educ ac ao do campo - prof luiz 1
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COLÉGIO ESTADUAL BENTO MOSSURUNGA
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES2º ANO
EDUCAÇÃO DO CAMPO
PROFESSOR LUIZ CARLOS DOS REIS
13 DE NOVEMBRO DE 2013
UMUARAMA - PR
Século XXI apresenta inúmeros desafios à humanidade e ao Brasil.
Um deles é o de superar as contradições sociais.
A fome, a miséria, a exclusão, a exploração são condições que exigem
projetos políticos nacionais e internacionais de enfrentamento para
sua superação.
O CAMPO DA EDUCAÇÃO DO CAMPOO CAMPO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Morte e Vida SeverinaMorte e Vida Severina
João Cabral de Melo NetoJoão Cabral de Melo Neto
A questão da terra e renda no país, e a luta pela Reforma Agrária, as condições econômicas do trabalhador do Campo....e o que mais????
Os conteúdos da Educação do Campo que devem emergir no debate, entre outros:
- a diversificação de produtos relativos à agricultura e o uso de recursos naturais;
- a agroecologia e o uso das sementes crioulas;- a questão agrária e as demandas históricas por reforma
agrária;- os trabalhadores assalariados rurais e suas demandas
por melhores condições de trabalho;- a pesca ecologicamente sustentável;
-o preparo do solo
O que se constata é que a educação para os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo urbano e, na maioria das vezes,
deslocado das necessidades e da realidade do campo.
A escola não deve reduzir o debate pedagógico somente às questões dos camponeses sem
considerar a interdependência entre campo-cidade em que se encontram essas escolas. Muitas das cidades possui características do
campo quanto: a produção, o trabalho, a diversão e o modo de vida.
A EDUCAÇÃO DO CAMPO pode desmitificar a forma como os conteúdos sobre o modo de vida
do camponês é apresentado, trazendo as características de sociabilidade e de trabalho
comunitário presentes nas experiências camponesas:
A forma peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização
das atividades produtivas, mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e
valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas
comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem
sempre segue o relógio mecânico.
. Assim, valorizar a cultura dos povos do campo
significa criar vínculos com a comunidade e gerar um sentimento de pertença ao lugar e ao grupo social. Isso possibilita ao aluno criar uma
identidade sociocultural de compreensão e transformação do mundo.
ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA EDUCAÇÃO DO CAMPOEDUCAÇÃO DO CAMPO
EducaEducaçção do Campo ão do Campo éé direito e não esmola.... direito e não esmola....
Vamos refletir sobre o vídeo com a letra e som da Vamos refletir sobre o vídeo com a letra e som da
mmúúsica sica ““EducaEducaçção do Campo ão do Campo éé direito e não direito e não
esmolaesmola”” de Gilvan Santos... de Gilvan Santos...
Educação do Campo é Direito?? Ou é esmola.???..Em que lugar está escrito ? Desde quando? O que você estudante acha disso? E o
que a história diz a respeito??...
Para compreender a História da Educação do Campo, podemos dividir o processo em três
períodos:
1) O primeiro período é marcado pela negação dos sujeitos do campo nas políticas públicas
educacionais realizadas pelo Estado – a CHAMADA EDUCAÇÃO RURAL/
2) O segundo período marcado por iniciativas de EDUCAÇÃO POPULAR e de embates dos movimentos
sociais camponeses junto ao Estado/
3) O terceiro momento marcando o rompimento com a Educação Rural e o Surgimento da EDUCAÇÃO DO
CAMPO – uma educação que reconhece a identidade e a cultura dos povos do campo...
1988 Constitui
çao Federal
A Educaçao
é um Direito de Todos e
um dever do Estado
1996 LDB 9.394
Art. 28Adequaç
ão à Educaçã
o na Zona Rural
1997I Encontro Nacional
dos Educadore
s(as) da Reforma Agrária
Aparece a proposta
de Educação do Campo
1998I
Conferência
Nacional Por uma Educação Básica
do Campo
CONTINUE LENDO..
2001É aprovada
pelo Conselho
Nacional de Educação as
Diretrizes Operacionais
para uma Educação Básica nas Escolas do
Campo (CNE)
2003 Nasce no MEC a
Coordenação da
Educação do Campo
2008 É aprovada pelo
CNE as Diretrizes
Complementares da Educação
Básica
DECRETO PRESIDENCIAL 7.352, DE 4 DE
NOVEMBRO DE 2010
Esse decreto dispõe sobre a política de
Educação do Campo e o
Programa Nacional de Educação na
Reforma Agrária (PRONERA
E A EDUCAÇÃO DO CAMPO NO ESTADO DO PARANÁ
O PRONACAMPO - PROGRAMA
NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO
CAMPO(Pronacampo) é uma
ação do Governo Federal resultado da
mobilização dos movimentos sociais e sindicais do campo.
2000É realizada a “II
Conferência Paranaense: por uma Educação Básica do
Campo”Nasce a Articulação Paranaense por uma Educação do Campo
2003Nasce na SEED a Coordenação da Educação do
Campo
2006 É publicado um
documento pedagógico: As
Diretrizes Curriculares da
Educação do Campo
2010É aprovada as
Diretrizes Complementares
para uma Educação Básica nas Escolas do
Campo do Paraná
Conforme a LDB Nº 9.394/96 , em seu Art. 28 diz :
“Na oferta de educação básica para a população rural, os
sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua
adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região”
Art. 28 – Na oferta da Educação Básica para a população rural, Art. 28 – Na oferta da Educação Básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias
à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: região, especialmente:
I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II – organização escolar própria, incluindo adequação do II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições
climáticasclimáticas
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural III – adequação à natureza do trabalho na zona rural
A vida no campo é de vida ou não? Como podemos constatar isso?
Os efeitos da Educação Rural:fechamento de escola;a formação de uma forte rede de transporte escolar;a formação continuada de professores sem levar em consideração o contexto do campo em que está situada a escola;Um movimento que buscasse reverter essa situação tornou-se necessário...
A Escola não pode reduzir o processo pedagógico somente às
discussões da realidade camponesa, desconsiderando a
interdependência campo-cidade,...
Organização dos saberes escolares: Organização dos saberes escolares: investigação e interdisciplinaridade investigação e interdisciplinaridade
como princípios pedagógicoscomo princípios pedagógicos TRABALHAR OS CONTEÚDOS –
INTERDISCIPLINARMENTEOcorre no interior das diferentes disciplinas da
Base Nacional Comum (Língua Portuguesa, Artes, Educação Física, Matemática, Ciências, História, Geografia, Ensino Religioso, Língua Estrangeira Moderna, Sociologia e Filosofia), articulando os conteúdos sistematizados com a
realidade do campo.
A INVESTIGAÇÃO E O DIÁLOGOA INVESTIGAÇÃO E O DIÁLOGO
Conforme Paulo Freire, Conforme Paulo Freire, ensinar exige pesquisaensinar exige pesquisa, , paciência e respeitopaciência e respeito. Contemplando as relações . Contemplando as relações
sociais de produção, os saberes que estão presentes sociais de produção, os saberes que estão presentes no cotidiano do trabalho, da organização política, no cotidiano do trabalho, da organização política, das negociações econômicas, práticas religiosas, das negociações econômicas, práticas religiosas,
festas, entre outros...festas, entre outros...
O TEMPO O ESPAÇO ESCOLARO TEMPO O ESPAÇO ESCOLAR
É o lugar das relações educativas formais. É o lugar das relações educativas formais. Mas é possível agregar outros espaços Mas é possível agregar outros espaços
educativos...A roça, a mata, os rios ou o mar, as educativos...A roça, a mata, os rios ou o mar, as associações comunitárias, são lugares educativos associações comunitárias, são lugares educativos
que, às vezes, justamente por causa do contato que, às vezes, justamente por causa do contato diário, passam despercebidos (PARANÁ, 2006, p. diário, passam despercebidos (PARANÁ, 2006, p.
41).41).
O TEMPO E O ESPAÇO ESCOLARO TEMPO E O ESPAÇO ESCOLAR
Exemplificando: Uma aula na mata, na ilha, no Exemplificando: Uma aula na mata, na ilha, no acampamento, no assentamento, na associação acampamento, no assentamento, na associação comunitária, na roça ou na cooperativa, dentre comunitária, na roça ou na cooperativa, dentre
tantos outros lugares, pode levar uma manhã toda, tantos outros lugares, pode levar uma manhã toda, numa sequência de encontros...numa sequência de encontros...
REFERÊNCIAS 1- Paraná - Diretrizes Currículares da Educação do Campo, Curitiba-PR -
2006;2- Vídeo música: por uma escola do campo - autor Gilvan Santos, adaptação
com fotos do Colégio Agrícola - Estadual de Umuarama - Criação do Vídeo do professor Clemerson.
Umuarama- 2010;3- Vídeo Institucional da SEED - Doado pelo DEDI em DVD para ser apresentado no Itinerante de Julho de 2010; Disponível em endereço
eletrônico em http://www.youtube.com/watch?v=2bI0WQkJ9vA;4- Paraná – Diretrizes Curriculares Operacionais de História, Curitiba – PR,
2008;4- Fotos do Colégio Agrícola Estadual de Umuarama, acervo Profº Luiz C.
dos Reis.