elementais, os espíritos da natureza
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7/29/2019 Elementais, os Espritos da Natureza
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Elementais, os Espritos da Naturezadeldebbio| 10 de agosto de 2008Na literatura ocultista, a mais compreensvel e lcida exposio sobre a pneumatologia oculta
ramo dedicado as substncias espirituais encontra-se no trabalho de Philippus AureolusParacelsus de Paracelso, prncipe do alquimistas e dos filsofos Hermticos, verdadeiro mestre
do Segredo Real A Pedra Filosofal e o Elixir da Vida. Paracelso acreditava que cada um dos
quatro elementos primrios conhecidos dos antigos terra, fogo, ar e gua, era constitudo de
um dois princpios: um sutil, vaporoso e metafsico; outro, de substncia corporal grosseira e
material.
O Ar possui dois aspectos: sua natureza tangvel, atmosfrica, e sua natureza intangvel, o
substratum, a essncia viva voltil que pode ser denominado Ar Espiritual ou, ainda, Esprito do
Ar. O Fogo visvel e invisvel, discernvel e indiscernvel: espiritual, flama etrea
manifestando-se atravs da chama material, substancial. Seguindo a mesma analogia, a gua, ao mesmo tempo, um fluido denso e uma potncia essencial de natureza fludica. Tambm a
terra um Ser fixo, terreno, imvel, em um plano inferior da realidade; em plano superior, a
terra possui um Esprito rarefeito, mvel, virtual.
O termo elemento tem sido, ento, aplicado aos aspectos inferiores, fsicos dos quatro
princpios primrios. O termo elemental, aplicado s essncias invisveis, constituio
espiritual que, de fato, anima os quatro elementos. Minerais, plantas, animais e homens vivem
e experimentam, normalmente, a realidade mais grosseira, meramente fsica, tangvel dos
quatro elementos e das vrias combinaes destes elementos constroem seus organismos
fsicos.
Henry Drummond, em Natural Law in the Spiritual World, descreve o seguinte processo: Se
analisarmos o ponto material no qual comea a Vida, encontraremos uma estrutura clara, uma
substncia gelatinosa, albuminosa de albumina:protena de alto valor biolgico presente na
clara do ovo, no leite e no sangue, como clara de ovo. Esta substncia elementar na formao
da vida feita de carbono, hidrognio, oxignio e nitrognio.
o protoplasma; no apenas a unidade estrutural fundamental para o surgimento da vida em
todos os corpos de todos os viventes, mas tambm, a substncia que os constitui em si
mesmo. Segundo Huxley, Protoplasma, simples ou nucleado, a forma bsica de toda a vida.
a argila do vaso. O elemento ao qual os antigos denominavam, genericamente, GUA, a
moderna cincia chama de Hidrognio; o AR, tornou-se Oxignio; o FOGO, Nitrognio e a
TERRA, Carbono.
Assim como a Natureza visvel habitada por um infinito nmero de criaturas vivas, de acordo
com Paracelso, tambm o Invisvel, contraparte espiritual da Natureza Visvel composto de
tnues princpios dos elementos visveis habitado por seres peculiares chamados Elementais
ou Espritos da Natureza. Paracelso divide estes seres em quatro grupos: gnomos ondinas
silfos e salamandras. Paracelso assegura que so entidades viventes.
Em suas formas, muitas lembram seres humanos. Seus mundos so distintos do mundohumano, ainda que coexistentes. O homem no percebe a dimenso existencial destes seres
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porque seus sentidos, sua percepo fsica insuficiente ou no adequada percepo da
realidade metafsica alm ou, ainda, outra, que no a realidade fsica.
Povos antigos, como os Gregos, Egpcios, Chineses, Indianos, acreditaram na existncia de
stiros, duendes, fadas, demnios. Seus mares eram povoados de sereias; os rios e fontes
abrigavam ninfas; fadas no ar; Lares e Penates no fogo, faunos, drades e hamadrades* naterra. Espritos da Natureza eram tidos em alta conta e rituais propiciatrios eram oferecidos a
eles. Ocasionalmente, como resultado de condies atmosfricas ou pela sensibilidade
especial de um devoto, podiam tornar-se visveis. Vrios estudiosos acham que muitos dos
deuses pagos foram/eram Elementais.
Os gregos davam o nome de dmon a alguns desses elementais, especialmente de ordens
superiores; estes, eram venerados. Provavelmente, o mais famoso desses dmons o
misterioso esprito instrutor de Scrates, ao qual o grande filsofo se referiu com freqncia.
Aqueles que estudam a constituio invisvel do homem acreditam que o dmon de Scrates
e/ou o anjo de Jacob Bheme foram, no eram elementais; antes, foram reflexos da naturezadivina ou Eu Superior dos prprios filsofos.
A idia de que entidades, seres invisveis envolvam e interpenetrem o mundo coexistindo com
os seres vivos e inteligentes, pode parecer ridcula para a mente prosaica da
contemporaneidade. Ainda assim, essa doutrina,da existncia dos Elementais, aceita por
alguns notveis intelectos do mundo. Os silfos de Facius Cardin, o filsofo de Milo; a
salamandra observada por Benvenuto Cellini; o Pan de Santo Antnio; e o Pequeno Homem
Vermelho, possivelmente um gnomo, de Napoleo Bonaparte; so figuras que tm seu lugar
nas pginas da Histria.
A Literatura tambm tem perpetuado a idia e a crena nos Espritos da Natureza. Em
Sheakesppeare, o malgno Puck, personagem de Sonho de uma noite de vero; os Elementais
do poema rosacruciano de Pope, The rape of the lock; as misteriosas criaturas do Zanoni de
Lord Lytton. O folclore e a mitologia de todos os povos possuem suas lendas sobre estas
figurinhas que assombram velhos castelos, guardam tesouros nas profundezas da terra e
constroem suas casas embaixo das grandes razes das rvores e das orelhas de sapo* que
brotam largas s margens dos lagos. As fadas, que encantam as crianas, j seduziram
mentes notveis que acreditaram em sua existncia e ainda est aberta a questo sobre a
crenas de Plato, Scrates e Jmblico nestas criaturas mgicas.
Paracelso, descrevendo as substncias constituintes dos corpos dos elementais, distinguiu
duas qualidades de matria carnal: a primeira aquela que todos os seres humanos herdaram
de Ado. Essa visvel, a carne corprea humana. A segunda qualidade de matria carnal no
procede de Ado; mais tnue e no est sujeita s limitaes da forma. O corpos dos
elementais so feitos de uma carne trans-substancial. Paracelso diz que existe enorme
diferena entre os corpos humanos e os corpos dos Espritos da Natureza; tanto quanto
diferem a matria e o esprito.
Ainda, segundo Paracelso, os Elementais no so espritos porque eles tm carne, sangue e
ossos; vivem e se reproduzem; eles falam, agem, dormem, acordam e, conseqentemente no
podem ser chamados, propriamente, espritos. Estes seres ocupam um lugar entre Homens e
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Espritos, so semelhantes a ambos; lembram homens e mulheres em sua organizao e
forma e lembram espritos na rapidez de sua locomoo Philosophia Occulta, traduzido por
Franz Hartman.
O ocultista chama essas criaturas de composita, referindo-se composio, mistura de esprito
e matria. Paracelso faz analogia com a mistura de cores para explicar sua idia. A mistura deazul e vermelho resulta em violeta ou roxo; o violeta no nem azul nem vermelho. uma outra
cor. No caso dos Espritos da Natureza, eles combinam esprito e matria resultando em um
Ser que no nem esprito nem matria. So compostos de uma substncia que pode ser
chamada matria espiritual ou o ether dos ocultistas e dos filsofos.
Paracelso explica, ainda, que enquanto o homem constitudo de diferentes corpos inter-
agentes, cada um pertencente a um plano da Natureza, esprito, alma, mente, corpo o
Elemental possui apenas um princpio ou corpo, o corpo etrico, feito de ter, no qual ele vive.
O ter ou ether, em ocultismo, uma essncia espiritual; nos quatro Elementos, o ether a
essncia. Existem muitos ethers assim como h distintas famlias de Espritos da Natureza dosElementos.
As famlias existem em completo isolamento em seu prprio elemento sem intercurso com os
habitantes de outros ethers; mas, tal como o Homem possui, dentro de seus prprios centros
de conscincia, sensibilidade para perceber manifestaes e impulsos de todos os outros
quatro ethers, possvel, para qualquer Reino Elemental comunicar-se com o Homem em
condies apropriadas.
Os Espritos da Natureza no podem ser destrudos por elementos fsicos, como o fogo
material, a terra, o ar, a gua, isto porque sua existncia se mantm e se caracteriza por um
nvel de vibrao superior quela vibrao prpria das substncia terrenas. Sendo compostos
por somente um elemento, o ether no qual funcionam, eles no tm ou no so espritos
imortais. Ao morrer, seu Ser simplesmente desintegra-se e retorna ou reabsorvido no todo do
Elemento no qual o Ser havia, originariamente, tomado uma forma individualizada. Nenhuma
conscincia individual sobrevive porque no havia ali conscincia nem veculo para abrigar
uma.
Sendo feito de uma s substncia, o ether, os Elementais no sofrem a frico e no sofrem de
conflito, atrito, dialtica entre veculos; por isso, em termos prticos, os Elementais sofrem
pouco desgaste do corpo ao longo do tempo; suas funes biolgicas tm poucas
possibilidades de danos a sofrer; por isso, vivem muito, alcanam idades avanadas. Os que
vivem menos so aqueles compostos de ether da terra; os mais longevos so os Elementais do
Ar.
A mdia de vida destes Seres est situada entre 300 e 1000 anos. Apesar destas diferenas,
Paracelso afirma que os Elementais vivem em condies ambientais semelhantes quelas
experimentadas no mundo fsico e esto sujeitos a adoecer. Em geral, so considerados
incapazes de desenvolvimento espiritual mas, muitos deles, parecem ter demonstrado um
elevado carter moral.
Observaes GeraisMuitos antigos, diferentes de Paracelso, partilharam a opinio de que havia querelas, batalhas
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entre os Reinos Elementais e reconheciam essas batalhas nos fenmenos mais violentos da
Natureza, que seriam o resultado dos conflitos entre os Elementais. Quando um relmpago
incidia em uma rocha, partindo-a, acreditavam que Salamandras estavam atacando Gnomos.
Como os elementais no podem atacar um ao outro no plano de sua essncia etrica peculiar
[em seus ambientes], isso, devido ao fato de que no existe correspondncia vibratria entre
os quatro ethers dos quais cada um dos Reinos composto, eles tm de atacar indiretamente
a um denominador comum: a substncia material do universo fsico, [essa substncia,
fundamento atmico-molecular do ar bem como da pedra/terra, gua, fogo/luz/calor], sobre a
qual eles [os elementais] podem exercer certo poder.
As guerras tambm acontecem entre elementais do mesmo elemento, como Gnomos contra
Gnomos. Os pensadores antigos, poder-se-ia dizer, at primitivos, explicaram fenmenos da
Natureza aparentemente inexplicveis e/ou incontrolveis, individualizando e personalizando
as foras naturais, atribuindo a estas foras humores, temperamento, emoes semelhantes
quelas que assolam a alma humana.
O quatro signos fixos do Zodaco eram assinalados pelos quatro Reinos Elementais [tal como
os pontos cardeais]: aos Gnomos, corresponde o signo de Touro; s Ondinas, a natureza de
Escorpio; s Salamandras, a constituio de Leo; os Silfos, receptores da emanaes de
Aqurio.
A doutrina crist dos primeiros apstolos, evangelistas e Papas, reuniu todas as entidades
Elementais sob o ttulo, genrico, demon demnios. Essa denominao errnea tem
conseqncias de longo alcance, associando para sempre, no ocidente, a palavra demon
idia de coisa do mal. No entanto, os Espritos da Natureza, essencialmente, no so
malvolos; no mais ou menos do que os minerais, as plantas, os animais. Muitos dosprimeiros padres da Igreja asseguraram ter encontrado e travado debates com Elementais.
J foi estabelecido que os Espritos da Natureza no so imortais; no obstante, alguns
filsofos afirmam que, em casos isolados, a imortalidade pode ser conferida a um elemental
por um Adepto Iniciado que domine certos princpios sutis do mundo invisvel. Tal como a
desintegrao dos corpos acontece no mundo fsico, processo anlogo ocorre no mundo
etrico. Em condies normais, na morte, um Esprito da natureza simplesmente retorna,
reabsorvido na primria essncia da qual um dia emergiu individualizado.
Qualquer que seja o desenvolvimento evolucionrio do Ser ele pertence unicamente
conscincia da essncia primria da qual o ser foi originado. Desprovidos de componentes
humanos, veculo espiritual e veculo material, os Espritos da Natureza so sub-humanos no
aspecto da inteligncia racional mas, por suas funes, limitadas a um elemento, resulta que
se especializam em determinado tipo de inteligncia superior humana no que diz respeito ao
Elemento que habita.
Os Espritos Elementais
Sobre os ethers nos quais vivem os Espritos da Natureza, escreve Paracelso: Eles habitam
os quatros elementos:
1. Nymph (Ninfas), na gua;
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2. Silfos, no ar;
3. Pygmies (Anes), da terra;
4. Salamandras, no fogo.
So tambm chamados respectivamente: Ondinas, Silvestres, Gnomos e Vulcanos. Cadaespcie somente pode habitar [se mover] no Elemento ao qual pertence e nenhum pode
subsistir fora do Elemento apropriado. O Elemento est, para o Elemental, como a atmosfera
est para o Homem; como a gua para os peixes e nenhum deles sobrevive em elemento
pertencente a outra classe. Para o Ser Elemental o Elemento no qual ele vive transparente,
invisvel e respirvel, como a atmosfera para ns mesmos Philophia Occulta, traduzido por
Franz Hartman.
preciso ateno para no confundir os Espritos da Natureza com as verdadeiras hordas
vivas nos evolvendo nos mundos invisveis. Enquanto os Elementais so compostos somente
de substncia etherica, os anjos, arcanjos e outras entidades superiores e transcendentaispossuem organismos compostos, constitudos de uma natureza espiritual e uma estrutura de
veculos que expressam o Ser destas entidades, diferente daquele Ser dos Homens, porque
no inclui o corpo fsico e suas limitaes.
A filosofia oculta dos Espritos da Natureza considerada um conhecimento de origem
Oriental, mais especificamente Bramnica e, portanto, indiana ou hindusta. Paracelso
assegura que seu prprio conhecimento sobre os Elementais veio do Oriente; ele os adquiriu
durante suas viagens em busca de conhecimento. Egpcios e Gregos obtiveram suas
informaes da mesma fonte. Os quatro tipos principais de Espritos da Natureza podem,
agora, ser estudados separadamente, de acordo com os ensinamentos de Paracelso, Abb deVillars e alguns outros poucos autores, entre os poucos que tratam deste tema.
por http://mortesubita.org/monstruario/criptozoologia-teorica/elementais-os-espiritos-da-
natureza/view