elixir da vida

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  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    Ato um: Sidabrine

    Cena um: Mercador

    Vinno est discutindo com Jay (uma mercadora), tentando pechinchar alguma

    mercadoria.

    Vinno:90 moedas e minha oferta final.

    Jay:Vinno, voc sabe que mesmo sendo meu amigo, no posso fazer um preoto baio assim, tenho que tirar minha frao de lucro.

    Vinno:!a", minha amiga... #ei bem que em tempos atuais, mercadores so sereshonrados, principalmente aqueles que se aventuram aqui pelo reino de Vadov, masconvenhamos, $%0 moedas um preo muito alto por isso...

    Jay:&as, Vinno, materialzinho novo de 'u(sas. #abes to bem quanto eu que

    a travessia entre 'u(sas e #idabrine demasiado perigosa devido aos acontecimentosdos )ltimos anos e aos infectados, arrisco minha vida nesse trabalho. 'chas que $%0moedas muito a se pagar por uma vida*

    Vinno:+o acho que depois de anos ainda eistam tantos infectados vagandopelas florestas, - deveriam ter morrido de fome.

    Jay:u sei bem o que vi e ouvi. 'quelas coisas ainda vagam /s centenas poraquelas florestas. uma coisa eu te digo, no parecem mortas, apesar da aparnciagrotesca, muito pelo contr-rio, so espertas e audaciosas, se te avistarem comeam agritar para chamar as outras.

    Vinno:Voc no acha estranho que essas coisas continuem vivas*Jay:# acho que $%0 moedas um preo mais que usto.

    Antes que Vinno e Jay continuassem sua discusso, Astia chega correndo e

    gritando, desesperada.

    Astia:V1++2, 3451627

    Vinno8 2 que foi 'stia, o que est- acontecendo*

    Astia: seu irmo7 le...

    Antes que Astia terminasse de falar Vinno sai correndo para casa, aterrorizado.

    Jay e Astia vo correndo tam!m atrs dele.

    Cena dois: Casa de Vinno

    "hegando a casa, Vinno encontra um pequeno aglomerado de pessoas em frente

    # porta.

    Kisha:&eu 6eus7 terr:vel7

    Bradskova:+o acredito que est- acontecendo de novo.

    Vinno:2 que est- acontecendo*

    Kisha:Vinno. #into muito pelo seu irmo...

    Vinno:6eiem;me entrar.

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    Vinno are espa$o entre a multido e entra em casa, Jay e Astia ficam

    esperando do lado de fora, Astia fica chorando. Ao entrar encontra %aulo (o m!dico da

    cidade) e seu irmo (&vo) com ra$os e pernas amarrados.

    Vinno:2 4 '?2+>?+62 ';#7 C Drita enquanto faz alguma coisa pra acalmar 1vo.

    &vo se acalma, nesse momento Jay entra.

    Paulo: questo de tempo at que ele vire uma daquelas coisas... 6iria que slhe resta dois dias ou trs antes que ele se transforme... >eremos que sacrific-;lo.

    Vinno:+A2, >& &23337 V2?F >&

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    Vinno vai para perto de seu irmo.

    Vinno:2uviu isso, 1vo* sto atr-s da cura7 Voc vai ficar bem7

    Jay:Vinno, voc no acha que est- se precipitando*

    Vinno continua falando para Ivo, ignorando Jay:u uro que se houver uma

    chance, mesmo que pequena, de eistir uma cura, eu vou traz;la para voc e voc sair-dessa7 'guente firme, eu voltarei com a cura7

    Vinno se vira para Jay.

    Vinno:!a", em nome da nossa amizade, eu quero que voc fique aqui e nodeie ningum fazer nada com 1vo7 5romete;me isso*

    Jay:Vinno, eu tenho que trabalhar...

    Vinno:532&>*7

    Jaypensa um pouco e responde:>- certo, em nome de nossa amizade eu uroque no deiarei que faam nada com 1vo at voc voltar.

    Vinno:2brigado, !a".Jay:&as quando voltar ter- que me pagar as $%0 moedas.

    Vinno responde, correndo para a porta:5ode deiar7

    *aindo de sua casa, Vinno esarra com *am.

    Vinno:#am* 2 que fazes aqui*

    Sam:u uro que no estava escutando nada7

    Vinno: >-. #ei... @icena que tenho que me apressar para ir a um lugar.

    Sam:Vai para 'u(sas sozinho* &as voc nunca saiu de #idabrine7 2 que far- seencontrar aquelas coisas*

    Vinno:+o foi voc que acabou de dizer que no estava escutando nada*Sam:2uvi falar de seu irmo e vim ver se estava tudo bem, quando cheguei

    pode ser que eu tenha escutado uma coisa ou outra...

    Vinno:>-, e o que voc sugere*

    Sam:ambm estou atr-s da cura, minha me tambm foiuma das v:timas desse surto repentino...

    Vinno:#into muito por isso, mas perigoso demais.

    Sam:#er- mais perigoso se for sozinho7

    Vinno fica em sil+ncio.

    Sam:nto*Vinnopensa um pouco e por fim responde:>udo bem, mas vamos logo, no

    temos muito tempo.

    Vinno vai at onde Astia est:+o se preocupe, voltarei com a cura e 1vo ficar-bem7 u prometo7

    Astia engole o choro e enxuga as lgrimas:stou contando com voc, Vinno.

    Ao se afastarem um pouco, Sam diz para Vinno: la no tem muitasesperanas, mas escolheu confiar em voc...

    Vinno:+o vou desapontar a namorada de meu irmo, prometi voltar com a

    cura, e isso que farei7

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    Ato dois: !artor

    Cena um: "loresta

    Vinno e *am esto agora na floresta.

    Sam:=fa, ainda bem que conseguimos passar pelos vigias sem problemas.

    Vinno: 'travessar os portJes sem sermos vistos no nada comparado ao quenos espera na floresta...

    Sam:+o acho que sea verdade que ainda tenham muitos infectados por a:, amaioria - deve ter morrido...

    Vinno:!a" disse que ainda h- centenas deles por a:.Sam:u no confio muito no que esses mercadores dizem, eles so famosos por

    contar mentiras.

    Vinno:u acredito em !a", no s acredito como confio em sua palavra7

    Sam8 +o estou dizendo que !a" sea uma m- pessoa, apenas que...

    'esse momento artor pua Vinno e *am para trs de um arusto.

    Sam:EK7

    Vinno:&as que...

    !artor tapa a boca dos dois com as mos e sussurra:Biquem quietos7

    -nto dois infectados passam por eles (caminhando e vasculhando o local como

    zumis). uando eles saem, artor larga Vinno e *am.

    !artor:'gradeam;me depois.

    Sam:

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    Cena dois: "ogueira

    /s tr+s vo para um lugar mais afastado e artor acende uma fogueira.

    Vinno:5or que uma fogueira*

    !artor:les no gostam de luz.Vinno, ap"s um breve momento de sil!ncio:Hartor, n* 2lha, obrigado por

    agora a pouco, deie eu me apresentar, sou Vinno e essa aqui a #am. +s estamos indoem direo / 'u(sas encontrar um alquimista chamado =lo(...

    !artor:=lo(*7

    Vinno: #im, conhece*

    !artor:>alvez... 5or que esto / procura de =lo(*

    Vinno: &eu irmo e a me dela esto apresentando sintomas da praga, eouvimos falar que esse alquimista em espec:fico est- procurando uma cura...

    !artor:nto est- acontecendo de novo...Sam:5or que tm infectados aqui* 'inda estamos bem perto de #idabrine, no

    deveriam estar to perto daqui.

    !artor:#o os esquecidos.

    Sam:2s o qu*

    !artor: squecidos, eram pessoas que quando comearam a aparecer ossintomas da praga, foram trazidos e soltos na floresta.

    Vinno:'chei que quem comeasse a apresentar os sintomas acabava sendomorto...

    !artor: #eu irmo por acaso est- morto*7 C Vinno se cala. artor respira fundoC 2s esquecidos so aqueles que os parentes no queriam ver morrer, ento resolveramsolt-;los nas florestas. 2s outros infectados so chamados apenas de perdidos.

    Sam: nto esquecidos so somente aqueles que poderiam no ter setransformado se tivessem sido mortos antes*

    !artor:5elo visto s to esperta quanto irritante.

    Sam, irritada#

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    !artor:1sso no importa7

    Vinno: o que voc pretende fazer em 'u(sas*

    artor fica em sil+ncio.

    Vinno:

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    Cena um: Cidade "antasma

    *am, Vinno e artor adentram em *1arda.

    Vinno:nto essa #(arda* +o uma viso muito agrad-vel...!artor:+o agora, mas um dia - foi a melhor e mais bela cidade de todas...

    >udo mudou quando a epidemia comeou...

    Sam:+unca imaginei que os infectados pudessem causar tanto estrago.

    !artor:+o foram apenas os infectados os culpados por isso. +o dia que issocomeou, as pessoas entraram em pLnico, comearam a roubar e matar umas /s outrasem busca de mais recursos, mas tudo foi em vo... C artor fica por alguns instantes em

    sil+ncioC 'gora esto todos mortos...

    Sam:Voc vivia aqui, n*

    artor fica em sil+ncio.Sam:Voc deve ter lembranas horr:veis... @embrar;se de como as coisas eram e

    como terminaram. 5assar por aqui deve ser um tormento...

    artor continua em sil+ncio.

    Sam:'posto que deve ter sido doloroso, ver todos aqueles que voc amavamorrendo...

    !artor:#e voc sabe o quo ruim isso ento por que continua me torturandocom isso*7

    Sam surpresa:6e;desculpe, no era minha inteno.

    !artorirritado#6- pra s ficar quieta a partir de agora*7Sam:+o era o que eu queria, - pedi descul;

    !artor:#ilncio7

    Vinno:?alma, ela s est- se desculpan;

    !artor:Biquem quietos7 C 2odos se calam e ouvese o som caracter3stico dosinfectados.C 1nfectados7 +o deveriam estar aqui, pelo menos no agora...

    Vinno: o que faremos agora*

    !artor: !- est- quase escurecendo, viro mais deles unto com a escurido.>emos que nos abrigar o mais breve poss:vel, tentem no fazer barulho.

    /s tr+s continuaram prosseguindo o mais rpido poss3vel sem fazer arulho,por!m, em um momento de descuido, dois infectados surgem de algum lugar, um agarra

    o ra$o de Vinno e outro agarra o ra$o de *am. /s dois se desesperam. artor

    rapidamente saca sua(s) arma(s) e atira nos infectados, que se afastam de Vinno e *am.

    !artor:3-pido, corram7

    'esse momento, os dois infectados come$am a gritar desesperada e

    estridentemente, chamando os outros.

    Cena dois: Casa Abandonada

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    artor, Vinno e *am correm para dentro da primeira casa que viram e fecham a

    porta.

    !artor:Vocs me audem / segura;los7

    /s tr+s se escoram na porta se esfor$ando para segurar os infectados quegritam e atem contra ela violentamente, tentando derrula.

    Ap4s alguns instantes, os infectados param de se deater na porta. artor,

    Vinno e *am param de segurar a porta e artor escora alguma mo3lia para trancla.

    Vinno:Voc tem uma arma, por que no matou aqueles dois* +o seria bemmais f-cil*

    !artor:'cha mesmo que se desse para mata;los ainda eistiriam tantos por a:*7

    Vinno:#ignifica ento que eles so imortais*7 1sso um absurdo7 +o eiste talcoisa7

    !artor: 1mortais ou no, essas coisas no morrem, no importa se atirem nacabea ou no peito, eles continuam se meendo7 ' melhor maneira de sobrevivermoscontra eles no sermos vistos.

    Vinno:1sso no faz sentido, como essas coisas conseguem sobreviver / fome eat mesmo a tiros* C Vinno se perde em seus pensamentos e, por alguns instantes, oamiente mergulha no profundo sil+ncio.

    Sam se vira para $artor: #obre mais cedo, me desculpa por aquilo. urealmente no queria te magoar. Voc passou por coisas que eu amais poderia entender.

    !artor respira fundo:>-. >e desculpo, mas vamos apenas esquecer sobre isso...

    Sam:?omo #(arda era* 'ntes de isso acontecer* Voc disse que era a melhorcidade para se viver...

    !artor:ra... 2 povo de #(arda era simp-tico e humilde. 's crianas brincavamnas ruas a qualquer hor-rio sem temer a nada, no havia violncia nem ganLncia entre a

    populao... 5elo menos era isso que pens-vamos. &as, pela ganLncia de um homemtudo entrou em colapso...

    Vinno:plique;se...

    !artor: #(arda era famosa pelos avanos na -rea da medicina, t:nhamos osmelhores mdicos e alquimistas de Vadov. 't aparecer um alquimista dizendo queestava primo de encontrar a cura para todas as doenas, a chave para imortalidade, oliir da Vida.

    Vinno:&as o liir da Vida no apenas um mito*

    !artor: 6e fato, mas, por algum motivo os alquimistas o apoiaram econtribu:ram para sua pesquisa... Boi ento que tudo comeou... =ma falha nos )ltimostestes do tal liir liberou a praga que infectou a cidade quase toda. @embro;me dessedia todas as noites, e sempre, antes de dormir, amaldioo o nome do tal alquimista queacabou com a vida de todos que eu um dia - amei.

    Vinno: qual era o nome do tal alquimista*

    !artor, ap"s alguns segundos em sil!ncio8 =lo(.

    Vinno e *am se surpreendem.

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    Vinno:nto por isso que voc est- indo / 'u(sas*

    !artor:'certar as contas com =lo( apenas um dos motivos... u no queroque ele destrua outra cidade que nem fez com #(arda. Vou impedi;lo nem que para issoeu precise mat-;lo.

    Sam:&as, pode ser que tenha sido tudo realmente um acidente. 5ode ser que eleestivesse mesmo tentando audar, mas no conseguiu e agora quer consertar o erro...

    !artor:5ode at ter sido um acidente, mas ele no estava tentando audar aningum alm de si mesmo, logo aps a praga ser liberada, =lo( pegou toda sua

    pesquisa e fugiu. le almea a imortalidade e no se importa em quantas vidas precisemser desperdiadas para alcana;la7

    Sam:nto estamos indo / 'u(sas atoa* nto realmente no h- cura e nossosentes esto condenados a virarem aquelas coisas ou morrerem*

    Vinno:'calme;se, pode ser que =lo( no nos d o que queremos, mas euprometi a 1vo que voltaria com a cura, e isso que farei. Vamos primeiro chegar em'u(sas e depois continuamos nossa busca7

    Ato $uatro: Auksas

    Cena um: %ntrada da Cidade

    Sam: nfim chegamos em 'u(sas...

    Vinno se dirige a primeira pessoa que v+.

    Vinno:?om licena, sabe me informar onde se encontra o alquimista =lo(*&oouglas, levemente desesperado: +o conheo nenhum =lo(, no sei do que

    est- falando...

    Sam:le mente.

    !artor o agarra pela camisa:#e preza sua vida melhor falar logo8 2nde est-=lo(*7

    &oouglas,% completamente desesperado:+o sei do que vocs esto falando7!- disse que no conhe;

    !artor, se preparando para sacar sua arma:+o vou perguntar de novo7

    &oouglas:>- certo7 le est- no laboratrio que fica no centro da cidade7 CAponta para a dire$o.C 5or favor, s no me machuque7

    artor larga a camisa do su5eito, que cai de 5oelhos no cho, amedrontado.

    Vinno, em um tom sarcstico:&uit:ssimo obrigado.

    /s tr+s come$am a andar na dire$o que o su5eito apontou, deiando o mesmo

    para trs, ainda sem rea$o.

    Vinno:Eora da verdade...

    !artor:Vocs no sabem quanto tempo esperei por esse dia.

    Cena dois: 'aborat(rio de )lok

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    Anastade (uma das assistentes de 6lo1) entra no laorat4rio e fica em posi$o

    de rever+ncia.

    )lok:5or qual motivo interrompeste minha pesquisa, 'nastade*

    Anastade:5erdo senhor, no era minha inteno, mas tem alguns viaantes queesto a sua procura.

    )lok:Viaantes atr-s de mim* o que querem* +o me diga que... ?idadeincompetente7

    Anastade, saindo levemente da posi&o de rever!ncia:'calme;se senhor7 C6lo1 faz um sinal com a mo e Anastade rapidamente volta # posi$o de rever+ncia e

    fica de cae$a aaiada.

    )lok:u prometi que os audaria se mantivessem sigilo total7 ?omo ousamquebrar um trato feito comigo*7

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    )lok:stou muito primo, mas h- um )ltimo ingrediente que no conseguiencontrar ainda...

    Vinno: E- como possamos audar de alguma maneira*

    !artor:+o confie nele, uma cilada, Vinno7

    Vinno: a )nica opo que temos7 stou disposto a arriscar tudo pela cura7)lok:#im, h- como vocs me audarem... +o tenho certeza ainda, mas acho

    que podemos encontrar as respostas restantes em Delezies...

    Sam:&as, Delezies apenas um mito*

    )lok:+o, Delezies eistiu de fato, porm somente descendentes dos antigoshabitantes sabem a localizao da cidade perdida. !oelma uma das descendentes,

    porm ela se nega a dizer a localizao da cidade.

    Sam:&esmo que tenha eistido, por que voc acha que podemos encontrar asrespostas em Delezies*

    )lok:Delezies foi, de acordo com a lenda, a cidade mais avanada eistente e,mesmo h- centenas de anos atr-s, Delezies era mais avanada que qualquer cidadeatual... apenas um palpite, mas no h- como confirma;lo, pois !oelma no cooperaconosco...

    Sam:nto voc quer que ns convenamos essa tal de !oelma a nos mostrar alocalizao da cidade*

    )lok: o )nico eito de descobrir o )ltimo ingrediente...

    Sam se vira para Vinno e $artor:6evemos confiar na palavra desse homem*

    !artor8 +o7

    Vinno:+o temos escolha, se ele diz estar querendo audar, no acho que seauma m- ideia tentar...

    )lok:celente, 'nastade acompanhe nossos visitantes at !oelma.

    Anastade:?omo desear, meu senhor... C8az novamente uma rever+ncia e sai,sendo seguida por Vinno e *am.

    Vinnopara um pouco antes de sair: Voc vem, Hartor* Cartor, que estava at!o momento encarando 6lo1 seriamente se vira e come$a a acompanhar os outros.

    9epois que todos saem e 6lo1 fica sozinho com "ristina.

    )lok: ?ristina mande

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

    12/19

    Anastade:'qui esto. C diz saindo e deiando Vinno, *am e artor em frente #casa de Joelma.C spero que vocs consigam... C *ai, enfim.

    Vinno ate na porta de Joelma que, ap4s uns instantes, se are.

    Joelma:2 que vocs querem*Vinno:?hegar em Delezies7

    Joelma:Vo embora7 C Vai fechando a porta, mas Vinno impede.

    Vinno:5or favor, importante.

    Joelma:5or que vocs querem ir a Delezies*

    Vinno:5ara encontrar respostas.

    Joelma:' mando de quem*

    Vinno:6esde que eu parti de #idabrine estou seguindo apenas rumores de ondeencontrar a cura para a praga, o rumor mais recente me troue a voc.

    Joelma:

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    Sam:nto elas perderam os pais para epidemia... C 9iz olhando para Vinno,que fica de cae$a aaiada.

    !artor:+o motivo suficiente para seguir aquele maldito...

    Sam:>ambm acho que no, mas acho que se eu estivesse no lugar delas eu

    teria feito / mesma coisa, ou quase...Vinno:#obre Delezies, voc sabe o que aconteceu para que ela terminasse emru:nas*

    Sam:Vai dizer que voc no conhece a lenda*

    Vinno:?laro que conheo, mas a lenda no diz o que aconteceu.

    !artor:u nunca ouvi, o que a lenda diz*

    Sam:3eza a lenda que, h- centenas de anos atr-s, Delezies era a cidade maisavanada eistente, mais avanada inclusive que qualquer cidade atual. 5orm, algumacoisa aconteceu e repentinamente a cidade inteira entrou em colapso da noite para o dia

    e, em questo de poucos anos, Delezies havia virado apenas uma cidade desabitada e,posteriormente, somente ru:nas sobraram do que um dia fora a civilizao maisavanada eistente.

    Vinno:atamente, o que eu queria saber ustamente o que foi que fez comque Delezies entrasse em colapso e deiasse de eistir.

    Joelma:5ouco se sabe do que realmente aconteceu... &inha fam:lia conta, ageraJes, que nossos antepassados haviam sa:do de Delezies para morar num vilareoque hoe 'u(sas e, aps alguns anos, quando retornaram a Delezies no havia maisningum, minha fam:lia morou em 'u(sas desde ento. m todos esses anos, nuncaningum se aventurou pelas ru:nas, apenas mantemos sua localizao em segredo...

    !artor:+unca tiveram curiosidade de descobrir o que aconteceu*

    Joelma8 >:nhamos, no in:cio, mas o medo era maior, depois a vontade passou eapenas continuamos seguindo nossas vidas...

    Joelma para repentinamente.

    Joelma:1rei acompanha;los at aqui... ?ontinuem em linha reta e chegaro emDelezies.

    Vinno: 2brigado por tudo !oelma.

    Vinno, *am e artor continuam em frente e Joelma se vira para voltar pelo

    caminho que veio, mas ap4s alguns segundos, uan:ti aparece em frente # Joelma.

    Joelma:#abia que =lo( tinha te mandado,

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

    14/19

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

    15/19

    devastado em um )nico dia. +o final, a ovem conseguiu alcanar seu obetivo, mas aocusto de todo o resto.

    Sam:Voc tambm iniciou a infeco, h- centenas de anos...

    Ausra:@ogo aps a epidemia comear, eu continuei a minha busca pelo liir

    da Vida, porm com o propsito de desenvolver a cura para a praga. 5assei anosprocurando antes de perceber que a epidemia no pode ser curada.

    Vinno:?omo assim*7

    Ausra:Vocs - perceberam que os infectados no morrem de fome*

    !artor:+o sobrevivem somente / fome, no importa o que tentamos fazer,eles simplesmente no morrem.

    Sam: o que isso significa*

    Ausra:les no morrem porque a praga que faz com que eles percam suahumanidade tambm a respons-vel por produzir o liir, quer dizer, no eatamente o

    liir, mas o ingrediente principal dele... ' praga produz uma substLncia que curaqualquer ferida e doena, essa substLncia que corre no sangue dos infectados.

    Sam:nto eles so imortais.

    Ausra:+o, - vi os infectados morrerem de diversas maneiras. Iasicamente, oque deve ser feito para mata;los fazer com que o sangue pare de circular em suasveias.

    !artor:&as eu - tentei atirar em seus coraJes, de nada adiantou7

    Ausra:=m simples tiro realmente no os mataria voc precisaria arrancar ocorao de seus peitos para mata;los desse eito.

    !artor: qual seriam as outras maneiras*

    Ausra:Velhice, por eemplo. ?omo eu disse, o que corre nas veias deles no oliir em si, s aquilo no os torna imortais, apenas aumenta o fator de curaconsideravelmente.

    Vinno:#e eles se curam to rapidamente, por que ainda tm aquela aparnciagrotesca como se estivessem em decomposio*

    Ausra:2 ac)mulo daquela substLncia faz com que a pele necrose e caia, apsalgum tempo ela se regenera e o ciclo se repete.

    !artor: >-7 &as alm de arrancar os coraJes e velhice, o que mais pode mata;los*

    Ausra:=ma vez vi um morrer aps ser atingido por um raio, pelo visto aeletricidade paralisou o corao... tambm CAusra pega uma alaC tem isso...

    !artor:2 que isso*

    Ausra:=ma bala que eu desenvolvi. la foi feita a partir de um veneno queestimula a coagulao do sangue, solidificando;o em segundos. &as s tenho essa...

    Sam, ap"s refletir um pouco:+o h- maneira de se curar a epidemia, pois a)nica cura s pode eistir a partir dela...

    Vinno:nto imposs:vel mesmo...

    Ausra: #omente se o infectado - tiver se transformado, antes disso ainda h-como curar.

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

    16/19

    Vinno:&as como*

    Ausra:2 sangue de um infectado - o suficiente para curar qualquer ferida oudoena, mas somente se for ingerido, se for diretamente inetado apenas apressa atransformao.

    'esse momento, uan:ti aparece de onde estava escondido rindo insanamente.*uan+ti: nto era pra isso que o mestre me mandou7 le queria que eu

    descobrisse o segredo do liir da vida, uma tarefa honrosa, no esperava menosconsiderando que ele a confiou a mim7 C=i histericamente de novoC nto o segredo o sangue de um infectado7 C uan:ti ento sai correndo e rindo.

    Sam, apavorada:emos que voltar r-pido para 'u(sas7

    Ato seis: %m "im

    Cena um: Con1ronto "inal

    Vinno, *am, artor e Ausra entram no laorat4rio e veem 6lo1 com uma

    seringa, contendo sangue de infectado, nas mos de prontido para in5etla. Anastade

    e "ristina esto amas oservando maravilhadas e esperan$osas quanto # eperi+ncia.

    )lok, olhando para os protagonistas:'ps tantos anos dos quais busqueidesesperadamente por isso... >antas tentativas, tantos fracassos, tantas desgraas... eununca imaginei que o sangue deles era o prprio liir...

    !artor:5are7

    )lok: 'gora, enfim, alcanarei minha to deseada... C diz falando

    pausadamente.C e almeada... 1mortalidade7!artor: +o7 Voc no pode inet-;la diretamente na corrente sangu:nea7 C

    'esse momento 6lo1 simplesmente o ignora e in5eta a seringa no ra$o.

    Vinno e Sam, simultaneamente:+o7

    Ausra:Voc tem noo do que acabara de fazer*7

    6lo1 prensa o local da in5e$o com for$a e come$a a agonizar de dor, desespero

    e, posteriormente, raiva e f>ria. Anastade e "ristina se surpreendem e come$am a

    demonstrar espanto e medo.

    Ausra:le - est- perdendo sua sanidade7 'gora no h- mais volta, seu destino

    - est- selado7

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    !artor:# h- uma coisa a ser feita agora7 C diz, sacando sua arma e mirando em=lo(.

    Anastade e Cristina, se colocando ) frente da arma:+o, voc no pode fazerisso7

    !artor: preciso7 #aiam da frente7 le - no tem mais salvao e eu s tenhouma chance de det;lo, ento #'1'& @2D2 6' B3+>7

    Cristina:+o acreditamos em voc7 le nos prometeu que acharia a cura e ofez7

    Ausra:1sso no a cura7 le apenas agilizou o processo de infeco7

    6lo1 parte na dire$o de artor, 5 com sua mente envolta somente por raiva e

    4dio. "ristina se p7e em sua frente numa v tentativa de acalmlo, mas 6lo1 5 no a

    reconhece mais e a tira de seu caminho # for$a, matandoa sem demonstrar qualquer

    miseric4rdia ou piedade.

    Anastade, ao ver sua irm sendo rutalmente morta por aquele a quem ela tanto

    confiara, acreditara e seguira cegamente, logo entrou em estado de choque e seus

    5oelhos desaaram ao cho, por l ficando esttica e sem quaisquer rea$7es.

    ?om =lo( se aproimando cada vez mais e sem mais haver qualquer obst-culoobstruindo sua mira, Hartor se acalma e mantm sua mente concentrada apenas em seualvo. =m som de disparo ecoa pelas paredes do laboratrio enquanto =lo( diminu:a suavelocidade gradativamente at, por fim, desabar ao cho. Bora um tiro certeiro nocorao. nquanto o efeito da bala comeava a agir, solidificando seu sangue, =lo(recupera suas )ltimas centelhas de sanidade, recordando;se de toda sua vida, dosmotivos nobres que o levaram a buscar o liir da Vida, de como acabou se

    distanciando de seu caminho, das in)meras atrocidades que cometera em sua sede porpoder e imortalidade, at aquele fat:dico momento em que tudo terminara. 5or fim, suas)ltimas palavras foram designadas a seu assassino, Hartor8 =m simples, mas sincero,

    pedido de desculpas seguido de um Nmuito obrigado7O morrendo agradecido a Hartorpor t;lo impedido antes que cometesse mais erros.

    2 laboratrio, por alguns segundos, mergulha no mais profundo silncio, quefora quebrado por 'nastade aps retomar a realidade e perceber que sua irm estavamorta, saindo do estado de choque est-tico e passando para um de etremo pLnico edesespero.

    Cena dois: &es2edida

    Vinno, *am, artor, Ausra e Anastade, agora 5 fora do laorat4rio.

    Sam, indagando a Ausra: 5recisava mesmo queimar o laboratrio*

    Ausra:ra o melhor a ser feito, a busca pelo liir da Vida amaldioada ecarrega consigo um rastro de morte e destruio. melhor que isso acabe aqui.

    Vinno:6e qualquer forma, obrigado pela auda, por nos dar o liir e nosensinar a forma correta de usar.

    Ausra:2ra, mas esse no o verdadeiro liir da vida, est- incompleto e noconcede imortalidade.

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    Sam: qual o verdadeiro liir*

    Ausra:1sso um segredo que morrer- comigo, apesar de eu ser imortal... >eriaque te matar se te contasse...

    Vinno: agora* 2 que pretende fazer*

    Ausra: +o sei, acho que vou voltar e continuar a cumprir minhaautocondenao de guardar aquelas ru:nas...

    Vinno:+o acha que audar a eliminar os outros infectados que ainda vagampelas florestas pode ser uma maneira melhor de pagar por seus pecados e audar a maispessoas*

    Ausra:... >alvez eu faa isso mesmo...

    Sam: quanto a voc, Hartor* 2 que pretende fazer a partir de agora*

    !artor:'udarei 'usra a eliminar os infectados, afinal a grande maioria deles de #(arda, ento me responsabilizo por eles...

    Vinno, cochichando para Ausra: quanto a ela* C aponta para Anastade.Ausra se vira para Anastade8 'nastade, n* 2 que voc pretende fazer agoraque seu mestre morreu*

    Anastade:+o sei mais o que devo fazer, para onde devo ir, no tenho maisnenhuma fam:lia, propsito ou lugar para onde retornar...0 diz ainda inconsolada pelos>ltimos acontecimentos.

    Ausra:2 que voc acha de me acompanhar*

    Anastade apenas confirma positivamente com a cae$a.

    Vinno:nto... 1sso um adeus*

    !artor:+o diria que um adeus, apenas uma despedida.'mbos prosseguem viaando untos at #(arda, onde se separam, Vinno e #amretornam a #idabrine com a cura para seus parentes enquanto que 'usra, Hartor e'nastade prosseguem com o intuito de acabar de vez com a infeco.

    Cena tr#s: .etorno

    ?hegando a #idabrine, #am retorna / sua casa, para dar a cura para sua me, eVinno prossegue para sua casa rapidamente para salvar seu irmo.

    -m frente # casa de Vinno esto Jay, Astia, %aulo e alguns figurantes, todos em?uto.

    Vinno:2 que houve*

    Astia o olha com olhar triste, e tenta eplicarlhe a situa$o, mas no consegue.

    Vinno:+o... +o7 C caindo em prantos.

    Jay, se aproximando dele:#into muito, mas ele morreu essa noite... ?ometeusuic:dio...

    Vinno:&as ele estava amarrado7 Voc me prometeu que iria tomar conta dele7

    Jay:le conseguiu se soltar, mas mantivemos ele preso dentro de casa...

    Astia, enxugando as lgrimas: verdade, !a" no deiou que ningumentrasse.

  • 7/23/2019 Elixir Da Vida

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    Vinno:+o7 !a"7 Cse vira para Jay.C Voc me prometeu7

    Paulo, se aproximando8 Vinno pare com isso, 1vo reconheceu seus limites etomou a deciso correta... >eria sido pior se ele tivesse se transformado7

    Vinno, ainda inconsolado:+o... &as eu consegui a cura... C diz mostrando o

    frasco. C u ia salv-;lo7 6e nada isso tudo adiantou... #e eu tivesse chegado antes7 C emum momento de f>ria, acaa quase 5ogando o frasco no cho, mas ! impedido por%aulo.

    Paulo8 5are com isso7 #ua ornada no foi em vo70 pega o frasco da mo deVinno. C ?om isso poderemos audar in)meras pessoas que ainda podem ser salvas.

    Astia:#eu irmo teria orgulho de voc... le sempre teve...

    Jay:'ntes de morrer ele escreveu uma carta, dizendo que havia alcanado seulimite e estava prestes a se transformar, nela ele tambm pede desculpas a voc por noter conseguido te esperar... u realmente sinto muito...

    Astia:&as, vea, graas a voc, muitas pessoas podem retomar suas vidasnormais e viverem sald-veis. Voc foi um heri, Vinno7 'gora venha... >emos querealizar um funeral honrado a seu irmo tambm.

    Vinno, Astia Jay e figurantes vo saindo de cena e %aulo fica para trs.

    Jay, se virando para *aulo8 Voc no vem, 5aulo*

    Paulo:6epois eu vou, ainda preciso audar a curar os outros antes que setransformem.

    Vinno,% um pouco mais calmo:Baa;os beber a cura, no inete na correntesangu:nea.

    Paulo:ntendido.

    2odos saem, eceto %aulo, que fica falando sozinho um pouco afastado do

    cenrio.

    Paulo: 1sso aqui realmente algo muito bom... 5oder- salvar muitas vidas eaudar muitas pessoas... >alvez, quem sabe, at possa servir para criar... C %ausadramtica.C 2 liir da Vida7

    "3M