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Revista Linha Direta educação para o trabalho OC 2014 A oitava edição da Olimpíada do Conhecimento (OC), maior com- petição de educação profissional das Américas, realizada a cada dois anos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com correalização do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), foi promovida no início do mês de setembro deste ano, em Belo Horizonte/MG. Mais de 300 mil pessoas visitaram o Expominas, local das provas. Durante quatro dias, cerca de 800 jovens profissionais, estudantes ou formados em cursos técnicos, enfrentaram desafios em 58 ocupa- ções, sendo 48 modalidades da indústria, sete do setor de serviços e três da agropecuária – todos semelhantes aos propostos pelo merca- do de trabalho. Essa foi a etapa nacional da Olimpíada. Para chegar até ela, os competidores passam pelas etapas escolar e estadual, sendo considerados os melhores de seus estados. Eles se prepara- ram durante meses para a competição, que, este ano, apresentou um nível de prova ainda mais elevado, já que a oitava edição da OC também serviu como preparação para a WorldSkills Competition, maior torneio mundial de educação profissional, que será realizado pela primeira vez no Brasil em 2015, em São Paulo/SP. Revista Linha Direta Maior torneio de educação profissional das Américas contou ainda com eventos especiais

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Revista Linha Direta

educação para o trabalho

OC 2014

A oitava edição da Olimpíada do Conhecimento (OC), maior com-petição de educação profissional das Américas, realizada a cada dois anos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

( SENAI), com correalização do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), foi promovida no início do mês de setembro deste ano, em Belo Horizonte/MG. Mais de 300 mil pessoas visitaram o Expominas, local das provas.

Durante quatro dias, cerca de 800 jovens profissionais, estudantes ou formados em cursos técnicos, enfrentaram desafios em 58 ocupa-ções, sendo 48 modalidades da indústria, sete do setor de serviços e três da agropecuária – todos semelhantes aos propostos pelo merca-do de trabalho. Essa foi a etapa nacional da Olimpíada. Para chegar até ela, os competidores passam pelas etapas escolar e estadual, sendo considerados os melhores de seus estados. Eles se prepara-ram durante meses para a competição, que, este ano, apresentou um nível de prova ainda mais elevado, já que a oitava edição da OC também serviu como preparação para a WorldSkills Competition, maior torneio mundial de educação profissional, que será realizado pela primeira vez no Brasil em 2015, em São Paulo/SP.

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Maior torneio de educação profissional das Américas contou ainda comeventos especiais

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Equipe Linha Direta

Segundo Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI, quando se dá uma oportunidade ao jovem, ele agarra com talento e dedicação. “A excelência é consequência disso”, afirma o diretor, destacando a importância da Olimpíada para a formação dos jovens para o mundo do trabalho. “O que foi realizado nos quatro dias de com-petição precisa ser levado para mais estudantes brasileiros, pois queremos que a educação profissional seja uma agenda de afir-mação para a juventude. Não queremos continuar com a geração ‘nem nem’, composta por mais de 5 milhões de jovens brasileiros que não estudam nem trabalham”, ressalta Lucchesi.

Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, destacou a importância da formação profissional para a qualidade do que é produzido no País. “Não existe um país rico e forte sem que sua indústria também seja for-te. E não existe indústria forte e competitiva sem que seus profis-sionais estejam bem qualificados”, disse. Para ele, a Olimpíada do Conhecimento é uma oportunidade para que os jovens conheçam as opções e os caminhos de sucesso oferecidos a quem envereda pela educação profissional.

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Vitoriosos

A sensação de dever cumprido tomou conta de todos os parti-cipantes durante a cerimônia de encerramento da Olimpíada do Co-nhecimento 2014. Todo o trabalho feito pelos jovens junto com seus docentes e instrutores ao longo do curso e dos treinamentos refletiu-se nos quatro dias de provas e os tor-nou vitoriosos, independentemente da conquista de uma medalha.

Nesta edição da OC, os mais bem colocados das 58 ocupações foram premiados com 71 medalhas de ouro, 61 de prata e 48 de bronze. Além dessa premiação por ocupa-ções, também receberam destaque os mais bem pontuados de cada es-tado e do Distrito Federal e o mais pontuado de todos os 800 partici-pantes, que foi homenageado com o troféu Estrela Prisioneira.

A dupla Guilherme Vale dos Santos e Lucas Rodrigues, que competiu na ocupação Robótica Móvel pelo estado de São Paulo, alcançou 575 pontos e ficou com o troféu. “A pro-va foi muito difícil. Nem todo mun-do conseguiu fazer. Esse resultado é surpreendente. É muita emoção. Ganhar medalha de ouro, melhor do estado, melhor da competição, é tudo muito bom. Esperávamos ganhar uma medalha na categoria, mas três!”, comemora Lucas.

Encerramento

Anfitrião da Olimpíada do Conhe-cimento 2014, o estado de Minas Gerais foi o que ganhou o maior número de medalhas na competi-ção – 46 –, seguido por São Paulo, com 36, Santa Catarina, com 18, Alagoas, com 13, e Paraná, com 11. Os demais estados e o Distrito Fede-ral receberam menos de dez meda-lhas. “Tínhamos grande expectativa e ela foi alcançada. Minas Gerais es-

A dupla Guilherme dos Santos e Lucas Rodrigues,de São Paulo, ganhou o troféu Estrela Prisioneira

Maurício Duarte, ganhador da única medalha de ouro do Amazonas

Caroline Melo, do Distrito Federal, ficou com o primeiro lugar em Segurança do Trabalho

José Paulo LacerdaJosé Paulo Lacerda

José Paulo Lacerda

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teve no pódio em quase todas as categorias. Agora é preparar os meninos para o Mundial”, disse a chefe de equipe do estado, Gislene Vasconcelos.

A cerimônia de encerramento foi um momento de grande emoção para os competidores, treinadores e chefes de equipe de todas as delegações. Não faltavam gritos de guerra e bandeiras dos estados na plateia. A emocionan-te festa, que aconteceu na Arena Vivo, foi comandada pela atriz Daniele Suzuki e pelo rapper Gabriel, o Pensador e o show de encerramento foi do grupo Jota Quest.

Tecnologias de Manufatura e Engenharias, maior área de competição do evento, com 18 ocupações, foi a primeira a conhecer seus vencedores. Ra-phael Gomes Dias, da cidade de Bauru/SP, levou o primeiro ouro do evento, em Polimecânica. “É indescritível a emoção que sinto neste momento. Vol-ta tudo à mente, desde a decisão de fazer o curso, os desafios, o esforço para superar meus próprios limites. Agora eu quero é comemorar muito para, depois, começar a me preparar para a WorldSkills. Hoje, mais do que nunca, tive a certeza de que os sonhos da gente não devem ter limites.”

Em Desenho Mecânico, quem ficou com o primeiro lugar foi Iago de Souza, competidor do estado de Santa Catarina. Desde fevereiro de 2013, quando foi selecionado na etapa estadual, ele estabeleceu a meta de se preparar não apenas para a OC 2014, mas também para a WorldSkills. “Considerei a participação no evento internacional como uma oportunidade que eu não poderia perder. Assim, sabia que a dedicação e as exigências seriam muito maiores. O foco me ajudou a não desanimar e, hoje, com essa medalha, estou experimentando a maravilhosa sensação do dever cumprido.”

Da equipe de Minas Gerais, o competidor Evandro Gomes Lima recebeu medalha de ouro pelo desempenho em Eletrônica Industrial. A ansiedade e a prova, que considerou puxada, não foram empecilho para a sua per-formance. Além de seu esforço e conhecimento, ele atribui a conquista à dedicação dos docentes. “A emoção é grande demais. Agora, minha missão é honrar essa braçadeira de Top One e representar o País da melhor forma que eu puder”, afirma.

Maurício Duarte foi o ganhador da única medalha de ouro do Amazonas, na modalidade Vitrinismo. Estava entre os mais emocionados. Mal conseguiu chegar ao palco, parou e se ajoelhou, em prantos, antes de alcançar o pó-dio. “Quando finalizei o projeto, olhei a minha vitrine e vi que ela estava linda. Disse para mim mesmo que a medalha seria minha”, conta.

“Vou treinar muito para representar o meu estado no mundial”, disse Luiz Gustavo Brant, de Minas Gerais, que foi o primeiro colocado na ocupação Confeitaria. Já o vencedor da ocupação Panificação, Lucas Santos, de Ala-goas, também promete se empenhar para vencer na WorldSkills. “É uma felicidade muito grande ter a chance de mostrar o meu talento no torneio internacional”, disse ele.

Lucas Antônio Rodrigues, representante de Minas Gerais, agradece aos do-centes por todo o apoio para que ele conquistasse a medalha dourada. “En-trei no SENAI em 2012, e desde então meu treinamento tem sido para isso. Hoje alcancei meu objetivo”, lembra o campeão em Eletricidade Industrial.

As mulheres

Muitas jovens que venceram bar-reiras em algumas ocupações dis-putadas, em sua maioria, por ho-mens, comemoram o desempenho em Belo Horizonte. Caroline Melo, do Distrito Federal, ficou com o primeiro lugar em Segurança do Trabalho. “Não há como explicar, eu me preparei muito para che-gar até aqui e mostrar do que sou capaz. Foi bem difícil a competi-ção, a disputa foi acirrada, mas a emoção e a felicidade de levar o ouro são enormes.” Medalhista em Metrologia Dimensional e repre-sentante de Minas Gerais, Beatriz Cavalcante fala da dificuldade em descrever a sensação da vitória. “Só quem sente na pele sabe o que representa ser campeã na Olimpía-da do Conhecimento.”

A alagoana Wanessa de Brito Fer-reira ficou com o lugar mais alto do pódio em Tecnologia de Mídia Impressa. Para ela, o sucesso veio com muita concentração na hora da prova e treinamento pesado nos meses anteriores. “A conquista foi maravilhosa, treinei muito para isso. Foram sábados, domingos e feriados sem descanso, e agora veio a recompensa”, afirma.

Dedicação que também fez a com-petidora Thayná Silva Martins, de São Paulo, conquistar a medalha de ouro em Sistema de Transporte da Informação. Hoje ela faz o curso de Rede de Computadores na capital paulista e escolheu o SENAI porque sempre teve ótimas referências da instituição. Em sua primeira Olim-píada, Thayná disse que a vitória foi conquistada com muito suor e treinamento: “E não foi um mérito só meu, mas também de meu trei-nador e de toda a equipe que me ajudou. Foi uma Olimpíada muito disputada, difícil, mas agora pas-sou e vou focar a WorldSkills.”

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O torneioNa Olimpíada do Conhecimento, as tarefas foram divididas em mó-dulos, para serem executadas durante os quatro dias da competição. Cada ocupação conta com equipes de avaliadores compostas por um delegado técnico, que é responsável pela ocupação e faz a gestão do processo e o acompanhamento das provas; um avaliador-líder, que faz toda a gestão nas avaliações das provas e a validação do processo; e um avaliador-adjunto, que é o suporte do líder. Cada competidor tem o direito de ter o seu avaliador, que é escolhido pelo Departamento Regional e pode ser uma pessoa que já esteja acompanhando o aluno desde a sua preparação. Além disso, há um chefe de equipe, que cui-da de toda a delegação do estado, dando suporte em todas as neces-sidades dos competidores.

De acordo com o diretor técnico da Olimpíada do Conhecimento, Luiz Leão, o modelo de competição permite que cada capacidade do com-petidor seja identificada. “Os sistemas de avaliação permitem, além da totalização dos pontos, a estratificação disso. Mesmo que o aluno tire uma nota alta, você pode mostrar para ele alguma capacidade que seja necessário desenvolver mais.”

O resultado da excelência dos cursos, segundo o diretor técnico, é a for-mação de profissionais que cheguem a soluções rápidas e com qualida-de. “O mercado cobra muito esse perfil, é uma condição vital para que um competidor almeje um grande resultado na Olimpíada do Conheci-mento: encontrar a alternativa de maneira ágil, mas com qualidade”, detalha Leão. “A empresa busca aquilo que o SENAI tem de melhor, que é o profissional capaz de fazer a tarefa que lhe foi passada”, completa.

Superação

Um ponto de destaque da Olimpíada do Conhecimento é mostrar como a educação profissional inclusiva do SENAI dá oportunidades para as Pessoas com Deficiência (PcDs) atuarem no mercado. O desempenho delas na competição foi bem avaliado pelos docentes, e o que fica para os competidores é a sensação de mais uma etapa vencida.

Estar na equipe classificada para a etapa nacional torna os participan-tes dessa categoria ainda mais especiais. Competidores com Síndro-me de Down, por exemplo, mostraram que é possível se capacitar e desenvolver habilidades técnicas para serem inseridos no mercado de trabalho e deram um show na área de Panificação. Regina Célia, mãe de Victor Tussi, de São Paulo, que competiu na modalidade, reforça a importância da Olimpíada para mostrar o potencial que os alunos es-peciais têm. “Cada um, mesmo com suas limitações, tem condição de aprender. É muito legal e muito gratificante ver isso se concretizar.”

As limitações impostas pela cegueira não impediram o avaliador Heider Pinheiro, da ocupação Tecnologia da Informação para pes-soas com deficiência visual, de realizar seu sonho. Ele ingressou no SENAI do Maranhão um ano depois que perdeu totalmente a visão,

Aplicação de Revestimentos Cerâmicos, área de Construção e Edificações

Vitrinismo, área de Moda e Criatividade

Sistema de Transporte da Informação, área de Tecnologias da Informação e Comunicação

Soldagem, área de Tecnologias de Manufatura e Engenharias

Mecânica de Automóveis, área de Transporte e Logística

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devido a um glaucoma. Heider é o único avaliador com defici-ência visual da OC 2014, e sua área tem 15 competidores com a mesma limitação. Para que os alunos e o próprio avaliador pos-sam desempenhar suas funções, é necessário um programa cha-mado leitor de tela, instalado na placa de som do computador, que converte as informações es-critas em áudio.

Em Costura para pessoas com deficiência auditiva, os dias de provas foram um marco para os competidores. “Este ano, a ocupação teve uma evolução tecnológica muito grande, com-parada à última edição. Isso ajuda muito os competidores no processo de execução das pro-vas”, afirma Alfredo de Lima, avaliador da ocupação.

Na categoria Mecânica de Auto-móveis para cadeirantes, não foi diferente. Para o avaliador-líder Francisco Márcio Silva, o desem-penho dos competidores foi muito bom ao longo de toda a semana. “Eles têm realizado tarefas de mecânica e elétrica e interagido com equipamentos de diagnósti-cos, o que tem sido muito provei-toso”, afirma.

Luciano Silva, da Paraíba, com-petidor em Mecânica de Auto-móveis para cadeirantes, espera ir além do que aprendeu, aper-feiçoando-se ainda mais na área. Ele fala da sua gratidão ao SENAI pela oportunidade de estar fa-zendo parte da Olimpíada. “De-pois da minha família, o SENAI é a minha vida, porque tudo que eu sou hoje agradeço à instituição, que me preparou para estar aqui. Acolheu-me em todos os sentidos e sempre está preocupada comi-go. É inexplicável o que tem feito por mim”, encerra.

Heider Pinheiro, deficiente visual, avaliador da ocupação Tecnologia da Informação (PcDs)

Competidora da ocupação Costura (PcDs)

Competidor de Mecânica de Automóveis (PcDs)

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Lágrimas, gritos e uma explosão de alegria. Foi assim que a equi-pe Legosos e Furiosos recebeu o resultado final do Festival Interna-cional de Robótica FLL. O time de estudantes do SESI de Uberlândia/MG desbancou outras 22 equipes que participaram da competição, formadas por 210 estudantes do Brasil, do Canadá, da Austrália, da Estônia, dos Estados Unidos e do Chile. A disputa foi realizada em paralelo à Olimpíada do Conheci-mento 2014.

Para a estudante Giovanna Sa-raiva, de 14 anos, integrante da equipe campeã, a conquista é resultado de um esforço coletivo. “Esse troféu representa tudo que a gente queria, porque nós traba-lhamos muito para isso. Vencer é a melhor coisa do mundo”, disse. Outro time mineiro, a equipe TILT, da Escola Estadual Senador Bueno de Paiva, ficou com o segundo lu-gar, e o time Techoe, de Aracaju/SE, completou o pódio. De acordo com o gerente executivo de Edu-cação e Cultura do SESI, Henrique Santos, o evento cumpriu a missão de ajudar na educação dos partici-pantes. “Robótica é isso. É brincar e aprender, mas é principalmen-te aprender matemática, física e tecnologia, como esses meninos e meninas fizeram aqui”, afirmou.

No Brasil, o SESI é o organizador oficial da competição. O torneio é realizado em parceria com o Grupo LEGO (Dinamarca) e a organização americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology).

Eventos especiaisAlém da competição de educação profissional, temas das áreas de pes-quisa, serviços tecnológicos e inovação foram abordados em seminários, debates, mostras e outros eventos especiais que aconteceram paralela-mente à Olimpíada do Conhecimento. Confira como foram essas atrações que são sempre sucesso de público.

A equipe Legosos e Furiosos, doSESI de Uberlândia/MG, foi a campeã

FESTIVAL INTERNACIONAL DE ROBÓTICA FLL

Participação

Torneio encerrado, mas o aprendizado segue para a vida toda. Essa é a visão da equipe Avalon, do SESI de Cachoeiro de Itapemirim/ES. Para os capixabas, a participação é também uma excelente prepara-ção para o mercado de trabalho e uma experiência de vida.

Aos 13 anos, a estudante paulista de São Caetano do Sul Mirella Ches-sa é idealista. “Muitos dizem que a tecnologia vai substituir o homem, mas não é bem assim. Nas competições de robótica a gente percebe que a tecnologia pode ajudar a humanidade”, analisa. Ela é uma das integrantes da equipe AC/DC/EG, que participou do Festival.

Há três anos, o estudante canadense Scott Hooper, de 14 anos, entrou para o time de robótica Lego da Vincis. A partir daí, a robótica virou um vício. “Gosto de projetar, dar comandos para os robôs e ver as máquinas executando exatamente o que eu decidi. É fantástica essa interação entre homem e máquina”, comenta.

Para a estudante austríaca Marina Silibar, de 13 anos, a robótica foi um aprendizado extracurricular. Aulas especiais depois da grade nor-mal de disciplinas revelaram à adolescente o fantástico mundo da programação e o desafio dos robôs. Hoje, Marina faz parte da equipe SAP Robots e tem planos de ser professora, quem sabe de desenho ou matemática. Para quem tem medo da robótica, Marina deixa um recado: “É um tema muito extenso, com muitas possibilidades, mas qualquer um pode aprender.”

Liliane Pelegrini

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A cerimônia de premiação da mostra Inova SENAI, que levou para o evento 50 inovadores projetos desenvolvidos por alunos e docentes, selecionados entre 240 inscritos de todas as regiões do País, foi um momento de muita euforia. O público vibrava com os anúncios dos vencedores de cada categoria, e os ganhadores ficaram bastante emocionados.

Antes da entrega dos prêmios, o evento contou com a participação de Bel Pesce, autora do livro A menina do vale. Ela falou sobre em-preendedorismo e entusiasmou a plateia, composta por competido-res, docentes, alunos e potenciais investidores.

A mostra

Os 50 projetos que participaram do Inova SENAI foram divididos em cinco categorias e avaliados por especialistas. Além disso, também foram submetidos a votação popular durante a OC 2014, indepen-dentemente da categoria de origem. De acordo com o coordenador do Inova e especialista em desenvolvimento industrial do SENAI, Maurício Ballarine, o balanço foi amplamente positivo. “Tivemos uma visitação intensa por parte do público e um retorno positivo de potenciais interessados em produzir alguns projetos”, afirma.

Confira a relação completa dos vencedores do Inova SENAI:

VOTO POPULAR:1º lugar: Tomada Magnética Antiacidente Plug and PlayEquipe: Vinicius Nascimento, Anderson Bruno Xavier e Eduardo Felipe d’CastroDiretório Regional: Paraíba2º lugar: Palmilha Clean EnergyEquipe: Antonio José Junior, Rafael Leme e Lucas dos SantosDiretório Regional: São Paulo3º lugar: Automação Residencial para as Classes C e DEquipe: Anderson de Oliveira, Rafael Pereira, Amanda Fernandes e Daniel Pedro XavierDiretório Regional: São Paulo

TECNOLOGIAS INCLUSIVAS:1º lugar: Dispositivo para Transpor ObstáculosEquipe: Eliseu de Souza, Roberto Junior, Milena Pereira e Bianca de OliveiraDiretório Regional: Paraná2º lugar: Inclusion – Cadeira Odontológica para CadeirantesEquipe: Milton Antonio Scarpelin, José Augusto de Almeida, Filipe da Silva e Giovane CollettiDiretório Regional: São Paulo3º lugar: Estante para PcDsEquipe: Murilo Siqueira, Lucas Fabricio, Henrique Yonamine e Arthur DiasDiretório Regional: São Paulo

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS1º lugar: Ambiente Virtual para Injeção de Produtos PlásticosEquipe: Jocelito Torres, Cristian Rosa e Rodrigo Fabiano dos SantosDiretório Regional: Rio Grande do Sul2º lugar: Torno Mecânico VirtualEquipe: Felippe Sandrini, Kristian Tenfen, Deny Trevisan e Phillipe VieiraDiretório Regional: Santa Catarina3º lugar: Maquete de Alto Forno: Ferramenta para Auxílio no Processo de Ensino-aprendizagemEquipe: Nivio Antônio Aureliano, Lourisvan da Conceição, Hélio Carlos Ribeiro e Valéria LimaDiretório Regional: Maranhão

TECNOLOGIAS INDUSTRIAIS – PROCESSO1º lugar: FertiSoloEquipe: Rosaura Piccoli e Joselane da SilvaDiretório Regional: Santa Catarina2º lugar: Sistema Digital de Eficiência EnergéticaEquipe: Tarso da Silva, Daniel Saran, Renato Pedro Bolsoni e Geraldo JuniorDiretório Regional: São Paulo3º lugar: Print TestEquipe: Abel Mendes, Bruno Beverari, Leticia Braga e Marlene Dely CruzDiretório Regional: São Paulo

TECNOLOGIAS INDUSTRIAIS – PRODUTO1º lugar: Fralda Hospitalar para Prematuros ExtremosEquipe: Lia Costa, Marcia Regina Boiko e Natália ToledoDiretório Regional: São Paulo2º lugar: Placa MDL – Gerada a Partir de Resíduo do Processamento de CouroEquipe: Janete Schneider, Juliana Lopes e Rafael MottaDiretório Regional: Rio Grande do Sul3º lugar: Ecoplaca Placas EcológicasEquipe: Keneth Philipy Carvalho, Wesley Muniz e Kassya SilvaDiretório Regional: Maranhão

Visita a área do Inova SENAI

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Equipe do projeto Fralda Hospitalar para Prematuros Extremos, ganhadora da categoria Tecnologias Industriais – Produto

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SENAI e SESI promoveram um evento especial para docentes durante a OC 2014: o Fórum de Educação para o Mundo do Trabalho, com o tema Co-nexões entre a teoria e a prática: do fazer docente à excelência olímpica. O objetivo do Fórum era identificar contribuições da Olimpíada do Co-nhecimento para o aperfeiçoamento da prática docente; reconhecer as relações entre a teoria e a prática na execução das provas realizadas na competição; identificar as principais inovações tecnológicas desenvolvi-das pelo SENAI e as possibilidades de sua utilização no cotidiano da prática pedagógica; e perceber a Olimpíada como uma oportunidade para o de-senvolvimento do potencial criativo e da inovação.

O evento contou com as palestras de Vasco Moretto, Luiz Carlos Menezes e Gil Giardelli, bem como com mesas de debates e visitação à Olimpíada. Mais de 400 pessoas participaram do Fórum, entre docentes de SENAI, SESI e Institutos Federais.

O SENAI busca sempre valorizar seus docentes e levar até eles a inova-ção, que é seu grande diferencial, promovendo eventos como o Fórum, ambientado na Olimpíada. Através de ações como essas, os docentes articulam teoria e prática, acompa-nhando as demandas da indústria e do mercado e oferecendo sempre ensino atualizado e de qualidade aos seus alunos.

“Nós já estamos alinhando a nossa etapa estadual da Olimpíada do Co-nhecimento do ano que vem e tam-bém iremos fazer um fórum de edu-cação e de tecnologias”, conta Marcos Antônio Costa, gerente de Educação do SENAI do Mato Grosso do Sul, que pretende replicar as ideias em seu Departamento Regional.

A relevância de eventos voltados para os docentes foi destacada por Marcos Antônio, que considera o Fó-

Vasco Moretto

Luiz Carlos Menezes

Gil Giardelli

FÓRUM DE EDUCAÇÃO PARA O MUNDO DO TRABALHO

rum oportuno e necessário, pois os docentes conseguem ver a prática sendo aplicada na competição e também discutir a teoria vinculada a ela. “É im-portante porque tem a visão do Departamento Nacional em relação à me-todologia, ao que é preparado, montado e executado no SENAI. Conversei com alguns docentes e eles me disseram que o evento foi excelente, todos eles gostaram muito de ter participado”, comenta.

Para Hedertone Almeida, docente de informática do SENAI Bahia, as pales-tras apresentadas no Fórum são motivadoras para a aplicação de ciência e tecnologia dentro da sala de aula. “Aluno que tem essa junção de conheci-mentos com certeza desponta no mercado de trabalho”, conclui.

Leandro BifanoLeandro Bifano

Leandro Bifano

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Equipe do laboratório aberto, um dos destaques da Indústria do Futuro

Educação

Tecnologia

Inovação

Educação, tecnologia e inovação foram os temas da Indústria do Futuro, exposição que integrou os eventos especiais da Olimpíada do Conheci-mento. Um dos objetivos da iniciativa foi demonstrar que, ao escolher o SENAI, um ambiente de tecnologia educacional avançada, os estudantes aprendem metodologias de desenvolvimento de produto para formular soluções criativas e inovadoras que podem ser aplicadas na indústria do presente e do futuro.

A exposição conduzia os visitantes em um passeio pelas formações ofere-cidas aos profissionais, tanto para trabalhar na produção industrial como para criar novas soluções e produtos que serão colocados no mercado pela indústria. O tour incluía os cursos de educação a distância do SENAI e seus métodos de estudo; as novas tecnologias educacionais, como o mobile learning e a realidade aumentada, já em uso na instituição; e os simuladores do setor de petróleo e gás e logística portuária, capazes de levar o jovem para situações reais do mercado.

Na sequência, duas novas salas se abriam. Na primeira havia vários pro-tótipos também desenvolvidos pelos jovens. Um deles, chamado Snack Robot, permite o acesso a áreas muito restritas, de difícil luminosidade, como o motor de um carro ou a turbina de um avião. O projeto usa a biomecânica, ou seja, apropria-se das características de um animal para amenizar problemas ergonômicos e aumentar a produtividade. A outra sala era o laboratório aberto, local onde alunos e profissionais do SENAI, de diferentes áreas do conhecimento, tentaram resolver desafios propos-tos por grandes corporações brasileiras. Em dois dias, eles trabalharam em grupos, colheram informações e desenvolveram ideias, em tempo real, com a prototipagem virtual, em equipamentos de ponta.

Felipe Morgado, gerente executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI, diz que, na prática, a instituição quer que o aluno tenha par-ticipação direta com tecnologias e métodos de ensino mais abrangentes e que, assim, possa estar mais preparado para o mundo do trabalho. “Ao final da formação do nosso aluno, o que a gente objetiva é colocá-lo em contato com o empreendedorismo ou com oportunidades em corpora-ções”, conclui.

INDÚSTRIA DO FUTUROA

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Nove estilistas, ex-alunos do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI CETIQT), apresenta-ram peças de suas minicoleções na noite do dia 4 de setembro, em Belo Horizonte/MG. O desfile fez parte do Brasil Fashion, evento especial voltado para os setores têxtil e de vestuário dentro da programação da Olimpíada do Conhecimento 2014.

Na passarela, as mais reconhecidas top models brasileiras apareceram vestidas com criações surpreenden-tes e arrancaram aplausos de uma plateia formada por jornalistas de moda, estilistas e empresários do setor. “Estamos mostrando para todo o Brasil e para o mundo que o SENAI forma grandes profissionais de moda, que já saem preparados para o mercado de trabalho”, afir-mou Andrea Bisker, representante no Brasil da WGSN, empresa líder mundial em pesquisas de tendências de moda. Andrea faz parte do time de coaches que orientou os alunos, composto por estilistas renomados, como Ronaldo Fraga, Alexandre Herchcovitch, Karla Girotto, Lino Villaventura e o consultor de moda Jackson Araujo.

Segundo Ronaldo Fraga, uma das maiores vantagens de um evento como o Brasil Fashion é aproximar a escola da realidade. “Durante o pro-cesso, eles puderam viver um pouco do que passamos no nosso dia a dia e sentir como é lidar com a pressão para criar uma coleção”, disse. Para o estilista mineiro, o evento inovou ao colocar em um mesmo ambiente profissionais estreantes e veteranos.

Os nove ex-alunos participantes fo-ram previamente selecionados pelo SENAI CETIQT. São eles: Ana Carla Luz (CE), Caio Nascimbene (MG), Carola Santini (MG), Danilo Araújo (MG), Gustavo Carvalho (RJ), Isa-dora Guercovich (SC), Jorge Feitosa (PE), Thiago Schynider (RJ) e Victor Kayser (RS).

Na passarela, as mais reconhecidas top models brasileiras

Ex-alunos do SENAI CETIQT apresentaram minicoleções no Brasil Fashion

As criações surpreendentes arrancaram aplausos de jornalistas de moda, estilistas e empresários do setor

BRASIL FASHIONLiliane Pelegrini

José Paulo LacerdaJosé Paulo Lacerda

abrileducacao.com.br [email protected] (11) 4383-8211 (11) 4383-8351

IDEB COMPROVA: A EDuCAçãODOs MunICíPIOs fICA CADA VEzMElhOR COM A ABRIl EDuCAçãO.

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Ensino Fundamental 1 (EF1) Ensino Fundamental 2 (EF2)

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Onde tem Abril Educação, o ensino é acima da média Brasil.

das escolas parceiras no Ensino Fundamental 1 estão acima da média brasileira. das escolas parceiras no Ensino Fundamental 2 estão acima da média brasileira.

Abril Educação tem médias iguais no Ensino Fundamental 1 e maiores no Ensino Fundamental 2, em comparação a Minas Gerais, o estado mais bem colocado.

Itápolis, que adota sistema de ensino Abril Educação, obteve o 3º melhor resultado do brasil no Ensino Fundamental 2, com média de 6,6.

Obrigado a todos os nossos parceiros, que confiaram nas soluções educacionais da Abril Educação.

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Parabéns, gestores, professores, alunos e pais.

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