efemeras escavadoras (insecta, ephemeroptera, … · insetos da ordem ephemeroptera sao, pelo gue...
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Atas do I Si mposi o sobre a Bac ia do Araripe e Baci as In t eriores do No rdeste Crato, 14 a 16 de j unho de 1990
EFEMERAS ESCAVADORAS (INSECTA, EPHEMEROPTERA, EPHEMEROIOEA) NA FORMAtAO SANTANA (CRETACEO INFERIOR), BACIA 00 ARARIPE NORDESTE 00 BRASIL : DES
CRitAO OE TRES NOVOS GENEROS E TRES NOVAS ESPECIES (NINFAS)
Rafael Gioia Martins •eto Instituto de Geociencias - USP [va Batista Caldas Oepartamento de Ge ologi a - UfC
Contribui~ao ao PICG/Proj. 242
ABSTRACT
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Burrowing mayflies are recorded for the first time
in the Cretaceous of the Southern Hemisphere, represented in Araripe
Basin by the families Pothamantidae, Ephemeridae and Polyrnitarcidae.
The Ephemeroidea presently constitute a world superfamily which
is easily distingueshed as nymphs from all other mayflies because
the mandibles have been modified in to anteriorly projecting t usks.
This group is porrly documented in the fossil record. Three new
genera and three families of burrowing mayflies are described. All
the material was c ol leted in Crato Member, which is the lowest unit
of the Santana Formation (Lower Cretaceous, Late Aptian / Early Albian),
Araripe Basin, Northeast Brazil. The fossils are associated with
twenty inset orders, which certainly makes this one o f the most
diverse paleoentornofaunas known i n the geolocial record. The
Ephemeroptera from the Araripe Basin are distributed in at least
twelve families (no l onger eight as previously thought) and comprise
chiefly nymphs (including eggs ) as well as adult forms.
RE SUMO
Efemera s esca vadora s sao r eg istrada·s p ela prirneira
vez n o Cretaceo do Hemisferio Sui. , representadas na Bacia do Araripe p~
las familias Pothamant idae , Ephemer idae e Polyrnitarcidae. Os Ephe~
roidae hoje con stituem uma supe r farnilia de distribuicao mundial e sao
facilmente distinguiveis, na condicao d e nin fas , de todas as outras
efemeras, devido a rnodif icac;ao de suas mandibulas e seis pares de
branquias franjadas . Este grupo e escassa rnente document ado no regi~
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tro fossil. Tres noyos generos de tres familias de efemeras escava do
ras sii.o descritas neste trabalho.
A terminologia adotada segue EDMUNDS ( 1962) ea clas
sificacii.o CHERNOVA (1970) e McCAFFERTY & EDMUNS JR (1979).
INTRODUcAO
Insetos da Ordem Ephemeroptera sao, pelo gue se tern
observado, o grupo mais abundante e caracteristico da paleoentomofa~
na do Arari pe. Centenas de milhares de especirnes sao encontradas,pri~
cipalmente em aflorarnentos nas proximidades dos municipios de Santana
do Cariri e Nova Olinda, no Estado do Ceara, provenientes do nivel de
calcario laminado, proximo ao topo do Membro Crato, unidade inferior
da Formacao Santana. Mais recenternente, os autores tiveram a oportun~
dade de coletar grande quantidade de ninfas em afloramento as margens
do Riacho Batateiras, no Municipio do Crato, tambem no nivel de calca
rio laminado.
As familias rnelhor representadas sao Hexagenitidae e
Siphlonuridae que ja rnereceram observac5es em trabalhos
(MARTINS NETO & BRITO, 1989; MARTINS NETO et al, 1989).
anteriores
Destaca-se, neste trabalho, farnilias escassas, por
ora r epre sentadas apenas por unicos especimes, muito embora o estado
de preservacao seja satisfatorio para efeito sistemiitico.
SISTEl-'ATICA
Superfamilia EPHEMEROIDEA Leach, 1815
Familia EPHEMERIDADE Leach, 1815
Cratonympha gen.n
Especie-tipo: Cratonympha microcelata sp.n., por monotipia .
Diagnose: ninfas escavadoras com cabeca arredondada; olhos pequ~
nos, mandibulas longas e lisas; membro anterior com tib i a
expandida e pelo menos dois espinhos na margem apical.
Diagnosis: burrowing nymphs with rounded head, small eyes, mandible
long and smooth; fore limb with expanded tibia and at
least two apical spines.
Discussii.o: 1iipica ~infa escavadora, similar a Hexagenia Walsh (I:ece~ ·tel por possuir a mandibula longa , distalmente encurvada
e lisa, diferindo de gualquer forma por nao possuir processo frontal
distinguivel e pelos olhos relativamente peguenos .
Cratonympha microcelata sp.n.
(Est .IA ; Fig1A)
Derivacao do nome: Relativo ao pegueno tamanho dos olhos.
para o genero . Diagnose: a me sma gue
Holot ipo : GP/ lT-1 677, depositado na Colecii.o Paleontologica do
tuto de Geociencias da Universidade de Sao Pau lo.
267
Ins ti
Localidade -tipo: Fazenda Tatajuba, proximidades do Municipio de Nova
Olinda , Estado do Ceara, Nordeste do Brasil. Amos tra de afloramento.
Estratigrafia: nivel de calcario larninado proximo ao topo do Membro
Crato , unidade inferior da Formacao Santana, Bacia do Araripe, Cretaceo Inferior, Aptiano Superior / Albiano Inferior.
Descricao: n infa preservada em norma dorsal, relativamente completa,
em born estado de preservacao. Cabeca arredondada , pouco mais larga,
que l onga, sem rostro. Olhos pequenos , nao proeminentes, dispos t os
late ralmente. Mandibula longa , lisa, projetando -se em forrna de P1'.:: ca. Antenas parcialmente pre servadas , filiforrnes, multisegmentadas ,
dispostas nas extrerridades da margem anterior da cabeca. Pronoto r~ lativamente pegueno, muito mais largo gue longo, pouco mais largo gue a cabeca ; - - - ---· mesonoto granae, quadrangular; metanoto pouco maior o mesonoto. Abdome mais largo gue o torax, parcia l rnente
estreitando-se em direcao aos cercos, onde os segmentos
nor largura. Filamentos branguiais aos pares (em numero
gue
preservado,
atingem a ~
de seis) ,da!! do aparencia franjada . Cercos e
p aracero robustos na base , multise~
mentados e aparenternente lisos. Membro anterior com tib i a expandida;
pelo menos dois espinhos apicais preservados, sendo o interno maior
gue o externo. Tarsal pegueno e alongado. P.embro medio parcialmente
preservado; rnembro posterior com femur robusto e tibia relat ivamen te estreita em r elacao ao femur.
Dimens6es: comprimento total preservado - 16mm; servada - 2 , Smm.
mandibula como pr~
Observac5es: nao foram detectados quaisguer indicios dos rudimentos
da teca alar, o gue sugere tratar-se d e uma ninfa dos
primeiros instars (provavelmente 39 instar).
268
Familia POTAMANTHIDAE Jacobson & Bianchi, 1905
Olindinella gen.n.
Especie-tipo: Olindinella gracilis sp.n. por monotipi~
Diagnose: ninfas escavadoras com cabeca trapezoidal e rostro proerni
nente; mandibulas longas, pubescentes; membro
com tibia robusta; paracerco maior que os cercos.
anterior
Diagnosis: burrowing nymphs with trapezoidal head and preeminent
rostrum; mandible long, pubescent; fore limb with tibia
robust; paracercus longer than cerci.
Discussao: similar, em muitos aspectos, a Potamanthus Pictit (Recen
tel, como pelas mandibulas longas, distalmente encurvadas, pubesce~
tes. Difere, entretanto, deste e de outros generos conhecidos, por
possuir os cercos mais robustos e o paracerco maior que os c e rcos, as
sim como o torax mais esguio
Olindinella gracilis sp.n.
(Est.lb; Fig.2)
Derivacao do nome: Gracilis, do latim gracil, elegante, esguia.
Diagnose: a mesma que para o genero.
Depa!: Holotipo: AMA-I-028, depositado na Colecao Paleontologica do
tamento de Geologia da Universidade Federal do Ceara.
Localidade-tipo: incerta, provavelmente nas proximidades dos munici
pios de Nova Olinda e Santana do Cariri, Estado do Ceara.
Estratigrafia: nivel de calcario laminado, Membro Crato, unidade i~
ferior da Formacao Santana, Bacia do Araripe, Cretaceo Inferior, A£
tiano Superior / Albiano Inferior.
Descricao: ninfa preservada em norma dorsal, relativamente completa,
em bom estado de preservacao. Cabeca trapezoidal, mais longa que la£
ga, com rostro proeminente. Olhos relativamente grandes e arredond~
dos, nao proeminentes, dispostos lateralmente. Mandibula longa , r£
busta, ligeiramente encurvada. Antenas filiformes, multisegmentadas,
com o escapo mais forte que os demais segmentos, dispostas nas extr~
midades da rnargem anterior da cabeca. Pronoto retangular, relativ~
mente pequeno. Mes9 e metanoto maiores que o pronoto, tambem retang~
lares. Teca alar preservada, com os rudimentos da asa de formato tri.
angular e venacao pouco distinta. Abdome com segmentancao nitida,tr~ .
pezoidal, lateralmente expandido. Branquias ou filamentos nao prese!:
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vados. Cercos peguenos, embora robustos na base,multisegmentados; p~ racerco mais estreito e de comprimento pouco maior que o dos cercos.
Membro anterior parcialrnente preservado; tibia pubescente.
Dirnens6es: comprimento total - 23mm; 6rrm; cercos - Smm. mandibula - 2, Smm; paracerco -
Ct>servacees: Pela analise da teca alar, sugere-se que se trata de uma ninfa dos Ultimos instars (69 OU 79 instar).
Familia POLYMITARCIDADE Banks, 1900
Caririnympha gen.n.
Especie-tipo: Caririnympha mandibulata sp.n por monotipia
Diagnose: ninfas escavadoras com cabeca trapezoidal, sem rostro, ma~ dibulas relativamente curtas, lisas; membro anterior com
tibia tao robusta quanto o femur e tarso agudo.
Diagnosis: burrowing nymphs with trapezoidal head, without rostrum;
mandibles relatively shorts, smooth; fore limb with tibia as robust as femur and tarsus sharp.
Discussao: similar ao genero recente Campsurus Eaton pelo aspecto
geral, principalmente pela morfologia dos membros e tamanho relative
da mandibula. Caririnympha difere, entretanto, por possuir membros e mandibulas lisas.
Caririnympha mandibulata sp.n.
(Est.re ; Fig. 1B, Cl
Derivaca·o do nome: relative a presenca de mandibulas proeminentes.
Diagnose: a mesma que para o genero.
Holotipo: GP/lT-1678, depositado na Colecao Paleontol6gica do Insti tuto de Geociencias da Universidade de Sao Paulo.
Localidade-tipo: incerta .• provavelmente de afloramentos proximos aos
municipios de Nova Olinda e Santana do Cariri, Estado do Ceara.
Estratigrafia: nivel de calcario laminado, Membro Crato, unidade i~ ferior da Formacao Santana, Bacia do Araripe, Cretaceo Inferior, AE tiano Superior/Albiano Inferior.
Descricao:ninfa preservadaem norma dorsal, paracialmente
e em born estado de conservacao. Cabeca trapezoidal, mais preservada
larga gue
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longa, sern rostro. Olhos relativarnente grandes, arredondados, nao
proerninentes, dispostos lateralrnente. Mandibula relativarnente curta,
robusta, guase reta, lisa. Antenas filiforrnes, rnultisegrnentadas e
estreiras; dispostas lateralrnente, nas extrernidades da margem ant~
rior da cabeca. Segrnentacao toraxica pouco visivel, abdome parcia.!:_
mente preservado. Branguias ou filamentos branguais nao visiveis.Ce£
cos e paracerco nao preservados. Membro anterior vigoroso, corn o f~
rnur pouco mais largo gue a tibia, tarso curto, robusto e pontiagudo;
membros rnedio e posterior notadarnente mais estreitos e debeis, com
tarso curto mas tambern pontiagu.do.
Dimens6es: comprirnento total preservado - 10mrn; rnandibula - 1,Smm.
Observacoes: rudimentos de teca alar nao visiveis. Provavelmente tr~
ta-se de ninfa dos prirneiros instars.
CONSIDERACOES FINAIS
As ninfas conhecidas da Familia Potamanthidae sao en
contradas em fundos arenosos ou lodosos de cursos d'agua. Ja as
Familia Ephemeridae escavam a areia ou lodo de rios e lagos e as
da
da
milia Polymitarcidae preferem escavar a lama e o lodo arenoso rnais
firme dos fundos e bancos de rios e lagos (dados de EDMUNDS et al,
1963). Apesar da existencia do terrno popular "ninfas escavadoras",
ao referir-se a este grupo particular de eferneras nao se deve util~
za-lo corno destacou Mc CAFFERTY ( 1975) ao estudar a fauna dos Est~
dos Unidos, ja gue as rnesrnas "esparramarri" rnais do gue "escavam".
No reg istro fossil sao conhec ido s a pen as re pre sen ta!!
tes terciarios, atribuidos a Familia Ephemeridae, provenientes de s~
dimentos do Oligoceno do Colorado e de Montana, nos Estados Unidos
(SCUDDER, 1980; LEWIS; 1978), de ambar do Oligoceno da Europa (D~
MOULIN, 1968) e, mais recentemente do Oligoceno asiatico (McCAFFERTY
SINITSHENKOVA, 1983; McCAFFERTY, 1987).
A presenca de Ephemeroidea na Bacia do Araripe reve~
te-se de importancia por estar diversificada (pelo rnenos tres fami
lias estao representadas), estendendo-se consideravelmente a distr~
buicao geografica e estratigrafica dessa peculiar superfamilia de
eferneras. Trata-se., pois, do registro rnais antigo de gue se tern C£ nhecimento.
271 REFER~NCIAS BIBLIOGRAFICAS
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U.S. Geol. and Geogr. Surv. of the erritories, 13 : 7-724.
£(£
Legenda das Figuras
Fig. 1: A) Cratonympha mieroeelata sp.n., desenho esquematieo do hol~
tipo, vista dorsa l ; B - C) Caririnympha mandibulata sp.n.,
desenho esquernatieo do holotipo , vista dorsal: B ) de t alhe
arnpliado da eabe9a; C) aspeeto geral . Terrninologia : an, a~
tena; b, branquias; ee, eereos ; fe, femur; rn, mandibula;rnt
F i g. 2:
mesonoto; mta, rnetanoto; o, olhos; pee, paraeereo; p r, pr£
noto; r, rostro; st, espinho tibial; ta, tarso; tab, terg~
tos abdominais; tee, teea alar; ti, tibia. Escala indica
Srnm.
Olindinella gracilis sp.n., desenho esquematico do'hoiot~
po, v ista dorsal ( invertido por convenieneia). Terrninolo -
gia, v ide figur a 1. Escala indica Srnm.
Legenda da Estampa I
A) Cratonympha mierocelata sp.n., holotipo, vista dorsal;
B) Olindinella graeilis sp.n., holotipo, vista dorsal;
C) Car ir inympha mandibulata sp . n., holotipo, vista dorsal.
Eseala indiea lOmm.
~. ~ 11:!J .r~: ·~, . ,.,, L ~ c···;·f· /.r-J. \ I /~~Pr r.,.-. ~ . -. ~ . ·.l: ,:
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