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Educação Ambiental na Escola FREITAS, Selmara Bronoski1

CHRISTO, Susete Wambier2

Resumo

O trabalho dentro do Tema Educação Ambiental foi desenvolvido a partir da problemática observada no ambiente escolar como a mistura do material orgânico da cozinha às embalagens, desperdício de energia elétrica, água e papel, falta de cuidado com os livros didáticos e prédio público. O público alvo, alunos da 1ª série do Ensino Médio. O principal objetivo é contribuir para a conscientização e sensibilização da comunidade escolar, principalmente dos educandos, sobre as atitudes dos mesmos em relação às questões socioambientais em sua comunidade e na escola. Foram utilizadas metodologias didáticas diferenciadas como saídas de campo com entrevistas, vídeos de documentários, questionamentos, criação de banner, fórum e a criação de uma cartilha socioambiental. As entrevistas foram realizadas em vários setores públicos e privadas como: SANEPAR (serviço de saneamento básico do Paraná), SEMA (Secretaria de Meio Ambiente), Cooperativa ou Associação de Catadores de Lixo Reciclável de Ponta Grossa, Parque Estadual do Guartelá (parque ecológico), Catadora de lixo reciclável, Ponto de entrega voluntária (Supermercado), ONG (grupo fauna) e Indústria de reciclagem.Palavras – chaves: Meio Ambiente Sensibilização Mudança de atitude

Abstract:The work within the theme Environmental Education was developed from the problem observed in the school environment as a mixture of organic material from the kitchen to packaging, waste electricity, water and paper, lack of care for the textbooks and public buildings and the lack of respect for colleagues. The target audience, students from first grade of High School Block, the main objective is to contribute to awareness of the school community and at some point, even touch their sensibility, especially the teachers' attitudes about the environmental issues in their community and school. Differentiated teaching methodologies were used as field trips to interviews, seen documentaries, questioning, banner creation, forum and the creation of social and environmental booklet. The interviews were conducted at many public and private sectors as SANEPAR (basic sanitation of Paraná), EMS (Environmental Secretariat), Cooperative of Collectors of Recyclable from Ponta Grossa, State Park Guartelá (ecological park), grooming recyclable waste, point of voluntary surrender (Supermarket), NGOs (group fauna) and recycling industry. The goal is to recognize that different sectors of the cities should be involved in environmental issues as well as all citizens.Key-words:Environment Awareness Change of attitude

Introdução O tema proposto (Ecologia) está intimamente relacionado às questões

ambientais, sendo um problema mundial as discussões acerca destes são de

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

relevante importância.

Há um descuido e um descaso na salvaguarda de nossa casa comum, o planeta Terra. Solos são envenenados, ares são contaminados, águas são poluídas, florestas são dizimadas, espécies de seres vivos são exterminadas; um manto de injustiça e de violência pesa sobre dois terços da humanidade. Um princípio de autodestruição está em ação, capaz de liquidar o sutil equilíbrio físico-químico e ecológico do planeta e devastar a biosfera, pondo assim em risco a continuidade do experimento da espécie homo sapiens (BOFF, 1999, p. 20 ).

As preocupações mundiais vêm aumentando nos últimos anos em

relação às questões ambientais, porém o que se tem feito para diminuir os

problemas ainda é insuficiente. Apesar de o país estar se destacando na área

ambiental frente a outros países da América Latina, ainda são no Brasil que

ocorrem os maiores desastres ecológicos, atribuídos a indústria (BRAGA,

2002). A escola pode contribuir para conscientizar a comunidade a respeito

dos problemas ambientais que ocorrem tanto na região onde está inserida

como no Brasil. Para Saviani, o eixo da proposta pedagógica é a apropriação

dos saberes cultural (ideias, conceito, valores, símbolos, habilidades, hábitos,

procedimentos e atitudes), a partir desses conhecimentos o indivíduo tem

condições de ser crítico e capaz de interferir de maneira significativa no seu

meio. Gramsci defende uma educação na qual o espaço de conhecimento, na

escola, deveria equivaler à ideia de atelier - biblioteca - oficina em favor de

uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica. Sensibilizar e

conscientizar o ser humano sobre as questões socioambientais não é tarefa

fácil, pois em experiências em sala de aula a mais de 20 anos foram

comprovadas através dos resultados obtidos, as atividades em Educação

Ambiental na escola ocorrem em curtos períodos, e quando ocorrem! Porem

depende de um planejamento, persistência e de normas que garantam o

cumprimento de ações positivas permanentes.

De acordo com o artigo sobre Meio Ambiente de Tania Regina no Portal

Dia a Dia Educação, em 1996, o Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA), definiu a “Educação Ambiental como um processo de formação e

informação, orientada para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as

questões ambientais e práticas que levem á participação das comunidades na

preservação do equilíbrio ambiental”. Então, para envolvermos a comunidade,

devemos partir dos educandos na escola que levarão as experiências para

suas famílias, como por exemplo, a forma correta de separar o lixo doméstico,

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

o uso racional da água e o consumo adequado de outros bens de necessidades

individuais.

As questões de depredação ambiental são de ordem política, cultural e

econômica e a escola é o ambiente mais próximo onde o jovem pode aprender

sobre estas questões e exercer a sua cidadania, desenvolvendo habilidades,

competências e responsabilidades que contribuam para a criação de um

“ambiente sustentável”.

Débora Albuquerque (2010), coordenadora do programa de capacitação

de gestores municipais e assessora técnica da Secretaria Estadual de Meio

Ambiente e Recursos Hídricos afirma que “educação ambiental não fica

centrada numa única disciplina, nem restrita a datas comemorativas deve ser

trabalhada em todas as áreas do conhecimento”. Dentro desta proposta é

importante que a maioria dos professores, alunos e funcionários se envolvam

em questões ambientais na escola, e que as ações se fortifiquem ao longo do

ano letivo.

A Educação é um importante caminho para salvar a diversidade de

formas de vida na Terra, pois pode conscientizar o homem de que suas

atitudes produzem impactos ambientais. Para dar como exemplo o grande

problema, a escassez de água, dois terços da população mundial sofrerá com

esse problema, isso em razão da poluição dos mananciais, fontes e nascentes.

“Todo povo que atinge certo grau de desenvolvimento sente-se

naturalmente inclinado à educação” (Werner Jaerger, 1994). Educar é dar

condições para que o homem se torne um cidadão justo, solidário e capaz de

decidir por si e pela coletividade. A sociedade do século XXI carece dos valores

deixados pela educação inadequada, a falta dos valores facilita as ambições

individuais e a falta de caráter, principais motivo da degradação ao meio

ambiente. É importante discutir sobre as questões socioambientais para atingir

os objetivos de sustentabilidade, porem apenas discussões não trazem

resultados satisfatórios, são necessárias leis ambientais que regulamentem as

ações tanto de empresas como da sociedade, todos os cidadãos devem ser

responsabilizados por atitudes que tragam impactos negativos ao meio

ambiente.

Este artigo é a síntese do trabalho no Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE onde foi destacada a problemática

socioambiental vista de grande importância para a sociedade educacional,

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

pois a escola é uma entidade que está em constante aprimoramento e

depende de profissionais da educação melhor capacitados diante da

urgência que estas questões exigem.

Fig.- 1 Socialização dos professores com seus projetos – PDE 2010 - local prédio Integrar –

PDE no Campus da UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Referencial teórico

A Educação Ambiental no Brasil só ganha projeção social e

reconhecimento público na década de noventa, porém já se encontrava

oficialmente na Constituição Federal de 1988, Capítulo VI, sobre meio

ambiente, no seu artigo 225, parágrafo 1º, inciso VI, compete ao poder

público “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a

conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.

Nos anos setenta e oitenta, foi recorrente sua simplificação a

medidas educacionais voltadas para a conservação dos recursos naturais e

a mudanças no comportamento dos indivíduos, o chamado ser

“ecologicamente correto”; por sua vez, nos sistemas educacionais a

Educação Ambiental passou a fazer parte da disciplina das Ciências

Ecológicas. Estas questões foram coerentes com os princípios da Educação

Ambiental nos anos noventa. Os eventos a serem destacados foram os

seguintes: Programa Nacional de Educação Ambiental, 1994; Parâmetros

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Curriculares Nacionais, 1996; Conferência Nacional de Educação Ambiental,

1997; Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental (Loureiro,

2000b).

A política educacional brasileira ao propor a reformulação dos

currículos através dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN considera

a educação ambiental como parte dos Temas transversais, mostrando a

importância da educação para o equilíbrio do Meio Ambiente e a qualidade

de vida.

De onde se retirava uma árvore, agora retiram centenas, onde moravam algumas famílias, {...} agora moram milhões, exigindo imensos mananciais e gerando milhares de toneladas de lixo por dia {...}. Sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. E a riqueza gerada num modelo econômico que propicia a concentração de renda, não impede o crescimento da miséria e da fome (BRASIL, 1997 p.19-20).

Penteado (2000) afirma que, a escola formadora, precisa contar com

recursos didáticos adequados promovendo situações de participação social

orientadas, em que os alunos e professores possam junto exercer e

desenvolver a sua cidadania. A intenção deste trabalho na escola é orientar

a comunidade escolar para que haja uma maior interação e preocupação

pelos problemas enfrentados de ordem social econômica e ambiental.

Para Boff (1996). “Os bens da terra são patrimônio de todos os seres

humanos e seu uso tem que obedecer às regras de respeito e solidariedade

para com o restante da humanidade e para com as gerações futuras”.

Consumo e sustentabilidade

Para Maluh Barciotte (2006), “sustentabilidade é a capacidade de a

sociedade satisfazer as necessidades humanas no presente e no futuro sem

destruir o único meio de produção e obtenção de recursos: a capacidade da

natureza em criar, regenerar e absorver os resíduos”. A autora fala do

princípio denominado de overshoot, significa explorar além dos limites, ou

seja, explorar e consumir sem planejamento e dessa forma esgotar os

recursos naturais do Planeta, assim como provocar a sua degradação.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Estudos indicam que a pegada humana (tamanho da área necessária para

dar conta da exploração, consumo e descarte originado de cada ser

humano) na década de 80 atingiu a capacidade integral do planeta, ou seja,

seria necessário um planeta para dar conta de toda exploração, descarte e

poluição de interferência humana. A pegada ecológica deve ser menor que a

porção da superfície ecologicamente produtiva. A população humana tende

a aumentar e consequentemente a pegada ecológica global.

Devemos entender que a mudança de comportamento é

fundamental em relação ao consumismo e ações predatórias com o meio

ambiente, como nossa comunidade, escola e outros ambientes que

frequentamos. Só temos um Planeta, que está sendo explorado e poluído

exacerbadamente, as decisões e ações positivas para o enfrentamento dos

problemas ambientais não dependem apenas de um grupo, pois abrangem

todo o planeta, logicamente desenvolver uma sensibilidade ecológica não é

o suficiente, há necessidade de políticas públicas eficazes, reconhecidas e

efetivamente desenvolvidas por todos os países, porém devemos

reconhecer nosso compromisso e compreender que não podemos

“esperar”, não há tempo, as atitudes transformadoras devem partir de cada

um no seu ambiente. A escola é um espaço onde os sujeitos podem

aprender e praticar a sua cidadania desenvolvendo projetos em Educação

Ambiental mais consistentes e eficazes e aos poucos essas atitudes

possam envolver outros grupos, escolas, comunidades, cidades e países,

ou seja,” pensar globalmente e agir localmente”.

Questões ambientais: uma preocupação global

Após a 2ª guerra mundial (1945) as preocupações com problemas

ambientais surgiram a partir dos acidentes nucleares, que provocaram

preocupações em nível mundial sobre a forma de desenvolvimento e

impactos provocados. Para Guimarães (2001), representa “o esgotamento

de um estilo de desenvolvimento predador, socialmente perverso,

politicamente injusto, culturalmente alienado e eticamente repulsivo”.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Em 1972 foi criado o Clube de Roma que publicou um documento

alertando para o aumento populacional crescente e a industrialização sem

leis ambientais efetivas, que poderia comprometer o futuro do planeta. As

preocupações em torno destas questões geraram discussões e promoveu o

primeiro encontro global pelas Nações Unidas na Suécia, que resultou na

elaboração de um acordo “Declaração de Estocolmo”.

A partir da Declaração de Estocolmo, surgiu o Programa das Nações

Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, neste mesmo ano, a Declaração

sobre o Ambiente Humano e o Plano de Ação Mundial, estabeleceu

responsabilidades em relação às questões ambientais. Em 1987, com a

descoberta do buraco na camada de ozônio, surge a Convenção de Viena

para a Proteção da Camada de Ozônio – neste momento surge o conceito de

“desenvolvimento sustentáve”l.

Em 1992, na cidade do Rio de Janeiro ocorreu a (CNUMAD),

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,

e as discussões foram: mudanças climáticas, diversidade biológica e

propostas estratégicas de ação e cooperação entre os países dando origem

a um documento denominado Agenda 21, que estabeleceu um suporte na

perspectiva ambientalista em nível mundial (Santin, 2006). Deste encontro

surgiram ideias para a criação do Protocolo de Quioto, convenção realizada

no Japão que cria um processo permanente de revisão, discussão e troca

de informações sobre questões envolvendo as mudanças climáticas,

estabelecendo protocolos de medidas para a redução da emissão de gases

produtores do efeito estufa, considerados de acordo com a maioria das

investigações científicas como causa antropogênica do aquecimento global

(MELO, 2009).

Responsabilidade ambiental de todo cidadão: Reduzir, Reutilizar e Separar

para Reciclar

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Brasil e Santos (2004) conceituam reciclagem como: “Um conjunto de

técnicas que tem por finalidade aproveitar os denominados “lixos” e

retorna-los ao ciclo de produção que saíram”. É o resultado de uma série

de atividades, pelas quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo,

são desviados, coletados, separados e processados para serem usados

como matéria prima na produção de novos materiais ou novos produtos, ou

seja, “na natureza tudo se transforma nada se perde”. Podemos entender

que o lixo é um dos maiores problemas ambientais a se enfrentar diante do

atual modelo de desenvolvimento econômico de produção, temos alguns

números a seguir: se descarta 1.000.000 de sacos plásticos/minuto; no

Brasil, 1 kg/dia/brasileiro de vários tipos de lixo, em São Paulo o lixo

descartado em uma semana é suficiente para encher o estádio do Maracanâ;

o Aterro Bandeirantes recebe 5.000 toneladas de lixo por dia, podemos

pensar que este lixo todo poderia ter outro destino, no lugar de prejuízos,

trazer benefícios. É reponsabilidade de todos tomar atitudes que facilitem a

redução, reciclagem e reutilização do lixo. A partir das entrevistas que os

alunos do colégio 31 de Março realizaram, observaram que muitas pessoas

se beneficiam economicamente da separação e reciclagem do lixo, como

catadores e cooperativas de coleta seletiva, porém são necessárias politicas

públicas mais efetivas, investimentos que valorizem o trabalho da

separação do lixo reciclável. A reciclagem é uma atividade que vem

aumentando no Brasil como por exemplo: no mês de julho de 2005, foram

reaproveitados 97% em alumínio, 77,3% em papelão ondulado e 40% em Pet.

Para MELDONIAN (1998) e CALDERONI (1998). Um dos pontos negativos da

reciclagem, as condições precárias de trabalho que as pessoas que vivem

do lixo se submentem. Sebetai Calderoni, em seu livro “Os bilhões perdidos

no lixo”, confirma que o Brasil perde anualmente $ 5,8 bilhões de reais

porque a maioria do lixo vai parar nos aterros e lixões. Muitas cidades não

apresentam programas de tratamento e reciclagem do lixo, há a

necessidade de projetos públicos para a criação de maior número de

cooperativas que apresentem infraestrtutura compatível com o trabalho

desenvolvido pelos catadores no Brasil, como também condições dignas de

trabalho aos catodores, de acordo. ( Vaniceia de Castro Aquino, 2010).

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Números que registram avanços e retrocessos de um Brasil sustentável

Os indicadores do IBGE em relação a sustentabilidade em 2008 (IDS

2008) Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, mostra que o Brasil

cresceu economicamente, porém nas questões sociais e ambientais há

ainda uma longa caminhada para o Brasil atingir o ideal previsto em 1987

pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento

(Comissão Brundtland): um desenvolvimento que atenda às necessidades

do presente sem comprometer as gerações futuras. O Brasil avançou na

redução de consumo de substâncias que destróem a camada de ozônio e o

aumento de unidades de conservação e de reservas particulares do

patrimônio natural. Os rios das regiões metropolitanas apresentam um grau

de poluição mais elevado, há um aumento no uso de agrotóxicos e

fertilizantes na agricultura, aumento do desmatamento na amazônia, a

qualidade do ar das grandes cidades continuam estáveis com implicações

na saúde. Entre 2004 e 2006, o número de focos de calor, que indicam

queimadas (ações autorizadas pelos órgãos ambientais) e incêncios

florestais ( situação de fogo descontrolado), caiu de 236.014 para 117.453,

uma redução de 50%. Os dados são do IBAMA e do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE).”, no Sul e o Leste da Amazônia Legal, as

queimadas estão associadas ao desflorestamento, sendo co-responsáveis

pela destruição de grandes áreas florestais, danos à biodiversidade,

exposição do solo à ação das intempéries e do comprometimento dos

recursos hídricos. Estima-se que as queimadas sejam responsáveis por 75%

das emissões brasileiras de CO2. Sobre a reciclagem do lixo urbano – Em

2006 94,4% as latas de alumínio foram recicladas, devido ao alto valor de

mercado da sucata de alumínio, associado ao elevado gasto de energia

necessário para a produção do metal de alumínio. Em relação ao papel,

vidro, embalagens PET e latas de aço, os índices de reciclagem ficaram em

torno de 45% a 50%. Para as embalagens longa vida (cerca de 20%),

A baixa reciclagem destes materiais é devido ao baixo preço pago. No

período 1993-2006, o índice de reciclagem das latas de alumínio

praticamente dobrou passando de 50,0% a 94,4%, enquanto a reciclagem do

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papel (de 38,8% para 45,4%) e do vidro (de 25% para 45,0%). O aumento nos

preços das matérias-primas e da energia, a legislações cada vez mais

exigentes e o desenvolvimento de novas tecnologias deve fazer com que os

índices de reciclagem de todos os materiais se mantenham em crescimento

no longo prazo. Entre 1996 e 2004, foi nos municípios que mais aumentaram

os gastos públicos com a proteção ao meio ambiente, passando de 0,4%

para 1,1% do total das despesas municipais. No mesmo período, os gastos

públicos federais com o meio ambiente mantiveram-se entre 0,3% e 0,4%,

enquanto os estaduais variaram de 0,6% para 0,8%. Em números absolutos,

no mesmo período, o total dos gastos públicos ambientais no país subiu de

R$ 1,5 bilhão para R$ 2,6 bilhões. As composições do lixo urbano em

percentuais são de 65% de matéria orgânica, 15% de papel e papelão, 7% de

plásticos, 2 % de vidros, 3% de metais e o restante se divide entre outros

materiais, como trapos, madeira, borracha, terra, couro, louça - com baixo

potencial para a reciclagem - e materiais poluidores como pilhas, baterias e

lã. A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desviam

do destino aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser

reciclados (dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Questões Ambientais em Ponta Grossa

O Chefe do Escritório Regional do IAP em Ponta Grossa, Reginato

Bueno, alerta que a “fiscalização ambiental não é tarefa exclusiva da

entidade e que todos podem e devem colaborar para que a situação de

agressão ao meio ambiente seja diminuída”, o IAP deve lançar esse ano uma

campanha educativa com o lema “Dever de Casa”, que vai solicitar as

pessoas a colocarem em prática ações que diminuam os impactos

ambientais a partir do “seu próprio quintal”.

Alguns projetos ambientais estão sendo desenvolvidos com a

participação da Prefeitura de Ponta Grossa, Projetos de Coleta Seletiva –

responsabilidade do poder público municipal de Ponta Grossa através da

(SMAMA) – Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio

Ambiente:

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Projeto de coleta de lixo reciclável – “Renda do Lixo” – Iniciou em

2005 e conta com cinco associações, cada associação possui um barracão,

balança, prensa, mesas de separação dos materiais, baias de coleta e

carrinhos de fardo. A comercialização é realizada em conjunto numa espécie

de “pregão” para obter melhores preços pelo produto final oferecendo

melhores lucros aos associados.

Projeto “Alimento Ambiental” ou “Feira Verde” – O objetivo é

aumentar a coleta seletiva de materiais recicláveis no município de Ponta

Grossa, onde vivem muitas famílias com renda inferior a dois salários

mínimos Os materiais são recolhidos em locais e dias pré-determinados.

São trocados 2 kg. de materiais recicláveis ou 2 litros de óleo de cozinha

usados por 1 Kg. de alimento. Atualmente são atendidas 28 vilas e 4

distritos .

O Lixo Reciclável como fonte sustentável de renda, qualidade de

vida e Soluções para o problema do lixo nas cidades (SZEZERBICHI,

PILATTI E KOVALESKI), estes projetos beneficiam reduzindo gastos do

município com transporte, limpeza pública, controle de poluição e gastos

com recuperação de áreas degradadas. Os benefícios econômicos, como

geração de renda aos produtores rurais da região que vendem parte da

produção para a prefeitura. O programa gera empregos diretos,

beneficiando muitas famílias que trocam seu lixo por alimentos (Feira

Verde).

Metodologia

O trabalho foi desenvolvido com alunos da 1ª série - Ensino Médio

do Colégio 31 de Março em Ponta Grossa – PR.

Inicialmente uma discussão com o objetivo de diagnosticar o

aprendizado dos mesmos sobre Ecologia e problemas ambientais, de

acordo com os PCN’s (Planos Curriculares Nacionais), estes temas são

abordados a partir do ensino fundamental, também estão sempre presentes

na mídia. Os alunos responderam um questionário prévio (anexo 01).

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Assistiram alguns documentários reais e de ficção para instigar a reflexão,

estas atividades foram desenvolvidas com o auxilio das novas tecnologias

da informação e comunicação (TIC). Via e-mail os alunos receberam vídeos

que abordam assuntos relacionados ao Meio Ambiente, os vídeos sobre as

forças da natureza (vulcões, placas, tectônicas, furacões, tsunamis e

radiação solar ) vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?

v=Xpw87ik6V0 e responderam o questionário (anexo 02). Estes vídeos

mostram que a natureza se modifica a revelia do ser humano e sempre foi

assim, basta observar em livros tanto de Geologia, Geografia como

Ciências, as modificações da Crosta Terrestre desde a formação do Planeta

até os dias de hoje, porem o ser humano inserido no modelo de sistema

capitalista está acelerando os processos de degradação, principalmente

poluidores. Outra seção de vídeo acessado no youtube – Quantas pessoas

podem viver na terra? Disponível em http://www.youtube.com/watch?

v=3vVRaYqWKVU (questionário – anexo 03). Estes vídeos relatam os

problemas socioambientais provocados pelo sistema capitalista de

produção, o aumento populacional sempre crescente, as necessidades

humanas, a exploração desenfreada dos recursos da terra, o aumento da

poluição, mudanças climáticas e as dificuldades em conter a fúria da

natureza, são questões que preveem um futuro sombrio para as espécies

vivas da Terra.

Diante da situação ambiental foi importante recorrer a algumas

metodologias que contribuíssem na conscientização do educando,

conhecer como ocorrem as ações públicas e privadas em relação a estas

questões, quais as responsabilidades de cada empresa pública e privada.

Para esta atividade a proposta pedagógica foi formar grupos de alunos que

visitassem empresas públicas e privadas para entender como se processam

as atividades das mesmas, principalmente atividade relacionada ao meio

ambiente, assim como a relação da escola e da comunidade com estas

empresas, a partir deste trabalho foi possível compreenderem a importância

de nossa contribuição ambiental no processo. Ao final das visitas

organizou-se um fórum onde cada grupo apresentou a entrevista e o tema

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

pesquisado em um banner para o grande grupo. Após as apresentações dos

grupos, a proposta final, criarem uma cartilha socioambiental partindo das

observações dos problemas ambientais na escola assim como sugestões

para soluções.

Educação Ambiental é um tema transversal abordado nas Diretrizes

Curriculares do Ensino que pode ser trabalhado em todas as disciplinas.

Penteado (2000) afirma que, para avançarmos em direção à escola

formadora, implica contarmos com alguns recursos didáticos adequados

criando situações de participação social orientadas, em que os alunos e

professores possam junto exercer e desenvolver a sua cidadania. Segundo

o autor os recursos didáticos devem se adequar a cada situação, dentro

desta proposta podem ser utilizados vídeos, atividades lúdicas como jogos,

saídas de campo, entrevistas, reutilização de materiais na confecção de

objetos, questionários, apresentação de temas pesquisados entre outros.

As questões ambientais devem ser abordadas pelos professores ou

qualquer pessoa sempre que houver uma situação problema na sala de aula

ou no ambiente escolar durante o ano letivo e não apenas em

comemorações como dia da árvore, dia da água e semana do meio

ambiente. Uma cartilha socioambiental criada pelos alunos terá como

objetivo nortear as atividades na escola.

Resultados e discussões

Uma investigação socioambiental foi realizada com alunos da 1ª série

do Ensino Médio do Colégio Estadual 31 de Março situado na cidade de

Ponta Grossa – PR. Após responderem a um questionário sobre Ecologia e

questões ambientais os alunos perceberam a importância de realizarem

pesquisas sobre o assunto a fim de complementar o conhecimento sobre o

tema.

As repostas dos alunos ao primeiro questionário Socioambiental

(anexo 01)

Respostas a primeira pergunta:

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Alguns alunos reponderam – Educação Ambiental é aprender sobre o

meio ambiente;

Outros reponderam – É aprender a separar o lixo e reciclar;

Outros reponderam – É não jogar papel no chão e sim jogar no lixo;

Outros ainda – É plantar árvores e não poluir o meio ambiente.

Respostas da segunda pergunta:

A maioria respondeu que Educação Ambiental é um assunto que

todas as disciplinas deveriam ensinar, pois cada disciplina pode associar

meio ambiente ao conteúdo apresentado, por exemplo, Geografia pode

relacionar o clima ao relevo, temperatura, pressão atmosférica, ventos e

massas de ar às mudanças climáticas; Matemática pode relacionar os

números aos gastos, desperdícios, exploração de recursos e produção de

lixo (água, solo, recursos naturais e lixo); Ciências, tipos de solos, a

decomposição da matéria orgânica, compostagem (produção de adubo

orgânico) e cultivo de hortaliças; Fisica, pode trabalhar as formas de

energias relacionando com a necessidade de desenvolver energias

alternativas menos poluentes; Português, pode produzir textos e poesias

com o tema Meio Ambiente; História, pode discutir com os alunos em que

época a humanidade se deu conta da necessidade de se preocupar com as

questões ambientais e as causas. Enfim todas as disciplinas apresentam

assuntos que se relacionam com o Meio Ambiente.

Respostas da terceira pergunta:

Alguns alunos responderam sobre os terrenos baldios, que se

tornaram depósitos de lixo doméstico atraindo ratos; outros responderam

que o caminhão de coleta de lixo não passa em sua rua, outros reclamaram

a falta dos caminhões de coleta seletiva, pois as mães separam o lixo, mas

como raramente passa um catador de lixo, encaminham os materiais

separados para os aterros de lixo da cidade. Alguns citaram o córrego que

passa na região próxima a escola que recebe o esgoto doméstico poluindo a

água.

Respostas da quarta pergunta:

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Alguns responderam que os terrenos baldios devem ser mantidos

limpos, e os proprietários devem ser responsabilizados. A empresa

responsável pela coleta do lixo deveria disponibilizar mais caminhões para

atender toda população, e a prefeitura deveria contribuir com mais

caminhões da coleta seletiva evitando que o lixo reciclável vá para os

aterros provocando um aumento no volume de lixo. Outros responderam

que para evitar a poluição da água pelos esgotos domésticos deveria haver

mais investimentos do poder público em saneamento.

Respostas da quinta pergunta

Na escola, alguns alunos observaram chiclete grudado no pátio e em

baixo das carteiras das salas de aula, carteiras e paredes riscadas, livros

didáticos dos alunos, mal cuidados, outros citaram os cestos de lixo

repletos de papel retirados dos cadernos, cortinas rasgadas, paredes e

portas depredadas, outros comentaram sobre o mato que tomou conta do

quintal da escola atraindo ratos e escorpiões, citaram também as sobras de

alimentos do lanche que alguns alunos jogam no cesto de lixo, na cozinha

embalagens são misturadas aos restos como cascas dos alimentos. Todo o

lixo da escola é encaminhado para o aterro controlado da cidade, pois

raramente passa catadores de lixo no local.

Resposta da sexta pergunta:

Alguns alunos responderam que todos devem ser conscientizados

sobre os problemas observados na escola, porém é necessário que haja um

grupo de orientadores lembrando os alunos sobre as responsabilidades de

cada um com seu material e o ambiente que deve permanecer limpo e

organizado, evitar desperdícios de água, energia, papel e alimento.

Resposta da sétima pergunta:

Alguns alunos responderam que uma cartilha socioambiental poderia

auxiliar a comunidade escolar em ações ambientais sustentáveis.

A proposta seguinte, assistir os vídeos selecionados reais e de ficção

instigando uma discussão sobre os mesmos.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Respostas dos alunos: (questionário anexo 2)

Forças da natureza:

- O homem possui uma grande força na relação em mudar a natureza, mais

acontece muitas vezes o que chamamos de revolta, a natureza está se

revoltando com as espécies do mundo, ou seja, o aquecimento global,

terremotos, vulcões e avalanches. O que podemos perceber é que o tempo,

o clima e as variações estão mudando cada vez mais, de frio pra calor e

vice-versa. Os videos tratam do mesmo assunto em relação ao que está

acontecendo com a natureza. As coisas estão mudando, vulcões entrando

em erupções, terremotos, tsunamis cobrindo cidades, o que podemos

concluir em relação a essa questão é que o homem está destruindo e a

natureza está se revoltando.

- Concordamos que temos que preservar e tal, mais a gente relaciona

diversas hipóteses, diversas formas de dizer que não somos nós que

estamos fazendo isso com o PLANETA, costumamos inventar algumas

hipóteses para que existam algumas mudanças, mais infelizmente podemos

notar que somos nós que estamos fazendo isso com a natureza, queimadas,

poluições, que vem causando radioatividades, efeito estufa, e quem mais

sofre com as mudanças ocorridas somos nós mesmos. Pois precisamos do

ar puro para estar sempre bem com a saúde, precisamos da água pura para

evitar doenças. Então é isso que eu não concordo.

- Primeiro de tudo a nossa mudança em relação à natureza, é fazer

acontecer, não jogar lixos nas ruas e sim no lixo certo, seria um exemplo,

quem fizesse certo. Também de acordo com o que chamaríamos de

educação é: - Nós seres humanos aprender de uma maneira que ensine bem

os outros. Precisamos tanto de nosso planeta, e seriamos injustos se

deixássemos tudo o que há de bonito destruído.

Resposta dos alunos: (questionário anexo 3)

Quantas pessoas podem viver na Terra?

-Temos falhas humanas, como por exemplo, os alimentos têm que

multiplicar e baratear para que a classe pobre possa ter acesso. O

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

desaparecimento de florestas e também o aumento da poluição atmosférica.

O alimento produzido não poderá alimentar todos, pois a cada segundo

nasce 2 crianças e ao todo nasce 80 milhões de crianças ao ano, a

exploração dos recursos da natureza será maior para dar conta de tantas

pessoas.

- Que cada um de Nós tome conta de nosso Planeta, e faça algo para

melhorar, o que acho difícil.

- As pessoas devem se unir para trabalhar em favor do meio ambiente.

Assim como está ocorrendo com as aulas de Educação Ambiental para

discutir os problemas ambientais. Algumas sugestões já foram colocadas,

separar o lixo, encaminhar para as Cooperativas ou Pontos de entrega

voluntária, não deixar o caminhão levar para os aterros.

- Os vídeos relatam sobre o crescimento da população humana na Terra e as

consequências que esse fato traz para o Planeta. O que realmente chama a

atenção é o número de seres humanos que terá daqui cinquenta anos, e nós

nos perguntamos se haverá planeta suficiente para tanta gente. Se aumentar

a população, aumentará também o consumo de alimentos, petróleo e água.

E o pior é que isso se trata de um ciclo vicioso: uma coisa vai levando a

outra, levando-nos a uma futura escassez de todos esses bens que a

natureza nos oferece. Para aumentar a produção de alimentos não terá

terras “sobrando” para expandir a produção agrícola, teremos que investir

em fertilizantes para acelerar a produção. Assim iremos usar mais água,

afinal grande parte da água potável é destinada à agricultura, e também

mais petróleo para as máquinas. Com o aumento da população, aumentará o

número de carros, indústrias e consequentemente a poluição. Com o ar

poluído grande parte dos seres vivos vai se extinguir, podendo ser animal

ou vegetal, diminuindo a fonte de alimentos do ser humano. O ser humano

sempre vai ser afetado por suas próprias obras. A solução parece simples:

controlar a taxa de natalidade, ou seja, ter menos filhos. Mas será que se o

ser humano tivesse cuidado e preservado nosso Planeta desde o início, sem

essa ganância e egoísmo, nós teríamos que nos preocupar quantos filhos

iríamos ter? A população humana está aumentando. O que falta mesmo é a

educação ambiental e o respeito da humanidade para com o Planeta como

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

todos os outros seres vivos. Como viver em paz com o nosso Planeta,

retirando apenas o que precisamos, sem essa cobiça de dinheiro. Bom, mas

para que vai adiantar o dinheiro depois que nada mais existir? Vamos ser

racionais humanidade?

- Eles tratam sobre o aumento da população humana no planeta Terra e

sobre as consequências ambientais e morais que esse fato vai causar, caso

isso não pare de ocorrer.

- Com o fato de eles quererem controlar através do governo a quantidade de

filhos que cada casal pode ter como ocorre, por exemplo, na China. Eu acho

que isso vai da Educação de cada cidadão e ninguém deve se meter nisso. A

única coisa que o governo deveria fazer é investir na educação, afinal as

pessoas que são educadas e tem estudo sabem das consequências e por si

mesmos tomam atitudes em prol do bem da humanidade, e ensinam aos

seus filhos.

- Como disse anteriormente a educação é a base de tudo: Escolas

obrigatórias para todas as pessoas. Ai elas se casam mais tarde e tem

menos filhos. Em um dos vídeos eles retratam isso que acontece em uma

cidade na Índia, e eu concordo plenamente. As pessoas são educadas e por

si mesmas querem ter poucos filhos no Maximo três. Não precisam de

pressão nenhuma do governo para ter menos filhos. Tendo em vista que os

países mais pobres, com menos recursos, consequentemente com menos

acesso a educação, tendem a ter mais filhos, ou seja, maior a população,

mais consumo, mais poluição, mais lixo, menos água, menos petróleo,

menos recursos, menos seres vivos, menos Planeta Terra.

Atividades de reaproveitamento das garrafas pet

Para dar início às atividades ambientais na escola a reutilização das

garrafas pet. Confeccionaram bolsas e vassouras, as bolsas, objetos

funcionais e resistentes, qualquer pessoa pode fazer; as vassouras apesar

de muito simples também podem desempenhar a função de varrer aparas de

papel e lápis nas salas de aula, porem o objetivo principal das vassouras é a

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

representação de um elemento ambiental pendurada em um local da sala de

aula, um símbolo que chama atenção para a limpeza e organização daquele

espaço.

Saídas de campo a fim de compreender a responsabilidade ambiental

das empresas públicas e privadas conhecendo assim a função do estado,

prefeitura e comunidade. Cada grupo de alunos ficou responsável por

entrevistar, fotografar e filmar a pessoa responsável pelo setor de Meio

Ambiente da entidade envolvida, também realizar pesquisas relacionadas às

atividades da entidade.

Grupo 1 – Pesquisou as funções socioambientais da SEMA (Secretaria de Meio

Ambiente) quais projetos estão sendo desenvolvidos, quais os benefícios

socioambientais? Entrevistaram o Chefe regional da SEMA.

Grupo 2 – Pesquisaram as causas da pobreza no Brasil e no Mundo, o porquê

das desigualdades sociais, os benefícios e os problemas das atividades do

catador de lixo, a importância do respeito pelo ser humano. O grupo entrevistou

uma catadora de material reciclável.

Grupo 3 – Pesquisou como se organiza uma cooperativa de lixo reciclável, quais

os benefícios dos cooperados, quais os benefícios ambientais e sociais, porque o

lixo deve ser reciclado, quem ganha com o trabalho de reciclagem. Entrevistaram

o responsável pela organização da Cooperativa de Catadores.

Grupo 4 – Pesquisou os impactos ambientais causados por indústrias, os tipos de

energia usados nos processos indústrias, qual o destino do escoamento de

efluentes e gases poluidores; o que são sumidouros ecológicos e sequestro de

carbono; o que é mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL). Não foi possível a

saída de campo, porém realizaram a pesquisa.

Grupo 5 – Pesquisou a quantidade de água existente no mundo (água doce e

salgada), onde se concentram, e a quantidade de água potável no Brasil. Quais

os cuidados que cada habitante da terra deve ter com a água, em quais

atividades humanas há maior consumo de água. O que é saneamento básico; em

sua cidade todas as residências possuem saneamento básico, se não possuem,

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

por quê? Entrevistaram o técnico químico responsável pela produção e qualidade

da água.

Grupo 6 – Pesquisou o novo código florestal brasileiro, o que é biodiversidade,

porque evitar a extinção das espécies tanto de animais como vegetais ou outros

seres vivos, quais espécies vegetais e animais são encontradas, há alguma

espécie ameaçada de extinção nos Campos Gerais. O que é APP e porque estas

áreas devem ser preservadas, o que são matas ciliares ou de galeria. Quais

espécies vegetais e animais são encontrados no Bioma onde se encontra a

cidade de Ponta Grossa, Tibagi e cidades vizinhas não esquecendo o Guartelá

(as características geográficas e biológicas do parque). Visitaram a pousada

Santa Rosa próxima ao Parque Estadual do Guartelá.

Grupo 7- Pesquisar as leis ambientais sobre o descarte dos resíduos sólidos, o

que é certificação ambiental, como podemos saber se o produto que compramos

tem a certificação ambiental, o que é ser um consumidor consciente, o que

devemos fazer primeiro, reduzir, reciclar ou reutilizar e o que significa reduzir,

reutilizar e reciclar. Qual deve ser o destino do lixo hospitalar, lixo orgânico, e

materiais que contém substâncias tóxicas como pilhas, baterias e lâmpadas

fluorescentes (frias), o que pode acontecer se este material atingir o curso de

água. Qual o tempo de vida no ambiente do vidro, plástico, papel e metal.

Entrevistaram a Gerente ambiental do Supermercado onde se encontra um ponto

de entrega voluntária de resíduos sólidos.

Grupo 8 – Pesquisar como se estruturam as ONGs, como se mantém, quais as

funções das ONGs, qual o trabalho da ONG visitada, existem normas ambientais

e sociais para a criação de uma ONG? Quem pode criar uma ONG? Quais os

benefícios socioambientais das ONGS? O grupo entrevistou a professora Andresa

Jacob integrante da ONG – Grupo Fauna situado na cidade de Ponta Grossa. A

professora Andresa se propôs em dar uma palestra no dia da entrevista para

explicar a um maior numero de alunos o trabalho desta ONG.

. Fórum Socioambiental

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Cada grupo de alunos confeccionou um banner com figuras, fotos e textos

sobre suas pesquisas e entrevistas para apresentá-las ao grande grupo no Fórum

( as entrevistas foram postadas no Blog Biologando)

Resultados: Reaproveitamento de garrafas pet

Fig. – 2 reaproveitamento de garrafas pet Fig. 3 – reaproveitamento de garrafas

pet http://www.youtube.com/watch?v=yRr0YN55n3Y

Fig. – 4 reaproveitamento de garrafas pet na confecção de vassouras – esta prática foi

acessada no Youtube, disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=TiJlAEbLpaQ>

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Alunos do ensino médio trabalhando a conscientização ambiental com alunos do

fundamental

Fig. – 5 Práticas de reutilização de pet Fig.- 6 objetos de decoração de pet

disponível em http://www.youtube.com/watch?v=7DAsKunoyaM&feature=related,

Saídas de Campo

As saídas de campo com os grupos e as entrevistas foram

acompanhadas

pela professora de Educação Ambiental, sempre orientando os alunos nos

questionamentos, fotos e filmagens que foram agendadas e autorizadas

pelas pessoas representantes das empresas, o grupo que entrevistou a

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

catadora de material reciclável não recebeu autorização para divulgação de

filmes e fotos.

Apresentações das pesquisas e entrevistas no Fórum:

Grupo 01 - SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente)

Fig. - 7 Apresentação das pesquisas e entrevistas no Fórum

Fig. - 8 Alunos na SEMA Fig. – 9 Alunos na SEMA

A SEMA (Secretaria do Estado de Meio Ambiente) é

responsável pela criação e execução de políticas de meio ambiente no

estado do Paraná (recursos hídricos, florestal, cartográfica, agrário-

fundiária, de controle da erosão e de saneamento ambiental). Para executar

suas políticas ambientais, a SEMA conta com duas autarquias: o IAP e o

Instituto das Águas do Paraná. O IAP tem como missão proteger, preservar,

conservar, controlar e recuperar o patrimônio ambiental, buscando melhor

qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável com a participação da

sociedade. Instituto das Águas do Paraná, dentre suas atividades, realiza

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

obras de saneamento e serviços técnicos de engenharia para o controle da

erosão e recuperação de áreas degradadas; o desenvolvimento e execução

de projetos de aterros sanitários, programas de coleta seletiva de lixo

urbano e de embalagens de agrotóxicos, assim como o gerenciamento dos

recursos hídricos superficiais e subterrâneos do Estado.

Segundo o Chefe regional da SEMA, no ano de 2012, três projetos

ambientais devem ser implementados, arborização com araucárias às

margens das rodovias do estado, o projeto bioclima que tem por finalidade

preservar as florestas oferecendo recursos financeiros aos proprietários de

sítios e fazendas, que fazem a preservação das florestas em suas

propriedades, as verbas virão das multas pagas pelos proprietários de

terras que não realizarem a preservação das florestas; O programa

Desperdício Zero foi criado pelo Governo do Estado do Paraná, através da

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA,

visando principalmente a eliminação de todos os lixões existentes e a

redução dos resíduos gerados no Estado. Em acordo com o programa de

resíduos sólidos, todos os municípios deverão ter um aterro sanitário, e a

coleta seletiva deve atingir 100% até 2014, ou seja, todo cidadão deverá

separar o seu lixo e encaminhá-lo ao local correto. O Chefe regional do

SEMA afirma que a escola é a principal parceira na Educação Ambiental,

pois é mais fácil ensinar as questões ambientais para os jovens que ainda

não desenvolveram hábitos errados. O Programa Parque Escola tem o

objetivo de estimular atitudes de promoção e conservação da

biodiversidade, criando um espaço de diálogo e ação conjunta em educação

ambiental nos parques. O Governo do Paraná lançou, em 29 de junho de

2011, o Programa Parque Escola. A iniciativa é uma parceria entre as

Secretarias Estaduais da Educação e Meio ambiente e Recursos Hídricos.

Este Programa vai envolver estudantes de 6ª e 7ª séries do ensino

fundamental e comunidade do entorno Os objetivos: Envolver e

comprometer a comunidade na conservação do patrimônio natural do

Estado do Paraná. Desenvolver ações educativas com informações sobre as

Unidades de Conservação. O Parque de Vila Velha a primeira Unidade de

Conservação a receber o programa Parque Escola. No Estado do Paraná

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existem 68 unidades de conservação estaduais, que somam 1.205.632,0862

hectares de áreas conservadas, das quais 45 são unidades de conservação

de Proteção Integral e 23 de Uso Sustentável. O Programa Parque Escola do

Estado do Paraná foi elaborado pela Secretaria da Educação, Secretaria do

Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Diretoria de Biodiversidade e Áreas

Protegidas (DIBAP), do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que será o

executor do programa.

© Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Acessado em dezembro de 2011

<Hídricoshttp://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?

conteudo=67>

Grupo 02 – Catadora de recicláveis

Fig. – 10 Apresentação dos alunos no Fórum

A maioria dos seres humanos não teve a sorte de nascer em famílias

ricas, também faltam oportunidades, muitas famílias de baixa renda não motivam

suas crianças para o estudo, normalmente os pais não são presentes, por

diversos motivos. Muitas famílias trabalham catando lixo, o catador de lixo não é

reconhecido como um profissional, porem seu trabalho é importante para

sociedade, governo e meio ambiente, já que contribui com a limpeza das cidades,

diminui os gastos do governo com limpeza pública, fornece matéria prima às

indústrias que reciclam o material separado e ainda ajudam a diminuir os

impactos causados ao meio ambiente, evitando que o lixo vá parar em aterros e

em bueiros dificultando o escoamento da água da chuva que muitas vezes causa

enchentes e trazem doenças. O catador de material reciclável sente na pele o

preconceito, não são respeitados como cidadãos de bem, pois muitas pessoas os

consideram mendigos. As desigualdades sociais são muitas no mundo e

principalmente no Brasil, são necessárias políticas públicas que regulamentem a

condição do catador de lixo, assim como melhores rendimentos para que tenham

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

qualidade de vida e sintam-se valorizados. A escola e os moradores da

comunidade podem facilitar o trabalho do catador de recicláveis, realizando o

tratamento correto dos materiais, ou seja, limpando, separando por tipo de

material e sempre que possível procurar um catador que possa vir até a sua

residência para coletar.

Grupo 03 – Cooperativa de catadores

Fig. – 11 Apresentação dos alunos no Fórum

As cooperativas são normalmente mantidas pelos próprios

cooperados, algumas recebem ajuda de empresas públicas ou privadas como é o

caso das cooperativas de catadores de lixo ou Associações. Em Ponta Grossa as

cooperativas são subsidiadas pela Prefeitura e empresas privadas, estas

contribuem com barracão, balança, prensa, mesas de separação dos materiais,

baias de coleta, carrinhos de fardo e uma pessoa que administra a cooperativa. O

lucro é dividido entre os cooperados. Segundo o gestor da cooperativa, o salário

de cada cooperado é um pouco mais que um salário mínimo. Alguns cooperados

trabalham recebendo o material que chega até a cooperativa, outros fazem a

separação do material (papel, metal, vidro e plástico) e os enfardamentos. Os

fardos são enviados pelos caminhões que transportam até o local de

comercialização do material, o óleo de cozinha também é comercializado para a

produção de sabão ou biodiesel. Nesta entrevista foi possível saber quais

materiais não possuem comércio como caixas ABS de computador, isopor,

lâmpadas frias ou fluorescentes, alguns tipos de plástico entre outros

Grupo 04 – Indústria de reciclagem

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Fig. – 12 Apresentação dos alunos no Fórum

A reciclagem é a melhor solução para o lixo, pois evita que este

material seja transportado para lixões e aterros trazendo problemas de

contaminação ao solo, água e no ar. A maioria das indústrias que realizam a

reciclagem colabora com o meio ambiente, e procuram se adequar às

normas ambientais. Muitas indústrias, a energia utilizada vem de

combustíveis fósseis e de hidroelétricas, estas formas de energia agridem o

meio ambiente, poluem o ar com CO2 e CH4 (gás dióxido de carbono e gás

metano, principais gases do efeito estufa), as represas das hidroelétricas

muitas vezes desequilibram os ecossistemas pelo alagamento colocando

em risco muitas espécies que estão ameaçadas de extinção.

A vegetação tem importante função por diminuir os gases do

efeito estufa (fala-se em sequestro de carbono), através da fotossíntese

ocorre a absorção de CO2 para a síntese da glicose. A usina de Belo Monte

está canalizando o gás metano (CH4) que é emitido pela decomposição da

vegetação submersa para produção de energia que esta sendo utilizada na

própria usina.

http://www.instituto-camoes.pt/lextec/por/domain_1/index/20701.html

O Mecanismo de desenvolvimento Limpo (MDL), mecanismo de

flexibilização criada pelo Protocolo de Quito para ajudar no controle do

processo de emissões dos gases do efeito estufa ou sequestro de carbono

por parte de diversos países. Captura de gás em aterro sanitário,Tratamento

de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás,Troca de combustível

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

,Geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia eólica,

pequenas e médias hidroelétricas, energia solar), Compostagem de resíduos

sólidos urbanos, Geração de metano a partir de resíduos orgânicos

(biogasificação) Pirólise de resíduos. Florestamento e reflorestamento em

áreas degradadas.

Grupo 05 – SANEPAR (Serviço de Água e Saneamento do Paraná).

Fig. - 13 Represa de água dos alagados Fig. - 14 Unidade de tratamento de esgoto

em

Ponta Grossa

Segundo o técnico químico Fabiano, responsável pela produção e

qualidade da água da Sanepar em Ponta Grossa, a água é um bem finito, por

este motivo devemos utilizá-la de maneira racional, não utilizando mangueiras

para lavar carros e calçadas, sempre que possível reutilizar a água da lavagem da

roupa ou da chuva, não deixar a torneira aberta para lavar a louça e escovar os

dentes e o banho, no máximo 5 minutos. A água que chega para tratamento na

SANEPAR vem da represa dos alagados e do rio Pitangui, segundo Fabiano, a

estimativa é que a represa dos alagados poderá fornecer água para a população

por mais 20 anos, pois o nível de água vai diminuir e a SANEPAR terá que buscar

outras fontes. Em Ponta Grossa 100% da população urbana recebe água tratada.

Quando a água chega suja em nossas casas é porque houve rompimento da rede

de água, nestes casos os moradores devem comunicar a SANEPAR, esse é um

dos motivos pelo qual as caixas de água devem ser higienizadas anualmente. O

Brasil mantém uma posição privilegiada no cenário mundial: detém cerca de 10% da

água doce superficial do planeta, enquanto regiões da Europa lutam contra a

escassez do produto. A distribuição pelo território brasileiro é desigual. A Amazônia

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

possui 78% da água superficial do Brasil e tem de irrigar quase metade da produção

agrícola do País, além de fornecer água para mover 50% do PIB.

No Brasil os números do saneamento básico (água tratada, coleta e tratamento do

esgoto e do lixo), deixam muito a desejar. Cerca de 87% dos brasileiros têm acesso

àágua tratada, mas menos de 70% tem seu esgoto coletado. Só 25%, o esgoto

passa por estações de tratamento antes de serem lançados nos rios, lagos e mares.

Água Doce no Mundo (rios, lagos e pântanos) 0,007%

Fonte: World Resources Institute, ONU. disponível em

http://www.portalodm.com.br/o-brasil-tem-12-da-agua-doce-do-planeta--n--

338.html

Grupo 06 – Parque Estadual do Guartelá e Pousada Santa Rosa. Excursão ao Parque Estadual do Guartelá e Pousada Santa Rosa

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Fig. - 15 Alunos e professores. Fig. - 16 Visita ao rio Tibagi.

Fig. - 17 Monumento às águas do rio Tibagi Fig. - 18 mata ciliar da pousada Santa

Rosa

Fig. – 19 Mata ciliar Fig. - 20 cachoeira da Pousada Santa Ros

No dia da excursão, o Parque Estadual do Guartelá estava fechado para

visitação, seguimos até as proximidades na Pousada Santa Rosa, local onde

se encontra uma cachoeira. O parque se localiza próximo à cidade de Tibagi

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

e apresenta flora e fauna semelhantes ao Parque. Parque Estadual do

Guartelá - Canyon do Rio Iapó Criado em 1992 com o objetivo de assegurar

a preservação dos ecossistemas típicos, oferecendo aos visitantes beleza

naturais como os “canyons”, cachoeiras e formações rochosas, o Parque

abriga o Canyon do Rio Iapó ou Canyon Guartelá, considerado o 6º maior

Canyon do mundo em extensão, além de ser o único com vegetação nativa,

vegetação umbrófila densa próximo aos córregos e corredeiras e vegetação

de cerrado na região da chapada.

Fig. 21 Parque Estadual do Guartelá

O Parque Estadual do

Guartelá situa- se na porção

central do canyon, Bairro Guartelá de Cima, à margem esquerda do Rio Iapó. O

Guartelá possui belas paisagens, lugares de formações rochosas. Possui trilhas

de onde se observam vegetações rupestres, plantas exóticas e trilhas que levam

á Cachoeira da Ponte de Pedra, com cerca de 200 metros de altura e apresenta a

formação de uma ponte cortando a cachoeira, sob a qual corre a água do Rio

Iapó que corta o desfiladeiro com grandes corredeiras. Tropeiros, jesuítas e

indigenas deixaram suas marcas em épocas remotas, é possível observar

pinturas rupestres feitas nas formações rochosas. É uma bela área de

preservação ambiental.

O código florestal brasileiro foi criado em 1934. Sabemos que a vegetação

tem funções importantes nos ecossistemas, evita a erosão, fornece água e

umidade para formação de nuvens e chuvas, evita o assoreamento dos rios e

córregos, componentes importantes na determinação do clima, é o hábitat de

muitas espécies de seres vivos e auxilia na manutenção da teia da vida na terra.

Há um impasse entre governo e ruralista sobre o novo código florestal brasileiro. A

área a ser preservada nas propriedades é de 30 a 100 metros próximos a cursos

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

de água, mananciais e nascentes, mas os ruralistas contrariam esta proposta,

pois colocam que estas áreas são agricultáveis e oferecem emprego a muitas

pessoas. O desmatamento, preocupação principalmente dos ambientalistas, fato

que pode provocar a extinção das espécies que vivem em determinadas áreas e

necessitam dos corredores ecológicos para a sua sobrevivência (faixas de mata

preservada que se comunicam com áreas maiores de vegetação). A proposta de

reforma do Código Florestal apresentada pelo deputado Aldo Rebelo e aprovada

na comissão especial do Congresso, com apoio da bancada e lideranças

ruralistas, pode mudar a história de avanços na legislação sobre meio ambiente

no país, com riscos de danos ao patrimônio ambiental brasileiro. É importante o

envolvimento do diversos setores da sociedade. O processo de discussão do

Código Florestal deve considerar a gestão integridade territorial, de recursos

hídricos e proteção de solo. Assim como a reserva legal e as APPs, o meio

ambiente e a agricultura do país têm funções e estruturas diferentes, mas todas

são importantes, pois abrigam espécies diversas. Ambos são fundamentais para a

geração de renda, assim como o equilíbrio dos

ecossistemas.Disponívelemhttp://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/carti

lha_codigoflorestal_20012011.pdf

Grupo 07 – Ponto de Entrega Voluntária de resíduos (supermercado)

Fig. – 22 Apresentação dos alunos no Fórum

Segundo Carolina Tozetto (gestora de resíduos sólidos do

supermercado), os pontos de entrega voluntária de resíduos fazem parte de

um programa da Prefeitura com o apoio de empresas privadas e localizam-

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

se nos supermercados, é onde a sociedade pode depositar seu lixo

reciclável quando vai às compras. Carolina Tozetto afirma que para os

supermercados esta iniciativa é positiva já que pode atrair a clientela,

importante também para a prefeitura que reduz custos com a gestão dos

resíduos, beneficia as cooperativas de catadores que recebem este material

sem passar por “atravessadores” e evita que o material seja destinado ao

aterro da cidade. No supermercado também há os coletores de pilhas e

baterias, este material é enviado para a indústria que deve fazer a separação

dos componentes das pilhas e baterias para a reciclagem. O supermercado

também comercializa seus próprios resíduos diretamente com as indústrias,

principalmente as embalagens onde os produtos são armazenados para o

transporte.

No supermercado dos produtos vendidos aos consumidores, apenas

uma parte apresenta selo de certificação ambiental (os produtos devem ser

produzidos seguindo as normas ambientais, ou seja, na produção de

qualquer produto não deve haver danos ou agressões ao meio ambiente),

como por exemplo, na produção que utiliza matéria prima vindo de árvores

de reflorestamento, estes produtos recebem o selo verde que é um selo de

certificação ambiental de origem de reflorestamento. Carolina Tozetto afirma

que não são todos os produtos que apresentam selo de certificação

ambiental, então cabe ao consumidor escolher além da qualidade do

produto e do preço se o mesmo apresenta esta cerificação que normalmente

está registrada na embalagem, dessa forma o cidadão está ajudando a

cuidar do meio ambiente. Segundo o IBF (instituto brasileiro de florestas), o

Brasil tem participado da certificação ambiental de diversas formas tanto

usando selos internacionais como lançando os seus próprios selos.

.http://www.ibflorestas.org.br/pt/certificacao-ambiental.htm l

O supermercado onde os alunos fizeram a entrevista forneceu um

Kit de lixeira para a escola com o objetivo de auxiliar no trabalho da

Educação Ambienta

Um exemplo de parceria ao enfrentamento dos problemas ambientais

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Fig. – 23 Kit de lixeiras doadas

Grupo 08 – ONG (Grupo Fauna)

Fig. – 24 Apresentação dos alunos no Fórum Fig. – 25 Apresentação dos alunos no

Fórum

Palestra sobre a ONG – Grupo Fauna

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Fig. – 26 Palestra – Professora Andresa (ONG – Grupo Fauna) Fig. – 27 Slide da palestra

A professora Andresa Jacob participante da ONG – Grupo

Fauna explica que ONG (Organização não governamental) é uma instituição

sem fins lucrativos, trabalha por alguma causa sempre com a finalidade de

ajudar. Normalmente são pessoas voluntárias que trabalham nas ONGs. O

Grupo Fauna está em Ponta Grossa desde 1998, surgiu juntamente com a lei

6179 e procura trabalhar dentro da ética protegendo a vida dos animais nos

seus ambientes, em 2004 o grupo elaborou uma lei que proibia maus tratos

aos animais em circos, segundo a professora Andresa o grupo procura ser a

“voz dos que não tem voz”. As ONGs recebem doações de pessoas que se

sensibilizam com as causas apoiadas pela instituição, também consegue

verbas de pessoas anônimas e promovendo eventos. Esta ONG trabalha

com campanhas educativas nas escolas e universidade sobre temas que se

relacionam a causa, por exemplo, na culinária ensinam receitas

vegetarianas, tratam animais abandonados e fazem a doação destes para

pessoas que se comprometem em cuidar do animal. Qualquer pessoa pode

fazer parte da ONG.

Objetivo das saídas de campo

O objetivo principal das entrevistas e pesquisas, dar oportunidade

aos alunos a uma compreensão de mundo mais critica capaz de

desenvolver suas competências e habilidades, interagir e intervir de maneira

sustentável no seu meio, assim como auxiliar na criação de uma cartilha

socioambiental que irá nortear as ações na escola.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Interdisciplinaridade: Uma proposta para todos os professores do Colégio

Projeto “Educação Ambiental”Problemática – Como mudar as atitudes dos nossos alunos para a melhoria das

ações socioambientais na escola

Metodologias utilizadas: Sensibilizar a comunidade escolar usando Clipe de filmes que apresentam reais

situações da intervenção humana no Meio Ambiente; debate sobre os temas

abordados observando problemas e buscando soluções.

Filme - A Ilha das Flores – duração 10 minutos, (direção e roteiro – Jorge Furtado)

Disponível em <http://youtu.be/PH42cG01KgY> acessado em novembro/2011O filme relata as diferenças entre o ser humano e os outros seres vivos (cérebro

desenvolvido e polegar opositor), a evolução das sociedades (cultural, social e

econômica), a busca pela sobrevivência e domínio sobre tudo, as diferenças de classes

sociais, onde o poder exercido pelo dinheiro é alimentado pela falsa ideia de liberdade de

uns em contraposição à sobrevivência monitorada de outros. O filme relata também o

consumismo na sociedade moderna e consequentemente a produção de muito lixo assim

como a exploração descontrolada dos recursos naturais.

Sugestão: Pedir aos alunos que registrem num painel o que chamou mais atenção no

filme e façam um breve comentário

Filme - Teoria GAIA – duração 3 min

Disponível em <http://youtu.be/yjAUSeAAy_w> acessado em novembro/2011

O filme apresenta a interligação entre todos os elementos do Planeta (vivos e não vivos)

e compara com o corpo humano (formado por partes, as quais são todas

interdependentes, a disfunção de uma das partes pode interferir no funcionamento das

demais provocando um colapso).Sugestão: O professor pede para que os alunos reflitam e relatem o que entenderam.Partindo dos comentários dos alunos, o professor questiona sobre o

relacionamento entre os alunos em sala de aula e com o ambiente físico – a sala,

esta, representa o Planeta Terra ou o Corpo Humano.

Sugestão: Realizar um teatro onde os personagens interpretam as atitudes

diárias dos alunos, professores e funcionários na sala de aula ou em outro local

da escola (o professor pode organizar). Os alunos deverão refletir sobre o

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

ambiente escolar e citar quais atitudes não são corretas. Comentar sobre a boa

conduta que devem desenvolver dentro do ambiente escolar caso não tenham

citado: usar sempre as “palavras mágicas”me desculpe, obrigado, por favor; pedir

aos alunos que evitem o desperdício de alimentos quando lanchar, não “arrancar”

as folhas dos cadernos (papel necessita da derrubada de árvores e da exploração

de outros recursos naturais como a água) torneiras sempre bem fechadas (água é

um bem finito), luzes e ventiladores ligados quando necessário (a energia

demanda a exploração de recursos naturais como a água por exemplo), manter

salas sempre organizadas e limpas assim como o seu material, principalmente os

livros didáticos que receberam emprestado, evitar discussões e brigas,

compreender o colega quando este estiver mal humorado, dar apoio ao colega

que necessita de ajuda, respeitar todas as pessoas que trabalham na escola, pois

todos estão aqui com o mesmo objetivo, formar pessoas capazes de viver com

dignidade e felizes. Enfim criar um ambiente equilibrado.

- Criar uma cartilha socioambiental – os alunos devem levantar os problemas observados e sugerir soluções.Filme – Os impactos do lixo na natureza – tempo 10 minutosPostagem Inaiara RomeroDisponivél em : <http://www.youtube.com/watch?v=ltD7A_Mhwt8&featu>

O filme relata as consequências do excessivo descarte de lixo no Planeta Terra; a

quantidade de lixo que cada indivíduo produz diariamente. Os alunos podem

pesquisar a vida útil dos vários tipos de lixo.

Sugestão:- Comentar sobre a compra de produtos sem necessidade (consumismo)

consumir é necessário, pois garante emprego e renda para a sociedade, temos

que pensar no consumo irracional, pois maior a demanda por recursos da

natureza, recursos finitos, como minérios, água e solo e maior a quantidade de

lixo. Então o que podemos fazer para diminuir os impactos causados pelo lixo e a

exploração excessiva dos recursos. A primeira atitude é reduzir ao máximo, ou

seja, comprar somente o necessário, perceber se a aquisição do produto

realmente é necessário, optar por produtos que sejam reutilizáveis ou que

sejam recicláveis (a política dos 3 R), Reciclagem é a transformação do que

poderia virar lixo em matéria prima na produção de outros produtos.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Os alunos deverão trazer o lixo de sua casa que consideram reciclável (atividade

para o dia seguinte), aprender separar corretamente o lixo (papel, vidro, metal,

orgânico e produtos contendo resíduos tóxicos como pilhas, baterias e lâmpadas

fluorescentes), os resíduos orgânicos como as sobras e cascas de alimentos

deverão ficar em casa para produzir adubo, no caso do aluno que mora em

apartamentos pode produzir o adubo em caixas. Este lixo separado será

encaminhado aos catadores de recicláveis que retiram sua renda da venda deste

material. As pilhas e baterias podem ser descartadas em pontos especializados,

porém as lâmpadas fluorescentes (possuem um gás tóxico) ainda não tem local

de descarte o que representa um problema ao Meio Ambiente, esta é uma

questão que deve ser abordada assim como o desenvolvimento de novas

tecnologias que possam promover a reciclagem de parte do lixo que ainda não é

reciclado.

- Falar sobre as lixeiras personalizadas por cores distintas. O alumínio é

reciclável, todos os vidros podem ser reciclados, o isopor ainda tem um custo

muito alto para sua reciclagem, as latas de conserva, caixas longa vida são

recicladas, óleo de fritura, pilhas e baterias também. Os copinhos de iogurte,

papel celofane como as embalagens de bolachas, papel manteiga e papel

higiênico não são reciclados. O procedimento correto de separar o lixo: lavar as

embalagens como caixas longas vida, pacotes plásticos e latas de conserva,

separá-los em sacolas por grupos e encaminhar para catadores, cooperativas ou

pontos de entrega voluntária (supermercados), os resíduos orgânicos podem ser

transformado em adubo para o cultivo de hortas e jardins. Vamos dar o destino

correto ao lixo reduzindo os impactos no Planeta.

Vídeo – Produção de vassouras de pet – Mostra passo a passo a confecção

de vassouras de pet

Postagem por Indianara Romero

Disponível em <http://youtu.be/TiJlAEbLpaQ>

- Os alunos deverão trazer de casa uma garrafa pet com o gargalo cortado, uma

tesoura e um pedaço de barbante. Produzir uma vassoura que deve ficar na sala

de aula como um símbolo ambiental e também com a finalidade de varrer as

aparar de papel e lápis.

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Objetivos

O objetivo principal foi contribuir com a sensibilização e

conscientização da comunidade escolar utilizando diferentes metodologias

didáticas.

Alguns professores desenvolveram o tema Meio Ambiente nas suas

disciplinas utilizando recursos apropriados a sua área, como os alunos do

Professor Silvio C. de Alcântara de Língua Portuguesa que redigiram

poesias após assistirem vídeos sobre Educação Ambiental e a explanação

do professor (vídeos disponíveis no Youtube).

Este poema foi premiado no Festival Literário internacional dos Campos

Gerais (FLICAMPOS) – 2012.

Aluno Daniel Salamucha – 6º ano do Col. Est. 31 de Março

Poema intitulado – Vamos Pensar na Natureza

Há algum tempo,

ouvi no jornal falar.

Que não precisamos estranhar,

que o céu venha a acinzentar.

E comecei a lembrar,

que existe a natureza.

Coitada dela!

vai chorar.Porque a sua beleza,

um dia pode acabar...

Poluição!...fico a pensar:

o que podemos fazer

para que isso venha a acabar?

O que podemos fazer?

Como podemos evitar?

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Qual é a saída?

Chorar?

A natureza vai se lembrar,

quando em qualquer lugar

algo você jogar.

Então quando o mundo se sujar...

Você vai se lembrar de que um dia,

o lixo, você jogou em qualquer lugar.

Para que isso não aconteça.

Para que tudo de bom prevaleça

Devemos da natureza cuidar.

Para que no futuro tenhamos bem estar.

Exposição de Poemas dos alunos das 6ª séries do

colégio 31 de março – 2012 – contribuição do

professor Silvio.

Fig. – 28 Exposição de poemas dos alunos dos 6º anos

A Professora de matemática relacionou a matemática calculando a “pegada

ecológica” de cada aluno, ressaltando em números a importância de

minimizar esta pegada com o objetivo de melhorar a qualidade do meio

ambiente e da saúde.

Como criar uma Cartilha socioambiental na Escola:

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Com a intenção de criar uma cartilha socioambiental, os alunos

começaram observando todas as áreas da escola para detectar problemas

ambientais (salas de aula, secretaria, pátio, pavilhão, sala dos professores,

cozinha, quintal, banheiros, sala da Direção e corredores), fotografaram o

que viram e reuniram-se para discutir sobre possíveis soluções.

Observaram embalagens misturadas aos restos de alimentos como

cascas e sobras do lanche.

Fig. – 29 Lixo da cozinha do Colégio

No lixo do pavilhão encontraram desperdício

de alimento da merenda escolar

descartada pelos alunos

Fig. – 30 Lixo com restos da merenda dos alunos

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Fig. – 31 Bebedouro do colégio – torneiras pingando

Luzes e ventiladores ligados no horário do recreio.

Papéis das lixeiras da secretaria, das salas de aula e da sala dos

professores, são encaminhados e transportados para o aterro da cidade.

Fig.- 32 Lixo da escola encaminhado para o aterro

Fig. – 33 Livros didáticos mal cuidados Fig. – 34 Caderno de aluno mal cuidado

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Fig. – 35 Patrimônio público depredado

Quintal da escola invadido pelo mato onde se escondem animais

perigosos para a saúde da comunidade como ratos, aranhas e escorpiões.

Fig. – 36 Quintal do Colégio invadido pelo mato Fig. - 37 aranha marrom

De acordo com a opinião dos alunos este cenário pode mudar, pois

normas podem regulamentar as ações socioambientais na escola,

democraticamente toda comunidade escolar pode participar na criação

destas normas, estas uma vez estabelecidas deverão ser cumpridas por

todos.

Sugestões dos alunos (público alvo)

Foram utilizadas algumas estratégias para sensibilizar e

conscientizar os alunos como a confecção de bolsas e vassouras

reutilizando garrafas pet, jogos educativos, campanhas de coleta seletiva

com o auxilio do grêmio estudantil. A escola se transformou por um dia em

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

um ponto de coleta, estes materiais recicláveis foram entregues a uma

catadora que comercializa o material e a renda se destina ao sustento da

família.

Alunos do ensino médio trabalhando a conscientização ambiental com alunos do

fundamental

Fig. – 38 Integração dos alunos do ensino médio

Fig. - 39 Reutilização de garrafas pet

Com os alunos do fundamental

Foi decidido pelos alunos que a escola poderia ser um ponto de

entrega de pilhas e baterias destinando as mesmas para outros pontos de

entrega voluntária como os Supermercados, pois em nossa cidade não há

recicladoras deste material. Cada cidadão deve escolher um ponto de coleta

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

deste material mais próximo a sua casa, evitando assim o descarte em

aterros.

Este é mais um ponto de coleta de pilhas e baterias localizadas em

um schoping em PG - PR

Fig. – 40 Ponto de

entrega de pilhas e baterias

Os alunos apoiaram

a ideia que todo cidadão pontagrossense deve enviar suas pilhas e baterias

para um desses pontos. Este material não deve ser depositado em aterros,

pois apresentam materiais contaminantes que causam problemas a saúde.

Os resíduos orgânicos farão parte do processo de compostagem, que pode

ser trabalhada nas aulas de

ciências.

Fig. – 41 Ótimo adubo para hortas, jardins e pomar.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Outra proposta, cada turma eleger um monitor ambiental para

observar a situação da sala de aula relatando por escrito semanalmente

como está a organização e limpeza da sala, assim como apagar as luzes e

ventiladores no momento que todos saírem da sala para o recreio.

Os alunos consideraram importante fazer uma campanha na escola

com o objetivo de ensinar sobre a separação correta do lixo doméstico:

COLÉGIO ESTADUAL 31 DE MARÇO ENSINO DE 1º E 2º GRAUS

CAMPANHA – LIMPEZA EM NOSSO BAIRRO

Devemos respeitar o Meio Ambiente em qualquer lugar:

Você sabia que tudo que jogamos no lixo irá para lixões e aterros?

Você sabia que os lixões e aterros sanitários poluem o meio ambiente e

dessa forma pode prejudicar nossa saúde e de outros seres vivos?

Você sabia que o lixo é fonte de renda de muitas famílias?

Você sabia que podemos reduzir a produção do lixo?

Você sabia que podemos reutilizar muitos materiais que jogamos fora?

Você sabia que 90% do lixo podem ser reciclados?

Você sabia que pode evitar os problemas causados pelo lixo?

Participando da campanha – LIMPEZA EM NOSSO BAIRRO –

COMO?

Separando corretamente o lixo na sua casa e trazendo para a escola que

agora é também um PONTO DE COLETA – vamos apoiar esta ideia!

Observação: Todo lixo foi encaminhado para a catadora de materiais

recicláveis.

Conclusão:

O projeto alcançou os resultados esperados. A utilização de várias

metodologias e recursos didáticos promoveu reflexões sobre os problemas

ambientais, assim como ações positivas na escola. As empresas

contempladas para as entrevistas foram escolhas aleatórias, as escolas que

decidirem colocar em prática estas ideias podem entrevistar outras

empresas. A maioria dos professores de outras áreas contribuiu com a

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Educação Ambiental na Escola, este é um projeto que deverá ter

continuidade. Não é fácil mudar atitudes que se tornaram hábitos, mas é

necessário encontrar estratégias para influenciar positivamente a todos. As

entidades. O Grêmio Estudantil sugeriu que a festa Junina no Colégio fosse

ecológica, reaproveitaram material como garrafas pet e revistas usadas,

evitou-se o uso de copos descartáveis. As sementes foram espalhadas,

agora o trabalho é cuidar do cultivo.

Anexo 1Questionário Socioambiental 1-O que é Educação Ambiental? 2-A Educação Ambiental deve ser trabalhada somente na disciplina de Ciências e Biologia? Justifique sua resposta.3-Cite dois problemas ambientais observados na sua casa ou bairro.4-O que você sugere para mudar os problemas observados?5-Cite os problemas ambientais encontrados na escola?6-Quais suas sugestões para mudar tais problemas?7-Você concorda em criar uma cartilha socioambiental com a participação de

todos os alunos com normas que deverão ser seguidas por todos naescola?

justifique sua resposta.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Anexo 2

Questões a serem discutidas sobre os Vídeos - Forças da Natureza

disponível no Youtube

- Quais as forças poderosas da Natureza e como elas agem?

- A atmosfera do Planeta é constituída por vários gases como oxigênio,

dióxido de carbono, ozônio entre outros. O que está ocasionando o aumento

do CO2 e CH4 na atmosfera, porque este aumento é prejudicial e quais

atitudes seriam corretas para mudar este cenário?

- Como a vida no Planeta Terra está protegida dos efeitos prejudiciais da

radiação solar?

- Porque as Florestas estão desaparecendo? Quais as consequências e

quais as melhores atitudes para mudar este cenário?

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Anexo 3

Aluno: _____________________________

Após assistir os vídeos (acessados no youtube)

Quantas pessoas irão viver na Terra? (partes 1.2.3 e 4)

Responder:

- O que chamou a sua atenção nos quatro videos? Como os vídeos tratam

do mesmo assunto, pode descrever uma única resposta ou responder

citando cada vídeo.

- Com o que você não concorda? Por quê?

- Quais soluções você sugere para os problemas que esses vídeos relatam?

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Anexo 4 - Questionários das entrevistas realizadas pelos alunos:

Entrevista na Sema (Secretaria de Meio Ambiente) 01Qual sua formação e sua função na SEMA?Qual a relação entre o IAP e a SEMA?Quais as atividades desenvolvidas pela SEMA?Quantas pessoas trabalham no SEMA, e suas respectivas funções?Quais projetos ambientais são desenvolvidos pela SEMA?A SEMA recebe apoio financeiro somente do governo, ou possui parceiros que auxiliam

os projetos?

A sociedade e as escolas em geral podem auxiliar de alguma forma os projetos

ambientais desenvolvidos pela SEMA?

Entrevista à catadora de materiais recicláveis - 02 A quanto tempo trabalha coletando lixo?Quais as maiores dificuldades deste trabalho?Considera seu trabalho importante para a sociedade e meio ambiente?O material coletado é separado corretamente?O que a sociedade e a escola pode fazer para ajudar o trabalho do catador?

Entrevista – Indústria de reciclagem - 04O que é a reciclagem?A indústria segue regras ambientaisQual a relação do Protocolo de Quito com as indústrias?O que é efeito estufa e quais os principais gases do efeito estufa?Porque as indústrias devem procurar formas de energia alternativas?

Entrevista na SANEPAR - 05Qual sua formação e função que desempenha na SANEPAR?

A SANEPAR é considerada uma das melhores empresas em distribuição de água e

tratamento de esgoto, a que você atribui esta afirmativa?

No site da empresa está que 100% da população recebe água tratada, o resultado é

somente da zona urbana ou inclui a zona rural?

Muitas empresas

apresentam projetos de

políticas ambientais.

Quais projetos a Sanepar

vêm desenvolvendo em

relação ao meio

ambiente?

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

A Sanepar iniciou seus trabalhos em l968, a população aumentou até os dias de hoje, os

reservatórios são os mesmos, ou aumentou a capacidade dos reservatórios?

Hoje muitas pessoas reclamam da falta de água em determinados

bairros da cidade. A que você atribui este problema?

O que você aconselha para a população em relação ao uso correto

da

Água?

Qual água é melhor para beber, mineral ou da torneira?

Pesquisa do Parque Estadual do Guartelá – 06Em quais dias o parque recebe visitantes?Qual o Bioma predominante?Qual a fauna encontrada no parque?Como é o relevo?

Entrevista a um ponto de entrega voluntária de resíduos - 07(supermercado)- Por que devem ter pontos de coleta nos supermercados?- Como e quem realiza a separação dos resíduos?- Quais resíduos vêm para o ponto de coleta?- Quais os destinos dados aos diferentes tipos de resíduos?- Qual o destino da matéria orgânica?- O que é feito com os alimentos que estragam?

Entrevista – ONG (Grupo Fauna) - 08 Qual sua formação? O que são ONG’s e quais as funções? Qual sua função na ONG? O que a levou fazer parte desta ONG? Quem pode participar da ONG? Como a ONG se mantêm financeiramente?

1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BOFF, L. Ecologia, mundialização, espiritualidade. São Paulo, Ática, 1995.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

1.

BRAGA, J., Brasil é destaque em lista de crimes ambientais atribuídos a indústria, Jornal O GLOBO, pág. 32, 06/06/2002, RJ.CALDERONI, S. Os bilhões perdidos no lixo. 3 ª edição. São Paulo: Humanitas Editora, 346 p.1998.

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hp?conteudo=67> acessado em novembro/2011.

REGINA,Tania,Disponívelem<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/dia

dia /arquivos/File/taniaregina.pdf> acessado em outubro de 2011

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Cartilha Socioambiental

Apresentação

A referida cartilha é o resultado do trabalho desenvolvido no PDE –

Programa de Desenvolvimento da Educação do Estado do Paraná, cujo tema

“Educação Ambiental na Escola”, apresenta um conjunto de ações que podem ser

desenvolvidas por toda comunidade escolar para transformá-la em um ambiente

sustentável, onde todos possam exercer a sua cidadania respeitando o outro

assim como seu espaço. Muitos alunos contribuíram para criação desta cartilha,

após um período de pesquisas e observações e uma enquete realizada na escola,

os alunos colocaram algumas sugestões que podem fazer parte da rotina da

mesma. Penteado (2000) afirma que, “para avançarmos em direção à escola

formadora, implica contarmos com alguns recursos didáticos adequados criando

situações de participação social orientadas, em que os alunos e professores

possam junto exercer a sua cidadania”.

Os problemas ambientais mundiais a se enfrentar são inúmeros e diante

desse fato nos sentimos impotentes, pois o que podemos fazer para diminuir

estes impactos. Porém se todos os habitantes da Terra pensarem assim

realmente esses problemas irão se agravando à medida que o tempo passa.

Devemos fazer a nossa parte para minimizar estas questões e dar o exemplo

para que outras escolas possam participar. Então! “Vamos pensar globalmente e

agir localmente”!

Dicas que podem auxiliar em ações ecológicas sustentáveis tanto na escola como em casa

• Um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água, o óleo

jogado no solo pode alcançar os lençóis freáticos contaminando a água. O óleo

de cozinha usado pode ser envasado em garrafa pet e encaminhado para os

pontos de entrega voluntária nos supermercados, ou entregues nas Cooperativas

ou Associações de catadores, ou ainda entregues aos catadores de recicláveis.

Normalmente este material é utilizado para produção de biodiesel ou sabão pelas

recicladoras.

• Os professores de Química podem trabalhar (reações químicas,

substâncias saturadas e insaturadas, densidade, ponto de fusão e solidificação),

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

utilizando como prática a produção de sabão com o óleo que sobra da cozinha da

escola, os alunos também podem trazer de casa.

Faça Sabão em Casa!

Material utilizado:

- 4 litros de óleo vegetal pós-consumo;

- 2 litros de água;

-1/2 copo de sabão em pó;

- 1 Kg de soda cáustica (NAOH);

- 5 ml de óleo essencial (opcional);

Como preparar:

- Dissolver o sabão em pó em ½ litro de água quente;

- Dissolver a soda cáustica em 1 e ½ litro de água quente;

- Adicionar lentamente as duas soluções ao óleo;

- Mexer por 20 minutos;

- Adicionar a essência (opcional);

- Despejar em formas;

- Retirar da forma no dia seguinte;

- Depois de pronto deixar o sabão de molho num recipiente, para que a soda

cáustica neutralize e não prejudique as mãos do usuário.

(desperdí[email protected])

Os professores de Biologia e Ciências podem abordar questões da

saúde, as gorduras saturadas, e a arteriosclerose - placas de gordura que aderem

as paredes dos vasos sanguíneos diminuindo a passagem do sangue e a saúde

do sistema cardiovascular, as escolhas por alimentos mais saudáveis com baixo

teor de gordura saturada. Nosso organismo precisa do equilíbrio de ácidos graxos

essenciais para construir membranas celulares fortes e flexíveis, devemos

escolher gorduras insaturadas (geralmente de fontes vegetais e peixes), em vez

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das saturadas - principalmente em fontes animais, fast-food, frituras, bolos e

biscoitos, que aumentam o risco das doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

Os professores de Educação Física associam a quantidade de energia

produzida em cada molécula de lipídio com a energia necessária para os

diferentes tipos de atividades físicas. Uma pesquisa na Dinamarca envolvendo 30

mil pessoas durante 14 anos concluiu que ir de bicicleta para o trabalho diminui

em 40% o risco de morte, reduz o risco de doenças do coração, pressão alta e

obesidade, e não polui o meio ambiente. (Charlab, Sérgio, ET AL, Seleções do

Reader’s Digest, salve o meio ambiente, 2006). Sugestão: o

professor pede aos alunos que relatem como se sentem quando realizam

atividades físicas, como se alimentam e quais alimentos ingerem, se o período de

sono é normal, se permanecem várias horas assistindo TV, ou se exercitam

regularmente todos os dias, então propõe para que mudem seus hábitos

alimentares ingerindo “alimentos saudáveis”, regular o seu sono (levantar e ir

dormir mais cedo, praticar exercícios aeróbios todos os dias por 40 minutos no

prazo de uma semana, após estas ações, o professor pode pedir para que os

alunos relatem o que estão sentindo agora em relação a disposição para

atividades e o sono e como se alimentam. Caso os alunos tenham seguido as

sugestões do professor, provavelmente irão relatar que se sentem mais dispostos

e melhorou a qualidade do sono. O professor pode repetir em outros momentos

para que os alunos criem o hábito e possam desenvolver uma boa qualidade de

vida.

Cascas de alimentos podem virar adubo, a decomposição destes

resíduos orgânicos por fungos e bactérias produz nutrientes para o solo, ótimo

adubo orgânico, próprio para hortas, jardins e pomares, o processo de

decomposição para a produção de adubo é denominado compostagem.

Quando estes materiais orgânicos são depositados nos aterros e lixões produzem

gás metano (CH4) e o acúmulo destes gases podem provocar explosões, é por

este motivo que em aterros, este gás é canalizado para a atmosfera, o que

provoca a poluição do ar. O professor de ciências pode produzir uma composteira

onde serão depositadas as sobras da cozinha, os alunos podem acompanhar o

processo de decomposição e aprender sobre a importante atividade das bactérias

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e fungos acompanhando e analisando os resultados. O adubo produzido é

misturado ao solo, onde se pode cultivar uma horta, um jardim ou pomar.

Fig. 1 – Pequena horta da escola Fig.2 – Cultivo de cheiro verde

Esta atividade da condição para que o professor aborde diferentes

assuntos como: tipos de solos, decomposição da matéria orgânica, resultados do

uso indiscriminado de adubos químicos no solo. O professor pode ampliar o

estudo destas questões abordando a agricultura familiar, devastação de florestas

para a agricultura e pecuária, assim como o desperdício de alimentos que

estragam durante o armazenamento e transporte, e a quantidade de energia e

água utilizada na agricultura. Importante estimular os seus alunos em cultivar a

horta em casa mesmo em pequenas áreas, até em uma floreira é possível cultivar

temperos como cebolinha, salsinha, manjericão, manjerona, orégano, tomilho e

alecrim entre outros. A prefeitura de Ponta Grossa desenvolve um programa,

fornecendo mudas de hortaliças para quem quiser produzir sua horta. O professor

de Biologia pode trabalhar a culinária alternativa que aproveita cascas de

alimentos. As cascas dos alimentos contem muitos nutrientes, o professor pode

abordar quais nutrientes estão presentes nas cascas e quais pratos podem ser

preparados.

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Fig.3 – Armazenagem da água para reutilização

A água um bem finito, não podemos desperdiçá-la. A maioria das

residências que possuem máquina de lavar roupa, a água da lavagem vai para o

esgoto, deveria ser utilizados para a limpeza de calçadas, sanitários, limpeza da

casa e também para jardins em períodos de estiagem. A água da chuva pode ser

armazenada em baldes ou latões para o uso doméstico, além de contribuir para

que não falte, reduz gastos para o governo e para o bolso.

Evitar arrancar folhas do caderno, verificar se realmente é necessário

descartá-la. Cada Tonelada de papel reciclado pode poupar 17 árvores, 1.683

litros de óleo, 2.75 metros cúbicos de espaço nos aterros, 4.000 kilowatts de

energia e 31.000 litros de água. Isto representa uma economia de 64% de

energia, 58% de água e 27 quilos a menos de poluição no ar! Para produzir 1

tonelada de papel são necessárias entre 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande

quantidade de água e muita energia. O uso de produtos químicos altamente

tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um

sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente - comprometendo a

qualidade da água, do solo e dos alimentos. Disponível em

<http://www.ecolnews.com.br/papel.htm>. Na escola podemos aproveitar os

papéis descartados para confecção de blocos de anotações. Todo papel

descartado na escola (menos papel higiênico, papel manteiga e copos

descartáveis), deverão ser separados em um cesto e encaminhados para

cooperativas de catadores, catadores de material reciclado ou pontos de entrega

voluntária.

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Fig. 4 – Pilhas e baterias descartadas em coletores

As pilhas e baterias possuem vários tipos de materiais contaminantes,

descartadas de maneira apropriada na escola poderão ser encaminhada para os

locais que recebem este material, evitando que vão para o aterro. Este material é

encaminhado para recicladoras de pilhas e baterias. Portanto não devemos jogar

este material no lixo comum.

Fig. – 5 Lâmpada incandescente

Para economizar energia e arejar o ambiente manter as janelas e cortinas

abertas durante o dia, em dias mais ensolarados é desnecessárias luzes acessas.

Sempre que sair do ambiente verifique principalmente se as luzes e ventiladores

estão desligados, é comum na escola, horário do recreio, luzes e ventiladores

ligados, são quinze minutos de desperdício de energia em cada ambiente.

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Fig. 6 – Lâmpadas fluorescentes

As lâmpadas fluorescentes são mais econômicas que as incandescentes.

As lâmpadas fluorescentes contém um gás tóxico (gás de mercúrio) que pode

contaminar as pessoas que manuseiam este material quando quebrado, evite

quebrá-las quando for descartar, é necessário usar máscaras e luvas para evitar a

contaminação, pois este gás é mais tóxico que o arsênico. As lâmpadas

fluorescentes representam um sério problema quando descartadas no meio

ambiente, o gás liberado contamina água, solo e o ar. Atualmente em Ponta

Grossa, não há coleta seletiva para estas lâmpadas. Este é um bom assunto para

ser trabalhado pelo professor de Química. http://www.youtube.com/watch?

v=dEwRG9EpWzY Neste site há vídeos mostrando as reações dos átomos nas

lâmpadas fluorescentes e incandescentes.

Fig.7 – Jardim do colégio (toca de roedores)

Criar uma horta no quintal da escola é uma solução para evitar a

aproximação de animais que possam transmitir doenças. Nesta foto podemos

observar um buraco feito por roedores. Podemos encontrar outros animais como

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escorpiões e aranhas. Ciência pode trabalhar os invertebrados e vertebrados

transmissores de doenças

Fig. 8 – Balde com restos do lanche dos alunos

O alimento um bem essencial que a natureza dispõe, não podemos

desperdiçá-lo, pois o que se desperdiça pode ser o que alimenta outro ser

humano. É bom lembrar que para produzir este alimento foram gastos: energia,

água, insumos agrícolas e solo são recursos finitos, então “vamos comer o que

temos no prato ou não colocar no prato o que não vamos comer”. Esta atitude de

respeito que devemos ter pela natureza e pelo próximo.

O governo do Estado do Paraná desenvolve um programa de

reaproveitamento dos resíduos da Ceasa de Curitiba, mensalmente são coletadas

aproximadamente 1.300 toneladas de resíduo (orgânicos, recicláveis e rejeitos),

são sobras de uma comercialização média de 57.000 toneladas. Os resíduos

orgânicos sobras das atividades de 423 empresas atacadistas e de 4 mil

produtores hortigranjeiros que abastecem a Capital e municípios. Sobra diária,

bom para o consumo é selecionada, higienizada e destinada à doação para

entidades sociais. Porém, do total, aproximadamente 40 toneladas por dia, que

são transformadas em ração animal. Disponível em:

<http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?

storyid=66769&tit=Residuos-organicos-da-Ceasa-de-Curitiba-viram-racao-

animal# > acessado em dezembro de 2011.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].

Referências Bibliográficas:

CARTILHA DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO Disponívelem<http://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/cartilha_codigoflorestal_20012011.pdf, acessado em novembro/2011.CHARLAB, Sérgio, ET AL,Salve o Meio Ambiente,1.001 ideias para por em prática atitudes ecológicas que vão fazer diferenças na sua vida, Seleções do Reader’s Digest, 2006. Desperdício zero (manual) - Programa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos hídricos LOUREIRO, Carlos F.B., Et al, EDUCAÇÃO AMBIENTAL – repensando o espaço da cidadania, São Paulo, Cortez, abril de 2002Resíduos orgânicos da Ceasa de Curitiba. Disponível em <http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=66769&tit=Residuos-organicos-da-Ceasa-de-Curitiba-viram-racao-animal# > acessado em dezembro de 2011.© Secretaria do Meio Ambiente e Recursos. Hídricos, Meio Ambiente.

Disponívelem

<Hídricoshttp://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php

?conteudo=67> acessado em novembro/2011.

1 – Profª da Rede Estadual de Educação no NRE/Ponta Grossa; e-mail: [email protected], 2 – Profª Doutora em Zoologia de vertebrados; e-mail: [email protected].