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Estudo de Estabilidade Dinâmica de Redes Eléctricas para Determinação das Perturbações das Energias Renováveis sobre os Sistemas Elétricos das Ilhas da Madeira e do Porto Santo Fase 1 Elaboração de modelos matemáticos para simulação das redes eléctricas das ilhas da Madeira e do Porto Santo Sócio: AREAM - Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira Autor: Cie 3 - Centro para a Inovação em Engenharia Electrotécnica e Energia Data: Fevereiro de 2012

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  • Estudo de Estabilidade Dinâmica de Redes Eléctricas

    para Determinação das Perturbações das Energias

    Renováveis sobre os Sistemas Elétricos das Ilhas da

    Madeira e do Porto Santo

    Fase 1

    Elaboração de modelos matemáticos para

    simulação das redes eléctricas das ilhas da

    Madeira e do Porto Santo

    Sócio: AREAM - Agência Regional da Energia e Ambiente da Região

    Autónoma da Madeira

    Autor: Cie3 - Centro para a Inovação em Engenharia Electrotécnica e

    Energia

    Data: Fevereiro de 2012

  • PROGRAMA MAC 2007 - 2013

    Código: MAC/2/C113

    TRES

    TRansição para um modelo Energético Sustentável para a Madeira, Açores e Canárias

    Elaboração de modelos matemáticos para simulação das redes eléctricas das ilhas da Madeira e do Porto Santo - Estudo de Estabilidade Dinâmica de Redes Eléctricas para Determinação das Perturbações das Energias Renováveis sobre os Sistemas Elétricos das Ilhas da Madeira e do Porto Santo

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    AUTORES

    José Manuel Ferreira de Jesus, Professor Associado c/ Agregação

    Rui Manuel Gameiro de Castro, Professor Auxiliar

    Maria Eduarda de Sampaio Pinto de Almeida Pedro, Professora Auxiliar

  • PROGRAMA MAC 2007 - 2013

    Código: MAC/2/C113

    TRES

    TRansição para um modelo Energético Sustentável para a Madeira, Açores e Canárias

    Elaboração de modelos matemáticos para simulação das redes eléctricas das ilhas da Madeira e do Porto Santo - Estudo de Estabilidade Dinâmica de Redes Eléctricas para Determinação das Perturbações das Energias Renováveis sobre os Sistemas Elétricos das Ilhas da Madeira e do Porto Santo

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    SIGLAS E ABREVIATURAS

    AREAM Agência Regional de Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira

    EEM Empresa de Eletricidade da Madeira, S.A.

    IST/Cie3 Centro para Inovação em Engenharia Eletrotécnica e Energia do Instituto Superior

    Técnico

    RAM Região Autónoma da Madeira

    GEOL Gerador Eólico

    PE Parque Eólico

    PVF Parque Fotovoltaico

    MSVV Máquina Síncrona de Velocidade Variável

    MIDA Máquina de Indução Duplamente Alimentada

    MIRG Máquina de Indução de Rotor em Gaiola

    PV Ponta de Verão

    VI Vazio de Inverno

    CTV Central da Vitória

    V Tensão

  • PROGRAMA MAC 2007 - 2013

    Código: MAC/2/C113

    TRES

    TRansição para um modelo Energético Sustentável para a Madeira, Açores e Canárias

    Elaboração de modelos matemáticos para simulação das redes eléctricas das ilhas da Madeira e do Porto Santo - Estudo de Estabilidade Dinâmica de Redes Eléctricas para Determinação das Perturbações das Energias Renováveis sobre os Sistemas Elétricos das Ilhas da Madeira e do Porto Santo

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    ÍNDICE

    AUTORES ...................................................................................................................................... 2

    Siglas e abreviaturas ...................................................................................................................... 3

    1. Introdução ............................................................................................................................. 6

    2. Modelos utilizados ................................................................................................................. 8

    2.1. Modelos dos Geradores Síncronos ................................................................................... 9

    2.2. Modelos dos Geradores de Indução de Rotor em Gaiola (MIRG) ................................... 12

    2.3. Modelos dos Geradores de Indução Duplamente Alimentados (MIDA) e das Máquinas

    Síncronas de Velocidade Variável (MSVV) ..................................................................... 17

    2.4. Modelos dos Reguladores de Tensão ............................................................................. 25

    2.5. Modelos dos Reguladores Carga-Velocidade ................................................................. 27

    2.6. Modelo dos Painéis Fotovoltaicos ................................................................................... 33

    2.7. Sistemas de Proteção dos Geradores Eólicos e Painéis Fotovoltaicos ........................... 34

    2.8. Modelos do Sistema de Deslastre de Cargas .................................................................. 37

    3. Regime Estacionário ............................................................................................................ 39

    3.1. Previsão de Carga para 2020 e Cenários de Afetação e Despacho da Geração ............ 39

    3.2. Regime Estacionário ....................................................................................................... 45

    3.2.1. Ilha da Madeira ........................................................................................................ 46

    3.2.2. Ilha de Porto Santo ................................................................................................... 50

    4. Seleção Preliminar de Perturbações a Simular .................................................................... 53

    4.1. Seleção dos Locais para Simular a Ocorrência dos Defeitos .......................................... 54

    4.2. Exemplo do Impacte de Rajadas de Vento ..................................................................... 57

    4.3. Exemplo do Impacte da variação da velocidade do vento ............................................... 61

    4.4. Exemplo do Impacte da Variação da Irradiância Solar .................................................... 65

    5. Conclusões e Prossecução dos Estudos ............................................................................. 68

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    1. INTRODUÇÃO

    Este relatório trata-se da primeira fase de um estudo que visa avaliar o impacte que o aumento de

    potência instalada em energias renováveis tem sobre as redes eléctricas das ilhas da Madeira e do

    Porto Santo até o ano 2020, e enquadra-se no projeto TRES - Transição para um modelo

    Energético Sustentável para a Madeira, Açores e Canárias, co-financiado pelo Programa

    Transnacional MAC 2007-2013.

    Com este objetivo, a AREAM adjudicou ao Instituto Superior Técnico – Centro para a Inovação em

    Engenharia Electrotecnia e Energia, IST/Cie3, um estudo que visa avaliar o montante de potência

    eólica e fotovoltaica instalada que é tecnicamente admissível no ano alvo estipulado, 2020.

    Para a ilha da Madeira, a AREAM propõe que se estude a viabilidade de ter, no ano de 2020, uma

    potência eólica máxima instalada de 150 MW e uma potência fotovoltaica máxima instalada de 50

    MW. Para a ilha de Porto Santo estes montantes seriam, para o mesmo ano, de 4 MW e 5 MW,

    respectivamente.

    Para a realização deste estudo, a AREAM forneceu ao IST/Cie3 os dados respeitantes às

    configurações das redes de energia eléctrica das ilhas da Madeira e do Porto Santo em 2010.

    Para o ano de 2020, a AREAM prevê a existência de dois novos aproveitamentos hidroelétricos

    com bombagem na ilha da Madeira. A central da “Calheta 3” terá 30 MW de geração e cerca de 18

    MW de bombagem. Esta central deverá estar ligada à rede em 2014. A central do “Chão da Lagoa”

    terá características semelhantes à central da “Calheta 3”.

    O presente relatório, fase 1 do estudo, encontra-se organizado em 5 capítulos:

    No Capítulo 2 descrevem-se os modelos e os parâmetros que serão utilizados para a

    realização do estudo.

    No Capítulo 3 são feitas as projecções de consumo nas ilhas da Madeira e do Porto Santo

    para o ano alvo, 2020, e são efectuados estudos em regime estacionário das redes

    eléctricas da RAM nos anos de 2010 e 2020. Os estudos realizados para o ano de 2020

    assumem a não existência de reforços, nem na potência das linhas de transporte e

    distribuição, nem na potência dos transformadores.

    No Capítulo 4 desenvolve-se uma metodologia para a escolha dos locais da rede eléctrica

    da ilha da Madeira onde vão ser simulados os defeitos que permitem avaliar o

    comportamento transitório desta rede. Neste capítulo é ainda realizado um estudo

    preliminar do impacte que rajadas de vento e/ou variações da velocidade média do vento

    têm na dinâmica das redes eléctricas da ilha da Madeira. É também realizado um estudo

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    preliminar do impacte das variações da irradiância solar na resposta transitória da rede da

    ilha de Porto Santo.

    No capítulo 5 relatam-se as principais conclusões do trabalho realizado até ao momento e

    apresentam-se os dados que a AREAM deve disponibilizar para a continuação dos estudos.

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    2. MODELOS UTILIZADOS

    Neste capítulo, apresenta-se os modelos que serão utilizados nos estudos das redes eléctricas das

    ilhas da Madeira e do Porto Santo.

    Em 2010 já se encontravam instalados os quatro grupos novos na central térmica da “Vitória”, três

    grupos Diesel, com uma potência nominal unitária de 20,6 MVA, e uma turbina a vapor, com uma

    potência nominal unitária de 5 MVA. O vapor necessário para o funcionamento desta turbina é

    produzido por uma caldeira que recupera a energia térmica dissipada nos grupos Diesel, pelo que

    a potência disponível na turbina a vapor depende do estado de carga dos grupos Diesel.

    No ano de 2010, a potência eólica instalada na ilha da Madeira era de 43,9 MW, sendo o valor

    desta potência instalada no Porto Santo igual a 1,11 MW. Neste mesmo ano, a potência

    fotovoltaica instalada na ilha da Madeira era igual a 6 MW, sendo a potência fotovoltaica instalada

    na ilha do Porto Santo igual a 2 MW. Na ilha da Madeira, em 2011, entraram em funcionamento

    dois novos PFV com uma potência instalada total de 9 MW, pelo que, actualmente, na ilha da

    Madeira, a potência fotovoltaica instalada totaliza 15 MW.

    As tecnologias utilizadas nos geradores eólicos instalados nas ilhas da Madeira e do Porto Santo

    são as seguintes:

    Geradores directamente ligados à rede de energia eléctrica equipados com máquinas de

    indução de rotor em gaiola (MIRG – tipo I).

    Geradores directamente ligados à rede de energia eléctrica equipados com máquinas de

    indução de rotor bobinado (MIRG – tipo II).

    Geradores ligados à rede de energia eléctrica através de conversores corrente

    alternada / corrente contínua / corrente alternada (ca/cc/ca) equipados com máquinas de

    indução duplamente alimentadas (MIDA).

    Geradores ligados à rede de energia eléctrica através de conversores corrente

    alternada / corrente contínua / corrente alternada, equipados com máquinas síncronas de

    velocidade variável (MSVV).

    Os geradores eólicos da ENERGÓLICA e Porto Santo EEM estão equipados com máquinas de

    indução de rotor em gaiola, sendo que os geradores eólicos da ENEREEM estão equipados com

    geradores de indução de rotor bobinado. Nestes últimos geradores, a resistência do rotor é variável

    para maximizar o rendimento das máquinas. Tanto uns como outros são genericamente

    classificados como MIRG. Contudo, como as tecnologias não são iguais, optou-se por os classificar

    como MIRG tipo I e II, respectivamente.

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    Actualmente, a maioria das empresas concessionárias das redes de transporte têm produzido

    códigos de ligação de GEOL à rede, onde se estipula que estes não sejam desligados durante a

    ocorrência de cavas de tensão e que, durante a ocorrência destas, injectem potência reactiva na

    rede. Os geradores eólicos do tipo MIRG não obedecem a estes requisitos, pelo que são

    desligados aquando da ocorrência de cavas de tensão. O mesmo sucede com os PFV, ou seja,

    estes são desligados aquando da ocorrência de cavas de tensão.

    Admite-se que todos os geradores eólicos do tipo MIDA e MSVV estão equipados com sistemas

    que lhes permitem resistir às cavas de tensão, obedecendo assim às especificações produzidas

    nos códigos de rede estabelecidos pelas entidades concessionárias das redes de

    transporte/distribuição, no caso vertente, a EEM.

    2.1. MODELOS DOS GERADORES SÍNCRONOS

    A grande maioria das centrais hidroeléctricas e térmicas que compõem o sistema electroprodutor

    da RAM estão equipadas com máquinas síncronas de polos salientes.

    Para os estudos em regime estacionário, os geradores síncronos das centrais são modelados

    como nós do tipo “potência activa constante – módulo da tensão constante” (nós tipo PV). Para

    este tipo de nós, o programa utilizado “PSS/E1” solicita, adicionalmente, os limites de produção

    máximo e mínimo de potência reactiva, a potência nominal da máquina em MVA e a reactância

    subtransitória da máquina na base da potência nominal desta.

    Para as simulações em regime transitório, existe na biblioteca do PSS/E-32 um modelo, “GENSAL”,

    que é o adequado para simular este tipo de máquinas. Os dados a fornecer a este modelo têm

    como grandezas base a potência nominal e a tensão nominal da máquina, e compreendem as

    constantes de tempo transitórias e subtransitórias em vazio (T’d0, T’’d0 e T’’q0), a constante de inércia

    (H), o amortecimento (D), as reactâncias síncronas, transitórias, subtransitórias e de dispersão do

    estator (Xd, Xq, X’d, X’’d e Xl) e a característica de magnetização da máquina.

    Para as centrais térmicas existentes na RAM, a AREAM disponibilizou ao IST/Cie3 os dados

    necessários para fornecer aos modelos utilizados. Para os grupos existentes nestas centrais foi

    apenas necessário arbitrar os valores das reactâncias de dispersão do estator, Xl, e os parâmetros

    da característica de magnetização, tendo sido considerados valores típicos para este tipo de

    máquinas.

    Para os novos grupos Diesel instalados na central térmica da “Vitória”, (G17CTV, G18CTV,

    G19CTV e G20CTV), foram considerados os parâmetros constantes nos documentos

    disponibilizados pela AREAM.

    1 PSS®E Version 32, Siemens PTI – Software Solutions.

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    Para os grupos das centrais hídricas existentes na ilha da Madeira assumiram-se valores típicos

    baseados na potência nominal das máquinas e na sua velocidade de rotação destas.

    Os parâmetros dos grupos da nova central reversível da “Calheta”, denominada GR2CAV, foram

    considerados idênticos aos dos grupos da central dos “Socorridos”.

    As Tabelas 1 e 2 (Madeira, centrais térmicas e hídricas, respectivamente), e a Tabela 3 (Porto

    Santo, centrais térmicas), listam os dados usados nos estudos em regime estacionário e transitório.

    Tabela 1: Dados dos geradores síncronors; centrais térmicas; Madeira

    Barramentos GRMSR GRCTC G1CTV e G2CTV G3CTV G4CTV a G6CTV G7CTV a G10CTVG11CTV a

    G15CTV

    G17CTV a

    G19CTVG20CTV

    Un (kV) 6,6 11 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 11 11

    Sn (MVA) 6 37,5 9,8 9,8 10 12,5 12,5 20,7 5,85

    Pn (MW) 8,82 30,1 7,84 7,84 8 10 10 17 4,68

    Cos(F) 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8

    Pmax (MW) 4,8 30,3 6 5 6,9 9,4 10,1 17 4,68

    Pmin(MW) 4,8 5 4 4 4,5 6,3 6,8 8,5 0

    H (s) para Sb=Sn 2,52 7,34 2,52 2,52 5,36 6,32 7,34 7,34 5

    D (p.u/Hz) 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

    Rs ( pu) 0,000 0 0 0 0 0 0 0 0

    Xd (pu) 2,254 1,431 1,74 1,74 2,001 1,183 1,431 1,874 2,11

    Xq (pu) 1,127 0,941 0,741 0,741 1,241 0,752 0,941 0,945 1,06

    X'd (pu) 0,311 0,288 0,411 0,411 0,301 0,278 0,288 0,324 0,285

    X'q (pu) - - - - - - - - -

    X''d (pu) 0,172 0,212 0,271 0,271 0,201 0,188 0,212 0,198 0,195

    Xl (pu) 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,172 0,15

    X''q (pu) 0,172 0,212 0,271 0,271 0,201 0,188 0,212 0,224 0,195

    Xi (pu) 0,172 0,212 0,271 0,271 0,201 0,188 0,212 0,267 0,205

    Xo (pu) 0,089 0,094 0,1401 0,1401 0,086 0,075 0,094 0,105 0,058

    T'd0 (s) 5,03 2,98 4,4 4,4 3,53 4,47 2,98 9,298 4,4

    T''d0 (s) 0,08 0,04 0,11 0,11 0,02 0,06 0,04 0,02962 0,03

    T''q0 (s) 0,19 0,12 0,19 0,19 0,09 0,17 0,12 0,1296 0,1

    Geradores Síncronos das Centrais Térmicas e da Central de Residuos Sólidos - Madeira

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    TRansição para um modelo Energético Sustentável para a Madeira, Açores e Canárias

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    11

    Tabela 2: Dados dos geradores síncronos; centrais hídricas; Madeira

    Tabela 3: Dados dos geradores síncronos; centrais térmicas; Porto Santo

    Barramentos GRSCR G1RDJ e G2RDJ GRCAV_1 GRCAV_2GR2CAV_1 e

    GR2CAV_2GRCTI G1SDA e G2SDA

    GR1FDN e

    GR2FDNGRFDP GRSTQ

    Un (kV) 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 0,4 6,6

    Sn (MVA) 30 2 3 2,7 20 8,8 2 1,5 2,1 2,1

    Pmax (MW) 24 1,5 2,4 2,1 15 7,3 2 1,5 1,7 1,7

    Pmin (MW) 2 0,75 1,2 0,3 2 1,825 0,6 0,6 1,7 1,7

    H (s) para Sb=Sn 8,500 4,000 4,240 4,240 8,500 2,06 3,06 4 4 4

    D (p.u/Hz) 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

    Rs (pu) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Xd (pu) 1,52 1,15 1,15 1,15 1,52 1,52 1,15 1,15 2,11 1,15

    Xq (pu) 1 0,75 0,75 0,75 1 1 0,75 0,75 1,1 0,75

    X'd (pu) 0,2 0,37 0,37 0,37 0,2 0,2 0,37 0,37 0,26 0,37

    X'q (pu) - - - - - - - - - -

    Xl (ou) 0,1 0,15 0,15 0,15 0,10 0,10 0,15 0,15 0,15 0,15

    X''d (pu) 0,13 0,24 0,24 0,24 0,13 0,13 0,24 0,24 0,2 0,24

    X''q(pu) 0,13 0,24 0,24 0,24 0,13 0,13 0,24 0,24 0,2 0,24

    T'd0 (s) 3,8 1,55 1,55 1,55 3,8 3,8 1,55 1,55 2,47 1,55

    T''d0 (s) 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,015 0,018 0,015

    T''q0 (s) 0,077 0,031 0,031 0,031 0,077 0,077 0,031 0,031 0,055 0,031

    Geradores Síncronos das Centrais Hidroeléctricas - Madeira

    Barramentos G1CNP e G2CNP G3CNP a G6CNP

    Un (kV) 6,6 6,6

    Sn (MVA) 3,5 5,16

    Pn (MW) 1,5 3,4

    Cos(F) 0,8 0,8

    Pmax (MW) 1,5 3,4

    Pmin(MW) 0,8 1,7

    H (s) para Sb=Sn 7,34 7,34

    D (pu/Hz) 0,01 0,01

    Rs ( pu) 0 0

    Xd (pu) 1,431 1,431

    Xq (pu) 0,941 0,941

    X'd (pu) 0,288 0,288

    X'q (pu) - -

    X''d (pu) 0,212 0,212

    Xl (pu) 0,15 0,15

    X''q (pu) 0,212 0,212

    Xi (pu) 0,212 0,212

    Xo (pu) 0,094 0,094

    T'd0 (s) 2,98 2,98

    T''d0 (s) 0,04 0,04

    T''q0 (s) 0,12 0,12

    Geradores Síncronos das Centrais Térmicas - Porto

    Santo

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    12

    2.2. MODELOS DOS GERADORES DE INDUÇÃO DE ROTOR EM GAIOLA (MIRG)

    Os GEOL inicialmente instalados na RAM encontram-se equipados com geradores de indução com

    o rotor quer bobinado quer em gaiola. Acresce que, na ilha da Madeira, as centrais hídricas do

    “Lombo do Brasil” e da “Terça” encontram-se também equipadas com geradores de indução de

    rotor em gaiola.

    Para estudos em regime estacionário, os modelos deste tipo de máquinas são similares aos

    modelos utilizados para as máquinas síncronas, os quais se encontram descritos na secção 2.1. A

    única diferença prende-se com os limites de potência reactiva: como as máquinas de indução são

    consumidoras líquidas de potência reactiva, os limites máximo e mínimo desta potência são iguais

    e iguais ao valor de potência reactiva consumida nas condições de carga em que a máquina de

    indução se encontra.

    Para os estudos em regime transitório são utilizados, para estas máquinas, os modelos “CIMTR3”,

    “Generic WT1” e “Generic WT2”, que se encontra na biblioteca do PSS/E-32. O modelo “CIMTR3” é

    utilizado para modelar os geradores de indução que equipam as centrais hídricas do “Lombo do

    Brasil” e da “Terça”. O modelo “Generic WT1” é utilizado para modelar os GEOL da ENERGÓLICA

    (PE2, PE3 e PE4) e Porto Santo EEM, sendo o modelo “Generic WT2” utilizado para modelar os

    GEOL da ENEREEM (PE1) e Porto Santo ENEREEM.

    Os modelos “Generic WT1” e “Generic WT2”, para além do modelo do gerador de indução (de rotor

    em gaiola, no caso do modelo “Generic WT1” e de rotor bobinado, com resistência rotórica variável,

    no caso do modelo “Generic WT2”), englobam o modelo do veio, o modelo da turbina eólica e, no

    caso do modelo “Generic WT2”, o modelo do controlador da resistência rotórica. O modelo do

    gerador do modelo “Generic WT1” é idêntico ao modelo “CIMTR3”.

    Nas Figuras 1, 2 e 3, apresentam-se os diagramas de blocos do modelo do veio, do modelo da

    turbina e do controlador da resistência rotórica, respectivamente.

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    13

    Figura 1: Diagrama de blocos do modelo do veio; modelos “Generic WT1” e “Generic WT2”2

    Figura 2: Diagrama de blocos do modelo da turbina; modelos “Generic WT1” e “Generic WT2”

    2 Os diagramas de blocos apresentados neste documento foram retirados do Manual de Instruções “PSS®E 32.0.5 – Online Documentation”, PSS®E Version 32.0.5, Siemens PTI – Software Solutions, October 2010.

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    14

    Figura 3: Diagrama de blocos do controlador da resistência rotórica; modelo “Generic WT2”

    Os dados a fornecer ao modelo “CIMTR3” têm como grandezas base a potência nominal e a

    tensão nominal da máquina e compreendem as constantes de tempo associadas à máquina ser de

    gaiola simples ou dupla (T’ e T’’), a constante de inércia (H), o amortecimento (D), as reactâncias

    síncronas, X, transitórias, X’, subtransitórias (só no caso da máquina ser de dupla gaiola), X’’, de

    dispersão do estator, Xl, e a característica de magnetização da máquina.

    A Tabela 4 descrimina os valores dos dados fornecidos aos modelos dos geradores utilizados para

    modelação das centrais / parques eólicos equipados com geradores de indução de rotor em gaiola

    nas ilhas da Madeira e do Porto Santo. A maioria dos dados introduzidos nos modelos foi fornecida

    pela AREAM, com a excepção dos dados correspondentes à característica de magnetização das

    máquinas, tendo, neste caso, sido utilizados valores típicos.

    Na Tabela 5 apresentam-se os dados respeitantes ao modelo das máquinas de indução com rotor

    bobinado e resistência rotórica variável.

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    15

    Tabela 4: Dados dos geradores de indução de rótor eem gaiola

    GR1PE2GR2PE2 a

    GR6PE2PE3 e PE4

    GRWP1

    (PS-EEM)GRLBR GRTER

    Un (kV) 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4

    Sn (kVA) 147,7 170,5 170,5 250 190 900

    Pmax (kW) 130 150 150 225 180 720

    Pmin (kW) 0 0 0 0 150 720

    T' (pu) 0,79 0,79 0,79 0,52 0,43 0,46

    T'' (pu) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    H (s) - - - - 0,16 4,00

    X (pu) 1,66 1,92 1,92 2,49 2,29 4,72

    X' (pu) 0,18 0,21 0,21 0,28 0,12 0,25

    X'' (pu) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    Xl (pu) 0,06 0,07 0,07 0,11 0,06 0,11

    Xl (pu) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

    Xl (pu) 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07

    Xl (pu) 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20

    Xl (pu) 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28

    Xl (pu) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    Dados Geradores de Indução Rotor em Gaiola dos Parques Eólicos da RAM e

    Centrais Hídricas da Madeira

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    16

    Tabela 5: Dados dos geradores de indução de rotor bobinado

    Na Tabela 6 apresentam-se os dados respeitantes aos modelos do controlador da resistência

    rotórica para os GEOL equipados com geradores de indução de rotor bobinado, os dados

    respeitantes aos modelos do veio e os dados respeitantes aos modelos das turbinas eólicas para

    os GEOL equipados com máquinas de indução de rotor em gaiola e máquinas de indução de rotor

    bobinado.

    PE1GRWP2

    (PS-ENEREEM)

    Un (kV) 0,69 0,69

    Sn (kVA) 750 750

    Pmax (kW) 660 660

    Pmin (kW) 0 0

    XA [pu] 0,1070 0,1070

    XM [pu] 4,4270 4,4270

    X1 0,1400 0,1400

    R_ROT_MACH 0,0063 0,0063

    R_ROT_MAX 0,1021 0,1021

    E1 1,0000 1,0000

    S(E1) 0,0000 0,0000

    E2 1,2000 1,2000

    S(E2) 0,0000 0,0000

    Pref_1 0,0000 0,0000

    Pref_2 0,0217 0,0217

    Pref_3 0,8988 0,8988

    Pref_4 0,9000 0,9000

    Pref_5 0,9050 0,9050

    Slip_1 0,0000 0,0000

    Slip_2 0,0054 0,0054

    Slip_3 0,0200 0,0200

    Slip_4 0,0400 0,0400

    Slip_5 0,1000 0,1000

    Dados Geradores de Indução de Rotor Bobinado

    da RAM

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    17

    Tabela 6: Dados do controlador da resistência do rotor, veio e turbina dos GEOL tipo MIRG.

    2.3. MODELOS DOS GERADORES DE INDUÇÃO DUPLAMENTE ALIMENTADOS (MIDA) E DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS DE VELOCIDADE VARIÁVEL (MSVV)

    Os GEOL recentemente instalados na ilha da Madeira são, na sua grande maioria, do tipo MIDA,

    da Vestas. Os novos PE da Perform encontram-se equipados com GEOL do tipo MSVV, da Eozen.

    O IST/Cie3 está a proceder à aquisição dos modelos dos GEOL da Vestas, modelos que foram

    desenvolvidos para o programa PSS/E da Siemens, o programa utilizado neste estudo.

    Por forma a prosseguir com os estudos, o IST/Cie3 decidiu, para este primeiro relatório, utilizar os

    modelos dos GEOL de tipo MIDA e MSVV disponibilizados no PSS/E pelo fabricante General

    Electric. A Eozen não tem modelos dos GEOL para o PSS/E, pelo que, para o caso dos GEOL do

    tipo MSVV, torna-se necessário recorrer a modelos de GEOL deste tipo disponíveis no PSS/E.

    Dado que a Generel Electric disponibiliza para o PSS/E modelos para os GEOL do tipo MIDA e

    MSVV e que o IST/Cie3 já tem experiência em trabalhar com estes modelos, optou-se por recorrer

    aos modelos deste fabricante nesta fase. Se os modelos da Vestas forem disponibilizados em

    tempo útil, o IST/Cie3 substituirá os modelos dos GEOL de tipo MIDA da Generel Electric pelos

    modelos da Vestas.

    TipoWT2E1:

    Resistência rotor

    PE1 e

    GRWP2 (PS-ENEREEM)

    Tsp 0,05

    Tpe 0,05

    Ti 1,00

    Kp 1,00

    ROTRV_Max 0,99

    Rotrv_Min 0,05

    Tipo

    PE1 e

    GRWP2 (PS-ENEREEM)PE2, PE3 e PE4

    GRWP1

    (PS-EEM)

    H 4,940 3,430 2,000

    D 0,000 0,000 0,000

    Htfrac 0,810 0,918 0,918

    Freq1 1,500 5,000 5,000

    Dshaft 0,300 1,000 1,000

    WT12T1: Veio

    Tipo

    PE1 e

    GRWP2 (PS-ENEREEM)

    PE2, PE3, PE4 e

    GRWP1 (PS-EEM)

    Droop 0,015 0,015

    KP 20,000 0,100

    TI 1,000 0,050

    TI 0,100 0,100

    T2 0,100 0,100

    TPE 0,100 0,100

    LIMMAX 1,000 0,910

    LIMMIN 0,250 0,250

    WT12A1: Turbina

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    18

    A potência dos GEOL do tipo MIDA da Generel Electric é de 1,5 MW, sendo a potência dos GEOL

    do tipo MSVV da Generel Electric de 2,5 MW. Os GEOL do tipo MIDA da Vestas instalados na ilha

    da Madeira possuem potências de 850 kW e 3 MW (no Loiral 2). Os GEOL do tipo MSVV possuem

    potência igual a 1,5 MW. Em virtude das diferenças da potência unitária das turbinas existentes, o

    IST/Cie3 decidiu dimensionar os parques com base nas potências unitárias das turbinas da Generel

    Electric, garantindo, no entanto, que o total da potência instalada em cada parque seria mantido.

    Assim, no caso dos parques eólicos “Quinta do Lorde” (QL), “Pedras” (EPED), “Loiral I” (ELOI1),

    Perform “Fonte do Juncal” e Perform “Norte” (PEN), o número de turbinas considerado é superior

    ao existente na realidade (a potência unitária das turbinas instaladas é inferior à potência unitária

    das turbinas da General Eletcric). No caso do PE “Loiral II” (ELOI2), o número de turbinas

    consideradas é superior às instaladas neste parque. A Tabela 7 ilustra esta situação.

    Tabela 7: Simulação dos GEOL Vestas/Eozen por GEOL General Electric.

    De acordo com a documentação recebida da AREAM, a potência eólica total injectada será igual a

    35,1 MW, valor que corresponde a 80% da potência eólica instalada. Como os parques simulados

    com GEOL da General Electric têm um valor de potência instalada superior, a potência injectada

    por estes parques é cerca de 75% da potência instalada.

    Os modelos de GEOL utilizados integram três submodelos específicos tanto para os GEOL do tipo

    MIDA como para os do tipo MSVV. Os submodelos específicos simulam a turbina e o controlador

    da turbina, o gerador e os conversores, e os sistemas de controlo de geradores e conversores.

    Para além destes submodelos, são ainda utilizados modelos para a velocidade do vento que serve

    de input para o GEOL, e um modelo para o sistema de duas massas do rotor associado à caixa de

    velocidades da turbina.

    A Figura 4 descreve a ligação entre os vários modelos.

    DescriçãoBarramento de

    ligaçãoLocalização

    Grupos

    Vestas/EozenP_Inst Real (MW) Grupos GE P_Inst GE (MW)

    Quinta do Lord PED3 Paúl da Serra 3x850 2,6 2x1500 3,0

    ENEREEM Pedras PED3 Paúl da Serra 12x850 10,2 7x1500 10,5

    ENEREEM Loiral I LOI3 Paúl da Serra 6x850 5,1 4x1500 6,0

    ENEREEM Loiral II LOI3 Paúl da Serra 2x3000 6,0 4x1500 6,0

    Perform Fonte do Juncal BDC3_1 Paúl da Serra 4x1500 6,0

    Perform Norte BDC3_1 Paúl da Serra 4x1500 6,05x2500 12,5

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    19

    Figura 4: Diagrama de blocos dos modelos para simulação de GEOL do tipo MIDA/MSVV do PSS/E-32

    Na modelação dos parques eólicos optou-se por modelar cada GEOL individualmente. A Figura 5

    ilustra a modelação dos parques eólicos Perform “Norte” e Perform “Juncal”.

    Para estes estudos optou-se por manter a maioria dos parâmetros que a General Electric

    aconselha para os modelos que desenvolveu para os seus GEOL. Contudo, como os GEOL

    instalados na ilha da Madeira pertencem a outros fabricantes (Vestas e Eozen), e para estes

    estudos importa modelar de uma forma rigorosa o comportamento dos GEOL aquando da

    ocorrência de perturbações, alguns dos parâmetros dos GEOL modelados terão parâmetros

    diferentes dos sugeridos pela General Electric. Especificamente, pretende-se modelar, de uma

    forma tão rigorosa quanto possível, a potência reactiva injectada pelos GEOL durante a ocorrência

    de uma cava de tensão.

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    20

    Figura 5: : Representação dos parques eólicos Perform “Norte” e Perform “Fonte do Juncal”

    Para ajudar a compreender o impacte da injecção de potência reactiva durante a ocorrência de

    cavas de tensão, simulou-se um curto-circuito na Alta Tensão (AT) da subestação da “Vitória”

    (VTO), com início em t = 0,1 s e duração 0,1 s. Observou-se o comportamento de um dos

    aerogeradores do parque eólico das “Pedras” (EPED), tipo MIDA, e consideraram-se três

    situações:

    A – Parâmetros do fabricante.

    B – Parâmetros alterados por forma a que a injecção de potência reactiva pelo GEOL seja

    inferior à proposta pelo fabricante.

    C – Parâmetros alterados por forma a que a injecção de potência reactiva pelo GEOL seja

    inferior à injectada em B.

    Nas Figuras 6, 7 e 8, ilustra-se a variação da tensão aos terminais de um GEOL do parque eólico

    das “Pedras” (Figura 6), a variação da potência activa injectada por este GEOL durante este

    período (Figura 7), e a variação da potência reactiva injectada por este mesmo GEOL no referido

    período (Figura 8).

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    21

    Figura 6: Tensão aos terminais de um GEOL do PE das “Pedras” (EPED), tipo MIDA, quando da ocorrência de uma cava de tensão; defeito na AT da subestação da “Vitória”

    Como é visível na Figura 6, quanto maior é a potência reactiva injectada aquando da ocorrência da

    cava de tensão, menor a profundidade desta cava.

    Figura 7: Potência activa injectada por um GEOL do PE das “Pedras” (EPED), tipo MIDA, quando da ocorrência de uma cava de tensão; defeito na AT da subestação da “Vitória”

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    22

    Conforme ilustrado na Figura 7, a potência activa injectada pelo GEOL do tipo MIDA durante a

    ocorrência da cava de tensão é nula, não dependendo da quantidade de potência reactiva

    injectada pelo GEOL.

    Figura 8: Potência reactiva injectada por um GEOL do PE das “Pedras” (EPED), tipo MIDA, quando da ocorrência de uma cava de tensão; defeito na AT da subestação da “Vitória”

    A Figura 8 ilustra a potência reactiva injectada durante a ocorrência das cavas de tensão.

    Conforme acima referido, o caso A ilustra a potência reactiva injectada durante a ocorrência da

    cava de tensão quando se utilizam os parâmetros aconselhados pelo fabricante destes GEOL

    (General Electric). Os outros dois casos ilustrados na Figura 8 reportam situações em que se

    alteraram os parâmetros aconselhados pelo fabricante por forma a diminuir o montante de potência

    reactiva injectada durante a cava de tensão.

    As Figuras 9, 10 e 11 ilustram situações idênticas às representadas nas Figuras 6,7 e 8 para um

    GEOL do tipo MSVV. Desta feita, observa-se o comportamento de um GEOL do PE Perform

    “Norte” e Perform “Juncal” (PEN), para o mesmo defeito simulado anteriormente.

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    23

    Figura 9: Tensão aos terminais de um GEOL do PE Perform “Norte” e Perform “Juncal” (PEN), tipo MSVV, quando da ocorrência de uma cava de tensão; defeito na AT da subestação da “Vitória”

    Conforme é visível na Figura 9, a tensão aos terminais do GEOL no caso C apresenta um valor

    inferior a 0,2 pu. Nestas condições, e tendo em conta as especificações impostas pela EEM aos

    GEOL instalados na ilha da Madeira, as proteções deverão disparar, sendo os GEOL retirados de

    serviço. Só para tensões aos terminais dos GEOL superiores a 0,2 pu é que a EEM impõe que os

    GEOL não sejam desligados. Esta situação encontra-se ilustrada na Figura 10, no caso C, em que

    se observa a desligação do GEOL.

    Como é visível na Figura 10, o GEOL, no caso C, é retirado de serviço para t = 0,25 s,na sequência

    da tensão aos seus terminais ter descido abaixo de 0,2 pu. Note-se que nos GEOL de tipo MSVV,

    a potência activa injectada durante a ocorrência da cava de tensão não se anula, como sucede no

    caso dos GEOL do tipo MIDA (ver Figura 8).

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    24

    Figura 10: : Potência activa injectada por um GEOL do PE Perform “Norte” e Perform “Juncal” (PEN), tipo MSVV, quando da ocorrência de uma cava de tensão; defeito na AT da subestação da “Vitória”

    Figura 11: Potência reactiva injectada por um GEOL do PE Perform “Norte” e Perform “Juncal” (PEN), tipo MSVV, quando da ocorrência de uma cava de tensão; defeito na AT da subestação da “Vitória”

    Conforme é visível na Figura 11, no caso C, alteraram-se os parâmetros do fabricante por forma a

    garantir que, durante a ocorrência da cava de tensão, a potência reactiva injectada pelo GEOL

    fosse nula. Da análise da Figura 9 e da Figura 11 pode concluir-se que a injeção de potência

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    25

    reactiva durante a ocorrência da cava de tensão assegura que a tensão aos terminais do GEOL se

    mantém acima do valor que ocasiona o disparo do GEOL (V < 0,2 pu).

    Por forma a modelar corretamente o comportamento dos GEOL da Vestas e da Eozen carece-se,

    neste fase, de indicações quantitativas das potências activa e reactiva injectadas pelos GEOL

    durante a ocorrência de cavas de tensão.

    2.4. MODELOS DOS REGULADORES DE TENSÃO

    Os dados fornecidos pela AREAM relativos aos reguladores de tensão associados aos grupos

    síncronos existentes nas centrais da ilha da Madeira indiciam que estes equipamentos são

    modelados recorrendo ao modelo “IEEET1” existente na biblioteca do PSS/E-32.

    A Figura 12 ilustra o diagrama de blocos do modelo “IEEET1”.

    Figura 12: Diagrama de blocos do regulador tensão “IEEET1”

    Utilizando o PSS/E-32, realizou-se um teste específico ao modelo do regulador de tensão utilizando

    os parâmetros fornecidos pela AREAM. Para cada regulador de tensão, foi aplicado um escalão na

    tensão de referência, VREF, e analisada a resposta do regulador a este escalão de tensão. Os

    resultados deste estudo conduziram à necessidade de ajustar alguns parâmetros fornecidos pela

    AREAM, nomeadamente no que respeita os grupos G17CTV a G19CTV. Na maioria dos casos, o

    ajuste do ganho da retroação diferencial, KF, revelou-se adequado à correção da resposta do

    regulador face a um escalão na tensão de referência. Nalguns casos houve necessidade de ajustar

    o parâmetro da excitatriz, TE.

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    26

    Para os reguladores de tensão dos geradores da nova central reversível da “Calheta”, GR2CAV,

    foram considerados parâmetros idênticos aos dos reguladores de tensão dos grupos da central

    hidroeléctrica dos “Socorridos”.

    As tabelas 8 e 9 listam os dados fornecidos ao modelo “IEEET1” para cada uma das centrais

    existentes nas ilhas da Madeira.

    A Tabela 10 refere-se ao Porto Santo, que apenas possui uma central térmica.

    Tabela 8: Dados dos reguladores de tensão; centrais térmicas; Madeira

    Tabela 9: Dados dos reguladores de tensão; centrais hídricas; Madeira.

    Barramentos GRMSR GRCTC G1CTV e G2CTV G3CTV G4CTV a G6CTV G7CTV a G10CTVG11CTV a

    G15CTV

    G17CTV a

    G19CTVG20CTV

    Ka 200 200 200 200 200 200 200 200 200

    Ke 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    Kf 0,067 0,12 0,12 0,12 0,12 0,075 0,072 0,12 0,07

    Ta (s) 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,276

    Te (s) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,12

    Tr (s) 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,023 0,033

    Tf (s) 1 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 1

    E1 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47

    S(E1) 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035

    E2 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5

    S(E2) 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6

    Vmax (p.u.) 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 5

    Vmin (p.u.) -2,5 -2,5 -2,5 -2,5 -2,5 -2,5 -2,5 -2,5 -5,1

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    Barramentos GRSCR G1RDJ e G2RDJGRCAV_1 e

    GRCAV_2

    GR2CAV_1 e

    GR2CAV_2GRCTI G1SDA e G2SDA

    GR1FDN e

    GR2FDNGRFDP GRSTQ

    Ka 187 400 400 187 187 400 400 400 400

    Ke 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    Kf 0,16 0,07 0,09 0,16 0,12 0,09 0,07 0,06 0,07

    Ta (s) 0,4 0,02 0,05 0,4 0,89 0,02 0,035 0,02 0,02

    Te (s) 1 0,8 1 1 1,0 1,0 0,9 0,8 0,8

    Tr (s) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

    Tf (s) 0,9 1 0,9 0,9 0,62 0,9 1 1 1

    E1 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47 2,47

    S(E1) 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035 0,035

    E2 3,5 4,5 4,5 4,5 3,5 4,5 4,5 4,5 4,5

    S(E2) 0,6 0,47 0,47 0,47 0,6 0,47 0,47 0,47 0,47

    Vmax (p.u.) 3 7,3 6,6 3 3 7,3 7,3 7,3 7,3

    Vmin (p.u.) -3 -7,3 -6,6 -3 -3 -7,3 -7,3 -7,3 -7,3

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    27

    Tabela 10: Dados dos reguladores de tensão; centrais térmicas; Porto Santo

    2.5. MODELOS DOS REGULADORES CARGA-VELOCIDADE

    Para as centrais térmicas equipadas com motores de combustão interna foi utilizado o modelo dos

    reguladores carga-velocidade da biblioteca do PSS/E-32, denominado por “DEGOV1”, tal como

    especificado pela AREAM.

    O modelo “DEGOV1” simula as máquinas térmicas por um atraso puro, sendo o tempo de atraso,

    TD, obtido a partir do conhecimento da velocidade de rotação e do número de cilindros que entram

    em combustão por rotação. Sabendo que a velocidade dos motores, em rpm, é igual a 500, e

    admitindo que o número de cilindros que entram em combustão por rotação do motor é de 8, o

    valor de TD é igual a 0,045 s.

    O regulador de carga-velocidade deste modelo simula os reguladores carga-velocidade do

    fabricante Woodward, que forneceu os reguladores que equipam os motores térmicos existentes

    nas ilhas da Madeira e do Porto Santo

    A Figura 13 ilustra o diagrama de blocos do modelo “DEGOV1”.

    Barramentos G1CNP e G2CNP G3CNP a G6CNP

    Ka 200 200

    Ke 1 1

    Kf 0,044 0,12

    Ta (s) 0,84 0,84

    Te (s) 0,3 0,3

    Tr (s) 0,023 0,023

    Tf (s) 1 0,9

    E1 2,47 2,47

    S(E1) 0,035 0,035

    E2 3,5 3,5

    S(E2) 0,6 0,6

    Vmax (p.u.) 3,5 3,5

    Vmin (p.u.) -2,5 -2,5

    Sistema de Excitação e Regulador

    Automático de Tensão (AVR) - IEEET1

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    28

    Figura 13: Diagrama de blocos do regulador de carga-velocidade “DEGOV1”

    O modelo “DEGOV1” admite, como sinal de retroação, a potência eléctrica do grupo ou a posição

    da válvula de admissão de combustível ao motor de combustão interna. De acordo com as

    informações prestadas pela EEM, o sinal de retroação dos grupos existentes equipados com este

    tipo de motores é a posição da válvula de admissão de combustível. Nos grupos Diesel G17CTV a

    G19CTV da central da “Vitória”, considerou-se que o sinal de retroação é a potência eléctrica

    fornecida pelo gerador síncrono.

    Os valores dos estatismos (DROOP na Figura 13) dos diferentes grupos actualmente em operação

    foram fornecidos pela AREAM e pela EEM. Para os grupos G17CTV a G19 CTV assumiu-se um

    valor de estatismo de 5%.

    Os parâmetros do controlador (Electric Control Box) e da válvula (Actuato), naFigura 13), foram

    estimados a partir de dados típicos dos reguladores carga-velocidade do fabricante Woodward.

    As Tabelas 11 e 12 apresentam os valores fornecidos aos reguladores carga-velocidade dos

    grupos equipados com motores de combustão interna na ilha da Madeira e do Porto Santo,

    respectivamente.

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    29

    Tabela 11: Dados dos reguladores carga-velocidade; motores de combustão interna; Madeira

    Tabela 12: Dados dos reguladores carga-velocidade; motores de combustão interna; Porto Santo

    Na ilha da Madeira, a central de “Meia Serra”, de resíduos sólidos urbanos, e o grupo G20CTV da

    central da “Vitória”, encontram-se equipados com uma turbina a vapor, não sendo assim aplicável o

    modelo “DEGOV1” a estas centrais. O modelo “DEGOV1” também não é aplicável às centrais

    hídricas.

    Barramentos GRCTC G1CTV e G2CTV G3CTV G4CTV a G6CTV G7CTV a G10CTVG11CTV a

    G15CTV

    G17CTV a

    G19CTV

    T1 (s) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

    T2 (s) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30

    T3 (s) 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50

    T4 (s) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

    T5 (s) 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10

    T6 (s) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

    K 9,00 8,00 8,00 8,00 10,00 10,00 9,00

    TD (s) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05

    Tmax 0,81 0,80 0,80 0,80 0,80 0.81 0,80

    Tmin 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    Droop 0,07 0,075 0,075 0,075 0,07 0,07 0,05

    Te (s) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50

    Reguladores Carga-Velocidade - Motores combustão interna - DEGOV1

    Barramentos G1CNP e G2CNP G3CNP a G6CNP

    T1 (s) 0,2 0,2

    T2 (s) 0,3 0,3

    T3 (s) 0,5 0,5

    T4 (s) 1,00 1,00

    T5 (s) 0,1 0,1

    T6 (s) 0,2 0,2

    K 10 10

    TD (s) 0,045 0,045

    Tmax 1 1

    Tmin 0 0

    Droop 0,07 0,07

    Te (s) 0 0

    Reguladores Carga-Velocidade de Porto

    Santo - DEGOV1

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    30

    No caso da “Meia Serra” optou-se por modelar esta central assumindo que a potência mecânica é

    constante. Esta opção é tomada em virtude desta central não contribuir para a regulação primária

    de frequência na ilha da Madeira.

    Na biblioteca do PSS/E-32 encontra-se disponível o modelo “IEESGO”, modelo genérico de um

    controlador carga-velocidade, que é aplicável para centrais hídricas e centrais térmicas. Optou-se,

    assim, por utilizar este modelo para o grupo G20CTV da central da “Vitória”.

    O diagrama de blocos do modelo do regulador carga-velocidade, “IEESGO”, encontra-se

    representado na Figura 14.

    Figura 14: Diagrama de blocos do regulador de carga-velocidade “IEESGO”

    A maioria dos dados fornecidos ao modelo “IEESGO” são dados típicos. O valor do estatismo deste

    regulador foi indicado pela EEM e é contabilizado no ganho K1 deste regulador.

    A Tabela 13 lista os dados fornecidos ao modelo IEESGO, e o dado Pmax para o grupo G20CTV

    não se encontra indicado, já que o seu valor depende da condição de carga dos grupos Diesel

    G17CTV, G18CTV e G19CTV. A Figura 15 ilustra a potência do G20CTV em função da carga dos

    grupos Diesel que com este se encontram associados.

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    31

    Tabela 13: Dados dos reguladores carga-velocidade; G20CTV; Madeira

    Figura 15: Relação entre a potência do grupo G20CTV e a potência dos grupos Diesel G17CTV a G18CTV e G19CTV

    No que concerne os grupos hídricos, considerou-se que a grande maioria destes não contribuem

    para a regulação primária de frequência, admitindo-se que a potência mecânica destes grupos é

    constante. Exceptuam-se as centrais dos “Socorridos” (GRSCR) e a nova central reversível da

    “Calheta” (GR2CAV).

    Tipo IEESGO

    Barramentos G20CTV

    T1 (s) 0,15

    T2 (s) 0,00

    T3 (s) 0,40

    T4 (s) 0,00

    T5 (s) 0,00

    T6 (s) 0,00

    K1 14,30

    K2 0,00

    K3 1,00

    Pmax (pu) -

    Pmin (pu) 0,00

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    32

    A biblioteca do programa PSS/E-32 inclui o regulador carga-velocidade “HYGOV”, que é o modelo

    adequado para modelar o sistema hidráulico, e regulador carga-velocidade de grupos

    hidroelétricos.

    Na Figura 16 apresenta-se o diagrama de blocos do regulador carga-velocidade “HYGOV”.

    Figura 16: Diagrama de blocos do regulador de carga-velocidade “HYGOV”

    Na Tabela 14 especificam-se os parâmetros típicos do modelo “HYGOV”.

    Tabela 14: Dados do regulador carga-velocidade (“HYGOV”) dos “Socorridos”

    Tipo HYGOV 2 4 6 Caudal (m3/s)

    Barramentos GRSCR 1 2 3 Nº de Grupos

    R (pu) 0,050

    r (pu) 0,0007 0,0015 0,0022

    Tr (s) 1,334 2,669 4,003

    Tf (s) 0,050

    Tg (s) 0,500

    ± VELM (pu/s) 0,167

    Gmax (pu) 1,000

    Gmin (pu) 0,000

    Tw (s) 0,336 0,667 1,000

    At 1,200

    Dturb 1,500

    qNL (pu) 0,080

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    33

    Os parâmetros r, Tr e TW, dependem do número de grupos em funcionamento nesta central. r e Tr

    dependem de TW, dependendo este parâmetro (denominado constante de tempo da coluna de

    água) do caudal, Q, da altura de queda útil, Hu, do diâmetro da conduta forçada e do comprimento

    da referida conduta. Na mesma Tabela 14 detalham-se os valores dos parâmetros r, Tr e TW do

    regulador “HYGOV” em função do número de grupos em funcionamento.

    O regulador carga-velocidade, circuito hidráulico e turbina de cada grupo da nova central reversível

    da “Calheta” serão modelados, à semelhança da central dos “Socorridos”, recorrendo ao modelo

    “HYGOV”. Por forma a fornecer dados a este modelo é necessário conhecer o comprimento e

    diâmetro da conduta forçada, a altura útil, o caudal e o tipo de turbina (Pelton, Francis ou Kaplan)

    que equipa cada um dos grupos. No caso de não estarem disponíveis estes dados, utilizar-se-ão

    na próxima fase, dados idênticos aos da central hídrica de “Socorridos”.

    2.6. MODELO DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

    O programa PSS/E-32 possui na sua biblioteca um modelo que permite simular o funcionamento

    dos painéis fotovoltaicos, tanto em regime estacionário como em regime dinâmico. A Figura 17

    apresenta os módulos que integram o modelo que simula o funcionamento dos painéis

    fotovoltaicos.

    Figura 17: Módulos que integram o modelo que simula o funcionamento dos painéis fotovoltaicos

    O módulo “WT4” da Figura 17 modela o inversor que interliga o painel fotovoltaico com a rede e o

    sistema de controlo deste mesmo conversor. Na mesma Figura, o módulo “Panel” modela o painel

    fotovoltaico, sendo o módulo “IRRAD” utilizado para especificar um perfil de irradiância.

    No módulo “Panel”, o utilizador deve introduzir os dados da característica irradiância-potência,

    característica que é, na generalidade dos casos, fornecida pelos fabricantes de painéis

    fotovoltaicos. Por forma a modelar os painéis fotovoltaicos, torna-se assim necessário conhecer

    estas características. Caso não seja possível a obtenção destes dados, utilizar-se-ão

    características típicas dos fabricantes dos painéis fotovoltaicos que se encontram instalados na

    RAM.

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    34

    2.7. SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS GERADORES EÓLICOS E PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

    Os GEOL e os Painéis Fotovoltaico (PV) possuem diversos sistemas de proteção internos. No

    contexto deste estudo, são particularmente importantes as proteções de máximo e mínimo de

    tensão, já que são estas que determinam, em primeira instância, se os GEOL e os PV permanecem

    ou não ligados à rede. O primeiro caso apelida-se de GEOL e de PV resistentes a cavas de tensão,

    e no segundo caso, de GEOL e de PV não resistentes a cavas de tensão.

    Importa realçar que as proteções dos GEOL e dos PV são internas ao equipamento, sendo

    diferentes das proteções que normalmente equipam a interligação dos PE e dos PFV com a rede.

    No presente estudo não foram modeladas as proteções de interligação à rede dos PE e dos PFV.

    A regulação das proteções de mínimo e máximo de tensão dos GEOL e PV deve contemplar, por

    um lado, o tipo de GEOL – MIRG, MIDA ou MSVV, e, por outro, se o GEOL e PV são ou não

    resistentes face à ocorrência de cavas de tensão.

    Os modelos “VTGDCA” e “VTGTPA” utilizados para as proteções dos GEOL e PV residem na

    biblioteca no PSS/E. O utilizador do modelo deve fornecer o limiar de tensão a partir do qual o relé

    atua (Vmin), a temporização do relé (tprot) e o tempo de atuação do disjuntor (tdisj). Os modelos

    permitem simular diferentes relés, com limiares de tensão e temporização diferentes.

    GEOL e PV não resistentes a cavas de tensão

    No caso de os GEOL e os PV não serem resistentes a cavas de tensão, a parametrização dos

    modelos foi efectuada com base nas regulações indicadas pela EEM.

    Actualmente, na RAM, os parques eólico antigos, PE1, PE2, PE3 e PE4 (Madeira) e GRWP1 e

    GRWP2 (Porto Santo), não são resistentes a cavas de tensão. Acresce que os PFV também não

    são resistentes a cavas de tensão. Na Tabela 15 ilustram-se as regulações consideradas para as

    proteções dos PE antigos e dos PFV.

    Tabela 15: Regulação das proteções de mínimo de tensão; GEOL e PV não resistentes a cavas de tensão

    MIRG MIRG PV

    PE2, PE3, PE4 e

    GRWP1PE1 e GRWP2

    PVCAN, PVPAU,

    PVLOI, FP1 e FP2

    Vmin (pu) 0,85 0,75 0,85

    tprot (s) 0,08 0,08 0,01

    tdisj (pu) 0,08 0,08 0,08

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    35

    Conforme ressalta da Tabela 15, o limiar de tensão das proteções de mínimo de tensão para os PE

    PE1 e GRWP2 é inferior ao estabelecido para os PE PE2, PE3, PE4 e GRWP1, de acordo com as

    parametrizações da EEM.

    Para os PFV sitos no “Caniçal” (PVCAN), “Paúl da Serra” (PVPAUL), “Loiral” (PVLOI), e para os

    PFV do Porto Santo (FP1 e FP2), o limiar de atuação das proteções de mínimo de tensão, Vmin, é o

    valor “por defeito” constante nos ficheiros de dados que o PSS/E estabelece para as proteções de

    mínimo de tensão dos PFV. Estes valores serão modificáveis com informação sobre os valores que

    os fabricantes estabeleceram para estes parques.

    GEOL resistentes a cavas de tensão

    A parametrização dos modelos das proteções de mínimo de tensão dos GEOL resistentes a cavas

    de tensão foi considerada idêntica e independente do tipo de GEOL (MIDA ou MSVV).

    Por forma a parametrizar estes modelos, estabelece-se uma curva tensão-tempo que caracteriza o

    valor de tensão aos terminais do GEOL e define o tempo durante o qual estes equipamentos

    devem suportar esta tensão.

    A EEM estabeleceu uma característica tensão-tempo de referência que constitui a característica

    mínima que os GEOL devem respeitar. A Figura 18 ilustra esta característica.

    Figura 18: Características de referência e simulada para os GEOL resistentes a cavas de tensão

    De acordo com esta característica, para uma tensão de 0,2 pu aos terminais do GEOL, a

    temporização da proteção de mínimo de tensão deve, no mínimo, ser igual a 500 ms. Para valores

    de tensão inferiores a 0,2 pu, o GEOL pode ser retirado de serviço sem temporização do sistema

    de proteção. Para um valor de tensão aos terminais do GEOL de 0,8 pu, a temporização da

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    36

    proteção de mínimo de tensão, deve, no mínimo, ser igual a 1,5 s. Para registos de tensão

    compreendidos entre 0,2 pu e 0,8 pu, a temporização da proteção deve obedecer aos tempos

    impostos pelo segmento de recta que liga estes dois pontos na “Característica de Referência”

    representada na Figura 18.

    De idêntico modo, para valores de tensão compreendidos entre 0,8 pu e 0,9 pu (tempo mínimo de

    regulação de proteção de mínimo de tensão igual a 10 s), a temporização da proteção de mínimo

    de tensão deve estar à direita do segmento de reta que une estes dois valores na “Característica

    de Referência”.

    Na Figura 18 encontra-se também representada a “Característica Simulada”, que traduz a

    parametrização introduzida nos modelos que simulam as proteções de mínimo de tensão no

    PSS/E. Esta parametrização encontra-se detalhada na Tabela 16.

    Tabela 16: Regulação das proteções de mínimo de tensão; GEOL resistentes a cavas de tensão

    De acordo com o constante nesta tabela, um valor de tensão inferior a 0,2 pu aos terminais do

    GEOL implica um tempo de atuação da proteção igual a 10 ms. Se o valor da tensão for inferior a

    0,25 pu e superior ou igual a 0,2 pu, o tempo de atuação da proteção é igual a 590 ms.

    MIDA e MSVV

    PEN, QL, ELO1, ELO2 e

    EPED

    Vmin1 (pu) 0,20

    tprot1 (s) 0,01

    Vmin2 (pu) 0,25

    tprot2 (s) 0,59

    Vmin3 (pu) 0,35

    tprot3 (s) 0,75

    Vmin4 (pu) 0,50

    tprot4 (s) 1,00

    Vmin5 (pu) 0,65

    tprot5 (s) 1,25

    Vmin6 (pu) 0,80

    tprot6 (s) 1,50

    Vmin7 (pu) 0,90

    tprot7 (s) 10,00

    tdisj (s) 0,08

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    37

    2.8. MODELOS DO SISTEMA DE DESLASTRE DE CARGAS

    Os dados fornecidos pela EEM permitem constatar que apenas existe deslastre de cargas por

    frequência nas subestações das “Virtudes” e do “Funchal” da ilha da Madeira.

    Para as simulações em regime transitório, existem na biblioteca do PSS/E-32 modelos adequados

    para representar os esquemas de deslastre de carga por diminuição de frequência. Esses modelos

    são de dois tipos, “LDSHBL”, modelo de deslastre de cargas por mínimo de frequência, e

    “DLSHBL”, modelo de deslastre de cargas por mínimo de frequência e por derivada no tempo da

    frequência. Estes modelos necessitam de dados como a frequência de deslastre, o tempo

    associado, a variação de frequência associada e a percentagem da carga a deslastrar face ao total

    dos consumos associados ao modelo.

    Na Tabela 17 apresentam-se os quatro escalões de deslastre de cargas existentes na ilha da

    Madeira.

    Tabela 17: Escalões de deslastre de cargas; Madeira

    Na Tabela 18 mostram-se os consumos deslastrados nas subestações da “Virtudes” e do

    “Funchal”, reportados ao ano de 2003. Conforme se pode verificar, apenas parte dos consumos

    abastecidos pelas duas subestações são afectados pelo deslastre de cargas. Para o presente

    estudo, os consumos a deslastrar nas subestações referidas foram actualizados de acordo com os

    consumos verificados em 2010 (Tabela 19).

    Para simular o deslastre de cargas na ilha da Madeira é necessário representar nas redes do

    PSS/E, nos barramentos das “Virtudes” e do “Funchal”, cargas separadas por forma a associar

    cada fracção de consumo ao modelo correspondente de deslastre de carga.

    Escalão Frequência (Hz)Tempo ou variação

    de frequência

    D < 48,0 0,15

    C < 47,5 0,15

    B < 47,0 0,15

    A < 49,0Delta (f) / Delta (t) >

    2,5 Hz/s

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    38

    Tabela 18: Consumos deslastrados nas subestações de Virtudes e Funchal em função do escalão de deslastre associado

    3; Madeira; ano 2003

    Tabela 19: : Consumos nas subestações de Virtudes e Funchal; Madeira; ano de 2010

    3 Os valores de cargas verificados nas pontas referem-se ao ano de 2003. A relação entre a potência das horas de ponta com a das

    horas de cheia e do vazio é estimada.

    Subestação Pot. Instalada ConsumosInverno

    (MVA)Consumos Verão (MVA)

    (MVA) Ponta Vazio Ponta Vazio

    Funchal 30 MVA 18,5 6,9 20,1 7,0

    Virtudes 30 MVA 16,1 6,5 14,5 7,8

    Subestação Saídas Ponta Cheia Vazio

    Escalão

    Nome P (kVA) P (kVA) P (kVA)

    S. Martinho 1749 1084 752

    Quinta do Leme (S. António) 1749 1084 752

    Engenho do Mel (Pilhar) 1469 911 632 D e A

    Hotel Reid's 2265 1404 974

    Total por Saída 7232 4484 3110

    Virtudes Total por Subestação 7232 4484 3110

    S. Tiago (Saída 1) 1003 652 391

    Liceu (Saída 13) 1079 701 421

    C. Barca (Saída 12) 1299 844 506

    Assembleia (Saída 11) 769 500 300

    Travessa da Malta (Saída 4) 1021 664 398

    B

    Aljube (Saída 6) 0 0 0

    Total por Saída 5170 3361 2016

    Europa (Saída 18) 488 317 190

    BES (Saída 17) 2234 1452 871

    Girassol (Saída 14) 492 320 192

    Pontinha (Saída 24) 656 427 256

    C

    Lourenço (Saída 16) 1309 851 510

    Total por Saída 5178 3366 2020

    Funchal Total por Subestação 10349 6727 4036

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    3. REGIME ESTACIONÁRIO

    Neste capítulo, descrevem-se os estudos desenvolvidos para analisar o comportamento em regime

    estacionário das redes de transporte e distribuição de energia eléctrica das ilhas da Madeira e do

    Porto Santo, no ano de 2020.

    A primeira fase destes estudos consistiu em realizar uma previsão de cargas para o ano alvo de

    2020, baseada nas cargas registadas no ano de 2010. Esta previsão de cargas foi efectuada para

    as redes eléctricas da RAM e para diferentes cenários de carga. Com base nestas previsões de

    carga, realizou-se a afectação e despacho da geração para os diferentes cenários de carga

    considerados. O capítulo 3.1 descreve a metodologia utilizada para o estabelecimento dos cenários

    de carga para o ano de 2020, e a metodologia utilizada para realizar a afectação e despacho dos

    grupos nos diferentes cenários de carga considerados.

    Numa segunda fase, realizaram-se estudos em regime estacionário das redes eléctricas da RAM

    para os diferentes cenários de carga estabelecidos para 2020. Estes estudos foram efectuados

    considerando que as redes eléctricas das ilhas da Madeira e do Porto Santo, em 2020, são

    idênticas às que existem actualmente e utilizaram os resultados obtidos no capítulo 3.1 para a

    afectação e despacho das unidades.

    O objetivo principal destes estudos em regime estacionário é o de detectar pontos das redes que,

    face aos cenários de carga previstos para 2020, necessitem de reforço de potência instalada. No

    capítulo 3.2, relatam-se as hipóteses feitas para a realização dos estudos em regime estacionário

    das redes eléctricas das ilhas da Madeira e do Porto Santo e as principais conclusões que se

    extraem destes estudos.

    3.1. PREVISÃO DE CARGA PARA 2020 E CENÁRIOS DE AFETAÇÃO E DESPACHO DA GERAÇÃO

    A previsão de cargas para diferentes cenários de carga em 2020 foi realizada com base nas cargas

    registadas em 2010. De acordo com o solicitado pela AREAM, os estudos incidirão sobre os

    cenários PV (Ponta de Verão) e VI (Vazio de Inverno), tanto para a ilha da Madeira como para a

    ilha de Porto Santo.

    Para o estabelecimento dos cenários de carga em 2020 foi estabelecida a seguinte metodologia:

    1. Identificação do cenário de carga de 2010 que conduz ao maior valor global de consumo.

    Os dados fornecidos pela AREAM permitiram concluir que o maior consumo global em 2010

    verificou-se para o cenário de carga Ponta de Inverno (PI) na ilha da Madeira e para o

    cenário de carga Ponta de Verão (PV) na ilha do Porto Santo.

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    40

    2. Determinação de índices de correlação (IC) entre as cargas nos diferentes barramentos,

    nos cenários de carga PV e VI, e as cargas nos diferentes barramentos no cenário de carga

    máxima, PI na ilha da Madeira e PV na ilha do Porto Santo. Estes índices de correlação são

    determinados para as cargas registadas no ano de 2010.

    3. Para o cenário da carga máxima em 2010, fazer a projecção das cargas em cada

    barramento assumindo:

    a. Para a ilha da Madeira, uma taxa de crescimento de consumo nula até 2014 e de

    1,5% entre 2014 e 2020. Taxa de crescimento idêntica para todos os nós da rede.

    b. Para a ilha do Porto Santo, um decréscimo de carga de 3% em 2011, crescimento

    nulo até 2014 e crescimento de 1,5% até 2020. Taxa de crescimento idêntica para

    todos os nós da rede.

    4. Utilizar os índices de correlação estabelecidos em 2. para, com base nas projeções

    realizadas em 3., determinar os cenários de carga Ponta de Verão (PV) e Vazio de Inverno

    (VI) no ano de 2020 para as ilhas da Madeira e do Porto Santo.

    5. No que concerne o consumo de potência reactiva, considerou-se que o cos φ das cargas

    registado em 2010 se mantinha em 2020, tanto para as cargas da ilha da Madeira como

    para as cargas da ilha do Porto Santo.

    Na Figura 19 apresentam-se, por barramento de carga, as cargas registadas em 2010 e as cargas

    previstas para 2020 nos cenários PV e VI nas redes eléctricas da RAM.

    Figura 19: Perfil das cargas; anos de 2010 e 2020; cenário PV; RAM

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    41

    Figura 20: Perfil das cargas; anos de 2010 e 2020; cenário VI; RAM

    A afectação e despacho das unidades para o ano de 2010 foram efectuados com base nos dados

    disponibilizados pela AREAM.

    Esta informação prevê uma potência máxima injectada pelos PE nos cenários PV e VI de 35,1 MW

    (Madeira) e 1 MW (Porto Santo), e um montante máximo de potência fotovoltaica injectada no

    cenário PV de 13,5 MW (Madeira) e 1 MW (Porto Santo). Para a ilha de Porto Santo, um cenário

    considerado, pela AREAM, como de interesse para estudos de estabilidade é o cenário “Cheia

    Outras Estações” (COE), no qual se considera uma potência máxima fotovoltaica injectada de

    2 MW.

    No que concerne os grupos hídricos, determinou-se a potência injectada com base nos dados

    fornecidos pela AREAM. Admitiu-se, ainda, que a central da “Meia Serra” injecta na rede da ilha da

    Madeira uma potência constante e igual a 4,8 MW, tanto no cenário de carga PV, como no cenário

    de carga VI.

    Para os cenários de carga da ilha da Madeira do ano de 2020, assumiu-se uma afectação e

    despacho das unidades hídricas, eólicas e fotovoltaicas idênticas às efectuadas para os cenários

    de carga do ano de 2010. Assumiu-se ainda que o montante de potência injectada pela central da

    “Meia Serra” no ano de 2020 seria idêntico ao montante injectado por essa mesma central nos

    cenários de carga de 2010.

    A Figura 21 ilustra a potência total injectada pelas centrais hídricas, ΣPH, parques eólicos, ΣPE,

    parques fotovoltaicos, ΣPFV, e pela central da “Meia Serra”, P_MSR, para os cenários de VI e PV

    nos dois anos em análise.

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    42

    Figura 21: Potência injectada pelos grupos hídricos, eólicos, fotovoltaicos e pela central da “Meia Serra”; anos de 2010 e 2020; cenários VI e PV; Madeira

    A Tabela 20 lista o despacho realizado para as unidades hídricas nos cenários PV e VI na ilha da

    Madeira.

    Tabela 20: Despacho dos grupos hídricos; anos 2010 e 2020; cenários VI e PV; Madeira

    A afectação e despacho das unidades térmicas para os cenários de carga de 2010 e 2020 foram

    efectuados com base no valor de potência eólica injectada, no valor da potência fotovoltaica

    Barra PG_VI (MW) PG_PV (MW)

    G1RDJ 1,06 1,01

    G1SDA 1,70 1,62

    G2RDJ 0,00 0,00

    G2SDA 0,00 0,00

    GR1CAV 0,35 1,15

    GR2CAV 0,35 1,62

    GR3CAV 0,00 0,00

    GR4CAV 0,00 0,00

    GR1FDN 0,85 0,81

    GR2FDN 0,00 0,00

    GRCTI 0,00 0,00

    GRFDP 0,00 0,00

    GRLBR 0,15 0,15

    GRSCR 5,67 5,41

    GRTER 0,72 0,72

    SQT6.6 0,85 0,85

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    43

    injectada, no valor total de potência hídrica despachada e no valor de potência activa de carga

    estimada para cada cenário.

    No que diz respeito à Madeira, na afectação e despacho dos grupos térmicos, considerou-se que

    só os grupos térmicos das centrais da “Vitória” e do “Caniçal” podiam contribuir para a reserva

    girante. No cenário VI considerou-se que só um dos grupos da central térmica do “Caniçal” estava

    afecto ao despacho.

    A metodologia utilizada para afectação e despacho das unidades térmicas foi a seguinte:

    1. A afectação dos grupos térmicos é a que consta no documento “Despacho dos grupos para

    os cenários de carga em 2010” disponibilizado pela AREAM.

    2. O despacho dos grupos é efectuado distribuindo, igualmente, a carga afeta aos grupos

    térmicos pelos grupos selecionados em 1. Se a potência gerada for inferior à potência

    mínima especificada para o grupo, os grupos são desligados de acordo com a seguinte

    ordem de mérito: em primeiro lugar os geradores pertencentes a grupo G10CTV–G15CTV,

    e de seguida os geradores pertencentes ao grupo G18CTV–G20CTV.

    3. Após o despacho dos grupos, ajusta-se a afectação e despacho dos grupos térmicos por

    forma a cumprir os montantes de reserva girante, afectando, se necessário, novos

    geradores. Dado que os estudos efectuados para a carga prevista em 2020 foram

    realizados com a rede de 2010 e a afectação e despacho das unidades realizada em 2010,

    este ajuste da afectação e despacho das unidades para cumprir a reserva girante estipulada

    não foi realizado.

    As figuras 22 e 23 ilustram a afectação e despacho das unidades térmicas da ilha da Madeira nos

    anos de 2010 e 2020 para os cenários VI e PV, respectivamente.

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    Figura 22: Afectação e despacho da geração térmica; anos de 2010 e 2020; cenário VI; Madeira

    Figura 23: Afectação e despacho da geração térmica; anos de 2010 e 2020; cenário PV; Madeira

    A Figura 24 ilustra a reserva girante para os cenários VI e PV nos anos de 2010 e 2020, na

    Madeira.

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    Figura 24: Reserva girante; anos 2010 e 2020; cenários VI e PV; Madeira

    Conforme ilustrado na Figura 24 para o cenário VI, a reserva girante em 2020 é superior à que se

    regista em 2010. Tal resulta do facto de, no ano de 2020