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OAB EXTENSIVO FINAL DE SEMANA 2012.1 DIREITO TRIBUTÁRIO – AULA 02 Material disponível na Área do Aluno: www.lfg.com.br/areadoaluno Anotado pelo Monitor: Fabiano Caetano OAB Extensivo Final de Semana 2012.1 Direito Tributário Aula 02 Direito Tributário Prof. Alessandro Spilsborgs 1. Taxa Existem dois tipos de taxas, sendo elas: a) Taxa de Polícia Ela tem por objetivo o custeio da policia administrativa, atividade fiscalizatória. Segundo os tribunais não é necessária a fiscalização em loco, deve apenas ter um departamento que de fiscalização funcionando.

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OAB Extensivo Final de Semana 2012.1

Direito Tributário

Aula 02

Direito Tributário Prof. Alessandro Spilsborgs 1. Taxa Existem dois tipos de taxas, sendo elas: a) Taxa de Polícia Ela tem por objetivo o custeio da policia administrativa, atividade fiscalizatória. Segundo os tribunais não é necessária a fiscalização em loco, deve apenas ter um departamento que de fiscalização funcionando.

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b) Taxa de Serviço Ela custeia a utilização efetiva ou potencial de um serviço público especifico e divisível prestado ao contribuinte ou colocado a sua disposição.

Podemos tomar como exemplo para o entendimento a taxa do lixo. Quando pensamos em taxa do lixo ela é cobrada para o custeio da coleta de lixo residencial. Essa taxa pode ser autorizada tanto para a utilização efetiva ou potencial, assim basta que o serviço seja coloca a disposição do contribuinte que poderá ser cobrada, ou seja, mesmo que você não produza lixo será cobrada a taxa. Esse serviço deve ser público E divisível, devendo comportar os dois requisitos.

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O art. 79, CTN, determina o que é um serviço público especifico e divisível. b.1.) Serviço Específico = Identidade do Contribuinte É especifico aquele serviço em que o ente político tem condições de identificar o contribuinte. b.2.) Serviço Divisível= Quantidade do Serviço É divisível aquele serviço em que o ente político tem condições de mensurar a quantidade do serviço. A coleta do lixo é um serviço especifico, dado que a prefeitura tem a lista dos locais que o caminhão do lixo passa, assim há o preenchimento do requisito do serviço especifico. Quanto a quantidade do serviço fica um pouco difícil quantificar a quantidade do lixo e isto foi levado ao STF que decidiu que a taxa do lixo é constitucional, conforme a súmula 19, STF. Súmula Vinculante 19 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, ii, da constituição federal.

Não podemos confundir com a taxa de limpeza público, está sim foi declarada inconstitucional, conforme a lousa abaixo.

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*Dica

A base de calculo parecida com alguma de imposto pode ser utilizada, ou seja, a taxa não podem ter base de calculo ou fato gerador IDENTICO OU IGUAL as dos impostos, assim pode ser feita com base na área pois não é idêntica ao IPTU, sendo está a base de calculo o valor venal do imóvel. Súmula Vinculante nº 29 É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determina-do imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

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1.1. As diferenças entre Taxa e Tarifa

Em razão destas diferenças podemos tomar diversos exemplos como a energia elétrica consumida. O serviço de energia elétrica não é obrigatório a sua contratação, podendo o contribuinte optar por não possu-ir, não sendo obrigado a contratar o serviço. Assim como o telefone possui a natureza de tarifa. Já o pedágio é uma discussão porém para o STF para saber os pontos se o pedágio é taxa ou tarifa conforme abaixo. Se o próprio Poder Público for co conservador da via, será uma taxa. Se for uma permissionária ou concessionária será uma tarifa.

*Dica Geralmente este comentário por ser passível de muita discussão esta questão deverá ser evitada no exame.

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2. Contribuições de Melhoria (art. 145, III, CF e arts. 81 e 82, CTN) CF Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. CTN Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliá-ria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: (...)

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É decorrente de uma valorização imobiliária em virtude de uma obra pública. 2.1. Características a) Tributo vinculado Pois além da necessidade da obra pública deve haver a necessidade da valorização imobiliária. O correto dizer é que é indiretamente vinculado, sendo a valorização imobiliária a vinculação. b) Arrecadação Esta arrecadação não tem destinação especifica, ela não é destinada a custear a obra pública. Como a contribuição é cobrada após o término da obra então não pode ser para custear a obra pública. Obs.: A contribuição de melhoria é exigida para se evitar o enriquecimento sem causa.

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2.2. Sujeito Ativo

Qualquer ente federado pode cobrar a contribuição de melhoria. 2.3. Exigência Ela será cobrada depois a obra pública. A contribuição de melhoria só pode ser exigida quando a obra pública estiver terminada ou prestes a ser finali-zada.

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2.3.1. Como ser exigido (art. 82, CTN) A norma legal acima destaca o procedimento. Para cada obra pública há necessidade de uma especifica lei para tal obra. Não pode ser uma lei genérica para todas as obras públicas. Também há necessidade de um edital que conceda as informações seguintes: - Prazo da obra; - Custo da obra; - Beneficiários; Também há a necessidade do prazo de 30 dias para que este edital possa ser impugnado (impugnação adminis-trativa). 2.4. Valor Cobrado (art. 81, CTN)

Segundo este artigo existem dois limites que devem ser observados. O limite individual é que a contribuição de melhoria não pode ser superior ao montante da valorização do imó-vel. O limite total é que somadas todas as contribuições de melhoria o valor arrecado não pode ser superior ao custo total da obra. Obs.: Os dois limites devem ser observados.

*Dica Somente obra pública pode exigir a contribuição de melhoria. NUNCA PODERÁ SER FEITA EM DECORRENCIA DE OBRA PARTICULAR. No caso de desvalorização o ente federado deve indenizar o imóvel desvalorizado, assim não autoriza a co-brança do tributo.

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3. Empréstimos Compulsórios (Art. 148, CF)

CF Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de re-levante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que funda-mentou sua instituição.

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Será feito pela União e sempre por Lei Complementar

*Dica Nunca poderá ser feito por Medida Provisória.

3.1. Quando poderá ser instituída a) Quando houver calamidade pública, guerra externa ou sua iminência. b) Investimento público de caráter urgente e relevante de interesse nacional. 3.2. Fato Gerador De acordo com o art. 148, não será nenhum dos dois. Obs.: Segundo a CF, o que está previsto em seu art. 148 não é fato gerador do tributo, são apenas as hipóteses que autorizam a instituição do empréstimo compulsório. 3.3. Exigência do Pagamento

a) Quanto à guerra ou calamidade A cobrança será imediata, como a circunstância é de urgência deverá ser feito imediatamente. b) Investimento Público

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Nesta situação deve ser feita a cobrança no próximo exercício financeiro e obedece aos 90 dias, assim obedee o princípio da anterioridade. 4. Contribuições Especiais

Existem quatro contribuições: a) Contribuições Sociais Competência da União. ATENÇÃO: Conforme o art. 149, § 1º, CF, existe contribuições sociais que podem ser exigidas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. Eles só podem cobrar dos seus próprios servidores públicos. Esse dinheiro exigido irá custear o regime previdenciário próprio dos servidores públicos. b) CIDE Competência da União. É a contribuição de intervenção no domínio econômico. Pode ser feita por Lei Ordinária. Trata-se de um tributo extrafiscal, pois é um tributo regulador, contra o domínio econômico.

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A CIDE deve ser paga por quem comercializa: - Petróleo e derivados; - Gás Natural e derivados; - Álcool Combustível c) Contribuições Corporativas

Competência da União. São arrecadadas em beneficio das atividades profissionais e econômicas. Para essa regulação temos os conselhos profissionais fiscais, são autarquias federais que são, como exemplo: - CREA - CRECI - CRM

*Dica Para o STF não cobra contribuição corporativa, é uma anuidade e não tem natureza tributária, conforme a de-terminação do STF.

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d) COSIP

Competência do município e do Distrito Federal. É a contribuição de iluminação pública (art. 149-A, CF). Com advento da EC 39/02, instituiu a COSIP. Ela pode ser cobrada através da tarifa do consumo de energia elétrica (conta de luz).

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Questões * Gabarito ao final do material de apoio. 1. Com relação à CIDE incidente sobre petróleo e derivados, caso um cidadão brasileiro decida importar deri-vados de petróleo, ele, consoante disposição constitucional, a) deverá ser, por meio de lei, isento do pagamento do tributo sobre a importação, pois a CIDE se restringe às pessoas jurídicas. b) deverá pagar a CIDE em dobro, visto que estará isento do pagamento de outros tributos. c) poderá optar pelo enquadramento como pessoa física ou jurídica, consoante a lei. d) poderá ser equiparado a pessoa jurídica, na forma da lei. 2. Suponha que determinado ente da Federação pretenda instituir contribuição de melhoria para fazer face ao custo da construção de uma linha de metrô que beneficiará certa região metropolitana com valorização imobi-liária. Considerando essa situação hipotética e a disciplina da espécie tributária mencionada, assinale a opção correta. a) O referido ente da Federação somente pode ser um município ou o DF. b) O valor da contribuição de melhoria deverá corresponder ao custo total da obra dividido pelo número de imóveis beneficiados. c) O orçamento do custo da obra deverá ser previamente publicado, e o prazo para a sua impugnação adminis-trativa pelos interessados não poderá ser inferior a 30 dias. d) O valor da contribuição de melhoria deverá englobar, necessariamente, o valor total da obra pública a ser custeada pela exação. 3. A taxa de inspeção sanitária cobrada de estabelecimentos que possuem instalações sanitárias, como restau-rantes e bares, destinada à realização de fiscalização pelo poder público, tem como fato gerador a) a necessidade de utilização do serviço pelo contribuinte. b) a cobrança do tributo pela intervenção no domínio econômico realizada pelo Estado. c) a utilização efetiva, por parte da população, do serviço específico e divisível. d) a atividade da administração pública que regula a prática de ato concernente à higiene, no exercício de ati-vidade econômica dependente de concessão ou autorização do poder público 4. Entre as exigências abaixo, assinale aquela que se refere a um preço público: a) pagamento relativo às custas processuais. b) pagamento efetuado em decorrência da ação fiscalizatória da vigilância sanitária. c) pagamento efetuado em decorrência da concessão de alvará para construção. d) pagamento efetuado em razão da utilização/consumo de energia elétrica. Gabarito 1. D 2. C 3. D 4. D