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Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

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Page 1: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações

Aula 2

Maio, 2005

Page 2: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Revisão

Principais conceitos e definições

Page 3: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Revisão

Jogo estático

“Common knowledge”

Eliminação de estratégias estritamente

dominadas

Equilíbrio de Nash

Estratégias mistas

Page 4: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Aplicações

Estrutura de mercado Formação de cartéis Modelo de Hotelling

Page 5: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Ambiente econômico Curva de demanda:

p(Q)=a-Q,onde Q=q1+...+qN.

Custo de produção: Ci(qi)=cqi, i=1,...,n.

Lucro:i(qi,q-i)=p(Q)qi-cqi=[p(Q)-c]qi

Hipótese: c<a (viabilidade econômica da tecnologia)

Page 6: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

2 casos polares Competição perfeita com livre entrada:

Para simplificar, ci=c para todo i. Firmas são tomadoras de preços. Há entrada enquanto houver lucro positivo. Equilíbrio:

pC=c; QC=a-c; C=0

Monopólio: Monopolista incorpora sua influência na demanda. Problema: max [a-Q-c]Q Equilíbrio:

QM=½(a-c)<QC; pM=½(a+c)>pC; M=(a-c)2/4

Page 7: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Estruturas de Oligopólio

Encontram-se entre os casos anteriores.

Diferentes formas de interação estão associadas a importantes diferenças nos preços, quantidades e lucros.

Serão consideradas situações onde há competição em: quantidade (Cournot, 1838); preço (Bertrand, 1883); localização (Hotelling, 1929).

Page 8: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Competição em quantidade: o modelo de Cournot Firmas se encontram apenas uma única vez no

mercado, simultaneamente, decidindo sobre quantidade (capacidade instalada).

2 firmas.

Equilíbrio de Nash: (q1*, q2

*) tais que q1*=q1(q2

*) e

q2*=q2(q1

*); onde qi(qj) é a melhor resposta de i à

quantidade qj da adversária.

Page 9: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Equilíbrio de Nash

Função de melhor resposta:qi(qj)=argmax [a-qi-qj-c]qi=½(a-c-qj).

EN: qi*=(a-c)/3, i=1,2.

Q*=2(a-c)/3 QM < Q* < QC

pM > p* > pC

*=(a-c)2/9 < M/2

Page 10: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Características do EN O modelo de Cournot apresenta uma

característica semelhante ao dilema dos prisioneiros.

As duas firmas estariam melhores caso praticassem quantidades iguais a qM/2, agindo como uma única firma – situação de cartel.

Entretanto, dado que a adversária pratica qj=qM/2, a melhor resposta é qi=qi(qM/2)>qM/2.

Page 11: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Extensão para n firmas

Função de melhor resposta:qi(q-i)=argmax [a-qi-Σj≠iqj-c]qi=½(a-c-Σj≠iqj).

EN: qi*=(a-c)/(n+1), i=1,...,n.

Q*=n(a-c)/(n+1) QM < Q* < QC

pM > p* > pC

*=(a-c)2/(n+1)2 < M/n, n>1.

Page 12: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Propriedades – n firmas Benefício do cartel:

M-*=(a-c)2f(n), onde f(n) tem o formato abaixo.

Page 13: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Propriedades – n firmas Desvio:

D-M=(a-c)2g(n), onde g(n) tem o formato abaixo.

Page 14: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Formação de cartéis A formação de cartéis, em um jogo

simultâneo é dificultada por uma série de razões:

há sempre um incentivo individual ao desvio, que é crescente no número de firmas;

os benefícios individuais das firmas, com o arranjo de cartel, depende do número de firmas no mercado – no exemplo, o valor máximo encontra-se entre 4 e 5 firmas. Para n>6, o benefício é decrescente.

Page 15: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Paradoxo de Bertrand

Suponha agora que a competição ocorre através dos preços.

Os produtos são perfeitamente homogêneos – o consumidor comprará da firma mais barata e irá sortear em caso de empate.

Page 16: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Equilíbrio de Nash

O EN do modelo é:pi=c, i=1,...,n.

Paradoxo: mesmo com uma estrutura de oligopólio, o equilíbrio de Nash replica o caso competitivo.

Page 17: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Bertrand com produtos diferenciados 2 firmas

Curva de demanda:qi(pi,pj)=a-pi+bpj.

Custo de produção: Ci(qi)=cqi, i=1,2.

Lucro:i(pi,pj)=(pi-c)qi(pi,pj)

Hipótese: c<a, b<2 (viabilidade econômica da tecnologia)

Page 18: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Equilíbrio de Nash

Função de melhor resposta:

pi(pj)=argmax (pi-c)[a-pi+bpj]

=½(a+bpj+c).

EN: pi*=(a+c)/(2-b), i=1,2.

Ao contrário do caso de produtos homogêneos, pi

*>c.

Page 19: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Competição Espacial 2 firmas

Custo de produção: Ci(qi)=cqi, i=1,2.

Lucro: i=(pi-c)qi

Demanda: consumidores estão uniformemente

distribuídos ao longo do intervalo [0,1]; há custo de transporte (linear) – cada

consumidor se dirige à loja mais próxima.

Page 20: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Demanda de cada firma Suponha, sem perda de generalidade, que

a firma 1 é aquela localizada à esquerda, isto é, x1≤x2.

Seja x a localização do consumidor indiferente às duas firmas.

0 1x1 x2x

q1=x q2=1-x

Page 21: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Interpretação

Localização geográfica

Espaço de produtos

Plataforma política

Page 22: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Demanda (continuação)

Denotando por pi o preço praticado pela firma i, o consumidor indiferente é dado por:

t(x-x1)+p1=t(x2-x)+p2.

Ou seja,x=(x1+x2)/2 + (p2-p1)/2t.

Se p2=p1, o consumidor indiferente se localiza no centro das duas firmas.

Page 23: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Equilíbrio de Nash Dados os preços p1=p2=p, as localizações

são definidas simultaneamente. Equilíbrio de Nash:

x1*=x2

*=1/2; cada empresa atende metade do mercado.

Equilíbrio é ineficiente: empresas poderiam auferir os mesmos lucros com os consumidores gastando menos com transporte.

“Princípio da diferenciação mínima”

Page 24: Elementos da Teoria dos Jogos e Aplicações Aula 2 Maio, 2005

Extensões

O modelo de Hotelling é bastante instável a modificações.

Por exemplo, com 3 firmas já não há equilíbrio em estratégias puras.

Caso haja competição de preços após a localização, o equilíbrio muda drasticamente, com as firmas localizadas nas extremidades – diferenciação máxima.