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www.ef.com/epic 2014

EF EPI-cÍndice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

2 www.ef.com/epic

ÍNDICE

Sobre o Relatório EF EPI-c

Sumário executivo

Introdução

Inglês da força de trabalho, por país

Inglês da força de trabalho, por hierarquia

Inglês da força de trabalho, por tamanho da empresa

Inglês da força de trabalho, por indústria

Destaque da indústria: Consultoria

Destaque da indústria: Tecnologia da Informação

Destaque da indústria: Engenharia

Destaque da indústria: Contabilidade, Negócios e Finanças

Destaque da indústria: Assistência Médica e Farmacêutica

Destaque da indústria: Setor industrial

Conclusões e recomendações

Apêndice: Definições do trabalho sobre as competências em inglês

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Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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O Índice de Proficiência de Inglês para Empresas (EF EPI-c) é uma avaliação do conhecimento de inglês da força de trabalho mundial. Esta é a segunda edição do estudo, depois do relatório lançado em 2012. Ele mede os níveis de proficiência em inglês em 22 indústrias, de 32 países, em empresas com faturamento anual que variam de menos de US$ 1 milhão a mais de US$ 100 bilhões.

O relatório tem como objetivo, primeiro, estabelecer referências nacionais e internacionais para o inglês da força de trabalho, com as quais indivíduos e empresas podem comparar sua competitividade comunicativa e, segundo, avaliar porque empresas em alguns países e setores apresentam desempenho melhor do que outros e destacar exemplos de melhores práticas.

Este relatório acompanha o relatório EF EPI, que avalia o nível de proficiência em inglês de adultos em todo o mundo, com base em um conjunto separado de resultados de testes de 750 mil adultos em 2013. Juntos, esses dois relatórios fornecem uma visão complexa do conhecimento da língua inglesa ao redor do mundo. Ambos os relatórios, assim como os diversos fact sheets dos países, podem ser baixados no site www.ef.com/epi.

SOBRE O RELATÓRIO DO ÍNDICE DE PROFICIÊNCIA EM INGLÊS PARA EMPRESAS DA EF (EF EPI-C)

4 www.ef.com/epic4 www.ef.com/epic

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METODOLOGIA Este segundo estudo EF EPI-c é baseado em pesquisas conduzidas em 2013. 105.093 colaboradores de empresas e governos fizeram um teste de proficiência em inglês da EF Corporate Solutions e preencheram um questionário. Eles não estavam matriculados em um programa de ensino de inglês na época e os resultados do teste não foram usados para determinar salários.

Geograficamente, as pessoas que fizeram o teste representam mais de 30 países; 40% da Europa, 35% da Ásia, 23% das Américas e 2% do Oriente Médio. Dos colaboradores testados, 69% identificou-se como parte da equipe de funcionários, 23% como gerentes e o restante, como executivos. Os resultados do teste foram complementados por uma série de entrevistas abrangentes, para acrescentar uma visão mais profunda aos achados.

AGRADECIMENTOS Gostaríamos de agradecer todos os participantes pela contribuição a essa pesquisa.

Kathleen Bailey é Professora de Estudos Internacionais no Instituto de Monterey e, atualmente, ocupando a posição de Presidente Executiva e do Conselho da Fundação Internacional para Pesquisa sobre o Ensino da Língua Inglesa (siga em inglês TIRF). Com seu trabalho na TIRF, a Professora Bailey e o Conselho Administrativo da TIRF procuram promover práticas eficazes do uso do inglês no conhecimento da economia global emergente do século XXI. Ela lecionou atividades do treinamento de professores, incluindo oficinas de liderança e cursos de ensino, em trinta países diferentes.

Maury Peiperl é Professor de Liderança e Mudança Estratégica no IMD e Presidente do Conselho Consultivo do Corpo Docente do Evian Group@IMD. Suas áreas de interesse são desenvolvimento de organização, carreiras executivas, gestão da mudança, estratégia de RH e mobilidade global. O Professor Peiperl lecionou, pesquisou ou prestou consultoria nessas áreas em 30 países, nos cinco continentes, e se dedica a promover o papel dos negócios no desenvolvimento global sustentável e na solução de conflitos entre nações. Seu trabalho atual foca no desenvolvimento de executivos globais, em especial, CEOs e Conselheiros, e na gestão de carreiras sob incerteza a longo prazo.

Carlos González Leal é Promotor de Processos Locais no Centro de Serviço Compartilhado da Tetra Pak® para as Américas Central e do Sul. Ele é responsável por lidar com a entrega local da Gestão de Desempenho, Desenvolvimento de Competências, Planejamento de Sucessão e Processos de Gestão de Aprendizado em sua região. Entre as áreas de interesse de Carlos se encontram Psicologia Organizacional, Planejamento e Entrega de Treinamento, Facilitação, E-learning, Desenvolvimento de Pessoal, Fundamentos e Técnicas de Aprendizado e Transformação de RH. Participou como palestrante convidado em diversas conferências de educação corporativa no Brasil e é membro ativo de uma rede de Profissionais de Ensino em Campinas (São Paulo, Brasil).

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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SUMÁRIO EXECUTIVO

O relatório EF EPI-c estabelece padrões nacionais e internacionais para o inglês da força de trabalho.

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O inglês é o idioma mundial para negócios. Empresas de todos os tamanhos, de diferentes países e indústrias, cada vez mais descobrem as vantagens de uma comunicação eficiente em inglês. Elas veem a proficiência em inglês como um requisito verdadeiramente estratégico para se aproveitar as oportunidades de negócio, promover colaboração interna e ajudar a fomentar inovação. Entretanto, este estudo mostra que as empresas estão enfrentando dificuldades para acompanhar o ritmo crescente da

importância do inglês.

Os principais achados incluem:

• Ainda existe uma grande diferença entre as forças de trabalho mais e menos proficientes em inglês. Os países do norte da Europa continuam definindo os padrões, mas a maioria dos mercados emergentes, incluindo da França e da Itália, têm trabalhadores com baixa proficiência.

• A proficiência em inglês da mão-de-obra é uma tendência crescente na maioria dos países, mas o avanço, especialmente na maioria das economias emergentes, é lento. A baixa proficiência no inglês dos trabalhadores impacta negativamente a competitividade e a atração a investimentos do país. Para empresas, isso significa perder oportunidades de negócio, uma cultura interna mais fraca de comunicação e inovação e ficar atrás dos concorrentes.

• Em quase metade dos países pesquisados, a proficiência em inglês de executivos foi pior que dos gerentes e da equipe de colaboradores. Isso dificulta que as empresas operem de maneira eficaz em um contexto internacional.

• Os setores de alta tecnologia e de serviços profissionais como consultoria e engenharia têm melhores níveis de inglês do que os setores indústrias de valor agregado menor, voltadas para o mercado interno, como alimentos e construção. Os índices de viagem e turismo são surpreendentemente baixos.

• Empresas pequenas têm proficiência em inglês mais baixa, o que pode prejudicar sua capacidade de

expansão, em uma economia globalizada.

Este relatório traz uma série de recomendações para

empresas e governos melhorarem a proficiência em

inglês de seus colaboradores.

As empresas devem: • Estabelecer requisitos claros de proficiência em inglês e ligá-los à promoção. • Garantir que os programas sejam rentáveis. • Gerenciar treinamento de inglês como um programa da mudança. • Oferecer soluções de aprendizado flexíveis e personalizadas.

Os governos devem: • Garantir que o inglês seja incorporado completamente no currículo escolar desde cedo. • Incentivar alunos do ensino superior a estudarem em países de língua inglesa. • Fornecer incentivos para que as empresas ofereçam ensino de inglês.

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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Atualmente é senso comum que o inglês é, na prática, a língua usada para negócios internacionais. Empresas de todos os tamanhos, de diferentes países e indústrias, descobrem, cada vez mais, as vantagens de uma comunicação eficiente em inglês.

O uso do inglês no trabalho aumenta, principalmente, pela contínua integração das economias e negócios globais, com cada vez mais empresas tornando-se internacionais, vendendo, produzindo e prestando serviços a diferentes mercados. Por exemplo, uma pesquisa conduzida pela JPMorganChase descobriu que, em 2013, 61% das empresas de médio porte do mercado conduziam, ativamente, negócios em mercados internacionais, mais que 58% em 2012 e 43% em 2011.

Também está sendo promovido pelo aumento na comunicação. Na medida em que o mundo se torna muito mais integrado, aumenta a necessidade das empresas de se comunicarem com frequência e sem obstáculos, em diferentes países, com clientes, colegas, fornecedores e parceiros que se encontram em outros mercados. Finalmente, conforme os negócios são feitos cada vez mais através da internet, conteúdo digital relevante tornou-se um componente crítico de todas as indústrias, sendo 56% de todo o conteúdo online em inglês (e, bem abaixo, em russo, alemão e japonês, com aproximadamente 5 ou 6% cada)1. As empresas que prosperam nessas circunstâncias são aquelas cujos funcionários têm as habilidades e o treinamento de se comunicar, com eficiência, em outros mercados.

Outro ponto importante a ser considerado pelas empresas é a promoção de inovação: em uma economia cada vez mais competitiva, negócios globais precisam inovar mais rapidamente para acompanhar clientes e concorrentes. Para isso, precisam ter uma cultura interna saudável de conversação, colaboração e criatividade. Isso é sustentado pela grande capacidade da empresa de comunicar-se no exterior em inglês.

PROFICIÊNCIA EM INGLÊS É A CHAVE PARA COMPETITIVIDADE CORPORATIVA Essas tendências fizeram da proficiência em inglês uma prioridade para os negócios. Historicamente, o treinamento de idiomas no trabalho sempre foi visto como um benefício ao funcionário mas, recentemente, o inglês tornou-se muito mais importante. Com o idioma agora sendo visto como forma de ajudar a melhorar a comunicação internacional, colaboração e inovação corporativa, as empresas, agora, veem a proficiência em inglês como uma questão verdadeiramente estratégica. Além disso, estão cientes que, em um mundo cada vez mais competitivo, ficar atrás de seus concorrentes em níveis de proficiência poderia restringir até mesmo suas aspirações de crescimento de negócio.

Em uma pesquisa da Economic Intelligence Unit (EIU) com 572 executivos de empresas multinacionais, quase metade admitiu que pequenos mal-entendidos já haviam atrapalhado importantes negócios internacionais, resultando em perdas significativas para suas empresas. Essa porcentagem foi consideravelmente maior para executivos brasileiros e chineses, onde 74% e 61%, respectivamente, reconheceram ter sofrido tais perdas.

A conclusão é clara: diferenças de idioma e cultura criam barreiras ao sucesso do negócio. Na pesquisa do EIU, 64% dos líderes de negócio disseram que essas diferenças também dificultam a conquista de uma posição segura em mercados estrangeiros e que essas diferenças culturais prejudicaram planos de expansão internacional. Além disso, 70% afirmaram encontrar, por vezes, dificuldades de se comunicar com as partes interessadas do negócio.

Quase 90% dos 572 executivos entrevistados pelo EIU afirmaram que, se a comunicação transfronteiriça melhorasse em sua empresa, lucro, receita e participação no mercado aumentariam significativamente, com melhores oportunidades da expansão e poucas vendas perdidas. Um estudo separado, conduzido pela Illuminas em 2014, concluiu que 79% dos responsáveis pelas tomadas de decisões nos negócios globais, que investiram no treinamento de inglês para sua equipe, alcançaram aumento nas vendas. Outros benefícios ao negócio incluem melhora na comunicação com o funcionário, na sua produtividade e na satisfação do cliente.

INTRODUÇÃO: O INGLÊS COMO O IDIOMA MUNDIAL PARA NEGÓCIOS

1. Pesquisas W3Techs Web Technology, abril de 2013; Usage of content language for websites. http://w3techs.com/technologies/ overview/content_language/all

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AS EMPRESAS ESTÃO BUSCANDO IMPULSIONAR A PROFICIÊNCIA EM INGLÊS Como consequência, empresas multinacionais, com escritórios em países onde o inglês não é a língua nativa, estão o adotando como idioma corporativo. A lista inclui o fabricante de aviões europeu Airbus, a Françasa automotiva Renault, a corana de produtos eletrônicos Samsung e o e-commerce japonês Rakuten. Empresas menores também estão adotando o inglês, na medida em que buscam entrar na economia global.

"Qualquer pessoa que estiver trabalhando de maneira transfronteiriça tem que ter proficiência em inglês. Vi grandes empresas globais, que faziam as reuniões de conselho em sua língua local, passarem a realizá-las em inglês. Portanto, essa mudança está acontecendo até mesmo nos níveis mais superiores”, disse Maury Peiperl, Professor de Liderança e Mudança Estratégica no IMD Business School.

De maneira semelhante, a Professora Kathleen Bailey, CEO e Presidente do Conselho da Fundação Internacional para Pesquisa sobre o Ensino de Língua Inglesa (TIRF), explica que: “O inglês é um veículo de comunicação cruzada, não apenas para as pessoas que fazem negócios entre países que falam o idioma, mas também para aqueles que fazem negócio onde o inglês não é a língua nativa.” Por exemplo, se empresários do Japão e da Arábia Saudita realizarem uma reunião, a língua usada será, com certeza, o inglês.

Parece que o inglês continuará sendo a língua global para negócios no futuro próximo. Cerca de dez anos atrás, esperava-se que, com a ascensão da China como economia global, o mandarim assumiria esse papel, mas isso realmente não aconteceu; em parte porque o mandarim é uma língua muito difícil para os falantes de outros idiomas aprenderem. Em vez disso, os chineses estão se esforçando bastante para melhorar sua proficiência em inglês.

Isso não quer dizer que o inglês ofuscará as línguas locais. Claro que as empresas ainda precisam atender os mercados locais e, com a globalização, a necessidade para localização aumenta também. Em um país como a Colômbia, por exemplo, o espanhol permanecerá a língua principal para se fazer negócios dentro do país, mas para se comunicar com o exterior, será necessário que a empresa use o inglês. O desafio para empresas é criar coesão entre forças de trabalho culturalmente diferentes; o inglês ajuda com isso, pois cria uma ponte entre diferenças linguísticas, unindo os colaboradores.

Entretanto, esse relatório mostra que as empresas enfrentam dificuldades para acompanhar a crescente importância do inglês. Poucos grupos apresentaram desempenho muito alto em proficiência em inglês. Mesmo nos países que apresentam boas notas no geral, há grande diferença no desempenho entre setores da indústria e até entre posições de liderança dentro da mesma empresa. Portanto, há bastante espaço para melhoria.

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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Em sua estratégia corporativa de médio prazo, divulgada recentemente, para o ano

fiscal 2014-2016, a ANA anunciou planos de aumentar, em 45%, a produtividade de

suas operações de passageiros internacionais. A empresa acelerá as melhorias à

qualidade do seu serviço, incluindo as habilidades de seus comissários de bordo,

assim como o desenvolvimento dos funcionários que podem contribuir com a sua

expansão global. Por esse motivo, eles decidiram investir em cursos de inglês para

30.000 de seus funcionários. Eles acreditam que isso será fundamental na busca de

seus ambiciosos objetivos de crescimento.

Estudo de caso

All Nippon Airways (ANA)

A AB InBev (Anheuser-Busch InBev) é líder global em fabricação de cerveja e uma

das cinco principais empresas de produto de consumo no mundo, empregando 150

mil pessoas em 24. “Conduzir negócios em escala global significa que a equipe de

funcionários em nossa organização precisa ter boas habilidades de comunicação em

inglês. Com funcionários de todas as partes do mundo, é importante entendermos

uns aos outros”, disse Linda Qian, Vice-Presidente de Pessoal da AB InBev APAC.

Como parte do seu sonho de se tornar "a melhor empresa de cerveja, unindo as

pessoas, em um mundo melhor', a empresa decidiu investir no ensino da língua

inglesa. Perceberam nitidamente a diferença que o inglês trouxe para o negócio,

“melhorar o inglês de nossos funcionários certamente ajudou com que se tornassem

mais produtivos”, afirmou Qian.

AB InBev

Atos, uma empresa global de serviços de TI, está no quarto ano de uma

transformação estratégica para se tornar líder global da indústria de serviços de TI.

O inglês é a língua corporativa global da Atos e a necessidade por proficiência em

inglês aumentou recentemente, graças ao seu desenvolvimento em outros países.

“Com grande número de pessoas na Índia, África e América Latina, muitos colegas

de trabalho não estão mais na mesma cidade, nem no mesmo país. Essas mudanças

também ajudam a aumentar a necessidade de treinamento da língua inglesa”,

explica Robin Ajdari, Vice-Presidente de Aprendizado e Desenvolvimento e Chefe da

Universidade Atos da Atos International. Com a empresa dedicada a fornecer serviços

globalmente, comunicação com o cliente é um outro incentivador para o estudo de

idiomas. “Se o nível de inglês de nossos funcionários não fosse bom o bastante, seria

prejudicial tanto ao serviço que fornecemos como para o desenvolvimento futuro de

nosso negócio”, disse Ajdari.

ATOS

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INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR PAÍS

GRANDES DIFERENÇAS NA PROFICIÊNCIA

EM INGLÊS Ainda existe uma grande diferença entre as forças de trabalho mais e menos proficientes em inglês. Em um mundo onde empresas de todos os países participam da economia global, isso tem implicações sérias. Muitos indicadores de renda, inovação e comércio correspondem, de maneira positiva, com a proficiência em inglês. 3/4 dos principais países no Índice de Inovação Global têm proficiência em inglês alta ou maior2. Além disso, um estudo realizado em 2010 pelo Conselho Britânico, mostrou que melhorar a proficiência em inglês da força de trabalho aumenta a capacidade dos países de competir na economia global e atrair investimentos3. Forças de trabalho com proficiência mais baixa não conseguem se comunicar internacionalmente com

facilidade, fazendo com que sejam menos competitivas em um mercado globalizado.

Os estudos também mostraram uma ligação positiva entre o estudo do inglês e os aspectos importantes do desempenho de negócio. Por exemplo, a pesquisa realizada pela Fundação Internacional para Pesquisa sobre o Ensino de Língua Inglesa (TIRF) mostrou que o estudo da língua inglesa leva a melhores retenção de colaboradores, comunicação por e-mail e desempenho em reuniões de negócio.4

2. https://www.globalinnovationindex.org/content.aspx?page=GII-Home3. Pinon, R., & Haydon, J. (2010). The benefits of the English language for individuals and societies: Quantitative indicators from Cameroon, Nigeria, Rwanda, Bangladesh and Pakistan. Euromonitor International. http://www.teachingenglish.org.uk/sites/ teacheng/files/Euromonitor%20Report%20A4.pdf4. TIRF (2009). The Impact of English and Pluralism in Global Corporations. Monterey, CA: TIRF.

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FAIXAS DE PROFICIÊNCIA do EF EPI-c Proficiência alta Proficiência média Proficiência baixa

China 53.49

South Coreia 49.88

Chile 47.60

Finlândia 68.01

República Checa 57.52

Arábia Saudita 38.84

Japão 53.61

Vietname 50.03

Brasil 48.30

Argentina 64.33

Noruega 71.09

Espanha 61.14

Costa Rica 44.71

Itália 54.31

Colômbia 52.34

México 49.05

Polónia 65.44

Países Baixos 71.47

Uruguai 61.28

Venezuela 45.34

França 55.68

Taiwan 53.20

Turquia 49.79

Bélgica 67.40

Dinamarca 72.58

Alemanha 60.48

Argélia 43.25

Indonésia 53.83

Panamá 50.13

Rússia 48.59

Suíça 64.69

Suécia 71.31

AS NOTAS DE INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO DOS PAÍSES

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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FORÇAS DE TRABALHO COM

ALTA PROFICIÊNCIA Norte da Europa, partes da Europa central e Argentina têm forças de trabalho com proficiência alta. A maioria são países onde inglês sempre foi forte (Escandinávia, Bélgica, Holanda, Suíça e Argentina), mas a Polônia é um exemplo interessante de país que passou a apresentar alta proficiência em inglês mais recentemente.

Os países nórdicos, como a Suécia, têm mercados domésticos pequenos, o que aumenta o incentivo para aprender inglês, capacitando a participação na economia global. A proficiência em inglês é bem ensinada nas escolas, como parte padrão do currículo desde cedo. É vista como uma habilidade chave para candidatos a vagas de emprego, o que incentiva as pessoas a se esforçarem para aprender. Além disso, filmes e programas falados em inglês são geralmente legendados, em vez de dublados, o que significa exposição frequente ao inglês falado, em contextos diários.

A elevada proficiência em inglês na Polônia reflete, em parte, o fato de que o país é uma sociedade muito mais aberta hoje do que 25 anos atrás, quando sob o Comunismo, o que incentivou as pessoas a estudar inglês. Especialmente porque houve migração em grande escala de poloneses ao Reino Unido, após a entrada do país na União Europeia. Isso, de certa forma, reverteu-se e muitos poloneses retornaram para casa, tendo aproveitado a chance de trabalhar no Reino Unido para melhorar consideravelmente sua proficiência no idioma

A Argentina é, historicamente, um país com foco internacional, com uma população bem instruída. A recente crise econômica do país reforçou isso, ao fazer com que muitas empresas do país exportassem, para crescer e melhorar sua competitividade, fortalecendo as habilidades internacionais da sua força de trabalho, o que significa aprender inglês.

FORÇAS DE TRABALHO COM

PROFICIÊNCIA MÉDIA Alemanha, Espanha, República Tcheca e Uruguai apresentam proficiência média. Na Alemanha, o inglês é ensinado a todos os alunos nas escolas, mas a maior parte da mídia é dublada. A Espanha promoveu o ensino do inglês nas escolas, mas isso é recente demais para ter impacto na maioria da população adulta atual. A República Tcheca, assim como a Polônia, tornou-se mais aberta e o inglês é, agora, ensinado nas escolas. Como consequência, a proficiência em inglês está melhorando, mas é mais forte entre a geração mais nova e, ao contrário da Polônia, o país não apresentou grandes fluxos migratórios que contribuiriam para uma melhor proficiência.

FORÇAS DE TRABALHO COM

PROFICIÊNCIA BAIXA A maioria dos mercados emergentes, incluindo França e Itália, apresentam forças de trabalho com baixa proficiência. Nesses países, o inglês é geralmente ensinado como uma matéria acadêmica secundária nas escolas. A qualidade do ensino é frequentemente ruim e usa métodos ultrapassados. O inglês é raramente um requisito para se obter emprego e programas de televisão e filmes são geralmente dublados, o que limita exposição eficaz. No geral, muitos desses países são mais 'distantes culturalmente' dos países nativos de inglês, argumentou o Professor Peiperl: “Você cruza algumas fronteiras e não sente muita dificuldade; mas em outras as dificuldades são enormes, o que também é relacionado a distância física”.

As empresas japonesas apresentaram grande avanço em inglês, refletindo a conscientização de que necessitam dominar o idioma para competir na economia global, de maneira eficaz, mesmo que, na média, a proficiência permaneça baixa. “As empresas japonesas com foco global falam inglês. No todo, alcançaram grande progresso com o passar dos anos, porque precisam ir além de suas fronteiras e a língua que é mais fácil para eles se conectarem é o inglês”, disse o Professor Peiperl.

Na China, a adoção do inglês pela força de trabalho aumentou exponencialmente em anos recentes. Agora, as empresas chinesas estão planejando se tornar global e perceberam que uma presença internacional exigirá que falem inglês. Em nível individual, entretanto, competição por emprego e aspirações para melhoria pessoal estão altas. O ensino do inglês nas escolas permanece de baixa qualidade -embora esteja melhorando- e aulas particulares são bem comuns. “Há agora mais chineses estudando inglês do que falantes nativos de inglês no planeta, o que é espantoso. Os chineses estão ávidos para aprender a língua”, disse Andy Bailey, Diretor de Marketing da EF Corporate Solutions.

A baixa proficiência em inglês da força de trabalho tem impacto negativo na competitividade e atratividade por investimentos de um país. Um problema para empresas em países com baixa proficiência em inglês é que isso pode restringir suas opções de recrutamento. Não faltam pessoas qualificadas em economias emergentes como Brasil, Turquia e Indonésia, mas as empresas sentem falta de pessoas qualificadas com habilidades internacionais, incluindo conhecimento de idiomas. Por exemplo, um país pode ter muitos engenheiros altamente qualificados, mas a maioria deles pode não falar inglês no nível exigido por empresa multinacional, restringindo, assim, as opções de recrutamento.

Isso significa que empresas multinacionais que procuram investir nesses mercados enfrentam a perspectiva de ter que gastar em treinamento extensivo de inglês, e podem tender a basear funções internacionais nos países onde as habilidades em inglês são mais fortes.

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR PAÍS

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O aeroporto de Domodedovo é o maior na Rússia. Atende aproximadamente 31

milhões de passageiros todo ano e, nos próximos dois anos, pretendem aumentar

esse número para 50 milhões, ao mesmo tempo em que fornece um nível excelente

de serviço. O aeroporto percebeu que precisava de treinamento de inglês para ajudá-

lo a atender as necessidades do grande número de passageiros internacionais que

esse aumento traria. Então, foi implementado um grande programa de treinamento

para 5.118 colaboradores de front-office, com o intuito de ajudar os funcionários, que

têm contato direto com os passageiros, a aprimorar a comunicação e oferecer melhor

serviço ao cliente. Os resultados foram quase imediatos, com os colaboradores se

sentindo muito mais confiantes com seu conhecimento do inglês e mais dispostos

a interagir pró-ativamente com os passageiros internacionais.

O Tartaristão é uma república rica em petróleo na Federação Russa. Seu presidente,

Rustam Minnikhanov, declarou publicamente sua ambição de transformar o

Tartaristão em uma economia global, com base em serviços, nas próximas décadas.

Isto significa saber falar a língua internacional dos negócios. Portanto, a república

pretende tornar seus cidadãos trilíngues, falando inglês e russo, além de manter o

idioma tártaro. O primeiro passo foi melhorar a qualificação dos professores de inglês

no setor de educação do país, para que seja possível ensinar inglês à próxima geração

de crianças, que está entrando no sistema escolar. O nível alvo para os professores

de inglês foi atingido em três anos. O passo seguinte tem sido acompanhar o impacto

desses professores na proficiência em inglês dos alunos no sistema de educação,

o que já está se mostrando impactante.

AEROPORTO DE DOMODEDOVO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DO TARTARISTÃO

Estudo de caso

A BDO, 5a maior rede de contabilidade no mundo, com mais de 56 mil colaboradores

em 144 países, usa o inglês como língua corporativa para sua comunicação mundial.

A empresa reconheceu a importância do bom inglês como forma de melhorar a

comunicação com seus clientes internacionais e oferecer-lhes um serviço mais eficiente.

Por isso, aprender inglês se tornou uma meta chave para os colaboradores da BDO. Eles

acreditam que o investimento no aprendizado do idioma os aproximou do objetivo de se

tornar a líder global para serviços excepcionais ao cliente.

BDO

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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PROGRESSO LENTO A maioria dos países têm melhorado sua proficiência em inglês desde 2012, mas a evolução, especialmente em grande parte das economias emergentes, é lenta. A maioria de mercados emergentes estão melhorando apenas gradualmente, não o suficiente para apresentarem desempenho elevado na próxima década. Na China e na Coreia, a proficiência em inglês da força de trabalho não está melhorando, apesar de consideráveis gastos com ensino de inglês. O nível de proficiência em inglês na Arábia Saudita piorou drasticamente, o que pode ser reflexo das recentes políticas de 'saudização' projetadas para reduzir, consideravelmente, o número de expatriados na força de trabalho.

O lento progresso na proficiência em inglês não é surpresa. “Aprender uma língua é, na verdade, bem difícil. Todo mundo que já tentou, sabe disso. Então, isso não é algo que se muda da noite para o dia. Levará anos”, disse Peter Burman, Presidente da EF Education First. Parte do desafio é que a oferta de bons professores de inglês é, geralmente, baixa. Na China, por exemplo, é difícil encontrar bons professores de inglês até mesmo nas principais cidades e, ainda mais difícil em outros lugares do país.

Além disso, as habilidades em inglês exigidas por negócios podem ir além do inglês tradicionalmente ensinado nas escolas, com mais ênfase na habilidade de se usar o idioma de forma ativa e confiante em diversos cenários, desde mandar e-mail e realizar vídeo conferências a festas. “Independente da indústria, há mais ênfase na habilidade de responder e interagir tanto profissionalmente como em situações corriqueiras", disse o Professor Bailey. “Até mesmo a leitura e a escrita, se e-mais e blogs forem considerados, tornaram-se mais interativas.”

Além disso, muitas empresas demoraram para incluir requisitos de inglês nas competências padrão que exigem de seus colaboradores. Uma das empresas automotiva líder no mundo explica que: “Não temos um padrão para avaliar as habilidades de inglês de um candidato, mas acreditamos ser importante, com certeza. Para determinadas posições, engenheiros por exemplo, suas habilidades técnicas são consideradas antes e o inglês é um adicional. Porque, se necessário, nós ofereceremos treinamento de inglês.”

Mesmo assim, o progresso apresentado por países como a Polônia sugere que avanços rápidos nos padrões de inglês são possíveis. Muitos países, em especial, emergentes, estão levando muito a sério a integração do inglês em seus sistemas de instrução e nos próximos anos esses esforços serão recompensados. Em alguns dos países europeus onde a proficiência é mais baixa, como França e Itália, tentativas sérias de melhorar essa questão são menos evidentes.

O progresso será ajudado pela rápida expansão da aprendizagem online e virtual. Gastos globais com aprendizado online saltaram de US$ 36 bilhões em 2011, para US$ 56 bilhões em 2013 e estima-se que, até 2015, ultrapasse os US$ 100 bilhões . O aumento da introdução da internet em mercados emergentes está permitindo que suas forças de trabalho tenham um nível inédito de acesso ao ensino de inglês de alta qualidade.

MELHORIA DO INGLÊS DA FORÇA

DE TRABALHO O nível de proficiência em inglês é geralmente maior na força de trabalho do que na população adulta como um todo. Isso reflete, em parte, investimento das empresas na proficiência de seus colaboradores, o que não existe fora da força de trabalho, assim como o fato de que as pessoas tendem a usar seu inglês de forma mais ativa quando estão trabalhando, o que ajuda a proficiência. Os colaboradores fazem cada vez mais esforços para melhorar seu inglês de maneira independente, pois percebem que isso é uma vantagem competitiva importante na evolução de sua carreira. Em especial em alguns mercados, como China e Brasil, há uma tendência clara de que muitas pessoas usam seu tempo livre e seu próprio dinheiro

para aprimorar suas habilidades do idioma.

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR PAÍS

5. E-learning industry, December 2013; Top ten e-learning statistics for 2014. http://elearningindustry.com/top-10-e-learning-statistics-for-2014-you-need-to-know

16 www.ef.com/epic

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO X INGLÊS DE ADULTOS

20 60504030 70 80

Inglês de adultos Inglês da força de trabalho

Notas no EF EPI-c

Dinamarca

Países Baixos

Suécia

Noruega

Finlândia

Bélgica

Polónia

Suíça

Argentina

Uruguai

Espanha

Alemanha

República Checa

França

Itália

Indonésia

Japão

China

Taiwan

Colômbia

Panamá

Vietname

South Coreia

Turquia

México

Rússia

Brasil

Chile

Venezuela

Costa Rica

Argélia

Arábia Saudita

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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O INGLÊS NOS DIFERENTES NÍVEIS DA CARREIRA Ter um bom nível de proficiência em inglês durante a carreira na organização, desde as posições mais juniores à alta gerência, traz benefícios notáveis. Em uma força de trabalho cada vez mais globalizada, incentiva disseminação de informação, compartilhamento de conhecimento e promoção de inovação e colaboração por toda a empresa, em todos os níveis.

Pode parecer natural que a proficiência em inglês dos executivos seja maior do que a dos gerentes e da equipe de funcionários, já que é mais provável que trabalhem em um contexto internacional. Uma empresa automotiva líder no mundo explica que, “no geral, em nossa companhia, a proficiência em inglês dos executivos é maior do que a da equipe de funcionários. Há dois fatores principais. Primeiro, exigimos uma melhor proficiência em inglês de executivos durante o processo de seleção e é um dos requisitos para promoção interna. Segundo, a natureza do trabalho desses executivos em nossa empresa é comunicar com a equipe de gestores todos os dias, e a língua comum é inglês, sem dúvida.”

Apesar disso, em quase metade dos países testados, a proficiência em inglês entre os executivos foi pior do que entre gestores e equipe de funcionários (veja figura 1). Isso foi verdade para todos os países que apresentaram elevada proficiência em inglês (com exceção da Argentina), sugerindo que as empresas nesses países necessitam focar, em particular, em melhorar as habilidades de inglês de seus executivos. Os executivos tendem a ser mais velhos e, portanto, foram educados em uma época em que o inglês ainda não era uma matéria obrigatória no currículo de muitos países. A exposição intensiva à internet e às redes sociais significa que gerações mais novas (portanto, posições mais júnior) nesses países geralmente têm habilidades em inglês melhores do que os adultos mais velhos.

Em quase todos os países, a proficiência em inglês apresentada pelos gerentes foi mais alta, em comparação aos executivos e à equipe de funcionários. É mais provável que os gerentes tenham aprendido inglês na escola e a proficiência em inglês pode ter sido um fator em suas promoções. Assim como os executivos, eles interagem frequentemente com parceiros e clientes internacionais.

Alguns países com desempenho baixo, especialmente França, Itália e Japão, destacaram-se por apresentar melhor proficiência entre os executivos do que gerentes e equipe de funcionários (embora ainda abaixo dos níveis do norte da Europa). Isto sugere que, nesses países, o foco principal deve ser melhorar os níveis em inglês no geral.

Definição dos termos. Executivo: Colaborador

com a responsabilidade de gestão sênior,

geralmente envolvido com a definição e adoção da

estratégia corporativa. Gerente: Um colaborador

com controle ou direção de um departamento

ou uma equipe dos trabalhadores. Equipe de

funcionários: Colaboradores que não se encaixam

em nenhuma das categorias acima, com nenhuma

responsabilidade direta por um departamento

ou equipe.

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR HIERARQUIA

18 www.ef.com/epic

ARGÉLIA COLÔMBIA

ALEMANHA

SUÍÇA

ARGENTINA COSTA RICA

INDONÉSIA

TAIWAN

BÉLGICA

REPÚBLICA CHECA ITÁLIA

TURQUIA

BRASIL

DINAMARCA JAPÃO

URUGUAI VENEZUELA VIETNAME

CHILE

FINLÂNDIA

ESPANHA

CHINA

FRANÇA

SUÉCIA

SOUTH COREIAPAÍSES BAIXOS NORUEGA PANAMÁ POLÓNIA RÚSSIA ARÁBIA SAUDITAMÉXICO

20

50

30

60

80

40

70

20

50

30

60

80

40

70

20

50

30

60

80

40

70

20

50

30

60

80

40

70

Notas no EF EPI-c

Notas no EF EPI-c

Notas no EF EPI-c

Notas no EF EPI-c

PAÍS E HIERARQUIA

Inglês da força de trabalho Executivos Gestores Equipe de funcionários

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

19

EMPRESAS PEQUENAS APRESENTAM

PIOR PROFICIÊNCIA EM INGLÊS A média de proficiência em inglês em empresas de todos os tamanhos é baixa, mas dentro das empresas com receita abaixo de U$50 milhões anuais é acentuadamente mais baixa do que em empresas maiores. Isto reflete o fato de que melhorar a proficiência em inglês tem sido prioridade imediata para as empresas maiores, que são mais propensas a operar em diferentes países e também de ter recursos melhores para o treinamento de idiomas.

Entretanto, em uma economia globalizada, empresas pequenas estão cada vez mais descobrindo que suas melhores oportunidades de expansão também são internacionais. Elas necessitam realmente pensar de maneira global desde o começo, e proficiência em inglês insuficiente pode ser um obstáculo ao sucesso. Isso dificultará que sejam fornecedores de multinacionais estrangeiras, entrando no.seu mercado interno, e que penetrem nos mercados de exportação.

Portanto, empresas pequenas devem se tornar o foco principal para o ensino de inglês nos próximos anos. Países que desejam dar apoio a um setor dinâmico de empresas pequenas, devem fornecer incentivos e auxílio para que elas

melhorem sua proficiência em inglês.

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR TAMANHO DA EMPRESA

20 www.ef.com/epic

TAMANHO DA EMPRESA

Inglês da força de trabalho Executivos Gestores Equipe de funcionários

Notas no EF EPI-c

30

20

40

50

60

70

80

5B-10BIL 1BIL-5BIL>10BIL 500MIL-1BIL 50MIL-500MIL <50MIL

Volume de negócios das empresas, em US$

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

21

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIA

GRANDE DIFERENÇA NA PROFICIÊNCIA

EM INGLÊS Com relação à proficiência

global em inglês, há uma grande diferença

entre setores de indústrias e, também, entre

diferentes países, dentro do mesmo setor.

Olhando a proficiência geral de setores,

os níveis mais fortes são encontrados

nas áreas de consultoria, legal, ciência e

biotech, TI e engenharia (embora, mesmo

aqui, haja variações marcantes entre

países). Esses setores são caracterizados

pela interação global e por altos níveis de

instrução, além de contarem com acesso

à informação - que, em um nível global,

geralmente é em inglês.

Mesmo nesses setores ainda há muito trabalho a ser feito para levar a proficiência

em inglês a níveis mais eficazes. “Para as indústrias com melhor desempenho, a média das empresas é ainda muito baixa - dos 16 níveis da EF, pode ser que as empresas estejam, mais ou menos, no nível 8, enquanto consideramos que os níveis 10-12 nos quais se pode realmente começar a trabalhar em inglês. Dessa forma, ainda há muito para chegar lá”, disse Peter Burman.

Setores com valor agregado mais baixo, como alimentos, bebidas e tabaco, construção e manufatura, têm níveis mais baixos em proficiência de inglês, pois costumam focar mais no mercado interno. Defesa e segurança são os setores com o menor grau de proficiência, mas aqui a média é diminuída pelas notas bem baixas em alguns países cujo exército é mais

isolado, como a Venezuela. Os membros da OTAN, por sua vez, costumam apresentar proficiência elevada, refletindo a maior colaboração internacional.

Viagem e Turismo apresentou desempenho surpreendentemente baixo. Apesar de ter foco global, sua classificação foi apenas mediana. Isso significa que muitos países que desejam se beneficiar inteiramente com o forte crescimento global no turismo, nos próximos anos, terão que melhorar os padrões de inglês nesse setor.

Tetra Pak, a empresa multinacional de processamento e embalagem de alimentos, é uma empresa que adotou o inglês como língua internacional. “A Tetra Pak opera em 170 países no mundo todo e tem mais de 24.000 colaboradores. Com uma base internacional tão diversa, decidimos que o inglês seria nossa língua oficial para comunicação internacional”, contou Carlos Gonzalez Leal, Coordenador de Treinamento e Desenvolvimento da Tetra Pak na América Central e do Sul. “Portanto, é muito importante que nossos colaboradores, em todos os níveis, sejam proficientes em inglês. Não é só bom para nosso negócio como um todo, mas também para suas perspectivas de carreira.”

A empresa usa o idioma para se comunicar globalmente e seus principais sistemas foram desenvolvidos com ele. “Então, usamos a língua não apenas para comunicação internacional, mas também em nossa rotina”, disse Gonzalez Leal. O uso do inglês pela Tetra Pak, nos países da América Central e do Sul, foi incentivado pela necessidade de competir por negócios de muitas grandes empresas multinacionais instalando fábricas e outras operações lá.

Além disso, conforme seus clientes se agrupam nos países, para fins de gestão, a fim de ganhar eficiência, mais decisões são tomadas em conjunto, onde as matrizes em um país controlam diversos países desde uma região. Por essa razão, a Tetra Pak ajustou sua estrutura e está procurando engajar seus clientes nesse mesmo nível de agrupamento - ela, agora, controla toda América do Sul, a partir do Brasil. Aulas de espanhol também são fornecidas para os gestores que têm equipe direta nos países que falam espanhol, “mas o inglês representa a grande maioria (das nossas aulas de idioma)”, afirmou Gonzalez Leal.

Encontrar pessoas com o nível certo de inglês não é fácil. O domínio do inglês não é exigido dos formandos de universidades públicas e, embora o idioma seja mais comum em faculdades particulares, o principal ímpeto de melhorar o inglês da força de trabalho, no momento, são os brasileiros que têm consciência da necessidade de aprender a língua e estão fazendo cursos particulares, inclusive estudando no exterior.

Com relação a encontrar pessoas com os conhecimentos do idioma exigido pela Tetra Pak, “é mais fácil para posições de gestores, mas para certas áreas técnicas é realmente muito difícil”, disse Gonzalez Leal. A solução da companhia tem sido desenvolver internamente o talento que necessita, em vez de tentar encontrar, externamente, pessoas com a combinação certa de conhecimentos técnicos e inglês. Atualmente, cerca de 9% de seus colaboradores nos países da América Central e do Sul estão em seu programa de treinamento de inglês.

A empresa está investindo mais e mais no treinamento de inglês a cada ano, conforme sua importância cresce. O desafio, segundo Gonzalez Leal, é maximizar o retorno desse investimento e garantir que o dinheiro esteja sendo bem gasto. Com isso, uma de suas prioridades é aumentar o número de aprendizado online que oferecem para complementar as aulas presenciais, já que é mais fácil monitorar os resultados e, conseqüentemente, retorno no investimento online.

Estudo de caso: Tetra Pak na América Central e do Sul

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20 5030 40 60 70 80

Consultoria

Legal

Ciência e Biotecnologia

Tecnologia da Informação

Engenharia

Propaganda, Marketing e Relações Públicas

RH, Administrativo e Gestão

Mídia, Esportes e Entretenimento

Educação

Viagem e Turismo

Contabilidade, Bancos e Finanças

Varejo

Assistência Médica e Farmacêutica

Aviação

Logística

Mineração e Energia

Setor público

Automotivo

Setor industrial

Construção

Alimentos, Bebidas e Tabaco

Defesa e Segurança

Notas no EF EPI-c

AS NOTAS DE INGLÊS DA INDÚSTRIA

23

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

CONSULTORIA É UM NEGÓCIO GLOBAL: em uma economia globalizada, empresas de consultoria geralmente trabalham com os clientes em projetos que abrangem diversos mercados. O setor depende de excelente comunicação interna, dentro das empresas e, externamente, entre as empresas e clientes, e inglês é fundamental para a comunicação transfronteiriça. Consultoria depende de conhecimento e, na economia global, isso é geralmente alcançado em inglês. Conta cada vez mais com soluções de tecnologia, cuja língua é o inglês. Empresas de consultoria dependem de poder atrair e reter os principais talentos e investir em suas habilidades em inglês é um grande atrativo.

Há uma diferença clara entre as economias desenvolvidas, com níveis de proficiência em inglês acima da média nesse setor, e a maioria dos mercados emergentes, com proficiência abaixo da média. Os países nórdicos europeus dominam a classificação aqui, com a Holanda e a Suécia sendo os mais bem posicionados. Os setores de consultoria em economias emergentes como México, Vietnã e Turquia apresentaram desempenho fraco e enfrentarão problemas para competir globalmente, a menos que melhorarem sua proficiência em inglês.

CONSULTORIA

DESTAQUE DA INDÚSTRIA

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20 5030 40 60 70 80

Países Baixos

Suécia

Indonésia

Noruega

Bélgica

Argélia

Dinamarca

Finlândia

Suíça

Espanha

Polónia

Taiwan

South Coreia

Japão

Alemanha

República Checa

França

Itália

Argentina

China

Colômbia

Brasil

Venezuela

Rússia

Turquia

Chile

Costa Rica

Vietname

México

Panamá

Arábia Saudita

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIACONSULTORIA

MÉDIA DA INDÚSTRIA

Notas no EF EPI-c

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

25

TI

EM TI, OS PRINCIPAIS ATORES OPERAM GLOBALMENTE, contando com redes enormes de fornecedores e competindo por clientes em um mercado global para soluções de TI. Inovação de TI também é global: em um setor que evolui rapidamente, é vital que as empresas permaneçam diante das tendências e ideias para inovações são geradas e compartilhadas online, na maior parte, em inglês. A prestação de serviços de TI também é global: empresas de TI, como em outros setores, estão investindo em centros globais para atendimento ao cliente. Neste contexto, o inglês é uma ferramenta fundamental de comunicação global para essa indústria.

Os níveis de proficiência em inglês variam bastante entre países. Não há tendência clara de acordo com o nível do desenvolvimento econômico: Indonésia e Vietnã aparecem entre os dez melhores, por exemplo. Países com salários baixos, onde a proficiência em inglês na área de TI é forte, estarão bem posicionados para aproveitar a tendência de terceirização global dos serviços de TI. Para alguns outros (por exemplo, a Rússia), a fraca proficiência do idioma será um obstáculo para atrair investimentos, apesar de uma boa base de habilidades técnicas.

DESTAQUE DA INDÚSTRIA

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20 5030 40 60 70 80

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIATI

MÉDIA DA INDÚSTRIA

Notas no EF EPI-c

Suíça

Vietname

Dinamarca

Costa Rica

Polónia

Taiwan

Finlândia

Indonésia

South Coreia

Bélgica

Japão

Argentina

Rússia

Espanha

República Checa

Turquia

Itália

Alemanha

França

Suécia

China

Brasil

México

Países Baixos

Colômbia

Chile

Arábia Saudita

Noruega

Argélia

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

27

EM ENGENHARIA, O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E A TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO SÃO FUNDAMENTAIS ambos ocorrem cada vez mais através das fronteiras, o que significa usar inglês. Para motivos de eficiência, treinamento e assistência técnica costumam ser em inglês. Em uma indústria altamente colaborativa, empresas de engenharia devem usar tanto redes formais como informais para promover a cooperação interna e com os clientes cujas operações costumam ter escopo global. O inglês, novamente, é fundamental.

Os fortes países nórdicos estabelecem o padrão. Eles se encontram no topo da lista de proficiência em inglês, refletindo o fato de que a educação técnica nesses países inclui um forte componente da língua inglesa. Mercados emergentes, especialmente na América Latina, estão atrás nessa indústria, indicando uma necessidade de integrar o inglês mais aos estudos.

ENGENHARIA

DESTAQUE DA INDÚSTRIA

28 www.ef.com/epicwww.ef.com/epic

Suécia

Polónia

Suíça

Dinamarca

Finlândia

Países Baixos

Noruega

Alemanha

Espanha

Costa Rica

Itália

Japão

França

South Coreia

China

Taiwan

Chile

Argentina

República Checa

Bélgica

México

Arábia Saudita

Rússia

Vietname

Brasil

Venezuela

Turquia

Colômbia

20 5030 40 60 70 80

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIAENGENHARIA

MÉDIA DA INDÚSTRIA

Notas no EF EPI-c

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

29

CONTABILIDADE, BANCOS E FINANÇAS

EM CONTABILIDADE, BANCOS E FINANÇAS, TRABALHA-SE EM UM AMBIENTE MUITO INTERNACIONAL. As empresas exigem inglês por diversos motivos. Primeiro, devem garantir cumprimento com a regulamentação que, em nível internacional, é geralmente formulada em inglês (por exemplo, Basileia III). Segundo, em uma indústria onde o crescimento é motivado por inovação, as empresas devem procurar ideias inovadoras no exterior, e a falta de conhecimento de inglês por parte da força de trabalho significaria que as tendências globais não seriam adotadas a tempo. Terceiro, a necessidade de impulsionar a eficiência fez com que as empresas usassem mais a infraestrutura de serviço compartilhado, com funções de apoio como contabilidade e, até mesmo, alguns serviços de assistência ao cliente concentrados em certos países -o inglês é necessário para gerenciar essas eficiências operacionais. Quarto, melhorar a experiência digital do cliente é também uma prioridade para empresas de finanças e somente organizações com colaboradores que falam inglês conseguem

se manter na frente das tendências digitais. Por último, em um mundo do capital móvel, o inglês é necessário para interagir com clientes internacionais em todos os países.

Os países do norte europeus, novamente, estão no topo da lista. Há uma diferença significativa entre a aspiração e a realidade para alguns países que têm planos de desenvolver centros financeiros globais (em especial, China, Rússia e Turquia), mas que apresentaram baixo desempenho na proficiência em inglês, o que será uma grande barreira às suas ambições.

DESTAQUE DA INDÚSTRIA

30 www.ef.com/epic

20 5030 40 60 70 80

Países Baixos

Dinamarca

Suécia

Noruega

Argentina

Finlândia

Bélgica

Alemanha

Uruguai

França

Suíça

Indonésia

Polónia

República Checa

Taiwan

Itália

South Coreia

Arábia Saudita

China

Espanha

Turquia

Venezuela

Japão

Vietname

Chile

México

Brasil

Argélia

Rússia

Colômbia

Costa Rica

Panamá

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIACONTABILIDADE, BANCOS E FINANÇAS

MÉDIA DA INDÚSTRIA

Notas no EF EPI-c

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

31

ASSISTÊNCIA MÉDICA E FARMACÊUTICA

AS EMPRESAS FARMACÊUTICAS SE TORNARAM VERDADEIRAMENTE GLOBAIS: elas executam P&D em alguns países, fabricam em outros e usam funções de cadeia de fornecimento, distribuição e vendas globais para operar em todos os lugares. Tanto as empresas farmacêuticas como as de assistência médica dependem do compartilhamento global de conhecimento, inclusive pesquisa, informações sobre descobertas de doenças e epidemias e instrução e treinamento de novos produtos e tecnologias. Por fim, como atores globais, as empresas farmacêuticas enfrentam riscos enormes com relação à reputação e conformidade; comunicação em inglês por toda a organização ajuda a antecipada detecção de riscos em potencial, nas diferentes divisões e mercados. Por todos esses motivos, comunicação global eficaz em inglês é fundamental e mais de 90%

das pesquisas e conferências globais no setor são em inglês.

Alguns grandes países europeus apresentaram desempenho fraco. O setor de assistência médica na França e Itália, embora bem-financiados, estão abaixo da média na proficiência em inglês, limitando sua capacidade de beneficiar-se inteiramente das descobertas científicas globais e das melhores práticas. Os mercados emergentes também ficam para trás nessa indústria. Suécia e Argentina estão no topo da lista.

DESTAQUE DA INDÚSTRIA

32 www.ef.com/epic

20 5030 40 60 70 80

Suécia

Argentina

Noruega

Países Baixos

Alemanha

Finlândia

Japão

Suíça

Espanha

Brasil

China

Vietname

Venezuela

França

Rússia

México

Polónia

Itália

República Checa

Taiwan

Chile

Panamá

Dinamarca

South Coreia

Turquia

Colômbia

Arábia Saudita

Argélia

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIAASSISTÊNCIA MÉDICA E FARMACÊUTICA

MÉDIA DA INDÚSTRIA

Notas no EF EPI-c

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

33

AS GRANDES INDÚSTRIAS POSSUEM OPERAÇÕES E CADEIAS DE FORNECIMENTO GLOBAIS. Mesmo indústrias pequenas costumam produzir mercadorias para a exportação ou fornecer para empresas globais. O setor também está cada vez mais global em termos de mobilidade de recursos, pessoas e conhecimento. Inovação é fundamental e conhecimento vem de todas as partes do mundo. A qualidade do serviço é também cada vez mais importante e fortes habilidades de comunicação interna e externa, por diversos mercados, são necessárias para dar suporte a isso. Em todos esses contextos, a proficiência em inglês deve ser prioridade para as empresas no setor industrial.

Novamente, os nórdicos lideram em proficiência em inglês nesse setor, com a Suécia, Dinamarca e Noruega no topo do ranking. Entretanto, China, Taiwan e Coreia, potências globais asiáticas do setor industrial, apresentaram desempenho relativamente bom, o que sugere que seu alcance global anda de mãos dadas com relativamente bons níveis de proficiência em inglês.

SETOR INDUSTRIAL

DESTAQUE DA INDÚSTRIA

34 www.ef.com/epic

20 5030 40 60 70 80

Suécia

Dinamarca

Noruega

Espanha

Países Baixos

Suíça

South Coreia

Turquia

Finlândia

Alemanha

China

Argentina

Taiwan

França

República Checa

Itália

Vietname

Japão

Polónia

Chile

México

Brasil

Venezuela

Colômbia

Rússia

Arábia Saudita

Bélgica

INGLÊS DA FORÇA DE TRABALHO, POR INDÚSTRIASETOR INDUSTRIAL

MÉDIA DA INDÚSTRIA

Notas no EF EPI-c

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

35

Progresso é necessário por quase todos os países e setores para que empresas consigam tirar todo o proveito do inglês como o idioma global para os negócios. Competitividade a longo prazo vem da capacidade das organizações de inovar em todos os aspectos de seu negócio. Inovação vem de uma cultura corporativa de criatividade que, por sua vez, vem da crescente colaboração transfronteiriça e de uma ótima comunicação. Não é surpresa nenhuma que os principais negócios e organizações do mundo agora veem o inglês com tanta importância estratégica.

Para os países com baixa proficiência em inglês (total ou em determinados setores da indústria) há, agora, um imperativo muito forte para melhorar os níveis de inglês. Para as empresas com falta de níveis de proficiência em inglês na sua força de trabalho, qualquer liderança de mercado que possam ter não durará muito tempo, pois cada vez mais se encontrarão em desvantagem competitiva. Há sinais de avanço em melhorar a proficiência em inglês da força de trabalho, mas é lento. As empresas precisam fazer mais e os governos podem ajudar.

RECOMENDAÇÕES PARA AS EMPRESAS Diversas recomendações podem ser feitas para as empresas melhorarem a proficiência em inglês:

• Estabelecer requisitos claros de proficiência em inglês e ligá-los à ascensão profissional. As empresas já fazem isso, com diversas outras competências, mas têm sido lentas em fazer o mesmo com inglês. É preciso que esteja claro, em diálogos de desenvolvimento pessoal com os colaboradores, que comunicação é importante e que inglês será fundamental para sua evolução contínua dentro da organização. As empresas precisam ligar um nível da língua a uma categoria profissional e conectar este nível alvo a uma necessidade nos negócios. Dessa forma, ficará claro aos colaboradores que, para que sejam eficientes em seu trabalho, devem conseguir se comunicar em um certo nível -caso contrário, não poderão assumir posições mais altas na empresa.

• Garantir que os programas sejam rentáveis. Em um momento de pressão de custo para as empresas, é importante poder gerenciar programas de ensino de inglês de maneira eficaz, demonstrando retorno do investimento. Grandes empresas multinacionais podem estar gastando dezenas de milhões dos dólares, anualmente, em ensino de inglês. As empresas precisarão continuar aumentando os recursos que dedicam a melhorar a proficiência no idioma, mas também precisarão melhorar o valor e utilidade que recebem desses recursos. Isso significa, avaliar os programas de maneira eficaz para garantir um retorno saudável sobre o investimento, um benefício oferecido por soluções de aprendizado online.

• Gerenciar treinamento de inglês como um programa da mudança. Aumentar o uso do inglês em uma empresa pode ser um processo difícil e desconcertante para muitas equipes; portanto, deve ser gerenciada com tanto cuidado como qualquer outro grande programa de mudança. Além disso, o treinamento de inglês é um processo a longo prazo - tornar-se fluente, desde iniciante, pode demorar de três a cinco anos - o que significa que os colaboradores necessitam se manter comprometidos e motivados. Uma empresa pode ter professores e tecnologia excelentes a sua disposição, mas não valerá de nada se não estiver ligado a um programa coeso, que comprometa e mantenha os colaboradores motivados, animados e progredindo. As empresas devem pensar no treinamento de inglês como um programa da mudança e sobre como comprometer as pessoas a ele. Ter um ambiente onde as pessoas se sintam a vontade para cometer erros é muito importante, já que o estudo de idiomas, inevitavelmente, envolve muitos.

• Oferecer soluções de aprendizado flexíveis e personalizadas. Um requisito chave para um programa de sucesso é flexibilidade. Em uma economia globalizada, os colaboradores, com frequência, enfrentam muitas viagens, principalmente nos cargos mais altos. Isso dá vantagem a uma solução personalizada. Uma experiência de aprendizado personalizada é também extremamente importante para a motivação. Quando possível, colocação em países de língua inglesa pode fazer grande diferença, embora não seja uma opção na grande maioria dos casos.

CONCLUSÃO: RECOMENDAÇÃO DE AÇÕES

36 www.ef.com/epic

RECOMENDAÇÕES PARA GOVERNOS O papel chave para governos é garantir que o ensino do inglês nas escolas seja difundido e eficaz, mas eles também podem fornecer a sustentação e os incentivos para que negócios se comprometam com treinamento de idiomas:

• Garantir que o inglês seja incorporado

completamente no currículo escolar desde cedo. “Se os países desejam se comprometer mais, então é questão de incluir o idioma no currículo escolar mais cedo para todos”, disse o Professor Peiperl. Provas obrigatórias de inglês para formandos do ensino médio também ajudariam a elevar os padrões. “Sendo bem honesto, o nível da qualidade do ensino médio, pelo menos no Brasil, é baixo demais em comparação a países da Europa. Se pelo menos um nível intermediário de inglês fosse uma exigência, antes que as pessoas terminem o ensino médio, seria um grande salto”, disse Gonzalez Leal.

• Incentivar alunos do ensino superior a estudar

em países de língua inglesa. Períodos de estudo no exterior, por exemplo, por meio de colocação ou intercâmbio, são úteis não só para melhorar o inglês, mas também para desenvolver habilidades pessoais e sociais necessárias em uma economia global. Por exemplo, o governo espanhol tem executado uma grande iniciativa nos anos recentes, fornecendo fundos para que estudantes universitários estudem no exterior.

• Fornecer incentivos para que as empresas ofereçam

ensino de inglês. Tal treinamento é, afinal, um investimento a longo prazo na proficiência em inglês da força de trabalho nacional, pois é uma habilidade que os colaboradores reterão mesmo depois que saírem da empresa. Por exemplo, a França tem uma iniciativa governamental onde as empresas são legalmente obrigadas a fornecer uma certa quantia para o treinamento de seus colaboradores, do qual o governo pagará a metade do custo; e isso é geralmente usado para ensino de idiomas. De maneira alternativa, os governos podem oferecer incentivos fiscais para o treinamento de línguas. “No Chile, pode-se reduzir sua base fiscal demonstrando que dinheiro foi gasto com treinamento, o que inclui idiomas, dando apoio para que as empresas melhorarem o inglês”, contou Gonzalez Leal.

Conforme caminhamos para um mundo cada vez mais sem fronteiras, será cada vez mais importante para empresas, independente do tamanho, pensar sobre como irão competir em uma economia globalizada. Isso significa, pelo menos em parte, considerar como irão se comunicar e colaborar através das fronteiras. Com o inglês agora estabelecido firmemente como a língua global para negócios, proficiência será crucial.

Índice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

37

* CEFR refere-se ao Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem, Ensino, Avaliação (abreviado como CEFR), um guia usado para descrever as competências dos alunos de línguas estrangeiras. Nota: todas as definições referem-se ao mais elevado nível de proficiência desse grupo. Os estudantes que se encontram na parte inferior de um grupo não serão capazes de efetuar todas as ações descritas para o respectivo grupo, mas terão dominado os grupos inferiores.

DEFINIÇÕES DO LOCAL DE TRABALHO DAS COMPETÊNCIAS EM INGLÊS

C2

FASE CEFR*

C1

B2

B1

A2

94-100

NOTAS NO EF EPI-c DESCRIÇÃO

79-93

63-78

49-62

34-48

0-33A1

APÊNDICE

Avançado superior

Consegue utilizar um elevado nível de inglês em debates, comunicações e apresentações.

Consegue falar sobre e compreender questões complexas ou sensíveis dentro de diferentes

fóruns. Consegue compreender praticamente tudo quando ouve inglês com uma velocidade

de falante nativo, incluindo referências coloquiais. Consegue compreender documentos,

correspondência e relatórios com um nível elevado, incluindo os pontos mais delicados de

textos complexos. Consegue redigir documentos sobre qualquer assunto com um

vocabulário, expressões e precisão de elevado nível.

Avançado

Consegue utilizar a língua inglesa de forma razoavelmente eficiente na formação de

relacionamentos internos e com clientes. Consegue contribuir eficazmente em reuniões e

seminários dentro da própria área de trabalho e mantém uma conversação com um bom

grau de fluência, entendendo expressões abstratas. Consegue compreender grande parte

do inglês quando falado à velocidade do falante nativo. Consegue ler suficientemente rápido

para compreender o significado geral. Consegue evitar a ambiguidade quando redige

correspondência profissional.

Intermédio superior

Consegue utilizar o inglês de forma suficiente para aumentar os conhecimentos e as

competências e compreender as necessidades do cliente. Consegue falar sobre tópicos

familiares e manter uma conversa numa variedade relativamente grande de áreas. Consegue

compreender a mensagem geral quando ouve inglês com uma velocidade de falante nativo.

Consegue ler e compreender informação relevante e compreender instruções ou conselhos

detalhados. Consegue tomar notas enquanto alguém fala e consegue redigir um e-mail,

incluindo pedidos não normalizados.

Intermédio

Consegue utilizar o inglês para uma comunicação básica com os clientes e para partilhar

informação com os colegas. Consegue expressar opiniões ou fatos sobre assuntos abstratos

ou culturais de forma limitada. Consegue compreender instruções orais e informação de

rotina e o significado geral de informação não rotineira dentro de uma área familiar.

Consegue ler e compreender a mensagem básica da maior parte dos textos.

Consegue redigir correspondência e tomar notas sobre assuntos familiares ou previsíveis.

Elementar

Consegue utilizar o inglês para uma comunicação muito básica internamente. Consegue

expressar opiniões, fatos ou requisitos simples num contexto familiar. Consegue compreender

informação oral fácil dentro de uma área familiar. Consegue ler e compreender comunicações

básicas e outros materiais escritos de uma natureza não complexa mas poderá haver falhas

na compreensão. Consegue escrever frases curtas simples abrangendo uma variedade

limitada de tópicos.

Principiante

Consegue expressar fatos quotidianos básicos. Consegue compreender informação oral

muito simples quando falada diretamente e com um ritmo lento. Consegue ler e compreender

avisos, instruções ou outra informação muito básica, apesar de poderem existir falhas na

compreensão. Consegue escrever frases muito simples, incluindo a indicação de horas,

datas e locais.

38 www.ef.com/epic

EF EDUCATION FIRST

A EF Education First (www.ef.com) é uma

empresa internacional de educação com foco

em língua, academia e experiência cultural.

Fundada em 1965, a missão da EF é "abrir o

mundo com a educação". Com 500 escolas

e escritórios em mais de 50 países, a EF é o

fornecedor oficial de treinamentos de idiomas

dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Índice de

Proficiência em Inglês da EF é publicado pelos

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EF EPI-cÍndice de Proficiência em Inglês para Empresas 2014

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