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1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA MÓDULO II

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

MÓDULO II

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GILBERTO KASSAB Prefeito do Município de São Paulo

CLÓVIS DE BARROS CARVALHO Secretário do Governo Municipal

ALBERTO SILVEIRA RODRIGUES Coordenador de Segurança Urbana

JOSÉ FRANCISCO GIANNONI Coordenador Geral do Centro de Formação em Segurança

Urbana

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DIVISÃO DE PLANEJAMENTO E PESQUISA CFSU

José Koki Kato Coordenação do Curso de Educação a Distância

CD Maria da Conceição do Monte Silva Organizadora do Curso de Educação a Distância

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CURSO DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA – CFSU/CSU

ÍNDICE

Apresentação do Módulo II

Módulo II – Procedimentos Operacionais

Texto 1 – Combate Ao Uso Das Drogas Nas Escolas................................................. pág. 05 Inspetor Euclides Conradim

Questionário – Texto01..........................pág. 10 Texto 2 – Estatuto do Desarmamento - Noções...........pág. 11

Inspetor Luiz Alberto de Moraes

Texto 3 – Estatuto do Desarmamento - Principais

Dúvidas....................................................pág. 14

Professor José Koki Kato Questionário – Texto 02 e 03..................pág. 18

Texto 4 – Programa de Monitoramento da Cidade de São

Paulo...................................................pág. 19

Inspetor Ewander Simão de Almeida Questionário Texto 04...........................pág.24

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“COMBATE AO USO DAS DROGAS NAS ESCOLAS”

Inspetor Euclides Conradim

Com a onda crescente dos crimes, atualmente em fase de grande expansão do crime organizado, onde várias facções criminosas arrebanham diversos integrantes para compor essas organizações, como o PCC – Primeiro Comando da Capital que aterrorizam nossa sociedade e demais Instituições Policiais, tendo como uma de suas maiores fontes de recursos, o narcotráfico.

Os narcotraficantes estão distribuídos em todos os setores de nossa sociedade, em todos os bairros de nossas cidades existem pontos de tráfico, e os narcotraficantes penetram de forma sorrateira em nosso meio social, em especial no meio estudantil, nas Escolas e demais Instituições Educacionais, tendo em vista o grande número de jovens, especificamente os adolescentes.

Os adolescentes são as presas mais visadas e mais frágeis, devido ao período de transformação da passagem de fase infantil para a fase adulta. Nesse período existencial é natural aos adolescentes passarem por uma crise ou síndrome de sintomas análogos, como:

?? Curiosidade;

?? Tendência grupal;

?? Desejo de novas experiências;

?? Desejo de desafios;

?? Onipotência;

?? Gostam do que é proibido;

?? Querem sentir-se adultos, e as drogas estão relacionadas com o mundo dos adultos;

?? Desafiam os adultos ou autoridades;

?? Fase de expansão intelectual, mas acompanhada de imaturidade;

?? Procuram chamar a atenção;

?? Busca da independência dos pais, tendo maior vínculo com os amigos.

Por estes fatores, muitos jovens que não possuírem uma boa estrutura familiar desde o período de sua infância até essa fase da adolescência, e se ainda conviverem com amigos usuários de drogas, terão maiores probabilidades de desenvolverem a dependência química.

Os adolescentes são as pessoas mais visadas e mais frágeis, devido ao período de transição da fase infantil para a fase adulta.

Importância de uma boa estrutura familiar.

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No tráfico de drogas existe uma hierarquia entre os seus membros, desde o integrante que faz o chamado “avião” com a droga, ou seja, o passador, até o chefão do narcotráfico existem vários intermediários, e muitas vezes a Polícia não consegue chegar ao chefão das drogas, prende por tráfico de drogas, o integrante conhecido como “laranja”; o caminhoneiro que recebe uma certa quantia em dinheiro para transportar uma mercadoria de uma localidade para outra; aquele que repassa a droga, mas que procura angariar fundos para sustentar sua dependência química.

Nas Escolas Públicas geralmente os passadores de drogas que fazem o chamado “avião”, são chamados de traficantes de drogas, mas estão numa escala hierárquica bem inferior ao chefão das drogas, estes muitas vezes assim o fazem para angariar fundos para sustentarem seu vício, sua dependência, e são alunos ou ex-alunos dessas Escolas.

O tráfico de drogas nas Escolas pode ter como ponto de tráfico os “bares” próximos às Escolas, e os horários mais críticos são os de entradas e saídas de alunos, e os intervalos para o lanche-recreio. Geralmente a droga mais consumida são os cigarros de maconha, e em menor escala a cocaína e o crack.

Os integrantes da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo podem colaborar no combate às drogas nas Escolas Municipais, adotando os seguintes procedimentos:

a) Fazendo um mapeamento de todas as EMEFs – Escolas Municipais de Educação Fundamental anotando todos os comércios que vendem bebidas alcoólicas – “bares” que estão localizados a menos de 100 metros das Escolas, constando os dados do endereço do bar, e do nome e endereço da Escola, elaborando após, um Relatório de Serviço direcionado à sua Chefia, solicitando providências do setor de fiscalização da Subprefeitura da área, por estarem descumprindo o Decreto Municipal nº 24.148/87 e o Decreto Estadual nº 28.643/88.

Os fiscais da Subprefeitura ao vistoriarem esses comércios constatarão que vários deles estão em situação irregular por apresentarem várias irregularidades, como: falta de alvará de funcionamento; além do descumprimento da venda de bebida alcoólica em área proibida; entre outros.

O cumprimento da legislação, além de restringir o consumo de bebidas alcoólicas pelos alunos das Escolas, minimizará o comércio de drogas na porta de entrada das Escolas.

b) Qualquer indivíduo adulto, ou criança e adolescente surpreendido portando, usando ou vendendo drogas ilícitas deverá ser preso em flagrante delito por infração à lei federal nº 6.368/76. Nesses casos os integrantes da Guarda Civil poderão atuar junto às Escolas, Parques Municipais, Praças, Cemitérios, Clubes Desportivos Municipais, Centros Esportivos, e outros órgãos, e nas vias e logradouros públicos quando solicitados, em situações de ocorrências.

Os indivíduos surpreendidos portando e usando drogas serão presos por infração ao artigo 16 da Lei 6368/76 que pode culminar pena de detenção de 06 meses a 02 anos e pagamento de

Hierarquia do tráfego.

Locais do tráfego: no entorno da Escola.

Procedimentos a serem adotados pelo GCM.

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20 a 50 dias-multa, sendo estes indivíduos adultos, ou seja, maiores de 18 anos. No Distrito Policial o indivíduo é liberado, mas assume através de Termo de Compromisso de Comparecimento ao JECRIM – Juizado Especial Criminal. Sendo estes indivíduos crianças e adolescentes menores de 18 anos, o Delegado de Plantão solicita o comparecimento dos pais desses jovens, e os mesmos assinam Termo de Comparecimento à Vara de Infância e Juventude. Mas essas providências só serão realizadas, após perícia junto ao IML da substância, conforme Laudo de Constatação Preliminar do IML. E por ser caracterizado crime de menor potencial ofensivo, a autoridade policial utilizasse Termo Circunstanciado, conforme Lei nº 9.099/95.

Os indivíduos surpreendidos vendendo drogas serão presos por infração ao artigo 12 da Lei 6.368/76 pelo crime de Tráfico de Entorpecentes que culmina pena de reclusão de 03 a 15 anos e pagamento de 50 a 360 dias-multa. Neste tipo de delito os integrantes da Guarda Civil só atuarão quando esse crime ocorrer junto aos bens, serviços e instalações municipais, e em situações de flagrante delito, pois o combate ao tráfico de drogas é inerente à Polícia Civil que possui um Departamento para esta finalidade, o DENARC, especializado em repressão ao tráfico de drogas, e possui equipes de investigadores, pois nesta modalidade de crime, em alguns casos requer investigação e levantamento de informações. E em casos de tráfico de drogas nas fronteiras do Brasil, narcotráfico internacional, é de competência da Polícia Federal.

Os indivíduos crianças e adolescentes menores de 18 anos detidos por tráfico de entorpecentes, nesse caso, respondem por ato infracional. Nesse caso a autoridade policial solicita a presença dos pais, e o jovem é encaminhado à FEBEM, mas antes de ser entregue à FEBEM realiza exame de corpo delito no IML para verificar senão sofrera agressão.

Os indivíduos adultos maiores de 18 anos presos por tráfico de entorpecentes, após elaboração dos autos de prisão em flagrante delito, são removidos posteriormente ao CDP – Centro de Detenção Provisória mais próximo do Distrito Policial. Nesse caso é elaborado Boletim de Ocorrência por Tráfico de Entorpecentes.

Observa-se que muitos jovens que eram apenas usuários de drogas podem tornar-se criminosos por praticar pequenos furtos e roubos para sustentarem seu vício-dependência; podem tornar-se passadores de drogas, jovens que fazem o chamado “avião” e atuam principalmente nas Escolas; podem tornar-se narcotraficantes por serem usuários de drogas, ou simplesmente por conviverem num ambiente hostil e violento, onde existe também a exclusão social, e possuem como referência, como ídolos, os traficantes, que andam bem vestidos, com belos automóveis, mulheres bonitas, mas que também possuem vida curta ou problemas com a justiça.

E hoje se discute muito sobre a descriminalização do uso de drogas, e a legalização de outras drogas, sob o ponto de vista policial não é aceitável e até mesmo prejudicial à sociedade pelos seguintes motivos:

a) Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde um dos fatores de risco que induzem os indivíduos a consumirem drogas

Providência e adoções de medidas quando os indivíduos portarem drogas.

Ato infracional quando crianças e adolescentes menores de 18 anos são detidos por tráfico de entorpecente.

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é o FÁCIL ACESSO ÀS DROGAS, não criar situações restritivas ao consumo de drogas, é o mesmo que liberar o seu consumo à sociedade, como se a droga fosse algo aceitável e inofensivo, o que não é verdade, e só acarretaria grandes prejuízos à nossa sociedade. A nossa sociedade não está preparada para receber outras substâncias que entorpecem, narcotizam, estimulam, deprimem, causam alucinações, perturbam a mente, o comportamento das pessoas, além de acarretarem problemas físicos, mentais familiares e sociais, pois um indivíduo dependente é um doente que prejudica não só a si, mas também desestrutura sua família e seu meio social, a sociedade.

b) Não há um tratamento público que atenda à demanda existente de dependentes químicos, imaginem se aumentar o número de dependentes químicos. Graças às ONGs, Instituições Religiosas e Espiritualistas, Unidades Terapêuticas, Hospitais Particulares, muitos casos de atendimentos e internações são amenizados, com essas intervenções de tratamento e recuperação.

c) A mídia escrita, falada e televisiva, utilizaria seu marketing focando os jovens como seu alvo, para angariar milhares de consumidores de drogas, jovens em fase de crescimento e com grandes perspectivas de futuro, e muitos outros jovens sem perspectivas de futuro, por viverem em exclusão social, sem condições mínimas de moradia, alimentação, saúde, emprego, lazer, etc. O que seriam deles vivendo entorpecidos, narcotizados, perturbados e intoxicados com as drogas?

d) Sendo a Organização Mundial da Saúde as drogas que mais matam no mundo são as drogas sociais, o álcool e o tabaco. É coincidência de que são as drogas legalizadas?

Tornar uma droga ilícita em droga legalizada é colaborar para aumentar o número de pessoas mortas no mundo em idade precoce, tirando suas vidas, suas perspectivas de futuro, seus sonhos.

e) Dizer que o proibido é gostoso, como justificativa para a legalização de drogas ilícitas, evitando assim, que os crimes oriundos do tráfico de drogas se reduziriam,não é verdade, e não resolveria o problema dos jovens de usarem drogas.

Um jovem bem informado, bem estruturado com sua família, com afeto, amor e disciplina, têm melhores probabilidades de viver bem e sem drogas. Cabe às famílias, aos pais assumirem suas responsabilidades e exercerem seus papéis, pois não só prevenirão no contexto das drogas, mas também no contesto da delinqüência juvenil.

f) Uma sociedade dependente de drogas é uma sociedade alienada, é uma sociedade mais fácil de ser manipulada. A quem poderia interessar deixar uma sociedade entorpecida, narcotizada e dependente?

g) Uma sociedade justa e boa é uma sociedade construída com base em valores morais, éticos, religiosos, onde haja serenidade, harmonia e solidariedade. Onde as famílias exercem

De acordo com a OMS as drogas que mais matam no mundo são as legalizadas o álcool e o tabaco.

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seus papéis fundamentais, e onde os jovens não necessitem consumirem drogas para serem felizes.

A maior transformação que podemos oferecer ao mundo é a nossa própria transformação com bases sólidas respaldadas na verdade, dando-nos o próprio exemplo de vida, para que posteriormente nós, guardas civis, possamos educar nossa sociedade.

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“COMBATE AO USO DAS DROGAS NAS ESCOLAS”

Questões:

1. Qual é a legislação federal que trata da questão das drogas, e quais os artigos que tratam do porte/uso e tráfico de entorpecentes respectivamente: a) ( ) lei federal nº 5368/76, art. 15 e art. 13 b) ( ) lei federal nº 3668/76, art. 14 e art. 11 c) ( ) lei federal nº 6368/76, art. 16 e art. 12 d) ( ) lei federal nº 9398/76, art. 12 e art. 16 e) ( ) n.d.a. 2. Estando de serviço numa Escola Municipal que providências tomarei ao me deparar com indivíduos portando e usando drogas – maconha: a) ( ) revista pessoal – ciência à Diretora – aciona a presença dos pais. b) ( ) abordagem – revista pessoal – ciência à Diretora c) ( ) revista pessoal – ciência à Diretora – solicita apoio de viatura da GCM – condução ao DP da área. d) ( ) observa os indivíduos – ciência à Diretora – aciona 190 Polícia Militar. e) ( ) n.d.a. 3. Que providências administrativas tomarei ao constatar a presença de comércio de bebida alcoólica – bar a menos de 100m das Escolas que fere o Decreto Municipal nº 24.148/87 e Decreto Estadual nº 28.643/88 quais procedimentos adotarei: a) ( ) elaborar relatório para a Diretora da Escola solicitando providências. b) ( ) elaborar relatório para a chefia da Unidade constando dados do bar e da escola, sugerindo providências por parte da fiscalização da Sub prefeitura. c) ( ) solicitar a presença de uma viatura da GCM para adotar providências. d) ( ) elaborar relatório e encaminhar ao Distrito Policial da área solicitando providências. e) ( ) n.d.a.

NOME: RF: IR: DATA:

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“ESTATUTO DO DESARMAMENTO – NOÇÕES” Inspetor Luiz Alberto De Moraes Para entendermos melhor o Estatuto do Desarmamento, temos que fazer uma breve retrospectiva histórica. O Decreto-Lei nº 3.688, define as Contravenções Penais e foi promulgado em 03/10/41, estabelece que os crimes de menor potencial ofensivo terão uma sanção menor em relação aos delitos classificados como crime. E em seu artigo19, definia o porte ilegal de arma, com pena de prisão simples, de 15 (quinze) dias a 6(seis) meses. Com o advento da Lei nº 9.099/95, de 26/09/95, institui-se os Juizados especiais cíveis e penais para julgamento de casos de menor complexidade e infrações de menor potencial ofensivo, tem a finalidade de desafogar o Poder Judiciário de primeira instância e dar maior rapidez nos julgamentos em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 01 (um) ano. Assim, quem era surpreendido portando uma arma sem a devida autorização legal, quando atendessem os requisitos da Lei nº 9.099/95, teria o benefício de prestação de serviços a comunidade e livrando-se do respectivo processo legal e não perdendo a primariedade, incluindo-se ai, os crimes de raspar o número da arma, ou na adulteração do calibre ou especificação da arma, isto devido a legislação da época não tipificar estas condutas. Com a Lei nº 10.826/03, a conduta de portar arma de fogo de uso permitido, acessórios ou munição, constante no artigo 14 (revogando o artigo 19 da Lei das Contravenções Penais), prevê pena de 02 à 04 anos de reclusão e multa,ou seja, o legislador apenou com maior severidade este crime. E neste contexto, vamos traçar algumas considerações sobre o Decreto que regulamentou a Lei nº 10.826/03, em especial, no que se refere as Guardas Municipais. Decreto nº 5.123/04, de 01/07/04. Em síntese o artigo 40 diz: O Ministério da Justiça poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança dos Estados ou Prefeituras para:

I- Conceder autorização para funcionamento dos cursos de formação de Guardas Municipais;

II- Fixar o currículo dos cursos de formação; III- Conceder Porte de Arma de fogo; IV- Fiscalizar os cursos mencionados no inciso II e; V- Fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.

A Lei nº 9.099/95 beneficiava quem portava uma arma sem devida autorização legal, com prestação de serviço a comunidade e livrando-se do respectivo Processo Legal

A Lei nº 10.826/03 regulamentou em especial no que se refere as Guardas Municipais, junto ao Ministério da Justiça celebrando convênio com as Prefeituras quanto ao porte de armas.

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Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e II deste artigo não serão objeto de convênio. Com isto entendemos que a competência exclusiva para conceder autorização para funcionamento dos cursos de formação e; fixar o currículo dos cursos de formação, pertence ao Ministério da Justiça, porém, os demais incisos poderão ser objetos de convênio entre as partes. No entanto, a autorização para a aquisição de armas e munições para Guardas Municipais é de competência do Comando do Exército, enquanto que a fiscalização e o controle do armamento e munição pertence ao Ministério da Justiça, conforme o artigo 42. O porte de arma de fogo aos profissionais da Guarda Municipal está condicionado a comprovada realização de treinamento técnico de, no mínimo, sessenta horas para armas de repetição (revólveres) e de cem horas para armas semi-automáticas, sendo que, desta carga horária, sessenta e cinco por cento deverá ser de conteúdo prático, art.42. Hoje, no curso de formação, ministrados no CFSU, na matéria de Tiro Defensivo, supera-se em muito estas exigências. Neste mesmo artigo, no inciso 4º, veda expressamente aos integrantes das Guardas Municipais o porte de arma de fogo de calibre restrito, privativo das Forças Policiais e Forças Armadas, ou seja, as armas de calibres: 357; .40; 44; 45; 09mm ... Em seu artigo 43, estabelece que os profissionais da Guarda Municipal com porte de arma de fogo deverão ser submetidos, a cada dois anos, a teste de capacidade psicológica e sempre que se envolver em evento de disparo de arma de fogo em via pública, com ou sem vítima, deverá apresentar relatório circunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao Órgão Corregedor para justificar o motivo da utilização da arma. O porte de arma de fogo dos integrantes da Guarda Municipal, constante do parágrafo 3º do artigo 6º da Lei nº 10.826/03(Guardas da Capital dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 habitantes) fica vinculado obrigatoriamente, a existência de Órgão Corregedor autônomo para apuração de infrações disciplinares e a existência de Ouvidoria, como órgão permanente, autônomo e independente, com competência para fiscalizar, investigar as atividades desenvolvidas pelos integrantes das Guardas Municipais, artigo 44. O artigo 45, onde previa o porte de arma no âmbito da circunscrição do Município, foi revogado por força do Decreto nº 5.871, de10/08/06. Há também a Portaria nº365, de 15 de agosto de 2006, que disciplinou a autorização, pelo Departamento de Polícia Federal, de porte de arma de fogo para os integrantes das Guardas Municipais. Nesta Portaria, em seu artigo 3º, autoriza expressamente, somente o porte de arma de fogo funcional, onde, em síntese, disciplina o uso de arma de fogo da instituição, em serviço ou fora dele, nos limites territoriais de cada Estado, para as Guardas Municipais de capitais de Estados ou de Município com mais de 500.000 habitantes, ou, somente em serviço para os integrantes das Guardas Municipais dos Municípios com mais de 50.000 e menos de 500.000 habitantes, incluindo-se neste caso, os Municípios localizados em regiões metropolitanas.

Requisitos mínimos ao GCM portar arma de fogo: revólver treinamento técnico de 60 (sessenta) horas e semi-automáticas de 100(cem) horas/aula.

Autorização de porte de arma de fogo funcional em serviço ou fora dele, nos limites territoriais de cada Estado com municípios de mais de 500.000 habitantes.

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No artigo 5º, estipula que poderá ser firmado convênio entre as Superintendências Regionais da Polícia Federal e Prefeituras para: conceder Porte de Arma de Fogo; fiscalizar os cursos de formação e; fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados. Cabe ressaltar que a Guarda Civil Metropolitana já assinou este convênio, sendo inclusive publicado no Diário Oficial da Cidade em /12/06. Houve uma grande polemica em relação ao artigo 8º, onde, na íntegra consta: “os integrantes das Guardas Municipais ao portarem arma de fogo, em serviço ou fora dele, deverão sempre portar o respectivo Certificado de Registro de Arma de Fogo e a Carteira de Identidade Funcional”. Com esta redação, algumas pessoas entenderam, equivocadamente, que este artigo abrangia também o Porte de Arma de Fogo particular. Logo no artigo seguinte, esta dúvida se desfaz após uma leitura mais atenta. Artigo 9º “O Departamento de Polícia Federal poderá autorizar o porte de arma de fogo particular de calibre permitido, fora de serviço, desde que registrada no SINARM em nome do integrante das Guardas Municipais que a portar e cumprir todos os requisitos legais regulamentares”. E quais são estes requisitos? São aqueles previstos no capítulo III, artigo 10, § 1º, I, II e III da Lei nº 10.826/03. Ou seja, cumprir todos os requisitos exigidos como os demais, para a solicitação do porte de arma de fogo. Também temos que ressaltar para eventuais complicações disciplinares previstas na Lei nº 13.530/03- Regulamento Disciplinar da Guarda Civil Metropolitana, no que se refere ao artigo 18, XX: “disparar arma de fogo por descuido”. Artigo 19,IX : “usar armamento,munição ou equipamento não autorizado” e , X-“disparar arma de fogo desnecessariamente”.

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ESTATUTO DO DESARMAMENTO PRINCIPAIS DÚVIDAS

Professor José Koki Kato

A Lei Federal 10.826, de 22 dezembro de 2.003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, entrou em vigor no dia seguinte à sanção do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi publicada no Diário Oficial da União, portanto, começou a vigorar no dia 23 de dezembro de 2.003. O Decreto Presidencial 5.123, de 01 julho de 2.004, que a regulamentou, foi publicado no Diário Oficial da União no dia 02 de julho de 2.004, começando a vigorar naquela data. Qual a diferença entre Registro e Porte de Arma? (Artigos 16,23,24,25 e 26 do Decreto 5.123 de 01 de Julho de 2004). O Registro é o documento da arma que autoriza o proprietário a mantê-la em sua residência ou local de trabalho. Ele deverá conter todos os dados relativos à identificação da arma e de seu proprietário. O Porte é a autorização para o proprietário andar armado e conduzir a arma municiada. O Registro da arma é obrigatório? (Artigo 3º. da Lei 10.826/03 e Artigo 14 do Decreto 5.123/04) Que direito me dá o Registro? (Artigo 5º. Da Lei 10.826/03 e Artigo 16 do Decreto 5.123/04) Manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou dependência desta , ou ainda no seu local de trabalho, desde que seja você o titular ou responsável legal do estabelecimento ou empresa. Qual a validade do Registro? (Artigo 5º,§ 2º da Lei 10.826/03 e Artigo 16, § 2º. do Decreto 5.123/04) Três anos. Onde posso efetuar o Registro de Arma de fogo de calibres permitidos? (Artigo 3º da Lei 10.826/03 e Artigo 14 do Decreto 5.123/04). Nas delegacias da Polícia Federal e no SINARM. Consultar o site www.dpf.gov.br.

Diferença entre Registro e Porte de Arma.

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Foram estabelecidos dois sistemas de Controle de Arma de Fogo:

?? SINARM – Sistema Nacional de Armas, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, destinado ao cadastro de armas particulares.

?? SIGMA – Sistema de Gerenciamento Militar de Armas instituídas no Ministério da Defesa, no âmbito do Comando do Exército, destinado ao cadastro de armas institucionais, de armas dos integrantes das Forças Armadas.

Serão cadastrados no SIGMA As armas de fogo institucionais, de porte e portáteis, constantes de registros próprios:

- Das Forças Armadas; - Das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares; - Da Agência Brasileira de Inteligência; - Do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da

República, constante de registros próprios. Entende-se por registros próprios aqueles feitos em documentos oficiais de caráter permanente (Boletim Interno Reservado da Organização Militar do militar proprietário da arma). Registro das Armas particulares dos militares das Forças Armadas

?? As armas de fogo dos militares continuam a serem registradas em Boletim Reservado das Organizações dos Militares a que estiverem vinculadas.

?? Será emitido um Certificado de Registro de Arma de Fogo, para cada arma que o militar possuir.

?? Registro de armas com comprovação de origem lícita – o Artigo 30 da Lei 10.826, prescreve: “Os possuidores e proprietários de armas de fogo não registradas, deverão, sob pena de responsabilidade penal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar de 23 de junho de 2004 (Artigo 1º. Da Lei 10.884, de 17 de junho de 2.004), solicitar o seu registro apresentando nota fiscal de compra ou a comprovação de origem lícita da posse, pelos meios de prova em direito admitidos”.

?? Todos os Serviços de Fiscalização de Produtos Controlados Regionais (SFPC), estão instituídos e podem orientar o procedimento dos interessados.

?? Os Certificados de Registros de Armas de Fogo serão expedidos pelos Serviços de Fiscalização de Produtos Controlados Regionais e não mais pelas Organizações Militares.

Porte de Arma de Fogo por militares das Forças Armadas em serviço ativo: O praça das Forças Armadas continua tendo porte de arma de fogo autorizado por seu Comandante que fará essa publicação em Boletim Interno Reservado da Unidade.

Os Sistemas de Controle de Arma de Fogo.

Registro das armas particulares dos integrantes das FFAA.

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?? Cada arma que o militar possuir, deverá ter o correspondente “Certificado de Registro”, que é o documento hábil para comprovar a legalidade da arma.

Porte de arma de fogo por militares inativos das Forças Armadas:

?? O Porte de Arma de fogo por militar na inatividade, na reserva remunerada, ou reformado, dependerá da comprovação periódica de aptidão psicológica a ser realizado a cada três anos, na Região Militar de vinculação.

?? As normas para a comprovação da aptidão psicológica para o Porte de Arma de Fogo para militares inativos serão estabelecidas pelo Comando do Exército.

Recolhimento pela Polícia Federal, de armas adquiridas regularmente:

?? O Artigo 31 da Lei nº. 10.826 estabelece que: “Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente, poderão a qualquer tempo, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização”.

?? Os militares que desejarem, poderão entregar suas armas na Organização Militar de vinculação, mediante recibo, porém sem indenização. Para serem indenizados, deverão entregá-las à Polícia Federal.

Transferência de propriedade de armas de fogo As transferências de propriedades de armas de fogo, entre militares das Forças Armadas ou entre militares e civis deverão ser publicadas em Boletim Interno Reservado de suas Unidades e cadastradas no SIGMA ou no SINARM, conforme for o caso. Extravio de Arma de Fogo O militar que extraviar arma de fogo de sua propriedade, por perda, furto ou roubo, deverá registrar o fato na Delegacia Policial mais próxima de sua residência e remeter cópia do B.O à sua Organização Militar de vinculação. No caso de arma registrada no SINARM, deverá remeter cópia do B.O à Polícia Federal. Disparo de Arma de Fogo O militar que disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, comete crime inafiançável, com penalização estabelecida na Lei 10.826/03. Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo

O militar que possuir arma não registrada, ou portá-la sem autorização, como qualquer cidadão, comete crime inafiançável, com penalização estabelecida na Lei 10.826/03. Dúvidas ou outros esclarecimentos Para obter informações sobre Leis, Decretos e Normas sobre fiscalização de produtos controlados, em vigor, os interessados

Recolhimento pela Polícia Federal das armas de fogo.

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podem acessar a página eletrônica da DFPC (www.dfpc.eb.mil.br) ou contatar a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados por intermédio do e-mail [email protected]. Convênio facilita porte de arma para Guardas Civis Metropolitanos A medida desburocratiza a concessão de armas funcionais e agiliza o registro de armas particulares de propriedade dos GCM’s. A solenidade de celebração do convênio foi realizada na sede da Prefeitura e contou com a presença do Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Também estiveram representantes das Prefeituras de Mauá, Campinas, Praia Grande, Franco da Rocha e Guarulhos. Em agosto de 2.006, em Portaria publicada no Diário Oficial da União, a Polícia Federal autorizou o porte de armas de fogo para Guardas Municipais, inclusive fora do serviço e dos Municípios onde trabalham. Fonte de Consulta:

?? Estatuto do Desarmamento; ?? Munição Legal; ?? Apoio CBC.

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“ESTATUTO DO DESARMAMENTO – NOÇÕES”. “ESTATUTO DO DESARMAMENTO – PRINCIPAIS

DÚVIDAS”

Questões:

1. A Guarda Municipal de uma cidade de quarenta e oito mil habitantes,pode trabalhar armada? Justifique.

2. Determinada Guarda Municipal ministra aos seus alunos a matéria de Armamento e Tiro defensivo, com carga horária máxima de setenta horas.

O prefeito da cidade efetuou a compra de pistólas semi-automáticas para o efetivo da Guarda Municipal . Esta instituição poderá utilizar este armamento? Justifique.

3. Por que o porte de arma funcional, não autoriza o porte da arma particular? Justifique.

NOME: RF: IR: DATA:

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(se necessário utilize o verso)

“PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA CIDADE DE SÃO PAULO”

Inspetor Ewander Simão De Almeida

A Prefeitura de São Paulo, em ação conjunta com a Coordenadoria de Segurança Urbana e Coordenadoria das Subprefeituras, idealizaram o “Programa de Monitoramento da Cidade de São Paulo”, com o objetivo de assistir diuturnamente os locais de maior incidência de atividade de caráter delituoso, dentro do Programa de Revitalização da Cidade de São Paulo, que tem a participação de diferentes empresas nacionais e multinacionais.

No programa estão instaladas câmeras para monitoramento, que cobrem os locais que apresentam o maior índice de atividades contra a vida e ao patrimônio.

O gerenciamento do sistema é realizado por profissionais qualificados da Guarda Civil Metropolitana na central de monitoramento.

Na Cidade de São Paulo, verifica-se um grande número de pessoas que utilizam ou transitam nos logradouros que se cruzam nessa grande cidade, para se dirigirem aos seus trabalhos, escolas e a prática de lazer.

Nas vias de maiores fluxos são detectados diariamente diversos tipos de ações e omissões que são considerados violência ou crime propriamente dito, à columidade da pessoa e ao patrimônio.

Os aspectos sociais e administrativos somam-se à vida da Cidade de São Paulo, cobrando ações pública para as soluções de atividades contra vida e ao patrimônio, bem como a restauração da identidade e a valoração da região e de seus moradores.

Diante de tais atos, a Prefeitura do Município de São Paulo, através de ação conjunta da Coordenadoria de Segurança Urbana e a Coordenadoria das Subprefeituras, idealizaram o programa que possibilita a instalação de Câmeras de vídeo para monitoramento, com o objetivo de assistir os locais de maiores incidências de atividades de caráter delituoso.

As câmeras são instaladas em locais estratégicos, de maneira a que sejam monitorados os maiores números de ruas possíveis.

Programa de Monitoramento auxilia na revitalização urbanística da Cidade de São Paulo.

Os objetivos do Programa de Monitoramento através de câmeras.

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O programa atende a divisão administrativa das 31 Subprefeituras que compões a Cidade de São Paulo.

Para destacar esses locais, considerados pontos para instalação de câmeras de vídeo para monitoração, foram verificados “in loco” os logradouros que, pelo aspecto técnico da segurança, favorecem o trabalho de prevenção sobre tais atos levando em consideração dois fatores importantes, a saber:

Tipo de Monitoramento

Utilização de Recursos Humanos

Como recursos humanos, a Guarda Civil Metropolitana emprega integrantes do seu quadro de profissionais, em pontos de pronto atendimento, utilizando recursos de radiocomunicação de longo alcance, que além de favorecer no processo de exame e monitoramento da área de atuação, poderá informar em tempo real, à central de comunicação, todos os fatos, que forem considerados relevantes à ordem e à segurança dos munícipes.

Utilização de Recursos Materiais

Câmera de vídeo para monitoramento

Para a avaliação dos pontos de instalação de câmeras de vídeo para monitoramento foi realizado, primeiramente, um estudo nos tipos de eventos que são peculiares no interior da Cidade de São Paulo; de acordo com as suas características, constatou-se que o melhor tipo de câmera de vídeo para monitoramento é a Câmera Rotativa, que pode ter um alcance de visualização plenamente satisfatória, além de atender os 360º a partir do seu eixo de instalação, da sua área circunvizinha.

Com base nesse resultado técnico foi realizado um estudo de campo, onde pode ser avaliada a utilização de câmera fixa ou rotativa com transmissão óptica ou Wirelless, conforme a característica de cada logradouro, considerando;

- Tipo e altura de vegetação;

- Quantidade de vias de acessos e nível de arborização existente;

- Tipos de atividades praticadas e suas lotações;

- Tipos de eventos e espetáculos e quantidade de público.

Na Instalação

Os tipos de Monitoramento utilizando recursos materiais e humanos.

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O sistema proposto deverá considerar uma série de premissas para o melhor aproveitamento da tecnologia existente.

A instalação das câmeras deverá levar em consideração o que se segue:

- Altura compatível com o tipo de logradouro a ser monitorado;

- Nitidez de foco de até 1.000 (mil) metros;

- Difícil acesso do material instalado para evitar danos;

- Melhor foco de visão;

Central de Monitoramento

O software de integração e gerenciamento do monitoramento de imagens deverá operar em sistema Windows, propiciando um sistema de monitoramento remoto inteligente, possibilitando maior eficiência aos operadores através de representações visuais e gráficas dos locais que estarão sendo monitorados.

O software utilizado deverá possibilitar a implantação, por parte da Prefeitura Municipal de São Paulo, de um sistema de comunicação que permita em tempo real transmitir as imagens, voz e dados, através da Central de Monitoramento aos agentes em campo.

Compõem a Central de Monitoramento:

?? Console contendo dois monitores LCD de 17 polegadas;

?? Teclado mouse e joystick;

?? Servidores com capacidade de armazenar imagens por 20 dias;

?? Monitores de LCD de 42 polegadas montados com cubos que podem ser livremente alinhados e empilhados de forma modular, garantindo continuidade de imagem com perfeita junta entre estes; os cubos de retroprojeção utilizam tecnologia digital, são imunes a ruídos eletromagnéticos e utilizam tecnologia de última geração;

?? O painel de retroprojeção permite a possibilidade de múltiplas aplicações simultâneas, através da qual os processos de visualização refletem a necessária condição operacional para o ambiente, salas de vídeo conferência, controle e de operação, trazendo benefícios e vantagens anteriormente inexistentes, tais como: economia, excepcional conforto visual e enorme estabilidade operacional.

Composição da Central de Monitoramento.

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Operacionalização da Central de Monitoramento

Operador

O profissional da Guarda Civil Metropolitana trabalhando no seu console consegue gerenciar através dos monitores de 17 polegadas 12 câmeras. Ao perceber um atividade quer seja de ordem social, administrativa ou policial, envia a imagem para monitor de 42 polegadas.

- Ocorrências Sociais:

São as de âmbito puramente social.

Exemplo:

1. Desentendimento entre familiares;

2. Crianças desistidas;

3. Homem morador de rua, dormindo em via pública;

4. Crianças fazendo uso de entorpecentes.

- Ocorrências Administrativas:

São todas que envolvem competência da administração pública para solução.

Exemplo:

1. Queda de árvore;

2. Acidente de trânsito;

3. Incêndio;

4. Enchentes, etc...

- Ocorrências Policiais:

São as que resultaram em ato contra a vida e ao patrimônio.

Exemplo:

1. Homem morador de rua, enquanto dormia em via pública sua perna foi quebrada;

2. A arvore que caiu provocou um acidente de trânsito que provocou a morte do motorista e seus ocupantes.

Supervisor

Ao avaliar o tipo de ocorrência, encaminha a informação via teclado para Central de Telecomunicações para atendimento da ocorrência.

Operacionalização através da Central de Monitoramento os GCM’s trabalham diuturnamente atendendo vários tipos de ocorrências.

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Central de Telecomunicações

Na central de telecomunicações, o operador de rádio aciona a viatura que irá atender a ocorrência e acompanha todo atendimento visualizando a operação através do monitoramento, podendo com isso orientar com precisão os GCM’s, inclusive com detalhes de onde se está o produto do furto quando for o caso.

Resultados

Os resultados apresentados são valiosos, o que permitiu a redução de 15% da criminalidade nas regiões monitoradas no período inicial de oito meses desde a inauguração da Central de Monitoramento da GCM.

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“PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA CIDADE DE SÃO PAULO”

Questões:

1. Qual o principal objetivo do programa de Monitoramento da cidade de São Paulo?

a) Assistir alguns locais de menor incidências de atividades

de caráter delituoso. b) Ouvir os locais de maiores incidências de atividades de

caráter delituoso. c) Assistir os locais de maiores incidências de atividades

de caráter delituoso. d) Assistir os locais de maiores incidências de atividades

de caráter defeituosos.

2. O Programa visa atuar de maneira a: a) Corrigir atos delituosos; b) Prevenir atos antes que aconteçam; c) Prevenir e dar pronta resposta a ocorrências

visualizadas pelas câmeras; d) Ficar inerte e não fazer nada.

3. Cite quais são os itens que são levados em consideração para instalação de uma câmera.

4. Reflita nos tipos de ocorrências existentes e dê três exemplo do tipo Social.

(se necessário utilize o verso)

NOME: RF: IR: DATA: