elementos fundamentais da linguagem visual

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Elementos e suas descrições + texto complementar.

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  • 1. Elementos Fundamentais daLinguagem Visual

2. s Olhar e Apreciar a Arte.A arte figurativa e a arte no figurativa ou abstrata. 3. Arte Figurativa pode ser:NaturalistaEstilizada 4. Leitura Complementar 5. A arte se comunica, basicamente sob duas maneirasparadigmticas e distinta: figurao e no-figurao. Aprimeira carrega a imagem do mundo, em que o produto o reconhecimento. A segunda dispensa a imagem domundo e, quando totalmente no-figurativa, chamadatambm arte abstrata.Elas tem valores diferentes, so submetidas a leiturasdiferentes e alteram vnculos emocionais antagnicos.A Arte Figurativa comunica a recuperao da realidadeexterior (tambm chamada realidade fenomnica, matricaou fsica), que est no espao, em tridimensionalidade,para o plano (bidimensionalidade) com a tcnica daperspectiva ou escoro. Os artistas da Renascena(clssicos do sculo XVI) tiveram domnio pleno e absolutodessa tcnica que proporciona tela uma iluso derealidade, tambm chamada de tromp loeil. 6. A Figurao absoluta de uma arte chamada de mimtica (mmesisdo grego, imitao). a representao do de fora (vida, realidade)para dentro (a obra, tela, suporte).O receptor da arte figurativa entende o que v na tela porque aobra inspira sempre uma leitura clara e objetiva do mundoconhecido.Essa forma de comunicar contempla as evidncias, enquanto a arteno-figurativa ou abstrata comunica a matria simbiotizada nelamesma, sobre o suporte, sem evidncias do mundo reconhecvel.A Arte No-figurativa ou Abstrata no expressa o mundo, expressa acor, o metal, o material utilizado, estabelecendo uma comunicaoespecial.Entre a Arte Figurativa Absoluta (perto da fotografia) e a Arte No-figurativa Absoluta (Abstrata), existem as chamadas ArtesDegeneradas. 7. As Artes Degeneradas comunicam a leitura do mundo por objetosreconhecveis, mas de forma desconcertada, alteradaformalmente, ou seja, no Impressionismo vaporizada, noExpressionismo tortuosa, exagerada e dolosa; no Cubismo geometrizadaAs Artes Degeneradas intermediam a Figurao e a No-figurao absolutas.A Arte No-figurativa apresenta uma grande dependncia damatria, mas tambm emblematiza a forma mais absoluta dedemocratizao na arte, pois, fomenta o artista a necessidade depermanecer no estado de constante experimentao e, ao mesmotempo, produo de conhecimento..As Artes Figurativas e No-figurativas esto extremamenteligadas aos meios de comunicao, aos meios de publicidade,aos processos dinmicos de informao. 8. Plurais, intensas, ricas em simbolismos e conceitualismos, ambas asformas de arte fazem-se Ler, principalmente as abstratas, muito maispelo que h por trs delas do que pela expresso visvel em simesma. O artista da Arte Figurativa materializa a representao e o da Arte Abstrata materializa a presentao. H espaos, dimenses, movimentos, temporalidades, volumes, fuses ptico-sensoriais entre o real e o ilusrio no cerne dessas artes.A Arte No-figurativa uma forma de comunicao visual peculiar:comunica atravs dos sentidos, de um mental diferente, de umamaneira de ver a prpria arte tendo os reconhecimentos da realidadecomo inexistentes e inessenciais. um meio de expresso ecomunicao que se pode considerar extico. Atravs dela,penetramos no sentido das coisas, numa comunicao plural. Pois,os recursos icnicos da Arte No-figurativa absoluta ou Abstratatendem a ser subversivos, com a extirpao da realidade fenomnicae reconhecvel. Por sua prpria natureza, procura caminhos deinconformidade e ruptura. 9. As Artes Figurativas e No-figurativas existiram desde os homens daIdade da Pedra. Nas paredes de Altamira e Lascaux, na Frana,tem-se Figurao e Abstrao, ainda que de forma precria, prosaicae arcaica. Foram os sculo XIX e XX que legitimaram a ArteAbstrata. A Pintura Abstrata o sintoma de um momento histrico surpreendente para o homem moderno, pois foi num momento de mudana histrica, ps-revoluo industrial e suas conseqncias que surgiu a Arte Abstrata.O que comunica e educa na Arte Abstrata uma ordem lgica.Precisamos ter um repertrio para compreendermos einterpretarmos essa ordem lgica.Na Arte Abstrata nada fortuito, nada aleatrio, nada arbitrrio,embora parea. As linhas, as formas, as cores e outros elementosvisuais tem lugar determinado na composio. A alterao desseselementos implica tambm numa alterao de valor. 10. Dizer que os valores so sempre iguais em toda e qualquer ArteAbstrata um grande engodo.Muitas vezes a comunicao na Arte Abstrata degenera-se porincompetncia do prprio receptor que a v com preconceito epressupostos adquiridos, emitindo manifestaes como: isto qualquer coisa, no entendo, at meu filho de trs anos faz, um borro s, no arte e outros despautrios afins.Isso prova uma carncia no instrumental do receptor para a corretaleitura da Arte Abstrata.A Arte Abstrata goza de uma comunicao especfica porque suanova codificao no factvel com os parmetros cognitivos,lingisticos e racionais do senso comum.Cria-se com a Abstrao, uma nova ideologia, uma outra razoesttica, uma filosofia nas artes que tem nos acompanhado athoje e acaba se transformando na mais difundida das artes visuais. 11. A Pintura Abstrata advm de um padro mental inerente ao homemde todos os tempos, ao qual se atribui o nome de Abstrao. Comocapacidade inata, a Abstrao uma atividade mental de seleo esntese. Homens de muitas tribos primitivas antiqussimas, emmuitos de seus desenhos no faziam referncia realidade exterior,mas, sim, prpria composio em si.A Arte Abstrata, sendo uma forma de comunicar e um princpiodiferente de educar, no procura reproduzir as formas e as coresnaturais, pois, ambiciona-se por criar formas puras e soltas,construdas com os elementos mesmos da pintura. Os arranjoslivres ou controlados em estados de tenso, ou seja, a composio que constri a coluna vertebral da pintura abstrata.Na Arte No-figurativa no h recuperao da realidade exteriorporque na Abstrao no mais essa realidade que temimportncia e sim a matria que o artista usa, cria e recria nelamesma. O Artista abstrato no copia nada da realidade exterior,somente trabalha com o material: cores que se fundem (pintura) ouferros que se misturam (escultura). 12. Na abstrao a arte perde a iluso da vida, mesmo porque no hvida a recuperar; no h mmesis, porque no h imitao; no hrepresentao e sim presentao: o material est presente nelemesmo.Em termos comunicacionais e educacionais, a Arte Abstrata convidao observador/ fruidor a participar mais ativa e convenientemente como criador na feitura da obra.O autor da Arte Abstrata permite mltiplas interpretaes para a suacriao, tendo no apreciador um co-participante, um reelaborador, umreexecutor e um realimentador de iluses. Iluses que esto noreceptor no na obra.A Arte Abstrata, contestando os valores clssicos do acabado,definido, perfeito e inequvoco, prope uma obra indefinida eplurvoca, aberta, que se vem configurando como um feixe depossibilidades mveis e intercambiveis mais adaptadas scondies nas quais o homem moderno desenvolve suas aes. 13. A Arte Abstrata encharca os olhos de seu receptor com umamultplicidades de imagens sujeitas a decodificaes.O receptor da Arte Abstrata no est decodificando imagensconhecidas, mas pontos, linhas, contornos, direes, tons, cores,texturas, escalas, dimenses, movimentos e ritmos.Entender a Arte Abstrata entender o tralho que o artista desenvolvecom esses elementos, em tenses diversificadas e mltiplas, atravsda composio ou arranjo na superfcie plana da tela ou outrosuporte.A Arte No-figurativa ou Abstrata transmite contedos peculiares queno so os da Arte Figurativa, mas que visam ensinar novas formasde viso das coisas, das cores, da prpria arte e da vida.Saber Ler a Arte Abstrata saber Ler mais longe. A Arte Abstratainforma, forma e educa o olhar. 14. A Arte Abstrata reeduca o sujeito para uma decodificaoinovadora. A Arte Abstrata comunica, no sentido de levar o a seureceptor a educar-se para construir julgamentos ou juzos de valorsobre ela..Na Figurao ainda h um conceito hegemnico a ser seguido,indicado pela prpria figura. Na Arte No-figurativa ou Abstrata, oconceito diverso, diretrizado pela pulso e fuso das cores, eainda, pela coexistncia de diferentes cdigos, propondo umacomunicao peculiar, paradigmtica e diferente da clssicaconcepo Renascentista de mmesis e representao. 15. FIM