eles venceram pela fé

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Este material dispõem uma série de estudos acerca de como vencer pela fé, através do incentivo prático e concreto daqueles que, no passado, tiveram profundas experiências com Deus. Com eles você aprenderá um pouco mais daquilo que Deus quer que você seja e faça. Também descobrirá como melhor servir ao Senhor para viver um cristianismo autêntico, cheio de vida, e não uma religiosidade nominal.

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Aula01.Abraao:SubmissaoatravesdafeTexto: Gênesis 12: 1-9"De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção",Gênesis 12: 2Iremos começar a estudar a partir de hoje, uma série de estudos acerca de como vencerpela fé. A vida cristã não teria incentivo prático e concreto se não fosse o exemplo daquelesque, no passado, tiveram profundas experiências com Deus. Com eles aprendemos umpouco mais daquilo que Deus quer que sejamos e façamos.Hoje você irá estudar a vida de Abraão. Seu exemplo de fé e de submissão nos ensina amelhor servir ao Senhor para vivermos um cristianismo autêntico, cheio de vida, e nãouma religiosidade nominal.

I - CHAMADO PARA SER BENÇÃO, Gn 12Para realizar seus propósitos, Deus usa pessoas. Quando estamos estudando a históriadesses homens, mais do que simples biografias, estamos estudando a história da salvação.Abraão é um desses personagens-chaves na história. Deus o escolheu e o preparou para,através dele, realizar seus propósitos de redenção da humanidade.Deus preparou Abraão para que desempenhasse uma grande missão. Já era casadoquando seu pai decidiu sair de Ur e ir à terra de Canaã, Gn 11: 29-31. Mas chegaramapenas até Harã, onde o pai de Abraão veio, mais tarde, a falecer. Em Harã, Deus se revelaa Abraão e o chama para ir a uma terra desconhecida, Gn 12: 1.Nesse chamado, estavam envolvidas algumas grandes promessas: a) fazer dele umagrande nação; b) engrandecer o seu nome; c) abençoar, através dele, todas as famílias daterra, Gn 12: 2-3.Abraão foi uma bênção. As promessas se cumpriram. Ele é o pai da nação israelita. Abênção prometida a ele chega até nós. Alguns fatores importantes contribuíram paraisso:

a) Confiança na Palavra de Deus, v. 4. Que garantias Abraão tinha para mudar-separa uma terra que nem conhecia? Paulo discute essa questão em Romanos 4.Abraão creu no chamado, v. 3; creu na promessa do nascimento do herdeiro, v. 18-21. Essa fé foi o elemento fundamental para sua justificação e salvação, v. 22-25. Talatitude de Abraão é usada em toda a Bíblia para exemplificar o que é fé, Hb 11:8. Eletinha apenas a promessa de Deus e creu;b) Submissão à vontade de Deus, v. 5. De nada adiantaria a Abraão simplesmentecrer, se ele permanecesse em Harã. Como prova de sua fé na promessa de Deus, elesaiu de onde morava em obediência ao Senhor;c) Desprendimento, vv.1,6. Abraão se dispôs a deixar sua parentela, sua cidade e aatender à voz de Deus. A fé sempre exige renúncia, Lc 9: 62. Não há como ter umavida cristã dedicada a Deus sem desprendimento.

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II - UMA ESCOLHA ACERTADA, Gn 13Abraão chegou a Canaã. Seus primeiros anos ali foram muito difíceis, Gn 12: 5-9. Mas o Senhorlhe aparece e reafirma as promessas, v. 7. Para fugir da fome, emigrou para o Egito, ondeDeus o abençoou e o guardou. Mais tarde, como relata Gn 13: 1, foi para o Neguebe, com oseu sobrinho Ló. Ele ia para Canaã, a terra que o Senhor lhe havia prometido.Abraão e Ló prosperaram muito. Eram muito ricos, Gn 13: 2. Quando chegaram à regiãoentre Betel e Ai houve discórdia entre os pastores do gado de Abraão e os de Ló, v. 7. Pararesolver o problema, Abraão propõe ao seu sobrinho uma separação amigável, vv 8 e 9. Lóficou entusiasmado ao ver toda a beleza da campina do Jordão. Escolheu para si toda essaregião e partiu para o Oriente, v. 11. Abraão habitou na terra de Canaã.Quem fez a melhor escolha? Que lições podemos extrair desse acontecimento?

a) A escolha humana, v. 10. Os olhos de Ló se encheram, logo que viram a belezadas campinas do Jordão. Mas sua escolha foi infeliz. Sodoma era uma cidade cheiade pecado e violenta, 14: 12-17. Sodoma e Gomorra foram destruídas com fogo. Ló esua família tiveram de sair às pressas de sua casa, 19: 16-17;b) O perigo da má escolha. Todos estamos sujeitos a fazer boas ou más escolhas. Lófez má escolha e toda a sua família padeceu. O cristão não pode ser movido edirigido pelos interesses humanos. Ao contrário, precisa da direção de Deus em suavida em todas as circunstâncias. Veja II Co 5: 7.

III - FÉ PROVADA E APROVADA, Gn 22Em Gênesis 22, o Senhor pede o filho de Abraão em sacrifício. Foi um grande teste de fé:"...pôs Deus Abraão à prova...", v. 1. Abraão obedeceu porque era possuidor de uma féinabalável.

a) Certeza da intervenção divina, vv. 1, 5, 8.Abraão diz aos seus empregados: "esperai aqui [...]; eu e o rapaz iremos até lá e, hauendoadorado, voltaremos para junto de vós". Ele estava certo de que Deus estava provandosua fé. Isaque pergunta: "onde está o cordeiro [...]?". Abraão responde: "Deus proverápara si, meu filho, o cordeiro para o holocausto". Isso é fé: a certeza de coisas que seesperam, a convicção de fatos que se não vêem, Hb. 11:1. Abraão sabia que seu filhonão morreria.b) Jeová-Jiré, o Deus da provisão, v. 14. Quando Abraão estava pronto para imolarseu filho, o anjo brada dos céus: "...não faças nada...", v. 13. Abraão vê, então, umcarneiro preso pelos chifres entre os arbustos. Essa foi a primeira vez que Deus serevelou como o Jeová-Jiré, o Deus da provisão.O sucesso de Abraão não estava no fato de ser ele um homem rico, mas nos valores espirituaisque cultivava. Ele foi chamado "o amigo de Deus", II Cr 20: 7. Todos precisamostambém desses valores, que nos dão condições de viver de vitória em vitória.

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Absalao:Rebeldia,pecadoquegeramorte2 samuel 15:1-16

"Tão somente não sejais rebeldes..."Números 14: 9.O comportamento humano É uma das coisas mais complexas para se entender. Pessoas quetiveram uma boa educação formal às vezes não conseguem sucesso na vida e partem para acriminalidade. Outras, que vieram de origem muito simples, apesar de tantas oposiçõesnaturais, se sobrepõem às adversidades e constroem uma vida feliz. Viver num palácio oumorar num casebre não justifica a má conduta de uma pessoa.Essa questão de mau comportamento, que resulta em más atitudes, pode ser vista na vida deAbsalão. Ele era filho do rei Davi. Apesar de viver num verdadeiro ambiente de luxo, possuirtudo que precisava, a Bíblia não esconde o seu mau comportamento que terminou com suamorte trágica. Hoje vamos estudar a vida deste moço.

I - A PERSONALIDADE DO REBELDENem sempre o significado do nome está relacionado à personalidade da pessoa. Por exemplo,o nome de Absalão, que quer dizer "o pai da paz", nada tem a ver com a sua personalidade.Suas atitudes revelam que ele era uma pessoa de difícil relacionamento. É fácil vermos issoem seu comportamento através de duas características de seu caráter. Vejamos:

a) Coração cheio de ódio, II Sm 13: 22. Tomando conhecimento de que Amnon haviacometido um incesto, forçando Tamar, sua irmã, Absalão o odiou e, depois de doisanos, o matou. Absalão deveria ter perdoado seu irmão. Mas, sua maldade foi tãogrande que a morte de Amnom foi premeditada. Absalão teve frieza para traçar todosos planos e executá-los, v. 30. O coração do perverso é cruel, Pv 12: 10. Nenhum errojustifica o ódio e rancor de uma pessoa contra alguém. "Aquele que diz está na luz e odeia aseu irmão, até agora, está nas trevas", I Jo 2: 9;b) Coração astucioso, 15: 3. Absalão era muito sagaz. Colocando-se à entrada do paláciode Davi, com falsidade, enganava as pessoas que vinham falar ao rei. Seu objetivo eradesestabilizar o governo de Davi e chegar ao trono. Quantos que não usam da astúcia efalsidade para conseguir uma promoção ou algo semelhante? SI 119: 118. Absalão tinhaum coração ambicioso, 15: 6. A ganância e a sede pelo poder marcaram a vida dessemoço. Chegou ao extremo de furtar a confiança paterna como fruto de um coraçãodominado pela ambição.

II - POSSÍVEIS CAUSAS DA REBELDIAAbsalão era uma pessoa complicada e cheia de rancores. Vale ressaltar que, pelo menos, doisfatores contribuíram para que esse moço se tornasse um indivíduo revoltado. Essas mesmasrazões explicam por que muitas pessoas são dominadas pelo espírito de rebeldia e viveminsatisfeitas em suas casas e até mesmo na igreja.

a) Um pai que não resolveu problemas entre os filhos, 13: 23. Teria o rei Daviconversado seriamente com Amnon para deixá-lo ciente de seu pecado e puni-lo?Talvez isso nunca acontecera. Quem sabe Absalão esperasse que o rei punisse o infrator,ainda que fosse o seu próprio filho. Não vendo isso, resolveu fazer justiça com aspróprias mãos. Quantos pais que não têm coragem de dialogar com os filhos e deaplicar a disciplina no momento certo. E mais tarde essa situação pode frustar filhos eintroduzir a revolta em seus corações.

Algumas lições bíblicas para ajudar os pais no relacionamento familiar:

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a) Não tratar com favoritismo a um dos filhos;b) Levar em consideração a individualidade dos filhos e respeitá-la;c) Não provocar a ira dos filhos, Ef 6: 4a; Cl 3: 21;d) Zelar pela educação cristã no lar, Ef 6: 4b.

b) Um pai que não acompanha de perto seus filhos. Embora o problema já tivesseacontecido havia dois anos, Davi não observava que o ódio era grande no coração deAbsalão, II Sm 13: 22. Ele se tornou um tipo difícil: calado e aborrecido em seurelacionamento com Amnon.O fato de Davi não corrigir Amnon parece dar a entender que o rei Davi se esquecera doproblema. Essa é uma tendência do ser humano quando não quer resolver um problemaque envolve sentimento, amizade, companheirismo, família, etc, e até mesmo porque apessoa errada é amiga. O silêncio de Davi causou grande revolta em Absalão. A falta decorreção de um erro pode gerar outros maiores ainda. Os pais têm a granderesponsabilidade de estar sempre avaliando o comportamento de seus filhos.

II- O PROBLEMA DA REBELDIA HOJEInfelizmente, a rebeldia ainda predomina em nossos dias. Há nações, igrejas, lares e pessoasrebeldes. Satanás é o responsável direto por este mal que tem destruído o mundo, causandodiscórdias na família, igreja e sociedade.Analisemos três princípios que estão sendo quebrados:

a) Princípios familiares. Os lares estão se desestruturando. Em alguns há brigas eseparações que revoltam os filhos; noutros, falta comunhão, fidelidade e amor, gerandoum desinteresse pela vida em família. E há o caso dos filhos que não querem viver sob aautoridade dos pais, Lc 15: 13; E também encontramos muitos pais que não queremexercer sua autoridade sobre os filhos.b) Princípios morais. Vivemos uma época de inversão de valores, Is 5: 20. A decadênciaética e moral está marcando nosso século;c) Princípios religiosos. O diabo tem levado milhares de pessoas a se oporem à vidareligiosa, questionando a existência do Criador, SI 42: 3, 10; Elas têm o seuentendimento cegado, II Co 4: 4.E o que dizer da rebeldia que infelizmente existe nas próprias igrejas? De crentesdesobedientes e revoltados que podem estar sendo atingidos pelos dardos do diabo, Ef6: 16.O pecado gera a morte. Absalão, depois de matar o irmão, revoltou-se contra Davi, seupai. Promoveu um levante e Davi teve de fugir de Jerusalém. Nesse conflito, perseguidopelo exército de Davi, Absalão teve morte trágica, II Sm 18: 9. A rebeldia jamais trouxequalquer vantagem. Por isso, seja um crente submisso a Deus e às autoridadesconstituídas.

CONCLUSÃOQue conquistas terá um filho desobediente? Ou um crente rebelde em suas atitudes? Ou paisque não exercitam sua autoridade espiritual na vida familiar? Certamente que nenhumaconquista ou sucesso obtido. O sucesso dos filhos e crentes depende da prática da honra.Quem sabe honrar aqueles que foram constituídos por Deus sobre sua vida, será honradotambém pelo Senhor.

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Pag. 1Asafe:OcaminhodaprosperidadebıblicaSalmo 73

"E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades", Filipenses 4: 19.

INTRODUÇÃOA prosperidade dos ímpios é o tema do Salmo 73, escrito por Asafe. Nesse texto está registrada aexperiência desse servo de Deus que sofreu uma crise espiritual ao tentar descobrir por que certoshomens que não temiam a Deus tinham tanto sucesso na vida. Ele ficou confuso ao ver que taispessoas prosperavam. Este fato causou em Asafe um momentâneo desespero, ao ponto de "quase"se afastar definitivamente dos caminhos do Senhor. Vamos ouvir com atenção o seu testemunho etirar lições para a nossa vida.

I - O PECADO DA INVEJA, SI 73: 3A tendência natural do homem é a de acumular bens, de procurar ter o que os outros têm. Hoje, oconsumismo acaba sendo incentivado pela propaganda.

Asafe começou a enxergar a prosperidade dos ímpios e observou que, a despeito da vida injustadaqueles homens, sempre ficavam mais prósperos, vv. 4-12. Ele ficou revoltado, ao ponto de sever no fundo do poço da crise espiritual.

Como tudo começou? Inicialmente, ele teve inveja da prosperidade dos ímpios e chegou a pensarque era inútil permanecer puro diante de Deus, pois não alcançava a prosperidade, v. 13.

a) Pecado sutil. A inveja sempre causou sérios prejuízos ao homem, Gn 4: 1-7. Ela vemchegando de mansinho, como que não querendo nada, e, repentinamente, dá um golpemortal. Asafe foi vítima desse pecado, w. 2, 3. Quase chegou a abandonar sua fé e vocaçãoporque dera lugar à inveja em seu coração. Davi adverte: "Não te indignes por causa doismalfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade", SI 37: 1;

b) Pecado que gera pecados. Há certas atitudes e sentimentos que, muitas vezes, achamguarida em nossos corações e deles não nos desvencilhamos facilmente. A inveja é umdesses sentimentos. Mas, cuidado, porque inveja é pecado que gera pecados, tais como:apostasia, homicídio, feitiçaria, idolatria, crueldade, injustiça, ciúme, impureza, imoralidadesexual, etc.

II - A INSATISFAÇÃO DE ASAFE, SI 73: 12-13

Até parece que Asafe tinha razão ao analisar a prosperidade daqueles que não servem a Deus.Como pode uma pessoa soberba, violenta e que zomba de Deus ter riquezas e mais riquezas, v.12? Analise os versos 4 a 11 e veja a lista que Asafe escreveu. Ele chegara quase à conclusão de queestava servindo a Deus em vão, vv. 14-16. Não há dúvidas de que esta posição de pensamentorevela a insatisfação que existia dentro de seu coração. Asafe não se conformava em servir a Deuse ser afligido e castigado a cada manhã, e ver os ímpios sempre tranqüilos.

O que a Bíblia diz sobre o cristão e a vida material?

a) Nem a pobreza, nem a riqueza, Pv. 30: 8. Esse versículo é uma oração em que Agur pedeo suficiente para o sustento da família no seu dia-a-dia. Além disso, devemos pleitearrecursos para podermos ajudar a manter a obra do Senhor e auxiliar os necessitados, II Co9: 8-12;

b) O descontentamento é reprovado por Jesus, Mt. 6: 25. Nesse texto, Jesus não condena aatitude de se trabalhar para seu sustento futuro, I Tm. 5:8. O que Ele reprova é a ansiedadeou a preocupação exagerada, que revela a falta de fé no cuidado e amor de Deus, I Pe. 5: 7;

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c) Deus supre todas as necessidades, Fp 4: 19, tanto materiais como espirituais. Estesuprimento vem por meio de Cristo, que conquistou toda sorte de bênçãos para o cristão nocalvário, Ef 1: 3.

III - O CAMINHO DA PROSPERIDADE, SI 112: 3Deus deseja que o cristão seja feliz e realizado em todas as áreas da vida. Para nossa melhorcompreensão, vamos dizer que a prosperidade seja como um trem de ferro que trafega sobretrilhos. Os trilhos são o caminho por onde a máquina trafega e chega ao destino final. Vejamos:

a) O trilho da fé. Todas as bênçãos de Deus são canalizadas ao crente pela fé, Hb 11: 1, 6. Eatravés dela que Deus envia as respostas de nossas orações. Não há como ser curado se nãoexistir fé. Não se recebe o milagre sem o trilho da fé. Jeová-Jiré, o Deus da provisão, semanifesta quando cremos em seu poder;

b) O trilho da honestidade. Asafe se esqueceu de que o ímpio usa de todos os recursospara prosperar: a mentira, a violência, o suborno, a calúnia, a traição, w. 5-10, etc. Seuobjetivo é adquirir riquezas, projeção e fama. Este tipo de gente não tem temor a Deus. Aconsciência deles não está sob a direção do Espírito. Mas, com o cristão é diferente. Ele temcompromissos com a verdade, não aceita suborno e teme ao Senhor. Leia SI 15: 1-5.

CONCLUSÃOGraças a Deus porque Asafe conseguiu sair da crise espiritual. Ele não foi escândalo para os 4000coristas do rei Davi. Seus conflitos de fé duraram até o dia em que ele decidiu entrar no templo doSenhor, v. 17. Estar à porta da Casa de Deus era o desejo do salmista, SI 84: 10. Lá no santuário,Asafe pôde entender o fim dos ímpios e chegar à conclusão de que melhor é estar junto a Deus eproclamar todas as suas maravilhas, do que ignorar os propósitos de Deus, vv. 27, 28. Vivemos,hoje, cercados por pessoas que correm, dia e noite, atrás de prosperidade pessoal por meio de jogoou exploração de outros recursos. Esse não é o caminho do cristão, pois sua prosperidade vem doSenhor.

Quanto aos ímpios é certo que muitos deles vivem desfrutando de vidas regaladas, mas o seu fimé terrível: “ 17 Porém, quando fui ao teu Templo, entendi o que acontecerá no fim com os maus. 18 Tu os pões em lugaresonde eles escorregam e fazes com que caiam mortos. 19 Eles são destruídos num momento e têm um fim horrível. 20 Quando televantas, Senhor, tu não lembras dos maus, pois eles são como um sonho que a gente esquece quando acorda de manhã. ”(Salmos 73:17-20 NTLH)

Melhor é estarmos com Deus, e crescermos com Fidelidade e integridade de vida, servindo-o com amor etemor. Na próxima semana estudaremos o tema: Mefibosete, a superabundância da Graça de Deus. Até lá!

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Davi:BatalhaEspiritualnoAntigoTestamento"...e, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi...", I Samuel 16:13

Texto Base: I Samuel 17:38-51Sempre que se fala em Davi, o primeiro fato a ser lembrado sobre sua vida é a vitória sobre ogigante Golias, I Sm 17. Ver o pequeno Davi enfrentado o desafio e vencendo a batalha em nomedo Senhor do Exércitos e, logo depois, vê-lo assentado no trono real, como rei de Israel, é umalição de entusiasmo para qualquer cristão.Davi é conhecido como o homem segundo o coração de Deus, At 13:22. Suas conquistas otransformaram num grande rei. Com ele podemos aprender como ser vencedor numa batalha.Estamos numa guerra que não é carnal, mas espiritual, Ef 6: 12. Trata-se de uma batalhaespiritual constante contra o diabo. A lição vai nos ensinar sobre isso.

I - O CRISTÃO E A BATALHA ESPIRITUALEntende-se por batalha espiritual a guerra existente entre o reino da luz e o reino das trevas, osprincipados e a igreja do Senhor. A batalha travada entre Israel e os filisteus é símbolo de nossabatalha. Por 40 dias o exército dos filisteus estava afrontando o exército de Israel, I Sm 17: 16. Davihavia ido levar alimento para seus irmãos, que eram soldados de Saul. Embora jovem, sentiu-sedesafiado ao ouvir as afrontas de Golias, vv. 17 e 23. Ainda que seu irmão Eliabe tentasse impedirque se envolvesse com a guerra, ele se dispôs a ir à luta contra o gigante, por causa das afrontasque eram dirigidas a Israel, w. 37 e 51.O que esse episódio tem a ver com batalha espiritual?

a) Satanás é o grande gigante, v. 4. Os aspectos da batalha enfrentada por Israel são osmesmos que a igreja enfrenta hoje. Satanás é o Golias que desafia a igreja do Senhor. Suastentativas de ataque são constantes e amedrontadoras, I Pe 5: 8. A atuação do diabo éintensa e destruidora;b) Não podemos temer o gigante, v. 24. Quem não temeria um homem de 2,90 m de altura?Suas armas eram suficientes para vencer a batalha. Temer o diabo já é o início da derrotaque pode levar a perder a batalha. Davi não hesitou; confiou no Senhor e enfrentou ogigante;c) Começando pelas pequenas experiências, vv. 34-36. Apesar de ainda ser jovem, Davi jáhavia vencido um leão e um urso, v. 42. Isso lhe assegurava firmeza para enfrentar umdesafio maior. As pequenas experiências credenciam o cristão para alcançar grandesvitórias.

II - ARMAS UTILIZADAS NA BATALHA ESPIRITUALGolias era um guerreiro experiente. Ele usava um capacete de bronze e vestia uma couraça quepesava 90 quilos; protegia suas pernas com caneleiras de bronze e seus ombros com um escudo debronze. Sua lança era forte e pesada, I Sm 17: 5-7.O inimigo está sempre bem preparado. Mas, apesar de todo o seu armamento, Davi não seintimidou e enfrentou Golias com uma funda e cinco pedras. Vejamos:

a) O nome do Senhor, vv 45-47. Davi possuía profundo zelo pela honra do nome do Deusde Israel. Golias afrontava ao Senhor dos Exércitos e não ao exército de Saul, w. 43, 44. DeDeus não se zomba, Gl 6: 7. O nome de Jesus é uma arma poderosa na luta contra Satanás,Fp 2: 9;b) A fé inabalável, v. 47. Os salmos de Davi revelam o caráter espiritual deste servo deDeus que não apenas escrevia sobre fé, mas que sabia o que era a fé pelas experiências

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vividas, SI 125: 1. Sem fé é impossível ser vitorioso numa batalha espiritual, Ef 6: 16 e Hb11:6;c) A coragem e a resistência, v. 48. Resistir ao inimigo é não dar tempo para que ele aja; éanular a sua ação. Davi correu em direção a Golias, em nome do Senhor dos Exércitos. Esseé o método mais prático para o cristão vencer o diabo, Tg 4: 7. Essa atitude produz noadversário medo e consciência de que ele já é um derrotado;d) A unção de Deus, 16: 13, produz efeitos físicos, espirituais e emocionais. Davi tinharecebido a unção após ser chamado por Deus para assumir o reinado de Israel. Somente oEspírito Santo nos dá unção e nos capacita para o trabalho do Senhor, At 2: 4.

III - A VITÓRIA É DO POVO DE DEUSHumanamente falando, ninguém diria que Davi seria o vencedor dessa guerra e nem que eleganharia os prêmios que Saul prometera para aquele que vencesse Golias, I Sm 17: 25. Em suasabedoria, Salomão declarou: "O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do Senhor",Pv 21: 31. Essa verdade foi uma realidade na vida de Davi que, com confiança no Senhor, matouGolias e consumou a vitória do povo de Deus, I Sm 17: 49, 52.Há dois aspectos importantes dos quais precisamos lembrar-nos sempre:

a) O Senhor guerreia nossa guerra, II Cr 32: 8.O povo descansou nas palavras do rei Ezequias. O Senhor destruiu todo o exército daAssíria e foi grande o livramento. Ao cristão compete orar, crer e exercitar a Palavra, mas ofazer pertence a Deus, Ef 3: 20;b) A batalha espiritual já está ganha, Rm 8: 37.Então, por que lutar? Porque o inimigo continua atacando. A guerra espiritual continua eprecisamos lutar. Temos a garantia da vitória, Jo 16: 33. Paulo nos ensina que, com a mortee ressurreição de Jesus, nós adquirimos o direito de sermos vencedores em qualquercircunstância, Ef 1: 3.A cada dia vivemos uma batalha, não contra o homem, mas contra os poderes do mal.Nossa luta é contra os dominadores deste mundo tenebroso, Ef 6: 12.0 mundo jaz nomaligno. Pela Palavra e pela oração temos que combater os vícios, desde o alcoolismo até ouso das drogas, a violência, o misticismo e as falsas religiões, inclusive de adoradores dodiabo, todo erro e todo engano.

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Elias:OperigodafalsareligiaoTexto base: I Reis 18:22-40

"Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor ê Deus, segui-o; se é Baal,segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu ". I Reis 18: 21

INTRODUÇÃOIsrael estava sob o reinado do rei Acabe. Embora em seu governo houvesse conquistadoum grande avanço político, por outro lado trouxe enorme prejuízo na área religiosa. Todosos reis, desde Jeroboão, desconsideravam por completo as leis divinas e se inclinavam paraa idolatria, levando Israel a cada dia para mais longe do Senhor. A crise religiosa sufocavaa nação. O povo não tinha compromisso com Deus.

Foi nesse contexto que o profeta Elias apareceu em cena na história religiosa de Israel.Percebendo tudo que acontecia, ele conclamou o povo a uma tomada de posição quanto àfidelidade a Deus. Foi então que promoveu uma verdadeira batalha espiritual no monteCarmelo para definir quem era o Deus verdadeiro: Baal ou o Senhor dos Exércitos. E istoque vamos estudar nesta lição.

I - CREDENCIADO POR DEUSElias estava credenciado por Deus para promover em Israel uma reforma religiosa,reavivando a consciência do povo, que estava mergulhado na idolatria e no paganismo.

Era homem de grande autoridade espiritual. Quando ele disse que nem orvalho nemchuva cairiam sobre a terra por três anos e meio, houve cumprimento da sua palavra, I Rs17: 1; Tg 5: 17. Isso lhe deu credibilidade. No entanto, foi chamado pelo rei Acabe de"perturbador de Israel", I Rs 18: 17.

Elias tinha grandes virtudes que o caracterizavam como homem de Deus. Vejamos:a) Uma missão específica. O ministério profético de Elias consistiu em combater oculto a Baal e a pregar a obediência e a submissão ao Senhor. Ele fora chamado coma tarefa de levar a nação israelita a reconhecer sua apostasia e reconduzi-la àfidelidade a Deus, I Rs 18: 21-38. O crente tem a grande missão de combater opecado e de promover, por meio de Jesus, a transformação de vidas;

b) Uma missão de fé. É impressionante como a Bíblia enfatiza a expressão: "segundoa minha palavra", I Rs 17: 1,15,16 e 24, referindo-se ao profeta Elias. Ele era umhomem de autoridade espiritual, que agia pela fé. O sucesso da missão de um crentecomeça a partir de sua plena confiança em Deus, Mt. 17: 20 e Jo. 5: 4.

II - A FALSA RELIGIOSIDADEJesus disse que ninguém pode servir a dois senhores, pois ou há de aborrecer-se de um eamar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro, Mt 6: 24. Elias queria que Israeltomasse uma posição séria diante de Deus, 18: 21. Eles não podiam continuar dizendo que

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serviam a Deus e, ao mesmo tempo, prestando culto a Baal. Essa dupla atitudecaracterizava uma falsa religião. Analisemos em que consiste uma falsa religião:

a) Sincretismo religioso. Toda falsa religião é marcada pela adoração a váriasdivindades ou por um culto não dirigido ao Senhor. Não há compromisso com oDeus verdadeiro. Acabe estava coxeando entre dois deuses. Ao mesmo tempo queparecia servir ao Senhor, também adorava a Baal, I Rs 22: 6, 7, 12;

b) Uso de rituais humanos, I Rs 18: 28. Em tempos de seca e de peste, o povosacrificava vítimas humanas para apaziguar a ira de Baal. Geralmente, a famíliaoferecia o primogênito, que era queimado vivo, II Rs 16: 3; 21: 6; Jr 19: 5. Ainda hojese houve falar de sacrifícios de crianças em certos ritos religiosos, ou de suicídioscoletivos; além de sacrifícios de animais e aves.

III - O CONFRONTO DE PODERESElias não mais suportava ver a situação espiritual em que vivia seu povo. As pessoasestavam servindo aos ídolos. Não havia em Israel aquela consciência de dedicação aoSenhor. O país estava praticamente sendo governado por Jezabel, esposa do rei Acabe. Emmeio à decadência religiosa, o profeta desafiou os 450 profetas de Baal para um confronto.Quem era, de fato, o Deus a ser temido: Baal ou o Senhor? A grande prova aconteceu noMonte Carmelo, I Rs 18: 19.

a) O deus que não ouve, SI 115: 6. Baal não passava de um ídolo. Por isso não podiaouvir, quanto mais responder a seus profetas, que ficaram clamando por ele desde amanhã até a tarde, v. 29. Elias zombava deles e dizia: "Clamai em altas vozes, porque eleé um deus", v. 27. Ainda hoje há muitas pessoas que servem a ídolos. Elas estão cegasespiritualmente, II Co 4: 4;

b) O Deus que ouve e responde, Jr 33: 3. Agora era a vez de Elias. Ele convida atodos para que cheguem perto de si, v. 30. Era necessário que tudo fosse bemtestemunhado, para não haver suposição de fraude. Ele reparou o altar do Senhor,colocando tudo em ordem, e mandou encher de água as valas ao redor do altar. Istopor três vezes, v. 34. Então clamou ao Senhor seu Deus, e sua oração foi respondidacom fogo. Então, todos disseram: "Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!", v. 39.

CONCLUSÃOElias não era melhor que nós, Tg 5: 17. Sujeito às mesmas fraquezas e dificuldades queenfrentamos, o que fez a grande diferença em sua vida foi a oração, a submissão ao Senhore a coragem para enfrentar uma realidade espiritual adversa. Precisamos buscar em Deusautoridade espiritual para anunciar o Evangelho e combater as forças que se opõem aocrescimento do Reino de Deus.

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Eliseu: Milagres ontem e hojeTexto: II Reis 2:12-25

"Pois assim diz o Senhor: Comerão e ainda sobrará. Então ele o pôs diante deles, e comeram, e aindasobrou, conforme a palavra do Senhor", II Reis 4: 43, 44.INTRODUÇÃOEliseu foi ungido por Elias para exercer o ofício profético como seu sucessor, I Rs. 19:16. Homem deimportância na história de Israel, seu ministério foi marcado por grandes milagres. O estudo da vidade Eliseu é um desafio a fazermos a obra de Deus com poder e autoridade, vendo os milagresacontecerem. Deus não mudou, Hb. 13: 8.O estudo desta ocasião nos dá uma rica oportunidade para refletirmos acerca da necessidade de umavida mais consagrada ao Senhor.I - A DIVERSIFICAÇÃO DOS MILAGRESHouve diferentes períodos na história bíblica com maior incidência de milagres. Um deles foi ode Moisés. Séculos mais tarde, muitos sinais ocorreram à época dos profetas Elias e de Eliseu.Finalmente, ao tempo do Novo Testamento, houve, de novo, muitas maravilhas operadas pelo próprioJesus e pelos apóstolos. O objetivo dos milagres era sempre o de autenticar a mensagem que estavasendo pregada.A operação de milagres ao tempo do Novo Testamento é um dos dons que podem serconcedidos pelo Espírito Santo ao crente, I Co. 12: 8-10. Neste texto, Paulo faz referencia adiversos dons. Entre eles é citado dons de curar, e dons para operação de milagres. É importantelembrar que há uma soberania de Deus em conceder estes dons como particularmente Ele quer acada um de nós (v.11). Além disso, os dons são distribuídos de modo que cada crente possui donsindividualmente diferentes de outro irmão em Cristo.No Antigo Testamento, a operação de milagres e de sinais eram manifestações poderosas dopoder de Deus para oferecer livramentos ou convencer gerações incrédulas. É o que ocorreucom Eliseu. Os milagres através dele realizados podem ser assim classificados:

a) Milagres de multiplicação. Esse tipo de milagre acontece quando do nada ou do poucoDeus faz aparecer o muito. A viúva que precisava pagar sua dívida experimentou esta bênção,4: 1-7. Ver também II Rs 4: 42-44; Mt 14: 13-21;b) Milagres de solução. Quando tudo parece estar perdido ou não haver mais saída, Deus semanifesta trazendo uma alternativa para se sair do problema. Veja o relato de II Rs 4: 38-41.Jesus trouxe solução à casa de Jairo, Mc. 5: 40-43;c) Milagres de restauração. Nada é impossível para Deus, Lc 1: 37. Ele tem poder pararestaurar a saúde, o casamento que está ameaçado pela separação, as finanças, etc. Naamãteve sua saúde restaurada por Deus, II Rs. 5: 14.

II - O PROPÓSITO DOS MILAGRESCada milagre que a Bíblia registra teve uma finalidade importante. Vejamos:

a) Manifestação da glória de Deus. O texto de Jo. 9 relata a cura de um cego de nascença.Quando os discípulos perguntaram a Jesus quem havia pecado para que aquele homem

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nascesse cego, o Senhor respondeu que isso ocorrera "para que nele se manifestassem asobras de Deus", v. 3. Assim, também, os milagres realizados através de Eliseu revelavam oglória de Deus;b) Oportunidade de salvação. Os milagres falam da existência de um Deus Todo-poderoso,que não está preso às leis naturais. Somente depois de sua restauração, Naamã reconheceuque o Deus de Israel era verdadeiramente Deus, II Rs 5: 15. O milagre é um meio que Deususa para levar a pessoa a quebrantar-se e a aceitar a salvação;c) Paz em meio ao desespero. A narrativa de II Rs 6:1-7 fala do desespero de um jovem,quando percebe que o machado que havia emprestado caíra no rio. Eliseu restaurou-lhe oobjeto, trazendo segurança ao seu coração. Somente Deus pode proporcionar tranqüilidade,paz e alegria ao coração aflito.

III - A ATUALIDADE DOS MILAGRESOs sinais fazem parte da promessa de Jesus aos que crêem em seu nome, Mc 16: 17-20. Estão àdisposição da Igreja. A mensagem da atualidade dos milagres está fundamentada na imutabilidade deDeus, Hb 6: 18; 7: 24; 13: 8.

a) Jesus opera milagres hoje. Mais do que nunca, a igreja precisa santificar-se e buscar aoSenhor para que seus dias sejam marcados pelos milagres de Deus. Cristo operava milagres,movido pela compaixão, Mt 9: 36. Ele, portanto, atende aos necessitados hoje, porque é omesmo. No entanto precisamos atentar para o perigo de buscarmos a Deus por causados milagres e não por aquilo que Ele é. O próprio exortou uma grande multidão que oprocurava por causa dos sinais. Em João 6:27, Ele declara para estes: “Trabalhai, não pelacomida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vosdará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.”b) Milagres e autoridade. Temos muitos exemplos de homens que exerceram a fé no nomede Jesus com autoridade. Pedro e João, em nome de Jesus, mandaram que o coxo selevantasse e andasse, e imediatamente o milagre aconteceu, At 3: 4-6. Como crentesprecisamos confiar no poder que há no nome de Jesus. Ele declarou: “ 17 Estes sinais hãode acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;18 pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; seimpuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16:17-18 RA)c) Os sinais não são um fim em si mesmos; São o instrumento para promover a fé e asalvação de vidas. A pregação não deve ser centrada na realização de milagres, como umapelo sensacionalista. Os milagres acontecem em circunstâncias especiais, e são sempreusados por Deus para trazer vidas a Cristo e exaltar o nome do Senhor, não o de liderescarismáticos. Acontece que, hoje muitos estão sendo tentados a glorificar pessoas em vez deDeus. Ao encontrar marta e Maria que vivenciavam o luto da morte de Lázaro, Jesus declara:“Se creres verás a glória de Deus”. Observe que o milagre realizado por Cristo, exalta aopróprio Deus, destacando que toda glória é unicamente sua.

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Estevão:Perseguição,coroadeglóriadocristão

"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da suaglória vos regozijeis e alegreis", I Pedro 4: 13.

Texto: atos 6: 8-15

INTRODUÇÃOEmbora tenhamos dedicado a maior parte dos nossos estudos nos cultos de doutrina à análise de biografiasde personagens do Antigo Testamento, reservamos as duas últimas lições para estudar a vida de doisgrandes homens da história da Igreja: Estêvão e Paulo.Hoje abordaremos a vida de Estêvão, diácono, pregador e mártir do Cristianismo. Aprendemos inúmeraslições com o estudo da vida desse homem.Devemos iniciar a lição, perguntando: a que se deve o crescimento e o dinamismo da igreja nos primeirosséculos? Como explicar seu avanço, mesmo em meio às perseguições que tentavam impedir, a todo custo,sua marcha? Será que era uma igreja que dispunha de recursos que desconhecemos hoje?O segredo do crescimento da igreja primitiva estava no vigor espiritual dos homens de Deus, mesmonas dificuldades. Houve intensa perseguição aos cristãos nos primeiros séculos, mas esse tratamentocruel teve um papel fundamental na expansão do Cristianismo. Em toda sua história, a igreja sempretriunfou em meio às lutas e contratempos. O que se vê nas páginas da história da igreja é que, quantomaior a perseguição, maior o avanço.

I - UM CRISTÃO PREPARADONão fossem as condições espirituais de Estêvão, ele jamais suportaria as afrontas de seus algozes. Devemosdar graças a Deus porque Ele conhece a fragilidade humana, SI 103: 14, e, por isso, dá meios ao cristão paraenfrentar as perseguições. Não pense você que ser crente consiste apenas em possuir uma carteira demembro de igreja. Ser cristão é estar preparado para os momentos mais difíceis desta vida.Por que Estêvão venceu a perseguição?

a) Era cheio Espírito Santo, 6: 3. Sua boa reputação perante a comunidade era resultado dasqualidades que possuía. O Espírito Santo capacitou e encorajou Estêvão para enfrentar até mesmo amorte. Veja o que Deus pode fazer em nossas vidas, tomando como exemplo o apóstolo Pedro.Compare o homem tímido que negou a Jesus, Mt 26: 69-75, com o ousado e corajoso Pedro, cheio doEspírito, que enfrentou autoridades, At 4: 20;b) Era cheio de sabedoria, 6: 3, 10. Estêvão era um homem sábio na exposição da Palavra. Não setrata de uma sabedoria humana, mas da sabedoria que vem de Deus para ensinar as verdades doEvangelho. Deus concede sabedoria, mas usa o conhecimento da Palavra que se adquire pelo estudoe pelo esforço pessoal. Na hora da pregação ou de precisar defender a fé, essa sabedoria é a arma deque o cristão dispõe;c) Era cheio de graça e poder, 6: 8. Por ser um homem de fé, sinais e maravilhas aconteciamatravés de sua vida. Quando todos se levantaram contra ele com pedras e ameaças, manteve-sefirme. Mas por quê? Porque a vitória que vence a perseguição é a fé, I Jo 5: 4 e Ap 2: 10.

II - O CRISTÃO E SUA COROA

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Afirmar que a perseguição e o sofrimento por causa do evangelho são motivo de alegria e de glória para ocristão (veja I Pedro 4: 13-16) parece ser uma mensagem que não encoraja a ninguém. Mas é isso que vemosna vida de Estêvão e de todos os homens que entregaram suas vidas por amor a Jesus. Fizeram isso comalegria, apesar da dor. Há uma coroa de glória para aquele que perseverar até o fim, Mt 24: 13. Estêvãorecebeu o seu prêmio, At 7: 56.

a) Estêvão confessa a Jesus, At 7: 54. Mesmo diante de uma atitude de revolta e agressão, Estêvãoteve forças para dizer: "Senhor, lhes imputes este pecado", v. 60. Ele estava confessando Jesusdiante dos homens, Mt 10: 32 e Mc 8: 38;b) Jesus recebe-o diante do Pai, At 7: 56. Ao partir para a eternidade, Estêvão exclama: "Eis quevejo os céus abertos e o Filho do homem, em pé à destra de Deus". Jesus dá as boas-vindas aoprimeiro mártir da história do Cristianismo, que morria por amor a Ele.

III - CHAMADO À PERSEGUIÇÃODepois da morte de Estêvão, desencadeou-se uma grande perseguição contra a igreja. Quem seria o próximoa morrer por amor a Jesus? Naqueles dias, homens e mulheres eram presos e açoitados, e muitos forammortos, At 8: 2; 22: 19, 20; 26: 10, 11. Era o início de uma perseguição que atravessaria os séculos e chegariaaté nossos dias. Deus usou a perseguição daqueles dias para dar impulso à obra missionária, 8: 4. A igrejaprecisa conhecer, pelo menos, três grandes verdades a respeito da perseguição:

a) Designados para a perseguição, I Ts 3: 3. tribulação, perseguição e aflição são fatos que fazemparte da vida cristã. Deus não nos chamou para uma vida de mar de rosas, mas para sofrermos orestante das aflições de Cristo, Cl 1: 24.b) Os bem-aventurados. Em Mateus 5: 1-12 encontramos a lista dos bem-aventurados. No verso 10,Jesus promete o Reino dos céus àqueles que forem perseguidos por causa da justiça, Mt 6: 33. Nessapalavra está implícita a glória do cristão que é a sua coroa, Tg 1: 12, Ap 2: 10, 3: 11 eIITm4: 8;c) O preço de uma vida piedosa, II Tm 3: 12. Quanto mais o cristão procura santificar-se, pregar aPalavra, orar, jejuar, contribuir com a obra Senhor, parece que as lutas mais aumentam. Uma vidapiedosa e consagrada a Deus tem como preço as perseguições, problemas e dissabores.

CONCLUSÃOEm seu ministério, John Wesley enfrentou várias dificuldades, oposições, perseguições, e somente anosdepois, ao retornar, é que podia então declarar que a vitória foi alcançada. Quando retornou À Irlanda, haviafrutificação; o número de membros multiplicava, em muitos lugares eram construídas capelas espaçosas ecômodas em todos os sentidos, graças à liberalidade do povo cristão.Embora Wesley muito se regozijasse com esta prosperidade, compreendia que a existência destaprosperidade havia levado muitos a ficarem acomodados. Então ele declarou: "não há agora, nenhumaoposição da parte dos ricos nem dos pobres. Em consequência disso, não há muito zelo, pois o povo vivesatisfeito com sua comodidade. Quando se levanta a perseguição, quantos buscam mais a Deus! Quandotudo está em paz, quantos se esfriam e perdem o primeiro amor! Alguns perecem na tempestade, porém, amaioria esfria na calmaria. Senhor, salva-nos, senão pereceremos!"Ainda hoje está comprovado que a igreja, quando enfrenta intensas perseguições, cresce mais. Deus usaessas situações para burilar nossa vida cristã, e para em alguns momentos nos despertar mais a busca-lo.

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Jo:PerseverançanastribulaçoesO Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor", Jó 1: 21

Texto base: Jó 1:1-21INTRODUÇÃONinguém melhor do que Jó tem autoridade para ensinar sobre provações, lutas e dificuldades. Mesmo depois de perdertudo o que possuía, e de viver dias de muito sofrimento, Jó não negou sua fé em Deus.Na provação, encontrou forças para glorificar ao Senhor, dizendo: "... bendito seja o nome do Senhor". Sua história éuma lição de ânimo para aquele que pensa que nada mais dá certo e que tudo está perdido.Os ensinos bíblicos vão mostrar que o sofrimento e as provações fazem parte da vida cristã e que, por muitastribulações, nos importa entrar no reino de Deus, At 14: 22. As provações serão o assunto desta lição.

I - DESTRUIÇÃO REPENTINA, Jó 1: 15Quem não está sujeito aos dissabores desta vida? Eles acontecem quando menos se espera. Jó era um homemíntegro, reto, temente a Deus e muito rico, w. 1-3. A julgar pelas suas virtudes espirituais, ninguém diria que elemerecia tanto sofrimento. Nem de longe ele poderia imaginar que iria passar por tamanha dor. No entanto, Jó aceitoutudo como conseqüência da vontade permissiva de Deus.

a) A ousadia de Satanás, Jó 1: 9, 10. Jó era um homem de vida reta. Isso não agrada a Satanás. Eleargumenta com Deus que Jó era fiel somente porque possuía bens materiais, mas no dia em que Deus tirassedele toda riqueza, com certeza abandonaria os caminhos do Senhor. Satanás é o acusador dos filhos de Deus,Ap 12: 10. Ele procura falhas em nossas vidas para poder denunciar-nos;b) A vontade permissiva de Deus, Jó 1: 11-12. Deus permitiu a Santanás destruir os bens e a família de Jó,mas fixou os limites de sua ação. Autorizado por Deus, ele lançou tempestades e levantou pessoas violentascontra o servo de Deus, w. 13-19. Mais tarde, Deus permitiu que Satanás infligisse mais sofrimento a Jó,ferindo-o com uma chaga maligna, 2:1. Nenhuma provação atinge o homem de Deus sem a permissão doSenhor, Jó 1: 20; 42: 2 e I Co 10: 13. Em qualquer circunstância, o cristão deve procurar permanecerinabalável, I Co 15: 58.

II - PERSEVERANÇA NAS PROVAÇÕES, At 14: 22Não foi fácil para Jó triunfar em meio às provações. Além de perder todos os bens, e de não ter o apoio de sua esposa,três de seus amigos que vieram para consolá-lo acreditavam que ele houvera cometido algum tipo de pecado e queseria necessário fazer confissão da iniqüidade, Jó 3: 1 e 42: 7. A luta era tão grande que até as crianças fugiam de Jó.Sentia-se como se Deus o houvesse abandonado, cap. 3. Mas, apesar de tudo, permaneceu fiel ao Senhor.

a) Tributação produz perseverança, Rm 5: 3, 4. Nos momentos de dificuldade é que o homem de Deus devedemonstrar sua perseverança. Um exemplo bem claro está na parábola do juiz iníquo, em Lucas 18: 1-8. NelaJesus ensina sobre o dever de orar sempre, sem jamais esmorecer.b) O objetivo da provação, Tg 1: 2-4. As lutas que sobrevêm ao crente são o meio que Deus usa paraaperfeiçoar seu caráter e comportamento. Abraão passou por um duro teste. Deus colocou em prova a suaconfiança, Gn 22: 1. Mas foi aprovado. José foi testado em sua fidelidade. Mas foi aprovado. E outros tantosforam testados e aprovados. Quando o crente enfrenta com vitória uma prova permitida por Deus, ele seautoconhece mais e passa a amar mais ao Senhor.Geralmente questionamos com Deus o motivo das lutas e provações que enfrentamos. Há uma tendênciahumana de querer questionar a justiça de Deus. Talvez fosse mais edificante para a própria alma perguntarnão o porquê, mas o para quê. Há sempre uma finalidade maior atrás da dor ou da dificuldade enfrentada, Rm8: 28. Vale a pena suportar as provações e esperar em Deus, I Pe 4: 13.

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III - RECEBENDO TUDO EM DOBROJó, repentinamente, perdeu tudo que possuía. Mas, depois de tanto sofrimento, o Senhor concedeu-lhe em dobro todosos seus bens, 42: 10. A restituição de suas riquezas revela o propósito de Deus para com todos os crentes fiéis. Deusnunca permite que o crente sofra sem um propósito espiritual, ainda que desconheça o motivo de sua provação.Depois de tudo que lhe acontecera, Jó viveu 140 anos e morreu farto de dias, Jó 42: 16, 17.

a) A fidelidade, 1: 22. Não é fácil manter-se fiel quando as coisas não acontecem como a gente deseja. Ohomem gosta de atribuir a Deus a culpa de tudo. Jó ora, dizendo: "Por isso me abomino e me arrependo no póe na cinza", 42: 6. Ele reconhece que é inadmissível ao homem, finito que é, reclamar e queixar-se de Deus;b) Presos pela esperança, Zc 9: 12. O profeta Zacarias traz mensagem de esperança ao povo judeu. Apalavra do Senhor é de que todos seriam recompensados em dobro, tendo em vista o sofrimento suportado. Jóestava preso pela esperança quando disse: "Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantarásobre a terra", 19: 25. Quantos que estão presos pelo medo, desespero, angústia, pavor, insegurança, etc, aoinvés de estarem presos pela esperança, Cl 1: 27.

CONCLUSÃOO estudo do livro de Jó levanta a questão do sofrimento, embora não ofereça uma explicação final para o problema.Nem Jesus prometeu livrar-nos das aflições: "No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci omundo", Jo 16: 33. Paulo, que também passou por muito sofrimento, diz que todas as coisas cooperam para o bemdaqueles que amam a Deus, Rm 8: 28. Na vida do cristão não há coincidência, mas sim realização dos planos deDeus.Uma das mais bonitas afirmações de Jó está em 19: 25. Ali Jó declara: “Meu Redentor Vive”. Ele declara sua fé noRedentor, sem permitir que o seu sofrimento abale sua confiança. Jó não estava vendo o presente, mas, pela fé, viasua salvação.

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Osegredodeumavidatriunfante

"Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?” Gênesis 41: 38.

Quando se fala em vida cristã vitoriosa ou bem sucedida, um dos primeiros personagensque nos vem à mente é José. Não há como falar de sucesso, vitórias, triunfo e prosperidadesem citar este extraordinário servo de Deus. Suas virtudes nos transmitem ânimo e alentopara a vida cristã.

José é símbolo de vitórias, pois apesar de uma infância e adolescência sob os olhosinvejosos dos irmãos e, por isso, perseguida, e de uma juventude de grandes desafios, coma ajuda do Espírito de Deus ele alcançou um final triunfante.

I - ODIADO PELOS PRÓPRIOS IRMÃOS, Gn 37Ninguém quer ter inimigos dentro de sua própria casa. Mas, quantas vezes osproblemas surgem dentro do lar e temos grandes decepções, Mq. 7:6. José sofreu esteproblema. Seus inimigos eram seus próprios irmãos. Eles o odiavam muito por causa doamor que seu pai tinha por ele, Vs. 4, 5 e 8.

Alguns pontos nos chamam a atenção no estudo do relacionamento de José e seus irmãos:

a) Honestidade de José. Ele não escondia do pai os erros praticados pelos irmãos, v. 2. Seucompromisso era com a verdade. A conduta dos irmãos mais velhos poderia trazerproblemas para seu pai. José não concordava com as más atitudes deles e deixava seu paiciente de tudo. Por isso, era odiado a cada dia. Ninguém deve intimidar-se ao ser coagidopor causa da verdade;

b) Alvo da hostilidade dos irmãos. José sofreu ódio e inveja em virtude dos sonhos, v. 8.Desde cedo em sua vida, Deus estava começando a revelar seus propósitos para José,através dos sonhos. Mas nem ele, nem seus irmãos entendiam isso; pensavam que elequeria governar sobre eles e fazer deles seus súditos. Em razão desse rancor, fora vendidocomo escravo para uma caravana que se dirigia ao Egito, vv. 7-11, 20, 28.

II - FIRMEZA DIANTE DA TENTAÇÃO, Gn 39No Egito, José fora vendido a Potifar, comandante da guarda de Faraó, Gn 37: 36; 39: 1.José era mordomo de Potifar. Tudo ia bem, até que a mulher de Potifar desejou ter umrelacionamento extraconjugal com José. E embora todos os dias insistisse com ele, v. 10, elesempre recusava, v. 9. Certa ocasião, foi assediado pela esposa de Potifar. Desvencilhou-sedela, mas o fato chegou deturpadamente aos ouvidos de seu senhor, que mandou prendê-lo, w. 18-20. Fora um laço do inimigo para tentar deter os planos de Deus na vida deJosé.O que o ajudou a vencer essa armadilha?a) Temor a Deus, v. 9. Todo pecado é contra Deus, SI 51: 4. José sabia desta verdade, poisele disse: "...cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?". O temor a Deus livra ocristão de situações como essa: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria", Pv. 1: 7. A faltado temor a Deus leva a perder a consciência dos ensinos bíblicos e a deixar-se levar pelosdesejos da carne, Rm. 8: 1-8.

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b) Graça de Deus, v. 10. José não cedeu ao assédio. O que o fortalecia era a graça de Deus.E nessa hora que o cristão precisa fazer prevalecer os princípios éticos, morais e religiosossobre os ímpetos naturais. O Senhor disse ao apóstolo Paulo, em resposta à sua oração: "...aminha graça te basta", II Co. 12: 9.

c) Origem da tentação, Tg 1: 13. Não podemos confundir tentação com provação. Aprovação é permitida por Deus, Gn 22: 1. Tentação é o resultado da cobiça, quando estaatrai e seduz. A cobiça vem sempre pelos olhos. O que os olhos não vêem, o coração nãodeseja. Os olhos são a lâmpada do corpo, Mt 6: 22. Mas o cristão nunca é tentado além desuas forças, I Co. 10: 13.

III - A PROMOÇÃO DO FIEL, Gn 41José estava preso, quando Faraó teve alguns sonhos muito estranhos. Seus sábios nãoconseguiram interpretá-los. Então, o servo de Deus foi trazido à sua presença para dar asignificação, v. 14. Aprendemos com José várias lições:

a) O Espírito concede sabedoria, v. 38. O Espírito de Deus capacitou José para dar ainterpretação exata aos sonhos, w. 25 a 32. A interpretação agradara ao rei. E José, por suaprudência, foi nomeado governador do Egito. Pôs em prática o que o sonho revelava esalvou milhares da fome;

b) O cuidado com a família. Vindo os sete anos de fome em toda a região, os irmãos deJosé foram obrigados a ir ao Egito para comprar cereal, Gên. 42. Depois de alguns contatoscom seus irmãos, José dá-se a conhecer e manda buscar seu pai para habitar nesse país,cap. 46. E ali eles começam uma nova vida. Os descendentes de Jacó vão habitar no Egitodurante quatrocentos anos;

c) Capacidade para abrigar o perdão, 50: 17. As atitudes de José mostram que ele haviaperdoado os irmãos. Mas, depois de Jacó ter falecido, os irmãos sentiram-se acusados pelaprópria consciência, v. 15. Pensavam que, agora, José iria vingar tudo aquilo que eleshaviam feito contra ele. No entanto, o coração de José estava cheio do amor de Deus, v. 19e I Jo 4: 8.

Com José, aprendemos que é sempre possível ser um vencedor na vida moral, espirituale material sem fugir dos princípios cristãos. Por maior que seja o desafio, com a ajudade Deus, o irmão poderá, com certeza, dar a volta por cima e ser uma pessoa triunfantecomo foi José.

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Mefibosete: A superabunda ncia da Graça

Texto base: II Samuel 9:1-13

“....mas onde abundou o pecado, superabundou a graça". ‘ Romanos 5: 20

INTRODUÇÃO A graça de Deus é um dos pilares da doutrina da salvação. Enquanto o termo graça aparece com freqüência no Novo Testamento, no Antigo é usado o termo misericórdia. Os dois são equivalentes. Somos salvos pela graça de Deus, Ef 2: 8. Os reformadores do século XVI reafirmaram essa doutrina, em oposição ao ensino da salvação pelas obras.

Hoje estudaremos a narrativa de II Samuel 9: 1-13, que relata a história de Mefibosete. Neste texto, existe uma tipologia da graça redentora de Deus revelada na pessoa de Jesus. Esta passagem pode ser vista assim: o amor de Davi a Mefibosete é uma figura do amor de Deus ao homem; Mefibosete é uma figura da raça humana; Lo-Debar, cidade onde morava Mefibosete, tipifica o mundo, e Jerusalém "Casa da Paz", a Igreja. Significado do nome de Mefibosete: "Vergonha destruidora" é o significado do seu nome. Era filho de Jônatas e neto de

Saul. Como conseqüência de uma queda, ficou coxo dos pés, II Sm 4: 4. Mefibosete passou a morar em Jerusalém depois

da morte de seu pai, à convite do rei Davi, II Sm 9:13.

I - O FRACASSO DA HUMANIDADE Mefibosete era neto do rei Saul. Os filisteus, em batalha contra Israel, haviam matado Saul, seus filhos, inclusive Jônatas, pai de Mefibosete. Sua ama, tentando proteger o menino de 5 anos, fugiu, mas houve uma queda e a criança ficou aleijada, II Sm 4: 4. Esse fato ilustra a história da queda do homem no Jardim do Éden, Gn 3. Vejamos:

a) Resultado da queda, II Sm 4: 4. Mefibosete ficou aleijado de ambos os pés devido à queda. Tornou-se dependente de favores. Como resultado da desobediência de Adão e Eva, a humanidade também sofreu problemas físicos e espirituais. O homem sem Deus não tem vida própria, Ef 2: 1. As doenças, os problemas e toda dificuldade que atormentam a humanidade têm suas origens no pecado original;

b) Todos caíram, Rm 3: 23. O fracasso do homem no Éden marcou a queda de toda humanidade. Em Adão, todos pecaram e afastados estão da glória de Deus, Rm 5: 12. O salmista declarou: "Eu nasci na iniqüidade...", SI 51: 5. O pecado de Adão foi resultado de sua desobediência e cobiça.

II - RESTAURAÇÃO CONCEDIDA, II Sm 9 Mefibosete, que antes morava em Jerusalém, foi levado pela sua ama para Lo-Debar. Esta palavra tem o sentido de "lugar árido, deserto". No segundo ano de seu reinado, Davi soube da existência de Mefibosete, filho de Jônatas. Querendo usar de misericórdia, mandou buscá-lo para viver no palácio, em Jerusalém. A atitude de Davi de enviar seu servo Ziba para buscar Mefibosete, fala da atitude de Deus ao enviar Jesus ao mundo para salvar os pecadores. O homem, após o pecado, passou a viver distante de Deus,

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desprovido de seu amor e bondade. Mas Deus veio ao seu encontro, através de Jesus, para resgatá-lo.

a) O amor de Deus, v. 7. Davi havia feito um pacto com Jônatas, comprometendo-se a demonstrar bondade à sua família, I Sm 20: 11-23, 42. Causa admiração a gene-rosidade desse ato de Davi, mas isto falava da velha aliança que ele fizera com Jônatas. Assim, também, o sofrimento e morte de Jesus são prova do amor de Deus pela humanidade e cumprimento de suas promessas, Gn 3: 15 e Jo 3: 16; b) "Miserável homem que sou", v. 8. Mefibosete humilha-se ao encontrar-se com o rei Davi: "Quem é teu servo, para tu teres olhado para um cão morto". Sua atitude fala da miserabilidade do homem, Rm 7: 24. À semelhança de Davi, que restitui a Mefibosete todas,as terras que lhe eram devidas, em Cristo podemos reconquistar as bênçãos perdidas com a queda de Adão, Is 53: 5 e Fp 4: 13;

c) Participando da mesa do Senhor, v. 10. Agora Mefibosete tem uma nova vida. Passa a viver no Palácio. Que privilégio! Pela bondade do rei, ele iria comer à mesa do rei Davi pelo resto da vida, 9: 13. O salvo em Cristo também tem a honra de participar da mesa do Senhor, I Co 11: 24-28, ou seja, desfrutar da comunhão com Deus.

III - A SUPERABUNDÂNCIA DA GRAÇA, Rm 5: 20 A vida de Mefibosete é fruto do favor imerecido concedido por Davi. Não fosse a imensa bondade do rei, ele jamais teria voltado a Jerusalém. Mas o ato de benevolência salvou, restaurou e protegeu este homem. Descrever a extensão da graça de Deus seria impossível. No entanto, vejamos em que se resume a superabundância da graça divina:

a) Graça salvadora, Ef 2: 8. Ninguém é salvo porque merece, ou porque pratica boas obras. Salvação não se compra, mas se recebe pela fé em Jesus, Rm 10: 9. A graça salvadora aponta para um só caminho que conduz o homem ao céu: Jesus, Jo 14: 6 e I Tm 2: 5; b) Graça protetora, Mt 6: 13. Torna reais a proteção, o cuidado e o amor do Senhor para com os seus. Não fosse a graça protetora de Deus, Asafe teria fracassado, SI 73: 2. Nenhum cristão precisa viver sob a pressão do medo de um fracasso. Ele deve estar certo de que a graça de Deus o cerca, protege e ampara, livrando seus pés do pecado; c) Graça restauradora, I Co 10: 12. O cristão está sujeito a pecar. Quando isso ocorrer, ele deve buscar forças em Deus e voltar-se para o aprisco do Senhor. A graça restauradora dá ao fracassado o perdão divino, I Jo 1: 7 e 2: 9. Deus não condena os pecadores que se arrependem.

À semelhança de Mefibosete, que fora trazido de Lo-De-bar para Jerusalém, o salvo em Jesus tem o direito de vida eterna. Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, Cl 1: 13. Sendo salvos, iremos morar para sempre com o Senhor na Nova Jerusalém, Jo 5: 24, 1 Ts 4: 17 e Ap 21: 27.

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Moises:UmaliderançaeficienteExodo 2: 1-10

INTRODUÇÃO"E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras", Atos 7:22.

Moisés tem sido considerado um dos maiores vultos do Antigo Testamento. Foi umgrande historiador, legislador, estadista e poeta.

Mas, seu nome é lembrado pelas suas extraordinárias qualidades de liderança.

Homem de Deus, segundo a Bíblia, nunca mais se levantou em Israel profeta algum comoele, Dt 34: 1-12. Morreu aos 120 anos.

Estudar sua vida é aprender a melhor liderar em meio aos desafios, às pressões e oposiçõesinternas e externas. Os que estudam sua biografia dividem-na em três fases: 40 anos noEgito; 40 anos nas terras de Midiã e 40 anos no deserto, com o povo de Deus.

I - MOISÉS NASCEU PARA LIDERARNa lição anterior, estudamos a vida de José, que se tornou governador do Egito.Preocupado com a intensa fome, desejoso de ficar mais próximo de seus parentes, esabendo que só no Egito havia cereal, José mandou que trouxessem seu pai Jacó e toda asua família para as terras egípcias. Eram 70 pessoas, Gn 46: 27.

Os descendentes de Jacõ, morando no Egito por 430 anos, multiplicaram-se muito, Ex. 1:6 e7. Ao final desse período, uma nova dinastia, que não conhecera a José, estava no poder,Ex 1: 8.

O novo Faraó, preocupado, disse: "Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e maisforte do que nós", 1: 9. E, por essa razão, passou a afligir os hebreus, escravizando-os,colocando sobre eles feitores e exigindo muito trabalho forçado. Observamos que Deusfazia o seu povo crescer, e isto causado receio no reino Egípcio.

Diante dessa opressão e aflição, o povo clamou ao Senhor, Ex 3: 9. Nessa circunstâncianasce Moisés para ser o libertador do povo de Deus.

a) A ordem do Faraó para matar os meninos hebreus, Ex 1: 16. Como o povo de Israelcrescia muito, o soberano egípcio baixou uma lei que mandava matar todo menino hebreurecém-nascido. Mas as parteiras hebréias temeram a Deus e desobedeceram ao Faraó, Ex 1:17. Um pouco mais tarde, um novo decreto determinava que os filhos dos hebreus fossemlançados ao rio Nilo, 1: 22.

b) Moisés recebe educação egípcia, Êx 2: 1-10. Nasce Moisés e sua mãe, para livrá-lo damorte, ocultou-o por três meses. Colocado num cesto de junco, foi deixado à beira do rioNilo e, encontrado pela filha de Faraó, foi entregue à sua própria mãe para criá-lo, vv. 7-9.Sendo já grande, Moisés é trazido para o palácio e é adotado como filho da filha de Faraó,Hb. 11: 24. No palácio, recebe a educação como se fosse uma criança egípcia da famíliareal, Atos 7: 22, mas nunca se esqueceu de sua origem.

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c) Moisés aprende que agir antes da hora adequada não dá certo, Ex 2: 11-15. Quandoadulto, tomou consciência da opressão política que seu povo sofria. Viu um egípcioespancando um hebreu e interferiu, matando o egípcio. Depois, viu dois hebreus brigandoe também interferiu, mas foi recriminado. Ainda não era chegada a hora de Moisés exercersua forte liderança sobre o povo. Deus iria capacitá-lo para a grande e árdua tarefa, etransformá-lo num notável líder.

II - CHAMADO PARA LIDERAR, cap. 3-5.Perseguido por Faraó por matar um egípcio, Moisés fugiu para Midiã, 2: 15. Estavacomeçando o segundo período de sua vida. Foi nessa região que ele teve profundasexperiências com Deus e recebeu o chamado para libertar os israelitas da escravidãoegípcia. Ainda que ele se julgasse incapaz, Deus o habilita e o envia para falar a Faraó.

Vejamos alguns aspectos importantes de seu chamado para liderar a saída do povo deDeus do Egito:

a) Deus escolhe pessoas ocupadas, 3: 1. Quando estava apascentando o rebanho de Jetro,seu sogro, Moisés vê uma sarça em chamas que não se consumia. Distante de tudo e detodos, Deus fala com ele, v. 4, e o comissiona para livrar o povo hebreu da escravidão deFaraó, v. 10.

b) A capacidade vem de Deus, 4:9-11. Chamado para apresentar-se diante de Faraó epedir que deixasse o povo sair do Egito, Moisés julgou-se incapaz para tão grande missão.Desculpou-se e colocou vários empecilhos, alegando finalmente sua dificuldade para falar.Deus lhe concede poderes para fazer milagres na presença de Faraó e envia Arão paraajudá-lo, 4: 13-16.

c) Liderar é enfrentar e resolver os problemas, 5: 1. Tanto as situações favoráveis como asde grande oposição. Moisés venceu não só as oposições do Faraó, mas também os desafiose problemas que tentaram impedir a marcha do povo pelo deserto. Mas, a qualquer custo,Moisés defendia seus liderados e intercedia por eles, Ex 32: 32.

III - LIDERANÇA PARTICIPATIVA, cap. 18.Durante a marcha pelo deserto, Moisés, sozinho, tinha de atender a todos os problemas.Foi aí que Jetro, seu sogro, sugeriu a distribuição de tarefas, Êx 18: 13-27. Moisés aceitou oconselho.

O líder tem de aprender a dividir tarefas. Não adianta querer fazer tudo sozinho. Moisésficou com as responsabilidades mais pesadas, com o compromisso de resolver as causasmaiores. E nomeou auxiliares para julgar as causas pequenas. Eram homens capazes,tementes a Deus, w. 19-26. Estas qualidades ainda são recomendadas àqueles que queremexercer uma liderança na igreja, I Tm 3: 1-13.

Moisés é o exemplo de uma liderança eficiente. O Deus que chama é o Deus que capacita.No cargo que Deus nos colocou, procuremos agir com dedicação e zelo, Cl. 3:23.

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Paulo:Evangelho,podertransformador

Texto base: Atos 9:1-9"Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aqueleque crê, primeiro do judeu e também do grego..." Romanos 1: 16.

INTRODUÇÃOPara concluir esta série de estudos sobre personagens bíblicos, escolhemos a biografia do apóstoloPaulo. Sua história mostra que a conversão do pecador é o maior milagre. Este acontecimentosobrenatural, obra do poder transformador do Evangelho, é o mais fascinante projeto de vida queDeus tem para oferecer ao homem perdido: reconstrói lares, restaura vidas e reintegra o homem àsociedade. Toda essa transformação surpreendente aconteceu com Saulo de Tarso que, depois deconvertido, passou a se chamar Paulo. Sua vida mudou-se radicalmente depois que ele foi alcançadopelo Senhor.

I - TRANSFORMAÇÃO TOTALSaulo era um homem extremamente religioso. Como fariseu, era irrepreensível na prática da lei, Fp. 3:4-7. Isso o levou a perseguir a Igreja de Jesus por achar que se tratava de um movimento perigoso aoJudaísmo.Certo dia, dirigia-se a Damasco, a fim de prender cristãos, At 9: 2. Ele jamais esperava que suaviagem seria interrompida e seu objetivo frustrado. Ao aproximar-se de Damasco, o Senhor Jesusrevelou-se a Ele: uma luz do céu brilhou e ele caiu por terra.Ouviu, então, a voz do próprio Senhor, que lhe perguntava O motivo por que O perseguia. Era o fimdo velho Saulo e nascia, com esse encontro, uma nova criatura. Levado a Damasco, foi para casa deJudas, At 9: 11. Nesse tempo, o Senhor já havia falado com Ananias, que fosse encontrar-se comSaulo e lhe revela quem fora Saulo e o que iria fazer através dessa vida. Foi batizado e logo começoua pregar a Palavra. Agora, o perseguidor passa a ser perseguido, At 9: 23.O que acontece com o homem que é transformado pelo poder do Evangelho?

a) Cai por terra a religiosidade. Paulo era fariseu, Fp 3: 5, um dos ramos do judaísmo que erazeloso pelo cumprimento da Lei. No entanto, Jesus condenou os fariseus por sua formalidade efalsa religiosidade, Mt 23. O que, de fato, o homem precisa conhecer é o poder transformadordo Evangelho;b) Cai por terra o orgulho. Antes de sua conversão, Saulo se orgulhava de suas origens:judeu, fariseu, cumpridor da Lei, Fp 3: 4-6. Mas esses valores, meramente humanos, relativosà sua origem e vínculos religiosos caíram por terra quando foi transformado por Jesus;c) Cai por terra a violência. O propósito de Saulo era acabar com o Cristianismo, At 9: 1-2.Prendia, castigava, forçava a blasfemar de Jesus e dava voto favorável à morte de cristãos, At26: 10-11. A violência é uma característica daquele que não tem Deus em sua vida. OEvangelho faz do homem violento uma pessoa amigável e mansa.

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II - UM VASO ESCOLHIDOA conversão de Saulo transformou-o por completo. E o Senhor o escolheu para anunciar o Evangelhoentre os gentios, At 9: 15. Depois de batizado e cheio do Espírito Santo, recebeu uma nova tarefa, 9:15-18. Dali para frente, chamado de Paulo, é visto pregando nas sinagogas e em diversos lugares, ouempreendendo longas viagens para anunciar a Palavra de Deus.A vida ministerial de Paulo pode ser vista assim:

a) Um obreiro polivalente. Destacou-se em todas as áreas do ministério, Ef 4: 11. Eraapóstolo, II Co 12: 12, profeta, At 13: 1, evangelista, At 13: 44, pastor, II Co 11: 28, e mestre, ITm 2: 7;b) Um grande orador e escritor. Sua intrepidez na Palavra é vista quando lemos o livro deAtos. Os reis e autoridades se calavam diante dele, At 23. É considerado o maior escritor doNT Escreveu 13 Cartas, elaborando e interpretando a doutrina cristã, expondo e explicando osensinos de Jesus. Suas Cartas contêm doutrina, orientação e instrução para líderes e toda aIgreja;c) Um missionário modelo. Paulo teve uma extraordinária experiência missionária. Fundouigrejas e teve o cuidado de consolidar os trabalhos, At 14: 22. O livro de Atos registra suasviagens missionárias, tidas como modelo para missões hoje.

III - PODER TRANSFORMADOR, Rm 1: 16O evangelho é poder, Rm 1: 16, Lc 24: 49 e Atos 1: 8. A palavra grega "dynamis" (poder) deu origemàs palavras dinamite, dínamo e dinâmico. Esses termos traduzem um pouco da idéia do termo grego"dynamis", usado para referir-se ao grande poder do Espírito Santo na vida do crente, capacitando-opara fazer a obra de Deus. Vejamos:

a) Dinamite: é um explosivo e seus efeitos são irreparáveis. O evangelho é a dinamite de Deuspara destruir as obras do diabo, Jo 3: 8. O crente cheio do poder do Espírito tem autoridadepara enfrentar e destruir as obras do diabo;b) Dínamo: máquina que produz energia elétrica. O poder do evangelho gera na igreja energiaespiritual. Jesus disse: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios deáguas viuas", Jo 7: 38. Poder é o combustível que move a igreja;c) Dinâmico: tudo que é ativo ou diligente em alto grau; muito empreendedor. O poder doEvangelho dá ao crente dinamismo para realizar a obra de Deus. Por isso ele precisa ser cheiodo poder do Espírito, At 6: 3 e Ef 5: 18.

A conversão de Saulo foi uma chamada não só para crer em Cristo, mas também para pregar oEvangelho, pagando o preço, 9: 16, 20: 23, 2 Co 4: 8-18 e Gl 6: 17. Esse é o desafio para nós, hoje.A vida de Paulo também nos mostra que até mesmo as pessoas mais resistentes a Deus podem ter ocoração mudado por meio de uma experiência de novo nascimento, passando a ser instrumentos nasmãos do Senhor.

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Salomao:OtesourodasabedoriaTexto: I Reis 3:1-15

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria...", Provérbios 1:7.

Muitos são os personagens da história bíblica que viveram alguma grande experiência com Deusque marcou suas vidas. Por exemplo, Enoque é conhecido como o homem que andou com Deus,Gn 5: 24; Jacó, pelo encontro que teve com o Senhor no vau de Jaboque e que transformouradicalmente sua vida, Gn 32: 24-25; Elias, que sozinho enfrentou e venceu os profetas de Baal, IRs 18: 22, etc....

Hoje vamos estudar a vida de Salomão. Ele é identificado como o mestre da sabedoria, I Rs 3: 12.Salomão escreveu 3 mil provérbios, 1005 cânticos e foi um homem de larga vivência com o Senhor,I Rs 4: 32. O sucesso de seu reinado é resultado desta virtude de que todos precisamos: sabedoria.

I - A FONTE DA SABEDORIA, I Rs 3: 1-15Sabedoria é a capacidade de julgar corretamente e de agir prudentemente. Inclui fazer escolhasacertadas e tomar decisões corretas, de acordo com a vontade de Deus revelada em sua Palavra. Aescola proporciona conhecimento humano, equipando o aluno para melhor desenvolver suasatividades. A sabedoria divina equipa o homem para cumprir todas as suas funções. Estasabedoria é somente adquirida em Deus. Ele é a fonte da sabedoria, v. 5.

a) Sabedoria antes de tudo. Deus disse a Salomão: "Pede-me o que queres que eu te dê", I Rs 3:5. O rei poderia pedir fama, bens, etc. Mas ele pediu a Deus um coração sábio para julgar opovo; capacidade para discernir entre o bem e o mal. Seu pedido agradou a Deus, I Rs 3: 11-13. Salomão descobriu que, por trás da sabedoria, havia um grande tesouro, Mt 6: 33. O queadianta ter bens e não ter sabedoria para administrá-los?

b) O caminho da sabedoria. Em sua carta, Tiago ensina que basta pedir sabedoria a Deus,que Ele irá conceder, 1: 5-8. Salomão recebeu do Senhor um coração sábio e inteligente paragovernar Israel. O Senhor tão somente exigiu que ele andasse em sua presença e guardasseos seus mandamentos, I Rs 3: 12-14. O enchimento do Espírito Santo nos proporcionacondições de um bom relacionamento com Deus, para recebermos dEle sabedoria.

II - SABEDORIA NA ADMINISTRAÇÃO, I Rs 3: 16-28Logo no inicio de seu reinado, Salomão viu-se diante de difícil questão jurídica que exigia umadecisão sábia de sua parte. Duas mulheres deram à luz seus bebês. Uma criança veio a falecer e amãe quis tomar para si o bebê da outra. O caso foi levado a Salomão. Ambas alegavam amaternidade da criança que estava viva. Cabia a Salomão decidir quem era a verdadeira mãe equal delas ficaria com o bebê. A maneira como Salomão decidiu veio a ser uma prova de suasabedoria, marcando para sempre o sucesso de seu governo.

a) Saber ouvir com atenção, I Rs 3: 23. Percebe-se nos versículos anteriores ao 23 queSalomão escutou tudo com muita atenção e só depois deu a sua palavra sobre o problema.Sua atitude permitiu-lhe analisar a situação que estava sendo exposta. Saber ouvir é algofundamental para resolver qualquer tipo de problema, Tiago 1: 19. Ouvir opiniões éfundamental na solução de problemas e realização de qualquer projeto, seja material ouespiritual;

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b) Saber despertar reações e analisar o comportamento, w. 24, 25. A chave da decisãojurídica de Salomão foi o que chamariam hoje de Psicologia Aplicada. A morte de uma dascrianças não fora presenciada por ninguém, w. 19, 20. Não havia testemunhas. Cada umadas mulheres persistia em sua firme declaração de que era a mãe legítima, v. 23. Noentanto, Salomão encontrou uma maneira sábia de aguçar o amor materno, e isto lhe trouxea resposta certa, a solução para o caso, vv. 26, 27.

Todos precisamos aprender a enxergar detalhes, a ver reações quase que imperceptíveis,mas que dizem muito. Isso é fundamental no relacionamento entre marido e esposa, naeducação dos filhos, na administração da igreja, da empresa, etc. Deus dá ao crentecapacidade para agir sabiamente.

A palavra da sabedoriaEste é um dos 12 dons concedido ao crente pelo Espírito Santo, I Co. 12: 8-11. A palavra da sabedoria é a capacidade de agir eraciocinar segundo os propósitos de Deus. Esse dom se manifestou quando os discípulos, diante dos tribunais ou perseguições, respon-deram de tal forma que os adversários não puderam resistir nem contradizer, Lc 12:11; 21:15 com At 4:13; 6:10

III - O TESOURO DA SABEDORIAEm Mateus 13: 44-46, o reino de Deus é apresentado como sendo um tesouro de grande valor.Antigamente, era comum esconder tesouros na terra. Havia casos em que o dono morria e otesouro ficava perdido, até que alguém o achasse por acaso. É o que narra essa parábola, contadapor Jesus. O reino de Deus é um tesouro de valor incalculável, que deve ser buscado acima detudo.

O que essa parábola tem a ver com a sabedoria? Vejamos:

a) Jesus, o tesouro da sabedoria. O apóstolo Paulo, em Colossenses 2: 3, diz que em Jesusestão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Quem encontra Jesus,encontra o tesouro da sabedoria, Mt 13: 46;

b) Jesus, a sabedoria de Deus. Deus se revelou aos homens por meio de Jesus, Hb 1: 2. Ele éa sabedoria divina: "...pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus", I Co 1: 24.Quando a pessoa recebe Jesus, ela está recebendo a sabedoria de Deus em sua vida;

c) Jesus, tesouro encontrado. O homem, na parábola contada por Jesus, ao encontrar umapérola, v. 46, vendeu tudo quanto possuía para adquirir o campo onde o tesouro estavaenterrado. Jesus é esta pérola encontrada.

A sabedoria é uma virtude de que precisamos em todas as circunstâncias. Salomão é conhecidocomo um dos maiores sábios da antigüidade. Todos nós temos necessidade de sermos sábios. Ocaminho é a oração e o estudo da Palavra.

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Sansao:AforçaCristaeoEspıritoSantoTexto: Juízes 13:1-25

O Espírito do Senhor de tal maneira se apossou de Sansão...", Juizes 14:19.

Após a morte de Josué, Israel viveu um tempo de decadência moral, de instabilidadepolítica e de apostasia. Não havia uma liderança nacional e, por isso, cada um fazia o quebem entendia. Quando vinham os inimigos e subjugavam a Israel, então o povo clamavaao Senhor, que levantava líderes, chamados de juízes. Daí o nome desse período.

Hoje você irá estudar a vida de Sansão, um dos juízes. Seu nascimento fora uma açãosobrenatural, pois sua mãe era estéril, 13:3. Estudando a vida de Sansão, aprendemos quea força do homem de Deus não está fundamentada em elementos humanos ou físicos,mas decorre da presença poderosa do Espírito de Deus.

1 - O ESPÍRITO DE DEUS NA VIDA DE SANSÃO, Jz 13: 25Vários juízes, já haviam sido levantados pelo Senhor, tais como Débora, Gideão, Jefté.Tinham uma função de liderança regional, diante de uma ameaça militar externa. Um dosmais fortes e bem preparados inimigos dos israelitas eram os filisteus. Eles subjugaram aIsrael por 40 anos. Foi nesse contexto que nasceu Sansão. O Senhor o abençoou e o revestiudo poder do Espírito, vv. 24, 25.

a) Sansão foi consagrado a Deus desde a sua concepção. Ele seria um nazireu, pordeterminação do anjo do Senhor, Jz 13: 4-5. A lei que regia a conduta do nazireu está emNm 6. O voto do nazireado era, geralmente, por certo período de tempo, ou, como no casode Sansão, por toda a vida. O Senhor tinha grandes propósitos para ele. O anjo diz: "E elecomeçará a livrar a Israel do poder dos filisteus", Jz 13: 5.

b) O Espírito de Deus agia de forma poderosa através de Sansão, dando grandes vitóriase livramento por seu intermédio, Jz 14: 5-6; 15: 14. Sua força não vinha de si mesmo, masdo Espírito de Deus. E esse mesmo Espírito quem dinamiza a vida do cristão, capacitando-o.

II - O ESPÍRITO DE DEUS AFASTA-SE DE SANSÃO, Jz 16: 20Embora separado por Deus para uma tarefa tão importante, Sansão cometeu muitos atosreprováveis. Deus teve um plano para ele desde o seu nascimento, separou-o para ser lídernum momento importante na história do seu povo e dotou-o de recursos físicos eespirituais. Mas, seu comportamento fez com que o Espírito de Deus se afastasse de suavida.

a) O pecado da sensualidade, 16: 1-3. A lascívia sempre foi um ponto fraco para Sansão,16: 19-21. Ele estava mais preocupado em satisfazer aos seus desejos carnais do que emagradar a Deus. Envolveu-se com mulheres pagas que lhe prejudicaram a fé e aespiritualidade, Jz 14: 1; 16: 1, 4. O pecado da sensualidade sempre foi uma porta abertapara o fracasso. Só quem anda no Espírito consegue refrear seus desejos, Gl 5: 16;

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b) O perigo do sono, 16: 19. Uma das mulheres com quem Sansão se envolveu foi Dalila.Mulher filistéia, foi usada pelos inimigos para descobrir o segredo de Sansão. Com astúcia,Dalila soube da origem de sua força: ele era nazireu e, por isso, seu cabelo não poderia serrapado. Ele contou o segredo e dormiu. Veio o inimigo e rapou-lhe a cabeça. Com isso,perdeu a sua força. A Bíblia adverte sobre o perigo do sono espiritual, Lc 22: 46. O cristãonão pode vacilar na vida espiritual, mas precisa estar alerta a cada instante: "Desperta, ó tuque dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará", Ef 5: 14.

III - CONSEQÜÊNCIAS DESASTROSAS, Jz 16: 21A ordem de Deus para os israelitas, ao entrarem na terra prometida, era que eles deveriammanter-se afastados das nações iníquas de Canaã, para não se contaminarem com seushabitantes, Dt 7: 1-4. Essa ordem, por diversas vezes, fora quebrada por Israel,principalmente no que diz respeito à união conjugai. O próprio Sansão cometeu estepecado, casando com uma mulher paga, 14: 3. Ele não se lembrou de que, "andar nocaminho dos pecadores", torna o homem totalmente indefeso, sendo facilmente vencidopor Satanás. Sansão sofreu sérios prejuízos em virtude de suas atitudes pecaminosas.Vejamos:

a) Cegueira, v. 21. A primeira atitude dos filisteus contra Sansão foi arrancar os seus olhos.Depois, amarram-no com cadeias de bronze. Uma lição bem prática é que o pecado tira avisão espiritual e impede o cristão de andar dentro dos planos de Deus. Sem visãoespiritual, o crente fica totalmente indefeso;

b) Louvores ao diabo, v. 23. O ato de Sansão ter cedido ao pecado foi motivo para que osfilisteus fizessem uma grande festa e dessem louvores ao deus Dagom. Uma falhacometida por qualquer cristão é uma grande oportunidade para que o diabo sinta-sevitorioso. Agradar a Deus é dar a Ele toda a glória devida, SI 37: 4;

c) Zombaria, v. 25. Um homem que era tão forte e que fez grandes proezas é trazido àpresença dos filisteus, e se transforma em motivo de zombaria para os ímpios. 0 cristãoprecisa atentar para a Palavra de Deus, e se prevenir contra as astutas ciladas do diabo:"Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia", I Co 10: 12.

As misericórdias de Deus são a causa de não sermos consumidos, Lm 3: 22. Talvez essatenha sido a razão principal de Sansão, sinceramente arrependido e com a fé em Deus,clamar ao Senhor, e a sua oração ser respondida. No dia de sua morte ele matou maisgente do que matara em sua vida, vv. 29-30. Sansão morreu, mas sua demonstração de fé ede arrependimento resultou na inclusão de seu nome entre os heróis da fé, Hb 11: 32.

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Saul:Vítimadeumfracassoespiritual

Texto Base: I Samuel 1:8-22“Arrependo-me de haver constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou asminhas palavras...”, I Samuel 18:11.

INTRODUÇÃONinguém é mal sucedido na vida simplesmente porque desejou a derrota. O insucessoestá sempre nalgum erro cometido. Saul ilustra essa verdade. Ele fora consagrado rei deIsrael, dando início ao período da monarquia, 10: 24. Reinou durante um período de 20anos, no qual obteve grandes vitórias. No entanto, seu fracasso começou no dia em queele desobedeceu a Deus. Veremos, neste estudo, os principais fatos que foram motivo daqueda de Saul, buscando aplicar os ensinos desta lição às nossas vidas.

I - A VONTADE PERMISSIVA DE DEUSO período dos juízes durou até Samuel. Estabelecidos sobre a própria liberdade, o povopede a Samuel um rei para governar sobre eles, I Sm. 8: 20-22. Embora não fosse omomento certo, Deus atendeu, como fruto de sua vontade permissiva.Há dois pontos a serem observados quanto à vontade permissiva de Deus:a) A vontade permissiva de Deus explica o livre arbítrio do homem, I Sm. 8: 6. Deuscriou o homem com poder de escolha, Gn. 2:17. O homem tem liberdade para tomar suasdecisões e, por elas, se responsabiliza. Embora não fosse da vontade de Deus dar a Israelum rei nessa ocasião, não deixou de atendê-lo, Os. 13: 11. Muitos males e provaçõesdecorrem das más escolhas feitas pelo próprio homem. E Deus as vezes permite queexperimentemos o resultado amargo das nossas más escolhas, para que entendamos queé melhor obedece-lo.b) Não podemos confundir vontade permissiva de Deus com a sua vontade soberana.Um exemplo claro está na vida de Jonas. Sua chamada para ir a Niníve fazia parte davontade soberana ou perfeita de Deus. Sua decisão de ir a Tarsis, desobedecendo a Deus,explica-se pela vontade permissiva do Senhor, Jn. 1. Apesar de atos permissivos, Deusestá sempre preocupado que o homem venha a obedecê-lo, I Tm. 2: 4. Mas, lembremosque quando fazemos escolhas erradas, sofremos as consequências.

II - UM REI RANCOROSO E ENCIUMADOSaul já estava reinando sobre Israel havia um ano, 13: 1. Algumas vitórias tinham sidoobtidas contra os filisteus. Era o início de um reinado brilhante de um moço camponês quefora chamado por Deus para ser rei. Porém, logo aconteceram alguns erros irreparáveisque fizeram de Saul um homem dominado pela desobediência, ciúme, rancor eviolência. Era o sinal de sua rejeição como rei de Israel.a) O pecado da desobediência, 15: 22. Antes de sair para a guerra contra os filisteus,Samuel havia combinado com Saul de oferecer sacrifícios ao Senhor em Gilgal, I Sm. 10: 8.Deus pôs à prova a obediência de Saul mediante a demora deliberada de Samuel, 13: 8.Saul cometera dois erros, usurpando a função de sacerdote, quando ofereceu o sacrifício, edesobedecendo à ordem de esperar, 13: 13. Nesse dia, Saul começou a perder o reino.

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b) O pecado do voto precipitado, 14: 24. Durante uma das batalhas contra os filisteus, Sauldeterminou um jejum forçado aos soldados. Num ato de imprudência, afirmou que seriamaldito quem se alimentasse naquele dia. Foi um voto de tolo. Seu filho Jônatas, sem saberda decisão de Saul, provou mel, v. 27. E só não foi morto por intervenção do povo. A Bíbliaadverte: "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavraalguma diante de Deus...", Ec 5: 2. Precisamos tomar cuidado com certos tipos de votos;

c) O pecado do ciúme rancoroso, 18: 9. Davi havia vencido o gigante Golias. As mulheresde todas as cidades de Israel festejaram essa vitória com cânticos e danças, com tambores,com júbilo e com instrumento de música. Desse dia em diante Saul, tomado de ciúme,enfurecido, passou a perseguir e a querer matar a Davi. O ciúme é "duro como asepultura" e é uma das obras da carne, Ct 8: 6 e Gl 5: 20.

III - O DESESPERO DESENFREADOSaul chegou a um estado de depressão incontrolável. O Espírito do Senhor havia seretirado dele, e o assombrava um espírito mau, permitido por Deus, I Sm. 16: 14. Davi foraconvidado para morar na casa do rei para que, quando o espírito maligno se apoderasse deSaul, Davi tocasse a sua harpa, e o rei se sentisse aliviado, I Sm. 16: 23. Saul, ao mesmotempo em que admirava Davi, passou a odiá-lo como seu inimigo maior, I Sm 18: 10-11. Odesespero foi crescendo a cada dia, chegando ao extremo de querer matar Davi.O que o ser humano é capaz de fazer em meio ao desespero?a) Recorrer à feitiçaria, I Sm 28: 7. Israel estava numa longa guerra contra os filisteus. Saulconsulta a Deus, mas o Senhor não lhe responde, v. 6. Ele apela à necromancia,contrariando sua atitude em tempos anteriores em que destruiu os centros de feitiçaria, v.9. Um homem de Deus nunca pode pensar em querer recorrer a esse tipo de ajuda.b) Dar cabo da própria vida, I Sm 31: 4. Quantas pessoas, em meio ao desespero, nãovendo outra saída, acabam por tirar a própria vida. Perdem o autocontrole e cometem umalocura. Esquecem-se de recorrer às forças espirituais que a Palavra nos assegura. Jamaisdevemos agasalhar o simples pensamento de tirar a própria vida. Todos prestaremoscontas a Deus pelos nossos atos. Saul suicidou-se.

CONCLUSÃOA história de Saul nos traz sérias advertências. É triste, ver um homem sendovocacionado por Deus e, posteriormente, lançar fora tudo que recebeu como resultadode sua própria desobediência. Isso é um alerta para todos.

A história de Saul nos mostra que alguns começam bem, mas não terminam bem suasrealizações. No reino de Deus é importante começar e terminar bem as realizaçõesespirituais.