elementos e mecanismo de propagaÇÃo de doenÇas transmissÍveis

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ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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Page 1: ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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A identificação dos mecanismos da propagação da doença torna possível a adoção de medidas sanitárias capazes

de prevenir ou impedir a sua disseminação

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1- Quem hospeda e transmite o agente?

FONTE DE INFECÇÃO

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FONTE DE INFECÇÃO (F.I.)

• Qualquer hospedeiro vertebrado que alberga um determinado agente etiológico e pode eliminá-lo do organismo, isto é, transmiti-lo.

Ex: cão eliminando vírus da raiva

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Podemos classificar a Fonte de Infecção em duas categorias:

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1. QUANTO À CARACTERÍSTICA DO AGRAVO SOFRIDO PELO HOSPEDEIRO, OU SEJA, O ESTÁGIO DE EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO PARASITA-HOSPEDEIRO NA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

• DOENTES

• PORTADORES

• COMUNICANTES

• RESERVATÓRIOS

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DOENTES

São aqueles hospedeiros que revelam sinais, mesmo que indefinidos, de comprometimento do equilíbrio orgânico atribuíveis a agentes existentes em seu organismo.

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• DOENTES TÍPICOS:

Quando revela um quadro de sinais e sintomas, bastante característico de uma determinada doença ou de um grupo assemelhado de doenças.

Ex. úlceras de Bauru na leischimaniose.

• DOENTES ATÍPICOS:

Indivíduos acometidos por um determinado processo que demonstra um quadro sintomático pouco característico, revelando extrema malignidade ou extrema benignidade.

Ex. sintomas da sífilis.

•DOENTES EM FASE PRODRÔMICA:Indivíduos que apresentam a doença em fase inicial, permitindo observar-se alterações no estado de saúde, mas os sintomas não são ainda suficientemente claros ou definidos para realização do diagnóstico clínico. Ex: Animal no estágio inicial da raiva procura lugares escuros e silenciosos, esquiva-se do dono, modifica seu comportamento usual.

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PORTADORES

Hospedeiros que estão albergando e eliminando uma agente da doença, sem manifestar qualquer indicativo de agravo à saúde devido à presença de

agente infeccioso no organismo.

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•PORTADORES SADIOS OU SÃOS Indivíduos que não apresentaram e não estão apresentando, no momento,

manifestações clínicas da doença nem se encontram no período de incubação da mesma, mas são capazes de eliminar o agente. Normalmente são denominados aparentemente sadios.

•PORTADORES EM INCUBAÇÃO Indivíduos capazes de funcionar como fonte de infecção mesmo antes de manifestar

os sintomas clínicos. Esses indivíduos irão apresentar os sintomas passando o período de incubação da doença.

Ex: A raiva, o vírus pode ser eliminado pela saliva até três dias antes do aparecimento dos sintomas clínicos.

•PORTADORES CONVALESCENTES Indivíduos que após a recuperação de um processo doença, continuam eliminando o

agente. Podem ser portadores convalescentes temporários ou crônicos, dependendo do

tempo de eliminação.

Ex: Hepatite C

Page 11: ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

COMUNICANTES

São indivíduos que estiveram expostos ao risco da infecção, não se podendo afirmar se estão ou não infetados.

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RESERVATÓRIOS

• O local onde o microorganismo habita, metaboliza e se reproduz.

• O reservatório é um vertebrado, também suscetível aos agravos da doença, enquadrando-se em qualquer das categorias de fonte de infecção.

• EX: cão – reservatório na transmissão da raiva para o homem.

Ratos – reservatórios para a leptospirose.

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2. QUANTO À NATUREZA DO HOSPEDEIRO NO CONTEXTO DO

ECOSSISTEMA

• HOSPEDEIRO HUMANO• HOSPEDEIRO DOMICILIAR (animais de

estimação) • HOSPEDEIRO DOMÉSTICO (animais de

produção econômica) • HOSPEDEIRO DE LABORATÓRIO (animais

de laboratório) • HOSPEDEIRO PERIDOMICILIAR (animais

sinantrópicos) • HOSPEDEIRO SILVESTRE

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2 - Como o agente abandona o hospedeiro?

VIA DE ELIMINAÇÃO

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VIA DE ELIMINAÇÃO (V.E.)

• É o meio através do qual o agente abandona seu hospedeiro para alcançar o meio exterior e assim, o novo hospedeiro.

• O conhecimento do mecanismo envolvido nesta etapa de transmissão é de grande valia na determinação das medidas profiláticas eficazes.

• A via de eliminação de um agente está relacionada com seu local preferido de multiplicação e colonização no hospedeiro.

• O conhecimento da patogenia da doença é fundamental, pois, a localização da lesão e do agente estão relacionados com o mecanismo de eliminação mais comum.

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SECREÇÕES ORO-NASAIS

• Fluxos eficientes para na eliminação de agentes de doenças do trato respiratório e da porção inicial do digestivo e seus anexos.

• Ex: Raiva, Tuberculose, Gripe, Sarampo, etc.

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SECREÇÕES URO-GENITAIS (gônadas)

Importante na eliminação de agentes das doenças da esfera reprodutiva.

• Ex: Brucelose, tricomonose, sífilis.

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SECREÇÃO LÁCTEA

• Vários são os agentes eliminados pelo leite, os mais importantes com relação à saúde pública são: Tuberculose, brucelose.

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HUMORES

• O sangue e demais fluídos orgânicos são importantes para disseminação de agentes de doenças como:

• Doença de Chagas, AIDS, Hepatites, Dengue.

• Tanto em doenças que envolvem vetores como naquelas onde

há envolvimento de fômites ou de transfusão.

Page 20: ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

EXCREÇÕES• As fezes e a urina são excelentes recursos para

eliminação de diversos agentes, não só bactérias, helmintos e protozoários que parasitam o trato digestivo, mas também aqueles que parasitam o trato respiratório, sejam deglutidos e sobrevivam ao suco gástrico.

• A urina é um meio de eliminação daqueles agentes que provocam infecções urogenitais. Ex:

Leptospirose

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PLACENTA, LÍQUIDOS FETAIS, FETO

• Importante na disseminação de doenças da esfera reprodutiva.

• Ex: Brucelose, Tricomonose, Sífilis.

Page 22: ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

EXSUDATOS E DESCARGAS PURULENTAS • O conteúdo dessas coleções ao ser eliminado,

carreia uma grande quantidade de agentes ao meio externo.

Ex.brucelose

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DESCAMAÇÕES CUTÂNEAS

• Eficiente mecanismo de eliminação de agentes de doenças que acometem a camada superficial do corpo.

• Ex: Sarnas, micoses, varíola, etc.

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TECIDOS ANIMAIS

• A via de eliminação é representada pela própria carcaça do animal, casos onde o agente ou seus produtos se localizem nos tecidos e órgãos e são liberados a partir do processo de predação, geralmente associado à cadeia alimentar.

• Ex: cisticercose, etc.

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3 - Que recurso o agente utiliza para alcançar o novo hospedeiro?

VIA DE TRANSMISSÃO

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  VIAS DE TRANSMISSÃO (V.T.)

• As principais vias de transmissão utilizadas por agentes biológicos de doenças são:

• CONTATO• AERÒGENA• PELO SOLO • PELA ÁGUA• PELO ALIMENTO• POR VETORES

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CONTÁGIO

• Mecanismo de transferência rápida do material infectante fresco, desde a fonte de infecção ao novo hospedeiro, caracterizando sempre a presença dos dois no mesmo ambiente.

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A)CONTÁGIO DIRETO

Quando ocorre efetivamente um contato entre as superfícies. De um lado a fonte de infecção, e de outro o ponto do hospedeiro suscetível por onde o agente irá penetrar no seu organismo. Não há relacionamento do agente com o meio exterior.

Ex: Contatos sexuais, mordeduras, arranhadura, beijo, amamentação e contatos profissionais. Incluem-se ainda nessa categoria a transmissão vertical, da mãe para o filho, na vida intra-uterina e no parto. EX: rubéola;

Auto-infecção endógena –um indivíduo da espécie humana com Taenia solium, transmite a si próprio a cisticercose ao sofrer um processo de retro-peristaltismo possibilitando o refluxo do conteúdo gastro-intestinal ao estômago.

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B) CONTÁGIO INDIRETO

Neste caso há a interposição de algum veículo de transmissão que dispensa o contato direto entre a Fonte de Infecção e o suscetível.

As gotículas emitidas pelo doente ao falar, assim como os fômites a fresco, representados por seringas, agulhas, objetos de uso individual, constituem-se em veículos de transmissão de agente de determinadas doenças como sarnas, AIDS, etc.

Caracteriza-se contágio apenas nas situações onde existe a presença da FI e do Suscetível no mesmo local e no mesmo espaço de tempo.

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TRANSMISSÃO AERÓGENA

Quando os agentes permanecem no ar, em suspensão por períodos relativamente longos, após sofrerem um processo de dessecação lenta ou rápida.

Trata-se nesse caso da transmissão pelo ar, envolvendo outras alternativas de disseminação de agentes infecciosos, seja transmissão por aerossóis ou poeiras.

Ex. Ebola, Meningite, tuberculose.

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AEROSSÓIS INFECCIOSOS

Nebulização de secreções oro-nasais, em decorrência da emissão explosiva do ar com fragmentação de partículas líquidas pode gerar duas alternativas de transmissão:

•Gotículas de Pflugge – Partículas com diâmetro maior que 0,1 milímetro, incapazes de atingir grandes distâncias em virtude de seu peso elevado, depositando-se no solo onde sofrem ação da dessecação lenta, deletéria a muitos agentes infecciosos, sendo posteriormente ressuspendidas com a poeira. (agentes de doenças que provocam tosse)

Ex: Bacilo da tuberculose, estreptococcus, vírus da varíola e outros.

•Núcleos infecciosos de Wells – Partículas de diâmetros pequenos entre 0,001 e 0,01 milímetros, as quais podem sofrer dessecação rápida favorecendo certos agentes como o vírus da gripe. Esses aerossóis podem atingir indivíduos a grandes distâncias. (agentes de doenças que provocam espirro).

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TRANSMISSÃO PELO SOLO

• Seja como passagem habitual ou acidental, o solo pode representar uma via de transmissão importante e em certos casos exclusivos, em casos que o agente necessita completar seu ciclo biológico no solo.

•Como via de transmissão depende de sua contaminação por excretas das fontes de infecção e produtos de descarte, podendo a contaminação atingir os alimentos em geral, bem como os indivíduos que entrem em contato com esse solo.

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TRANSMISSÃO PELA ÁGUA

• Qualquer que seja sua origem (água da chuva, de superfície ou subterrânea) inúmeras são as oportunidades surgidas para a poluição ou contaminação por agentes patogênicos.

• Importante na transmissão de doenças como a salmonelose, cólera, etc.

• Podemos considerar a qualidade sanitária da água como indicativo da qualidade de vida da população.

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TANSMISSÃO POR ALIMENTOS

• A produção, colheita, processamento, estocagem e distribuição são fases da produção de alimentos que estão sujeitas à contaminação por agentes patogênicos.

• Os alimentos de origem vegetal como verduras, frutas e legumes podem ser contaminados seja em decorrência da adubação do solo com excretas ou materiais orgânicos contaminados, seja pela água de irrigação, seja pela manipulação na colheita, no transporte ou na distribuição.

Page 37: ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

• Dentre os alimentos de origem animal devemos lembrar que o alimento favorece a multiplicação e a sobrevivência dos agentes patogênicos.

• Podendo estar contaminados com ovos de helmintos, vírus, bactérias, etc.

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•O alimento pode sofrer contaminação em qualquer fase, desde proceder de um animal já doente, até o processamento industrial, armazenamento, distribuição, preparo em cozinhas, armazenamento doméstico, distribuição por ambulantes, entre outras.

•No caso do leite a multiplicação dos agentes é ainda maior, pode vir contaminado de origem por brucelas, micobactérias, estreptococcus, ou pode carrear diversos agentes nas diferentes fases de produção.

•Os produtos cárneos podem carrear cisticercose, etc.

•O pescado pode vir contaminado de origem ou ser contaminado pela manipulação.

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TRANSMISSÃO POR VETORES

• O agente infeccioso encontra um organismo vivo que lhe propicia a necessária proteção e as condições indispensáveis para sua propagação.

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VETORES MECÂNICOS• Nessa categoria existe um relacionamento

acidental entre o agente infeccioso e vetor, no caso o vetor se comporta como um fômite de movimento próprio.

• Ex: A mosca doméstica transporta microrganismos acidentalmente ao pousar sobre material infectante.

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VETORES BIOLÓGICOS• Quase sempre representam a principal via de transmissão do

agente, por isso geralmente chamados de obrigatórios.

• O agente fica protegido pelo vetor, onde sofre multiplicação ou transformações inerentes ao seu próprio ciclo.

• Os vetores biológicos podem também transmitir o agente para sua descendência por via transovariana ( transmissão vertical).

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TRANSMISSÃO POR HOSPEDEIRO INTERCALADO

• Difere dos vetores por não exercer a transmissão ativa do agente.

• É um hospedeiro invertebrado que pode ser indispensável para o ciclo do agente ou apenas desempenha um papel importante na sua proteção durante a permanência no exterior.

• Ex: Esquistossomose – (Schistossoma mansoni) onde os ovos embrionados , eliminados nas fezes, liberaram na água formas infectantes (miracídeos) que penetram ativamente nos moluscos da família Planorbidae onde prosseguem sua evolução até cosntituírem novas formas infectantes, as cercarias, capazes de penetrar no hospedeiro vertebrado de forma ativa.

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TRANSMISSÃO POR PRODUTOS BIOLÓGICOS

• Os produtos imunizantes como soros e vacinas, bem como outros produtos terapêuticos podem se constituir em importantes veículos para agentes produtores de doença.

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TRANSMISSÃO POR FÔMITES

• Utensílios, veículos, instrumentos médico-cirúrgicos, podem desempenhar papel importante na disseminação de doenças, particularmente naqueles casos em que o agente é dotado de resistência às condições ambientais.

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TRANSMISSÃO POR VEICULADORES ANIMADOS

• O homem, o cão, cavalo, aves, roedores, podem realizar o transporte passivo de microrganismos produtores de doenças.

Page 47: ELEMENTOS E MECANISMO DE PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

TRANSMISSÃO POR PRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS DE ORIGEM ANIMAL

• Couros, lãs, pena, podem ser importantes veículos de propagação de agentes como esporos do Bacillus anthracis, ácaros da sarna e outros.

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TRANSMISSÃO POR MATERIAIS DE

MULTIPLICAÇÃO ANIMAL • A via de transmissão é representada

pela via de eliminação. A contaminação do sêmen e de óvulos com vírus e bactérias tem sido amplamente demonstrada.

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4 - Como se hospeda o agente no novo hospedeiro?

PORTA DE ENTRADA

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PORTAS DE ENTRADA (P.E.)

• Porta de entrada é local ou ponto de penetração do agente no novo hospedeiro.

• Mesmo que o hospedeiro utilize mais de uma porta de entrada, sempre haverá uma considerada principal.

• As portas de entradas estão associadas a uma via de transmissão mais adequada para o agente.

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MUCOSA DO TRATO RESPIRATÓRIO

Usualmente atingida por agentes veiculados por gotículas, aerossóis e poeiras.

MUCOSA DO APARELHO DIGESTÓRIO

É mais freqüentemente utilizada por agentes veiculados por alimentos, sendo utilizada também por outras alternativas de transmissão como gotículas, poeiras, fômites e mão contaminada.

MUCOSA DO APARELHO GÊNITO-URINÁRIO

O contágio direto é a alternativa mais importante para essa via de acesso do agente, porém fômites e mãos contaminadas não devem ser esquecidas.

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MUCOSA DA CONJUNTIVA OCULAR

É bastante vulnerável e pode ser porta de entrada de várias alternativas como; gotículas, aerossóis, poeiras, água contaminada, etc.

PELE

Por sua extensão é evidente que as possibilidades de acesso são inúmeras, entre as quais temos: vetores mecânicos, solos, água, fômites, etc.

FERIDA OU CICATRIZ UMBILICAL

Pode se constituir numa importante porta de entrada para agentes veiculados pelo solo, vetores mecânicos, fômites, mãos contaminadas, poeira, etc.

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Fim