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JANEIRO 2006 ANO XX Nº 700 SEG 16 TER 17 QUA 18 QUI 19 SEX 20 SÁB 21 DOM 22 sintufrj.org.br [email protected] CARREIRA Fórum Social na Venezuela O presidente Hugo Chávez será o anfitrião, no conti- nente latino-americano, do Fórum Social Mundial, que será realizado de 24 a 29 de janeiro em Caracas. O recém- eleito presidente da Bolívia, sindicalista Evo Morales (foto), será uma das estrelas do Fórum. Página 12 Uma marca histórica recursos encolhem Página 3 EXCLUSIVO Quem é o estudante da UFRJ? Pesquisa revela o perfil social, econômico e étnico dos estudantes que ingressaram na UFRJ em 2005. Páginas 6 e 7 Com esta edição, o Jornal do SINTUFRJ chega ao nº 700, uma marca histórica de um veículo que se consolidou no curso dos anos como ferramen- ta indispensável na propagação das lutas da categoria, prestando serviço e escrevendo o dia-a-dia da história da UFRJ, pela ótica dos trabalhadores. Nos últimos dois anos, mais de 1 milhão de exemplares foram distribuídos na Universidade. Página 11

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JANEIRO 2006 ANO XX Nº 700 SEG 16 TER 17 QUA 18 QUI 19 SEX 20 SÁB 21 DOM 22 sintufrj.org.br [email protected]

CARREIRA

Fórum Social na Venezuela

O presidente Hugo Chávez será o anfitrião, no conti-nente latino-americano, do Fórum Social Mundial, queserá realizado de 24 a 29 de janeiro em Caracas. O recém-eleito presidente da Bolívia, sindicalista Evo Morales (foto),será uma das estrelas do Fórum. Página 12

Uma marca

histórica

recursos encolhemPágina 3

EXCLUSIVO

Quem é oestudanteda UFRJ?

Pesquisa revela o perfil social, econômico eétnico dos estudantes que ingressaram na UFRJem 2005. Páginas 6 e 7

Com esta edição, o Jornal do SINTUFRJ chega ao nº 700, uma marcahistórica de um veículo que se consolidou no curso dos anos como ferramen-ta indispensável na propagação das lutas da categoria, prestando serviço eescrevendo o dia-a-dia da história da UFRJ, pela ótica dos trabalhadores. Nosúltimos dois anos, mais de 1 milhão de exemplares foram distribuídos naUniversidade. Página 11

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doispontos

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Antonio Gutemberg Alves do Traco, Neuza Luzia e Gerusa Rodrigues / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenaçãode Comunicação / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. Estagiária: Renata Souza / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto/ Diagramação: Luís Fernando Couto e Caio Souto / Assistente de Produção: Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko Júnior / Revisão: RobertoAzul / Secretária: Katia Barbiere / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical/ Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels: 2560-8615/2590-7209 ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CGC:42126300/0001-61

A Intranet –a rede interna de in-formações da UFRJ– está no ar desde2000. Segundo o res-ponsável pelo siste-ma Maurício Joa-quim, do Núcleo deComputação e Tec-nologia da Univer-sidade, essa rede per-mite o acesso a in-formações vitais re-lacionadas ao coti-diano da vida fun-cional e escolar defuncionários, do-centes e estudantes.O sistema eliminapapéis, formuláriose outras ferramentasburocráticas, facili-tando a vida da co-munidade. A redetambém permite quedúvidas, reclama-ções ou qualquertipo de observaçãopossam ser feitosatravés de e-mail.

Intranet facilitaa vida do servidor

Rede interna de informação da UFRJ oferece váriosserviços relacionados a vida funcional

a) Sistema Integrado deRecursos Humanos (SIRHU) –no qual você pode consultarseus dados pessoais e funcio-nais, contracheques e informa-ções relacionadas a gratifica-ções, dependentes, férias, fre-qüência e até fazer simulaçãode enquadramento.

b) Sistema de Acompa-nhamento de Processo (SAP)– no qual o servidor tem aces-so ao andamento de proces-sos administrativos, bastan-do indicar o seu número.

c) Sistema de Apoio aoPrograma de Segurança (Sa-pros) – no qual toda a comu-nidade deve cadastrar o seuveículo para que seja reco-nhecido pelo sistema de se-gurança da universidade queentrará em vigor em março.

*Além dos relacionadosacima, o sistema oferece ou-tros serviços específicos paraalunos e docentes. O acesso:<www.intranet.ufrj.br>.

SISTEMA SERÁ MODIFI-CADO - O acesso da comuni-dade universitária é automá-tico, pois quando o sistemafoi criado os dados e senhasdos usuários já haviam sidoregistrados, sem a necessida-de de cadastramento, como éusual na implantação dessetipo de procedimento. Paraacessar a rede basta entrar nosite <www.intranet.ufrj.br> eindicar na identificação o n°do CPF e a senha, que está

contida em todos os contra-cheques anteriores a maio de2002, no campo “matrícula deorigem”. Suprima o primeirozero e utilize o resto do nú-mero como sua senha na In-tranet. Quem entrou depoisde 2002 teve que fazer o seucadastramento para a obten-ção de sua senha.

No caso de o sistema res-ponder que a identificação ea senha são inválidas, o ser-vidor deve entrar em contato

com a Coordenação de Siste-matização através do telefo-ne 2598-9614 e solicitar a al-teração. “A partir de marçoesse sistema será modifica-do e simplificado, visandofacilitar e dar maior seguran-ça no acesso. Queremos fa-zer um programa que permi-ta que as pessoas que esque-ceram sua senha possam ca-dastrar um novo número semprecisar ligar para ninguém”,afirmou Maurício.

ServiçosVeja os serviços

oferecidos na Intranet*

Aposentadosalvo de golpe

A Pró-Reitoria de Pessoal da UFRJ faz um alerta aosaposentados e pensionistas da universidade. Segundo aresponsável pelo setor na PR-4, Gildélia de Oliveira, umapessoa que se identifica como Jean Carlos, de Brasília,através do telefone tem procurado aposentados com a in-formações falsas sobre o processo dos 28%. Em seguida, ogolpista pede para confirmar alguns dados, como núme-ros do CPF e da conta bancária. A PR-4 recomenda a apo-sentados e pensionistas não dar, sob nenhuma hipótese,as informações solicitadas por telefone a ninguém. Segun-do Gildélia de Oliveira, a UFRJ só se comunica com os seusaposentados e pensionistas através de cartas e do contra-cheque. “Os aposentados e pensionistas não devem passaro número de sua conta por telefone a ninguém”, insistiuGildélia.

Começou na segunda-feira, dia 9, o curso de capa-citação e reciclagem dos vi-gilantes do Hospital Univer-sitário Clementino FragaFilho. O curso vai até 3 defevereiro. O programa dequalificação desenvolvidopela Divisão de Saúde e Se-gurança do Trabalhador(DVST) para atender à vigi-lância da UFRJ, além de re-ciclar os funcionários doHU, tem o objetivo de forta-lecer a atuação desses pro-

introdução à gestão de qua-lidade, seus benefícios, cus-tos e ferramentas; organiza-ção do trabalho e saúde;promoção de saúde e estilode vida, saúde do trabalha-dor e legislação. Ao términodo curso será realizada umaavaliação da turma. “Nossoobjetivo é adequar o servi-dor nas suas atividades co-tidianas, sem que o traba-lho lhe adoeça”, afirmou ocoordenador do curso, Wa-shington Ramos Castro.

fissionais no hospital, ampli-ando sua responsabilidadeno setor. O curso, que terá 80horas, é apoiado pela Coor-denação de Desenvolvimen-to de Pessoal da UFRJ, e o HUfornece os materiais neces-sários para a sua conclusão.

O programa de qualifica-ção privilegia a educaçãocontinuada, a adequação àgestão de qualidade, aspec-tos legais e de saúde. Por issoos vigilantes estão assistindoa aulas de História da UFRJ;

Vigilância do HU: qualificação

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CARREIRA

Na primeira reunião queteve com representantes doMEC no dia 11, depois de vá-rias solicitações, a Fasubra foiinformada que os recursosque o Ministério reservarapara a segunda etapa do en-quadramento – antes em cer-ca de R$ 255 milhões, segun-do garantiam documentos dopróprio governo – foram re-duzidos para R$ 200 milhões.O MEC também informouque as duas partes da segun-da etapa do enquadramento– antes prometidas para ja-neiro – ficam assim: a pro-gressão por capacitação saiem janeiro (se sair depois, é

Recursos para a2ª etapa encolhem

retroativa) e o incentivo àqualificação em junho (semretroatividade a janeiro).

Pouco antes do fim da gre-

ve, no início de dezembro, osecretário-executivo do mi-nistério, Jairo Jorge, haviareafirmado verbalmente a im-plantação da segunda etapapara janeiro e que o governose comprometia com a reso-

Vânia: governo não

cumpre palavra

“É muito ruim que o governo nãocumpra o que estava no último do-cumento, que já era um valor rebai-xado”, disse Vânia Gonçalves, da Co-ordenação Jurídica e de RelaçãoTrabalhistas da Fasubra. Ela relataque o deputado Wasny de Roure, doPT-DF, afirmou que o orçamentoainda não havia sido votado e quepelo menos a segunda etapa inte-gral em janeiro poderia ser garanti-da, mas Teixeira retrucou que oMEC não faria nenhuma movimen-tação para buscar tais recursos.

“O governo está montando gru-pos de trabalho, mas não se com-promete com a resolução do VBCem 2006. Mais uma vez o governonão cumpre o que escreve. É verda-de que não houve um acordo for-mal de fim de greve porque o gover-no não sentou para negociar, masescreveu vários documentos, inclu-indo o que divulgou às vésperas dofim da greve, garantindo a segundaetapa para janeiro e a resolução doVBC e da racionalização em 60 diasapós o fim da greve, exigindo o re-torno ao trabalho. Hoje vemos umretrocesso. É lamentável que umgoverno de um partido que nasceuno seio do movimento sindical trateum movimento legítimo como a gre-

Na reunião, Governo disse que não secompromete a resolver o VBC em 2006

lução da parcela do Venci-mento Básico Complementar(VBC) ainda em 2006.

Da reunião da semana

passada participaram peloMEC o subsecretário-adjun-to, Ronaldo Teixeira, o secre-tário de Recursos Humanos,Sílvio Petrus, e a coordenado-ra de Gestão de Pessoas, Ma-ria do Socorro Gomes (Nina).

Além de não garantir toda se-gunda etapa em janeiro, Ro-naldo Teixeira disse que o go-verno não se compromete aresolver o VBC em 2006.

Não-absorçãoA Fasubra havia proposto

a não-absorção do VBC comesta reestruturação de tabelaem janeiro para que quemtem a parcela no salário nãoficasse sem reajuste. Depoiso grupo de trabalho estuda-ria como solucionar em defi-nitivo o problema. Mas issoteria que ser acordado antesdo dia 18 de janeiro, quandofecha a folha.

Teixeira disse que era oinício de uma nova mesa denegociação e que o governose comprometia com o cum-primento da Lei nº 11.091, daCarreira – neste caso, a se-gunda etapa, mas divididanestes dois momentos, emjaneiro e em junho ou julho.

Uma nova reunião ficouagendada para esta terça-feira, dia 17, para marcar ocalendário de reunião dogrupo de trabalho que vaitratar da resolução do VBCe da racionalização de car-gos. A Fasubra vai buscararticulação com parlamen-tares e Andifes.

ve com se fosse uma heresia queagora merece castigo”, disse a coor-denadora.

Celso: reunião

foi até positiva

Celso Carvalho, coordenador deEducação, avalia, sob a conjunturada greve, que a reunião foi até po-sitiva, porque a greve terminou semnenhum acordo. “E governo se ti-nha algum compromisso, no iníciogreve, nos ofertando a segunda eta-pa em janeiro e mais um dispositi-vo para resolução do VBC, agoranão tem nenhum. Acabou dizendo:vou pagar a segunda etapa em2006. Do ponto de vista estratégicopara a categoria, o que o governodiz é positivo. Nos interessa im-plantar a segunda etapa em 2006.Do ponto de vista do VBC foi nega-tivo. Temos que tentar construir al-ternativa para o que vai sobrar doVBC e tentar fazer com que essaproposta melhore. Óbvio que nãoé a solução que gostaríamos. Ago-ra, com a greve, nós perdemos omomento histórico de ver a nossacarreira 100% implantada a partirde janeiro de 2006 e, isso, é funda-mental, com a resolução do VBC.Assim, o que caberia no processonegocial seria uma tabela maiorcom estepe maior. E em janeiro ago-

ra poderíamos estar recebendo eobtendo proposta de resolução doVBC mesmo que temporariamen-te. Perdemos 112 dias de greve emais 42 dias de espera para essareunião.”

Leia: MEC surpreendeu

Leia de Souza Oliveira, da Co-ordenação de Educação, diz que aposição do MEC foi uma surpresa.Para ela, o fato de não ter um termode compromisso ao fim da grevedificulta a situação: “Estamos reto-mando a mesa, começando da es-taca zero, porque a greve não pro-duziu nada”, diz ela afirmando quehá uma grande preocupação com oprejuízo que uma parcela da cate-goria vai ter se for absorvido o VBC.Segundo ela, isso depende de dis-ponibilidade orçamentária paracerca de R$ 190 milhões.

Mas ainda assim ela consideraque a reunião foi importante por-que conseguiu retomar o processode negociação. “No dia 17 vamosfechar a metodologia de discussão,um cronograma tendo como prio-ridade essas duas questões. Primei-ro, como resolver VBC, e, segundo,os recursos para garantir a segun-da etapa em sua totalidade. Nósqueremos que seja de fato retoma-da a negociação. Queremos avan-

çar na construção da tabela históri-ca com piso de três salários míni-mos e estepe de 5%. Esperamosainda neste governo estabelecernegociação e construção de umacordo que garanta a implementa-ção da tabela histórica.”

João Paulo:

foi muito ruim

“Foi muito ruim. A expectativada direção é que no mínimo fossemantido o que foi apontado e abriro calendário do grupo de trabalho”,avalia João Paulo Ribeiro, coorde-nador-geral. Para ele, dizer que du-rante o percurso da greve os recur-sos se perderam é mais um erro dogoverno, uma inabilidade com a ca-tegoria ao invés de começar do pa-tamar em que estava e tentar avan-çar. “Vamos até a próxima terça-fei-ra procurar governo, deputados,para que se abra um calendário efe-tivo de negociação com um crono-grama para o grupo de trabalho deracionalização, de VBC e de terceiri-zação para que, durante a negocia-ção, consigamos voltar ao mesmopatamar do fim da greve. O grandeproblema é que se não tiver a ab-sorção do VBC, cerca de 27 mil tra-balhadores não terão nenhum rea-juste este ano. Nossa principal tare-fa é ficar do lado do trabalhador.”

O QUE DIZ A DIREÇÃO DA FASUBRA

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CONDIÇÕES DE VIDA

A antecipação do reajus-te do salário mínimo paramarço deste ano, exigênciadas centrais sindicais paraaceitar o aumento de R$ 300para R$ 350 proposto pelogoverno, vem provocandodivergências entre integran-tes do primeiro escalão. Oministro Luiz Marinho (Tra-balho e Emprego) subli-nhou, nesta quinta-feira (12),o impacto extra de R$ 2 bi-lhões e jogou um balde deágua fria na medida propos-ta pelos sindicalistas. O mi-nistro do Planejamento, Pau-lo Bernardo, por seu turno,preferiu dar declarações nosentido oposto, procurandodar ênfase para a inexistênciade empecilhos econômico-fiscais para a possível altera-ção. Ambos, porém, deixarammuito claro que a decisão serátomada pelo presidente Lulaem reunião marcada com ascentrais para a próxima quin-ta-feira (19).

Salário mínimo divide governoCentrais querem antecipação da data-base de maio para março para proporcionar ganhos reais

João Felício, presidenteda Central Única dos Traba-lhadores (CUT), ressalta quea antecipação de dois me-ses (de maio para março),combinada com a mudançada data-base do reajustepara janeiro em 2007, pro-porcionará ganhos signifi-cativos aos trabalhadores.Entre a opção de aumentarpara R$ 360 – valor propos-to pelas centrais na últimareunião de quarta-feira (11),mantendo a data-base atual– e R$ 350 – com as antecipa-ções (para março em 2006 epara janeiro em 2007) –, Fe-lício não reluta: fica com asegunda opção.

Hoje, explica o dirigente,o reajuste do salário mínimoé definido em duas etapas. Aprimeira delas no momentode definição do Orçamento ea segunda no ato de promul-gação. “Se conseguirmos de-cidir isso de uma só vez e oreajuste do salário mínimo

vigorar a partir de janeiro,estaremos garantindo di-

nheiro no bolso da popula-ção pobre”, justifica Felício.

Mais do que sanar oimpasse neste ano, a es-

perada decisão do presi-dente Lula de antecipar o

reajuste para março já em2006 não deixa de ser uma

sinalização inequívocapara a consolidação de

uma política de Estadopara o salário mínimo. Se

o presidente não sus-tentar a antecipaçãoneste último ano de

governo, ressalta o pre-sidente da CUT, pode-rá deixar a impressão

de que está empurrandoo problema para a gestão se-guinte.

Emerge daí a centralida-de da elaboração de umapolítica permanente de va-lorização que, de acordocom Felício, “ainda estámuito embrionária”. A CUT,lembra, tem uma propostade taxação de fortunas paraa constituição de um fundopara sustentar os futuros au-mentos sucessivos do salá-rio mínino. A Força Sindi-cal, outra grande central,propõe a vinculação pro-porcional do valor do salá-rio mínimo com os venci-mentos do presidente doSupremo Tribunal Federal(STF). “Existem várias pro-postas, mas o que realmen-te importa é aprovar uma leide valorização que definaíndices negociados de au-mento real para os próximosanos. Isso possibilitaria umplanejamento mais racionalpara todas as partes”, suge-re Felício.

Surpresa“A manifestação do [mi-

nistro do Trabalho, Luiz] Ma-rinho foi uma surpresa paranós”, afirma João Carlos Gon-çalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Mari-nho exerceu o cargo de presi-dente da CUT antes de assu-mir o ministério. Para Juru-na, porém, as declarações deMarinho não podem ser apar-tadas do jogo da negociaçãopara o anúncio do reajuste,trunfo político de peso, espe-cialmente em ano eleitoral.Não se pode negar que a di-vergência entre ministrossurge como cenário ideal parareforçar a imagem da inter-venção decidida do presi-dente Lula.

O secretário da Força Sin-dical não descarta novasconcessões por parte dascentrais na reunião da sema-na que vem. “Não vamos co-locar a faca no pescoço dogoverno”, adianta. As mani-

festações organizadas noano passado, na opinião deJuruna, unificaram as cen-trais e propiciaram a con-quista de um espaço maiorpara o tema da valorizaçãodo salário mínimo.

Sobre a correção da tabe-la do Imposto de Renda dePessoa Física (IRPF), porém,ainda não houve nenhumacordo. Em 2005, o governoprometeu adotar o seguinteíndice para evitar distorçõesna cobrança do imposto: in-flação do período mais umterço. Para 2006, esse valorteria de chegar a 8,67%. Ascentrais querem 10% e o go-verno apresenta 7%. Comessa correção, advertem ossindicalistas, parte do ganhocom o reajuste do salário mí-nimo será diretamente con-sumida pelo imposto de ren-da. As negociações conti-nuam esta semana.

Fonte: Carta Maior

Na reunião do GT Anti-Racismo realizada no dia 11 de janeiro, nasede do SINTUFRJ, foi decidido que a coordenadora-geral do Sindicato,Denise Góes, representando a diretoria, e José Paulo de Oliveira eSelma de Farias, representando a base da UFRJ, serão os nomes que irão

participar do Seminário que ocorrerá do dia 20 a 22 de janeiro em SãoLuís, no Maranhão. Na pauta do Seminário estão, entre outras discus-sões, o Plano de Ação da Fasubra para o segmento e as política de açõesafirmativas – cotas nas universidades.

GT Anti-Racismo

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ASSALTO NA PRAIA VERMELHA

Diante da falta de con-trole no acesso ao campusda Praia Vermelha, a Pre-feitura da Cidade Universi-tária solicitou que fossemfeitos 2 mil crachás para aidentificação dos funcioná-rios, alunos e docentes doPalácio Universitário. Se-gundo o prefeito HélioMattos, os crachás poderãoser feitos na segunda, terçae quarta-feira, no horáriodas 9h às 19h, no Salão Mu-niz de Aragão. Mais infor-mações podem ser obtidaspelo telefone 2598-9302. Aprovidência foi tomada de-pois da repercussão das no-tícias sobre o assalto sofri-do por dois professores, umfuncionário e um estudan-te em uma das salas da Fa-culdade de Administraçãona Praia Vermelha.

Para ajudar na segurançadas unidades, a Pró-Reitoriade Administração e Finançasabrirá uma licitação para quesejam instaladas 12 novasportarias. Lá trabalharãoporteiros terceirizados, queserão responsáveis pelaidentificação dos usuários.Na segunda-feira, 9 de janei-ro, o coordenador do cursode Administração de Empre-sas da universidade, JoséLuiz Carvalho, teve sua salainvadida por um assaltantearmado com um revólver ca-libre 38. Lá estavam alunos efuncionários, que foramameaçados de morte duran-te 15 minutos.

Carvalho anunciou, atra-vés de e-mail encaminhadoa estudantes e funcionários,o cancelamento do curso deverão, que começaria nestasegunda-feira, dia 16 de ja-neiro, com a participação deaproximadamente 150 alu-nos. Também comunicou oseu pedido de exoneração docargo.

Episódios envolvendo vá-rias ocorrências acontecemcom maior freqüência nocampus do Fundão, onde me-didas já foram tomadas, comoinstação de guaritas.

Depois da porta arrombada...UFRJ adota crachás para controlar acesso ao Palácio Universiário na Praia Vermelha

A meta da Prefeitura daCidade Universitária é queo Sistema de Apoio ao Pro-grama de Segurança (Sa-pros) esteja funcionandocompletamente em março.O programa vai utilizar osoftware Kapta para proces-samento de imagens. Masesta fase terá início após ocadastramento dos veícu-los de funcionários, estu-dantes e professores. “Nos-so maior temor é que hajafilas, por isso só funciona-remos quando tudo estiverperfeito. As pessoas não vãosentir que estarão sendoidentificadas”, explicou ovice-prefeito, Ivan Carmo.

O prazo para que aspessoas se cadastrem ain-da não foi estabelecido,mas para agilizar o proces-so a Prefeitura está envian-do malas-diretas para to-dos os integrantes da co-munidade universitária.“Enquanto não receber-mos todos os equipamen-tos, como as câmaras, quesó serão liberadas no dia 5de fevereiro, não podemosdefinir uma data final parao cadastramento”, disse ovice-prefeito.

FALHAS NA INTRANET– Até sexta-feira 7.118 pes-soas já haviam se cadastra-do. Mas esse número po-deria ser maior se a Intra-net estivesse funcionandocem por cento. Muitos fun-cionários estão reclaman-do de dificuldades paraacessar o sistema, que res-ponde informando que onúmero e a senha são in-válidos. A orientação dovice-prefeito, Ivan Carmo,é que, diante dessa dificul-dade, o servidor deve ligarpara os telefones 2598-

No Fundão: plano deSegurança na reta final

9615 ou 2598-9616 para sa-ber qual a melhor forma deser reconhecido pelo siste-ma. Segundo Carmo, essafalha está sendo resolvidapelo Núcleo de Computa-ção Eletrônica (NCE).

GUARITAS JÁ FUNCIO-NAM – Os testes das trêsguaritas, colocadas nasprincipais entradas docampus e que irão servirpara o controle de acesso àIlha do Fundão, já estãosendo realizados. Uma dasetapas da implantação doprograma foi iniciada nodia 1º de janeiro, quandoduas entradas e saídas, queficam próximas ao prédiodo CCMN e da Prefeitura,foram fechadas, das 23h às6h. Este procedimento serádiário. Daqui para a frente,a única alternativa para oacesso à Ilha do Fundãonesse horário é a entradaque fica na lateral doIPPMG. “Essa medida foitomada para reduzir o flu-xo de carros no horário quenão tem muito sentido paraa Universidade”, afirmouIvan Carmo.

Outra medida a ser ado-tada pela Prefeitura é sina-lizar as Linhas Amarela eVermelha com o horário defuncionamento das entra-das e saídas do Fundão.“Muita gente não entendeuque o portão do IPPMGestá aberto 24 horas por dia.Estamos estudando parareduzir o percurso feito pe-las pessoas da Vila Resi-dencial, do CENPES e doCT até o portão”, disse Car-mo. A Prefeitura ainda nãofez uma avaliação dessaprimeira fase, mas diz quepoucas pessoas reclama-ram das mudanças. NO FUNDÃO. Guarita para controlar acesso ao campus

Fotos: Niko

PRAIA VERMELHA. Campus foi alvo de assaltantes.Violência acabou provocando cancelamento de curso

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Pesquisa realizada pela Pró-Reitoria deGraduação revela que 65% dos estudantesque ingressaram na UFRJ em 2005estudaram o ensino fundamental emescola particular. A pesquisa – elaboradapela Divisão de Integração Acadêmica –informa ainda que apenas 4,1% estudaramem cursos comunitários de pré-vestibular eque cerca de 67% se autodeclararamde cor branca. Apenas 4,8% sereconheceram como negros. Aconsulta também revelou que maisde 60% dos alunos pertencem afamílias com renda mensal acima de 10salários mínimos. A PR-1 levantou operfil dos estudantes através de doisquestionários.

análises. O trabalhoaponta dados interes-santes. Entre eles, comodestacou o pró-reitor deGraduação, José RobertoMeyer, o de que a UFRJmantém seu tradicionalprestígio: 90% dos estudan-tes optaram pela Universi-dade não pela gratuidade,mas pela qualidade queoferece.

EM CADA CURSO, UMPERFIL DIFERENTE - En-tre os estudantes de Me-dicina, 151 se reconhe-cem como brancos, 1como da cor preta e 30pardos; 133 cursaram oensino médio integralmen-te em escola particular, e 4 emescola pública estadual.

No bacharelado em Letras, 306 sereconhecem como da cor branca, 40 dacor preta e 173 da cor parda; 257 cursaramo ensino médio integralmente em escolaparticular e 129 estudaram integralmenteem escola pública estadual.

Na Engenharia Civil, 107 se reconhecemcomo da cor branca, 2 da cor preta e 23 da corparda; 91 estudaram integralmente em escola par-ticular e 4 em escola pública estadual.

Nas Ciências Sociais, 83 se identificam como bran-cos, 2 como pretos e 29 como pardos; 71 estudaramintegralmente em escola particular e 12 estudaramintegralmente em escola pública estadual.

Entre os ingressantes de 2005 num curso novo, ode Engenharia de Petróleo, 17 se reconhecem comobrancos, 6 da cor parda e nenhum negro; 12 estuda-ram integralmente em escola particular e 2 estuda-ram integralmente em escola pública estadual.

Quem é o estudante da UFRJ?Pesquisa revela o perfil social, econômico e étnico dos alunos que ingressaram na Universidade em 2005

O trabalho – cujos resultados foram apre-sentados no geral e também divididos porcentro e pelos cursos que oferecem (tudo reu-nido num útil CD) – vai permitir a diretores,decanos e coordenadores de curso conhecerquem compõe seu alunado.

Entre as informações levantadas pelo es-tudo, há dados sobre etnia e condições socio-econômicas. Dos 6.356 inscritos em 2005,4.237 se reconhecem como da cor branca, 303de cor preta e 1.481 de cor parda. Freqüenta-ram o ensino fundamental todo, em escolaparticular, 4.173 alunos; enquanto 1.113 fre-qüentaram todo em escola pública. Freqüen-taram escola particular integralmente 3.649estudantes. Freqüentaram escola pública es-tadual integralmente 806 estudantes.

NÚMEROS – Outro dado que o estudo re-vela é o prestígio da instituição, que foi aprimeira opção de Universidade para 84,4%dos estudantes. E o fator que influenciou72,9% deles foi o fato da Universidade ofere-cer o melhor curso pretendido. Quando per-guntados sobre outros fatores que influen-ciaram na escolha, 83,4% afirmaram que foipor seu prestígio.

E contrariou muitos aspectos do senso co-mum, como o comentário de que os pátios daUFRJ são cheios de carrões do ano: 81% usatransporte coletivo e 9,6% tem carro.

O estudo vai acompanhar os ingressantesde 2005, período a período, através de relató-rio da Divisão de Registro de Estudantes, epretende identificar os que abandonaram aUniversidade, verificar por que e que condi-ções levam à saída. Os organizadores acredi-tam que o estudo pode fornecer dados im-portantes para uma intervenção preventivade forma a evitar a evasão.

As respostas foram tabuladas em inúme-ras tabelas que por sua vez levam a diferentes

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A pesquisa revelou que agrande maioria dos que con-seguem entrar na Universi-dade vem de escolas particu-lares. Nas visitas que fez àsunidades e centros para le-var a proposta de projeto pi-loto da Reitoria e da Pró-Rei-toria de Graduação, de demo-cratização de acesso aos cur-sos de graduação da UFRJpara alunos da rede públicaestadual de ensino, o asses-sor da PR-1, Maurício Luz,apresentou estatísticas querevelam o pequeno percen-tual de alunos dos colégiosestaduais que se inscrevem epercentuais menores aindados que são aprovados.

Numa das últimas expo-sições de 2005, quando Luzapresentou tais estatísticas àCongregação e ao ConselhoDepartamental ampliado doInstituto de Ciências Bio-médicas(ICB) em outubro, odiretor do ICB, Adalberto Vi-eyra, lamentou o que cha-mou de retrato da exclusão.Congregação e Conselhoaprovaram por unanimidadeo piloto, que ganhou, inclu-sive, apoio integral do secre-tário de Estado de Ciência eTecnologia, Wanderley deSouza, membro nato daque-la Congregação.

No entanto, apesar de al-gumas unidades terem seposicionado favoravelmentee outras de forma contrária,segundo o pró-reitor de Gra-duação, José Roberto Meyer,foram poucas as unidadesque, ao fim, responderam àproposta apresentada pelaReitoria. “A Pró-Reitoria con-sidera que essa questão deve

ser mais aprofundada, e se-gue o debate no início desteano”, diz Meyer.

Mas ele aponta que entreas perspectivas para 2006 estáa consolidação do que foiconquistado até agora, comoo programa de bolsas – o maisamplo do País –, o aumentodo número de vagas, a cria-ção de novos cursos e o au-mento da procura no Vesti-bular da UFRJ, a despeito dasiniciativas da mídia no senti-do de desvalorização da ins-tituição, diz ele, citando maisuma vez os resultados do cen-so promovido pela Divisãode Integração Acadêmica, nocaso quanto ao prestígio daUFRJ.

PAPEL DA REDE PÚBLI-CA - O estudo que embasaaponta que a rede públicaestadual de ensino do Rio deJaneiro é responsável pelaformação do maior contin-gente de concluintes do ensi-no médio em nosso estado.Um terço restante fica a cargodas redes privada e federal.No entanto, a maioria dosque concluem o ensino mé-dio da rede estadual sequerse inscreve nos concursos daUFRJ. Menos da metade dosque ousam se inscrever ob-tém classificação. Por isso oprojeto busca ampliar a pre-sença de alunos da rede esta-dual com medidas que casamcom as orientações do CEG,como investimento na me-lhoria do ensino básico, am-pliação de vagas e perma-nência dos estudantes.

O assessor da PR-1, Mau-rício Luz, explicou que seri-am oferecidos pela UFRJ em

Origem da maioria é escola privadaPesquisa revela que cerca de 66% dos que ingressaram em 2005 estudaram em escola particular

parceria com a Se-cretaria Estadual deEducação, cursosde formação conti-nuada e de avalia-ção a professoresdas escolas queparticiparão da ex-periência piloto. Osalunos da terceirasérie seriam classifi-cados por professo-res das disciplinasenvolvidas no pro-grama ao longo doperíodo. A classifica-ção final seria a mé-dia. Os mais bemclassificados ingres-sariam no curso deformação comple-mentar da UFRJ e, deacordo com novaclassificação, destavez feita por professores da UFRJ, ocupa-riam as vagas disponibilizadas pela uni-versidade para o programa.

O piloto previu 5% de vagas em cadacurso participante do programa – os quetêm dupla entrada e os que não exigemteste de habilidade específica e propu-nham disponibilizar 216 vagas (poucomais de 3% das oferecidas no vestibular),distribuídas em blocos de disciplinas.

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CPV

1. PODEM SE INSCRE-VER NO CURSO PRÉ-VESTI-BULAR DO SINTUFRJ:

• Servidores técnico-ad-ministrativos da UFRJ filia-dos ao SINTUFRJ que este-jam em dia em suas relaçõescom o sindicato, de acordocom o estatuto da entidade.

• Dependentes de servi-dores técnico-administrati-vos da UFRJ cadastrados nobanco de dados da entidadehá pelo menos seis meses.

• Prestadores de servi-ços na UFRJ há mais de 1 anodevidamente comprovadopela Direção da Unidade emque trabalha.

• Trabalhadores sindi-calizados a entidades filiadasà CUT, e categorias onde hajaoposição cutista organizada.

• Participantes do MST.

OBS: Todo servidor técni-co-administrativo que se ins-crever estará automatica-mente selecionado.

2. DATA DA INSCRIÇÃOPARA O PROCESSO DE SE-LEÇÃO:

Dias 14, 15 e 16 de feverei-ro de 2006.

3. LOCAIS DE INSCRI-ÇÃO:

EDITAL DO PROCESSO DESELEÇÃO DO CPV/SINTUFRJ (2006)

• Sede do Sindicato:(9:00 às 17:00h). Cidade Uni-versitária – Ilha do Fundão –Rio de Janeiro, RJ. (Perto daPrefeitura da Cidade Univer-sitária).

Telefones: 2590-7209,2560-8615, 2290-2484 e 2270-3348.

• Subsede do Sindicatono Centro: (16:00 às 20:00h).Instituto de Filosofia e Ciên-cias Sociais – UFRJ. Largo deSão Francisco, 1. Sala 402.Telefone: 3852-1026

• Subsede do Sindicatona Praia Vermelha: (9:00 às17:00h). Av. Venceslau Brás 71(Próximo ao Hospital de Psi-quiatria). Telefone: 2542-9143.

• Subsede do HU.

4. DOCUMENTOS NE-CESSÁRIOS:

• Servidores técnico-ad-ministrativos da UFRJ:

Ø Documento de identi-dade;

Ø Comprovante de sin-dicalização (contracheque ecarteirinha do sindicato atua-lizada);

Ø Comprovante de con-clusão ou declaração de queestá cursando o último anodo Ensino Médio.

• Dependentes de servi-dores técnico-administrati-vos:

Ø Documento de identi-dade;

Ø Comprovante de de-pendente de sindicalizado(carteira de identidade dodependente e comprovantede sindicalização do respon-sável ou declaração de de-pendente emitida pelo sindi-cato);

Ø Comprovante de con-clusão ou declaração de queestá cursando o último anodo Ensino Médio.

• Prestadores de servi-ços na UFRJ:

Ø Documento de identi-dade;

Ø Declaração do setor depessoal da UFRJ onde prestaseus serviços;

Ø Comprovante de con-clusão ou declaração de queestá cursando o último anodo Ensino Médio.

• Trabalhadores sindi-calizados a entidades filiadasà CUT, e categorias onde hajaoposição cutista organizada:

Ø Documento de identi-dade;

Ø Comprovante de sindi-calização (contracheque oucarteirinha do sindicato comrecibo de mensalidade paga);

Ø Comprovante de con-clusão ou declaração de queestá cursando o último anodo Ensino Médio.

• Participantes do MST:Ø Documento de identi-

dade;Ø Declaração da direção

estadual do MST de que par-ticipa efetivamente do movi-mento;

Ø Comprovante de con-clusão ou declaração de queestá cursando o último anodo Ensino Médio.

5. NÚMERO DE VAGASOFERECIDAS E DISTRIBUI-ÇÃO DAS VAGAS POR CATE-GORIA:

Ao todo serão oferecidas240 vagas. Deste total será

subtraído o número de vagasque venham a ser ocupadaspelos alunos remanescentesde 2005. As vagas restantesserão distribuídas da seguin-te forma: 75% para funcioná-rios técnico-administrativosda UFRJ e seus dependentese 25% para as demais catego-rias citadas no item 01.

6. O PROCESSO DE SE-LEÇÃO

Os funcionários técnico-administrativos da UFRJ te-rão suas vagas automatica-mente asseguradas.

Dos 75% de vagas desti-nadas aos servidores daUFRJ, aquelas que não forempreenchidas pelos servidoresserão destinadas aos seusdependentes, obedecendoao seguinte critério:

I. Sorteio Público, nocaso do número de candida-to exceder o número de va-gas.

OBS: Terão preferência osdependentes que já houve-rem concluído o ensino mé-dio.

Os 25% de vagas destina-das às outras categorias (ci-tadas no item 01) serão ocu-pados obedecendo ao se-guinte critério:

I. Sorteio público, nocaso do número de candi-dato exceder o número devagas.

7. HORÁRIOS E LOCAISDO CURSO:

O Curso Pré-Vestibular doSintufrj funciona de segundaa sábado em dois locais dis-tintos:

IFCS – O curso funcionade segunda a sexta, das 18:00às 21:50h. Aos sábados o ho-

rário é das 8:00 às 13:00h.Fundão - O curso funcio-

na de segunda a sexta, das16:00 às 20:20h. Aos sábadosa aula será no IFCS, no horá-rio das 8:00 às 13:00h.

8. MATRÍCULA:

Os candidatos seleciona-dos deverão fazer a matrícu-la nos dias 20, 21 e 22 de fe-vereiro de 2006. Os candida-tos que não atenderem aesse requisito serão conside-rados desistentes.

OBS: Os funcionários téc-nico-administrativos daUFRJ serão consideradosmatriculados no ato da pró-pria inscrição, de 14 a 16 defevereiro, não necessitandoretornar nos dias 20, 21 e 22de fevereiro.

9. AULA INAUGURAL:

A aula inaugural do anoletivo será realizada no dia06 de março p de 2006, noSalão Nobre do IFCS, 2º an-dar, às 18:00 h. Contamoscom todos os selecionados,pois na oportunidade serãodistribuídas as turmas e ex-plicados os procedimentosdo curso (além de tirar dúvi-das dos alunos, por venturaexistentes, sobre a dinâmicado curso).

10. CALENDÁRIO:

INSCRIÇÕES: 14, 15 e 16de fevereiro de 2006.

SORTEIO: 17 de fevereirode 2006 na subsede do IFCSàs 18:00h.

MATRÍCULA: 20, 21 e 22 defevereiro de 2006 na subsededo IFCS de 16:00 às 20:00h.

INÍCIO DAS AULAS: 06 demarço de 2006.

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SAÚDE

No III Seminário Nacio-nal dos Hospitais Universi-tários de Ensino e Centrosde Saúde Escola, realizadonos dias 7, 8 e 9 de dezem-bro, na Universidade Nacio-nal de Brasília, a Fasubrareafirmou seu apoio e o fir-me propósito de fortalecer aproposta aprovada na XIIConferência Nacional deSaúde pela construção doSistema Único de Saúde(SUS) e de uma nova defini-ção de papéis para os HUs eCentros de Saúde. Participa-ram do seminário 23 repre-sentantes de base, incluindoHuascar Filho e Maria do Ro-sário, pelo SINTUFRJ.

A Fasubra defendeu noseminário a necessidade dese exigir o cumprimento doartigo 45 da Lei nº 8.080/90,que disciplina o papel doshospitais universitários den-tro do SUS. Como também énecessário lutar pela garan-tia do atendimento de paci-entes exclusivamente pelosistema. “Da mesma formaque mobilizamos para asse-

Seminário aprova campanhaem defesa de hospitais universitários

1 - Campanha Nacional:

A Fasubra deflagrará, em janei-ro de 2006, a Campanha Nacionalem Defesa dos Hospitais Universi-tários de Ensino, Veterinários e dosCentros de Saúde Escola, com osseguintes eixos:

a) Os trabalhadores técnicos-administrativos das universidadesbrasileiras são trabalhadores emEducação.

b) Defesa dos HUEs públicos,gratuitos e de qualidade, tendocomo missão o ensino, a pesquisae a extensão, sob responsabilidadedo ME.

c) Manutenção dos trabalhado-res ativos, aposentados e pensio-nistas nos 75% dos recursos da Edu-cação Superior, conforme delibe-ração do XVIII Confasubra.

d) Em todo o material publica-

do constará a chamada: “Contra aretirada dos trabalhadores dosHUEs ativos, aposentados e pensio-nistas dos 75% dos recursos da Edu-cação Superior”.

e ) Esta campanha publicitáriaserá composta de cartazes, fol-ders e todas as peças necessáriaspara abrir um diálogo com a so-ciedade.

2 - A Fasubra realizará, em mar-ço, um seminário nacional sobreHospitais Universitários de Ensinoe Centros de Saúde Escola e a Re-forma Universitária, junto com oSeminário Nacional de Saúde doTrabalhador.

3 - A Fasubra reafirma a impor-tância da realização dos Seminá-rios Locais e Regionais para deba-ter os dois temas antecedendo oSeminário Nacional.

4 - A Fasubra reforçará com umaCampanha Nacional a luta pelas 30horas.

5 - A Fasubra estabelecerá umaagenda com o Parlamento atravésda Comissão de Educação, para re-forçar a nossa luta pela ampliaçãoe a imediata recomposição dosquadros vagos dos trabalhadoresem educação técnicos-administra-tivos nos HUEs e Centros de SaúdeEscola, com abertura de concursospúblicos.

6 - A Fasubra deve lutar parareformular o ensino na área desaúde, para preparar estes traba-lhadores para a atenção integralao cidadão e para a construção doSUS.

7 - A Fasubra deve desenvolverações para que a instância compe-

tente do Controle Social promovaações de capacitação e formaçãopara todos os atores envolvidos noControle Social, tendo como obje-tivo a formação dos trabalhadoresdas IES para a participação e forta-lecimento das instâncias de con-trole social.

8 - O trabalho voluntário de bol-sistas, estagiários e de Programasde Menor Trabalhador não podesubstituir do trabalho técnico-ad-ministrativo em educação.

9 - A Fasubra repudiará vee-mentemente o PL 3268/2004, dodeputado Francisco Gonçalves(PTB/MG), que propõe cobran-ça por atendimento diferencia-do no SUS, procurando intervirno sentido de arquivar mais estap r o p o s t a d e p r i v a t i z a ç ã o d oSUS.

As principais deliberações

gurar na Constituição de 1988o SUS, temos agora que mo-bilizar para obrigar os gover-nos federal, estadual e muni-cipal a cumprir com o seudever de promover atençãointegral à saúde, de formaequânime e universal”, pon-tuou a Coordenação de Polí-ticas Sociais e Anti-Racismo.

FINANCIAMENTO – O de-talhamento sobre esse itemserá objeto de discussão dareunião do GT-Saúde Segu-ridade/Assessoria e GT-Edu-cação, em fevereiro. Com re-lação ao controle social des-sas unidades, a Fasubra iráexigir do Conselho Nacionalde Saúde, dos Ministérios daEducação e da Saúde, a regu-lamentação do artigo 6º, itemXVI, da Portaria nº 1.000, quedetermina que o ConselhoGestor deva ser constituídoconforme a Lei nº 8.114 e Re-solução nº 333, do ConselhoNacional de Saúde.

FISCALIZAÇÃO — A Fasu-bra assim como toda a sua

base sindical farão gestõesjunto aos Conselhos Munici-pais, Estaduais e Nacional deSaúde para o cumprimentodas Portarias nºs 1.000, 1.005,1.006 e 1.007, garantindo, as-sim, a fiscalização de todo oprocesso de Certificação/Contratualização dos hospi-tais universitários de ensino.Mas caberá aos trabalhado-res em educação e técnicos-administrativos das institui-ções de ensino superior e àsociedade em geral acompa-nhar e fiscalizar o processo.

FORMAÇÃO – No enten-dimento da Federação, oshospitais universitários, deensino, veterinários e centrosde saúde têm um papel fun-damental para a formaçãodos futuros profissionais emsaúde. A Federação acusou aexistência de crise nessas uni-dades por falta de recursosfinanceiros, que já comple-tou mais de uma década.Mas, frisou, não ser possívelseparar educação da assis-tência à população.

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MÍDIA

O presidente da Associação Bra-sileira de Jornalismo Investigativo(Abraji), jornalista Marcelo Beraba,também obudsmen do jornal Folhade S. Paulo, disse em conferência re-alizada na UFRJ que a imprensa co-munitária deve seguir padrões dife-rentes dos chamados veículos dagrande imprensa para aumentar aconsciência de cidadania dos mora-dores. Para uma platéia lotada dealunos da Escola Popular de Comu-nicação Crítica (EPCC) – que temcomo foco justamente a formaçãovoltada para a imprensa comunitá-ria – e de professores e estudantesda Escola de Comunicação (ECO) daUFRJ, Beraba usou como exemplo avida do jornalista Tim Lopes, da TVGlobo, para sustentar que o jorna-lismo exige muito estudo e dedica-ção. Tim Lopes foi morto por trafi-cantes na comunidade Vila Cruzei-ro, em 2002, quando apurava dadospara uma reportagem.

A nova experiência jornalísticaexige muito estudo e dedicação. “OTim morou na Mangueira e não teve

Outro olhar sobrea comunidade

Na opinião de jornalista, imprensa comunitáriadeve investigar a aplicação dos recursos públicos

as facilidades que os outros jornalis-tas tinham para estudar”, observouBeraba, contemporâneo de Tim Lo-pes em várias redações. “Ele tinhaduas obsessões: a primeira, era o fatode usar o jornalismo para trazer acidade excluída, apresentando a his-tória dos que não estavam na histó-ria oficial. E a segunda é o fascíniopelo estudo, porque tinha gana deaprendizado. Isso o tornou um exce-lente jornalista. E vocês, futuros jor-nalistas, não devem ter medo de es-tudar, porque vocês devem crescerintelectualmente para poder transfor-mar a realidade do local em que mo-ram”, disse Marcelo Beraba.

Outro padrãoDe acordo com Beraba, o traba-

lho do repórter comunitário nãopode seguir o padrão da grande im-prensa, pois deve visar trabalhar parao aumento da consciência cívica dosmoradores. “Temos condições de tra-balhar outros aspectos, como, porexemplo, investigar o uso dos recur-sos públicos. De onde vêm e para

onde vão os recursos destinados aospostos de saúde, às escolas, às Orga-nizações Não-Governamentais... Senão conhecermos o caminho do di-nheiro, não teremos condições dequestionar as políticas públicas”,disse Beraba.

O jornalista afirmou, no entan-to, que o jornalismo comunitáriodeve ficar atento a um dos temasmais sensíveis da periferia: a vio-lência. “Esse questionamento sobreonde o dinheiro público está sendoaplicado é mais importante do queos questionamentos ideológicos.Mas isso não quer dizer que não sedeva denunciar a violência, embo-ra entenda que nenhum jornalistadeva pôr sua vida em risco para fa-zer uma matéria sobre violência.” Eressalta que os atos de violênciadevem ser cobertos pela imprensacomunitária sem emoção e comgrande atenção na cena. Para que acobrança tenha cunho social. “Hojesó há questionamentos emocionais.É por isso que o jornalismo precisade origem social nova.”

INFORMAÇÃO COMUNITÁRIA. Jaílson, do EPCC, Marcelo Beraba e Muniz Sodré, da Escola de Comunicação

Foto: Niko Júnior

A Fundação Universitária JoséBonifácio (FUJB) completou 30anos em 2005. Numa sessão doConselho de Ensino de Gradua-ção (CEG) em dezembro, o presi-dente da Fundação, Raymundo deOliveira, apresentou um relató-rio com os principais convêniosem vigor e uma tabela com osrecursos distribuídos pela FUJB,a fundo perdido, para as unida-des e decanias.

A regulamentação das rela-ções da UFRJ com as fundaçõesde apoio que atuam na UFRJ temsido discutida no Conselho Uni-versitário. O objetivo da propos-ta é institucionalizar e disciplinartais relações. Relatório da Comis-são de Desenvolvimento ponde-ra que apesar do mérito de gran-de parte das atividades desenvol-vidas com os recursos das funda-ções de apoio, “em muitos casosessas atividades se desenvolvemmediante a observância de for-malidades insuficientes e em ter-reno desprovido de regulamen-tação interna adequada, a despei-to de estarem diretamente sujei-tas à aplicação de lei federal re-gulamentada por decreto”.

O 8o Congresso do SINTUFRJcondenou a atual estrutura dasfundações e as chamadas parce-rias público-privadas. Entre ascríticas apontadas está o fato deque as fundações são utilizadaspara contratação de prestadoresde serviço e para o pagamento debolsas a docentes e funcionários,que acabam criando distorçõesna tabela salarial.

Além disso, questiona-se a fal-ta de acesso a quem põe, e quan-to, dinheiro nestes organismos.Por isso, a representante dos téc-nicos-administrativos no CEG,Ana Maria Ribeiro, destaca que ainiciativa do presidente da Fun-dação foi positiva. Apesar disso,Ana Maria defendeu o fim destesorganismos nas universidades,ressalvando, no entanto, que istoestá vinculado à garantia de or-çamento global para que os re-cursos possam entrar no caixaúnico da UFRJ.

FUJBapresentanúmerosao CEG

FUNDAÇÃO

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Nos últimos dois anos, mais de1 milhão de exemplares do Jornal

do SINTUFRJ – que com esta ediçãochega ao nº 700 – foram distribuídos

na Universidade, divulgando aslutas da categoria, prestando

serviço, registrando o dia-a-diada história da UFRJ

MÍDIA

Em cimado lance

Como nos anos anteriores, em 2005 nenhum fato relevan-te de interesse dos técnicos-administrativos da UFRJ escapou àatenção do Jornal do SINTUFRJ. Foram 50 edições, com cerca de500 páginas de material jornalístico. No período, 859 fotos e 55ilustrações foram publicadas. Somando-se a tiragem de todas asedições distribuídas na Universidade e enviadas através de mala–direta a aposentados, chega-se a 550 mil exemplares – númerospróximos dos registrados em 2004. O jornal teve participaçãoimportante na orientação da categoria no processo de implanta-ção da primeira etapa do Plano Carreira, com edições especiais eencartes. A crise política, as mudanças de comando em unidadesimportantes, a greve dos 100 dias e a segurança no campus foramassuntos que ocuparam as páginas do jornal. Um balanço dosdois anos da gestão do reitor Aloísio Teixeira foi outra pauta dedestaque.

NAS PÁGINAS. A ediçãonº 500 representou ummarco na trajetória do

Jornal do SINTUFRJ. Aolado, desta, a edição

nº 600. Em 2005, um dospontos altos foi acobertura – com

informações, tabelas, passo a passo e cartilhas –da implantação da primeira

etapa do Plano deCarreira. Publicamos,

ainda, encartes cominformações sobre as

atividades dodepartamento e da

assessoria jurídica. Outroencarte fez um balanço

político – com visõesdiferentes – sobre a greve

2005

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ÚLTIMAPÁGINA

O coração do Fórum Social Mun-dial (FSM) de 2006, que se realizaráde 24 a 29 de janeiro, será na Vene-zuela. Pela primeira vez o evento ocor-rerá simultaneamente em três conti-nentes (América, Ásia e África), masserá em Caracas que se concentrarãoas principais atividades. O presiden-te venezuelano, Hugo Chávez, recep-cionará as cerca de cem mil pessoasprevistas para desembarcar na cida-de. Até o momento estão inscritasmais de 400 atividades para as cida-des-sede do FSM. Cinco dirigentesda Fasubra participarão do Fórum.

De acordo com os organizadores,em razão das recentes mudanças po-líticas ocorridas na América Latina –por conta dos novos rumos que vemtomando a Venezuela, com a conso-lidação da liderança de Hugo Chá-vez, a Argentina, que vem desafiandoos credores externos, e a Bolívia, coma eleição de Evo Morales –, não hádúvidas de que a maior concentra-ção de pessoas no Fórum Social Mun-dial deste ano será na cidade de Ca-racas. O presidente Luiz Inácio Lulada Silva vai participar da reunião.

Na Ásia, o FSM será no Paquistão,em Kamachi; e na África, no Mali, nacapital Bamako. Cada local definiueixos temáticos diferentes para oevento, pois foi levada em conside-ração a realidade socioeconômica ecultural de cada região.

CONCENTRAÇÃO DAS ESQUER-DAS – Esta será a sexta edição do FSM.Por quatro vezes Porto Alegre sedioua maratona que, em 2004, foi realiza-da na cidade de Mumbai, na Índia.Caracas centralizará a agenda maisimportante do Fórum, cujo debatecentral tratará da relação entre os mo-vimentos sociais e governos. De 23 a29 de janeiro, por exemplo, está pre-vista a realização de debate a respei-to do processo político na Américado Sul, cujo enfoque principal será adificuldade de articular a relação en-tre governos progressistas, partidose movimentos populares.

Por conta disso, também, uma for-te presença de movimentos de es-querda é esperada em Caracas. A

Venezuela comandaráFórum Social Mundial

Três continentes abrigarão o FSM, em 2006. Mas o país da América Latina,a Venezuela, deverá reunir maior público e de todo o planeta

Frente Zapatista de Libertação Nacio-nal (FZLN), do México, já confirmousua presença. Luiz Inácio Lula da Sil-va e o presidente eleito da Bolívia,Evo Morales – um dos fundadores doFórum Social Mundial —, ficaram deconfirmar presença no Fórum.

EIXOS DE DISCUSSÕES – “Poder,política e luta pela emancipação so-cial” vai ser um dos mais importanteseixos de discussões e debates na Vene-zuela, porque se traduzirá num espaçode confronto de idéias acerca do pro-

Depois do primeiro encontromundial realizado em 2001, oFSM se configurou como um pro-cesso permanente de busca e deconstrução de alternativas diantede políticas neoliberais. O desa-fio desta sexta edição é o fortale-cimento da luta global – depoisdos protestos mundiais contra ainvasão do Iraque em 2004, nãohouve mais nenhuma ação glo-bal simultânea – e o debate emtorno do socialismo e da sua cons-trução na América Latina.

O quinto FSM, em 2005, na ci-dade de Porto Alegre, bateu o re-corde em termos de público e ati-vidades. Cerca de 200 mil pessoasparticiparam da passeata pelapaz, no primeiro dia do evento,pelas ruas da capital gaúcha. Fo-ram realizadas mais de 2 mil ati-vidades por pelo menos 5,7 milorganizações, redes e movimen-tos sociais de 122 países. O Fó-rum contou com a cobertura jor-nalística de 5 mil profissionais de69 países dos 5 continentes.

Em Caracas, a expectativa éque o número de atividades doencontro chegue a seiscentos.Uma das estrelas do Fórum So-cial Mundial na Venezuela será opresidente eleito da Bolívia, EvoMorales.

blema da autocensura de muitos mo-vimentos perante os governos pro-gressistas; resistências às críticas dosmovimentos sociais e o envolvimentodos partidos. Essa é uma realidade doUruguai, Brasil, Venezuela e Argentina.

O segundo eixo de discussão queocorrerá na Venezuela é “Estratégiasimperialistas e resistência dos po-vos”, que abordará militarização,Alca, OMC e as instituições financei-ras internacionais, entre outros te-mas. O terceiro eixo envolve ques-tões sobre biodiversidade, água, pro-

priedade intelectual etc. O quarto eixotrata da diversidade cultural, da plu-riculturalidade dos povos origináriosetc. O quinto eixo de debate enfocaráo trabalho e todas as novas formasde produção, a economia solidária,as migrações, a exploração etc. E, porúltimo, entra na pauta a educação,comunicação e cultura, quando se-rão debatidos temas que dizem res-peito a hegemonias e contra-hege-monias culturais, democratização dacomunicação e diálogo e intercâm-bio de saberes.

LULA E CHÁVEZ. O presidente brasileiro e o presidente da Venezuela, queserá o anfitrião do Fórum Social Mundial, têm encontro marcado em Caracas

Pela construção dosocialismo na AL

Foto: Ricardo Stuckert / ABr