editorial associaÇÃo mizuho, 85 anos · de acordo com a cultura ano letivo e representa um ......
TRANSCRIPT
Ano 2 N° 16 - Setembro de 2015 - www.shobudojo.com.br - (11) 99743-4586 / (11) 4991-6378
EDITORIAL
Aikido é uma arte
marcial cooperativa, que dife-
re das demais artes marciais
exatamente porque rejeita a
competição. Exceto interna-
mente, ou seja, consigo mes-
mo. A busca pela superação
dos próprios limites e a am-
pliação da compreensão e do
domínio técnico são os obje-
tivos desse budo.
É importante salien-
tar que ao aprender aikido,
arte marcial japonesa funda-
da em valores filosóficos e
militares niponicos, estamos
aprendendo também um
pouco da cultura daquele
país. Além de difícil, deman-
da dedicação e muita calma
nessa hora.
Parafraseando Sen-
sei Vagner, o aluno precisa
ser paciente consigo mesmo,
pois não estuda meios para
matar, quebrar ou agredir
deliberadamente os outros,
mas sim o controle.
Calma com as dificul-
dades pessoais, os limites
dos colegas e, acima de tu-
do, treinar. É no tatame, e na
prática diligente das técnicas
que vai se adquirindo, além
da qualidade, a noção e o
controle corporal.
Com sorte irá trans-
ferir o aprendizado do tatame
para a vida pessoal, melho-
rando as relações que esta-
belece com familiares e ami-
gos; desenvolvendo o Zan-
chin e adquirindo uma capa-
cidade cada vez mais saudá-
vel para conviver. Cada um a
seu tempo!
No último final de
semana a Associação Mizu-
ho, em São Bernardo do
Campo, completou 80 anos.
A festa, foi engrandecida
pela culinária, a música e
as artes japonesas. E o ai-
kido se fez presente como
uma das modalidades mar-
ciais que abrilhantou a co-
memoração.
Os alunos do Mu-
sashi Dojo protagonizaram
a apresentação comandada
por Sensei Vagner, e conta-
ram com o reforço de al-
guns colegas de Santo An-
dré e do Tatuapé.
Fazendo valer o
significado da palavra Mizu-
ho, que em português signi-
fica abundância, o que se
viu foi mesa farta com toda
a variedade gastronômica
japonesa.
Quem prestigiou a
festa, além da comida, se
deliciou visualmente com as
belas cenas protagonizadas
pelos artistas que se suce-
deram no palco. Além do
aikido puderam assistir
apresentação de Taiko,
danças típicas e ver uma
boa mostra da arte e da
cultura japonesa.
O festival, além dos
80 anos da associação
marcou também a florada
da cerejeira e simbolizava a
comemoração do Hanami.
De acordo com a cultura
japonesa marca o início do
ano letivo e representa um
momento de renovação e
esperança.
ASSOCIAÇÃO MIZUHO, 85 ANOS
Alunos do Shobu dojo na associação Mizuho, em SBC.
HANAMI TUPINIQUIM É DIA DA ÁRVORE Ao mesmo tempo em
que estamos falando do
Hanami, celebração das
cerejeiras e período de re-
novação na cultura do povo
japonês, celebramos no
hemisfério sul a chegada da
primavera.
A exemplo de nosso
irmãos nipônicos também
temos uma data para cele-
brar a vida e a renovação
que a natureza experimenta
todos os anos, o dia da ár-
vore.
Quem se lembra?
Provavelmente pou-
cos, o que é uma pena,
pois na correria da vida mo-
derna esquecemos de cele-
brar detalhes preciosos da
vida, alguns dos quais
aprendemos quando ainda
somos crianças.
Renovar significa
renascimento. E o Hanami,
como também a chegada
da primavera, simbolizam
uma vida nova que começa
pela capacidade de reco-
nhecer a semelhança com
o próximo e o trabalho para
um mundo mais harmônico.
Querem um exemplo
de semelhança?
Eis nosso Hanami,
momento de celebração do
dia da árvore e da renova-
ção concomitante de toda a
pujança da natureza.
Somos dois povos
tão diferentes, não é? E eis
que compartilhamos um
arquétipo que nos unifica e
assemelha nessa nave cha-
mada Terra. OSS!
Bonsai, a vida
cabe nas nossas mãos.
REI: ETIQUETA E RESPEITO SÃO FUNDAMENTAIS Rei é o correspon-
dente japonês para a pala-
vra etiqueta. Para o aluno
do aikido esse é um detalhe
importante que o sensei aos
poucos vai orientando e, por
que não dizer, discretamen-
te cobrando.
Muitos são os as-
pectos da etiqueta a serem
observados, e vão desde o
modo de se apresentar para
o treino até o como o finali-
zamos. Esse, entretanto, é
um tema amplo, e vamos
nos ater nesse texto a um
de seus vários aspectos: a
indumentária.
O cuidado com os
kimonos e hakamás é parte
do aprendizado no aikido.
Para os alunos iniciantes,
cuja graduação ainda é es-
tabelecida em kyus, o kimo-
no deve ser limpo e livre de
odores desagradáveis, para
não dificultar a vida dos co-
legas nos contatos que são
parte do estudo diário.
Além disso, evitar
dobrar as pernas da calça,
ou os punhos das mangas
do dogui, também são re-
gras de respeito que devem
ser respeitadas.
Os alunos gradua-
dos como shodans, popular-
mente conhecidos “faixas
pretas”, devem tomar cuida-
do também, pois quando
incorrem em um erro de
etiqueta são exemplos ne-
gativos para os kohais, por-
tanto não podem vacilar.
Um erro frequente é
verificado no uso do Haka-
má, essa calça nobre que
os shodans usam, é deixar
visível a barra da calça do
kimono sob a indumentária
dos samurais.
O aluno que já ad-
quiriu o direito de usar o
hakamá nunca mais poderá
treinar sem o uso dessa
veste. Além de ferir o princí-
pio da etiqueta, significado
de uma das sete pregas
daquela calça, está deson-
rando o sensei que o edu-
cou.
Conta-se que quan-
do O’Sensei, se estabele-
ceu em Iwama, um de seus
Uchi-Dechis (alunos), se
apresentou para o treino
sem o Hakamá. Assim que
o mestre viu o traje inade-
quado do aluno o convidou
a se retirar da aula, pois
estava indevidamente traja-
do.
Isso porque quando
o aluno ganha o direito ao
uso do Hakamá, sua calça
de kimono passa a ser con-
siderada, mal comparando,
às roupas íntimas que, por-
tanto, devem ser restringi-
das à privacidade do aluno.
Detalhes que precisam ser evitados: 1 - Punhos dobrados e,
2 - Barras da calça dobrados.
A calça do kimono jamais pode ter a
barra exposta sob o hakamá.
Estudar uma arte
marcial, seja ela qual for,
principalmente o aikido, é
se dispor a aprender um
pouco da cultura do país
em que ela foi criada.
Portanto, concomi-
tante ao reconhecimento da
dificuldade, vale salientar
que antes manifestarmos
juízo sobre algumas carac-
terísticas, particularmente
porque nossos pontos de
vista usam lentes ociden-
tais, é preciso experimentar
e buscar compreendê-la.
Depois com propriedade
construir opinião.
O cuidado com a rou-
pa, uso correto, a limpeza
do tatame, o lugar de desta-
que que é natural do sen-
sei, a postura diante das
armas nos treinos específi-
cos, todos são detalhes
com significados milenares
que caracterizam essa cul-
tura e a arte marcial que
escolhemos estudar.
Um hábito bonito do
oriente, especialmente en-
tre o povo do Japão, é a
cortesia, por isso, antes de
julgar devemos praticar,
compreender, e evoluir no
aprendizado desse budo..
AIKIDO É CULTURA
O TATAME IMITA A ARTE A vida imita a arte.
Ou será o contrário?
Bom, isso não impor-
ta, elas se imitam reciproca-
mente, se inventam, se in-
fluenciam, e criam novos
personagens a cada dia. O
mais novo é nosso colega
Daniel Corbo. Inspirado na
recente releitura do dese-
nho Tartarugas Ninja ado-
tou um novo acessório para
as aulas de aikido.
Como ele usa óculos,
e precisa deles para treinar,
mandou preparar um óculos
de segurança, com arma-
ção reforçada e lentes mais
resistentes que fica preso à
cabeça.
Além de evitar o inco-
modo de ter os óculos sal-
tando pelo tatame num mo-
vimento brusco, ainda terá
proteção para os olhos e
um estilo todo particular .
Dessa vez foi o tata-
me que resolveu imitar a
arte. E ficou muito bom.
Parabéns Daniel, aikido tem
tudo a ver com conforto,
segurança e, no seu caso,
estilo.
Daniel, inspirado no Donatello das Tartarugas Ninjas.
MARIO PASTORE LANÇA NOVO CD Três de Setembro foi
grafado, na biografia de Ma-
rio Pastore, como mais um
dia especial em sua carreira
musical, foi o dia de lança-
mento de seu novo CD.
Em 32 anos de car-
reira, entre participações e
titulação é décimo oitavo
trabalho prensado do artista
que, como atividade física,
pratica aikido com Sensei
Vagner há dez anos.
Foram dois CDs so-
los como Pastore e, agora
trabalhando em grupo, rece-
bemos o primeiro trabalho
da banda Heaviest.
De acordo com Mário
Pastore esse disco, batiza-
do como Nowhere, é um
trabalho de Heavy Metal
pesado e moderno, e regis-
tra uma fase de consolida-
ção pessoal e artística.
Além desse CD os
amantes do Heavy Metal, e
fãs de Mario Pastore, ainda
terão o privilégio de receber
esse ano o terceiro disco
como Pastore.
Além desses dois
CDs Mario ainda nos contou
que também está trabalhan-
do em outro projeto chama-
do Powerfull. Está sendo
gravado e prestes a ser lan-
çado também.
Mario mantem suas
aulas de canto em São Ca-
etano, município em que
reside, e pode ser contata-
do tanto pelo e-mail:
[email protected] quanto
no Facebook, onde basta
pesquisar Mario Pastore
para fazer contato profissio-
nal com o cantor aikidoca.
Editor: Edy André
Marketing: Rony Medrado
Revisão: Rodrigo S. Pitta
[email protected] (11) 99743-4586 / (11) 4991-6378
Clínica
Dr. André Colla
Fisioterapia - Ortopedia
Trauma - Pilates - Osteopatia
Avenida Pompeia, 1160
1º Andar - Perdizes
(11) 9.8639-2782
Arte Marcial levada a serio.
Pça Adhemar de Barros, 56
Centro - Santo André
tel. 4991-6378
Rua Caçaquera, 437
Tatuapé - São Paulo
tel. 2338-2327
Publique o que está
acontecendo de interessante
no seu dojo ou divulgue seu
serviço para os colegas.
O aikido também é uma
comunidade de negócios e
alguém pode estar precisando
da sua ajuda nesse momento.
[email protected] R. Brig. Gavião Peixoto, 249
Alto da Lapa - São Paulo
Tel. 99985-1840
NOMIKAI, A ARTE JAPONESA DE FESTEJAR
Como já dissemos
em outro texto nesse bole-
tim a disposição em estudar
uma arte marcial excede
mesmo o limite do tatame,
se estende também para o
aprendizado de detalhes da
cultura do país de origem da
arte, em nosso caso a cultu-
ra do Japão.
Aconteceu no dia 20
de Agosto, depois do treino,
mais um “ritual” gastronômi-
co dos alunos de Santo An-
dré. O evento que já foi cha-
mado “Quinta dos Infernos”,
referência ao Kobukan dojo
que o fundador manteve em
Tókio nos pródromos do
aikido; e, depois, por in-
fluência de nossa colega
Miriam (3° Ky), de Birudo,
foi mais uma vez rebatizado
e, dessa vez, ganhou o títu-
lo de Nomikai. Mais uma
vez a confraternização foi
realizada na Quinta do Por-
tuga, próximo ao Dojo, e
contou com a presença de
alguns alunos mais antigos
e do Sensei.
No Japão é um ritu-
al comum feito após o traba-
lho e, na relação senpai-
kohai, há uma etiqueta a ser
seguida que, entre nós, não
é muito praticada. Nesses
encontros nunca devemos
encher o próprio copo, mas
o dos outros, e respeitando
a relação ascendente, em
significado de respeito e
gratidão o copo do senpai.
Não se trata de uma
imposição, faz parte da tra-
dição e sempre deve ser
feita como uma oportunida-
de de confraternização, ale-
gria e diversão. O mais gra-
duado, por sua vez, retribui
o gesto, demonstrando hu-
mildade e o empenho para
garantir a harmonia no gru-
po.
Não podemos dei-
xar de frisar que nos Nomi-
kais o líder do grupo deve
sempre fazer um discurso,
pois o encontro é uma cele-
bração e, na próxima vez,
devemos esperar as pala-
vras de Sensei Vagner para
poder começar a bebedeira.
O grupo está sujeito a modi-
ficações, mas se fortalece
com esses contatos.
Labor Copiadora
Rua Gertrudes de Lima, 466 - Centro
Santo André
Impressões a Laser PB e Colorida
Encadernação - Plastificação - Plotagem
Cópias de Grandes Formatos