educar novembro 2012, edição 59

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Informação útil para todos! www.revistaeducar.com.br Aproveite a estação para curtir os parques e jardins da sua cidade Edição 59 Ano 6 Novembro 2012 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio Impressão: Impressul E vejo FLORES em você!

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Educar novembro 2012, edição 59

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Informação útil para todos!

www.revistaeducar.com.br

Aproveite a estação para curtir os parques e jardins da sua cidade

Edição 59 Ano 6 Novembro 2012 • Distribuição gratuita e direcionadaFoto: Vinny Studio • Impressão: Impressul

E vejo FLORES em você!

Editorial

Flores para refletir

A Primavera chega e automati-camente me sinto mais inspirada. É quando tudo ao meu redor parece mais bonito, colorido, leve. As flores me fazem refletir sempre que as observo - seja aquela delicada que ilumina o vasinho da minha mesa de jantar, ou uma bem graciosa que acabou de desabrochar no jardim da beiramar, e me inunda de bom humor e alegria enquanto faço meu cooper. Elas me levam a pensar nas inúmeras questões do dia a dia que me cha-mam a atenção, ou que simplesmente preci-sam ser levantadas. As flores, consequente-mente, me ajudam a compor a Educar.

Para este mês, por exemplo, senti a necessidade de pedir à pedagoga Auxiliadora Mesquita para tocar num assunto com o qual, tenho certeza, muitas famílias se identificarão: o barulho que as crianças fazem dentro de seus apartamentos e que incomodam os vizinhos do andar de baixo (página 13).

Outro tema não menos importante - e sempre presente nos meus pensamentos - chega com uma abordagem especial feita pela psicope-dagoga Fernanda Moura: estamos ensinando bons modos aos nossos filhos? (página 9).

A ideia, portanto, é fazer com que a revista ofereça bons textos e infor-mações com dicas importantes, mas que em tudo aqui publicado exista leveza e simplicidade, bem no estilo da estação mais florida do ano. ■

eDIÇÃO 59 ANO 6 NOVeMBRO 2012EDITORA Cláudia S. Prates

JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441)

ARTECláudia S. Prates / Rique Dantas

COLABORADORES DESTA EDIçãOAuxiliadora Mesquita, Gabriela Queiroz,Aline Magagnin, Bárbara Maglia,Ivanilson Costa e Fátima Mesquita

REVISãOVânia Dantas Pinto

CONTATO COMERCIAL48 8845.7346 [email protected]

IMPRESSãO

47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)www.impressul.com.br

As opiniões veiculadas nos artigos assinados não re-fletem necessariamente a opinião da revista.

Os artigos e os anúncios publicados são de total res-ponsabilidade de seus autores e/ou suas empresas.

Não é permitida a reprodução de qualquer conte-údo desta publicação sem prévia autorização da editora.

A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem atual de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diver-sos pontos de Joinville, Florianópolis e São José.

Para assinatura, sugestões, críticas ou elo-gios, envie e-mail para [email protected] ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.

Cláudia [email protected]

Cláudia Prates (Educar)

NOSSA CAPA

Natália usa vestido da Momi e Beatriz veste conjunto Luluzi-nha, da coleção primavera-verão da Catavento Babies & Kids (Rua Araranguá, 89, América, Joinville - 047 3029-3212). Fotos: Vinny Studio - 047 9652-8213 www.vinnystudio.com.br

Os bons ventos e as flores trouxeram para a nossa capa deste mês duas lindas e doces menininhas, a Beatriz (6 anos) e a Natália (4 anos), filhas de Dineo Eduardo Silvério e Fabiani Estevão. Saude-mos as duas e também a primavera, a estação mais iluminada de todas!

NUTRIÇÃO e sAúDe

A realização de atividade física pelas crianças proporciona interação social, melhora de habilidades moto-ras e diversão. Esta prática também previne doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, que têm sido diagnosticadas em idades cada vez mais precoces. Como os adultos, os atletas mirins necessitam de uma nutrição adequada para manter a saúde e melhorar o desempenho, além de fornecer os nutrientes

indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento.

Atividade física e alimentação para as crianças

EnergiaSabe-se que crianças praticantes de atividade física

necessitam de uma quantidade maior de energia, quan-do comparadas a crianças que não se exercitam. Para calcular esta necessidade, deve-se considerar a ingestão alimentar diária, o índice de crescimento, a idade e a modalidade praticada.

Carboidratos e ProteínasCom relação aos carboidratos, é recomendado, para

uma criança fisicamente ativa, uma dieta rica em car-boidratos, preferencialmente complexos (pães, arroz e massas integrais, além de cereais) e, em menor pro-porção, carboidratos simples (açúcar, guloseimas, balas, doces em geral). A ingestão de carboidrato antes da realização da atividade física evita a fadiga e impede a falta de energia durante o exercício.

As proteínas, presentes nas carnes, leite e derivados e leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico) são fun-damentais para o crescimento e recuperação muscular.

Deve-se ressaltar também, a importância da ingestão de carboidratos e proteínas após o exercício para a re-posição das reservas energéticas.

Vitaminas e MineraisO cálcio e o ferro merecem destaque devido ao au-

mento das necessidades desses nutrientes na fase de crescimento.

Assim, verifica-se a importância de incluir alimentos fontes de ferro, como as carnes. As leguminosas e folhas verdes escuras também contêm boas quantidades de ferro, porém é recomendado consumi-los associados a alimentos fontes de vitamina C (laranja, limão, kiwi,

morango, maracujá) para aumentar o aproveitamento pelo organismo.

O cálcio é necessário para a mineralização e manutenção dos ossos. Como alimentos ricos em cálcio, destacam-se o leite e seus derivados, vegetais de folhas verdes escuras e peixes.

HidrataçãoUma recomendação que pode auxiliar na prevenção

da desidratação de crianças em atividades prolongadas, é ingerir líquidos a cada 15-20 minutos, mesmo que não haja a sensação de sede. A ingestão de bebidas esportivas contendo carboidratos (iso-tônicos) pode ser eficaz em exercícios de longa duração (90 minutos), e devem ser ingeridas com a orientação de um nutricionista.■

Manoela Menegazzo (CRN 10 1410) e Daniela Muniz (CRN 10 1595)

são nutricionistas e proprietárias da DoCE ViDA - AssEssoriA Em Nutrição

Revista Educar Informação útil para todos

Mami CanguruFique por dentro das novidades do mundo infantil

Meninas na piscinaVou confessar: adoro maiô para meninas! Acho mais prático, pois é uma peça única, então não fica

tendo que arrumar a toda hora, como acontece com a parte de cima do biquíni, que sempre fica fora do lugar. Além disso, eles também pro-tegem mais a barriga para coloca-rem boias ou coletes salva-vidas. E

sabem quais são meus preferidos? Os bem tradicionais, com bolinhas,

ou corações. Acho que fica retrô-chic!

FluoA moda sempre vai e volta, não é mesmo? É claro que quando ela retorna a roupagem é dife-rente e mais moderna, mas quem não se lembra das cores fluorescentes su-per usadas na década de 80? Pois pre-parem-se, mamães! Elas voltaram com tudo, inclusive na moda infantil. Então atualizem o look dos pequenos com calças skinny ou shorts nas cores mais vibrantes: amarelo, rosa, verde lima. Quem não quer ousar tanto pode aderir à moda apenas nas estampas… tudo “fluo”, bem aceso, como pede o verão 2013.

Militarismo para elesMamães de meninos, uma dica: as estampas militares estão de volta, e vão fazer muito sucesso, pelo menos até o próximo inverno. Então fiquem de olho e arrematem peças neste estilo, para montar looks bacanas e diferentes. As bermudas são uma ótima opção para sair da tradi-cional bermuda cargo bege, não acham? Eu adoro!

Tachas também nos pézinhosQuem ama moda já percebeu que as tachas não vão sair de cena tão cedo. Tenho acompanhado alguns showrooms e posso garantir isso. Adoro tachas em jaque-tas, shorts, bolsas, e, é claro, nos calçados também. Várias marcas infantis trouxe-

ram a novidade em modeli-nhos modernos, descolados, e super na moda. Apostem! ■

MODA INFANTIL

Aline Magagnin é mãe, advogada e responsável pelo site mami Canguru,

que aborda assuntos infantis: moda,

brinquedos, festas e novidades em geral.

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Revista Educar - Novembro 2012 5

Por muito tempo se acreditou nas ideias de Alfred Binet sobre a mensuração da inteligência através de um único teste padronizado, o chamado Quociente Intelectual - QI, utilizado em seleções e avaliações psicológicas e visto como determinante para o reconhecimento e ascensão de um bom estudante ou profissional.

Com o passar do tempo, e a contestação dessas ideias por outros estudiosos, como o psicólogo Howard Gardner, por exemplo, que desenvolveu a teoria das Inteligências Múltiplas, os fundamentos de Binet foram, aos poucos, substituídos por conceitos mais elaborados e profundos sobre o comportamento e o desenvolvimento psicológico dos indivíduos.

Apesar de se saber da importância da intelectualidade no século atual, essa capacidade não se constitui como determinante para o progresso psicointelectual do sujeito, pois é relevante também que ele se desenvolva emocio-nalmente, o que Daniel Goleman chama, em seu livro “Inteligência Emocional”, de Quociente Emocional – QE. Goleman ressalta que a crise vivida pela humanidade hoje, com o aumento da criminalidade, violência e infelicidade, é o reflexo de uma cultura que se preocupou apenas com o intelecto, esquecendo o lado emocional da pessoa.

Tanto o QI quanto o QE podem ser desenvolvidos e potencializados, dependendo da orientação da pessoa que pretende desenvolvê-los. Concebe-se, portanto, que esses quocientes não têm a qualidade de estáticos, mas podem ser aprimorados e desenvolvidos durante a vida do indivíduo.

Ainda segundo os estudos de Goleman, as pessoas só utilizarão 15% do que aprenderam na escola na sua vida prática, enquanto a inteligência emocional demanda 85% da capacidade do indivíduo na sua convivência social.

O questionamento que se faz é: por que se dá tanta

ênfase ao ensino apertado, ao cumprimento rigoroso de programas, provas, testes, dentre outros, e se ignora ou desconhece-se a Inteligência Emocional? Não é proveito-so formar adultos, estudiosos, cientistas cultos que não sabem lidar com o outro, e são tidos como sujeitos frios, desprovidos de sensibilidade e humanismo.

A importância de se educarem as emoções é notável, pois uma pessoa educada emocionalmente é um ser equi-librado, que sabe lidar com uma variedade de situações do cotidiano e as pluralidades de ideias, pessoas e sen-timentos. Destaca-se que educar para as emoções não significa abandonar os conteúdos do currículo escolar convencional, mas integrá-las de forma a serem trabalhadas constantemente, destacando sempre seu caráter inter e multidisciplinar.

Como destaca o educador Paulo Freire, “a escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima”. A escola não é uma mera construção de concreto e cimento, mas uma célula viva; viva como a própria educação e, logo, não consiste numa experiência fria, mas repleta de ações, vivências e emoções.

As instituições escolares e os pais precisam atentar para o fato de que qualidade no ensino não significa horas exaustivas de estudos e notas boas, mas a capacidade de o educando ser autônomo (autonomia para (re) elaborar conhecimentos); colaborativo (saber lidar com o outro e tra-balhar em equipe); ser criativo e dinâmico. ■

Educando para as EMOÇÕES NA ESCOLA

eDUCAÇÃO

Ivanilson Costa, Pedagogo, Especialista em tecno-logias e EAD, pós-graduando em Psicopedagogia,

mestrando em Ciências da Educação, escritor (autor do livro “Novas tecnologias: desafios e perspectivas na

Educação”), professor no rN, membro da sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento –

sBNEC e blogueiro: www.ivanilson.com

Revista Educar - Novembro 2012 7

Qual é a idade certa para começar a ensinar bons modos para uma criança? Quando ela começa a falar? Quando consegue se sentar junto aos adultos, na hora da refeição? Existe

hora certa? As boas maneiras, assim como

aprender a se comunicar, a cami-nhar, a comer sozinho, fazem par-te de um conjunto de habilidades que uma criança vai adquirindo à medida que cresce e se desen-volve. A aprendizagem de qualquer uma dessas habilidades passa por alguns estágios até que se torne parte integrante da criança ou do adulto. Observar, ouvir, imitar, fazer de conta, con-testar, testar, tornar seu, interiorizar são exercícios que fazem parte deste longo processo de aprendizagem.

Dar exemplo é uma das formas mais eficazes de ensi-nar qualquer coisa a uma criança, por isso demonstrar como ser uma pessoa bem educada deve começar bem cedo. A forma como falamos, a entonação que usa-mos são os modelos de imitação das crianças, mesmo quando achamos que elas não estão ouvindo ou enten-dendo.

Dizer e explicar aos pequenos como se comportar é outro passo importante. Quando eles falam de boca cheia ou brincam com a comida, têm que ser lembra-dos, de um jeito gentil e bem educado, que não é assim que se faz, que é falta de educação.

Mostrar à criança que se tiver boas maneiras vai ganhar muito mais atenção e carinho também facilita a aprendizagem. Por exemplo, se o pequeno pedir as coisas gritando, chorando, dizendo “me dá” ao invés de “por favor”, não ganha nada. Quando pedir educada-mente, aí sim, as coisas mudam.

Demonstrar, falar e mostrar até que não é difícil de fazer. Mas, e quando a criança começar a contestar e a testar? Aí é hora de ser firme e não se impressionar com a braveza ou com as repetidas tentativas de bur-lar as regras das boas maneiras. Pode ser cansativo e exaustivo, mas vale a pena respirar fundo e se manter firme. Se as intervenções não estiverem dando certo,

tente mais um pouco, pode ser que a criança precise testar mais um pouco para ver que os bons modos vão prevalecer. Se mesmo assim não der certo, mudar a es-tratégia pode ser uma boa opção. Educação não tem

receita: o que, muitas vezes, funciona para uma criança, não funciona

para outra, por isso ter jogo de cintura é essencial. O impor-tante é não desistir.

Os retrocessos também são complicados, mas, geralmente,

passam mais rápido que os testes. O segredo é tomar as mesmas atitudes

sempre, ser consistente, para dar segurança e não confundir a cabeça dos pequenos. Se, na primeira vez em que a criança empurrar o irmão, tiver que ajudá-lo a levantar e pedir desculpas, mas, na segunda, a agressão passar despercebida, ela não vai saber como agir edu-cadamente.

Ensinar boas maneiras aos pequenos é uma tarefa diária e constante, e quanto mais cedo começarem a aprender, mais fácil e natural será essa aprendizagem. Vale a pena o esforço, pois uma criança bem educada vai conviver bem com as pessoas que a cercam. E, com certeza, toda a gentileza e educação dispensada aos outros será retribuída. ■

Boas maneiras

Fernanda M. de Moura é pedagoga e responsável pelaEscola infantil Espaço Crescer

(Florianópolis). [email protected]

DIsCIPLINA

“Ensinar boas maneiras aos pequenos é uma tarefa diária e constante, e quanto mais cedo começarem a aprender, mais

fácil e natural será essa aprendizagem.”

Revista Educar - Novembro 2012 9

Bárbara Maglia Psicóloga (CrP 12/06523)

Amigo secreto

O fim das aulas está chegando. As férias es-tão batendo à porta e, junto com elas, o cansaço de um ano de estudos e rotina começa a pesar para alunos e professores.

Mas fim de ano tem gostinho de festa, de despedida e principalmente de confraternização! Depois de dividir boa parte dos dias com o mesmo grupo, é uma delícia comemorar com eles o fim de um ciclo. No Brasil, nada define melhor esse gostinho de fim de ano como o tradicional amigo secreto. Mas, e que tal se este ano o amigo secreto tiver uma proposta um pouquinho dife-rente? E que tal, amigo professor, se além de despedida, a brincadeira ainda sirva de projeto de fechamento?

Em tempos de 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), vamos propor um amigo secreto em que não vale presente comprado? Cada um produz o presente do seu amigo utilizando sucata ou outras coisas que já tenha na esco-la ou em casa. Veja como pode funcionar dependendo da idade de seus alunos:

0 a 4 anos: o professor escolhe o presente e ajuda as crianças na confecção. Devido à idade dos fofinhos, aqui é interessante que todos ganhem o mesmo pre-sente, cada um customizado pelo seu amigo secreto. Um porta-retrato de papelão - pintado por eles - com uma foto da turma, um chocalho de garrafa pet, calei-doscópio com rolinho de papel toalha ou fantoche de meia são ideias simples e que agradam à faixa etária. 4 a 6 anos: aqui já é possível dar opção para que cada um confeccione seu presente com mais liberdade. O professor pode selecionar material e dar algumas ideias, mas deixar que as crianças escolham com o que querem presentear os amigos. Um porta-lápis de garrafa pet, “pés de lata”, bilboquê, cofrinho com lata de leite, porta-joias com caixas de ovos ou um carrinho bem legal com certeza vão agradar à turma dessa idade. 6 anos em diante: agora a brincadeira fica séria! Com “crianças grandes” a brincadeira ganha asas! O pro-fessor pode passar a tarefa e deixar que os artesãos executem a arte em casa. Com essa turma, para que o projeto fique mais desafiador, podemos incluir entre-vistas (sorteadas e publicadas no mural da sala para que ninguém descubra quem é seu amigo secreto), autobiografias e tudo mais que ajude os artistas a conhecerem melhor os gostos dos presenteados. Aqui a imaginação dá o tom! Como os alunos já estão fami-liarizados com o ritual e já têm mais autonomia, eles podem escolher livremente o que irão construir. Aí, querido professor, é só incrementar com ativida-des dirigidas, produzir um registro bem caprichado e temos um lindo projeto de fechamento para o grupo. Depois disso, só sombra e água fresca - e uma saudadinha apertada dos da-nadinhos... ■

CONFRATeRNIZAÇÃOis

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Revista Educar Informação útil para todos

LeITURA ADULTA e INFANTIL

O CAsAMeNTO DA LUAContos de amor, vários autores (Editora Cia das Letras)

QUeM sOLTOU O PUM? Blandina Franco (Ed. Cia das Letras)

A HIsTÓRIA DOs PINGOs Mary e Eliardo França (Ed. Global)

A CORIsTA e OUTRAs HIsTÓRIAs

Dizem que a primavera é a esta-ção do amor. Mas essa coletânea de contos, que reúne autores tão diferentes quanto Machado de Assis, Milton Hatoum e Lygia Fa-

gundes Telles, prova que sempre é tempo para o amor e que ele é vasto e poderoso. Em contos com estilos tão variados quanto os jeitos, lugares e motivos para amar, você vai se surpreender e se emocionar com as histórias de amor desse livro.

Nessa história engraçada e que põe as cabecinhas para pensar, Pum é um simpático e bagunceiro cãozi-nho que se mete nas situações mais

engraçadas quando está solto. Partindo de uma “coisa” que as crianças já acham engraçada demais – o famo-so pum – a autora brinca com as palavras criando um mundo de diversão.Lançado em 2010.

Os Pingos são personagens criados por uma das mais famosas duplas da literatu-ra infantil brasileira, a Mary escrevendo

e o Eliardo ilustrando. Cada um com seu jeito, gosto e personalidade, os adoráveis Pingos mostram a diversidade e a delicadeza do universo infantil. Nesse livro, a história de cada um é contada e as crianças podem acompanhar de onde surgiram esses fofinhos. Vale depois ler outras histórias dos Pingos, cada uma mais gostosa que a outra. Lançado em 2009.

Aproveitando a sugestão dos contos de amor, que tal experimentar um escritor clássico que revolucionou a arte do conto e continua sendo uma leitura imperdível? Anton Tchekhov, um dos grandes escritores russos, foi o mestre que trouxe para o conto as pessoas comuns e as situ-ações do dia a dia. Humor, poesia e drama em situações corriqueiras que revelam de

maneira extraordinária a alma humana. Experimente “A Corista e outras histórias”, da Editora L&PM, em edição de bolso.

Por Auxiliadora Mesquita

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CONsUMOCONsUMO

Mamãe, eu quero!O pequeno estava assistindo seu desenho favorito

na televisão. Não mais que de repente, surge no escritório bradando: “ Mãe, eu quero o xyz do www! Eu quero não, eu P-R-E-C-I-S-O!!!”

Pedido negado, ou mesmo somente adiado, é seguido de uma demonstração lindíssima de sapateado e exercícios vocais que fariam inveja a qualquer soprano. Ah, não nos esqueçamos dele - o sempre presente, indispensável - beicinho… Enfim, uma atuação digna de novela mexicana! Enquanto planeja matricular logo a criança no teatro - afinal o danadinho tem talento! - você pode refletir um pouco sobre o poder que a publicidade exerce sobre o público infantil.

Nos últimos anos, a discussão sobre medi-das legislativas que controlem as mensagens publicitárias dirigidas a menores tem esquentado os debates entre educadores, publicitários, pais e governantes. As medidas adotadas têm tudo a ver com a visão que cada país tem acerca do que é a infância e as percepções sobre como a publicidade infantil influencia os padrões de consumo das famílias. Veja só o que acontece mundo afora:☻Suécia e Noruega: é proibido qualquer anúncio comer-

cial destinado a consumidores abaixo de 12 anos de idade.☻Grécia: é ilícita qualquer publicidade televisiva sobre

brinquedos entre as 7 e as 22 horas.☻Canadá: o número de inserções de um determinado

produto é limitado a uma vez a cada meia hora, cada uma com um tempo limite de quatro minutos.☻França: a utilização de imagem de menores de 16 anos

com fins publicitários é altamente controlada. A legislação francesa incide sobre o conteúdo dos diálogos, que devem

ser naturais e situarem-se num contexto familiar.☻Estados Unidos: é limitado o período total de duração

dos anúncios televisivos em 10,5 minutos por cada hora de programação aos finais de semana, e em 12 minutos durante a semana.

E por aqui, como é que é?No Brasil, o CONAR condena mensagens publicitárias

que desmereçam valores sociais universais; provoquem qualquer tipo de discriminação; associem crianças e ado-lescentes a situações incompatíveis com sua condição, sejam elas ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis;

imponham a noção de que o consumo do produto proporcione superioridade ou,

na sua falta, a inferioridade; incenti-vem situações de constrangimento aos pais, responsáveis ou terceiros, com o propósito de impingir o con-sumo; induzam a acreditar que o

produto conte com característi-cas peculiares que, em verdade,

são encontradas em todos os similares; utilize si-tuações de pressão psicológica ou violência

capazes de infundir medo. Já está melhorando, certo? Mas, baseados na posição

ainda um tanto permissiva adotada pelo Brasil, parece, por enquanto, que ainda teremos que fazer a opção de acompanhar e selecionar o que nossas crianças assistem e consomem. Portanto, capriche aí - educar é uma tarefa sem intervalos comerciais! ■

Fonte: BRITTO, Igor Rodrigues. Infância e Publicidade: proteção dos direitos fundamentais da criança na sociedade de consumo.

Bárbara Maglia

Revista Educar Informação útil para todos

Tema desta edição:

A mascotinha da Revista Educar

Brincar é o território da criança, sua mais importante tarefa e o grande prazer da vida dela. É certo que toda criança também precisa de abrigo, comida e muito carinho. E é fundamental que ela seja educada sobre o mundo, na convivência diária e na escola. Mas brincar é para ela tão importante quanto respirar!

E elas brincam o tempo todo. Não importa onde ou quando. Podem estar sozinhas ou em grupo. Com uma prateleira cheia dos mais modernos brinquedos ou com algum galho pequenino achado no chão. Porque para brincar as crianças só precisam de liberdade e sua própria imaginação. E quanto mais liberdade, mais a imaginação vai se soltando...

É por isso que quase todo “brinquedo”, fabricado para

isso ou não, é educativo em alguma medida. O que não impede que alguns ofereçam bem mais à criança do que outros – mais desafios, mais chances de experi-mentar e testar seu próprio corpo, sua coordenação, seus sentidos e sua inteligência.

Os brinquedos chamados de “educativos” costumam ser pensados e cuidadosamente fabricados para isso. Por isso é bom que tenham um lugar garantido na prateleira ou no baúzinho de brinquedos. Entre tablets e games, super-heróis e bonecas maravilhosas, o brin-quedo educativo é uma opção perfeita para oferecer descobertas: texturas, cheiros, cores, sons, gestos e, principalmente, ideias. E muitas horas de aprendizado e diversão.

INTeRAÇÃO eNTRe PAIs e FILHOs

Conteúdo Auxiliadora MesquitaArte Rique Dantas / Cláudia Prates

Brinquedos educativos

Revista Educar - Novembro 2012 13

AF_AN_REVISTA_EDUCAR_OUTUBRO_200x70mm.pdf 1 17/10/12 17:07

HIsTÓRIA INFANTIL

Pipoca em... Onde cabe o meu ossinho?

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CURIOsIDADes e sUGesTÕes

Lap top

Achei pra você!

Fábrica de Brinquedos, de Ricar-do Girotto (Editora Ática) – nesse livro colorido e muito lindo, você vai aprender sobre arte e reciclagem, que é quando utilizamos materiais que iam para o lixo para fazer novas coisas com eles. Assim é que o au-tor descobre maneiras de inventar brinquedos com latas, papéis velhos, tampinhas e potinhos. Ele também utiliza outros materiais, mas nada

complicado de achar, e ensina a fazer 12 brinquedos - um para cada coisa importante que acontece em cada mês. Vem tudo com muitas fotos para saber como fazer. Ele tam-bém ensina na internet: www.fabricadebrinquedos.com.br

Barangandão Arco-íris, de Adelsin (editora Pei-rópolis) – Esse livro com desenhos simples e en-graçados mostra como fazer 36 brinquedos populares do Brasil, todos feitos e testa-dos por crianças que en-sinaram ou aprenderam a fazê-los com o autor. Alguns

precisam de mais supervisão de adultos. Outros são tão fáceis que em alguns minutos ficam pronto só com papel, tesoura, cola e barbante. O “barangan-dão” do título é um brinquedo muito fácil e diver-tido! Faça e divirta-se.

Livros

Brincar é sempre bom: apren-demos muita coisa nova quando brincamos e o melhor de tudo é

que a gente se diverte. Mas alguns brinquedos acabam ensinando à gente mais coisas do que outros. Quando montamos peças, resolvemos quebra-cabeças ou faze-mos alguma coisa funcionar só com nossa força ou jeito de mexer, aprendemos muito. Quando usamos nossa imaginação e o faz-de-conta também. Por isso é bom a gente variar bastante de brinquedos e brincadeiras, mesmo quando gostamos mais de um só.

As crianças sempre brincaram em todos os tempos que já passaram e agora também. Num quadro famoso chamado “Jogos Infantis” , um pintor chamado Pieter

Brueghel pintou mais de 84 brin-cadeiras e jogos diferentes! Ele

pintou o quadro há mais de 450 anos, mas muitas dessas brincadeiras nós também brincamos no Brasil até hoje.

Os brinquedos podem ser feitos de muitos materiais: plástico, madeira, papel, tecido, metal, barro. É sempre gostoso pegar e sentir de que são feitas as coisas. Por isso, peça a mamãe e ao papai para conseguir brinque-dos bem diferentes para você. Ou invente você também. Você vai ver que cada brinquedo tem um jeito diferente e vai se divertir ainda mais. E lembre-se: brincar com coisas que a gente fica só parado olhando pode até ser divertido, mas se a gente faz o brinquedo brincar, fica ainda melhor!

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Revista Educar - Novembro 2012 15

LINGUAGeM

CulturaParticipar de atividades extracurriculares é fundamental para as crianças. Teatro, circo, cinema, parque de diver-sões, entre outros, são exemplos de programas divertidos dos quais eles devem usufruir. Mas não dá pra fazer tudo, claro! De qualquer forma, pais, vocês precisam incluir tal agenda na lista dos seus compromissos, seja semanal ou diariamente. Ao frequentar esses locais, o pimpolho faz amigos e desenvolve as capacidades psicomotoras. Manter uma programação divertida pode, inclusive, gerar excelentes resultados no rendimento escolar.

CidadaniaAs eleições municipais revelaram que as crianças, embora não seja um dever delas, buscam entender a importância do dever cívico. Mês passado, em duas oportunidades – Joinville teve segundo turno –, notei a presença de pe-quenos cidadãos em locais de votação do maior colégio eleitoral do Estado. Foi estimulante ver que desde cedo eles têm interesse em entender e valorizar o espaço que assumem quando o objetivo é mudar ou melhorar a rea-lidade do local onde vivem. Parabéns aos que incentivam e explicam à criançada a relevância dessa ferramenta para o desenvolvimento do País.

Família “Vir de berço”. A expressão faz referência à origem das pessoas. Pode ser pensada a partir da cultura e do capi-tal... O que importa é que, quando dizemos que alguém vem de berço ou tem berço, somos levados a pensar em uma pessoa educada, de bons modos. A família é a base da formação do indivíduo, da personalidade. Cabe a ela a responsabilidade de assumir o desenvolvimento, o

aprendizado e a educação das crianças para que tenham uma boa convivência social.

Essa função, definitivamente, não é só da escola.

Monitoramento O que passa na televisão não é responsabilidade dos pais e educadores. Por isso, não dá para recriminar as

emissoras pela programação que oferecem, pelos valores (ou a fal-ta deles) que transmitem mesmo que, de uma forma ou de outra, contribuem na (má)formação da

índole da criança. Pais e profes-sores podem, sim, controlar os horários que os pequenos se sentam para assistir à novela ou ao desenho animado. As lingua-gens contêm mensagens que alteram os valores morais ab-

sorvidos em casa. Sente-se com seu filho para assistir à TV e pare de reclamar das

possíveis más escolhas que ele venha a fazer. Esse é o segredo.

Opinião Se você tem dúvidas ou sugestões sobre a comunica-ção na educação do seu filho ou aluno, participe da Comunica! Entre em contato comigo ([email protected]). Sua participação é sempre muito bem-vinda! ■

COMUNICA!

Gabriela Queiroz, jornalista

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Revista Educar Informação útil para todos

CONVIVÊNCIA

Barulhinho bomCostumava ter na cabeça uma listinha de “sons ines-

perados” que eu adorava escutar: passar numa rua e ouvir o treino solitário de uma escala musical. Dobrar uma esquina e ouvir um jogo de quadra que também não estou vendo. A risada de um bebê escondido numa poltrona do avião ou do ônibus.

E passinhos de criança no andar de cima. Sim, eu sei, deve ser um dos campeões de reclamação entre vizinhos! Não me entendam mal, não sou a favor de vizinhos mal educados. Detesto som alto, seja música ou Tv. Tenho pavor – e tristeza – de ouvir brigas. E acho horrível ser obrigada a participar da paixão caliente dos outros. Penso que muita coisa deve ter seu “volume” controlado levando-se em conta a boa convivência.

Tenho minha lista de sons “toleráveis”: o salto alto da vizinha vaidosa; a furadeira inevitável para melhorar o espaço; o teatro de queixas das irmãs adolescentes com direito a choro dramático no final. Ouço, registro e sigo em frente com o que tenho a fazer. Talvez por imaginar que esses sons são como raios ou trovões. Poderosos e imprevisíveis, mas passam.

Também vão passar os tais passos de criança que eu tanto adoro. Graças à vida, passinhos de três anos rapidamente se tornam passinhos de quatro e quando a gente abrir os olhos de novo, eles já não serão mais passos de crianças. Vem daí meu grande respeito por eles, e pelas cantorias, as risadas e até o choro. Há algo de poderoso e mágico numa criança que cresce. Que descobre, se encanta e se expressa. Há muito de irritante também, é claro. Mas nada que se compa-re à incrível força da vida e da inteligência humana desabrochando.

Até pouco tempo atrás, cada criança era um pre-sente para todos. Quer fosse numa aldeia na Europa ou numa tribo tupi-guarani, cada criança era parte de uma extensa família que incluía os vizinhos. Não esta-mos mais numa Weiler na Bavária e não moramos em ocas. É aqui e agora que vivemos. Mas nossas crianças ainda precisam de todo desvelo enquanto crescem. Já somos em 7 bilhões e, no entanto, nenhuma delas é

só mais uma.É fato: nem

todo mun-do gosta de “ b a r u l h o de criança”. E devemos tentar evitar ou diminuir o incômodo que ele pode cau-sar a vizinhos. Minha prima tem tapetes emborrachados, cheios de números e letras, no quarto do bebê. Ensinam que ele deve falar mais baixo quando se entusiasma com um assunto palpitante (ou um ponto de vista importante!). Man-dam que ele pare quando bate nas coisas e elas fazem barulho.

Mas como pais, o maior presente que podemos dar aos filhos é que aprendam, experimentem e se expressem. Isso pode ficar barulhento às vezes. Sugerir que quem tem filhos só more em casa (eu vi isso num fórum da internet...) é sem cabimento. Sugerir que as crianças não sejam crianças (ou que seus pais não as deixem ser) é irreal.

Talvez a solução esteja em ter aquele bebê também! Descobrir, de verdade, quem é aquela criança e quem são os pais da criatura. Lembrar que barulho de criança passa – ela vai virar um adulto. E pode ser que valha a pena participar para que aquela criança se torne um adulto tolerante e responsável, cuidadoso consigo e com os outros.

Sabe aquele broto que se desenrola lentamente numa folha tenra e verde com um desenho fantástico? Já imagi-nou poder ouvir o som disso? Barulhinho bom... ■

Auxiliadora Mesquita pedagoga

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Revista Educar - Novembro 2012 17

FIQUe LIGADO

Vivendo melhor

A árvore está em tudo e não está prosa

Árvores fazem parte de praticamente todos os ciclos naturais importantes. Sabe o tal do “nada se cria e nada se perde, tudo se transforma”? Quase sempre tem uma árvore – linda – no meio do caminho.

As árvores, por exemplo, participam ativamente do ciclo da água. Por dia, podem transpirar por suas folhas até 60 litros de vapor de água, aquele que ajuda a formar as chuvas. E essa transpiração ajuda a regular o clima local, equilibrando a temperatura.

Firmes e fortes

Nesse ciclo da água, a árvore também tem outro papel importantíssimo – suas raízes e folhas pro-tegem o solo da erosão e regulam a absorção da chuva. Solos sem vegetação estão sujeitos a pouca absorção da água, que escorre embora. Isso quan-do o próprio solo não se vai, sendo arrastado pela chuva, retirando seus nutrientes e contribuindo para o assoreamento dos rios (assoreamento é o acúmulo de terra e areia nos rios, secan-do-os). Já imaginou o resultado? Menos água acumulada localmente para evaporar, menos chuvas e o equilíbrio do tal ciclo da água quebrado.

Para dentro e para fora

Elas também inspiram – e expiram – produzindo outro ciclo importante. Absorvendo gás carbônico do ambiente, a árvore devolve para o ambiente o oxigênio que tanta falta nos faz. E se alimentando dos restos de matéria orgânica que são de-positados e guardados no solo, a árvore executa um perfeito ciclo energético des-sa matéria.

Pau para toda obra

Cedo na história descobrimos que muita coisa poderia ser feita com uma simples árvore. Madeira para casas, móveis, embarcações, armas - pense em alguma coisa necessária para a vida humana sobre a Terra, e lá está, hoje, ou em outros tempos, uma árvore fundamental para nossa sobrevivência.

Sobrevivência que também passou pelos frutos que co-memos, folhas que utilizamos para remédio e telhados, revestimentos e objetos. E ninguém ainda descobriu como fabricar papel de outra maneira – e nem como ficar inteiramente livre de utilizá-lo.

Casa e comida 24 horas por dia

Se a árvore já é generosa com a humanidade, ela não faz por menos com vários hóspedes. Em cada árvore está a fonte de abrigo e alimento para uma infinidade de outros seres vivos, des-

de outras plantas e vida microscópica até toda sorte de invertebrados. E fazendo

a alegria – nossa e deles – da passa-rinhada toda.

É amor ou amizade?

Se pararmos para pensar em tan-

tos e tão importantes benefícios que retiramos

das árvores – direta e in-diretamente – seria natural

imaginar que estamos tendo todo o cuidado do mundo para

preservá-las e mantê-las sempre por perto. Certo? Infelizmente, não é

bem assim. O desmatamento sem regras é uma realidade em toda

parte. Queimadas são um péssimo hábito

e que costumam sair fora do con-trole. E a explo-

ração predatória da madeira é como ficar embaixo da árvore esperando pela queda. Afinal, somos a vítima mais óbvia da extinção de nossa galinha – ou jacarandá – de ouro.

apresenta:

Tema do mês: ÁrVOrESAuxiliadora Mesquita

Revista Educar Informação útil para todos

Vivendo melhorSabendo usar, não vai faltar

Não podemos ficar sem derrubar árvores, mas também não podemos viver sem que permaneçam em pé em seus lugares. Solução? Utilização racional. Florestas manejadas de forma correta podem ser fonte constante e economicamente viá-vel de matéria prima, ao mesmo tempo em que permitem que a vida se renove de maneira correta e sustentável.

Pergunte-me como

E em nosso dia a dia, como fica tudo isso? Fica mais simples do que pode parecer. Reduzir gastos com papel ajuda, assim como se informar sobre a origem dos papéis que você mais utiliza. O mesmo vale para a madeira: hoje já existem selos de certificação que indicam a origem do produto e as condições em que foi retirado e transportado. Consumidor consciente é protetor do meio-ambiente!

Um filho, um livro e uma árvore

Filho é maravilhoso, mas é bom fazer com responsabi-lidade. Escrever um livro talvez não esteja ao alcance de todos. Mas uma árvore? Ao seu dispor! Você pode optar por participar de algum programa de preservação ou reflorestamento. Existem vários sites na internet que apresentam o trabalho de organizações que fazem exa-tamente isso.

Ou pode plantar você mesmo, na frente de casa ou num jardim. Proteção acústica e dos ventos, sombra e beleza que não custam praticamente nada. Existem árvores – de preferência nativas - mais indicadas para esses casos. Toda

grande cidade brasileira possui viveiro de mudas, muitas vezes público, onde você consegue a muda certa e ainda recebe todas as dicas para fazer seu “reflorestamento” local. A maioria das árvores precisa ser protegida da depredação enquanto crescem, mas dão pouquíssimo trabalho.

Foi bom para você?

Pode ter certeza que sim! Ao fazer esse simples gesto, você vai contribuir para todos aqueles ciclos de que a árvore participa. Vai ganhar mais silêncio, mais frescor e ar limpo, mais motivos para seus filhos brincarem lá fora. Quem sabe ganha um sono mais gostoso. E quem sabe ainda ganha um amigo, livre e leve, como companheiro das manhãs, cantando para agradecer a você. ■

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Revista Educar - Novembro 2012 19

PARA ReFLeTIR

Qualé a sua praia?

Nasci e cresci nas Minas Gerais. Longe do mar. Mas na vida, construí pra mim uma carreira de surfista. Sem prancha. Sem maresia. Sem sol torrando a minha pele, porque pego mesmo

são outras ondas. Longe das águas.Surfo no tempo, me equilibrando sobre papéis, fun-

ções, cargos, afazeres e até paisagens. E tanto quanto possível, paro ali entre as ondas, para ver a cidade de longe, para ver o sol brincando com a espuma, para ouvir a espuma se desfazendo, ouvir as crianças lá longe no vento.

Gosto de variedade. Gosto de acordar cedo. Gosto de ver gosto nas coisas. Tomo banho como se estivesse debaixo de uma cachoeira. Rio e faço piadas quase que o tempo inteiro. Às vezes escorrego e fico emburrada por nada. Mas depois fico brincando de demolir castelos de lego até dar um jeito naquela bobagem.

Não quero nada cimentado dentro de mim. Sei que dias tristes existem. Que fazem parte da vida. Choro, dor, lágrimas. Mas não quero me agarrar nisso. Assim como também não quero viver sob a ditadura da alegria. Quero só mesmo é ter o equilíbrio do surfista. Medir na dose certa, sem exagerar nada – dor e alegria na boa – enquan-to o surfista segue ali, sozinho diante da onda grande, da onda pequena, ou até mesmo da falta de onda.

Mas esclareço, viu? Que sou surfista que não compete,

que não entra em campeonato e não precisa provar nada pra ninguém – e que, se às vezes, entra numa vibe dessas, é só por uns segundos. Que depois a sanidade volta e eu deixo logo essa bobagem competitiva... Porque da vida eu só quero mesmo é tirar uma onda. Subir e descer. Fazer curvas. Singrar com elegância.

Ah, elegância é fundamental pra mim. Não aquela elegância de tailleur e terno e gravata. Mas aquela do por favor e do obrigado. Aquela de tratar todo mundo sempre na mesma toada bacana.

Mas falando em elegância, deixa eu parar de falar da minha pessoa e te perguntar como você anda. Já parou para dar essa pensada? Já conseguiu ver qual é a sua praia? Já encontrou essa calma? Furunga aí que ela está aí dentro. Adormecida. Cutuca a bicha, puxa ela para fora, porque a gente carrega isso tudo na gente. Às vezes, o troço fica meio desbotado, esgarçado. Dramas pintam, tubarões com direito até a trilha sonora! Mas se a gente se esforça um cadinho, se espremer os olhinhos, pula a ideia, dá um brilho, um trato e pronto.

Vá lá, procura – que não há nada melhor do que saber qual é a sua música, o seu barato, o seu compasso, a sua onda. E depois que você for... me conta, viu? Que com-partilhar as histórias também é coisa boa... ■

Fátima Mesquita, escritora

Este mês, a palestra do Espaço Crescer terá como tema a alimentação infantil: “Nutrição consciente desde a infância”.

A nutricionista Silvania Fuhr (CRN103407P) vai falar sobre a iniciação alimentar: como fazer, o que não fazer, quais alimentos oferecer, a ordem, dicas de como driblar “contratempos”, vai tirar dúvidas e dar receitinhas bem gostosas.

Segundo Silvania, é possível que os pais dire-cionem seus filhos para uma rotina alimentar saudável e evitem cometer os erros mais co-muns na hora de educar uma crian-ça à mesa.

No próximo dia 23, a BBencanto, de Joinville, abrirá suas portas para uma palestra sobre Shantala. Ma-mães e papais poderão desfrutar de dicas especiais oferecidas pela Fisioterapeuta Eliane Fabiana Radünz (Crefito 10/18243.F), para que, posteriormente, pos-sam usá-las em momentos únicos com seus bebês.

A Shantala (massagem originalmente criada na Ín-dia) era antes realizada somente pela mãe, mas hoje os terapeutas estimulam os pais a também praticá-la. É certamente uma ótima oportunidade para papais e mamães que querem reforçar o vínculo com seus filhotes.

DIA 23/11, às 18h30minVAGAS LIMITADAS

Reservas: 047 3227.5001Rua Max Colin, 1143 loja 3, América

PALesTRAs

Alimentação infantilShantalaJoinville Florianópolis

DIA 10/11, sábado, às 10hReservas e inscrições: (48) 3024.2166

Rua Monsenhor Topp, 114, Centro, Floripa

Valor: R$30,00 (por casal)[email protected]

Revista Educar - Novembro 2012 21

E vejo flores em você! Aproveite a primavera em parques e jardins

Auxiliadora Mesquita, pedagoga

LAZeR

A primavera já está firme e forte – agora mesmo o verão já bate à porta! Que tal aproveitar essa estação e levar a família para um pouco de verde? Verde e também rosas, amarelos,

vermelhos, e laranjas. A estação das flores não deixa por menos e colore praças e jardins com suas cores, deixando tudo mais gostoso e com cara de felicidade.

As temperaturas moderadas são a desculpa perfeita para um programa em família. Nestes tempos de tantas diversões eletrônicas, somos tentados a ficar cada qual em seu mundo particular e bem paradinhos, não é mes-mo? Nada – absolutamente nada! - contra esses apare-lhos maravilhosos que povoam nosso dia a dia. Mas um passeio ao ar livre tem vantagens que nenhum software ainda conseguiu alcançar.

O bem estar físico é inegável – a luz do sol, o ar puro, o movimento, os sons e o verde da paisagem, tudo contribui para “ligar” nossos sentidos. A oportunidade de brincar juntos, pais e filhos, é de uma riqueza imperdível. E você nem precisa ficar o tempo todo na atividade com a criança – lembre-se de que um espaço aberto contribui para a criança explorar não só o ambiente como suas próprias curiosidades, capacidades e limites. Um olhar atento para acompanhar os pequenos e a disponibilidade de trocar ideias é mais do que suficiente - é precioso.

Aliás, esse é provavelmente o maior benefício de uma manhã ensolarada no parque ou um fim de tarde na pracinha do bairro: o conviver. Na correria dos nossos dias, quantas vezes não temos realmente tempo para bater aquele papo com nossos filhos, pai e mãe ali juntos. Parece pouco, mas é nesses papos que a família também se conhece e se constrói.

E a preparação para o passeio não precisa ser compli-cada: roupas adequadas, incluindo chapéus e bonés (e aquele casaquinho para alguma surpresa). Filtro solar e água. Repelente, por via das dúvidas. Uma bolsa térmica, ou a tradicional cestinha, com delicinhas que não se es-tragam. Utensílios para servir e aqueles para não passar aperto. E uma boa olhada para ver se sua toalha não está em cima de um bonito formigueiro!

Brinquedos bons de brincar no parque é que não fal-tam: triciclos, bicicletas, skates, patinetes. Pular corda é diversão garantida já a partir dos 5 ou 6 anos. Correr ab-so-lu-ta-men-te à toa – só porque eles conseguem! - também está valendo. Lupas e um caderninho com lá-pis podem agradar aos pequenos cientistas. E quando a turminha se cansar, vale até uma boa historinha debaixo da árvore mais bonita.

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Revista Educar Informação útil para todos

LAZeR + LANÇAMeNTOs

Não demora muito e a raposa esque-ce o rato: ela quer mesmo aprender a ler. Descobre então onde o mundo é maior: entre as prateleiras de livros.

BIBLIOTECA???

ESCOLA DE CHUVA

O amor de uma professora e de seus alunos pela escola, uma história que nem as chuvas de verão levam embora…

Brinque-Book

DVD show no Paiol

FLORIPA•Bosque Pedro Medeiros - Rua Afonso Pena, 1070 Estreito•Parque da Luz - Rua Felipe Schmidt, próximo à Ponte Hercílio Luz •Parque de Coqueiros - Avenida Engenheiro Max de Souza•Parque Ecológico do Córrego Grande (Horto) - Rua João Pio Duarte Silva, 535•Parque Municipal Lagoa do Peri - Estrada Francisco Thomas dos Santos, 3150, Km 03

JOINVILLE•Recanto Tia Marta - Estrada Bonita (restaurante, pra-tos de cozinha caseira, bosque com churrasqueiras e banhos de rio)•ZooBotânico - Rua Pastor Guilherme Rau, 462, Saguaçu•Recreativa da Embraco - Rua Ruy Barbosa, 1020, Costa e Silva •Agrícola da Ilha - R. Tenente Antônio João, 4257, Bom Retiro

Tudo simples e sem complicação: a ideia não é fazerpiquenique de filme, é desestressar e sorrir para Dona Primavera, aproveitando a companhia uns dos outros. Dicas de lugares? Veja nossa pequena lista abaixo e experimente até descobrir qual espaço é mais do jeito de sua família. ■

Comemorando os 15 anos do me-morável programa infantil Cocoricó, a gravadora MCD lança o DVD “Show no Paiol”.

Gravado no cenário do próprio pro-grama, nos estúdios da TV Cultura, Hélio Ziskind e seus músicos cantam e brincam com os personagens.

Revista Educar - Novembro 2012 23

Auxiliadora Mesquita

Fotografando a delicadeza

Vinny é um fotógrafo de Joinville que, junto com sua mulher, Adriana, consegue muito mais do que fotografar pessoas e momentos. Suas fotos são tão preciosas e má-gicas que parecem captar a delicadeza dos sentimentos mais profundos de quem o procura. Seja fotografando casais, grávidas ou bebês e crianças, Vinny tem o olhar certeiro para encontrar e o cuidado para registrar a verdadeira beleza.

Vinny fotografa em seu estúdio climatizado em Joinville e em locações cuidadosamente escolhidas. Adriana pro-videncia os detalhes de cada cenário, deixando tudo per-feito. E para os bebês recém-nascidos, Vinny e Adriana

vão até sua casa para que, sem abrir mão do conforto, você não deixe passar em branco o primeiro mês, tão precioso. Conheça o trabalho desse fotógrafo especial em www.vinnystudio.com.br.

Laptop low-tech

E põe low nisso: a loja alemã Rasselfisch vende o iWood, um laptop de brincadeira que de eletrônico não tem absolutamente nada. Seguindo o formato de laptop tradicional, o brinquedo é todo feito em madeira, sem teclas ou tela – ambos são lousas prontinhas para se-rem preenchidas com aquele conteúdo original que seu filho criar.

Tem gente que acha um desperdício, mas parece que o brinquedo faz o maior sucesso entre as crianças. Afinal, rabiscar e desenhar é com elas mesmas, e o giz é uma ferramenta macia e fácil de usar. Ao mesmo tempo, não deixa de ser prático uma lousa que pode ser fechada e guardada, junto com o giz, em qualquer cantinho. Sem falar que a bateria nunca acaba...

Do forno...VARIeDADes

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Revista Educar Informação útil para todos

Arte e invento na ArteInvento

Festa é bom antes, durante e depois – preparar tudo com carinho, curtir bastante o momento e depois ainda se lembrar dos bons momentos passados. Com a ajuda da Elaine, da Arte Invento, tudo isso pode ser feito com criatividade, cuidado e muita praticidade. A Arte Invento oferece opções personalizadas para cartões impressos e virtuais, acessórios, enfeites e lembrancinhas para festas

e eventos. Copos personalizados para sobremesa, latinhas de

bala de goma, árvores de marshmallow, divertidos tubos de bolha de sabão ou estojos com giz de cera e desenhos para

colorir – a escolha é sua!

É tudo muito fácil: você acessa o site e escolhe os produtos ou os kits para sua festa. A ArteInvento entra em contato logo em seguida para defi-nir o desenho e layout de tudo e esse detalhamento vai para o papel, com tudo o que foi combinado – produtos, desenhos, valores e prazos de entrega – explicadinho. Entre 5 a 15 dias úteis, chega tudo no endereço que você escolher. Vale muito a pena conhecer! Dê uma conferida em www.arteinvento.com ou ligue para 048 3236-2203.

Tatuagem para mãe e filha

Crianças e adolescentes crescem e mudam fisicamente bem rápido. E mais rápido ainda mudam de gosto e preferência. Por isso, modificações permanentes no próprio corpo podem não ser uma boa ideia nessa idade. Uma mãe americana acabou gerando polêmica – e suaprisão – ao tatuar a própria filha de 11 anos.

Odessa Clay tatuou um pequeno coração no ombro direito da filha, mas alegou desconhecer que tatuar me-nores é proibido no estado norte-americano da Carolina do Norte, onde mora e trabalha. Para ela, a tatuagem era permitida desde que com o consentimento dos pais. Você concordaria com ela?

A criança mais linda!

A antiga foto do filho na carteira há muito tempo deu lugar a uma infinidade de poses no celular. É uma forma divertida de manter os filhos por perto e ainda mostrar como eles são os mais fofos do planeta para todo mundo.

Uma opção agora é personalizar a capa de seu iPhone ou de outras aparelhos com uma foto do príncipe ou da princesa da casa. Sites especializados na internet fazem capas para celulares com fotos enviadas pelo próprio cliente. Assim fica fácil: é só enviar uma pose bem delícia do seu filhote que seu telefone vai ficar o mais bonito do mundo!

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Revista Educar - Novembro 2012 25

Você tem filhos e quer que eles participem desta seção? Envie foto(s) para [email protected] com as seguintes informações: nome(s) completo(s) e idade(s) da(s) criança(s), cidade, telefone(s), escola(s) e nomes completos

dos pais. Imagens com resolução ruim e/ou dados incompletos não serão selecionadas.

GALeRIA

Théo

FOTO (INCRÍVeL) DO MÊs Dani (da escola Dani Natação, Floripa) lendo a Educar debaixo d`água!SHOW!

JuliaJuliaYgor

João VitorJoão Vitor

Juslan e JulianJuslan e Julian

EmanuelaEmanuelaMaria RitaMaria RitaMaria Carolina e HelenaMaria Carolina e Helena

OtávioOtávioCaioArthur e GustavoArthur e GustavoAlice e CamilaAlice e Camila Caio

NOSSA CARA Revista Educar - Novembro 2012 27