eficiencia energetica em predios publicos

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P LANO N ACIONAL DE E FICIÊNCIA E NERGÉTICA M INISTÉRIO DE M INAS E E NERGIA 1. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM PRÉDIOS PÚBLICOS 1.1. OBJETIVO presentar uma visão sobre a necessidade de aplicação de conceitos de eficiência energética nos prédios públicos brasileiros bem como apresentar um breve histórico da legislação concernente. Pretende-se, com a referida análise, subsidiar decisões para a formatação do Plano Nacional de Eficiência Energética – PNEF. 1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO As iniciativas para a adoção de medidas de eficiência energética em prédios públicos vêm recebendo a atenção especial de diversos países pela sua importância em contribuir na redução das emissões que impactam o clima do planeta ou pelo papel tecnológico estratégico que desempenham nas empresas num mercado cada vez mais competitivo e globalizado. Assim temos: No Reino Unido o Programa - “certificação em eficiência Energética” (Energy Efficiency Accreditation Scheme- EEAS) que é uma certificação independente, paga, em que se reconhece a redução do uso de energia em organizações dos setores público e privado. Na França, a Diretoria Geral de Energia e de Matérias Primas (Direction Generale de l´Energie et des Matieres Premieres- DGEMP), vinculada ao Ministério da Ecologia, da Energia, do Desenvolvimento Sustentável e de Gestão do Território, é responsável por definir as políticas energéticas, assim como garantir o abastecimento em fontes minerais. Entre suas atribuições destacamos a elaboração de regulamentos que visam melhorar a eficiência energética de equipamentos e edifícios. Na Alemanha, para tratar das questões relacionadas à eficiência energética, tem-se a Agência Alemã de Energia (Deutsche Energie Agentur- DENA), criada em 2008. Entre os Programas e Ações de Eficiência Energética sob sua responsabilidade tem-se o Programa “Certificado de Desempenho Energético das Edificações”. Nos Estados Unidos, foi criado o ESPC (Energy Services Performance Contracts), um programa que contempla redução de consumo de energia em prédios públicos, inserido na década de 70 no FEP (Federal Energy Program). As ESCOs foram contratadas pelas concessionarias do setor energético para subsidiariamente executarem os projetos de melhorias. Em Portugal, existe o Programa P3E - Programa para a Eficiência Energética em Edifícios, promovido pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), órgão da Administração Pública Portuguesa que tem por missão contribuir para a concepção, promoção e avaliação das políticas relativas à energia e aos recursos geológicos. Esse Programa tem como objetivo final a melhoria da eficiência energética dos edifícios em Portugal. Definiu um conjunto de atividades estratégicas a serem desenvolvidas, a curto prazo, algumas de caráter inovador, visando a A

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  • PL A N O N A CI ON A L D E E F I CI N CI A EN E R G TI C A

    MINIST RIO DE MINAS E ENE RGIA

    1. EFICINCIA ENERGTICA EM PRDIOS PBLICOS 1.1. OBJETIVO

    presentar uma viso sobre a necessidade de aplicao de conceitos de eficincia energtica nos prdios pblicos brasileiros bem como apresentar um breve histrico da legislao concernente. Pretende-se, com a referida

    anlise, subsidiar decises para a formatao do Plano Nacional de Eficincia Energtica PNEF.

    1.2. CONTEXTUALIZAO As iniciativas para a adoo de medidas de eficincia energtica em prdios pblicos vm recebendo a ateno especial de diversos pases pela sua importncia em contribuir na reduo das emisses que impactam o clima do planeta ou pelo papel tecnolgico estratgico que desempenham nas empresas num mercado cada vez mais competitivo e globalizado.

    Assim temos:

    No Reino Unido o Programa - certificao em eficincia Energtica (Energy Efficiency Accreditation Scheme- EEAS) que uma certificao independente, paga, em que se reconhece a reduo do uso de energia em organizaes dos setores pblico e privado.

    Na Frana, a Diretoria Geral de Energia e de Matrias Primas (Direction Generale de lEnergie et des Matieres Premieres- DGEMP), vinculada ao Ministrio da Ecologia, da Energia, do Desenvolvimento Sustentvel e de Gesto do Territrio, responsvel por definir as polticas energticas, assim como garantir o abastecimento em fontes minerais. Entre suas atribuies destacamos a elaborao de regulamentos que visam melhorar a eficincia energtica de equipamentos e edifcios.

    Na Alemanha, para tratar das questes relacionadas eficincia energtica, tem-se a Agncia Alem de Energia (Deutsche Energie Agentur- DENA), criada em 2008. Entre os Programas e Aes de Eficincia Energtica sob sua responsabilidade tem-se o Programa Certificado de Desempenho Energtico das Edificaes.

    Nos Estados Unidos, foi criado o ESPC (Energy Services Performance Contracts), um programa que contempla reduo de consumo de energia em prdios pblicos, inserido na dcada de 70 no FEP (Federal Energy Program). As ESCOs foram contratadas pelas concessionarias do setor energtico para subsidiariamente executarem os projetos de melhorias.

    Em Portugal, existe o Programa P3E - Programa para a Eficincia Energtica em Edifcios, promovido pela Direo Geral de Energia e Geologia (DGEG), rgo da Administrao Pblica Portuguesa que tem por misso contribuir para a concepo, promoo e avaliao das polticas relativas energia e aos recursos geolgicos. Esse Programa tem como objetivo final a melhoria da eficincia energtica dos edifcios em Portugal. Definiu um conjunto de atividades estratgicas a serem desenvolvidas, a curto prazo, algumas de carter inovador, visando a

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    moderar a atual tendncia de crescimento dos consumos energticos nos edifcios e, consequentemente, o nvel das emisses dos Gases de Efeito Estufa (GEE) que lhes so inerentes.

    O Brasil, detentor de um Programa de Conservao de Energia Eltrica, PROCEL, desde 1985, tendo passado por uma crise energtica em 2001, tem vrias leis, decretos aplicveis a prdios pblicos e vrias iniciativas ministeriais, que buscam a racionalizao do consumo de recursos energticos nos prdios pblicos.

    A busca da eficincia energtica nas edificaes pblicas tem um papel fundamental como poltica pblica tanto como efeito demonstrativo quanto como indutor do mercado. Mais importante ainda, mostra para a sociedade a coerncia do governo entre o discurso e a ao.

    1.3. POTENCIAL DE REDUO DE CONSUMO Para efeito de aplicao da tarifa de energia eltrica, a ANEEL identifica os consumidores por classes ou subclasses de consumo. Os prdios pblicos esto identificados na classe de consumo Poder Pblico: na qual se enquadram as atividades dos Poderes Pblicos: Federal, Estadual ou Distrital e Municipal. (Ref. Caderno 4 da ANEEL Caderno Temtico Tarifa de Fornecimento de Energia Eltrica).

    Conforme relatrio da ANEEL atualizado em novembro de 2009, o nmero de unidades consumidoras do Poder pblico de 483.282.

    Conforme o BEN 2010, o consumo total de energia eltrica no Pas foi de 426 TWh, em 2009. O consumo de energia eltrica relativo aos Prdios Pblicos Pblico em 2009 foi aproximadamente de 12 TWh. Desta forma, os Prdios Pblicos Pblico contriburam com 2,8% do consumo total de energia eltrica no Pas. O Procel Prdios Pblicos estima um potencial de reduo de consumo, com implementao de aes de Eficincia Energtica, da ordem de 20%. (Ref. Projetos implementados no perodo de 2002 a 2007), ou de 25% a 60% de economia de energia eltrica conforme projetos elaborados pelas ESCOs no mbito do PEE.

    Desta forma o potencial de economia de energia seria da ordem de 2,4 TWh/ano, potencial este conservador, com intervenes basicamente nos sistemas de iluminao e ar condicionado.

    1.4. RESUMO LEGISLAO Atualmente tem-se a Resoluo Normativa n 300, de 12 de fevereiro de 2008 que estabelece critrios para aplicao de recursos em Programas de Eficincia Energtica. Concomitantemente, aprova o respectivo Manual Para Elaborao do Programa de Eficincia Energtica. Os recursos destinados aos projetos de conservao de energia em prdios pblicos esto disponveis em programas anuais de eficincia energtica das concessionrias de energia eltrica atravs da resoluo 300/2008-ANEEL. A legislao determina que as concessionrias devero aplicar anualmente 0,5% da receita operacional

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    liquida no desenvolvimento de aes com o objetivo de incrementar a eficincia energtica no uso final de energia eltrica. A lei 12.212 de 2010 determinou que 60% deste montante deve ser direcionado a unidades consumidoras beneficiadas pela tarifa social. O restante do recurso pode ser aplicado entre as tipologias de projetos de eficincia energtica previstas pelo Manual do PEE, aprovado na resoluo 300/2008. O Decreto Federal 99.656, de 26 de outubro de 1990, cria a Comisso Interna de Conservao de Energia CICE em cada estabelecimento pertencente a rgo ou entidade da administrao federal que apresente consumo anual superior a 600 MWh ou consumo de combustvel superior a 15 TEPs. O Decreto Federal de 21 de setembro de 1993 estabelece que uma das principais aes supervisionadas pelo Grupo Executivo do Programa Nacional de Racionalizao da Produo e do Uso da Energia GERE acompanhar e orientar o desenvolvimento das atividades da CICE e propor as adequaes necessrias na legislao de forma a propiciar maior eficcia na produo e no uso da energia.

    Por ocasio da crise de fornecimento de energia, em 2001, vrios decretos foram criados com o objetivo de propor medidas emergenciais de reduo de consumo no mbito da administrao pblica federal. O Decreto Federal 3330, de 06 de janeiro de 2000, determinava uma reduo de 20%, at dezembro de 2002, no consumo de energia eltrica para fins de iluminao, refrigerao e arquitetura ambiental em rgos da administrao pblica direta, fundaes, empresas e sociedades de economia mista, controladas diretas ou indiretamente pela Unio, sendo o PROCEL o responsvel pelo acompanhamento e superviso tcnica, e a ANEEL pela regulamentao dos procedimentos necessrios operacionalizao.

    No perodo de vigncia da Cmara de Gesto da Crise de Energia Eltrica, que foi de 2001 a 2002, vrios dispositivos legais foram publicados com o objetivo de racionalizar o uso de energia eltrica no mbito da Administrao Pblica Federal, sendo que a maioria foi revogada ou perdeu eficcia to logo a Cmara foi desfeita.

    O Decreto Federal 4131, de 14 de fevereiro de 2002, determina que os rgos da administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional devero observar meta de consumo de energia eltrica correspondente a 82,5% da mdia do consumo mensal, tendo como referncia o mesmo ms do ano 2000, a partir de fevereiro de 2002. Determina que os rgos e entidades da administrao pblica federal devero diagnosticar o grau de eficincia energtica sobre sua administrao com vistas identificao de solues e elaborao de projetos de reduo de consumo. Determina tambm que na aquisio de equipamentos ou contratao de obras e servios devero ser adotadas especificaes que atendam aos requisitos inerentes eficincia energtica.

    Portaria 113-MME, de 15 de maro de 2002, resolve que as autarquias, empresas pblicas e sociedades de economia mista vinculadas ao MME, em todo o territrio nacional, devero observar meta de consumo de 82,5%. Para acompanhamento, estas devero informar mensalmente o consumo verificado em suas instalaes, em formulrio prprio estabelecido por este ministrio. As unidades de consumo devero ser cadastradas junto ao PROCEL. Esta portaria, no entanto, no determina punio para o seu descumprimento.

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    A Instruo Normativa n 01, de 15 de janeiro de 1997, disciplina a celebrao de convnios de natureza financeira que tenham como objeto a execuo de projetos ou realizao de eventos.

    A Lei N 10.438, de 26 de abril de 2002, no artigo 23, pargrafo 4, determina que a Eletrobrs destinar os recursos da RGR mediante projetos especficos de investimento para o desenvolvimento e implantao de programas e projetos destinados ao combate ao desperdcio e uso eficiente da energia eltrica, de acordo com as polticas e diretrizes estabelecidas para o PROCEL.

    Atualmente encontram-se em vigor os seguintes instrumentos legais:

    Decreto 4131/2002;

    Decreto 99.656/1990;

    Instruo Normativa n 01/1997;

    Decreto de 21 de setembro de 1993;

    Portaria 113 do MME/2002;

    Lei 9.991/2000;

    Lei 10.438/2002;

    Lei 12.212/2010;

    Resoluo 492/2002-ANEEL;

    Instruo Normativa 01/2010 Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.

    1.5. PROGRAMA DE EFICINCIA ENERGTICA EM PRDIOS PBLICOS PROCEL-EPP

    O subprograma de Prdios Pblicos do Procel foi estruturado em julho de 1997 e ainda que algumas aes j estivessem em curso, foi a partir dessa data que o programa comeou a estabelecer estratgias unificadas para atingir o objetivo de promover aes de eficincia energtica para prdios pblicos.

    Durante a crise energia eltrica em meados de 2001, o Governo Federal instituiu a Cmara de Gesto da Crise de Energia Eltrica GCE. Neste contexto, colaborou estimando metas de reduo do consumo, atravs do estudo das informaes de consumo e da demanda obtidos com a implementao do cadastro das unidades pblicas. Colaborou, ainda, incentivando a criao das Comisses Internas de Conservao de Energia - CICEs, alcanando o status de principal motivador das aplicaes das medidas de Eficincia Energtica, capacitando diversos gestores, disseminando informaes sobre projetos que foram considerados Casos de Sucesso e publicando manuais para a orientao e adoo de medidas para a reduo do consumo e da demanda.

    O PROCEL-EPP tem os seguintes objetivos:

    Diminuir os gastos dos prdios pblicos atravs da reduo do consumo e da demanda de energia eltrica;

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    Melhorar as condies de trabalho, conforto e segurana dos servidores pblicos;

    Capacitar administradores e servidores de prdios pblicos em eficincia energtica;

    Promover a capacitao laboratorial em eficincia energtica. Entre as estratgias empregadas destacam-se:

    Implementao de projetos-piloto para demonstrao;

    Substituio de tecnologias obsoletas por eficientes;

    Promoo de plano de capacitao de administradores de prdios pblicos em eficincia energtica;

    Instrumentos normativos.

    1.6. PROJETO EFICINCIA E SUSTENTABILIDADE NA ESPLANADA DOS MINISTRIOS

    Por meio de uma ao institucional coordenada entre os Ministrios promotores (Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Ministrio de Minas e Energia; e Ministrio do Meio Ambiente) e seus respectivos programas (Programa de Eficincia do Gasto (PEG), Central de Compras (SLTI), PROCEL, Agenda Ambiental da Administrao Pblica (A3P)) o projeto Eficincia e Sustentabilidade na Esplanada dos Ministrios visa incorporar os critrios de sustentabilidade e eficincia nas edificaes da Esplanada dos Ministrios proporcionando economia de recursos naturais e financeiros.

    Pretende-se transformar a Esplanada dos Ministrios num exemplo de sustentabilidade e eficincia para a sociedade, promovendo a realocao de recursos que visem inovao tecnolgica em eficincia energtica, construes sustentveis e reduo de emisses, utilizando o poder de compra do governo federal para fomentar boas prticas de gesto e induzir o mercado produo e consumo sustentveis.

    Como fruto do trabalho dos representantes dos Ministrios promotores, por meio das Oficinas realizadas, a formatao da proposta alcanou fase de finalizao, apoiada nos seguintes eixos temticos: Eficincia do Gasto, Central de Compras, Eficincia Energtica, Novas Edificaes, Gesto Racional de Recursos, Comunicao e Energia Renovvel. Entre os eixos temticos apresentados, seguem abaixo com maior detalhamento os trs eixos criados no mbito do MME/Procel:

    Eficincia Energtica visa promover aes de Eficincia Energtica nas edificaes da Esplanada dos Ministrios, com aes de replicabilidade para todo o Poder Pblico, para capacitao de reas tcnicas, gesto da energia eltrica e compras eficientes. As aes elencadas para o cumprimento dos objetivos desse eixo so as seguintes:

    Processo de sensibilizao dos gestores para a adoo de prticas de Eficincia Energtica;

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    Elaborao de questionrio para os levantamentos preliminares (Ar Condicionado e Iluminao);

    Levantamento preliminar para identificar a situao do sistema de condicionamento de ar, incluindo estado de conservao;

    Levantamento preliminar amostral para identificar a situao do sistema de iluminao, incluindo estado de conservao;

    Levantamento preliminar dos dados de consumo energtico mensal, por meio das contas de energia eltrica fornecidas pela concessionria de energia;

    Elaborao de Relatrio Tcnico discriminando as principais medidas de eficincia energtica, visando execuo de programa de eficientizao de edifcios;

    Intervenes complementares sugeridas;

    Implementar a etiquetagem nos prdios da Esplanada dos Ministrios;

    Avaliao das edificaes quanto ao Nvel de Eficincia Energtica, aplicando os Requisitos Tcnicos da Qualidade para o Nvel de Eficincia Energtica de Edifcios Comerciais, de Servios e Pblicos RTQ-C, visando a Etiquetagem das edificaes; e

    Aplicao dos conhecimentos adquiridos em aes internas de conscientizao.

    Novas Edificaes visa promover aes de Eficincia Energtica e Sustentabilidade, especificamente, nos projetos e construes de novas edificaes, incluindo estabelecimento de diretrizes padro para adoo dos regulamentos de classificao do nvel de eficincia energtica das edificaes como ferramentas de otimizao do consumo da energia eltrica. Para tanto pretende-se elaborar diretrizes padro para contratao de edificaes eficientes e inserir processo de sensibilizao dos gestores para a adoo de prticas de Eficincia Energtica. Energia Renovvel visa incentivar a instalao de sistemas fotovoltaicos nas edificaes da Esplanada dos Ministrios, com aes de replicabilidade para todo o poder pblico, para a reduo da demanda de energia contratada e a promoo do conceito de sustentabilidade ambiental. Para alcanar tais objetivos pretende-se implementar as seguintes aes:

    Processo de sensibilizao de gestores para o uso dessa tecnologia;

    Levantamentos tcnicos: Curva de Carga dos prdios e potencial solar;

    Tratamento de dados e modelagem dos sistemas (dimensionamento e anlise de custos);

    Elaborao do Projeto Bsico;

    Instalao do sistema fotovoltaico dimensionado; e

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    Capacitao para operao e manuteno dos sistemas e anlise peridica dos resultados.

    Posteriormente, visando torn-la uma poltica pblica abrangente, a proposta ser apresentada aos Ministros do Planejamento, Oramento e Gesto; Ministro de Minas e Energia; e Ministro do Meio Ambiente. O Governo Federal figura como um dos maiores consumidores de energia eltrica, fato que sugere torn-lo um exemplo para a sociedade brasileira de gesto dos recursos naturais e financeiros, eficincia energtica e sustentabilidade.

    Espera-se que as propostas decorrentes do Plano Nacional de Eficincia Energtica, bem como do projeto Eficincia e Sustentabilidade na Esplanada dos Ministrios, resultem na formatao de um projeto piloto, embrio de uma poltica pblica de longo prazo, que possa contemplar o universo dos 27 mil prdios pblicos federais, bem como induzir aes semelhantes nas esferas estadual e municipal.

    1.7. LINH AS DE A ES PROPOSTAS Implantar o Programa Eficincia e Sustentabilidade na Esplanada dos

    Ministrios, divulgando-o adequadamente em todo pas, sensibilizando gestores pblicos para replicar prticas que sejam compatveis com instalaes sob sua responsabilidade;

    Estimular a insero dos conceitos de eficincia energtica nas edificaes pblicas, para as novas j estabelecidas, por meio da instalao de sistemas mais eficientes e econmicos de ar condicionado e iluminao, incluindo o fomento de projetos de cooperao para substituio destes sistemas;

    Estabelecer, progressivamente, mecanismos para restringir projetos de novos prdios pblicos que descumpram requisitos mnimos de eficincia energtica, baseados na metodologia de etiquetagem de edifcios do INMETRO;

    Incentivar a adequao das construes j estabelecidas, para a instalao de sistemas mais eficientes e econmicos;

    Estabelecer formas de estmulo ao funcionamento das CICEs em prdios pblicos, como, por exemplo, estabelecimento de metas de economia, com premiao pelo cumprimento destas. Permitir o uso das economias de energia para celebrar contratos de desempenho;

    Incentivar o Cadastro dos Administradores e dos Prdios Pblicos;

    Acrescentar ao escopo de contratao dos projetos de reforma das edificaes a obrigatoriedade da aplicao dos Requisitos Tcnicos da Qualidade para o Nvel de Eficincia Energtica de Edifcios Comerciais, de Servios e Pblicos RTQ-C, visando a Etiquetagem;

    Reestruturar o programa de Prdios Pblicos, incluindo o estabelecimento de metas de consumo para os prdios pblicos respeitando suas especificidades

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    e diferenas de uso e regionalidade e tambm montando um Centro de Monitoramento do Consumo.