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11 Março, 2020 Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br. 1 DESTAQUES O boletim eletrônico Infraestrutura traz as principais informações da área envolvendo operações, legislação e jurisprudência, além dos destaques em regulações, leilões, processos, investimentos e aquisições. A publicação é preparada pelos profissionais que integram a prática de Infraestrutura de Pinheiro Neto Advogados. PERIODICIDADE Mensal SÓCIO RESPONSÁVEL Ricardo Simões Russo COLABORADORES Ana Carolina Sarubbi Gois, Caroline Guazzelli Queiroz Gomes, Enrico Bentivegna, Heloísa Figueiredo Ferraz, Ricardo Levy , Rodrigo Vieira, Rodolfo F. Schreuders CONTATO ↑ voltar ao início pinheironeto.com.br Pinheiro Neto Editais e Leilões Investimentos Regulação Artigos EDITAIS E LEILÕES (IMAGEM: ISTOCK) ANAC divulga Consulta Pública sobre 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias – Blocos Sul, Norte I e Central A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publicou em 14 de fevereiro o Aviso de Consulta Pública nº 03/2020, por meio do qual submete à consulta pública os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e as minutas de Edital de Licitação, Contrato de Concessão e respectivos anexos relativos à concessão da ampliação, manutenção e exploração dos seguintes aeroportos: » Bloco Sul: aeroportos de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS); » Bloco Central: aeroportos de Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA); e » Bloco Norte: aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR). As contribuições deverão ser encaminhadas à ANAC por meio de formulário eletrônico próprio, até às 18 horas do dia 30 de março de 2020, sendo obrigatório especificar os itens para os quais deseja apresentar contribuição. Além disso, a matéria da Consulta Pública disposta no aviso será objeto de audiências públicas conduzidas pela ANAC (com a participação do órgão competente da Secretaria de Aviação Civil) com sessões presenciais no mês de março em Goiânia (GO), Manaus (AM), Curitiba (PR) e Brasília (DF). Após a conclusão dos estudos de viabilidade, a Consulta Pública representa o estágio seguinte da 6ª rodada de concessões aeroportuárias, muito divulgada pelo Governo Federal e aguardada pelos participantes do setor aeroportuário. É neste momento que tais participantes e o público em geral podem opinar sobre os estudos e as minutas do edital e do contrato de concessão e fazer sugestões, a serem avaliadas pela ANAC antes da divulgação dos documentos finais. Clique aqui para conferir a notícia na integra.

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Page 1: EDITAIS E LEILÕES ANAC divulga Consulta Pública sobre 6ª ... - NOVO... · Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), ... Entre as vantagens da atual proposta, destaca-se maior

nº 11Março, 2020

Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br.

1

DESTAQUES

O boletim eletrônico Infraestrutura traz as principais informações da área envolvendo operações, legislação e jurisprudência, além dos destaques em regulações, leilões, processos, investimentos e aquisições. A publicação é preparada pelos profissionais que integram a prática de Infraestrutura de Pinheiro Neto Advogados.

PERIODICIDADEMensal

SÓCIO RESPONSÁVELRicardo Simões Russo

COLABORADORESAna Carolina Sarubbi Gois, Caroline Guazzelli Queiroz Gomes, Enrico Bentivegna, Heloísa Figueiredo Ferraz, Ricardo Levy, Rodrigo Vieira, Rodolfo F. Schreuders

CONTATO

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pinheironeto.com.brPinheiro Neto

▪Editais e Leilões ▫ Investimentos ▫Regulação ▫Artigos

EDITAIS E LEILÕES

(IMAGEM: ISTOCK)

ANAC divulga Consulta Pública sobre 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias – Blocos Sul, Norte I e CentralA Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publicou em 14 de fevereiro o Aviso de Consulta Pública nº 03/2020, por meio do qual submete à consulta pública os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e as minutas de Edital de Licitação, Contrato de Concessão e respectivos anexos relativos à concessão da ampliação, manutenção e exploração dos seguintes aeroportos: » Bloco Sul: aeroportos de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS);

» Bloco Central: aeroportos de Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA); e

» Bloco Norte: aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR).

As contribuições deverão ser encaminhadas à ANAC por meio de formulário eletrônico próprio, até às 18 horas do dia 30 de março de 2020, sendo obrigatório especificar os itens para os quais deseja apresentar contribuição.

Além disso, a matéria da Consulta Pública

disposta no aviso será objeto de audiências públicas conduzidas pela ANAC (com a participação do órgão competente da Secretaria de Aviação Civil) com sessões presenciais no mês de março em Goiânia (GO), Manaus (AM), Curitiba (PR) e Brasília (DF).

Após a conclusão dos estudos de viabilidade, a Consulta Pública representa o estágio seguinte da 6ª rodada de concessões aeroportuárias, muito divulgada pelo Governo Federal e aguardada pelos participantes do setor aeroportuário. É neste momento que tais participantes e o público em geral podem opinar sobre os estudos e as minutas do edital e do contrato de concessão e fazer sugestões, a serem avaliadas pela ANAC antes da divulgação dos documentos finais.

Clique aqui para conferir a notícia na integra. ▪

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DESTAQUES nº 11Março, 2020

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INVESTIMENTOS

Abertura da Consulta Pública do Leilão do 5GEm 17 de fevereiro foi publicada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a Consulta Pública nº 9, sobre o edital de licitação das faixas de radiofrequências que permitirão a implementação da tecnologia de quinta geração (5G) no Brasil.

Clique aqui para conferir a notícia na integra. ▪

Conclusão do Leilão da BR-101/SCFoi concluído, em 21 de fevereiro, o leilão promovido pelo Governo Federal para concessão, por 30 anos, de trecho de 220 km da rodovia BR-101, no Estado de Santa Catarina. O leilão foi vencido pela CCR S.A. e estão previstos investimentos de R$ 7,4 bilhões.

Clique aqui para conferir a notícia na integra. ▪

Novos Enquadramentos no PPINa 12ª reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), realizada em 19 de fevereiro, foram aprovados para integrar o programa 22 projetos e políticas. Entre os projetos qualificados, destacam-se, entre outros, a inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND) de participações minoritárias da União, leilões de geração de energia nova e leilões de instalações de transmissão.

Clique aqui para conferir a notícia na integra. ▪

Alterações ao PPIPor meio do Decreto nº 10.245 e da Medida Provisória nº 922, de 18 e 28 de fevereiro, respectivamente, o Presidente da República promoveu algumas alterações ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), entre as quais, destacam-se a transferência do PPI para o Ministério da Economia (e, consequentemente, da presidência do Conselho do PPI para o Ministro de Estado da Economia) e a atribuição de competências adicionais ao Conselho do PPI.

Clique aqui para conferir a notícia na integra. ▪

REGULAÇÃO

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▪Editais e Leilões ▪ Investimentos ▪Regulação ▫Artigos

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DESTAQUES nº 11Março, 2020

ARTIGOS

ANAC publica Consulta Pública sobre o rito do processo administrativo para apurar infrações praticadas por concessionárias de aeroportosNo dia 5.2.2020, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) submeteu à Consulta Pública uma proposta de resolução “que estabelece o rito do processo administrativo para a apuração de infrações praticadas pelas concessionárias de infraestrutura aeroportuária às cláusulas contidas nos contratos de concessão e seus anexos, nos seus respectivos editais e seus anexos”¹.

Na justificativa da Consulta Pública nº 02/2020, a Agência apontou que a inexistência de um ato normativo específico para apuração dessas infrações tem gerado certa insegurança jurídica, bem como questionamentos por parte dos administrados. A Superintendência de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado e a Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos da ANAC conduziam seus processos administrativos para apuração de infrações e

aplicação de penalidades com base nas Leis nos 8.666/93, 8.987/95, 9.784/99² e nos próprios contratos de concessão. Além disso, aplicavam também a Resolução 25/2008 e a Instrução Normativa 08/2008, ambas emitidas pela ANAC, naquilo que não era contrário ao regime contratual de concessões de infraestrutura aeroportuária. A Resolução 472/2018, também emitida pela Agência, revogou estas últimas, tornando ainda mais necessária a edição de um ato normativo próprio.

Entre as vantagens da atual proposta, destaca-se maior previsibilidade e segurança jurídica por parte dos administrados, o que criará um ambiente mais promissor para investimentos no setor de infraestrutura aeroportuária do país. A edição da proposta também visa reduzir a litigiosidade, trazer mais celeridade aos processos, bem como possibilitar que sejam criados mecanismos alternativos à sanção, em caso de infrações menos graves.

Clique aqui para conferir a íntegra da minuta da resolução.

Por: Ricardo Levy, Caroline Guazzelli Queiroz Gomes e Heloísa Figueiredo FerrazSócio e Associadas em Pinheiro Neto Advogados. ▪

(IMAGEM: ISTOCK)

[1] Aviso de Consulta Pública nº 02/2020. Disponível em: <https://www.anac.gov.br/participacao-social/consultas-publicas/consultas/2020/02/cp-02-2020-aviso.pdf>.[2] Tais leis tratam, respectivamente, sobre licitações e contratos da Administração Pública; o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal; e o processo administrativo no âmbito da

Administração Pública Federal.

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DESTAQUES nº 11Março, 2020

Empresas estrangeiras dispensadas de representante nacional para participar de licitações públicasEm 11.2.2020, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Instrução Normativa nº 10 (IN) do Secretário de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, de 10.2.2020, que altera a Instrução Normativa nº 3, de 26.4.2018, referente às regras de funcionamento do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), no âmbito do Poder Executivo Federal.

Entre as alterações trazidas pela IN, que entrará em vigor em 11.5.2020, a principal é que as empresas estrangeiras poderão se cadastrar diretamente no Sicaf, ou seja, sem representante nacional, para participar de licitações e firmar contratos administrativos, inclusive nos casos de dispensa e inexigibilidade de licitação.

Para isso, conforme dispõe o art. 1° da nova IN, que altera o inciso I do artigo 20-A da IN n° 3/2018, os documentos exigidos para os níveis cadastrais poderão ser atendidos mediante documentos equivalentes, inicialmente apresentados com tradução livre.

Entretanto, para fins de assinatura do contrato ou da ata de registro de preços: (a) os documentos da empresa estrangeira deverão ser traduzidos por tradutor juramentado no país e apostilados ou consularizados pelos respectivos consulados ou embaixadas; e (b) a empresa estrangeira deverá ter representante legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e responder administrativa ou judicialmente.

Desta forma, apesar de a IN ter facilitado a participação de empresas estrangeiras em licitações e processos de contratação direta, permanece a exigência atual de indicar representante legal no Brasil para assinar o contrato – exigência essa prevista em lei e, portanto, não passível de dispensa por meio de instrução normativa.

Por: Ricardo Levy, Heloísa Figueiredo Ferraz e Ana Carolina Sarubbi GoisSócio, Associada e Auxiliar em Pinheiro Neto Advogados. ▪ (IMAGEM: ISTOCK)

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DESTAQUES nº 11Março, 2020

A proposta legislativa tem como princípios basilares a modernização da contratação de serviços públicos e a busca pela eliminação de burocracia e de procedimentos desnecessários, permitindo maior flexibilização dos termos e condições dos contratos de concessão ou parcerias, com vistas a atrair investidores privados – nacionais e estrangeiros – em projetos de infraestrutura.

Entre as mudanças que devem ser introduzidas pela nova lei, destacam-se as seguintes propostas que visam ao aumento da atratividade dos projetos a concessionários, parceiros privados e financiadores: (i) a permissão de realização,

O Novo Marco Legal de ConcessõesEm 27 de novembro de 2019, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados nomeada para analisar o Projeto de Lei nº 7.063, de 2017³, emitiu parecer em favor da constitucionalidade e da aprovação do Substitutivo ao Projeto, que tem como objetivo estabelecer o novo marco legal das concessões no país. Caso aprovada na forma do Substitutivo, a nova “Lei Geral de Concessões” consolidará as disposições relativas a concessões e parcerias público-privadas (atualmente regidas principalmente pela Lei nº 8.987/1995 e pela Lei 11.079/2004, respectivamente), trazendo importantes avanços ao arcabouço legal vigente, há muito aguardados pelo setor privado, e que podem trazer benefícios à qualidade e à eficiência na prestação de serviços públicos nos âmbitos federal, estadual e municipal.

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[3] O Projeto de Lei nº 7063/2017, em tramitação na Câmara dos Deputados, decorre de iniciativa do Senado Federal, por meio do Projeto nº 472/2012, de autoria do Senador Antonio Carlos Valadares, que tinha como objetivo alterar pontualmente a Lei de PPPs para reduzir o valor mínimo dos contratos de parcerias público-privadas celebrados por Estados e Municípios. O escopo do Projeto nº 472/2012 foi superado pela edição da Lei nº 13.529/2017, que reduziu tal valor mínimo para R$ 10.000.000,00.

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DESTAQUES nº 11Março, 2020

de infraestrutura e a possibilidade de emissão de títulos para a captação de recursos diretamente no exterior (e.g., bonds) gozando dos benefícios fiscais aplicáveis de modo geral às debêntures incentivadas, desde que, em ambos os casos, tais títulos ou valores mobiliários sejam utilizados para o financiamento de investimentos em projetos de infraestrutura, de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação; (ii) ampliar o rol de áreas dos projetos em que Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIPs-IE), Fundos de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FIPs-PD&I) e Fundos de Investimento em Infraestrutura (FIs-Infra) poderão investir, incluindo, entre essas, investimento em iluminação pública, eficiência energética, resíduos sólidos, presídios, unidades socioeducativas, unidades educacionais, unidades de saúde, petróleo e gás natural, telecomunicações, unidades de conservação ambiental e habitação; e (iii) eliminar a exigência atualmente existente de que FIPs-IE e FIPs-PD&I tenham no mínimo 5 cotistas, cada um com até 40% das cotas emitidas e que aufiram rendimento de até 40% do total de rendimentos dos fundos.

Ao final do mês de fevereiro de 2020, o Poder Executivo apresentou ao Congresso Nacional nova versão do Substitutivo ao Projeto de Lei nº 7.063/2017, ainda pendente de publicação, criando a expectativa de que o Projeto seja votado em breve pelo Plenário da Câmara5. Caso concretizadas, essas mudanças serão muito bem-vindas e certamente trarão maior segurança jurídica e flexibilidade na contratação de serviços públicos, o que deve atrair maior volume de capital privado, estrangeiro ou nacional, para as concessões e parcerias no Brasil.

Por: Enrico Bentivegna e Rodrigo VieiraSócio e Associado em Pinheiro Neto Advogados. ▪

pelo poder concedente, de licitação conjunta de serviços conexos, na hipótese de ganhos de escala, eficiência econômica ou complementariedade de escopo; (ii) a vedação à aplicação dos regimes de recuperação judicial e extrajudicial às concessionárias antes da extinção da concessão; (iii) a não aplicação dos limites de valores relativos a acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras previstos na Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações)4, às alterações dos contratos de concessão decorrentes da modernização, da adequação, do aprimoramento ou da ampliação dos serviços; (iv) a previsão de acordo tripartite no âmbito federal entre a concessionária, o poder concedente e financiadores da operação, permitindo aos financiadores assumir o controle ou administração temporária da concessionária, de modo a compatibilizar a execução do contrato com os interesses dos financiadores; (v) a ampliação das hipóteses em que disputas relativas aos contratos de concessão ou parceria possam ser submetidas à arbitragem, incluindo casos que versem sobre questões de reequilíbrio econômico-financeiro e rescisão do contrato de concessão por iniciativa da concessionária; (vi) no caso de parcerias público-privadas, a inclusão de novas modalidades de garantias que poderão ser oferecidas pela administração pública para o pagamento de contraprestação pecuniária, aporte de recursos ou indenizações por ela devidas, em linha com operações de mercado, como a criação de contas vinculadas (escrow) de natureza privada para pagamento e a cessão de créditos da dívida ativa; e (vii) a introdução da possibilidade de celebração, por concessionárias em determinados setores, de contratos de uso ou serviço de infraestrutura em moeda estrangeira.

Outras importantes novidades com potencial de fomentar a captação de investimento externo ao Brasil que também fazem parte do Substitutivo são as alterações às Leis nº 9.481/1997, 12.431/2011 e 11.478/2007 para: (i) estabelecer a possibilidade de adoção de cláusula de variação cambial nas debêntures

(IMAGEM: ISTOCK)

[4] Assim, deixaria de ser aplicável o dispositivo da Lei de Licitações que determina que, para alterações aos contratos, salvo por supressões resultantes de acordo entre as partes, nenhum acréscimo ou supressão que se fizerem nas obras, serviços ou compras poderá exceder o limite de até 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até 50% para os seus acréscimos (art. 65, §§1ºe 2º da Lei nº 8.666/1993.

[5] https://www.camara.leg.br/noticias/640322-marco-legal-das-ppps-pode-ser-votado-em-marco/

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