbito do SUS, vale destacar, além do papel de profissionais de saúde e gestores, a importância do usuário.
RECURSOS HUMANOS NA SAÚDE
O setor saúde se caracteriza como de mão-de-obra intensivo.
As instituições de saúde dependem de forma radical de seus trabalhadores.
A produção e consumo de serviços de saúde são ações de múltiplos interesses e múltiplos agentes.
Merhy (2000) afirma que “em saúde, governa desde o porteiro de uma unidade de saúde qualquer, passando por todos os profissionais de saúde mais específicos, até o dirigente máximo de um estabelecimento”
PROBLEMAS E DESAFIOS NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Morosidade dos processos de concursos públicos para
responder às necessidades de alocação de profissionais nos serviços de saúde;
Insatisfação profissional decorrente das diversas formas de remuneração do trabalho, das expectativas não atendidas pelos planos de cargos e carreiras e das precárias condições de trabalho e de valorização profissional;
Inexistência de um banco de dados atualizados sobre a composição e distribuição da força de trabalho institucional;
PROBLEMAS E DESAFIOS NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Inexistência de mecanismos de avaliação
para o trabalho realizado;
Existência de trabalhadores com vínculos informais
Inexistência de política de educação permanente para os trabalhadores do SUS
Treinamentos emergenciais.
GESTÃO DE INVESTIMENTOS
O Fundo Nacional de Saúde (FNS) é o gestor financeiro, na esfera federal, dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua missão é “contribuir para o fortalecimento da cidadania, mediante a melhoria contínua do financiamento das ações de saúde” .
GESTÃO DE INVESTIMENTOS
Os recursos podem ser de dois tipos:
- Contemplação Nominal
- Não Contemplação Explícita
GESTÃO DE INVESTIMENTOS: TIPOS DE REPASSE Transferência Fundo a Fundo: consiste no repasse
regular e automático de valores aos Estados, Municípios e Distrito Federal, feito diretamente pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS)
Convênio: transferência de recurso que tem como participantes, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal direta ou indireta, e do outro lado, órgão ou entidade da administração pública federal, estadual, municipal, distrital ou ainda entidades privadas sem fins lucrativos
GESTÃO DE INVESTIMENTOS: TIPOS DE REPASSE
Contrato de repasse: a transferência dos
recursos financeiros acontece por
intermédio de instituição ou agente
financeiro público federal, atuando como
mandatário da União.
Emendas parlamentares
DESAFIOS E DIFICULDADES DOS GESTORES
Gerência – como a administração de uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital, instituto, fundação) que se caracterizam como prestadores de serviços do SUS.
Gestão – como atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde (municipal, estadual, nacional) exercendo as funções de coordenação, articulação, planejamento, controle, avaliação e auditoria.
DESAFIOS E DIFICULDADES DOS GESTORES
Existem 4 grandes grupos de funções (macro-
funções) gestoras na saúde
1- Formulação de política e planejamento
2-Financiamento
3-Coordenação, regulação, controle e avaliação (do
sistema/redes e dos prestadores públicos ou
privados)
4-Prestação direta de serviços de saúde
DESAFIOS E DIFICULDADES DOS GESTORES
Os maiores desafios e dificuldade estão nas áreas:
Reforma administrativa – o novo gestor geralmente modifica totalmente a forma administrativa anterior
Gestão da própria estrutura – análise da situação encontrada da estrutura disponível (Centros de Saúde, laboratórios, hospitais, assistência farmacêutica, organização da vigilância sanitária e epidemiológica)
DESAFIOS E DIFICULDADES DOS GESTORES
Na gestão de serviços próprios destacam-se
três princípios :
Democratização
Descentralização
Autonomia
DESAFIOS E DIFICULDADES DOS GESTORES
Relações Intersetoriais – necessidade
de buscar aliados em outros órgãos,
governamentais ou não, para o
enfrentamentos das questões de
desnutrição infantil, saneamento básico,
controle de zoonoses e outros.
REFERÊNCIAS:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Descentralização das ações de vigilância sanitária: Mecanismos de pactuação entre os três níveis de governo. Brasília: ANVISA/CONASS/CONASEMS;[ 2 0 0 - ] .
Melo C, Tanaka OY. O Desafio da inovação na gestão em saúde no Brasil: uma nova abordagem teórico-empírica. Revista de Administração Pública 2002 mar/abr;36(2):195 -211.
Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Brasília: MS; 2000. Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. - Brasília : CONASS, 2003.
Motta PR. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 3ª ed. Rio de Janeiro: Record; 1 9 9 3 .