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XXI CONGRESSO INTERNO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
EFEITO DA HOMOGENEIZAÇÃO A ALTA PRESSÃO NA
ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE CELULASE
Ana Paula de T. Scarponi (𝟏); A𝐥𝐥𝐢𝐧𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐢𝐠𝐢𝐚𝐧𝐢 𝐋𝐢𝐦𝐚 Tribst (𝟐); 𝐌𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐨 𝐂𝐫𝐢𝐬𝐭𝐢𝐚𝐧𝐢𝐧𝐢 (𝟑)
(1) Aluna de graduação em Engenharia Agrícola, Bolsista (FAPESP), e-mail: [email protected]; (2) Co-Orientadora;
(3) Orientador, Docente da Faculdade de Engenharia de Alimentos – UNICAMP.
Palavras-Chave: Homogeneização a Alta Pressão; Atividade Enzimática; Estabilidade térmica e ao pH; Celulase.
INTRODUÇÃO
o Homogeneização a Alta Pressão (HAP): Tecnologia emergente não térmica que visa a
conservação de alimentos e alterações desejáveis em macromoléculas através de cisalhamento e
cavitação causado pelo processo.
o Enzima: proteínas globulares que catalisam reações bioquímicas a partir de seu sítio ativo
específico, no qual pequenas mudanças podem influenciar a atividade da enzima.
o Celulase: enzima que converte materiais lignocelulósicos em glicose e tem interesse industrial,
apesar do alto custo.
Recentemente, estudos destacaram a HAP como um método capaz de modificar as estruturas de
enzimas, com consequente alteração na atividade e estabilidade das mesmas.
OBJETIVOS
Considerando a possibilidade de melhoria do desempenho da celulase, este estudo teve como
objetivo avaliar o efeito do processo de HAP na atividade e na estabilidade da celulase.
MATERIAL E MÉTODOS
Avaliação da Atividade da Celulase
Atividade avaliada em pH 3,0 a 7,0 a 60°C e temperaturas de 30
a 80°C em pH 5,0 por 20 min.
4. Temperatura
e pH Ótimos
Atividade avaliada na pressão ótima em condições
ótimas (60°C e pH 5,0) e extremas (40°C e 80°C; pH
4,0 e 7,0).
8. Avaliação
da HAP
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
o Resultados variam em função da enzima e das condições de processo (pH, temperatura e pressão), não sendo possível estabelecer uma regra para o efeito da HAP.
o Concluiu-se que a HAP em celulases representou alteração significativa na atividade enzimática em condição ótima de pH (5,0) e temperatura (60°C), não influenciando na estabilidade térmica e ao pH, e sim na estabilidade ao armazenamento até certo período.
AGRADECIMENTO
Enzima comercial (Prozyn
Biosolutions®) armazenada
sob refrigeração a 5°C.
1. Enzima
Adequação da metodologia, testaram-se:
concentração da enzima (0,05 a 0,30%); do
substrato CMC (0,5 e 1,0%), ordem de adição das
soluções de enzima e CMC, condições do banho
(com e sem agitação).
3. Ensaios
Preliminares
A pressão ótima: resultou maior aumento da atividade
da celulase.
7. Critério
para seleção
Caracterizar curva de perda de atividade sem o processo HAP na enzima em diferentes intervalos de tempo.
Temperaturas avaliadas: 70, 80 e 90°C.
pH avaliados: 3,0 e 4,0.
10. Ensaios Preliminares
Análise de variância (ANOVA) e Teste de Tukey (diferença ao nível de 5%) – STATISTICA 5.0 software.
Pressão Ótima: 1600 bar. Aumentou atividade relativa da celulase a 60 e 80ºC. De forma geral, a HAP influenciou atividade enzimática: atividade reduziu após o processo (40 e 60°C), aumentou (60°C) ou permaneceu a mesma (60 e 80°C).
Por boa repetibilidade, adotou-se: Celulase 0,20% (boa leitura no espectrofotômetro, entre 0,7 e 0,9), CMC 0,5% (facilidade no manuseio),com adição do substrato à enzima em banho sem agitação.
Miller (1959): Reação de
açúcares redutores com ácido
3,5 dinitrossalicílico (DNS).
2. Determinação
da Atividade
Enzimática
Homogeneização a Alta Pressão
Panda Plus (GEA-Niro-Soavi, Parma, Italy) até 2000 bar.
5. Homogeneizador
Pressões avaliadas: 0, 400, 800, 1200 e 1600 bar.
Condição: 60°C (ótima), 40 e 80°C (extremas) sob pH
ótimo (5,0).
6. Pressão Ótima
9. Análise
Resultados
Estabilidade Térmica e ao pH
Enzima em pH 5,0 processada a 1600 bar.
Estabilidade Térmica: 80°C por 30 min
avaliada de 5 em 5 min.
Estabilidade ao pH: 3,0 por 30 min avaliado
de 5 em 5 min.
11. Ensaios Finais
Armazenamento da Enzima
Enzima na condição ótima (pH 5,0)
processada na pressão ótima definida
(1600 bar) estocada por 11 dias sob
refrigeração tendo a atividade avaliada a
cada 2 dias.
Avaliação da Atividade da Celulase
100
200
300
400
30 40 50 60 70 80Ati
vid
ad
e (
UA
/g
)
Temperatura (°C)
0
100
200
300
400
3,0 4,0 5,0 6,0 7,0pH
Figura 1: (a) Temperatura e (b) pH ótimos.
(a) (b)
Homogeneização a Alta Pressão
Figura 2: Atividade Residual em função das Pressões avaliadas.
0
40
80
120
0 ST 0 400 800 1200 1600
Ati
vid
ad
e R
esi
du
al
(%)
Pressão (bar) 40°C 60°C 80°C
Pressão Ótima
0
20
40
60
80
100
120
140
4,0 5,0 7,0
Ati
vid
ad
e E
nzi
má
tica
(%
)
pH
T = 40°C T = 60°C T = 80°C Sem Tratamento
Figura 3: Atividade Residual em condições ótimas e extremas de temperatura e pH, a 1600 bar.
Estabilidade Térmica e ao pH
80
130
180
230
280
330
380
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Ati
vid
ad
e (
UA
/g
)
Tempo (min) 90°C 80°C 70°C
Figura 4: Ensaios preliminares a 70, 80 e 90°C.
140
190
240
290
340
0 5 10 15 20 25 30
Ati
vid
ad
e (
UA
/g
)
Tempo (min) Sem Tratamento HAP 1 HAP 2
Figura 5: Ensaio Final – Estabilidade térmica a 80°C.
Figura 6: Ensaios preliminares pH (a) 3,0 e (b) 4,0.
200
250
300
350
0 10 20 30 40 50(b)
250
300
350
400
0 20 40 60
Ati
vid
ad
e (
UA
/g
)
Tempo (min) R1 R2(a)
250
290
330
370
410
0 5 10 15 20 25 30
Ati
vid
ad
e (
UA
/g
)
Tempo (min) Sem Tratamento HAP 1 HAP 2
Figura 7: Ensaios Final – Estabilidade ao pH 3,0.
Armazenamento da Enzima
250
300
350
400
450
0 3 6 8 11
Ati
vid
ad
e (
UA
/g
)
Dias Sem Tratamento HAP 1 HAP 2
Figura 8: Estabilidade ao armazenamento (8°C, 11 dias).
Resultados positivos da HAP na estabilidade ao armazenamento nos primeiros dias (até o 6° dia), com até 11% de aumento na atividade.
A estabilidade enzimática da celulase após HAP não apresentou diferença relevante em relação à amostra sem tratamento, tanto para a estabilidade térmica (80°C) quanto ao pH (3,0).