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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EFEITOS DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE INCENTIVO NOS VOLUMES DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON RHAYSSA RHAQUEL RIBEIRO Natal / 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE

INCENTIVO NOS VOLUMES DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM

DOENÇA DE PARKINSON

RHAYSSA RHAQUEL RIBEIRO

Natal / 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE

INCENTIVO NOS VOLUMES DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM

DOENÇA DE PARKINSON

RHAYSSA RHAQUEL RIBEIRO

Orientadora: Profª Drª Arméle Dornelas de Andrade

Co-orientação: Profª Drª Daniela Cunha Brandão

Natal / 2013

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte- Programa de Pós-graduação em Fisioterapia, para a obtenção do título de Mestre em Fisioterapia.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia:

Profº Drº Jamilson Simões Brasileiro

iii

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE

INCENTIVO NOS VOLUMES DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM

DOENÇA DE PARKINSON

BANCA EXAMINADORA

Profª Drª Arméle Dornelas de Andrade (Presidente – UFRN)

Profª Drº Guilherme Fregonezi (Membro interno – UFRN)

Profª Drª Vanessa Resqueti (Membro externo)

Aprovada em __/__/___

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Dedicatória

À Roberto Ribeiro de Sousa Neto, com amor

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Agradecimentos

Sem a ajuda de pessoas especiais nenhum momento do meu mestrado ou da

minha dissertação teria ocorrido e eu não chegaria até este momento para

agradecer. Deus com sua infinita sabedoria e bondade acrescentou uma a uma em

diversos momentos desta caminhada.

Embora pareça clichê, não poderia iniciar meus agradecimentos sem

agradecer a Deus. Por meio Dele todas as coisas se fizeram e sem Ele nada teria

ocorrido. Tenho visto Seu agir cheio de graça e misericórdia sobre a minha vida.

Obrigada meu Deus por tantas bênçãos e livramentos que tu tens me dado.

Gostaria de, com muito carinho, agradecer a meu esposo: Roberto Ribeiro de

Sousa Neto. Muito obrigada por dividir comigo as diversas dificuldades desta

caminhada, por me apoiar e incentivar a continuar e, sobretudo por compreender a

ausência e com alegria celebrar cada retorno para casa.

À minha família em especial a Guaraci Pereira dos Santos, Cinthya Rebecca

Santos Melo, Rosângela Sousa e Roberta Claudia. Sei que as orações e torcida por

mim foram constantes durante esses dois anos.

Aos meus queridos amigos, que apesar de não serem em grande quantidade

não gostaria de correr o risco de, ao cita-los, esquecer ao menos um. O meu muito

obrigada pelo apoio, torcida, orações, compreensão por minha ausência e esforços

para que eu sempre estivesse presente em nossos encontros. Vocês são muito

especiais para mim.

Á minhas orientadoras profª Drª Arméle Dornelas de Andade e profª Drª

Daniella Cunha Brandão que para mim são exemplos de amor e dedicação ao que

fazem. Mulheres que se destacam pela competência e excelência e que me

inspiram a parecer ao menos um pouco com elas.

Às contribuições preciosas da minha banca: Profª Drª Vanessa Resqueti e

Profº Drº Guilherme Fregonezi. Muito obrigada por dedicarem parte do seu tempo ao

aprimoramento deste trabalho.

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Ao laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da UFPE em especial a Helga

Cecília Muniz, Taciano Rocha, Jéssica Brito, Catarina Rattes, Cyda Reinaux, Shirley

Campos e Lívia Melo. Vocês foram a minha família em Recife. Contribuiram

para o meu crescimento acadêmico e profissional, me apoiaram desde a concepção

deste projeto, se importaram e cuidaram de mim em uma cidade completamente

nova.

Ao casal de amigos Edivânia Santiago e Silvio. Muito obrigada por me

acolherem de forma tão generosa em sua casa durante todo o período em que

estive em Natal. Vocês foram instrumentos de bênção em minha vida, que Deus

possa retribuí-los.

A minha turma do mestrado, em especial a parte paraibana da turma: Manuele

Jardim, Cassiane Costa, Carolina Raissa, Neciene e Murilo Frazão. A presença de

vocês tornou o mestrado mais agradável. Não esquecerei dos momentos bons que

vivemos em Natal.

A todos os pacientes e familiares que apesar das fragilidades e limitações se

dispuseram a participar deste estudo.

Aos mestres e funcionários da UFRN Jamilson Brasileiro, Álvaro Campos,

Gardênia Holanda, Selma Bruno, Guilherme Fregonezi, Karla Mônica, Ricardo

Guerra, Tânia e Patríca Campos pela disponibilidade de ensinar e toda a ajuda

durante o mestrado.

A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para eu chegasse até aqui:

Muito obrigada!

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Sumário

DEDICATÓRIA ...................................................................................................... v AGRADECIMENTOS ........................................................................................... vi LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ ix LISTA DE TABELAS ............................................................................................. x RESUMO.............................................................................................................. xi ABSTRACT ......................................................................................................... xii 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2 2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 4 2. 1 Doença de Parkinson .................................................................................... 5 2. 1. 2 Alterações respiratórias na doença de Parkinson ..................................... 6 2. 2 Terapia incentivadora da inspiração .............................................................. 7 3 OBJETIVOS .................................................................................................... 11 3.1 Objetivo geral ............................................................................................... 12 3.2 Objetivos específicos ................................................................................... 12 4 METODOLOGIA .............................................................................................. 13 4.1 Natureza do estudo ...................................................................................... 14 4.2 Local de realização ...................................................................................... 14 4.3 Amostra ........................................................................................................ 14 4.4 Aspectos éticos ............................................................................................ 16 4.5 Instrumentos e procedimentos ..................................................................... 16 4.5.1 Medidas antropométricas .......................................................................... 17 4.5 2 Avaliação da função pulmonar .................................................................. 18 4.5.3 Avaliação das pressões respiratórias máximas ......................................... 19 4.5.4 Pletismografia Óptoeletrônica ................................................................... 20 4.5.5 Intervenções .............................................................................................. 21 4.6 Análise estatística ........................................................................................ 22 4.7 Resultados e discussão................................................................................ 22 5 ANEXAÇÃO DO ARTIGO ............................................................................... 23 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 44 ANEXOS ................................................................................................................ Apêndices...............................................................................................................

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Lista de Figuras

Figura 1. Fluxograma de alocação dos participantes;

Figura 2. Desenho do estudo;

Figura 3. Espirômetro Micromedical Microloop MK8;

Figura 4. Manovacuômetro digital Globalmed MVD 300;

Figura 5. Disposição geral dos 89 marcadores. Visão anterior e posterior;

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Dados antropométricos, estadiamento da patologia, função pulmonar e pressões respiratórias máximas;

Tabela 2. Dados iniciais da distribuição de volumes total e compartimental da parede torácica;

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Resumo

Objetivo: Avaliar os efeitos da técnica Breath-Stacking (BS) e da espirometria de

incentivo (EI) sobre os volumes da caixa torácica imediatamente após e em até trinta

minutos após as técnicas em pacientes com doença de Parkinson (DP). Métodos:

Trata-se de um estudo do tipo cross-over. Fizeram parte do estudo 14 pacientes

com DP de leve a moderada. Os indivíduos realizaram a técnica Breath-Stacking,

espirometria de incentivo a volume e participaram de uma fase controle de acordo

com a randomização. Os voluntários foram avaliados pela pletismografia

óptoeletrônica sempre antes, imediatamente após, quinze e trinta minutos após a

realização das técnicas. Foi utilizado a ANOVA de medidas repetidas com pós-hoc

de Tukey para as variáveis paramétricas, e o teste de Friedman com pós-hoc de

Dunns para as variáveis não paramétricas. O nível de significância adotado foi de

5%, com p<0,05. Resultados: Após a utilização das técnicas BS e do EI foi

observado um aumento do volume corrente e do volume minuto dos voluntários

(p<0,05), sem alterações significativas durante a fase controle (p>0,05). Após o uso

do EI foi observado maior participação dos compartimentos pulmonar (Vc, Ctp) e

abdominal (Vc, Cta), sem alterações significativas após a BS e C. Os efeitos das

técnicas não permaneceram após quinze minutos da realização. Não foi observada

diferença significativa em relação ao volume inspiratório alcançado durante as

técnicas. Conclusão: a técnica Breath-Stacking e a espirometria de incentivo

promovem ganho imediato no volume corrente e no volume minuto dos pacientes

com DP em estadiamento leve a moderado, entretanto o efeito das técnicas não

permanece após quinze minutos. Os efeitos das duas técnicas na geração de

volumes inspiratórios na DP são equivalentes. Na prática clínica estes resultados

sugerem que estas técnicas de reexpansão podem ser usadas como um recurso

terapêutico para prevenir ou reverter áreas de atelectasia nestes pacientes.

Palavras-Chaves: Doença de Parkinson, Pletismografia ópto-eletrônica, exercícios

respiratórios, re-expansão pulmonar.

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Abstract

Objective: To evaluate the effects of technical Breath-Stacking (BS) and Incentive Spirometry (EI) on volumes of ribe cage immediately after thirty minutes following the techniques in patients with Parkinson's disease. Methods: This was a cross-over study. The study investigated 14 patients with mild to moderate PD. The subjects performed the technique Breath-Stacking, incentive spirometry the volume and participated in a phase control according to randomization. The volunteers were assessed by optoelectronic plethysmography, before, immediately after, fifteen and thirty minutes after completion techniques. We used a repeated measures ANOVA with post hoc Tukey test for parametric variables, and the Friedman test with post-hoc Dunns for nonparametric variables. The level of significance was set at 5%, p<0,05. Results: The technique BS and EI increased tidal volume and minute volume of volunteers (p<0,05) without significant changes in the control phase (p>0,05). The EI group showed higher contribution of lung compartments (Vt, Rcp) and abdominal (Vt, Rca) after the technique. The effects of techniques have not remained after 15 minutes. A comparison of inspiratory volume reached between the techniques showed no significant difference. Conclusion: Breath-Stacking technique and incentive spirometry promote immediate gain in tidal volume and minute volume of volunteers with PD in mild to moderate stage. However, the presented protocol was not able to promote residual effect to techniques. Neither of the two techniques was superior in generating inspiratory volumes in PD and therefore equivalent. In clinical practice, these results suggest that these techniques reexpansion be used as a therapeutic to prevent or reverse areas of atelectasis in these patients.

Keywords: Parkinson Disease, Ópto-electronic plethysmography, Breathing-

exercises, re-expansion pulmonary.

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1INTRODUÇÃO

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A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa e progressiva

que compromete a independência funcional e interfere na qualidade de vida de seus

portadores (Rao et al., 2006). Atinge principalmente idosos acima de 50 anos e é a

segunda desordem do movimento mais comum nessa população (Barbosa et al.,

2006).

A DP acarreta primariamente distúrbios motores e tem como causa a morte de

células produtoras de dopamina na substância negra do cérebro, mesencéfalo e

lócus ceruleus (Rao et al., 2006). A bradicinesia, tremor de extremidades e rigidez

muscular são conhecidas como a tríade que caracteriza esta doença, porém com o

seu avançar é comum o aparecimento de distúrbios autonômicos e psíquicos

(Klockgether, 2004).

As disfunções do sistema respiratório na DP também são comuns. Estas

disfunções são consideradas de etiologia multifatorial, pois estão relacionadas às

alterações posturais, rigidez muscular, bradicinesia e fraqueza dos músculos

respiratórios comuns a própria DP (Ferreira et al., 2008). Essas alterações

pulmonares frequentemente incluem uma combinação de distúrbio respiratório

restritivo e obstrutivo, diminuição da expansibilidade pulmonar e aumento do

trabalho respiratório (Cardoso e Pereira, 2002) levando a volumes e capacidade

pulmonares com valores abaixo do esperado (Parreira et al., 2003).

Entretanto, na prática clínica o tratamento dos pacientes com Parkinson é

voltado apenas para a o controle dos distúrbios motores (Cardoso e Pereira, 2002),

porém as alterações respiratórias estão relacionadas às causas de óbito,

principalmente por pneumonia aspirativa em casos mais avançados (Parreira et al.,

2003). Desta forma, o fisioterapeuta visa a diminuição destas complicações

pulmonares através de técnicas de expansão pulmonar e de melhora na ventilação

alveolar. Dentre as principais técnicas utilizadas pela fisioterapia respiratória

destacam-se o Espirômetro de Incentivo a volume (EI) e a técnica Breath-Stacking

(BS).

O EI foi idealizado em 1970 por Bartlett et al objetivando garantir, através de

feedback visual, a realização de inspirações profundas de forma lenta e sustentada

(Tomich et al., 2007; Overend et al., 2001), com o intuito de restaurar os volumes

pulmonares (Marques e Faria, 2009) além de mensurar e melhorar a capacidade

inspiratória (Dias et al., 2011; Faria et al., 2008).

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Já a técnica Breath-Stacking foi proposta por Marini et al., em 1986, tendo

como diferencial a possibilidade de ser utilizada em pacientes pouco cooperativos,

inconscientes ou ainda naqueles incapazes de manter uma inspiração sustentada

(Marques e Faria, 2009). Trata-se da realização de esforços inspiratórios através de

uma máscara acoplada a uma válvula unidirecional que permite apenas a

inspiração. Nesta técnica o paciente busca atingir a capacidade pulmonar total

(CPT) e então a expiração é permitida (Dias et al., 2011).

Na prática clínica, os estudos que comparam estas técnicas se limitam a

pacientes em pós-operatório de cirurgia abdominal e cardíaca (Dias et al., 2008;

Dias et al., 2011) e em crianças com distrofia muscular (Faria et al., 2008). Em

grande parte dos estudos a técnica BS mostrou-se superior na geração de volumes

inspiratórios quando comparada a EI. Porém, nestes estudos apenas as variáveis

espirométricas foram utilizadas como parâmetro para avaliar a expansão pulmonar.

Entretanto através da Pletismografia Ópto-eletronica (POE) é possível avaliar

indiretamente o volume pulmonar, o padrão respiratório e a participação de cada

compartimento pulmonar no volume total, sendo possível estabelecer o efeito em

termos de distribuição dos volumes da caixa torácica em cada uma das técnicas

(Aliverti e Pedotti, 2003).

A POE é um método validado e não invasivo para a avaliação dos volumes da

caixa torácica. Neste exame a caixa torácica é dividida em três compartimentos:

Caixa Torácica Pulmonar (Ctp) que corresponde a região dos pulmões, Caixa

Torácica Abdominal (Cta) correspondendo ao diafragma e Abdômen (Ab) que

corresponde ao compartimento abdominal propriamente dito (Britto et al., 2012).

As disfunções pulmonares interferirem negativamente na qualidade de vida dos

pacientes com DP podendo levá-los ao óbito, são necessárias estratégias para a

otimização da função pulmonar desses pacientes. Até o presente momento não se

tem conhecimento de ensaios clínicos que comparem o efeito dessas duas técnicas

(EI e BS) nessa população. Além disso, a literatura pesquisada não reporta nenhum

estudo que defina a duração dos efeitos de nenhuma das duas técnicas. Essa

informação permitiria uma melhor escolha e prescrição das técnicas empregadas de

forma a maximizar os seus benefícios, sendo um dos objetivos da presente

pesquisa.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

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2.1 Doença de Parkinson:

A primeira descrição da Doença de Parkinson (DP) ocorreu em 1817 pelo

médico James Parkinson, que a caracterizou como uma doença neurodegenerativa

que comprometia o sistema motor (Massano, 2011). A DP é hoje a segunda

desordem neurodegenerativa mais frequente em todo o mundo e atinge comumente

indivíduos acima de cinquenta anos de idade, sendo mais prevalente entre homens

(3:2), porém sem predomínio em qualquer cor, raça ou classe social (Park, 2012).

Estima-se que a incidência média da doença seja de 15 a 20 casos a cada 100

mil habitantes por ano. No Brasil, ainda não existem dados oficiais que indiquem a

incidência da doença, entretanto de acordo com dados do Ministério da Previdência

Social, a DP é uma das maiores causadoras de incapacidade e de aposentadoria

por invalidez entre os idosos brasileiros (Zavariz e Limeira, 2012; Wirdefeldt et al.,

2011).

Na DP ocorre uma degeneração de partes do sistema nervoso central, causado

pela morte de células produtoras de dopamina, localizadas na substância negra

compacta, mesencéfalo e lócus ceruleus. As modificações patológicas que ocorrem

nesta doença possuem uma característica ascendente. Em geral, as células

susceptíveis do tronco encefálico são acometidas primeiro, seguidas pela substância

negra e áreas corticais (Braak et al, 2003; Klockgether, 2004). Os neurônios em

processo de degeneração destas áreas do encéfalo, podem conter corpos de Lewy

que é uma característica marcante desta patologia. Estes são inclusões

citoplasmáticas formadas por agregados proteicos (Melo et al., 2007).

A dopamina é uma substância que funciona como neurotransmissor levando

mensagens elétricas entre os neurônios através das sinapses. A deficiência de

dopamina leva a degeneração neuronal com perda da influencia dopaminérgica

sobre o corpo estriado, dando origem ao quadro clínico da doença: bradicinesia,

rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural (Wirdefeldt et al., 2011) uma vez

que o corpo estriado exerce importante papel no controle dos movimentos

voluntários (Shobha et al., 2006; Schestatsky, 2004). Fazem parte também do

quadro clínico da DP os chamados “sintomas não motores” que incluem a disfagia,

distúrbios respiratórios, alterações do sono, apatia, fadiga, ansiedade, depressão e

distúrbios psíquicos (Khoo et al., 2013). Estes somados aos sintomas motores

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comprometem a qualidade de vida contribuindo para o isolamento social vivido por

esses pacientes (Massano, 2011; Park, 2012).

A etiologia da DP ainda não está completamente esclarecida, acredita-se que a

combinação complexa entre fatores genéticos e ambientais sejam os responsáveis

pelo desenvolvimento desta patologia (Massano, 2011). O diagnóstico da DP é

essencialmente clínico e é baseado na presença de bradicinesia e, no mínimo, mais

uma das características da doença (tremor de repouso, rigidez ou instabilidade

postural). A resposta a levodopa também se caracteriza como componente essencial

para o diagnóstico da doença e os exames complementares muitas das vezes

servem apenas para o diagnóstico diferencial (Massano, 2011; Rao et al., 2006).

2.1.2 Alterações Respiratórias na Doença de Parkinson

Embora as manifestações motoras ganhem destaque entre as intervenções

voltadas para a DP (Alves, 2005), os distúrbios respiratórios que acometem estes

pacientes possuem relação com a severidade da patologia e contribuem

significativamente para morbidade e mortalidade dos doentes com Parkinson (De

Pandis et al., 2002). Entretanto, o estilo de vida sedentário adotado por estes

pacientes fazem com que as queixas respiratórias sejam pouco frequentes nos

primeiros estágios da doença, manifestando-se com a progressão da patologia

(Parreira, 2003; Polatli, 2001).

Em geral, uma combinação de distúrbio respiratório restritivo e obstrutivo está

presente (Polatli, 2001; Sathyaprabha, 2005). Diversos aspectos da fisiopatologia da

DP explicam o aparecimento dessas alterações respiratórias (Parreira, 2003), como

a postura hipercifótica, típica da patologia, somada a rigidez da caixa torácica que

podem reduzir a complacência do tórax (Cardoso e Pereira, 2002; Tamaki et al.,

2000).

Diversos músculos torácicos precisam contrair e relaxar durante os ciclos

respiratórios, porém a força dos músculos da respiração e a capacidade de contrair

esses músculos de forma coordenada encontram-se reduzidas na doença de

Pakinson (Tamaki et al, 2000). Desta forma, a geração dos fluxos respiratórios fica

potencialmente reduzida (Cardoso e Pereira, 2002) levando a volumes e capacidade

pulmonares com valores abaixo do esperado (Inzelberg et al., 2005) e aumento do

trabalho respiratório (Parreira et al., 2003).

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Na doença de Parkinson os distúrbios vegetativos representam a extensão do

prejuizo ao sistema nervoso autônomo decorrente das lesões do tronco cerebral

(Goldstein, 2003). Estes possuem intensidade variável e evidenciam um predomínio

das funções parassimpáticas. O aumento na atividade parassimpática provoca

anormalidades da função pulmonar com característica de distúrbio pulmonar do tipo

obstrutivo (Sathyaprabha, 2005), além disso, a tosse, por vezes encontra-se

prejudicada, havendo riscos de frequentes infecções respiratórias (Lamônica, 1997).

Além das modificações decorrentes da própria patologia, esses pacientes, por

serem em sua maioria idosos, possuem as alterações no sistema respiratório

inerentes ao próprio envelhecimento. Dentre as principais modificações na mecânica

e função pulmonar no processo de envelhecimento encontramos um declínio nos

volumes e capacidades pulmonares, na força dos músculos respiratórios, diminuição

da mobilidade do gradil costal e da excursão diafragmática (Huang et al, 2011;

Sharma, 2006).

2.2 Terapia Incentivadora da Inspiração

A incapacidade de expandir os pulmões até a sua capacidade máxima dá

origem a áreas de microatelectasia pulmonar (Armstrong, 2009). Inspirações

profundas e sustentadas elevam a pressão transpulmonar com consequente

aumento dos volumes pulmonares, melhora das trocas gasosas e estabilidade dos

alveolos (Parreira et al., 2005; Restrepo et al., 2011). O aumento do volume

pulmonar promove a manutenção dos movimentos da caixa torácica, evita a

contratura dos músculos torácicos, melhora a eficácia da tosse, é capaz de reverter

atelectasias e prevenir diversas complicações respiratórias (McKim et al., 2012;

Tomich, 2007). Várias técnicas e instrumentos são apresentados como capazes de

elevar os volumes pulmonares, entre elas a espirometria de incentivo e a Breath-

Stacking.

O primeiro espirômetro de incentivo foi desenvolvido na década de 1970

objetivando incentivar inspirações profundas até a Capacidade Pulmonar Total

(CPT) utilizando feedback visual (Bartlett et al., 1973). Os espirômetros de incentivo

são instrumentos utilizados para restaurar os volumes pulmonares através de

inspirações lentas e sustentadas (Restrepo et al., 2011). É indicado na presença ou

em condições que predispõe atelectasia pulmonar, como em pré o pós-operatório de

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cirurgias torácicas e abdominais (Carvalho et al., 2011), repouso prolongado no leito

e doenças pulmonares restritivas (Restrepo et al., 2011). Entretanto o uso do

espirometro de incentivo está limitado a pacientes colaborativos, conscientes, ou

que estejam sob supervisão adequada, portanto não apresenta efetividade em

pacientes incapazes de respirar profundamente devido a dor, ou capacidade

inspiratória menor que 33% do predito (Restrepo et al., 2011).

Podem ser classificados com espirômetro de incentivo a fluxo ou a volume,

diferindo de acordo com a forma de feedback oferecida. Nos espirômetros a fluxo os

esforços inspiratórios geram a elevação de esferas e não proporcionam a

visualização do volume atingido, por sua vez nos espirômetros a volume o

deslocamento de seu cilindro permite a visualização do volume alcançado (Marques

e Faria, 2009). Quanto aos mecanismos fisiológicos os espirômetros a volume

proporcionam um tempo inspiratório e ativação diafragmática maiores, contribuindo

para geração de fluxos laminares que facilitam a ventilação mais uniforme do

parênquima pulmonar (Parreira et al., 2005; Parreira et al., 2004; Tomich et al.,

2007). Por outro lado, uma maior utilização da musculatura acessória da respiração

e aumento do trabalho respiratório são atribuídos aos espirômetros a fluxo, o que

por sua vez proporciona um menor tempo inspiratório e a geração de fluxos mais

turbulentos o que dificulta a ventilação de áreas mais periféricas do pulmão. (Ho et

al., 2000; Weindler et al., 2001).

Em ambos, o paciente é orientado a realizar uma expiração normal e em

seguida inspirar de forma lenta, profunda e sustentada por meio de um bucal

conectado ao equipamento. A inspiração deve ter duração de no mínimo 3 a 5

segundos (Restrepo et al., 2011). Na prática clínica, o espirômetro de incentivo é

utilizado amplamente para prevenção e recuperação das complicações pulmonares

decorrentes de fraqueza de músculos respiratórios, respiração monótona e

superficial e dificuldade da geração de fluxos respiratórios, porém apesar de seu uso

fazer parte da rotina da terapia respiratória o seu efeito isolado ainda permanece

controverso (Carvalho et al., 2011; Overende et al, 2001).

A Breath-Stacking (BS), cuja tradução em português não é consenso por isso

será mantida a terminologia original, foi descrita por Marini et al., em 1986 como

uma técnica capaz de avaliar a capacidade inspiratória em pacientes inconscientes,

não colaborativos ou ainda com incapacidade de sustentar um esforço inspiratórios

devido a dor, dispnéia ou fraqueza muscular (Marini et al., 1986) Em 1990, Baker et

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9

al., sugeriu a utilização desta técnica objetivando o aumento dos volumes

pulmonares em pacientes com dificuldades na utilização dos espirômetros de

incentivo (Baker et al., 1990).

A BS consiste na realização de sucessivos esforços inspiratórios por meio de

uma interface (máscara ou bucal) conectada a uma válvula unidirecional que permita

a inspiração e bloqueie a expiração (Marini et al., 1986). Durante aproximadamente

20 segundos o paciente realiza sucessivos esforços inspiratórios que aumentam

progressivamente o volume pulmonar. A medida que o volume pulmonar aumenta

os esforços inspiratórios se tornam menores, pois o músculos da caixa torácica

passam a trabalhar em desvantagem mecânica devido a posição de bloqueio

inspiratório que o tórax assume (Marini et al., 1986; Marques e Faria, 2009). A

manobra é encerrada quando as inspirações não são mais suficientes para vencer a

força de recolhimento elástico do pulmão (Marini et al., 1986; Feitosa et al., 2012). O

tempo inspiratório prolongado, a pausa inspiratória e o alcance de volumes próximos

a capacidade pulmonar total realizados durante esta técnica, provavelmente

favorecem a ventilação colateral, reexpande áreas de atelectasia e reduz o shunt

pulmonar (Marques e Faria, 2009).

Alguns estudos compararam a utilização da EI e da BS. No estudo de Dias et

al., 2008, no qual indivíduos no pós-operatório de cirurgia abdominal foram

submetidos às duas técnicas, foi observado que a geração de fluxos inspiratórios foi

superior durante a BS comparada ao EI. Resultado semelhante foi demonstrado em

pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Neste estudo o grupo que realizou

a BS atingiu maiores volumes inspiratórios que o grupo que realizou a EI (Dias et al.,

2011).

Entretanto, em um estudo utilizando ultrassonografia, o deslocamento do

diafragma não mostrou ser significativamente diferente durante a realização das

duas técnicas em indivíduos saudáveis, embora os volumes alcançados também

tenham sido superiores na BS (Pomponet et al., 2000). Diferenças em relação a

distribuição da ventilação pulmonar também foram demonstradas entre estas duas

técnicas. Utilizando a inalação de radioaerossol e a cintilografia, Diniz et al., 2004

demonstrou que a técnica Breath-Stacking favorece a ventilação nas bases

pulmonares e regiões periféricas, enquanto que durante a espirometria de incentivo

as regiões centrais e terço médio do pulmão eram mais ventiladas.

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10

Estes aspectos fisiológicos fazem com a BS seja considerada pela literatura

com uma técnica superior ao EI na geração de volumes inspiratórios, porém na

maioria dos estudos, apenas as variáveis espirométricas foram utilizadas como

parâmetro para avaliar a expansão pulmonar. Entretanto através da Pletismografia

Ópto-eletronica (POE) é possível avaliar o padrão respiratório, volume da caixa

torácica e participação de cada compartimento no volume total, sendo possível

estabelecer com maior precisão o efeito das técnicas.

Até o presente momento não se tem conhecimento de estudos que comparem

o uso das técnicas BS e EI em pacientes com doença de Parkinson, ou ainda que

avaliem a distribuição dos volumes através da POE. Portanto, a investigação do

efeito dessas técnicas pode contribuir para uma melhor escolha e prescrição das

técnicas empregadas na prática clínica, de forma a maximizar os seus benefícios

sobre a função pulmonar destes pacientes.

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11

3 OBJETIVOS

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3.1 Objetivo geral:

• Comparar a variação do volume total e por compartimentos entre a técnica

Breath-Stacking e a espirometria de incentivo em pacientes com doença de

Parkinson;

3.2 Objetivos específicos:

• Comparar a distribuição total e regional de volumes da caixa torácica entre a

técnica Breath-Stacking e a espirometria de incentivo em pacientes com

doença de Parkinson;

• Avaliar a duração dos efeitos da técnica Breath-Stacking e da espirometria de

incentivo em pacientes com doença de Parkinson;

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4 METODOLOGIA

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4.1 Natureza do estudo:

Trata-se de um ensaio clínico cruzado.

4.2 Local de realização:

O estudo foi desenvolvido no período de junho a dezembro de 2012, no

Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar, do departamento de fisioterapia da

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

4.3 Amostra

A amostra foi calculada baseada em um estudo piloto com 8 pacientes,

utilizando o software G*Power. Foi realizado o test t para amostras independentes,

considerando a comparação entre os grupos Espirometria de Incentivo (0,13±0,06) e

Breath-Stacking (0,11 ±0,05) comparados ao Controle (0,07±0,03), obtendo-se um

amostra de 8 e 14 pacientes respectivamente, com poder de 80% e um α= 0.05

unilateralmente. O volume referente ao compartimento torácico pulmonar (Vc,Ctp)

pós técnica em litros (L) foi usado para determinação do tamanho amostral por se

tratar de um desfecho importante para o estudo. Foi considerada uma amostra de 14

pacientes em cada grupo referente ao resultado da comparação que necessitou de

maior número de indivíduos por grupo (Breath-Stacking e Controle).

Foram recrutados pacientes com DP idiopática, oriundos do Hospital das

Clínicas (HC) da UFPE, do banco de dados da Faculdade Estácio em Recife-PE e

da Associação de Parkinson de Pernambuco (ASP-PE).

Os critérios de inclusão foram o diagnóstico da doença de Parkinson, com

idade entre 40 e 80 anos, tratamento farmacológico regular com administração de

levodopa e/ou medicações antipakinsonianas. Foram excluídos da pesquisa os

pacientes que apresentaram: doença pulmonar prévia, estado mental alterado

indicado pelo MEEM (Mini Exame do Estado Mental), alteração da medicação

durante o período do estudo ou demonstraram impossibilidade de executar

satisfatoriamente qualquer um dos procedimentos de coleta do estudo.

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15

Foram selecionados para participar do estudo 30 idosos com DP, 15 deles

foram excluídos. Desta forma, o estudo foi iniciado com 15 pacientes.

Posteriormente 1 voluntário não completou o estudo e foi excluído da amostra,

sendo o estudo finalizado com 14 pacientes. O fluxograma completo com os

detalhes a respeito do recrutamento, alocação, seguimento e análise está exposto

na figura 1.

Figura 1: Fluxograma de Alocação dos Participantes

Rec

ruta

men

to

Alo

caçã

o

Seg

uim

ento

A

nál

ise

PERDAS (1)

Desistência da participação durante o tratamento

ANALISADOS (14)

Homens (9)

Mulheres (5)

PACIENTES AVALIADOS

(n=18) EXCLUIDOS (n=3)

Recusa em participar (n=1)

Não preencheu critérios de inclusão (n=2) RANDOMIZADOS

(n=15)

BREATH-STACKING

(n=15)

ESPIROMETRIA DE INCENTIVO

(n=15)

CONTROLE

(n=15)

PACIENTES CONTACTADOS

(n=30) EXCLUIDOS (n=12)

Recusa em participar (n=7)

Não encontrado (n=5)

PERDAS (1)

Desistência da participação durante o tratamento

PERDAS (1)

Excluído por não ter participado das demais fases

ANALISADOS (14)

Homens (9)

Mulheres (5)

ANALISADOS (14)

Homens (9)

Mulheres (5)

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4.4 Aspectos Éticos:

O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFPE e

obteve aprovação com número de parecer 106.034 e CAAE 04940212.0.0000.5208

(Anexo 1). Todos os indivíduos que participaram do estudo foram informados da não

obrigatoriedade da participação da pesquisa, ausência de gastos financeiros e o

anonimato mantido em relação aos dados colhidos, tiveram também a liberdade de

se recusar a participar ou retirar o seu consentimento em qualquer uma das fases da

pesquisa sem penalização alguma ou represálias, além disso, assinaram o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido- TCLE (Apêndice 1) de acordo com o

conselho nacional de saúde (Resolução 196/96).

4.5 Instrumentos e Procedimentos:

Após os devidos esclarecimentos sobre os objetivos e métodos empregados

na pesquisa, aplicou-se o instrumento de coleta de dados (Apêndice 2) e TCLE. Os

indivíduos foram submetidos a uma avaliação inicial, constando de dados gerais,

avaliação antropométrica, Escala de Estadiamento de Hoehn e Yahr (HY)

Modificada, Escala de Avaliação para Doença de Parkinson (UPDRS), Mini Exame

do Estado Mental (MEEM), teste de função pulmonar e avaliação das pressões

respiratórias máximas. Havendo o cumprimento de todos os critérios de inclusão, a

avaliação seguiu-se com a realização da POE seguida da realização da intervenção,

POE imediatamente após a intervenção, 15 e 30 minutos após a intervenção. A fim

de garantir o cegamento do estudo, os procedimentos de avaliação dos indivíduos

foram realizados por um único pesquisador, as técnicas foram executadas por um

segundo pesquisador que não teve contato com as avaliações, e a ordem de

realização das técnicas foi realizada através da randomização por um pesquisador

colaborador (figura 2).

Os indivíduos compareceram ao laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar

quatro dias diferentes obedecendo a um intervalo mínimo de 7 dias entre eles. No

primeiro dia foi realizada a avaliação antropométrica, espirometria forçada,

manovacuometria, HY, UPDRS e MEEM. No segundo, terceiro e quarto dias foram

realizadas as técnicas (escolhidas de acordo com a randomização).

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Pesquisador 2

Figura 2: Desenho do estudo

4.5.1 Medidas Antropométricas:

Os dados antropométricos (peso e altura) foram obtidos por meio de uma

balança da marca Welmy® modelo W300 (Santa Barbara do Oeste, Brasil) que tem

capacidade para 300 kilogramas (Kg), com precisão de 50 gramas (g), acoplada

com um antropômetro com 2 metros (m) de comprimento, ambos calibrados pelo

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). A

pesagem e medição foram realizados com o indivíduo de pé, com calcanhares

unidos, panturrilhas, nádegas, dorso e região occipital em contato com a régua

Randomização

OEP

Breath-Stacking Espirômetro de Incentivo Controle

OEP

0’ após

15’ após

30’ após

Seleção dos pacientes

Avaliação clínica

Espirometria

Manovacuometria Pesquisador 1

Pesquisador colaborador

Pesquisador 1

7

d

i

a

s

7

d

i

a

s

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18

antropométrica. Os dados obtidos foram utilizados para o cálculo do Índice de Massa

Corpórea (IMC).

4.5.2 Avaliação da função pulmonar

Para o teste espirométrico foi utilizado o Espirômetro Micromedical Microloop

MK8 (MicroMedical, Inglaterra) (Figura 3), calibrado diariamente conforme as

orientações do próprio manual. Os procedimentos técnicos, os critérios de

aceitabilidade e reprodutibilidade seguiram as recomendações da American Thoracic

Society (2005).

A espirometria foi realizada com o indivíduo na posição sentada com apoio para

as costas, porém sem apoio para os braços, coluna ereta, pés apoiados no chão,

usando clipe nasal e bocal descartável posicionado entre as arcadas dentárias

superior e inferior de modo a não haver vazamento durante a realização das

manobras. A determinação dos valores previstos para a população brasileira foi

realizada de acordo com o protocolo de Pereira (2007).

Figura 3 - Espirômetro Micromedical Micro loop MK8

Na espirometria forçada a inspiração foi próxima a CPT seguida de uma

expiração máxima, forçada e prolongada em direção ao VR com a finalidade de

verificar o Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1), Capacidade

Vital Forçada (CVF) e o índice de Tiffeneau (VEF1/CVF). Cada paciente realizou no

mínimo três e no máximo oito manobras aceitáveis e reprodutíveis. Na análise dos

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dados foram aceitos os valores absolutos e preditos e foram analisados segundo os

valores de normalidade para a população brasileira propostos por Pereira (2007).

4.5.3 Avaliação das pressões respiratórias máximas

Para a avaliação da força dos músculos respiratórios através da mensuração

da Pressão Inspiratória Máxima (PImax) e Pressão Expiratória Máxima (PEmax), foi

utilizado o manovacuômetro digital Globalmed MVD 300 (Porto Alegre, Brasil)

(Figura 4). As manobras foram executadas estando os sujeitos sentados com apoio

para as costas, com pés apoiados no chão, utilizando clipe nasal e um bucal com

orifício de fuga de aproximadamente 1 mm. Todos os indivíduos realizaram o teste

com o mesmo avaliador de forma a padronizar os comandos verbais de estímulo.

A PImax e PEmax foram executadas a partir do VR e da CPT

respectivamente. Foram realizadas no mínimo 3 e no máximo 8 tentativas de cada

uma das manobras com descanso de 1 minuto entre elas. O teste era finalizado

quando a diferença entre 3 manobras não excedia 10%. Os valores de referência

para interpretação dos resultados foram obtidos do estudo de Neder et al (1999).

Figura 4 – Manovacuômetro digital Globalmed MVD 300

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4.5.4 Pletismografia Ópto-eletrônica (POE)

Para a avaliação da cinemática tóraco-abdominal e dos volumes da caixa

torácica foi utilizado um pletismógrafo opto-eletrônico BTS Bioengeneering® (Milão,

Itália). O sistema composto por oito câmeras é capaz de captar o sinal reflexivo de

89 marcadores fixados ao tórax do indivíduo avaliado e de calcular, a partir das

coordenadas fornecidas por esses marcadores e com base no teorema de Gauss,

as variações de volumes pulmonares como um todo e em cada compartimento

(Aliverti et al., 2003).

A caixa torácica foi dividida em três compartimentos: caixa torácica pulmonar

(Ctp) que corresponde a região do pulmão, caixa torácica abdominal (Cta)

correspondendo ao diafragma e abdômen (Ab) que corresponde ao abdômen

propriamente dito. Após o processo de registro, o software possibilita a formação de

uma imagem tridimensional da parede torácica (Parreira et al., 2012; Cala et al.,

1996).

Os 89 marcadores são auto-reflexivos, semi-hemisféricos, hipoalérgicos,

medindo de 6 a 10 mm de diâmetro. Estes foram fixados em referências anatômicas

do tórax e abdômen do avaliado distribuidas entre doze linhas verticais e quatorze

linhas horizontais conforme mostra a figura 5 (Aliverti et al., 2003).

Figura 5 - Disposição geral dos 89 marcadores. Visão anterior e posterior.

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Inicialmente foi realizada a calibração do equipamento, em duas etapas

consecutivas: (I) posicionamento de três hastes com marcadores reflexivos para que

o sistema possa reconhecer três eixos de imagem e o registro da imagem das

hastes tem a duração de cinco segundos; (II) varredura da área onde o participante

será posicionado, por meio da movimentação de uma haste com três marcadores

reflexivos nos planos sagital, frontal e transversal, totalizando cem segundos de

registro da movimentação.

Após a calibração o indivíduo foi posicionado sentado numa superfície rígida e

sem apoio, com as mãos sob os quadris e entre quatro câmeras à frente e quatro

posteriormente a uma distância de aproximadamente 2,20 m. Os 89 marcadores

reflexivos foram fixados, com fita bi-adesiva antialérgica e em seguida foi realizada a

aquisição de imagens utilizando o software POE capture desenvolvido pela BTS

Bioengeneering®. A aquisição das imagens foi realizada com o indivíduo respirando

tranquilamente por dois minutos sempre antes, imediatamente após, 15 e 30

minutos após cada técnica.

4.5.5 Intervenções:

A escolha da ordem da técnica foi definida de acordo com a randomização por

meio de um sorteio simples utilizando papéis numerados. Esta etapa foi executada

por um pesquisador colaborador que não teve contato com as avaliações e/ou

intervenções. As técnicas foram executadas três séries de cinco vezes cada, com o

intervalo de trinta segundos entre cada técnica. Os voluntários realizaram as

técnicas e a fase controle sentados com encosto para as costas. Para oferecer

segurança ao paciente era fornecido maior período de intervalo ou suspensão das

técnicas, caso este apresentasse sinais de dispnéia ou a pedido do voluntário.

Breath-Stacking: Foi utilizada uma máscara facial de silicone, conectada a uma

válvula unidirecional que permitia apenas a inspiração e esta conectada a um

ventilômetro que mostrou o volume inspirado pelo indivíduo. A máscara foi acoplada

a face do avaliado que realizava inspirações sucessivas até que o pesquisador

percebesse a ausência de volume de ar sendo inspirado e neste momento era

permitida a expiração (Baker et al., 1990; Feitosa et al., 2012)

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Espirometria de Incentivo: Foi utilizado um espirômetro de incentivo a volume

(Voldyne 5000® Sherwood Medical, EUA). Os indivíduos realizaram inspirações

lentas e profundas a partir da capacidade residual funcional até a capacidade

pulmonar total, buscando sustentar a inspiração por no mínimo três segundos

(Restrepo et al., 2011).

Fase Controle: Para a realização desta fase os voluntários adotaram posicionamento

igual as demais fases, porém sem a realização de nenhuma das técnicas. O

intervalo adotado entre cada umas das avaliações pelo POE foi de 15 minutos

(tempo médio em que ocorreria a realização das técnicas BS e EI).

4. 6 Análise Estatística

A análise dos dados foi realizada através do software estatístico Prisma Stat 3

(análise descritiva e inferencial). O teste estatístico Shapiro-Wilk foi utilizado para

verificar a normalidade dos dados. A análise de variância- ANOVA de medidas

repetidas com pós-hoc de Tukey foi realizado para as variáveis paramétricas, e o

teste de Friedman com pos-hoc de Dunns para as variáveis não paramétricas. O

nível de significância adotado foi de 5%, com p<0,05.

4.7 Resultados e Discussão:

Os resultados e discussão desse estudo serão apresentados no formato de

artigo, a seguir:

EFEITOS DA BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE INCENTIVO COMO

TÉCNICA DE REEXPANSÃO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON–

que foi submetido na revista Brazilian Journal of Physical Therapy.

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BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE INCENTIVO COMO TÉCNICA DE

REEXPANSÃO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

REEXPANSÃO PULMONAR EM PARKINSON

RHAYSSA RHAQUEL RIBEIRO1, DANIELA CUNHA BRANDÃO2, JÉSSICA BRITO NORONHA2, GUILHERME FREGONEZI1, VANESSA RESQUETI1, ARMÉLE DORNELAS DE ANDRADE2

1 Departamento de fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal,

Brasil; 2 Departamento de fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife,

Brasil;

Correspondência:

Arméle Dornelas de Andrade, PhD, PT, Departamento de Fisioterapia, Universidade

Federal de Pernambuco, Av. Jornalista Aníbal Fernandes, Cidade Universitária, CEP

50740–560 Recife, Pernambuco, Brasil. 81- 21268496.

Email: [email protected]

Palavras-chaves: Doença de Parkinson, Pletismografia Ópto-eletrônica, exercícios

respiratórios, re-expansão pulmonar

Key-words: Parkinson's disease, opto-electronic plethysmography, breathing

exercises, re-expansion pulmonary

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RESUMO:

Objetivo: Avaliar os efeitos da técnica Breath-Stacking (BS) e da espirometria de

incentivo (EI) sobre a variação de volumes da caixa torácica em pacientes com

doença de Parkinson (DP). Métodos: Estudo cross-over randomizado envolvendo

14 pacientes com DP (leve-moderada). A variação dos volumes da caixa torácica foi

analisada antes, imediatamente após, quinze e trinta minutos após a realização das

técnicas através da pletismografia ópto-eletrônica considerando três

compartimentos: caixa torácica pulmonar (Ctp), caixa torácica abdominal (Cta) e

abdômen. Resultados: Após as técnicas BS e EI houve um aumento do volume

corrente (VC) e do volume minuto (VM) (p<0,05), sem alterações após a fase

controle. Após o uso do EI houve maior participação dos compartimentos pulmonar

(Vc, Ctp) e abdominal (Vc, Cta), sem alterações após as fases BS e C. Os efeitos

das técnicas não permaneceram após quinze minutos da realização. Não houve

diferença em relação ao volume inspiratório alcançado durante as técnicas.

Conclusão: BS e EI promovem ganho imediato no VC e no VM dos pacientes com

DP em estadiamento leve a moderado. Os efeitos das duas técnicas em aumentar

os volumes inspiratórios na DP são equivalentes, mas não permanece após quinze

minutos. Estes resultados sugerem que estas técnicas de reexpansão podem ser

usadas para melhorar os volumes de maneira imediata, podendo desta forma,

prevenir ou reverter áreas de atelectasia nestes pacientes.

Palavras-Chaves: Doença de Parkinson, Pletismografia Ópto-eletrônica, exercícios

respiratórios, re-expansão pulmonar.

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ABSTRACT

Aim: to evaluate the effects of Breathing-Stacking (BS) and incentive spirometer (IS)

techniques in volume variations of the chest wall in patients with Parkinson Disease

(PD). Methods: 14 patients with mild-moderate PD diagnosis were included in this

randomized cross-over study. Volume variations of chest wall were assessed before,

immediately after, 15 and 30 minutes after BS and IS performance by opto-eletronic

pletismography considering three compartments: rib cage pulmonar (RCp), rib cage

abdominal (RCa) and abdominal (Ab). Results: tidal volume (Vt) and minute

ventilation (MV) significantly increased after BS and IS techniques (p<0.05) without

any change after control phase. After IS use there was greater involvement of

pulmonar (Vt, RCp) and abdominal (Vt, RCa) compartments. The effects of BS and

IS disappeared after 15 minutes of performance. There was no significant difference

regarding inspiratory volume reached during the techniques. Conclusion: BS and IS

promote immediate gain in Vt and MV in patients with mild-moderate PD. The effects

of both techniques in increasing inspiratory volumes in PD are equivalent; however

they do not remain after 15 minutes. These results suggest that these reexpansion

techniques can be performed to improve volumes immediately and may thereby

prevent or reverse areas of atelectasy in these patients.

Key-words: Parkinson's disease, opto-electronic plethysmography, breathing

exercises, re-expansion pulmonary

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INTRODUÇÃO

Os distúrbios respiratórios que estão presentes na Doença de Parkinson (DP)

apresentam, em geral, uma combinação de distúrbio respiratório restritivo e

obstrutivo com diminuição da expansibilidade pulmonar e aumento do trabalho

respiratório (Cardoso e Pereira, 2002). A postura hipercifócita, a rigidez e fraqueza

dos músculos respiratórios dificultam a expansibilidade pulmonar predispondo à

formação de áreas de microatelectasias nos pacientes com doença de Parkinson

(Tamaki et al., 2000).

Adicionalmente, as lesões do tronco cerebral decorrentes da doença

desencadeiam um distúrbio vegetativo com predomínio da atividade parassimpática

O aumento da atividade parassimpática predispõe ao distúrbio obstrutivo de vias

aéreas superiores nas estruturas glóticas (Goldstein, 2003). Os pacientes com

doença de Parkinson, frequentemente apresentam os volumes e as capacidades

pulmonares com valores abaixo do esperado sendo uma das causas mais comuns

de óbito a pneumonia aspirativa, principalmente nos últimos estágios da patologia

(Parreira et al., 2003). Portanto ainda que não haja protocolos de intervenção pré-

establecidos a intervenção da Fisioterapia Respiratória nos pacientes com Parkinson

deveria ser mandatória vista as repercuções da doença no sistema respiratório.

Algumas técnicas e equipamentos que objetivam a expansão pulmonar e a

melhora da ventilação poderiam ser utilizadas na Fisioterapia Respiratória para

prevenir e tratar as complicações respiratórias induzidas pela doença de Parkinson

entre elas o Espirômetro de Incentivo (EI) e a técnica Breath-Stacking (BS). O EI,

orientado a volume ou fluxo, é um equipamento comumente utilizado na prática

clínica, com o objetivo de prevenir atelectasias e restaurar os volumes pulmonares

através de inspirações lentas e sustentadas (Restrepo et al., 2011). Devido sua fácil

utilização e aplicabilidade é utilizado para prevenção de atelectasia pulmonar

(Carvalho et al., 2011) em diferentes doenças. Entretanto o uso do EI está limitado a

pacientes colaborativos, conscientes, ou que estejam sob supervisão adequada

(Restrepo et al., 2011). Por outro lado a técnica Breath-Stacking foi originalmente

desenvolvida para avaliar a capacidade inspiratória em pacientes não colaborativos,

ou ainda com incapacidade de sustentar esforços inspiratórios devido a dor, dispneia

ou fraqueza muscular (Marini et al., 1986). Em 1990, Baker et al., sugeriu a

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utilização desta técnica objetivando o aumento dos volumes pulmonares em

pacientes com dificuldades na utilização dos espirômetros de incentivo (Baker et al.,

1990; Feitosa et al., 2012).

Considerando ambas as técnicas com objetivos semelhantes, entretanto com

características distintas, e a necessidade de estabelecer os efeitos que poderiam

proporcionar nos volumes pulmonares em pacientes com Parkinson, o objetivo deste

estudo foi avaliar a eficácia da utilização do espirômetro de incentivo e da técnica

Breath-Stacking sobre os volumes da caixa torácica de pacientes com doença de

Parkinson através da Pletismogafia Ópto-eletrônica (POE).

MÉTODOS

Desenho do estudo

Trata-se de um ensaio clínico do tipo cross-over. Foram incluídos no estudo

pacientes com diagnóstico confirmado por neurologista e em tratamento

farmacológico em doses convencionais de medicações .antipakinsonianas , como

exemplo a levodopa. Foram excluídos da pesquisa aqueles que apresentaram:

estado mental alterado indicado pelo MEEM (Mini Exame do Estado Mental),

alteração da medicação durante o período da pesquisa ou demonstraram

impossibilidade de executar satisfatoriamente qualquer um dos procedimentos do

estudo. Os indivíduos foram submetidos a uma avaliação inicial, constando de dados

gerais, avaliação antropométrica, Escala de Estadiamento de Hoehn e Yahr

Modificada –HY (Goetz et al., 2004), Escala de Avaliação para Doença de Parkinson

– UPDRS (Fahn e Elton, 1987), Mini Exame do Estado Mental – MEEM (Folstein et

al., 1975), espirometria e pressões respiratórias máximas.

O estudo foi realizado em quatro dias não consecutivos para cada voluntário

obedecendo a um intervalo mínimo de 7 dias entre cada intervenção. No primeiro dia

foram realizadas as seguintes avaliações: antropométrica, espirometria forçada,

manovacuometria e aplicadas a HY, UPDRS e MEEM. Nos demais dias foram

realizadas as técnicas Breath-stacking, espirometria de incentivo e realizada a fase

controle (Figura 1). Todos os voluntários realizaram as duas intervenções e

participaram da fase controle. Para garantir o cegamento do estudo, os

procedimentos de avaliação dos indivíduos foram realizados por um único

examinador e as intervenções foram executadas por um segundo pesquisador. A

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28

escolha da ordem da técnica foi definida de acordo com a randomização por meio de

um sorteio simples utilizando papéis numerados. Esta etapa foi executada por um

pesquisador colaborador que não teve contato com as avaliações e/ou intervenções.

O protocolo do estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa e todos os

participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

Avaliação clínica

Espirometria e força muscular respiratória

A espirometria foi realizada seguindo os critérios de aceitabilidade das

manobras de acordo com a ATS (2005). Foram utilizados os valores absolutos e

relativos das variáveis VEF1, capacidade vital forçada (CVF), pico de fluxo

expiratório (PFE) e relação VEF1/CVF segundo as equações previamente descritas

(Pereira et al., 2007). Foi utilizado o espirômetro portátil Micro Loop 8 (MicroMedical,

Rochester, Inglaterra) calibrado diariamente. A força muscular respiratória foi

avaliada por meio das pressões respiratórias máximas (PImax e PEmax). A Pressão

Inspiratória Máxima (PImax) e Pressão Expiratória Máxima (PEmax) foram obtidas a

partir do volume residual e capacidade pulmonar total, respectivamente, de acordo

com os critérios da , Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, (Pereira,

2002) utilizando o manovacuômetro digital (MDI® modelo MVD 300 Globalmed®,

Porto Alegre, Brasil)

Avaliação dos volumes da parede torácica

Os volumes da parede torácica e de seus compartimentos: parede torácica

pulmonar (Ctp) que corresponde a região do pulmão, parede torácica abdominal

(Cta) correspondendo ao diafragma e abdômen (Ab) foi realizada com

Pletismógrafo Optoeletrônico (BTS Bioengineering®, Milão, Itália). O sistema é

composto por oito câmeras capazes de captar o sinal reflexivo de 89 marcadores e

de calcular, a partir das coordenadas fornecidas por esses marcadores e com base

no teorema de Gauss, as variações de volumes como um todo e em cada

compartimento (Aliverti et al., 2009). Após o processo de registro, o software

possibilita a formação de uma imagem tridimensional da parede torácica (Cala et al.,

1996).

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29

Os 89 marcadores reflexivos foram fixados com adesivos antialérgicos e em

seguida foi realizada a aquisição de imagens utilizando o software POE capture,

desenvolvido pela BTS Bioengeneering®. A aquisição das imagens foi realizada com

o indivíduo respirando tranquilamente por dois minutos sempre antes,

imediatamente após, 15 e 30 minutos após cada técnica ou fase controle.

Protocolo experimental

Para a execução da técnica Breath-Stacking foi utilizada uma máscara facial

de silicone, conectada a uma válvula unidirecional que permitia apenas a inspiração

e conectada a um ventilômetro (Ferraris Wright® Mark 8, Middlesex, Inglaterra) que

determinava o volume inspirado pelos sujeitos. A máscara foi acoplada a face dos

sujeitos que realizaram inspirações sucessivas até que o responsável pelo estudo

percebesse a ausência de volume de ar sendo inspirado e permitia a expiração

(Feitosa et al., 2012; Marine et al., 1986). Na espirometria de incentivo volume

orientada foi utilizado um espirômetro de incentivo Voldyne 5000® (Sherwood

Medical, St Loius, EUA). Os indivíduos foram orientados a realizar inspirações lentas

e profundas a partir da capacidade residual funcional até a capacidade pulmonar

total e sustentar a inspiração por no mínimo três segundos e no máximo de volume

inspiratório (Restrepo et al., 2011).

Foram realizadas três séries de cinco repetições para ambas as técnicas

totalizando quinze repetições. O intervalo de repouso foi de trinta segundos entre

cada técnica. Durante a realização das técnicas os sujeitos mantiveram o

posicionamento sentado com apoio para as costas e pés apoiados ao chão. Na fase

controle os indivíduos não foram submetidos a nenhuma das intervenções no

mesmo posicionamento com avaliação das mesmas variáveis.

Análise estatística

O tamanho da amostra foi determinado a partir da média e desvio padrão dos

primeiros 8 pacientes para a variável volume da caixa torácica pulmonar (Vc,Ctp)

imediatamente após as técnicas, em litros (L). Através do software G*Power (Faul et

al., 2007) foi utilizado o teste t para amostras independentes utilizando-o com poder

de 80% e um α = 0,05. Considerando a comparação entre os momentos

Espirometria de Incentivo (0,13 ± 0,06) e Controle (0,07 ± 0,03) e Breath-Stacking

(0,11 ± 0,05) e Controle, obteve-se uma amostra de 8 e 14 pacientes

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30

respectivamente. Foi considerada uma amostra de 14 pacientes em cada grupo

referente ao resultado da comparação que necessitou de maior número de

indivíduos por grupo (Breath-Stacking e Controle).

Para a análise dos dados foi utilizado o software estatístico Graf Pad Prim 5

para a análise descritiva e inferencial. O teste estatístico Shapiro-Wilk foi utilizado

para verificar a normalidade dos dados. A análise de variância- ANOVA de medidas

repetidas com pós-hoc de Tukey foi realizado para as variáveis paramétricas, e o

teste de Friedman com pos-hoc de Dunns para as variáveis não paramétricas. O

nível de significância adotado foi de 5%, com p <0,05.

RESULTADOS

Foram convidados 30 voluntários com doença de Parkinson para participar do

estudo. Após analise dos critérios de elegibilidade e exclusões a amostra final foi

composta de 14 pacientes (9 homens e 5 mulheres, figura 1), com idade entre 52 a

79 anos e estadiamento da patologia entre 1 a 3 (leve a moderada) de acordo com a

escala de estadiamento Hoehn e Yahr modificada. Os dados antropométricos, de

estadiamento da patologia, função pulmonar e pressões respiratórias máximas dos

participantes do estudo estão descritos na Tabela 1.

Efeitos das técnicas de EI volume- orientada e Breath-Stacking sobre o volume

corrente

A variável Volume Corrente (VC) mostrou um aumento significativo na

comparação entre os momentos pré e imediatamente após as técnicas Breath-

Stacking e espirometria de incentivo quando comparadas a fase controle, porém

esse efeito não permaneceu nos 15 e 30 minutos após as intervenções, retornando

ao seu valor inicial conforme demonstrado na Figura 2.

Efeitos das técnicas de EI volume- orientada e Breath-Stacking sobre a

distribuição de volumes nos compartimentos

Em relação a distribuição compartimental dos volumes pulmonares, a técnica

EI promoveu aumento significativo do volume corrente da caixa torácica pulmonar

(Vc, Ctp), entretanto essa elevação não permaneceu nos 15 e 30 minutos após a

realização desta técnica. O volume na caixa torácica abdominal (Vc, Cta) também

sofreu aumento significativo no grupo EI após a aplicação da técnica não

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apresentando alteração nos demais momentos. O Vc, Ab não apresentou variação

significativa em nenhum dos tempos.

A fase BS apresentou uma tendência a um aumento após a realização da

técnica para o Vc, Ctp, Vc, Cta e Vc, Ab, porém para essa técnica nenhuma

alteração nos compartimentos mostrou-se significativa. Na fase controle não houve

variação significativa para nenhum dos compartimentos. As variações de volume em

cada compartimento para os três grupos está demonstrado na figura 2.

A porcentagem de distribuição do volume corrente entre os compartimentos

não sofreu alterações significativas após as técnicas EI, BS ou na fase controle,

conforme demonstrado na figura 3.

Efeitos das técnicas de EI volume- orientada e Breath-Stacking sobre os volumes

operacionais (VEF E VIF)

A figura 4 mostra o comportamento do volume expiratório final (Vef) e o volume

inspiratório final (Vif) da parede torácica e nos seus compartimentos com a

realização das técnicas EI e BS e na fase controle. Apesar destas varáveis não

apresentarem variações significativas pode-se observar que houve uma tendência a

elevação dos valores do Vif após a realização das técnicas EI e BS diferentemente

das alterações observadas na fase controle.

Efeitos das técnicas de EI volume- orientada e Breath-Stacking sobre o volume

inspiratório, volume minuto e sobre a frequência respiratória

Na comparação do volume inspiratório médio atingido durante a realização das

técnicas BS e EI (avaliadas por meio da ventilometria), ambas obtiveram valores

semelhantes (2,07 ± 0,53 vs. 1,89 ± 0,44 p=0,08).

O Volume Minuto (VM) quando realizado a BS mostrou um aumento após a

realização da técnica comparado ao valor basal (8,14 ± 0,93 vs. 9,48 ± 2,15 p<0,05),

reduziu a partir dos 15 minutos de realização da técnica (8,28 ± 1,91 p>0,5) e

retornou ao valor inicial após os 30 minutos da técnica (8,14 ± 1,84 p>0,05). Quando

realizado o EI foi observado um comportamento semelhante, obtendo um aumento

significativo no VM imediatamente após a técnica (7,91 ± 1,46 vs. 9,02 ± 1,93

p<0,05) e valores próximos ao basal nos 15 (7,89 ± 1,34 p>0,05) e 30 minutos (8,15

± 1,22 p>0,05). Na fase controle esta variável não apresentou alteração significativa

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32

nos tempos inicial, imediatamente após 15 e 30 minutos após as intervenções (7,96

± 1,47 vs. 7,58 ± 1,22 vs. 7,70 ± 1,25 vs. 7,71 ± 1,62 p>0,05).

Não houve diferença significativa na frequência respiratória pré ou nos três

tempos após as técnicas EI (19,50 ± 4,12 vs. 20,0 ± 4,16 vs. 18,36 ± 3,47 vs. 19,79 ±

2,88) e BS (19,29 ± 4,06 vs. 20,36 ± 2,64 vs. 20,14 ± 2,47 vs. 19,79 ± 3,64) ou

Controle (18,86 ± 3,84 vs. 19,36 ± 3,67 vs. 18,86 ± 3,03 vs. 18,57 ± 2,56).

Durante e após a realização das fases do estudo os voluntários não

apresentaram queixas respiratórias ou dor.

DISCUSSÃO

O presente estudo demonstrou que as técnicas Breath-Stacking e espirometria

de incentivo promoveram modificações positivas imediatas e transitórias em algumas

variáveis do padrão respiratório. A EI modificou significativamente o volume corrente

da parede torácica devido aos aumentos nos compartimentos parede torácica

pulmonar e parede torácica abdominal enquanto que a técnica de Breath-Stacking

aumentou o volume corrente apenas da parede torácica.

Desde nosso conhecimento, trata-se do primeiro estudo que avaliou efeito

imediato e tardio das técnicas Breath-Stacking e espirometria de incentivo em

pacientes com doença de Parkinson, com análise da pletismografia ópto-eletrônica.

A POE é uma ferramenta não invasiva precisa que avalia a variações de volume da

caixa torácica e dos três compartimentos isolados (Parreira et al., 2012; Aliverti et al.,

2009).

Nossa amostra apresentou valores espirométricos médios (CVF e VEF1) abaixo

de 80% do predito. Estudos prévios (Sathyaprabha et al., 2005, De Pandis et al.,

2002, e Polatli et al., 2001), demonstraram que em pacientes com doença de

Parkinson é observada uma diminuição dos volumes e capacidades pulmonares

provavelmente decorrente da diminuição da complacência do tórax, devido às

limitações músculo-esqueléticas impostas a caixa torácica destes pacientes e a

redução da força e da coordenação dos músculos respiratórios. Cardoso et al.,

2002, demonstrou através da cirtometria torácica, diminuição da amplitude do tórax

em 40 pacientes com DP comparados a número igual de idosos saudáveis, sendo

esta variável atribuída aos baixos volumes espirométricos alcançados pelos

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33

parkinsonianos neste estudo. Estes resultados corroboram os nossos achados no

que se refere a redução dos valores espirométricos. Acreditamos que a diminuição

da excursão do tórax limitando a expansão pulmonar destes pacientes, somado a

fraqueza dos músculos respiratórios e ao distúrbio obstrutivo de vias aéreas

superiores citados por Weiner et al., 2002 e Goldstein, 2003 respectivamente, sejam

responsáveis pela diminuição dos valores de CVF e VEF1 em nossa amostra.

Na literatura o uso da espirometria de incentivo tem sido estudado em outras

situações clínicas. Em relação ao VC, resultado semelhante ao nosso foi

demonstrado por Tomich et al., 2007, após a realização de um protocolo envolvendo

espirometria de incentivo a volume comparado a espirometria de incentivo a fluxo e

ao exercício diafragmático, em pacientes adultos em pós-operatório de gastroplastia

avaliados através da pletismografia por indutância. Porém neste estudo, apesar da

elevação do VC, a variável VM não sofreu elevação uma vez que foi observada uma

diminuição na frequência respiratória.

Sabendo-se que o VM é um produto da frequência respiratória e do volume

corrente, podemos afirmar que em nosso estudo o aumento do VM após as técnicas

BS e EI foi devido a elevação do VC, já que a FR não teve alteração significativa.

Este pode ser considerado um achado importante para defender o uso das técnicas

EI e BS, uma vez que o aumento da frequência respiratória tende a gerar um fluxo

turbulento e direcionar a ventilação para áreas onde a resistência aérea é menor,

contribuindo para uma distribuição de ar não uniforme no parênquima pulmonar e

para o aumento do trabalho respiratório (Tomich et al., 2010; Luce, 1980).

O aumento do VC encontrado em nosso estudo pode ser resultado da elevação

do gradiente de pressão transpulmonar. A elevação deste gradiente é capaz de

reexpandir alvéolos colapsados melhorando a ventilação pulmonar (Carvalho et al.,

2011; Tomich et al., 2010). Esse efeito é especialmente importante se

considerarmos os distúrbios respiratórios encontrados na doença de Parkinson,

como uma menor complacência da caixa torácica e pulmões, respiração superficial e

fraqueza dos músculos respiratórios que resultam na redução dos volumes e

capacidades pulmonares (Sathyaprabha, 2005; Polatli, 2001).

A comparação dos nossos achados tornar-se difícil devido a falta de estudos

que investiguem o efeito dessas técnicas nos pacientes com doença de Parkinson.

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34

No que se refere ao uso da técnica Breath-Stacking utilizando a POE como

ferramenta de avaliação, foi observado por Barbosa et al., 2010 que em indivíduos

saudáveis há aumento do volume corrente da caixa torácica pulmonar e abdominal e

diminuição no abdômen imediatamente após a realização da técnica. Entretanto,

estudo semelhante realizado com indivíduos obesos demonstrou elevação apenas

para o volume corrente da caixa torácica abdominal sem alterações nos demais

compartimentos (Barcelar et al., 2010). Podemos supor que as diferentes condições

clínicas dos indivíduos avaliados nos referidos estudos contribuem para a diferença

em relação aos nossos achados, uma vez que, em nosso estudo, a técnica BS não

alterou a participação dos compartimentos no VC.

Além disso, os volumes inspiratórios gerados em nosso estudo durante a

realização das duas técnicas foram semelhantes. Resultado semelhante ao nosso

foi encontrado no estudo de Rodrigues Machado, 2002 ao avaliar crianças

saudáveis e com pneumonia e no de Faria et al., 2008 que avaliou crianças com

distrofia neuromuscular compradas a saudáveis. Ambos mensuraram os volumes

inspiratórios alcançados durante a realização das técnicas BS e EI acoplando um

ventilômetro aos instrumentos, e observaram não haver diferenças entre as duas

técnicas.

Por outro lado, em 12 pacientes no pós-operatório de cirurgia abdominal

avaliados durante a realização das técnicas BS e EI Dias et al., 2008 mostrou que

durante a técnica BS o volume inspiratório alcançado foi significativamente maior

quando comparado ao EI. Em outro estudo de Dias et al., 2011, os volumes

inspiratórios médios não diferiram significativamente entre as técnicas EI e BS em 35

pacientes avaliados no pré-operatório de cirurgia cardíaca, passando a serem

superiores durante a realização da BS no período pós-operatório. Esses achados

sugerem que as complicações pulmonares decorrentes de cirurgias tóraco-

abdominais podem limitar o potencial de utilização do espirômetro de incentivo

orientado a volume, tornando a técnica BS superior nestes pacientes possivelmente

pela não necessidade de colaboração do paciente durante a técnica de BS frente ao

EI.

Em nosso estudo as técnicas BS e EI orientado a volume demonstraram efeito

positivo sobre os volumes pulmonares imediatamente após as técnicas, porém sem

permanência nos 15 minutos após sua execução. Podemos supor que a combinação

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35

de alterações no eixo da coluna vertebral, a rigidez dos músculos da caixa torácica e

a fraqueza dos músculos respiratórios possuam influência sobre esse achado. Desta

forma, as duas técnicas utilizadas no nosso estudo estariam repercutindo apenas no

parênquima pulmonar dos indivíduos, podendo ser necessária a adição de técnicas

de fisioterapia específicas, que envolvesse manipulação e flexibilidade da caixa

torácica além de fortalecimento dos músculos respiratórios, para que em conjunto

com as técnicas de re-expansão pulmonar pudessem vencer o déficit de expansão

da caixa torácica desses indivíduos. Corroborando esta afirmação Benatru et al.,

2008, afirma que fisioterapia motora é na, maioria dos casos, o melhor recurso para

melhorar as alterações da coluna vertebral de pacientes com DP. Já Guedes et al.,

2012 afirma que as reduções nas pressões respiratórias na DP geram dificuldade

para vencer a rigidez da caixa torácica sendo um fator de risco para a disfunção

pulmonar, pois aumenta o risco de atelectasias, sendo portanto primordial o treino

dos músculos respiratórios nesta população.

Diante dos nossos achados sugerimos que deve haver uma escolha da técnica

em função do quadro clínico do paciente e do nível de cooperação e consciência do

mesmo. No caso de pacientes cooperativos a espirometria de incentivo a volume

deve ser priorizada à Breath-Stacking, uma vez que a EI possui um custo menor

comparado a aquisição de máscaras de silicione, além disso, o indivíduo pode ser

treinado para executa-la em seu domicílio com autonomia sem a supervisão integral

de um profissional. Enquanto que a técnica Breath-Stacking pode ser o método de

escolha naqueles pacientes pouco cooperativos ou com alteração no estado de

consciência.

Umas das limitações do estudo foi a dificuldade de agregar à amostra

indivíduos com a doença de Parkinson em estágios mais avançados (estadiamento

4 e 5 na escala de Hoehn e Yahr modificada), que frequentemente possuem a

função pulmonar mais prejudicada, desta forma questiona-se se as referidas

técnicas poderiam apresentar efeito semelhantes nestes pacientes.

O presente estudo utilizou uma metodologia adequada para ensaios clínicos,

como o cegamento dos avaliadores, sigilo de alocação e período de intervalo

adequado entre as técnicas (washout); a investigação do efeito tardio das técnicas e

a avaliação de forma precisa e acurada através da pletismografia ópto-eletrônica

(Aliverti et al., 2009).

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36

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados apresentados podemos concluir que a técnica

Breath-Stacking e a espirometria de incentivo orientada a volume promovem

elevação imediata no volume corrente e volume minuto de indivíduos com DP em

estadiamento leve a moderado. Entretanto o protocolo apresentado não foi capaz de

promover efeito residual após 15 minutos. Os volumes inspiratórios gerados durante

as duas técnicas são semelhantes. Na prática clínica os resultados implicam a

recomendação de ambas as técnicas como um recurso terapêutico para prevenção

e/ou reversão de áreas de atelectasias nestes pacientes.

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37

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fluxograma de recrutamento dos voluntários

Figura 2. Volume corrente na parede torácica e seus compartimentos: pré-

intervenções, imediatamente após, 15 e 30 minutos após as intervenções (durante a

respiração tranquila).

Figura 3. Porcentagem de distribuição do volume corrente durante a respiração

tranquila na parede torácica e seus compartimentos: pré-intervenções,

imediatamente após, 15 e 30 minutos após as intervenções.

Figura 4. Volume expiratório final e volume inspiratório final da parede torácica e

seus compartimentos: pré-intervenções, imediatamente após, 15 e 30 minutos após

as intervenções.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados antropométricos, estadiamento da patologia, função pulmonar e

pressões respiratória

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39

Figura 1. Fluxograma de recrutamento dos voluntários

Rec

ruta

men

to

Alo

caçã

o

Seg

uim

ento

A

nál

ise

PERDAS (1)

Desistência da participação durante o tratamento

PACIENTES AVALIADOS

(n=18) EXCLUIDOS (n=3)

Recusa em participar (n=1)

Não preencheu critérios de inclusão (n=2) RANDOMIZADOS

(n=15)

ESPIROMETRIA DE INCENTIVO OU BREATH-STACKING OU CONTROLE

(n=15)

PACIENTES CONTACTADOS

(n=30) EXCLUIDOS (n=12)

Recusa em participar (n=7)

Não encontrado (n=5)

ANALISADOS (14)

Homens (9)

Mulheres (5)

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40

Parede torácica

PréPós 15

Pós30

Pós

0.35

0.40

0.45

0.50*

*

Vol

ume

co

rren

te (

l)

Caixa torácica pulmonar

PréPós 15

Pós30

Pós

0.05

0.10

0.15

0.20

**

BS

EI

Controle

Vol

ume

corr

ente

(l)

Caixa torácica abdominal

PréPós 15

Pós 30

Pós

0.05

0.10

0.15

0.20

**

Vo

lum

e co

rren

te (

l)

Abdômen

PréPós 15

Pós30

Pós

0.15

0.20

0.25

0.30V

olum

e c

orr

ente

(l)

Figura 2. Volume corrente da parede torácica e seus compartimentos nos momentos: pré-intervenções (Pré), imediatamente após (Pós), 15 (Pós15) e 30 (Pós30) minutos após as intervenções (durante a respiração tranquila). Para melhor visualização a amplitude das escalas dos gráficos foi mantida em 150 ml de volume corrente em todos os compartimentos. *p<0,05 (diferença estatisticamente significante BS e EI vs. Controle). ** p<0,05 (diferença estatisticamente significativa espirometria vs. controle). Análise intergrupos: Teste de Fredman (< 0,05).

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41

Breath-Stacking

PréPós 15

Pós30

Pós

0

20

40

60

80

100

26,1%

58,5%

15,3%

26,0%

14,3%

59,5%

23,9%

15,1%

60,9%

26,2%

14,5%

59,0%

% D

istr

ibui

ção

do v

olum

e co

rren

te

Espirometria de incentivo

Pré Pós 15

Pós30

Pós

0

20

40

60

80

100

57,8% 57,0% 58,8% 59,6%

16,9% 16,0% 16,2% 15,9%

25,1% 26,8% 24,9% 24,3%

Ab

Cta

Ctp

% D

istri

buiç

ão d

o vo

lum

e co

rren

te

Controle

PréPós 15

Pós30

Pós

0

20

40

60

80

100

64,2% 63,2% 64,7% 64,7%

12,1% 14,4% 14,8% 13,7%

23,7% 22,3% 20,4% 21,5%

% D

istr

ibui

ção

do v

olum

e co

rren

te

Figura 3. Porcentagem de distribuição do volume corrente durante a respiração tranquila na parede torácica e seus compartimentos: pré-intervenções (Pré), imediatamente após (Pós), 15 (Pós15) e 30 (Pós30) minutos após as intervenções. Ctp: caixa torácica pulmonar; Cta: caixa torácica abdominal; Ab: abdômen. Valores descritos em porcentagem.

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Pré C

Pós C 15

Pós30

Pós

-0.6

-0.4

-0.2

-0.0

0.2

0.4

0.6

Vol

ume

(l)

Pré C

Pós C 15

Pós30

Pós

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

Pré C

Pós C 15

Pós30

Pós

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4vefvif

Pré E

I

Pós E

I15

Pós30

Pós

-0.6

-0.4

-0.2

-0.0

0.2

0.4

0.6

Vol

ume

(l)

Pré E

I

Pós E

I15

Pós30

Pós

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

Pré E

I

Pós E

I15

Pós30

Pós

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

Pré B

S

Pós B

S 15

Pós30

Pós

-0.6

-0.4

-0.2

-0.0

0.2

0.4

0.6

Vol

ume

(l)

Pré B

S

Pós B

S 15

Pós30

Pós

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

Pré B

S

Pós B

S 15

Pós30

Pós

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

Parede torácica Caixa Torácica Pulmonar Abdomen

Co

ntr

ole

Esp

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tivo

Bre

ath

-Sta

ckin

g

Figura 4. Volume expiratório final e volume inspiratório final da parede torácica e seus compartimentos: pré-intervenções (Pré), imediatamente após (Pós), 15 (Pós15) e 30 (Pós30) minutos após as intervenções. Vef: volume expiratório final; Vif: volume inspiratório final; BS: Breath-Stacking; EI: espirometria de incentivo; C: controle. A caixa torácica abdominal foi retirada do gráfico devida as pequenas variações neste compartimento.

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Tabela 1 - Dados antropométricos, estadiamento da patologia, função pulmonar e pressões

respiratórias

Variável Média

Desvio

Padrão

Idade (anos) 65,6 9,0

IMC (kg/m2) 26,0 4,1

HY 2,1 0,6

UPDRS 9,1 4,0

PIMAX (cmH2O) 68,4 21,0

PEMAX (cmH2O) 97,2 23,3

VEF1 % do predito 74,9 16,9

CVF% do predito 73,6 17,0

VEF1/CVF% do predito 100,4 13,5

IMC: índice de massa corpórea; HY: escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada; UPDRS: escala unificada de avaliação para Doença de Parkinson; PIMAX: pressão inspiratória máxima; PEMAX: pressão expiratória máxima; VEF1% do predito: porcentagem do predito do volume expiratório forçado no primeiro segundo; CVF% do predito: porcentagem do predito para a capacidade vital forçada; VEF1/CVF% do predito: porcentagem do predito para VEF1/CVF (índice de Tifenneau).

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ANEXOS

Anexo 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE / UFPE-

Título:

PROJETO DE PESQUISA

COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E E1SPIROMETRIA DE INCENTIVO NA DISTRIBUIÇÃO COMPARTIMENTAL DO VOLUME DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: ENSAIO CLÍNICO, CONTROLADO, RANDOMIZADO E CEGO

Área Temática:

Área 9. A critério do CEP.

Versão:

CAAE:

2

04940212.0.0000.5208

Pesquisador:

Instituição:

Rhayssa Rhaquel Ribeiro

Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Número do Parecer:

Data da Relatoria:

106.034

14/09/2012

Apresentação do Projeto:

Trata-se de dissertação da Mestranda Rhayssa, orientada pela Prof. Armele Dornelas Câmara no PPG em Fisioterapia. Resumo: A Doença de parkinson (DP) atinge principalmente idosos acima de 50 anos na população (Barbosa et al., 2006). Além dos distúrbios motores os pacientes 2006). O objetivo do estudo é comparar a distribuição regional de volumes em pacientes com DP. Participarão deste estudo pacientes com DP idiopática Espirometria de Incentivo (EI) e Grupo Controle (GC). Os grupos BS e Todos os indivíduos serão avaliados através da Pletismografia Óptoeletronica utilizando medidas de tendência central e de dispersão (média, desvio categóricas, serão calculadas para caracterizar a amostra em relação às Smirnov será realizado para verificar a distribuição normal dos dados. Justificativa: Sabendo-se que as disfunções pulmonares interferem negativamente na qualidade de vida dos pacientes com DP podendo levá-los ao óbito, são necessárias estratégias para a otimização da sua função. Até o presente não se tem conhecimento de ensaios clínicos que comparem o efeito dessas duas técnicas (EI e BS) nessa população. A literatura pesquisada não reporta nenhum estudo que defina a duração dos efeitos de nenhuma das duas técnicas. Essa informação permitiria uma melhor escolha e prescrição das técnicas empregadas de forma a maximizar os seus benefícios, sendo um dos objetivos da presente pesquisa.As técnicas Breath- Stacking e Espirometria de Incentivo não apresentam diferença em relação a distribuição compartimental do volume da caixa torácica em pacientes com doença de Parkinson; Hipótese 1 (H1): As técnicas Breath-Stacking e Espirometria de Incentivo apresentam diferença entre si em relação a distribuição compartimental do volume da caixa torácica em pacientes com doença de Parkinson

Objetivo da Pesquisa:

2.1 Objetivo geral: Comparar a distribuição regional de volumes pulmonares entre as técnicas Breath-Stacking e espirometria de incentivo em pacientes com doença de Parkinson; 2.2 Objetivos específicos: Analisar a função pulmonar de pacientes com doença de Parkinson; Avaliar a duração dos efeitos das técnicas Breath-Stacking e espirometria de incentivo em pacientes com doença de Parkinson; Comparar a capacidade inspiratória obtida entre as duas técnicas em pacientes com d. de Parkinson;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE / UFPE

Avaliação dos Riscos e Benefícios: Riscos Os riscos envolvidos com a participação na referida pesquisa são: cansaço devido ao esforço durante a espirometria e ou/técnicas, que serão minimizados através das seguintes providências: pausas durante a realização ou suspensão caso seja necessário. Todas as etapas do estudo serão acompanhadas por um pesquisador experiente na identificação dos sinais de aumento do trabalho respiratório. Benefícios: Os voluntários terão os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: serão submetidos a uma das técnicas de reexpansão pulmonar que ajuda na melhora da troca gasosa e previne atelectasias, receberão orientações sobre a sua patologia, auxiliarão na identificação de qual melhor técnica para promove a mobilização de maiores volumes pulmonares em pacientes com DP. Esses resultados permitirão um melhor norteamento na indicação dessas técnicas para tratamento de pacientes com distúrbios pulmonares, inclusive os pacientes com d. de Parkinson. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

A pesquisa é pertinente e tem valor científico Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Tem Cartas de Anuência, TCLE, Despesa assumida pelo pesquisador responsável, Cronograma, CV Lattes da Mestranda e da orientadora. Recomendações

não se aplica

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

não se aplica

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

Considerações Finais a critério do CEP:

O Colegiado aprova o parecer do protocolo em questão para inicio da coleta de dados. Projeto foi avaliado e sua APROVAÇÃO definitiva será dada, por meio de oficio impresso, após a entrega do relatório final ao Comitê de Ética em Pesquisa/UFPE.

RECIFE, 25 de Setembro de 2012

Assinadopor:

GERALDO BOSCO LINDOSO

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Anexo 2

Brazilian Journal of Physical Therapy - Instruções aos autores

Escopo e política

O Brazilian Journal of Physical Therapy (BJPT) publica artigos originais de pesquisa cujo objeto básico de estudo refere-se ao campo de atuação profissional da Fisioterapia e Reabilitação, veiculando estudos clínicos, básicos ou aplicados sobre avaliação, prevenção e tratamento das disfunções de movimento. O conselho editorial do BJPT se compromete a publicar investigação científica de excelência, de diferentes áreas do conhecimento. O BJPT publica os seguintes tipos de estudo, cujo conteúdo deve manter vinculação direta com o escopo e com as áreas descritas pela revista: a) Estudos experimentais: estudos que investigam efeito (s) de uma ou mais intervenções em desfechos diretamente vinculados ao escopo e áreas do BJPT. Estudos experimentais incluem estudos do tipo experimental de caso único, quasi-experimental e ensaio clínico. A Organização Mundial de Saúde define ensaio clínico como "qualquer estudo que aloca prospectivamente participante ou grupos de seres humanos em uma ou mais intervenções relacionadas à saúde para avaliar efeito(s) em desfecho(s) em saúde". Sendo assim, qualquer estudo que tem como objetivo analisar o efeito de uma determinada intervenção é considerado como ensaio clínico. Ensaios clínicos incluem estudos de caso único, séries de casos (único grupo, sem um grupo controle de comparação), ensaios controlados não aleatorizados e ensaios controlados aleatorizados. Estudos do tipo ensaio controlado aleatorizado devem seguir as recomendações do CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials), que estão disponíveis em: http://www.consort-statement.org/consortstatement/overview0/. Neste site, o autor deve acessar o CONSORT 2010 checklist, o qual deve ser preenchido e encaminhado juntamente com o manuscrito. Todo manuscrito ainda deverá conter o CONSORT Statement 2010 Flow Diagram. A partir de 2014, todo processo de submissão de estudos experimentais deverá atender a essa recomendação. b) Estudos observacionais: estudos que investigam relação (ões) entre variáveis de interesse relacionadas ao escopo e áreas do BJPT, sem manipulação direta (ex: intervenção). Estudos observacionais incluem estudos transversais, de coorte e caso-controle. c) Estudos qualitativos: estudos cujo foco refere-se à compreensão das necessidades, motivações e comportamentos humanos. O objeto de um estudo qualitativo é pautado pela análise aprofundada de uma unidade ou temática, que incluem opiniões, atitudes, motivações e padrões de comportamento sem quantificação. Estudos qualitativos incluem pesquisa documental e estudo etnográfico.

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d) Estudos de revisão de literatura: estudos querealizam análise e/ou síntese da literatura de tema relacionado ao escopo e áreas do BJPT. Estudos de revisão narrativa crítica ou passiva só serão considerados quando solicitados a convite dos editores. Manuscritos de revisão sistemática que incluem metanálise terão prioridades em relação aos demais estudos de revisão sistemática. Aqueles que apresentam quantidade insuficiente de artigos selecionados e/ou artigos de baixa qualidade e que não apresentam conclusão assertiva e válida sobre o tema não serão considerados para a análise de revisão por pares. e) Estudos metodológicos: estudos centrados no desenvolvimento e/ou avaliação das propriedades psicométricas e características clinimétricas de instrumentos de avaliação. Incluem também estudos que objetivam a tradução e/ou adaptação transcultural de questionários estrangeiros para o português do Brasil. No caso de estudos de tradução/adaptação de testes, é obrigatório anexar ao processo de submissão a autorização dos autores para a tradução e/ou adaptação do instrumento original. No endereço http://www.equator-

network.org/resourcecentre/ library-of-health-research-reporting, pode ser encontrada a lista completa dos guidelines disponíveis para cada tipo de estudo, por exemplo, o STROBE (STrengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology) para estudos observacionais, o COREQ (Consolidated Criteria For Reporting Qualitative Research) para estudos qualitativos, o PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) para revisões sistemáticas e metanálises e o GRRAS (Guidelines for Reporting Reliability and Agreement Studies) para estudos de confiabilidade. Sugerimos que os autores verifiquem esses guidelines e atendam ao checklist correspondente antes de submeterem seus manuscritos. Estudos que relatam resultados eletromiográficos devem seguir o Standards for Reporting EMG Data, recomendados pela ISEK - International Society of Electrophysiology and Kinesiology (http://www.isek-online.org/standards_emg.html). Aspectos éticos e legais A submissão do manuscrito ao BJPT implica que o trabalho na íntegra ou parte(s) dele não tenha sido publicado em outra fonte ou veículo de comunicação e que não esteja sob consideração para publicação em outro periódico. O uso de iniciais, nomes ou números de registros hospitalares dos pacientes deve ser evitado. Um paciente não poderá ser identificado por fotografias, exceto com consentimento expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original no momento da submissão. Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o devido consentimento livre e esclarecido dos participantes conforme Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (Brasil), que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos e, para autores fora do Brasil, devem estar de acordo com Comittee on Publication Ethics (COPE).

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Para os experimentos em animais, considerar as diretrizes internacionais (por exemplo, a do Committee for Research and Ethical Issues of the International Association for the Study of Pain, publicada em PAIN, 16:109-110, 1983). Para as pesquisas em humanos e em animais, deve-se incluir, no manuscrito, o número do parecer de aprovação pela Comissão de Ética em Pesquisa. O estudo deve ser devidamente registrado no Conselho Nacional de Saúde do Hospital ou Universidade ou no mais próximo de sua região. Reserva-se ao BJPT o direito de não publicar trabalhos que não obedeçam às normas legais e éticas para pesquisas em seres humanos e para os experimentos em animais. Para os ensaios clínicos, serão aceitos qualquer registro que satisfaça o Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas, ex. http://clinicaltrials.gov/ e/ou http://anzctr.org.au/. A lista completa de todos os registros de ensaios clínicos pode ser encontrada no seguinte endereço: http://www.who.int/ictrp/network/primary/en/index.html. A partir de 01/01/2014 o BJPT adotará efetivamente a política sugerida pela Sociedade Internacional de Editores de Revistas em Fisioterapia e exigirá na submissão do manuscrito o registro prospectivo, ou seja, ensaios clínicos que iniciaram recrutamento a partir dessa data deverão registrar o estudo ANTES do recrutamento do primeiro paciente. Para os estudos que iniciaram recrutamento até 31/12/2013 o BJPT aceitará o seu registro ainda que de forma retrospectiva. Critérios de autoria O BJPT recebe, para submissão, manuscritos com até seis (6) autores. A política de autoria do BJPT pauta-se nas diretrizes para a autoria do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas exigidos para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos (www.icmje.org), as quais afirmam que "a autoria deve ser baseada em 1) contribuições substanciais para a concepção e desenho, ou aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; 2) redação do artigo ou revisão crítica do conteúdo intelectual e 3) aprovação final da versão a ser publicada." As condições 1, 2 e 3 deverão ser todas contempladas. Aquisição de financiamento, coleta de dados e/ou análise de dados ou supervisão geral do grupo de pesquisa, por si só, não justificam autoria e deverão ser reconhecidas nos agradecimentos. Os conceitos contidos nos manuscritos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Todo material publicado torna-se propriedade do BJPT, que passa a reservar os direitos autorais. Portanto, nenhum material publicado no BJPT poderá ser reproduzido sem a permissão, por escrito, dos editores. Todos os autores de artigos submetidos s editores poderão analisar, em caso de excepcionalidade, solicitação para submissão de manuscrito que exceda 6 (seis) autores. Os critérios para a análise incluem o tipo de estudo, potencial para citação, qualidade e complexidade metodológica, entre outros. Nestes casos excepcionais, a contribuição de cada autor, deve ser explicitada ao final do texto, após os agradecimentos e logo antes das referências, conforme orientações do "International Committee of Medical Journal Editors" e das "Diretrizes" para Integridade na atividade científica, amplamente divulgadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes). deverão assinar um termo de transferência de direitos autorais, que entrará em vigor a partir da data de aceite do trabalho.

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Forma e apresentação do manuscrito O BJPT considera a submissão de manuscritos com até 3.500 palavras (excluindo-se página de título, resumo, referências, tabelas, figuras e legendas). Informações contidas em anexo(s) serão computadas no número de palavras permitidas. O manuscrito deve ser escrito preferencialmente em inglês. Quando a qualidade da redação em inglês comprometer a análise e avaliação do conteúdo do manuscrito, os autores serão informados. Recomenda-se que os manuscritos submetidos em inglês venham acompanhados de certificação de revisão por serviço profissional de editing and proofreading. Tal certificação deverá ser anexada à submissão. Sugerimos os seguintes serviços abaixo, não excluindo outros: American Journal Experts (http://www.journalexperts.com); Scribendi (www.scribendi.com); Nature Publishing Groups Language Editing (https://languageediting.nature.com/login). Antes do corpo do texto do manuscrito deve-se incluir uma página de título e identificação, palavras-chave e o abstract/resumo. No final do manuscrito inserir as referências, tabelas, figuras e anexos. Título e identificação O título do manuscrito não deve ultrapassar 25 palavras e deve apresentar o máximo de informações sobre o trabalho. Preferencialmente, os termos utilizados no título não devem constar na lista de palavras-chave. A página de identificação do manuscrito deve conter os seguintes dados: Título completo e título resumido com até 45 caracteres, para fins de legenda nas páginas impressas; Autores: nome e sobrenome de cada autor em letras maiúsculas, sem titulação, seguidos por número sobrescrito (expoente), identificando a afiliação institucional/vínculo (unidade/instituição/cidade/estado/país). Para mais de um autor, separar por vírgula; Autor de correspondência: indicar o nome, endereço completo, e-mail e telefone do autor de correspondência, o qual está autorizado a aprovar as revisões editoriais e complementar demais informações necessárias ao processo; Palavras-chaves: termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) em português e em inglês. Abstract/Resumo Uma exposição concisa, que não exceda 250 palavras em um único parágrafo, em português (Resumo) e em inglês (Abstract), deve ser escrita e colocada logo após a página de título. Referências, notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas no Resumo/Abstract. O Resumo e o Abstract devem ser apresentados em formato estruturado. Introdução

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Deve-se informar sobre o objeto investigado devidamente problematizado, explicitar as relações com outros estudos da área e apresentar justificativa que sustente a necessidade do desenvolvimento do estudo, além de especificar o(s) objetivo(s) do estudo e hipótese(s), caso se aplique. Método Descrição clara e detalhada dos participantes do estudo, dos procedimentos de coleta, transformação/redução e análise dos dados de forma a possibilitar reprodutibilidade do estudo. O processo de seleção e alocação dos participantes do estudo deverá estar organizado em fluxograma, contendo o número de participantes em cada etapa, bem como as características principais (ver modelo fluxograma CONSORT). Quando pertinente ao tipo de estudo deve-se apresentar cálculo que justifique adequadamente o tamanho do grupo amostral utilizado no estudo para investigação do(s) efeito(s). Todas as informações necessárias para estimativa e justificativa do tamanho amostral utilizado no estudo devem constar no texto de forma clara. Resultados Devem ser apresentados de forma breve e concisa. Resultados pertinentes devem ser reportados utilizando texto e/ou tabelas e/ou figuras. Não se devem duplicar os dados constantes em tabelas e figuras no texto do manuscrito. Discussão O objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos já existentes e disponíveis na literatura, principalmente àqueles que foram indicados na Introdução. Novas descobertas devem ser enfatizadas com a devida cautela. Os dados apresentados nos métodos e/ou nos resultados não devem ser repetidos. Limitações do estudo, implicações e aplicação clínica para as áreas de Fisioterapia e Reabilitação deverão ser explicitadas. Referências O número recomendado é de 30 referências, exceto para estudos de revisão da literatura. Deve-se evitar que sejam utilizadas referências que não sejam acessíveis internacionalmente, como teses e monografias, resultados e trabalhos não publicados e comunicação pessoal. As referências devem ser organizadas em sequência numérica de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborados pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – ICMJE. Os títulos de periódicos devem ser escritos de forma abreviada, de acordo com a List of Journals do Index Medicus. As citações das referências devem ser mencionadas no texto em números sobrescritos (expoente), sem datas. A exatidão das informações das referências constantes no manuscrito e sua correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es). Exemplos: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. Tabelas, Figuras e Anexos. As tabelas e figuras são limitadas a cinco (5) no total. Os anexos

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serão computados no número de palavras permitidas no manuscrito. Em caso de tabelas, figuras e anexos já publicados, os autores deverão apresentar documento de permissão assinado pelo autor ou editores no momento da submissão. Para artigos submetidos em língua portuguesa, a(s) versão (ões) em inglês da(s) tabela(s), figura(s) e anexo(s) e suas respectivas legendas deverão ser anexados no sistema como documento suplementar. -Tabelas: devem incluir apenas os dados imprescindíveis, evitando-se tabelas muito longas (máximo permitido: uma página, tamanho A4, em espaçamento duplo), devem ser numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos e apresentadas no final do texto. Não se recomendam tabelas pequenas que possam ser descritas no texto. Alguns resultados simples são mais bem apresentados em uma frase e não em uma tabela. -Figuras: devem ser citadas e numeradas, consecutivamente, em arábico, na ordem em que aparecem no texto. Informações constantes nas figuras não devem repetir dados descritos em tabela(s) ou no texto do manuscrito. O título e a(s) legenda(s) devem tornar as tabelas e figuras compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto. Todas as legendas devem ser digitadas em espaço duplo, e todos os símbolos e abreviações devem ser explicados. Letras em caixa-alta (A, B, C, etc.) devem ser usadas para identificar as partes individuais de figuras múltiplas. Se possível, todos os símbolos devem aparecer nas legendas; entretanto, símbolos para identificação de curvas em um gráfico podem ser incluídos no corpo de uma figura, desde que não dificulte a análise dos dados. As figuras coloridas serão publicadas apenas na versão online. Em relação à arte final, todas as figuras devem estar em alta resolução ou em sua versão original. Figuras de baixa qualidade não serão aceitas e podem resultar em atrasos no processo de revisão e publicação. -Agradecimentos: devem incluir declarações de contribuições importantes, especificando sua natureza. Os autores são responsáveis pela obtenção da autorização das pessoas/instituições nomeadas nos agradecimentos. Submissão eletrônica A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada por via eletrônica no site http://www.scielo.br/rbfis. Os artigos submetidos e aceitos em português serão traduzidos para o inglês por tradutores do BJPT, e os artigos submetidos e aceitos em inglês, caso necessário, serão encaminhados aos revisores de inglês do BJPT para revisão final. É de responsabilidade dos autores a eliminação de todas as informações (exceto na página do título e identificação) que possam identificar a origem ou autoria do artigo. Ao submeter um manuscrito para publicação, os autores devem inserir no sistema os dados dos autores e ainda inserir como documento(s) suplementar (es): 1. Carta de encaminhamento do material; 2. Declaração de responsabilidade de conflitos de interesse; 3. Declaração de transferência de direitos autorais assinada por todos os autores;

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4. Demais documentos, se apropriados (ex. permissão para publicar figuras, parte de material já publicado, checklist etc). Modalidade de Submissão Special Track Excepcionalmente o BJPT poderá receber e avaliar manuscritos na modalidade special track, sujeito à avaliação adicional do caráter de inovação. Nessa modalidade, os manuscritos deverão ter sido submetidos, mas recusados por outros periódicos indexados no Journal Citation Reports (JCR). Essa modalidade irá considerar as revisões realizadas por outra revista, o que poderá reduzir o tempo para publicação, caso o manuscrito tenha mérito. Os manuscritos submetidos em special track serão avaliados com o mesmo rigor de uma nova submissão, inclusive quanto ao aspecto de inovação do conteúdo. Para ser submetido em special track, o manuscrito deve estar em conformidade com o Escopo e Política Editorial do BJPT, estar de acordo com as instruções (Forma e preparação do manuscrito) e atender aos seguintes requisitos: O periódico internacional para o qual o manuscrito foi submetido anteriormente deve ter fator de impacto JCR superior a 1.5; O manuscrito deve ter passado por processo completo de revisão por pares no outro periódico. Não serão aceitos manuscritos recusados em revisão inicial dos editores; A submissão special track deve incluir: a) manuscrito com alterações em destaque (highlight); b) respostas ponto a ponto sobre os comentários dos avaliadores; c) carta informando o nome e índice de impacto do periódico a que foi enviado anteriormente, apresentando argumentos para justificar a possível publicação no BJPT e explicitando, quando for o caso, os aspectos não atendidos referentes aos pareceres e/ou decisão editorial do periódico internacional; d) a resposta oficial do outro periódico (cartas dos avaliadores e do editor com a revisão detalhada) deve ser enviada por email, SEM EDIÇÃO, por parte dos autores ou seja, o e-mail de resposta deve ser Forwarded(encaminhado) para o BJPT ([email protected]) na íntegra; e) demais informações solicitadas pelo BJPT. Processo de revisão Os manuscritos submetidos que atenderem às normas estabelecidas e que se apresentarem em conformidade com a política editorial do BJPT serão encaminhados para os editores de área, que farão a avaliação inicial do manuscrito e enviarão ao editor chefe a recomendação ou não de encaminhamento para revisão por pares. Os critérios utilizados para análise inicial do editor de área incluem: originalidade, pertinência, relevância clínica e métodos. Os manuscritos que não apresentarem mérito ou não se enquadrarem na política editorial serão rejeitados na fase de pré-análise, mesmo quando o texto e a qualidade metodológica estiverem adequados. Dessa forma, o manuscrito poderá ser rejeitado com base apenas na recomendação do editor de área, sem necessidade de novas avaliações, não cabendo, nesses casos, recurso ou reconsideração. Os manuscritos selecionados na pré-análise serão submetidos à avaliação de especialistas, que trabalharão de forma independente. Os avaliadores permanecerão anônimos aos autores, assim como os

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autores não serão identificados pelos avaliadores. Os editores coordenarão as informações entre os autores e avaliadores, cabendo-lhes a decisão final sobre quais artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos avaliadores e editores de área. Quando aceitos para publicação, os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que não alterem o estilo do autor. Quando recusados, os artigos serão acompanhados de justificativa do editor. Após publicação do artigo ou processo de revisão encerrado, os arquivos e documentação referentes ao processo de revisão serão eliminados. Áreas do conhecimento 1. Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica; 2. Cinesioterapia/recursos terapêuticos; 3. Desenvolvimento, aprendizagem, controle e comportamento motor; 4. Ensino, Ética, Deontologia e História da Fisioterapia; 5. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções cardiovasculares e respiratórias; 6. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções do envelhecimento; 7. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções musculoesqueléticas; 8. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções neurológicas; 9. Avaliação, prevenção e tratamento nas condições da saúde da mulher; 10. Ergonomia/Saúde no trabalho.

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APÊNDICES

Apêndice 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (de acordo com a Resolução 196/96 - CNS)

Esclarecimentos Este é um convite para você participar da pesquisa “COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE INCENTIVO NA DISTRIBUIÇÃO COMPARTIMENTAL DO VOLUME DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON” que é coordenada pelas pesquisadoras Arméle Dornelas de Andrade e Rhayssa Rhaquel Ribeiro. Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. Essa pesquisa procura definir qual das duas técnicas empregadas (Breath-Stacking e espirometria de incentivo) apresenta melhores efeitos para a expansão pulmonar através da análise da distribuição de volumes pulmonares avaliado pelo Pletismografia Óptico Eletrônica (POE). Caso decida aceitar o convite, você será submetido(a) ao(s) seguinte(s) procedimentos: Obtenção do peso e altura, dados de identificação, avaliação através da pletismografia óptoeletronica. Os riscos envolvidos com sua participação são: cansaço devido ao esforço durante ou após a realização das técnicas, que serão minimizados através das seguintes providências: pausas durante a realização dos testes ou suspensão caso seja necessário. Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: Será submetido a uma das técnicas de reexpansão pulmonar que ajuda na melhora da troca gasosa e previne atelectasias, receberão orientações sobre a sua patologia. Auxiliará na identificação de qual a melhor técnica promove a mobilização de maiores volumes pulmonares. Esses resultados permitirão um melhor norteamento na indicação dessas técnicas para tratamento de pacientes com distúrbios pulmonares, inclusive os pacientes com doença de Parkinson. Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro (Departamento de Fisioterapia. Av. Prof. Moraes Rêgo, 1235 – Cidade Universitária – Recife-PE) pelo período de um ano, sob a responsabilidade da pesquisadora e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa, você será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização.

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Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para a pesquisadora Rhayssa Rhaquel Ribeiro, Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rêgo, 1235 – Cidade Universitária – Recife-PE ou pelo telefone (81) 2126-8496. Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa (Av. da Engenharia s/n – 1º Andar, Cidade Universitária, Recife-PE, CEP: 50740-600 ou pelo telefone (81) 2126-8588. Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa “COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE INCENTIVO NA DISTRIBUIÇÃO COMPARTIMENTAL DO VOLUME DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON”. Participante da pesquisa: Nome: _________________________________________________________ Assinatura: ______________________________________________________ Pesquisador responsável ....................................................................................... Nome: Rhayssa Rhaquel Ribeiro Email: [email protected] Assinatura: ............................................................................................................. Endereço profissional: Av. Prof. Moraes Rêgo, 1235 – Cidade Universitária – Recife-PE. Fone: (81) 2126-8496 Comitê de Ética e Pesquisa .................................................................................. Endereço: Av. da Engenharia s/n – 1º Andar, Cidade Universitária, Recife-PE, CEP: 50740-600 Fone: (81) 2126-8588. Testemunha 1: Nome:__________________________________________________________ Assinatura: _______________________________________________________________ Testemunha 2: Nome:__________________________________________________________ Assinatura: _______________________________________________________________

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Apêndice 2

FICHA DE COLETA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Pesquisadoras: Drª Arméle de Fátima Dornelas/ Rhayssa Rhaquel Ribeiro

Título: COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS BREATH-STACKING E ESPIROMETRIA DE INCENTIVO NA DISTRIBUIÇÃO COMPARTIMENTAL DO VOLUME DA CAIXA TORÁCICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

DADOS PESSOAIS DATA:

NOME:

RESPONSÁVEL:

ENDEREÇO:

TELEFONE: SEXO: IDADE:

TEMPO DE DIAGNÓSTICO: DATA DE NASCIMENTO:

ANTECEDENTES PESSOAIS:

TABAGISMO – ANOS/MAÇO:

MEDICAMENTOS/ ÚLTIMA INGESTÃO:

PESO: ALTURA: IMC:

Escala de estadiamento de Hoehn e Yahr (HY) modificada

Estágio 0: nenhum sinal da doença;

Estágio 1: doença unilateral;

Estágio 1,5: envolvimento unilateral e axial;

Estágio 2: doença bilateral, sem comprometer o equilíbrio;

Estágio 2,5: doença bilateral, recuperando-se no teste de puxar o paciente pelas costas;

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Estágio 3: doença bilateral de leve a moderada, alguma instabilidade postural, fisicamente independente;

Estágio 4: incapacidade grave, ainda capaz de andar e ficar ereto sem ajuda;

Estágio 5: preso a cadeira de rodas ou ao leito, necessita de ajuda;

ESPIROMETRIA FORÇADA

ÍNDICE VALOR PREVISTO % DO PREVISTO

VEF1

CVF

PFE

VEF1/CVF

FEF25-75

VENTILOMETRIA DURANTE A TÉCNICA

1ª 2ª 3ª

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª

PI

PE

ESCALA UNIFICADA DE AVALIAÇÃO PARA DOENÇA DE PARKINSON - UPDRS III. EXAME MOTOR

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fala 0= normal. 1= perda discreta da expressão, volume ou dicção. 2= comprometimento moderado. Arrastado, monótono mas compreensível. 3= comprometimento grave, difícil de ser entendido. 4= incompreensível. expressão facial 0= normal. 1= hipomimia mínima. 2= diminuição pequena, mas anormal, da expressão facial. 3= hipomimia moderada, lábios caídos/afastados por algm tempo. 4= fácies em máscara ou fixa, com pedra grave ou total da expressão facial. Lábios afastados ¼ de polegada ou mais. tremor de repouso 0= ausente. 1= presente mas infrequente ou leve. 2= persistente mas de pouca amplitude, ou moderado em amplitude mas presente de maneira intermitente. 3= moderado em amplitude mas presente a maior parte do tempo. 4= com grande amplitude e presente a maior parte do tempo. tremor postural ou de ação nas mãos 0= ausente 1= leve, presente com a ação. 2= moderado em amplitude, presente com a ação. 3= moderado em amplitude tanto na ação quanto mantendo a postura. 4= grande amplitude, interferindo com a alimentação. rigidez (movimento passivo das grandes articulações, com paciente sentado e relaxado, ignorar roda denteada) 0= ausente 1= pequena ou detectável somente quando ativado por movimentos em espelho de outros. 2= leve e moderado. 3= marcante, mas pode realizar o movimento completo da articulação. 4= grave e o movimento completo da articulação só ocorre com grande dificuldade. bater dedos continuamente – polegar no indicador em seqüências rápidas com a maior amplitude possível, uma mão de cada vez. 0= normal 1= leve lentidão e/ou redução da amplitude. 2= comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar parada ocasional durante o movimento. 3= comprometimento grave. Hesitação freqüente para iniciar o movimento ou paradas durante o movimento que está realizando. 4= realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo. movimentos das mãos (abrir e fechar as mãos em movimentos rápidos e sucessivos e com a maior amplitude possível, uma mão de cada vez). 0= normal 1= leve lentidão e/ou redução da amplitude. 2= comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar parada ocasional durante o movimento. 3= comprometimento grave. Hesitação freqüente para iniciar o movimento ou paradas durante o movimento que está realizando. 4= realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo. movimentos rápidos alternados das mãos (pronação e supinação das mãos, horizontal ou verticalmente, com a maior amplitude possível, as duas mãos simultaneamente).

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0= normal 1= leve lentidão e/ou redução da amplitude. 2= comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar parada ocasional durante o movimento. 3= comprometimento grave. Hesitação freqüente para iniciar o movimento ou paradas durante o movimento que está realizando. 4= realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo. agilidade da perna (bater o calcanhar no chão em sucessões rápidas, levantando toda a perna, a amplitude do movimento deve ser de cerca de 3 polegadas/ ±7,5 cm). 0= normal 1= leve lentidão e/ou redução da amplitude. 2= comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar parada ocasional durante o movimento. 3= comprometimento grave. Hesitação freqüente para iniciar o movimento ou paradas durante o movimento que está realizando. 4= realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo. levantar da cadeira (de espaldo reto, madeira ou ferro, com braços cruzados em frente ao peito). 0= normal 1= lento ou pode precisar de mais de uma tentativa 2= levanta-se apoiando nos braços da cadeira. 3= tende a cair para trás, pode tentar se levantar mais de uma vez, mas consegue levantar 4= incapaz de levantar-se sem ajuda. postura 0= normal em posição ereta. 1= não bem ereto, levemente curvado para frente, pode ser normal para pessoas mais velhas. 2= moderadamente curvado para frente, definitivamente anormal, pode inclinar-se um pouco para os lados. 3= acentuadamente curvado para frente com cifose, inclinação moderada para um dos lados. 4= bem fletido com anormalidade acentuada da postura. marcha 0= normal 1= anda lentamente, pode arrastar os pés com pequenas passadas, mas não há festinação ou propulsão. 2= anda com dificuldade, mas precisa de pouca ajuda ou nenhuma, pode apresentar alguma festinação, passos curtos, ou propulsão. 3= comprometimento grave da marcha, necessitando de ajuda. 4= não consegue andar sozinho, mesmo com ajuda. estabilidade postural (respostas ao deslocamento súbito para trás, puxando os ombros, com paciente ereto, de olhos abertos, pés separados, informado a respeito do teste) 0= normal 1= retropulsão, mas se recupera sem ajuda. 2= ausência de respostas posturais, cairia se não fosse auxiliado pelo examinador. 3= muito instável, perde o equilíbrio espontaneamente. 4= incapaz de ficar ereto sem ajuda. bradicinesia e hipocinesia corporal (combinação de hesitação, diminuição do balançar dos braços, pobreza e pequena amplitude de movimentos em geral) 0= nenhum. 1= lentidão mínima. Podia ser normal em algumas pessoas. Possível redução na amplitude. 2= movimento definitivamente anormal. Pobreza de movimento e um certo grau de lentidão. 3= lentidão moderada. Pobreza de movimento ou com pequena amplitude. 4= lentidão acentuada. Pobreza de movimento ou com pequena amplitude.

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Mini Exame do Estado Mental - MEEM

Orientação 1. Em que dia da semana estamos? (1 ponto) 2. Em que dia do mês estamos? (1 ponto) 3. Em que mês estamos? (1 ponto) 4. Em qual estação do ano estamos? (1 ponto) 5. Em que ano estamos? (1 ponto) 6. Onde estamos aqui? (1 ponto) 7. Em que andar estamos? (1 ponto) 8. Em que cidade estamos? (1 ponto) 9. Em que estado? (1 ponto) 10. Em qual país? (1 ponto)

Registro de dados Repita as palavras CARRO [pausa], VASO [pausa], BOLA [pausa]. (1 ponto)

Repetir três vezes as palavras (2 pontos)

Atenção e Cálculo Subtraia 7 de 100 (1 ponto)

Do resultado, subtraia 7 de novo e assim por diante quatro vezes (4 pontos)

100- 7+ 93 / 93-7= 86/ 86-7= 79/ 79-7= 72

Se não atingir o escore máximo, peça: Soletre a palavra MUNDO. Corrija os erros de soletração e então peça: Agora, soletre a palavra MUNDO de trás para frente. [Dê um ponto para cada letra na posição correta. Considere o maior resultado]

Memória Você se lembra das três palavras que falamos ainda há pouco? (3 pontos, sendo 1 para cada uma)

Linguagem O que é isso? Mostrar um lápis (1 ponto)

O que é isso? Mostrar um relógio (1 ponto)

Repita “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ” (1 ponto)

Realize as três ordens: tome esta folha de papel, dobre-a e coloque-a no chão (3 pontos, um por comando realizado corretamente)

Leia e faça o que está escrito “Feche os olhos” (1 ponto)

Escreva uma frase nesta folha de papel (1 ponto)

Atividade Motora Copie este desenho (1 ponto)

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Catalogação da Publicação na Fonte / Bibliotecário Raimundo Muniz de Oliveira CRB15-429

Ribeiro, Rhayssa Rhaquel.

Efeitos das técnicas breath-stacking e espirometria de incentivo nos volumes da caixa torácica em pacientes com doença de parkinson / Rhayssa Rhaquel Ribeiro. – Natal, RN, 2013.

80 f. Orientadora: Profª Drª Arméle Dornelas de Andrade Co-orientação: Profª Drª Daniela Cunha Brandão Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-graduação em Fisioterapia. 1. Doença de parkinson – Dissertação. 2. Pletismografia ópto-eletrônica - Dissertação. 3. Exercícios respiratórios - Dissertação. 4. Re-expansão pulmonar - Dissertação. I. Andrade, Arméle Dornelas de. II. Brandão, Daniela Cunha. IIITítulo. RN/UF CDU 616.858