eficiência e análise de atraso em projetos e análise forense de cronograma

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 2009-2012© Peter Mello e Ricardo Delarue 1  Eficiência e Análise de Atraso em Projetos e Análise Forense de Cronograma  Ricardo Delarue Peter Mello

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Eficiência e Análise de Atraso em Projetos e Análise Forense de Cronograma

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  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 1

    Eficincia e Anlise

    de Atraso em Projetos

    e Anlise Forense de

    Cronograma

    Ricardo Delarue

    Peter Mello

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 2

    Viso da Capa utilizada na Verso Impressa 1 Edio/2009

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 3

    Contedo

    Proposta do Livro ...................................................................... 6

    Formatos deste livro .................................................................. 8

    Aplicao do Spider - The Spider Team .................................... 9

    The Spider Team no Brasil ...................................................... 10

    Introduo Anlise de Valor Agregado .................................. 11

    Conceitos Bsicos ..................................................................... 12

    Aplicao das Frmulas ............................................................. 16

    A Curva-S na anlise de valor agregado .................................... 18

    Anlise do Valor Agregado no Caminho Crtico do Projeto ......... 19

    Leitura dos nmeros de Valor Agregado .................................... 20

    Introduo ao Gerenciamento do Escopo do projeto ................ 22

    Preliminares .............................................................................. 22

    Criao da Estrutura Analtica do Projeto ................................... 23

    Gerando a Curva S de Progresso Prevista para o projeto .......... 36

    Opes de Anlise de Desempenho .......................................... 45

    Utilizando EVA para avaliao da eficincia ............................ 46

    Metodologias de sumarizao de projeto para este curso .......... 48

    Sumarizao pelo preo de custo .............................................. 48

    Sumarizao por Homem hora direto ......................................... 49

    Pelo preo de venda .................................................................. 50

    Vantagens e desvantagens de cada opo de sumarizao ...... 51

    Exemplo de como gerar a Curva de valor agregado................. 52

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 4

    Sumarizado pelo preo de custo ................................................ 52

    Sumarizado pelas horas diretas ................................................. 56

    Gerando a terceira curva ........................................................... 58

    Sumarizado pelas horas diretas ................................................. 58

    Avaliando o desempenho quanto eficincia da equipe ............ 67

    Avaliando o progresso fsico do projeto ...................................... 68

    Avaliando a eficincia da equipe ................................................ 69

    Avaliando o desempenho quanto ao seu custo direto ................. 71

    Avaliando o progresso fsico, sumarizado pelo custo. ................ 72

    Avaliando a margem econmica do Projeto. .............................. 73

    Medio de Avano de Projeto com Spider Project .................. 77

    Abrindo o projeto de reforma...................................................... 78

    O projeto ................................................................................... 79

    Anlise de Valor Agregado por custos proporcionais .................. 80

    Registrando o Avano de Projeto ............................................... 82

    Avaliando a tendncia de concluso do Projeto ....................... 95

    Anlise de atraso do projeto (Delay Analysis) ........................ 102

    Preliminares ............................................................................ 102

    Diferena entre atraso (Delay) e Interferncia (Disruption) ....... 103

    Atraso no Progresso do Projeto (Delay to Progress) ................ 105

    Atraso na Concluso do Projeto (Delay to Completion) ............ 105

    Atraso Concorrente de um Projeto (Concurrent Delay). ............ 105

    Extenso de Prazo do Projeto (EOT Extension of Time)........ 106

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 5

    Avaliando Folgas do cronograma base .................................... 107

    Anlise de atraso ................................................................... 108

    Conceitos bsicos.................................................................... 108

    Atraso de responsabilidade da Contratada ............................... 108

    Atraso de responsabilidade da Contratante .............................. 109

    Tipos de anlise de atrasos ................................................... 110

    Como planejado (as planned analysis) ..................................... 110

    Impacto no Tempo (Time Impact Analysis) .............................. 113

    Anlise de Atraso (Diferenas, Vantagens e Desvantagens) .. 117

    Rastrebilidade do evento ......................................................... 118

    Exerccios de fixao ............................................................... 119

    Anlise Como planejado ........................................................ 120

    Anlise Como planejado ........................................................ 121

    Anlise Impacto no tempo ..................................................... 122

    Aditivo contratual (claim) .......................................................... 123

    Anlise de Forense do Cronograma ...................................... 124

    Conceitos bsicos.................................................................... 124

    Conceituando estudo Prospectivo e Retrospectivo ................ 125

    Estudo Prospectivo .................................................................. 125

    Estudo Retrospectivo ............................................................... 125

    Conceituando mtodo Observacional e Modelado ................. 126

    Mtodo Observacional ............................................................. 126

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 6

    Mtodo Modelado .................................................................... 126

    Informaes para executar o cronograma As Built ................. 130

    Mtodos para execuo do cronograma As Built ................... 130

    Atravs de coleta de informaes ............................................ 130

    Atravs da atualizao do cronograma base ............................ 130

    Executando a Anlise Forense .............................................. 133

    Concluso ............................................................................. 136

    Bibliografia ............................................................................ 138

    Anexo I Verso E-book ....................................................... 140

    Anexo II Acesso ao Protocolo (Delay and Disruption).......... 142

    Anexo III Conceitos de Valor Agregado e o Spider .............. 144

    Anexo IV SDPM ................................................................. 164

    Anlise de Tendncia de Probabilidade de Sucesso ................ 166

    Riscos e Incertezas ................................................................. 169

    Planejamento de Projeto .......................................................... 169

    Controle de Projeto .................................................................. 171

    ndice de Probabilidade de Sucesso (IPS) ............................... 174

    Autores ................................................................................. 184

    Ricardo Delarue ....................................................................... 187

    Peter Mello, PMI-SP, SpS, PMP .............................................. 189

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 7

    Proposta do Livro

    Em 2009, tive a oportunidade de fazer o curso do Ricardo Delarue

    em Eficincia e Anlise de Atraso em Projetos e Anlise Forense de

    Cronograma na ocasio de sua visita ao Brasil. Nesta ocasio fechamos

    uma parceria para desenvolver este material.

    O contedo deste livro nasce com a unio de trs elementos:

    Necessidade levantada pelos meus alunos de Gerenciamento

    de Projeto e dos participantes do curso do Delarue por

    materiais de referncia sobre Anlise de Valor Agregado com

    exemplos de aplicao prtica;

    O contedo integral deste excelente curso;

    Apresentaes complementares sobre a aplicabilidade das

    planilhas Excel com o uso do Spider, em suas verses

    gratuitas.

    O livro ento dever atender queles que precisam conhecer os

    elementos centrais da aplicao da Anlise de Valor Agregado, com

    instrues bsicas sobre sua aplicao e desenvolvimento.

    Dever tambm ser uma fonte interessante de consulta para

    usurios avanados que esto procurando mecanismos mais precisos

    para manter seus projetos sob controle, inclusive em um cenrio de contratos onde pleitos (claims) fazem parte da rotina de trabalho.

    Edies:

    1a edio Setembro 2009;

    2a edio Novembro 2009;

    3a edio Junho 2012.

    A 3a edio contm pequenas revises e melhorias para facilitar

    sua distribuio no formato de E-book.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 8

    Formatos deste livro

    Eficincia e Anlise de Atraso em Projetos e Anlise Forense de

    Cronograma (Delay & Forensic Schedule Analysis) est disponvel como

    livro impresso e como um E-book.

    Aqueles que optarem pela verso impressa tem direito ao download de sua verso em E-book e com isso tero acesso s imagens em cores

    da verso em PDF.

    A verso em E-book pode ser solicitada pelo email

    [email protected] bastando o envio do Nome, CPF e informaes da data de compra do livro impresso.

    Entendemos que com este dupla formatao estabelecemos custos

    razoveis para a utilizao do livro impresso, sem abrir mo de detalhes

    em cores quando eles se fizerem necessrios.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 9

    Aplicao do Spider - The Spider Team

    Informaes sobre o Download das verses gratuitas do Spider

    podem ser encontradas em www.thespiderteam.com.

    The Spider Team possui escritrios na Bielorussia, Romnia,

    Ucrnia, Rssia e Brasil e seus parceiros atendem clientes em quatro

    continentes. A ferramenta est presente em 23 pases e utilizada em

    projetos de pequeno, mdio e grande porte.

    H portfolios com a aplicao do Spider que ultrapassam a soma de

    2.000 projetos e investimentos superiores a 20 bilhes de dlares. So

    cerca de 50.000 usurios das verses pagas em especial nos pases da antiga Unio Sovitica e mais de 500.000 usurios das verses

    gratuitas.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 10

    The Spider Team no Brasil

    The Spider Team est registrado como Centro Educacional

    Autorizado pelo Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI R.E.P) e

    seus cursos so realizados no Brasil pela Ecthos CD, escritrio Spider no

    Rio de Janeiro.

    Informaes adicionais sobre metodologia em gesto de projetos

    com a aplicao do Spider podem ser encontradas no livro de Marcus

    Possi, hoje disponvel em sua 4a edio e em ingls e portugus.

    www.spiderproject-book.com

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 11

    Introduo Anlise de Valor Agregado

    Antes de iniciar o contedo do Curso Delarue, neste captulo

    faremos uma rpida introduo Anlise de Valor Agregado.

    A Anlise de Valor Agregado um mtodo de mensurao de

    desempenho em projetos. Foi introduzido nos anos 60 pelo

    Departamento de Defesa dos Estados Unidos com o objetivo de

    estabelecer critrios para anlise e aceitabilidade de contratos na rea

    de defesa.

    Hoje utilizado em diversas reas e por diversos organismos, como

    a NASA que mantm um website especfico sobre o assunto para apoiar

    seus subcontratados a se capacitarem na tcnica.

    Informaes sobre o site da NASA pode ser encontrados em:

    http://evm.nasa.gov

    As informaes sobre o Gerenciamento de Projetos a partir do uso

    da Anlise de Valor Agregado podem ser encontradas com as seguintes

    denominaes:

    EVA Earned Value Analysis (Anlise de Valor Agregado)

    EVM Earned Value Management (Gerenciamento por Valor Agregado)

    Em um breve histrico, temos:

    1967 Publicao do 1 documento formal sobre EVA, denominado Cost/Schedule Control System Criteria, pelo Departamento de Defesa

    Americano (DoD).

    1985 Criao da Performance Management Association (PMA),

    trabalhando junto ao DoD na implantao de EVA.

    1998 Associao do PMA ao Project Management Institute, criando o College of Performance Management (CPM)

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 12

    Conceitos Bsicos

    um Mtodo de Avaliao de Desempenho que compara o

    resultado obtido (Valor Agregado) com o que voc gastou para

    sua realizao (Custo Atual), examinando tambm a co-

    relao do que foi gasto e produzido com o tempo.

    Por tratar trs conjuntos de informaes com unidades

    diferentes (TEMPO, CUSTO e ESCOPO), a tcnica

    estabelece uma proporo entre os distintos elementos,

    normalmente sob a tica de custo.

    Exemplo: Um projeto tem como objetivo entregar trs mdulos de

    um sistema de software em trs meses. Cada mdulo tem

    aproximadamente o mesmo tamanho e dever custar R$ 30.000,00 por

    unidade.

    Ao transformarmos as unidades de ESCOPO e TEMPO em

    unidades monetrias, estabelecemos um mecanismo de avaliao dos

    resultados entre elementos cujas unidades originais no poderiam ser

    comparadas entre si.

    Neste caso:

    Item Valor Item Valor

    1 mdulo do sistema R$ 30.000,00 mdulo R$ 15.000,00

    1 ms de projeto R$ 30.000,00 ms R$ 15.000,00

    100% do projeto R$ 90.000,00 50% do projeto R$ 45.000,00

    Embora a transformao habitual das unidades de escopo e tempo

    seja feita em funo de valores (custos), a tcnica pode ser utilizada com

    a aplicao de outros tipos de converso (em horas/homem, em

    unidades de produo, em dias ou semanas).

    A mesma tabela sob a tica de tempos (em dias) pode ser visto a

    seguir:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 13

    Item Valor Item Valor

    1 mdulo do sistema 30 dias mdulo 15 dias

    R$ 30.000,00 30 dias R$ 15.000,00 15 dias

    100% do projeto 90 dias 50% do projeto 45 dias

    Em linhas gerais, realizando um comparativo entre o que deveria ter

    sido feito, com o que realmente foi feito e o seu custo final, temos

    condies de antecipar a sade do projeto.

    Estamos acostumados a associar a Curva-S a anlise de valor agregado e isso compreensvel. O fenmeno que transforma os

    grficos de valor agregado em uma curva resultado do ciclo habitual de

    atividades em projetos (baixos investimentos no incio do projeto, maior

    esforo nas fases intermedirias e reduo do trabalho nas etapas de

    encerramento)

    No entanto, a tcnica em si tem como base uma anlise linear das

    informaes recebidas. Neste exemplo, como cada atividade um

    Mdulo do Sistema e todos tem a mesma durao, a Curva-S do projeto na realidade apenas a linha diagonal representada abaixo.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 14

    1

    2

    Cenrio A

    Cenrio B

    Peter, no entendi ainda como uma linha diagonal a Curva-S de um projeto (E.J, e-mail, 2010)

    R: A curva resultado de valores acumulados (peso, dinheiro, horas, etc)

    distribudos no tempo. No dia-a-dia, o esforo do projeto nos primeiros dias

    pequeno e com isso os valores acumulados so reduzidos criando assim a

    perna inferior do S. Na medida em que os esforos vo sendo aumentados, a projeo dos valores acumulados assume um formato parecido com o corpo

    da letra S e nas fases finais do projeto, quando os esforos voltam a ser

    reduzido, os valores acumulados formam a perna superior do S.

    Na ilustrao, um mesmo projeto foi planejado de duas formas diferentes

    (Cenrios A e B). No Cenrio A, h um perodo maior reservado para as

    atividades de iniciao e planejamento do projeto (1) e no Cenrio B temos

    uma expectativa de se levar mais tempo nas atividades de finalizao (2).

    Razes para as diferenas podem ser:

    1. O planejamento (1) considera a chegada de recursos humanos

    para as atividades de desenvolvimento com um retardo;

    2. O planejamento (2) considera que a reduo de tempo no

    planejamento ir aumentar o risco de retrabalhos no projeto,

    prolongando sua finalizao;

    3. Uso de recursos compartilhados com outros projetos;

    4. Disponibilidade de caixa;

    5. Etc.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 15

    As duas principais frmulas na Anlise de Valor Agregado so:

    CV = BCWP ACWP

    SV = BCWP BCWS

    Com o passar dos tempos, algumas destas siglas foram

    simplificadas, mas os acrnimos originais so utilizados em diversas

    referncias.

    Acrnimo Significado (Ingls) Significado (Portugus)

    CV Cost Variance Variao de Custo

    SV Schedule Variance Variao de Prazo

    BCWP ou EV

    Budget Cost of Work

    Performed

    ou Earned Value

    Valor Agregado

    BCWS ou PV

    Budget Cost of Work

    Scheduled ou Planned

    Value

    Valor Planejado

    ACWP ou AC

    Actual Cost of Work

    Performed

    ou Actual Cost

    Custo Atual/Real

    As mesmas frmulas poderiam ento ser descritas como:

    CV = EV AC (o mesmo que CV = BCWP ACWP)

    SV = EV PV (o mesmo que SV = BCWP ACWS)

    Em portugus, o equivalente seria:

    VC = VA CR (A variao de custo igual ao valor agregado menos o custo atual)

    Vp = VA VP (A variao de prazo igual ao valor agregado menos o valor planejado)

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 16

    Aplicao das Frmulas

    Na ilustrao anterior temos a linha de base fixada para o projeto e

    no tivemos ainda nenhum avano fsico nas atividades. Por esta razo, ACWP = BCWP = BCWS.

    Se o projeto avanar 20 dias, precisamos ento realizar a converso

    da varivel tempo em valor planejado e precisamos verificar o que de fato foi realizado do projeto em termos de entregas para realizarmos a

    converso da varivel escopo em valor agregado.

    Por uma regra de trs simples, temos que:

    PV (90 dias) R$ 90.000,00 PV (20 dias) X

    X = 90.000,00 * 20 / 90 = 20.000,00

    PV: Valor Planejado para 20 dias = R$ 20.000,00

    O escopo depende da medio real das entregas realizadas. Se eu realizei 50% do primeiro mdulo do sistema, minha regra de trs :

    EV (100%) R$ 30.000,00 EV ( 50%) X

    X = 30.000,00 * 50 / 100 = 15.000,00

    EV: Valor Agregado para 50% do mdulo 1 = R$ 15.000,00

    O custo atual depende do registro econmico dos recursos necessrios para a realizao das atividades at o momento. Isso quer

    dizer que se compramos 100 unidades do item ACME para desenvolver

    todo o mdulo, mas utilizamos 40 at aquele momento, o custo das

    unidades de fato utilizadas que deve ser levado em considerao e no o

    dinheiro que saiu do caixa no projeto.

    Para este exemplo, vamos supor que foram gastos R$ 22.000,00

    para a realizao do projeto at o momento.

    AC: Custo Atual (Real) para 20 dias = R$ 22.000,00

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 17

    Levando isso para as frmulas temos:

    CV = EV AC = 15.000 22.000 = -7.000,00

    Pv = EV PV = 15.000 20.000 = -5.000,00

    Com a aplicao de um software, o que vamos fazer repassar os

    dados reais de medio para o projeto.

    No exemplo, 20 dias com 8h de trabalho dirio consumiram um total

    de 160 horas, para realizar 50% do mdulo 1, a um custo de R$

    22.000,00. Temos com isso um desvio tanto para a curva de custo como para a curva de valor agregado quando comparada linha de base (VP).

    A linha de status sinaliza o ponto no tempo em que nos

    encontramos no projeto. O que est esquerda da linha de status

    corresponde ao que j aconteceu no projeto e o que est direita

    corresponde ao que ainda ir acontecer no projeto.

    Linha de Status

    Valor Agregado

    Valor Planejado

    Custo Real

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 18

    Importante: Os valores de custo atual e valor agregado que encontramos no grfico acima direita da linha de status correspondem

    apenas a uma simulao de resultado ou projeo.

    Sob a tica de prazos, o projeto tem uma variao calculada de R$

    5.000,00 contra o que de fato foi produzido (PV < 0). Em um clculo

    rpido, isso representa 5 dias de atraso no projeto.

    Sob a tica de custos, o projeto tem uma variao calculada de R$

    7.000,00 contra o que de fato foi produzido (CV < 0). Isso quer dizer que

    mesmo que o projeto seja concludo com todo o trabalho remanescente

    no custo planejado, o projeto j est cerca de 7% mais caro do que o

    planejado.

    Uma forma de percebermos o peso destas variaes em relao ao projeto com o uso das frmulas para o clculo de ndices de

    produtividade, tanto para custo como para prazo.

    CPI = EV / AC = 15000 / 22.000 = 0,68

    SPI = EV / PV = 15000 / 20.000 = 0,75

    O CPI = Cost Performance Index, ou ndice de Performance em

    Custo significa que para cada R$ 1,00 gasto, estou dando de retorno ao

    projeto somente R$ 0,68 em valor agregado (32% de diferena).

    O SPI = Schedule Performance Index, ou ndice de Performance

    em Prazo significa que para cada 1 dia de projeto, eu estou

    desenvolvendo somente o trabalho equivalente a 0,75 dias (25% de

    diferena).

    A Curva-S na anlise de valor agregado

    Na maioria dos tutoriais e referncias sobre valor agregado,

    normalmente encontramos os grficos de anlise com um formato de

    uma curva. Este fenmeno um resultado do ciclo de vida dos projetos e no da aplicao da tcnica.

    No mundo real, o nosso processo de desenvolvimento de trs

    mdulos de um sistema teria um ciclo bem diferente para a sua

    realizao. Provavelmente teramos custos de iniciao e planejamento

    de projeto bem inferiores s atividades de execuo e novamente o

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 19

    projeto teria uma reduo de custos e esforos nas etapas de

    finalizao.

    Se quebrarmos as

    atividades dos trs mdulos

    em funo das atividades de

    planejamento, execuo e

    finalizao, a durao e custo

    do planejamento que

    determinam a curvatura inicial

    e as atividades de finalizao

    iro determinar a curvatura

    final.

    Em todo o projeto, os ndices de produtividade (CPI e SPI) so

    particulares de cada atividade ou cada conjunto de atividades, fases,

    grupos de trabalho, etc. Isso significa dizer que um mesmo projeto pode

    gerar diferentes curvas de valor agregado.

    Anlise do Valor Agregado no Caminho Crtico do Projeto

    Em diversas situaes, encontramos projetos cujo ndice de

    produtividade de tempo e de custo esto prximos ao valor planejado e

    ainda assim o projeto concludo com grande margem de atraso.

    Isso ocorre quando o SPI geral do projeto est muito bom, mas o

    SPI das atividades no caminho crtico est baixo.

    efeito Curva

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 20

    Na ilustrao acima, a segunda curva representa somente as atividades que

    pertencem ao caminho crtico do projeto.

    Leitura dos nmeros de Valor Agregado

    Como veremos no captulo a seguir, nosso objetivo primordial em

    um projeto o de realizar o trabalho que foi planejado, no seu custo e

    prazo.

    Isso significa dizer que:

    A Variao de Custo deve ser mantida prxima a ZERO o Se a Variao de Custo (CV) for menor que zero, o projeto est

    consumindo mais recursos financeiros por trabalho executado do que o

    planejado.

    A Variao de Prazo deve ser mantida prxima a ZERO o Se a Variao de Prazo (SV) for menor que zero, o projeto est gastando

    mais dias para a relizao do trabalho previsto.

    O ndice de Custo do Projeto (CPI) deve ser mantido prximo a 1 o Se CPI < 1, o projeto est custando mais que o planejado;

    o Se CPI > 1, o projeto est produzindo por menos do que o planejado;

    O ndice de Prazo do Projeto (SPI) deve ser mantido prximo a 1; o Se SPI

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 21

    o Se SPI >1, o projeto est indo mais rpido do que o planejado.

    Outras informaes e ilustraes sobre conceitos bsicos de Anlise

    de Valor Agregado esto disponveis no Anexo III.

    Embora a tcnica de Anlise de Valor Agregado seja simples,

    baseada em um conjunto pequeno de equaes lineares, sua

    aplicao em projetos reais necessita do uso de ferramentas

    apropriadas, visto que a distribuio dos recursos humanos,

    materiais e fluxo financeiro alm do ciclo de atividades prprias do projeto que iro determinar exatamente que percentual de valor agregado para cada entrega esperada em um determinado

    momento no tempo.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 22

    Introduo ao Gerenciamento do Escopo do projeto

    Preliminares

    Por definio do Guia PMBOK, o Gerenciamento de Escopo deve

    se concentrar em assegurar que o projeto inclua todo o trabalho

    necessrio, e to somente o trabalho necessrio, para complement-lo

    de forma bem sucedida. Em sua verso 2008, o PMBOK sinaliza ento a

    importncia de alguns documentos para garantir estes objetivos:

    Plano de Gerenciamento dos

    Requisitos

    Documentao dos Requisitos

    Matriz de Rastreabilidade dos

    Requisitos

    Estrutura Analtica de Projetos

    Dicionrio da Estrutura Analtica

    Requisitos da Documentao

    Declarao do Escopo

    Os processos Criar Requisitos, Definir Escopo e Criar EAP pertencem ao grupo de processos de planejamento e Verificar Requisitos e Controlar Escopo esto em monitoramento e controle (vide ilustrao a seguir).

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 23

    O escopo do projeto dever ser suficientemente conhecido e

    detalhado quando da elaborao da EAP Estrutura Analtica do Projeto, que necessariamente ir contempl-lo totalmente, e mais do que

    isso, ir identificar como esse escopo ser gerenciado ou controlado.

    Criao da Estrutura Analtica do Projeto

    Digamos que voc possua uma empresa fornecedora de mo de

    obra, e foi contratado para efetuar o servio de tratamento de trincas,

    emassar e pintar as paredes internas de um prdio comercial composto

    de duas edificaes, denominadas Prdio Principal e Prdio

    Estacionamento. Adicionalmente, foi identificado que haveria

    necessidade de execuo de reforo estrutural utilizando fibra de

    carbono em alguns pilares e vigas do Prdio Estacionamento.

    Uma vez identificadas as etapas necessrias a execuo do projeto,

    o seguinte diagrama de blocos, que representa a EAP do Projeto foi

    elaborado:

    Para o ltimo nvel da EAP, denominado Pacote de Trabalho, temos algumas atividades adicionadas, como na ilustrao a seguir.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 24

    Com base ao Practice Standard of WBS, em um projeto real necessrio

    detalhar cada pacote em um conjunto de atividades necessrio sua realizao.

    Para as atividades, utilizamos aes (para as atividades) e tambm a aplicamos verbos no particpio (para os marcos de entrega), conforme o exemplo a seguir.

    Neste livro, por estarmos simplificando o projeto para a realizao de

    exerccios, as atividades no ltimo nvel representam tambm uma entrega de projeto e por esta razo esto expressas como substantivos.

    1 Nvel

    O PROJETO

    2 Nvel

    Os Prdios

    ltimo Nvel

    Pacotes de Trabalho

    Em um

    Cronograma de

    Projeto o

    Pacote de Trabalho

    decomposto

    em ATIVIDADES

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 25

    Em uma representao por diagramas, o pacote de trabalho Pintura de Paredes poderia ter as seguintes atividades e seqenciamentos.

    A Estrutura Analtica de Projeto (EAP) numerada com base a

    uma leitura dos diversos nveis de sua decomposio, como ilustrado

    abaixo. Com o uso de softwares de gerenciamento de projetos, esta

    numerao normalmente criada automaticamente.

    Observe que as setas acima indicam o caminho que foi tomado

    para identificar as atividades relativas ao Prdio Principal previstas para

    serem executadas.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 26

    O prximo desenho indica a concluso da passagem do diagrama

    de blocos para a EAP.

    Esse exemplo est incorporando

    apenas as atividades de produo do

    projeto. No entrou no mrito, por

    exemplo, instalao do canteiro de

    obras, logstica, equipe indireta como

    segurana e medicina do trabalho,

    controle da qualidade, etc.

    No passo seguinte, definimos as

    unidades de controle de produo e

    posteriormente identificamos as

    quantidades a serem executadas por

    atividade da EAP, conforme a

    ilustrao.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 27

    Com esse procedimento, o escopo do projeto, no tocante s

    atividades de produo foi descrito em sua totalidade, tendo o seu gestor

    condies de iniciar o planejamento de produo do mesmo.

    As informaes da planilha foram ento repassadas para um projeto

    no Spider, conforme a ilustrao a seguir.

    O prximo passo passa a ser a identificao das composies de

    custo unitrio de cada atividade da sua EAP.

    As composies de preo unitrio (CPU) iro identificar os custos

    unitrios de cada atividade da EAP, as horas diretas a serem

    consumidas igualmente por cada atividade. E o quanto de cada insumo,

    material, equipamento ou servio dever ser adquirido ou contratado, na

    hiptese de uma subcontratao.

    As informaes

    apresentadas neste

    curso servem para

    estudarmos

    caractersticas de

    anlise em um

    projeto mais extenso.

    Por esta razo, este

    cronograma simplificado tem em

    seu ltimo

    nvel pacotes de

    tarefas e no

    atividades.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 28

    Ainda a ttulo de exemplo, segue a composio de custo unitrio da

    atividade de limpeza de rea de vigas ou pilares, atividade sucessora s

    relativas a recuperao estrutural.

    Por exemplo, foi definido que a limpeza de rea ser executada pela

    utilizao de uma esmerilhadora e o lixamento da superfcie. A

    composio desta atividade ento ser:

    Servio: Limpeza de rea unidade m2

    o Lixa de esmeril 0,3 unidades / m2, ao custo de R$ 0,70 a unidade o Esmerilhador 0,40 h / m2, ao custo de R$ 11,00 por hora. o Ajudante 0,2 h / m2, ao custo de R$ 6,00 por hora. o Esmeril 0,40 h / m2, ao custo de R$ 2,00 por hora.

    Cabe sempre lembrar que toda a perda relativa improdutividade

    da mo de obra, ou consumo de material est automaticamente

    embutida nos ndices das composies para estes exemplos.

    Para o planejamento mais detalhado, podemos criar cenrios de

    projeto considerando variaes de produtividade, quantidade de

    recursos, desperdcio e outros elementos e criar uma simulao no

    projeto para encontrar resultados provveis dentro de um percentual de

    confiana.

    No Spider, Lixa de Esmeril um material; Esmerilhador e Ajudante

    so recursos humanos e o Esmeril um equipamento. Estes recursos

    so distribudos em duas categorias:

    Registro de Recursos no-Renovveis (Materiais):

    Registro de Recursos Renovveis (Pessoal e Equipamento):

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 29

    O prximo passo identificar qual o custo unitrio dessa atividade

    especfica.

    A ttulo de exemplo no foi considerada a necessidade de

    montagem de andaime tubular para suportar a execuo da atividade, ou

    qualquer outro equipamento para apoiar a execuo do servio.

    O custo unitrio ento ser o seguinte:

    Lixa de esmeril : R$ 0,21 (0,3 unidades / m2 x R$ 0,70)

    Esmerilhador : R$ 4,40 (0,40 h / m2 x R$ 11,00)

    Ajudante : R$ 1,20 (0,2 h / m2, x R$ 6,00)

    Esmeril : R$ 0,80 (0,40 h / m2, x R$ 2,00) Total : R$ 6,61 / m2

    No nosso exemplo, como temos 4.000 m2 de Limpeza de rea para

    ser executado, naturalmente o custo dessa atividade ser: 4.000 m2 x

    R$ 6,61 / m2 = R$ 26.440,00, conforme a ilustrao abaixo.

    Nota: O Esmerilhador foi definido como aquele quem estabelece o ritmo das atividades. Como o cronograma estabelecido de 8 horas por dia, ento

    para 0,40h/m2 ns vamos dividir 1h por 0,40h e obteremos 2.5 m

    2 por hora de

    produtividade. Uma vez que s utilizamos 0,2h do ajudante para cada m2, ento

    temos 50% de carga deste profissional por m2

    quando comparado com o

    Esmerilhador. A atividade de Limpeza de rea em nossa EAP est dividida nos

    itens 2.1.1.1 (1000 m2) e o item 2.1.2.1 (3000 m

    2).

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 30

    Outra informao fundamental o nmero de horas diretas a serem

    utilizadas na execuo dessa atividade. No exemplo teremos:

    Esmerilhador 0,40 h / m2 x 4.000 m

    2 = 1.600 horas

    Ajudante 0,2 h / m2, x 4.000 m

    2 = 800 horas

    Para essa atividade ento, se est prevendo consumir um total de

    2.400 horas de trabalho. Este clculo obtido no Spider com o uso de

    uma frmula condicional ao tipo de recursos, pois precisamos ensinar ao software separar as horas que queremos contabilizar

    (ajudante/esmerilhador) e aquelas que no sero utilizadas para nossa

    anlise de desempenho (esmerilha).

    A frmula utilizada foi: hh=if(type='RH',load/100*durplan,0)

    Isto significa dizer que somente para o itens do tipo Recursos Humanos que iremos somar o total de horas de trabalho a serem controladas em nossa Anlise de Desempenho.

    Em nosso exemplo, o Ajudante realiza com carga de 50% a limpeza

    de 1000 m2 para os pilares e 3.000 m

    2 para as vigas. A durao real das

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 31

    atividades de 400h (pilares) e 1200h (vigas), determinada pela produo da equipe que de 2,5 m2 por hora

    (no confundir durao da atividade com carga de trabalho), temos 800 horas de trabalho do ajudante e 1600 horas

    do esmerilhador, totalizando s 2400 horas calculadas anteriormente.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 32

    Finalmente, poderemos identificar os custos parciais e tambm horas diretos parciais do projeto, da seguinte

    forma:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 33

    Observaes:

    No Spider, o Custo RH acumulado diferente do R$ total da planilha anterior. Isso ocorre, pois a planilha original do curso

    foi criada com o valor fechado de R$ 6.61 para uma equipe de limpeza e este valor inclui tanto os materiais, quanto equipamentos e pessoas. Em nossa planilha no Spider, estes

    valores foram calculados em separado (RH + Materiais +

    Equipamentos).

    Podemos perceber que o Custo Total idntico nas duas planilhas (R$ 2.430.280,00) e, portanto ser utilizado como a

    base para os exerccios propostos.

    Nota:

    Em nosso exemplo, somente a Equipe de Limpeza foi dividida

    nos elementos que a compe (Esmerilhador, Esmeril e

    Ajudante). Para os demais, estamos considerando a equipe

    fechada, j com o custo por hora incluindo mquinas, recursos

    humanos e materiais.

    Na ilustrao a seguir, encontramos todos os elementos criados na

    planilha Excel, j repassados para o Spider Project.

    Com o uso de ferramentas de

    planejamento possvel

    detalhar toda a composio

    de preos (equipamentos,

    impostos, H/h, etc)

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 34

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 35

    Gerando os pesos relativos das atividades do seu projeto

    Uma vez nosso escopo conhecido e quantificado por cada atividade que o compe, os nveis de nossa EAP e

    suas atividades podero ter os seus pesos relativos identificados:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 36

    A obteno desses pesos relativos necessria para sumarizar e

    identificar futuramente o progresso do projeto, tanto quanto ao

    cronograma previsto como um todo e como para cada nvel da EAP.

    Para a aplicao de Anlise de Valor Agregado no Spider, a criao

    dos pesos relativos absolutamente desnecessria. Na hora de gerar as

    curvas, o usurio s deve definir se prefere realizar seu controle pelos

    componentes de custo ou qualquer outra varivel numrica que tenha

    sido utilizada no projeto, inclusive para a anlise de grupos de atividades,

    grupos de recursos, entre outros.

    Gerando a Curva S de Progresso Prevista para o projeto

    Uma vez identificado o escopo do projeto, os seguintes

    procedimentos foram executados at o momento:

    1. Definio da Estrutura Analtica do Projeto

    2. Identificao das unidades em que as atividades de produo do

    empreendimento sero planejadas e controladas

    3. Quantificao de cada atividade da EAP (quantidade da atividade

    a ser executada)

    4. Identificao da composio de custo unitrio de cada atividade

    da EAP.

    5. Identificao do total das horas e total do custo de cada atividade

    da EAP.

    6. Identificao dos pesos relativos da EAP, sumarizando por hora

    ou pelo custo.

    Com isso, estamos em condies de elaborar o cronograma de

    produo do projeto ou o cronograma do custo de produo do projeto, e

    posteriormente, poderemos executar as curvas de progresso

    sumarizadas por hora direta ou pelo custo. Cabe lembrar que esse curso

    no possui com objetivo ministrar o aprendizado necessrio para

    elaborao de um cronograma.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 37

    No nosso exemplo considerando que o prazo do projeto de 12 semanas, o cronograma primeiramente

    sumarizado pelo custo, ser o seguinte:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 38

    Observaes:

    A distribuio do trabalho nas semanas atende a necessidade

    do contrato e no est baseada em um conjunto de recursos

    pr-fixados. Isso significa dizer que os RECURSOS precisam

    ser calculados na quantidade necessria para cumprir com os

    objetivos do projeto.

    Em nosso exemplo das atividades de Limpeza da rea, se definirmos que s temos 1 ajudante e 1 esmerilhador, o tempo

    necessrio para realizarmos a limpeza ser de 200 dias. No

    entanto, examinando o cronograma acima sabemos que as

    atividades devem acontecer paralelamente (2.1.1.1 e 2.1.2.1)

    e levar no mximo 14 dias.

    Para cumprir ento com as metas previstas para a Limpeza,

    vamos aumentar a quantidade de recursos em 14 vezes (200

    dias / 2 semanas = 14,28 recursos), se considerarmos a

    semana de trabalho com 7 dias.

    Para uma semana de 6 dias de trabalho, precisamos

    aumentar os nossos recursos em 17 vezes (200/12 = 16,66).

    No exemplo acima, 17 esmerilhadores iro realizar em cerca de

    doze dias (2 semanas com 6 dias) o trabalho previsto de 4.000 m2.

    Teremos treze esmerilhadores em uma equipe, responsvel por 3.000 m2

    e quatro em outra equipe, responsvel por outros 1.000 m2.

    Um ponto muito interessante quanto aplicao de uma ferramenta

    para o planejamento baseado em volumes de trabalho e quantidades de

    pessoal, calendrios e cargas que podemos encontrar alternativas na

    composio da equipe que podero oferecer economia para o projeto.

    No exemplo acima, embora esteja previsto 17 esmerilhadores e 17

    ajudantes, visto que a carga de trabalho do ajudante menor, o software

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 39

    calcula que apenas treze ajudantes sero necessrios para atender s

    duas equipes.

    As quantidades dos demais recursos (definidos em equipes neste

    exerccio) tambm precisam ser determinadas para que se verifique o

    histograma necessrio de recursos para atender o projeto conforme o

    desejado.

    Para fins de simplificao, todas as equipes tem uma produo de 1

    unidade de trabalho por hora. Isso ir criar um histograma distante da

    realidade, pois estamos dizendo que enquanto uma equipe trata 1 metro

    de trinca por hora, outra equipe instala 1 m2 de tela e outra realiza a

    aplicao de apenas 1 metro de Primer.

    Para a criao de um histograma real de obra seria necessrio

    utilizar estimativas adequadas de produtividade para cada equipe, em

    cada tipo de atividade.

    Dados utilizados (somente para fins de exemplo):

    o Tratamento de Trincas em 2 semanas (prdio principal) = 100/12 = 8 recursos;

    o Tratamento de Trincas em 2 semanas (estacionamento) = 50/12 = 4 recursos;

    o Emassamento em 7 semanas (prdio principal) = 5000/42 = 120 recursos;

    o Emassamento em 4 semanas (estacionamento) = 1000/24 = 42 recursos;

    o Pintura em 7 semanas (prdio principal) = 5000/42 = 120 recursos;

    o Pintura em 2 semanas (estacionamento) = 1000/12 = 83 recursos;

    o Primer em 4 semanas (pilares) = 1 925 / 24 = 80 recursos;

    o Primer em 5 semanas (vigas) = 5 775 / 30 = 192 recursos;

    o Colagem em 7 semanas (pilares) = 1 750 / 42 = 42 recursos;

    o Colagem em 7 semanas (vigas) = 5 250 / 42 = 125 recursos;

    o Tela de Ao em 2 semanas (pilares) = 125 / 12 = 10 recursos;

    o Tela de Ao em 2 semanas (vigas) = 125 / 12 = 10 recursos;

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 40

    Os dados acima repassados ao Spider iro gerar um cronograma aproximado em relao ao apresentado no

    Excel.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 41

    No exerccio original, as 12 semanas descritas na planilha Excel totalizam 72 dias. Em nosso clculo de

    composio de equipes, temos como resultado detalhado um total de 74 dias no Spider, visto que o clculo

    realizado por dia e em funo de horas dirias e total de dias teis na semana.

    De posse do progresso previsto acumulado, semana a semana, ser possvel efetuar a curva S de progresso

    fsico, sumarizada pelo custo direto do projeto. Abaixo as curvas em Excel e no Spider.

    Para o desempenho do contrato, nos interessa verificar a Curva de Valor Agregado de todo o projeto.

    Para a anlise de desempenho da equipe de projetos, devemos utilizar como fonte de anlise a Linha de

    Base do projeto criada somente com base as horas de equipes.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 42

    A curva S sumarizada pelas horas diretas, no nosso exemplo, ter o

    seguinte aspecto:

    No Spider, esta curva deve ser ento criada com o campo HH que

    foi criado e carregado na ferramenta com informaes exclusivas sobre

    as horas utilizadas com recursos humanos, desconsiderando-se ento a

    aplicao de equipamentos ou materiais, bem como custos indiretos, etc.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 43

    Podemos perceber que as curvas para cada Fase do projeto pode ser muito diferente das demais. A seguir, temos as curvas para Prdio Principal x Estacionamento/Vigas x Estacionamento/Pilares; em seguida um comparativo entre as trs e por fim uma para atividades do caminho crtico.

    Prdio Principal

    Estacionamento Vigas

    Estacionamento - Pilares

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 44

    Outras curvas possveis para aplicao em anlise de desvios:

    (viso aproximada das trs curvas reunidas)

    (Linha de Base para Valor Agregado Do CAMINHO CRTICO DO PROJETO)

    Para aproximarmos os resultados realizados com o uso do Spider e

    os exerccios originais do curso, vamos transformar os custos do projeto

    em valores percentuais. Essa pode ser uma opo interessante quando

    desejamos realizar medies de projeto que sero divulgadas ao cliente

    sem a necessidade de abrirmos em detalhe os custos individuais do

    projeto.

    Outra forma de criar este tipo de relatrio utilizando os valores

    contratuais distribudos pelas ENTREGAS de projeto, com base ao valor

    de venda. No Spider podemos manter quantos componentes de custo ou

    centros de custo se faam necessrios para os mais diversos relatrios,

    inclusive para diferentes moedas.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 45

    (Custos reais transformados em Percentuais, ou Custos Proporcionais)

    Opes de Anlise de Desempenho

    Tecnicamente, podemos sumarizar o projeto pelo custo direto,

    indireto ou total; podemos sumarizar pela quantidade de horas diretas e

    indiretas e usar custos reais ou proporcionais.

    Os dois processos de sumarizao: pelo custo direto ou pelas horas

    diretas esto corretos, entretanto, cabe lembrar que devemos avaliar de

    uma forma madura qual o processo que devemos escolher em funo da

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 46

    empresa possuir capacidade, ou mesmo interesse de gerar as

    informaes mnimas necessrias para que o controle de produo do

    projeto e naturalmente seu gerenciamento do escopo seja efetuado

    conforme previsto em sua EAP.

    Ao fazer a opo pelo custo direto, minha anlise de desempenho

    est relacionada ao desempenho de execuo do contrato.

    Ao fazer a opo pelas horas diretas, minha anlise de

    desempenho est relacionada ao desempenho da equipe aplicada s atividades.

    No primeiro caso, mesmo que minha equipe faa tudo conforme o

    planejado, o meu desempenho poder ser ruim se eu tiver desperdcios

    de materiais, sobrecarga de equipamentos, entre outros.

    No segundo caso, o desempenho depende exclusivamente da

    capacidade de produo da equipe. Ser avaliada sua condio de

    cumprir com seus objetivos.

    Ainda assim, no segundo caso podemos criar uma proporo entre despesas indiretas e desempenho. Se colocarmos o custo dos materiais

    calculados por hora no prprio custo do HH de quem desempenha a

    atividade, ento a Curva-S de desempenho por HH tambm sofrer

    influncias da aplicao incorreta de materiais, mas s poderemos

    detectar isso se tivermos a capacidade de apropriar o uso dos materiais

    adequadamente.

    A seguir, iremos avaliar os resultados que poderemos obter em

    funo da escolha de cada um dos processos de sumarizao.

    Utilizando EVA para avaliao da eficincia

    A Anlise de Valor Agregado tem se provado um dos mecanismos

    mais efetivos para a medio de desempenho em projetos. Conforme descrito no Practice Standard of Earned Value Management (outra

    publicao do PMI), EVA permite que os gerentes estabeleam um

    mecanismo para fechar o crculo PDCA (planejar, desenvolver, conferir e

    agir). Poderemos ento responder algumas perguntas crticas para o

    sucesso de qualquer projeto, como por exemplo:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 47

    Estamos frente ou atrs do cronograma previsto?

    Com que eficincia estamos usando o nosso tempo?

    Com que eficincia estamos usando nossos recursos?

    Quanto o trabalho remanescente dever de fato custar?

    Quanto alm ou abaixo do nosso oramento deveremos estar

    quando o projeto for concludo?

    Quanto estou de fato produzindo para cada unidade monetria

    gasta?

    ...

    Nosso objetivo principal, nesse curso, identificar e analisar os

    atrasos de um projeto. Para identificarmos esse atraso se faz necessrio

    sabermos qual nosso referencial, ou em outras palavras, onde estamos e

    onde deveramos estar.

    Tudo que foi apresentado at o momento serviu para informar onde

    deveramos estar, uma vez que a curva S sumarizada tanto pela mo de

    obra ou pelo custo direto informa claramente o progresso que o projeto,

    ou parte dele, deve possuir em um determinado momento do mesmo.

    A utilizao de EVA primeiramente ir informar a segunda resposta

    necessria, que onde estamos em relao ao cronograma.

    Adicionalmente em funo do processo de sumarizao escolhido,

    informaes como a situao do custo do projeto ou a eficincia da

    equipe direta sero obtidas, como veremos a seguir.

    Observaes:

    EVA Earned Value Analysis: Anlise com a aplicao de clculos de valor agregado;

    EVM Earned Value Management: Gerenciamento do Valor Agregado.

    EVA se refere a tcnica em si.

    EVM se refere ao gerenciamento de projetos com a aplicao da

    tcnica.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 48

    Metodologias de sumarizao de projeto para este curso

    Alm das duas metodologias de sumarizao da EAP, pelo preo de

    custo ou pela mo de obra direta, uma terceira ser tambm

    apresentada, que a sumarizao pelo preo de venda.

    Antes, vamos conceituar o significado de Earned Value:

    Pessoalmente no me agrada traduzir essas duas palavras ao p

    da letra (valores ganhos) e o sentido real est mais prximo de valores merecidos.

    Os valores merecidos so aqueles que voc merece atribuir um determinado progresso fsico em funo de uma produo efetuada. A

    traduo mais comum para Earned Value a de Valor Agregado.

    Sumarizao pelo preo de custo

    Na introduo deste curso, tivemos a oportunidade de ver como

    efetuar a sumarizao da curva S prevista em funo do preo de custo

    do projeto.

    Para entendermos qual a frmula bsica que foi utilizada para

    calcular esse preo de custo, vamos ver os exemplos a seguir:

    Limpeza de rea = A quantidade de limpeza a executar, multiplicada pelo preo unitrio previsto da limpeza

    Aplicao de primer em superfcie = A quantidade de aplicao de primer a ser aplicado, multiplicado pelo preo unitrio previsto de aplicao de primer.

    De forma generalizada, podemos traduzir os exemplos para a

    frmula:

    Valor Previsto (PV) = somatrio das quantidades previstas

    x preo unitrio previsto

    O valor dito agregado (EV), o resultado das quantidades

    efetivamente executadas em funo da periodicidade que efetuamos o

    controle de produo.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 49

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades

    executadas x preo unitrio previsto

    Vamos comparar matematicamente as duas frmulas para

    compreender melhor o resultado advindo dessa comparao:

    PV = somatrio das quantidades previstas x preo unit. previsto

    EV = somatrio das quantidades executadas x preo unit. previsto

    Matematicamente, a parcela da frmula preo unitrio previsto comum s duas expresses.

    Com isso, a parcela quantidades previstas versus quantidades executadas que de fato nos permite detectar o desvio entre valores previstos e realizados. Ou seja, estamos comparando produo

    prevista versus produo executada, o que determina ento o nosso

    avano fsico do projeto.

    Sumarizao por Homem hora direto

    O raciocnio totalmente anlogo quando efetuamos a sumarizao

    do progresso do projeto pela mo de obra direta, como veremos a seguir:

    Na introduo deste curso, tambm foi informado como efetuar a

    sumarizao da curva S prevista em funo das horas diretas previstas

    para o projeto. Se repetirmos os exemplos da seo anterior, temos:

    Limpeza de rea = quantidade de limpeza a executar x horas unitrias previstas da limpeza

    Aplicao de primer em superfcie = quantidade de aplicao de primer a ser aplicado x horas unitrias previstas de aplicao de primer.

    O que podemos generalizar em:

    Hora Prevista (PH) = somatrio das quantidades previstas

    x hora unitria prevista

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades

    executadas x hora unitria prevista

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 50

    Assim como fizemos na seo anterior, vamos comparar

    matematicamente as duas frmulas para compreender melhor o que

    estamos avaliando com sua aplicao:

    PV = somatrio das quant. previstas x hora unit. prevista

    EV = somatrio das quant. executadas x hora unit. prevista

    Podemos entender ento que as parcelas quantidades previstas versus quantidades executadas que de fato nos permitem realizar uma avaliao do progresso fsico do projeto em funo do desempenho

    sumarizado em horas de nossos recursos.

    Percebemos assim que podemos realizar o acompanhamento de

    projetos tanto em funo do custo como pelas horas diretas. Cabe ao

    gestor do contrato decidir qual o processo de sumarizao que dever

    ser escolhido.

    Pelo preo de venda

    A sumarizao pelo preo de venda considerada um pecado mortal por muitos planejadores, mas a verdade que essa sumarizao tambm serve para avaliar a produo prevista versus a produo efetuada no campo.

    As frmulas so criadas seguindo a mesma lgica anterior e temos:

    PV = somatrio das quant. previstas x preo unit. de venda previsto

    EV = somatrio das quant. executadas x preo unit. de venda previsto

    Vamos comparar matematicamente as duas frmulas para

    compreender melhor o resultado advindo dessa comparao:

    Valor Previsto (PV) = somatrio das quantidades previstas x

    preo unitrio de venda previsto

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades executadas x

    preo unitrio de venda previsto

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 51

    Vantagens e desvantagens de cada opo de sumarizao

    Cada uma das trs formas de sumarizao pode ser utilizada para o

    acompanhamento de projetos, mas podero atender a objetivos

    especficos diferentes.

    Para escolha do processo de sumarizao a ser utilizado, se faz

    necessrio, responder as seguintes informaes bsicas:

    1) Sua empresa possui capacidade de avaliar, em funo da

    periodicidade do controle do projeto, quais os custos unitrios de cada

    atividade em andamento?

    Se a resposta for sim, e existem metodologias que tornam isso

    possvel, ser relativamente simples efetuar uma avaliao do custo

    previsto x custo realizado do projeto e tambm informar qual a tendncia da

    margem econmica que o projeto poder ter.

    2) Sua empresa possui capacidade de avaliar, em funo da

    periodicidade do controle do projeto, quantas os horas diretas foram

    consumidas em funo de cada atividade em andamento ?

    Se a resposta for sim, e tambm existem metodologias que tornam

    isso possvel, ser relativamente simples efetuar uma avaliao da

    eficincia da equipe direta do projeto, e tambm informar qual a tendncia

    da eficincia do projeto e tambm a tendncia da sua data de concluso.

    Existe um custo indireto relativo ao procedimento para que essas

    informaes sejam obtidas, mas com certeza, o retorno que essas

    informaes iro gerar no empreendimento, ser extraordinariamente

    maior que o custo indireto para ger-las.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 52

    Exemplo de como gerar a Curva de valor agregado

    Sumarizado pelo preo de custo

    Voltando ao nosso exemplo do projeto reforma de 2 prdios, para

    melhor avaliarmos e sumarizarmos o progresso, ser necessrio criar

    uma planilha eletrnica onde ser inserida uma coluna chamada

    prevista x realizado.

    A coluna anteriormente chamada % sobre o custo passa a ser

    chamada % relativo, que representa o peso relativo de cada atividade da EAP.

    Inicialmente iremos gerar a curva realizada global do projeto, e a

    seguir, por analogia, iremos gerar a curva de um determinado nvel do

    mesmo.

    Digamos, por exemplo, que na primeira semana tenhamos

    conseguido executar as atividades dentro do cronograma previsto, e que

    na segunda semana o resultado obtido foi inferior ao esperado.

    Exemplo: Para a atividade 1.1, o planejado era realizar 50% da

    tarefa na primeira semana e 50% na segunda semana. No entanto,

    durante a execuo esta atividade no foi terminada no prazo e na

    segunda semana alcanamos apenas 40% do planejado.

    Para consultar as ilustraes em cores, acesse: http://thespiderteam.com/ebooks

    Para darmos continuidade ao exemplo, na tabela a seguir vamos

    registrar o avano fsico de diversas atividades em relao segunda

    semana do projeto.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 53

    Em uma tabela com poucas atividades, podemos facilmente

    identificar alguns desvios no planejamento e agir pontualmente para

    atenuar o seu impacto. Uma anlise de valor agregado ir reforar o

    conjunto de informaes necessrio para identificarmos pontos de

    melhoria no projeto e esta tcnica nos permite sumarizar o resultado de

    projetos independente do seu tamanho.

    Para calcular nosso valor agregado (EV), faremos:

    EV = Produo (em %) multiplicada pelo peso relativo da atividade.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 54

    A frmula aplicada para cada um dos itens nos dar o resultado

    apresentado na tabela a seguir:

    Desta forma, nossa planilha sumarizada ter a seguinte

    apresentao final:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 55

    Poderemos agora tambm atualizar nossa curva S com o valor

    realizado, o que nos permite visualizar o seguinte grfico:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 56

    Sumarizado pelas horas diretas

    Para a sumarizao pelas horas diretas, o raciocnio ser totalmente

    idntico a sumarizao efetuada pelo custo. Vale repetir o procedimento

    para melhor fixao da metodologia.

    O peso relativo agora ser calculado pelo percentual sobre as

    horas, sendo ento a planilha a seguinte:

    Tambm a conta para clculo da sumarizao do progresso, por

    analogia, ser a mesma, a saber:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 57

    A planilha sumarizada, demonstrando um progresso semanal de

    4.65%, seria a seguinte:

    A curva S prevista x realizada ser a seguinte:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 58

    Gerando a terceira curva

    A terceira curva pode ser criada tanto quanto s horas consumidas

    ou quanto ao custo econmico do projeto

    Mais uma vez, caber ao gestor do contrato escolher que processo

    ir utilizar para efetuar o controle de produo do mesmo, e

    adicionalmente em funo dessa escolha, que resposta esse controle de

    produo ir disponibilizar para ele.

    a terceira curva que nos permitir calcular o CPI = Cost

    Performance ndex, ou ndice de performance de custo do projeto.

    Se a opo for por uma anlise de horas consumidas, o nosso

    ndice de performance de custo est amarrado a nossa capacidade

    produtiva em funo das equipes de projeto.

    Se a opo for por uma anlise do custo econmico do projeto, o

    nosso ndice de performance de custo representa nossa capacidade

    global em lidar com os custos do contrato.

    Sumarizado pelas horas diretas

    Quando se efetua a opo pela sumarizao pelas horas diretas, fica claro que ser fundamental se obter a informao das horas

    efetivamente consumidas pela mo de obra direta por atividade.

    Existem algumas metodologias para se executar essa atividade, que vo

    desde a contratao de apropriadores de campo, ou apontadores de

    horas, at planilhas a serem preenchidas pelos encarregados de

    produo.

    Como j foi mencionada, uma vez escolhido esse procedimento, a

    resposta advinda da terceira curva ser a avaliao da eficincia da

    equipe, tendo tambm a condio de se efetuar uma estimativa da

    tendncia de eficincia da equipe e da data de concluso do projeto.

    Intuitivamente, fica entendido que a sumarizao ser efetuada

    multiplicando a hora efetivamente consumida no campo, pela quantidade

    efetivamente executada no campo, de cada atividade executada, ento

    teremos:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 59

    Frmula para clculo das Horas Diretas (HD) ou Actual Hours (AH):

    Horas Diretas (HD) = somatrio das quant. executadas x hora unitria

    consumida

    Se examinarmos as frmulas bsicas de Anlise de Valor Agregado

    que vimos no captulo introdutrio, podemos dizer que HD (horas diretas)

    a nossa medida de custo realizado, ou:

    AC = somatrio das quant. executadas x $ hora unitria consumida*

    * Veremos na prxima seo o clculo do Custo Realizado Total para o

    projeto. Aqui estamos verificando apenas o Custo Realizado sob a

    tica de uma anlise em funo de horas/homem da equipe.

    Para traar essa terceira curva de sumarizao pelas horas

    efetivamente consumidas, foi desenvolvida uma planilha especfica para

    esse fim, onde vamos considerar que as horas consumidas na primeira

    semana do projeto so rigorosamente equivalentes as horas previstas

    consumidas.

    Nas pginas a seguir, vamos verificar como ficariam as planilhas de

    registro de horas trabalhadas para a primeira e para a segunda semana.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 60

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 61

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 62

    Para uma melhor compreenso do impacto relativo a sumarizao

    dessas horas consumidas em funo da produo efetuada, um dos

    critrios para gerar o grfico desta terceira curva identificar o peso

    relativo dessas horas sobre o total previsto no cronograma de base,

    assim, temos:

    A tabela indica que, o projeto se encontra com o seguinte status:

    Progresso atrasado, pois o progresso acumulado previsto de 7,5%, contra o previsto de 8.7%

    Produtividade ineficiente, pois consumiu 8,79% das horas previstas, quando era para ter consumido 7,5% em funo da

    produo (ou progresso) efetuada.

    Graficamente, o resultado de nossa Anlise de Valor

    Agregado para a primeira e segunda semana seria o seguinte:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 63

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 64

    Sumarizado pelo custo

    A sumarizao semanal pelo custo exige um esforo de controle de

    produo elevado e rigoroso, visto que haver necessidade de

    efetuarmos a atualizao semanal de todos os custos de cada atividade

    da EAP em curso, envolvendo apropriao de material, equipamento e

    material.

    Para isso, fichas de apropriao so utilizadas, normalmente um

    apropriador de produo contratado proporcionalmente a cada frente

    de servio existente no empreendimento.

    Critrios e metodologias devem ser utilizados para que se possa

    efetuar a atualizao desses custos unitrios, ou os ndices das

    composies de preo unitrio, e seus custos relativos.

    O raciocnio para gerar a terceira curva totalmente anlogo ao da

    sumarizao pelas horas consumidas. Com isso, a frmula que ir gerar

    a nossa terceira curva (Custo Atual / AC), ser:

    AC = somatrio das quant. executadas x custo unitrio realizado

    A planilha que representa a atualizao dos custos unitrios, na

    segunda semana a seguinte:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 65

    Esse custo representa 181.370 / 2.430.380 = 7,46% do custo do projeto, ento temos agora condies de traar

    a terceira curva, AC, a saber:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 66

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 67

    A seguir, iremos avaliar o significado da interpretao das

    informaes das sumarizaes efetuadas pela mo de obra ou pelo

    custo.

    Avaliando o desempenho quanto eficincia da equipe

    O grfico abaixo a repetio do anteriormente apresentado que

    representa a sumarizao do progresso do projeto e das horas

    efetivamente consumidas em funo da produo efetuada.

    As frmulas que foram utilizadas para gerar esse grfico so as

    seguintes:

    Valor Previsto (PV) = somatrio das quantidades previstas x hora unitria prevista

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades executadas x hora unitria prevista

    Horas atuais (AH) = somatrio das quantidades executadas x hora unitria realizada

    Ao compararmos, matematicamente as duas primeiras parcelas das

    frmulas, Valor previsto (PV) x Valor Agregado (EV), verificamos que a

    parcela hora unitria prevista a mesma nas duas frmulas, logo ela no possui peso no resultado da frmula, sendo ento o que diferenciar

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 68

    o resultado na comparao entre as duas frmulas justamente se

    executamos as quantidades previstas.

    Com isso, se estamos comparando quantidades executadas x

    quantidades previstas, estamos comparando produo efetuada, ou

    progresso fsico.

    Os valores disponveis acumulados na segunda semana so os

    seguintes:

    Valor Previsto (PV) = 8.7%

    Valor agregado (EV) = 7.5%

    Avaliando o progresso fsico do projeto

    Vamos agora supor que esse projeto trabalhe 176 horas mensais,

    44 horas semanais em semanas de 5 dias, 8.8 horas dirias.

    Com essas informaes poderemos calcular qual a situao atual

    do projeto em funo da produo efetuada. Ao dividirmos o valor

    agregado pelo previsto, calculamos qual o percentual de progresso que

    executamos em relao ao previsto, ento temos:

    7,5% / 8,7% = 86%, ou seja, o projeto executou 86% do que estava

    previsto.

    Tendo em considerao esses 86%, significa dizer que o projeto

    deixou de executar 14% (100% - 86%) do previsto. Com essa informao

    poderemos calcular o atraso do projeto em dias.

    2 semanas = 88 horas de trabalho

    88 horas x 14% = 12 horas

    12 horas / 8,8 horas dirias, temos 1,4 dias de atraso.

    No nosso exemplo, em funo da produo efetuada, o projeto se

    encontra com 12 horas de atraso ou 1,4 dias.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 69

    Avaliando a eficincia da equipe

    Uma vez identificado a situao do progresso fsico do projeto,

    temos condio de avaliar a eficincia da equipe direta alocado ao

    mesmo.

    Para isso, a frmula da terceira curva dever ser utilizada e

    comparada com a frmula de valor agregado, a saber:

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades executadas x hora unitria prevista

    Horas atuais (AH) = somatrio das quantidades executadas x hora unitria realizada

    Mais uma vez, matematicamente poderemos comparar as duas

    frmulas, e constatamos que existe uma parcela comum nessa

    comparao, que vem a ser o somatrio das quantidades executadas.

    Com isso, dessa vez o que ir gerar a diferena de cota na curva ser o

    nmero de horas previstas versus o nmero de horas efetivamente

    utilizadas em funo da produo executada.

    Comparando ento horas previstas x horas realizadas, estamos

    ento avaliando se a mo de obra direta consumida no projeto, at o

    momento, foi eficiente ou no.

    No nosso exemplo, temos a seguintes informaes advindas das

    curvas:

    Valor agregado (EV) = 7.5%

    Horas atuais (AH) = 8.8%

    Se o valor das horas atuais maior que o valor previsto, significa

    dizer que as horas consumidas na mesma produo efetuada, foram

    maiores que as previstas.

    Dessa maneira, uma das formas que podemos utilizar para avaliar a

    eficincia da equipe da seguinte a seguinte:

    Valor agregado / horas atuais = ndice de eficincia.

    No exemplo temos: 7.5% / 8.8% = 0,85 ou 85%

    Logo a equipe direta do projeto, at o momento, est ineficiente

    100% - 85% = 15%.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 70

    A anlise simples desse critrio indica as seguintes possibilidades:

    ndice de eficincia maior que 1:

    o obra eficiente, acima do previsto

    ndice de eficincia igual 1:

    o obra eficiente, dentro do previsto

    ndice de eficincia menor que 1:

    o obra ineficiente.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 71

    Avaliando o desempenho quanto ao seu custo direto

    Novamente, o grfico abaixo indica o valor das 3 curvas, dessa vez sumarizadas pelo seu custo.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 72

    Avaliando o progresso fsico, sumarizado pelo custo.

    Mais uma vez o raciocnio ser idntico ao da sumarizao pela

    mo de obra direta ser aqui efetuado. As frmulas que foram utilizadas

    para gerar as 2 primeiras curvas foram as seguintes:

    Valor Previsto (PV) = somatrio das quantidades previstas x custo unitrio previsto

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades executadas x custo unitrio previsto

    Ao compararmos, matematicamente as duas primeiras parcelas das

    frmulas, Valor previsto (PV) x Valor Agregado (EV), verificamos que a

    parcela custo unitrio previsto a mesma nas duas frmulas, logo ela no possui peso no resultado da frmula, sendo ento o que diferenciar o resultado na comparao entre as duas frmulas justamente se

    executamos as quantidades previstas.

    Com isso, se estamos comparando quantidades executadas x

    quantidades previstas, estamos comparando produo efetuada, ou

    progresso fsico.

    Os valores disponveis acumulados na segunda semana so os

    seguintes:

    Valor Previsto (PV) = 8.7%

    Valor agregado (EV) = 7.2%

    Conforme dito anteriormente, estamos supondo que esse projeto

    trabalhe 176 horas mensais, 44 horas semanais em semanas de 5 dias,

    8.8 horas dirias.

    Com essas informaes poderemos calcular qual a situao atual

    do projeto em funo da produo efetuada. Ao dividirmos o valor

    agregado pelo previsto, calculamos qual o percentual de progresso que

    executamos em relao ao previsto, ento temos:

    7,2% / 8,7% = 83%, ou seja, o projeto executou 83% do que estava

    previsto.

    Considerando o progresso de 83%, significa dizer que o projeto

    deixou de executar 17% (100% - 83%) do previsto. Com essa informao

    poderemos calcular o atraso do projeto em dias.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 73

    o 2 semanas = 88 horas de trabalho

    88 horas x 17% = 15 horas

    15 horas / 8,8 horas dirias, temos 1,7 dias de atraso.

    No nosso exemplo, em funo da produo efetuada, o projeto se

    encontra com 15 horas de atraso ou 1,7 dias.

    IMPORTANTE

    O critrio de utilizao para avaliao de progresso deve ser nico,

    ou pela produo da mo de obra direta, ou pelo custo, uma vez que

    pequenas variaes do resultado podero vir a acontecer, como no

    nosso exemplo.

    Avaliando a margem econmica do Projeto.

    Uma vez calculado o progresso fsico do projeto, ao avaliarmos os

    resultados da terceira curva, teremos condies de informar at o

    momento da ltima avaliao do projeto, qual a margem econmica que

    o projeto est apresentando.

    Para isso, iremos levar em considerao o valor da terceira curva,

    quando a sumarizao feita pelo custo, a saber:

    Valor agregado (EV) = somatrio das quantidades executadas x custo unitrio previsto

    Horas atuais (AH) = somatrio das quantidades executadas x custo unitrio atualizado

    Ao compararmos, matematicamente as duas primeiras parcelas das

    frmulas, Valor previsto (PV) x Valor Agregado (EV), verificamos que a

    parcela somatrio das quantidades executadas a mesma nas duas frmulas, logo ela no possui peso no seu resultado, sendo ento o que diferencia o valor na comparao entre as duas frmulas, justamente se

    os custos atualizados em funo da produo efetuada so os mesmos

    previstos para a mesma produo.

    Com isso, se estamos comparando custo unitrio previsto x custo

    unitrio atualizado, estamos comparando custo do projeto, ou a margem

    do mesmo em funo da produo efetuada.

    Os valores disponveis acumulados na segunda semana so os

    seguintes:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 74

    Valor agregado (EV) = 7.2%

    Custo atual (AC) = 10.36%

    Se o valor do custo atual maior que o valor agregado em funo

    da produo efetuada, significa dizer que os custos incorridos esto

    maiores que o previsto, logo, nesse momento, a margem de lucro do

    projeto est comprometida da seguinte forma:

    Valor agregado / custos atuais = ndice marginal do custo.

    No exemplo temos: 7.2% / 10.36% = 0,75 ou 75%

    Logo o custo do projeto, at o momento, est comprometido em

    100% - 75% = 25%.

    Exerccio de fixao

    Supondo que nosso projeto est sendo monitorado com a

    sumarizao por horas diretas. Verifique a tabela de progresso fsico e:

    1. Trace a curva Valor Previsto e Valor Agregado na primeira e

    segunda semana do projeto para o Prdio Principal;

    2. Trace a curva Valor Previsto e Valor Agregado na primeira e

    segunda semana do projeto para Prdio Estacionamento;

    3. Avalie o progresso fsico dos prdios.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 75

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 76

    Espao para a resoluo do exerccio

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 77

    Observaes:

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    Medio de Avano de Projeto com Spider Project

    Neste captulo fazemos uma pausa no curso do Ricardo Delarue com o intuito de demonstrar a aplicao da ferramenta Spider em um

    breve manual do utilizador.

    1. Licenciamento:

    Veja as opes de Spider Grtis em www.thespiderteam.com

    2. Arquivos do curso:

    Em http://www.thespiderteam.com/download/ebook1a.001.sprj o

    leitor pode baixar o arquivo em uso nas prximas atividades.

    Os arquivos devem ser gravados em [spider]/projects em sua

    mquina, sendo que [spider] corresponde a uma pasta onde o

    Spider Project foi instalado em seu computador.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 78

    Abrindo o projeto de reforma

    Se o arquivo ebook1a no aparecer no menu de opes dos arquivos do aplicativo Spider, verifique se o arquivo foi colocado na pasta

    correta (item 2). Usurios da verso gratuita podem solicitar suporte a

    [email protected]

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 79

    O projeto

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 80

    Anlise de Valor Agregado por custos proporcionais

    3. Abra o menu conforme a ilustrao:

    4. Escolha o componente de custo desejado:

    5. Selecione o item Cprop e use o boto de transferncia

    para levar a seleo para a janela esquerda.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 81

    Clique em Concludo para ver o Grfico de Valor Agregado com base aos custos proporcionais (o custo proporcional foi um ajuste

    feito ao custo do projeto para transformar os valores totais em

    um percentual de 0 a 100 para cada atividade).

    O resultado esperado :

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 82

    6. Para aumentar o tamanho do grfico, utilize o boto

    direito sobre o grfico.

    Registrando o Avano de Projeto

    Para a primeira semana do projeto, vamos reportar o avano

    exatamente igual ao planejado. Uma medio no Spider realizada

    atravs de uma Autorizao de Trabalho e sua posterior avaliao de progresso.

    A Autorizao de Trabalho pode ser distribuda para diferentes apontadores e, portanto distribuda para diferentes reas ou pessoas durante a execuo do projeto.

    7. Selecione o boto Monitoramento nos cones esquerda do programa.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 83

    8. Na nova janela, escolha a opo para adicionar atividades

    9. Selecione o perodo de medio do projeto

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 84

    A nova janela ir trazer somente as atividades previstas para o perodo. Esta a ordem de servio, ou autorizao de trabalho que precisa ser repassada para a obra.

    Pode ser necessrio arrastar as barras e ajustar a largura dos campos visveis.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 85

    Os campos podem ser personalizados, inclusive para o

    registro de controles personalizados, como o caso do campo

    HH que foi criado.

    Visto que para a primeira semana tudo aconteceu como previsto, basta confirmarmos os dados e gravarmos uma nova verso do projeto.

    10. Depois necessrio recalcular o cronograma

    remanescente.

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 86

    O novo cronograma ser construdo, com o reclculo da

    aplicao dos recursos disponveis para as atividades

    necessrias para a concluso do projeto. Se o quadro abaixo

    abrir, escolha o boto OK.

    O grfico de Anlise de Valor Agregado no dever mostrar

    diferenas entre a linha de base e as atividades executadas. A

    linha pontilhada em vermelho indica a separao entre as

    atividades j realizadas e a realizar.

    Linha de status

    Atividades

    realizadas

    Atividades

    restantes

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 87

    Atravs do diagrama da EAP (instrues no detalhadas aqui)

    possvel verificar os valores realizados por cada pacote de

    trabalho. CR% = Custo realizado em %; Custo RH o Custo

    Realizado somente com pagamento de Recursos Humanos.

    11. Salve a nova verso.

    12. Repita os passos para a medio de uma nova semana.

    Use como perodo de medio os seguintes dias:

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 88

    Para demonstrar diferenas claras no Grfico de Valor Agregado,

    vamos alterar diversas informaes de projeto.

    Alterao 1: Relatrio sobre o volume de trabalho realizado

    para o Tratamento de Trincas

    Alterao 2: Relatrio sobre a durao da atividade de

    Tratamento das Trincas:

    Outras alteraes:

    o Item 3: Emassamento Volume Concluido = 3000 & Durao Gasta = 50 o Item 2: Limpeza Volume Concluido = 100 & Durao Gasta = 50 o Item 5: Aplicao Primer Volume Concluido = 3000 o Item 6: Colagem Volume Concluido = 50 & Durao Gasta = 50

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 89

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 90

    13. Transfira as informaes, utilize o boto para Calcular o

    Cronograma baseado em Restries e salve a nova

    verso (3) e verifique o resultado obtido.

    Pelos resultados atuais, o sistema j est prevendo um aumento no custo final do

    projeto de 3.16% (103.16% do ACWP projetado x 100% do BCWP)

    ACWP Actual Cost of Work Performed (Custo Atual do Trabalho Executado)

    BCWP Budget Cost of Work Scheduled (Custo orado do trabalho planejado, ou Valor Planejado)

    BCWS Budget Cost of Work Performed (Custo orado do trabalho executado, ou Valor Agregado

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 91

    Se desejar, pode verificar os dados do Grfico sob a forma de um relatrio numrico.

    Para criar o relatrio:

    Opo Relatrio

    Opo Anlise de Valor Agregado

    > Tabela

    Uso do Cprop (conforme o passo 3 utilizado para

    o Grfico)

    Confirme com o boto Concludo

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 92

    Se desejar, exporte para o Excel

    Na tabela, as primeiras linhas descrevem o somatrio geral

    de todo o projeto: ACWP = 12,14; BCWP = 8,87; BCWS =

    10,47

    No item Prdio Principal, as primeiras linhas descrevem o somatrio geral do pacote Prdio: ACWP = 2,91; BCWP = 1,80; BCWS = 2,83

    No item Tratamento de Trincas, os dados so referentes somente ao pacote em questo: ACWP = 0,59; BCWP = 0,51;

    BCWS = 0,59

    possvel gerar grficos ou tabelas de partes do projeto. Desta

    forma, embora possamos ver que o projeto como um todo est

    com um custo elevado, nem todos os pacotes e suas respectivas

    equipes tem o mesmo desempenho.

    ndice de Variao do Custo do Projeto:

    CPI = BCWP / ACWP = 0,730 (8,87 / 12,14)

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 93

    ndice de Variao do pacote Tratamento de Trincas:

    CPI = BCWP / ACWP => 0,864 (0,51 / 0,59)

    Existe uma srie de indicadores e configuraes que podem ser

    customizadas no Spider para ampliar a visibilidade das

    informaes de planejamento e controle.

    Referncia adicional para o Spider: http://www.spiderproject-

    book.com

    Tutoriais: Ao instalar o aplicativo, veja a seo de tutoriais

    Nas pginas seguintes, algumas caractersticas grficas sero

    apresentadas. recomendado que se verifique estas imagens

    em cores atravs da verso eletrnica deste livro.

    Legenda:

    (1) Valor Agregado j medido (parte correspondente ao incio do projeto at a data de status)

    (2) Projeo do Valor Agregado com base ao planejamento restante (data de status ao trmino do projeto)

    (3) ndices de Custo e Prazo (CPI e SPI), neste caso gerado para apenas um dos pacotes de trabalho do projeto (Pilares)

    (4) Atividades j reportadas (executadas, em colorao cinza)

    (5) Atividades a serem realizadas cuja anlise de eficincia demonstra desvios sob controle Em verde

    (6) Atividades a serem realizadas com mdio desvio de eficincia (laranja)

    (7) Atividades a serem realizadas com baixo desvio de eficincia (amarelo)

    (8) Indicadores (bandeiras coloridas) para ndices variados (no exemplo, SPI)

    (9) Custo final recalculado com base ao desempenho e atraso registrado (apontando para 24.17% alm dos 100

    originais).

  • 2009-2012 Peter Mello e Ricardo Delarue 94

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    Avaliando a tendncia de concluso do Projeto

    Existem diversos metodologias para avaliao da tendncia de

    concluso do projeto. A que ser apresentada ser baseada na

    avaliao a ltima eficincia da mo de obra. Em estando avaliando a

    eficincia da mo de obra, naturalmente a sumarizao da EAP foi

    efetuada pelas horas diretas.

    A tendncia de concluso ser elaborada baseada em alguns

    critrios, a saber:

    O trabalho ser execu