einstein - cienciamao.usp.br · a 14 de março de 1879. sua infância, po~h. seria passada em...

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um fasckulo, um "

obra daum grande ho

CONSELHO WiTORIAL: YiceDirelor.

Elizobefll dr CTOBMI \(r reiorla Ed~rorial

A atsrefites Josi Rarnos Nelo.

SotikoArikUo Este fasclculo ngio pode ser vendldo , ~ ~ ~ ~ e ~ ~ ~ d ~ ~ ~ , j ~ ~ ~ ~ : separadamente da caixa de experilncias que o acompanha.

Vern Malagola

SuprvruordeArte Vm& pode comprer números etmse&s deste col@n pio precp do iiltimo EIfesAndrwrto fasclcula que istivsr nas bancas. Pew-o ao seu ~ornaleimou ao dlstrlbuldoi

Dqurtumento de Arre de revlstms Abrfl ne sua cldade. Se v o e mora em SB8 Paulo, wd4d encpn lonas Aquuio Ple~u(che@l. Luís trar qualquer número atrasada ria AMncia Primavera. R w Brigadeira Tobias

Ç ~ ~ ç a l v e s . T e ~ ~ f n h r r Bis~oro. 773. Na cidade do Rlo de Janelro os nrlrnems aiwadm podem sereneon tradps na RUQ Sacadura Cabral. 141 Núrnew s t d podem tamMm ser

CONSULTORIA: encomendados dlr~emente B AbHl SA. Culturgl e lnchtdal, celm postal Piq(. Albwlo Lak da Rocha E-s 945 ou 30420. Sáo Paulo. mediante o envio do um cheque pagArel em São

Itrslh!o&Rj~çii, U s p Paulo. Qualquer banco de sua cidade poderd v e n w l h e o cheque. L. '

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A série das crngarenta expwtênciar, que m m p a n h u os f~?n'cuIos derta

mleçüo, wwrihirprojelo elabcradppelo Fim- Brarilcirp

para o Desemdvimto do E n s h de Ciemias.

COORDENAÇAO DO PROJETO: O PRÓXIMO: _ bufa Mrriam Krastlchth VOLTA Autor ahs exper~ências sobre o EJerro

Fotnelemw e do r~x ls -bax do Mmual - (174511827)

a2 l r i s l r u ~ 8 : Hldeya Nukuno. Com o quarto fasclculo e o kit da

COPYRIGHTMUNDIAL 1g72 experigncias que o acompanha, voce poder8 ~~~~~~ reconstruir. passo a passo, o carnlnho que levou CAIXA P O ~ A L 2372 - 6 invenção de um aparelho maravilhoso : a piba . ~ K O P A U M - BRASIL Um tosco instrumento, onde apareceu pela

primeira vez a corrente slbtrica - sem a qual seria

ALBEKr EINSTEIN

N os anos que se seguiram i unrt c+ da Alemanha, a cidade ziriha de Ulm oferecia uma

vi& típica dos pequerios C a t r O s db sul d~ pais. Possufa, dgumas fundipões e uma indústria &til, mas a maior parte das atividades girava em torno do pequeno comkrcio. Seus habitantes, de espirito largo e tolerante, l i m poetas e @amaturgvs como Schiiler, Heine e Lessing, num contraste evidente com o autaritarismo dos funcionhios e ofi- ciais prussimos, preocupados em can- solidar o YmpBrio. Nessa cidade nasceu klbart Einstein,

a 14 de março de 1879. Sua infância, p o ~ h . seria passada em Munique, para onde seu pai, Rermann Einstein, trans- ferira nia loja de Wigos elétrigos. Ali

' Albat realizou seus primeiros estudos. --te o curso secundârio, não se

,adaptado &s métodos &idos e niecã niws que caracterizavam o ensino da época, deseavolveu um dwmteresse c r t s ~ e a k pelas atividades escolares. Para muitos professores, o jpvun não passava de um estudate medíocre.

Cedo, porém, o "estudante mcdi 'd' tivera sua curiosEda& desp-hda pela ciência: aos cinm anos, presenteado com uma biissola, Einstein sentira a excitação da descoberta, maravilhan- do-se com o instrumento. É ele mesmo quem analisa essa emoção, que "parece nascer quando uma experihcia vem desmentir um mundo de coacspgõ~ já suficientemente arraigadas em ds. Sempre que uma tal contradição C senti- da com força e intensidade, experimen- tamos uma reação decisiva na maneira da interpretar o mundo. O desmvolvi- mento dessa intorprataçb 6, em corto 619

sçntido, como um 60 k h w a partir &i swpma". E Albcrt n k parou mais de de semara

vilhar. Seu tio 3 w b , comWcnte eage- nheiro, despertou-lhe o btcrtsse pela Matmnbtica. Dizia a9 sobrinho: hl- gebfa é u m cibcia muim isiteressante. N u i a ~ v a i h ~ a ç q d e um@nimddeque n k se w k omme e quase designa por

.ando o &dsr b agarrk dh-lhe a .L -em. Dai para a m i h a de um caminho

a e p m h t e foi -as um pasm e, aatm de compictar quinze anos, -Sina- tcin já se decidira - eshidaria, sim, mas fora do horário das das, e o que ihe intmssaase. De qualquer maueira, guando deixou Munique (expulso da e cola sob a alegação de que "sua pre- mça mmava o re~peito dos demais da- nos pela htituiçb"), todos ficaram cmtmtes: ele pdprio, por abandonar uma disciplina sufocante; os professo-

"dL se livrarem de um aluno

M&u-ie com a frrmuia para Milão, mde. abeadendo i#rs insistenks awtos . .. . do pai - que so achava i bsiri da falheia e pedia qnt t a n b s e logo os estudos pua arranjar trabdha - aca- . bu por ingressu na Escola Politbcnica ,

1 forma do meu . -

1-n 9 a escola em kunrque, Ehstein foi remir-se ai seuspals na

5 Sm'w L4freq~entou a Escola ' . Politdmico de Zurlque, onde, Ipèhmira vez, travou contato

com tm bom laborai6rlo & FIsW (ri diiPur3. Uma vez ;.;-

. . f~rmaU80,papmu rlois I MOS sem emprego SUCO,

seu um@ Gmsmmn arqjh-ihe umaposição no escrIddri0 &palmB

de Berna. Afpernimeeerr rIuronte sete mos. Foi no peq~mo quarto em que morava na dpoca (acima) que ele desmvohw a Teoria da Eelatfvidads . - I Restrita, sua intwpretaç& do

- ' &&o fotoelétrdeo a uma expTicação p m o ipwuimmto brownlono,

os mas trabalhos que O wlebrizrnum.

delicada plantinha, mais do que estímu- lo, necessita de liberdade, e, se a privam dela, estiola e morre". Essa incompatibilidade com os meios

acadêmicos lhe traria, contudo, difgul- dades. Não conseguindo um lugar de assistente na Escola politécnica, Albert passou os dois anos seguintes dando aulas particulares ou substituindo oca- sionalmente algum professor de escola skundkia, até obter, em 1902, um emprego na Repartição de Patemes de Berna. Sua insegurança fmmcelra ter- minava, abriam-se novas perspectivas.

A respeito desse emprega, escrevia: "A fomula@o de atas e patentes era uma bênção para mim, pois permitia- me peasar na Fisica Al&m disso, uma profissão prática é salutar para um homem corno eu: a carreira universi- tk ia condena um jovem pesquisador a certa prodnçE cialtífica, e somente os caracteres bem temperados podm r* sistir i t e n t e das análises supsrf~-

672 ciais".

Com o pouco trabalho t h atmosfera razoaveimeote serena da repartiçãa. Emstein pade produzir a maior parte da obra cimtifica que o imortalizaria: três trabalhos publicados em 1905. O pri- meiro versava sobra o efeito fomlétriw e valeu-lhe o Prêmio Nobcl de Fisica em 1921. O segundo, sobra o movimento. browniano, nãa só provou de maneira irrefutável a teoria cinética da calor, como forneceu a meihor prova "direta" da existhcia das moldculas. Comenta Einstein em sua autobiopafia: "Meu maior objetivo nisto foi encontrar fatos que pudessem garantir, tanto quanto posd~el, a existência de átomos de tamanhos definidos. No meio disto eu descobri que, em concordância com a teoria a&mica, deveria haver um movi- mento de partículas microswpicas sus- pensas, abertas i observação. . . "

A comprovação de sua lei sobre o movimento browniano, atravbs da expe tihcia feita por Jean Perrin ". . . con- venceu os céticos, que eram mais ou

10s im! nessa época (entre -.,, Os ... ,d e ..., ;h), da realidade dos hmos . A antipatia desses sábios pela teoria atômica pmde-se indubitavel- mente i sua atitude fiIosCifica positi- -vista Este 6 um interessante exemplo do

de que mesmo sábios de espírito idadoso e fmo instinto podem ser iruídos, na interpretação dos fatos,

;eu m i r o trabalho de- 1' ão Sobre a EletrodãiOn;

, -- ern Mmimnto. eram 1 - ;da T e a da KeMviidr r ~ n o v o s c " himento teórico

- O N A S C W M T ~ DE UMA REVOLUI

- á ,no sécuio XIX, eswa~a-se a rande revolução cieritifcs que d

origem i Tmria da Relatividade. ! 1 primbdios podem ser enconbado> .

trabalhos do escocês Jamas Clerk Max- well que, em meados desse sbculo, r-*

Com a famosa experZncda via teoricamente a existência das oni dosjIsdcos americanos AIBert eletromagnética ue deveriam se pro- Michelson (ao lado) e Edward MorIey, pagar com a vc idade luz (i~t.tn 6- ficou evlrdente a contradição entre a , 300 000 km/seg: Eletrodinâmico e a Mecânica Em 1888, o cientist 'a nem- de Galileu-Newton. rich Hertz conseguiu . zir tais As questões suscitadas por esse e outros ondas em seu laboratório, istrando rra balhos poszeriores sobre a luz , . , r que elas podem ser geradas, aetectac' -* levwam Ehstein a formular a :-i" "+." refletidas e refratadas, bem como in Teoria da Relatividade Restrita. .:: <'ferir entre si. Suas observações larnem Uma das consequ&cias dess*n r m r i , : . : . comprovaram que a luz é uma onda é a famosa fdnnuk E = mc ,1;k':,:/5,. eletromagnética, ou seja, possui natu- que exprime a possibilidade ;i - : - rezaondulatória. de " I T m i ~ o f o r m m 3 ' ~ s a em enwgi 5 i i . Essa descoberta trouxe i tona um- e vice-uersa,na quai se baseiam Li~3:,iT,:- problema: na teoria newtoniana, ul 0s modernos mgenho~I-*,-3---"- , %-'! ,_,:-onda :I:-.. * . 6 O produto da vibração de LUA

m 3 ,.: ;.&? -=. .,..c ,.y ri ;:;;$- meio material. As ondas .que so formam , ? .

-:. .,,. .: ,: . na água, por exemplo, resul tq ,de uma oscilação que, ao se propagar, afeta as mol&culas do liquido. Ora, se a lu: uma onda, é necessário que o espaço seja preenchido por dguma substância que possa oscilar; do contrhio, a luz solar nBg poderia dcançar a Ta-- A

essa substância deu-se o nome ds

. .

. . . - - - ,. , , . A - ,

, .' - '- , _ . ' I. '

. . ' , I . ' . . . . . . .

, ....... . , - , , . . . - , - , - -

,. ' . - .

? , . , , . .-. , -

. . -, .

A obsewação de que a luz das estrelas, ao passar nas proxlrniddes do Sol, sqfrs um desvio em sua trqjeiória, coleflrma a Teoria da Reldividade

I Generalizada. O fato foi ver ficado pela prlmeirrr vez em 1919, pelo astdnomo InglJs Arthur Eddington, durante um d @ s c lutal & Sol.

eIetromagnética) na mtiu tal "wüo". da concepção m s e k i a Estava criado um sério impassu A mtcâni i clhsica entrava em c w t r d ç % com O m o campo da FÍsica: a B l e t d h h i c a de

I MmwelL Na Mecbica de GaIiIcu-Ncwton im-

i paava o p-do da ~ ~ i d m k &

? h

GaWa s o m i c h h om 1632 nos D* .I*. . = _ gos S o b os Do& Cimdès SLtmm m0 c , Assim, o grande problemados fisicos nburrdo, m m goi um dos peir#wa

nos fms do skculo XUI era dcmstrar g a s & livro, Salviati, que mpmmta o F- a existkncia do éter. Uma sáic de fatos, autor: I relacionaâos com a inciçibcia da luz "Salviati - Tr- com algum - . das estrelas wbre a Terra, parecia indi- amigo no maior salh sob o can* de - cw que o éter se mantinha em perma- aigum navio e d moscas e ou- . +

nente rçpoiiso, tomanbse por isso o tras pequeiias criatwan a lada Tome. qfptencial absoluto. Levantava-m, tam* de uma grande banheira cheia dessa forma, a possibilidade de calcular de água cam alguns @xes; penduro a velocidade da Terra em relação ao uma garrafa e fnça sua água cair gota a- Lter, desde que se medisse a v e l e gota em uma outra garrafa & gargalo' da lu em diversas circunsthcias. fmo miocada por baao. EntHo, com O

! E foi o que o c i e n w Albeat Mkbel- navio parado, cuidadosa&te son fa em 1881 e repetiu com Edward como qnale9 paquerim animais alados

-Morlcy mo. depois. numa sxp vo.m com igmi M s d . p a i toda . . riência que 9e tomou c é l e k supondo os lados do salão; a m o as peixes

que o é t u existiisc, o mvimã~to de nadam mdifmmtemeak em todas as trmslaçh da Tara atraVe, dele - pela m; e como as gotas caem toda

. . Mcchica de Galileu-Newtw - 6 b t r o da gmafa de baixo. . . Tendo taria numa dc "vato"; calcula- observada tados esses pmmmcs, em- ram, então, qae as ondas luminosas bota ningmbn &vide de que, enquanto

. provenieam & uma lbpada miam o navio pmmimx p d , eles ocorre mais velozes c- se propagassem no d o desa maneira, faça com que o

'" mesmo wtido de= "veato" de h, do navio se mova com a velocidde que Ibe " ' queemsentidocmtrhb. aprouver, d d e q~& o movimaito geja

A partir dessa h i Mich%son e uniforme não variado deste ou daquele 4 Morley procuraram medir a diferença d. V& não se& capaz de d i m i r eatre =as duas velocid-. Para gran- a menor dtaaçka mn qualquer dos efei- : {de -ta de todos, tal difereaça não m tos acima mmcionados, nem poderá

-venfmu: a velmidade da hiz maue deduzir de aualaw um deles se o m i o seia, a I& (onda

O navio 6 o que rso dmumha um r#+ m c U galfleano (ou inacial), ou seja, um sistema de ref&& que se enwn- m em repouso ou m movimento rem- oeo com vdocidade constante em rela- g k a outro refmncid, o wlo. Scgimdo a mecânica clhica, era ossi si- vel atk então - urna vez conhecido o estado de movimmto de um sistema & refw6acias em relaçh a outro - expressar as cciisas que acontecem nesst sistema em termos do que acontece no wtro (e vicsversa), pela aplicwh das ~ o n n a ~ e s de Galilm, um conjunto Qe três c q u w matemáticas.

Essas hmi#ormdes, entretanto, não eram aplickeis aos fdmenos ebtrom&tioos. E enquanto os físicos tmtavam encontrar a goluçãa desse pro- blema dentro da M ~ i u i c a de Galileu- Newton, Einsteid di L lu-se por uma posição mais radical.

A SUPERAÇAO DA RELATIVIDADE

DE GALLEU

Embora d r t s s e w m p r d v s l a ati- tude de q u m presdmar a mechica c lh i ia , w m k u que essa prsocupaç b eptava causando o enfraquecimento de uma das posturas fundammtai~ pani a ptsquisa cieatifica, mais importante do que a sobrevivência desta ou daquela teorla: a manutenção de um *rito sempre aberto para as surprwas que a naturua ppde o f m . Como elo mesmo dim: "A fG cm um mundo sxta rior, indepuhte do sujeito que o p- oebe, se en-ba na base de t d a cih-

- í k V eis da natureza. Como adi pcepções .,%$ dasentidoanãodão*doiniormafa.

indiretas sobra esse mundo exterior, wbrs esse 'real físico', este s6 pode sa apreendido pela via especulativa Dá resdta que nossas wnceppões do real bsiw nh @em ser jamais âehitivas. Se quisermos estar de acordo - de uma maneira Ibgica tão acuritda quanto pos-

078 sível - com os fatwi prceptiveis, dcm

mos estar mnpre prontos a modificar mas mccpç6es . . . "

Foi com esse esp'iito ab- qw Emstein a t w u o problema corrt que seus contemporânem se debatiam E o ataque foi direto à base: ele negou a validade da Mecânica de (3dPeu- Newtm como um modelo adequado para a descrição de todos os fen8menos fisicos.

Na c o s t r d i k percebida mtrs o Eletromagnetismo da MdxwelJ e a Me chica & Galileu-Newton, Binstein optou pelo primeiro. Generalizando o -'pio de relatividade de Galiieu (que vale apenas para os casos de veloci- d a i d e s p d v e j s em reiaçb i velock d& da luz), estendeu* i tletradi- nhnica dos corpos em movimento, Em outras palavras, dekminou que b im- mssível, por mew de qualquer sxpe riencia realizada âmtro da um refm- cial inwcid - seja ela de natureza mechica ou eletromagn8tica -, colo- car em evidência o estado & repouso ou o movimento retiuneo uoiiormt. Afir- mou, dessa forma, a universaiidde das leis da natureza.

Para obter o A.fncJpio de RelativC dade Restriia de Einstein, devese acres- centar ao diáiogo de Galileu: " r m q ~ e - w com algum amigo,. . .*', Iwando c w a i h lmkemas, imb , kbii nas elétricas e outros instrumdm sletmhagnéticos. A propaga& da luz, a inter-çk dos imh , cargas e cmmtcs elétricas não porão em evidência se o navio esti parado ou em movimento &to com velocidwie constante.

Einsteia introduziu, ainda, um princí- pio adicional: "A velocidade da luz, no espaço vazio, tem um valor constante c, independente do movimerito da fonte e do movimento do obssrvador (Princípio da Constância da Velocidade da Luz)".

Esws dois princípios equivalem a aceitar o d t a d o negativo da sxpa riênda de Michelson-Morley e sfamar que a dtm n&o exIstaa E se não existe o éter a servir de refemcial para o movi- mento dos c o m anth Bb podemas

A Tmria & Relativldirde c m m uma projitnda rev2prrO cdos dnceiros de tempo e simultmeida&. Q u d Einste f t a fomlou, esse foi um dos aspectos tle ma& &mam seus contelltPor%s, habituados a pensar em termos do espap e tempo absolutos da Mecânicu de Newton.

falar & mvimeiito de m corpo em rei+ a outra corpo, Poptiuobo, Mi- chelson n b Mçria mesmo -ir detaminar o rrioviffiwto da Terra em relação ao h. Ou seja, R velocidade 6 um owoeito relativo.

O sspitço vazio tem, m e , a -0- dade de mauunitis ondas eletromaga& ücw como w da luz, velocidade de 300 000 k d q -temate do movimaita da fonte e do obswador, E, em vez de considerar os campos détri- ws c magaétioos como t m a k do h, atribui.= a eles uma Malidade m d .

A l h dirsci, a gtanâc inovaçãa da Teoria da Reiatividade s h as modifica- :& que ela introduz nos conceitos de tempo e comprimcx~to dos corpos, afii- mando que - conforme o refercncial uado para medir osseri grandezas - o tempo se dilata e os comprimentos se contraem Não b fácii aceitar essas evidhcias, pois a w i b c i a diária - que envolve velocidades insignificante em rslmçk b da luz - parece indicar qub, como d i w Nwvtoa nos seus Prin- ~$,pdos,~o teiPp absoluto, reai c mate- mhtico, por si mesmo e por sua própri nahma, flui uniformemente, aem relr

TEMPO E ESPAÇO SE RELATIVIZAM

Em seu artigo Sobre u Elebodi- nâmica dos Corpos em Movhemto, que publicou em 1903, Einstein eselarsec: "Todos os noms raebánbs, aos qusis o tempo tem um pripel a descmptnhar, são oopioik m e & acontecimentos ~imultâneos. Se eu disser, p o ~ ex%mplo, 'o ímu chega b 7', quero dmr qw a cokicicünciri do ponteiro eeqoeno do

678 meu relógio e a chqada do trem são

%contecimmtos simul~ed"' E, para iiustrar seu conceito relativo de s ~ 4 t u - neidade, utiliza o exemplo dc dois raios que, ao atingirem as extrmiidades de um trem - com velocidade constante e movedo-bt em linha reta -, chamue cam o solo, nele deixando duas marcas.

Se houver dois individuos obsw- vimdo o mesmo fato - um dentro do trem, exatamente na motade dele, e outro fora, bem no meio & trecho entre ss duas marcas no solo - suas ccinclu- i e s serão diferentes. Se o observador- no-solo disser que os dois raios cairam si~ultriacamente, ou seja, que os sinais JumiaPsos dos dois relâmpagos o -i- nrm w mamo instante, o observador- no-trem dirá ter visto os raios caírem em momentos su-ivos. Isto se explica porque o obscmador-natrem, ao megmo t emp que se desloca para a direita, de "eocontm ao relâmpago da

9-##ire foioslkirico foi ?&rum@ peaprimira vae pelo qsfw alem& Heinrkh &te: a

:@ciWêncfai de hrl mbre determinadas ,hbslânck cpusa mim& de elktrons

"h i jw ia gxgIle&o desse fd- que Einstetn deu mca importante wn~Ibu iç& pma o desen volvimerifo da m&mcrI& m h i c a qu&tEca.

. .

Com a subida ;de Hltrer ao poder, na Almwhu, ojsico jacdeet emigrou para os Estados Unidos. Passou a viver em

~rinceton, trabalharido no Instituto de Estudos Avançados. Sua casa era.

fw-entada pelos maiores cientntiJtas do mundo, cam os quais ele discutid

sobre a Teoria da Rekatividade. . < .

fmta do trem, se afasta & rdâmpago que vem da mtrsmidade trqseira do tnm. Loga, este Último dâmpago deve

unia distâucia maior do que o pari cbegat até o ob8e~~ador. '

Como a v d o c W da luz CPnstmrie, o relâmpag~ da f ~ m k O atmgc antes do rsihpagu de trk.

' . Para que a diferenpa de temw na I chegada dos dois relku-s seja apre

ciável para o ohervqdor-no-trem, O vá- - culo deve &ar a uma vcloeidade p16- '&a A da luz; ' Da experi-hcia do w m de Einstein concluimos, t+amb&m, que o iatvalo de tempa transcorrido mtre a qpçda' dos dois raios ái zero para o obserydoy-gg- solo, pois os dois aconteciinentos para ele são sirnultãnoos, e k diferem de zero, ou sejh aumenta para o observa. dor-no-trem, p ~ i s para este os dois acontecimentos nk AO shu l tbos .

Aaaim, de um podo gerd, podemos dizer que o intervalo de tempo entre dois awnteçimentoa, medidos num de- terminado refuencial, se dilata quando medido de outro Merencid, móvel em relaçb ao primeiro: cada um "vê" 0

tempo do outro se diiatar aii fluir mais lentamente. De forma que ri indica+ de tempo $6 tem sentido quando for mencionado O rcfereneid onde ele b di.

O mesmo aeonteoe com a n+ de ,.-A

wmprimento. O comprimento do trem -?'' de Ehstein em movimento é a dístãncia -:.' #itre os dois ponuis do solo que são "

duas eiltqniddes. Sendo a simulta s; neidade relativa, o comprimento, tam- '

W m o será E fica, portanta, t a m h ;.; desprovido de sentido o concaito do. .+-* "espaçu absoluta" de Newton.

Agora, imaine-se o seguinte, Um

Nos prheitos anos w ' s a fomiaqão da Tmria

da Relaiividade Reszrilq a obsemaçh exprhentalde

-$: ~esrs P ~ S ~ U ~ ~ O S era r muito dd(rci1- Hoje, coithrrBo, w d o s como a câmara de

desintegrar atdmlco & Universidade da CalIfdrn h (&&o}, perm&m acelerar pmh'culm nucleares eletricamente cmregrrdas. atê que alcancem velocidades p d x h n s ri da h z .

passageiro, que se encontra no carm ~ ' c u i a s da que sua velocidade : '::' -

-ante de um trem, come um bife e era h- - depois a mbremesa, sentado 1i mesma

. ' me% ista h, no mesmo loca1 para o -' observador-n+trem. Mas, para o obw- " vdor-no-solo, esac passageira comeu atqnente, a relatividade do .' os dois pratos em pontos da ferrovia rcmp u o w e uma mrnp~~vação empi-

sepatado$ por vgf& qdôrnãros. Em resumo: L'ac~ntecimmto~ que owmm

3 . RO mesmo locai, em tempos dgfemtes, num referencial galileano, ocorram em

.. locais difmtes, quando observados em outm refcrmcial gaiiieano". A progsito da shultaaeidade dos

relâmpagos, já se &mou mtorlonnmte que "acontecimentos que ocorrem ao mesmo tempo, em locaf dgerentes, num referencial gdiieano, ocorrem em tempos difmntes, quando observados de outro referencial galileano7 Con- clui-se, portanto, que as duas a f i a - @a m equivalem: basta substituiu ri palavra local pela palavra tetripo, para de uma obter a outra Seu& assim, o espa~o e o tempo estão em pé de igualdpie.

Hermann Minkowski, que foi profes- sor de Einstein em Zurique, fundiu os dois conceitos num d - o sspaço- tempo - a respeito do qual Marou: "A partir de qora o eappern-si e o mpo-em-si se fundem por completo nas sombras, e sb aigo que é a uni% de- ambos conserva exis th~ia própria".

Que um corpo tenha 3 dinmGes, ninguém duvida Mas, além disso, ele existe porque o tempo flui atravks dele, constituindo uma 4.. dimensão. Min- kowski chamou um ponto qualquer nesse espago quadridimensional - ou continuo espaptempo - de aconteci- mento ou evento, que p* per determi- nado por quam númxos: t& para ri posiçiro no espaço (oomprimaito, largu- ra e atura) e um quarto designando o tempo trrinsmrrido, f Teoria da Relatividade Rmtrita beu importaute confirmação experi-

menta! algmn tempo @s sua forrnula- ç h : ver8wu-se nos aceleradores ato- rnicos um aumento da massa das

rica de sua validade, com os m6wns-pi (descobertos em 1947 pio ciaitista bra- "ilciro CCsar Lattcs, juntamente w m bweli e Occhiaiiii). Se não houv%sse o

deito de dilatação do tempo, essas subaGmicas, vidando a uma

velocidde quase igual B da luz, p e m raiam apmximrtdamcnte I0 metr aqw de se dtsh arem. Como a % efeito e x i a os m ns-pi consegut cobrir uma disthcia de 1 000 me&, antes de sua desmtegraç.0. Os fisici do Lawrence R d i m Laboratory, sabçndo desse fato, não se preocuparam em colocar a c h a t a & blhas de hidrogênio - que detecta másons - 100 metros da fonte geradora dos mi mos no Bev&on.

Os efeitos tela...., táveis a vel&& ir6xi da luz. Por isso, a teoria de Einste rejeita a Mtckica de Gaiiieu-N utilizando-a como um caso particul para corpos com velocidades despre veis em relaçih h da luz.

Diz Einstein, no h emito de pi mia com o fisiw polonês impY Infcld, ssu k i g o intimo e colaborador: ''Criar uma nova teoria nb corres- pode a demolir um pardieiro para a conmuçk de um arranha-cbu. Será antes subir uma montanha para alcan- çar visão mais dilatada e descobrir imprevistas lig- -&e o nosso por de partida e os arredoras. Mas o por.., de onde partimos ainda existe e @e ser visto, conquanto apareça cada , v menor e forme uma parte bem min( cnla da grande paisagem desvendaia pela ampliqb de nosso campo vjsual". A rtvoluçh dativiata significou justa- wtt a potução de vkias contra ia c uma nova maneira de ver e repnu-.tar o Univetso, o "subir da montanha".

timos mos de vida do cientista foram dedicados prbipaln e ao apwfeiçoamento da Teoria da Relaiividede

Generalizada c i naedit~ç&filo&a

PEQUENA MASSA i a bomba americana. E Szilard foi ;RANDE ENERGIA .iovameate i procura de Einstein, para

que ele mais uma vez se dirigi~e a Roo- ' . , +wâuica einsteiaiana apre- sevelt, desta vez para pedir que não se : ainda s importmte relação usasse a bomba amerieaaa contra o " que exprime a equivlancia Japão, já praticamente derrotado. A ..

sa e a enagia de um corpo. carta foi enviada. i lei rma qne toda varia+ de A 12 de abril dc 1945, dia da morte

massa guarda re laçb com a variaç30 . a t i n a do presidente mericano, en- de energia e vice-vmii. contraram esta carta no seu gabmete,

Quado um corpo qualquer irradia ainda fechada Truman, sucessor de energia, automaticamente ele perde Roose~eit, n h deu ouvidos a Einstein e . massa. Assim, o Sol perde cerca de 4 ms físicos que o apoiavam, ordenando milhõts de toneladas 6 massa por 3 bombardeio nuclear de ' H i r h segundo. Para trmsferir I grama de Nagashqui, com as t d v e i s cor .

issa a um corpo, 6 preciso fornecer- qiiéncias que se conhecem. , - fabulosa energia de 25 rndhões de,, r?) - +:

h. moa. que. em condi* n ~ i - % : l ~ ~ ~ - UM NOVO < ITO' L

mais, as v a r i e s & massa são insigni- DEGRAVITAÇAO OU A ficantes. Mar, na Física Nuclear, as LL,ATIViDADEGENERALIZADA grandes mudanças de massa wnstitucm hoje uma realidade: o f d m e n o r-'- A Teoria da Relatividade Restrita conhecido é o da bomba aGmica, c tinha sido aceita com ?ntusiasrno pelos uma pequena massa de materiai fissal 35, pois vinha rtsolver muitos pro- fwece uma grande energia ,.,-ias. Mas, quanto i Relatividade

Com a h u l a E =mcg. Bhstein Generalizada, até mesmo Mwx Planck ? demonmu quc o uso da energia a6- não lhe dava a devida importância: "Se - mica era terrricamente psg ívd ; mas agora está quase tudo resolvido. por que nada, nem ninguém, podia assegurar vo& se preocupa com &s probla que fosse vihel na prática mas?" Ao tempo da Segunda Guerra Mun- Ehstcin, entretanto, lançou-se com

dia], Einstein jh se encontrava nos Esta- CIÇO h nova tarefa de hterpretar, em dos Unidos, refugiado da periqu4áo temos relatisisliws, QS fenômenos da aos judeus, que se iniciara em 193 com gravitqãa, trabalho que concluiu em o ascenl de HitIer. E a 2 de agosto de 1916. Em aíntese. explicou a gravitação 1939, solicitado por vários fisicos, mtrc como uma dworrência geométrica do L

os quais Szilmd, m e u ao presidente espaço-tompo. Tal hi&ese mostra que - Roosevelt uma carta, em que o alertava a p m ç a de um .cargo em detemindo . sobre o perigo de uma bomba drtt ica local causa uma disbqão na região que nazista UTenho o conheicimwito de que lhe é próxima, pois o deito dos corpos. a Alem& p6s fim h venda de u r b i i materiais não i engendrar forças, como dai minas tchecas de que R aposmun afkma a lei & gr avitaç8o de Newton,

Se a derrota d a Alemanha afastou mas curvar o espaço-temp. Se o corpo este temor, outro, entretanto, surgiu. tem grande massa, os efeitos da distar- Sua carta de advertência fora o ponto ção devem ser mensuráveis; assim, um

I82 de partida para O projeto de fabricação raio de luz proveniente de uma estrela a

,

, 'i. h

.

EINSTEIN

CRIDITOS DAS

I LUSTRAÇÕ ES

Idi cima pnra balxo, da

esquerda pera a diriital

Capa e pdg. 669 - Einstetn por volta dos45 anos. Foto The Bettttmsnn Archive - NY. Pás. 670 - Quem em Berna. onds Einstein nmmu quando empregado np mritório de patentes. Foto Edch l m d n g - Magnum - NY. . Póg. 87t - Labootddo da,Eaoola T&nica Superior em Zuriqub onde flnstein fezsuas expelncias e pesquisas. Foto Erich Lesaina - Maanum - NY. - - Hp.872 .

- Albin A. Miehelson 11 85211 931 1. FICO americano que demmlnou a velocidade da luz Foto The Bsttmann Archive - NY. PBp. 673 - Fbmiuia da Einstein: Energia'=pmdirto da massa pelo quadrado da velocidade da I i e O azul é o efeito da radiado Cerenkow num reatornuclear. Foto Erich Lessing - Magnum - NY. PBg ,674 - Desvio de luz emitida por uma atreia ao passar na pmximídade do Sol, constatado durante o eclipse solarde 19 19. Foto Erich Leasing - Magnum - NY. Pág. 676 - Modelo sm piexiqlass dq Atornode uiSnio-235, mirscutdo pela Unlpn Carblde Comoratian. Foto Erich Lessing - Magnum - NY. PBg. 6Y7 - aliadro a 61eo de Einstein. Foto The Bettmann Archive - NY. - Na teoria de relatividade de Elnsteln, o prõblema da contemporaneidade e do tempo rsrn um papsl csntml. Foto Edch Ledsing - Magnum - NY. Phg ,678 - ExperiBncia de Hallwachsmsobre o efeito fotoel8trlco. Palais de Ia DBcouverta. Foto Roug~eau - Snark Intemattonal - Pariu. PBa. 679 - &a de Sinstein em Princeton. AT ele viveu os ano# sua sucederam sua ernipnicAo. Foto Erich Lessing - ~ G n G r n - NY. PBg. ,680 - Rastros de pariicutas aubatbmicas na CBmara da Bolhas da Universidade da Califdrnla, Foto Photo Researchers - NY - Grande Desiniegrador Aidmico iBevatmnJ, da Universidade da Califbrnia Foto Photo Resaarchers - PIY. P6g. 683 - Einstein, fotografado em sua casa da Princeton, Nova Jersay, c. 1950. Foto The Granger Collaetlan - NY.