eficiÊncia eficiÊncia

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ENERGÉTICA EFICIÊNCIA DEZEMBRO DE 2014 ANO 6 • NÚMERO 30 ROGELIO GOLFARB, VICE-PRESIDENTE DA FORD, ATRIBUI AO MOTOR BOA PARTE DO IMPRESSIONANTE SUCESSO DO NOVO KA •VILMAR FISTAROL GARANTE: CNHI É UM BOM NEGÓCIO •SATISFAZER O CLIENTE É META NO MERCADO DE CAMINHÕES •TRIBUTAÇÃO ELEVADA BARRA CARROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS Automotive Automotive COMPETITIVIDADE AVANÇA COM ENERGÉTICA EFICIÊNCIA COMPETITIVIDADE AVANÇA COM CADERNO ESPECIAL DE POWERTRAIN

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Page 1: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

ENERGÉTICAEFICIÊNCIA

DEZEMBRO DE 2014 anO 6 • núMERO 30

ROGELIO GOLFARB, VICE-PRESIDENTE DA FORD, ATRIBUI AO MOTOR BOA PARTE DO

IMPRESSIONANTE SUCESSO DO NOVO KA

• VILMAR FISTAROL GARANTE: CNHI É UM BOM NEGÓCIO

• SATISFAZER O CLIENTE É META NO MERCADO DE CAMINHÕES

• TRIBUTAÇÃO ELEVADA BARRA CARROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

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ENERGÉTICAEFICIÊNCIACOMPETITIVIDADE AVANÇA COM

CADERNO ESpECIAL

DE pOwERTRAIN

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Page 2: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

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Page 4: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

4 • AutomotiveBUSINESS

índice luis

pra

do

8 FERNANDO CALMON ALTA RODA As preferências no mercado

10 NO PORTAL

12 CARREIRA

14 NEGÓCIOS

34 INTERAÇÃO MERCEDES DESTACA FORNECEDORES Premiação incluiu responsabilidade ambiental

36 SUPPLIER QUALITY GM RECONHECE PARCEIROS Melhoram performance e qualidade

38 TI A INTERNET DAS COISAS Tecnologia conecta setor automotivo

58 CAPA

COMPETITIVIDADE AVANÇA COM A

EFICIÊNCIA ENERGÉTICAImpulsionados pela legislação do Inovar-Auto,

novos powertrains, como o do Ford Ka, cujas vendas decolaram em novembro, levam os veículos nacionais a patamares mais elevados de

desempenho e competição

RoGElIo GolFARb, presidente da Ford: novo

motor alavanca vendas do Ka

42 SUPRIMENTOS RENAULT NISSAN UNIFICA PRÊMIO Aliança integrou as compras

44 ETANOL DA EUFORIA À CRISE Altos e baixos do álcool combustível

46 PREMIAÇÃO MWM DESTACA FORNECEDORES Oito empresas foram reconhecidas

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Page 5: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

AutomotiveBUSINESS • 5

48 PRODUTO CRESCE A FAMÍLIA KA Hatch 1.5 e sedã 1.0 chegaram

50 ENTREVISTA | VILMAR FISTAROL CNH INDUSTRIAL É BOM NEGÓCIO Grupo prova sua viabilidade

54 LANÇAMENTO FLUENCE SOBE UM DEGRAU Renault segura o preço

CoRREção – angel Martinez é diretor comercial do Banco Mercedes-Benz e não do Banco Volkswagen, como foi publicado na página 64 da edição nº 29 desta revista

76 CADERNO DE POWERTRAIN76 Componentes 78 Transmissões80 Baterias82 Filtros84 Eixos85 Turbos86 Arrefecimento

70 MAR 1 MWM SAI NA FRENTE Controle de emissões para máquinas

64 ELÉTRICOS E HÍBRIDOS LONGO CAMINHO À FRENTE Tributação elevada é barreira

68 CAMINHÕES EVOLUÇÃO ATENDE CLIENTE Os negócios em ano desafiador

72 ÔNIBUS ELÉTRICO AS VANTAGENS DO E-BUS Veículos consomem menos energia

74 LUBRIFICANTES EXIGÊNCIAS MEXEM COM O SETOR Cresce demanda pelos sintéticos

88 ARTIGO A VEZ DA TECNOLOGIA O ponto de vista da Mahle

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Page 6: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

6 • AutomotiveBUSINESS

editorial

www.automotivebusiness.com.br

Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda.

Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes

de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,

empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico.

DiretoresMaria Theresa de Borthole Braga

Paula Braga PradoPaulo Ricardo Braga

Editor ResponsávelPaulo Ricardo Braga

(Jornalista, MTPS 8858)

Editora-AssistenteGiovanna Riato

RedaçãoMário Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis

Editor de Notícias do PortalPedro Kutney

Colaboradores desta ediçãoAlexandre Akashi, Edileuza Soares, Gustavo

Ruffo e Ricardo Abreu

Direção de ArteRicardo Alves de Souza

Assistente de ArteJosy Angélica

Fotografia

Estúdio Luis Prado

PublicidadeCarina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves

Atendimento ao leitorPatrícia Pedroso

WebTV Marcos Ambroselli

Comunicação e eventos

Carolina Piovacari

ImpressãoMargraf

Distribuição

MTLOG

Administração, redação e publicidadeAv. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema,

04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888

[email protected]

Esta edição, de número 30, completa o quinto ano de existência da revista Automotive Business e revisita o tema do powertrain veicular.

A primeira edição, em 2009, trouxe na capa o motor Multiair, da FPT, considerado uma evolução tão importante para o ciclo Otto quanto o common rail foi para o diesel. Desta vez o destaque da capa vai para o sucesso da Ford Brasil com o novo Ka e seu notável motor de um litro.

Eficiência energética, tema principal deste número, desenvolvido pelo jornalista Gustavo Ruffo a partir de um levantamento com as montadoras e especialistas no assunto, deve estar em pauta pelos próximos anos. No entanto, Ricardo Abreu, vice-presidente internacional da Mahle e diretor do centro tecnológico da empresa, ressalta que o País precisa apertar o passo nas iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria automobilística – em particular na área de motores.

Para Abreu, é incipiente o esforço em direção à eficiência energética do powertrain e ainda é necessário direcionar com clareza a vantagem tributária para a utilização de etanol nos motores. Ele reforça que é perfeitamente possível desenvolver sistemas que garantam desempenho equivalente com etanol ou gasolina, apontando como soluções a introdução de turboalimentação, injeção direta e tecnologias como comando de válvulas mais eficiente.

Nesse cenário, o executivo da Mahle entende que as empresas estão empenhadas em cumprir a meta obrigatória de elevar a eficiência energética dos veículos em 12,08% até 2017 e a maioria estará interessada em buscar um ponto extra de desconto no IPI chegando aos 15,46% e dois pontos extras, atingindo 18,84%.

Enquanto isso, é preciso encontrar fórmulas para salvar o programa do etanol, que encontrou alento no desenvolvimento do sistema flex. Ao rememorar em novembro os 39 anos de criação do Proálcool, o Programa Nacional do Álcool, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) advertiu que, depois da construção de uma centena de novas usinas entre 2004 e 2010, mais de 70 plantas já fecharam as portas na região centro sul, entre 2008 e 2013. Outras 12 devem encerrar as atividades em 2014. Para a entidade, a reversão do cenário atual somente será alcançada a partir de uma política consistente de longo prazo.

Até a próxima edição.

POWERTRAIN EFICIENTE

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Paulo Ricardo [email protected]

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Page 7: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

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8 • AutomotiveBUSINESS

luis

pra

do

Fernando Calmon é jornalista especializado na

indústria automobilística [email protected]

Leia a coluna Alta Roda também no portal

Automotive Business

dos básicos e em 35% dos intermediários do segmento de entrada.

No nível de segurança veicular, a produção média local ainda está uns seis anos atrasada em relação à Europa Ocidental, mas à medida que novas arquiteturas globais cheguem e as vendas voltem a crescer, a defasagem diminuirá. O ritmo será ditado, de novo, pelo poder aquisitivo ou “riqueza” dos compradores.

Em termos de segmentação por tipo de carroceria o mercado brasileiro apontou em direção aos SUVs e a tendência vai se aprofundar porque ainda há poucos modelos (EcoSport e Duster) na categoria de SUVs compactos. A atual distribuição entre veículos de passageiros se apresenta assim: 60%, compactos (41% hatches, 18% sedãs e 1% peruas); 14%, picapes; 9%, médios; 4%, monovolumes; 1%, grandes; 10%, SUVs e 2%, outros.

A preferência pelos utilitários esporte tem explicações que vão da visibilidade à possibilidade de lidar melhor com piso irregular ou sem pavimentação, mas passa igualmente pela evolução financeira dos clientes da indústria. A previsão de estreia de pelo

menos três novas versões compactas no próximo ano (HR-V, Renegade e 2008) e lançamentos também de SUVs médios apontam que esse tipo de carroceria representará em curto prazo 15% do mercado, à custa de sedãs e monovolumes, principalmente.

Caminho ainda pouco claro diz respeito aos subcompactos. As famílias brasileiras decidiram ter menos filhos e, desse modo, diminuiria a exigência por porta-malas grande. Por outro lado, aumentarão as famílias que poderão adquirir um segundo carro e poderia ser um subcompacto: dimensões menores oferecem vantagens na cidade e facilidade de estacionar. Teria menor consumo de combustível (em especial ante um SUV pequeno) e preço em conta, porém há dúvidas sobre sua aceitação nos próximos anos.

Câmbio automático pode atrair mais interessados, pois além do maior conforto no trânsito, ganhou em eficiência energética e também se beneficiaria da folga financeira. Até preferência de cores mudou. Por décadas o branco, em um país de clima quente, ficou de lado e agora divide a preferência com prata e preto.

Nos últimos 12 anos, quando as vendas

anuais de veículos no Brasil subiram 140%, o perfil dos compradores mudou e, mais ainda, a segmentação de produtos. Em grande parte isso se deve ao aumento de poder aquisitivo e ao fato de que os carros subiram menos que a inflação em termos reais por qualquer que seja o indicador pesquisado. Na base do mercado os preços nominais subiram 14%, em média, enquanto os salários avançaram 32%. O segmento de entrada, de longe o mais importante, que se subdivide em três (básico, intermediário e superior), assistiu a fenômenos interessantes.

Não é de surpreender que hoje, das vendas totais, 70% dos modelos saiam de fábrica com ar-condicionado e 60% com direção assistida. O chamado carro “pelado” nunca foi opção de ninguém e sim mero reflexo do dinheiro curto para ter acesso ao automóvel. Parece óbvio, mas alguns ainda acreditam que a indústria era a única responsável por carros sem conforto ou acabamento rústico. Recursos de conectividade eram reservados para carros maiores e caros. Agora, já estão em 25%

ALTA RODA

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Page 9: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

AutomotiveBUSINESS • 9

fernando calmon

ROMBO nas contas externas brasileiras dei-xa mais distante a possi-bilidade de voltar o livre comércio entre Brasil e México, a partir do próxi-mo ano. As cotas de im-portação devem continu-ar e os fabricantes sabem não haver solução de cur-to prazo, salvo se ocorrer grande desvalorização do real, fora das previsões da maioria dos analistas.

PREÇO é bem salgado – quase R$ 80.000, quan-do chegar à rede de con-cessionárias –, mas o Fiat 500 Abarth convence pe-lo conjunto. Necessidade de alterações na carroce-ria prejudicou um pouco a pureza de estilo. Qua-dro de instrumentos digi-tal agora ficou muito bom com o fim do conflito de ponteiros. Pontos altos: motor de 167 cv/23 kgfm e suspensões não exces-sivamente duras.

SAVEIRO cabine du-pla comprova no dia a dia que atende a quem exige espaço maior para carga e flexibilidade para trans-portar no banco trasei-ro até três pessoas (Stra-da, apenas duas). Portas são as mesmas do Gol 2-portas, mais largas. No-vo motor de 1,6 L/120 cv é econômico e referência em termos de suavidade

de funcionamento, embora não seja o mais potente.

ESTILO ousado, sem dú-vida, o novo Jeep Che-rokee tem de sobra, princi-palmente na parte frontal. Se vai agradar aos fãs ou atrair novos clientes, co-mo já acontece nos EUA, é cedo para dizer no caso do Brasil. A mecânica es-tá bem provada, inclusive o motor V6 de 271 cv. Aca-bamento e materiais são de boa qualidade, porém há rangidos inexistentes na geração anterior.

EURO NCAP, que faz testes de colisão, terá um sistema de pontuação du-pla a partir de 2016. Admi-tirá certos equipamentos de segurança como op-cionais, na Europa, o que permitirá a carros menores (com limitações de preço) obter cinco estrelas máxi-mas sem as penalizações atuais. Finalmente um pin-go de bom senso, que fal-ta no Latin NCAP.

LEITORES perguntam por que os números da frota registrada pelo Denatran e Detrans não são confiáveis. Simplesmente porque, ao contrário do controle to-tal sobre veículos novos, os antigos que já não rodam são abandonados sem bai-xa oficial nos registros. Is-so se dá pela burocracia e altos custos para os pro-prietários. Problema que se acumula há anos sem sinal de solução.

RENAULT rejuvenesceu o Fluence para manter ca-pacidade de competir no segmento de sedãs médios--compactos que represen-tam 8% do mercado, mas têm oferta altamente diver-sificada: uma dúzia de op-ções. Parte frontal segue a linguagem estilística da marca e LEDs estão nas lanternas traseiras. Quadro de instrumentos digital, no-vo sistema multimídia e tra-vamento automático das portas com chave no bolso completam o modelo, sem

alterações mecânicas e de preços: R$ 66.890 a 82.900.

OUTRO a entrar na on-da aventureira, o Chevro-let Spin Activ, apenas na versão de cinco lugares, marca o visual pelo este-pe fixado na porta traseira que ainda atrai por aqui, mas cai em desuso no ex-terior. Sensor de distância traseiro é de série, o que diminui a possibilidade de o pneu protuberante da-nificar outros carros em manobras. Dinâmica do Spin não se alterou pelos bons ajustes de suspen-são, mas 60 kg acrescen-tados em razão do supor-te do estepe já se sentem no desempenho.

HONDA prepara reno-vação total de seus mo-tores, inclusive no Bra-sil. Para cá serão todos turboflex: 3-cilindros, 1 L/140 cv e 4-cilindros, 1,5L/200 cv. Há ainda o 2 L/300 cv, importado.

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saveiro Cabine dupla acomoda até três pessoas no banco traseiro. portas são do gol 2-portas

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Page 10: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

10 • AutomotiveBUSINESS

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WEB TV

CONTINENTAL INVESTE NO CAMINHÃO INTELIGENTEA divisão de sistemas para veículos comerciais da continental prepara

alguns pacotes de automação e conexão que podem trazer reduções expressivas de custos para o transporte rodoviário de cargas. A eletrônica e a conectividade em rede tornam o caminhão inteligente, capaz de reconhecer a rota à frente e tomar decisões automáticas de operação, sem a dependência do motorista, como acelerações e trocas de marcha no tempo exato para economizar combustível e aumentar a segurança.

portal | Automotive Business

NOTICIáRIOENTREVISTAENTREVISTA

www.automotivebusiness.com.br/abtv

VOLKSWAGEN GOLF PASSA A SER IMPORTADO DO MÉXICOAs concessionárias volkswagen começam a vender o novo Golf

produzido em Puebla, no méxico. Até então o carro vinha da fábrica de Wolfsburg, na Alemanha. o modelo é oferecido em três versões, com preços que partem de r$ 69.510. os motores utilizados no hatch têm quatro cilindros, turbo e injeção direta de gasolina (tsi). A partir do segundo semestre de 2015 o modelo será montado também no Brasil, em são José dos Pinhais (Pr).

CITROËN LANÇA C4 LOUNGE COM MOTOR 1.6 THP FLEXchega ao mercado nacional o citroën c4 Lounge com motor 1.6 tHP Flex.

são duas configurações para o carro, tendance, por r$ 78.790, e exclusive, por r$ 85.490. em vez dos 165 cavalos do tHP a gasolina, o novo propulsor bicombustível produz até 173 cavalos com etanol. com o derivado de petróleo agora são 166 cv.

o ceo GLoBAL dA JAGuAr LAnd rover, rALPH sPetH, fala das expectativas para

a produção nacional.

roGeLio GoLFArB, da Ford, analisa os bons resultados da empresa com

o lançamento do novo Ka.

BALAnço semAnAL dos acontecimentos mais importantes do setor automotivo

– em edições compactas.

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Page 11: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

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Page 12: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

CARREIRA

O novo vice-presidente de vendas, marketing e

pós-vendas revela como um dos principais desafios desenvolver ampla gama de serviços

AUTOMOTIVE BUSINESS – Quando iniciou as novas atividades e por que decidiu se unir ao time da Mercedes-Benz?ROBERTO LEONCINI – Em junho. Estava há 26 anos na outra empresa (Scania), tinha acabado de completar 50 anos e comecei a refletir sobre a minha vida. Neste momento, Philipp Schiemer, presidente da Mercedes, me procurou com grandes desafios para longo prazo, como o desenvolvimento de produtos Euro 6. Me senti bastante estimulado e decidi

abraçar a nova família. Sempre gostei da marca, conhecida pelo prestígio, por levar emoção desde o automóvel ao extrapesado. Queria esta emoção para a minha vida.

AB – Quais são os seus novos desafios? RL – Sincronizar o desenvolvimento de produtos com soluções de transporte. No discurso é fácil, mas superar as necessidades dos clientes é bastante desafiador. Já oferecemos amplo portfólio e temos rede estruturada, com 184 concessionárias. Agora estamos estruturando uma série de serviços. Isso inclui atendimento nas oficinas dos nossos clientes, treinamento dos motoristas. Vamos nos tornar cada vez mais

SAE BRASIL – Otacilio Gomes (foto 1) é o novo diretor geral da associação dos engenheiros. Substitui o gerente Mario Farah, que por mais de 10 anos ocupou o cargo. BMW – Nomeou Nina Dragone (foto 2) como nova diretora de marketing e produto da marca no Brasil. A executiva deixou a diretoria da Mini. FOTON CAMINHÕES – Contratou Alcides Cavalcanti (foto 3) como diretor de pós-venda e clientes estratégicos. Há 28 anos no setor, passou por Volvo, Volkswagen e Iveco. Despede-se de Orlando Merluzzi, que ajudou a marca se firmar no Brasil e agora se dedica ao lançamento de sua consultoria, a MA8 Management Consulting Group.FPT INDUSTRIAL – Alexandre Xavier (foto 4) assume diretoria de engenharia para a América Latina. NAVISTAR – Renato Arroyo (foto 5) é o novo diretor financeiro na região Mercosul. VOLVO CARS – Anunciou novo diretor comercial e de desenvolvimento de rede no Brasil: João Oliveira (foto 6), há mais de 11 anos na empresa. VOLVO CAMINHÕES – Terá novo presidente na América Latina a partir de 2015: Claes Nilsson (foto 7), no lugar de Roger Alm, que comandará a companhia na Europa.

EXECUTIVOS

próximos, fazer do caminhão nossa responsabilidade. Assim, os frotistas concentrarão as preocupações nos negócios. Há bastante oportunidade para aprimorar o pós-vendas.

AB – Qual é a expectativa para o mercado de caminhões e ônibus este ano? RL– 2014 deve ser encerrado com 130 mil caminhões e 25 mil ônibus. O ano que vem deve se aproximar deste patamar, podendo ter mil a mais ou mil a menos. Dependemos da publicação das novas regras do PSI/Finame e de outras medidas econômicas que ajudem o mercado a reagir o quanto antes. A renovação de frota também contribuirá para evolução. Resta saber quando. n

ROBERTO LEONCINI aprOxima mercedes-Benz dOs clientesCAMILA FRANCO

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Page 14: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

14 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

ArmAndo monteiro neto, que assumirá o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ao defender que a indústria e a competitividade terão papel central na agenda durante sua gestão.

Não há como crescer mais sem que a iNdústria teNha diNamismo. crescer pela iNdústria é sempre o melhor camiNho

Ponto de ViStA

A Anfavea espera que o fim de 2014 encerre também o ciclo

de retração do mercado brasileiro. Enquanto 2014 deve terminar com queda de 7% a 8%, para 3,4 milhões de veículos, o próximo ano poderá trazer avanço em torno de 8,8%, para perto de 3,7 milhões de veículos, nível similar ao registrado em 2013. “Se conseguirmos manter o atual ritmo de vendas diárias deste segundo semestre, entre 14 mil e 15 mil, teremos crescimento em 2015”, calcula Luiz Moan, presidente da associação dos fabricantes de veículos.

AnFAVeA proJeta crescimeNto em 2015mercado

produção

CAoA mais prÓXima dos ForNecedoresA Caoa reuniu em Anápolis (GO) cerca de 25 fornecedores

e potenciais parceiros para tratar do adensamento da cadeia de suprimentos na região que abriga a sua fábrica de veículos. A companhia mostrou no evento a estratégia da localização de componentes e lançou a ideia da instalação de um condomínio industrial para médios e baixos volumes. Com as discussões, a Caoa pretende aprimorar processos,

cumprindo as exigências do Inovar-Auto e o nível de competitividade e qualidade dos modelos fabricados em Aná-polis. A fábrica da região recebe investimento total de R$ 1,8 bilhão. Ali são feitos os caminhões pequenos HR e HD78 e os utilitários esportivos ix35 Flex e Tucson.

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Page 15: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

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Page 16: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

negócios

estudo

alto poteNcial de VendAS nA PeriFeriAA indústria automotiva deve olhar com atenção

para os jovens adultos moradores da periferia. Pesquisa da Serasa Experian mostrou que o maior potencial de venda de veículos está entre esses consumidores. Eles compõem um dos 11 grupos

dominantes da população brasileira analisados. Esse público foi responsável por 21,7% dos 2,74 milhões de consultas de crédito para a compra de veículos realizados de julho a setembro de 2014, o que comprova o interesse no carro novo.

16 • AutomotiveBUSINESS

ALAriCo ASSUmPÇÃo assume a FeNaBraVe

NoVa gestão

A Fenabrave, federação dos distribuidores de veículos, tem novo comando. Alarico Assumpção

Jr. assume a presidência da entidade para o período de 2015 a 2017. O executivo atua no setor automotivo há mais de 40 anos e desempenhava até então a função de diretor-executivo da entidade. Assumpção sucede Flávio Meneghetti, que liderou a Fenabrave de 2012 a 2014.

participação Nas coNsultas de crédito para a compra de VeÍculos

Grupo participação(em %)

JoVenS AdULtoS dA PeriFeriA 21,70

AdULtoS UrbAnoS eStAbeLeCidoS 19,50

mASSA trAbALhAdorA UrbAnA 13,00

donoS de negóCio 12,60

JUVentUde trAbALhAdorA UrbAnA 11,20

eLiteS brASiLeirAS 7,10

hAbitAnteS de áreAS rUrAiS 4,90

morAdoreS de áreAS emPobreCidAS do SUL e SUdeSte

4,80

hAbitAnteS de zonAS PreCáriAS 2,30

exPerienteS UrbAnoS de VidA ConFortáVeL 2,10

enVeLheCendo no SéCULo xxi 0,70

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18 • AutomotiveBUSINESS

negócios

Ford comemora VeNda de mil uNidadesFusioN hyBrid

A Ford alcançou a marca de mil unidades vendidas no Brasil do Fusion Hybrid em dezembro. Lançado em 2010, o carro foi o primeiro híbrido

a ser vendido no País. Hoje o automóvel, que combina um motor elétrico e um a gasolina, é líder de vendas do restrito segmento, que conta apenas com mais um concorrente, o Toyota Prius. O veículo também se destacou no Conpet, etiquetagem veicular do Inmetro, como o mais eficiente do País. Com o lançamento da nova geração do sedã, há um ano, as vendas da versão híbrida saltaram de 106 carros em 2013 para 631 unidades entre janeiro e novembro deste ano. O crescimento aconteceu apesar da diferença de R$ 7 mil no preço na comparação com a versão a gasolina. O Fusion Hybrid chega às concessionárias por R$ 135.100.

indÚStriA otimiStA com NoVo miNistro

deseNVolVimeNto

A escolha do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) deixou

a indústria automotiva satisfeita. “Avaliamos que a escolha do senador Armando Monteiro Neto integrará as relações do governo com o setor produtivo em razão do seu amplo conhecimento dos desafios da indústria e das formas de aumentar a competitividade da indústria brasileira”, destacou em nota Luiz Moan, presidente da Anfavea. Monteiro, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de 2002 a 2010, manifestou em seu primeiro pronunciamento oficial à imprensa preocupação com a perda de competitividade da indústria brasileira, com saldo comercial negativo e queda das exportações de manufaturados.

FÓrum

A retomAdA doS negóCioS Na iNdústria automoBilÍstica

A retomada dos negócios na indústria automobilística será o assunto de maior destaque setorial no primeiro semestre de 2015. Será também o tema principal do VI Fórum da Indústria Automobilística, dia 6 de

abril, no Golden Hall do Sheraton WTC, em São Paulo. O evento, que tradicionalmente promove o networking entre os participantes, terá como ponto alto o workshop Cadeia de Suprimentos e Engenharia, que convida uma centena de diretores, gerentes e supervisores das montadoras para atender os participantes do fórum em estandes reservados para cada marca fabricante de veículos. Em 2014 cerca de 120 representantes das montadoras aceitaram o convite para o encontro. Informações sobre o fórum estão disponíveis em www.automotivebusiness.com.br.

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20 • AutomotiveBUSINESS

negócios

dÜrr cresce com iNVestimeNtos das moNtadoras

NegÓcios

A Dürr, que fornece robôs para cabine de pintura e

montagem final às fábricas de veículos, completa 50 anos no Brasil como a primeira subsidiária da organização fora da Alemanha. A data foi marcada pela visita do CEO global da empresa, Ralf Dieter. Segundo ele, as receitas da companhia no Brasil cresceram 30% nos últimos três anos e somaram t 200 milhões em 2013, o que representa 8% dos negócios globais da organização. “Nossos resultados no Brasil avançaram porque estão diretamente ligados aos vultosos investimentos do setor automotivo em modernização, ampliação e construção de novas fábricas”, analisa o executivo.

Os bons resultados, contudo, começam a ser afetados pelo cenário econômico desfavorável. “Este ano foi mais difícil para nós e deveremos fechar com faturamento quase igual ao de 2013”, afirma Dieter. Para o executivo, os investimentos anunciados das montadoras no País, que segundo a associação dos fabricantes, a

Anfavea, devem superar R$ 75 bilhões de 2013 até 2018, “são factíveis, mas podem acontecer com intensidade menor, pois foram programados em momento mais favorável, quando havia grande

crescimento da demanda”. Para 2015, as projeções são melhores: “Deverá ser um ano positivo, pois não existem os fatores negativos que impactaram no desenvolvimento do País em 2014.” (Pedro Kutney)

reNault

FábriCA de motoreS FaZ 15 aNos

A Renault comemora os 15 anos de sua fábrica de motores, instalada no complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). Já foram produzidos ali mais de 3,2 milhões de propulsores desde 1999, ano da

inauguração. A instalação tem capacidade para fazer 400 mil unidades por ano e abastece, além das linhas de montagem brasileiras, países como Argentina e Colômbia. Atualmente, na planta trabalham 450 pessoas. A unidade faz propulsores 1.0, 1.2 e 1.6 de 8 e 16 válvulas, com versões a gasolina e flexíveis. Eles equipam modelos como o Logan, Duster, Sandero, Clio, Kangoo e Fluence, além dos Nissan Livina e March.

Motores MWM. Alto desempenho para o seu negócio.Escolha a mais avançada tecnologia a diesel.

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• Soluções personalizadas para cada cliente.• Mais de 4 milhões de motores produzidos desde 1953.• Centro de Criação e Desenvolvimento.• 480 pontos de distribuição.• Exportação para mais de 30 países.• 3 unidades industriais

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22 • AutomotiveBUSINESS

negócios

A primeira edição do prêmio Maior Valor de Revenda, realizado pela

Autoinforme, reconheceu o Chevrolet Onix como o carro que menos se desvalorizou depois de um ano de uso na comparação com a versão zero-quilômetro. Levantamento da agência apurou que o modelo teve depreciação de 8,5% no período, a menor entre todos os modelos e categorias pesquisadas. O estudo considerou os 100 modelos e versões zero-quilômetro mais vendidos.

Valor de reVeNda

CheVroLet onix tem meNor desValoriZação

Fonte: Autoinforme/Molicar

maior Valor de reVeNdaDepreciação depois do primeiro ano de uso (em %)

cateGoria modelo desValoriZação

VenCedor gerAL chevrolet onix 8,5entrAdA Fiat palio Fire 10,9hAtCh ComPACto chevrolet onix 8,5hAtCh médio Volkswagen golf 10,3hAtCh PremiUm Fiat 500 12,4Sedà PeqUeno hyundai hB20s 11,6Sedà médio toyota corolla 12,7Sedà grAnde Ford Fusion 13,1PerUA Fiat palio Weekend 13,8monoVoLUme honda Fit 11,7miniVAn chevrolet spin 12,7PiCAPe PeqUenA Fiat strada 11,2PiCAPe médiA toyota hilux 13,2SUV ComPACto Ford ecosport 11,1SUV grAnde honda cV-V 11,9

ComerCiAL renault master 10,7

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24 • AutomotiveBUSINESS

negócios

A Nissan começa a produzir no Brasil a geração antiga do March, que será a versão de entrada do modelo, com preço sugerido de R$ 30.990. Em

versão única, o carro tem motor 1.0 de 16 válvulas e 74 cavalos de potência. O carrinho tem o desenho dianteiro da geração que estreou no Brasil em 2011 e continuava a vir do México, mesmo com a inauguração da fábrica de Resende (RJ) em abril. Naquele período a fabricante lançou o New March, já montado no País e com desenho dianteiro remodelado.

reseNde passa a moNtar mArCh NoVo e aNtigo

agora NacioNal

E nquanto a produção diminui para as montadoras de veículos,

a fábrica de pneus Continental, em Camaçari (BA), vem produzindo perto do limite de sua capacidade anual de 7 milhões de unidades para carros de passeio e picapes e outros 500 mil para caminhões. Em 2014, o fornecimento para montadoras de automóveis cresceu 4%. Para o segmento de reposição tanto de veículos leves como pesados obteve alta de 5%. A empresa busca equilíbrio no fornecimento a

fabricantes de veículos, aftermarket e exportações (para México, Estados Unidos e Canadá).

Nas vendas para a indústria de caminhões a Continental teve queda de 12%. Ao que parece, os negócios no País fizeram a companhia rever o anúncio de ampliação da capacidade produtiva previsto para o início de 2015. “Do jeito que está o mercado, não existe previsão de investimento em curto prazo”, disse o diretor superintendente da empresa, Renato Sarzano. (Mário Curcio)

chiNesa

Foton poderá FaZer picapes No Brasil

A Foton estuda a produção de caminhões pesados, picapes

e até veículos de passageiros no Brasil. A possibilidade foi aberta por um acréscimo feito ao protocolo de intenções que a empresa tem como o governo do Rio Grande do Sul, onde construirá sua fábrica para a montagem de caminhões médios a partir de 2016. O aditivo foi assinado pelo vice-presidente da Beiqi Motors, Wang Xiangyin, durante reunião com o governador do Estado, Tarso Genro. “É a primeira vez que os chineses falam sobre esta intenção com a gente. Vamos conversar agora sobre esta linha e a lógica é fazer tudo aqui”, afirma Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da Foton Caminhões no Brasil, em nota distribuída à imprensa.

pNeus

ContinentAL perto da capacidade máXima

Fazendo mais. Por energia limpa.A Divisão Powertrain do Grupo Continental integra soluções inovadoras e eficientes para veículos de todas

as categorias. Seu portfólio de produtos torna a condução mais sustentável e aumenta o conforto ao dirigir,

transformando a mobilidade do amanhã em realidade hoje.

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26 • AutomotiveBUSINESS

negócios

estreia

iVeCo laNça seu 1º ÔNiBus No Brasil

E streante no segmento de ônibus, a Iveco lançou chassi de 17

toneladas durante a Fetransrio, feira do transporte que ocorreu no início de novembro no Rio de Janeiro. O modelo se encaixa no segmento mais expressivo do mercado brasileiro, responsável por 60% das vendas. A novidade é baseada no Eurorider, ônibus bastante difundido na Europa, e rodou mais de 600 mil quilômetros em testes no Brasil.O chassi 170S28, já produzido na fábrica da companhia em Sete Lagoas (MG), é indicado tanto para o segmento urbano quanto para o de fretamento. O ônibus é equipado com motor dianteiro Euro

5 FPT N67 com 270 cavalos. A Iveco pretende acelerar as vendas já no primeiro ano do modelo no mercado nacional e alcançar 5% de participação no segmento de 17 toneladas. A rede de

concessionárias de caminhões já consolidada será uma ferramenta importante para isso, apesar de a empresa não descartar a criação de uma rede exclusiva para ônibus no futuro. (Sueli Reis)

brASiL: 7 milhÕes de VeÍculos por aNoproJeção

A Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos, fez projeção impressionante para o mercado brasileiro. A entidade estima que o mercado nacional absorverá 7,4 milhões de veículos por ano no longo

prazo, a partir de 2034. Isso se não houver grande mudança no cenário econômico e o País mantiver crescimento médio de 3,7% ao ano até lá. A estimativa tomou como base a taxa de motorização da população brasileira, que hoje está em torno de 5,1 habitantes por veículo, e a provável evolução do PIB per capita, atualmente de US$ 11,2 mil/ano. No pior cenário esperado, o avanço seria de 2,9% ao ano, chegando a 6,3 milhões de unidades vendidas em 2034; e numa expectativa mais otimista, de expansão dos licenciamentos na ordem de 4,3% ao ano, seria criado um mercado de 8,3 milhões. Os dados fazem parte do estudo “2034 – Uma Visão do Futuro”, apresentado pela companhia em seminário durante o Salão do Automóvel de São Paulo, no início de novembro. (Pedro Kutney)

Beyond the Surfacewww.coventya.com.br

O máximo desempenho do Cromo Trivalente f inalmente é alcançado.

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28 • AutomotiveBUSINESS

negócios

elétrico

A Itaipu Binacional iniciou a montagem da primeira de 32 unidades do Renault Twizy em Foz do Iguaçu (PR). O projeto é fruto de acordo de

cooperação tecnológica entre a empresa e a montadora, que pretende estudar as possibilidades de nacionalização do modelo elétrico. O veículo vai atuar no sistema de mobilidade inteligente da hidrelétrica, como solução logística inovadora. A ideia é procurar fornecedores de autopeças para o modelo no mercado local. A expectativa da Itaipu é encontrar ao menos 60% dos fabricantes dos componentes e alcançar índice elevado de nacionalização.

renAULt tWizY moNtado No Brasil

emissão Zero

toYotA começa a VeNder carro a célula de hidrogÊNioA Toyota começou a vender em dezembro o sedã Mirai, seu primeiro

veículo movido a célula de hidrogênio. O modelo é oferecido no Japão pelo preço equivalente a US$ 57,4 mil (R$ 150 mil). As vendas nos Estados Unidos e Europa ficaram para 2016. “Essa tecnologia irá mudar nosso mundo”, disse o diretor administrativo da Toyota, Satoshi Ogiso, na apresentação em Newport Beach, na Califórnia. Com ele, a fabricante espera reproduzir o sucesso do híbrido Prius, oferecendo um veículo elétrico cuja tecnologia emite apenas vapor de água a partir da reação entre o hidrogênio – combustível da bateria – e o oxigênio. O veículo promete entregar autonomia de 480 quilômetros e potência de 153 cavalos.

t 85,6 BilhÕes

grUPo VoLKSWAgen aNuNcia iNVestimeNto gloBal

Determinado a tomar a liderança do mercado global, o Grupo Volkswagen anunciou novo plano global de investimentos. O generoso pacote de t 85,6 bilhões será aplicado de 2015 a 2019 no desenvolvimento de

novos veículos, inovação, tecnologia e aumento da presença global da companhia. “Vamos continuar investindo no futuro para formar um grupo líder tanto em termos ecológicos quanto no aspecto econômico, com os me-lhores e mais sustentáveis produtos”, apontou Martin Winterkorn, presidente do conselho de administração da organização, em comunicado.

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Mobil e Mobil Super são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma de suas subsidiárias, utilizadas por Cosan Lubri� cantes e Especialidades S.A., ou uma de suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes de produtos utilizados neste material são de propriedade de seus respectivos donos.

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30 • AutomotiveBUSINESS

negócios

A Honda colocou em operação o primeiro parque eólico de um

fabricante de veículos no Brasil. A aposta é que a força dos ventos de Xangri-lá (RS) seja suficiente para suprir com folga todo o consumo de energia elétrica de 70 mil megawatts por ano da fábrica de automóveis da Honda em Sumaré (SP). “Este investimento (de R$ 100 milhões) vai reduzir em 30% as emissões de CO2 da nossa planta e evitar a emissão de 2,2 milhões de toneladas por ano”, explica Carlos Eigi, presidente da Honda Energy, subsidiária criada especialmente para administrar o

eNergia

hondA aposta em BoNs VeNtos

A Mann+Hummel, uma das principais fabricantes mundiais de filtros automotivos, dona das

marcas Mann-Filter e Purolator, completa 60 anos de atividades no Brasil. A marca oferece filtros automotivos de ar, óleo e combustível, produzidos em Indaiatuba (SP), na maior unidade do grupo fora da Europa. A empresa tem fábricas também em Contagem (MG) e Manaus (AM). A filial brasileira, fundada em 1954, que possui 1.400 colaboradores, integra uma organização alemã com faturamento global de t 2,77 bilhões em 2013.

comemoração

mAnn+hUmmeL FaZ 60 aNos de Brasil

novo negócio, único da companhia em todo o mundo.

“Nosso foco não é financeiro, mas atender nossas metas de sustentabilidade (de reduzir em 30% das emissões globais de CO2 no período de 2000 a 2020 em todas as operações do grupo)”, destaca Eigi. Mesmo que a intenção não seja essa, a geração eólica parece ser um bom negócio também. O executivo não revela o custo da energia gerada em Xangri-lá, mas admite que o preço do megawatt “é de 40% a 45% mais barato do que a energia comprada hoje da

CPFL para Sumaré”. Segundo ele, o investimento deverá ser pago em sete anos. Como Xangri-lá tem capacidade para gerar 95 mil MW por ano e Sumaré consome 70 mil, se os ventos gaúchos forem favoráveis podem ainda sobrar 25 mil MW/ano que entram como crédito na conta de luz da Honda.

A Honda já estuda a expansão do negócio para fornecer energia limpa a outras operações no Brasil, como a fábrica de motos de Manaus (AM) e a nova planta de automóveis no interior paulista, em Itirapina, que começa a produzir até o fim de 2015. “Itirapina tem a mesma capacidade de Sumaré, em torno de 120 mil carros/ano em dois turnos, portanto precisaríamos de mais um parque igual a este de Xangri-lá. Já para Manaus seria necessário quase o dobro disso, entre 18 e 20 geradores”, prevê Eigi. O executivo admite a intenção da Honda em ampliar sua geração eólica, mas não confirma quando isso pode ocorrer. Ele avalia que não seria possível colocar mais turbinas no mesmo terreno de Xangri-lá. (Pedro Kutney)

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32 • AutomotiveBUSINESS

negócios

A cordo para apoio tecnológico às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), com recursos de

R$ 10 milhões, foi firmado entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. A iniciativa viabilizará 700 atendimentos às empresas nos próximos cinco anos, visando a impulsionar a competitividade nos mercados interno e externo com o aperfeiçoamento de produtos e processos. Mari Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, que será responsável pelo atendimento às companhias, explica que um problema atual é o despreparo de algumas MPMEs para cumprir as exigências técnicas de grandes clientes, como os da indústria automobilística e do setor de petróleo e gás. Ela lembra

que na concorrência externa as dificuldades se ampliam, uma vez que é necessário conhecer previamente os regulamentos técnicos do mercado-alvo, adequando os produtos antes de iniciar a comercialização.

deseNVolVimeNto

iPt estimula tecNologia

VenCedoreS do 17º ProJeto ForneCedor teCFiL Qualidade de Produtos – gráfica rex

Pontualidade de entrega – agel anéis, gaxetas e equipamentos ltda.

atendimento ComerCial – ahlstrom Brasil indústria e comércio de papéis especiais ltda.; Brasmetal Waelzholz s.a indústria e comércio; germol indústria e comércio de molas; e ondulapel indústria e comércio de embalagens

teCFiL premia melhores parceiros de 2014

ForNecedores

A fabricante de filtros automotivos Tecfil realizou a 17a edição do evento “Projeto Fornecedor”, para premiar os melhores parceiros de sua cadeia de suprimentos. A eleição é feita com base no IQF (Índice de Qualidade de

Fornecimento) a partir dos quesitos estabelecidos pela Tecfil. Segundo a empresa, a cada ano vem sendo notada melhora nos resultados de cada avaliado. Este ano a lista dos melhores teve 13 fornecedores, dois a mais que em 2013: Agel (Barueri, SP), Artecola (Diadema, SP); Hovomex (México); Germol (SP); Incoflandres (São Paulo); Gráfica Rex (RS); Newtec (Guarulhos, SP); Ondulapel (Guarulhos, SP); Licav (Limeira, SP); Usiminas (São Paulo); Neenah Gessner (Alemanha), Sherwin-Williams (São Paulo) e Sika (SP). Também foram premiados com troféus em quatro categorias os fornecedores que mais se destacaram. Veja abaixo.

AS emPreSAS intereSSAdAS devem entrar em contato diretamente com o Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, pelos telefones 11 3767-4204/3767-4471 ou pelo e-mail [email protected]

E s t a m o s m u i t o o r g u l h o s o s p e l a homenagem e reconhecimento prestados pela Mercedes-Benz do Brasil ao nosso trabalho através da 23ª edição do Prêmio In te ração na ca tegor ia Inovação Tecnológica. Como fornecedora líder de soluções powertrain, a BorgWarner acredita e investe em i n o v a ç õ e s q u e c o l a b o r a m c o m o desenvolvimento dos nossos parceiros.

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Trabalho reconhecido por quem nos conhece há 40 anos.

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Page 33: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

E s t a m o s m u i t o o r g u l h o s o s p e l a homenagem e reconhecimento prestados pela Mercedes-Benz do Brasil ao nosso trabalho através da 23ª edição do Prêmio In te ração na ca tegor ia Inovação Tecnológica. Como fornecedora líder de soluções powertrain, a BorgWarner acredita e investe em i n o v a ç õ e s q u e c o l a b o r a m c o m o desenvolvimento dos nossos parceiros.

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PRÊMIO INTERAÇÃO

MERCEDES-BENZ PEDE INVESTIMENTO A FORNECEDORES

A Mercedes-Benz aproveitou a entrega do 23o Prêmio Inte-ração, que reconhece os me-

lhores fornecedores, para destacar o desejo de manter os parceiros mais próximos. “Buscamos fornecedores que sejam como uma extensão da nos-sa empresa”, enfatizou Erodes Berbetz, diretor de compras da companhia no Brasil, antes de entregar os troféus. O objetivo é que a cadeia de suprimentos acompanhe os investimentos anuncia-dos pela montadora, que somam R$ 3,2 bilhões em nove anos.

A cerimônia de entrega do Prêmio Interação ocorreu em 9 de dezem-bro. O evento reuniu mais de 550 profissionais, que representaram cerca de 300 fornecedores da cadeia de suprimentos da marca. Foram se-lecionadas 14 companhias em sete categorias. “Precisamos de parceiros que queiram investir e crescer com a Mercedes-Benz”, afirmou o execu-tivo, destacando que para a monta-dora buscar a melhoria contínua e

COMPANhIA RECONhECEu OS 14 quE MAIS SE DESTACARAM

ter os fornecedores sempre próximos esta é a única maneira de oferecer uma resposta adequada ao merca-do, que exige cada vez mais produ-tos com qualidade elevada e custos competitivos.

O diretor destacou também a bus-ca da Mercedes-Benz por elevação do conteúdo local, o que vai atrair mais negócios para a cadeia de su-primentos. Como exemplo disso, Berbetz apontou o extrapesado Ac-tros, modelo produzido na fábrica de Juiz de Fora (MG) que alcançará 60% de conteúdo local no início de 2015. Isso permitirá que o caminhão seja financiado aproveitando 100% das condições do Finame/BNDES.

MERCADO DESAFIADORPhilipp Schiemer, presidente da organização, enfatizou durante a cerimônia de entrega do Prêmio In-teração que 2014 foi extremamen-te desafiador. “Vai ficar marcado como o ano dos três carnavais”,

disse, referindo-se ao carnaval que ocorreu em março, à Copa do Mun-do e às eleições. O executivo avalia que 2015 também reserva uma sé-rie de desafios e que ainda é difícil traçar projeções. O presidente da Mercedes-Benz estima apenas que as vendas de caminhões tenham re-cuperação e melhorem de patamar, podendo alcançar o mesmo nível de 2013. O crescimento efetivo só deve ocorrer a partir de 2016.

Independentemente da situação do mercado brasileiro, a empre-sa está determinada a melhorar seu desempenho localmente. “Va-mos lutar para aumentar receitas e exportações e buscar todas as chances no mercado interno”, ob-serva. O ponto de partida para es-ta ascensão já foi estabelecido em 2014. De janeiro a novembro des-te ano a companhia superou em vendas a MAN e assumiu a lide-rança do mercado com 26,3% de market share. (Giovanna Riato)

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VENCEDORES DO 23º PRÊMIO INTERAÇÃO

INOvAÇÃO TECNOlógICA BorgWarner Brasil

ExCElÊNCIA EM CuSTOS Tuper Yazaki do Brasil

ExCElÊNCIA OPERACIONAl EM quAlIDADE Denso do Brasil hengst Indústria de Filtros

ExCElÊNCIA OPERACIONAl EM lOgíSTICA Borrachas Daud Lepe Indústria e Comércio

ExCElÊNCIA EM MATERIAl INDIRETO E SERvIÇOS Seglo Logística Brasil Ipiranga Produtos de Petróleo Grupo Renova

PRÊMIO ESPECIAl 2014 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

PRÊMIO MERCEDES-BENz DE RESPONSABIlIDADE AMBIENTAl Truck Bus Indústria e Comércio de Autopeças Vallourec Tubos do Brasil ZF do Brasil

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36 • AutomotiveBUSINESS

SUPPLIER QUALITY

GM APONTA OS MELHORES PARCEIROS

A GM premiou dia 19 de no-vembro, na sua sede em São Caetano do Sul (SP), durante

a terceira edição no País do Supplier Quality Excellence Award, os forne-cedores que no último ano apre-sentaram os melhores índices de excelência em performance e qua-lidade. A empresa comemorou o crescimento de 50% no número de parceiros premiados.

“A evolução demonstra a evolução da indústria automobilística nacional e o foco da cadeia de suprimentos na satisfação do consumidor final. Em épocas desafiadoras, como a atual, qualidade é a chave da compe-titividade, pois fomenta o desenvolvi-mento de produtos melhores e mais acessíveis”, disse Jaime Ardila, presi-dente da GM América do Sul.

“Além de os consumidores estarem cada vez mais exigentes, as normas impostas pelos legisladores também estão ficando mais rígidas, o que de-manda esforço constante dos forne-cedores e fabricantes na busca pela qualidade total”, acrescentou William Bertagni, vice-presidente de engenha-ria do produto da GM América do Sul.

A montadora está em campanha para melhorar o relacionamento com fornecedores e aumentar o grau de nacionalização dos carros Chevrolet produzidos no Brasil, com o obje-tivo de elevar o valor das compras nacionais que pode ser abatido de até 30 pontos do IPI, conforme a legislação criada pelo Inovar-Auto. Dentro do programa de investimen-to no Brasil de R$ 6,5 bilhões para o período 2014-2018 anunciado recentemente, está prevista a locali-zação de US$ 1 bilhão em compras. O valor foi confirmado recentemente

CRESCE O ÍNDICE DE EXCELÊNCIA EM PERFORMANCE E QUALIDADE

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ULG

AÇÃO

GM

PREMIADOS POR CATEGORIA

ChASSIS – Wapmolas, Loopsmol, Urepol, Progeral, Lipos, Rassini, Zen, Neumayer, Fibam, Cebi, Sanoh, Mubea, Thyssenkrupp, SKF, Schrader, Rivets.

CARRoCERIA/ExTERIoR – 3M (duas plantas de manufatura), Niken, Produflex, Fanandri, Asbrasil, Bruning, Delga (duas plantas de manufatura), Aisin, Huf, Stabilus, TTB, Sika.

PowERTRAIn – Rudolph, RCN, ABR, Tecnoplast, Bleistahl, Cestari, Sada, Sabó, Magneti Marelli, Gibbs, NGK, Continental, Musashi, Freudenberg, Schaeffler.

SISTEmAS ELéTRICoS – Ciafundi, Kathrein, Omron, Tyco, Fiamm, Casco.

InTERIoR/SEgURAnçA/TERmAL – Coplac, Cobra, Copam, MTA.

por Santiago Chamorro, presidente da subsidiária brasileira da GM. “Já escalamos até agora US$ 700 mi-lhões em compras futuras de for-necedores locais e nosso objetivo é atingir US$ 1 bilhão até o fim deste ano”, revelou o executivo.

O Supplier Quality Excellen-ce Award, premiação global da GM realizada também na Europa, América do Norte e Ásia, contem-pla os fornecedores que atingiram os melhores resultados em 13 cri-térios, como ter certificações ISO/TS e QSB (Quality System Basic, da própria GM), fornecer compo-nentes e subsistemas dentro dos padrões de qualidade requeridos, ter um sistema adequado de ge-renciamento de programas e não causar interrupção na linha de montagem ou campanhas de pá-tio ou campo (carro com proble-mas dentro da fábrica, na conces-sionária ou com clientes) durante o período de 12 meses.

ARDIlA fAlA AOS fORnECEDORES: indústria automobilística nacional está evoluindo rápido

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

NOVA REDE VAI AUTOMATIZAR PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E APOIAR A CRIAÇÃO DE SERVIÇOS AOS CONSUMIDORES

EDILEUZA SOARES

A s montadoras de carros estão entre as indústrias que mais devem se apoiar na

Internet of Things (IoT), ou internet das coisas, que conecta máquinas a máquinas (M2M) e pessoas pelos dispositivos vestíveis, integrados a óculos, relógios e outros acessórios. Segundo especialistas, as fabricantes vão utilizar a nova rede tanto para automatizar processos industriais como para prestar serviços aos clien-tes por meio de chips inteligentes embarcados nos veículos.

Um estudo mundial da consultoria Gartner prevê taxa de crescimento da IoT no setor automotivo de 96% até 2015. Em 2013, o segmento ti-nha 96 mil dispositivos baseados na tecnologia e no próximo ano esse

número chegará a 372,3 milhões e saltará para 3,5 bilhões em 2020.

A IoT é considerada uma das pe-ças-chave dos projetos do carro au-tônomo, previsto para chegar às ruas por volta de 2020. Essa nova inter-net vai permitir a comunicação M2M com os inúmeros sensores, câmeras de vídeo e dispositivos embarcados nos veículos inteligentes.

CONECTIVIDADEA indústria automotiva já está usan-do a IoT para prestar serviços aos consumidores, informa Marise Luca, diretora de soluções de transporte da Ericsson na América Latina. Se-gundo ela, o carro conectado está embarcando sensores para informar aos motoristas quando devem fazer

manutenção de seu automóvel.“Os consumidores serão avisados,

por exemplo, sobre o desgaste de freio e onde há uma oficina mais per-to para resolver o problema”, conta a executiva, que tem um projeto de IoT com companhias do setor como a Volvo Car Group.

A IoT está presente, por exemplo, no modelo i3 da BMW, exibido no Salão do Automóvel 2014. O veícu-lo traz embarcada uma solução de M2M da operadora de telecomunica-ções Vodafone. O veículo chega ao mercado com ConectedDrive, que integra um chip de telefonia celular ao seu painel. Pelo sistema é possí-vel acessar internet e interagir com smartphone por aplicativos e nave-gação por GPS.

INTERNET DAS COISAS CONECTA SETOR AUTOMOTIVO

INTERNET Of ThINgS (IoT): presente no modelo i3 da BMW, exibido no Salão do Automóvel 2014

PROCESSOS DE USINAGEME MONTAGEM DE MOTORES E TRANSMISSÃO

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tótipo Mobii, uma aplicação de IoT na nuvem e integrada a smartphone. A tecnologia embarca uma câmara de vídeo no volante, com biometria para reconhecimento facial do dono do carro, além de personalizar traje-tos, playlist de músicas e ajustar a temperatura do ar. Caso um estra-nho tente ligar o veículo, o sistema tira foto e manda para o celular do proprietário, coibindo furto.

Severiano Macedo, gerente de de-senvolvimento de negócios da unida-de de IoT da Cisco para a América Latina, afirma que a nova internet abre possibilidade de negócios para as montadoras, com diversas aplica-ções, como uso de M2M na criação de serviços. Um deles é informar aos consumidores como está a monta-gem de seu carro.

SEvERIANO MACEDO, DA CISCO: indústria pode usar a tecnologia em várias aplicações para automação de processos

MARISE LUCA, DA ERICSSON: carro conectado embarca sensores da internet das coisas para prestar serviços aos proprietários de carros

Um dos recursos da solução é a Central Telefônica, que liga para o Samu (Serviço de Atendimento Mé-dico de Urgência), em caso de aci-dente grave, enviando a localização do carro, informando por telemetria a quantidade de pessoas a bordo e quantos airbags estouraram.

A Ford trabalha com a Intel no pro-

Esse serviço pode ser integrado aos sites de venda de modelos customiza-dos. “Imagine o entusiasmo do con-sumidor ao saber sobre as etapas de montagem de seu carro como pintura, recebimento do motor, até a chegada à loja”, diz ele, que acredita que a IoT pode ser uma estratégia para surpre-ender e fidelizar os clientes.

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40 • AutomotiveBUSINESS

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

MANUTENÇÃO DO CARRO PELO CELULAR

A Takecar criou um aplicativo para concessionárias que facilita o agendamento da revisão de carros.

A plataforma, que pode ser baixada no celular, analisa prazos da garantia, pesquisa preços, datas, horários disponíveis e uma série informações para agilizar a manutenção dos veículos.

Segundo Marcelo Grassano, fundador da Takecar, que trabalhou na Ford e na Renault, mais de 90% dos donos de carros deixam de fazer as revisões em concessionárias credenciadas da indústria após a garantia. Entre os fatores, estão a dificuldade de agendamento dos horários e o fato de os consumidores acharem que o trabalho ficará sempre mais caro que o do seu mecânico.

Grassano observa que muitas vezes o consumidor é surpreendido com orçamentos acima do esperado e

APLICATIvO FAZ O AGENDAMENTO DA REVISÃO

A Going2 Mobile apresentou nova versão do Carrorama, aplicativo gratuito, acessado pela computação na

nuvem. O software transforma o smartphone em um computador de bordo do carro e interpreta informações do sistema OBD (On-Board Diagnostic) das montadoras.

Pelo novo aplicativo, é possível ter em tempo real diagnóstico do veículo, com informações sobre rotação

do motor, velocidade, temperatura da água, voltagem da bateria, nível do tanque de combustível, número de chassi e posição do acelerador. O acesso aos dados va-ria de acordo com as informações fornecidas pela mon-tadora e modelo do veículo, através do OBD. A partir de 2015 diversos modelos de smartphone sairão de fábrica com o Carrorama instalado.

gRUPO ITAvEMA INVESTE EM GESTÃO DE CLIENTE P ara aprimorar seu atendimento, o Grupo Itavema investiu em um sistema de CRM, de relacionamento

com o cliente. Com 69 lojas e oferecendo carros e serviços de 12 marcas, entre elas Fiat, Ford, Toyota e BMW, a concessionária atua nas regiões sudeste e nordeste do País. A empresa conta com uma base de dois milhões de clientes e a tecnologia implementada é da Syonet.

“Com a migração conseguimos oferecer outras formas de relacionamento com o cliente, como por exemplo via mensagem curta de texto (SMS) e e-mail. Outras melhorias ocorreram na produtividade dos profissionais, na parte de agendamento de revisão, em torno de 10%, e na pesquisa de satisfação, de 30%”, informa a gerente de relacionamento do Grupo Itavema, Adriana Ferraraz.

MARCELO gRASSANO (esquerda) e JEAN hANSEN, fundadores da Takecar

que não são informados com antecedência. O aplicativo da Takecar tem a missão de tranquilizar

os donos de carros, prestando informações necessárias para manutenção do veículo. A solução já está em funcionando em três concessionárias da Ford no Paraná.

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SUPRIMENTOS

RENAULT-NISSAN UNIFICA COMPRAS E PRÊMIO

A pós a integração comple-ta em abril das compras da Aliança Renault-Nissan no

Brasil, também foi unificada a pre-miação dos melhores fornecedores das duas marcas. Em 28 de outubro as duas fabricantes de veículos com plantas em São José dos Pinhais (PR) e Resende (RJ) concederam o prêmio Renault-Nissan Awards Brasil, em sete categorias, a seis das 350 em-presas que fazem parte da cadeia de suprimentos e serviços de ambas. O processo reflete a estratégia mundial da companhia em aumentar siner-gias e reduzir custos.

A chegada da Nissan ao País acrescentou 17 fornecedores à ca-deia de suprimentos da Aliança, a maioria deles instalada no parque de Resende. “A unificação abre um leque de oportunidades. Nem faze-mos mais distinção entre as duas

PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL, ALIANÇA FAZ PREMIAÇÃO CONJUNTA DE FORNECEDORES

plantas ou de seus fornecedores, pois já existem empresas instaladas em Resende que vão passar a forne-cer para a Renault em São José dos Pinhais, assim como outras que já forneciam para a fábrica do Paraná ganharam contratos com a Nissan”, destaca Flávio Almeida, diretor de compras da Aliança Renault-Nissan do Brasil. Ele acrescenta que de ago-ra em diante até carros de ambas as marcas poderão ser fabricados em qualquer um dos dois lugares.

“Até o momento as sinergias gera-das pela Aliança reduziram T 3,2 bi-lhões em custos e o objetivo é elevar

este valor para T 4,3 bilhões até 2016 e avançar para T 5 bilhões nos anos seguintes”, disse o executivo.

No primeiro prêmio integrado de fornecedores da Aliança Renault-Nis-san, seis empresas foram reconhe-cidas por se destacar em critérios de qualidade, prazo, redução de custos, logística e serviços. A PPG Tintas e Vernizes foi escolhida como a melhor empresa da cadeia de suprimentos de ambas as marcas no Brasil em 2014. Para a Renault esta foi a segunda edi-ção da premiação no País, iniciada em 2013 ainda sem participação da Nis-san. (Pedro Kutney)

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VENCEDORES DO RENAULT-NISSAN AWARDS BRASIL 2014 MELHOR DOS MELHORES PPG Industrial do Brasil Tintas e Vernizes PRÊMIO ESPECIAL ALIANÇA RENAULT-NISSAN Massei Uniformes

MELHOR EM LOGÍSTICA Brazul Transporte de Veículos

CONTRIBUIÇÃO À CONSTRUÇÃO DA FÁBRICA NISSAN/RESENDE Primax Transportes Pesados

MELHOR EM REDUÇÃO DE CUSTOS Yazaki do Brasil

MELHOR EM QUALIDADE (RENAULT) PPG Industrial do Brasil Tintas e Vernizes

MELHOR EM ENTREGAS (RENAULT) Nemak Alumínio do Brasil

MELHOR EM SERVIÇOS Neogama

O prêmio para a PPG Tintas e Vernizes foi recebido por CARLOS ThURLER (ao centro), da divisão de marketing corporativo da empresa, ao lado de OLIVIER MURgUET (direita), presidente da Renault do Brasil, e FLáVIO ALMEIDA, diretor de compras da Aliança.

A tinta desenvolvida pela PPG, por ser mais leve, economiza combustível, poluindo menos a natureza. Fabricantes de veículos confiam nos nossos revestimentos perolados, metálicos e com efeitos especiais, bem como na nossa paleta de cores vibrantes e atuais para criar a identidade da marca e agregar valor real aos veículos, ajudando a tirá-los do showroom das concessionárias. Eles também contam com nossos consistentes serviços, sejam quais forem, seja qual for o local da aplicação. Nós entendemos seus fatores de custos e por isso simplificamos o modelo tradicional de pintura, através dos nossos processos compactos, para eliminar fases e camadas, usando sistemas ecologicamente corretos, com flexibilidade de cores e acabamentos de qualidade superior.

A inovação constante da PPG ajuda a criar novos produtos e a fazer também um planeta sustentável e cada vez melhor para todos.

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A tinta desenvolvida pela PPG, por ser mais leve, economiza combustível, poluindo menos a natureza. Fabricantes de veículos confiam nos nossos revestimentos perolados, metálicos e com efeitos especiais, bem como na nossa paleta de cores vibrantes e atuais para criar a identidade da marca e agregar valor real aos veículos, ajudando a tirá-los do showroom das concessionárias. Eles também contam com nossos consistentes serviços, sejam quais forem, seja qual for o local da aplicação. Nós entendemos seus fatores de custos e por isso simplificamos o modelo tradicional de pintura, através dos nossos processos compactos, para eliminar fases e camadas, usando sistemas ecologicamente corretos, com flexibilidade de cores e acabamentos de qualidade superior.

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44 • AutomotiveBUSINESS

ETANOL

OS ALTOS E BAIXOS DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL EM 39 ANOS

A União da Indústria de Cana--de-Açúcar (Unica) reme-morou em novembro os

39 anos de criação do Proálcool, o Programa Nacional do Álcool, considerado o maior e mais bem--sucedido programa mundial de substituição em larga escala dos combustíveis veiculares derivados de petróleo pelo etanol produzi-do a partir da cana-de-açúcar. A história dessa iniciativa, repleta de percalços, teve sua origem relacio-nada à primeira crise do petróleo em 1973, quando o mundo assis-tiu à disparada do preço do barril e começou a buscar alternativas.

O objetivo do Proálcool era substituir gradativamente a fro-ta de carros alimentada por com-bustíveis fósseis por motores que funcionavam com o biocombus-tível renovável. Recorda a Unica que no fim dos anos 1970 a pro-dução alcooleira atingiu um pico de 12,3 bilhões de litros e, na-quela época, o Proálcool foi fun-damental para que outra crise mundial do petróleo, com nova

DA EUFORIA À CRISE

elevação dos preços em 1979, ti-vesse impacto menor no Brasil.

Na metade da década de 1980, quando o preço do petróleo baixa-va e o do açúcar subia, o Proálcool começou a ruir, pois o etanol pas-sou a ser menos vantajoso econo-micamente para o consumidor e para o produtor. Por conta disso, esclarece a Unica, o combustível renovável começou a faltar regu-larmente nos postos e até as mon-tadoras de automóveis passaram a desacreditar no projeto.

A tecnologia flex, que permite abastecer os veículos com eta-nol ou gasolina em qualquer pro-porção, deu novo fôlego ao ál-cool. Em 2003 surgiu o primeiro veículo bicombustível no Brasil, um Volkswagen Gol 1.6, e a frota hoje supera 22 milhões de carros flex. Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, calcula que desde sua adoção no Brasil o etanol substituiu 2,3 bilhões de barris de gasolina, o equivalente a mais de 470 bilhões de litros do biocombustível.

No entanto, a história recente indica uma reversão de expec-tativas. Enquanto entre 2004 e 2010 ocorreram investimentos expressivos, com a construção de uma centena de novas usi-nas e 400 empresas operavam com produção de etanol, hoje o setor vive uma crise preocupan-te. No entender da Unica, a per-da de competitividade do etanol promoveu um retrocesso no ci-clo virtuoso de investimento e crescimento da indústria sucro-alcooleira. Entre 2008 e 2013, mais de 70 plantas já fecharam as portas somente na região centro-sul e outras 12 unidades devem encerrar suas atividades em 2014.

Em nota, a entidade assegura que a reversão do cenário atual “somente será alcançada a par-tir de uma política de longo pra-zo consistente, com a valorização de uma matriz energética diversi-ficada e que reconheça as con-tribuições ambientais do etanol e da bioeletricidade”.n

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A ID Logistics agradece a MWM International Motores pela confiança e pelo reconhecimento de estar entre os melhores fornecedores de 2013, otimizando os resultados e eficiência de seus negócios. Isso demonstra nosso comprometimento e capacidade de oferecer, sempre, a melhor solução em logística do mercado para os nossos clientes.

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46 • AutomotiveBUSINESS

PREMIAÇÃO

MWM INTERNATIONAL DESTACA FORNECEDORES

A fabricante de motores diesel MWM International realizou a segunda edição do prêmio

de fornecedores no dia 6 de no-vembro, em sua sede na fábrica de Santo Amaro, em São Paulo. Oito empresas da cadeia de suprimen-tos e serviços receberam o Supplier Award 2014.

Segundo a empresa, os forne-cedores foram avaliados por meio do processo Global Supplier Rating System (GSRS), que leva em con-ta fatores como postura comercial,

FABRICANTE DE MOTORES DIESEL RECONHECEU OITO EMPRESAS DE SUA CADEIA

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Ação

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FORNECEDORES COM MELHOR DESEMPENHO EM 2013 Elringklinger do Brasil

ID Armazéns Gerais

Indústria Brasileira de Artefatos

Itatrans Agility Logística Internacional

Metalac SPS Indústria e Comércio

Robert Bosch

Thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo

Tupy

contribuição em redução de custo, qualidade, performance de entrega, flexibilidade, capacidade tecnológica e desempenho no desenvolvimento de novos produtos.

José Eduardo Luzzi, presidente da MWM International, ressalta que a premiação tem o objetivo de incenti-var e fortalecer a cadeia produtiva da empresa. “Passamos a homenagear os parceiros que tiveram o melhor desempenho no ano anterior, pois de-sejamos incentivá-los a buscar melho-rias contínuas para atingirmos, juntos,

a excelência em nossos produtos. Es-te prêmio é o reconhecimento a todos que estão alinhados com as políticas, práticas, qualidade e desempenho da companhia”, disse Luzzi.

“Nós nos sentimos honrados em reconhecer, por meio de métricas sólidas, os fornecedores com o me-lhor desempenho. Demonstra que estamos no caminho certo para o desenvolvimento e aprimoramento em todos os nossos processos”, dis-se Paulo Rolin, diretor de compras, logística e SQE da MWM.

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48 • AutomotiveBUSINESS

produto

HATCH PASSA A TER OPÇÃO 1.5 E SEDÃ, 1.0

MÁRIO CURCIO, DE SOROCABA (SP)

FORD COMPLETA A NOVA LINHA KA

A Ford está completando o lançamento da nova gera-ção do Ka. A versão hatch

recebe agora a opção 1.5 de até 110 cavalos, já na rede com preço sugerido de R$ 40.390. E o sedã (Ka+), por sua vez, passa a contar com a opção 1.0 de três cilindros e até 85 cv. O preço inicial é de R$ 37.890, com previ-são de chegada às concessioná-rias em dezembro.

Os dois saem de fábrica bem equipados desde a versão de en-trada SE. Ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com aciona-mento elétrico são itens de série. A direção com assistência elétri-ca também.

As novas opções chegam para brigar nos dois segmentos de maior volume, já que os hatches

pequenos respondem por 42% das vendas de automóveis no Brasil e os sedãs compactos, por 18%: “E esses mercados têm-se mostrado muito dinâmicos”, afir-ma o gerente-geral de marketing da Ford, Oswaldo Ramos, usan-do como exemplo o sucesso do Chevrolet Onix entre os hatches e do Prisma nos sedãs.

Tanto hatch como sedã são fa-bricados em Camaçari (BA), na mesma planta do EcoSport. Du-rante a apresentação das novas versões, em novembro, a Ford pretendia produzir mais de 15 mil unidades do carro em dezembro. O hatch 1.5 e o sedã 1.0 diferem não só na carroceria e motor, mas na demanda. No Brasil, 58% dos hatches pequenos são 1.0.

Já nos sedãs de entrada a par-

ticipação desse motor cai para 28%. Com o novo Ka essas pro-porções têm-se mostrado di-ferentes e a fábrica corre para ajustar a produção à demanda, especialmente no hatch, em que o novo três-cilindros de um litro, o mais potente do mercado, po-derá tomar 80% a 90% da linha de montagem.

AVALIAÇÃOAutomotive Business dirigiu na região de Sorocaba as duas no-vas opções. O Ka+ 1.0 tem de-sempenho aceitável dentro de seus 85 cv, mas se comporta como todo sedã com motor de um litro, ou seja, pede reduções de marcha com mais frequência, especialmente com ar-condicio-nado ligado.

seDã passa a oferecer opção 1.0 de três cilindros

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A relação do diferencial parece longa demais para esse propul-sor, mas foi esta a solução adota-da pela Ford para conseguir bons resultados em consumo. O car-ro obteve a letra A no selo de efi-ciência energética. Na cidade, faz 8,9 km/h com etanol e 13 km/l com gasolina. Na estrada es-ses números passam a 10,4 km/l com o derivado de cana e 15,1 km/l no combustível fóssil.

O Ka+ testado era da versão mais básica, a SE, equipada com um sistema de áudio simples e eficiente com rádio AM/FM, en-trada USB, Bluetooth e o MyFord Dock, um compartimento com entrada auxiliar para conectar e também fixar acima do painel o smartphone. A tampa desse ni-cho permite prender celulares de diferentes tamanhos de forma a integrá-los ao carro. Volante ajus-tável em altura, indicador de tro-ca de marcha e abertura elétrica do porta-malas são outros bons destaques do sedãzinho 1.0 SE.

O hatch 1.5 também agrada de maneira geral. O carro avaliado era da versão topo de linha SEL, que inclui a central multimídia Sync e outros caprichos como

banco do motorista ajustável em altura e tecido de revestimen-to mais resistente. Mais potente, ele agrada especialmente em es-trada, mas também deixa a sen-sação de que a relação final da transmissão privilegia consumo em detrimento do desempenho.

Recebeu igualmente a letra A no selo de eficiência energética. Na cidade faz 7,9 km/l com etanol e

11,5 km/l com gasolina. Na estra-da esses números sobem para 9,5 km/l e 13,6 km/l. Também colabo-ram para a economia de todos os novos Ka os pneus “verdes” (com baixa resistência ao rolamento) fa-bricados pela Pirelli e o coeficiente aerodinâmico de 0,338 para o Ka e 0,323 para o Ka+. n

O nOvO ka traz em todas as versões ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico. A direção também possui assistência elétrica

veRsãO hatCh: vendas expressivas em novembro

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ENTREVISTA | VILMAR FISTAROL

É BOM NEGÓCIOCNH INDUSTRIAL

PRESIDENTE PARA A AMÉRICA LATINA DIZ QUE O GRUPO JÁ PROVOU SUA VIABILIDADE E TEM

GRANDE POTENCIAL DE CRESCIMENTO

Há cerca de um ano sentado na cadeira de presi-dente da CNH Industrial América Latina, Vilmar Fistarol vislumbra grande potencial de cresci-

mento em todos os negócios da companhia na região, sejam caminhões da Iveco, motores da FPT ou má-quinas agrícolas e de construção Case e New Holland. A nova empresa com marcas veteranas, algumas com mais de 100 anos, é derivada da antiga Fiat Industrial e também nasceu um ano atrás, após complexa enge-nharia financeira para separar os negócios de bens de capital e veículos leves da família Agnelli, proprietária do Grupo Fiat.

Mas as sinergias continuam por todos os lados, como em compras, endereços e o próprio Fistarol, que já ser-

viu a várias operações do grupo. Contratado pela Fiat Au-tomóveis do Brasil em 1991, em 13 anos foi diretor de compras da montadora, diretor-presidente da fundição Teksid, presidente da Fiat Argentina, vice-presidente de recursos humanos da Fiat América Latina. Desde setem-bro de 2013 estão sob seu comando negócios que geram faturamento em torno de s 5 bilhões por ano na América Latina, com 11 fábricas, sete no Brasil, três na Argentina e uma na Venezuela.

Fistarol enfatiza que a região é estratégica para o suces-so global da CNH Industrial e que a junção das operações de caminhões, motores e máquinas já deu certo. Na en-trevista a seguir que concedeu a Automotive Business, o executivo fala das potencialidades do negócio.

PEDRO KUTNEY

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Automotive Business – Faz um ano que as operações de cami-nhões, motores diesel, máquinas agrícolas e de construção do Gru-po Fiat, antes reunidas na Fiat in-dustrial, foram integradas em uma nova empresa, a CnH industrial. Quais são os resultados dessa in-tegração na sua área de atuação, a América Latina? viLmAr FistAroL – O propósito dessa reorganização era o de cons-truir sinergias dentro de um novo conglomerado industrial dedicado a bens de capital. Fechamos o pri-meiro ano dessa consolidação com resultados positivos em cada negó-cio específico e na complementação entre eles. Um dos objetivos era ofe-recer um leque completo de produ-tos para economias em desenvolvi-mento, como é o caso da região da América Latina. Isso deu certo, com a intersecção de produ-tos e clientes. Temos vários exemplos disso, como a Usi-na da Mata (em Valparaíso, SP), para a qual fornecemos quase to-dos os nossos produtos (colheitadei-

va na bolsa americana e a Fiat Indus-trial era cotada na Europa. O acionis-ta majoritário continua a ser a família Agnelli (também controladora da Fiat Chrysler Automobiles), mas as gestões são separadas. Isso não sig-nifica que não existam sinergias on-de isso seja possível, como na área de compras.

AB – Quanto o Brasil representa na operação da CnHi? FistAroL – O peso da América La-tina para a CNH Industrial é de 19% (do faturamento líquido global de s 25,8 bilhões em 2013) e o Brasil res-ponde por cerca de 80% (das receitas na região, cerca de s 3,92 bilhões de s 4,9 bilhões).

ras de cana, tratores, carregadeiras e escavadeiras das marcas Case e New Holland, bem como caminhões Ive-co), todos eles produzidos em nossas 11 fábricas na América do Sul.

AB – Foi então boa ideia juntar operações de caminhões e maqui-nário agrícola e de construção?FistAroL – Sem dúvida. Aposta-mos nisso e já está demonstrado que é um bom negócio.

AB – A CnH industrial opera de forma totalmente independente do Grupo Fiat? FistAroL – A base de acionistas é um pouco diferente do que era até um ano atrás, quando a CNH esta-

ACREDITO QUE NÃO

VAMOS PASSAR POR UM

PERÍODO MAIS CRÍTICO

DO QUE JÁ PASSAMOS. AS

POTENCIALIDADES EXISTEM

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ENTREVISTA | VILMAR FISTAROL

AB – Quais são as perspectivas de negócios na América Latina?FistAroL – Temos possibilidade de crescer em todas as áreas de negó-cios do grupo. No plano estratégico apresentado aos analistas e investi-dores em maio passado, colocamos a América Latina como potencial a ser explorado.

No mercado agrícola existe expan-são em toda a região. Só no Brasil está projetada para daqui a dez anos a co-lheita de 200 milhões de toneladas de grãos, fora todo o resto da agroindús-tria em que o País tem posição de des-taque, como na produção de carne.

Na área de construção civil também enxergamos potencia-lidade incrível, com programas específicos do governo brasilei-ro como o Minha Casa, Minha Vi-da (de construção de moradias populares), mas também em es-tradas, ferrovias, portos e aero-portos, grandes obras de infra-estrutura que devem dar uma arrancada após os processos de privatização.

O avanço do mercado de trans-porte rodoviário de mercadorias e passageiros é consequência desse processo de desenvolvimento.

AB – Qual a projeção da CnHi para 2015 nos mercados onde atua na América Latina e no Brasil? FistAroL – Acredito que não va-mos passar por um período mais crítico do que já passamos. As po-tencialidades existem. Em qualquer projeção, os números sempre cres-cem. Então temos de gerenciar um momento específico da economia, em que existe um bocado de pessi-mismo. Mas sou otimista, vamos ter dias melhores. Estamos trabalhando para isso em conjunto com a Anfa-vea no sentido de mitigar qualquer problema com os financiamentos do BNDES/PSI, para que não aconteça

almejados 10% de participação no mercado brasileiro de caminhões. o que falta? FistAroL – A disputa doméstica fi-cou muito mais acirrada. Hoje tem produto sendo vendido com preços inferiores aos de um ano atrás, mes-mo com todo o impacto de aumen-to de custos. Mas acho que nesse cenário a Iveco estabeleceu uma es-tratégia interessante. Estamos man-tendo os produtos atuais e amplian-do as ofertas, tudo com enorme esforço de localização de compo-nentes, com investimentos nos próximos dois anos da ordem de R$ 100 milhões para isso.

AB – essa localização é para aten-der o inovar-Auto?FistAroL – Também, mas não só. Para quem tem uma ampla linha de produtos como nós, é complicado administrar toda a cadeia de valor sem altos índices de nacionalização. Todos os produtos da CNH Industrial vendidos no Brasil já têm índices pa-ra ser financiados pelo Finame, mas a questão vai além. Com a complexi-dade de produção e o sobe-e-desce do mercado não dá para gerenciar os tempos de produção com peças im-portadas. Por isso esse é um investi-mento que tem a ver com ganho de competitividade.

AB – A divisão de motores FPt in-dustrial tinha planos de fornecer para outros fabricantes de veículos na América Latina além dos clien-tes cativos da CnH industrial. es-ses planos continuam?FistAroL – Não só continuam como estão acontecendo. Não posso divul-gar ainda os novos clientes, mas não temos barreira nenhuma quanto a isso.

AB – os caminhões e máquinas agrícolas e seus sistemas terão projeto global ou regional?

PARA QUEM TEM UMA

AMPLA LINHA DE

PRODUTOS COMO

NÓS, É COMPLICADO

ADMINISTRAR TODA A

CADEIA DE VALOR SEM

ALTOS ÍNDICES

DE NACIONALIZAÇÃO

o buraco (de vendas) que ocorreu na virada do ano (2013 para 2014), com o primeiro trimestre dramático e re-flexos negativos em todo o primeiro semestre. Mas vejo que o Brasil irá evoluir e ocupará seu lugar de desta-que na economia mundial.

AB – nos anos 2000 a iveco voltou ao Brasil com a fábrica de sete La-goas (mG), mas nunca alcançou os

The Group

TECNOLOGIA DE BALANCEAMENTOMáxima precisão para produção de autopeças

• Máquinasdebalancearmanuais,semi-eautomáticasparasuaspeças:induzidos,discosdefreio,embreagens,turbocompressores,eixoscardan,...

• Centragemdemassaebalanceamentodevirabrequins• Linhademontagem,inflagemebalanceamentoderodas• Correçãodemassadepeçasnãorotativas,taiscomobielas

www.schenck-rotec.br

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FistAroL – A tendência é buscar sinergias globais. Nosso papel é re-forçar a presença de times de enge-nharia locais nas plataformas mun-diais, para adaptar os produtos às condições específicas de operação. As características de aplicação do

mercado inteiro da América Latina são muito duras comparadas com Europa e América do Norte, então essas adequações são absoluta-mente necessárias. Não são peque-nos ajustes, mas grandes modifica-ções, inclusive estruturais, por isso

temos hoje aqui cerca de 500 pes-soas trabalhando na engenharia. Mas também existem projetos que nascem aqui, como no segmento de colheita de cana em que o Brasil li-dera o desenvolvimento para aplica-ções no mundo inteiro. n

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LANÇAMENTO

PEDRO KUTNEY

SEDÃ RENAULT GANHA DESIGN E ACABAMENTO MELHORES SEM AUMENTO DE PREÇO

FLUENCE 2015 SOBE UM DEGRAU

C om o objetivo de vender ao menos mil unidades por mês e fazer seu sedã médio

figurar entre os três primeiros da categoria no País, a Renault capri-chou na renovação feita no Fluen-ce 2015, que subiu um degrau com as mudanças. O modelo

ganhou novo design frontal, com mais presença, que agora “dialo-ga” com a identidade visual mundial da marca, levando à frente o avan-tajado losango que já está em todo o resto da linha Renault no Brasil.

“Temos competidores muito

Bem acabado, o painel do RENaULT FLUENCE 2015 ganhou cluster de instrumentos digital. A central multimídia R-Link só está disponível para as duas versões mais caras da gama. Todas as opções agora são equipadas com sistema de partida e travamento das portas por aproximação do cartão-chave.

fortes e tradicionais nesse seg-mento, com Toyota (Corolla), Honda (Civic) e GM (Cruze), mas acreditamos que com o Fluence renovado vamos brigar pelo ter-ceiro lugar, com pelo menos mil carros emplacados por mês”, pro-jeta Bruno Hohmann, diretor de

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FICHA TÉCNICA - FLUENCE

Motor (flex): 2.0, 4 cilindros, 16 válvulasPotência: 143 cv com etanolTorque: 20,3 kgf.m a 3.750 rpmPreço: R$ 66.890 a R$ 82.990

O FLUENCE 2015 ganhou dianteira

nova, mas a traseira não sofreu nenhuma grande modificação

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56 • AutomotiveBUSINESS

lançamento

O painel do Renault Fluence 2015 ganhou cluster de instrumentos digital. A central

multimídia R-Link só está disponível para as duas versões mais caras da gama. Todas as opções agora são equipadas com sistema de partida e travamento das portas por aproximação do car-tão-chave.

São de série em todas as versões ar-condicio-nado digital com regulagem de temperatura du-pla motorista/passageiro; direção assistida elétri-ca progressiva (que fica bastante rígida acima dos 80 km/h); acionamento elétrico de travas, vidros e retrovisores; regulador e limitador de velocidade (cruise control); sensores de chuva e crepuscular; computador de bordo multifuncional; e a chave--cartão hands free – pode ficar no bolso ou na bol-sa, pois funciona por aproximação para travar ou destravar as portas e ligar o motor no botão start/stop. Lanternas diurnas de LED, faróis de xênon com regulagem automática de altura e lavador, rodas de liga leve de 17 polegadas, câmera de ré,

bancos de couro e teto solar elétrico só estão dis-poníveis para o Fluence Privilège.

Os sistemas de segurança estão acima da mé-dia brasileira: todas as opções têm cintos de segu-rança dianteiros com pré-tensionador e, além dos airbags frontais obrigatórios por lei, também vêm com bolsas laterais. O topo de linha Privilège tem ainda airbags do tipo cortina e controles eletrôni-cos de estabilidade (ESP) e tração (ASR) – infeliz-mente não disponíveis nem como opcionais nas demais versões, que ficam com os obrigatórios freios com ABS.

O motor 2.0 de 143 cavalos (com etanol) não é o mais potente da categoria (o Honda Civic tem 155 cv e o Ford Focus 178 cv), mas tem bom tor-que (20,3 kgf.m) e, na prática, anda muito bem na estrada em conjunto com o eficiente câmbio CVT, continuamente variável, que não acusa o movi-mento de uma marcha para outra – mas simula seis velocidades para quem quiser fazer as trocas na alavanca com toques para frente ou para trás.

BOAS QUALIDADES

marketing da Renault do Brasil. Segundo ele, a fá-brica na Argentina, onde o carro é produzido, “está pronta para atender essa demanda sem problemas”.

Para fazer o Fluence repetir o sucesso dos demais carros da marca renovados, a Renault calibrou os preços para oferecer vantagens sobre os demais se-dãs médios concorrentes do mercado. Com paco-tes de equipamentos superiores – tanto em relação à geração passada do Fluence como em compara-ção com a concorrência –, os valores de tabela fo-ram mantidos para as três versões: Dynamique com câmbio manual de seis marchas (R$ 66.890), Dy-namique automático agora com câmbio CVT (R$ 71.890) e Privilège CVT (R$ 82.890). Adicionalmen-te, a Renault introduziu uma quarta opção à gama, o Dynamique CVT Plus (R$ 74.890), que por R$ 3 mil a mais do que o modelo de entrada oferece lista de itens quase tão completa quanto o topo de linha, incluindo a central multimídia R-Link que integra na tela tátil de 7 polegadas navegador GPS, sistema de som 3D Arkamys, conexão com telefone celular e o programa Eco-Drive, que avalia a maneira de dirigir e dá dicas de economia ao motorista. n

aGORa COM CÂMBIO CVT, o Fluence ganhou melhor desempenho do que oferecia a transmissão automática comum

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

O INOVAR-AUTO PROPÔS AUMENTO DA

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS VEÍCULOS

BRASILEIROS E COMEÇA A COLHER FRUTOS

GUSTAVO HENRIQUE RUFFO

E ntre os desafios propostos à indústria automotiva pelo Inovar--Auto, em 2012, um dos mais

importantes é o da eficiência energé-tica, que representa um dos pilares para o setor consolidar sua compe-titividade em nível global. Com base na média ponderada do que a indús-tria vendia naquele ano foi estabele-cida uma meta de melhoria mínima de 12,08% neste quesito. Atingir a meta de 15,46% vale desconto de um ponto porcentual no IPI e chegar a 18,84%, dois pontos. Quem não aten-der o avanço de 12,08% levará multas pesadas. Quem ficar para trás nas duas últimas será punido pelo merca-do, perdendo uma vantagem compe-titiva nada desprezível.

No grupo das marcas que saíram na frente estão Smart, Toyota, Nis-san, Renault e Honda. Todas elas têm mais de 50% das versões inscri-

conhece que a eficiência energética apresentada pelo veículo foi dos fa-tores decisivos para esse sucesso: “O esforço no desenvolvimento do motor já trouxe resultados”, afirma.

“Os níveis de exigência do Inovar--Auto são bastante apertados, reque-rendo motores modernos e outros equipamentos. Existia a injeção dire-ta na Europa, mas ninguém havia de-senvolvido no mundo essa tecnolo-gia para etanol. Isso foi feito no Bra-sil. Com uma particularidade: criou-se dentro de nossa engenharia um sof-tware para eliminar o tanquinho. Com a injeção direta, a partida a frio é reali-zada por meio de mudança estequio-métrica, com alteração das condições de injeção e de pressão dentro da câ-mara. É altamente eficiente do ponto de vista de operação e eficiência ener-gética”, explica Golfarb.

A montadora chegou a esse ponto

CAMINHOPARA ACOMPETITIVIDADE

tas no Programa Brasileiro de Etique-tagem Veicular com selos de eficiên-cia energética. Vale lembrar que al-gumas delas ainda não incluíram to-dos os modelos no programa.

Entre as quatro grandes, a Volkswa-gen é a que está melhor, com 41 de suas 82 versões com o selo, ou 50% delas em boa forma. Mas a Ford tal-vez seja a que mostra os maiores es-forços nessa melhoria. Toda a sua li-nha de motores nacionais foi renova-da. Os Zetec Rocam 1.0 e 1.6 deram lugar ao moderno 1.0 TiVCT e aos 1.5 e 1.6 Sigma. O 2.0 Duratec, im-portado do México para a fabricação do Focus na Argentina, recebeu inje-ção direta de combustível.

Equipado com o novo motor de um litro, o Ka decolou nas vendas em novembro, tornando-se o quarto ve-ículo mais vendido no País. Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford, re-

O MODERNO 1.0 TIVCT de três cilindros da Ford,

com bloco de ferro fundido, é um dos motores mais eficientes do mercado

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por conta do Inovar-Auto e também do plano One Ford, que padroniza modelos e plataformas globalmente para gerar um brutal ganho de esca-la. “Mas não se deve esquecer que o novo Ka foi desenhado por engenhei-ros brasileiros para o mundo. Não foi apenas consequência do que se de-cidiu lá fora. Investimos em direção elétrica, em vez de hidráulica, porque ela gera 3% de economia. Também aperfeiçoamos pneus que represen-tam outros 3% de eficiência energé-tica. Trabalhamos a aerodinâmica, abertura das caixas de roda e arrefe-cimento do motor”, diz Golfarb.

Como a média do Inovar-Auto é calculada levando em conta os volu-mes de vendas, a adoção do motor 1.0 de três cilindros TiVCT no Ka, um veículo de entrada que já vende 10 mil unidades mensais, foi essencial.

“Todas as montadoras estão partin-do para essa configuração de mo-tor porque você otimiza a câmara de combustão (333 cm³ são melhores do que 250 cm³) e também por re-dução de atrito. Um cilindro a menos faz uma diferença brutal”, diz o pro-fessor Francisco Nigro, especialista em motores da USP.

“O TiVCT faz parte da família Fox. É um motor completamente novo. Existem vários motores de altíssima tecnologia que não são de alumínio, como é o caso deste. Foi uma com-binação de características mecâni-cas de rigidez do bloco e de condi-ções térmicas que determinou a es-colha dessa liga de ferro. No pas-sado, dizíamos que o melhor motor era o quadrado, em que o curso do pistão é igual à sua largura. O nos-so não é. Motores de três cilindros vi-

bram muito. A solução foi um volan-te de motor desbalanceado, de pro-pósito, que puxa para o lado oposto ao que o pistão puxa. É uma solução técnica simples e eficaz que só nosso motor usa”, observa Golfarb.

GANHOS DE EFICIÊNCIADos três fatores mais importantes no aumento da eficiência energética (massa, aerodinâmica e powertrain), os fabricantes estão atacando pra-ticamente uma só frente do proble-ma: o conjunto motor e transmissão. “Motor era o que estava mais atrasa-do no Brasil”, diz o engenheiro Edu-ardo Tomanik, membro da Comissão de Motores Ciclo Otto da SAE Brasil. Vitor Klizas, diretor da IHS Automoti-ve, complementa. “Além das tecno-logias plug-and-play, os investimen-tos em motorização são os que re-

ROGElIO GOlFARb, vice-presidente da Ford Brasil

A EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA DO

NOVO KA É UM DOS

FATORES DECISIVOS

PARA SEU SUCESSO

AutomotiveBUSINESS • 59

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Page 60: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

presentam maior oportunidade de ganho de eficiência em curto prazo.”

Como a medição da eficiência ener-gética começa em 2016, prazo é moti-vo mais do que suficiente para explicar o movimento. “Reduzir massa e mexer em aerodinâmica custam muito mais dinheiro do que mexer no motor. São coisas que envolvem o projeto. Além disso, os resultados do investimento em redução de massa e aerodinâmica costumam ficar aquém daqueles que a motorização mais eficiente apresenta”, diz Henry Joseph Jr., presidente da Co-missão de Assuntos de Energia e Meio Ambiente da Anfavea.

Os novos motores que chegam ao mercado já são sinal mais do que su-ficiente da busca de um consumo menor. “Quem achava que iam sur-gir turbos e injeção direta imedia-tamente pode estar decepcionado, mas a coisa está andando. Antes dis-

so, serão esgotadas outras possibili-dades de aumentar a eficiência, co-mo o uso de óleo de baixa viscosi-dade, pneus de menor resistência ao

rolamento e por aí afora”, diz Tomanik. Apesar de termos o Focus com in-

jeção direta, o 2.0 Duratec vem do México. O motor 2.5 flex de injeção

CHRISTIAN STRECk, diretor-geral da Honeywell Turbo Technologies

PARA O HORIZONTE

DE 2018, 2019,

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A inda que o Brasil e seus diversos times de engenharia tenham seus méritos, o Inovar-Auto foi auxiliado por

estratégias globais das montadoras, como o plano One Ford. “São novas as plataformas que estão chegando”, diz Christian Streck, da Honeywell. Kli-zas, da IHS, confirma: “O Inovar-Auto converge suas metas para aproximar o mercado brasileiro do resto do mun-do. As plataformas globais, planejadas para atingir metas em mercados mais competitivos, acabam por facilitar a se-leção do pacote de tecnologias para o atingimento das metas.”

Tomanik, da SAE Brasil, vê a situação com algum receio. “Quando o carro se torna global, isso reduz o custo de desenvolvimento, mas diminui a participação da engenharia brasileira.” O exemplo do Ka, claramen-te uma exceção, mostra que não necessariamente será sempre assim. Pode acontecer de um carro global ser desenvolvido por brasileiros para o mundo. “Até agora,

somos os únicos com uma engenharia capaz de dese-nhar veículos completos globais”, diz Golfarb, da Ford.

Há boas oportunidades para a engenharia nacional. “Aumentar o conteúdo local é necessidade do Inovar-Auto. Muitos dos motores im-portados terão de ser feitos no Bra-sil. O que nós vemos como opor-tunidade são os desenvolvimentos. Vão exigir testes e engenharia”, diz Marcos Clemente, gerente de de-senvolvimento experimental e nu-mérico da Mahle. Na empresa ele dispõe de um motor de demonstra-

ção do que é downsizing. “Temos um motor 1.2 de três cilindros com injeção direta e turbocompressor que substitui um motor 2.0 de quatro cilindros natural-mente aspirado com 30% de economia”, diz o executi-vo, citando a oportunidade de o Brasil entrar em com-passo com o resto do mundo como uma das maiores oportunidades que o Inovar-Auto oferece.

OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO LOCAL

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62 • AutomotiveBUSINESS

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direta da Chevrolet S10 é impor-tado de Spring Hill, no Tennessee, EUA. Os carros turbinados vendidos no Brasil, mesmo quando fabrica-dos aqui, caso dos Fiat Bravo e Pun-to T-JET, têm sob o capô propulso-res importados. Segundo o professor Nigro, será assim enquanto a indús-tria nacional não tiver em vista para onde o Inovar-Auto vai. E ele termina em 2017. “Já deveríamos estar com o Inovar-Auto 2 engatilhado e em dis-cussão. Até 2017 você faz soluções de amplitude menor, de curto prazo. Mas é preciso olhar para um perío-do de dez anos. Sem perspectiva, a montadora bota pneu verde e pron-to! Há também coisinhas viáveis pa-ra carros de alto volume, como o uso de start-stop e a adoção dos motores de três cilindros, por exemplo.”

Christian Streck, diretor-geral da Honeywell Turbo Technologies, dá uma perspectiva mais otimista. “Que-rem atender o Inovar-Auto da manei-ra mais simples possível, mas, para o horizonte de 2018, 2019, o turbo será essencial. Em 2016 começarão a aparecer os primeiros motores na-

cionais com turbo – mais para mos-trar a tecnologia, lançá-la, não tanto para volume”. Para ele, a expressão do turbo será maior em um segundo momento ou quando se precisar de um passo grande para atingir a me-ta. “Três montadoras estão mais efe-tivas nas conversas conosco, mas to-das nos procuraram”, admite.

Fábio Ferreira, gerente de engenha-ria da divisão Gasoline System da Ro-bert Bosch, também vê interesse cres-

cente das montadoras em sistemas de maior eficiência energética, como o de injeção direta, no qual a empresa é es-pecialista. “Em 2015 já teremos novos produtos com injeção direta no Brasil. É inquestionável que isso deve se dis-seminar, mas não dá para dizer quan-do. É a demanda que nos permitirá na-cionalizar as válvulas injetoras, as cen-trais de controle, etc. Além da injeção direta, a Bosch possui várias tecnolo-gias para dar suporte ao aumento da eficiência energética. Temos a BMTS Turbo, uma joint-venture com a Mah-le na China, que fornece os turbocom-pressores, mas também atuamos na parte de algoritmos de controle do sis-tema”, diz o executivo.

O investimento em novas tecno-logias, portanto, pode até estar de-morando a aparecer, mas é inevitá-vel. “Se não fizer aportes, você es-tá fora do mercado. Se você man-tiver o motor desatualizado, dança. É preciso investir para não ficar fora do jogo. Todo o mundo quer ganhar participação de mercado mantendo os níveis de custo ou reduzindo-os, mas com investimento em tecnolo-gia. Isso implica fabricação nacional. Quem compra componentes de fo-ra não é competitivo”, diz Paulo Gar-bossa, diretor da ADK Automotive.

FábIO FERREIRA, gerente de engenharia da divisão Gasoline System da Robert Bosch

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A renovação de motores e as novas tecnologias que eles vêm recebendo mostram que o Inovar-Auto, três anos depois de iniciado, está produzin-

do resultados. Mas isso ainda não é suficiente, segundo Rogelio Golfarb, vice--presidente da Ford Brasil. Ele entende que o programa incentiva a forma-ção de engenharia, mas é preciso que indústria e governo façam um balan-ço. “Demoramos muito para resolver problemas de legislação de engenha-ria e de pesquisa e desenvolvimento. Temos de avaliar o que esse programa induziu de desenvolvimento de engenharia e pesquisa. Avaliar como estão as empresas em relação aos objetivos de eficiência energética. Antes de defi-nir o Inovar-Auto 2, precisamos ter certeza de que não ficou nenhum pendu-ricalho do ponto de vista de legislação e fazer um balanço sério e profundo do Inovar-Auto 1.” Henry Joseph Jr. (foto), o presidente da Comissão de Assuntos de Energia e Meio Ambiente da Anfavea, estima um prazo para início dessa discussão. “Ela deve se iniciar com o segundo mandato da presi-dente Dilma. Precisamos fazer um programa de prazo mais longo, considerando o ciclo da indústria automotiva. Políticas industriais são sempre de médio e longo prazos. Os prazos de cumprimento de metas do Inovar-Auto 1, de cinco anos, são muito curtos. E vale lembrar que o Inovar-Auto começou como uma discussão de competiti-vidade da indústria brasileira, de ser competitivo.” n

BALANÇO PARA DEFINIR INOVAR-AUTO 2

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elétricos e híbridos

64 • AutomotiveBUSINESS

GIOVANNA RIATO

Enquanto o processo de eletri-ficação dos carros avança nos principais mercados globais,

o Brasil ainda permanece como uma ilha onde só rodam veículos a combustão. A caminhada será longa até que o País se torne um merca-do interessante para modelos do gênero. As empresas e entidades que representam o setor, no entan-to, estão dispostas a acelerar este processo.

No fim de 2013 a Anfavea, asso-ciação das fabricantes de veículos,

entregou ao governo federal propos-ta de criação de um programa para tornar viável o mercado de novas tec-nologias de propulsão no Brasil. O plano previa a venda local, com pre-ços mais acessíveis, de seis sistemas, incluindo modelos híbridos com mo-tores bicombustível álcool-gasolina e elétricos, além de elétricos com célu-las de combustível alimentadas com hidrogênio extraído do etanol. “Não pedimos incentivos, como vemos em muitos países. Pedimos apenas de-sonerações”, explicou na época Luiz

Moan, presidente da entidade.A ideia era zerar a alíquota do IPI

para carros equipados com essas tecnologias e iniciar um processo que previa a nacionalização dos mo-delos no médio prazo. Desde então o projeto caminhou devagar no go-verno, mas enfim rendeu a primeira iniciativa, anunciada quase um ano depois de a Anfavea ter sugerido o programa. O governo federal deter-minou a redução do imposto de im-portação de 35% para até zero para modelos híbridos.

MONTADORAS BUSCAM PORTA DE ENTRADA PARA MODELOS MENOS POLUENTES NO BRASIL, MAS

TRIBUTAÇÃO ELEVADA AINDA É BARREIRA

LONGO CAMINHO A PERCORRER

TOyOTA pRIus: favorecido pela legislação de novas tecnologias de propulsão por ser híbrido sem sistema plug-in

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66 • AutomotiveBUSINESS

ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

A medida, no entanto, só con-templou as versões sem sistema plug-in de recarga da bateria, privi-legiando poucos modelos e deixan-do de fora marcas como Renault, Nissan e BMW, que recentemente começou a vender no Brasil o elé-trico i3 e o hibrido plug-in i8. “Infe-lizmente (a desoneração) não trata das tecnologias mais modernas, porque exclui os modelos plug-in”, lamentou Carlos Cortes, gerente sênior da BMWi.

Em visita ao Brasil, Vincent Carré, vice-presidente global de veículos elétricos da Renault, também de-monstrou decepção acerca da de-cisão do governo. “Essa tecnologia está ultrapassada”, avalia, explican-do que os modelos sem recarga na tomada não oferecem benefício tão grande de redução de consumo e das emissões. Ainda assim, ele man-

tém confiança de que alterações nes-sa legislação serão feitas em breve, estendendo o benefício a modelos totalmente elétricos com recarga na tomada.

Ele defende que, para tornar viável a venda de carros com propulsão al-ternativa, é necessário também con-ceder descontos no Imposto dobre Produtos Industrializados (IPI). “Com estas condições, em quatro ou cin-co anos, 1% do mercado brasileiro poderia ser de veículos elétricos e híbridos”, calcula. Nesse cenário ele avalia ser viável produzir localmente os carros zero emissão. “A partir de 20 mil unidades por ano já podemos pensar em fabricar aqui.”

eXPectAtiVAsA Anfavea também admite que a de-soneração é ineficiente ao contem-plar apenas um tipo de veículo. A en-

tidade trabalha para que as versões híbridas plug-in recebam desconto no imposto de importação. A im-pressão da associação é de que hou-ve receio causado pela falta de infra-estrutura de recarga e também pelo temor de um boom do consumo de energia elétrica, caso os modelos recarregáveis recebessem incenti-vo. “De qualquer forma o governo entende todas as rotas tecnológicas que apresentamos. Este foi só o pri-meiro passo do programa”, acredita Aurélio Santana, diretor executivo da Anfavea. Passado o período de eleições presidenciais, a organiza-ção espera retomar o debate com as autoridades nos próximos meses. O objetivo agora é enfim tornar os elétricos mais atrativos no Brasil e deixar nas mãos do consumidor a escolha da tecnologia mais adequa-da para as suas necessidades. n

bMw i3, elétrico, já está à venda no Brasil

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CAMINHÕES

68 • AutomotiveBUSINESS

GIOVANNA RIATO

O setor de caminhões encer-ra mais um ano desafiador. Com vendas em queda

e economia instável, os negócios devem ficar entre 15% e 20% abai-xo do volume registrado em 2013. A situação instiga as empresas a procurar novas formas de fomentar vendas e a tecnologia tem se revela-do importante ferramenta para isso. Os clientes do segmento se mostram dispostos a pagar mais caro para ter alguns recursos, desde que isso se converta em redução do custo da operação.

O segmento ficou de fora de um dos mais importantes aspectos do Inovar-Auto, as metas de eficiência energética. A exclusão, no entanto, não representa atraso ou estagna-ção do setor. “Quem regula isso é o cliente, já que o combustível é o fator que mais pressiona o custo operacio-nal”, determina Marco Saltini, diretor de relações governamentais da MAN Latin America e vice-presidente da Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos. Ele apon-ta que o combustível representa 35% do total dos gastos com o veículo.

TENDÊNCIASUma das tecnologias que contri-buem para tornar os veículos pesa-dos menos beberrões e trazem ainda

mais conforto para o motorista é o câmbio automatizado, que tem tido presença cada vez mais forte nas vendas. A Volvo é uma das empre-sas que obtiveram grande sucesso ao apostar no sistema. A companhia produz as caixas de câmbio eletrôni-cas I-Shift no Brasil desde o fim de 2011. Atualmente o dispositivo está presente em mais de 90% dos cami-nhões da linha de extrapesados FH vendidos no Brasil.

A Norgren, que produz componen-tes para transmissões automatizadas, percebe essa tendência. Bruno Pinot-ti, gerente de vendas para a área de veículos comerciais, acredita que o câmbio totalmente automático ainda não tem penetração tão expressiva no mercado local por causa do pre-ço elevado. Segun-do ele, as versões semiautomáticas ou automatizadas, atraem mais os clientes com custo mais baixo. “A trans-missão manual está deixando de ser so-licitada para algu-mas aplicações.”

Tanto Pinotti quanto Saltini con-sideram o aumento do uso de combus-

tíveis alternativos como um caminho que o Brasil deve seguir na área de veículos comerciais. O executivo da Norgren acredita que estes recursos serão usados em aplicações de ni-cho, como no caso de ônibus urba-nos, antes da transição para a próxi-ma etapa da legislação de emissões, equivalente a Euro 6, que já está em vigor na Europa.

Saltini entende que a evolução na busca por combustíveis alternativos pode ser a maior influência tecnológi-ca para o setor no futuro. “Para quem tem o sustento a partir do trabalho com o veículo, é essencial garantir menor impacto ambiental e custo operacional adequado”, pondera. Veículos comerciais com propulsão híbrida, elétrica, a célula de combustí-

vel, movidos a diesel de cana e a etanol estão entre as possi-bilidades que o vice--presidente da Anfa-vea vislumbra para o futuro, apesar de admitir que, por en-quanto, o diesel deri-vado de petróleo tem relação de custo/per-formance superior. “O desafio está justa-mente em encontrar alternativas.”

MESMO SEM METAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, MERCADO SE REGULA PELOS EXIGENTES CONSUMIDORES, QUE SEMPRE BUSCAM

REDUÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL

EVOLUÇÃO PARA ATENDER O CLIENTE

BRUNO PINOTTI, gerente de vendas da Norgren

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Saltini acredita que 2015 será ano de crescimento para o setor de caminhões na comparação com 2014. A evolução, no entanto, não deve ser tão significativa e

acontecerá sobre a base fraca de 2014. A grande expectativa do setor é que enfim seja definido um programa de renovação da frota, que seria capaz de dar impulso ao ritmo de vendas.

Em novembro de 2013 dez entidades envolvidas com o setor de caminhões e de transportes no Brasil entregaram ao governo federal proposta para o estabelecimento de uma política que permitisse a retirada de circulação de veículos antigos e a facilita-ção da compra de modelos mais novos. Saltini conta que as negociações têm cami-nhado, apesar de o governo ainda não ter aprovado um programa final de renovação da frota. “Não paramos de trabalhar no período eleitoral, mas sabíamos que naquele momento não iria sair.”

Passado o período conturbado para o País, Saltini espera uma decisão para 2015. O obje-tivo, segundo ele, é reduzir a idade média da frota dos atuais 17 para oito anos. Ele acredita que um programa do gênero movimentaria a economia. “Os caminhões mais novos aumen-tariam a eficiência da operação, o que poderia se traduzir em redução do custo do frete.” n

RENOVAÇÃO DE FROTA

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MAR 1

70 • AutomotiveBUSINESS

SUELI REIS

A MWM International come-mora os primeiros contra-tos para o fornecimento

dos novos motores da Série 229 e Série 12, preparados e desenvolvi-dos exclusivamente para atender a nova lei de emissões de poluentes e ruídos para máquinas agrícolas e de construção MAR 1, como parte do Proconve e que entra em vigor em 1º de janeiro de 2015. Os propulsores equiparão tratores da Agrale a partir de 2017, quando entra a segunda

etapa da lei, dedicada ao segmento agrícola, com volume estimado em 3 mil unidades por ano.

Thomas Püschel, diretor de vendas e marketing da MWM International, conta que tem tido êxito nos novos negócios e cita o caso da JCB, que fez uma pré-adaptação de alguns equipamentos de construção para teste dos novos motores. “Já para as newcomers, uma série delas está chegando ao Brasil, a maioria sem engenharia local. O fato de a empre-

sa desenvolver no País é o diferencial: contribui para o índice de nacionali-zação, o que é muito relevante para o setor, pois torna o produto apto para o Finame”, defende.

Com a entrada da nova legislação – que atuará de forma escalonada – o executivo não acredita em um impacto negativo nas vendas para o ano que vem: “A primeira fase está ligada às máquinas de construção: a partir de 2015 elas deverão atender os limites de ruído e até 2017, os de emissões. Os produtos previstos pa-ra ser entregues já estão preparados, todas as fabricantes estão se anteci-pando. ”

Parte das empresas aproveita o momento para a renovação ou atu-alização de suas linhas de máquinas, tanto agrícolas como de construção, muitas delas em fase final de homo-logação dos novos equipamentos.

ANTECIPAÇÃO Antecipar-se à legislação estava na agenda havia pelo menos quatro anos. A MWM International destinou parte do ciclo de investimento de 2010-2015 para o novo projeto de motores dedicados ao setor off-road,

MWM SAI NA FRENTE NA LEI DE EMISSÕES PARA MÁQUINASFABRICANTE CELEBRA CONTRATO COM AGRALE E AVANÇA NAS NEGOCIAÇÕES COM NOVOS CLIENTES

ThoMAS PüSchEL, diretor de vendas e marketing da MWM International

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mas a prioridade eram os propulso-res Euro 5 para caminhões e ônibus. Para o próximo ciclo entre 2015-2020, a fabricante designará parcela importante para a engenharia dos motores off-road, principalmente os agrícolas, que devem atender novos níveis a partir de 2017. O aporte tam-bém contemplará a melhora contí-nua dos processos de manufatura e a adaptação e treinamento da rede.

Para Cristian Prates Malevic, ge-rente da divisão de engenharia da MWM International, a determinação de uma lei progressiva e por etapas ajudou no planejamento. “O prazo é adequado dentro dos parâmetros e limites propostos. Já temos uma li-nha toda adequada para o setor de construção e para a fase agrícola – que só entra em vigor em 2017 – fal-tam apenas alguns detalhes ligados à calibração final (maior potência por litro)”, explica.

O processo utilizado pela MWM International parte do downsizing: adaptar motores menores para fazer o trabalho dos maiores. A empresa também cuidou de preparar os pro-pulsores de modo a entregar outras vantagens, além do que pede a le-gislação, o que agrega mais valor ao

produto: “Conseguimos resultados importantes, como o aumento do intervalo da troca de óleo e a melho-ra significativa do consumo de com-bustível”, observa Malevic.

Ele considera assertiva a decisão do Ibama e do Conama, órgãos responsáveis pela regulamentação e homologação dos equipamentos, ao propor os limites por segmento

e faixa de potência, uma vez que a indústria nacional de máquinas não seguia nenhuma norma de emissão até agora: “É uma tratativa inteli-gente, porque proporciona o tempo para adaptação da indústria e evita que as empresas parem de uma vez para atender a programação sem impactar o mercado e a oferta de produtos.” n

cRISTIAN MALEvIc, gerente da divisão de engenharia da MWM International

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72 • AutomotiveBUSINESS

ÔNIBUS ELÉTRICO

VEÍCULO DA ELETRA CONSOME 82% MENOS ENERGIA QUE ÔNIBUS CONVENCIONAL

Testes realizados durante seis meses com o primeiro E-bus da Eletra Industrial em corredor

da Empresa Metropolitana de Trans-portes Urbanos (EMTU), na Grande São Paulo, mostraram que o protó-tipo elétrico consumiu 82% menos energia do que um ônibus a diesel utilizado como “sombra”. O consu-mo médio de energia do ônibus elétrico, provida por baterias de íons de lítio, em percurso de 23,6 quilô-metros, foi de 58 kW/h, gasto simi-lar ao de dez chuveiros elétricos liga-dos durante uma hora. O custo com energia por tonelada do E-bus foi 56% inferior ao custo do sombra.

Os testes comprovaram que o siste-ma de frenagem foi responsável pelo suprimento médio de 33% da carga utilizada pelo modelo elétrico.

“As vantagens do E-bus são indis-cutíveis. Ele apresenta melhor efici-ência energética e a emissão de po-luentes é zero”, ressalta Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra. A energia do E-bus é fornecida por um conjunto de 14 baterias, que pre-cisa de três horas para recarga total, garantindo autonomia operacional de 200 km. O veículo conta ainda com um sistema de recarga rápida, que pode ser feita em cinco minutos, ofe-recendo mais 11 km de autonomia.

AS VANTAGENS DO E-BUS

O E-bus, resultado da parceria da Eletra com as japonesas Mitsubishi Heavy Industries e Mitsubishi Corpo-ration, utiliza chassi Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio e motor elé-trico WEG. O ônibus é articulado, dispõe de ar-condicionado e tem ca-pacidade para 126 passageiros. A tecnologia das baterias e das esta-ções de recarga foi desenvolvida pela Mitsubishi Heavy Industries.

A Eletra, especializada em tração elétrica, já produziu três centenas de trólebus para a região da Grande São Paulo e 45 ônibus híbridos (die-sel-elétricos), que circulam no Brasil, Argentina e Nova Zelândia.

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Page 73: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

OS SONHOS DA BYD

A chinesa Build Your Dream (BYD) iniciou programa de investimento de US$ 400 milhões no País, en-

tre 2014 e 2017, cuja primeira fase é estruturar, no iní-cio de 2015, unidade industrial em Campinas, SP, pa-ra abrigar um centro de pesquisa e desenvolvimento e produção de protótipos de veículos elétricos. Em uma segunda fase a empresa pretende fabricar chassis de ônibus elétricos e células de bateria.

Intitulando-se a maior fabricante de baterias recarre-gáveis e de ônibus elétricos do mundo, a BYD produz também automóveis híbridos e elétricos, empilhadei-ras elétricas, sistemas de armazenamento de energia e para geração de energia solar. A companhia, segun-da maior produtora global de produtos para a indústria de tecnologia da informação, como celulares, tablets e

laptops, criou baterias de fosfato de ferro-lítio, à prova de fogo e recicláveis.

Por ocasião da décima FetransRio, maior feira de ôni-bus do Brasil, realizada no Rio de Janeiro em novem-bro, a BYD apresentou o modelo urbano K9, importado da China, que vem sendo submetido a testes em cida-des brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Cam-pinas, Salvador e Sorocaba. Elétrico, com 12 metros e piso baixo, o produto foi indicado especialmente para atender o mercado brasileiro. Em Campinas, os testes feitos pela prefeitura aferiram um custo por quilôme-tro rodado de R$ 0,17, ante R$ 0,77 do ônibus a die-sel, uma economia de 78%. Se as vantagens do custo operacional são evidentes, falta ainda definir o custo de aquisição dos ônibus elétricos. n

LÍDER GLOBAL LANçA EMpREENDIMENTO NO BRASIL

a BYd investe US$ 400 milhões

no País para estruturar centro

de P&D e montar ônibus protótipos

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Page 74: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

74 • AutomotiveBUSINESS

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FABRICANTES JÁ OFERECEM PRODUTOS INOVADORES COM FOCO NA CRESCENTE DEMANDA POR ÓLEOS SINTÉTICOS

Q uando o assunto é inova-ção, as fabricantes de lubri-ficantes permeiam em um

ambiente tranquilo e dominado, uma vez que as empresas especializadas do setor já se adiantaram para acom-panhar a evolução dos sistemas de propulsão, principalmente no que diz respeito ao uso crescente dos óleos sintéticos. Aproximadamente 8% dos lubrificantes automotivos e industriais no mundo são 100% sintéticos.

Celso Cavallini, engenheiro res-ponsável pelas relações com fabri-cantes automotivos da Cosan Lu-brificantes, explica que nas novas formulações a tendência mira para a menor viscosidade: “Do ponto de vista técnico, quando caminhamos para menores viscosidades, é preciso compensar essa redução da pelícu-la lubrificante com formulações ro-bustas em termos de proteção anti-desgaste”, afirma. Ele lembra que no Brasil a empresa já oferece uma linha de óleos sintéticos da marca Mobil 1 em baixas viscosidades e que lan-

çamentos próximos estão previstos nesta direção.

Adiantar-se para oferecer produtos que atendam os diferentes e novos motores também é premissa da Total. “Prezamos pelo desenvolvimento com-partilhado com a matriz (França), com a qual mantemos um relacionamento estreito. A parceria exige colocar à dis-posição toda a equipe para adaptar os produtos de acordo com as necessi-dades regionais”, diz Luis-David Rodri-guez, diretor-geral da Total Lubrifican-tes do Brasil. Para ele, o Inovar-Auto e os novos níveis de eficiência energética que as fabricantes locais deverão cum-prir até 2017 não demandaram desen-volvimentos muito diferentes dos que já estavam em curso, embora os pro-dutos da marca existentes no merca-do nacional estejam aptos a integrar a nova leva de motores.

A busca por produtos mais eficien-tes está sempre na mesa de planeja-mento das produtoras de óleos, o que inclui olhar para aspectos específicos –no caso do Brasil, com o uso do eta-

nol. Especificações internacionais do setor, como da API (Instituto Ameri-cano de Petróleo) ou da Ilsac (Ásia) in-cluem testes de comportamento entre o combustível da cana-de-açúcar e o lubrificante. “O uso de motores de pla-taformas globais é uma vantagem para toda a Indústria, pois testes realizados em diferentes países podem contribuir para avaliar o desempenho dos moto-res com diferentes combustíveis. Em resumo, os lubrificantes também po-dem ser considerados de abrangência mundial”, avalia Cavallini.

DESAFIOSEnquanto as companhias têm total controle do que ofertar ao merca-do, por outro lado o balanço que fa-zem de 2014 mostra que pela primei-ra vez em anos o setor deve encerrar 2014 com queda nas vendas. Sem revelar o tamanho do prejuízo, Cosan e Total concordam que a conjuntu-ra econômica menos favorável leva-rá a uma redução do volume com re-lação a 2013.

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Page 75: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

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RICARdO MUSSA, presidente da Cosan Lubrificantes

LUIS-dAVId ROdRIGUEz, diretor- geral da Total Lubrificantes do Brasil

Para 2015, a projeção é de um ano ainda difícil. “Mesmo com muitos ajus-tes por parte do governo e baixo cres-cimento da economia, ainda acredita-mos que o mercado deva se recuperar parcialmente em relação a 2014”, ob-serva Ricardo Mussa, presidente da Cosan Lubrificantes, explicando que o mercado migra para óleos sintéti-cos com a renovação da frota e a bus-ca das indústrias por mais eficiência. “Isto tem ajudado muito”, completa. Ele informa que a participação da Co-san no segmento deve fechar em 15% este ano.

Fatores como a redução da pro-dução de veículos e a volatilidade do câmbio também são lembrados como motivos que vão influenciar a retração esperada para 2014. Rodriguez apon-ta que, pelos mesmos motivos, a fa-tia mais tímida de 2,5% da Total deve permanecer no ano que vem. n

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Page 76: EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

76 • AutomotiveBUSINESS

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EFICIÊNCIA PEDE TECNOLOGIAPRODUÇÃO DE COMPONENTES PARA MOTOR EXIGE

INVESTIMENTOS CRESCENTES

C om a necessidade de as montadoras utilizarem ca-da vez mais conteúdo local,

seus grandes fornecedores no exte-rior acabam integrados à cadeia na-cional. A ThyssenKrupp, por exem-plo, investe R$ 100 milhões em uma nova fábrica em Poços de Caldas (MG), onde fabricará comandos de válvulas integrados à tampa que re-cobre o cabeçote do motor. Embo-ra não revele o primeiro cliente, sa-be-se que esses componentes serão fornecidos à Volkswagen para os no-vos motores EA 211.

“Já chegaram as máquinas. A pro-dução ocorrerá no início de 2015. É um produto que vai ao encontro do Inovar-Auto e da eficiência energéti-ca. Por ser mais leve gera uma cadeia

de consequências positivas”, afirma o gerente de tecnologia e inovação da ThyssenKrupp, Ricardo Cardoso.

A nova fábrica brasileira é a quarta da ThyssenKrupp para esse produto específico. A empresa iniciou a fabri-cação dos itens em Dalian (China) e Ilsenburg (Alemanha) no começo de 2014. Uma unidade em Changzhou (China) também deve entrar em ope-ração no início de 2015.

Outras montadoras instaladas no Brasil poderão receber conjuntos produzidos em Poços de Caldas com tecnologia semelhante. “A fábrica é modularizada e pode ser expandida. Tudo vai depender do mercado. Exis-te expectativa especialmente para 2016 e estamos preparados para crescer rápido”, diz Cardoso.

A ThyssenKrupp já produz no Brasil outros itens para motor (virabrequim e bielas em Campo Limpo Paulista) e também atua no País fabricando com-ponentes de direção e suspensão.

Outra forma de ganhar eficiên-cia energética é pela queima mais eficiente do combustível, consegui-da com velas fabricadas com irídio, metal resistente a temperaturas ele-vadas. “É uma das maneiras mais simples e eficientes para alcançar as metas do programa Inovar-Auto sem gerar grandes alterações ao projeto do motor”, afirma o diretor comercial da NGK, Edson Miyazaki.

“A NGK vê o programa de for-ma positiva porque estimula o investimento na indústria auto-

mobilística nacional”, diz Miyazaki.

anÁLiSeO rigor cada vez maior em relação desempenho, economia e durabili-dade gera novas demandas, como a análise de sujidades em compo-nentes automotivos e fluidos. “Como os motores têm de durar mais, seus componentes precisam passar por essa análise”, afirma o CEO da Enge Solutions, Fernando Dias. A compa-nhia está apta a fazer análises des-se tipo de acordo com as normas ISSO 16232 e VDA V.19. “Trouxe-mos equipamentos de laboratório da Alemanha”, revela Dias, que tem como clientes no Brasil montado-ras como General Motors, Mercedes--Benz e Volkswagen, mais fornece-dores como Bosch, Delphi, TRW e também a ThyssenKrupp. n

MÁRIO CURCIO

EdsON MIyAzAkI, diretor comercial da NGK

RICARdO CARdOsO, gerente de tecnologia e inovação da ThyssenKrupp

Pelo segundo ano consecutivo, a Schaeffl er recebe da GM o Supplier Quality Excellence Award, uma premiação global que reconhece a excelência em performance e qualidade dos fornecedores. A busca constante pela satisfação do cliente e a inovação no desenvolvimento de soluções para sistemas de motor, transmissão e chassi, foram novamente responsáveis por esta conquista. Afi nal, confi abilidade é tudo.

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Pelo segundo ano consecutivo, a Schaeffl er recebe da GM o Supplier Quality Excellence Award, uma premiação global que reconhece a excelência em performance e qualidade dos fornecedores. A busca constante pela satisfação do cliente e a inovação no desenvolvimento de soluções para sistemas de motor, transmissão e chassi, foram novamente responsáveis por esta conquista. Afi nal, confi abilidade é tudo.

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powertrain |TRANSMISSÕES

EM PONTO MORTOCOM 2014 FRACO, FORNECEDORES DE TRANSMISSÃO ENXERGAM

MELHORIAS SOMENTE NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015

AlexANdRe AkAshi

Ano difícil e com queda de pro-dução. Este é o balanço que fabricantes de transmissões

fazem de 2014, uma vez que a maior fatia da receita das empresas vem do segmento de veículos comer-ciais, que fechará o ano com perda significativa de produção, assim co-mo ocorrerá nos segmentos de car-ros de passeio, agrícola e naval. “Em consequência deste cenário, a ZF na América do Sul deverá encerrar o ano com cerca de 7% de queda no faturamento ante 2013”, afirma Wil-son Bricio, presidente da ZF Améri-ca do Sul.

Na Eaton, a história é semelhante. Ricardo Dantas, diretor de vendas e marketing do grupo de veícu-los da companhia para a Amé-rica do Sul, comenta que a di-ficuldade de crédito no início do ano, aliada à redução do consumo, prejudicou a indús-

tria. Ele revela, porém, que percentu-almente a empresa encerra o período com resultado um pouco acima da queda do restante da indústria. “Isso se deve a lançamentos das montado-ras que ocorreram ao longo de 2014 com participação de componentes fa-bricados pela Eaton”, explica.

2015Os fornecedores enxergam pos-sibilidade de melhora no cenário. Para Dantas, o mercado no ano que vem será muito semelhante ao de 2014 em todos os segmentos, mas com recuperação no segun-do semestre. Já a ZF trabalha com um cenário tímido de crescimen-

to em 2015 comparado a este ano.Segundo Dantas, os desafios serão

a inflação elevada, o aumento da Selic para controlar o aumento dos preços, o reajuste de tarifas de produtos con-trolados, como energia e combustí-veis, a baixa confiança do empresário e do consumidor, a produção indus-trial em queda e ainda os preços des-favoráveis de commodities.

“Esperamos que na próxima gestão o governo consiga aumentar de for-ma significativa a participação da in-dústria no PIB brasileiro”, afirma Bri-cio, ao comentar que, para crescer de forma sustentável, o país deve inves-tir com urgência e de forma maciça em pilares como educação e infraes-

trutura, e desonerar as empre-sas para que possam investir em pesquisa e desenvolvimen-to. “Os encargos para P&D praticamente inviabilizam es-tas ações no Brasil”, avalia. n

RicARdO dANTAs, dA eATON: recuperação no

segundo semestre de 2015

WilsON BRíciO, dA ZF: cenário tímido de crescimento em 2015

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Ação

ZF

TECNOLOGIAS INOVADORAS DA ZF FAZEM O MUNDO GIRAR COM MAIS EFICIÊNCIA

Pessoas viajam em busca de seus objetivos. Seja indo para a casa, o trabalho, a escola ou o clube, diversos destinos são alcançados por diferentes meios de transporte. A ZF não se limita a enxergar a conservação dos recursos naturais, o aumento da segurança e a conveniência como requisitos fundamentais para quem viaja. Mas também os vê como uma oportunidade de criar soluções inovadoras e sustentáveis. Como uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas de transmissão e tecnologia de chassis, a ZF faz parte – e é isto que nos impulsiona – deste desenvolvimento. Nosso objetivo é muito mais que criar produtos inovadores e eficientes. É melhorar a qualidade de vida e ajudar a moldar o futuro de forma sustentável.

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TECNOLOGIAS INOVADORAS DA ZF FAZEM O MUNDO GIRAR COM MAIS EFICIÊNCIA

Pessoas viajam em busca de seus objetivos. Seja indo para a casa, o trabalho, a escola ou o clube, diversos destinos são alcançados por diferentes meios de transporte. A ZF não se limita a enxergar a conservação dos recursos naturais, o aumento da segurança e a conveniência como requisitos fundamentais para quem viaja. Mas também os vê como uma oportunidade de criar soluções inovadoras e sustentáveis. Como uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas de transmissão e tecnologia de chassis, a ZF faz parte – e é isto que nos impulsiona – deste desenvolvimento. Nosso objetivo é muito mais que criar produtos inovadores e eficientes. É melhorar a qualidade de vida e ajudar a moldar o futuro de forma sustentável.

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powertrain |BATERIAS

ENERGIA QUE VEM DAS MUDANÇAS

MÁRIO CURCIO

C omo boa parte das empresas envolvidas na cadeia automo-tiva, a indústria de baterias

também passa por transformações e se prepara para fornecer componen-tes mais atuais às montadoras. Os acumuladores adequados ao sistema start-stop (que aumenta a exigência de energia) são um primeiro passo. A Moura já tem componentes desse tipo homologados e está pronta pa-ra fornecê-los: “Estamos aguardando os pedidos”, afirma o supervisor de engenharia Carlos Vidal, que acredita que isso ocorrerá no início de 2015.

Instalada em Belo Jardim (PE), a Moura tem capacidade anual para 7,5 milhões de baterias: “Daqui-lo que produzimos, 38% vai para as montadoras”, diz Vidal. “As margens são apertadas, cada vez elas querem apertar mais”, brinca Vidal. O execu-tivo acredita que diante dessas pres-sões é importante investir em tecno-logia para continuar competitivo e capaz de atender novas demandas.

Sem citar números, Vidal admi-tiu durante a entrevista (concedida no fim de 2014) que as vendas à in-dústria automobilística foram afeta-

das pela retração no mercado brasi-leiro. A Moura entrega baterias para fabricantes de automóveis e de ca-minhões como Iveco, Mercedes--Benz e Ford.

Recentemente, começou a forne-cer baterias para motocicletas BMW e Harley-Davidson. Com a ampliação das instalações no início de 2015, a empresa estará apta a produzir bate-rias para o mercado de reposição de

MOURA ADAPTA PRODUÇÃO ÀS EXIGÊNCIAS DA INDÚSTRIA

motos e até fornecer para as empre-sas de grande volume instaladas em Manaus.

Embora toda a cadeia venha sen-tindo os reflexos do mau momento vivido pela Argentina, Vidal recorda que a montagem de uma fábrica den-tro do país vizinho ajudou a manter a participação elevada naquele mer-cado. A Moura também exporta bate-rias, sobretudo para Chile, Uruguai e mercados africanos.

tenDÊnCiaO próximo degrau estudado pela fa-bricante brasileira são os acumulado-res automotivos com voltagem mais alta. “Existe um movimento mun-dial pelas baterias de 48 volts”, afir-ma Carlos Vidal. “Em geral, sistemas com maior tensão têm mais capaci-dade de absorver, armazenar e des-carregar energia”, explica.

Com essas características, os acu-muladores de 48 volts são adequados para operar sistemas micro-híbridos capazes de absorver rapidamente a energia proveniente de frenagens re-generativas e também de devolvê-la às rodas em forma de aceleração. n

CARlOs VIdAl, supervisor de engenharia da Baterias Moura

bAtERIAs MOURA – fábrica instalada em Belo Jardim (PE)

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82 • AutomotiveBUSINESS

MAIOR REPRESENTATIVIDADE

PESQUISA DA ABRAFILTROS SOBRE CONJUNTURA DO SETOR NORTEARÁ DIÁLOGO COM GOVERNO SOBRE TRIBUTOS

SUELI REIS

U ma pesquisa inédita entre os fabricantes de filtros automoti-vos e industriais, traçando um

perfil atual do setor, é o passo inicial da estratégia de reforçar a importância e a presença do segmento na cadeia nacional de fornecedores. Encabeça-do pela Abrafiltros – Associação Bra-sileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais, o levantamento compilará a partir de 2015 informações específicas co-mo faturamento, compras, vendas, volume de produção, importação e exportação, criando uma base de dados estatísticos a fim de promover uma análise real da participação do segmento na indústria.

A fase de implantação por meio de sistema eletrônico começará em 2015 com o preenchimento de dados das próprias empresas associadas. Hoje são 47 companhias, das quais 19 da área de filtros para aplicações automotivas e ou-tras 19 para uso no segmento industrial, além de nove for-necedores. O trabalho de ali-mentação do banco de dados será feito ao longo de todo o ano e o encerramento é pre-visto para 2016, quando no segundo semestre a entidade prevê divulgar as estatísticas.

“Os dados consistentes do setor auxiliarão os trabalhos da entidade em várias frentes e também servirão de base para que os fabricantes as-sociados aprimorem suas estratégias de negócio”, avalia João Moura, pre-sidente da Abrafiltros. Ele indica que um dos objetivos é estreitar o diálogo com o governo: “Também estamos iniciando uma avaliação de aspectos fiscais, visando à redução dos tribu-tos incidentes nos filtros. Trata-se de outro grande problema no setor, pelo qual o lucro é reduzido e vem sendo

corroído pelas políticas tributárias”, defende.

A entidade mantém um bom trân-sito de informações em vários órgãos do governo, principalmente na área ambiental, por causa do projeto pi-loto Programa Descarte Consciente Abrafiltros, para filtros usados de óleo lubrificante automotivo, que está em curso, mas seu presidente constata que o momento da apresentação e uso das informações dependerá de uma série de fatores, como a matu-ração da pesquisa e a própria ade-

são dos associados, além da análise sistemática dos dados. “Queremos que haja represen-tatividade estatística da reali-dade do mercado”, justifica.

Estima-se que o mercado de filtros no Brasil movimente US$ 9,2 bilhões por ano, dos quais US$ 3,2 bilhões correspondem à demanda do setor automoti-vo e US$ 4 bilhões de filtros in-dustriais. Apesar do ano difícil, o representante da Abrafiltros aponta que o mercado de re-posição ajudou no equilíbrio do mercado: “Com a queda nas vendas de veículos, há impacto direto na produção. Por outro lado, o mercado de reposição permanece forte, porque o fil-tro é um item de consumo de alto giro”, conclui. n

João MoURA, presidente da Abrafiltros

powertrain | FILTROS

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84 • AutomotiveBUSINESS

powertrain |EIXOS

VOLTA LENTAALEXANDRE AKASHI

A soma de carnaval, Copa do Mundo e eleições em um mesmo calendário fiscal teve

consequências negativas para a in-dústria de eixos automotivos. “Con-sideramos 2014 um ano de muito aprendizado”, afirma Silvio Barros, diretor-geral da Meritor. “Estávamos otimistas quando o ano começou e acreditávamos que haveria retoma-da do mercado depois do carnaval, o que não aconteceu”, comenta.

De fato, o mercado de caminhões, segmento alvo da Meritor, apresen-tou ritmo lento em 2014, com retra-ção de vendas de 13% em relação a 2013, e queda de quase um quarto na produção. “Esse resultado trouxe encomendas 15% menores do que esperávamos”, afirma Barros, ao re-velar no entanto que a Meritor encer-ra o ano fiscal melhor do que a mé-dia do mercado. “Ganhamos volume, pois alguns clientes tiveram média superior, como os eixos 3x4 para veí-culos extrapesados”, diz.

A AAM registrou retração de 22% nas vendas, segundo Sergio Charles Tubero, diretor comercial da empre-sa. “Tínhamos uma expectativa posi-tiva para 2014. Os eventos esportivos previstos e as eleições que, no nos-so entendimento funcionariam como fatores positivos para a produção de veículos comerciais, acabaram tendo efeito inverso”, afirma. “ Fomos obri-gados a fazer ajustes proporcionais na nossa operação e implementamos diversas ações internas para viabilizar

o fechamento do exercício próximo ao break even”, diz Tubero.

MerCaDoDiante do atual cenário, os planos da Meritor para 2015 são de reestruturar e redimensionar a produção, uma vez que não é somente o Brasil que pas-sa por situação difícil. “O cenário in-ternacional também é nebuloso, com muita indefinição na Europa, Rússia, mudança de perfil da China, que pre-tende passar a exportar produtos de maior valor agregado”, cita Barros, que diante desses fatos não conse-gue ver um cenário bem definido.

O mesmo ocorre na AAM. “Não es-peramos grandes mudanças nos vo-lumes produtivos em 2015”, diz Tube-ro, comentando que falta uma visão clara sobre as ações propostas pelo governo para a retomada do cresci-mento. Ele acredita que haverá ajus-tes para conter a inflação e equilibrar as contas públicas. “Esses pontos se-rão a base necessária para proporcio-nar reflexos positivos de crescimento econômico mas, infelizmente, ape-nas em médio prazo”.

Para Barros a retomada deve ocor-rer no fim do primeiro semestre de 2016. “O ano de 2015 será de tran-sição, não só no Brasil, mas interna-cionalmente”, diz, enfatizando que para sobreviver a mais um ano de in-certeza é preciso reduzir custos e es-treitar o relacionamento com clientes e fornecedores, para saber exata-mente o que oferecer e quando. “É

preciso estar preparado para a reto-mada rápida”, observa.

inVeStiMentoSFalar em investimentos neste mo-mento é quase proibido. Ainda mais quando é preciso justificar o que já foi realizado anos antes, na esperan-ça de um crescimento de mercado que não ocorreu. “Encerramos um ciclo de investimentos de US$ 20 milhões na consolidação da nacio-nalização de carcaças fundidas e da planta de Resende (RJ), junto à MAN, assim como em novas tecnologias de solda a laser de eixos pesados e extrapesados”, explica Barros.

Ele afirma, no entanto, que irá dis-cutir novos investimentos em 2015. “É nos mercados emergentes que estão as demandas; 2015 vai ser também um ano de preparação para 2016 e 2017, pois serão anos impor-tantes”, acredita.

Já o diretor da AAM explica que nos últimos anos a empresa tem in-vestido cerca de US$ 80 milhões vi-sando conquistar a liderança de mer-cado de eixos diferenciais e eixos cardãs na América do Sul, estimada em 500 mil unidades por ano. “Em função da conjuntura, os investimen-tos efetuados estão com seu retorno fora da expectativa inicialmente pre-vista”, afirma Tubero, explicando que novos lançamentos estão planejados para 2015 e 2016. “Acredito que eles irão minimizar esses efeitos, aumen-tando o volume de produção”, diz. n

FABRICANTES DE EIXOS AUTOMOTIVOS ACREDITAM QUE 2015 SERÁ TÃO RUIM QUANTO ESTE ANO

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AutomotiveBUSINESS • 85

TURBOS

O EFEITO DO INOVAR-AUTOFÁBRICAS ESTÃO PRONTAS PARA NOVAS DEMANDAS EM 2015

Os fabricantes de turbocom-pressores no Brasil já vivem os desdobramentos do Ino-

var-Auto, que forçará o uso desses componentes como forma de atin-gir metas de eficiência energética. A BorgWarner recebeu equipamen-tos para uma nova linha de monta-gem em sua fábrica de Itatiba (SP): “Ela é automática e fará turbos para carros de passeio com motores 1.0 a 1.4 flex. Implicou um grande investi-mento”, afirma o diretor de engenha-ria, Lauro Takabatake.

“Estamos trabalhando para come-çar a produzi-los entre abril e maio. Os carros (equipados com as turbi-nas) devem surgir entre julho e agos-to”, acredita. A linha só não come-çou a fazer as peças em 2014 porque a retração do mercado postergou o lançamento dos veículos.

A Honeywell, fabricante dos tur-bos Garrett, aguarda demanda se-melhante: “Nosso planejamento es-tratégico indica que motores 1.0 a 1.5 terão maior participação”, afirma

o diretor-geral da empresa, Christian Streck. A unidade da Honeywell em Guarulhos não teria dificuldade para adaptar-se a novos volumes: “Nos últimos anos, e em particular em 2014, tivemos aumento da capaci-dade de produção em cerca de 30%, além de significativa melhoria no ní-vel de automação e controle de pro-cessos, utilizando soluções desenvol-vidas dentro de casa. O processo de manufatura da fábrica brasileira é si-milar ao de outros países, como Mé-xico, China ou Romênia”, diz Streck.

A Master Power também pode en-trar na lista dos fornecedores a mon-tadoras em 2015: “Fomos certifica-dos por duas delas como empresa com capacidade produtiva e tecnoló-gica. Nossas cotações foram aceitas. É só uma questão de tempo”, afirma o diretor comercial da companhia, Ricardo Borghetti.

MERCADOCom o recuo do mercado interno e consequente queda no fornecimen-

to às montadoras, BorgWarner e Ho-neywell ampliaram sua participação no aftermarket: “Conseguimos isso trabalhando mais próximos de nos-sos distribuidores, suas filiais e tam-bém com novos produtos (...) Tere-mos mais lançamentos no início de 2015 e projetamos aumento de ven-das de 20% no mercado de reposi-ção local”, diz Streck.

Nas exportações, a Honeywell pro-curou compensar as perdas do mer-cado do mercado argentino com Chile, Colômbia e Peru. Sobre o pós--venda, a BorgWarner confirma a ex-pectativa de alta projetada na meta-de de 2014: “Cresceremos cerca de 10% no mercado de reposição”, diz Lauro Takabatake.

Borghetti afirma que a Master Po-wer fechará o ano com resultado se-melhante ao de 2013 e com cresci-mento de 11% nas exportações: “O avanço poderia ter sido ainda mais significativo, não fosse a Argentina e a precariedade da infraestrutura do nosso país.” n

BORGWARNER produz turbos em sua fábrica

de Itatiba (SP)

HONEYWELL: pronta para atender as

demandas para carros

MASTER POWER recebeu certificação de duas montadoras

MÁRIO CURCIO

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86 • AutomotiveBUSINESS

powertrain |ARREFECIMENTO

ALEXANDRE AKASHI

COM CENÁRIO ECONÔMICO INDEFINIDO E PRODUÇÃO DE VEÍCULOS EM QUEDA, FORNECEDORES VEEM POSSIBILIDADE DE MELHORA SOMENTE NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015

fazer readequações, redução de cus-tos e buscar soluções na cadeia de suprimentos”,afirma Noro, que estima tempos melhores somente para o se-gundo semestre de 2015, por conta do atual cenário macroeconômico e polí-tico que o País passa. “As indefinições ainda são muito grandes e acredito que o início do ano será igual ao que vivemos hoje, com melhora somente no terceiro ou quarto trimestre”, diz.

Com a necessidade de produzir veículos mais econômicos para 2017, um dos grandes objetivos das mon-tadoras é reduzir peso. E por isso a Delphi aplicou parte dos investimentos para desenvolver e produzir localmen-te uma nova família de trocadores de calor, menores e mais leves, que utili-zam chapas até 25% mais finas, porém com a mesma eficiência.

Os radiadores propostos pela Delphi utilizam menos matéria-prima e, con-sequentemente, têm custo menor e, além disso, utilizam líquido de arrefe-cimento. O resultado é um produto de elevado interesse para as montadoras. “A redução de peso total é de aproxi-madamente 15% em relação a um sistema de arrefecimento atual, para um veículo compacto”, afirma Noro, comentando que já desenvolve projeto para uma montadora de origem norte--americana. n

MERCADO GELADO

MARCOS NORO: melhora só no terceiro ou quarto trimestre de 2014

Segundo a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos automotores, a queda na produção de janeiro a outu-bro de 2014 é de 16% em relação a igual período do ano passado. Foram montadas 2.677.528 unidades (entre veículos leves, caminhões e ônibus). Já em 2013 foram 3.188.299 unida-des. “Esperávamos uma desacelera-ção, mas não nessa velocidade”, afir-ma Noro.

Para o executivo, o ano está sendo desafiador por causa deste resultado e, além disso, porque montadoras tradicionais têm perdido mercado. Exemplo é o aumento de vendas nos segmentos premium e também da sul-coreana Hyundai que com apenas uma família de carros, a do HB20,

registra crescimento de 12,7% no acumulado entre janeiro e outubro. “Importantes montadoras perderam share significativo este ano”, diz Noro.

eXpeCtatiVaSProdução e vendas meno-

res trazem mais lição de casa para as fabricantes de componen-

tes. Assim, até a crise passar a ordem é gastar menos e a palavra para isso é adaptação. “Neste momento a saí-da é otimizar ao máximo a produção,

A pós investir US$ 40 milhões nos últimos cinco anos em diversas unidades de negócios

no Brasil, a Delphi está pronta para o fim da crise que atingiu em cheio a produção de veículos no País. A companhia aumentou em 50% a capa-cidade produtiva de componentes de arrefecimento e também aplicou parte do montante no desenvolvimento de novas tecnologias para tornar os sistemas mais leves e eficientes. “Não esperávamos uma queda tão grande”, admite Marcos Noro, diretor executivo de vendas e marketing das divisões Thermal e Powertrain da Delphi para a América do Sul, ao comentar que o resultado tem sido até 35% pior do que o previsto.

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88 • AutomotiveBUSINESS

artigo | MAHLE

O programa Inovar-Auto propõe uma

saída de excepcional alcance no sentido de aproximar os veículos produzidos e comercializados no Brasil daqueles disponíveis nos mercados com tecnologia avançada.

Para reduzir a defasagem da tecnologia nacional, o Inovar-Auto ataca o problema de forma coletiva, com objetivos de eficiência energética para a frota produzida no Brasil de modo a posicioná-la mais próxima das tecnologias mais evoluídas de outros países e propondo um bônus em forma de redução de IPI para aqueles que superarem a meta de habilitação.

A figura (na próxima página) mostra a situação de atingimento para um veículo com peso próximo da média nacional.

A migração do mercado

nacional para veículos com menor consumo energético, empregando soluções tecnológicas mais caras visando a atingir os limites menores de consumo energético, ocorrerá paulatinamente e terá de ser incentivada. A redução de IPI em muitos casos pode não cobrir o custo tecnológico adicional, mas o ganho em benefício para o cliente final em termos de economia de combustivel irá movimentar as empresas para atingi-lo.

Porém, cumprida a missão do alinhamento básico da frota até 2017 como preconizado pelo Inovar-Auto, algumas montadoras de veículos poderão não contar com um mix de produção em condições de colocar a média da eficiência energética dos seus veículos no patamar do benefício de -2% de IPI, ou até mesmo no limite de -1% de IPI.

É urgente discutir

como garantir a continuidade dos esforços para melhorar a eficiência dos veículos brasileiros, tornando-os competitivos no mercado externo e viabilizar os investimentos de P&D e engenharia de maturação mais lenta, estendendo o conceito do Inovar-Auto para modelos específicos e para além de 2017.

A lei 12.996 de 2014 abriu espaço para essa discussão ao introduzir a possibilidade do benefício de impostos para veículos com motores flex que priorizem a eficiência utilizando etanol, sem prejuízo do consumo com gasolina (E22). Uma alternativa seria adequar o conceito básico do Inovar-Auto, mas atuando de forma seletiva nos modelos flex que atinjam autonomia (km/l) rodando com etanol (E100) maior do que 75% daquele obtido com gasolina (E22).

Isso poderia ser feito

é urgente discutir como

garantir a continuidade dos esforços para melhorar

a eficiência dos veículos

brasileiros

INOVAR-AUTO: chegou a rastreabilidade. agora é a veZ da tecnologia

RICARDO ABREU*

CADEIA DE SUPRIMENTOS EM DESTAQUE. Em período de extrema competição no setor, o Fórum da Indústria Automobilística será o evento mais importante no início de 2015 para azeitar as estratégias de sua empresa. O encontro convida a uma reflexão para compreender as transformações no complexo cenário dos negócios e redefinir o posicionamento na retomada da produção de veículos e componentes. Promovido dia 6 de abril no Golden Hall do complexo WTC Sheraton, em São Paulo, o fórum será um encontro de apenas um dia, com programa de alto nível e excelente oportunidade de relacionamento com parceiros de negócios. Um ponto alto serão os workshops de relacionamento, que colocarão os participantes em contato com 120 profissionais convidados das áreas de engenharia e compras das montadoras. Informações em www.automotivebusiness.com.br

TEMAS EM DEBATEAcelerando a retomada dos negóciosConvidada: AnfaveaOs cenários para a indústria automobilísticaConvidado: SindipeçasAs perspectivas da economiaA nova dinâmica da cadeia de suprimentosConvidados: diretores de compras de montadorasWorkshop cadeia de suprimentos e engenhariaCaminhões: a volta do crescimentoO avanço da Fiat Chrysler no BrasilA evolução dos novos empreendimentos

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CADEIA DE SUPRIMENTOS EM DESTAQUE. Em período de extrema competição no setor, o Fórum da Indústria Automobilística será o evento mais importante no início de 2015 para azeitar as estratégias de sua empresa. O encontro convida a uma reflexão para compreender as transformações no complexo cenário dos negócios e redefinir o posicionamento na retomada da produção de veículos e componentes. Promovido dia 6 de abril no Golden Hall do complexo WTC Sheraton, em São Paulo, o fórum será um encontro de apenas um dia, com programa de alto nível e excelente oportunidade de relacionamento com parceiros de negócios. Um ponto alto serão os workshops de relacionamento, que colocarão os participantes em contato com 120 profissionais convidados das áreas de engenharia e compras das montadoras. Informações em www.automotivebusiness.com.br

TEMAS EM DEBATEAcelerando a retomada dos negóciosConvidada: AnfaveaOs cenários para a indústria automobilísticaConvidado: SindipeçasAs perspectivas da economiaA nova dinâmica da cadeia de suprimentosConvidados: diretores de compras de montadorasWorkshop cadeia de suprimentos e engenhariaCaminhões: a volta do crescimentoO avanço da Fiat Chrysler no BrasilA evolução dos novos empreendimentos

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artigo | MAHLE

* RICARDO ABREU é vice-presidente de tecnologia da Mahle Metal Leve para a América do Sul

estendendo o incentivo já concedido à frota dos fabricantes que alcançarem o limite de -2% de IPI aos modelos de qualquer montadora, que atinjam o mesmo patamar só com E100, desde que a diferença de autonomia com o E22 atenda à lei acima.

Essa migração dos benefícios do Inovar-Auto de forma coletiva para seu uso em plataformas/modelos específicos mantém o espírito do programa inicial, propõe uma solução de continuidade e dá a visibilidade necessária às montadoras para a definição dos seus objetivos de desenvolvimento e investimentos em longo prazo.

Para impulsionar o desenvolvimento dessas tecnologias seriam afunilados os incentivos fiscais para os casos específicos de atingimento e efetiva comercialização de modelos de consumo energético que atendam os limites mais severos do programa (-2%) lançados no período de 2017 a 2020, e concedidos somente durante este período.

Apenas os investimentos em P&D e Engenharia utilizados para o desenvolvimento desses modelos específicos continuariam a receber benefícios de restituição parcial, no mesmo período de vigência acima, mas concedidos a posteriori

sobre o número absoluto da comercialização dos veículos com o desempenho energético diferenciado. Para tanto seriam mantidos os textos da portaria 772 de 12/08/2013 sobre os benefícios propostos para o Inovar-Auto para dispêndios em engenharia e P&D.

Num cenário pós-2020, novos valores seguindo a mesma lógica do modelo atual do Inovar-Auto definiriam as metas a ser atingidas, criando um círculo virtuoso da evolução da legislação, dos veículos e da engenharia nacional.

O mesmo conceito, e não necessariamente os mesmos benefícios, serviria também para outras fontes de energia

como gás natural, células de energia e outras, assim como poderia ser utilizado para modelos que antecipem limites futuros das legislações de controle de emissões.

Com isso, as empresas teriam um objetivo claro para seus programas de desenvolvimento, do posicionamento do mercado e dos benefícios que a utilização das tecnologias mais modernas traria, equiparando os veículos nacionais àqueles que são comercializados em outros países, criando as bases para a exportação dos produtos brasileiros. n

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A FPT Industrial encara cada projeto como um desafio.Dominamos diversas tecnologias que utilizam combustíveis alternativos. Com mais de 22.000 motores GNV vendidos no mundo, colaboramos na redução de emissões de poluentes nas áreas urbanas.FPT Industrial, motores mais econômicos e sustentáveis.

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NÃO HÁ LIMITES PARA A FPT INDUSTRIAL LÍDER EM VENDAS DE MOTORES GNV.

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de maior eficiência energética com etanol

eficiência energética

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referência (2012)meta Habilitaçãometa iPi 1meta iPi 2 p.p.

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