eficiÊncia energÉtica em edificaÇÕes · que certificações de edificações temos disponível?...
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CONSUMO DE ENERGIA PER CAPITA/PAÍS
•USA – 1460 kWh - 6% da produção mundial
•Brasil - 226 kWh
•Em 2035 a China usará 70% mais energia que os USA
DESAFIOS GLOBAIS PARA MUDANÇA NO SETOR DE ENERGIA
Aumento da população mundial para 2 bilhões de pessoas em 2050;
Dentro de 20 a 30 anos cerca de 3 bilhões de pessoas ascenderão a
classe média;
1,4 bilhões de pessoas não tem acesso a eletricidade;
Até 2035 o consumo mundial de energia crescerá mais de 30%;
CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA POR REGIÃO DO BRASIL
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA POR REGIÃO 2013
REGIÃO CONSUMO (GWh)
NORDESTE 81.340,65
SUDESTE/CENTRO-OESTE 314.877,36
SUL 89.714,42
NORTE 40.234,30
SIN 526.166,72
•05/11 – 17.84% armazenamento
•1/3 da energia gerada no Brasil é térmica
•115. 453 GWh x 334.016 GWh de hidráulica
Foram doadas/vendidas 239.932 refrigeradores (Celpe, Coelba e Cosern) e 2 milhões de
lâmpadas fluorescentes e LED.
A economia de energia é de 274 GWh/ano, isso representa uma Usina evitada de 57 MW e
economia para o pais de R$ 257 milhões.
Barreiras ( 278 GWh/ano de jan a outubro de 2014 )
Resultados:
Projeto de Eficiencia Energetica
•*Dados de ago/2014
Conceitos sistemas passivos X sistemas ativos
como projetar ?
(ventilação natural, iluminação natural)
onde comprar ?
(iluminação artificial, ar condicionado)
Questionamento de valores
•valorização do “quanto custou?”
•exibicionismo $
•falta de sensibilidade
•modelo de sucesso (excêntricos, perdulários)
•valorização do benefício
•consciência
•valorização do conhecimento
•cidadania
•contribuição individual
CLIMA X EDIFICAÇÃO
O projeto desconsiderando o clima local acarreta o aumento do consumo de
energia.
O sistema de condicionamento de ar é o maior responsável pelo consumo de
energia em edificações.
1- Radiação solar direta
2- Radiação solar difusa
3- Radiação solar refletida pelo entorno
4- Radiação térmica emitida pelo solo aquecido e pelo céu
5- Radiação térmica emitida pelo edifício Fonte: Lamberts at al, 2004, p. 36
EFEITO ESTUFA NA EDIFICAÇÃO
A radiação que incide como radiação (onda curta)
transforma-se em calor (onda longa) para o qual o
vidro torna-se opaco
Trocas de calor em edifícios e efeito estufa
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES
USOS FINAIS – SETOR COMERCIAL
USOS FINAIS – SETOR PUBLICO
Fonte: Avaliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil: Pesquisa
PROCEL – Eletrobras, 2007
– fim da arquitetura tradicional com longos pergolados, largas varandas, paredes grossas, áticos e aberturas para ventilação cruzada.
– imposição de ar condicionado central.
– .... mais de 90% das edificações residenciais australianas não são projetadas por arquitetos.
Exageros do século XX (desvalorização do projetista)
COLCHÃO DE AR VENTILADO ENTRE O TELHADO E A LAJE; Nos climas quente-
úmidos , a câmera de ar reduz em 30% a quantidade de calor transmitida pela
cobertura.
ASHRAE/IESNA Standard 90.1
principal base para o desenvolvimento de normas
1989: ênfase na instalação predial
1999, 2001 e 2004: ênfase na envoltória
ASHRAE/IESNA
Standard 90.1
Que certificações de edificações temos disponível?
Energy Star Label ( US Environmental Protection Agengy - EPA )
Mais focado em energia eficiente, instalação de janelas eficientes,
sensores de presença.
Que certificações de edificações temos disponível?
LEADERSHIP in ENERGY and ENVIRONMENTAL DESIGN – LEED
Sistema desenvolvido para orientação e certificação de construções
sustentáveis . É a ferramenta mais reconhecida e a que mais cresce no
mundo.
CATEGORIA PRÉ REQUISITOS PONTOS POSSÍVEIS
SUSTENTABILIDADE DO ESPAÇO 1 14
RACIONALIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA 0 5
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 3 17
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA 2 15
SUSTENTABILIDADE DOS MATERIAIS 1 13
INOVAÇÃO E PROCESSOS 0 5
TOTAL 7 69
26 32 38 51 69PONTOS
CERTIFICADO PRATA OURO PLATINA
Conceito de Casa Passiva
Edifício com alta performance energética com alto conforto térmico excelente qualidade do ar interno com o mínimo consumo de energia
Utiliza energia renovável e otimização de custos de materiais
• Em 1984, o Inmetro iniciou uma discussão com a sociedade, informando os consumidores sobre a eficiência energética de cada produto, estimulando-os a fazer uma compra mais consciente. Este projeto cresceu e se transformou no Programa Brasileiro de Etiquetagem, PBE.
• A partir da lei nº 10.295, publicada em 17 de outubro de 2001 (conhecida como a Lei de Eficiência Energética, o Inmetro, que estabelecia de forma voluntária programas de etiquetagem, passou a estabelecer programas de avaliação da conformidade compulsórios na área de eficiência energética.
• O Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf), publicado para reforçar as diretrizes do Plano Nacional de Energia (PNE2030), que estabelece uma meta de 10% de redução no consumo energético por meio de ações de eficiência energética, possui um capítulo dedicado ao PBE.
PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM
• LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Nº 10.295 E DECRETO N°4.059 (2001)
– Programa Brasileiro de Etiquetagem
• NORMAS DE DESEMPENHO TÉRMICO
– NBR 15220-3 (2005)
– NBR 15575 (2008 - 2013)
• Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos – RTQ-C (2009)
• Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais - RTQ-R (2010)
DESENVOLVIMENTO DOS REGULAMENTOS
HISTÓRICO
A ETIQUETAGEM A etiquetagem de edifícios faz parte do Programa
Brasileiro de Etiquetagem (PBE) desenvolvido pelo
PROCEL e pelo INMETRO e segue as mesmas
características adotadas para a etiquetagem de
eletrodomésticos de baixo consumo de energia
elétrica.
O objetivo da etiqueta em edificações é incentivar a
elaboração de projetos que sejam adaptados ao clima
local, levando a um consumo menor de energia
elétrica. Assim como os eletrodomésticos que fazem
parte do PBE, os projetos são analisados na fase de
projeto e depois de construído e receberão etiquetas
com graduação de A a E, de acordo com o consumo
de energia elétrica.
ETIQUETAGEM - Justificativa:
Integração do profissional na fase de projeto para pensar a eficiência energética
Incentivar:
• Uso de aquecimento solar;
• Aproveitamento de ventilação natural;
• Aproveitamento da iluminação natural;
• Uso da automação;
• Equipamentos de baixo consumo de energia;
• Materiais de construção que garantam o conforto e economizem
energia;
Edifícios Comerciais , Serviços e Publicos
•Fonte: PROCEL, 2011,
De caráter voluntário*
Projetos novos e prédios existentes
RTQ-C - Especifica os requisitos técnicos e métodos para
classificação de edificações.
Prescritivo, por equações, tabelas e parâmetros limites, é
obtida uma pontuação que indica o nível de eficiência
parcial do sistema e total do edifício
Simulação, o desempenho do edifício é comparado ao
desempenho de edifícios referenciais de acordo com o
nível de eficiência energética.
RTQ-C Descrição geral
A etiquetagem deve atender aos requisitos relativos a:
desempenho da envoltória
eficiência e potência instalada do sistema de iluminação
eficiência do sistema de condicionamento de ar.
Os três requisitos possuem níveis de eficiência que variam de A (mais eficiente) a E (menos
eficiente).
30% 30% 40%
PRÉ-REQUISITOS
Se atende aos pré-requisitos
de circuitos elétricos e
aquecimento de água*
ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – RTQ-C
CLASSIFICAÇÃO DE
EFICIÊNCIA DO EDIFÍCIO
OU PARTE DESTE
BONIFICAÇÕES
Até 1 ponto em economias de:
• 40% no consumo de água;
• 10% com uso de energias
renováveis;
• 30% cogeração ou inovações
tecnológicas;
• 70% de fração solar para
coletores;
• Elevadores com classificação A
•0,5 pontos:
• Elevadores eficientes
PONTUAÇÃO FINAL DO
EDIFÍCIO
RESPONSÁVEL PELA
CLASSIFICAÇÃO DE
EFICIÊNCIA. INCLUI AS
BONIFICAÇÕES
ENVOLTÓRIA
ETIQUETA PARCIAL ILUMINAÇÃO
ETIQUETA PARCIAL CONDICIONAMENTO DE
AR
ETIQUETA PARCIAL
• Vidros laminados eficientes com fator solar abaixo de 0,40
• Sistema construtivo:
– paredes com baixa transmitância térmica
•LAJE 10cm
Intervenções para obtenção da Etiqueta A
•Coberturas claras, com isolamento térmico, permitindo menor variação da temperatura interna do edifício.
•U= 0,86 W/m2.K
Intervenções para obtenção da Etiqueta A
CLIMA- ENVOLTÓRIA
ZONEAMENTO BIOCLIMÁTICO • O zoneamento bioclimático brasileiro é
estabelecido na NBR 15220 - Parte 3 (2005). No desenvolvimento das equações do indicador de consumo, algumas zonas bioclimáticas foram agrupadas, sendo representadas pela mesma equação.
• São elas ZB2 e ZB3; ZB4 eZB5;ZB6 e ZB8.
•Fonte: http://blog.giacomelli.com.br
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ENVOLTÓRIA
TRANSMITÂNCIA TÉRMICA (U): A transmitância térmica considerada é a média ponderada das diversas transmitâncias existentes quando a envoltoria é composta por diferentes materiais e, portanto, por diferentes transmitâncias.
•Parede de blocos de concreto 2 furos,
reboco e revestimento cerâmico, com U
= 2,44 W/m²K
•Parede de tijolos de cerâmica com
isolamento térmico e reboco, com U
= 0,90 W/m²K
ABSORTÂNCIA SOLAR TÉRMICA (α): A absortância solar térmica a ser considerada para a avaliação do pré-requisito é a média das absortâncias de cada parcela das paredes, ou das coberturas, ponderadas pela área que ocupam. Deve considerar a absortância visível e infra-vermelha.
Exceções:
Telhado jardim, lajes sobre caixa d’água, caixa de escada, casa de máquinas.
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ENVOLTÓRIA
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ENVOLTÓRIA
• U = TRANSMITÂNCIA TÉRMICA / α = ABSORTÂNCIA DE SUPERFÍCIES
COBERTURA
•* O INMETRO recomenda o uso do termo Classe de Eficiência, no entanto o texto do RTQ traz Nível
•Classe
PAREDES
• U = TRANSMITÂNCIA TÉRMICA / α = ABSORTÂNCIA DE SUPERFÍCIES
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ENVOLTÓRIA
•Fonte: LABCON-UFMG •* O INMETRO recomenda o uso do termo Classe de Eficiência, no entanto o texto do RTQ traz Nível
•Classe
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ENVOLTÓRIA
ILUMINAÇÃO ZENITAL • A edificação deve atender ao fator solar máximo do vidro ou do sistema de abertura
para os respectivos PAZ, de acordo com a Tabela abaixo. Para edificações com PAZ maior que 5%, pretendendo alcançar classificação A, deve-se utilizar simulação computacional.
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ILUMINAÇÃO
Controle manual para o acionamento independente da iluminação interna do ambiente
1. Facilmente acessível;
2. Limite de área iluminada por controle (250 ou 1.000 m2);
3. Fazer uso de representação gráfica caso não seja possível visualizar todo o ambiente iluminado.
•1250
m² •1000 m²
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS - ILUMINAÇÃO
Desligamento independe da fileira de luminárias próximas a janela;
Desligamento automático para grandes áreas: hora, sensor ou alarme.
Etiquetas de
projeto
Etiquetas de
obra
RS
88 Projetos etiquetados no Brasil
39 Projetos etiquetados e construção
RTQ-R : Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética em Edificações Residenciais
•Fonte: LABEEE, 2011,
RTQ-R - Unidades Habitacionais - Envoltória
Etiquetas
Edificações
Etiquetagem PBE Edifica
Edificações residenciais
Unifamiliares
Unidade Habitacional
(UH)
Multifamiliares
Cada Unidade habitacional
(UH) Geral
Áreas de Uso Comum
UNIDADES HABITACIONAIS AUTÔNOMAS - UHs
• Avaliação da envoltória
• Avaliação do sistema de aquecimento de água
• Bonificações
• Ventilação Natural
• Iluminação natural
• Iluminação artificial
• Uso racional de água
• Condicionamento artificial de ar
• Ventiladores de teto
• Refrigeradores
• Medição individualizada
ETIQUETAGEM DE EDIFICAÇÕES
Cada ambiente de permanência prolongada é avaliado individualmente
PONDERAÇÃO
UNIFAMILIAR
RTQ-R - Etiqueta – Unidade Habitacional
•Fonte: PROCEL, 2011,
RTQ-R - Etiqueta – Multifamiliares Cada Unidade Habitacional é
avaliada individualmente
PONDERAÇÃO
MULTIFAMILIARES
•Fonte: PROCEL, 2011,
RTQ-R - Etiqueta – Áreas de Uso Comum
Iluminação
Bombas centrífugas
Elevador
Sauna
Equipamentos
Aquecimento de água
Bonificação
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