efeitos da solarizaÇÃo do solo em culturas … · instalação das culturas, ... compasso de...

6
AP - 1 EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS HORTÍCOLAS DE AR LIVRE Instituto Politécnico de Viseu/Escola Superior Agrária Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas – Viseu, 3500-606 Ranhados Tel. 232480600, Fax 232 426536, Site www.esav.ipv.pt , Email: [email protected] António de Fátima de Melo Antunes Pinto, Prof. Adjunto Email: [email protected] Introdução No início século XXI e de há três décadas a esta parte tem visivelmente crescido na consciência do Homem, uma grande preocupação relativamente às agressões que tem feito ao ambiente, como resultado das suas mais diversas actividades. A actividade agrícola moderna tem-se intensificado a um ritmo impressionante, visando quase exclusivamente, o lucro a qualquer preço, mediante a obtenção de elevadas produções por unidade de superfície, à custa do uso excessivo de fertilizantes, pesticidas e de uma sobre exploração da terra, o que tem conduzido a sérios problemas ambientais traduzidos pela poluição das águas, dos solos e da acumulação de resíduos tóxicos em diversos produtos de origem vegetal e animal. Assim, com o objectivo de minimizar ou mesmo evitar os problemas e inconvenientes referidos, tem-se vindo adoptar sistemas de produção mais adequados e menos agressivos para o homem e para o ambiente, como tem acontecido, em particular, na protecção das plantas, com a utilização de métodos e técnicas alternativas ao uso quase exclusivo de pesticidas, no combate aos inimigos das culturas. A solarização do solo, surge assim, como um método inovador, não tóxico e não poluente e eficaz para o combate de uma variada gama de infestantes, doenças e pragas das plantas. A solarização do solo baseia-se no aproveitamento da energia solar por intermédio de um filme de plástico transparente, de espessura reduzida, que se coloca na superfície do solo previamente humedecido, durante os meses mais quentes do ano, por forma a elevar a temperatura do solo a níveis letais ou subletais, destruindo os propágulos de agentes fitopatogénicos e de infestantes. Neste trabalho apresentam-se alguns resultados, que foram obtidos durante o terceiro ano de execução do Projecto subordinado ao tema Campo de Demonstração em Protecção Integrada nº 72 / 99, REG. (CEE) - Medidas Agro - Ambientais, Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, com uma duração de cinco anos, iniciado em vinte e três de Julho de 1999, onde a Entidade promotora é o Instituto Politécnico de Viseu / Escola Superior Agrária. Este campo encontra-se localizado na Quinta da Alagoa, da Escola Superior Agrária de Viseu e visa evidenciar as potencialidades da Solarização do Solo, aplicada às culturas da Couve, Faveira, Cebola, Alface e Batata de ar livre, procurando atingir os seguintes objectivos: - Divulgar a aplicação prática da solarização; - Demonstrar os seus efeitos e eficácia no combate a determinadas doenças e infestantes; - Demonstrar possíveis efeitos secundários. 1 - Material e Métodos 1.1 – Instalação das Culturas 1.1.1 Cultura da Cebola A existência de condições meteorológicas desfavoráveis (chuvas abundantes) que se iniciaram em Novembro de 2000 e se prolongaram por todo o primeiro semestre de 2001, levou a um atraso, na instalação das culturas, relativamente ao que estava previsto no projecto. Assim a cultura da cebola foi instalada em 3 de Abril de 2001, na parcela que, obviamente lhe estava destinada, por plantação manual de

Upload: dobao

Post on 11-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS … · instalação das culturas, ... compasso de 0,5x0,2 m. ... permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da

AP - 1

EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS HORTÍCOLAS DE AR LIVRE

Instituto Politécnico de Viseu/Escola Superior Agrária Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas – Viseu, 3500-606 Ranhados Tel. 232480600, Fax 232 426536, Site www.esav.ipv.pt, Email: [email protected] António de Fátima de Melo Antunes Pinto, Prof. Adjunto Email: [email protected]

Introdução

No início século XXI e de há três décadas a esta parte tem visivelmente crescido na consciência do Homem, uma grande preocupação relativamente às agressões que tem feito ao ambiente, como resultado das suas mais diversas actividades.

A actividade agrícola moderna tem-se intensificado a um ritmo impressionante, visando quase exclusivamente, o lucro a qualquer preço, mediante a obtenção de elevadas produções por unidade de superfície, à custa do uso excessivo de fertilizantes, pesticidas e de uma sobre exploração da terra, o que tem conduzido a sérios problemas ambientais traduzidos pela poluição das águas, dos solos e da acumulação de resíduos tóxicos em diversos produtos de origem vegetal e animal. Assim, com o objectivo de minimizar ou mesmo evitar os problemas e inconvenientes referidos, tem-se vindo adoptar sistemas de produção mais adequados e menos agressivos para o homem e para o ambiente, como tem acontecido, em particular, na protecção das plantas, com a utilização de métodos e técnicas alternativas ao uso quase exclusivo de pesticidas, no combate aos inimigos das culturas. A solarização do solo, surge assim, como um método inovador, não tóxico e não poluente e eficaz para o combate de uma variada gama de infestantes, doenças e pragas das plantas.

A solarização do solo baseia-se no aproveitamento da energia solar por intermédio de um filme de plástico transparente, de espessura reduzida, que se coloca na superfície do solo previamente humedecido, durante os meses mais quentes do ano, por forma a elevar a temperatura do solo a níveis letais ou subletais, destruindo os propágulos de agentes fitopatogénicos e de infestantes.

Neste trabalho apresentam-se alguns resultados, que foram obtidos durante o terceiro ano de execução do Projecto subordinado ao tema Campo de Demonstração em Protecção Integrada nº 72 / 99, REG. (CEE) - Medidas Agro - Ambientais, Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, com uma duração de cinco anos, iniciado em vinte e três de Julho de 1999, onde a Entidade promotora é o Instituto Politécnico de Viseu / Escola Superior Agrária. Este campo encontra-se localizado na Quinta da Alagoa, da Escola Superior Agrária de Viseu e visa evidenciar as potencialidades da Solarização do Solo, aplicada às culturas da Couve, Faveira, Cebola, Alface e Batata de ar livre, procurando atingir os seguintes objectivos:

- Divulgar a aplicação prática da solarização; - Demonstrar os seus efeitos e eficácia no combate a determinadas doenças e infestantes; - Demonstrar possíveis efeitos secundários.

1 - Material e Métodos

1.1 – Instalação das Culturas

1.1.1 Cultura da Cebola

A existência de condições meteorológicas desfavoráveis (chuvas abundantes) que se iniciaram em Novembro de 2000 e se prolongaram por todo o primeiro semestre de 2001, levou a um atraso, na instalação das culturas, relativamente ao que estava previsto no projecto. Assim a cultura da cebola foi instalada em 3 de Abril de 2001, na parcela que, obviamente lhe estava destinada, por plantação manual de

Page 2: EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS … · instalação das culturas, ... compasso de 0,5x0,2 m. ... permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da

AP - 2

cerca de 5000 plantinhas de cebola, de raiz nua, no solo armado em camalhões optando-se por um compasso de 0,5x0,2 m.

Os trabalhos de mobilização, adubação de fundo e de armação do terreno foram iniciados dias antes, por forma a que o terreno apresentasse boas condições de plantação. O ciclo da cultura desenvolveu-se normalmente, executando-se todas as operações previstas no projecto, até à sua colheita.

1.1.2 - Cultura da Batata

A preparação do terreno e a instalação desta cultura efectuaram-se nos princípios de Abril, tendo-se realizado a plantação mecânica no dia 11/04/2001, optando-se por um compasso de cerca de 0,5 x 0,3 m e uma profundidade de plantação de cerca de 0,1 m.

Apesar da plantação um pouco tardia, o seu ciclo cultural desenvolveu-se normalmente.

1.1.3 - Cultura da Alface

As alfaces foram plantadas manualmente, em 04/04/2001, optando-se por um compasso de 0,5 x 0,5, com plantinhas de alface fornecidas com raiz envolvida por torrão. O terreno foi armado em camalhão executando-se todas as operações de preparação do terreno e adubação de fundo, de acordo com o preconizado no projecto. A cultura desenvolveu-se com normalidade ao logo do seu ciclo cultural.

1.1.4 - Cultura da Couve

Esta cultura já se encontra a beneficiar do terceiro ano de solarização, visto ter sido plantada em 18/09/01, após a retirada dos plásticos do solo. A plantação foi manual, optando-se por um compasso de 0,5 x 0,4m, num terreno previamente preparado e adubado para receber as jovens plantinhas que foram instaladas de raiz nua. O ciclo cultural decorreu normalmente, tendo-se obtido couves de muito melhor qualidade e quantidade do que no ano anterior.

1.1.5 - Cultura da Faveira

Tal como a cultura referida anteriormente, a cultura da faveira vai também beneficiar do terceiro ano de solarização. Esta cultura foi semeada manualmente, no terreno armado em camalhões, com um compasso de 0,5 x 0,4 m. O comportamento do ciclo cultural da faveira semeada em 6 de Fevereiro de 2001 e que deveria ter lugar em Dezembro de 2000, decorreu normalmente, apesar da sementeira tardia.

1.2 - Aplicação do plástico ao solo

Depois de preparado convenientemente o terreno das parcelas destinado a cada uma das culturas referidas, procedimento que incluiu a remoção dos restos das culturas precedentes, a mobilização, a frezagem e rega do solo, procedeu-se à aplicação do plástico, que teve lugar a partir de 18/07/2001 e permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da couve e prolongando-se nas outras parcelas até 25 de Setembro de 2001.

Executou-se uma mobilização adequada do terreno até cerca de 20 a 30 cm de profundidade. Esta operação foi realizada mecanicamente, através de uma charrua de 12 polegadas, rebocada por um tractor. Para garantir que a superfície do solo ficasse perfeitamente homogénea e esmiuçada, procedeu-se de seguida a uma frezagem a pequena profundidade, de modo a obter uma superfície do terreno plana e suficientemente lisa, requisito necessário para uma adequada colocação posterior do plástico no solo.

1.2.2 - Rega do solo

Procedeu-se a uma rega abundante do solo, por gravidade, debitando uma dotação de cerca de 30 mm, aplicada em dois dias sucessivos, procurando que o terreno permanecesse saturado ao longo do perfil. Com esta rega pretendeu-se aumentar a condutividade térmica do solo, privilegiando assim a eficácia da solarização. Na Figura 1 apresenta-se, um aspecto da rega por gravidade.

Page 3: EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS … · instalação das culturas, ... compasso de 0,5x0,2 m. ... permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da

AP - 3

1.2.3 - Colocação do plástico no solo

Feita a demarcação do terreno, metade de cada uma das parcelas destinadas às culturas, foram cobertas com um filme de polietileno transparente de 0,050 mm de espessura. Teve-se um cuidado especial, durante esta operação, de garantir que o plástico ficasse esticado e perfeitamente aderente à superfície do solo, de modo a evitar a formação de bolsas de ar.

O plástico permaneceu esticado e fixo, por enterramento das suas extremidades numas valas laterais abertas para esse efeito, com o auxílio de um motocultivador, Figura 2.

2 - Resultados

2.1- Efeito da solarização nas temperaturas do solo

Um dos mecanismos pelos quais a solarização destrói os propágulos dos parasitas do solo e as sementes das infestantes, resulta da elevação da temperatura que se faz sentir no solo solarizado, para valores considerados letais para aquelas estruturas.

Os valores das temperaturas nas parcelas solarizadas e não solarizadas foram registados por um termógrafo com mecanismo accionado por corda mecânica, para três pontos de medida, com período de registo diário/semanal da marca Thies.

Na Figura 3 apresentam-se os valores de temperatura média semanal, observados a 10 cm de profundidade nas parcelas solarizadas e a 20 cm, respectivamente, nas parcelas solarizadas e não solarizadas, registados ao longo de seis semanas, durante o verão de 2000, com início em 08/08 e fim em 19/08/2000.

2.2 - Efeito da solarização no combate às infestantes

Um dos efeitos mais espectaculares da solarização do solo reside no combate eficaz a uma gama muito variada de infestantes.

Após a retirada dos plásticos, em 25 de Setembro de 2001, verificou-se uma eliminação total das diversas espécies de infestantes, nas parcelas solarizadas, com particular destaque para a beldroega, bredos, catassol, erva moira, milhãs, saramago, figueira do inferno, margaças, entre outras, espécies que constituem a infestação

dominante nos solos do campo. No entanto é de realçar, também o efeito da solarização, a longo termo, como se demonstrou na

parcela destinada à cultura da cebola, onde cerca de 8 meses após a solarização, já com a cultura instalada,

Fig. 1 - Aspecto da rega por gravidade nas parcelas .

Fig. 2 - Aspecto geral do campo (parcelas solarizadas e não solarizadas).

Variação da temperatura

01020304050

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª

Semanas

Tem

pera

tura

s (º

C)

10 S20 S20 NS

Fig. 3 - Comportamento dos valores de temperatura média semanal registados à profundidade de 10 cm nas parcelas solarizadas (10 S) e a 20 cm nas parcelas solarizadas (20 S) e não solarizadas (20 NS).

Page 4: EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS … · instalação das culturas, ... compasso de 0,5x0,2 m. ... permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da

AP - 4

se verificou uma redução muito significativa (cerca de 64 %) na infestação total na parcela solarizada relativamente à não solarizada, com se pode observar na Figura 4.

2.3 – Efeito da solarização no crescimento e na produção das culturas

A solarização do solo tem sido frequentemente referida como responsável por acréscimos do crescimento e dos rendimentos das culturas em que tem sido utilizada.

Estes efeito positivos têm sido considerados como uma consequência directa da sua acção na redução da densidade e, nalguns casos, na erradicação da própria doença, dependendo os níveis das produções obtidos do grau de redução verificado, do nível de infestação do solo e da importância económica dos prejuízos causados pela doença.

No entanto tem-se verificado, também aumentos do crescimento e da produção das culturas, nos solos

solarizados, mesmo na ausência de inimigos das culturas, aliás com foi por nós constatado na cultura da cebola e cujos resultados se apresentam nas Figuras 5 e 6.

Fig. 5 - Resultados dos crescimentos médios semanais das plantas nas parcelas solarizadas e não solarizadas.

Produção

1,51,61,71,81,9

2

solarizada não solarizada

kg

Fig. 6 - Resultados da produção de cebolas nas parcelas solarizadas e não solarizadas ( pesos médios de 5 bolbos).

Também na cultura da Faveira se verificou, por observação visual, um maior crescimento na parcela

solarizada relativamente à não solarizada, com se pode constatar pela observação da figura 8.

In festan tes

050

100150200250300

solarizada não solarizada

Méd

ia

Fig. 4 – Efeito da solarização no combate às infestantes (número de plantas/m2). Os valores da infestação diferem significativamente para p < 0,05.

Crescimentos médios semanais

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

17-Abr

24-Abr

30-Abr

08-Mai

15-Mai

21-Mai

28-Mai

11-Jun

18-Jun

25-Jun

02-Jul 09-Jul

Datas

Cre

scim

ento

s (c

m)

sns

Page 5: EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS … · instalação das culturas, ... compasso de 0,5x0,2 m. ... permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da

AP - 5

Fig. 8 – Pormenor do crescimento da cultura da faveira na parcela solarizada A e não solarizada B.

Conclusões

- Neste trabalho a solarização do solo mostrou-se efectiva na eliminação total de uma grande variedade de espécies infestantes. Este efeito verificou-se também a médio prazo, pois foi observado uma redução significativa na infestação total, cerca de oito meses após a remoção dos plásticos:

- A solarização estimulou o crescimento e a produção da cultura da cebola, apesar de estes acréscimos não serem significativos;

- A solarização o crescimento da cultura da faveira, mas os resultados relativamente à altura das plantas ainda não foram tratados estatisticamente;

- Relativamente às restantes culturas ainda não existem dados disponíveis para serem apresentados, no entanto em estudos por nós, anteriormente realizados, obtivemos efeitos muito promissores da solarização relativamente ao combate de fungos patogénicos do solo, nomeadamente sobre a espécie Plasmodiophora brassicae, causador da hérnia da couve, em que foram observadas reduções altamente significativas da incidência daquela doença nas parcelas sujeitas a solarização, num solo de estufa;

- Também efeitos na melhoria das características químicas dos solos, traduzidos pelos aumentos significativos nas parcelas solarizadas de alguns constituintes químicos, em particular, dos teores de azoto nítrico e amoniacal, do potássio assimilável e do potássio de troca, dos teores de magnésio e da condutividade eléctrica foram por nós obtidos;

- Relativamente à melhoria das características biológicas, também a solarização do solo se tem mostrado promissora, na medida em que não cria vazio biológico, não alterando significativamente a flora microbiana total do solo e aumentando por outro lado, populações microbianas benéficas como sejam as populações de bactérias fixadoras livres de azoto, quer em aerobiose (Azotobacter sp), quer em anaerobiose (Clostridium pasteurianum), entre outros.

- A solarização do solo apresenta-se assim, com um meio de luta eficaz no combate a infestantes e a variadíssimas doenças e pragas do solo, como também apresenta diversos efeitos secundários, a maioria dos quais positivos, como se demonstrou neste trabalho e se confirma na numerosa bibliografia nacional e estrangeira.

- Pelas suas características a solarização do solo constitui um método de combate de eleição em programas de Protecção e Produção Integradas.

Bibliografia recomendada

Arora, A. (1998). Soil solarization: effects on soil moisture, soil temperature and chemical properties of the soil. Crop-Research-hisar, 16(1): 41-49.

Chauhan, Y. S.; Nene, Y. L.; Johansen, C.; Haware, M. P.; Saxena, N. P.; Sardar, S.; Sharma, S. B.; Sahrawat, K. L.; Burford, J. R.; Rupela, O. P.; Kumar-Rao, J. K. & Sithanatham, S. (1988). Effects of soil solarization on pigeonpea and chickpea. Patancheru, Research Bulletin, 11, ICRISAT, 17 pp.

A B

Page 6: EFEITOS DA SOLARIZAÇÃO DO SOLO EM CULTURAS … · instalação das culturas, ... compasso de 0,5x0,2 m. ... permaneceu no solo até 17/09/2001 na parcela destinada à cultura da

AP - 6

Daelemans, A. (1989). Soil solarization on West-Cameroon: effect on weed control, some chemical propertiesan pathogens of the soil. Acta Horticulturae, 255: 169-175.

Gamliel, A. & Katan, J. (1991). Involvement of fluorescent pseudomonads and other microorganisms in increase growth response of plants in soils. Phytopathology, 81: 494-502.

Grunzweig. J. M., Katan, J., Ben-Tal, Y. & Rabinowitch, H.D.(1998). The role of mineral nutrients in the increase growth response of tomato plants in solarized soil. Plant-and-Soil, 206(1):21-27.

Katan, J.& DeVay, J. E. (1991). Soil solarization: historical perspectives, principles, and uses. In Soil Solarization, Katan & DeVay (Eds), Boca Raton, Press Inc., 23-37.

McGovern, R.J., McSorley, R. & Urs, R.R. (2000). Reduction of Phytophtora blight of Madagascar periwinkle in Florida by soil Solarization in autumn. Plant Disease, 84(2):185-191.

Meron, M.; Filler, Y.; Cohen, Y.; Galilee, M.& Grinstein, A. (1989). Solarization and fumigation for reclamation of organic soils. Acta Horticulturae, 255: 117-224.

Pinto, A. F. M. A. (1992). Solarização do solo em estufa: efeitos em algumas características biológicas e químicas do solo, nas infestantes e na cultura de feijão verde (Phaseolus vulgaris L.). Tese de Mestrado, Univ.Técn., L.isboa, Portugal, 79 pp.

Pinto, A. F. M. A. (1998). Solarização do Solo: Efeitos Secundários. Inst. Politéc.Viseu, ESAV, Portugal, 80 pp.

Pinto, A, F. M. A. & CÉSAR, A, (1999). Efeitos da Solarização Em Alguns Constituintes Químicos do Solo. In Actas do V Encontro Nacional de Protecção Integrada, Bragança: 23-37.

Stapleton, J. J.& DeVay, J. E. (1982). Effects of soil solarization on populations of selected soilborne microorganisms and growth of deciduous fruit tree seedlings. Phytopathology, 72: 323-326.