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Educação Musical para 10ª+1 IFP Ed. Mondlane CADERNO DE PLANIFICAÇÃO Jorge Moisés Mabunda Mabunda

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Educação Musical para 10ª+1

IFP Ed. Mondlane

CADERNO DE PLANIFICAÇÃO

Jorge Moisés Mabunda Mabunda

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 2

Índice 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5 Lição nº 1 ............................................................................................................................................. 6

ii. DIVISÃO DA MÚSICA.................................................................................................... 6 iii. ELEMENTOS DA MÚSICA ............................................................................................ 7 vi. MÉTODO DE ESTUDO DA EDUCAÇÃO MUSICAL ..................................................... 7

EDUCAÇÃO MUSICAL ................................................................................................................ 8 MÉTODO DE ESTUDO DA EDUCAÇÃO MUSICAL ................................................................ 8 DIVISÃO DA MÚSICA .............................................................................................................. 9 ELEMENTOS DA MÚSICA....................................................................................................... 9

Lição nº 2 ........................................................................................................................................... 11

IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO PEA ..................................................................................... 11 a) Na formação de professores ............................................................................................ 11

b) Para a criança ................................................................................................................. 11

c) Objectivos ............................................................................................................................... 11 IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO PEA ..................................................................................... 13 NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES ...................................................................................... 13 PARA CRIANÇA ........................................................................................................................ 13

OBJECTIVOS ................................................................................................................................ 14

Lição nº 3 ........................................................................................................................................... 16

O SOM ........................................................................................................................................... 18 1.1.1 As Propriedades do Som .............................................................................................. 18 1.1.2 As Fontes Sonoras ........................................................................................................ 19

1.1.3 Os Timbres Corporais .................................................................................................. 19 1.1.4 Timbres de Objectos .................................................................................................... 20

1.1.5 Classificação dos timbres de objectos .......................................................................... 20 Lição nº 4 ........................................................................................................................................... 21

O PENTAGRAMA ........................................................................................................................ 23 As Linhas e Espaços Suplementares do Pentagrama ................................................................. 23

AS NOTAS MUSICAIS ................................................................................................................ 24

AS CLAVES MUSICAIS ....................................................................................................................... 24 A clave de sol ............................................................................................................................. 24 1.1.6 A clave de fá ................................................................................................................ 25

Lição nº 5 ........................................................................................................................................... 26

1.2 AS FIGURAS DA DURAÇÃO DOS SONS E AS PAUSAS ............................................ 27 1.3 OS COMPASSOS MUSICAIS ........................................................................................... 28

1.3.1 Classificação dos Compassos Musicais ....................................................................... 28 1.3.2 Os compassos simples mais usados ............................................................................. 29

1.4 SÍNCOPA ............................................................................................................................ 29 1.4.1 Sincopa Regular e Iregular ........................................................................................... 30

1.5 Contra tempo ....................................................................................................................... 30

1.6 O SOLFEJO ........................................................................................................................ 31 1.6.1 Tipos de Solfejo ........................................................................................................... 31

1.6.2 Técnicas de Solfejo ...................................................................................................... 31 1.7 O Ritmo e a Pulsação .......................................................................................................... 32 1.8 Intervalos musicais .............................................................................................................. 33

1.8.1 Intervalos melódicos e harmónicos .............................................................................. 33 1.8.2 Classificação dos intervalos melódicos........................................................................ 33

1.9 ALTERAÇÕES MUSICAIS (Acidentes) ........................................................................... 35 1.9.1 O Sustenido .................................................................................................................. 35 1.9.2 O bemol ........................................................................................................................ 35 1.9.3 O duplo sustenido e duplo bemol ................................................................................. 35

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 3

1.9.4 O Bequadro .................................................................................................................. 36

1.9.5 Acidentes fixos ............................................................................................................. 36

1.9.6 Acidentes ocorrentes .................................................................................................... 36 1.10 FORMAÇÃO DE ESCALAS.......................................................................................... 36 1.11 TONALIDADES ............................................................................................................. 37

1.11.1 Colocação dos acidentes .............................................................................................. 38 1.12 ACORDES MUSICAIS................................................................................................... 39

1.12.1 Função dos principais Acordes .................................................................................... 40 1.13 Sinais agógicos ou de movimento ................................................................................... 40 1.14 Elementos de expressão ................................................................................................... 41 1.15 Sinais de repetição ........................................................................................................... 42 1.16 Ponto de aumentação ....................................................................................................... 43

1.17 Ligaduras ......................................................................................................................... 43

2 3. A VOZ HUMANA................................................................................................................ 45 2.1 O Sistema Respiratório ........................................................................................................ 45

2.2 O Sistema Fonador .............................................................................................................. 46 2.3 Sistema de ressonâncias ...................................................................................................... 47

3 TÉCNICA VOCAL ....................................................................................................................... 47 3.1 Como Conseguir uma boa voz ............................................................................................ 47

3.2 A emissão das vogais .......................................................................................................... 49

3.3 A Dicção .............................................................................................................................. 51 3.4 O Timbre ............................................................................................................................. 51 3.5 O Triangulo Vocálico .......................................................................................................... 52

3.6 Brilho nas vogais I e U ........................................................................................................ 52 3.7 Funções das principais vogais durante os vocalizes:........................................................... 52

3.8 EXPRESSÃO: CONCEITOS DE “MEZZA VOCCE ” E “VIBRATO”: .......................... 53 3.8.1 Mezza Vocce ................................................................................................................ 53

3.8.2 Vibrato ......................................................................................................................... 53 3.9 Consoantes que Auxiliam na Impostação da Voz ............................................................... 54

3.9.1 Exercícios de Vocalizes ............................................................................................... 54 3.10 Como corrigir dificuldades durante o canto? ................................................................... 55

4 BOA DIETA: ............................................................................................................................... 56

5 METODOLOGIA DE ENSINO DA EDUCAÇÃO MUSICAL ......................................................... 57 5.1 Analise dos programas de Ed. Musical para o ensino Básico ............................................. 57

5.2 EDUCAÇÃO RITMICA (da 1ª a 4ª classes) ...................................................................... 57 5.2.1 Conteúdos propostos .................................................................................................... 57

5.3 Objectivos:........................................................................................................................... 57 5.3.1 O Ritmo e a Pulsação ................................................................................................... 58 5.3.2 Representação gráfica do ritmo.................................................................................... 59 5.3.3 Os Timbres Corporais e de Objectos ........................................................................... 59 5.3.4 Jogos Rítmicos Populares ............................................................................................ 60

5.3.5 Tratamento metodológico ............................................................................................ 60 5.3.6 Passos para execução de Jogos Rítmicos Populares .................................................... 61

5.4 Movimento Corporal ........................................................................................................... 61 5.4.1 Tratamento metodológico ............................................................................................ 61 5.4.2 Passos para execução do Movimento Corporal ........................................................... 61

5.5 Audição rítmica ................................................................................................................... 62 5.6 Propostas de exercícios para audição .................................................................................. 62

5.7 Instrumentos de percussão................................................................................................... 63 5.7.1 Tratamento Metodológico ............................................................................................ 63 5.7.2 Exercício com uso de instrumentos de percussão ........................................................ 64 5.7.3 Improvisação rítmica.................................................................................................... 64

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 4

5.7.4 Ritmos binário e ternário.............................................................................................. 65

5.7.5 Educação rítmica (na 5ªclasse) ..................................................................................... 66

5.7.6 Tratamento metodológico ............................................................................................ 66 5.7.7 Educação rítmica (na 6ªclasse) ..................................................................................... 68 5.7.8 Técnicas de solfejo rítmico .......................................................................................... 69

5.8 Educação Auditiva .............................................................................................................. 70 5.8.1 Conteúdos..................................................................................................................... 70

5.8.2 Objectivos .................................................................................................................... 70 5.8.3 OS sons ........................................................................................................................ 71

5.9 Educação Vocal e Canto...................................................................................................... 71

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 5

1 INTRODUÇÃO

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 6

Lição nº 1 Tema:

Introdução à metodologia de Educação Musical

Conceitos básicos

Objectivos:

Definir música e Educação musical;

Classificar a Musica em Vocal e instrumental;

Identificar o objecto de estudo da educação musical;

Identificar os métodos de estudo de ed. Musical.

Métodos:

Elaboração Conjunta

Meios:

Básicos, livro da sexta

classe pag 7,8,9

Duração: 50 minutos

Data__________________

INTRODUÇÃO/MOTIVAÇÃO

Conversa informal sobre o conceito de música. (é preciso desenvolver uma conversa com

vista a colher o que os formandos já sabem sobre a musica e sobre a educação musical

para perceber ate que ponto eles estão preparados para aprender educação musical)

MEDIAÇÃO E ASSIMILAÇÃO

Definição de conceitos; (o Formador deve explicar estes conceitos explorando a opinião dos

formandos)

i. MÚSICA

Para definição da música é muito importante ter em conta a expressão de quem canta esta

música. Para além de juntar sons variados, a música é uma forma de transmitir o desejo moral

ou emocional do indivíduo. Deste modo a música define-se como arte de exprimir sentimentos

e/ou Pensamentos por meio da combinação de sons agradáveis ao ouvido.

ii. DIVISÃO DA MÚSICA

Já aprendemos que a música é um conjunto de sons e, os sons são produzidos pela vibração

dos corpos (que podem ser por objectos ou pela voz humana). Assim pensando, podemos

então encontrar dois tipos de música.

a) A música vocal: se os sons são produzidos apenas pela voz humana. Ex. Grupos corais,

solistas, cantores, etc.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 7

b) A Musica Instrumental: este tipo de música é produzido por instrumentos musicais

ou outros objectos que produzem sons apreciáveis. Ex. Batuque, timbila, guitarra,

piano, etc.

iii. ELEMENTOS DA MÚSICA

Os principais elementos da música são:

a) O Som;

b) O ritmo;

c) A melodia.

iv. EDUCAÇÃO MUSICAL

A Educação Musical é a educação que insere o indivíduo na música, tomando-a como

linguagem, arte e conhecimento.

A Educação Musical interessa-se em musicalizar o individuo, ou melhor, transmite-lhe as

condições as condições para que compreenda o que se passa ao redor de uma musica quando

a escuta ou quando a executa.

A musicalização é o processo de construção do conhecimento musical com vista a desenvolver o

gosto pela música, estimulando e contribuindo na formação global do ser humano.

v. OBJECTO DE ESTUDO DA ED. MUSICAL

KRAMER (2000:51), refere que Educação Musical ou Pedagogia musical tem como objecto de

estudo as relações entre as pessoas e as músicas sob aspectos de apropriação e transmissão.

vi. MÉTODO DE ESTUDO DA EDUCAÇÃO MUSICAL

Para o estudo da educação musical recomendam-se os métodos práticos. É necessário valorizar as

actividades práticas do dia-a-dia para moldar o conhecimento teórico da Educação musica. As

brincadeiras das crianças estão recheadas de actividades que são de capital importância para o

desenvolvimento das capacidades musicais tendo em conta que “Musica é movimento e movimento

é música” segundo Èmilie-Jaques Dalcroze (SILVA, 2008:124).

DOMÍNIO E CONSOLIDAÇÃO

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 8

Resumo e registo do apontamento dos assuntos tratados ( O formador deve orientar os formandos

para resumir a matéria dada e posteriormente o registo do apontamento sobre esta matéria)

CONTROLE E AVALIAÇÃO

Marcação do TPC

1. O que é música?

2. Estabeleça a diferença entre música e musicalização.

3. Qual é o objecto de estudo da Educação Musical?

4. Que métodos se recomendam para o estudo da educação musical?

5. Qual é a Diferença entre música vocal e musica instrumental?

EDUCAÇÃO MUSICAL

A Educação Musical é a educação que insere o indivíduo na música, tomando-a como

linguagem, arte e conhecimento.

A Educação Musical interessa-se em musicalizar o individuo, ou melhor, transmite-lhe as

condições as condições para que compreenda o que se passa ao redor de uma musica quando

a escuta ou quando a executa.

MUSICALIZAÇÃO

A musicalização é o processo de construção do conhecimento musical com vista a desenvolver o

gosto pela música, estimulando e contribuindo na formação global do ser humano.

OBJECTO DE ESTUDO

KRAMER (2000:51), refere que Educação Musical ou Pedagogia musical tem como objecto de

estudo as relações entre as pessoas e as músicas sob aspectos de apropriação e transmissão.

MÉTODO DE ESTUDO DA EDUCAÇÃO MUSICAL

Para o estudo da educação musical recomendam-se os métodos práticos. É necessário

valorizar as actividades práticas do dia-a-dia para moldar o conhecimento teórico da

Educação musica. As brincadeiras das crianças estão recheadas de actividades que são de

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 9

capital importância para o desenvolvimento das capacidades musicais tendo em conta que

“Musica é movimento e movimento é música” segundo Èmilie-Jaques Dalcroze.

MÚSICA

Para definição da música é muito importante ter em conta a expressão de quem canta esta

música. Para além de juntar sons variados, a música é uma forma de transmitir o desejo moral

ou emocional do indivíduo. Deste modo a música define-se como arte de exprimir sentimentos

e/ou Pensamentos por meio da combinação de sons agradáveis ao ouvido.

DIVISÃO DA MÚSICA

Já aprendemos que a música é um conjunto de sons e, os sons são produzidos pela vibração

dos corpos (que podem ser por objectos ou pela voz humana). Assim pensando, podemos

então encontrar dois tipos de música.

c) A música vocal: se os sons são produzidos apenas pela voz humana. Ex. Grupos corais,

solistas, cantores, etc.

d) A Musica Instrumental: este tipo de música é produzido por instrumentos musicais

ou outros objectos que produzem sons apreciáveis. Ex. Batuque, timbila, guitarra,

piano, etc.

ELEMENTOS DA MÚSICA

Os principais elementos da música são:

d) O Som;

e) O ritmo;

f) A melodia.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 10

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Lição nº 2 Tema:

Importância do estudo da música e da educação musical

Objectivos da educação musical na formação de professores e nas escolas do ensino

básico

Objectivos:

Indicar a importância da música e educação musical no PEA

Mencionar os objectivos da educação musical no PEA

Métodos:

Elaboração Conjunta/expositivo

Meios:

Básicos,

Duração: 50 minutos

Data__________________

Tempo FD Conteudos Actividades

Meios do Formador do Aluno

Intr

oduçã

e

Moti

vaç

ão -Controle de presenças;

-Corecção do TPC;

-Informação sobre os objectivos.

-Faz a Chamada;

-Indica alguns formandos para

responder as perguntas do TPC;

-Faz um pequeno comentário sobre

o que irá se tratar nesta aula.

-Marca a Presença;

-Responde as perguntas do TPC

-Acompanha a exposição do

Formador.

MBE

Med

iaçã

o e

Ass

imil

ação

IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO PEA

a) Na formação de professores

b) Para a criança

c) Objectivos

- Organizar a turma a turma em

grupos e distribuir os textos de

apoio para uma breve leitura e em

seguida é necessário promover um

debate orientado para os objectivos

da aula;

-explica a necessidade do ensino de

Educação musica na formação de

professores e para as crianças;

- Orienta definição dos objectivos

da Educação Musical no na

Formação de professores e no

ensino básico

- Discute o apontamento em

grupos dando a sua contribuição

em debate com os colegas;

- Reconhece a necessidade de

aprender a educação musical na

Formação de professores e no

Ensino Básico;

- Define os objectivos da

Educação Musical nos centros de

Formação e no Ensino Básico.

MBE

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 12

Dom

inio

e

Conso

lidaç

ão Resumo dos coneudos tratados;

Registo de apontamento.

Indica alguns formandos para o

resumo da aula e manda passar o

apontamento

Faz o resumo da aula orientado

pelo professor e em seguida regista

o apontamento nos cadernos

diários

MBE

Contr

ole

e

Aval

iaçã

oo

Trabalho de casa Escreve o TPC no quadro e explica

como deve ser resolvido

Acompanha a explicação do

formador e regista o TPC nos

cadernos

MBE

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IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO PEA

A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita

de diversas formas de estudos para seu aperfeiçoamento, pois em qualquer meio sempre

haverá diferenças individuais, diversidade das condições ambientais que são originários dos

alunos e que necessitam de um tratamento diferenciado. Neste sentido deve-se desencadear

actividades que contribuam para o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico do

educando, como exemplo: práticas ligadas a música e a dança, pois a música torna-se uma

fonte para transformar o acto de aprender em atitude prazerosa no quotidiano do professor e

do aluno.

“A prática da música desenvolve a memória, a criatividade, o comportamento, a aptidão,

desenvolve também o vocabulário, a audição interior,...”1.

NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Os futuros professores devem estar munidos de conhecimentos de teoria e prática da música

de modo a criarem concepções sólidas nos alunos em qualquer disciplina do currículo do

Ensino Básico. Estes professores devem ser capazes de criar o gosto pela aquisição do

conhecimento em todas as áreas pela música.

É muito importante salientar que a Educação Musical desenvolve integralmente a

personalidade do futuro professor dando-lhe uma participação efectiva no grupo social e, com

progresso do deste grupo.

PARA CRIANÇA

Para a criança a música surge como um suporte ao desenvolvimento das suas sensibilidades,

da sua criatividade e da sua capacidade de expressão e, para que tal aconteça é muito

importante que o professor seja facilitador do processo tendo em conta que:

A canção desperta a sensibilidade, a atenção e a abertura das crianças para o mundo

dos sons;

1 Adaptado do Livro de RUI BARAL, o Pequeno Cantor

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 14

A música lugar ao desabrochamento das sensibilidades físico-mentais e intelectuais da

criança o que permite o rápido desenvolvimento da mesma.

OBJECTIVOS

Na Formação de Professores, pretende-se que os Formandos sejam capacitados para ensinar

os aspectos fundamentais da Música no Ensino Básico e aprendam a valorizar a música como

manifestação artística na sociedade.

Assim, nesta disciplina o futuro professor deve2:

Conhecer a importância da Música no processo de ensino e aprendizagem;

Conhecer o Programa de Educação musical para o Ensino Básico;

Desenvolver a sensibilidade e o gosto pelas artes;

Conhecer as metodologias e estratégias do ensino de Educação musical;

Desenvolver o hábito de construção de instrumentos musicais;

Desenvolver a linguagem e comunicação;

Conhecer o Repertório escolar seleccionado;

Contribuir para a recreação na escola e na comunidade;

Dotar os futuros professores de conhecimentos necessários que permitem a prática

objectivo e consciente da música (canção) para responder as necessidades das crianças

nas escolas do Ensino Básico;

Permitir a aquisição do hábito e do gosto pela prática da música;

Dotar os futuros professores de conhecimentos teóricos e práticos que permitem formar e

dirigir grupos de canto coral nas escolas do Ensino Básico.

No Ensino Básico os objectivos da Educação Musical são3:

Despertar a criança par ao mundo dos sons;

Generalizar o ensino da música;

Contribuir para o desenvolvimento integral e harmonioso da personalidade do aluno;

Desenvolver a sensibilidade e o gosto pelas artes;

Desenvolver a comunicação;

2 Extraído do Programa de metodologias de Ensino da Educação Musical para os Institutos de Formação de Professores

do Ensino Básico pp4 3 Extraído do programa de Ensino de Educação Musical para o Ensino Básico

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 15

Contribuir para recreação;

Criar no aluno hábitos de prática e apreciação musical;

Desenvolver a psicomotricidade;

Contribuir para a preservação do património cultural;

Desenvolver o espírito de trabalho em grupo, auto-confiança e de liderança.

Marcação do TPC

1. Explica o sentido desta afirmação: “…a música torna-se uma fonte para transformar o

acto de aprender em atitude prazerosa no quotidiano do professor e do aluno”

2. “A música lugar ao desabrochamento das sensibilidades físico-mentais e intelectuais da

criança o que permite o rápido desenvolvimento da mesma”. – Argumenta a afirmação

3. Porque se estuda a Educação Musical na formação dos professores?

4. Quais os objectivos da Educação Musical no Ensino Básico?

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Lição nº 3 Tema:

Introdução à Teoria de Musica:

- O Som e suas propriedades

- Fontes sonoras

- Timbres corporais e de Objectos

Objectivos:

Definir o som;

Classificar o som em Apreciável e inapreciável;

Identificar as Propriedades do som;

Identificar as fontes sonoras;

Métodos:

Elaboração Conjunta/expositivo

Meios:

Básico e Timbres corporais e de Objectos

Duração: 100 minutos

Data__________________

O Formador_________________________________

Tempo FD Conteúdos Actividades

Meios do Formador do Aluno

15min

Intr

oduçã

o

e Moti

vaç

ão -Controle de presenças;

-Correcção do TPC;

-Informação sobre os objectivos.

-Faz a Chamada;

-Indica alguns formandos para

responder as perguntas do TPC;

-Faz um pequeno comentário sobre

o que ira se tratar nesta aula.

-Marca a Presença;

-Responde as perguntas do TPC

-Acompanha a exposição do

Formador.

Quadro, giz,

apagador

30min

Med

iaçã

o e

Ass

imil

ação

Introdução à Teoria Musical

-O som – Conceito básico;

-As propriedades do som;

Intensidade, Altura, Duração e Timbre

-Fontes sonoras

Natureza, objectos, animais,

pessoas, instrumentos musicais, etc.

-Orienta os alunos para definição

do som explorando opiniões dos

formandos;

-orienta a identificação das

propriedades do som;

-Dá exemplos de fontes sonoras,

orientando o formando para a

identificação das diferentes fontes

sonoras;

-Define o som sob orientação do

formador;

-Caracteriza o som explorando

varias fontes sob orientação do

Professor;

- Identifica as diferentes fontes

sonoras sob orientação do

Formador;

Quadro, giz,

apagador,

Timbres

corporais,

timbres de

Objectos

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 17

20min

-Os timbres corporais;

-Os timbres de Objectos

-desenvolve uma conversa com

vista a se explorar os timbres

determinando deste modo a sua

classificação em corporais e de

objectos.

-dá o seu contributo fazendo a

classificação dos timbres em

corporais e de objectos sob

orientação do formador

20min

Dom

ínio

e

Conso

lidaç

ão Resumo dos conteúdos tratados;

Registo de apontamento.

Indica alguns formandos para o

resumo da aula e manda passar o

apontamento

Faz o resumo da aula orientado

pelo professor e em seguida regista

o apontamento nos cadernos

diários

Quadro, giz,

apagador

Contr

ole

e

Aval

iaçã

o Trabalho de casa Escreve o TPC no quadro e explica

como deve ser resolvido

Acompanha a explicação do

formador e regista o TPC nos

cadernos

Quadro, giz,

apagador

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O SOM

O som é uma sensação auditiva produzida por vibrações mecânicas dos corpos que pode ter,

em média, uma frequência compreendida entre 20 e 20.000 vibrações por segundo.

O som é tido na música como o principal elemento, ou seja, a música só existe se há

combinação de sons agradáveis ao ouvido.

O som pode ser:

a) Apreciável se for resultado de uma vibração regular e, este som pode se considerar

SOM MUSICAL. Exemplo: O som da timbila, o som de uma guitarra, o som de Chigovia,

etc.

b) Inapreciável se não agradar o ouvido. É um som que resulta de vibrações irregulares,

por isso chama-se RUIDO. Exemplo: O avião que levanta voo faz muito barulho; um

corvo incomoda a vovó que dorme debaixo da mafureira.

1.1.1 As Propriedades do Som

As propriedades do som constituem as diferentes maneiras de caracterizar o som. Deste

modo, o som classifica-se de quatro maneiras diferentes:

a) A intensidade: esta é uma propriedade do som que nos permite distinguir o silêncio

do barulho. Distinguimos pela intensidade do som os sons fortes e os sons fracos.

Ex.: O cão que está sempre a ladrar faz muito barulho (som forte), mas o miar do

gato é muito suave e gostoso (som fraco).

b) A Altura é uma propriedade do som que nos permite distinguir sons graves e sons

agudos, ou seja sons finos e sons grossos.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 19

Ex.: Os sons do tambor no ritmo da “ngalanga” é bastante grave que o som de

“Timbila” no mesmo grupo que aparece mais agudo

c) A Duração é uma propriedade do som que nos permite identificar o tempo que um

determinado som leva ainda a se ouvir, ou seja nos faz distinguir sons longos e curtos;

Ex.: o violino produz sons longos, diferentemente do bombo que os seus sons são

bastante curtos

d) O Timbre é a propriedade do som que nos permite identificar a beleza do som. É

através do timbre que conseguimos saber se o som é bonito ou se é feio. O timbre é a

cor ou beleza da música.

Ex.: que belo é o canto de um chirico, mas o corvo só nos incomoda quando tenta

uivar.

1.1.2 As Fontes Sonoras

Considera-se fonte o local onde podemos extrair algo que nos seja útil. Se precisarmos de som

para a construção da nossa música podemos nos socorrer em tudo o que nos rodeia, como por

exemplo:

a) na natureza,

b) nos objectos,

c) nos animais,

d) nas pessoas,

e) nos instrumentos musicais, etc.

As fontes sonoras dividem se em:

1.1.3 Os Timbres Corporais4

A exploração da voz e do corpo como instrumento de percussão passou a ganhar grande

impacto no desenvolvimento da expressão musical.

A produção de diversos ritmos através do corpo humano compreende o bater das palmas, os

estalos, bater nas pernas com as mãos, bater com os pés no chão, o assobio e os estalos com a

língua, etc.

4 Leia: Educação Musical 6

a classe, RITMOS E SONS, Livro do Aluno, pp3-4

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 20

1.1.4 Timbres de Objectos

Os timbres de objectos representam as diferentes qualidades sonoras produzidas por variados

objectos. Os objectos produzem diferentes qualidades de sons por isso diferenciá-los de

acordo com o tipo de instrumentos (metais, plásticos, madeiras).

1.1.5 Classificação dos timbres de objectos

Os timbres de objectos classificam-se de acordo com a forma como se produz o som. Deste

modo, os timbres de objectos podem ser:

a) De cordas vibrantes: são todos os instrumentos musicais constituídos por cordas que

vibram durante o momento da produção do som. Estes instrumentos produzem som

quando beliscamos ou percutimos as cordas que os constituem.

Exemplo: A viola, o violão, o violino, o cavaquinho, xitende, etc.

b) Colunas de ar: correspondem a este grupo todos os instrumentos que produzem som

por meio do sopro, como por exemplo, as flautas, a trompa, a trompeta, etc.

c) De membranas e placas vibrantes: são constituídos por membranas e/ou placas que

vibram durante o momento da produção do som. São exemplos destes instrumentos, as

cordas vocais, os tambores, os auto-falantes, os pratos de bateria, etc.

TPC:

1. O que é som?

2. Porque se diz que o som é o elemento principal da música

3. O ruído é um som. Porque se diz que o ruído não é som musical?

4. Menciona as propriedades do som e define cada uma delas.

5. De um exemplo para explicar cada propriedade do som.

6. O que são fontes sonoras? Dá 4 exemplos de fontes sonoras.

7. Estabeleça a diferença existente entre timbres corporais e timbres de objectos.

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Lição nº 4 Tema:

As Notas Musicais

A Pauta Musical ou pentagrama

As Claves Musicais mais usadas (Sol/Fá)

Objectivos:

Identificar as notas musicais

Desenhar a pauta musical

Escrever na pauta as claves de sol e de Fá

Escrever a Escala musical na pauta com as claves de fá e de sol

Métodos:

Elaboração Conjunta/expositivo

Meios:

Básico, quadro pautado

Duração: 100 minutos

Data__________________

O Formador_________________________________

Tempo FD Conteúdos Actividades

Meios do Formador do Aluno

Intr

oduçã

o e

Moti

vaç

ão

-Controle de presenças;

-Correcção do TPC;

-Informação sobre os objectivos.

-Faz a Chamada;

-Indica alguns formandos para

responder as perguntas do TPC;

-Faz um pequeno comentário sobre

o que ira se tratar nesta aula.

-Marca a Presença;

-Responde as perguntas do TPC

-Acompanha a exposição do

Formador de modo a se informar

do que se vai tratar na aula.

MBE

Med

iaçã

o e

Ass

imil

ação

A Pauta musical ou

Pentagrama:

- Definição da Pauta musical;

- Linhas e espaços suplementares

As notas musicais

A Clave de sol

-Definição das claves;

-Colocação das notas na pauta com

estas claves

-Explica orientando os alunos para

a definição e caracterização da

pauta musical;

-Orienta a identificação das 7 notas

musicais

- Explica orientando para o desenho

das claves de sol e de fá;

- Orienta a colocação das notas

musicais na pauta respeitando a

clave colocada;

-Define e caracteriza a pauta

musical orientado pelo formador;

-identifica as 7 notas musicais

- Acompanha a explicação e

desenha as claves na pauta;

Coloca as notas musicais na pauta

tendo em conta a clave.

MBE

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 22

Dom

inio

e

Conso

lidaç

ã - Resumo da aula;

- Registo do apontamento;

- Orienta o resumo da aula e

Amanda passar o apontamento

sobre os conteúdos tratados

- Faz o resumo da aula orientado

pelo professor e em seguida regista

o apontamento nos cadernos

diarios

MBE

Contr

ole

e

Aval

iaçã

oo

Trabalho de casa Escreve o TPC no quadro e explica

como deve ser resolvido

Acompanha a explicação do

formador e regista o TPC nos

cadernos

MBE

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O PENTAGRAMA

Também se pode chamar Pauta Musical: É um conjunto de cinco linhas separadas por quatro

espaços equidistantes, onde se colocam as notas musicais e todos os sinais da escrita musical

durante a escrita da música. As linhas e espaços da pauta contam-se de baixo para cima e as

notas musicais são colocadas tanto nas linhas como nos espaços do pentagrama.

Exemplo duma pauta musical

As Linhas e Espaços Suplementares do Pentagrama

Ao escrever uma determinada música nota-se que a natureza dos sons envolvidos ultrapassa

as alturas que a pauta consegue abarcar. Neste caso há uma necessidade de elementos

auxiliares para a escrita dos sons graves e/ou agudos. Como a pessoa que escreve a música

nunca deve deixar de escrevê-la, acrescentou-se então as linhas suplementares que irão

auxiliar a pauta na escrita destas notas (agudas e graves).

As linhas e os espaços suplementares da pauta podem ser:

a) Suplementares Superiores: quando estiverem por cima da pauta e contam-se da

pauta para cima.

b) Suplementares inferiores: quando se encontram por baixo do pentagrama e

contam-se da pauta para baixo.

Exemplo:

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 24

AS NOTAS MUSICAIS

As notas musicais representam os sons que a natureza nos oferece para produção das nossas

músicas. Os sons naturais usados na música são sete e, convencionalmente, como forma de os

poder designar, de acordo com as suas alturas o homem atribuiu-lhes nomes – As notas

musicais. Sendo sete os sons que a natureza nos oferece temos, então sete notas musicais, da

nota mais grave até a nota mais alta: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.

Para a formação de uma música é só fazer uma “salada harmónica” constituída pelas sete

notas musicais como os principais ingredientes.

AS CLAVES MUSICAIS

As claves são figuras da escrita musical que se colocam no princípio do pentagrama para

determinar a posição das notas. Se numa pauta musical colocarmos figuras da duração dos

sons, precisamos saber a que nota corresponde cada uma delas. Isso consegue-se colocando

as claves que são a chave das notas no pentagrama.

As claves musicais mais usadas são a clave de sol e a clave de fá.

A clave de sol

Colocada na segunda linha da pauta define que a nota sol se encontra sempre colocada na

segunda linha da pauta.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 25

1.1.6 A clave de fá

Determina a posição da nota fá. Colocada na quarta linha da pauta nos diz que a nota fá está

situada na quarta linha da pauta.

Para além destas claves temos também a clave de dó. Esta, pouco se usa nos últimos dias mas

para os instrumentos com notas bastante graves como Violoncelo ou Guitarra Baixo. Pode se

representar as notas na pauta com a clave de dó.

Nota fá

Clave de fá

A clave de sol Nota Sol

Clave de sol

Clave de fá

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 26

Lição nº 5 – 1ª ACS INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EDUARDO CHIVAMBO MONDLANE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E CIENCIAS SOCIAIS

1ª ACS de Metodologia de Ensino de Educação Musical

Nº Perguntas Respostas Cotação

1 Estabeleça a diferença entre

música e Educação Musical.

A música é arte de exprimir sentimentos,

pensamentos, cultura, hábitos, etc.; é um

conjunto de sons agradáveis ao ouvido

enquanto Educação musical é a relação

entre o indivíduo e a música, é a

musicalização do indivíduo.

2 valores

2 Que métodos se recomendam

para o estudo da Educação

Musical

Para o estudo da Educação Musical

recomendam os métodos práticos que

orientam o aluno para a acção.

1 valor

3 Fale da importância do estudo da

Educação Musical na formação

de professores e para crianças.

Os futuros professores devem estar munidos de conhecimentos de teoria e prática da música de modo a criarem concepções sólidas nos alunos em todas as disciplinas. Devem ser capazes de criar o gosto pela aquisição do conhecimento em todas as áreas através da música.

3 valores

4 Porque se diz que o som é o

elemento principal da música O som é o elemento principal da musica

porque a musica é um conjunto de sons.

Sem som não poderá existir musica. 2 valor

Menciona as propriedades do

som e define uma a sua escolha.

- Timbre, Duração, Intensidade e altura.

Considerar a escolha de cada um na

definição

3 valores

O que são fontes sonoras? Fonte sonora é tudo o que nos fornece som.

É o local onde podemos extrair o som. 1 valor

Estabeleça a diferença existente

entre timbres corporais e timbres

de objectos.

Os timbres corporais resultam de batimentos

das diferentes partes do nosso corpo

enquanto os timbres de objectos resultam de

batimentos de objectos.

3 valores

A natureza nos oferece apenas 7

notas musicais. Explica como é

possível fazer uma música apenas

com esses 7 sons.

A música é mistura de 7 sons. Estas notas se

repetem inúmeras vezes na pauta ate que

formem a melodia pretendida na música. A

música é espécie de “salada de Notas”

3 valores

Desenha uma pauta musical com

clave de sol e coloque nela as sete

notas musicais na sua ordem

natural

2 valores

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 27

1.2 AS FIGURAS DA DURAÇÃO DOS SONS E AS PAUSAS

Figuras da duração dos sons são figuras de valor ou sinais da escrita musical que se usam

para representar a duração dos sons de cada nota colocada na pauta. Alguns sons são longos

outros curtos. A diferença entre eles representa-se na pauta por meio de figuras que diferem

entre si pelo tempo da sua execução.

As pausas também são figuras de valor, mas estas usam-se para determinar a duração dos

silêncios na música. Na música há momentos de pausa e, para representar estes momentos é

necessário que se coloque na pauta as figuras da duração dos silêncios – As pausas.

As figuras que normalmente se usam são sete:

Figura

de nota

Nome

da figura

Duração

da figura

Pausa

Semibreve 4 Tempos

Mínima 2 Tempos

semínima 1 Tempo

Colcheia

2

1Tempo

Semicolcheia

4

1Tempo

Fusa

8

1Tempo

Semifusa

16

1Tempo

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 28

1.3 OS COMPASSOS MUSICAIS

Um dado trecho musical divide-se em partes de igual duração, ou seja, com o mesmo número

de tempos – são os compassos musicais.

Cada compasso musical é preenchido por um determinado número de figuras de valor com

vista a preencher o número de tempos que esse compasso deve possuir.

Os compassos musicais representam-se por meio quebrados y

x, sendo x o número de

figuras envolvidas e o y a qualidade dessas figuras.

Exemplo: se considerarmos 4

2como o compasso da música, podemos então ler que em cada

compasso cabem duas figuras do tipo Semínima, ou melhor, o dois representa o número de

figuras que cabem no compasso e o quatro representa o tipo de figuras tomadas.

Exemplo de um trecho musical escrito no compasso 4

3 (ternário).

1.3.1 Classificação dos Compassos Musicais

Existem dois tipos de compassos musicais de acordo com as figuras que os representam:

a) Compassos simples ou de divisão binária: também conhecidos por compassos de

divisão binária são aqueles em que cada tempo pode ser preenchido por duas

figuras da mesma espécie.

b) Compassos compostos ou de divisão ternária: são todos aqueles em que cada

tempo pode ser preenchido por três figuras da mesma espécie.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 29

1.3.2 Os compassos simples mais usados

a) Compasso binário:

Representa-se pelo quebrado 4

2 , é um compasso de dois

tempos. O primeiro tempo marca-se para baixo e segundo

para cima.

b) Compasso ternário:

Este compasso representa-se pelo quebrado 4

3, é um

compasso de três tempos do squais o primeiro se marca

para baixo e o segundo se marca para direita e o terceiro

para cima

c) Compasso Quaternário:

Este compasso representa-se pelo quebrado 4

4, é um compasso de quatro tempos dos

quais o primeiro se marca para baixo, o segundo se marca para esquerda, o terceiro para

direita e o quarto para cima

1.4 SÍNCOPA5

5 Também pode se chamar Sincope.

1º t

2º t

2º t

3º t

1º t

1º t

2º t 3º t

4º t

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 30

Em Musica, é um fenómeno rítmico que tem lugar quando uma figura musical começa em

tempo fraco, ou parte fraca de um tempo, e prolonga o seu valor sobre o tempo forte ou parte

forte do tempo seguinte;

1º Por exemplo, num compasso binario o 1º tempo é forte e o segundo é fraco.

Consequentemente a acentuação da música deve ser no primeiro tempo, mas colocando a

sincopa sobre o segundo tempo, a acentuação passa para este segundo tempo.

2º quando dividimos o tempo em duas partes, a primeira parte do tempo é forte e a segunda é

fraca. Se a acentuação está na parte fraca do tempo considera-se como sincopa.

1.4.1 Sincopa Regular e Iregular

A síncope é regular quando as notas que a formam têm a mesma duração. É chamada de

irregular quando suas notas têm durações diferentes.

1.5 Contra tempo

Chama-se contratempo quando a nota soa em tempo fraco, ou parte fraca de tempo, sendo

antecedida, isto é, tendo no tempo forte ou na parte forte do tempo, uma pausa.

A síncope e o contratempo são da mesma natureza porque a nota sincopada está sempre a contra

tempo. A diferença entre eles existe pelo facto de a síncope ser produzida por um prolongamento de

uma nota e o o contratempo é pela interpolação de uma pausa.

Síncopa

1º tempo 2º tempo 1º tempo 2º tempo

Sincopa

regular Sincopa

irregular

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 31

1.6 O SOLFEJO

No conceito da música ocidental, o solfejo é definido como arte de cantar os intervalos

musicais, seguindo as respectivas alturas (frequências) e ritmos anotados em uma partitura.

Duma forma mais simplificada podemos dizer que Solfejo “é arte de dizer as notas”. Na

verdade o solfejo é a base para o estudo da música.

1.6.1 Tipos de Solfejo

1.6.1.1 Solfejo Rítmico

Interpretação dos sinais Inscritos na pauta sem se preocupar com os sons que eles representam.

1.6.1.2 Solfejo Melódico

Entoação das notas musicais; Cantar os sons representados pelas figuras de valor rítmico

1.6.2 Técnicas de Solfejo

1.6.2.1 Como Fazer a Leitura Rítmica

1. Passar do tema melódico para o tema rítmico

2. Executar os batimentos respeitando as figuras de valor rítmico patentes na partitura.

3. Durante a execução rítmica, bate-se apenas a pulsação e vai cantando a sílaba tá ou lá

que acompanha o ritmo da música (sons curtos e longos).

4. Ler as notas musicais acompanhando os batimentos do tema rítmico

5. Fazer o solfejo falado (dizer as notas sem as entoar).

6. Repetir até que o ritmo seja totalmente memorizado.

7. Pode-se explorar as diversas partes do corpo para a execução do ritmo.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 32

1.6.2.2 Como fazer a leitura Melódica6

As principais regras para uma perfeita entoação de um trecho musical são as seguintes:

1. Fazer a leitura rítmica do trecho em causa, isto é, ler as notas com marcação do

compasso (ou pulsação), sem as entoar.

2. Entoar as notas com a marcação do compasso (ou pulsação).

3. Vocalizá-lo, isto é, emitir os sons das diferentes notas sobre a vogal, em geral a

vogal a.

4. Substituir a vogal a pelas palavras da letra da música e repetir tantas vezes até que

a melodia fique memorizada.

Atenção!!! Há que salientar que para quem está a começar a fazer o solfejo, é necessário usar

trechos muito curtos (mais ou menos de dois, três ou quatro compassos) e com os intervalos

mais frequentes de modo a dominar os acordes principais: tónica, subdominante e a

dominante.

1.7 O Ritmo e a Pulsação

O ritmo e a pulsação representam o sentido vital da música. Constituem a expressão artística

da musica pois é daqui que o musico consegue mostrar os seus anseios, emoção vaidade, etc.

O ritmo é um batimento de sons curtos e longos dentro de uma música.

A pulsação representa os batimentos regulares que podemos sentir quando escutamos ou

executamos uma música.

6 Fonte:

ABC Musical e Cancioneiro

António Eduardo da costa ferreira

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 33

O ritmo e a pulsação é que fazem a música

1.8 Intervalos musicais

Dá-se nome de intervalo musical à relação entre o número de vibrações que, no mesmo

intervalo de tempo, corresponde a dois sons. É a separação entre dois sons.

1.8.1 Intervalos melódicos e harmónicos

1.8.1.1 Intervalos melódicos

Chama-se intervalos melódicos a todos aqueles em que os sons que se relacionam soam

sucessivamente, ou seja, primeiro ouve-se uma nota e depois ouve-se a outra.

1.8.1.2 Intervalos harmónicos

São todos aqueles em que os sons que se relacionam ouvem-se simultaneamente.

Ex.

1.8.2 Classificação dos intervalos melódicos

1.8.2.1 Uníssono

É um intervalo entre dois sons com mesma altura, ou seja, que se encontram na mesma

posição.

Ex.

1.8.2.2 Intervalo de segunda

É a separação de dois sons consecutivos na escala. Os intervalos de segunda podem ser:

Maiores – intervalo de 1T

Menores – intervalo de ½ T

Intervalo

harmónico Intervalo

melódico

Uníssono

1 Tom

Intervalo de 2ª menor Intervalo de 2ª Maior

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 34

1.8.2.3 Intervalo de terceira

Os intervalos de terceira envolvem três notas e classificam-se, também em:

Maiores – quando tem uma separação de dois tons

Menores – quando tem uma separação de um tom e meio

1.8.2.4 Intervalo de quinta

É um intervalo perfeito que envolve 5 notas seguidas

1.8.2.5 Intervalo de oitava

É um intervalo perfeito que envolve 8 notas seguidas. Num intervalo de oitava perfeita, as

notas que se separam têm o mesmo nome, mas com alturas diferentes.

1,5Tom 2 Tom

1T 1T 1T

½T

Intervalo de 3ª menor Intervalo de 3ª Maior

3,5 Tons

½ T 1 T 1 T 1 T

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 35

1.9 ALTERAÇÕES MUSICAIS (Acidentes)

Os sons da escala natural, representados pelas notas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, podem ser

alteradas, ou melhor, a sua entoação pode variar sem as respectivas notas se modifiquem.

Esta alteração consiste na elevação ou abaixamento em ½ tom.

Esta elevação ou abaixamento da altura de um dado som pode ser representada na musica por

meio de sinais que se chamam acidentes.

Existem três Acidentes musicais:

O sustenido

O Bemol

O bequadro

1.9.1 O Sustenido

O sustenido, colocado à esquerda da nota, eleva-lhe meio tom à sua altura.

N

e

s

t

e

exemplo observamos que antes de se colocar o acidente o semitom (½ T), está

localizado entre as notas mi e fá. Depois de se colocar o acidente (sustenido), o

intervalo entre mi e fá aumento ½ T e, consequentemente, diminuiu ½ T no intervalo

entre fá e sol.

1.9.2 O bemol

O sustenido, colocado à esquerda da nota, baixa-lhe meio tom à sua altura.

1.9.3 O du

1T 1T 1T 1T ½ T ½ T

Antes do acidente

Depois do acidente

½ T ½ T 1T 1T 1T 1T

Antes do acidente Depois do acidente

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 36

plo sustenido e duplo bemol

Quando se quer elevar ou baixar mais meio-tom às notas já alteradas por sustenidos ou

bemóis, empregam-se, respectivamente, os sinais:

- Chamado duplo sustenido

- Chamado duplo bemol

1.9.4 O Bequadro

O bequadro restitui o som natural às notas modificadas pelos acidentes.

1.9.5 Acidentes fixos

Quando os acidentes se encontram no princípio do trecho musical, alteram o som de todas as

notas do mesmo nome ao longo de todo o trecho.

1.9.6 Acidentes ocorrentes

Quando os acidentes se encontram pelo meio do trecho, ou melhor, ao longo da musica,

modificam somente a nota a que se encontram colocadas e as notas do mesmo nome à sua

direita dentro mesmo compasso.

1.10 FORMAÇÃO DE ESCALAS

Uma das formas mais simples para a formação de escalas é a regra dos tetracordes. Esta,

consiste na transposição do segundo tetracorde de uma escala dada e colocar como primeiro

tetracorde da escala a ser formada.

Ex1: Formação da escala de sol maior a partir da escala de dó maior:

1º Tetracorde 2º Tetracorde

Sol M

Dó M

Acidente Fixo

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Repare que para ajustar a escala de sol maior foi necessário colocar um sustenido na nota fá

para alterar a posição do semitom passando-o do VI/VII para o VII/VIII graus. Pelo mesmo

método pode-se formar outra escala partindo desta.

Ex2: Formação da escala de mi menor a partir da escala de lá menor

Pelo mesmo método, podemos formar mais escalas até atingir o maior número possível de escalas maiores e menores.

1.11 TONALIDADES

A palavra tom, como vimos anteriormente, significa intervalo entre duas notas consecutivas.

Neste tema a palavra tom será usada como abreviatura da palavra tonalidade que é a

designação da escala ou tom em que se deve executar uma determinada música.

Vimos também que o nome da escala coincide com a primeira nota da mesma. Esta nota

chama-se tónica e, é esta nota que determina a tonalidade ou tom em que esta escrita

qualquer musica. Assim, se o nome da escala é Escala de mi Maior, então a tonalidade, também

se chamará tonalidade de mi Maior.

1º Tetracorde

2º Tetracorde

1º Tetracorde

1º Tetracorde

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1.11.1 Colocação dos acidentes

Os acidentes que determinam a tonalidade de uma música são fixos e colocam-se entre a clave

e o compasso. A sua colocação obedece a seguinte ordem: fá, dó, sol, ré, lá, mi, si, (Para o caso

dos sustenidos)

Para o caso dos bemóis, segue-se a seguinte ordem: si, mi, lá, ré, sol, dó, fá

Dó M sol M Ré M Lá M Mi M Si M Fá M Dó M

Dó M Fá M Si M Mi M Lá M Ré M Sol M Dó M

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1.12 ACORDES MUSICAIS

Acorde é um agregado de sons que tem entre si certas proporções harmónicas, ou melhor, é

um conjunto de duas ou mais notas que se ouvem ao mesmo tempo. Os acordes tiram um som

harmónico, bastante agradável;

O acorde, tal como a natureza o produz, resulta da emissão simultânea de vários sons cujas

relações de entoação são determinadas pela ressonância natural dos corpos sonoros.

O acorde pode executar-se de duas maneiras: Melódico e harmónico No primeiro caso as notas

são emitidas simultaneamente e, no segundo caso as notas soam uma após a outra.

Os acordes são, normalmente, formados por duas terceiras (uma maior e outra menor). Estes

acordes dizem-se acordes perfeitos.

Os acordes mais importantes que a natureza produz, dos quais derivam os outros são:

1º Acorde perfeito Maior: é constituído por três sons que formam entre si intervalos de 3ª

Maior e 5ª perfeita;

2º Acorde perfeito menor: é igualmente constituído por três sons que formam entre se

intervalos de 3ª menor e 5ª perfeita.

Acorde Harmónico Acorde melódico

5ª Perfeita 3ª Maior

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1.12.1 Função dos principais Acordes

Dentro da escala, ou de uma música, os acordes desempenham varias funções das quais as principais são:

a) Função de tónica (leva o nome do primeiro grau da escala); b) Função de dominante (corresponde ao 5º grau da escala); c) Função de subdominante (corresponde ao 4º grau da escala).

Modo Maior

Modo Maior

1.13 Sinais agógicos7 ou de movimento

Movimento é a maior ou menor velocidade que se dá à execução ou entoação de um trecho musical.

A tal velocidade de movimento que também se pode chamar “andamento”, é regulada por meio de

um instrumento chamado Metrónomo que garante um movimento rigoroso.

Na música, o andamento é indicado por meio de palavras italianas que se colocam no princípio de

trechos musicais.

As mais usadas são:

7 Agógico significa “relativo a Movimento”

Tónica Dominante Subdominante

Tónica Dominante Subdominante

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Largo

Larghetto Andamentos vagarosos

Adagio

Andante

Moderato Andamentos moderados

Allegreto

Allegro

Vivace Andamentos apressados

Presto

É possível alterar gradualmente o movimento de uma música. Para este caso existem outras palavras e expressões que modificam o andamento dos trechos musicais:

Palavras Italianas Abreviaturas Significação

Rallentando Rall. Retardando o movimento

Accellerando Accel. Apressando o movimento

Ad libitum ad lib. à vontade

A tempo A t. ou A tem. Voltar ao movimento anterior

Tempo Primo

Tem. Pr. Ou 1º t. Voltar ao 1º andamento

1.14 Elementos de expressão

Quando definimos a música dissemos que é arte de exprimir sentimentos e pensamentos por

meio da combinação de sons agradáveis ao ouvido.

Na verdade um músico pode se comparar com um pintor que representa tudo o que vê, sente

e pensa combinando o desenho com diversas cores. Ele pode exprimir num quadro uma

sensação de alegria, de tristeza, de mágoa, de movimento, etc. Todavia, o músico vai mais

longe, pois, além de dar ideia de alegria, de tristeza, de mágoa, de movimento, etc., pode imitar

ruídos na natureza, como vozes de animais, o sibilar do vento, o ciclo da folhagem, etc.

O músico pode dar a todas combinações sonoras a expressão ou o colorido apropriados as

sensações e as ideias.

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Para a representação em música das suas vontades, o homem usa sinais que vão exprimir

expressão de tudo o que sente ou o que pensa.

Os sinais de expressão são todos os sinais da escrita musical que se colocam na pauta para

determinar a dinâmica da música, ou melhor, para dar “beleza” e “sabor” à música. Estes

sinais variam a intensidade e acentuação dentro da música.

A maior parte destes sinais, abreviaturas iniciais e respectivos significados são representados

pelo seguinte esquema:

Palavras Italianes Abreviaturas Significação

Pianíssimo pp Mais suave

Piano p Suave

Mezzopiano mp Menos piano

Mezzoforte mf Menos forte

Forte f Forte

Fortíssimo ff Mais forte

Crescendo Cresc. Aumentando a intensidade

Diminuendo Dim. Diminuindo a intensidade

Crescendo e decrescendo

Cresc e Dim Aumentando e diminuindo a intensidade

O crescendo e o diminuendo podem se representar, respectivamente, pelos sinais:

1.15 Sinais de repetição São todos os sinais da escrita musical que se colocam na pauta para indicar a repetição de

determinado trecho musical

Os sinais de repetição mais usados são:

a) A dupla barra com dois pontos: indica que se deve repetir o trecho

do lado para onde estão voltados os dois pontos. Por vezes indicam

que se deve voltar para o inicio de um trecho.

b) De capite ou Da capo (D.C.): este sinal indica que se deve voltar para o inicio do trecho

e terminar onde estiver escrito da palavra fim

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c) Sinal S( ): Quando aparece pela segunda vez, indica que é necessário recomeçar a

execução do trecho no ponto onde aparece pela primeira vez e terminar onde se

encontra escrita palavra fim.

d) Sinal O: serve, na representação de um trecho musical, para se suprimir a parte do

trecho que se encontra um e outro sinal O subsequente. Normalmente o sinal O aplica-

se em trechos que já sofreram uma repetição representada pelo sinal S.

e) Sinal de suspensão: coloca-se por cima ou por baixo das notas e das pausas e serve

para indicar o prolongamento dos valores por um tempo indeterminado. Geralmente

prolongam o dobro do valor a ser prolongado.

1.16 Ponto de aumentação

É um ponto que se coloca à direita da figura para lhe aumentar a metade da sua duração.

Por vezes podemos encontrar dois pontos de aumentação. Neste caso o primeiro ponto

aumenta metade do valor da figura e o segundo ponto acrescenta metade do valor do segundo

ponto.

Pode se colocar também os pontos de aumentação nas pausas e produzem o mesmo efeito que

nas figuras dos sons.

1.17 Ligaduras

As ligaduras servem para ligar duas ou mais notas que devem ser entoadas com a mesma emissão

de voz, ou sejam são executadas pelo mesmo fôlego ou com a mesma arcada.

As ligaduras colocam-se por baixo ou por cima das notas que se pretende ligar.

Há dois tipos de ligaduras:

a) Quando ligam notas com o mesmo nome, chamam-se ligaduras de valor;

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b) Quando ligam notas de nomes diferentes, chamam-se ligaduras de portamento ou de

expressão.

2

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3. A VOZ HUMANA

A voz humana é produzida pela vibração do ar que é expulso dos pulmões pelo diafragma e

que passa palas cordas vocais e é modificado pela boca, pelos lábios e pela língua.

A voz é um trabalho conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, com uma

participação dos músculos, veias e ossos.

Através da voz podemos exprimir o estado do espírito de quem fala: Tristeza, alegria,

insegurança, ansiedade, nervosismo, euforia, etc. Estes comportamentos são sempre

identificados logo à primeira vista através da voz.

A voz é pessoal com um timbre característico, intransmissível e reconhecível. É muito

aplicada para a fala, o canto, a tosse, o riso, o choro e o grito.

Para a produção da voz participam essencialmente três sistemas do nosso organismo que no

seu conjunto formam o aparelho vocal (pag. 76, 7ª Classe):

2.1 O Sistema Respiratório

O Sistema Respiratório é responsável pela entrada e saída dor do nosso organismo. Ele é

constituído pela boca, Fossas Nasais, traqueia, pulmões e pelo diafragma.

O ar entra pelas fossas nasais (ou pela boca) passando traqueia directamente para os

pulmões localizados na caixa toraxica. Estes incham-se e fazem dilatar a caixa toraxica. O

diafragma (que é um músculo que separa os órgãos respiratórios dos órgãos digestivos)

comprime os pulmões, obrigando-os a expulsar o ar já transformado em dióxido de carbono

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2.2 O Sistema Fonador

O sistema fonador é constituído por: sinos paranasais, maxilar (para a articulação), palato

duro e palato mole, língua, epiglote, laringe e as cordas vocais. O ar que sai do nosso organismo

é transformado em som quando passa pelas cordas vocais;

A laringe que se situa na parte superior da traqueia, no seu bordo interior é constituída pelas

cordas vocais (tecnicamente chamadas Pregas Vocais) que vibram com a sida do ar que é

expulso dos pulmões produzindo deste modo o som8.

8 Só o ar que sai é que produz som, isto é a expiração.

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2.3 Sistema de ressonâncias

Depois de ser transformado em som, o ar expande-se pelo organismo adquirindo amplitude e

qualidade. O aparelho de ressonância tem a mesma função que tem uma caixa de ressonância

de uma guitarra. O som produzido pelas cordas vocais é muito fraco e, para que adquira maior

amplitude e qualidade existe uma participação efectiva de quase todos os ossos do nosso

corpo. Quando se emite a voz estes ossos vibram, embora se diga que a parte principal do

aparelho de ressonâncias se encontra na cabeça. (Fig. 36 e 37, 7ª classe).

A emissão da voz pode ser feita de três maneiras de acordo com a região que faz a

ressonância:

a) Ressonância do Peito: a voz se sente mais para a caixa toraxica. Há uma sensação de

estar a vibrar o peito. É muito usada para emitir sons graves;

b) Ressonância palatal: a vos se sente na região do palato. É muito usada para os sons

naturais (normais)

c) Ressonância facial: a voz soa mais na zona facial. Há uma sensação de estarem a

vibrar os ossos da cabeça. É muito usada para emitir sons agudos.

3 TÉCNICA VOCAL

3.1 Como Conseguir uma boa voz

Para uma boa voz propõe-se exercícios tais como:

1. Exercícios Físicos (pelo menos uma vez ao dia):

a) Alongamentos (pescoço, ombros, braços, quadril, pernas), girando, esticando e

aquecendo sem xansar;

b) Sequencias abdominais (pelo menos 5) intercaladas com uma respiração

profunda.

Este exercício serve para fortalecer o diafragma, aquecer o corpo e aumentar a

resistência física.

c) Vibração dos lábios (brrrr…), glissando em todos os registos da voz. É preciso

intercalar este exercícios com vocalizes caso seja necessário.

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Este exercício causa sensação de reformigamento nos ressonadores, devido a intensa

circulação sanguínea nessa região;

Usa-se, também como um caminho para dar extensão à voz e colocá-la no ponto focal;

Sana os problemas da disfonia e da rouquidão.

d) Vibração da língua9 (trrrr…), com atitude de bocejo, passando de altura media

para altura grave e/ou aguda, vice-versa.

Este exercício serve para aquecer, remover secreções e distender as pregas vocais.

A ressonância facial assegura o brilho da voz e permite atingir as notas mais agudas. Contudo

esta é a mais difícil de se conseguir, mas para se chegar a ela é preciso controlar

constantemente a abertura da boca durante o canto.

2. Respiração:

a) Respiração intercostal, profunda:

Inspirar com nariz e com boca.

Enquanto os pulmões são preenchidos de ar, devemos senti-los expandir entre as

costelas inferiores que se abrem e também do meio das costas às laterais.

Não fazer respiração excessiva (pressão sub-glotica), ou seja, ocupar toda a garganta

de ar, pois causa a sensação de asfixia e estrangulamento, impedindo deste modo a

livre vibração das pregas vocais.

b) Apoio diafragmático e coluna de ar:

O diafragma, musculo que se encontra abaixo do pulmão, é contraído e pressiona este

pulmão para cima, obrigando-o a expulsar o ar com maior pressão, fazendo vibrar as

cordas vocais;

Para favorecer a coluna de ar, contrai-se a região

abdominal do estômago à região pélvica (fig. 2 –

Pélvis), retraindo ou encolhendo essa região com

certa rigidez durante a expiração.

9 Não esceder 2 minutos

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c) Exercícios de controlo da coluna de ar (Tssss…):

Respiração intercostal profunda;

Controlar a expiração (Tssss…), sem oscilar a saída

do ar mantendo sempre o mesmo fluxo até acabar;

Procure alcançar 1´30´´ durante a expiração;

Fazer também os exercícios de vibração com a

língua (trrrr…) e com boca (brrrr…).

d) Expiração em stacato:

Numa única respiração fazer 10 contracções abdominais, enérgicas, curtas e rápidas

produzindo o som “Tss” (pode contar com os dedos das mãos). – este exercício deve

ser repetido pelo menos 5 vezes intercalado com uma respiração bocal rápida como

quem esta a bocejar;

Com este exercício pode se adquirir velocidade e volume ao cantar bem como o

domínio e resistência abdominal.

e) Emissão das vogais e as consoantes

As vibrações das pregas vocais só ocorrem quando a gente canta as vogais. As vogais as únicas

que podem ser emitidas apenas pelas cordas vocais. As consoantes aparecem apenas para

articular as palavras. Dai, há que distinguir diferença entre a emissão das vogais e das

consoantes:

Com as vogais se canta e

Com as consoantes se articula

Quando é matéria de afinação, tempo rítmico, timbre, articulação e dinâmica, o coro deve

cantar em uníssono (único som)

3.2 A emissão das vogais

A Emissão das vogais deve seguir a determinadas técnicas tendo em conta que estas é que

correspondem ao som produzido directamente das cordas vocais. A variação dos sons, ou seja

a dicção e articulação das palavras é feita dentro da boca.

Fig. 2 – Pélvis: cavidade na

parte inferior do tronco onde se aloja o recto e uma grande parte dos aparelhos urinário e genital;

ANATOMIA

o m. q. bacia pélvis;

(Do lat. pelve-, «bacia») © 2002 Porto Editora, Lda.

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 50

Os pontos extremos da emissão vocal são as vogais I e U. nestas vogais, a boca toma as duas

posições contrárias durante a abertura (o I corresponde ao som mais “fino” e o U corresponde

ao som mais “grosso”.

É preciso ter muito cuidado com a vogal É (se tiver o acento agudo). Sua entoação deve

parecer-se com o Ê francês (com acento circunflexo), evitando que o som caia do ponto focal

(dos ressonadores) para a garganta o que pode resultar num som parecido com o berro do

bezerro.

A vogal A

O actua directamente no estômago e abdómen;

Faz vibrar todo o corpo;

Maior abertura da boca e ovalizada como quem esta a bocejar;

Deve ser pronunciado como se fosse Ó.

A vogal E

Avançar a língua para frente e subir um pouco o maxilar inferior;

Não exagerar a abertura da boca;

Directamente do estômago;

Deixar a garganta livre

A vogal I

Afinar a abertura da boca nas laterais,

Sensação de língua dobrada dos lados para cima;

Tem uma sensação de som nasal saindo da boca.

A vogal O

O ar deve vir do estômago

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Com uma abertura da boca na forma redonda ( ovalizada)

O seu som deve parecer-se com Ô

A vogal U/Ú

Palato arqueado;

Voz apontada para frente,

Ressonância na face, abaixo da cabeça

Vibração da coluna vertebral;

Menos abertura da boca comparativamente com a emissão do O

3.3 A Dicção

Define-se dicção como maneira de dizer correctamente as palavras; a dicção é a enunciação

correcta das sílabas. A pronúncia das palavras deve ser firme e clara para que seja possível

ouvir a mensagem da música.

3.4 O Timbre

No registo grave as notas devem ser emitidas de forma “aberta” e clara (brilhante), com

cuidado para não desarmar o arco do palato mole o que pode lhe fazer perder o brilho. No

registo agudo deve ser brilhante e “coberto”.

Aos iniciantes aconselha-se que ao cantar o “registo agudo” é bom dosear o volume, mas bem

audível e uma inteira abertura vocal, até que domine a técnica vocal. Mais tarde já pode

aventurar para as vozes mais apuradas.

As vogais no registo agudo, devem estar protegidas com a voz de cobertura e procure cantar

com maior amplitude, mas sem fazer grito. Isto só será possível com a colocação correcta da

voz “a Voz de Cabeça”.

A emissão das vogais nas regiões de passagem, de uma ressonância para a outra (por exemplo

do médio para o agudo), pode ser feita da seguinte maneira:

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A vogal A ruma gradativamente para Ã;

A vogal E e I rumam, respectivamente, para Ê francês e para I;

A vogal Ó ruma para Ô fechado;

A vogal U faz-se arqueando10 verticalmente o palato mole no extremo; na vogal U é

preciso ter cuidado de não engolir ou “entubar” a voz.

Este exercício deve ser feito em todas as passagens: grave-medio-agudo, vice-versa.

3.5 O Triangulo Vocálico11

O triângulo vocálico é caracterizado pelos pontos de articulação e emissão das vogais. Em

cada vogal a língua tem uma posição fixa. Durante a emissão, as vogais devem ser projectadas

para o ponto da vogal I do triângulo vocálico, concretamente acima dos dentes incisivos12

superiores.

3.6 Brilho nas vogais I e U

O brilho da vogal U se obtêm emitindo a vogal Ô direccionando o arco do palato mole para a

forma da vogal U. Por exemplo, Com o palato arqueado, dizer ou cantar: RÔUU (a boca e o

palato mole buscam a posição vertical);

O brilho da vogal I se obtém através do NHÊ (“apertado ou espremido”), rumando para o I, ou

seja, NHEÍ! Com a mesma postura da articulação (NHÊ “apertado”), cante RÊII, (a boca e o

palato mole se posicionam na horizontal. O meio da língua, quase que toca no “céu da boca”

(palato duro), auxiliando no arqueamento do palato mole. Para alcançar a emissão brilhante,

procure pronunciá-la a vogal I com mais penetração;

3.7 Funções das principais vogais durante os vocalizes:

Vogal I:

“Desentuba” a voz, trazendo-a para fora, conferindo brilho e penetração às demais

vogais;

10

Dar forma de arco 11

Conceito não melhorado, precisa mais pesquisa para dar mais substancia a este conhecimento 12

Dentes de frente

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Nos exercícios de vocalização, a vogal I geralmente antecede as vogais. Ex: IÃ, IÊ, IÔ, IU;

Também é a melhor vogal para os exercícios de velocidade.

Vogal U:

Confere extensão e arredondamento à voz, devido ao arqueamento do palato mole

proporcionar o abaixamento da laringe, fazendo com que as pregas vocais vibrem com

maior soltura e elasticidade.

Vogal Ã:

Confere amplitude, grandeza, cobertura e maciez às demais vogais.

Para alcançar harmonia, arredondamento, boa forma na emissão das vogais, exercite-as,

alternando-as umas com as outras.

Ex:

I-Ú;

U-Ó;

I-Ê-A;

U-Ô-Ó-A-E-I;

I-Ê-U-Ô-Ó-Á-Ã.

3.8 EXPRESSÃO: CONCEITOS DE “MEZZA VOCCE ” E “VIBRATO”:

3.8.1 Mezza Vocce

Para cantar no registo agudo a “meia-voz” (mezza vocce), ou seja, menor volume, sem

perder o brilho na emissão, é necessário dominar a sincronia entre a respiração

intercostal, a coordenação muscular abdominal e pélvica - “apoio”, o palato arqueado e a

voz firme nos ressonadores,

3.8.2 Vibrato

Grande parte da expressão sonora está no “vibrato”. Embora o “vibrato” não seja

utilizado em todas as ocasiões, conseguir produzi-lo é sinal certo de que grande parte da

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 54

técnica vocal está sendo dominada. Sabemos que o palato mole, quando arqueado em

extremo, toca nos ressonadores, colocando a voz no foco. Nesta posição de arqueamento

do palato mole, a laringe baixa, dando maior soltura às pregas vocais para vibrarem.

Para produzir o vibrato é necessário:

Fazer a forma de um amplo bocejo, procurando máxima amplitude e apontar a

voz com firmeza nos ressonadores.

Garantir o posicionamento baixo da laringe ao arquear o palato mole, segurando-

a com os dedos.

Então, tente produzir o vibrato cantando, com a “voz de cobertura”, as vogais: Ã;

Ê; I (francês); Ô; U.

3.9 Consoantes que Auxiliam na Impostação13 da Voz

Durante os exercícios de vocalizo, as principais consoantes para antecederem as vogais e

auxiliarem na impostação da voz são: M e N lábio - nasais; NH, GÜ, QÜ e R palatais; B e P

lábio – explosivas.

A consoante R é a única que nos faz sentir o ar passar pelo palato mole. (Utilizar com

frequência este recurso desidrata (resseca) e ofende as pregas vocais).

3.9.1 Exercícios de Vocalizes

Fazer os vocalize em “legato” (ligado) e “staccato” (destacado) com intervalos de terças,

quintas, sétimas, etc., com: NIAÃ, NIOÔ, NIUÚ, MINHAU, NINHÊ, NIÊ, BRIM, RÔUÚ, etc.

(ver na última página, os exercícios de vocalize).

Para adquirir velocidade e volume: Faça o músculo abdominal actuar nota por nota,

“como a subida dos degraus de uma escada” (a consoante R ajuda na passagem das

notas); portanto, sem fazer deportamentos, ligando uma nota com a outra, “como a

subida de uma rampa lisa”. Cante também em “staccato” (cortes secos e separados) a

vogal (I – francês), enfatizando as notas com firmeza, beleza e, por fim, velocidade.

13

Colocação da voz

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Jorge Moisés Mabunda, 2013 Page 55

Utilize os vocalizes da última página: NIAAAAÃAAAA, NIOÔ, NIÚÚ, NIÊ, etc.

ATENÇÃO: Todo o início de aquecimento deve partir do registo médio-grave ao médio-

agudo. Após alguns minutos de intervalo ou repouso vocal, será possível, ao retomar os

exercícios de vocalize, alcançar as notas agudas com maior segurança.

3.10 Como corrigir dificuldades durante o canto?

1. Se a voz estiver “engolada” ou “entubada”, certamente é porque a língua está

relaxada e pesando sobre as pregas vocais. Estender (esticar) a língua ao máximo,

durante 10 segundos14. Desta forma ficará bem posicionada.

2. Afonia15 por demasiado esforço, tensão nas pregas vocais devido a longas

conversas no telefone, gritarias, má utilização da voz: Fazer exercício de

ressonância com (brrrr) e “bocca chiusa”, procurando o ponto de brilho, somente

nos registos médio e grave. Dar descanso à voz e tomar água ao longo do dia.

3. Irritação ou Infecção nas pregas vocais16: Fazer gargarejo com meia

“colherinha” de bicarbonato de sódio diluído em 100 ml de água. Fazer o

gargarejo após as refeições, nos dias em que a infecção permanecer. Mantenha as

pregas vocais sempre protegidas com alguma espécie de melaço17, via spray ou

colher de chá; ou chupando bolinhas de hortelã18; (não se esqueça de fazer

higiene bucal [escovar os dentes], pois o açúcar fermenta e produz cáries).

4. Renite alérgica (devido ao ar poluído; pó, mofo, fumaça, etc). – a obstrução das

fossas nasais prejudica a boa emissão canora. Há diversos antialergénicos que

sanam a renite. Ex: Budecort – spray. Não deixe de consultar um médico

14 se o fizer em público, em aula, faça uma concha com as mãos para escondê-la; mostrá-la

é deselegante. 15 Rouquidão 16 Provenientes de resfriados; secura na garganta, devido ao clima seco e poluído; mau uso

da voz: 17 Liquido espesso que fica depois da cristalização do açúcar 18 Nome vulgar de uma planta herbácea, aromática, da família das Labiadas, cultivada e

espontânea nas hortas, empregada em farmácia e culinária.

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otorrinolaringologista.

4 BOA DIETA:

Não deixe de tomar pelo menos 2 litros de água por dia. (Mantém as pregas

vocais e os ressonadores húmidos e livres de secreções (pigarro19).

Aconselha-se não consumir Chocolate, doce de leite e suco de laranja antes de

cantar, pois produzem secreções.

Evite refrigerante, pois ao contrário de matar a sede, desidrata as pregas vocais.

Consuma mais Maçã, pois é um excelente absorvente de gordura que contribui

para remover as secreções nas pregas.

A Banana e o Abacate hidratam as pregas, protegendo-as.

19 Embaraço na garganta produzido por mucosidade, fumo, etc.;

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5 METODOLOGIA DE ENSINO DA EDUCAÇÃO MUSICAL

5.1 Analise dos programas de Ed. Musical para o ensino Básico

A Educação Musical no Ensino Básico tem por objectivo, contribuir para o

desenvolvimento integral harmonioso da personalidade do educando pelo proveito,

expressão e valorização da música como manifestação artística e cultural na sociedade.

Para a operacionalização deste grande objectivo, o ensino básico no nosso país foi

estruturado em três ciclos:

1º Ciclo (1ª e 2ª Classes)

2º Ciclo (3ª, 4ª e 5ª Classes)

3º Ciclo (6ª e 7ª Classes)

Os conteúdos programados para a educação musical no ensino básico dividem-se em

Educação Rítmica, Educação Auditiva, Educação vocal e Canto.

5.2 EDUCAÇÃO RITMICA (da 1ª a 4ª classes)

5.2.1 Conteúdos propostos

Jogos rítmicos populares;

Movimento corporal;

Instrumentos de percussão;

Audição rítmica;

Representação gráfica do ritmo

Ritmos binário e ternário

5.3 Objectivos:

Desenvolver a coordenação Motora;

Escutar variados ritmos

Reproduzir ritmos com instrumentos de percussão;

Praticar jogos rítmicos populares;

Representar graficamente o ritmo;

Acompanhar, através de ritmos, canções e danças variadas.

Distinguir ritmos binário e ternário

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Executar ritmos binário e ternário

5.3.1 O Ritmo e a Pulsação

O ritmo e a pulsação representam o sentido vital da música. Constituem a expressão

artística da música pois é daqui que o músico consegue mostrar os seus anseios,

emoções, vaidade, etc.

Tudo o que tem movimento tem ritmo (como por exemplo o bater do coração, o tic-tac

do relógio, a sucessão dos dias e das noites, o vaivém das ondas do mar, o canto dos

pássaros, o caminhar das pessoas, mesmo a musica que a gente escuta diariamente). O

ritmo é um movimento organizado.

Na música define-se ritmo como organização dos sons curtos, muito curtos, longos e

muito longos e dos silêncios dentro de uma música.

A Pulsação representa o “pulsar” da música. É um batimento regular que se sente na

música. Os batimentos da pulsação têm a mesma duração. É mais fácil perceber o

significado de Pulsação quando a gente acompanha cuidadosamente o pulsar do coração

Para a execução de um ritmo, apoiamo-nos aos batimentos de diversos timbres (quer

corporais como de objectos).

Exemplo de um ritmo:

Vamos entoar a música que se segue e vamos bater o ritmo20 com a palma em cada

sílaba (ou cada som) enquanto fazemos o batimento da pulsação21 com o pé batendo

no chão:

20

O ritmo da música está representado por traços horizontais; 21

A pulsação está representada por traços verticais.

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5.3.2 Representação gráfica do ritmo

Depois de vários exercícios rítmicos é preciso passar para a representação gráfica do

ritmo, ou seja, todo o movimento executado pelos batimentos deve ser representado por

escrito.

As crianças precisam exprimir graficamente, por meio de traços, os sons curtos (___) e

longos (_________). O professor pode emitir diversos sons22 (curtos e longos) e pedir que

as crianças representem o que ouvem por meio de traços horizontais.

A melhor forma de tratar este conteúdo é, a partir de uma canção que as crianças já a

conhecem perfeitamente, fazer o batimento das sílabas respeitando as durações de cada

sílaba.

Exemplo:

A ma mã pi la,

Pi la, pi la a ma mã

A ma mã pi la,

Escrevendo apenas os traços, ficamos com o ritmo da música escrito, ou melhor,

representado graficamente23.

tá tá tá tá - á tá

tá tá tá tá – á tá tá

tá tá tá tá - á tá

Com palmas podemos executar este exercício, ficando assim com o ritmo representado

graficamente.

5.3.3 Os Timbres Corporais e de Objectos

A exploração da voz e do corpo como instrumento de percussão passou a ganhar grande

impacto no desenvolvimento da expressão musical.

22

Estes sons podem ser emitidos vocalmente ou com instrumentos 23

Não esquecer que no primeiro ciclo os ritmos só se representam por meio de traços.

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A produção de diversos ritmos através do corpo humano compreende o bater das

palmas, os estalos dos dedos, bater nas pernas com as mãos, bater com os pés no chão, o

assobio e os estalos com a língua, etc. Estes todos são chamados timbres corporais.

Definindo, timbres corporais são as diferentes qualidades sonoras produzidas pelas

diferentes partes do nosso corpo.

Para além dos timbres corporais existem também os timbres dos objectos. Os objectos

produzem diferentes qualidades de sons por isso diferenciam-se de acordo com o tipo

de instrumentos (metais, plásticos, madeiras e outros). Os timbres de objectos

representam as diferentes qualidades sonoras produzidas por variados objectos.

5.3.4 Jogos Rítmicos Populares

São as brincadeiras de infância que se transmitem,

geralmente, dos mais velhos para os mais novos e

de geração em geração. Estes jogos têm muita

importância no desenvolvimento da sensibilidade

rítmica e na coordenação motora.

Os exercícios rítmicos mais conhecidos são: a

neca, palmas, saltar da corda, lenga-lenga

(marikwenda), mbalele-mbalele, matuwetuwe,

etc.

5.3.5 Tratamento metodológico

No tratamento deste conteúdo, é necessário

escolher em primeiro lugar o exercício a ser

executado (por exemplo a lenga-lenga). Em

seguida divide a turma em pequenos grupos(pode ser aos pares) e orienta a execução do

jogo.

Há vários tipos de lenga-lengas. Um dos exemplos que se podem usar é:

Marikwenda, marikwenda,

marikwenda, kwenda, kwenda;

Fig. 1 Um Bailarino da Companhia

Provincial de canto e dança

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assaca dór, assaca dór,

assaca dór, dór, dór;

a malélé, a malélé,

a malélé, lélé, lélé, …

Depois de deixar a turma executar livremente o exercício, pode escolher alguns grupos

para demonstrar o exercício todo à maioria. Certifique-se de que todos os alunos

perceberam o exercício.

É muito bom explorar a criatividade dos alunos, podendo deixa-los executar outros

jogos infantis.

5.3.6 Passos para execução de Jogos Rítmicos Populares

a) Escolha do jogo a ser executado; b) Divisão da turma em pequenos grupos ou aos pares conforme a exigência do jogo; c) Execução modelo pelo professor ou por um aluno que domina; d) Execução do ritmo por toda a turma parte por parte; e) Execução de todo o ritmo; f) Exercícios de consolidação e avaliação (execução livre e/ou individual).

5.4 Movimento Corporal

São todos os movimentos que podem ser executados pelo corpo. Exemplo, os batimentos

corporais, dança, saltos, ginástica, etc. O movimento corporal garante a coordenação

motora por meio de exercícios estruturados.

5.4.1 Tratamento metodológico

O professor pode apoiar-se em exercícios da educação física (ginástica rítmica e

movimento), acompanhando-os com batimentos das palmas ou mesmo com

instrumentos de percussão.

Os jogos rítmicos populares servem, também como exemplos de exercícios que se

podem efectuar para a realização do movimento corporal (por exemplo, O saltar à corda,

a dança de xingomane, a neca, etc.)

5.4.2 Passos para execução do Movimento Corporal

a) Escolha do tipo do exercício a ser executado;

b) Organização da turma para a execução do exercício (dividindo em grupos ou não)

conforme a natureza do movimento a ser feito;

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c) Execução modelo ou demonstração do exercício;

d) Orientação para execução com a turma;

e) Avaliação e controle do ritmo.

5.5 Audição rítmica

O caminho mais viável para ensinar este conteúdo às

crianças é dar lhes a oportunidade de assistirem ao

vivo aos grupos culturais locais (makwai, makwela,

xingomane, ngalanga, marabe, xingombela, etc.). É

preciso instruir as crianças o que devem escutar de

cada vez que leva-os para um grupo.

Se possuir condições audiovisuais, pode faze-los

escutar ou assistir em vídeo as actuações dos grupos culturais locais ou de outros

distritos e províncias, orientando-os sempre para o objectivo da audição.

5.6 Propostas de exercícios para audição

Audição de um ritmo gravado:

1. Explicar aos alunos que o ritmo em causa é um

conjunto de variados instrumentos.

2. Seleccionar o instrumento e o ritmo a ser

escutado;

3. Reproduzir (com um reprodutor de áudio) o

ritmo na totalidade;

4. Escutar cuidadosamente o ritmo e orientar os

alunos para extrair a pulsação;

5. Registar por meio de traços verticais a pulsação

do ritmo;

6. Registar o ritmo do instrumento seleccionado por meio de traços horizontais.

7. Executar a pulsação e o ritmo registados.

Fig. 2 Grupo de xingomane actuando na praça

Fig. 1 Grupo de Makwela de Bilene-Macia

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Audição de um ritmo ao vivo

1. Levar os alunos a assistirem um grupo de dança rítmica local;

2. Seleccionar o instrumento a ser escutado no grupo assistido;

3. Prestar muita atenção no instrumento a ser escutado para perceber o ritmo e a

pulsação;

4. Registar por meio de traços verticais a pulsação do ritmo;

5. Registar o ritmo do instrumento seleccionado por meio de traços horizontais.

6. Executar a pulsação e o ritmo registados.

O professor pode se apoiar da sua experiencia em actividades culturais para dar mais

exemplos de actividades rítmicas.

5.7 Instrumentos de percussão

Instrumento de percussão é um instrumento musical cujo som é obtido através da

percussão (impacto), raspagem ou agitação, com ou sem o auxílio de baquetas. Estes, são

utilizados primordialmente com função rítmica, tal

é o caso da maior parte dos tambores, do triângulo,

dos pratos, etc.

Embora haja uma variedade de instrumentos

produzidos especificamente com essa finalidade,

qualqu

er

batuque feito com objectos comuns pode

ser considerado como percussão. É possível

assim fazer a percussão em uma música

utilizando tampas de panela, potes de

alimento, mesas, cadeiras, caixas, talheres,

pratos, copos e mesmo objectos mais

complexos como máquinas de escrever, etc.

5.7.1 Tratamento Metodológico

No primeiro ciclo, o tratamento de qualquer conteúdo deve partir de brincadeiras com

as crianças. Não tem nenhuma importância começar a definir e descrever os variados

Fig. 2 Bateria – Conjunto de instrumentos de percussão

actuando na praça

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instrumentos de percussão, mas é importante “usar” os instrumentos de percussão

como meios de diversão e de acompanhamento de diversos ritmos (danças populares,

jogos rítmicos populares, etc.), na realização de movimentos corporais e para

improvisação rítmica.

5.7.2 Exercício com uso de instrumentos de percussão

Material

Um bidão de 20 litros (vazio);

Um prato metálico (inox ou alumínio)

Uma garrafa

Duas colheres

Canção

O meu chapéu tem três bicos

Tem três bicos o meu chapéu

Se não tivesse três bicos

O chapéu não era meu

Execução

Entoe a canção conhecida junto com todas as crianças e certifique se todas as

crianças têm o domínio da canção.

Indique um aluno para executar o batimento da pulsação que coincide com a o

ritmo da palavra (acentuação musical) usando o bidão plástico (de 20 litros). Esta

pulsação deve ter uma duração de três tempos;

Com o prato tocado com uma colher executa o ritmo que acompanha as sílabas

das palavras da música. Bater cada sílaba pronunciada.

Com uma garrafa tocada com uma colher, improvisa uma célula rítmica iniciada

em tempo fraco.

Usando da sua criatividade, pode improvisar outros ritmos, desde que não

estejam fora da música.

5.7.3 Improvisação rítmica

Vamos entoar a canção:

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O patinho nada dentro do laguinho

Quá-quá-quá, quá-quá-quá, fica molhadinho

Quá-quá-quá, quá-quá-quá, fica molhadinho

Quá-quá-quá, quá-quá-quá, fica molhadinho

1. Divide a turma em 3 grupos e põe todos a cantar;

2. O primeiro grupo bate a pulsação da canção com a mão no tampo da carteira;

3. O segundo grupo improvisa uma célula rítmica com as palmas;

4. O terceiro grupo improvisa uma outra célula rítmica batendo com um pauzinho

numa lata;

Este exemplo pode ser diversificado pelo professor tendo em conta o material disponível

ou preparado para esta aula.

O número de grupos a improvisar os ritmos depende dos objectivos e do material

disponível para a aula.

5.7.4 Ritmos binário e ternário

Para as crianças perceberem o andamento binário e ternário, estabelecendo,

consequentemente a diferença entre estes dois ritmos, podemo-nos apoiar nos nomes

das próprias crianças, dividindo-os em sílabas e fazer o batimento da pulsação durante a

execução. É muito bom ter cuidado com as palavras acentuadas pois estas não

transmitem perfeitamente o conceito de batimento regular.

Exemplo: para o ritmo binário podemos usar o nome RITA. Dividido em sílabas seria:

RI TA

1 2

Depois de os alunos terem percebido o exercício manda repeti-lo lendo tantas vezes as

sílabas sem parar.

Substituir as sílabas pelos números (1,2) como no exemplo abaixo:

RI TA RI TA RI TA RI TA

1 2 1 2 1 2 1 2

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Para o ritmo ternário pode se tomar o mesmo exemplo, mas desta vez com uma palavra

de três sílabas: ROSITA

RO SI TA

1 2 3

RO SI TA RO SI TA RO SI TA

1 2 3 1 2 3 1 2 3

5.7.5 Educação rítmica (na 5ªclasse)

O tratamento dos ritmos na 5ª classe deve ser mais diversificado tendo em conta que os

alunos desta classe já possuem bases sólidas sobre os conceitos ritmo e pulsação. O

principal instrumento de percussão deve continuar a ser o nosso corpo, sem colocar de

lado os instrumentos de percussão.

É nesta classe que se começa a representar o ritmo por meio de figuras rítmicas

abandonando, deste modo a representação por meio de traços horizontais.

5.7.6 Tratamento metodológico

Os nomes dos alunos são um bom incentivo para aprendizagem dos alunos. Através dos

nomes é mais fácil fazer perceber os conceitos de ritmo e de pulsação.

Exemplo:

Consideremos os seguintes nomes: Munguemezulo e Perpétua

Vamos dividir estes nomes em sílabas:

Mu – ngue – me – zu – lo

Per – pé – tu – a

Vamos executar o batimento de cada sílaba respeitando a acentuação, é preciso

controlar o ritmo tendo em conta os sons (curtos e longos):

Mu – ngue– me – zu – lo ;

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Per – pé – tu– a ;

Vamos substituir as sílabas das palavras pela sílaba tá e repetir tantas vezes as células

rítmicas reproduzidas.

a) tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá ;

b) tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá tá;

Vamos registar estes ritmos apenas com os traços horizontais.

a) ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____

b) ____ ____ __ __ ____ ____ __ __ ____ ____ __ __ ____ ____ __ __ ____ ____ __ __

Agora vamos escrever a pulsação de cada ritmo:

_______ _______ _______ _______ _______ | | | | | | | | | | _______ _______ ___ ___ | | | | | |

Explicar perfeitamente que cada traço vertical corresponde a um tempo (um batimento

ou uma pulsação) e, essa pulsação pode ser representada pela figura ; se o traço horizontal corresponde a duas pulsações, deve-se representar o ritmo pela

figura ; para quatro pulsações vamos representar pela figura

_______ _______ ___ ___ | | | | | |

Fazer uma conclusão dando nomes às figuras usadas para representar o ritmo.

Figura Nome Duração

Semibreve

4 Pulsações

Mínima 2 Pulsações

Semínima 1 Pulsação

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A partir de já podemos passar a escrever o ritmo através de figuras rítmicas já

aprendidas. (Ver Manual do professor pagina 35).

No caso de existir momentos de silêncios durante a execução do ritmo, existem as

pausas que podem se colocar nos espaços em que não existe som. Se o ritmo é de uma

frase podemos verificar perfeitamente este fenómeno.

Figura Nome Duração

Pausa de Semibreve

4 Pulsações

Pausa de Mínima

2 Pulsações

Pausa de Semínima

1 Pulsação

Depois destas figuras é preciso introduzir a colcheia e a pausa de colcheia, explicando

que para cada pulsação correspondem duas colcheias ou respectivas pausas.

Figura Nome Duração Figura Nome Duração

Colcheia

1/2 Pulsações

Pausa de Colcheia

1/2 Pulsações

Outro elemento básico para a ser introduzido na 5ª classe é o ponto de aumentação. É

um ponto que colocado à direita da figura aumenta-lhe a metade da sua duração.

Os exercícios rítmicos na quinta classe devem contemplar a introdução dos compassos

simples binário, ternário e quaternário. Ter o cuidado de ensinar os compassos em

separado e não todos duma única vez, ou seja, só se pode passar para um novo compasso

depois de as crianças terem domínio de um dado compasso.

5.7.7 Educação rítmica (na 6ªclasse)

Na 6ª classe a educação rítmica é uma continuação do solfejo rítmico já introduzido na

5ª classe quando se introduziram as figuras rítmicas avançando-se, nesta classe, para o

estudo das restantes figuras de valor rítmico.

Assim as figuras rítmicas passam a ser:

Figura Nome Duração Figura Nome Duração

Semibreve Pausa Semibreve

Mínima Pausa

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Mínima

Semínima Pausa Semínima

Colcheia

Pausa Colcheia

Semi-Colcheia

Pausa Semi-Colcheia

Fusa Pausa de Fusa

Semi-Fusa 1/16 tempo

Pausa Semi-Fusa

1/16 tempo

No tratamento da educação rítmica na 6ª classe deve-se começar por uma revisão da 5ª

classe praticando a pulsação com as palmas e cantando a sílaba tá ou lá como ritmo da

música. Fazer coincidir a pulsação com 1 tempo. Não esquecer que um único tá (única

sílaba) pode se prolongar por mais de uma pulsação perfazendo um som longo.

5.7.8 Técnicas de solfejo rítmico

Para uma melhor execução do ritmo recomenda-se:

1. Identificar os nomes e as durações (numero de pulsações) das figuras envolvidas no

ritmo;

2. Substituir cada figura com a sílaba tá ou lá

3. Executar a pulsação do trecho: este exercício fará com que a criança ganhe maior

domínio do andamento da música antes de aplicar o ritmo da mesma.

4.

5. Executar a pulsação do trecho enquanto canta sílaba tá ou lá, prolongando de

acordo com a duração da figura correspondente.

| | | | | | | | | | | | | | | |

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6. Diversificar as formas de execução da pulsação, quer dizer, executar a pulsação

explorando diversas partes do corpo, tantas vezes até que este fique gravado na

memória das crianças.

Exercícios de aplicação:

Execute os seguintes ritmos:

Livro da 6ª classe Pag. 8

Lembre-se:

Colocar em cada figura a sílaba tá ou lá prolongando sempre que a figura tiver mais de

um tempo.

No inicio pode se ignorar os compassos musicais, mas sempre é aconselhável aliar a

execução rítmica aos compassos (binário, ternário e quaternário simples).

Na 6ª classe introduz-se vários conceitos da teoria musical. Estes podem ser

acompanhados por diversos ritmos.

5.8 Educação Auditiva

5.8.1 Conteúdos

Os sons;

Propriedades do som;

Timbres corporais;

Som no espaço;

Jogos de linguagem.

Escala diatónica e seus graus;

Escala Pentatómica

Representação gráfica do movimento sonoro.

5.8.2 Objectivos

Identificar sons no espaço;

Ouvir sons com discriminação os sons do ambiente;

Caracterizar os diversos sons à sua volta;

Distinguir sons curtos e longos, fortes e fracos, altos e baixos;

Explorar timbres corporais e timbres de objectos;

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Realizar jogos de linguagem;

Entoar a escala diatónica natural com os respectivos graus;

Entoar a escala pentatómica;

Reconhecer os graus da escala diatónica;

Escrever e ler pequenas frases melódicas;

Representar graficamente o movimento sonoro

5.8.3 OS sons

O som é fruto da vibração dos corpos, ou seja, tudo o que vibra produz som. O professor pode

despertar as crianças para o mundo dos sons por meio de jogos que possivelmente venham a

orientá-los para a audição de diversos sons.

Exemplo de jogos para a audição de sons;

i. Um minuto de sons:

Seleccionar o local para a audição dos sons (sala de aulas, Pátio, corredor, campo, etc.)

Observar um silêncio total;

Escutar e anotar todos os sons que poder ouvir durante um minuto;

Cada criança poderá tentar imitar os sons que escutou seguindo a ordem em que os

ouviu;

Desenhar nos cadernos de exercícios as possíveis fontes ou origem dos sons que

escutou.

ii. O que é/quem é:

Explicar perfeitamente para as crianças o exercício a ser executado;

Produzir um determinado som de cada vez com um dado objecto;

Pedir que os alunos identifiquem o objecto que produziu o som;

Quem adivinhar irá produzir, também um dado som e os outros vão identifica-lo;

Assim sucessivamente.

Este jogo pode ser realizado em forma de “Cabra Cega”;

5.9 Educação Vocal e Canto