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Jornal do CFC, dezembro de 2001 JORNAL DO CFC ANO 4, N 0 44, DEZEMBRO DE 2001 DISTRIBUI˙ˆO GRATUITA Editorial PÆg. 2 PÆg. 4 Notícias ContÆbeis PÆg. 4 CFC luta no Congresso contra novos impostos Leia ainda: Entrevista - Eliseu Martins Conselhos de Contabilidade renovam 2/3 das composiçıes plenÆrias. (PÆgina 3) JÆ estÆ em vigor Resoluçªo do CFC que determina o controle externo de qualidade das empresas. (PÆgina 5) Aplicar bem a LRF nªo significa negar reajustes salariais aos funcionÆrios das prefeituras. (PÆgina 5) Empresas de serviços debatem desenvolvimento social durante convençªo nacional no Recife. (PÆgina 3) Cartas PÆg. 2 O professor Eliseu Martins, da USP, fala sobre a importância dos cursos de pós-graduação que estão sendo realizados em convênio com o CFC. (PÆginas 6 e 7) CalendÆrio ContÆbil Nova Lei das S.A., jÆ sancionada, dÆ mais direitos aos acionistas minoritÆrios e aumenta os poderes da Comissªo de Valores MobiliÆrios. Apesar da boa repercussªo, o Governo vetou 17 artigos da Lei aprovada pelo Congresso. (PÆgina 9) O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da ação direta de seu presidente, José Serafim Abrantes, de técnicos e conselheiros, está presente no Congresso Nacional defendendo os interesses da Classe Contábil. Em novembro, o presidente Serafim e assessores fizeram solicitação ao deputado Pedro Eugênio (PT-PE), relator do PL nº 1.034/99 na Comissão de Finanças e Tributação, para que evite a aprovação da proposta. O Projeto altera o tratamento tributário aplicável aos lucros distribuídos e ao pagamento de juros sobre o capital próprio, sujeitando-os a pagamento de 15% de imposto na fonte. A conselheira do CFC Marta Arakaki, presente ao encontro, lembrou ao deputado que o atual tratamento de isenção dos lucros distribuídos por pessoas jurídicas representou um avanço na legislação tributária brasileira. Uma decisão sobre este projeto só deverá ser tomada depois de o Congresso concluir o debate sobre a nova tabela do Imposto de Renda, informou o deputado. Outro projeto que o CFC está acompanhando com bastante interesse na Câmara diz respeito à universalização do Simples. O deputado Pedro Eugênio defende a extensão do Simples a todas as empresas de serviços, mas está encontrando pela frente uma forte oposição do INSS, que, segundo o Ministério da Previdência, teria uma queda na arrecadação com a universalização do Simples. Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal estuda uma ADIn, interposta pelo PSDC e pela Fenacon, contra a exclusão das empresas de serviços do Simples. Os detalhes desta luta empreendida pelo CFC estão na página 11. TCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PREST TCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PREST TCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PREST TCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PREST TCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PRESTA˙ˆO DE CONT A˙ˆO DE CONT A˙ˆO DE CONT A˙ˆO DE CONT A˙ˆO DE CONTAS AS AS AS AS Tramita no Tribunal de Contas da União Projeto de Instrução Normativa que isenta os conselhos de fiscalização profissional da prestação de contas anual. A proposta foi apresentada pelo ministro Adylson Motta e combina com o pensamento do Conselho Federal de Contabilidade, que defende de longa data mudanças nos conselhos de fiscalização. O ministro argumenta que, embora os conselhos administrem valores, o tempo gasto para análise de suas contas corresponde a 80% do tempo que é gasto pelos auditores para analisar as contas dos ministérios. Para substituir a prestação de contas, o ministro defende que os conselhos passem a ser fiscalizados por auditorias ou inspeções realizadas por iniciativa própria ou do Congresso. Em ofício encaminhado ao TCU, o Conselho Federal de Contabilidade defende que os controles dos gastos fique sob a responsabilidade dos próprios conselhos. Neste caso, as entidades teriam de manter à disposição toda a documentação para futuras consultas ou inspeções. (PÆgina 3) O presidente Serafim conversa com o deputado Pedro EugŒnio

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Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 1pág. 1pág. 1pág. 1pág. 1

JORNAL DO CFCANO 4, N0 44, DEZEMBRO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Editorial Pág. 2

Pág. 4Notícias ContábeisPág. 4

CFC luta no Congresso contra novos impostos

Leia ainda:

Entrevista - Eliseu Martins

Conselhos de Contabilidade renovam 2/3 das composições plenárias. (Página 3)

Já está em vigor Resolução do CFC que determina o controle externo de qualidade das empresas. (Página 5)

Aplicar bem a LRF não significa negar reajustes salariais aos funcionários das prefeituras. (Página 5)

Empresas de serviços debatem desenvolvimento social durante convenção nacional no Recife. (Página 3)

Cartas Pág. 2O professor Eliseu Martins, da USP, fala sobre a importância doscursos de pós-graduação que estão sendo realizados em convêniocom o CFC. (Páginas 6 e 7)

Calendário Contábil

Nova Lei das S.A., já sancionada, dá mais direitos aos acionistas minoritários e aumenta os poderes da Comissão de ValoresMobiliários. Apesar da boa repercussão, o Governo vetou 17 artigos da Lei aprovada pelo Congresso. (Página 9)

O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da ação direta de seu presidente,José Serafim Abrantes, de técnicos e conselheiros, está presente no CongressoNacional defendendo os interesses da Classe Contábil. Em novembro, o presidenteSerafim e assessores fizeram solicitação ao deputado Pedro Eugênio (PT-PE), relatordo PL nº 1.034/99 na Comissão de Finanças e Tributação, para que evite a aprovaçãoda proposta. O Projeto altera o tratamento tributário aplicável aos lucros distribuídose ao pagamento de juros sobre o capital próprio, sujeitando-os a pagamento de 15%de imposto na fonte.

A conselheira do CFC Marta Arakaki, presente ao encontro, lembrou ao deputadoque o atual tratamento de isenção dos lucros distribuídos por pessoas jurídicasrepresentou um avanço na legislação tributária brasileira.

Uma decisão sobre este projeto só deverá ser tomada depois de o Congressoconcluir o debate sobre a nova tabela do Imposto de Renda, informou o deputado.

Outro projeto que o CFC está acompanhando com bastante interesse na Câmaradiz respeito à universalização do Simples. O deputado Pedro Eugênio defende aextensão do Simples a todas as empresas de serviços, mas está encontrando pelafrente uma forte oposição do INSS, que, segundo o Ministério da Previdência, teriauma queda na arrecadação com a universalização do Simples.

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal estuda uma ADIn, interposta peloPSDC e pela Fenacon, contra a exclusão das empresas de serviços do Simples. Osdetalhes desta luta empreendida pelo CFC estão na página 11.

TCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PRESTTCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PRESTTCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PRESTTCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PRESTTCU PODE LIBERAR CONSELHOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAÇÃO DE CONTAÇÃO DE CONTAÇÃO DE CONTAÇÃO DE CONTASASASASASTramita no Tribunal de Contas da

União Projeto de Instrução Normativaque isenta os conselhos de fiscalizaçãoprofissional da prestação de contasanual.

A proposta foi apresentada peloministro Adylson Motta e combinacom o pensamento do ConselhoFederal de Contabilidade, quedefende de longa data mudanças nosconselhos de fiscalização.

O ministro argumenta que, emboraos conselhos administrem valores, otempo gasto para análise de suascontas corresponde a 80% do tempo

que é gasto pelos auditores paraanalisar as contas dos ministérios.

Para substituir a prestação decontas, o ministro defende que osconselhos passem a ser fiscalizados porauditorias ou inspeções realizadas poriniciativa própria ou do Congresso.

Em ofício encaminhado ao TCU, oConselho Federal de Contabilidadedefende que os controles dos gastosfique sob a responsabilidade dospróprios conselhos. Neste caso, asentidades teriam de manter à disposiçãotoda a documentação para futurasconsultas ou inspeções. (Página 3)

O presidente Serafim conversa com o deputado Pedro Eugênio

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 2pág. 2pág. 2pág. 2pág. 2

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

Conselheiros Efetivos

Contador Alcedino Gomes BarbosaContador Antonio Carlos Morais da SilvaContador Daniel Salgueiro da SilvaContadora Delza Teixeira LemaContador Dorgival Benjoíno da SilvaContador José Martônio Alves CoelhoContador José Serafim AbrantesContador Olivio KoliverContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Gil Nazareno LossoTéc. Cont. Marta Maria Ferreira ArakakiTéc. Cont. Mauro Manoel NóbregaTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte Dura

Conselheiros Suplentes

Contador Edilton José da RochaContador Francisco de Assis Azevedo GuerraContador Gastão BrockContador João Batista LobatoContador Jomar da Silva MarquesContador José Antonio de GodoyContador Liduíno CunhaContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Gaitano Laertes P. AntonaccioTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Luilson Gomes da SilvaTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

Plenário do CFCPresidentePresidentePresidentePresidentePresidenteJosé Serafim Abrantes

Vice-presidente de AdministraçãoVice-presidente de AdministraçãoVice-presidente de AdministraçãoVice-presidente de AdministraçãoVice-presidente de AdministraçãoDelza Teixeira Lema

Vice-presidente OperacionalVice-presidente OperacionalVice-presidente OperacionalVice-presidente OperacionalVice-presidente OperacionalJosé Martônio Alves Coelho

Vice-presidente de Controle InternoVice-presidente de Controle InternoVice-presidente de Controle InternoVice-presidente de Controle InternoVice-presidente de Controle InternoDaniel Salgueiro da Silva

Vice-presidente de Registro e FiscalizaçãoVice-presidente de Registro e FiscalizaçãoVice-presidente de Registro e FiscalizaçãoVice-presidente de Registro e FiscalizaçãoVice-presidente de Registro e FiscalizaçãoAlcedino Gomes Barbosa

Vice-presidente TécnicoVice-presidente TécnicoVice-presidente TécnicoVice-presidente TécnicoVice-presidente TécnicoOlivio Koliver

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS - QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFEndereço eletrônico: www.cfc.org.bre-mail: [email protected]

JORNAL DO CFC

SUPERVISÃO EDITORIAL: AP Vídeo Comunicação Ltda.JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marccio W. Varella -MTb 108/2/20PROJETO GRÁFICO: Anagraphia Designe-mail: [email protected]ília-DFAno 4 - Número 44Dezembro de 2001Tiragem: 66.000 exemplares

C F CC F CC F CC F CC F C

JORNAL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFCBRASÍLIA - DFANO 4 - NÚMERO 44 - DEZEMBRO DE 2001

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita ainteração entre a vontade do leitor e os editores do Jornal. Para incentivar este diálogo,

cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos. Os editores.

Conselho Federal de Contabilidade – SAS - Quadra 5 - Bloco J - Ed. CFCTel: (61) 314-9600 - Fax: (61) 226-6547 – Cep 70070-920 - Brasília-DF

e-mail: [email protected]

C F CC F CC F CC F CC F C CARCARCARCARCARTTTTTASASASASAS

> José Serafim Abrantes (*)

Da educação à universalização do SimplesC F CC F CC F CC F CC F C EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

EDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA“Colegas: toda administração

realmente preocupada com a valorizaçãoe promoção cultural, seja qual for suaesfera de atuação, deve realizarinvestimentos específicos para este fim,quer em sua entidade, em seu município,em seu estado, e assim por diante, nãoimportando, em suma, a sua dimensão,mas, sim, as pessoas que dela fazemparte. Temos visto, felizmente, muitosprojetos voltados a elevar a cultura emnosso País, e todos eles, sem dúvida, sãomerecedores de nossos aplausos. OConselho Federal de Contabilidade, sobo comando do Presidente José SerafimAbrantes, é um exemplo de entidade quetem realizado grandes projetos eestimulado os Conselhos Regionais aempreendê-los.

O Plenário do CRCRS aprovou aResolução CFC nº 394, que dispõe sobreas condições e critérios para concessãode apoio institucional e financeiro ainstituições de ensino da Contabilidade donosso estado na realização de cursosdestinados, exclusivamente, a profissionaisda Contabilidade. Às instituições deensino que atenderem aos requisitosestipulados na Resolução, o CRCRSpoderá conceder apoio financeiro naimplementação desses cursos, com o quepoderá ser propiciada a redução do custodos valores a serem pagos pelos alunos.

Este é, pois, mais um passo

direcionado à elevação cultural da ClasseContábil gaúcha, a par da inauguraçãodo Centro de Cultura Contador Dr.Olivio Koliver. Ações como estas sãocriadas com um único propósito: gerarserviços e benefícios para osContabilistas do Rio Grande”.

Contador José João Appel MattosPresidente do CRCRS

AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS“Venho agradecer pelo recebimento

do Jornal do CFC pela primeira vez emminha residência. Após ter lido talpublicação, referente ao mês de junhode 2001, fiquei muito mais orgulhosa daprofissão que escolhi. Estou cursando oquarto semestre de Ciências Contábeisna Universidade Católica de Salvador(Ucsal) e acredito que as mudançasculturais das quais necessitamos na nossaprofissão começarão, com mais ênfase,nos novos profissionais universitários.Quero expressar meu desejo de, a partirdesta data, sempre receber estequalificado e reconhecido jornal. Esperoque, por meio dos estímulos einformações do Jornal do CFC, eupossa contribuir para esta nova fase daContabilidade e que a cada dia me tornemais motivada ao estudo”.

Ana Lúcia GusmãoSalvador -BA

* é presidente do CFC

A edição do Jornal do CFC destemês está recheada de boas notícias,começando pela entrevista com oprofessor Eliseu Martins, da USP, sobrea importância dos cursos de pós-graduação em Contabilidade queestamos promovendo para profissionaise professores de todo o País. Educaçãoé, ainda, o tema de artigo de minhaautoria, que fala sobre o trabalho doMEC e a importância de um ensino dequalidade para todos os profissionais daClasse Contábil.

Estamos mostrando, também, oresultado de nossa entrevista com odeputado Pedro Eugênio, do PTpernambucano, para quem pedimos queinterceda contrariamente à aprovação doProjeto de Lei nº 1.034/99, que altera oatual tratamento tributário aplicável aoslucros distribuídos das empresas. Odeputado é relator da matéria naComissão de Finanças e Tributação daCâmara, e tudo fará para impedir acriação de mais um imposto, como senão bastassem os que já pagamos. Nesteassunto, estamos, também, com bastanteesperança de até meados do próximoano aprovar a universalização doSimples, fazendo-o chegar às empresasde serviços.

Ainda no campo tributário, o Jornaldo CFC faz um balanço da nova Lei dasS.A., sancionada no final de outubro.Outro tema de bastante interesse paraos Contabilistas, que é o controleexterno para auditorias, também éassunto de análise nesta edição.

Vamos falar sobre um aspecto da Lei

de Responsabilidade Fiscal, que meparece ainda pouco divulgado. Muitosprefeitos brasileiros ainda pensam queaplicar bem a Lei de ResponsabilidadeFiscal significa não ter condições dereajustar os salários de seus funcionários.Mostramos como isto pode ser feito.

Também mostramos que o GuiaContábil da Lei de ResponsabilidadeFiscal, publicado pelo CFC, é um dosconteúdos mais acessados pelos queprocuram o endereço do BNDES nainternet.

Para quem não sabe, o Guia do CFCjá está em sua quarta edição.

E, na última página desta edição,mostramos como foram as visitas queContabilistas e estudantes fizeram aoprédio do CFC, em Brasília. Uma boaleitura.

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 3pág. 3pág. 3pág. 3pág. 3

O Conselho Federal de Contabilidadedefende há muito tempo mudanças noprocedimento de prestação de contasdos conselhos de fiscalização profissional.Embora considere a fiscalização doTribunal de Contas da União (TCU)imprescindível, já que funciona como umachancela para as entidades, o CFCdefende que os conselhos devemobedecer a uma sistemática diferente daque é aplicada aos órgãos públicos.

Essa posição foi reiterada, inclusive,em um ofício encaminhado ao TCU, noqual o CFC defende que o controle dosgastos fique sob a responsabilidade dospróprios conselhos, sendo que asentidades teriam que manter toda adocumentação para futuras consultas ouinspeções, sempre que isso fossenecessário. Essa questão também foitema de reuniões entre o vice-presidentede Controle Interno do CFC, DanielSalgueiro e o presidente do TCU,Humberto Souto.

Outra proposta do CFC, para tornarainda mais transparente este processo, é

a constituir uma comissão formada porrepresentantes dos conselhos defiscalização profissional sob acoordenação do TCU. Caberia a essacomissão estabelecer procedimentosuniformes a serem adotados por todosos conselhos.

O entendimento vigente no TCU épela manutenção do sistema atual, queprevê a prestação de contas anual. Oargumento que sustenta essa posição éo fato de a anuidade paga peloprofissional ser compulsória, o quecaracterizaria os valores arrecadadoscomo recursos públicos.

PROPOSTPROPOSTPROPOSTPROPOSTPROPOSTA DE ISENÇÃOA DE ISENÇÃOA DE ISENÇÃOA DE ISENÇÃOA DE ISENÇÃODentro do próprio Tribunal de Con-

tas da União começam a surgir entendi-mentos discrepantes, e já tramita na casaum Projeto de Instrução Normativa queisenta os conselhos de fiscalização pro-fissional da prestação de contas anual.A proposta foi apresentada pelo minis-tro Adylson Motta. O ministro argumenta

que, embora os conse-lhos administrem valo-res, em comparaçãocom os recursos movi-mentados pelo Ministé-rio do Trabalho, de ape-nas 1%, o tempo gastopara análise das contasdessas entidadescorresponde a 80% doque é gasto pelos audi-tores para analisar asunidades do ministério.

Para substituir aprestação de contas, oministro Adylson Mottadefende que os conse-lhos passem a ser fisca-lizados mediante proce-dimentos de auditoria ouinspeções, realizadaspor iniciativa própria oudo Congresso Nacionale sempre que provoca-dos por denúncias ourepresentações.

C F CC F CC F CC F CC F CEncontro debate desenvolvimento social

C F CC F CC F CC F CC F C EMPRESAS DE SERVIÇOSEMPRESAS DE SERVIÇOSEMPRESAS DE SERVIÇOSEMPRESAS DE SERVIÇOSEMPRESAS DE SERVIÇOS

C F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F C

TCU estuda como liberar Sistema CFC/CRCs da prestação anual de contasC F CC F CC F CC F CC F C TRANSPTRANSPTRANSPTRANSPTRANSPARÊNCIAARÊNCIAARÊNCIAARÊNCIAARÊNCIA

C F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F C

Conselhos de Contabilidade renovam 2/3 dos plenários em clima de tranqüilidadeC F CC F CC F CC F CC F C ELEIÇÕESELEIÇÕESELEIÇÕESELEIÇÕESELEIÇÕES

Reforma tributária, burocracia,exclusão social, qualidade de vida e opapel das empresas de serviço nodesenvolvimento do País foram osprincipais temas debatidos durante a 1ªConvenção Nacional das Empreas deServiços de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas.

O encontro foi realizado entre os dias25 e 27 de novembro nos salões doCentro de Convenções do Recife-PE.Paralelamente, foi realizada a 9ªConvenção Nacional das Empresas deServiços Contábeis. Os dois encontros

foram promovidos pela FederaçãoNacional das Empresas de ServiçosContábeis, Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas (Fenacon), epelo Sescon-PE.

Presentes à abertura das convenções,o presidente do CFC, José SerafimAbrantes, e os conselheiros MauroNóbrega, Daniel Salgueiro da Silva,Alcedino Gomes Barbosa, MartônioAlves Coelho e Gil Nazareno Losso.

Entre os palestrantes, os deputadosGermano Rigotto, Pedro Eugênio e JoséPimentel.

As eleições para a renovação de 2/3(dois terços) da composição plenária dos27 Conselhos Regionais deContabilidade, realizadas no último dia8 de novembro, transcorreram em climade tranqüilidade.

Até o dia 23 de novembro, prazoregimental para a interposição derecursos ao plenário do CFC, não foirecebido nenhum pedido de impugnaçãodos pleitos realizados nos estados.

O resultado das eleições nos CRCsdeverá ser publicado no início de dezem-bro nos Diários Oficiais dos estados.

Nos dias 29 e 30 de novembro, emBrasília, foram eleitos 2/3 do plenário doConselho Federal de Contabilidade,correspondentes a 10 conselheirosefetivos e 10 suplentes, sendo 7Contadores efetivos e 7 Contadoressuplentes e 3 Técnicos em Contabilidadeefetivos e 3 Técnicos em Contabilidadesuplentes.

Os mandatos correspondentes aesses 2/3 serão encerrados no próximodia 31 de dezembro.

Os eleitos serão empossados naprimeira sessão plenária de 2002.

O Contador Daniel Salgueiro da Silva

O Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em CiênciasContábeis, da Universidade Federal dePernambuco (UFPE), entregoucertificados aos 56 concluintes do VCurso de Pós-Graduação emContabilidade e Controladoria, turma1999/2000. A cerimônia foi realizada noúltimo dia 31 de outubro, no auditóriodo Centro de Ciências Sociais Aplicadasda UFPE.

Receberam seus diplomas osseguintes Contabilistas: AguinaldoFerreira da Silva, Almir Dias de Souza,

Ana Maria da Conceição Souza, AndréCarlos da Silva, Carlos André de ArrudaFalcão, Hermes Cavalcanti de Araújo,Ivaldo Andrade da Silva, João Arlindode Santana, João José da Silva,Eduardo Gomes da Costa, EduardoJorge Pyrrho Barbosa, Evaldo Vieira deSouza, Jorge Pinto Paiva, José AugustoFerreira Nunes, José Peregrino Neto,Márcia Josienne Monteiro Chacon,Paulo de Tarso Gonçalves Dias, PauloSérgio Bezerra, Rômulo AugustoSoares do Carmo e Vera Lúcia Ramosde Souza.

Eleições no CRCDF

C F CC F CC F CC F CC F CPós-graduação diploma 56 Contabilistas

C F CC F CC F CC F CC F C EDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 4pág. 4pág. 4pág. 4pág. 4

C F CC F CC F CC F CC F C NOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEIS

JOGOS ABERTOSJOGOS ABERTOSJOGOS ABERTOSJOGOS ABERTOSJOGOS ABERTOSDelegações de 17 cidades parana-

enses participaram da IX edição dosJogos Abertos dos Contabilistas doParaná (Jocopar), que foram realizadosem Maringá, de 14 a 17 de novembro.A maior delegação foi a de Curitiba com64 inscritos, seguida de Londrina com61, e Maringá com 50.

Apucarana, Campo Mourão,Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu,Francisco Beltrão, Guarapuava,Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa,Santo Antônio do Sudoeste, Toledo,Umuarama e União da Vitória foramoutras cidades do Paraná que disputaramas 13 modalidades esportivas: futebolsuíço (categoria livre, master e sênior),futebol de salão, tênis de mesa, tênis decampo, vôlei de areia, bolão, bocha,truco, tranca/canastra, sinuca e xadrez.

O Jocopar é promovido peloSindicato dos Contabilistas de Maringá,com apoio do Sindicato das Empresasde Serviços Contábeis do Paraná(Sescap), Federação dos Contabilistasdo Paraná e Conselho Regional deContabilidade do Paraná.

ETHOS LANÇA MANUALETHOS LANÇA MANUALETHOS LANÇA MANUALETHOS LANÇA MANUALETHOS LANÇA MANUALO Instituto Ethos de Empresas e

Responsabilidade Social, o Conselho deCidadania do Sistema Penitenciário doEstado de São Paulo e o Grupo SantanderBanespa, com o apoio da FundaçãoCultural Promon, lançaram, no dia 20 denovembro, o manual O que as Empresaspodem fazer pela Reabilitação doPreso, desenvolvido em parceria com oprofessor e doutor Roberto da Silva.

Mais do que discutir e apresentarexemplos práticos sobre como asempresas socialmente responsáveispodem apoiar iniciativas que promovama reabilitação da comunidade carcerária,o manual apresenta-se como uma iniciativacapaz de mobilizar os diversos setores dasociedade nessa discussão.

ROUBO E PERDA DE CHEQUESROUBO E PERDA DE CHEQUESROUBO E PERDA DE CHEQUESROUBO E PERDA DE CHEQUESROUBO E PERDA DE CHEQUESA Serasa possui um serviço 24 horas

de informações sobre cheques roubadose extraviados. Quem perder o talão decheques ou for assaltado deve entrar emcontato com o serviço de informaçõesRecheque, administrado pela Serasa,com exclusiva cobertura nacional. Oserviço funciona de segunda a segundae nos feriados, 24 horas por dia. Ocorrentista que tiver os talões decheques roubados ou extraviados poderegistrar, gratuitamente, a ocorrênciadiretamente na Serasa, a qualquer horae de qualquer lugar do Brasil, pelotelefone (11) 232-0137.

GREVE DO INSSGREVE DO INSSGREVE DO INSSGREVE DO INSSGREVE DO INSSMesmo com a greve dos servidores

do Instituto Nacional do Seguro Social(INSS), existem benefícios que podemser obtidos por meio da internet ou dosCorreios. São eles: a pensão por morte,o salário-maternidade e o auxílio-doença.

Pela internet, é possível protocolaro salário-maternidade e o auxílio-doen-ça para funcionários de empresas e apensão por morte, se o segurado fale-cido tiver sido aposentado. Para isso,o interessado deverá acessar a páginada Previdência no seguinte endereço:www.previdenciasocial.gov.br.

FUMANTE PFUMANTE PFUMANTE PFUMANTE PFUMANTE PAGA MAISAGA MAISAGA MAISAGA MAISAGA MAISVocê sabia que ser gordo, fumante e

não doar sangue vai pesar no seu bolsona hora de contratar um seguro de vida?É que as seguradoras vão começar, embreve, a vender os produtos com o perfildo cliente, como já ocorre com o segurodo carro.

Por enquanto, a única empresa queoferece esse tipo de seguro no Brasil é aMetLife; mais quatro seguradorasbrasileiras já estão estudando asmudanças.

INADIMPLÊNCIAINADIMPLÊNCIAINADIMPLÊNCIAINADIMPLÊNCIAINADIMPLÊNCIAO volume de cheques devolvidos por

falta de fundos (em relação ao total decompensados), de janeiro a setembro de2001, aumentou 30% em relação aomesmo período do ano passado,segundo estudo nacional da Serasa. Noacumulado de janeiro a setembro de2001, foram devolvidos, em média, 12,9cheques em cada mil compensados.

No mesmo período do ano passado,a média foi de 9,9 devoluções a cada milcheques compensados. Em setembrodeste ano, o total de cheques devolvidosregistrou a marca de 13,7 cheques a cadamil compensados. A variação indicouuma alta de 47,3% em comparação comsetembro do ano passado.

CRÉDITOS DO ICMSCRÉDITOS DO ICMSCRÉDITOS DO ICMSCRÉDITOS DO ICMSCRÉDITOS DO ICMSO Fisco contabiliza mais uma vitória

no Supremo Tribunal Federal (STF) naqueda de braço travada com oscontribuintes sobre a correção monetáriade créditos do Imposto sobreCirculação de Mercadorias e Serviços(ICMS).

Dessa vez, o ministro Carlos Vellosoacolheu os argumentos do Estado do RioGrande do Sul e reformou decisõesanteriores. Essas decisões haviamautorizado a atualização de créditosexcedentes do imposto.

A Fazenda Pública estadual recor-reu ao Supremo Tribunal Federal contraacórdãos que beneficiaram a Coopera-tiva Tritícola Superense e a Planensat In-dústria Eletrônica de Tecnologia para Sa-télite, ambas do Rio Grande do Sul, ereconheceram o direito à correção mo-netária dos créditos do Imposto sobreCirculação de Mercadorias.

O Estado do Rio Grande do Sul ale-gou ofensa aos artigos 5 e 155 daConstituição Federal.

Os dispositivos tratam, respectiva-mente, dos princípios da igualdade e danão-cumulatividade.

Brasília-DF – No dia 11 dedezembro, na sede do CFC, serárealizada a Reunião de Presidentes; nosdias 12 e 13, serão realizadas as Reuniõesdas Câmaras; e nos dias 13 e 14, aReunião Plenária.

João Pessoa-PB – Nos dias 7 e 8de dezembro, nos salões do Hotel OuroBranco, será realizado o I Simpósio dePerícia Contábil do Estado da Paraíba(Simpercon). O evento terá o apoio doCRCPB, do Centro de Ensino,Consultoria e Pesquisa e será realizado

pela Associação de Peritos Contadoresdo Estado da Paraíba.

ACONTECEUACONTECEUACONTECEUACONTECEUACONTECEUCampina Grande-PB – Entre os

dias 12 e 14 de novembro, foi realizado,no Teatro Municipal Severino Cabral, o4º Seminário Acadêmico de CiênciasContábeis.

Ji-Paraná-RO – Nos dias 15 e 16de novembro, no auditório da ULBRA,o Conselho Regional de Rondônia, com

apoio do Conselho Federal deContabilidade, realizou o II Encontro dasContabilistas de Rondônia. O temaescolhido para discussão foi“Responsabilidade e Compromisso”. Apalestra de abertura foi feita pelapresidente do CRCAL, Maria ClaraCavalcante Bugarim.

São Pedro da Aldeia-RJ – No dia23 de novembro, foi realizado o VEncontro de Contabilistas da RegiãoLitorânea (ENCON), coordenado pelaAssociação dos Contabilistas de São

Pedro da Aldeia, com o apoio dasAssociações dos Contabilistas deAraruama, Arraial do Cabo, Armaçãode Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande,Macaé, Rio Bonito, Rio das Ostras eSaquarema.

Recife-PE – Entre os dias 25 e 29de novembro, no auditório do TribunalRegional Federal, foi realizado oCongresso Internacional de ResoluçãoPrivada de Disputas, que discutiu o tema“A Arbitragem e a Mediação no ContextoSócio-Econômico do Século XXI”.

CENTRO DE CULCENTRO DE CULCENTRO DE CULCENTRO DE CULCENTRO DE CULTURATURATURATURATURAO CRCRS inaugurou no dia 1º de

novembro, em Porto Alegre, o Centrode Cultura Contador Dr. Olivio Koliver.O Centro fica na Rua Barão do Gravataí,301, e lá funcionam a Biblioteca doCRCRS e a Sala do Contabilista. Nomesmo local, serão desenvolvidos osprojetos da área da EducaçãoContinuada e o programa de Educaçãoa Distância.

CNDCNDCNDCNDCNDSSSSS PRORROGADAS PRORROGADAS PRORROGADAS PRORROGADAS PRORROGADASO INSS está prorrogando a validade

das Certidões Negativas de Débito(CNDs) e das Certidões Positivas deDébito com Efeitos de Negativa para 6de dezembro. O objetivo é evitar que asempresas que necessitam do documentosejam prejudicadas com a paralisaçãodos servidores, pois, com a prorrogação,elas não precisam procurar o INSS pararenovar o documento. A CND é umdocumento emitido pela PrevidênciaSocial que comprova que a empresa estáem dia com as contribuiçõesprevidenciárias. Muitas necessitam daCertidão para participar de licitações, porexemplo.

BALANÇO SOCIALBALANÇO SOCIALBALANÇO SOCIALBALANÇO SOCIALBALANÇO SOCIALO Balanço Social já é hoje um pré-

requisito para a liberação de crédito nasinstituições financeiras internacionais. Aconstatação é da gerente de relaçõesempresariais do Instituto Ethos deEmpresas e Responsabilidade Social,Cristina Murachco. O Instituto Ethos éuma organização que auxilia empresas ase envolverem com o Terceiro Setor.

Segundo Cristina, as empresas jáevoluíram da mera relação comacionistas, funcionários e clientes e hojeprecisam interagir com outras entidades,como Governo, meio ambiente esociedade, inclusive para obterfinanciamentos.

CALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILC F CC F CC F CC F CC F C

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 5pág. 5pág. 5pág. 5pág. 5

A Lei de Responsabilidade Fiscal(LRF) vem sendo invocada por dirigentesde órgãos públicos para justificarnegativas de reajuste salarial, que estásendo pleiteado por diversas categoriasde servidores públicos.

Só para citar um exemplo, opresidente do Tribunal de Justiça doEstado de São Paulo, em resposta àreivindicação dos servidores, alega quenão pode conceder aumento salarialporque a LRF não permite. Outrosadministradores públicos também estãousando o mesmo argumento.

O presidente do Conselho Federal deContabilidade, José Serafim Abrantes,lembra que a LRF é apenas mais umaobrigação séria na gestão dos recursospúblicos para os gestores da área pública,a exemplo de tantas outras obrigaçõesque a gestão privada sempre administrou.“Está havendo uma distorção dasdisposições legais, inseridas na LRF,como pretexto para negar atendimentoao pleito de servidores públicos”,esclarece Serafim.

MAIS UMA MANOBRAMAIS UMA MANOBRAMAIS UMA MANOBRAMAIS UMA MANOBRAMAIS UMA MANOBRASegundo o presidente do CFC, as

administrações públicas estão emsituação delicada por não terem sidoprevidentes no passado: “Era práticacomum, que a vigência da LRF aboliu, oinchaço do quadro de funcionários emórgãos públicos sem qualquer

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planejamento e, muitas vezes, semnecessidades reais. Mesmo respeitandoa determinação legal de somente admitirpor concurso público, as necessidadesreais sempre foram superestimadas. Sefizermos uma comparação entre aprodutividade dos servidores públicos edos funcionários de qualquer empresa dainiciativa privada, vamos constatar queexiste uma grande defasagem no setorpúblico, salvo raras exceções”.

O presidente do CFC acredita queesta é mais uma manobra com vistas apressionar o Governo e os parlamentaresa promover alterações na LRF: “A LRFé a única chance que temos de moralizaras contas públicas. Essa Lei veio paraimpor aos administradores públicos umanorma que todos nós, em nossas casas,e as empresas privadas devemos seguir:só gastar o que temos”.

O CFC está treinando novosprofissionais para darem assistência àsprefeituras que quiserem se enquadrarnas normas da Lei. Além disso, o CFCvai premiar aqueles gestores públicos quese destacarem no cumprimento dasregras, com o Certificado de GestãoFiscal Responsável.

GASTGASTGASTGASTGASTANÇA PROIBIDAANÇA PROIBIDAANÇA PROIBIDAANÇA PROIBIDAANÇA PROIBIDASerafim Abrantes lembra, ainda, que

as alterações que uma minoria pretendeincluir na LRF são casuístas e relacionam-se com a necessidade de alguns políticos

C F CC F CC F CC F CC F C

LRF não impede reajuste salarial de servidores públicosC F CC F CC F CC F CC F C PREFEITURASPREFEITURASPREFEITURASPREFEITURASPREFEITURAS

GUIA DA GUIA DA GUIA DA GUIA DA GUIA DA LRF LRF LRF LRF LRF É O MAIS ACESSADO NA INTERNETÉ O MAIS ACESSADO NA INTERNETÉ O MAIS ACESSADO NA INTERNETÉ O MAIS ACESSADO NA INTERNETÉ O MAIS ACESSADO NA INTERNET

O Guia Contábil da Lei deResponsabilidade Fiscal, publicado peloConselho Federal de Contabilidade, jáem sua quarta edição, é o conteúdomais baixado no site do BNDES(www.bndes.gov.br/bancofederativo)sobre a LRF.

Nos meses de setembro e outubro,o Guia já ocupava a terceira colocaçãoentre os downloads feitos no portal.

Ao lançar o Guia, o ConselhoFederal de Contabilidade apenas deucontinuidade à sua política de apoio aesta medida do Governo federal. Maisde 40 mil exemplares do Guia foramdistribuídos às prefeituras brasileiras egestores públicos para facilitar aaplicação da Lei.

Logo depois de lançar o Guia, oConselho Federal de Contabilidadelançou o Certificado de Gestão FiscalResponsável, que, a partir do próximo

ano, vai premiar os gestores públicosque melhor aplicarem a LRF.

O Certificado de Gestão Fiscal foilançado pelo presidente FernandoHenrique Cardoso no dia 15 de maiodeste ano, no auditório do Itamaraty,em Brasília.

poderem cumprir promessas decampanha.

“Quanto às alegações de gestores, deque não podem dar aumento a servidoresem razão das disposições da LRF, existesempre a possibilidade de readequaçãodo quadro. O aumento da produtividade,

combinado com a redução do efetivo emelhor treinamento, permitirá que sejamcontemplados com reajuste aquelesfuncionários de reconhecida dedicaçãoe competência. O que não se podeconcordar é com a continuidade dagastança do dinheiro público”.

Está em vigor, desde o dia 14 desetembro, a Resolução do ConselhoFederal de Contabilidade nº 910/01, quedetermina o controle externo dequalidade das empresas e Contadoresque realizam trabalhos de auditoria.

A norma, chamada de Revisão pelosPares, prevê que, a cada quatro anos,os auditores tenham o seu trabalhorevisado por concorrentes que devemavaliar a qualidade dos procedimentosadotados.

A auditoria contratada deve enviar aoConselho Federal de Contabilidade um

relatório com as conclusões. Asempresas que não atenderem aospadrões estabelecidos pelo ConselhoFederal de Contabilidade poderão serpunidas.

As sanções variam de uma carta deadvertência, na primeira revisão, até asuspensão do profissional que tenha aresponsabilidade técnica pelo trabalhorealizado, em caso de reincidência.

AMOSTRAGEMAMOSTRAGEMAMOSTRAGEMAMOSTRAGEMAMOSTRAGEMAs dez empresas de auditoria ou

pessoas físicas com maior número declientes de capital aberto têm que sesubmeter à revisão externa até opróximo dia 31 de dezembro.

Para as 50 auditorias ou profissionaisclassificados imediatamente depois dosdez primeiros citados, o prazo é de 30de junho de 2002.

Os demais auditores têm até 31 deoutubro do próximo ano para sesubmeterem à revisão.

O trabalho será feito poramostragem e os custos serão cobertospelas próprias auditorias.

PROCESSO DE AUDITORIAPROCESSO DE AUDITORIAPROCESSO DE AUDITORIAPROCESSO DE AUDITORIAPROCESSO DE AUDITORIAA Revisão pelos Pares é uma norma

prevista deste 1999 pela Instrução nº308 da Comissão de ValoresMobiliários (CVM).

O CFC, assim como o Instituto dosAuditores Independentes do Brasil(Ibracon), que também participou dacriação da norma, acreditam que amedida vai tornar mais transparente oprocesso de auditoria.

Procedimento semelhante já éadotado por auditores de outros países.

INFORMAÇÕES:Tel: (61) 314-9600 - Fax: (61) 226-6547

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Controle externo para auditorias já está vigorandoC F CC F CC F CC F CC F C NORMAS DO CFCNORMAS DO CFCNORMAS DO CFCNORMAS DO CFCNORMAS DO CFC

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 6pág. 6pág. 6pág. 6pág. 6

Contabilistas devem assumir novo papel na sociedadeC F CC F CC F CC F CC F C ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA - ELISEU MARA - ELISEU MARA - ELISEU MARA - ELISEU MARA - ELISEU MARTINSTINSTINSTINSTINS

“Temos que evoluir com nossas próprias pernas, sem esperar muito dos governos”

Na opinião do professor EliseuMartins, diretor da Fundação Institutode Pesquisas, Contabilidade, Atuáriae Financeira da Universidade de SãoPaulo (USP), é importante, nestemomento, que os Contabilistasmelhorem o seu papel juntamente comos que criam a riqueza, ensinando osgestores a usar instrumentos que osauxiliem em suas decisões.

“Só esse caminho – ensina oprofessor – pode provocar umasignificativa evolução no nosso papelna sociedade, bem como provocaruma melhor percepção, por partedela, do quão úteis podemos ser”.

Para Eliseu Martins, que tambémé diretor da Faculdade de Economia,Administração e Contabilidade daUSP, trabalhar apenas na questão dadistribuição da riqueza não é ocaminho adequado: “Temos quemostrar que sabemos melhorar aeficiência e a eficácia do processo decriar as riquezas”.

Nesta entrevista ao Jornal doConselho Federal de Contabilidade,o professor e livre docente EliseuMartins, nascido em Albertina-MG,também dá um sábio conselho aosestudantes de Ciências Contábeis:“Sejam mais ativos, criativos ecríticos”.

Jornal do CFC - Qual aimportância dos cursos de mestrado?

EM - O convênio CFC/FIPECAFIestá realizando, hoje, cinco cursos demestrado no Brasil: em Fortaleza, BeloHorizonte, Brasília, Cuiabá e Curitiba.Ao todo são, aproximadamente, 100alunos, com uma previsão deaproveitamento final muito boa. Esseprojeto é fundamental para a educaçãocontábil no nosso País. A forte maioriados alunos é composta por professoresque, com certeza, irão multiplicar oefeito desses cursos, levando a umaquantidade enorme de estudantes degraduação em Contabilidade o queestão aprendendo de novo oureforçando o que já conhecem. É a maisrápida e eficaz forma, hoje, de semelhorar a qualidade do ensino contábile de prover nosso corpo docente detitulação tão escassa no nosso meio.Além disso, esses alunos tambémestarão tendo condições de melhorarseu desempenho fora do magistério, emsuas outras atividades profissionais, jáque muitos as têm; com isso,acreditamos, estarão, também,desenvolvendo a prática na nossa área.

Jornal do CFC - Falta vontadepolítica do Governo para melhorar aqualidade do ensino no País?

EM - É lógico que a vontade políticados governantes poderia, em muito,ajudar o quadro que hoje temos doensino da Contabilidade no Brasil. Masas condições financeiras dos governosnos diversos níveis pouco favorecemessa idéia. Além disso, acho que jáaprendemos que temos que saber viver,desenvolver e evoluir por nossas

próprias pernas, sem muito esperar doGoverno. Assim, a classe, tão grande eforte, pode exercerpapel relevante,como o ConselhoFederal deContabilidade vemfazendo com essese outros cursos.Nossos papéis naso r g a n i z a ç õ e s ,principalmente nasempresas de certoporte, poderiamtambém levar aincentivá-las aparticipar de programas como esses;nossos Conselhos Regionais, sindicatose demais associações poderiam investir

mais no longo prazo da profissão,agindo nessa genuína formaçãoprofissional para o futuro. Talvez umpouco menos de prédios e um poucomais de educação possa ajudar a classena construção do verdadeiro edifício deque precisamos: qualidade no exercícioda profissão.

Jornal do CFC - Como está a qua-

lidade do ensino de Ciências Contábeishoje no País?

EM - A quali-dade média do en-sino da Contabili-dade no Brasil vempassando pormelhoria, mas é ain-da extremamentenecessitada de ummaior desenvolvi-mento. Temos qua-se dez mil profes-sores e, aproxima-damente, apenas90 doutores e 300

mestres diplomados. Por aí se vê oquanto esse convênio é relevante no atu-al momento brasileiro. Por falar nisso,

quero aplaudir a iniciativa do ConselhoFederal de Contabilidade neste campo.Sabemos que o CFC vem procurandoexpandir esta atividade, mas, lamenta-velmente, nossa capacidade está esgo-tada. No entanto, há alguns outros cen-tros brasileiros de qualidade que podemparticipar desse processo.

Jornal do CFC - A Classe Contábilbrasileira está preparada para assumirseu verdadeiro lugar na sociedade?

EM - Está se preparando para isto.Na minha opinião, ainda temos, no geral,uma visão excessivamente centrada nosaspectos formais, tributários esocietários, que são importantes, masainda não são suficientes para provocaro reconhecimento da sociedade. Éimportante que melhoremos nosso papelperante os que criam a riqueza(empresários, empreendedores emgeral, gestores), dotando-os eensinando-os a usar instrumentos queos auxiliem em seu processo decisorial.Só esse caminho, a meu ver, podeprovocar uma significativa evolução nonosso papel na sociedade, bem comoprovocar uma melhor percepção, porparte dela, do quão úteis podemos ser.Trabalhar muito centradamente nadistribuição da riqueza (principalmentea parcela que vai para os governos) nãoé o caminho adequado; temos quemostrar que sabemos melhorar aeficiência e a eficácia do processo decriá-la. Temos, também, perdidograndes oportunidades, como classe,para mostrar nosso valor. Por exemplo,perdemos quando não insistimos, comoclasse, que a extinção da correçãomonetária produziria uma perda dequalidade na informação e namensuração do resultado. Pelocontrário, acabamos por definir umpatamar técnica e totalmenteinadequado a partir do qual essa práticadeve ser obrigatória. Com isso, estamoshoje produzindo informações incorretasa todos os usuários. Outro exemplo: nãoconseguimos implantar, pela classe, autilização do Fluxo de Caixa e daDemonstração do Valor Adicionado,que muito têm a contribuir para amelhoria da informação para finsinternos e externos à entidade; ficamosesperando que a Lei ou o Comitê dePadrões Contábeis (esse, sim, um dosraros instrumentos que poderemos terpara alavancar a qualidade do nossoproduto – a informação contábil – noBrasil, como já o fizeram ou vêmfazendo a Inglaterra, o Canadá, aAlemanha, os Estados Unidos) o façam.Temos evoluído, e isso é bom; masestamos a passos ainda exageradamentelentos perto do que poderíamos estar

“ Os governantesOs governantesOs governantesOs governantesOs governantespoderiam ajudar muitopoderiam ajudar muitopoderiam ajudar muitopoderiam ajudar muitopoderiam ajudar muito

para melhorar o ensino dapara melhorar o ensino dapara melhorar o ensino dapara melhorar o ensino dapara melhorar o ensino daContabilidade no País, masContabilidade no País, masContabilidade no País, masContabilidade no País, masContabilidade no País, mas

as condições financeirasas condições financeirasas condições financeirasas condições financeirasas condições financeirasdos governos poucodos governos poucodos governos poucodos governos poucodos governos pouco

favorecem essa idéiafavorecem essa idéiafavorecem essa idéiafavorecem essa idéiafavorecem essa idéia” .....

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 7pág. 7pág. 7pág. 7pág. 7

fazendo para melhorar nosso papel, e,com isso, obter o devido reconhecimentoda sociedade.

Jornal do CFC - Nos últimos qua-tro anos, o Conselho Federal de Con-tabilidade implementou política deaproximação com o público e com ór-gãos governamentais e entidades de ser-viços, como o Instituto Ethos de Empre-sas e Responsabilidade Social. Estaaproximação está ajudando a mudar aimagem da Classe Contábil?

EM - Acreditoque essas ações jávêm dando algumfruto; é claro que éum processo ex-tremamente difícil edemorado, mas étotalmente correto.Poderíamos, porexemplo, estar tra-balhando no pro-cesso da produçãodas informações doBalanço Socialjunto com algumasdessas entidades, principalmente naparte relativa às informações sobre osrecursos humanos. Precisamos apren-der a prestar contas dele, e não apenasdo capital colocado à disposição dasentidades; o que é diferente do que vemsendo chamado de Balanço Social noBrasil e que não corresponde à sua ge-

nuína acepção no mundo, principalmentena Europa. A Demonstração do ValorAdicionado, já falada, poderia tambémauxiliar nesse ponto. Mas aplaudo, e depé, o que já vem sendo feito. O papeldo profissional nas prestações de con-tas em geral (como no caso das cam-panhas eleitorais) pode ser alavancadomediante essas ações.

Jornal do CFC - Em que matériasos professores dos cursos de CiênciasContábeis precisam se especializar?

EM - Precisamos melhorar o nossopotencial como pro-vedores de infor-mação para fins degestão; precisamosconhecer mais deeconomia, de pro-cesso decisório, decomunicação; termais cultura geral econhecer mais ocomportamento hu-mano; temos ensi-nado, aprendido epraticado muito a

escrituração contábil e pouco sobrecomo extrair proveito a partir dos ban-cos de dados para produzir as informa-ções com as quais podemos construir.A única visão capaz de nos levar a umfuturo melhor é conhecer as necessida-des dos nossos usuários e saber ensiná-los quando não sabem usar nossas in-

formações; para isso, temos que apren-der a pensar como eles, temos que, tam-bém, ser gestores.

Jornal do CFC - O que as pessoasprecisam saber para entender que aContabilidade é imprescindível em suasvidas?

EM - As pesso-as só vão aprendera entender a Conta-bilidade se nós asensinarmos e lhesdermos exemplosde informações quelhes sejam úteis. Seelas não sabem quea Contabilidade éimportante, o erro énosso, porque nãomostramos a utilida-de do nosso produto (ou será porquenão produzimos produto com qualida-de?). Pode, é claro, faltar um pouco demarketing do nosso lado, mais iniciati-vas; mas a pior postura é achar que osoutros deveriam dar valor ao que faze-mos e ao que somos e eles é que estãoerrados por não o fazerem. Se há alguémerrado nisso, somos nós, que nãoestamos sendo capazes de mostrar oquão úteis podemos ser ou, então,estamos produzindo algo que efetivamen-te não é útil às pessoas. Que tal investirmais nessa reflexão e em pesquisas so-bre as causas desse crucial problema?

Jornal do CFC - Que sugestões osenhor daria aos estudantes de CiênciasContábeis?

EM - Aos estudantes de CiênciasContábeis do nosso País tenho a pediruma coisa: sejam muito críticos em seuscursos, com seus professores, livros e

outras fontes deaprendizado.

Nenhum diplo-ma garante nada navida.

Ter competên-cia técnica paraproduzir o que sepede não é dignode um profissionalde nível superior; háque se ser crítico noque se produz e noque se recebe de

pedido; mais importante: há que se sercrítico no que é necessário aos usuáriosinternos e externos às nossas organiza-ções para se saber do que precisam,antes que peçam.

Para isso, temos que melhorar mui-to o nosso ensino e o nosso comporta-mento.

Cobrem tudo de todos, dos profes-sores, dos superiores hierárquicos, dasentidades de classe e, principalmente,de vocês mesmos.

Por todas essas razões, dou o se-guinte conselho: sejam mais ativos, cri-ativos e críticos.

“ TTTTTrabalhar apenas narabalhar apenas narabalhar apenas narabalhar apenas narabalhar apenas nadistribuição da riquezadistribuição da riquezadistribuição da riquezadistribuição da riquezadistribuição da riqueza

não é o caminhonão é o caminhonão é o caminhonão é o caminhonão é o caminhoadequado. Tadequado. Tadequado. Tadequado. Tadequado. Temos queemos queemos queemos queemos quemostrar que sabemosmostrar que sabemosmostrar que sabemosmostrar que sabemosmostrar que sabemos

melhorar a eficiência domelhorar a eficiência domelhorar a eficiência domelhorar a eficiência domelhorar a eficiência doprocesso de criar estaprocesso de criar estaprocesso de criar estaprocesso de criar estaprocesso de criar esta

riquezariquezariquezariquezariqueza” .....“ A qualidade média doA qualidade média doA qualidade média doA qualidade média doA qualidade média doensino da Contabilidadeensino da Contabilidadeensino da Contabilidadeensino da Contabilidadeensino da Contabilidadeno Brasil vem passandono Brasil vem passandono Brasil vem passandono Brasil vem passandono Brasil vem passando

por melhoria, mas é aindapor melhoria, mas é aindapor melhoria, mas é aindapor melhoria, mas é aindapor melhoria, mas é aindaextremamente necessitadaextremamente necessitadaextremamente necessitadaextremamente necessitadaextremamente necessitada

de um maiorde um maiorde um maiorde um maiorde um maiordesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimento” .....

Caiu mais uma faixa de contribuiçãoda Previdência Social, reduzindo aescala de salários-base para apenas seisclasses.

Assim, a partir de dezembro desteano, os contribuintes individuais e osfacultativos, inscritos no INSS até 28de novembro de 1999, deverão fazeros recolhimentos baseados em umanova tabela.

Para os contribuintes inscritos após28 de novembro de 1999, já não existeescala de salários-base. Eles devemcontribuir para a Previdência de acordocom a sua remuneração.

CONTRIBUINTESCONTRIBUINTESCONTRIBUINTESCONTRIBUINTESCONTRIBUINTESO secretário de Previdência Social,

Vinícius Carvalho Pinheiro, esclareceque a redução da escala vem sendoimplantada desde a aprovação da novaregra de cálculo dos benefícios daPrevidência (novembro de 1999),quando existiam dez classes decontribuintes.

Para que o segurado passasse acontribuir pela última classe, o queelevaria o valor de um benefício futuro,

Previdência divulga nova tabela de contribuição do INSSC F CC F CC F CC F CC F C IMPOSTOSIMPOSTOSIMPOSTOSIMPOSTOSIMPOSTOS

era preciso quase 30 anos. Nessaépoca, as aposentadorias eramcalculadas pelos salários de contribuiçãodos últimos três anos. Com a nova regra,o benefício passou a ser calculado combase nos 80 maiores salários desde julhode 1994, e a escala está passando porum processo gradual de extinção.

DESBUROCRADESBUROCRADESBUROCRADESBUROCRADESBUROCRATIZAÇÃOTIZAÇÃOTIZAÇÃOTIZAÇÃOTIZAÇÃOVinícius Pinheiro ressalta que a

eliminação da escala de salários-basepermite maior flexibilidade aoscontribuintes, desburocratizando osistema e aumentando o nível decontrole.

Dentro de dois anos, a escala serácompletamente extinta e, a partir daí, ossegurados passarão a contribuir deacordo com a sua remuneração.

Quanto maior o valor dacontribuição, maior será o valor dobenefício.

“Ao adotar regras mais flexíveis, aPrevidência busca facilitar a vida dossegurados, filiar mais trabalhadores aosistema e combater as fraudes”, afirmao secretário.

Com a nova tabela, as classes de uma seis, reunidas em uma só,correspondem a salários-base entre R$180,00 e R$ 858,00. Aplicando aalíquota de 20%, os valores dacontribuição variam de R$ 36,00 a R$171,60. Os segurados que estão nessasclasses podem escolher com que valorvão contribuir.

EXCLUSÃO DO REFISEXCLUSÃO DO REFISEXCLUSÃO DO REFISEXCLUSÃO DO REFISEXCLUSÃO DO REFISPor motivo de segurança, o INSS

enviou apenas no último dia 26 de no-vembro a “lista negra” das empresas quedevem ser excluídas do Programa deRecuperação Fiscal (Refis) por terematrasado o pagamento das contribuiçõescorrentes ao INSS (quantia devida aoInstituto, mensalmente, independente-mente das parcelas negociadas peloRefis).

O diretor de Arrecadação do INSS,Valdir Moysés Simão, disse que olevantamento de quem pagou as dívidasaté o dia 14 de novembro, prazo finalconcedido pelo Ministério daPrevidência e Assistência Social, estásendo feito.

Mas para que nenhuma empresacorra o risco de ser incluídaindevidamente, o envio da lista aoConselho Gestor foi adiado para o dia26.

“Alguma guia paga na quarta podedemorar um pouco mais para serregistrada. O banco poderia estar offline, por exemplo, e a intenção do INSSnão é a de prejudicar os contribuintes”,explicou o diretor de Arrecadação,Valdir Moysés Simão.

VVVVVALOR DA DÍVIDAALOR DA DÍVIDAALOR DA DÍVIDAALOR DA DÍVIDAALOR DA DÍVIDAAté o último dia 21 de novembro,

57 mil das 128,9 mil empresas queaderiram ao Programa de RecuperaçãoFiscal estavam correndo o risco deserem excluídas.

Essas empresas deixaram de pagartrês contribuições consecutivas ou seisintercaladas ao INSS, o que jácaracteriza irregularidade.

O valor aproximado da dívidareferente às contribuições correntes éde R$ 1,5 bilhão, acumulado defevereiro de 2000, data de adesão aoPrograma, a setembro deste ano.

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 8pág. 8pág. 8pág. 8pág. 8

C F CC F CC F CC F CC F CConip reúne prefeitos e discute informáticaC F CC F CC F CC F CC F C SERVIÇO PÚBLICOSERVIÇO PÚBLICOSERVIÇO PÚBLICOSERVIÇO PÚBLICOSERVIÇO PÚBLICO

Florianópolis, a bela capital de SantaCatarina, vai ser a sede do Congressode Informática Pública e Encontro dePrefeitos do Cone Sul (Conip Cone Sul).O evento acontece de 9 a 11 dedezembro, no Centro de Convenções dacapital catarinense.

Com sete edições já realizadas, oConip é o principal fórum brasileiro dediscussão e apresentação do que há demais relevante em modernização doserviço público, atendimento ao cidadãoe gestão administrativa e de finançaspúblicas.

O Conip Cone Sul será uma reuniãode seminários conduzidos em parceriacom diversas organizações da sociedade

civil e do Governo, além deapresentações de palestras temáticas etrabalhos técnicos. Paralelamente,acontecerá o Encontro de Prefeitos, quevai permitir a troca de experiências entreos gestores públicos no que diz respeitoa modernização de sistemas deinformática e atendimento à população.

LRF EM DEBALRF EM DEBALRF EM DEBALRF EM DEBALRF EM DEBATETETETETENas palestras temáticas, serão

apresentados os seguintes temas:universalização dos serviços, informaçõese serviços ao cidadão, modernização dagestão pública e redes públicas decomunicação e informação.

Temas de grande interesse para osgestores públicos também serãodiscutidos em cinco seminários paralelos.Entre os assuntos, o uso da internet noatendimento ao cidadão e nas compraspúblicas, via leilão eletrônico.

A Lei de Responsabilidade Fiscaltambém será assunto no Conip. A formacomo a nova tecnologia da informaçãopode contribuir no cumprimento dasexigências da LRF será o tema central.

O Conip Cone Sul é promovido porEventos em Tecnologia da Informação(Ideti), em parceria com a prefeitura deFlorianópolis, governo de SantaCatarina, Centro de Informática eAutomação do Estado de Santa

Catarina (Ciasc) e Companhia doDesenvolvimento do Estado de SantaCatarina (Codesc).

As inscrições podem ser feitas portelefone ou via internet até o dia 8 dedezembro. Os números da central deatendimento são (11) 5561-4942 ou0800-103336. O endereço eletrônico éwww.conip.com.br e o e-mail paradúvidas ou outras informações é[email protected].

A taxa para inscrição individual é deR$ 300,00. Os representantes deentidades podem pagar R$ 750,00, comdireito a três credenciais, ou R$1.000,00, com direito a cincocredenciais.

É cada vez maior a dependência doscidadãos em relação ao serviço público.Os governos, por seu turno, alegampossuir verbas limitadas para atender atodas as necessidades da população. Emtempos de recursos escassos, aAuditoria Operacional apresenta-secomo uma ferramenta fundamental parauma administração eficiente e eficaz.

No livro Introdução à AuditoriaOperacional, o Contador Inaldo daPaixão Santos Araújo oferece subsí-dios para uma adequada tomada dedecisões, principalmente na gestão pú-blica, visando à melhoria da ação dosórgãos e entidades governamentais.

De acordo com o autor, a idéia dolivro surgiu devido à percepção da au-sência de um trabalho esclarecedor so-bre a Auditoria Operacional do setorpúblico no Brasil.

A intenção é otimizar a dinâmica eestimular os debates sobre a AuditoriaOperacional no setor público e privado,a partir da discussão do processo doplanejamento, execução, relatório eacompanhamento, com apresentação decasos práticos em alguns setores daadministração pública.

Como tomar decisões na gestão públicaC F CC F CC F CC F CC F C LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

Inaldo da Paixão Santos Araújo égraduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em auditoria governamental,metodologia e didática para o ensinosuperior e administração pública.

O autor e mestrando em Contabili-dade pela Faculdade Visconde de Cairué professor universitário e de cursos depós-graduação. Introdução à AuditoriaOperacional é um lançamento ColeçãoFGV Prática.

CFC promove integração entre empregadosC F CC F CC F CC F CC F C PROFISSIONALISMOPROFISSIONALISMOPROFISSIONALISMOPROFISSIONALISMOPROFISSIONALISMO

Com o objetivo de obter uma maiorprodutividade dos seus mais de 80 em-pregados, o Conselho Federal de Con-tabilidade promoveu, em novembro, umprograma de integração entre seus ser-vidores. O trabalho foi realizado em umachácara, nos arredores de Brasília, eteve a coordenação do Instituto deIntegração Homem-Trabalho.

O programa foi desenvolvidopor meio de jogos, dinâmicascontextualizadas e reflexões sobre a re-

alidade profissional dos participantes, deforma a levá-los a uma análise crítica dopapel e da influência de cada um sobreseu ambiente de trabalho e sobre as pes-soas com as quais se relacionam.

Durante todo o dia, os servidores doConselho Federal de Contabilidade tra-balharam os seguintes aspectos: o rela-cionamento interpessoal, o trabalho emequipe, a liderança, planejamento, co-municação, o saber ouvir, a confiança, atomada de decisão e a negociação.

Empregados do CFC durante o trabalho de integração

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 9pág. 9pág. 9pág. 9pág. 9

A nova Lei das Sociedades porAções, sancionada no dia 31 de outubro,concede maiores direitos aos acionistasminoritários e preferencialistas e aumentaos poderes da Comissão de ValoresMobiliários (CVM). A sanção veioacompanhada de uma Medida Provisóriae de um decreto-lei que garantem ofortalecimento da CVM, o xerife domercado de capitais.

O Governo federal fez, ao todo, 17

vetos, que atingiram 50 pontos da Leiaprovada no Congresso Nacional – doisterços dos vetos referem-se aos novospoderes da CVM. Os vetos foramrestabelecidos pela MP e pelo decreto.

A própria Presidência da Repúblicaexplicou que os vetos foram necessáriosporque a lei aprovada pelo Congresso,de iniciativa do deputado Luiz CarlosHauly (PSDB-PR), criava cargos eestruturas no Executivo, como o Comitêde Padrões Contábeis (CPC). A funçãode criar cargos e estruturas é, segundo oparágrafo I do artigo 61 da Constituição,exclusiva do Presidente da República. Acriação do CPC foi vetada e não foirestaurada pela MP ou pelo decreto-lei.

O Conselho Federal deContabilidade, por meio da apresentaçãode uma emenda supressiva ao artigo 27-A do projeto que criava o CPC, já haviaadvertido os parlamentares sobre ainconstitucionalidade da proposta.

Um dos principais pontos do projetoé a garantia aos acionistas minoritários,em caso de venda da companhia, dereceber 80% do valor pago ao detentordo bloco de ações de controle daempresa. A medida restabelece, emparte, um direito retirado em 1997 noprocesso de privatização das estatais de

C F CC F CC F CC F CC F C

Nova Lei das S.A. beneficia minoritários e fortalece a CVMC F CC F CC F CC F CC F C MERCADO DE CAPITMERCADO DE CAPITMERCADO DE CAPITMERCADO DE CAPITMERCADO DE CAPITAISAISAISAISAIS

telefonia. No entanto, o Governo vetouo artigo que permitiria estender essedireito aos preferencialistas, conhecidono mercado como tag-along.

ARARARARARTIGOS VETTIGOS VETTIGOS VETTIGOS VETTIGOS VETADOSADOSADOSADOSADOSOs vetos mais importantes retiraram

os artigos que permitiam a acionistasminoritários convocarem assembléia emcasos de conflitos de interesses,

nomeando árbitro pararesolver o problema.

Também foram ve-tados os artigos quepossibilitavam aosminoritários, em co-mum acordo com oscontroladores, escolhero terceiro integrante doConselho Fiscal – oscontroladores já esco-lhem um dos diretores,e o outro é apontadopelos minoritários. Oartigo que dava direitoa voto em assembléiaaos detentores de açãopreferencial também foivetado pelo Governo.

Outro veto impor-tante retirou da lei apro-vada no Congresso oartigo que proibia recur-so a decisões unânimesda CVM. Foi vetado,também, o artigo queexigia a composição de

dois terços do Conselho de Administra-ção com residentes no País.

TRANSPTRANSPTRANSPTRANSPTRANSPARÊNCIAARÊNCIAARÊNCIAARÊNCIAARÊNCIAApesar de tantos vetos, a nova Lei

traz novidades quanto à transparênciapara as companhias abertas econsolidação do mercado de ações. Alei inclui em sua regulação os derivativos,como opções e futuros, e caracteriza oscrimes contra o mercado de capitais,como a manipulação de informação, ouso indevido de informação privilegiadae o exercício irregular de cargo nomercado. Esses crimes são sujeitos apunições que variam de multa a até oitoanos de reclusão.

A nova Lei das S.A. determina, ainda,que novas empresas que abrirem ocapital não poderão ter açõespreferenciais em maior número que asações ordinárias com direito a voto. Ospreferencialistas terão assegurado odireito de participar do dividendo a serdistribuído, correspondente a, pelomenos, 25% do lucro líquido do exercícioou receber, pelo menos, 10% a mais quecada ação ordinária, nas açõespreferenciais; ou, ainda, serem incluídasnas ofertas públicas de alienação e

Antes do final do ano, o Governofederal deverá enviar ao CongressoNacional projeto de isenção da CPMFpara aplicação em Bolsas de Valores.A medida foi garantida na segundasemana de novembro pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda,Amaury Bier. O objetivo do Governoseria estimular o mercado de capitaisno País.

“O próximo passo do Governo éretirar a incidência da CPMF sobre asBolsas de Valores, e assim resolver oimpasse criado pela decisão doGoverno de tributar em 20% os ganhoscom ações”, afirmou o primeiro relatordo projeto da Lei das S.A., deputadoEmerson Kapaz (PPS-SP).

O outro relator da lei no Congresso,deputado Antônio Kandir (PSDB-SP),acha que “as vantagens para osminoritários e a conquista da

independência para a CVM foram ascondições necessárias para ofortalecimento do mercado de capitais.Agora, é preciso o fim da CPMF parao mercado de capitais, a melhoria dalegislação tributária sobre ganhos decapital, uma melhor conjunturaeconômica e incentivos aos investidoresinstitucionais”.

Embora se queixem de alguns vetos,os dois deputados ficaram satisfeitoscom a nova Lei. Para Kandir, a decisãode vetar o artigo que proibia recursosàs decisões unânimes da CVM atémelhorou o Projeto.

Kapaz lamentou a retirada dosartigos que permitiam aos acionistasminoritários maior influência na escolhados integrantes do Conselho Fiscal.“Não há por que os controladoresterem maioria no conselho que fiscalizaatos de gestão”, afirmou.

FIM DA CPMF PFIM DA CPMF PFIM DA CPMF PFIM DA CPMF PFIM DA CPMF PARA O MERCADO DE CAPITARA O MERCADO DE CAPITARA O MERCADO DE CAPITARA O MERCADO DE CAPITARA O MERCADO DE CAPITAISAISAISAISAIS

controle.Um dos pontos mais

polêmicos, consideradocomo um dos seus maio-res avanços, diz respeitoao fechamento de capital:os controladores, de ago-ra em diante, serão obri-gados a garantir o paga-mento de preço justo aomercado, pelo menos igualao preço de avaliação dacompanhia. Também fo-ram aprovadas medidaspara aumentar a transpa-rência das companhiasabertas.

JUSTIFICAJUSTIFICAJUSTIFICAJUSTIFICAJUSTIFICATIVTIVTIVTIVTIVAAAAAO veto do Governo ao

artigo que permitia acessodo CFC aos papéis detrabalho foi baseado noseguinte argumento: “Aquestão que se apresentaé que, diferentemente das instituiçõesfiscalizadoras do mercado financeiro e decapitais (CVM e Banco Central), osConselhos Federal e Regionais deContabilidade não estão adstritos àsnormas de sigilo a que estão sujeitos oscitados órgãos fiscalizadores, colocando,portanto, em risco segredosfundamentais dos negócios, o quepoderia ser utilizado pelos fiscalizadoscomo argumento para não exporem –como necessário – toda a documentaçãoexigida para o bom desempenho dafunção dos referidos órgãos”.

O artigo, neste caso, aprovado pelo

Congresso Nacional e depois vetadopelo presidente em exercício, MarcoMaciel, alterava o parágrafo 5º do artigo26 da Constituição.

A proposta para que os ConselhosFederal e Regionais de Contabilidadetivessem acesso aos papéis de trabalhofoi apresentada durante a fase dediscussão da Lei das S.A. nas Comissõesda Câmara pelos representantes doConselho Federal de Contabilidade.

Após muita discussão, inclusive comtécnicos do Bacen e da CVM, aproposta foi aprovada pelo CongressoNacional.

Deputado Antônio Kandir, relator da Lei das S.A.

Deputado Emerson Kapaz, relator da Lei das S.A.

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 10pág. 10pág. 10pág. 10pág. 10

> José Serafim Abrantes (*)

Pela socialização do conhecimentoC F CC F CC F CC F CC F C ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

Existem médicos que não sabemcomo aplicar uma injeção, mas que lêemum exame de ressonância magnética comuma sabedoria socrática. Tambémexistem professores de História que nãotêm capacidade de articular uma frasecompleta sobre a atual crise argentina,como se ela (a crise) não viesse a fazerparte da história daquele país; no entanto,esses mesmos professores sabem tudosobre as Guerras do Paraguai e a dasMalvinas.

Esses dois exemplos, é claro, sãoapenas metáforas, mas podem explicaro porquê da qualidade ruim dos serviçosprestados à população por profissionaisdas mais diversas áreas de atuação.Devido à superpopulação dos países, àglobalização da economia, o ensino nomundo fatiou o conhecimento, criandoinúmeras especializações de um mesmoramo de atividade. O resultado está àvista de todos. Pior não poderia ser.

Entramos em um novo séculosentindo-nos mais responsáveis pelofuturo do planeta. Há alguma coisa noar além dos habituais aviões de carreira.Notamos que a humanidade procuraalgo além do já existente para resolversuas dificuldades. Parece que chegou aofim a velha dicotomia que nos obrigavaa aceitar um sistema e a odiar o outro.É o fim dos heróis e vilões criados porHollywood. Chegou a hora de pensar,falar e agir tendo como meta a melhoriado padrão de vida de todos oshabitantes do planeta; chegou a hora deuniversalizar os conhecimentos e asriquezas.

CONHECIMENTOCONHECIMENTOCONHECIMENTOCONHECIMENTOCONHECIMENTOÉ com este entusiasmo que nós, do

ramo da Contabilidade, esperamospelo futuro Governo, a ser eleito nopróximo ano. E é com uma esperançamaior ainda que esperamos que estefuturo Governo trabalhe o ensino noPaís, nossa maior preocupação.

De nada adiantam shoppingslimpos, modernos e arejados, ao ladode fábricas limpas, modernas e arejadas,e um povo sobrevivendo nossubterrâneos, burramente sentados emlivros repletos de sabedoria mas semnenhuma utilidade.

Só existe um caminho para superaras atuais dificuldades dos governos e dasociedade de um modo geral: auniversalização do conhecimento e aeducação continuada.

Como bem lembrou o professorCristovam Buarque, em artigo nestemesmo jornal publicado no dia 22 deagosto de 2001, sob o título “EscolaBrasil”, hoje, com pouco tempo deformado, os conhecimentos do professor

já estarão superados amanhã, nosconteúdos e nos métodos de ensino.

Tomara que o próximo ministro daEducação do Brasil continue a obrainiciada por Paulo Renato Souza, que,temos certeza, também confia naampliação da visão de estudantes eprofessores.

O trabalho do MEC caminha bem.

Senão, vejamos: no quadriênio 95/99, ataxa de evasão escolar no ensinofundamental era de 5,3%. Entre 1999 e2000, a taxa baixou para 4,8%. Em2001, deverá baixar mais ainda. A taxade repetência no primeiro Governo FHCera de 30,2%. Graças aos programasbem orientados do MEC, a taxa caiupara 21,6% no final do ano passado.Hoje, temos 800mil crianças entre7 e 14 anos deidade fora daescola (3% dototal de criançasem idadeescolar). Em1994, eram 2,1milhões (7,3%).

Para sustentareste trabalho, oMEC conta comprogramas que, obrigatoriamente,deverão ter continuidade no próximoGoverno, como o Bolsa-Escola, que vai

beneficiar mais de 10 milhões de alunose seis milhões de famílias; o Recomeço,do Ensino Supletivo; o Família na Escola,que superou as expectativas no último dia24 de abril, levando aos colégios pais quesequer sabiam o caminho da escola dofilho; o FIES, que financia até 70% dasmensalidades de alunos de escolasparticulares de ensino superior; o Exame

Nacional do Ensino Médio, o ENEM; oExame Nacional de Cursos, o Provão.

Enfim, devemos esperar não apenasa continuidade desses ótimos programas,mas, acima de tudo, muito além de obrasfísicas, devemos esperar que o próximoGoverno tenha vontade política paratransformar este País, universalizando oensino, dando educação continuada ao

formando e,principalmente, aoprofessor.

Para isto, seránecessário muitoinves t imen to(intelectual, morale financeiro);chegou a hora deos governantesinterromperemsua busca devotos por meio de

obras monumentais, viadutos e festaspopulares mirabolantes.

Será necessário dar a todos os

brasileiros a mesma oportunidade deaprendizado com alta qualidade. Escola,hoje, tem que ter computador, internet eprofessores qualificados e atualizados.

Todos os países hiperdesenvolvidosdo mundo transformaram suaseconomias interna e externa investindotudo o que podiam em educação. Nóstemos mais de 50 milhões de pobresvivendo em condições de absolutamiséria, sem acesso a emprego, a escola,a uma vida decente e digna.

DIREITOS FUNDAMENTDIREITOS FUNDAMENTDIREITOS FUNDAMENTDIREITOS FUNDAMENTDIREITOS FUNDAMENTAISAISAISAISAISO pobre quer apenas uma

oportunidade para poder extrapolar suasqualidades, seus talentos, suacriatividade; quer apenas se sentir digno;quer ter oportunidade de poder fazer seusdireitos fundamentais seremreconhecidos. É o que todos queremos.

De nossa parte, da Classe Contábil,estamos fazendo um esforço muitogrande para dar um exemplo no que serefere ao ensino contábil. É o nossogrande desafio.

Estamos fazendo convênios com asmelhores universidades brasileiras paraa implantação de cursos de pós-graduação dirigidos a profissionais eprofessores.

Já temos cursos funcionando e alunosse formando em cinco estados.Implantamos cursos de educação adistância, via satélite, nos ConselhosRegionais de Contabilidade. Realizamosencontros, seminários e congressos,mensalmente, nas quatro regiões doBrasil, justamente para ampliar a visãodo nosso profissional.

VONTVONTVONTVONTVONTADE DE TODOSADE DE TODOSADE DE TODOSADE DE TODOSADE DE TODOSSabemos que o próximo Governo

estará fadado ao completo fracasso senão investir pesado na socialização doconhecimento humano, na pesquisacientífica e na tecnologia de ponta.

É isto que, com certeza, cerca de 400mil Contabilistas brasileiros querem. Semeducação não há como exercer acidadania, a Responsabilidade Social,como dividir os ganhos e as riquezas,como amenizar os sofrimentos.

É na escola que aprendemos a dividir,não só o conhecimento, mas a riquezadas amizades.

É pela comunidade como um todoque devemos trabalhar. Não poderemos,jamais, dormir com a consciênciatranqüila sabendo que deixamos deajudar o próximo porque fomosincompetentes no lidar com a educação.

*é presidente do ConselhoFederal de Contabilidade

“ O próximo Governo seráO próximo Governo seráO próximo Governo seráO próximo Governo seráO próximo Governo seráum fracasso completo seum fracasso completo seum fracasso completo seum fracasso completo seum fracasso completo senão investir pesado nanão investir pesado nanão investir pesado nanão investir pesado nanão investir pesado na

socialização dosocialização dosocialização dosocialização dosocialização doconhecimento humano, naconhecimento humano, naconhecimento humano, naconhecimento humano, naconhecimento humano, napesquisa e na tecnologiapesquisa e na tecnologiapesquisa e na tecnologiapesquisa e na tecnologiapesquisa e na tecnologia” .....

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 11pág. 11pág. 11pág. 11pág. 11

O Conselho Federal deContabilidade entregou ao deputadoPedro Eugênio (PT-PE) um estudosobre o Projeto de Lei nº1.034/99, deautoria do deputado Mussa Demes(PFL-PI), que altera o atual tratamentotributário aplicável aos lucrosdistribuídos e ao pagamento de jurossobre o capital próprio. O deputadoPedro Eugênio é o relator do projetona Comissão de Finanças da Câmara.

O Projeto apresentado por MussaDemes propõe que os lucros edividendos, “calculados com base nosresultados apurados a partir de janeirode 2000, pagos ou creditados pelaspessoas jurídicas tributadas com baseno lucro real, presumido ou arbitrado, apessoa física ou jurídica domiciliada noPaís ou no exterior, estão sujeitos àincidência do imposto, exclusivamentena fonte, à alíquota de 15% na data dopagamento ou crédito ao beneficiário”.

O estudo sobre o Projeto foi entreguepessoalmente ao deputado pelopresidente do CFC, contador JoséSerafim Abrantes, pela conselheiraMarta Arakaki e pelo assessorparlamentar do Conselho, José MariaEymael.

Segundo o presidente Serafim, aaprovação deste projeto poderárepresentar “um enorme retrocesso,desestimulando os investimentosprodutivos internos e externos com afuga dos investidores, maisdesempregos, recessão e prejuízos,principalmente para os trabalhadores”.

A conselheira Marta Arakakilembrou que o atual tratamento deisenção dos lucros distribuídos porpessoas jurídicas representou umavanço na legislação tributária brasileiraem relação às normas que vigoravam atéa edição da Lei nº 9.249/95. “Estaisenção não prejudica os cofres públicosporque segue a tendência mundial deaplicação do Princípio da Integração da

C F CC F CC F CC F CC F C

CFC luta contra projeto que cria novo impostoC F CC F CC F CC F CC F C TRIBUTTRIBUTTRIBUTTRIBUTTRIBUTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

Tributação entre pessoas físicas oujurídicas. Por este princípio, considera-se que se o lucro já foi tributado na pessoajurídica, não há razão para que sofra novaincidência de imposto de renda nadistribuição aos sócios e acionistas”, dissea tributarista ao deputado.

Ainda em novembro, o deputadoPedro Eugênio realizou uma audiênciapública na Comissão de Finanças paradebater o projeto. Participaram

representantes do CFC, da FederaçãoBrasileira de Bancos, da ConfederaçãoNacional das Indústrias, da ReceitaFederal e da Comissão de ValoresMobiliários. Para o deputado, “oCongresso Nacional deve trabalhar agorana perspectiva de uma ampla reformatributária”.

O presidente Serafim lembrou aodeputado que está estudando estaproposta no Grupo de Estudos Tributárioscriado pelo CFC.

UNIVERSALIZAÇÃO DO SIMPLESUNIVERSALIZAÇÃO DO SIMPLESUNIVERSALIZAÇÃO DO SIMPLESUNIVERSALIZAÇÃO DO SIMPLESUNIVERSALIZAÇÃO DO SIMPLESO deputado Pedro Eugênio também

está lutando para estender o Simples àsempresas de serviços, com apoio do

Conselho Federal de Contabilidade. Amaior barreira encontrada tanto pelodeputado Eugênio quanto por seuscolegas que defendem a proposta é oINSS. Segundo o Ministério daPrevidência, a extensão do Simplesprovocaria uma queda na arrecadaçãodo INSS.

O deputado Pedro Eugênio defendeuque todas as propostas deuniversalização do Simples fossem

reunidas em uma só, para facilitar atramitação no Congresso e conseguirapoio de toda a sociedade. Esta tesetambém é defendida por deputadoscomo Marcos Cintra (PFL-SP) eAugusto Nardes (PPB-RS). Este últimoapresentou, em novembro de 1997, oPL nº 3.762A, que faculta aos escritóriosde Contabilidade a opção pelo Simples,previsto no inciso XIII do art. 9º da Lein.º 9.317, de 5 de dezembro de 1966,desde que respeitados os limites

As empresas prestadoras de serviçoterão que pagar 10% de imposto derenda no cálculo do lucro presumido(lucro bruto) para que o Governo possaimplantar a nova tabela do Imposto deRenda da Pessoa Física (IRPF).

O secretário da Receita Federal,Everardo Maciel, apresentou, no últimodia 13 de novembro, aos membros daComissão Mista do Orçamento, asprojeções feitas pelo Governo paracorreção da tabela que passa a vigorara partir do ano que vem, se foraprovada no Congresso.

A nova tabela isenta quem ganha atéR$ 1 mil tributáveis (descontados INSSe dependentes) e taxa os salários acimadeste patamar em quatro faixas: 15%,25%, 30% e 35%. O ponto médio databela, no qual o contribuinte não teránem aumento nem queda no valor do

IR DE EMPRESA DE SERVIÇO PODE SUBIR 40%IR DE EMPRESA DE SERVIÇO PODE SUBIR 40%IR DE EMPRESA DE SERVIÇO PODE SUBIR 40%IR DE EMPRESA DE SERVIÇO PODE SUBIR 40%IR DE EMPRESA DE SERVIÇO PODE SUBIR 40%recolhimento, é a faixa de 44 saláriosmínimos ou R$ 7.920,00 tributáveis.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELANa tabela atual, essa faixa salarial

paga R$ 1.818,00 e na nova tabelapagará R$ 1.817,00. A faixa média nãofoi definida por acaso: o salário de umdeputado federal é de R$ 8 mil.

Se ele não puder descontar osdependentes, somente o INSS farácom que a faixa tributável caia para R$7.842,70 e fique abaixo do pontomédio, sem pagar imposto.

A nova tabela do Imposto de Rendaainda está sendo discutida noCongresso Nacional.

Os líderes partidários acreditamque a solução para o problema seráadiada para o próximo ano.

estabelecidos no artigo 2º da mesma Lei.Este projeto está aguardando parecer naComissão de Finanças e Tributação daCâmara.

RECURSO AO STFRECURSO AO STFRECURSO AO STFRECURSO AO STFRECURSO AO STFNo dia 7 de novembro passado, foi

protocolada no Supremo TribunalFederal (STF) Ação Direta deInsconstitucionalidade (ADIn) contra aexclusão das empresas de serviços doSistema Integrado de Pagamento deImpostos e Contribuições dasMicroempresas e Empresas de PequenoPorte (Simples). A Adin foi assinada pelopresidente do Partido Social DemocrataCristão (PSDC), deputado federalconstituinte José Maria Eymael, pelodeputado federal Fernando Zuppo, líderdo PSDC na Câmara e pela FederaçãoNacional das Empresas de ServiçosContabéis, de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas (Fenacon).

Para Eymael, “a exclusão dasempresas do setor de prestação deserviços do sistema Simples além de seruma injustiça, desrespeita o artigo 150,inciso II, da Constituição Federal, queproíbe o tratamento desigual entrecontribuintes que se encontram emsituação equivalente, e o artigo 179, quedetermina tratamento tributáriodiferenciado para as micro e pequenasempresas, sem fazer distinção em razãodo ramo de atividade”.

O presidente da Fenacon, ContadorPedro Coelho Neto, acredita na vitória:“É tão flagrante, tão aberrante a afrontaà Constituição, que acreditamosfirmemente que a ADIn seja plenamenteacolhida pelo STF”.

O presidente Serafim e o deputado Pedro Eugênio

O deputado constituinte José Maria Eymael, o presidente Serafim, o deputado Pedro Eugênio e conselheira Marta Arakaki

Jornal do CFC, dezembro de 2001 pág. 12pág. 12pág. 12pág. 12pág. 12

C F CC F CC F CC F CC F C

Programa de visitas traz estudantes e profissionais a BrasíliaC F CC F CC F CC F CC F C SEDE DO CFCSEDE DO CFCSEDE DO CFCSEDE DO CFCSEDE DO CFC

Estudantes, profissionais daContabilidade e visitantes de váriasregiões brasileiras estiveram no prédiodo CFC, em Brasília, nos meses desetembro e outubro deste ano.

À direita, a fotografia mostra osvisitantes do mês conversando com opresidente José Serafim Abrantes, em seugabinete. São eles, da esquerda para adireita: Ângelo Mocelin, presidente daFederação dos Contabilistas do Paraná;Luiz Carlos Augusto, presidente doSindicato dos Contabilistas de São Josédo Rio Preto-SP; Denise MarianoGarcia, delegada em Iúna-ES; MarcosAlberto Bizerra, delegado em Quixadá-CE, acompanhado de sua esposa, MariaEliane Bizerra; Lauricério Luiz da Silva,diretor do Sindicato dos Contabilistas de Os visitantes no gabinete do presidente Serafim

Os estudantes visitam o Museu

São José do Rio Preto-SP; e WillionCarlos Reis de Barros, conselheiro doCRCGO.

Aproveitando a visita, a delegadaDenise Mariano Garcia entregou umaplaca em homenagem ao presidenteSerafim. Ele recebeu também, dadossobre a conjuntura econômica dacidade paulista de São José do RioPreto, entregues pelos visitantes domês.

ESTUDANTESESTUDANTESESTUDANTESESTUDANTESESTUDANTESNa foto abaixo, os alunos do 4º

semestre do curso de CiênciasContábeis da União Educacional deBrasília (UNEB) visitam o MuseuBrasileiro de Contabilidade, instalado

no 6º andar do edifício-sede do CFC.Eles conheceram, ainda, o plenário, oauditório e a Galeria de Artes.

No plenário, os 20 alunos da UNEBconheceram in loco o funcionamentode uma sessão do Conselho Federal deContabilidade.

Alguns deles manifestaram o desejode algum dia virem a tornar-seconselheiros do CFC.

Os futuros Contabilistas conheceram,também, as salas onde se realizam asreuniões dos grupos técnico e de

estudos, que são compostos porprofissionais representantes de toda asociedade brasileira.

VVVVVALORIZAÇÃOALORIZAÇÃOALORIZAÇÃOALORIZAÇÃOALORIZAÇÃOO CFC mantém a tradição do

programa de visitas porque considera quetrazer membros dos CRCs e sindicalistasde outras regiões do País, além deestudantes, para perto das decisões queafetam a Classe Contábil contribui paravalorizar o profissional.