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ELEGIBILIDADE DAS DESPESAS INERENTES ÀS PROPOSTAS DE
PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DE COOPERAÇÃO
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1. Objeto
O presente documento tem como objetivo tomar claros e criteriosos os critérios de
elegibilidade das despesas, previstas nos orçamentos de Programas, Projeto e Ações
de Cooperação (PPA) propostos para atribuição de financiamento do Camões, I.P.,
promovidos no quadro dos Programas Estratégicos de Cooperação (PEC), realizados
em prol do desenvolvimento de países recetores de ajuda pública ao desenvolvimento,
prioritariamente, os países de língua oficial portuguesa.
O presente documento contempla o enquadramento de financiamento do Camões, I.P.
aos PPA no âmbito da Cooperação Bilateral e Regional. Futuramente poderão ocorrer
ajustamentos destes critérios de elegibilidade das despesas, nomeadamente de
inserção de adaptações que se forem revelando necessárias em função de eventuais
alterações de enquadramento ou da aplicação prática dos procedimentos ora
instituídos.
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2. Condições de Elegibilidade das Despesas
2.1. Despesas Elegíveis
2.1.1. São elegíveis as despesas que decorram diretamente da natureza das atividades
a concretizar no âmbito do PPA, realizadas no período especificado no
cronograma, nomeadamente:
a) Identificação, conceção e análise de viabilidade do PPA, correspondentes às
Missões Técnicas e Estudos necessários;
b) Recursos Humanos, incluindo honorários e ajudas de custo;
c) Deslocações e estadas, incluindo viagens aéreas em classe económica,
alojamento em estabelecimento hoteleiro até três estrelas;
d) Obras e equipamentos;
e) Bens e Serviços indispensáveis à execução do PPA;
f) Prémios de Seguros que cubram os riscos da atividade desenvolvida a nível de
responsabilidade civil e de vida;
g) Acompanhamento, Auditoria e Avaliação do PPA, até um limite máximo de 10%
do seu valor global;
h) Outras necessárias à execução do projeto, até ao limite máximo de 5% do seu
valor global, a apreciar caso a caso pelo Camões, I.P.
2.1.2. Na elegibilidade das despesas relativas a ajudas de custo (necessárias para a
realização do projeto ou da atividade), deverá ser considerada a tabela específica
de cada entidade proponente, tendo como limite máximo o montante das ajudas
de custo aplicáveis na administração pública.
2.1.3. As despesas referidas nos números anteriores, devem, não só obedecer aos
princípios da boa gestão e racionalidade económica, em particular na relação
custo/benefício, como também observar o respeito pelas regras do mercado e da
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total transparência na Aquisição de Bens e Serviços, de acordo com a legislação
em vigor.
2.1.4. Quando cofinanciadas por organismos e instituições internacionais, devem ainda
observar as regras e procedimentos exigidos por tais organismos e instituições
desde que não sejam contrários à lei portuguesa.
2.2. Despesas Não Elegíveis
2.2.1. Não são elegíveis as despesas seguintes:
a) Contribuições valorizadas dos Parceiros locais, que no entanto devem ser
identificadas no PPA;
b) Gratificações, complementos de reforma e outros encargos sociais adicionais;
c) Operações efetuadas entre os promotores ou os executores dos PPA, bem
como entre estes e terceiros em que aqueles detenham qualquer interesse
direto ou indireto;
d) Imposto sobre o valor acrescentado ou equiparável, sempre que possa ser
considerado dedutível por força da legislação aplicável;
e) Outros impostos, contribuições e taxas, salvo se forem efetiva e
definitivamente suportados no âmbito da execução do PPA;
f) Despesas de representação;
g) Encargos financeiros, tais como juros, ágios, diferenças de câmbio, garantias e
comissões bancárias e outras despesas meramente financeiras, salvo se forem
efetiva e definitivamente suportados no âmbito da execução do PPA;
h) MuItas e penalidades de qualquer natureza e encargos com processos judiciais;
i) Aquisição de imóveis quando não constituam objeto do PPA;
j) Trespasses e direitos de utilização de espaços;
k) Aquisição de mobiliário e outros equipamentos administrativos com exceção
dos que se revelarem estritamente necessários à execução do PPA;
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l) Aquisição de veículos automóveis e outro material de transporte, exceto em
situações imprescindíveis e devidamente fundamentadas que garantam a boa
execução do PPA;
m) Aquisição de bens em estado de uso;
n) Trabalhos realizados pelo promotor ou executor para si próprio, classificáveis
na rubrica do POC “Trabalhos para a própria empresa”;
o) Custos internos de funcionamento das entidades promotoras ou executoras;
p) Despesas com estadias em estabelecimentos hoteleiros superiores a três
estrelas para a generalidade dos países, com exceção daqueles em que estes
estabelecimentos não apresentem condições mínimas de acordo com a
legislação aplicável;
q) Despesas com viagens de avião em classe executiva ou superior;
r) Outras rubricas consideradas não enquadradas na execução do PPA, supérfluas
ou excessivas.