ed.musical ef vol1 manual

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COLEO

MANUAL DO PROFESSOR

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SUMRIO

Apresentao da coleo ................................................. Sees do livro ............................................................. Distribuio anual das aulas de msica................................. Captulo 1 CAMINHOS DO SOM Expectativas de aprendizagem .......................................... Resoluo comentada das atividades ................................... Captulo 2 CURTO E LONGO Expectativas de aprendizagem .......................................... Resoluo comentada das atividades ................................... Captulo 3 VIZINHOS Expectativas de aprendizagem .......................................... Resoluo comentada das atividades ................................... Captulo 4 PIANOFORTE Expectativas de aprendizagem .......................................... Resoluo comentada das atividades ................................... Captulo 5 O SOM DE CADA UM Expectativas de aprendizagem .......................................... Resoluo comentada das atividades ................................... Captulo 6 GRAFIAS Expectativas de aprendizagem .......................................... Resoluo comentada das atividades ................................... Planejamento das aulas ...................................................

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ApReSentAO dA cOleOA msica est de volta escola e, como manifestao bsica do ser humano, dever permanecer como fator de grande relevncia no processo de formao de nossos alunos. A convivncia com qualquer manifestao artstica, especialmente, com a msica, confere-nos a oportunidade de aprimoramento, de refinamento, e possibilita ao ser humano alcanar um nvel de conscincia mais elevado, propiciando uma percepo mais profunda do mundo em que vivemos. A educao musical, introduzida regularmente na escola, contribui para a formao integral dos alunos e possibilita que eles se apropriem progressivamente da linguagem musical e se tornem capazes de se expressar por meio dela. Com a Coleo Educao Musical, voc, professor de msica, vai conduzir seus alunos pelos caminhos do som por meio de atividades ldicas e criativas que propiciaro seu desenvolvimento musical. Conte para eles que o livro cheio de surpresas musicais, que vo ouvir muitas msicas lindas e que podero criar as suas prprias msicas. As atividades do livro devem ser apresentadas aos alunos por voc, em parceria com as personagens Ratat (um tambor) e Lili (uma flauta). Ratat est presente desde o incio do livro, conduzindo as atividades e convidando os alunos para fazerem descobertas musicais. Lili aparece junto com a primeira cano do livro, A Cano da Lili, convidando os alunos para cantarem e brincarem com os sons. Por meio das atividades propostas no livro, os alunos podero desenvolver competncias e habilidades significativas para seu desenvolvimento musical e para sua formao integral. Este livro apresenta atividades de audio, de identificao, de realizao vocal, de automatismos e de improvisao, com pouca solicitao de escrita, levando em considerao a faixa etria dos alunos para a qual o livro destinado. As atividades que demandam respostas escritas apresentam indicaes para o aluno marcar com X, numerar e, em raras ocasies, escrever as respostas. Constam tambm do livro sugestes de atividades que devem ser realizadas conjuntamente pelo professor e pelos alunos e que propiciam a vivncia e a percepo sensorial dos elementos musicais referentes aos parmetros altura, durao, timbre, intensidade e forma musical. Por meio da atividade que denominamos Audio Ativa, presente em todo o livro, os alunos tero a oportunidade de ouvir msica de diferentes gneros, pocas e culturas, ampliando seu universo musical e preparando-os para a percepo do valor expressivo da msica. O livro traz tambm jogos e brincadeiras que favorecem o desenvolvimento musical num clima de alegria e descontrao. H muitas atividades em que sero utilizados os anexos que esto no final do livro. Para evitar que os alunos os percam ou os usem de outra forma, sugerimos que voc, professor, guarde os anexos consigo em um envelope. Com o intuito de facilitar a identificao, todos os anexos tm um espao destinado para se escrever o nome do aluno. Toda vez que for necessrio utiliz-los, voc distribui para cada aluno a folha que ser utilizada na atividade. O anexo 10, que um envelope para ser montado pelos alunos, foi inserido para que sejam guardados nele os cartes dos anexos 1, 3 e 8, que sero utilizados em momentos diferentes ao longo do ano letivo. Para maior interao com os alunos, leia para eles as proposies das atividades do livro. Os exemplos musicais para a realizao das atividades podero ser tocados pelo professor que dispuser de recursos para isso ou por meio das gravaes disponveis no CD que acompanha o livro. Recomendamos que oua o CD com muita ateno e que esteja devidamente preparado para utiliz-lo com segurana e desenvoltura, evitando interrupes do fluxo da aula. Contamos com seu entusiasmo, sua alegria e expressividade para que a aula de msica seja sempre um momento prazeroso para todos.

Audio AtivaAs atividades propostas no livro so permeadas pela Audio Ativa, ou seja, a audio de peas musicais que os alunos devero ouvir atentamente e em atitude silenciosa com o objetivo de torn-los capazes de acompanhar as ocorrncias musicais e de verbalizar sua percepo do discurso musical. A Audio Ativa vai propiciar aos alunos a identificao dos diferentes instrumentos, das vozes, da presena de elementos musicais como sons graves e agudos, fortes e fracos, curtos e longos, do movimento sonoro ascendente e descendente, das escalas, dos arpejos, da forma musical e muito mais. Alm disso, a prtica da Audio Ativa, devidamente estimulada pelo professor, possibilita aos alunos a percepo do carter expressivo da msica. de grande importncia que os alunos no se limitem a identificar os componentes da obra musical apresentada, mas, principalmente, que percebam o resultado expressivo. Para isso, voc poder estimular os alunos a verbalizarem a impresso que a msica lhes causou, pedindo a eles que digam, por exemplo, uma ou mais palavras que traduzam o seu carter expressivo.

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SeeS dO lIVRO

Nesta seo, sero realizadas atividades que enfatizam a percepo auditiva, isto , a discriminao de sons agudos e graves, fortes e fracos, curtos e longos, a diferenciao de timbres (vozes e instrumentos), a percepo do fraseado musical. A seo indica tambm a atividade de audio ativa, quando os alunos ouviro obras musicais significativas, propiciando a percepo do seu carter expressivo e a observao das ocorrncias musicais ao longo da audio. Os alunos tero a oportunidade de ouvir muitas msicas, conhecer diferentes instrumentos, compositores, desvendar segredos musicais e descobrir como a msica pode nos emocionar.

Aqui os alunos tero a oportunidade de conhecer um pouquinho da histria de msicos e compositores de diferentes pases e pocas.

As atividades que compem esta seo so prticas, ou seja, os alunos vo cantar e tocar instrumentos musicais ou outras fontes sonoras. Tambm haver realizao vocal e instrumental de grficos de intensidade, de partituras grficas e de orquestrinhas, com instrumentos de percusso.

Este o momento de os alunos grafarem suas descobertas sonoras (marcar, ligar, anotar, desenhar, circular, colorir e escrever os nomes das notas musicais), realizarem ditados e criarem grafias para os sons.

Esta seo muito divertida, com atividades ldicas como jogos (bingo, cartes com dado e edifcios de vizinhos), brincadeiras tradicionais, com bola, atividades de montagem, colagem e desenho para os alunos brincarem com os sons e com a msica. Fazem parte desta seo os batimentos corporais e a improvisao com voz, papis, instrumentos e fontes sonoras diversas.

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dIStRIbUIO AnUAl dAS AUlAS de MSIcAOs temas de cada captulo do livro so apresentados sequencialmente para que o professor tenha viso progressiva do assunto em questo. Por outro lado, os diversos assuntos abordados so complementares e devem caminhar paralelamente. Assim, as aulas so organizadas com atividades de diferentes captulos, o que tambm confere a elas uma dinmica que mantm o interesse dos alunos. Para o ano letivo, apresentamos 29 planos de aulas de contedo, quatro aulas de reviso e quatro aulas para avaliaes bimestrais. O professor poder, ainda, elaborar uma aula, em cada bimestre, com as atividades preferidas dos alunos.

cAptUlO 1 cAMInhOS dO SOMexpectativas de aprendizagem Perceber o movimento sonoro, ou seja, as variaes contnuas de altura, do grave em direo ao agudo e do agudo em direo ao grave. Discriminar os dois planos de altura agudo e grave. Perceber a escala como uma estrutura meldica organizada por graus conjuntos. Ouvir e reconhecer os temas abordados na atividade da Audio Ativa e perceber o carter expressivo das obras musicais apresentadas. Ouvir, identificar e realizar com a voz os grficos de movimento sonoro, de dois planos de altura e da escala. Improvisar usando a voz e os movimentos corporais para se expressar musicalmente, criando sonoridades expressivas. Usar livremente a voz em planos de altura, sem afinao definida. Desenvolver a imaginao sonora. que chamamos de movimento sonoro, abordado na seo inicial deste captulo. A flauta de mbolo o instrumento ideal para a realizao de movimentos sonoros como os apresentados no CD. Logo no incio da montanha-russa, voc e sua turma estaro juntos na realizao da improvisao O voo da folha seca, quando os alunos devero seguir sua regncia para a realizao de subidas e descidas variadas com a voz. Voc dever realizar gestos expressivos com o brao e com todo o corpo, que levem os alunos a explorarem toda a extenso da sua voz, chegando aos extremos dos registros grave e agudo. As atividades de movimento sonoro possibilitam o uso livre da voz, sem preocupao de afinao definida, dando oportunidade aos alunos de conhecerem a sua real extenso vocal, bem mais ampla que a utilizada na fala e no canto. O movimento sonoro deve ser vivenciado como conhecimento prvio para os dois planos de altura (agudo e grave), que sero apresentados na seo seguinte do captulo, com o subttulo Passarinhos no fio. Seguindo as indicaes do livro, voc vai perceber claramente a progressividade das atividades e conduzir os alunos para perceberem com clareza quando o som sobe, desce ou fica.

Resoluo comentada das atividades CD faixa 1 - Os alunos ouvem uma brincadeira sonora com subidas e descidas do som, realizada na flauta de mbolo. Estimulados por voc, eles devem chegar s palavras sobe e desce. A partir da, voc poder apresentar as palavras grave e agudo, associadas ao incio e ao fim do movimento sonoro, ou seja, do grave para o agudo ou do agudo para o grave. muito comum os alunos associarem o som grave palavra grosso e o som agudo palavra fino. Voc dever realizar movimentos de subidas e descidas com um dos braos (regncia) e convidar os alunos a fazerem com a voz os sons correspondentes. Os movimentos devem ser amplos, sugestivos e

Montanha-russaApresentao dos movimentos sonoros ascendente e descendente. Material do professor: flauta de mbolo, voz.

Orientaes / sugestesA ideia de uma montanha-russa representa bem, no imaginrio dos alunos, as variaes contnuas de altura, do grave para o agudo e do agudo para o grave,

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realizados num tempo tranquilo. Voc dever observar atentamente se os sons resultantes correspondem aos seus movimentos. Proponha uma improvisao vocal, coletiva, com o tema O voo da folha seca. Novamente, voc dever realizar gestos expressivos de subidas e descidas variadas, conduzindo os alunos na improvisao (o vento leva a folha para cima, para baixo, o movimento fica mais rpido, mais lento, a folha faz evolues no ar, at que, lentamente, pousa no cho). Pea que todos ouam atentamente o resultado sonoro realizado pelo grupo. A atividade propicia aos alunos o desenvolvimento da imaginao sonora e o uso livre da voz, sem afinao definida. Atividade para reconhecimento visual de sobe e desce grficos para marcar. Os alunos marcam com X o desenho que combina com o som subindo e com o som descendo. Sons que sobem e descem grficos para apontar. Os alunos apontam o caminho do grave para o agudo e do agudo para o grave, enquanto realizam o som vocal correspondente, cantando a slaba tuuuu... CD faixa 2 Audio ativa: O trem de ferro cano tradicional. Aps a audio, pergunte aos alunos o que perceberam no arranjo da msica (o apito do trem, o movimento que comea lento e vai acelerando, os diversos instrumentos, as vozes femininas e masculinas, a cano Rebola-bola que aparece no arranjo, o trem chegando vagarosamente estao, etc.). A conversa entre o professor e os alunos sobre audio ativa ser um procedimento comum em nossas aulas. CD faixa 3 Brincadeira sonora com a flauta de mbolo apresentando o som que permanece na mesma altura, seguida da msica Samba de uma nota s, como ilustrao musical do som que fica. Os alunos devem chegar palavra fica. Voc poder falar das palavras mgicas sobe, desce e fica, que identificam os sons correspondentes. Reconhecimento visual do fica os alunos marcam com X o desenho que combina com o som que fica.

Os alunos devem circular os nomes das notas musicais que aparecem na letra da cano Samba de uma nota s. Partindo da pequena biografia de Tom Jobim apresentada no livro, voc poder contar mais sobre o compositor. CD faixa 4 Percepo auditiva ouvir e falar o nmero do grfico. Os grficos representam sons que sobem, descem, e ficam, contnuos ou descontnuos. Resposta: 1 5 2 3 4 6. Em seguida, pea aos alunos que cantem alguns dos grficos. CD faixa 5 - Audio ativa: Os asnos selvagens, da obra Carnaval dos animais, do compositor francs Camille Saint Sans. Voc deve estimular os alunos a perceberem o movimento sonoro que acontece na msica, com muitas subidas e descidas.

CD faixa 6 Grficos para ouvir e numerar com adesivos. Resposta: 3 5 1 6 2 4.

Cartes para destacar com sobe, desce e fica, com sons contnuos e descontnuos.

CD faixa 14 Ouvir e organizar as sequncias apresentadas. 1 2 3 4 5 1 2 3 Usando 3 cartes: sobe fica descontnuo (a) desce desce descontnuo fica (g) sobe sobe sobe descontnuo fica (a) fica descontnuo (g) sobe fica descontnuo (a) desce sobe desce descontnuo Usando 4 cartes: sobe desce sobe fica descontnuo (a) fica (g) sobe descontnuo fica cont. (a) desce fica descontnuo (g) fica descontnuo (a). desce sobe

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Audio Ativa - CD faixa 15 - Trecho da Sonata para piano n. 15, de mozart, com acentuado movimento sonoro de subidas e descidas. O professor deve estimular a audio e falar sobre o compositor austraco, que, aos 4 anos, j compunha e tocava piano em apresentaes para o pblico e para a corte. CD faixa 16 Grficos para ouvir e numerar com adesivos. Resposta: 3 5 2 1 6 4 CD faixa 17 Grficos para ouvir e escrever o nmero correspondente. Resposta: 3 1 5 2 4 6 Apresentao da Lili, personagem feminina do livro e da Cano da Lili. CD faixa 18 Cano da Lili. Os alunos devem ouvir e cantar a cano sem inicialmente olhar o caderno, com o objetivo de aprender de ouvido, trabalhando, assim, a memria musical. Forme uma roda com os alunos, cante junto com eles e faa movimentos de subidas e descidas com o brao, seguindo as indicaes da cano ela vai subir e escorregar, ela vai subir e pular. Realize movimentos corporais de subir e descer (comear agachados, ir subindo e voltar) e subir e pular (comear agachados, ir subindo e pular, caindo no cho). Reconhecimento visual das brincadeiras da Lili ligar os dois grficos.

melhor controle do professor, a turma poder ser dividida em grupos, formando equipes. Resposta: 2 4 7 9 6 1 3 5 8. Jogo dos caminhos do som (com dado). Material: cola, cartes para destacar, dado para destacar e colar. Os alunos colocam os seis cartes sobre a carteira com os grficos virados para baixo, jogam o dado e viram o carto correspondente. Pea a todos os alunos que tiraram o carto n 1 que cantem o grfico escrito no carto. Em seguida, cantam aqueles que tiraram o carto n 2 e assim por diante. Jogue trs ou quatro rodadas, de acordo com o interesse dos alunos. Voc poder fazer um gesto (regncia) bem claro, indicando o incio da leitura dos cartes escolhidos, possibilitando que todos comecem a cantar ao mesmo tempo. importante que o resultado sonoro corresponda aos grficos. Jogo da montanha-russa sonora. Os alunos colocam os seis cartes sobre a carteira, com os grficos virados para baixo. Pea a um aluno para jogar o dado. Todos retiram o carto correspondente e o posicionam no incio da sequncia a ser formada (sentido horizontal). Pea a outro aluno para sortear o prximo carto. Todos retiram o carto correspondente e o colocam frente do anterior. Deve-se repetir o procedimento at completar uma sequncia de, no mximo, seis cartes (iniciar o jogo com sequncias de trs cartes e acrescentar novos cartes de acordo com o desempenho da turma). Os alunos realizam o caminho do som (montanha-russa sonora) com a voz, seguindo a regncia do professor, para indicar o incio da atividade. Os alunos devero observar que o resultado sonoro de cada sequncia de cartes ser sempre diferente, de acordo com a ordem sorteada. Podemos dizer que o compositor da msica resultante o dado! Jogo: Compositores na montanha-russa. Divida a turma em grupos de compositores, que devero compor em conjunto a msica da sua montanha-russa sonora. Agora, vocs que escolhem a msica da sua montanha-russa! Os alunos devem organizar os cartes sem jogar o dado, de acordo com a sua escolha. Cada grupo, seguindo a regncia inicial do professor, realiza com a voz os grficos dos cartes, ouvindo atentamente o resultado sonoro. Como cada grupo vai dispor de muitos cartes, os compositores podero usar o mesmo grfico mais de uma vez. Voc poder interagir perguntando se gostaram do resultado ou se desejam modificar alguma coisa.

CD faixas 21, 22 e 23 Novas brincadeiras da Lili. Os alunos devero chegar a cantar os grficos com os textos ela vai subir, ela vai subir, ela vai descer, ela vai subir, ela vai descer e pular. Voc poder ajud-los a descobrir os versos das novas brincadeiras da Lili! Resposta: 2 1 3.

CD faixa 33 Bingo material: cartela impressa no livro e peas para destacar e marcar o jogo. A cartela do livro igual para todos os alunos, portanto, no haver um ganhador. Pensamos que, assim, o professor conseguir controlar com mais eficcia o desempenho dos alunos no jogo. Para

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CD faixa 35- Cano No alto da montanha. Os alunos ouvem e, em seguida, cantam a cano como preparao para a improvisao vocal.

Improvisao vocal: As montanhas do Brasil. Caro professor, com a inteno de ajud-lo, sugerimos alguns contornos para as montanhas da improvisao, que voc dever reproduzir no quadro, em tamanho que toda a turma possa ver. Sugerimos dois planos de montanhas, um mais distante e outro mais prximo. Veja:

Colagem com barbante - Improvisao vocal; montanhas de barbante. Material: barbante, tesoura e cola. Os alunos criam sua prpria montanha colando o barbante no caderno em contornos livres. Professor, pergunte se algum quer cantar sua montanha. Aps cantar individualmente, o aluno vai frente da turma e mostra sua montanha para que todos possam cant-la. O professor dever reger o incio da improvisao. A lua do Raul Vamos realizar uma srie de atividades muito interessantes baseada no poema de Ceclia meireles, que d nome a um livro muito lindo, Raul e o luar, do escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirs. Voc deve ler o poema para os alunos. Em seguida, pergunte se eles sabem as letras que formam o nome do Raul. Pea para contarem quantas vezes as letras R, A, U e L aparecem no poema e para escreverem os nmeros depois de cada letra. Leia o poema novamente, de maneira bem expressiva, para que os alunos prestem ateno na sua sonoridade. O segredo do Raul Cartes para recortar no anexo 4 com as letras R, A, U e L nas cores vermelho e amarelo. Vamos descobrir o segredo do Raul e do luar? Os alunos devem formar a palavra RAUL com os cartes vermelhos e voc lana um desafio: com os cartes amarelos, vamos montar a palavra RAUL de trs para frente? Descobriram o segredo? Os alunos devem formar a palavra LUAR. Em seguida, apresentamos no livro a palavra Retrgrado. Explore com os alunos a sonoridade da palavra, brincando com a dificuldade da pronncia devido sequncia de rr, como num trava-lngua. Na sequncia, apresentamos uma frase em que todas as palavras comeam com a letra r e a brincadeira de escrever a palavra ROmA ao contrrio (AmOR).

Voc dever apontar o contorno mais distante para os alunos cantarem e, em seguida, apontar o contorno mais prximo. Convide alguns alunos para serem os maestros, apontando os contornos para os colegas cantarem. Variao: Tornando a improvisao mais bonita, porm, um pouco mais difcil... Divida a turma em dois grupos, um para cada contorno. Os alunos devero cantar simultaneamente, cada grupo seguindo o seu maestro. Os alunos estaro, assim, improvisando a duas vozes. A sonoridade resultante ser bem variada, pois a afinao resultar indefinida, com cada aluno usando sua voz livremente, sem a preocupao de cantar igual aos colegas, seguindo o movimento sonoro do seu contorno. Esta variante da atividade poder ser feita numa aula posterior. Para a realizao da atividade, propomos uma atitude silenciosa e muita ateno para o desafio de cantar um som enquanto ouve outro diferente. Todos devero manter os ouvidos bem abertos para ouvir o som das montanhas.

Os alunos devem escrever as iniciais dos nomes de Ratat e Lili. Sonorizao de duas ilustraes do livro Raul e o luar. O Raul e o luar Sonorizao Os alunos cantam os caminhos do Raul e do luar com os sons das letras dos seus nomes: AAA..., UUU...., RRR....(no sugerimos a letra L pela dificuldade de cant-la sozinha, sem uma vogal). provvel que alguns alunos no consigam cantar a letra R, que pode ter um som rolado, na garganta, o que soa muito divertido. Permita que os alunos brinquem com os sons propostos! Voc poder usar as palavras grave e agudo quando explicar a atividade. Os alunos devero conseguir cantar a lua do agudo aps a subida, e a lua do grave aps a descida. Fale para os alunos sobre o lindo livro Raul e o luar, pois seria timo se pudessem conhecer uma obra to estimulante e potica.

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Jogo: Agachar e levantar Voc poder apresentar o jogo proposto em duas etapas: numa aula, apresente o jogo visando somente a sua forma original, ou seja, os alunos devem agachar um a um e levantar, um a um. Em outra aula, apresente a variao proposta no livro, acrescentando aos movimentos corporais de descer e subir o movimento sonoro correspondente com a voz. Conforme a reao da turma, apresente as duas etapas na mesma aula.

Relacionar os sons agudos e graves s ilustraes correspondentes. Graves: navio, trovo, leo, trator, vaca. Agudos: passarinho, sirene, grilo, menina cantando, penca de chaves.

CD faixa 44 Atividade relacionar os sons agudos e graves aos instrumentos musicais correspondentes. Graves: tuba, tmpano. Agudos: violino, flauta, tringulo.

passarinhos no fioFixao dos planos de altura agudo e grave.

Orientaes / sugestesO subttulo Passarinhos no fio se refere aos dois planos de altura (agudo e grave), sem considerarmos ainda o plano mdio que ser abordado oportunamente, no prximo volume. Com as atividades de movimento sonoro, realizadas no primeiro subttulo do captulo, denominada montanha-russa, os alunos vivenciaram as variaes contnuas de altura, ouvindo, cantando, reconhecendo, identificando, relacionando, improvisando e grafando. Trataremos agora de discriminar os sons graves e agudos, relacion-los aos sons que nos rodeiam, aos instrumentos musicais e a fontes sonoras diversas. Apresentamos tambm os dois planos de altura nas atividades de audio ativa, em grficos para reconhecimento e em canes.

Audio ativa CD faixas 45 e 46 solo de flauta apresentando Sacha, o passarinho da histria musical Pedro e o lobo, do compositor russo Prokofiev, e O elefante solo de contrabaixo, da pea musical O carnaval dos animais, de Saint-Sans, representando, respectivamente, o som agudo e o som grave. Voc poder perguntar aos alunos o que acharam de cada msica, que jeito elas tm, incentivando para que falem da sua percepo em relao ao carter expressivo das peas apresentadas (alegre, triste, divertido, animado, etc.).

CD faixa 49 Passarinhos no fio grficos de duas alturas ouvir e numerar com adesivos. Sequncias de sons agudos e graves relativas aos grficos. Resposta: 2 5 1 6 3 4.

Resoluo comentada das atividadesRecomendamos que voc convide seus alunos a revisitar a atividade O Raul e o luar, na pgina 33, refazendo os movimentos sonoros ascendente e descendente e cantando a lua do agudo e a lua do grave. Assim, estaremos prontos para continuar nossos caminhos do som. CD faixa 43 Os alunos ouvem um divertido solo de cuca, instrumento que caracteriza com propriedade a diferena entre os sons agudos e graves.

Para que voc participe ativamente desta e das prximas atividades, construa duas fontes sonoras (uma aguda e uma grave ) para, eventualmente, substituir as gravaes. Para a fonte sonora grave, use um tubo de papelo (tipo papel toalha ou papel laminado), corte a ponta de um balo e estique-o bem numa das pontas do tubo, prendendo-o com algumas voltas de fita crepe ou qualquer fita adesiva. Beliscando o balo, ter um som grave. Repita o procedimento usando uma garrafinha de iogurte. Beliscando o balo bem esticado, obter um som agudo. Para realizar as sequncias dos grficos, segure os dois tubos com uma das mos e use a outra para beliscar as membranas feitas com os bales.

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Sugestes: brincadeiras corporais para fixao dos planos de altura agudo e grave. Voc poder usar os seus novos instrumentos para realizar com os alunos outras atividades que sugerimos a seguir. a) Ao ouvir os sons graves, os alunos se agacham e, ao ouvir os sons agudos, ficam de p, com os braos para cima. Voc dever beliscar o balo com um ritmo animado e alternar os dois tubos para surpreender os alunos com as mudanas de altura. Pea aos alunos que fiquem de costas para voc; assim, a atividade ser somente auditiva, sem participao visual. b) Os alunos andam para frente ao ouvirem os sons agudos e andam para trs (de marcha a r) ao ouvirem os sons graves. Alterne as fontes sonoras de forma divertida, surpreendendo os alunos com as mudanas. c) Divida a turma em duas filas. A 1 fila reage ao som agudo, andando pela sala, e a 2 fila reage ao som grave. Enquanto uma fila anda, a outra fica parada, esperando o seu momento de recomear. d) Pregue no cho, em linha reta, duas fitas adesivas, uma acima da outra, distantes 50 cm. A fita de baixo representa o grave e a fita de cima, o agudo. Trs ou quatro alunos se posicionam de frente para as fitas enquanto os outros colegas observam, aguardando sua vez. Ao ouvirem o som grave, os alunos pulam sobre a primeira fita; ao ouvirem o som agudo, pulam sobre a segunda, alternando os movimentos de acordo com os estmulos sonoros. Os participantes devem permanecer sobre a mesma fita enquanto o som no mudar. A atividade deve ser curta para que vrios grupos de alunos tenham a oportunidade de participar. Ateno Voc poder realizar as atividades propostas usando um agog (instrumento de percusso com duas campnulas), tocando num teclado alternando as regies grave e aguda, ou usando dois sininhos com diferenas de altura bem ntidas entre um e outro. Observe se os sons graves e agudos so de fontes sonoras do mesmo tipo para no haver diferenas de timbre, pois o foco da atividade est centrado no parmetro altura.

CD faixa 50 Sequncias de sons agudos e graves relativas aos grficos. Ouvir e numerar. Resposta: 3 4 2 5 6 1

Audio ativa CD faixa 28 Cangurus da obra musical O carnaval dos animais. Estimule os alunos a comentar sobre os elementos musicais percebidos na audio. Convide a turma para ouvir a msica novamente, desta vez seguindo a partitura apresentada no livro e verificando como os sons da msica combinam com os grficos.

CD faixa 56 Sequncias de sons agudos (a) e graves (g) para realizao de ditados ouvir e marcar com os adesivos de passarinhos, de acordo com a sequncia ouvida. a. g a a g b. a g a a c. g a g g d. a a g a g CD faixa 54 Cano Aram, sam, sam ouvir, cantar, aprender a letra da cano de ouvido e observar as propostas feitas no livro. Audio ativa - CD faixa 41 Arranjo da cano marcha soldado Voc pode estimular os alunos a descobrirem as proposies feitas no livro e muito mais...

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cAptUlO 2 cURtO e lOngOexpectativas de aprendizagem Perceber e identificar sons curtos e longos, vivenciar diferentes duraes por meio da realizao vocal e de movimentos corporais. Ouvir, identificar e realizar com a voz os grficos de sons curtos e longos. Grafar o ritmo de canes com grafia aproximada (grficos de durao). Realizar ditados. Improvisar, criando sonoridades expressivas baseadas nos sons curtos e longos, por meio da voz, de instrumentos e de fontes sonoras no convencionais. Reconhecer sons curtos e longos na atividade de audio ativa e perceber a relao entre os elementos de durao e o carter expressivo das obras apresentadas. Nas atividades de improvisao, os alunos podero usar materiais no convencionais para fazer os sons curtos e longos, tais como diferentes tipos de papel (jornal, papel de seda, papel de ovo da pscoa, papelo canelado), filme de radiografia, etc. interessante que voc colecione junto com os alunos esses materiais, guardando-os numa caixa ou armrio, o que facilitar o seu uso nas improvisaes. Alm dos sons curtos e longos, apresentaremos algumas atividades que possibilitaro aos alunos a vivncia da pulsao, ou seja, a percepo sensorial do tempo regular da msica.

Resoluo comentada das atividadesPea que fiquem de p e experimente com eles alguns sons curtos e longos que podemos fazer no nosso corpo. Com bastante entusiasmo e alegria, voc sugere que todos juntos batam uma palma (com um sinal corporal expressivo, voc rege o momento da palma conjunta). Em seguida, pergunta: Como foi o som? Curto ou longo? Voc vai sugerir outras possibilidades de sons curtos e longos que os alunos devem realizar espontaneamente, com voz ou movimento. Exemplos: Sopro para apagar a vela de uma s vez! (sempre com sua regncia) curto Sopro para acender o fogo a lenha longo Som de um pulo curto Som de escorregar longo Som de espreguiar longo Estalo de dedo curto Esfregar as mos para esquentar longo Som de um susto curto Um espirro curto Um soluo curto

Orientaes / sugestesAs atividades deste captulo propiciam aos alunos a percepo dos sons curtos e longos na natureza, nos sons que nos rodeiam, nos sons que podemos produzir com nosso corpo, nos instrumentos musicais e em fontes sonoras diversas. As atividades propostas no livro introduzem os sons curtos e longos, inicialmente sem durao precisa (como nos grficos), algumas vezes intercalados por momentos de silncio. muito importante que voc, caro professor, observe se os alunos, ao grafarem os ditados com sons curtos e longos, deixam em branco o espao correspondente aos silncios eventualmente ocorridos no ditado, como no exemplo a seguir, configurando a relao espao/tempo e afirmando o silncio como elemento musical. Exemplo:

Em seguida, priorizando sempre a experincia musical, os alunos vivenciaro a relao temporal de dobro e metade por meio do ritmo de canes, parlendas, trava-lnguas e batimentos corporais.

Os alunos devem dar ideias e experimentar os sons. Assim, passam pela experincia sensorial dos sons curtos e longos.

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Vamos registrar, no livro, essa nossa experincia. Vamos marcar com L os sons longos e com C os sons curtos. Vamos pesquisar sons curtos e longos na natureza? Os alunos marcam com as letras L ou C as propostas do livro. Ser que as vozes dos animais tambm podem ter sons curtos e longos? E o som de uma bola quicando no cho (curto)? E a bola de boliche rolando na pista (longo)? Voc deve pedir que os alunos realizem vocalmente os sons propostos (da natureza, dos animais e da bola). CD faixa 7 Os alunos ouvem um som muito longo. Ouvem novamente e sinalizam, levantando a mo, quando o som terminar. Audio ativa CD faixa 8 Para ilustrar os sons curtos, os alunos ouvem a msica mquina de escrever, da obra Mini sute das trs mquinas, de Aylton Escobar.

Explique que voc tocar um som no apito e que ele dever grafar o som at que este termine. Sem qualquer sugesto de sua parte, o aluno, tranquilamente, dever traar uma linha horizontal, seguindo o som longo enquanto este estiver soando. Em seguida, voc poder apontar a linha desenhada pelo aluno, enquanto todos cantam. Convide outro aluno para ir ao quadro e inicie a atividade tocando, por exemplo, um som longo seguido de alguns sons curtos (3 ou 4) e novamente um longo, surpreendendo o executante. A grafia resultante a seguinte:

Novamente, voc aponta os traos e todos fazem a leitura, cantando os sons longos e curtos com os sons que escolherem. O resultado ser um bloco de sons de alturas variadas, com as mesmas duraes. Outros alunos podero realizar pequenos ditados no quadro, sempre com a posterior leitura. Alguns exemplos:

etc. Audio ativa CD faixa 19 Os alunos ouviro a pea Brincando, da obra Peas para crianas, de Kabalevsky. O compositor russo Dimitri Kabalevsky nasceu em 1904, morreu em 1987 e escreveu lindas peas para os jovens estudantes de msica tocarem. Oua novamente com os alunos a msica Brincando, para que eles observem, alm dos sons curtos, o movimento sonoro do agudo em direo ao grave e do grave em direo ao agudo, na parte final da pea. Vale observar tambm que a msica tem duas partes, separadas por um silncio expressivo, que resulta numa sensao de expectativa. O ouvinte no tem certeza se a msica terminou ali ou se vai continuar... Para a introduo da grafia dos sons longos e curtos, sem durao precisa, voc dever usar o quadro da sala de aula, para que todos os alunos participem da atividade em conjunto. Convide um aluno para ir ao quadro, entregue a ele um giz (ou pincel de quadro) e pea-lhe que posicione o giz (ou pincel) no incio do quadro, numa altura mediana, para que todos possam ver.

Dessa maneira, os prprios alunos tero descoberto a grafia para os sons curtos e longos, apresentada nos grficos de durao do livro.

Os alunos repetem no livro a atividade anteriormente realizada no quadro. Desenham um som longo conforme indicado no livro, ouvindo o som produzido por voc (apito, flauta, garrafa soprada, voz). Em seguida, grafam os sons curtos e longos, seguindo o mesmo procedimento.

CD faixa 20 - Em seguida, os alunos usam os adesivos com nmeros para marcar as sequncias de curto e longo. Resposta: 2 - 3 - 4 - 1

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CD faixa 26 - Grficos para reconhecer e ligar. CD faixa 27 Grficos para reconhecer e numerar (escrever os nmeros). CD faixa 29 Bingo Grficos com sons curtos, longos e silncios. Os alunos ouvem e marcam com as peas do bingo, do anexo 2. Audio ativa CD faixa 28 Cangurus, da obra musical Carnaval dos animais. Os alunos devem ouvir a msica seguindo a partitura. Voc dever estimul-los a seguir os grficos da partitura para identificar os sons curtos e longos. Ditados Com um apito ou uma flauta, voc, professor, toca sequncias de sons curtos e longos e os alunos escrevem o ditado enquanto ouvem.

Ex.: papagaio louro

Bico to dourado

(curto) = palma (longo) = batida na perna A cano Papagaio louro tem um ritmo uniforme (as quatro frases tm o mesmo ritmo). Em seguida, os alunos cantam e apontam, no livro, o grfico do ritmo da cano, fazendo a correspondncia entre o som e a grafia.

CD faixa 39 Cano Serra aqui, serra ali. Sentados, os alunos ouvem e cantam a cano, batendo palmas nos sons curtos e batidas nas pernas nos sons longos. De p e formando pares, de frente um para o outro, cantam a cano batendo palmas nos sons curtos e batendo os sons longos nas mos do colega. Nesta cano, os sons longos coincidem com as palavras aqui e ali. Em seguida, os alunos cantam e apontam, no livro, o ritmo da cano, fazendo a correspondncia entre o som e a grafia. Como os ritmos das duas primeiras frases da cano so os mesmos das duas frases seguintes, optamos por colocar o sinal de repetio em vez de repetir os grficos, dando, assim, a oportunidade para os alunos conhecerem o sinal que, na escrita musical, representa repetio.

Em seguida, voc toca uma sequncia e os alunos escrevem aps ouvirem. Os ditados no devem ser longos para que os alunos consigam guard-los na memria. Dessa maneira, estaro desenvolvendo a memria auditiva. Voc dever chamar a ateno sobre a importncia de uma atitude silenciosa para a realizao da atividade. O procedimento deve ser: ouvir, guardar na memria e grafar.

Audio Ativa - CD faixa 40 - Em seguida, os alunos ouviro uma cano tradicional que apresenta muitas repeties: Vamos, maninha do CD Catibiribo, de Slvia Negro. Voc deve tocar a cano novamente para que os alunos cantem nas repeties, junto com a msica. Pea-lhes que escrevam, no livro, o sinal de repetio no final de cada frase da cano, assim no ser necessrio escrever as frases novamente.

CD faixa 36 Cano Papagaio louro. Os alunos ouvem a cano, aprendem a cant-la, batem o ritmo com palmas (seguindo exatamente a letra da cano os alunos batem palmas junto com o que cantam) e, estimulados por voc, devem descobrir quantos tipos de batidas a cano apresenta (dois tipos, batidas mais curtas e batidas mais longas). Em seguida, voc pode combinar com eles que batam palmas nos sons mais curtos e batidas nas pernas, nos sons mais longos.

Sons curtos e longos com bola reao vocal: Forme uma roda bem aberta, com os alunos de p. Voc se posiciona no centro

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da roda e joga a bola para um aluno que, ao receb-la, dever emitir um som curto. Em seguida, dever devolv-la para voc, que far outro som curto, at que todos os alunos recebam a bola e emitam sons curtos no exato momento de peg-la. Ento, voc joga a bola e realiza um som longo que dever ter a durao do percurso da bola e que s poder ser interrompido quando o aluno receb-la. Este dever devolv-la realizando outro som longo, e assim por diante. Incentive os alunos a fazerem sons bem variados.

Com uma nova pgina de jornal, comece a amassar o papel, delicada e vagarosamente. Pea que todos faam o mesmo at formar uma bola, qual vo sendo incorporados os papis rasgados anteriormente, sempre ouvindo atentamente o som resultante. Ao final da atividade, voc pode recolher num cesto os papis usados, deixando assim o ambiente organizado para a sequncia da aula. Improvisao I Todos recebem uma nova folha de jornal e comeam a sacudi-la com diferentes intensidades. Nesse momento, podemos trabalhar a imaginao sonora, fazendo sons de vento fraco, vento forte, trovoada, pingos de chuva (mais fortes e mais fracos), enxurrada, cachoeira, fogueira, sempre variando as articulaes (maneiras diferentes de produzir o som). Improvisao II Convide os alunos a improvisarem os sons de uma pipoquete (panela de fazer pipoca), dando petelecos numa folha de jornal. Comeam com pouca atividade, vo aumentando aos poucos a densidade (quantidade de som) at a improvisao alcanar um clmax (todas as pipocas estourando) e vo diminuindo at chegar ao silncio final, aps o estouro da ltima pipoca...

CD faixa 42 Grafando o ritmo das canes. Os alunos ouvem a cano Devagar a folha cai. Ouvem novamente e cantam junto, batendo palmas nos sons mais curtos e batidas nas pernas nos sons mais longos.

Em seguida, os alunos cantam novamente a cano e vo grafando o ritmo no livro, junto com a voz. Voc poder dizer a eles que a voz deve comandar o lpis. Se a voz canta um som longo, o lpis vai desenhar um som longo e assim por diante... muito importante que todos cantem juntos e bem baixinho, para ouvirem a msica do CD. Voc deve cuidar para que os alunos no deixem de cantar enquanto grafam os sons curtos e longos da cano e que consigam faz-lo no andamento da gravao ( comum que eles acelerem o andamento; nesse caso, voc deve cantar junto, para manter a pulsao).

Pulsao Batida regular que marca o tempo da msica. Sensao corporal da pulsao: Pea aos alunos que coloquem a mo direita sobre o lado esquerdo do peito, procurando sentir as batidas do corao. Devem procurar sentir tambm as batidas do pulso (com o polegar da outra mo), do pescoo (colocando os dedos indicador e mdio), observando que so batidas sempre iguais, regulares. Assim como o nosso corpo, a msica tambm tem batidas regulares que chamamos de pulsao. Conte para os alunos que as palmas que acompanham a cano Parabns pra voc, nas festas de aniversrio, so batidas na pulsao da msica. CD faixas 30 e 31 Os alunos ouvem as msicas uma partida de futebol e Negro gato e batem palmas marcando a pulsao. Em seguida, andam pela sala seguindo a pulsao com os ps. Em crculo e comandados por voc, realizam variados batimentos corporais, sempre marcando a pulsao: batendo com as mos nos ombros, puxando levemente as pontas das orelhas, alternando as mos com batidas no peito, requebrando para um lado e para o outro, dobrando os joelhos e voltando posio, movimentando os braos, a cabea, inventando outros movimentos, sempre seguindo a pulsao da msica.

CD faixa 47 O mesmo procedimento deve ser realizado para grafar a cano Trs galinhas.

Pesquisa sonora e improvisao com folhas de jornal sons longos e curtos. Forme uma roda com os alunos sentados no cho e d uma folha de jornal a cada um. Segure a sua folha no sentido vertical e pea que faam o mesmo. Conte para os alunos que vocs faro uma pesquisa sonora com o jornal. Numa atitude de muita concentrao, voc comea a rasgar o jornal com pequenos movimentos, resultando em sons curtos. Pea que eles o acompanhem, fazendo exatamente como voc. Em seguida, rasgue o jornal com um movimento contnuo e lento, que resultar em um som longo. Chame a ateno para o silncio entre os sons produzidos. Voc deve alternar sons curtos e longos, com movimentos rpidos e lentos, sempre junto com os alunos. medida que o jornal for sendo rasgado em tiras, utilize as partes restantes, repetindo os procedimentos. Voc deve incentiv-los a ouvir o resultado sonoro da atividade.

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Pulsao com bola - Ver Coleo Msica na Escola Jogos de Musicalizao, p.56 - 1 pargrafo, referente pulsao. Voc poder usar as mesmas canes da atividade anterior CD faixas 30 e 31 para os alunos passarem a bola de acordo com a pulsao, sem deixar atrasar ou adiantar as batidas. As atividades corporais possibilitam a vivncia sensorial da pulsao, indispensvel ao desenvolvimento do senso rtmico.

CD faixas 59 e 60 Pulsao com parlendas. Caso voc no conhea as parlendas da gravao, aconselhamos a aprendlas de cor, para ensin-las aos alunos. Observao: A atividade apresentada pelo professor pode ser mais viva e estimulante do que aquela aprendida atravs da audio do CD. L com l, cr com cr, um sapato em cada p. Vem vento caxinguel, cachorro do mato quer me morder. (Os sublinhados marcam os lugares das pulsaes.) No livro: Nos textos das parlendas, os alunos devem colorir os tringulos que marcam as pulsaes. Orquestrinhas Chamamos orquestrinha a atividade na qual os alunos tocam instrumentos de percusso, seguindo uma partitura com as figuras dos instrumentos. Os alunos devem tocar seguindo a pulsao da msica (CD) e cada instrumento desenhado na partitura representa uma pulsao. Para que a atividade ocorra num clima de alegria e tranquilidade, divida a turma em grupos, de acordo com os instrumentos indicados na partitura. Diga aos alunos que, ao longo das aulas, tero a oportunidade de trocar de instrumentos, pois devem passar pela experincia de tocar todos eles, no se fixando em nenhum. A atividade propicia a vivncia da pulsao, desenvolvendo tambm a percepo visual. Para o bom resultado da atividade, necessitamos de estantes de partituras para colocar os livros de msica numa posio adequada prtica instrumental. Voc pode organizar grupos de quatro alunos por estante, sentados nas cadeiras. Se a turma for muito grande, voc pode organizar um grupo de at sete alunos por estante, sendo quatro sentados e trs em p, posicionados atrs dos colegas sentados, para maior visibilidade. Os que esto de p, ocasionalmente, trocam de lugar com os outros colegas para que no fiquem cansados. Os alunos que tocam o mesmo instrumento formam um naipe (ex.: naipe dos tambores, naipe dos tringulos, etc.) e os componentes do naipe devem, como numa orquestra tradicional, posicionar-se juntos, para melhor organizao das orquestrinhas. No momento da distribuio dos instrumentos, voc deve pedir a cada aluno que segure o seu instrumento com cuidado e em silncio, sem batucar, visando formao de uma atitude necessria e indispensvel

CD faixa 25 Adoleta brincadeira tradicional. Pea aos alunos que formem uma roda, tendo as mos abertas com as palmas viradas para cima, mo direita sobre a mo esquerda do vizinho. Uma primeira pessoa faz um movimento com a sua mo direita e bate sobre a mo direita do vizinho sua esquerda. Este ento repete o mesmo movimento com seu vizinho e assim sucessivamente, de maneira que esse gesto ser passado de um a um pela roda. Essas batidas acompanham a marcao da pulsao da msica.

Adoleta Le peti peti pet Le caf com chocol Adoleta Puxa o rabo do tatu Quem saiu foi tu B, b, bi, b Bu!!!

No final, quando se diz Bu!!!, o tapinha que vinha circulando na roda poder se transformar numa palmada. A pessoa visada pela batida dever retirar rapidamente a sua mo para fugir do golpe. Se conseguir, sair da roda quem tentou o golpe. Caso contrrio, ela quem abandona o jogo. Ganha a brincadeira a dupla que sobrar, mas no necessrio se chegar ao final, pois, se as turmas forem grandes, pode haver um esvaziamento do interesse. A atividade desenvolve a coordenao motora, a ateno, a reao rpida, o senso rtmico e propicia a vivncia da pulsao.

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para a realizao da atividade. Inicialmente, voc convida os alunos a ouvirem a msica da orquestrinha, podendo bater palmas na pulsao. Em seguida, realizam a leitura da partitura, tocando os instrumentos nos momentos indicados e seguindo os outros instrumentos, sem tirar os olhos da partitura, como se um m atrasse o seu olhar! No caso de algum errar, repita a orquestrinha quantas vezes forem necessrias, pois a atividade muito prazerosa e demanda muita concentrao e

percepo visual. Preste ateno na postura e na atitude corporal dos alunos no momento de tocar os instrumentos.

Orquestrinhas: Atirei o pau no gato CD faixa 55, Barca velha CD faixa 57 e Toror CD faixa 58.

cAptUlO 3 VIzInhOSexpectativas de aprendizagem Automatizar os nomes das notas musicais por graus conjuntos, em sequncias ascendentes e descendentes, por meio de canes, de jogos de automatismo e de atividades verbais, de leitura e de escrita. Automatizar os nomes dos dois vizinhos de cada nota (ascendente e descendente).

Resoluo comentada das atividadesPergunte aos alunos se eles conhecem os nomes das notas musicais e crie um clima de expectativa para ouvir a msica minha cano, da obra Os saltimbancos. Diga que a msica tem um segredo que eles tero de descobrir (cada verso comea com uma nota da escala). Lembre a eles que uma atitude silenciosa muito importante para ouvir msica. CD faixa 11 minha cano, adaptao de Chico Buarque de Holanda. A letra da cano apresentada no livro com fonte vazada para que os alunos possam colorir os nomes das notas, no incio de cada verso. CD faixa 24 O pastorzinho Os alunos ouvem a cano e, em seguida, cantam junto com o CD. Voc poder estimular a turma a descobrir as notas que no aparecem na cano (L e Si). Podem tambm colorir os nomes das referidas notas entre todas as que ilustram a pgina do livro. Proponha aos alunos uma brincadeira animada com os nomes das notas (Jogo do chefe Coleo Msica na Escola Jogos de musicalizao, p. 43). Neste jogo, voc ser o modelo para os alunos; portanto, seu envolvimento e entusiasmo devero ser contagiantes. Todos devero falar a sequncia dos nomes das notas trs ou quatro vezes seguidas, num andamento animado, junto com os batimentos (batidas nas pernas e palmas), conforme a descrio no livro. Inicialmente, voc trabalha os automatismos ascendentes, com vrios chefes, e, logo aps, introduz as sequncias descendentes. Reapresente o jogo sempre que for possvel!

Orientaes / sugestesAssim como todos os alunos devem automatizar a sequncia dos nmeros e das letras para seu bom desempenho escolar, o estudante de msica deve automatizar as sequncias dos nomes das notas para seu bom desempenho nas atividades musicais. Abordaremos, no presente captulo, os automatismos por graus conjuntos, uma entre as vrias ordenaes com os nomes das notas. Ao longo do processo da educao musical, os alunos conhecero estruturas sonoras como a escala, o arpejo e o acorde. O automatismo dos nomes das notas conhecimento prvio indispensvel para o domnio de tais contedos. As atividades de automatismo tero uma abordagem ldica, acompanhadas da audio de canes em cujos textos aparecem os nomes das notas como elemento constitutivo e expressivo. Lembramos que o automatismo se d por repetio; assim, as atividades devero ser revisitadas sempre que o professor julgar conveniente. Nos volumes posteriores e em todos os nveis da educao musical, os automatismos sero progressivamente abordados.

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Construindo com notas musicais Jogo com cartes dos nomes das notas cartes para destacar e formar edifcios. Combine com os alunos que os edifcios tero 15 andares e que o primeiro andar ser a portaria do prdio. Voc dever supervisionar a construo dos edifcios para que a sequncia das notas seja correta. Qualquer nota pode ser a portaria do prdio, ou seja, qualquer nota pode ser o chefe. A atividade pode ser individual ou realizada em duplas. Concludo o edifcio, o aluno faz a leitura das notas na sequncia ascendente. Edifcio de vizinhos musicais Os alunos apontam no livro e falam os nomes das notas vizinhas, comeando pela portaria

dos edifcios apresentados no livro. Escrevem os nomes das notas em sequncias ascendentes, preenchendo os andares dos edifcios.

Pea que os alunos completem os andares que faltam, escrevendo os nomes das notas em sequncias ascendentes.

CD faixa 62 Todo dia Carmen mettig. Todos ouvem a cano e, em seguida, cantam junto com o CD. Sugerimos cantar a cano com dois chefes diferentes, escolhidos pelos alunos, para automatizar as sequncias dos nomes das notas.

cAptUlO 4 pIAnOfORteexpectativas de aprendizagem Distinguir os diferentes graus de intensidade: forte, meio forte, fortssimo, piano e pianssimo. Realizar os diferentes graus de intensidade com a voz, com batimentos corporais e com instrumentos de percusso. Reconhecer e realizar com a voz e com palmas os grficos de intensidade. Perceber as gradaes de intensidade: crescendo (do fraco para o forte) e decrescendo (do forte para o fraco). Vivenci-las expressivamente em canes, parlendas e improvisaes, usando a voz, batimentos corporais e instrumentos de percusso. Ouvir e reconhecer, na atividade da audio ativa, as variaes de intensidade e relacion-las com o carter expressivo da msica. cordas so pinadas por um plectro, espcie de pina, o que resulta num som seco, de sonoridade metlica. Bartolomeu Cristfori ficou famoso por ter modificado, em 1711, a mecnica do instrumento, o que resultou no pianoforte, mais tarde conhecido como piano (em italiano, piano quer dizer suave). O mecanismo do novo instrumento permite a variao de sons fortes e fracos, de acordo com a intensidade do toque no teclado. As teclas percutidas acionam os martelos que batem nas cordas, produzindo o som. O sistema de pedais do piano permite prolongar ou abafar o som, o que no acontecia no cravo. Como agora vamos tratar da intensidade do som, escolhemos o ttulo pianoforte para nomear o presente captulo. Vamos contar aos alunos que a palavra piano passar a fazer parte do nosso vocabulrio musical, indicando a intensidade fraca ou suave. Como a nossa proposta pedaggica prioriza, numa abordagem inicial, a vivncia dos elementos musicais, sugerimos algumas atividades para a percepo sensorial dos sons fortes e fracos e das variaes de intensidade. Nas atividades da audio ativa, os alunos podero perceber a relao da dinmica (variaes de intensidade), com o carter expressivo da msica. Na realizao de improvisaes, de arranjos para canes e parlendas, os alunos podero expressar suas ideias musicais, incorporando os elementos do parmetro intensidade (forte, meio forte, fortssimo, piano, pianssimo, crescendo, decrescendo, e outros).

Orientaes / sugestesNo incio do sculo XVIII, vivia em Florena, na Itlia, o famoso construtor de cravos Bartolomeu Cristfori. O cravo um instrumento que tem um som delicado, sempre com a mesma intensidade, sem produzir sons mais fortes ou mais fracos. As

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Resoluo comentada das atividadesApresentao do cravo e do piano, ressaltando a diferena de sonoridade dos dois instrumentos. Voc pode enriquecer a atividade, contando para os alunos o que conhece sobre os instrumentos, mostrando gravuras ou fotos e estimulando-os para que procurem, em casa, possveis gravaes com o cravo e com o piano.

Em seguida, pea que faam a leitura dos traos batendo palmas (fraco, fraco, forte, fraco) e falando as palavras fraco e forte. Grficos para realizar com palmas, com instrumentos de percusso ou falando as palavras forte e fraco (ou falando forte e piano). Ao falar a palavra forte, a intensidade da voz dever ser forte e, ao falar a palavra fraco ou piano, a intensidade dever ser fraca, mas audvel. Grficos para reconhecer, tocados por voc, professor. Os alunos devem escrever os nmeros na ordem ouvida. CD faixa 34 Bingo Ouvir as sequncias de sons fortes e fracos e marcar com as peas destacadas do anexo 2. Resposta: 3 2 5 4 6 1 Audio ativa CD faixa 32 Chopin Preldio n 20 em D menor. Essa msica j foi apresentada no incio do captulo, na audio comparativa do cravo e do piano. Agora, vamos revisit-la para que os alunos possam perceber as variaes de intensidade (forte, piano, pianssimo, crescendo e fortssimo), que ocorrem ao longo da execuo. Na primeira frase, a intensidade forte ( f), na segunda frase, a intensidade piano (p) e na terceira, a frase comea pianssimo (pp) e vai crescendo at o fortssimo (ff) do final. No livro, as frases da msica esto representadas por arcos, com as letras que indicam as variaes de intensidade. Frdric Chopin nasceu na Polnia, em 1810, e morreu em Paris, em 1849. Escreveu uma obra extensa e de grande valor, retratando o estilo romntico da poca. Alm de compositor, era um virtuoso do piano, famoso em toda a Europa, onde tocava nas mais importantes salas de concerto. Era conhecido pela facilidade com que improvisava ao piano, muitas vezes em parceria com Liszt, seu grande amigo, tambm famoso pianista e compositor. Leitura com sinais de dinmica. Os alunos devem realizar as sequncias do livro, batendo palmas ou usando um par de claves. Para manter a regularidade das batidas, voc poder marcar as pulsaes. Nas sequncias com crescendo e decrescendo, os alunos devem escrever os sinais de dinmica no incio e no final, variando desde piano (p) ou pianssimo ( pp), at fortssimo ( f f).

CD faixa 9 Pea para cravo: Bach - Concerto Italiano Allegro (trecho). Pea para piano: Villa-Lobos Dana do ndio Branco CD faixa 10. Observao: Aqui, no falaremos dos compositores, pois o foco so os instrumentos.

Jogo da palma - Percepo sensorial dos sons fortes e fracos. Os alunos se posicionam em p e em roda, com um dos braos estendido em direo ao centro da roda e a palma da mo virada para cima. O aluno que estiver no centro da roda vai batendo de leve na mo de cada colega, dizendo suavemente a palavra fraco, at que escolhe aquele que receber uma batida mais forte, acompanhada da palavra forte. Os gestos devero ser correspondentes intensidade das palavras forte e fraco. O aluno que receber a batida forte dever ir para o centro da roda dando continuidade ao jogo.

Reconhecendo os sons fortes e fracos. Voc deve participar da atividade, fazendo quatro batidas regulares num tambor (ou batendo quatro palmas), sempre com a intensidade fraca. Em seguida, repita os batimentos, modificando a terceira pulsao, que dever ser forte,(segundo grupo de traos verticais). Os alunos ouvem e dizem o que mudou.

Pea que encontrem a maneira mais simples de grafar o que ouviram, sem acrescentar novos desenhos (a melhor grafia sempre a mais simples, a mais direta).

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Ditados Tendo como base os grficos anteriores, toque os ditados combinando forte e piano para os alunos grafarem os sons fortes nos traos correspondentes. Voc pode usar um tambor, um pandeiro, bater palmas ou usar outra fonte sonora, na qual a diferena entre o som fraco e o som forte seja bem clara. Lembre-se de fazer um gabarito para voc conferir com os alunos. CD faixas 48 e 51 Parlendas: Juca Pinduca e Mo de pilo. Juca Pinduca, ladro de acar, pulou a janela, caiu na arapuca. Os alunos ouvem e aprendem a parlenda, repetindoa algumas vezes para decorar. Em seguida, conforme indicaes do livro, falam a parlenda variando a intensidade. Voc pode repetir a atividade, em outra aula, com a parlenda mo de pilo, carne seca com feijo, farinha torradinha, arroz com camaro. Chicotinho queimado Brincadeira tradicional, na qual os participantes realizam diferentes graus de intensidade. Voc prope turma que escolha um objeto para ser escondido. Um aluno sai da sala enquanto o objeto colocado no lugar escolhido, difcil de ser encontrado. A regra do jogo a seguinte: quando o colega volta e comea a andar pela sala procurando o objeto escondido, a turma bate palmas (ou toca instrumentos) para informar-lhe se est quente(palmas fortes) ou frio (palmas fracas). As palmas fracas indicam que ele est longe do objeto procurado (frio) e as palmas fortes, que ele est prximo (quente). Dependendo do trajeto que o colega percorrer, as palmas podem realizar um crescendo ou um decrescendo, ou seja, ele poder estar se aproximando ou se afastando do objeto. Ele ser orientado pela intensidade das palmas. O clmax da brincadeira acontece no momento em que o objeto encontrado, quando o som deve ser fortssimo.

Audio ativa CD faixa 52 Haendel Msica aqutica Sute n 2 Hornpipe. George Frideric Haendel nasceu na Alemanha em 1685 e morreu em 1759. Assim como Bach, foi um dos mais importantes compositores do Barroco na Europa. Viveu em Londres, onde era o msico da corte, e uma das suas obras mais conhecidas o oratrio O Messias, do qual faz parte o famoso Aleluia. Voc pode incentivar os alunos a perceberem que instrumentos da orquestra esto presentes na msica e a perceberem o efeito de eco causado pelos instrumentos de sopro. Os trompetes tocam forte e com som brilhante, seguidos das trompas, que tocam piano e com som aveludado, causando o efeito de eco. Pea aos alunos que falem sobre o que conseguiram perceber.

CD faixa 61 Cano Zabelinha- cano com eco. Pea que os alunos se organizem em trs grupos, afastados uns dos outros. O primeiro grupo canta a cano com a intensidade forte; o segundo canta o eco, com intensidade meio forte, e o terceiro grupo canta o outro eco, com a intensidade piano, como indicado no livro do aluno. Improvisao Nuvens de sons. Os alunos devem imaginar os sons de cada nuvem e sonorizar com a voz e sons com a boca. Podem repetir a improvisao, usando instrumentos. A partitura da primeira nuvem sugere sons curtos e fracos; a da segunda, sons fortes; e a da terceira combina sons fracos e fortes, que resultam num crescendo e decrescendo. O seu entusiasmo e seu incentivo sero preciosos para que os alunos realizem as improvisaes, desenvolvendo a imaginao sonora e se expressando musicalmente.

cAptUlO 5 O SOM de cAdA UMexpectativas de aprendizagem Ouvir e reconhecer timbres de diversas fontes sonoras, convencionais (instrumentos musicais) e no convencionais (objetos sonoros). Identificar os timbres vocais e instrumentais nas atividades apresentadas e nas msicas da audio ativa. Pesquisar timbres corporais, dos instrumentos e de fontes sonoras, com diferentes articulaes. Desenvolver a percepo da paisagem sonora e a ateno aos estmulos sonoros. Desenvolver a imaginao sonora. Perceber a direo do som.

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Orientaes / sugestesAs atividades do captulo referentes ao timbre so baseadas na experincia sensorial dos alunos, quer ouvindo quer produzindo os sons. A abordagem bastante ldica, utilizando jogos e brincadeiras como apoio para a percepo dos timbres. Enfatizamos a percepo do universo sonoro prximo dos alunos, como a voz dos colegas, de sons da sala de aula, de situaes da sua vivncia, procurando desenvolver tambm sua imaginao sonora. Voc ter participao ativa nas atividades do captulo, pois os instrumentos e as fontes sonoras, tocados ao vivo, certamente despertaro maior interesse nos alunos.

O livro apresenta ilustraes com sequncias de instrumentos de percusso que voc dever tocar para o aluno ouvir, reconhecer e marcar. Organize os instrumentos de modo que possa toc-los facilmente e faa um ritmo curto para cada um deles. De onde vem o som II Direo do som - timbres. Os alunos, sentados e de olhos fechados, devem apontar com o brao direito na direo do estmulo sonoro que voc vai realizar, enquanto anda pela sala. Voc pode balanar um chaveiro, tocar um par de claves, um chocalho, ou outro instrumento disponvel. De vez em quando, voc para, interrompe o som e pede aos alunos que abram os olhos e vejam se esto apontando na direo certa. Voc pode solicitar a participao de um aluno para tocar um segundo instrumento, para o qual todos devero apontar com o brao esquerdo. Inicialmente, deve ser apresentada uma fonte sonora de cada vez, ou seja, enquanto voc anda levando seu som, seu parceiro fica parado e vice-versa. Para a brincadeira ficar mais estimulante, podem, ento, apresentar os dois instrumentos simultaneamente, andando para lados opostos ou mesmo andando juntos, parando um e continuando o outro, etc. De vez em quando, voc indica o momento de abrir os olhos e conferir se as direes apontadas esto corretas, continuando a atividade. Voc escolhe sequncias de trs instrumentos e toca para os alunos reconhecerem os timbres, de olhos fechados. Aps cada sequncia, os alunos colam no livro os adesivos correspondentes, na ordem tocada. Na mesma atividade, devem reconhecer dois instrumentos tocados simultaneamente e marc-los com os adesivos. Observao: Lembre-se de usar os instrumentos correspondentes aos adesivos (pandeirola, tambor, tringulo, pratos e clavas). Pesquisa de timbres corporais Sons do nosso corpo. A descoberta das possibilidades sonoras do corpo desperta muito interesse e curiosidade nas crianas. Voc dever liderar a atividade, envolvendo os alunos com a proposta de descobrir timbres corporais variados que podero ser usados em atividades musicais, ou seja, acompanhar canes e parlendas, ou fazer parte de improvisaes e de projetos de criao. Sentados no cho e em crculo, para que todos possam se ver, iniciam a pesquisa pelas mos, batendo palmas articuladas de diversas maneiras, o que resultar em diferentes timbres. Observando os alunos, procure reforar aqueles que estejam bem empenhados na pesquisa, propondo que todos realizem as suas descobertas. Percebendo que a pesquisa com as mos j obteve bons resultados, mude, por exemplo, para pesquisar sons com a boca, sem usar a voz (as crianas

Resoluo comentada das atividades De onde vem o som I Vamos iniciar o captulo do timbre brincando com a direo do som. Pea para a turma se dividir em quatro grupos, e cada grupo vai para um canto da sala. Um aluno fica no meio da sala de olhos vendados. Ao comando do professor, um dos grupos comea a chamar o nome do aluno que est vendado e este deve ir em direo ao som, com os braos esticados para frente at encostar em algum do grupo. O aluno escolhido deve dizer, sozinho e sem alterar a voz, o nome do aluno vendado, que ter duas chances para reconhecer o colega pelo TImBRE da voz. Os dois, ento, trocam de lugar e a brincadeira continua. CD faixa 12 Os alunos ouvem os sons e ligam os nmeros s imagens correspondentes.

Audio ativa CD faixa 13 O trenzinho do caipira, das Bachianas brasileiras n.o 2, de Heitor Villa-Lobos. Escutar e reconhecer timbres diferentes Coleo Msica na Escola Jogos de Musicalizao, p. 42. Participe com alegria e entusiasmo e observe como os alunos se envolvem com a atividade. Organize os instrumentos de modo que possam ser facilmente manuseados e toque cada um deles de maneira ritmada e bem articulada. Os instrumentos devem ser tocados num tempo breve, para que os alunos possam guardar a sequncia na memria.

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costumam se divertir muito nesse momento). Em seguida, a turma pode ficar em p e pesquisar sons de batidas corporais, nas pernas, no peito, com os ps, sempre observando o foco da pesquisa, o timbre. Os alunos podem combinar alguns batimentos pesquisados, realizando sequncias ritmadas para acompanhar canes ou parlendas. Exemplo: CD faixa 37 Subi na roseira, quebrei um galho / segura, morena, seno eu caio. A parlenda tem duas frases e voc pode sugerir que os alunos organizem uma sequncia de dois batimentos para cada frase, por exemplo: batida nas pernas, seguida de uma palma, sempre na pulsao, acompanha a primeira frase; estalos de dedos alternando as mos, na pulsao, acompanham a segunda frase. Num arranjo mais elaborado, podem criar diferentes batimentos para cada uma das quatro semifrases da parlenda: Subi na roseira / quebrei um galho / segura, morena / seno eu caio. Ex.: ps alternados / batidas nas pernas / palmas / estalos de dedos /, seguindo as pulsaes, para dar segurana rtmica. Podem ser feitas muitas combinaes, tanto de batimentos corporais quanto de ritmo. Recorde com os alunos a pesquisa dos batimentos corporais (aula 15) e proponha que eles realizem novas combinaes de batimentos para acompanhar a cano Samba lel CD faixa 38. Paisagem sonora Na sala de aula. O elemento mais importante para a realizao da atividade o silncio. Voc deve contar aos alunos que a atividade depende de uma atitude silenciosa para que eles possam ouvir os sons de dentro e de fora da sala de aula. Os alunos que j sabem escrever podem anotar os sons que vo ouvindo (exemplo: passarinho, telefone, respirao, tosse, carro, etc). Agora, que so estudantes de msica, devem ter os ouvidos bem abertos para perceber todos os sons do seu ambiente, o que chamamos de paisagem sonora. Combine com eles que voc far um sinal para iniciar a atividade, dar um tempo para que ouam e anotem os sons e far um sinal para terminar. Ento, voc poder pedir a algum que leia a lista dos sons que ouviu e anotou. Os outros alunos participam confirmando os sons do colega ou acrescentando outros sons que possam ter ouvido. Voc deve anotar a mdia de sons que a turma ouviu e repetir a atividade algum tempo depois, para avaliar se houve alguma melhora na percepo da paisagem sonora. Pesquisa sonora sons da sala de aula. O nosso objetivo com a atividade despertar nos alunos o interesse pelos sons de objetos prximos a eles e resultantes de fontes sonoras insuspeitadas, como caderno, estojo, caneta, cadeira, apagador de quadro, pasta, mochila, etc. Para alcanarmos o objetivo da atividade, voc deve falar da importncia de uma

atitude silenciosa e concentrada, pois a matria da pesquisa o timbre, O som de cada coisa (ttulo do captulo), que dever ser percebido por todos. A melhor maneira de iniciar a pesquisa escolher um objeto (fonte sonora) que cada aluno explora sonoramente, descobrindo diferentes maneiras de articular o som, por exemplo: um caderno com espiral e uma caneta. Possibilidades sonoras: bater ou raspar a caneta na espiral, comear fraco e chegar ao forte (crescendo), bater a caneta na capa do caderno (dependendo do material da capa, o timbre fica diferente), folhear o caderno com o dedo polegar, etc. Outra fonte sonora: abrir e fechar repetidas vezes o zper do estojo ou da mochila. Esfregar o apagador com movimentos rpidos no quadro (som bem suave), levantar e soltar o elstico da pasta de plstico (som curto e forte), raspar a cadeira no cho, etc. Aps algum tempo, voc interrompe a pesquisa, pede que fechem os olhos e faz um dos sons pesquisados para que os alunos os descubram pelo timbre. importante que todos ouam atentamente os timbres resultantes da atividade, enriquecendo, assim, o seu universo sonoro. Sonorizao: Trs gravuras com gua improvisao vocal, partindo de um estmulo concreto. A 1. gravura apresenta como elemento principal um menino segurando uma mangueira de onde sai um forte jato de gua. A segunda mostra um rapaz regando as plantas e segurando bem alto um regador de onde sai gua, a princpio num fluxo forte que, aos poucos, vai se transformando em mltiplas gotas. Na terceira gravura, v-se um grupo de pessoas na praia observando o mar que se movimenta em ondas sucessivas. Voc pede para os alunos olharem a 1 gravura e, aps o seu sinal, fazerem com a voz o som que ela sugere (ex.: shhh...som enrgico e curto,semelhante a um jato de gua). 2. gravura: Voc pode pedir para os alunos descreverem a cena (rapaz com um regador) e sugerir que improvisem com a voz o som da gua que sai do regador. Combine com eles que vai dar um sinal somente para indicar o incio da improvisao (que os alunos devero realizar, preferencialmente, de olhos fechados para melhor se concentrarem no som) e que o final dever acontecer naturalmente, sem nenhuma combinao ou sinal. Observao: Nas diversas vezes em que apresentamos essa improvisao, pudemos observar a variedade de efeitos sonoros que vo surgindo (principalmente quando imitam as gotinhas), sugestionados e estimulados pelos sons uns dos outros. A importncia do silncio fica evidenciada nessa improvisao, pois os alunos percebem que, atravs de momentos de silncio cada vez mais longos, conseguem expressar a ideia da gua que a princpio cai forte, vai diminuindo

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gradativamente at se transformar em gotinhas e acabar... Se necessrio, pea-lhes que repitam a improvisao para buscar um melhor resultado expressivo. 3. gravura: Como as duas gravuras anteriores, a terceira tambm muito sugestiva. Pea aos alunos que observem a gravura e que escolham o momento de iniciar a improvisao. Aos poucos, comeam a fazer sons de ondas quebrando na praia, pois o som sugerido pela gravura faz parte da sua vivncia ou do seu imaginrio. As ondas podem ser pequenas, grandes, fortes, fracas, podem bater nas pedras... Como a improvisao feita em grupo, o resultado sonoro sempre muito interessante, pois cada aluno tem seu tempo prprio para realizar sua onda se

quebrando na praia, o que resulta num ritmo variado e com diferentes nuances de intensidade. Comparando-se as trs figuras, levar os alunos a perceberem que, na primeira, o som da gua curto (acaba logo) e, na segunda, comea longo e, aos poucos, vai ficando curto (gotinhas) at acabar. Na terceira, o som pode no acabar nunca, como o mar...

animao e alegria.

Cad o som? Conduza a atividade com muita

cAptUlO 6 gRAfIASexpectativas de aprendizagem Grafar espontaneamente sons curtos, longos, fortes, fracos e movimento sonoro. Encontrar a expresso grfica correspondente a imagens sonoras ou a realizaes sonoras com a voz ou instrumentos partituras grficas. Interpretar grafias no convencionais com a voz ou com instrumentos.

Resoluo comentada das atividades Iniciamos o captulo apresentando vrias grafias no convencionais para os alunos realizarem com a voz. Voc poder incentiv-los a pesquisar efeitos vocais que combinem com as grafias apresentadas no livro. Os alunos escolhem a grafia que vo sonorizar, voc rege o incio da atividade e, ao final, todos avaliam a correspondncia do som resultante com a grafia escolhida. Para realizar os nmeros 9 e 10, voc deve reger o momento de iniciar os sons curtos, de iniciar os sons longos e observar o tempo correspondente ao silncio na ltima grafia (n 10), para que a atividade possa ser realizada em conjunto. A interpretao das grafias desenvolve a imaginao sonora e a capacidade de expresso vocal dos alunos, alm de ser uma atividade prazerosa e divertida. Improvisao vocal Chiclete com pipoca - Sons longos como chiclete e curtos como pipoca! Jogo com seis cartes numerados e um dado. Pode ser realizado em trs etapas. Os cartes apresentam grafias variadas (minipartituras), que devem ser realizadas com a voz. Os cartes 3, 4 e 6 devem ser realizados por dois grupos de alunos, pois apresentam grafias simultneas. Etapa I - Pea a um dos alunos para jogar o dado. O carto sorteado deve ser realizado vocalmente pelos alunos. Todos os cartes devem ser sorteados e realizados. Devem ser exploradas as possibilidades de alturas, duraes, intensidade, timbres, andamentos e carter expressivo.

Orientaes / sugestesA notao musical um sistema grfico que representa os sons e que passou por transformaes significativas ao longo da histria da msica. A escrita sempre posterior experincia musical e resulta da necessidade de expresso e de registro. A partir do sculo XX, os compositores possibilitaram ao intrprete a realizao de improvisaes e interferncias em suas composies, e essa liberdade resultou em manifestaes musicais impossveis de serem grafadas pelo sistema convencional. Assim, a partir do sculo XX, surgiu uma nova maneira de grafar essa msica, que se assemelha s grafias inventadas pelas crianas para representar os sons. Neste captulo, vamos abordar as grafias aproximadas, tambm chamadas partituras grficas, que no possuem a preciso do sistema convencional, mas que possibilitam a expresso grfica e espontnea dos alunos.

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Etapa II - Os alunos se organizam em seis grupos, distantes uns dos outros. O professor joga o dado, sorteando um carto para cada grupo, podendo estabelecer um tempo para que os grupos ensaiem a sonorizao. Em seguida, cada grupo se apresenta, buscando realizar expressivamente o contedo da sua minipartitura. Etapa III - O jogo vai agora se transformar numa composio musical conjunta. Dependendo do nmero de alunos, a atividade poder ser realizada por toda a turma, ou em grupos. Os alunos organizam os seis cartes em sequncia, decidindo como comear, como terminar, como combinar os cartes, estruturando, assim, a forma da msica. Aps a realizao, o resultado final deve ser discutido, podendo ser mantido ou modificado, dependendo da avaliao dos compositores. Partituras para transformar em msica.

com instrumentos de percusso. Voc pode coordenar uma pesquisa sonora, incentivando os alunos a descobrirem diferentes maneiras de tocar os instrumentos. Por exemplo, um pandeiro: voc pode sacudir, arranhar, bater com a mo, com os dedos, com as unhas, com baqueta. So diferentes articulaes que resultam em sons diferentes. Experimente com os alunos! Para a realizao das partituras grficas, eles podem experimentar maneiras de articular os instrumentos, que resultem em sons correspondentes s grafias apresentadas. Desenhando sons... Sugerimos alguns ttulos para, a partir deles, os alunos imaginarem as grafias correspondentes e criarem minipartituras: Um segredo, Trovoadas, Pipocas pipocando e Calda de chocolate. Eles devem pensar que outras crianas podero tocar sua msica; portanto, devem combinar o mximo possvel as grafias com o som imaginado!

Apresentamos duas partituras com grafias no convencionais, que podemos chamar de partituras grficas. Os alunos podem realiz-las com a voz ou

plAneJAMentO dAS AUlASAULA 1 Atividade de reao Jogo: Nome, palma, pulo (no consta do livro do aluno). Pea aos alunos que fiquem de p e formem uma roda. Coloque-se no centro e aponte aleatoriamente para cada um deles, com um gesto firme e o olhar direcionado ao aluno. Na primeira rodada, os alunos apontados devem falar o prprio nome com rapidez e clareza. Na segunda rodada, batem uma palma e, na terceira rodada, do um pulinho. Em seguida, diga que vai complicar um pouco, para ficar mais divertido. Na prxima rodada, o aluno apontado deve falar o nome junto com uma palma. Na rodada seguinte, deve falar o nome, bater uma palma e dar um pulinho, tudo ao mesmo tempo. Em outra aula, acrescente a variao descrita a seguir. Variao: O primeiro aluno apontado fala o seu nome e o segundo bate uma palma, de modo que a sequncia ouvida seja sempre nome-palma, nome-palma, etc. Sempre que essa ordem for quebrada, o jogo deve ser interrompido e iniciado novamente, comeando sempre pelo nome. A atividade deve ser realizada com rapidez (progressiva) para exercitar a prontido, a ateno e a coordenao dos alunos. Captulo 1 - p. 7 - CD faixa 1 Ouvir para (re)conhecer Os alunos ouvem uma brincadeira sonora com subidas e descidas do som, realizada na flauta de mbolo. Estimulados por voc, os alunos devem chegar s palavras sobe e desce. A partir da, voc poder apresentar as palavras grave e agudo, associadas ao incio e ao fim do movimento sonoro, ou seja, do grave para o agudo ou do agudo para o grave. muito comum os alunos associarem o som grave palavra grosso e o som agudo palavra fino. Captulo 1 - p. 7 - Msica para brincar Voc dever realizar movimentos de subidas e descidas com um dos braos (regncia) e convidar os alunos a fazerem com a voz os sons correspondentes. Os movimentos devem ser amplos, sugestivos e realizados num tempo tranquilo. Voc dever observar atentamente se os sons resultantes correspondem aos seus movimentos.

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Proponha uma improvisao vocal, coletiva, com o tema O voo da folha seca. Novamente, voc dever realizar gestos expressivos de subidas e descidas variadas, conduzindo os alunos na improvisao (o vento leva a folha para cima, para baixo, o movimento fica mais rpido, mais lento, a folha faz evolues no ar, at que, lentamente, pousa no cho). Pea a todos que ouam atentamente o resultado sonoro realizado pelo grupo. A atividade propicia aos alunos o desenvolvimento da imaginao sonora e o uso livre da voz, sem afinao definida. Captulo 1 p. 8 Escrevendo e grafando Atividade para reconhecimento visual de sobe e desce: grficos para marcar os alunos marcam com x o desenho que combina com o som subindo e com o som descendo. Captulo 1 - p. 9 Sons que sobem e descem Sons que sobem e descem grficos para apontar os alunos apontam o caminho do grave para o agudo e do agudo para o grave, enquanto realizam o som vocal correspondente, cantando a slaba tuuuu... Captulo 1 - p. 9 Audio ativa: O trem de ferro CD faixa 2 Cano tradicional. Aps a audio, pergunte aos alunos o que perceberam no arranjo da msica (o apito do trem, o movimento que comea lento e vai acelerando, os diversos instrumentos, as vozes femininas e masculinas, a cano Rebola-bola que aparece no arranjo, o trem chegando vagarosamente estao, etc.). A conversa entre o professor e os alunos sobre audio ativa ser um procedimento comum em nossas aulas.

Captulo 1 p. 10 - Escrevendo e grafando Reconhecimento visual do fica os alunos marcam com x o desenho que combina com o som que fica. Os alunos devem circular os nomes das notas musicais que aparecem na letra da cano Samba de uma nota s. Captulo 1 p.12 Prazer em conhecer: Partindo da pequena biografia de Tom Jobim apresentada no livro, voc poder contar mais sobre o compositor. Captulo 1 p. 13 Ouvir para reconhecer: CD faixa 4 Percepo auditiva ouvir e falar o nmero do grfico. Os grficos representam sons que sobem, descem e ficam, contnuos ou descontnuos. Resposta: 1- 5 -2 -3 -4 -6. Em seguida, pea aos alunos que cantem alguns dos grficos. Captulo 5 p. 105 Msica para brincar: De onde vem o som I? Vamos iniciar o captulo do timbre brincando com a direo do som. Pea turma que se divida em quatro grupos; cada grupo vai para um canto da sala. Um aluno ficar no meio da sala de olhos vendados. Ao comando do professor, um dos grupos comea a chamar o nome do aluno que est vendado e este deve ir em direo ao som, com os braos esticados para frente at encostar em algum do grupo. O aluno escolhido deve dizer, sozinho e sem alterar a voz, o nome do aluno vendado, que ter duas chances para reconhecer o colega pelo TImBRE da voz. Os dois, ento, trocam de lugar e a brincadeira continua.

AULA 2 Atividade de reao Prontido Coleo Msica na Escola Jogos de Musicalizao, p. 33. Captulo 1 p. 9 Ouvir para (re)conhecer CD faixa 3 Brincadeira sonora com a flauta de mbolo apresentando o som que permanece na mesma altura, seguida do Samba de uma nota s, como ilustrao musical do som que fica. Os alunos devem chegar palavra fica. Voc poder falar das palavras mgicas sobe, desce e fica, que identificam os sons correspondentes.

AULA 3 Captulo 1 p. 14 Audio ativa: Os asnos selvagens CD faixa 5 Os alunos ouvem Os asnos selvagens, da obra Carnaval dos animais, do compositor francs Camille Saint Sans. Voc deve estimul-los a perceber o movimento sonoro que acontece na msica, com muitas subidas e descidas. Leia para eles a biografia do compositor. Captulo 1 p. 16 - Ouvir para (re)conhecer CD faixa 6 Grficos para ouvir e numerar com adesivos. Resposta: 3 5 1 6 2 4.

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Captulo 2 p. 46 Sons curtos e longos Pea aos alunos que fiquem de p e experimente com eles alguns sons curtos e longos que podemos fazer no nosso corpo. Com bastante entusiasmo e alegria, voc sugere que todos juntos batam uma palma (com um sinal corporal expressivo, voc rege o momento da palma conjunta). Em seguida, voc pergunta: Como foi o som? Curto ou longo? Voc vai sugerir outras possibilidades de sons curtos e longos que os alunos devem realizar espontaneamente, com voz ou movimento. Exemplos: Som de uma palma curto Sopro para apagar a vela de uma s vez! (sempre com sua regncia) curto Sopro para encher balo longo Som de um pulo curto Som de escorregar longo Som de espreguiar longo Estalo de dedo curto Um espirro curto Um soluo curto Um bocejo longo Os alunos devem dar ideias e experimentar os sons. Assim, passam pela experincia sensorial dos sons curtos e longos. Vamos registrar no livro essa nossa experincia. Vamos marcar com L os sons longos e com C os sons curtos.

Captulo 2 p. 48 Ouvir para reconhecer CD faixa 7 E o som que voc vai ouvir agora? Os alunos ouvem um som muito longo. Ouvem novamente e sinalizam, levantando a mo, quando o som terminar. Captulo 2 p. 48 Audio ativa: Mquina de escrever CD faixa 8 Em seguida, para ilustrar os sons curtos, ouvem a msica mquina de escrever, da obra Mini sute das trs mquinas, de Aylton Escobar. Biografia do compositor. AULA 4 Captulo 4 p. 86 Apresentao do cravo e do piano Vamos apresentar para os alunos o cravo e o piano, ressaltando a diferena de sonoridade entre os dois instrumentos. Voc pode enriquecer a atividade, contando para eles o que voc conhece sobre os instrumentos. Captulo 4 p. 87 - Audio ativa CD faixa 9 - pea para cravo: Bach Concerto Italiano Allegro (trecho). CD faixa 10 - Pea para piano: Heitor VillaLobos - Dana do ndio Branco (trecho). Chame a ateno para os diferentes timbres dos instrumentos. Observao: Aqui no falaremos dos compositores, pois o foco so os instrumentos. Captulo 4 p. 88 Msica para brincar - Jogo da palma Percepo sensorial dos sons fortes e fracos. Os alunos se posicionam em p e em roda, com um dos braos estendido em direo ao centro da roda, a palma da mo virada para cima. O aluno que estiver no centro da roda vai batendo de leve na mo de cada colega, dizendo suavemente a palavra fraco, at que escolhe aquele que receber uma batida mais forte, acompanhada da palavra forte. Os gestos devero ser correspondentes intensidade das palavras forte e fraco. O aluno que receber a batida forte dever ir para o centro da roda dando continuidade ao jogo. Captulo 3 p. 75 Ouvir para (re)conhecer CD faixa 11 Pergunte aos alunos se eles conhecem os nomes das notas musicais e crie um clima de expectativa para ouvir a msica minha cano, da obra Os saltimbancos.

Captulo 2 p. 47 Escrevendo e grafando Vamos pesquisar sons curtos e longos na natureza? Os alunos marcam com as letras L ou C as propostas do livro. Ser que as vozes dos animais tambm podem ter sons curtos e longos? E o som de uma bola quicando no cho (curto)? E a bola de boliche rolando na pista (longo)? Voc deve pedir aos alunos que realizem vocalmente os sons propostos (da natureza, dos animais e da bola).

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Diga que a msica tem um segredo (cada verso comea com uma nota da escala) que eles tero de descobrir. Lembre a eles que uma atitude silenciosa muito importante para ouvir msica. Captulo 3 p. 77 Escrevendo e grafando A letra da cano apresentada no livro com fonte vazada para que os alunos possam colorir os nomes das notas no incio de cada verso. Biografia procure saber se os alunos conhecem alguma msica de Chico Buarque.

Usando 4 cartes: f) sobe desce sobe fica descontnuo g) fica (g) sobe descontnuo fica contnuo desce h) fica descontnuo (g) fica descontnuo (a) desce sobe Captulo 1 p. 17 Audio ativa: Mozart CD faixa 15 Trecho da sonata para piano, em D maior, de mozart, com acentuado movimento sonoro de subidas e descidas. O professor deve estimular a audio e falar sobre o compositor austraco, que, aos 4 anos, j compunha e tocava piano em apresentaes para o pblico e para a corte. Biografia de Mozart. AULA 6 Atividade de reao Andar e parar I Coleo Msica na Escola Jogos de Musicalizao, p. 35 Captulo 1- p. 19 Ouvir para (re)conhecer CD faixa 16 Grficos para ouvir e numerar com adesivos. Resposta: 3 5 2 1 6 4 Captulo 1 p. 20 Ouvir para (re)conhecer CD faixa 17 Grficos para ouvir e escrever o nmero correspondente. Resposta: 3 1 5 2 4 6 Captulo 1 p. 21 e 22 Apresentao da Lili CD faixa 18 Lili, personagem feminina do livro e da Cano da Lili. Cano da Lili. Os alunos devem ouvir e cantar a cano sem inicialmente olhar o caderno, com o objetivo de aprender de ouvido, trabalhando, assim, a memria musical. Indicaes ao professor: forme uma roda com os alunos, cante junto com eles e faa movimentos de subidas e descidas com o brao, seguindo as indicaes da cano ela vai subir e escorregar, ela vai subir e pular. Realize movimentos corporais de subir e descer (comear agachados, ir subindo e voltar) e subir e pular (comear agachados, ir subindo e pular, caindo no cho).

AULA 5 Captulo 5 p. 108 Msica para brincar De onde vem o som II? Os alunos, sentados e de olhos fechados, devem apontar com o brao direito na direo do estmulo sonoro que voc vai realizar, enquanto anda pela sala. Voc pode balanar um chaveiro, tocar um par de claves, um chocalho, ou outro instrumento disponvel. De vez em quando, voc para, interrompe o som e pede aos alunos que abram os olhos e vejam se esto apontando na direo certa. Captulo 5 p. 105 Ouvir para (re)conhecer CD faixa 12 Os alunos ouvem os sons e ligam os nmeros s imagens. Captulo 1 p. 16 - Msica para brincar CD faixa 14 Cartes para destacar, no anexo 1, com sobe, desce e fica, com sons contnuos e descontnuos. Ouvir e organizar as sequncias apresentadas. Usando 3 cartes: a) sobe fica descontnuo (a) desce b) desce descontnuo fica sobe c) sobe sobe descontnuo fica d) fica descontnuo (g) sobe fica descontnuo (a) e) desce sobe desce descontnuo

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Captulo 1 p. 22 Escrevendo e grafando Reconhecimento visual das brincadeiras da Lili ligar os dois grficos. Captulo 4 p. 88 - Ouvir para (re)conhecer Descobrindo a grafia para os sons fortes e fracos. Voc deve participar da atividade, batendo quatro batidas regulares num tambor (ou batendo quatro palmas), sempre com a intensidade fraca. Em seguida, repita os batimentos, modificando a terceira pulsao, que dever ser forte (segundo grupo de traos verticais). Os alunos ouvem e dizem o que mudou. Captulo 4 p. 89 - Escrevendo e grafando Pea aos alunos que encontrem a maneira mais simples de grafar o que ouviram, sem acrescentar novos desenhos (a melhor grafia sempre a mais simples, a mais direta): Em seguida, pea que faam a leitura dos traos batendo palmas (fraco, fraco, forte, fraco) e falando as palavras fraco e forte. AULA 7 Captulo 5 p.107 Ouvir para (re)conhecer Coleo Msica na Escola Jogos de Musicalizao Escutar e reconhecer timbres diferentes p. 42. Organize os instrumentos de modo que possam ser facilmente manuseados e toque cada um deles de maneira ritmada e bem articulada. Os instrumentos devem ser tocados num tempo breve, para que os alunos possam guardar a sequncia na memria. Participe com alegria e entusiasmo e observe como os alunos se envolvem com a atividade. Captulo 2 p. 49 Ouvir para (re)conhecer Audio ativa CD faixa 19 Os alunos ouviro a pea Brincando, da obra Peas para crianas, de Kabalevsky. O compositor russo Dimitri Kabalevsky nasceu em 1904, morreu em 1987 e escreveu lindas peas para os jovens estudantes de msica tocarem. Oua novamente com os alunos a msica Brincando, para que eles percebam, alm dos sons curtos, o movimento sonoro do agudo em direo ao grave e do grave em direo ao agudo, na parte final da pea. Vale observar tambm que a msica tem duas partes, separadas por um silncio expressivo, que resulta numa sensao de expectativa. O ouvinte no tem certeza se a msica terminou ali ou se vai continuar...

Captulo 2 p. 50 Escrevendo e grafando Para a introduo da grafia dos sons longos e curtos, sem durao precisa, voc dever usar o quadro da sala de aula, para que todos os alunos participem da atividade em conjunto. Convide um aluno para ir ao quadro, entregue a ele um giz (ou pincel de quadro) e pea-lhe que posicione o giz (ou pincel) no incio do quadro, numa altura mediana, para que todos possam ver