edson soares e ricardo da emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a...

8
Editorial: Ainda não chegamos ao fundo do poço. Acredite, pode piorar muito! - Pág. 02 Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para disputar a Prefeitura de Teófilo Otoni Teófilo Otoni - MG, 06 de agosto de 2015 - Edição 186 - R$ 1,00 Uma chapa inusitada pode ser anunciada a qualquer momento visando as eleições municipais do ano que vem (2016). Nas últimas semanas vem sendo amplamente divulgada a possibilidade de uma chapa composta pelo ex-prefeito Edson Soares e pelo empresário Ricardo da EMEX. Página 03 Hospital Santa Rosália inaugura nova ala de atendimento SUS Página 06 Clube dos Cavalheiros da Rosa Mística promove festa julina Página 08 vereador Northon Neiva diz que, em Políca, ninguém sabe tudo Página 05 ENTREVISTA DENÚNCIA Sargento Rodrigues diz que deputados estaduais mineiros “se vendem” Durval Ângelo diz que Sargento Rodrigues deve “dar nome aos bois” Página 04 Página 04

Upload: trancong

Post on 08-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 2015Editorial: Ainda não chegamos ao fundo do poço. Acredite, pode piorar muito! - Pág. 02

Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para disputar a Prefeitura de Teófilo Otoni

Teófilo Otoni - MG, 06 de agosto de 2015 - Edição 186 - R$ 1,00

Uma chapa inusitada pode ser anunciada a qualquer momento visando as eleições municipais do ano que vem (2016). Nas últimas semanas vem sendo amplamente divulgada a possibilidade de uma chapa composta pelo ex-prefeito Edson Soares e pelo empresário Ricardo da EMEX. Página 03

Hospital Santa Rosália inaugura nova ala de atendimento SUS

Página 06

Clube dos Cavalheiros da Rosa Mística promove festa julina

Página 08

vereador Northon Neiva diz que, em Política, ninguém sabe tudo

Página 05

ENTREVISTA

DENÚNCIASargento Rodrigues diz que deputados estaduais mineiros “se vendem”

Durval Ângelo diz que Sargento Rodrigues deve “dar nome aos bois”

Página 04

Página 04

Page 2: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 20152 ReflexõesEDITORIAL Por David Ribeiro Jr.

Ainda não chegamos ao fundo do poço. Acredite, pode piorar muito!

Dia desses eu me encon-trava entre algumas pessoas que discutiam qual o futuro político e econômico do Brasil, e de que maneira esse futuro — que parece perigosamente se avizinhar — atingirá Minas Gerais e, de forma peculiar, nossa querida Teófilo Otoni. Eu, na realidade, praticamente só ouvia as ponderações e as muitas especulações do grupo. Quase não tomei parte nas dis-cussões, até porque todos os presentes acreditavam, de uma forma ou de outra, nas muitas estatísticas que são apresenta-das de que a crise no Brasil só vai durar até o ano que vem, e que em 2017 a nossa econo-mia voltará a crescer, e a cres-cer muito. A maioria acreditava piamente nisso. Eu, não.

Com todo o respeito, qual-quer pessoa que tenha feito mi-nimamente o seu dever de ca-sa nas aulas de Economia sabe que isso não tem lógica nenhu-ma. Quando o Fundo Monetá-rio Internacional, ou FMI, como prefiram, afirma que a econo-mia vai voltar a crescer no ano que vem, ou, no mais tardar em 2017, o diz acreditando que o Governo vai fazer o seu dever de casa. Ocorre que nós brasi-leiros sabemos que isso é um sonho febril e delirante. A Dil-ma teve quatro anos para fazer esse dever de casa, mas não o fez. Preferiu um governo popu-lista. Lula, antes dela, idem. E mesmo depois da reeleição, as tais medidas impopulares que foram anunciadas por Dilma — e são impopulares mesmo — só estão cortando na carne do povo. Eu não vi uma única medida até agora que corte na carne do governo. Desafio al-guém a me mostrar uma única sequer.

A máquina pública do Esta-do Brasileiro é como um mons-tro que não se cansa de comer (no caso, gastar). E, diante da

crise, e da consequente que-da na arrecadação, o que fez o Governo? Criou medidas duras que penalizam o cidadão para não deixar cair a arrecadação do Estado, mesmo com menos dinheiro circulando na econo-mia como um todo. Convenha-mos, assim não há como reto-mar o crescimento com o qual todos nós sonhamos — e do qual muito precisamos. Não há como nos libertar dessa praga chamada recessão.

E NO CASO DE TEÓFILO OTONI? — Bem, o caso de Teófi-lo Otoni é ainda um pouco mais complicado do que o resto do Brasil. E sabe por quê? Porque somos a quarta mais miserável região do planeta. Simples as-sim. Há muito tempo que os go-vernos de turno vêm tentando mascarar essa realidade, mas isso não a torna menos real.

Recentemente, quando esteve em Teófilo Otoni para lançar o seu programa dos fó-runs regionais, o governador Pimentel ouviu do prefeito Ge-túlio Neiva que esse era o Vale da Miséria. Pimentel retrucou e disse que aqui é o Vale das Oportunidades. O que isso quer dizer, afinal? Nada. É só uma expressão bonitinha que os po-líticos gostam de usar para não terem que propor uma solução que é esperada deles para um problema real. Infelizmente nós estamos localizados no Vale da Miséria, sim. Estamos na quarta mais miserável região do plane-ta, sim.

Embora seja verdade de que, com a abertura de merca-do, hoje tenhamos mais acesso a bens de consumo, nem por isso deixamos de ser aquele velho vale da miséria. Nossos conterrâneos continuam ten-do dificuldade para estudar; o nosso percentual de cidadãos com curso superior ainda é bai-xíssimo; a renda per capita aqui é uma vergonha; e não temos

uma infraestrutura de mobili-dade apropriada para escoar uma eventual produção (e, por causa disso, desestimula-se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás.

Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu da crise e da recessão, e que o pior já passou. Mas isso não é verdade. Acredite, o pior ainda está por vir. Finanças têm a ver com matemática. E a matemática não reconhece milagres. Ou você faz o certo e “até” pode ter resultados po-sitivos, ou faz qualquer coisa e assume-se as consequências do que der e vier.

O prefeito Getúlio Neiva tem procurado demonstrar à população que o Município perdeu cerca de 40% das suas receitas orçamentárias. Isso não é brincadeira não, gente. 40% das receitas orçamentá-rias é “muita” coisa. É um ver-dadeiro milagre que a Prefei-tura ainda esteja funcionando enquanto muitas outras do Vale do Jequitinhonha, e até do Vale do Mucuri, estão de portas fechadas, apenas ofe-recendo atendimento emer-gencial aos seus cidadãos.

Quando eu disse que o nosso caso é pior do que no resto do Brasil, é porque nu-ma cidade como São Paulo, por exemplo, a economia po-de aguentar a alguns trancos de vez em quando. É claro que ninguém quer isso, mas aguenta-se. Aqui, onde ven-demos o almoço para comprar a janta, se perdemos o almoço que iríamos vender, aí já era... Se correr, o leite derrama. Se parar, azeda.

EXPEDIENTEO REPÓRTERNOTÍCIAS é marca regis-trada da empresaSanthar Produções, Pes-quisas e Cia. Editorial Ltda.

CNPJ.:04.917.875/0001-03

Nº dest a publicação: 186

Ano: 13

Editor-chefe:David Ribeiro Santos Júnior

Jornalista Responsável:Regº: MG 09739 JP

Contato.: Tel.: (33) 8825.3680Comercial.: (33) 9125.5994

e-mail.:[email protected]

Impressão:Gráfica LesteFone.: (33) 2101.2101

Artigos, crônicas, ensaios e outros textos assinados são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a mes-ma opinião dos editores deste jornal. O conteúdo dos anúncios publicitários é de responsabilidade dos anunciantes.

SINDIJORISindicato dos Proprietários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais | Filiado a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

Para Vencer É Preciso Mudar! “Você pode abrir seu coração pra fazer a mudança!”Gilclér Regina

No ano de 1858, mais precisamente no mês de se-tembro, Henry Fawcet, um jovem inglês de 20 anos de idade, ficou cego dos dois olhos quando seu pai, aciden-talmente, descarregou a es-pingarda enquanto caçavam.

Antes da tragédia, Hen-ry era um rapaz inteligente, ambicioso e com um grande futuro diante de si. Depois do acidente, encheu-se de de-sespero.

Contudo, uma coisa o

salvou: Como amava profun-damente o pai e sabia que ele ficara quase louco por causar tanto pesar ao filho, a única forma que Henry encontrou de preservar a sanidade mental de seu pai foi escolher a espe-rança em lugar do desespero.

Fingia ter interesse pela vi-da, quando na verdade queria desistir de tudo. Quando o de-sespero lhe oprimia o coração, Henry fazia de conta que tinha esperança de ainda ser um ci-dadão útil.

Gilclér ReginaPalestrante motivacional

Quais as forças que veremos disputando o poder no ano que vem?

Depois das férias escola-res de julho acaba a trégua política que houve na cidade nestes primeiros meses do ano. Terminadas as férias, todas as atenções se voltam para uma mesma causa — se é que pode ser chamada de causa: as eleições do ano que vem.

Quais as forças que vão se enfrentar com vistas à toma-do do poder? Quem vai ser o candidato de um lado ou de outro? Haverá, a exemplo das últimas três campanhas, uma candidatura que se autoin-vista da condição de terceira via? Será uma campanha ple-biscitária, com apenas duas forças se digladiando? Ou teremos outras candidaturas realmente fortes no páreo?

Na verdade, enquanto homem público, penso que já está na hora de pararmos com esses arroubos de poder. A cidade já não aguenta mais ver grupos políticos brigan-do para assumir a Prefeitura única e exclusivamente para dizer que a tem. Todos os dias acompanhamos relatos de ci-dades às vezes até menores do que Teófilo Otoni cres-cendo e se desenvolvendo... mas a nossa parece ter esta-cionado no tempo. Temos sé-rios problemas estruturais na saúde, no saneamento, falta de infraestrutura, e tantos

Pinga-Fogo

Por Jorge Medina

outros. Mesmo assim, alguns dos nossos homens e mulhe-res públicas estão preocupa-dos única e exclusivamente com as eleições — como se apenas isso importasse.

Nós somos uma cidade onde ainda há dezenas, tal-vez centenas de famílias que vivem abaixo da linha da po-breza. Embora o agronegócio seja o que está salvando a ba-lança comercial no Brasil, em Teófilo Otoni o nosso homem do campo sofre com a carên-cia de investimentos básicos. É inadmissível que ainda hoje tenhamos comunidades que, em tese, são assistidas pela COPANOR, por exemplo, mas que, na prática, não usufruem de água tratada para ser con-sumida pelas famílias do lugar.

É hora de todos nós que nos consideramos pessoas de bem exigirmos dos nossos re-presentantes uma coisa cha-mada “programa de governo” bem como comprometimento com a palavra empenhada. O que está acontecendo atu-almente em nível nacional, quando a presidenta, na con-dição de candidata, prometeu uma coisa, e agora faz outra, é algo comum na vida dos mu-nicípios pequenos, principal-mente em nossa região. Mas não podemos aceitar que as coisas continuem assim. É ho-ra de exigir mudanças, e mu-

danças sérias... mudanças pra valer.

É hora de a população se fazer ouvir e também se levar a sério. Nós fomos para as ru-as reclamar, protestar e criti-car contra a incompetência e contra a corrupção. Então, o cidadão comum, por mais pobre que seja, não pode se permitir nas eleições do ano que vem, vender o seu voto por um favor qualquer.

E penso, também, que os formadores de opinião, em todos os lugares e ins-tâncias, precisam ser mais responsáveis. Cabe aos lí-deres comunitários, líderes classistas e todas as pessoas que exercem influência, prin-cipalmente os pais de família, pensarem se vão deixar con-tinuar a atual situação em que nos encontramos, ou se vamos dar o primeiro passo para construirmos uma cida-de melhor para todos nós.

Só é preciso começar. A mais longa jornada come-ça com um único e primeiro passo. Vamos caminhar ru-mo ao futuro!

JORGE MEDINA é médi-co, ex-vereador, ex-presiden-te da Câmara Municipal e presidente do PSB de Teófilo Otoni

Então algo estranho acon-teceu. O fingimento tornou-se realidade! Foi como se tivesse exorcizado os maus pensa-mentos.

Perseguiu a carreira que havia escolhido. Foi eleito para o Parlamento e mais tarde, a pedido de Gladstone, primei-ro-ministro da Inglaterra, foi encarregado de chefiar o sis-tema postal e telegráfico bri-tânico.

O que o salvou foi o amor de filho que Deus colocou em

seu coração!

Pense nisso, tenha uma boa semana, um forte abraço e esteja com Deus!

* Gilclér reGina – Pa-lestrante com experiência em vendas, varejo, atacado, lide-rança e motivação. Escritor com 10 livros editados. Muitos even-tos de CDLs e ACEs em todo pa-ís. Mais de três milhões de livros vendidos. Sua palestra mostra que pessoas estão vencendo nas piores cidades e fracassan-do nas melhores cidades.

Page 3: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 2015 3PolíticaEntrevista 7

Como são tecnicamente fraudadas urnas eletrônicas brasileiras?

Amilcar Brunazo Filho é considerado uma das maio-res autoridades mundiais em urna eletrônica. É a voz mais altissonante a denunciar que nossas urnas não são nada confiáveis. “O modelo de ur-na usado no Brasil é ainda de 1ª geração, conhecida como DRE (Direct Recording Elec-tronic voting machine), onde

os votos são gravados apenas em meio digital eletrônico (e regravável) de forma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gravado corretamen-te e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apurado) corretamente”, dis-se em entrevista.

“É um absurdo votar num sistema que não lhe permite

Como começou seu inte-resse pelo assunto?

Brunazo: Sou engenhei-ro formado na Poli (1975), e acabei trabalhando na área de segurança de dados. Em 1996, votei pela primeira vez numa urna eletrônica. Quan-do vi que o mesário digita-va o número do meu título de eleitor no seu terminal que estava conectado com a urna, onde eu iria digitar o meu voto, me ocorreu a dú-vida: “como posso saber se o programa (software) da urna não vai gravar o meu voto junto com a minha identi-dade?” E fiz essa pergunta ao mesário (representante oficial da autoridade eleito-ral que me oferecia aquele equipamento), que me res-pondeu: “Não se preocupe. Eu lhe garanto que seu voto não será identificado”, bem no estilo: “La garantia soy Yo”

Logo percebi que não ha-via garantias concretas e, a partir daí, fui atrás de mais informação sobre o projeto e funcionamento das nos-sas urnas eletrônicas. Per-corri Cartórios Eleitorais e acabei indo até o TSE. Então descobri que não só o sigilo do voto, mas também a ga-

rantia da justa apuração do meu voto, não tinha garan-tia real e também dependia exclusivamente de dar con-fiança pessoal aos projetis-tas, desenvolvedores e ad-ministradores da autoridade eleitoral. A partir daí, iniciei meu périplo na luta por mais transparência do voto ele-trônico no Brasil.

Quais defeitos aponta em nossas urnas?

Brunazo: O modelo de urna usado no Brasil é ain-da de 1ª geração, conhecida como DRE (Direct Recording Electronic voting machine) onde os votos são gravados apenas em meio digital ele-trônico (e regravável) de for-ma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gra-vado corretamente e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apu-rado) corretamente. É um sistema que é essencialmen-te dependente do software instalado no equipamento e a literatura técnica inter-nacional toda condena esse tipo, pois é, na prática, invi-ável se demonstrar que um software complexo (mais de 17 milhões de linha de có-digo) que esta gravado em

cada uma das 450 mil urnas está comprovadamente li-vre de erro.

Tais defeitos ocorreram em que grau na ultima elei-ção?

Brunazo: Ocorreram, sim, com certeza. O siste-ma não gera documentação que possa ser usada numa eventual auditoria contábil (recontagem) dos votos e assim, nem o eleitor teve como saber se seu voto foi gravado corretamente, nem os auditores podem saber se o voto que o eleitor digi-tou foi contado corretamen-te. Em outras palavras: nem quem ganhou tem como provar que ganhou e nem quem perdeu tem como ve-rificar que perdeu de fato. O sistema continua exata-mente o mesmo de 1996, onde uma eventual garan-tia da sua confiabilidade é totalmente dependente da palavras dos administrado-res, ainda no mesmo tipo: “La garantia soy Yo”.

Conhece algum caso de fraude de urna eletrônica no Brasil?

Brunazo: Muitos deles, como a fraude do mesário

(que permite a inserção de voto por gente não autori-zada), a clonagem de urnas (carregar urnas verdadeiras em duplicidade para inse-rir votos) e a modificação de votos na totalização po-deriam ser detectadas por uma fiscalização eficiente dos partidos, o que rara-mente ocorre. Outra moda-lidade de fraude, a inserção de código malicioso por gente de dentro do corpo de desenvolvedores do sof-tware, é praticamente im-possível de ser detectada e impedida.

Por que os EUA não ado-tam nossos sistema de ur-nas?

Brunazo: Não só os EUA. Todos os países que se usam ou usaram urnas eletrônicas

conferir para quem seu vo-to foi gravado”, estabelece. Todos os países que já ado-taram o sistema de urna ele-trônica empregado aqui no Brasil, nas últimas eleições, já o abandonaram, por seu alto grau de adulteração, explica o engenheiro Amilcar Bruna-zo Filho.

Confira:

no mundo (como EUA Ale-manha, Rússia, Índia, Bélgica, Holanda, Argentina, Vene-zuela, Equador, México, etc.), fora o Brasil, já abandonaram o modelo DRE de 1ª geração, substituindo-o por outros modelos de 2ª e até de 3ª geração. O motivo é exata-mente a falta transparência no processamento do voto no modelo DRE. Na Alema-nha, esse modelo de urna foi declarado inconstitucional em 2009 porque não atende o Princípio de Publicidade, já que não permite ao elei-tor comum, usando recursos próprios, conferir o destino do seu voto. Nos EUA, em 2007/9 foi emitida a norma técnica “Voluntary Voting System Guidelines” que des-credencia máquina do tipo DRE.

O engenheiro Amilcar Brunazo Filho é hoje uma das maiores autoridades brasileiras em urnas eletrônicas

Para Amilcar Brunazo, a urna eletrônica brasileira não é tão segura quanto o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) quer fazer

parecer

Na Subcomissão do Voto Eletrônico, em Brasília, o engenheiro Amilcar Brunazzo Filho (2º à esq) entrega relatório ao deputado federal Geraldo Magela demonstrando a falibilidade das runas

eletrônicas brasileiras

Por que nossas urnas não emitem comprovante impresso sobre em quem votamos?

Brunazo: Porque a au-toridade eleitoral brasileira, formada, em sua cúpula ad-ministrativa, por membros do STF e do STJ, tem poderes excepcionais de legislar, ad-ministrar e julgar em causa própria, e não admite adotar um sistema eleitoral eletrô-nico que permita à sociedade civil conferir se o resultado que eles publicam está cor-reto. Eles não aceitam terem seu trabalho na área elei-toral submetido a nenhum tipo de “controle externo”, que o voto impresso confe-rível pelo eleitor permitiria. A autoridade eleitoral brasi-leira, agindo nem sempre às claras, já cuidou de derrubar duas leis (de 2002 e de 2009) que previam a adoção do vo-to impresso conferível pelo eleitor nas urnas eletrônicas e a migração para modelos de 2ª geração.

Enquanto o eleitor brasilei-ro não compreender que é um absurdo votar num sistema que não lhe permite conferir para quem seu voto foi gravado e será contado e não exigir mudanças concretas nas urnas eletrônicas brasileiras, a autoridade eleito-ral brasileira vai continuar nos impondo abusivamente esse sistema sem nenhuma transpa-rência efetiva, e que já foi aban-donado no resto do mundo.

Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para a Prefeitura em 2016Por David Ribeiro Jr.

No ano passado eu escre-vi um editorial para o Jornal O REPÓRTER NOTÍCIAS afirman-do que a maior guerra política da história de Teófilo Otoni es-tava para começar. O editorial foi reproduzido pelo minasre-porter.com no dia 08 de janei-ro deste ano e obteve mais de 1.000 visualizações em apenas três dias. Só para constar, con-tinuo acreditando na proximi-dade desta guerra.

Até então já temos certe-za de duas candidaturas. Uma é a do grupo do atual prefeito Getúlio Neiva. Num primeiro momento o nome que deve disputar é o do próprio Getú-lio. Algumas pessoas insistem em afirmar nos bastidores que há uma possibilidade real de o Dr. Ilter disputar, já que este foi um compromisso assumido na campanha de 2012. Consta que Getúlio ficaria um man-dato e apoiaria o Dr. Ilter no seguinte. Ocorre que, apesar deste boato ter sido ampla-mente divulgado nos meios políticos, tanto em conversas de bastidores quanto naquelas protagonizadas pelos cornetei-ros de plantão, nunca chegou a ser de fato confirmado pelo prefeito Getúlio. Ao contrário, em sua última entrevista ao minasreporter.com, o próprio presidente do PSDB (partido do Dr. Ilter), Clélio Gosling, o Pelé, deixou claro que na po-lítica brasileira “você não tem que se fechar”. Em dado mo-mento da entrevista Pelé foi enfático em afirmar o seguin-te: “(…) O município está bem administrado e nós fazemos parte da base aliada do gover-no Getúlio Neiva. E vamos con-tinuar com esse governo, pois acreditamos na sua reeleição”. … Então, pelo menos para mim, já está muito claro quem se-rá o candidato da aglutinação PMDB/PSDB e partidos coliga-dos. Quer dizer... estava mui-to claro. Há poucos dias, logo depois de ter concedido esta entrevista, o próprio Pelé foi exonerado do seu cargo como titular da Secretaria Municipal de Integração Regional, Traba-lho, Emprego e Renda (SEMIR-

O engenheiro e ex-prefeito EDSON SOARES (esq) pode formar uma chapa com o empresárioRICARDO da EMEX (dir) para disputar a Prefeitura de Teófilo Otoni no ano que vem

TE). Se isso muda alguma coisa na sua fala anterior, só o tem-po nos trará a resposta.

Muita gente ainda ficou com medo de Getúlio ser ex-pulso do PMDB por causa das suas divergências com a Executiva estadual do partido quando não apoiou a campa-nha pela eleição do governa-dor Fernando Pimetel. Nem is-so preocupa mais. Se o PMDB insistir em expulsar Getúlio, quem perde é o partido. Há cerca de dois meses o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que os votos de alguém eleito pelo sistema majoritário lhe pertencem, e não ao partido, diferente do que ocorre com os eleitos pelo sistema proporcional (no caso dos vereadores e deputados). Assim, se o PMDB estadual insistir em encher o saco de Getúlio, ele migra para outro partido e ainda sai se dizendo vítima de perseguição, o que é bom para ele. Simples assim.

Bem, se por um lado nós temos o nome de Getúlio dis-posto a tudo para conseguir um quarto mandato (ele já foi prefeito outras duas vezes além do atual mandato), te-mos um PT que está disposto a partir para cima para assegurar a vitória do partido no ano que vem. Já se falou até em lançar novamente o nome de Maria José Haueisen Freire (que à época da eleição estará com 86 anos). Mas eu ainda acredi-

to que o candidato do partido será mesmo o vereador Daniel Sucupira, ainda mais depois da saída de Ricardo da Emex do partido. Há quem acredite que o vereador Thalles Contão, que hoje está mais tranquilo, possa apresentar o seu nome e começar uma pré-campanha a partir do segundo semestre deste ano. Eu ainda acho que o candidato será mesmo Da-niel. Ele tem maioria na con-venção do partido e, a não ser que haja algum fato novo, di-ficilmente lhe tirarão esta can-didatura.

Se por um lado nós temos duas candidaturas consoli-dadas, por outro nós temos alguns nomes que correm pe-las beiradas. Atualmente já se fala até em uma quarta e uma quinta vias alternativas que poderiam se lançar com o apoio de deputados. Eu, no en-tanto, penso que isso é só ba-lão de ensaio. Mas que a pro-posta existe, existe. A terceira via, por sua vez, praticamente já tem as nuances delineadas. Nas últimas semanas houve algumas reuniões da parte de vários nomes que defendem uma coligação que una numa mesma chapa o ex-prefeito Ed-son Soares, que por duas vezes dirigiu os rumos do município, além de ter sido deputado fe-deral, e o empresário Ricardo da Emex, que teve quase trinta mil votos pelo PT nas últimas eleições, e que, como já disse

aqui antes, tem a possibilida-de de um dos discursos mais desejados pelos publicitários, coordenadores e operadores de campanha (nos tiraram a vitória na boca da urna — re-ferindo-se à cassação de sua chapa em 2012 —, mas agora é a nossa vez)

Por enquanto ninguém fala ainda quem será o candidato a prefeito e quem será o vice. Há quem defenda Edson como ca-beça de chapa, e há, também, evidentemente, quem defen-da Ricardo como cabeça de chapa. Que Edson Soares tem subido morros, dado entre-vistas e aparecido em lugares públicos, há algum tempo que já havíamos notado isso. Ricar-do da Emex, por sua vez, tem feito um trabalho mais institu-cional mostrando-se como um grande presidente da Associa-ção Comercial e Empresarial de Teófilo Otoni (ACETO). Uma coisa é certa: se há algum tem-po a gente não vê uma terceira via com chances reais, se esses dois se unirem, eles podem mudar tudo no jogo. Não é à toa, inclusive, que o nome de Edson já teria sido até sonda-do como possível vice numa chapa petista também.

Como já disse antes, as apostas estão sendo colocadas sobre a mesa. É só uma ques-tão de tempo para que come-ce a maior guerra política da história de nossa cidade.

Quem viver, verá!

Deputados da Assembleia de Minas turbinam

salários de assessoresResolução aprovada permite que cada parlamentar aumente em até R$ 12,2 mil a cota para pagar funcio-nários de gabinete. Em um ano, medida vai represen-tar gasto de R$ 12 milhões

Pouco antes de fechar os trabalhos do primeiro semestre, os deputados estaduais d Minas Gerais (foto) aprovaram uma resolução que lhes permite reajustar os salários dos gabinetes, aumentando em R$ 12.220,40 a cota máxima da verba de con-tratações por parlamentar.

Em vez dos atuais R$ 84.015,25 permitidos hoje, eles pas-sam a ter direito a R$ 96.235,65 para gastar com funcionários que atuem na sede do Legislativo ou em suas bases.

O adicional vai custar por mês R$ 940.970,80, caso os 77 gabinetes usem o teto, o que representará um gasto a mais para os cofres públicos mineiros de R$ 12.232.620,40 ao fim de um ano.

A regra foi aprovada na noite de sexta-feira por 48 votos a um. Hoje, cada deputado tem direito a usar 275 pontos para pagamento de seus quadros com salários que vão de R$ 863,74 a R$ 12.161,56, com jornadas de quatro ou oito horas. A resolu-ção continua permitindo o mesmo número de cargos, 23, mas aumenta a pontuação para 315 e permite à Mesa Diretora regu-lamentar a correspondência entre os padrões de vencimento e a pontuação dos cargos. Os padrões remuneratórios agora irão de R$ 1.227,68 a R$ 12.161,56. Também caberá à cúpula da Assembleia editar texto sobre o controle de frequência e pro-dutividade dos servidores, que não precisam necessariamente bater ponto.

O 1º secretário da Mesa, Ulysses Gomes (PT), disse que a resolução é “apenas um ajuste administrativo”, adotando um quadro semelhante ao da Câmara dos Deputados, que em vez de vários tipos de cargos entende todos como assessores par-lamentares.

(com informações do jornal Estado de Minas)

Polícia Federal prende José Dirceu. De novo!

A Polícia Federal deflagrou na manhã de segunda-feira (03/08) a 17ª fase da Opera-ção Lava Jato, apelidada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado nas propinas do me-gasesquema do petrolão. Cer-ca de 200 agentes cumprem 40 mandados judiciais, sendo

26 de busca e apreensão, três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e seis de con-dução coercitiva em Brasília e nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O ex-ministro José Dirceu, condenado como che-fão do Mensalão, foi preso por participar, agora, do Petrolão.

Page 4: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 20154 Política

Cidade4

O Festival de Intérpre-tes da Canção de Teófilo Otoni — Festicanto 2014 —, em sua sexta edição, lotou a Praça Tiradentes e levou muita música e alegria à Praça Tiradentes no último

final de semana. O Festi-val contou com mais de 67 inscritos e os candidatos foram selecionados para se apresentar em 2 (duas) eli-minatórias, cada qual clas-sificando os doze melhores.

Na noite de domingo (23), os 24 candidatos finalistas se apresentaram para um corpo de 5 (cinco) jurados, composto por nomes de músicos e instrumentistas da cidade de Teófilo Otoni.

Prestigiado por centenas de pessoas, em todas as noi-tes, o Festival movimentou a Praça Tiradentes, ofere-cendo entretenimento para o público teofilotonense. O Festicanto também tem si-

do um espaço para que sur-jam novos talentos na músi-ca na cidade.

Premiação — Em sua 6ª edição o Festicanto foi ven-cido pela intérprete Maya Ribeiro. Maya recebeu das mãos do prefeito Getúlio Neiva e do vereador Thal-les Contão um prêmio em dinheiro no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), troféu e uma medalha. O segundo lugar, com prêmio de 800

reais, foi para o Grupo Die-no. O intérprete Jean Fer-nandes ficou com o terceiro lugar e levou para casa o prêmio de 500 reais. A du-pla Kamila Gomes e Emer-son Vogel sagrou-se com a quarta colocação e fez jus a um prêmio de 300 reais. O quinto lugar, com premia-ção de 200 reais, foi para Júnior Márcio.

(com informações de ASCOM/PMTO)

Juntos, a vencedora e os principais colocados do Festicanto, posam para foto histórica

A grande vencedora, Maya Ribeiro, recebendo o seu prêmio das mãos do vereador Thalles Contão (esq) e do prefeito Getúlio Neiva (dir)

Foto

s: G

abri

el M

arti

ns

A Polícia Militar, por meio da 47ª Cia PM, do 19º BPM, que é responsável pelo policiamento na área central de Teófilo Otoni e bairros adjacentes, tem desencadeado trabalhos preventivos com o objeti-vo de combater os crimes que têm como vítimas em potencial os funcionários e clientes bancários. A reali-zação dessa campanha se dá por meio da constante presença de militares nas proximidades das agências bancárias, bem como pela realização de palestras vi-sando o fornecimento de orientações de autoprote-ção.

Nesse ínterim, foi dado

início a um Projeto de Polí-cia Comunitária, denomina-do “PREVENÇÃO BANCÁRIA EM CENA”, cujo objetivo é de fornecer uma maior ex-planação das modalidades dos delitos aos clientes e funcionários bancários, uti-lizando-se de encenações realizadas pelo grupo de teatro INCENA. Serão rea-lizadas simulações das mo-dalidades de crimes ocorri-dos na região, dentro dos estabelecimentos financei-ros, sempre com o propó-sito de prestar maior assis-tência por parte da Polícia, uma vez que a visualização dos “modus operandis” dos criminosos tornará o clien-te mais atento, diminuindo

assim as chances de se tor-nar uma vítima em poten-cial. Haverá ainda palestras com orientações de segu-rança e potencialização do policiamento bancário.

Serão quatro dias de evento, com intervenções nos dia 27 de Novembro, 01, 04 e 05 de dezembro do corrente ano. As apre-sentações serão de curta duração, sendo até quatro apresentações por dia em cada banco.

As intervenções ocor-rerão nos horários de maior fluxo de clientes, sendo: 8h20min, 9h30min e 10h20min (este no Itaú). A primeira intervenção é voltada aos aposentados e

idosos e os demais ao pú-blico em geral.

Serão simulados de-litos que ocorrem com maior frequência como “Golpe da ligação premia-da”, “Golpe do cheque”, “Golpe do troco”, “Golpe da ajuda no caixa eletrôni-co 1 e 2”, Golpe do falso funcionário do INSS, Gol-pe do Plano Bresser, den-tre outros.

Inicialmente as apre-sentações serão realiza-das nos bancos do Brasil (Agência Centro), Brades-co e Caixa Econômica Fe-deral (Agência da Rua En-genheiro Antunes), que aderiram ao referido pro-jeto.

Pimentel se reúne com deputados no encerramento do primeiro semestre da Assembleia Legislativa

Governador agradeceu parlamentares e técnicos pelo empenho na análise de projetos e diz que o Estado saiu mais forte com o apoio da Casa

No encerramento dos tra-balhos do primeiro semestre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel participou na quarta-feira (15/7) de um café da manhã com os deputa-dos estaduais e fez um agrade-cimento aos parlamentares e técnicos da Casa pelo trabalho desempenhado nesse início de governo.

Segundo o governador, a atuação da Assembleia Legis-lativa no primeiro semestre gerou “um dos melhores resul-tados legislativos da história da Casa”. “Isso graças ao em-penho de todos, do compro-misso com Minas Gerais. Estou muito feliz por participar dessa harmonia que nós consegui-mos criar entre o Legislativo, o Executivo e também com o Ju-

diciário. Prova que é possível viver na democracia com dife-renças, porém buscando o re-sultado comum, que é melho-rar a vida do cidadão de Minas Gerais”, afirmou Pimentel.

Na ocasião, o governador fez questão de ressaltar o tra-balho do corpo técnico da As-sembleia Legislativa. “Às vezes, é um trabalho pouco valoriza-do, a sociedade não enxerga isso, enxerga o parlamentar, mas não enxerga o trabalho que está por trás disso, que proporciona os resultados que a gente alcança” destacou.

O presidente da Assem-bleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes, avaliou co-mo positivos os primeiros seis meses de atividades em 2015. De acordo com ele, a base e a oposição trabalharam juntas

em favor de Minas Gerais. “Ti-vemos um semestre excepcio-nal. Desde ontem encerramos os nossos trabalhos, e encerra-mos aprovando todos os pro-jetos. A oposição e a situação trabalharam conjuntamente naqueles projetos que chega-

ram à Casa. Nós somos gran-des porque temos os melhores na Assembleia Legislativa, e a oposição faz parte do corpo da Assembleia”, avaliou.

Em entrevista coletiva após o encontro, o governa-dor reafirmou a atuação dos

O governador atribuiu à parceria com a Assembleia o que chamou de sucesso deste primeiro momento de GovernoFERNANDO PIMENTEL

parlamentares na análise dos projetos de autoria do Execu-tivo. “Todos os projetos im-portantes e necessários para o Estado foram discutidos, deba-tidos e aprovados com as cor-reções que a Casa entendeu que deveria fazer. O Estado sai

melhor, mais forte”, disse.

novos Projetos — Pimen-tel ainda destacou os temas que entrarão em pauta na Casa no próximo semestre, após o recesso legislativo. “Lo-go que retomar os trabalhos, deve haver alguma alteração na legislação ambiental para simplificar os procedimentos que hoje são muito lentos. Já conversamos um pouco com os deputados. Uma pequena alteração na legislação tribu-tária talvez seja necessária também. Com o tempo vamos encaminhá-la”, explicou o go-vernador, citando também o Orçamento do Estado para 2016 e o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG).

Participaram do encontro, além de deputados estaduais de diversos partidos e direto-res legislativos, o vice-gover-nador Antônio Andrade e di-versos secretários de Estado.

(Fonte: Agência Minas)

Deputado Sargento Rodrigues expõe bastidores do Legislativo Mineiro e

diz que colegas se vendemO parlamentar acusou outros deputados estaduais de negociarem car-gos, fazer “barganhas nojentas” e usar o trabalho na ALMG como bico

Em um texto publicado em sua página pessoal na internet, e também nas redes sociais, o deputado Sargento Rodrigues (PDT), rasgou o verbo contra colegas de Parlamento e expôs, em um arroubo de sinceridade, os bastidores do legislativo.

O parlamentar, que exerce seu quinto mandato consecu-tivo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), afirma que muitos não aparecem para trabalhar e mesmo assim rece-bem seus vencimentos integral-mente, fazem lobby e “barga-nhas nojentas”, negociam car-gos e favores junto ao governo, deixando de lado o interesse da coletividade, e se prostituem em troca de benesses; marcam agenda com representantes do Executivo e aparecem de sur-presa com empresários a tira-colo; transformam a atividade parlamentar em “bico” e votam projetos pensando muitas vezes na melhor forma de tirar “pro-veito do Executivo”.

Sargento Rodrigues afirma que uma das coisas que mais o incomodam nesses anos de tra-balhos na ALMG é o deputado que faz “bico” do exercício da atividade parlamentar e o fato de eles não serem obrigados a marcar presença. “O que faz com que ele vá à Assembleia

na hora e no dia em que ele bem entender. A obrigação de votar ou não uma matéria está atrelada ao seu “bel-prazer”, ou melhor, de que forma vou tirar proveito em votar com o Poder Executivo ou não”, afirma o par-lamentar. Rodrigues se elegeu deputado pela primeira vez em 1998, depois de despontar co-mo um dos líderes da greve da Polícia Militar em 1997, e foi nas eleições passadas o quinto deputado mais bem votado do estado, com 98,8 mil votos.

No texto, batizado de Legis-lar ou Prostituir, o deputado re-vela também como funciona o lobby em favor de empresários. Segundo ele, os parlamentares pedem para a secretária marcar uma agenda com o governador

ou com secretários de Estado e levam algum empresário junto. “Quem pediu a agenda foi o de-putado, mas quando adentra na sala da autoridade, quem entra é o dono de um ramo de negó-cio, é o detentor de uma ativi-dade econômica que necessita de uma mãozinha ou um em-purrãozinho em sua atividade principal”.

Diz ainda que muitos parla-mentares se elegem “para abrir portas que só o poder econômi-co não abriria” ou garantir imu-nidade em caso de processos criminais. “E ainda tem aqueles que buscam, além de abrir por-tas com o mandato parlamen-tar, vestir a capa da imunidade que o mandato tem”, afirmou.

(Fonte: Estado de Minas)

Para o deputado estadual Sargento Rodrigues a Assembleia está se transformando num balcão de negócios

Deputados reagem a acusações de lobby e “barganhas nojentas”Líder do governo, Durval Ângelo cobra de Sargento Rodrigues (PDT) os nomes dos parlamentares que, segundo denúncia do pedetista, negociam cargos e fazem barganhas para obter vantagens

Para o líder do Governo, Durval Ângelo, Sargento Rodrigues não deveria ter generalizado suas denúncias

O texto em que o deputa-do Sargento Rodrigues (PDT) afirma que muitos integran-tes do Legislativo recebem sem comparecer às sessões plenárias, fazem lobby e “bar-ganhas nojentas”, negociam cargos e benesses junto ao governo causou revolta entre os colegas, que criticam o par-lamentar por “generalizar as acusações”. O líder do gover-no, deputado estadual Durval Angelo (PT), cobrou os nomes dos deputados que se utilizam desse expediente denunciado por Rodrigues. “Ele devia dizer os nomes de quem acusa. Seria mais correto”, defende Durval. A Mesa Diretora da Assembleia não quis se pronunciar sobre o assunto, alegando ser uma opi-nião pessoal do parlamentar. Sargento Rodrigues reafirmou todo o teor do artigo e disse que sua fala foi um “desaba-fo”.

Para o líder do governo, apesar do mal-estar criado entre os integrantes do Parla-mento por causa do texto, o deputado tem o direito de se expressar. “O deputado não pode ser constrangido na pala-vra e no voto. Essa imunidade, prevista na Constituição, e que ele critica, é a que garante a ele falar o que quiser, inclusi-

ve fazer essa generalização que uma instituição como o Legisla-tivo não merecia”, afirma. Uma das críticas feitas pelo deputado Sargento Rodrigues, no texto “Legislar ou Prostituir”, publi-cado em seu site e nas redes sociais, é que muitos buscam o cargo apenas para ter imunida-de parlamentar.

Durval também rebateu as críticas do deputado sobre ne-gociações com o governo, en-volvendo cargos e favores, para a aprovação de projetos do in-teresse do Executivo. Segundo ele, elas aconteciam no governo passado e envolviam o bloco parlamentar a que ele fazia par-te. “O atual bloco governista não

faz esse tipo de acordo. A única garantia dada pelo governo é o pagamento das emendas par-lamentares aprovadas no or-çamento do estado, um direito dos deputados”, disse Durval.

Rodrigues se elegeu de-putado pela primeira vez em 1998, depois de despontar co-mo um dos líderes da greve da Polícia Militar em 1997, e foi nas eleições passadas o quin-to deputado mais bem votado do Estado, com 98,8 mil votos. Durante os governos tucanos fez parte da base governista. Na gestão Pimentel, integra a oposição.

(Fonte: Estado de Minas)

Page 5: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 2015

“Não existe ninguém que seja autossuficiente sobre coisa alguma”

Vereador, presidente da Câmara Municipal de Teófilo OtoniNORTHON NEIVA

O vereador NorthoN NeiVa DiaMaNtiNo, presidente da Câmara Municipal de Teófilo Otoni, tem 55 anos; é casado com Adriana e pai de Virgínia e Bernardo; começou a vida pública como presidente da Associação dos Moradores do Bairro Castro Pires, cargo que exerceu por dez anos, e, atualmente, serve à comunidade em seu 6º mandato de vereador. Hoje se considera muito mais maduro do que no início de sua carreira política. Segundo ele, o tempo o fez entender que às vezes é preciso ceder, e, politicamente, hoje compreende ser importante e ne-cessário respeitar e conviver harmonicamente com quem pensa diferente.

Em sua edição de julho/2015, a Revista Perfil VIP, comandada pelo editor Dimas Guerreiro, estampou uma excelente entrevista com o vereador, que reproduzimos aqui n’o rePÓrter NotÍCiaS. Acompanhe a en-trevista a seguir:

Atualmente o senhor é o vere-ador com o maior número de mandatos contínuos e ininter-ruptos. Qual foi a maior lição aprendida ao longo desses anos?

NORTHON NEIVA — Foram muitas. Eu até tenho dificulda-de de me prender a uma úni-ca lição em todos esses anos. Tudo foi muito importante. Eu posso dizer o seguinte: a pri-meira grande lição que aprendi na vida pública eu tirei de uma fala do saudoso deputado Ke-mil Kumaira. O Kemil contou que o Aureliano Chaves, que era o líder da ARENA em Minas Gerais, o procurou e disse que a situação e a oposição queriam a mesma coisa: “o bem-estar so-cial”. O que ocorre é que as du-as correntes pensam de forma diferente sobre como alcançar este objetivo em comum. De-pois de ouvir aquela história eu refleti muito no seu significado e entendi que na vida pública nós não apenas podemos, mas devemos, nos esforçar ao má-ximo para respeitar e conviver harmonicamente com quem pensa diferente de nós. Esta foi a primeira grande lição que aprendi. E outra, tão importan-te quanto esta, é que devemos todos os dias continuar apren-dendo. Não existe ninguém que seja autossuficiente sobre coisa alguma.

Um dos maiores problemas de Teófilo Otoni na atualidade é a crise da saúde. Existe algu-ma previsão de melhora?

NORTHON NEIVA — Previ-

são a gente tem. Haverá uma melhora quando o Hospital Regional for aberto. Um dos nossos maiores problemas com relação à saúde no mu-nicípio é a falta de leitos. O sistema está congestionado. E quando a situação está assim, não faz diferença se você vai ser atendido pelo SUS ou se tem o melhor plano de saúde. Se precisar se internar, sim-plesmente não há leito dispo-nível, mesmo que você esteja disposto a pagar em dinheiro. Como a UNIMED já abriu o seu hospital no Bairro Castro Pires, muitos atendimentos particu-lares devem ser direcionados para lá. E, quando o Hospital Regional estiver funcionando, aí sim poderemos desafogar o atendimento que é excessivo por causa dos pacientes que vêm de toda a região do Vale do Mucuri e do Jequitinhonha para serem atendidos aqui. O problema é que a obra do Hos-pital Regional está paralisada. Estão dizendo que em alguns dias a obra será retomada. To-mara que seja só isso mesmo! O meu medo é que a obra seja retardada de propósito para coincidir com o próximo perí-odo eleitoral. Nós já vimos is-so antes. Quando os gestores agem assim, nós, o povo, sem-pre saímos perdendo.

Como o Legislativo se com-porta neste momento de crise política institucionalizada?

NORTHON NEIVA — Eu costumo dizer que esta Câma-ra está unida em defesa dos interesses da comunidade. Eu

estou muito feliz de ver como os vereadores estão abraçan-do a causa da cidade durante o exercício do mandato. Hoje temos casos de vereadores que são, de forma muito clara, oposição ao prefeito e à Admi-nistração Municipal. Mas, com raríssimas exceções, os verea-dores têm sabido divergir com respeito à pessoa do prefeito e, como eu disse, levando o interesse da comunidade em conta. Esta, inclusive, foi a ra-zão pela qual o prefeito chegou a convidar dois vereadores de oposição para assumirem car-gos em seu governo: porque ele viu que esses vereadores sabem divergir do prefeito, da sua ideologia política, mas isso não impede que, inclusi-ve, votem favoravelmente em projetos do Executivo que são, claramente, bons para a comu-nidade como um todo. De mo-do muito peculiar, eu afirmo que a Câmara tem procurado ajudar como pode a cidade.

O senhor é muito respeitado pelos seus colegas vereadores, por diferentes partidos, e ben-quisto por uma grande parce-la da população. Já pensou em se candidatar a prefeito?

NORTHON NEIVA — Se eu disser que não, estarei men-tindo. Mas é apenas isso: um

pensamento. Ninguém deve ser candidato de si mesmo ou puramente por uma questão de ambição pessoal. O prefeito é, antes de tudo, um servidor do povo. E eu penso que o pre-feito Getúlio Neiva incorpora bem este papel. Eu até penso que ele deveria ir mais para a rua conversar com o povo e se mostrar às pessoas que vota-ram nele. Afinal, se ele é o ser-vidor número um, tem que se apresentar mais à população. Mas eu entendo, também, sem nenhum tipo de demagogia ou de favoritismo partidário, que no momento ele é a pessoa de que precisamos para ajudar a cidade a passar por esta crise que assolou o país, e que tem reflexos ainda maiores nos mu-nicípios. O Getúlio ama fazer o que faz, e faz bem feito. Basta ver como recebeu as finanças do Município, com dívidas e mais dívidas, e como está con-seguindo pôr as contas em dia. É claro que ainda não é o que queremos. Gostaríamos de es-tar fazendo muito mais. Mas até para chegar no ponto que chegamos foi necessária muita articulação e competência. E Getúlio tem dado conta. Sen-do assim, não tenho nenhum anseio neste momento de mi-rar na Prefeitura. Mas digo que o futuro pertence a Deus e aos meus eleitores.

5Entrevista

CURTAS e GERAISMais demissõesMarisa, Riachuelo, Renner e C & A demitem 1,2 mil.No Brasil, essas varejistas mantém 1.236 lojas e em-pregam 91,7 mil pessoas.

O segmento de moda e vestuário ampliou o número de demis-sões neste ano, como reflexo da retração econômica e da queda nas vendas no varejo. Em São Paulo, as quatro maiores varejistas de moda — Renner, Riachuelo, Marisa e C & A — fecharam 1,2 mil postos de trabalho de janeiro até 15 de junho. O número de ho-mologações é 45% maior que as demissões efetuadas no mesmo período de 2014, quando as empresas demitiram 818 pessoas. Os dados são do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. No Brasil, essas varejistas mantém 1.236 lojas e empregam 91,7 mil pesso-as. Desse total, aproximadamente 120 lojas estão localizadas em São Paulo. A Renner é a maior varejista de moda com operação na BM&F Bovespa. A empresa fechou 2014 com receita de R$ 5,2 bilhões. Atualmente a empresa possui 258 lojas no país e emprega 17 mil pessoas. A Riachuelo é a segunda maior companhia aberta do segmento com receita de R$ 4,73 bilhões, 269 lojas e 40 mil empregados no país. A Marisa, terceira na bolsa, com receita de R$ 3,34 bilhões em 2014, informou em comunicado que realizou uma adequação no quadro de colaboradores para o cenário deste ano. “A Marisa não tem planos de realizar novos ajustes de quadro”, in-formou a companhia. A varejista de moda possui atualmente 14,7 mil funcionários e 414 lojas. A C & A, por sua vez, informou em co-municado que “oscilações no quadro de funcionários podem acon-tecer em função das exigências de mercado”. A empresa também informou que vai manter seu plano de expansão de longo prazo no Brasil. A C & A é a maior companhia de varejo de moda no país em receita, de acordo com a consultoria Euromonitor. A empresa possui 295 lojas em operação no país e emprega atualmente 20 mil pessoas. A C & A tem como meta de longo prazo manter um ritmo de expansão de lojas similar ao de anos anteriores, com 29 a 30 unidades por ano. De acordo com informações da empresa, a C & A abriu 34 lojas nos últimos 18 meses (cinco neste ano) e colo-cou no ar em fevereiro, o seu site de comércio eletrônico. (Portal NewTrade – São Paulo/SP)

“Política virou caso de Polícia”, diz FHC

Durante palestra no UNICEUB, em Brasília, “Brasil, Qual Será o Seu Futuro?”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez duras críticas aos governos do PT nos últimos anos, mas afirmou não ser pessimista em relação ao futuro do País. Segundo FHC, “quando não existe liderança no Executivo, o Congresso rapida-mente percebe isso e ocupa esse espaço”. Mas, como não vivemos em um Parlamentarismo, os partidos são fracos e essa ocupação é fragmentada e desorganizada, disse ele. Para o tucano, o atual momento vivido é decorrente dos erros de estratégia de Lula e de Dilma. “A situação é muito grave no Brasil. Se gastou muito além do limite e agora temos que cortar recursos”, afirmou. FHC tam-bém ironizou a decisão do PT de ir à justiça contra a propaganda partidária do PSDB. “Ir à Justiça todos podem, é um direito. Agora, comparar a compra de votos na reeleição (1997) – que foi restrita a um grupo específico posteriormente punido — aos escândalos do Mensalão e do Petrolão é ridículo. É mostrar que eles não têm res-posta para o que está acontecendo atualmente”. O ex-presidente afirmou, ainda, que faltam lideranças políticas no país. “Hoje a po-lítica virou caso de polícia. Ela precisa recuperar a capacidade polí-tica para atrair novos líderes”. Por fim, ele falou sobre o movimento que defende o impeachment da presidente Dilma. “O PSDB como tal nunca defendeu o Impeachment. Houve algumas tendências pontuais e pessoais, mas não podemos partir de um pressuposto de tirar uma presidente da República eleita pelo povo para colocar uma pessoa sem voto no lugar, pois é antidemocrático”. Para ele, o impeachment é uma decisão política e para ser posta em prática precisa de que haja provas de responsabilidade contra o presiden-te. (Revista O Raio - São João Del Rei/MG)

Governo FederalO governo federal vem superestimando os seus feitos na área

social. “O trabalho do governo federal avança em BH: O Minha ca-sa, minha vida realizou o sonho de mais de 11 mil famílias na ca-pital. (...) Na educação, estão garantidos recursos para 63 creches, 39 já foram construídas.É o governo federal trabalhando para o Brasil avançar”, diz um anúncio veiculado nas rádios da capital. Seus autores, pelo visto, nem sequer se deram ao trabalho de conferir os números. Isso porque, segundo a prefeitura da capital, até 15 de julho haviam sido repassados exatos R$ 29.668.715,84 aos cofres municipais, o que equivale apenas ao custo da cons-trução de oito unidades municipais de educação infantil (Umeis). Cada unidade custa em torno de R$ 3,7 milhões, sem contar os custos com desapropriações de terrenos. Além disso, até maio, foram construídas 3.799 casas por meio do Minha casa, minha vi-da. O número, num cálculo rápido, representa pouco mais de 30% do total divulgado pela propaganda. É o governo federal mentin-do para a população.

(Jornal Estado de Minas – Belo Horizonte/MG)

NORTHON NEIVA: “Ninguém deve ser candidato de si mesmo ou puramente por uma questão de ambição pessoal. O prefeito é, antes de tudo, um servidor do povo”

Page 6: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 20156 Cidade

Entrevista 7

Como são tecnicamente fraudadas urnas eletrônicas brasileiras?

Amilcar Brunazo Filho é considerado uma das maio-res autoridades mundiais em urna eletrônica. É a voz mais altissonante a denunciar que nossas urnas não são nada confiáveis. “O modelo de ur-na usado no Brasil é ainda de 1ª geração, conhecida como DRE (Direct Recording Elec-tronic voting machine), onde

os votos são gravados apenas em meio digital eletrônico (e regravável) de forma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gravado corretamen-te e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apurado) corretamente”, dis-se em entrevista.

“É um absurdo votar num sistema que não lhe permite

Como começou seu inte-resse pelo assunto?

Brunazo: Sou engenhei-ro formado na Poli (1975), e acabei trabalhando na área de segurança de dados. Em 1996, votei pela primeira vez numa urna eletrônica. Quan-do vi que o mesário digita-va o número do meu título de eleitor no seu terminal que estava conectado com a urna, onde eu iria digitar o meu voto, me ocorreu a dú-vida: “como posso saber se o programa (software) da urna não vai gravar o meu voto junto com a minha identi-dade?” E fiz essa pergunta ao mesário (representante oficial da autoridade eleito-ral que me oferecia aquele equipamento), que me res-pondeu: “Não se preocupe. Eu lhe garanto que seu voto não será identificado”, bem no estilo: “La garantia soy Yo”

Logo percebi que não ha-via garantias concretas e, a partir daí, fui atrás de mais informação sobre o projeto e funcionamento das nos-sas urnas eletrônicas. Per-corri Cartórios Eleitorais e acabei indo até o TSE. Então descobri que não só o sigilo do voto, mas também a ga-

rantia da justa apuração do meu voto, não tinha garan-tia real e também dependia exclusivamente de dar con-fiança pessoal aos projetis-tas, desenvolvedores e ad-ministradores da autoridade eleitoral. A partir daí, iniciei meu périplo na luta por mais transparência do voto ele-trônico no Brasil.

Quais defeitos aponta em nossas urnas?

Brunazo: O modelo de urna usado no Brasil é ain-da de 1ª geração, conhecida como DRE (Direct Recording Electronic voting machine) onde os votos são gravados apenas em meio digital ele-trônico (e regravável) de for-ma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gra-vado corretamente e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apu-rado) corretamente. É um sistema que é essencialmen-te dependente do software instalado no equipamento e a literatura técnica inter-nacional toda condena esse tipo, pois é, na prática, invi-ável se demonstrar que um software complexo (mais de 17 milhões de linha de có-digo) que esta gravado em

cada uma das 450 mil urnas está comprovadamente li-vre de erro.

Tais defeitos ocorreram em que grau na ultima elei-ção?

Brunazo: Ocorreram, sim, com certeza. O siste-ma não gera documentação que possa ser usada numa eventual auditoria contábil (recontagem) dos votos e assim, nem o eleitor teve como saber se seu voto foi gravado corretamente, nem os auditores podem saber se o voto que o eleitor digi-tou foi contado corretamen-te. Em outras palavras: nem quem ganhou tem como provar que ganhou e nem quem perdeu tem como ve-rificar que perdeu de fato. O sistema continua exata-mente o mesmo de 1996, onde uma eventual garan-tia da sua confiabilidade é totalmente dependente da palavras dos administrado-res, ainda no mesmo tipo: “La garantia soy Yo”.

Conhece algum caso de fraude de urna eletrônica no Brasil?

Brunazo: Muitos deles, como a fraude do mesário

(que permite a inserção de voto por gente não autori-zada), a clonagem de urnas (carregar urnas verdadeiras em duplicidade para inse-rir votos) e a modificação de votos na totalização po-deriam ser detectadas por uma fiscalização eficiente dos partidos, o que rara-mente ocorre. Outra moda-lidade de fraude, a inserção de código malicioso por gente de dentro do corpo de desenvolvedores do sof-tware, é praticamente im-possível de ser detectada e impedida.

Por que os EUA não ado-tam nossos sistema de ur-nas?

Brunazo: Não só os EUA. Todos os países que se usam ou usaram urnas eletrônicas

conferir para quem seu vo-to foi gravado”, estabelece. Todos os países que já ado-taram o sistema de urna ele-trônica empregado aqui no Brasil, nas últimas eleições, já o abandonaram, por seu alto grau de adulteração, explica o engenheiro Amilcar Bruna-zo Filho.

Confira:

no mundo (como EUA Ale-manha, Rússia, Índia, Bélgica, Holanda, Argentina, Vene-zuela, Equador, México, etc.), fora o Brasil, já abandonaram o modelo DRE de 1ª geração, substituindo-o por outros modelos de 2ª e até de 3ª geração. O motivo é exata-mente a falta transparência no processamento do voto no modelo DRE. Na Alema-nha, esse modelo de urna foi declarado inconstitucional em 2009 porque não atende o Princípio de Publicidade, já que não permite ao elei-tor comum, usando recursos próprios, conferir o destino do seu voto. Nos EUA, em 2007/9 foi emitida a norma técnica “Voluntary Voting System Guidelines” que des-credencia máquina do tipo DRE.

O engenheiro Amilcar Brunazo Filho é hoje uma das maiores autoridades brasileiras em urnas eletrônicas

Para Amilcar Brunazo, a urna eletrônica brasileira não é tão segura quanto o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) quer fazer

parecer

Na Subcomissão do Voto Eletrônico, em Brasília, o engenheiro Amilcar Brunazzo Filho (2º à esq) entrega relatório ao deputado federal Geraldo Magela demonstrando a falibilidade das runas

eletrônicas brasileiras

Por que nossas urnas não emitem comprovante impresso sobre em quem votamos?

Brunazo: Porque a au-toridade eleitoral brasileira, formada, em sua cúpula ad-ministrativa, por membros do STF e do STJ, tem poderes excepcionais de legislar, ad-ministrar e julgar em causa própria, e não admite adotar um sistema eleitoral eletrô-nico que permita à sociedade civil conferir se o resultado que eles publicam está cor-reto. Eles não aceitam terem seu trabalho na área elei-toral submetido a nenhum tipo de “controle externo”, que o voto impresso confe-rível pelo eleitor permitiria. A autoridade eleitoral brasi-leira, agindo nem sempre às claras, já cuidou de derrubar duas leis (de 2002 e de 2009) que previam a adoção do vo-to impresso conferível pelo eleitor nas urnas eletrônicas e a migração para modelos de 2ª geração.

Enquanto o eleitor brasilei-ro não compreender que é um absurdo votar num sistema que não lhe permite conferir para quem seu voto foi gravado e será contado e não exigir mudanças concretas nas urnas eletrônicas brasileiras, a autoridade eleito-ral brasileira vai continuar nos impondo abusivamente esse sistema sem nenhuma transpa-rência efetiva, e que já foi aban-donado no resto do mundo.

Santa Rosália inaugura ala hospitalar com 28 novos leitos para atendimento a pacientes do SUS

O Hospital Santa Rosália inaugurou na tarde da última sexta-feira (31/07) o novíssimo quinto andar do prédio princi-pal. Ali vai funcionar uma nova ala clínica e cirúrgica com 28 (vinte e oito) novos leitos para atendimento de pacientes do SUS. A nova ala resultará em melhor qualidade de trabalho para os colaboradores e mais conforto para os pacientes do hospital.

De acordo com o supe-rintendente do Santa Rosá-lia, João Carlos Corrêa, esta conquista será um benefício de grande importância para a saúde pública. “Utilizamos nesta construção o que há de melhor e mais moderno no mercado de saúde; os pacien-tes passarão a ter mais confor-to e melhor atendimento com esta nova ala”, explicou.

Quem também comemo-rou a conquista foi o provedor da entidade, o médico obste-tra Eduardo Bamberg: “Ofe-recer soluções modernas em saúde para melhoria da quali-dade de vida da macrorregião Nordeste sempre foi, e ainda é, um esforço diário do Hospi-tal Santa Rosália. Entendemos nosso papel na cidade e na região; por isso, não medimos esforços para conquistas como esta”, ressaltou.

SOLENIDADE — Embora a inauguração oficial da nova ala se dará no dia 12 de agosto, o quinto andar do prédio foi inaugurado durante uma sole-nidade na tarde do dia 31 de julho em que compareceram médicos e outras autoridades ligadas à saúde, além de lide-ranças políticas, classistas e comunitárias.

O prefeito Getúlio Neiva, acompanhado do vice-prefei-to Ilter Martins, do deputado federal Fábio Ramalho (PV) e do secretário de Saúde, Fer-nando Barbosa, participou da inauguração e se disse muito contente porque, afinal, se-rão vinte e oito novos leitos oferecidos à comunidade pa-ra atendimento público pelo SUS. “A iniciativa foi boa e no instante certo. No momento de crise você precisa investir, ter criatividade e inventivida-de. O Hospital Santa Rosália reagiu à crise criando mais ser-viços, mais espaços, buscando ampliar o faturamento, dando conta do custeio e colocando mais serviços à disposição da população”, comentou o pre-feito Getúlio Neiva.

O vice-prefeito e diretor técnico do Hospital Santa Ro-sália, o médico Ilter Martins, confirmou a intenção do hos-pital que é “a de ampliar a

rede de atendimento à popu-lação, oferecendo uma estru-tura moderna e qualificada, e que está de acordo com as exigências e regras estipuladas pela Anvisa”. O vice-prefeito ainda destacou a atuação do deputado Fábio Ramalho.

O custo operacional da obra foi estipulado em R$ 3.683 milhões.

Por fim, o deputado fede-ral Fabinho Ramalho (PV), que no final do evento foi home-nageado com a nomeação da ‘Unidade de Internação SUS – Fábio Ramalho’, informou que os investimentos na Saúde do município continuam. “Além do recurso aplicado nessa ala eu coloquei mais R$ 1 milhão para custeio do hospital. E pre-tendo colocar ainda esse ano mais R$ 500 mil para o hospi-tal. Em 2016 vamos alocar mais R$ 1,5 milhão para custeio. Co-mo tem muito deputado bem votado na cidade, nós temos que exigir que os parlamenta-res tragam emendas para Teó-filo Otoni. Temos que cobrar. Eles tiveram muitos votos aqui e têm que investir no povo de Teófilo Otoni”, finalizou.

Na oportunidade também será entregue à população a revitalização da ala de Pronto Atendimento.

O vice-prefeito Dr. Ilter, o prefeito Getúlio, o deputado federal Fabi-nho e o provedor Eduardo Bamberg descerram a placa inaugural

Autoridades e lideranças diversas compareceram à solenidade da nova ala para prestigiar o trabalho dos diretores do HSR

Uma bela e moderna recepção foi colocada à disposição da nova ala para oferecer o melhor atendimento aos pacientes

A nova ala, no quinto andar, tem capacidade para 28 leitos e amplia a rede de atendimento à população. Toda a ala terá o seu atendimento voltado aos pacientes do SUS

O prefeito Getúlio Neiva (dir) com o vereador Thalles Contão e o delegado Alberto Tadeu

O deputado federal Fabinho Ramalho foi home-nageado sendo dado o seu nome à nova ala

Page 7: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 2015 7Regional

Dr. Gilson Ferreira Gonçalves, o Gilson Dentista, profere palestra sobre saúde bucal para Clube de Aventureiros

O Dr. Gilson explica procedi-mentos de cuidados com a boca

Ao final da palestra o Dr. Gilson posou com a diretoria e com os muitos membros do Clube de Aventureiros Órion

O odontólogo Dr. Gilson Ferreira Gonçalves, o Gilson Dentista, que também é vere-ador em Teófilo Otoni — atu-almente servindo à população em seu quarto mandato —, proferiu no domingo (02/08) uma importante palestra sobre “Saúde Bucal” para o Clube de Aventureiros Órion atendendo ao convite da diretora Sueide. A palestra foi realizada no Cen-tro Comunitário do Bairro Ma-tinha, e abordou de forma cla-ra, objetiva e compreensível, alguns comportamentos que devem ser observados, princi-palmente pelas crianças, para se assegurar a melhor saúde possível dos dentes e de toda a boca. Ele falou sobre cáries, sobre como prevenir, como tratar... e foi muito incisivo so-bre os perigos do fumo e do ál-

cool para a boa saúde bucal.Ao final da palestra os

aventureiros estavam radian-tes, ainda mais porque o pa-lestrante, além de imagens visuais projetadas por um da-

tashow, levou, também, vários objetos de trabalho do seu dia a dia, como moldes e outros mais, para exemplificar o que ensinava.

O Dr. Gilson terminou o

seu curso de Odontologia em 2012, na UNIG de Itaperuna, e hoje tem um dos mais moder-nos e movimentados consultó-rios odontológicos de Teófilo Otoni.

Tudo pronto para a EXPONOR 2015 em Teófilo OtoniEntre os dias 20 a 23 de

agosto a Associação Comercial e Empresarial de Teófilo Otoni (ACETO) promove a EXPONOR 2015 — Mostra Empresarial do Nordeste Mineiro —, no Centro de Convenções EXPO-MINAS. A Mostra, que nos úl-timos dois anos consolidou-se de forma plena e definitiva no calendário de eventos de Teó-filo Otoni, agora quer conquis-tar o seu espaço no calendário oficial de eventos empresariais de Minas Gerais.

A EXPONOR 2015 terá 176

estandes de 9 m² cada, e con-tará com uma estrutura alta-mente profissional, tecnologia de ponta, visual moderno, e certamente se destacará como a maior EXPONOR de todos os tempos. O EXPOMINAS, que será o palco da Mostra, tem capacidade para receber mi-lhares de visitantes ao mesmo tempo, e estacionamento para 1.200 automóveis.

Neste ano a organização da EXPONOR ainda promete uma ampla gama de eventos paralelos: shows, palestras e

workshops, além de uma pra-ça de alimentação muito mais incrementada do que nas edi-ções anteriores.

O presidente Ricardo Bas-tos enfatizou, ainda, que o res-gate da EXPONOR, que só foi possível por causa da soma de esforços mútuos capitaneados pela atual gestão da ACETO, é uma oportunidade ímpar para a classe empresarial nos mais distintos ramos — de serviços, comércio e indústria — expor o seu produto e efetivar impor-tantes parcerias com empresas

do mesmo setor, e mesmo ou-tras com quem pode se somar buscando objetivos comuns.

Vale a pena participar!

Confira aqui ao lado algu-mas das atrações que tornarão a EXPONOR deste ano a maior de todas as edições da Mostra, onde a organização pretende fazer incluir de forma plena e definitiva a EXPONOR no ca-lendário oficial de eventos do Estado de Minas Gerais.

Simplesmente imperdível!

RICARDO da EMEXHomenagem do amigo

Page 8: Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para ... · se a produção) e a cidade e a região continuam andando para trás. Algumas pessoas acham que estamos vivendo o apo-geu

O REPÓRTER NOTÍCIAS/ Teófilo Otoni, 06 de agosto de 2015PÁGINA 08

Vereador Marcos Caracas recebe alta depois de acidente automobilístico

O vereador Luiz Marcos Gomes, o MARCOS CARACAS (foto) sofreu um acidente au-tomobilístico na semana pas-sada quando se dirigia para a cidade baiana de Vitória da Conquista, vindo do Pernam-buco.

Em função do acidente, e da consequente internação, Marcos não pôde comparecer às sessões ordinárias da Câmara Municipal nesta semana. Con-

tudo, seu gabinete continuou aberto normalmente para que a sua assessoria respondesse pelos compromissos oficiais.

Informações obtidas pel’O REPÓRTER NOTÍCIAS junto à Câmara Municipal dão conta de que o vereador já teve alta e que está se recuperando em casa para voltar ao trabalho nos próximos dias.

Daqui o nosso desejo de melhoras. Saúde, vereador!

Clube dos Cavalheiros da Rosa Mística promoveu sua tradicional Festa Julina

No último sábado (25/08), o Clube dos Cavalheiros da Rosa Mística promoveu a edi-ção 2015 da sua já tradicio-nal Festa Julina que é um dos eventos mais concorridos da cidade neste segmento. Entre os muitos convidados estavam

membros do clube, familiares, apoiadores e amigos dos cava-lheiros que compareceram pa-ra prestigiar o grupo. O evento contou ainda com toda uma ca-racterização temática, arranjos, decoração, comidas típicas, e também um show ao vivo que

animou o público presente. O presidente do Clube, o verea-dor Northon Neiva, fez ques-tão de receber pessoalmente a todos os convidados, e sempre com o seu carisma e simpatia naturais. Confira, a seguir, a co-bertura fotográfica do evento.

Valdonor, Northon, Carlinhos e Virgílio – diretores do Clube dos Cavalheiros da Rosa Mística

Northon Neiva com assessores e seus familiares na Festa Julina do Clube da Rosa Mística

Ambiente agradável e familiar marcou o evento que é promovido anualmente na sede do clube

Valdonor Cardoso com a esposa Jussara, cunha-da e sobrinha durante a festa

O fundador do clube, Nodje Walter, com a espo-sa e filho ao lado dos companheiros cavalheiros

Northon Neiva com o cavalheiro Wagner Bouzon e seus familiares

Vestido à caráter, o vereador Northon Neiva recebia pessoalmente aos convidados da festa

Por ser um ambiente familiar, as crianças se divertiram a valer durante a festa

O presidente do Clube, Northon Neiva, com a esposa Adriana Novais

Gente bonita e descontraída participou da festa do Clube dos Cavalheiros da Rosa Mística

Social

Cob

ertu

ra: B

oy F

otóg

rafo

– (3

3) 8

823

8739