eleições 2014 - 12 de agosto de 2014

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Especial MANAUS, TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial “impregnado de corrupção”. Fazendo a sua parte, o EM TEMPO passa a publicar, a partir de hoje, o seu “Caderno de “Eleições 2014” – como fez nas eleições municipais de 2012 –, abrindo espaço para todos os candidatos, independente de partidos, coligações ou ideologia. O primeiro turno das Elei- ções 2014 vai ocorrer no dia 5 de outubro. Se não houver resultado positivo para ne- nhum candidato, no dia 26 do mesmo mês, acontece o segundo turno. O eleitor tem que estar consciente de que o momento é fundamental para o rumo que o Brasil vai tomar nos próximos 4 anos, por isso é tão importante pesquisar os políticos que tenham pro- postas que se identifiquem com suas expectativas. Ainda cheio de dúvidas, o eleitor amazonense observa a movimentação dos candi- datos, sem ainda saber di- reito o que é melhor para o seu Estado. A responsa- bilidade dessa vez é ainda maior e a escolha deve ser mais criteriosa, porque te- remos, em 2014, eleições gerais em todo o país para a escolha dos representantes populares na Presidência da República, Câmara dos De- putados e Senado Federal, governos estaduais e Assem- bleias Legislativas. Tem sido assim desde a Promulgação da Constituição de 1988. Por isso, o eleitor deve pen- sar bem o que os candidatos estão prometendo e, ao mes- mo tempo, fazer uma análise do que eles fizeram até aqui. Afinal, tem candidato que já está nessa vida eleitoreira há 30 anos. — Na verdade, o que existe é um grande cansaço. não só em Manaus. mas em todos os Estados brasileiros. O que se vê em todas as eleições são sempre os mesmos candida- tos. Numa eleição, trocam de grupo e viram adversários e, na outra, já estão juntos no- vamente, não importando as acusações que fizeram um ao outro – avalia o ex-presidente da seccional do Amazonas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristófanes Cas- tro, para quem essa “pseudo- divisão” serve para manter o mesmo grupo no poder. — Na eleição para presi- dente o que se vê são os candi- datos prometendo a mesma coisa. Todos têm medo de dizer a verdade. A grande chance de mudança, o povo brasileiro perdeu. As grandes manifestações populares, que iriam modificar a política brasileira, foram abortadas pela violência que tinha e tem como finalidade afastar o povo das ruas – analisa. Para o atual presidente da OAB/AM, Alberto Simonetti, a democracia é dinâmica e ne- cessita de fatos e ferramen- tas novas para responder aos anseios de amadurecimento do povo. Ele cita dois fatos que contribuíram para esse amadurecimento: as mani- festações que varreram o Brasil em 2013 e a Lei da Ficha Limpa, que incentiva o voto consciente do eleitor, mostrando a importância de se conhecer o passado dos candidatos, baseado em seu Eleição, a festa da democracia Os próximos dois meses serão fundamentais para os candidatos que estão na corrida para fazer a cabeça do eleitor. Também serão fundamentais para o eleitor, que deverá fazer a escolha certa, afinal, está em jogo o futuro de seu Estado e de seu país S ob o inclemente sol do verão ama- zônico, aos poucos a cidade de Manaus vai dando sinais de que está começando a viver, ainda que timidamente, o clima das eleições 2014. Cabos elei- torais balançando bandeiras nas esquinas das ruas, cami- nhadas de candidatos nos bairros periféricos, viagens corridas aos municípios do interior, candidatos a pre- sidente visitando o Estado, agências de publicidades e marqueteiros trabalhando a todo vapor para tirar do forno programas eleitorais e can- didatos turbinados que serão apresentados ao povo como um “produto novo”, embora alguns deles já sejam “velhos conhecidos” dos eleitores. Os próximos dois meses serão fundamentais para os candidatos que estão na cor- rida para fazer a cabeça do eleitor. Também serão funda- mentais para os eleitores, que deverão fazer a escolha certa para depois não sair às ruas reclamando que é preciso mu- dar o cenário político nacional, DIVULGAÇÃO A campanha política ganha as ruas de Manaus. As coligações, em meio ao povo, fazem a festa da democracia, onde só existe uma única maneira de mudar o país: por meio do voto consciente CONSCIENTIZAÇÃO Dois fatos que contribuíram para esse amadurecimento: as manifestações que varreram o Brasil em 2013 e a Lei da Ficha Limpa, que incentiva o voto consciente MÁRIO ADOLFO Equipe EM TEMPO comportamento e ações. — A cada nova eleição vem ocorrendo o amadu- recimento do eleitor. Vai chegar o momento em que não precisaremos mais de ferramentas como a Lei da Ficha Limpa, a própria so- ciedade vai banir esse polí- tico ficha-suja do processo – acredita Simonetti. Mas Ari Castro só acredi- ta numa mudança radical, dessa e de outras eleições, se o povo ganhar as ruas e mostrar aos políticos “porque não acredita mais neles e unidos encontrar um novo caminho”. — Sem a presença do povo nas ruas, sem a re- volta nas redes sociais, não teremos mudança no Brasil. Terminada a eleição, todos se acomodam e ficam como sempre no poder. Ao citar a “revolta nas re- des sociais”, Castro toca num ponto fundamental para a eleição de 2014: as mídias sociais, que poderão “encher a bola de um candidato” e, ao mesmo tempo, destruí-lo por completo, dependendo da informação que cair na rede. A exemplo de Bara- ck Obama na eleição pre- sidencial dos Estados Uni- dos, uma estratégia para os candidatos nas eleições de outubro é começar a criar, agora – muitos já fizeram isso –, perfis para apro- ximar-se dos eleitores por meio das mídias sociais sem medo de retaliação. Isso vai garantir um feedback instantâneo da população durante o horário eleito- ral na TV e no rádio, até porque já foi provado que 60% das pessoas assistem à TV e navegam na redes sociais simultaneamente. Ari Castro: mudanças só com o povo na rua Alberto Simonetti: o leitor amadureceu DIEGO JANATÃ IONE MORENO RICARDO OLIVEIRA ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 11/8/2014 23:16:43

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Espe

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“impregnado de corrupção”. Fazendo a sua parte, o EM TEMPO passa a publicar, a partir de hoje, o seu “Caderno de “Eleições 2014” – como fez nas eleições municipais de 2012 –, abrindo espaço para todos os candidatos, independente de partidos, coligações ou ideologia.

O primeiro turno das Elei-ções 2014 vai ocorrer no dia 5 de outubro. Se não houver resultado positivo para ne-nhum candidato, no dia 26 do mesmo mês, acontece o segundo turno. O eleitor tem que estar consciente de que o momento é fundamental para o rumo que o Brasil vai tomar nos próximos 4 anos, por isso é tão importante pesquisar os políticos que tenham pro-postas que se identifi quem com suas expectativas.

Ainda cheio de dúvidas, o eleitor amazonense observa a movimentação dos candi-datos, sem ainda saber di-reito o que é melhor para o seu Estado. A responsa-bilidade dessa vez é ainda maior e a escolha deve ser mais criteriosa, porque te-remos, em 2014, eleições gerais em todo o país para a escolha dos representantes populares na Presidência da República, Câmara dos De-putados e Senado Federal, governos estaduais e Assem-bleias Legislativas. Tem sido assim desde a Promulgação da Constituição de 1988.

Por isso, o eleitor deve pen-sar bem o que os candidatos estão prometendo e, ao mes-mo tempo, fazer uma análise do que eles fi zeram até aqui. Afi nal, tem candidato que já está nessa vida eleitoreira há 30 anos.

— Na verdade, o que existe é um grande cansaço. não só em Manaus. mas em todos os Estados brasileiros. O que se vê em todas as eleições são

sempre os mesmos candida-tos. Numa eleição, trocam de grupo e viram adversários e, na outra, já estão juntos no-vamente, não importando as acusações que fi zeram um ao outro – avalia o ex-presidente da seccional do Amazonas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristófanes Cas-tro, para quem essa “pseudo-divisão” serve para manter o mesmo grupo no poder.

— Na eleição para presi-dente o que se vê são os candi-datos prometendo a mesma coisa. Todos têm medo de dizer a verdade. A grande chance de mudança, o povo brasileiro perdeu. As grandes manifestações populares, que iriam modifi car a política brasileira, foram abortadas pela violência que tinha e tem como fi nalidade afastar o povo das ruas – analisa. Para o atual presidente da OAB/AM, Alberto Simonetti, a democracia é dinâmica e ne-cessita de fatos e ferramen-tas novas para responder aos anseios de amadurecimento do povo. Ele cita dois fatos que contribuíram para esse amadurecimento: as mani-festações que varreram o Brasil em 2013 e a Lei da Ficha Limpa, que incentiva o voto consciente do eleitor, mostrando a importância de se conhecer o passado dos candidatos, baseado em seu

Eleição, a festa da democracia Os próximos dois meses serão fundamentais para os candidatos que estão na corrida para fazer a cabeça do eleitor. Também serão fundamentais para o eleitor, que deverá fazer a escolha certa, afi nal, está em jogo o futuro de seu Estado e de seu país

Sob o inclemente sol do verão ama-zônico, aos poucos a cidade de Manaus

vai dando sinais de que está começando a viver, ainda que timidamente, o clima das eleições 2014. Cabos elei-torais balançando bandeiras nas esquinas das ruas, cami-nhadas de candidatos nos bairros periféricos, viagens corridas aos municípios do interior, candidatos a pre-sidente visitando o Estado, agências de publicidades e marqueteiros trabalhando a todo vapor para tirar do forno programas eleitorais e can-didatos turbinados que serão apresentados ao povo como um “produto novo”, embora alguns deles já sejam “velhos conhecidos” dos eleitores.

Os próximos dois meses serão fundamentais para os candidatos que estão na cor-rida para fazer a cabeça do eleitor. Também serão funda-mentais para os eleitores, que deverão fazer a escolha certa para depois não sair às ruas reclamando que é preciso mu-dar o cenário político nacional,

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AÇÃO

A campanha política ganha as ruas de Manaus. As coligações, em meio ao povo, fazem a festa da democracia, onde só existe uma única maneira de mudar o país: por meio do voto consciente

CONSCIENTIZAÇÃODois fatos quecontribuíram para esse amadurecimento: as manifestaçõesque varreram oBrasil em 2013 ea Lei da Ficha Limpa, que incentiva ovoto consciente

MÁRIO ADOLFOEquipe EM TEMPO

comportamento e ações. — A cada nova eleição

vem ocorrendo o amadu-recimento do eleitor. Vai chegar o momento em que não precisaremos mais de ferramentas como a Lei da Ficha Limpa, a própria so-ciedade vai banir esse polí-tico fi cha-suja do processo – acredita Simonetti.

Mas Ari Castro só acredi-ta numa mudança radical, dessa e de outras eleições, se o povo ganhar as ruas e mostrar aos políticos “porque não acredita mais neles e unidos encontrar um novo caminho”.

— Sem a presença do povo nas ruas, sem a re-volta nas redes sociais, não teremos mudança no Brasil. Terminada a eleição, todos se acomodam e fi cam como sempre no poder.

Ao citar a “revolta nas re-

des sociais”, Castro toca num ponto fundamental para a eleição de 2014: as mídias sociais, que poderão “encher a bola de um candidato” e, ao mesmo tempo, destruí-lo por completo, dependendo da informação que cair na rede. A exemplo de Bara-ck Obama na eleição pre-sidencial dos Estados Uni-dos, uma estratégia para os candidatos nas eleições de outubro é começar a criar, agora – muitos já fizeram isso –, perfis para apro-ximar-se dos eleitores por meio das mídias sociais sem medo de retaliação. Isso vai garantir um feedback instantâneo da população durante o horário eleito-ral na TV e no rádio, até porque já foi provado que 60% das pessoas assistem à TV e navegam na redes sociais simultaneamente.

Ari Castro: mudanças só com o povo na ruaAlberto Simonetti: o leitor amadureceu

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2 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

PRE nega direito de resposta a Braga O candidato ao governo Eduardo Braga (PMDB) pediu direito de resposta a um blog local e José Melo (Pros) ajuizou representação contra charges publicadas em um site de notícias da cidade

A reunião servirá para esclarecer sobre a fi scalização da legislação eleitoral no trânsito

Propaganda será tema de reuniãoA Procuradoria Regional

Eleitoral no Amazonas (PRE-AM) e o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) convocaram órgãos de fi scalização de trânsito para, juntos, assinarem acordo de cooperação técnica com o objetivo de viabilizar a re-alização de campanhas educativas e intensifi car a fi scalização do cumprimento da legislação eleitoral e de trânsito no Amazonas no pe-ríodo eleitoral deste ano.

O encontro ocorre hoje, às 10h, na sede do TRE-AM, na avenida Professor Nilton Lins, nº 3.259, Parque das Laranjeiras. Foram convida-dos para a assinatura do acordo representantes da Polícia Rodoviária Federal

no Amazonas, do Departa-mento Estadual de Trânsi-to no Estado do Amazonas (Detran-AM), da Polícia Mi-litar no Estado do Amazo-nas (PMAM), da Secretaria Municipal de Trânsito em Manaus (Manaustrans) e da Secretaria Municipal de

Meio Ambiente e Sustenta-bilidade (Semmas).

O procurador regional eleitoral no Amazonas, Ageu Florêncio da Cunha, e o pro-curador eleitoral auxiliar, Leonardo de Faria Galiano, também convidaram, para o mesmo evento, cerca de 30 empresas do ramo de serviços gráfi cos e publici-dade e todas as coligações e partidos políticos com repre-sentação no Amazonas para apresentação de orientações e esclarecimentos sobre a legislação a respeito de pro-paganda eleitoral em impres-sos em geral, como forma de atuar preventivamente no combate a irregularidades nos gastos de campanha e na propaganda eleitoral.

EM VEÍCULOS

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AÇÃO

DEBATE O encontro ocorre hoje na sede do TRE e deverá reunir mem-bros da Procuradoria Regional do Amazonas e o Tribunal Regional Eleitoral para discuti-rem a fi scalização da legislação eleitoral

A Procuradoria Regional Eleitoral no Amazonas (PRE-AM) encaminhou, ontem, ao Tribunal Re-

gional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) parecer contrário à concessão de direito de respos-ta em representação ajuizada pelo senador e candidato ao governo do Amazonas Eduardo Braga (PMDB) contra um portal de notícias, em razão da publi-cação de duas matérias em 28 de julho de 2014.

O candidato alegou que a matéria publicada no site com o título “Agressão: senador Eduardo Braga e comitiva agridem fotógrafo” contém uma versão distorcida dos fatos, com o suposto propó-sito de potencializar efeitos negativos à campanha dele. Já o texto “Chega de per-seguição”, de acordo com o candidato, seria “difamató-rio, injurioso e sabidamente inverídico”, por questionar a saúde e a rigidez mental do candidato. Na representação, o candidato pediu ainda, de forma liminar, que os con-teúdos questionados fossem retirados do site.

No parecer, a Procuradoria esclarece que o direito de res-posta, previsto no artigo 58 da lei nº 9.504/97, é assegurado ao “candidato, partido ou coli-gação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afi rmação calu-niosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, di-fundidos por qualquer veículo de comunicação social”.

Com relação à primeira ma-téria, a PRE aponta que a divul-gação de fato verídico, ainda que de forma sensacionalista, não enseja direito de resposta nem autoriza intervenção da Justiça Eleitoral para retirar o conteúdo do ar, pois não con-fi gura nenhuma das hipóteses previstas no artigo 58.

O segundo texto, o Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE) já manifestou entendimento de que a crítica aos homens públicos, por suas desvirtu-des, seus equívocos, falta de cumprimento de promessas eleitorais sobre projetos, por mais ácida que seja, não en-seja direito de resposta.

Melo contesta publicação de charge Em outro processo, a PRE

se manifestou favorável à aplicação de multa em re-presentação ajuizada pelo governador e candidato à reeleição José Melo (Pros) contra uma charge publicada em um site, bem como para determinar que não sejam reapresentadas, em qual-quer meio de comunicação, charges com propaganda eleitoral negativa. Dentre as charges publicadas es-

tavam algumas que faziam apreciações pessoais e ju-ízos de valor sobre pesqui-sas eleitorais e sua possível infl uência sobre o resultado das eleições.

De acordo com a PRE, é evidente que “as charges em questão não possuem o pro-pósito exclusivamente humo-rístico, mas têm o intuito de incutir no eleitorado a ideia de que a candidatura do re-presentante estaria fadada

ao fracasso, sugestionando e dirigindo o voto do eleitor para o terceiro representa-do. Enquanto a divulgação regular de pesquisa eleitoral registrada na Justiça Eleito-ral não constitua qualquer ilícito, o mesmo não se pode dizer das charges trazidas nos autos”.

Conforme a legislação eleitoral, é proibida qualquer divulgação de propaganda eleitoral paga pela internet,

bem como aquela realizada por empresa (pessoa jurídi-ca), com ou sem fi ns lucra-tivos, ou em sítios ofi ciais. A contratação de pessoas com a fi nalidade de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato é considera-da crime eleitoral, sujeito à pena de detenção de 2 a 4 anos e multa de R$ 10 mil a R$ 50 mil.

Após a emissão do parecer pela PRE, foi proferida sen-tença pela Justiça Eleitoral que acolheu as razões do Ministério Público. Segundo a decisão, “houve clara in-tenção de depreciar a candi-datura do representante, de sorte a ultrapassar os limites da crítica política, para in-gressar na seara das ofensas de cunho pessoal ao autor, confi gurando propaganda eleitoral negativa”.

Segundo o candidato, as declarações feitas em um blog de notícias local são difamatórias, com propósito de potencializar efeitos negativos em sua campanha

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3MANAUS, TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

Marcelo Ramos ressalta pontos do plano de governo

Durante entrevista a um programa de televisão, na manhã desta segunda-feira, 11, o candidato ao governo do Estado, Marcelo Ramos (PSB), respondeu a questionamen-tos sobre segurança pública, melhor modelo de transporte para Manaus, Polo Industrial e economia para desenvolver o interior do Amazonas.

Sobre a questão do trans-porte público, Ramos lembrou que o assunto é competência da prefeitura, entretanto afi r-mou que no seu governo fará uma parceria com o município. Segundo ele, haverá investi-mento para construção de um anel viário com o dinheiro que o Estado recebeu para realizar o plano de mobilidade urbana por causa da Copa do Mundo. Além disso, disse ser neces-sário valorizar o transporte coletivo e os meios não mo-torizados. “Vamos apostar no diálogo com a prefeitura para que o sistema de transporte coletivo funcione da melhor maneira para atender a popu-lação de Manaus”, enfatizou, completando que, desde 2009, o Estado tem R$ 1,8 bilhão para dar solução ao transporte coletivo, entretanto continua condenando o cidadão a um transporte desumano.

Em relação à falta de empregos com carteira as-sinada no interior do Estado, o candidato socialista des-tacou que o setor primário tem que ser resgatado e que tem que ser criado um par-que industrial vinculado a bioindústria. Ramos lembrou que nos últimos trinta anos, os municípios fi caram aban-

donados e os benefícios da Zona Franca não chegaram ao homem do interior. “Temos que fortalecer o setor primá-rio, por meio de um plano que contemple regularização fundiária; celeridade na apro-vação de planos de manejo; fomento; pesquisa e assis-tência técnica, recuperação de vicinais e aumento da produtividade”, assegurou.

ENTREVISTA

Ao lado da presidente municipal do PSD, Nejmi Aziz, e o prefeito Arthur Neto, candidato conversou com moradores

José Melo faz caminhadano bairro São Raimundo

Candidato destacou que irá fazer investimentos na malha viária

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Durante a caminhada, o candidato ao governo, José Melo, destacou a implementação de obras como o Prosamim no bairro

A caminhada da coli-gação Fazendo Mais Por Nossa Gente do governador José

Melo (Pros) mobilizou mo-radores do bairro São Rai-mundo, na Zona Oeste de Manaus, no fi nal da tarde desta segunda-feira. Acom-panhado da presidente mu-nicipal do PSD, Nejmi Aziz, do prefeito de Manaus Ar-thur Virgílio Neto (PSDB), e de postulantes aos car-gos de deputado federal e estadual pelo grupo, Melo ouviu reivindicações da po-pulação e recebeu elogios em reconhecimento a ações que benefi ciaram o bairro, como o Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).

Moradora da rua do Ro-sário, a autônoma Ana Vi-tória, 38, saiu de casa para cumprimentar José Melo. Ela disse que a intervenção fei-

ta pelo governo do Estado na área, com o Prosamim, está mudando a cara do São Raimundo e dando dignidade às famílias que antes viviam em situação de risco, vivendo em palafi tas. O conjunto ha-bitacional com 222 unidades foi entregue em julho e vai benefi ciar cerca de 1,2 mil pessoas. Outras interven-ções estão em andamento. O investimento total no projeto é de R$ 400 milhões, com recursos do BID e contra-partida do Estado.

“A obra do Prosamim era uma ansiedade dos mora-dores que está se concre-tizando. Teremos melhores condições no nosso bairro e, com certeza, melhorias que vão ser sentidas por quem vivia nos igarapés e pelas demais pessoas”, disse, elo-giando ainda o programa Ronda no Bairro.

Mãe de uma professora

da rede estadual de edu-cação, a dona de casa Ma-ria Cecília Guimarães, 46, agradeceu José Melo pelo trabalho em favor da edu-cação desenvolvido na ges-tão com o ex-governador Omar Aziz, que é candidato ao Senado. “Esse trabalho e um reconhecimento da im-portância da educação, dos professores, para a nossa sociedade”, comentou.

“A população precisa da continuidade do trabalho de Omar e Melo para que se possa construir ações e projetos que vão melhorar cada vez mais a vida do nosso povo. Nesta caminhada o que mais ouvi foi à confi ança e o apoio à essa candidatura por acreditarem no futuro melhor para o Amazonas”, disse Nejmi Aziz.

José Melo retomou nes-sa segunda-feira a agenda de caminhadas em Manaus,

após fi nal de semana de agenda política no interior. O candidato ao governo do Amazonas, ao lado do ex-governador Omar Aziz (PSD), que concorre ao Se-nado pela coligação, visitou oito municípios das calhas do Rio Juruá e Purus, em viagem política iniciada na última quinta-feira. O corpo a corpo em Manaus prosse-gue durante a semana, com caminhadas diárias.

“O carinho das pessoas tem nos mostrado a receptividade a nossa candidatura. Vamos continuar nos bairros, mos-trando nosso trabalho, ou-vindo as pessoas e pedindo a oportunidade para que esses avanços tenham a continui-dade da forma que precisam. A lógica dessa campanha é a união das pessoas que gos-tam do povo, daqueles que lutam pelo interesse da po-pulação”, frisou Melo.

PROPOSTA O candidato socialis-ta destacou que, caso eleito, irá fazer uma parceria com a pre-feitura para aplicar investimentos para construção de um anel viário e valorizar o transporte público

O candidato não deverá realizar atividades externas de campanha, apenas deverá se reunir com colabores de campanha em Manaus.

EDUARDO BRAGA

Às 6h30 o candidato irá fazer panfl etagen em um bairro da Zona Centro-Sul. Em seguida, vai para atividades de deputado estadual na Assembleia Legislativa. À tarde, irá conceder entrevista para uma rádio do interior e às 16h faz caminhada na Zona Sul.

MARCELO RAMOS

O candidato deverá pela manhã participar de uma reunião na sede do Tribunal Regional Eleitoral. À tarde, se reúne com equipes de propaganda da sua campanha. E à noite deverá realizar gravação de sua propaganda eleitoral.

HERBERT AMAZONAS

O candidato deverá participar de uma almoço na Câmara de Dirigentes e Lojistas de Manaus (CDLM), onde irá apresentar seu plano de governo. À noite participa de um debate na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

ABEL ALVES

O candidato durante a manhã irá cumprir uma agenda administrativa como governador e no fi m da tarde deverá realizar uma caminhada na Zona Leste de Manaus.

JOSÉ MELO

Agenda dos candidatosAgenda dos candidatos

Pela manhã, o candidato se dedicará as suas atividades como deputado estadual na Assembleia Legislativa. À tarde, fará uma caminhada no bairro Morro da Liberdade, na Zona Sul e às 20h fará uma reunião com líderes da igreja Batista no conjunto Eldorado, no Parque 10.

CHICO PRETO

O candidato não divulgou a sua agenda.

NAVARRO

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4 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Helicóptero de doleiro fi -cava na Bahia com Argôlo

O helicóptero azul prefi xo PP-PRL, do doleiro Alberto Youssef, fi cava estacionado em Salvador, em um heli-porto do empresário Jorge Cirne, dono do Motel Del Rey. Segundo políticos da Bahia, a aeronave foi usa-da pelo deputado Luiz Ar-gôlo (BA), do Solidariedade (SD), por cerca de um ano, e também fi cava estaciona-da em Alagoinhas e Entre Rios, onde o deputado e o pai, Manoelito Argôlo, têm propriedade rural.

Dono ofi cialA aeronave usada por Ar-

gôlo está registrada na Anac em nome da Cardiomedica Comércio e Representações de Materiais Médicos Ltda.

EstranhoA empresa proprietá-

ria do helicóptero, nome de fantasia Multimédica, de Salvador, tem capital de R$ 500 mil e aeronave de R$ 1 milhão.

LicitaçõesAberta em 2004, a Mul-

timédica ganhou licita-ções para fornecer pró-teses à Universidade Federal da Bahia em 2006, 2008 e 2009.

EstacionamentoJorge Cirne confi rmou que

a aeronave fi cava em seu heliporto, mas não informou o dono, nem o cliente: ”Não tenho autorização”.

Adversários questionam patrimônio de Reguff e

Quase imbatível na dispu-ta para o Senado, o depu-tado José Antonio Reguff e (PDT-DF) corre o risco de uma tentativa de “descons-trução” de sua reputação de honestidade. As campanhas de Geraldo Magela (PT) e de Gim Argello (PTB), seus

adversários, vasculharam suas fi nanças e pretendem questionar, por exemplo, a evolução do patrimônio de Reguff e, que saltou de R$ 900 mil em 2010 para R$ 2,8 milhões hoje.

Um fi nancistaOs adversários também

planejam provocar Reguff e pelo fato de evoluir de zero para R$ 1,8 milhão em apli-cações fi nanceiras líquidas.

Corruptos não decla-ram

Reguff e disse que declara tudo o que tem e ganha, lembrando que, ao contrário dele, são os corruptos os que mentem à Receita Federal.

Livrando-se do sofáO prefeito paulistano

Fernando Haddad (PT) vai mudar toda área de co-municação, como se fos-se culpa dos profi ssionais sua má avaliação.

Balanço do nadaDe 638 requerimentos, a

CPMI da Petrobras aprovou 320, até agora. Destes, 128 são para depoimentos e 156 para requisitar documentos, além de 15 quebras de si-gilo de pessoas físicas e 12 de empresas.

Chamando para brigaO líder do SD, Fernando

Francischini (PR), rejeita os “recados” ameaçadores do senador Delcídio Ama-ral (PT-MS): “O último que fez isso foi Agnelo Quei-roz, e acabou com seis processos no STJ”.

Joaquim foraRicardo Lewandowski

toma posse na presidência do Supremo Tribunal Federal em 10 de setembro. Joa-quim Barbosa, que o detesta, não deve atender ao convite, como é habitual entre minis-tros aposentados.

Mau como picapauConfi rmando a sentença

de Ulysses Guimarães de que em política o mais bobo dá nó em pingo d’água usan-do luvas de boxe, o mar-queteiro João Santana sabe que agrada Dilma brigando com a dupla que ela detes-ta: o ex-ministro Franklin Martins e Rui Falcão, presidente do PT.

Mulher-bombaO relator do processo de

cassação de Luiz Argôlo (SD-BA), deputado Marcos Rogério (PDT-RO), quer ou-vir no Conselho de Ética, já na quarta (13), Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef.

Um velho garotoApontado com expoente

da nova geração, o prefei-to de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), revela-se um po-lítico tão à antiga quanto Benedito de Lira (PP), que ele escolheu apoiar para o governo de Alagoas.

EquiparaçãoA Caoa Hyundai sustenta

que outras montadoras do Centro-Oeste, como a Mit-subishi, serão benefi ciadas com a pretendida “equipa-ração” aos privilégios tri-butários concedidas àquelas instaladas no Nordeste.

Tiro no péO deputado João Paulo

(PT-PE) diz que não atacou o Supremo. Apenas opinou que José Dirceu não de-veria ter sido julgado no STF por haver renunciado ao mandato, como o tucano Eduardo Azeredo.

Homem-bomba de festimO ex-diretor da Petro-

bras Nestor Cerveró, ami-gão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) depõe na CPMI da Petrobras amanhã. Combinado?

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Corda em casa de enforcado

www.claudiohumberto.com.br

Quem quiser colher com a separaçãodos dois, vai quebrar a caraMINISTRO GILBERTO CARVALHO, negando

novamente qualquer discórdia entre Lula e Dilma

O editor e escritor Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, visitava o então minis-tro da Cultura de FHC, Francisco Weff ort. Brincalhão, antes de entrar no assunto que o levava ao ministro, Emediato foi logo dizendo, bem alto:

- Ministro, estou fazendo um fi lme!.Atormentado com os escândalos en-

volvendo os fi lmes “Guarani” e “Chatô”, que quase viraram caso de polícia, Weff ort reagiu alarmado:

- Pelo amor de Deus! Cuidado na prestação de contas!

A poucos dias do início da propaganda eleitoral gratuita, candidatos correm contra o tempo para aprontar programas

Candidatos já preparam propagandas eleitorais

Candidato pelo Psol, Abel Alves declarou estar tendo difi culdades em gravar os programas

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Faltando uma semana para a o início da pro-paganda eleitoral na televisão e no rádio,

os candidatos ao cargo ma-joritário já iniciam uma in-tensa agenda de gravações de programas. O senador Eduardo Braga (PMDB), da coligação Renovação e Experi-ência, que abrirá os trabalhos dos programas locais gravou ontem os primeiros progra-mas de rádio e televisão que serão exibidos no horário eleitoral gratuito.

Assuntos como saúde, se-gurança, educação e infra-estrutura estão na pauta dos programas de Eduardo Braga. “Vamos apresentar aos ouvintes e telespecta-dores nossos projetos para fazer o Amazonas voltar a crescer. Serão programas de propostas, com nossas ideias para construir um Amazonas melhor, mas sem deixar de

mostrar o quanto nosso Es-tado parou nos últimos anos”, adiantou o candidato.

Em sete minutos e 38 segun-dos, os ouvintes e telespecta-dores poderão analisar o plano de governo do candidato, que tem como vice, a deputada federal Rebecca Garcia (PP).

O segundo candidato a apre-sentar suas propostas ao povo amazonense por meio do rádio e da TV, é o deputado estadual, Marco Antônio Chico Preto (PMN), que terá 58 segundos de apresentação. Segundo o candidato, os assuntos abor-dados serão os prioritários como saúde, educação, segu-rança, infraestrutura e desen-volvimento econômico.

Chico Preto também infor-mou que as gravações estão a todo vapor. “Já temos alguns programas produzidos e ou-tros ainda em produção, mas ocuparemos nosso tempo no rádio e na TV com propostas

prioritárias”, destacou.Hoje, o candidato esquerdis-

ta Hebert Amazonas (PSTU) deverá entrar em estúdio para fazer suas gravações. O can-didato deverá se deitar no período da tarde para fazer as locações de estúdio dos programas eleitorais, que de-verão ser feitos de forma mais contida fi nanceiramente.

Enquanto as coligações de partidos grandes estão a todo vapor com as gra-vações dos programas elei-torais gratuitos, os nanicos estão enfrentando um gran-de problema, isso, porque a mídia exigida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ama-zonas (TRE) é muito sofi s-ticada e muito cara para os candidatos com poucos recursos fi nanceiros.

É o caso, do candidato ao governo do Estado, Abel Alves (Psol), que ainda não tem nada gravado e ainda corre atrás para conseguir a gravação. “A mídia exigida pelo TRE é muito sofi sticada.

Nós ainda estamos correndo atrás, pois não temos recur-sos para o aluguel de equipa-mentos tão caros. Isso é um problema para os partidos pequenos. O órgão deveria facilitar nossa vida, mas ao contrário, difi culta”, criticou ao afi rmar que apesar de tudo, irá conseguir gravar os programas.

A propaganda eleitoral será realizada a partir do dia 19 deste mês até o dia 2 de outubro. As apresen-tações deverão ocorrer em dois turnos de 30 minu-tos, sendo um pela manhã e outro à noite.

Na semana passada, o

Tribunal Regional Eleitoral (TRE) realizou o sorteio para ordem de apresentação. En-tre os candidados ao gover-no, Eduardo Braga (PMDB) abrirá os trabalhos, seguido por Chico Preto (PMN), José Melo (Pros), Luiz Navarro (PCB), Abel Alves (Psol), Mar-celo Ramos (PSD) e Hebert Amazonas (PSTU).

Já na fi gura de postulantes ao Senado Federal, a pro-paganda deverá iniciar com Francisco Praciano (PT), Jonatas Almeida (PMN), Omar Aziz (PSD), Marco Antônio Queiroz (PSD), Mar-celo Serafi m (PSB) e Júlio Ferraz (PSTU).

Nanicos encontram difi culdades

Praciano e Rebecca caminhamOs deputados federais

Rebecca Garcia e Francisco Praciano, candidatos a vice-governadora e senador na co-ligação Renovação e Experi-ência, realizaram na tarde de ontem, uma caminhada nas ruas do Vale do Amanhecer, no bairro Petrópolis. Acom-panhados por candidatos a deputado federal e estadual, os dois apresentaram pesso-almente suas propostas aos moradores da comunidade.

“É a juventude e a expe-riência, a competência e a ousadia”, dizia Praciano ao apresentar a coligação, que tem o senador Eduardo Bra-ga candidato ao governo do Amazonas. “Viemos deixar aqui as nossas propostas. Estamos pedindo um apoio para continuar nesta luta”, falava Praciano, ao pedir votos para si, para Braga e para Dilma.

Ao se dirigir aos jovens,

Praciano aconselhou a bus-car um dos programas de Educação Superior do go-verno federal. “Você conhe-ce o ProUni, o Fies? Está na hora de procurar esses programas. Estamos pen-sando também no futuro. Não se esqueçam dos pro-gramas sociais do Lula e da Dilma”, disse.

Rebecca Garcia elogiou o colega de parlamento, ao pedir apoio e votos para

a coligação. “O Praciano foi um excelente deputa-do federal e nós queremos que, no Senado, ele faça ainda mais pelo Amazo-nas. Estamos juntos com o Praciano e com o Edu-ardo Braga. Vote no 15”, clamou a candidata.

Para Rebecca, o mais im-portante foi poder ouvir as reivindicações da popula-ção e ter o contato direto com o povo. Candidatos fi zeram caminhada no bairro Petrópolis, Zona Sul

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Vereadores debatem vetos sobre a Lei Orçamentária Discussão ganhou corpo ontem na Câmara após a CCJR apresentar parecer favorável a projetos já vetados pelo prefeito

Com a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) dando parecer favorável aos

vetos parciais do Executivo mu-nicipal, a 26 das 144 emendas apresentadas pelos vereadores ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015, parlamen-tares que tiveram seus pleitos negados pelo prefeito Arthur Vir-gílio Neto (PSDB), aproveitaram a sessão plenária de ontem para reclamar. Um dos descontentes foi o vereador, Fabrício Lima (SDD), mesmo integrando a base de apoio a administração tucana, Fabrício questionou os motivos pelo qual a emenda nº 057/2014 que pede a inclusão do Programa Intercâmbio Social Desportivo, junto a Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer (Se-mjel), foi rejeitada.

“Queremos que outros jovens cheguem ao nível de um José Aldo. E queremos mais ainda, que eles não tenham que pas-sar tantas difi culdades. Não vejo motivos para não apostamos em um projeto como o que eu apre-sentei”, reclamando de não ter sido convidado para a reunião que decidiu sobre o futuro das emendas, e que aconteceu na úl-tima quarta-feira (6), momentos antes do início da sessão.

Em síntese a proposta de Fa-brício Lima, consiste na doação de passagens aéreas para atle-tas federados às entidades des-portivas manauaras, com meta física de 400 unidades. Conforme justifi cativa encaminhada pelo Executivo, a emenda é inconsti-tucional e ilegal, por ferir o artigo 167, 4º, da Constituição Federal (CF) e 148, 4º, da Lei Orgânica do Município (Loman).

Com três emendas na lista do veto parcial, o petista Wal-demir José, foi além e se disse preocupado com a não efeti-vação das emendas aprovadas

ao orçamento municipal 2014, e chegou a propor a criação de uma comissão mista composta por vereadores da base aliada do prefeito e de oposição, para visitar e reunir com a adminis-tração municipal com o objeti-vo de acompanhar a situação dessas propostas.

“A prefeitura deve uma nota pública explicando para a socie-dade o porquê da não execução das 333 emendas aprovadas à Lei Orçamentária Anual deste ano, uma vez que os vereadores estão sendo cobrados pela popu-lação. Na oportunidade, cobrou também que a Emenda à Lei Orgânica do Município de Ma-naus (Lomam), que determina o orçamento impositivo seja apro-vada”, ressaltando que o prazo para a realização dos projetos acaba no fi nal deste ano.

“Estamos na metade do mês de agosto e até agora nenhuma das emendas foi efetivada”, lembrou.Com o maior número de emendas rejeitadas, o Professor Bibiano (PT), teve 7 propostas conside-radas inconstitucionais.

De acordo com o líder do pre-feito na casa, vereador Wilker Barreto (PHS), com o veto sen-do parcial, os vereadores ainda podem emplacar suas matérias, e para isso o cancelamento da pauta se tornou necessário. “Os autores das emendas ainda vão analisar, questionar. A pauta só é

obrigatória quando se exaure o tempo de tramitação do projeto. Se quiser colocar na pauta de quarta-feira (13), o presidente pode fazê-lo. Só quando exaure o prazo regimental de tramitação do projeto a pauta fi ca trancada, o que não é o caso. O prazo regimental do veto está sendo respeitado. A pauta segue na deliberação normal”, explicando que a tramitação da emenda está dentro do prazo regimental.

Wilker Barreto enfatizou em conversa com a imprensa, que a validação do veto é orien-tação da liderança. Segundo ele, o acordo quanto à apre-sentação das emendas à Lei Orçamentária era para que elas fossem apreciadas pela Procuradoria-Geral do Municí-pio (PGM). “Uma vez aprecia-das, agora é encaminhar pela aprovação do veto, obviamen-te. Acreditamos que todas as questões técnicas foram exau-ridas, discutidas”, disse ele, explicando, entretanto, que não vai impedir a discussão política da questão. “Isso a gente entende”, afi rmou.

O vereador exemplifi cou a questão da emenda apresen-ta pelo vereador Fabrício Lima (SDD), que destina 2% dos re-cursos do orçamento para o Es-porte. “É um belo projeto, mas assim como o esporte, a ação social e a cultura precisam. Se formos colocar 10% a 15% do orçamento em cada segmen-to, e a margem de mobilidade do prefeito é de 30%, a gente engessa a Prefeitura. Temos fo-lha, custeio e a capacidade de investimento”, argumentou.

Segundo ele, 90% são emen-das apresentadas pelos verea-dores estão fragmentadas em valores de R$ 50 mil a R$ 100 mil, que podem ser executadas pela Prefeitura, por meio da Se-cretaria Municipal de Infraestru-tura (Seminf) em obras diretas. “E com certeza elas vão ser implementadas”, disse.

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As discussões na casa fi caram acalouradas ontem, após a Comissão de Constituição e Justiça apresentar parecer favorável a 26 das 144 emendas apresentadas pelos vereadores que foram negadas

O PL 113/2014, de 15 de abril de 2014, recebeu um total de 144 emendas. Des-se total, cem foram apro-vadas pela CCJR e a Comis-são de Economia, Finanças e Orçamento (CFEO) emi-tiu parecer favorável a 61 emendas. Como uma delas teve o parecer derrubado no plenário (emenda nº 57), durante discussão, o total de emendas aprovadas

pela casa chegou a 62.Entre as emendas rejei-

tadas está o artigo o arti-go 89, oriundo da emenda 92, do vereador Amauri Colares (Pros), que inclui eventos gospel nas ações culturais da Prefeitura de Manaus, mesmo sem ferir o artigo 19 da CF, recebeu veto por ser contrário ao in-teresse público. A emenda 90 elaborada pela petista

Rosi Matos, também figura entre a lista.

O projeto cria a ação Va-lorização e Cuidados com a Saúde dos Garis, onde campanhas de incentivo e acompanhamento médico assistencial para a classe seriam inclusos no Progra-ma Finalístico 1005-Ma-naus Mais Limpa, junto com a Secretaria Munici-pal de Limpeza Pública.

Emendas com pareceres derrubados

Vereador Wilker Barreto declarou à imprensa que a validação do veto é orientação da liderança

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JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO

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Prefeitura fará novos cortes degastos nas pastas municipaisPrefeito anunciou ontem que deverá “apertar os cintos” em custos triviais para tentar fazer uma economia de R$ 300 milhões

O prefeito de Ma-naus, Arthur Neto (PSDB), anunciou ontem novos cortes

orçamentários nos gastos na prefeitura. A medida, segundo Arthur, vai permitir que em 12 meses sejam poupados algo em torno de R$ 300 milhões, o que deixará a prefeitura adim-plente. A decisão foi tomada para equilibrar as despesas e sanar dívidas de infraestrutu-ra do município que deveriam ter sido pagas com recursos prometidos pelo governo fe-deral, mas que até agora não foram repassados.

As secretarias, segundo informou o prefeito deverão rever e diminuir contratos em 20%, reduzir o número de automóveis e máquinas em torno de 30% e corte de custos triviais, como luz, gás, telefone, por meio do siste-ma e-compras, por pregão eletrônico. “Vamos aderir ao e-compras, não para obras públicas, pois pode aparecer alguém com bom preço, mas que não faça obras, mas os outros itens, como copo, ca-neta e papel, não tem porque uma secretaria pagar mais caro que a outra, tem que ser tudo com valor lá em baixo”, explicou Arthur.

A meta é de que por mês sejam economizados de R$ 40 a R$ 50 milhões, o que renderá economicamente aos cofres da prefeitura cerca de R$ 200 milhões até o fi nal do ano. Essa é a terceira fez que a prefeitura pede aos seus secretário que diminuam os gastos. Segundo Arthur, tirando as secretarias de Edu-cação e Saúde, que recebem recursos federais constitu-cionais, apenas a Secretaria de Infraestrutura receberá os recursos municipais.

“Estou pedindo aos secre-tários que diminuam ainda mais o que poderiam fazer este ano, por duas razões: para não deixar desequilibrar o fl uxo de caixa; e segundo porque temos a prioridade de investir nesse verão, pois toda a canalização de recur-sos vai para a Secretaria de

Infraestrutura, para aprovei-tarmos o período do sol para trabalharmos”, destacou.

Ainda durante a reunião, Arthur Neto, fez duras críti-cas ao governo federal. Para ele, a presidente está per-dendo o controle do Brasil. “A presidente desmentiu sua própria palavra. Prometeu no Viver Melhor de manei-ra tão solene que iria fazer repasses do governo federal a Manaus, e depois prefere colocar essa coisa medíocre do fato eleitoral, acima da honradez e do cumprimento da palavra. Eu não perco o controle do meu governo sob nenhum aspecto, e temo que

ela está perdendo o controle do Brasil”, criticou.

Apesar de todos os cortes, o prefeito declarou que nesse primeiro momento todas as pastas serão mantidas, mas que já está estudando uma reforma administrativa. “Es-tamos elaborando uma refor-ma administrativa, mas é algo que não pode ser decidido num abrir e piscar de olhos. Tem que ser uma coisa que fi que, mas por agora eu determinei esses cortes”, destacou.

Embarque gratuito de passageiros será autorizado de 4h até meia-noite no dia da eleição

Coletivo garantido durante o pleitoFoi publicado no Diário Ofi -

cial do Município (DOM), ver-são digital, na noite de ontem, a lei n°1895, que garante ao eleitor na capital amazonen-se a gratuidade no transporte coletivo durante as Eleições 2014. O decreto já havia sido assinado pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e pela presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desem-bargadora Socorro Guedes, há exatamente um mês, em 11 de julho.

A lei específi ca que será autorizado embarque gra-tuito de passageiros nos dias das Eleições 2014, de 4h até a meia-noite. No documento consta, ainda, que o ressarcimento dos valores devidos pelo mu-

nicípio às concessionárias que exploram o serviço será mediante compensação, conforme os termos do in-

ciso 4, do artigo 15, da lei nº 458, de 30 de dezembro de 1998, com redação dada pela lei nº 1.088, de 29 de dezembro de 2006.

As despesas resultantes da aplicação da lei ocorre-rão à conta das dotações orçamentárias da Secreta-ria Municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Se-mef), podendo ser consig-nadas ao órgão municipal gestor de transporte.

De acordo com a Su-perintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), nas eleições de 2012, mais de um milhão de eleitores utilizaram o ser-viço de transporte público gratuitamente. Este ano, a expectativa é de que o núme-ro aumente. Para garantir a efi cácia da lei, a prefeitura vai fi scalizar a saída dos carros nas garagens das empresas de ônibus.

GRATUIDADE DIVULGAÇÃO

Segundo o secretário de Finanças, Ulisses Tapajós, os gastos são necessários para que a prefeitura pos-sa investir na revitalização da cidade de Manaus. De acordo com ele, os secre-tários terão que aprender a tirar mais do menos.

“Nós estamos acostuma-dos com a nova cidade. Nós queremos que isso seja ampliado para os bairros. Queremos ver novas inau-gurações. Esse é o espírito da secretaria de Finanças e é o espírito de todo o secretariado”, disse.

Ulisses voltou a criticar que foi o não repasse do governo federal aos in-vestimentos do sistema viários, devido à Copa do Mundo, a prefeitura está passando por esses novos cortes. “Nós não recebe-mos os repasses do go-

verno federal e agora a gente tem que tirar ‘leite de pedra’, para que possamos honrar nosso compromis-so, mas o prefeito Arthur é guerreiro, é valente e todos unidos, com certeza vamos conseguir vencer mais essa batalha”, pontuou.

Recursos serão direcionados para cidade

Apesar dos cortes no orçamento, prefeito declarou que, por enquanto, não deverá diminuir o número de secretarias municipais

TÁCIO MELO/SEMCOM

PRÉVIA De acordo com a Su-perintendência Muni-cipal de Transportes Urbanos, nas eleições de 2012, mais de um milhão de eleitores utilizaram o serviço de transporte público gratuitamente

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

META Segundo a prefeitura, a meta é que por mês sejam economizados de R$ 40 a R$ 50 milhões, o que renderá economicamente aos cofres da prefeitura cerca de R$ 200 mi-lhões até fi m do ano

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Dilma sai em defesa da presidente da Petrobras Presidente diz que acusações contra Graça Foster são méritos inequívocos e que a presidente da estatal é responsável

A presidente Dilma Rousseff voltou a de-fender nesta segun-da-feira (11) a pre-

sidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Durante entrevista no Palácio da Al-vorada. Dilma afi rmou que é “gravíssimo” politizar ques-tões sobre a presidente da estatal que, segundo ela, tem “méritos inequívocos”.

Na última sexta (8), Dil-ma disse que Graça Foster é “íntegra” e criticou um even-tual bloqueio de bens pelo Tribunal de Contas da União (TCU) dentro de processo que busca apontar responsáveis pelo prejuízo com a compra da refi naria de Pasadena, nos EUA, em 2006. A decisão do TCU deve ser tomada nos próximos dias.

No sábado (9) foi divulgada a informação de que a Polí-cia Federal abriu inquérito para apurar se Graça Foster omitiu informações, durante depoimento dado no Con-gresso em relação à compra de Pasadena, sobre a exis-tência de contratos entre a estatal e uma empresa do marido dela.

Ao ser perguntada sobre se Dilma afastaria Graça Foster caso o TCU bloqueasse os

bens, Dilma afi rmou que o tema não pode ser politizado. “Eu acho gravíssimo, politi-zarem uma discussão desse tipo. Gravíssimo e não acho muito responsável. Espero que não se faça política nesse asunto. Mas espero mesmo. A Petrobras é a maior empre-sa desse país. A Maria das Graças Foster tem méritos inequívocos e não há dúvi-da disso. A Petrobras está numa linha de crescimento irreversível porque todas as providências foram tomadas. Hoje produzimos 560 mil a 580 mil barris, passamos dos 500 mil barris oriundos do pré-sal”.

A presidente afi rmou que

é preciso “muito cuidado” ao falar sobre Graça Foster e que não faria julgamen-to com base em avaliações “questionáveis”. “Eu não vou fazer nenhum julgamento so-bre uma pessoa da qualidade da presidente Graça Foster, baseada em avaliações que eu acho questionáveis”.

Contas públicasA presidente defendeu que

o Congresso vote após as eleições o projeto de rene-gociação das dívidas dos estados. “No que depender do governo federal o projeto é votado depois do proces-so eleitoral. Nós enviamos o projeto ao Congresso”.

Dilma citou que na gestão dela a taxa de juros das dí-vidas foi reduzida e criticou propostas para diminuir as dívidas de estados e muni-cípios. “Todos eles [adver-sários] falam em elevar o superávit primário. Não tem como elevar reduzindo o pa-gamento da dívida. Você tem como elevar a dívida. Tem alguém falando para o mercado uma coisa e para sociedade outra. Temos uma proposta clara que é a redu-ção dos níveis de indexação, das taxas de juros”. Dilma Rousseff diz que não irá fazer nenhum julgamento com base em avaliações “questionáveis”

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José Maria critica o machismo

EM SERGIPE

O candidato à Presidência da República pelo Partido Socialista dos Trabalhado-res Unifi cado (PSTU), José Maria de Almeida, conhe-cido como Zé Maria, cum-pre agenda de campanha eleitoral em Sergipe. Nesta segunda-feira (11), o pre-sidenciável realizou uma panfl etagem na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) no município de Laranjeiras.

De acordo com Zé Maria é preciso “atacar o machis-mo, racismo, homofobia e a violência policial contra os pobres e negros nas peri-ferias dos grandes centros urbanos”. O candidato do PSTU voltou a defender um modelo econômico que priorize os trabalhadores e o não pagamento da dívi-da pública. Zé Maria disse ser a favor da estatização

de bancos e empresas e das terras controladas pelo agronegócio, colocando os bens nacionalizados a ser-viço da população.

No restante da manhã ele atendeu a imprensa e se reuniu com lideranças lo-cais do partido em Aracaju. Ele retornou para São Paulo ainda ontem.

No domingo (10), o can-didato fez uma caminhada pela feira do município de Carmópolis e inaugurou o comitê de campanha. “Com a inauguração deste comitê, estamos chamando a popu-lação de Carmópolis a cons-truir uma campanha diferen-te, que defende a luta pelo socialismo, pela igualdade e por uma vida melhor”, acre-dita Zé Maria destacando a defesa da Petrobras.

O candidato esquerdis-ta também destacou que

o PSTU faz uma campa-nha mais voltada para os trabalhadores e operários. “A receptividade nessas cidades foi muito boa por-que sinto que as pessoas estão cansadas da políti-ca tradicional desse país. O nosso diferencial é que não aceitamos doações de empresários, isso nos deixa mais livres para as deci-sões de governo, por isso nossa campanha é mais modesta, a previsão é que custe cerca de R$ 300 mil”, afi rma Zé Maria.

Esta é a quarta vez que o candidato e também me-talúrgico, de 56 anos, con-corre ao cargo mais alto do executivo do país. Segundo sua assessoria de comuni-cação, Zé Maria é o primei-ro presidenciável a visitar Sergipe desde o registro das candidaturas.

Candidato pelo PSTU, Zé Maria esteve cumprindo agenda de campanha em Sergipe

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Luciana Genro discute sobre jurosEm entrevista à rádio

Gaúcha ontem, a candidata à Presidência da República pelo Psol, Luciana Genro, cri-ticou a manutenção da alta taxa de juros como medida de controle infl acionário. “A alta taxa de juros é o que benefi cia o banco e os es-peculadores. Para a gente controlar, é preciso olhar os preços administrados pelo governo, como a telefonia, a gasolina, a energia elétri-ca, a água e os alimentos”, defendeu a presidenciável, que estava acompanhada no estúdio por Roberto Robaina, candidata a governador do Rio Grande do Sul.

Sobre educação, Luciana deixou claro que sua priori-dade é universalizar o acesso

à universidade pública por meio de um maior investi-mento em educação. ” A revo-lução na estrutura tributária, por meio da regulamentação de imposto sob as grandes fortunas, acima de R$ 50 milhões, pode arrecadar R$ 90 milhões por ano, o que seria necessário para dobrar os investimentos na educa-ção”, disse.

Luciana Genro voltou a de-fender o fi m da guerra às drogas e a implementação de um novo modelo para acabar com o problema. Segundo ela, a política que temos hoje só aumenta a violência e a cor-rupção policial. “Esse modelo de combate ao narcotráfi co está falido. O Uruguai aponta um caminho. O tráfi co é pior

que a droga. Para se ter uma política de segurança pública que dialogue com os proble-mas sociais, precisamos tirar o usuário da guerra. A libera-ção da maconha é um passo nesse sentido. A maconha deve ser tratada no mesmo patamar do álcool e do cigar-ro”, afi rmou a candidata.

A candidata do Psol ainda disse que o Brasil deveria ter cortado relações com Is-rael. “Diante do tamanho do massacre, que nos assisti-mos ao povo palestino, seria necessário uma atitude mais dura, no sentido de romper relações diplomáticas com Israel, para tencionar para o fi m do desse genocídio que nós estamos assistindo na Palestina”, concluiu.

PROPOSTA

Luciana também fez críticas à educação e disse que quer universalizar o acesso às faculdades

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8 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Mário Adolfo e Isabella Siqueira de Castro e Costa

REPORTAGEMMoara Cabral,Joelma Muniz eAssessorias

REVISÃOGracycleide Drumond e João Alves

DIAGRAMAÇÃOMário Henrique Silva eLeonardo Cruz

TRATAMENTO DE FOTOSKlinger Santiago

Eduardo Campos se diz a favor do casamento gay Em entrevista a um site de notícias, candidato socialista também se declarou contra a liberação da maconha e ao aborto

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), dis-

se nesta segunda-feira, dia 11, que é a favor do casamen-to entre pessoas do mesmo sexo, contra a liberalização da maconha e descriminalização do aborto. É também a favor de estabelecer imposto para as grandes fortunas e contra a revisão da Lei da Anistia.

Essas questões fi zeram parte do “pinga-fogo” a que os jornalistas de um site nacional submeteram o can-didato na sabatina, que du-rou uma hora. Campos disse também que é a favor pela obrigatoriedade do voto e contra a união das polícias civil e militar. É também contra o ensino religioso nas escolas, por entender que religião tem que ser aprendida nas igrejas.

Durante os 45 minutos de duração da entrevista, Edu-ardo Campos insistiu que a economia precisa mudar, com mais crescimento e menor infl ação. “Felipão fez o 7 a 1 no campo e a Dilma fez o 7 a 1 na economia, com 7% de infl ação e 1% de crescimento. Isso precisa mudar, com a infl ação voltando ao centro da meta, em 4,5% e depois chegarmos aos 3%, que é uma infl ação que outros países da região, como Chile e Colôm-bia já tem”, disse Campos.

Para ele, o PSDB e PT já estiveram no poder nos últi-mos anos e já fi zeram o que podiam ter feito, mas hoje “não compreendem o pais que ajudaram a mudar e por isso nos apresentamos para im-plantar uma nova pauta para o país”, disse Campos

Quando lhe foi perguntado qual era a política para de-senvolvimento do Nordeste,

Campos defendeu o progra-ma Bolsa Família. “O Nordes-te tem 28% da população, 13% do PIB brasileiro, mas tem 50% dos pobres deste país. Por isso, o Brasil precisa voltar a crescer para poder-mos melhorar as condições de vida dessa população. A política do Bolsa Família foi importante e uma conquista, mas não vamos resolver a situação do Nordeste apenas com o Bolsa Família. Temos que melhorar a edução para a região, melhorar as condições da hidrovia do São Francisco e não permitir que os juros dos empréstimos do fundo de desenvolvimento para a região sejam mais altos do que os juros cobrados pelo BNDES”, disse Campos.

O socialista voltou a dizer que vai reduzir o número de Ministérios para algo como 20 ou 22, mas não disse quais vai reduzir. Hoje são 39 ministérios. Ele defendeu a criação de um fundo nacio-nal para o fi nanciamento do passe livre para estudantes das escolas públicas. Segun-do ele, se for eleito, vai criar um fundo com participação do Tesouro e com pelo menos 10% de contrapartida dos estados e municípios.

Aécio declarou que todas as denúncias deverão ser investigadas, pois causa perplexidades

Aécio pede apuração sobre doleiroO candidato à Presidência,

Aécio Neves (PSDB), comen-tou ontem as declarações de Meire Bonfi m Poza à revista “Veja” neste fi m de semana. Ela era contadora do dolei-ro Alberto Youssef - preso na operação Lava a Jato da Polícia Federal - e revelou detalhes sobre como funcio-nava o esquema de corrupção e desvio de dinheiro público que tinha como supostos benefi ciários empreiteiras, políticos e agentes públicos. O tucano disse que as denún-cias devem ser apuradas e, caso confi rmadas, é necessá-ria uma punição exemplar.

“Todas as denúncias que surgem devem ser investiga-das. Vamos aguardar que isso seja apurado. Mas é algo que causa certa perplexidade em todos nós”, afi rmou ele.

Segundo Aécio, o Brasil não pode viver mais o país da impunidade. “Vamos aguar-dar que as investigações possam aprofundar”.

O presidenciável também cobrou que a presidente Dilma Rousseff (postulante à reeleição pelo PT) efeti-vamente colabore com as investigações sobre as alte-rações de perfi s do Wikipédia a partir da rede do Palácio do Planalto. Caso contrário, voltou a dizer ele, o slogan do governo deveria mudar para aquele em que “ninguém sabe de nada”. Ao comentar a co-luna de Merval Pereira deste domingo, ele criticou ainda setores do PT que, segundo ele, se acham donos do esta-do e ultrapassam limites.

“Começam a querer ser dono da biografi a da vida

das pessoas. Ninguém foi ou é mais vítima desses ataques na internet do que eu”, disse ele. “Mas essa sempre foi uma arma que setores do PT utilizaram não apenas nesta eleição. Vamos nos lembrar dos aloprados lá atrás, com o Serra, com o Mário Covas, um tempo antes. Então, é uma arma deles. Espero, vencendo as eleições, restabelecer uma ação republicana do governo federal”, continuou.

O doleiro foi preso em 17 de março pela Polícia Federal na operação Lava a Jato, sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou maius de R$ 10 bilhões em 4 anos e tinha ramifi cações na Petrobras, no Ministério da Saúde, e no PP, PT e SDD.

ALBERTO YOUSSEF DIVULGAÇÃO

ASSINATURA NOMEEquipe EM TEMPO

Questionado sobre seu apoio no passado ao go-verno da presidente Dilma Rousseff e Lula, ambos do PT, o socialista explicou no-vamente que não “mudou de lado” ao ter apoiado o governo do PT de Lula e Dilma e agora se colocar como oposição.

“Eu não mudei de lado.

Nunca na minha vida mudei de lado. Sempre fui eleito pelo mesmo partido. Na vida, às vezes, temos que tomar atitude de coragem. E foi a atitude de coragem que tomei. É que o pais vinha mudando e parou de mudar no governo da presidente Dil-ma”, disse o candidato, que foi questionado por que se

aliou no governo do Pernam-buco a políticos tradicionais, como Severino Cavalcanti e Inocênio Oliveira.

Ainda durante entrevista, o presidenciável disse não ver problemas no fato de sua mãe, Ana Arraes, ser conselheira do Tribunal de Contas da União (TCU). Se-gundo o socialista, a mãe

não julgará contas do Go-verno Federal caso chegue à Presidência da República. “Ela não vai apreciar como magistrada nenhuma con-ta que nos envolva direta-mente. Fiquei sete anos e três meses no governo e tudo que se refere a con-vênios e recursos federais ela não julga”.

Candidato declara que nunca mudou de lado

Presidenciável também se mostrou favorável a estabelecer impostos para grandes fortunas e contra revisão da Lei da Anistia

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