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Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Disciplina: Educação Especial Aula-tema 03: O direito de pessoas com deficiência à educação NOME Thais Fernanda Uliana RA 6646346136 Atividade de Autodesenvolvimento Anhanguera Educacional 2016

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Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

Disciplina: Educação Especial

Aula-tema 03: O direito de pessoas com deficiência à educação

NOME Thais Fernanda Uliana

RA 6646346136

Atividade de Autodesenvolvimento

Anhanguera Educacional

2016

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

Disciplina: Educação Especial

Aula-tema 03: O direito de pessoas com deficiência à educação

Atividade de Autodesenvolvimento

Trabalho desenvolvido na disciplina Educação Especial apresentado à Anhanguera Educacional como exigência para a avaliação na Atividade de Autodesenvolvimento, sob orientação da tutora (Jenifer Oliveira Guimarães).

Anhanguera Educacional

2016

Introdução

Falar sobre a Educação Especial e da Educação Inclusiva no cenário

brasileiro é um compromisso complexo, mas de exterma necessidade, tendo em

vista as inumeras vertentes que a temática está abrangendo nos diferentes

contextos em que o problema é tratado, ou no qual não é tratado, porém deveria

ser. A conceitualização da educação Especial como “modalidade de educação

escolar, oferecida preferencialmente no ensino publico regular, para alunos com

necessidades especiais”(LDB 9.394/96).

A Lei de diretrizes de base na Educação Nacional, no que tange a

educação especial, uma legislação de vanguarda e contraditória porque, ao

mesmo tempo em que ela assegura direitos pleiteados aos alunos com

necessidades educaionais especiais, e tempos de defesa das praticas

inclusivas, cria a possibilidade da inclusão desses alunos, preferencialmente na

rede regular de ensino, portanto ela mantem a possibilidade do atendimento

segregacionista se o processo pedagogico assim o recomendar. Antes que

qualquer sentimento de oposição ou resistencia se cristalize em relação à

postura da legislação educacional brasileira, é necessario compreender o

contexto em que vivemos e sua diversidade. Logo, considera se alunos com

necessidades especiais educacionais, aqueles que manifetem comportamentos

particulares que impeçam os encaminhamentos rotineiros das praticas

pedagogicas em sala de aula, pois é necessario que o responsavel pelo

aprendizado, realize o curriculo de forma a adaptar a criança portadora de

necessidades educacionais especiais, valorizando as suas potencialidades e

respeitando a suas diferenças

Fonseca (1995) que, do ponto de vista teorico, “a ideia fundamental da

definicçaõ e da classificação em Educação Especial deve ter em consideração

que se classificam comportamentos e não crianças (FONSECA, 1995, P.26). O

que se analisa nesse aspecto, é que as diretrizes de base da educação nacional

acrescentou a todos os participantes do processo educativo a importancia da

formação na educaçã especial, como também o papel da inclusão no sistema

social.

Desenvolvimento

Ao conhecermos os princípios e características da inclusão escolar,

vamos apresentar nesta aula-tema as leis e regulamentações que garantem o

direito à educação. Anteriormente, vimos alguns documentos importantes

relacionados à inclusão escolar, como:

Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990) - documento

decorrente da Conferência Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das

necessidades básicas de aprendizagem, em Jomtien, Tailândia.

Declaração de Salamanca (1994) - resultado da Conferência Mundial sobre

Necessidades Educacionais Especiais: acesso e qualidade, na Espanha.

Esses documentos podem ser considerados como os responsáveis pela difusão

da filosofia da educação inclusiva pelo mundo. A partir desses documentos, cada

país desenvolveu leis, decretos e regulamentações para a inclusão,

estabelecendo metas, tipos de atendimento e diretrizes condizentes com sua

realidade e necessidade. No Brasil há diversas leis, diretrizes e regulamentações

sobre a inclusão escolar e no decorrer dessa disciplina analisaremos as

principais.

Mantoan (2006, p. 23) inicia o texto sobre direito à educação afirmando

que “o ensino escolar brasileiro continua aberto a poucos, e essa situação se

acentua drasticamente no caso dos alunos com deficiência.” Ou seja, a autora

faz uma crítica à inclusão escolar emnosso país, uma vez que no atual contexto

a educação ainda não está acessível a TODOS, principalmente às pessoas com

algum tipo de deficiência. É com o intuito de mudar esta situação que as leis e

diretrizes definem as características e rumos que a educação brasileira deve

seguir para realizar a inclusão escolar, garantindo o direito de todos à educação.

Dentre os documentos que respaldam esse direito no Brasil está a

Constituição Federal de 1988, que pontua: Art. 205. A educação, direito de todos

e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração

da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para

o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A partir da leitura

desse artigo da Constituição Federal é possível perceber que

independentemente das diferenças existentes entre as pessoas, todos têm

direito à educação.

Embora este direito seja garantido legalmente, ainda existem entraves e

barreiras à inclusão como descrito por Mantoan (2006) no livro-texto da

disciplina, como a resistência a mudanças, às próprias políticas públicas que

impedem que escolas revejam suas práticas, o preconceito, o corporativismo

daqueles que se dedicam às pessoas com deficiência, a ignorância e fragilidade

dos pais diante da deficiência dos filhos.

Segundo a autora, resiste-se à inclusão escolar porque ela nosfaz lembrar que

temos uma divida a saldar em relação aos alunos que excluídos pelos motivos

mais banais e inconsistentes, apoiados por uma organização pedagógica-

escolar que se destina a alunos ideais, padronizados por uma concepção de

normalidade e de deficiência arbitrariamente definida. (MANTOAN, 2006, p. 25)

A autora associa a resistência à inclusão com a responsabilidade por anos de

segregação aos diferentes, ou àqueles com alguma deficiência. Para garantir o

direito à educação no Brasil, há diferentes documentos e leis discorrendo sobre

o tema. Dentre as leis destacadas no livro-texto da disciplina e no cenário

educacional brasileiro está a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB) n.9394/96, que no capítulo V – Educação Especial – estabelece:

"Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a

modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular

de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais." (BRASIL,

1996).

A partir da promulgação da LDB 9394/96 ficou estabelecido que a escola é o

lugar onde os alunos devem aprender, e não em instituições especializadas que

oferecem Educação Especial. É importante ressaltar que a Educação Especial é

uma modalidade de ensino que abrange desde a Educação Infantil até o Ensino

Superior. Sendo assim, as escolas especiais devem complementar e

nãosubstituir a escola regular. O trabalho desenvolvido nas escolas especiais

deve propiciar aos alunos com deficiência o atendimento educacional

especializado diferente do currículo da escola regular. Esse atendimento não

tem nível, série e certificações.

O desafio da inclusão escolar brasileira não é apenas garantir o acesso à

educação, mas a permanência e o prosseguimento de estudo dos alunos na

escola regular. E, como debatido por Mantoan (2006) e outros pesquisadores da

área, essa é uma responsabilidade do Estado: oferecer ensino gratuito a todos.

Com o intuito de se adequar à Constituição e à LDB 9394/96 as escolas

regulares e especiais estão se organizando e oferecendo atendimento

educacional especializado no contra turno da escola regular, o que pode ser

considerado um fator importante no aprendizado dessas crianças,

principalmente por conta da permanência delas nas classes escolares, pois só

assim a inclusão pode se concretizar. Sobre a concretização da inclusão a autora

do livro-texto desta disciplina pontua que é preciso que a educação acabe com

o modelo antigo de escola, segregadora, substituindo-a por escolas que

reconhecem e valorizem o diferente e as diferenças.

Há outros textos e documentos importantes sobre o tema da inclusão

escolar, e dentre eles destaca-se a política nacional de educação especial na

perspectiva da educação inclusiva (brasil, 2008).A referida política é um resgaste

histórico da educação especial, pontuando as principais políticas que respaldam

o processo de inclusão escolar no Brasil. Além disso, este documento apresenta

dados do Censo escolar na educação especial demonstrando, assim, o aumento

no número de matriculas no ensino regular no decorrer dos anos. Trata-se de

um documento importante, referência na área e que deve ser considerado, uma

vez que apresenta de maneira direta e pontual os principais avanços e a direção

rumo à inclusão escolar. No decorrer desta aula-tema discutimos sobre os

principais documentos que estabelecem o direito do deficiente à educação, mas

é preciso a convicção de que o objetivo da inclusão escolar não é a garantia

apenas da pessoa com deficiência à educação, mas a garantia do direito de

TODOS à educação. Sendo assim, a inclusão escolar não deve ser associada a

um serviço específico voltado aos deficientes, mas a um processo educacional

no qual todos aprendam e se tornem cidadãos.

Tendo como conceitos fundamentais a Educação Especial - modalidade

de ensino que perpassa todos os níveis e etapas, ou seja, está presente na

educação infantil, ensino regular, ensino médio, cursos técnicos e

profissionalizantes e ensino superior, na modalidade presencial ou a distancia.

Reflexão

Na prática, no cotidiano das escolas, contudo essa política educacional apresentou outras facetas. Nela as diretoras procurando atender à orientação de não excluir nenhum aluno do convívio com crianças normais passaram a receber, de forma indiscriminada, crianças com deficiências. Assim, ampliou-se o quadro dessa nova clientela de alunos, sem que se tivesse chegado a um consenso sobre as implicações pedagógicas decorrentes e às medidas a serem adotadas. Os pais, talvez incentivados pelo movimento da inclusão passaram a procurar as escolas na expectativa de aí encontrar as condições apropriadas para o desenvolvimento de seus filhos. A escola passou, nesse sentido, a desempenhar um papel ambíguo frente à diversidade: de um lado, abriu as portas aos alunos excepcionais; de outro não se preparou e não passou a oferecer as condições necessárias para a educação dos alunos com necessidades educacionais especiais. Assim, permaneceu desempenhando programações estabelecidas, de cunho intelectualista cujas ações tornaram-se excludentes, devido entre outras coisas, à falta de formação de professores: o professor regular não aprendeu a lidar com o aluno diferente e o professor especializado não aprendeu a lidar com professor do ensino regular”. (Masine, E.F.S.2001).

Quando refletimos sobre a inclusão, consequentemente nos remete a

associar a inclusão dentro da realidade escolar que se tem como característica

a estruturação do ambiente para todos os envolvidos no processo educativo,

visando desenvolver as habilidades e potencialidades dos alunos. Portanto deve

se oferecer ao aluno portador de necessidades especiais, uma estrutura flexível,

com abertura para o plano curricular adequado, segunda suas necessidades,

como também equipe profissional especializada, amparando a necessidades e

seguindo o ritmo singular do aluno. Tendo como princípio os profissionais

envolvidos no processo educativo, deve estruturar, trabalhando a com

manutenção constante.

No entanto, a maioria das vezes a realidade enfrentada não é a prática

desejada, mas muitos profissionais têm se dedicado assiduamente para mudar

a estrutura educação e a visão mediante a prática da inclusão social.

Conclusão

Com o desenvolvimento dos estudos tornou se possivel concluir que, nem

sempre a inclusão social acontece na prática como está na teoria. No entanto

nas leituras realizadas, foi possivel analisar o quanto alguns profissionais de

educação tem se dedicado a fazer a diferença na vida de seus alunos. Muitas

são as concepções que permeiam a temática, porém é evidente que cada aluna

tem a sua necessidade, suas caracteristicas, diferenças, peculiaridades e

individualidades.

Desse modo, corrobora-se também a visão de Martins (1997) de que a

inclusão se apresenta precária, marginal e instável. O autor defende que a

exclusão é a extensão no tempo e no espaço de formas cada vez mais precárias

de inclusão. Cury (2005) afirma que excluir é tanto a ação de afastar como a de

não deixar entrar. Entretanto, os estudos realidados, demostram que no decorrer

da história muitos foram os avanços em torno da inclusão social, mesmo tendo

a consciencia de que muito deve ser modificado, aperfeiçõado.

Em suma, pode-se concluir que, na construção da educação inclusiva, o

caminho é arduo, longo, porém segue em direção à definição de uma politica

educacional voltada ao bem estar do alunos, visando uma sociedade inclusiva,

priorizando e reafirmando os direitos legais do aluno incluso na escola. Mesmo

que em muitos momentos ocorram históricamente processos exclusórios,

marcada por uma sociedade que visa o capital, esteriotipado na beleza social

imposta. Sendo assim, considerando Adorno (1995, p.121), que “[...] a educação

tem sentido unicamente como educação dirigida a uma autorreflexão crítica”.

Referências Bibliográficas

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Básica.

Resolução CNE/CEB 2/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de

setembro de 2001. Seção 1E, p. 39-40

COSTA, V. A. Formação de professores para a educação de alunos com

deficiência: questões acerca da escola democrática. Universidade

Federal Fluminense. Cadernos de ensaios e pesquisas do curso de

Pedagogia. Niterói, RJ: UFF, Centro de Estudos Sociais Aplicados,

Caderno 7, Ano 3, 2002.

CROCHÍK, J. L. Preconceito: indivíduo e cultura. São Paulo: Robe

Editorial, 1997.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/palavra-especialista-desafios-

educacao-inclusiva-foco-redes-apoio-734436.shtml: acessos em

26/03/2016

http://www.anhanguera.com/bibliotecas/biblioteca-

virtual/pagina/normalizacao: acessos em 20/03/2016

http://www.deficiencia.no.comunidades.net/educacao-inclusiva-especial:

acessos em 26/03/2016

http://www.sare.anhanguera.com/index.php/index/citacao : acessos em

20/03/2016

https://docs.google.com/open?id=0B1lfOtr2UH-EbnBTR0JvdWM4OVU:

acessos em 20/03/2016

UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação Superior para o século

XXI: Visão e Ação. 1998.