edição 50 domingo, 15.12.2013 r$ 3,20 experiência … ajoelhados ao senhor pelo ano novo que...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 50 Domingo, 15.12.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Por uma semana, missionários que atuam junto aos surdos participaram de reunião de atualiza- ção missionária. Foi um tempo em que puderam trocar experiências, avaliar o trabalho já desen- volvido e, principalmente, alinhar os trabalhos à visão de igreja multiplicadora (pág. 07). Missionários surdos alinhados à visão de igreja multiplicadora Experiência com Deus para os 80 anos de Goiânia Musical baseado em livro de Henry Blackaby e Claude King foi apresentado por grande coral de igrejas batistas e metodista em homenagem ao aniversário de 80 anos da capital de Goiás. Ao todo foram 21 igrejas representadas no Coral (págs 08 e 09).

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1o jornal batista – domingo, 15/12/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 50 Domingo, 15.12.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Por uma semana, missionários que atuam junto aos surdos participaram de reunião de atualiza-ção missionária. Foi um tempo em que puderam trocar experiências, avaliar o trabalho já desen-volvido e, principalmente, alinhar os trabalhos à visão de igreja multiplicadora (pág. 07).

Missionários surdos alinhados à visão de igreja multiplicadora

Experiência com Deus para os 80 anos de Goiânia

Musical baseado em livro de Henry Blackaby e Claude King foi apresentado por grande coral de igrejas batistas e metodista em homenagem ao aniversário de 80 anos

da capital de Goiás. Ao todo foram 21 igrejas representadas no Coral (págs 08 e 09).

2 o jornal batista – domingo, 15/12/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Sou de um tempo...• Sou de um tempo em que

a comunhão com o Corpo de Cristo, a Igreja de Cristo, era algo imprescindível para os crentes em Cristo. Eles se sen-tiam mal quando por algum motivo não podiam participar das reuniões da Igreja.

Aos domingos a primeira reunião começava às 9h com a Escola Bíblica, depois tinha o culto às 10h30. Terminado o culto alguns ainda ficavam até às 13h ou 14h para o en-saio do coral. Às 18 horas, as uniões de treinamento se reu-niam: juniores, adolescentes, jovens, senhoras e homens, tinham uma programação es-pecífica para as suas idades. Após as uniões de treinamen-to o culto, a celebração ao Senhor geralmente começava às 20 horas. Natal, dia 24 de dezembro tinha culto à noite na igreja. Ano Novo dia 31 de dezembro tinha culto na igreja, e a meia noite todos oravam ajoelhados ao Senhor pelo ano novo que começa-va. Não posso me esquecer da Páscoa, era comemorada no dia da Páscoa, não mudá-vamos a data porque alguns

irmãos iam viajar nesses dias, eles ficavam sem viajar para participarem do Culto da Páscoa. E o povo ia, depois do culto na igreja é que se reuniam com os seus familia-res. Quantas particularidades inesquecíveis aconteciam nesses encontros, boas lem-branças têm aqueles que já participaram delas.

Era um domingo cheio de encontros marcantes.

Edificações, consolações e exortações em amor e fun-damentadas na Bíblia, era o que acontecia em todas as reuniões. A Palavra de Deus era estudada e pregada, cantávamos, orávamos, e ouvíamos brilhantes teste-munhos.

Acabou, hoje em dia, esse tempo foi sepultado. Nasceu um novo tempo. O tempo chamado: “eu não tenho

tempo”, ou “se der tempo eu vou”, ou “se não aparecer alguma visita”, ou “é sempre a mesma coisa”.

Lamentável esta atitude de alguns crentes em Cristo, dei-xam a comunhão com Deus e com seus irmãos, porque pre-cisam lavar roupa, ir à feira, trabalhar, estudar, participar da festinha de aniversário, ou tantas outras atividades que o impedem de participar da reunião dominical da igreja.

“Consideremos uns aos outros para nos incentivar-mos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o cos-tume de alguns, mas procu-remos encorajarmos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10.24-26).

Vamos resgatar os bons hábitos do “sou de um tem-po”? Vamos levar a sério a prioridade que precisamos dar à Igreja de Cristo? Veja, ela, a Igreja de Cristo, é quem será arrebatada, e viverá eter-namente lá no céu.

Pr. Abelardo NogueiraColaborador de OJB

Corre corre nas ruas, lojas cheias, ruas cheias, muito mo-vimento, sacolas e

mais sacolas, entra em uma loja e experimenta uma rou-pa, duas, três, quatro roupas, a que ficou melhor é cara demais, entra em outra loja e experimenta mais e mais roupas, finalmente encontra a melhor, e com um preço na média, mas nada barato. Parada para um lanche. No shopping a praça de alimen-tação está cheia e todos os restaurantes tem fila. E falan-

do em fila, onde não tem fila no mês de dezembro?!

Segue no pensamento o conselho de mãe: “Meu fi-lho, final de ano é muito perigoso sair na rua, faça suas compras no começo do mês e só saia de casa quando precisar mesmo!” Mãe sempre tem razão. Tan-ta confusão na rua, tantos acidentes nas pistas, parece que todos estão sempre com presa. Festinhas de final de ano da empresa, da escola dos filhos, do cursinho, a formatura do sobrinho, a

confraternização dos ami-gos, tanta coisa para se fazer em tão pouco tempo. Segue a correria nas estradas.

Mas cuidado! A vida não muda no primeiro segundo do ano, ela muda no dia a dia. É justamente no mês de dezembro que se esquece da presença de Jesus. Com toda essa correria o verda-deiro sentido do Natal é esquecido. A leitura bíblica diária é deixada para depois. A preocupação com a rou-pa nova, bonita e chic está no pensamento na hora da

cantata de Natal, ao invés da presença de Jesus. E no final do ano, ao invés de orações de agradecimento a Deus pelo ano de se finda, e suplica de bênções para o próximo ano, os fogos pare-cem ser a única beleza.

Pare, respire fundo, e viva cada dia buscando a pre-sença de Deus, até mesmo na correria do final de ano. “Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria” (Salmos 68.3).

(AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 15/12/13reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Remindo o tempo

Vivendo em uma cidade de muita imoralidade pagã, os cristãos de Éfeso

receberam de Paulo reco-mendações insistentes para demonstrar na conduta sua fé em Cristo. Uma das reco-mendações chama a atenção para o uso do tempo: “Re-mindo o tempo, porque os dias são maus” (Efésios 5.16).

Era mais comum, há algu-mas décadas, as pessoas faze-rem uma lista de promessas e projetos, no início de cada ano. Projetos e promessas que, em poucas semanas, ficavam esquecidos. O Após-tolo Paulo passou por expe-riências semelhantes. Suas frustrações foram tantas que ele desabafou – “o bem que quero fazer não faço e o mal que não quero, este faço...”.

Foi o mesmo Paulo que en-controu a solução. Em nossa vida diária, vivemos os “dias

maus” das nossas fragilidades espirituais. Por isso, apoiar-se nas próprias boas intenções é uma ótima receita para o fracasso. Paulo descobriu que o negócio é “remir o tempo”. Apesar de algumas traduções interpretarem o ori-ginal como “aproveitando ao máximo cada oportunidade”, o problema da falta de força interior permanece.

Assim, faz muito sentido encarar o texto como sendo uma “redenção” do tempo. Redenção que somente pode ser conseguida pela atuação do Espírito redentor de Cristo em nossa vida diária. É nesta linha de pensamento que Paulo exclama: “mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”. Ninguém redime antecipa-damente um ano inteiro. A redenção acontece cada dia, na comunhão com Cristo, o Senhor do tempo.

Carlos Elias de Souza SantosPastor da PIB de Campo Grande, RJ

“Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis” (Provér-bios 31.10).

Uma coisa especial na vida é encon-trar alguém que tem virtudes. A

virtude é uma qualidade mo-ral particular. É uma disposi-ção a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verda-deira inclinação.

Virtudes são todos os há-bitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de to-das as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfei-çoam com o hábito.

Para algumas pessoas ser virtuoso é uma coisa habitu-al. Ser virtuoso é ser também astucioso. Ser virtuoso pode significar ser ético. Acredita-mos que ter ética e ser virtu-oso é buscar se aperfeiçoar através do conhecimento.

As ações do homem que tem conhecimento se tornam virtuosas.

Quando há ausência de vir-tudes os valores podem se in-verter. Atualmente, admiram--se as pessoas que ganham muito dinheiro, as grandes estrelas da televisão ou da música, os grandes esportis-tas. As habilidades físicas, desportivas ou intelectuais, certamente, são dons que tem que ser desenvolvidos com esforço, mas que por si mesmos, não nos conver-tem em pessoas melhores, mas apenas em melhores pianistas, esportistas ou ma-temáticos. Tornam melhor o que fazemos e não necessa-riamente quem somos.

Os valores são bens que a inteligência do homem conhece e aceita como algo bom para ele como pessoa. As virtudes são ações, que nascem do coração e estão orientadas diretamente a um bem espiritual. Estas fazem crescer a pessoa humana, levando-a para mais perto da imagem de Deus.

Se deseja alcançar algo re-almente de valor, procure por virtudes. A Bíblia nos conta a parábola de uma mulher que perdeu algo de valor. “Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a can-deia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?

E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepen-de” (Lucas 15.8-10).

Essa mulher nos mostra com clareza que conhecia bem os valores que possuía. Eram dez no total. Ela sen-tiu falta de um valor. Como resgatar esse valor perdido? Nossa tese é que será preci-so virtude. “Mulher virtuosa quem a achará?”.

Há muitas virtudes nessa mulher, que a fizeram res-gatar o seu valor perdido: Dissipar as trevas com o uso da luz, varrer a sujeira, ser diligente na procura e deter-minada até encontrar. Para quem se dizia ter perdido um valor, essa mulher tornou evidente ter ainda muitos outros.

No caso dessa história o seu valor foi encontrado, quando quem procurava se utilizou das virtudes de gran-de valor. Quem sabe é esse o grande recado para cada um de nós no dia de hoje: O seu valor talvez muito exceda ao de rubis, ele somente precisa ser procurado e encontrado por você.

Quer encontrar seu valor perdido? Deixe fluir as virtu-des que Deus planejou para você.

4 o jornal batista – domingo, 15/12/13 reflexão

João Falcão SobrinhoPastor e colunista de OJB

O conhecimento das f iguras de linguagem usa-da s na B íb l i a

pode nos ajudar a entender melhor o texto das Sagradas Escrituras e a não cometer erros na sua interpretação. Há muitas outras passagens com figuras de linguagem além das que são aqui men-cionadas a título de ilustra-ção. Em nossa conversação corrente, usamos inúmeras figuras de linguagem, que dão colorido e expressão à nossa fala. Ex.: “Nem que chova canivete” (antilogis-mo); “coração de pedra” (metáfora); “mar de lama” (hipérbole); “xícara de chá” (sinédoque); “ler Machado de Assis” (metonímia), etc. Citamos a seguir as princi-pais figuras de linguagem usadas na Bíblia. O livro de Isaias é riquíssimo no uso de figuras de linguagem e é preciso ter isso em mente para compreender sua men-sagem.

1. Aforismo: Ditado co-nhecido usado como argu-mento ou ilustração - Lucas 4.23: “Médico, cura-te a ti mesmo”. O ditado é uma alo-cução de uso popular e não uma revelação, não podendo ser tomado como base de uma doutrina.

2. Alegoria: É a personifi-cação de objetos impesso-ais. “Eu sou a videira, vós as varas, meu Pai é o viticultor” (João 15.1,5). A interpretação literal de uma alegoria torna o texto incompreensível.

3. Antilogia – contradição: Segundo ensina Houaiss, trata-se da anteposição de um absurdo para compro-var um argumento, como temos em Lucas 19.40. As-sim como é absurdo que as pedras clamem, é impossível que os discípulos de Jesus calem o seu louvor (Atos 4.20). Mateus 19.24: Tão impossível como passar um camelo pelo fundo de uma agulha, é impossível um rico entrar no Reino dos céus. Os judeus acreditavam que, por terem sido abençoados com riquezas, os ricos tinham a garantia do céu. É essa ideia que Jesus aqui diz ser um absurdo com o uso de uma antilogia. Já ouvi as mais engenhosas e descabidas interpretações desses dois conhecidos textos, cuja inte-ligência é simples: É uma fi-gura de linguagem conhecida como antilogia.

4. Associação: Substituição de uma palavra por outra

que a represente – “circunci-são” (judeus), “incircuncisão” (gentios) – (Romanos 3.30).

5. Clímax: Graduação cres-cente do sentido de ideias ou imagens. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (II Timóteo 4.7).

6. Elipse: É a omissão de um ou mais elementos da frase facilmente subenten-didos, recurso comum na língua grega. Em II Coríntios 5.17 temos, literalmente, “Se alguém está em Cristo, nova criatura (é)” (verbo ser, “é” está oculto). Lucas 2.49: “Me convém estar na (casa) do Pai meu” (“casa”) está em elipse. Zeugma é a omissão de um termo já referido em frase anterior - João 3.12: “Se vos falei das coisas terrestres (Gr. epigeia) e não crestes, como crereis se vos falar das (coisas) celestiais?”.

7. Eufemismo: Usar um termo suave em substituição a outro considerado inconve-niente: Levíticos 18.6 - “Des-cobrir a sua nudez” em vez de “copular”.

8. Fábula: É a narrativa de uma ficção atribuindo a ani-mais ou objetos inanimados, fala, pensamentos e senti-mentos humanos. É a história contada por Jotão em Juízes 9.7-15, sobre as árvores que saíram para ungir um rei.

9. Hipérbole: É o exagero da realidade. “Rios de água viva correrão do seu interior” (João 7.38). A hipérbole visa dar ênfase ou destaque a um ponto do discurso. O abuso de hipérboles torna o discur-so cansativo.

10. Ironia: Forma de ridi-cularizar o argumento con-trário: Mateus 23.24 - “Coais um mosquito e engolis um camelo”. Pode-se ironizar o argumento, nunca a pessoa.

11. Metáfora: É o uso de uma palavra ou expressão com sentido diferente do significado próprio para efei-to didático. “Eu sou a porta” (João 10.9). Tomar uma me-táfora ao pé da letra torna o texto sem sentido.

11.1 Antropomorfismo (Forma de corpo humano): Metáfora que atribui a Deus, que é Espírito, partes do cor-po humano – braço, mão, simbolizando poder (Salmos 89.13; Isaias 49.22); olho, ouvido, aludindo à onisciên-cia de Deus (Provérbios 15.3; Isaias 59.1).

11.2 Antropopatia (Forma de sentimentos humanos): Metáfora que atribui a Deus emoções e sentimentos hu-manos como tristeza - Efésios

4.30; ira – Apocalipse 14.10; ciúme – Tiago 4.5.

12. Metonímia: Designar fatos ou pessoas pelo que representam - “Sodoma” (Pecado) - Apocalipse 11.8. “Adultério”- Jeremias 3.9 - Idolatria.

13. Parábola: É a narrativa de uma história de ficção, porém verossímil, para ilus-trar uma verdade. Em Lucas 15 temos três parábolas com um único ensino: A alegria de Deus ao recuperar a alma humana perdida. A parábo-la tem um ensino central, não cabendo atribuir sentido alegórico aos seus detalhes. Provavelmente a parábola do bom samaritano, cujo ensino central é dizer “Quem é o meu próximo”, seja de todas a mais interpretada alego-ricamente. A estalagem é a igreja, os dois denários são arrependimento e fé, o óleo é o Espírito Santo, o vinho é o sangue de Cristo - quanta imaginação! Até plausível, mas nada disso, porém, é o ensino da parábola.

14. Parênese: Linguagem direta de exortação, conforto ou aconselhamento. “Porfiai por entrar pela porta estreita” (Lucas 13.24).

15. Pleonasmo: Repetição de uma palavra ou expres-são para dar força ao pen-samento. “Eis que não dor-mitará nem dormirá aquele que guarda a Israel” (Salmos 121.4). “Em verdade, em verdade eu vos digo”.

15.1 Anáfora: Repetição de uma mesma palavra no início de cada frase: “Bem--aventurados...” (Mateus 5.5-11). “Ai de vós” (Mateus 23.13-29); “Uma só fé, um só Senhor, um só batismo” (Efésios 4.4-6).

15.2 Epístrofe: É a repeti-ção de uma palavra ou frase de uma oração na oração se-guinte (Salmos 124.1,2) – se o Senhor não fora conosco...

15.3 Anadiplose: É a repeti-ção da última palavra ou fra-se de uma oração na oração seguinte. “A concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1.15).

16. Personificação – pro-sopopeia: É atribuir atitudes e sentimentos humanos a ob-jetos inanimados: “As árvores do campo baterão palmas” (Isaias 55.12).

17. Sinédoque: Tomar o todo pela parte, o conteúdo pelo continente, o gênero pela espécie, etc. “O meu cálice transborda” (O vinho transborda).

Seria de bom proveito que, ao lermos a Bíblia, observás-semos as figuras de lingua-gem usadas pelos autores. Não somente poderíamos ver melhor a beleza do tex-to bíblico, mas evitaríamos erros que podem até gerar heresias. Se alguém, por exemplo, não entender que em João capítulo 15 Jesus lança mão de uma alegoria para afirmar a necessidade de

estarmos ligados a ele para produzirmos os frutos que ele espera de nós, pode achar que Jesus está ensinando que o crente pode ser cortado e lançado no inferno, (negação da doutrina bíblica da perse-verança dos salvos) gerando um estado de angústia que, evidentemente, não é o que Jesus quer ensinar.

Não se pode fundamentar uma prática religiosa ou uma doutrina com base em uma figura de retórica. Por exem-plo: Em Lamentações 3.29 o profeta usa a expressão “pôr a boca (rosto) no pó” como fi-gura de humildade e quebran-tamento. Alguém pode achar que colocar a boca no pó (no chão) seja a forma correta de se orar e exigir que assim se-jam feitas as orações. Falo do que já vi mais de uma vez. É preciso entender o significado da figura de linguagem para poder entender a doutrina exposta. “Boca no pó” signifi-ca quebrantamento espiritual e não uma atitude física. A Bíblia Sagrada é o mais rico manancial da linguagem hu-mana, não fosse o seu Autor o próprio Criador da linguagem do céu e da terra.

Principais figuras de linguagem usadas na Bíblia

O presidente da UMHBB - União Missionária de Homens Batistas do Brasil, no uso de suas atribuições e de conformidade com o estatuto, convoca o segmento masculino, Sociedade Missionária de Homens Batistas - SMHB, Embaixadores do Rei, Conselheiros dos ER, e Grupo de Ação Missionária - GAM, para participarem de sua 35º Assembleia Anual, conforme segue:

Data: Quinta-feira, 23 de janeiro de 2014.Horário: 9h às 17h30.

Local: Igreja Evangélica Batista de João PessoaRua Prefeito Osvaldo Pessoa, 416 - Jaguaribe58.015 - 510. João Pessoa – PB.

Dailson Oliveira dos SantosPresidente da UMHBB

Convocação

5o jornal batista – domingo, 15/12/13

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Hoje não quero es-crever sobre fa-mília.

Quero aprovei-tar este espaço que Deus tem me dado no Jornal Batista para compartilhar sobre mi-nhas impressões ao participar do culto do Brooklyn Taber-náculo, em Nova Iorque.

Minha admiração por esta igreja começou há alguns anos quando li o livro “Ven-to renovado, fogo renovado” (Editora Vida) de Jim Cim-bala, pastor do Brooklyn Tabernáculo. Das outras vezes que vim a Nova Ior-que, quis ir à igreja, mas não tive oportunidade. Desta vez, coloquei esta ida ao Brooklyn Tabernáculo como prioridade.

Logo na chegada percebi algo muito bonito. Os irmãos que recepcionam os parti-cipantes, recebem com um largo sorriso e um caloroso “bem-vindo”. Precisamos ensinar os voluntários que trabalham em nossas igrejas receberem os participantes com entusiasmo. Ser recebi-do com um sorriso tem mais valor do que ser abraçado na hora da apresentação dos visitantes.

Uma outra coisa que me chamou a atenção foi o nú-mero de voluntários envolvi-dos no culto. O voluntariado é de extrema importância para qualquer instituição sem fins lucrativos, como é a igreja.

Precisamos, como pasto-res, pregar sobre a teologia do voluntariado. Por outro lado, os pastores precisam valorizar e saber incentivar os voluntários. Não pode-mos entrar pelo caminho de remunerar todas as pessoas que trabalham nos vários serviços que a igreja realiza. Existem, é claro, ministérios que precisam ter ministros e outras pessoas remuneradas,

mas daí adotar a filosofia para todos que trabalham na igreja há uma distância.

O culto é pensado do prin-cípio ao fim. É a terceira ob-servação que faço. Não vi “buracos” no transcurso do culto. Com certeza o culto do qual participei foi pensado, planejado com muita ante-cedência.

Outro fator que me cha-mou a atenção foi a alegria de todos que participaram. O Brooklyn Tabernáculo é, com certeza, uma igreja alegre. Os negros americanos são conhecidos por sua maneira alegre de cultuar e sabem explorar ainda mais a alegria que o Evangelho oferece. Associar reverência à forma circunspecta de cultuar é um equívoco.

Vi também várias formas artísticas de cultuar. Não somente a música esteve pre-sente, mas a dança e o teatro foram usados para cultuar e transmitir Jesus. Quem disse que só a expressão musical é aceita por Deus enquanto adoramos?

Há de ressaltar a participa-ção das crianças. Participei do culto das três horas da tar-de. O coro de adultos tinha cantado no culto do meio--dia. O culto das três, teve a participação de dois coros de crianças. Lindo e inspirativo. Sabem de uma coisa? Não fiquei desapontado em não ouvir o coro principal cantar. Lembrei-me de quando Jesus disse que pela boca dos me-ninos e das criancinhas sai o perfeito louvor (Mt 21.16).

Mas, o mais importante, o Evangelho que vi sendo pregado nas músicas, nas palavras, apresentação teatral é cristocêntrica. Quando uma igreja prega Cristo e transmite alegria no contato humano e na forma de cultuar o povo comparece para ser saciado espiritualmente.

Wilson FranklimPr. colaborador da PIB do Tingui-RJ e Membro da IB Filadélfia em Conselheiro Lafaiete

A presença de Jesus Cristo foi tão mar-cante que dividiu a medição do tempo

em dois, antes e depois Dele (aC e dC). Ele é a figura cen-tral da história.

O mês de dezembro é con-vencionado pela cristandade para comemorar o “nasci-mento” de Cristo. Ponho entre aspas porque o nosso Senhor sempre existiu de eternidade a eternidade. Na realidade por nascimento queremos dizer o esvazia-mento de sua condição divi-na para humanizar-se.

É um ato que se reveste de grande importância por cau-sa da relação vital que Jesus mantem com o cristianismo, uma relação que nenhum dos outros fundadores de religiões tem para com suas respectivas religiões. Ele foi o tema cen-tral da mensagem dos antigos profetas (At 3.20;10.43). Foi também o tema da mensagem apostólica (At 5.41,42). É o tema do Evangelho que temos a ordem de pregar (Mc 16.15; Rm.1.1-3).

No dia 25 de dezembro comemoramos o seu nasci-mento, o Natal de Jesus, mas qual é o sentimento que vem a mente quando se fala a pa-lavra Natal? O que ensina a Bíblia? O Natal que a Bíblia ensina.

I. Começa com uma procura por Jesus o Rei dos reis

Os versículos de Mateus 2.1,2 dizem: “Tendo pois nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei He-rodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns ma-gos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?...” Os magos estavam buscando a Jesus, existia um profundo interesse em encontrar a Jesus, porque eles sabiam que Jesus era o maior Rei que podia existir, era alguém extraordinário. Aquela estrela era algo que aqueles homens jamais vi-ram, o brilho, a luz.

Naquele momento Jesus era o centro da atenção da-queles estudiosos. Jesus tam-bém deve ser o centro da nossa atenção, isso certamen-te nos tornaria muito mais felizes.

Em relação aos magos, ob-serve que eles haviam deixa-do o conforto de suas casas, o convívio de suas famílias

para irem ao encontro de Jesus. Ah! Quantos de nós ao enfrentarmos a menor dificuldade deixamos de fre-quentar as nossas igrejas? Mas aqueles homens vence-ram grandes dificuldades: o frio congelante, a dificuldade de locomoção, a distância e foram ao encontro de Jesus.

Eles procuraram Jesus com uma fé sincera, com serieda-de, diligência, e propósito. Alguém disse que: “Os dois maiores dias da vida de uma pessoa são o dia do seu nas-cimento e o dia em que ela descobre porque nasceu”. Aqueles homens haviam feito a maior descoberta das suas vidas, que é o reconhecimen-to do Senhorio de Cristo. Por-tanto o Natal que Deus quer para nós começa com uma profunda vontade em se estar com Jesus. Em segundo lugar o Natal que a Bíblia ensina.

II. É Um Culto de Adoração e Glorificação a Jesus

Mateus 2.2b diz: “pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo”; ainda no verso 11, diz: “prostrando--se o adoraram”. Notem que após encontrarem a Jesus, aquelas pessoas imediata-mente o adoraram. No Natal que a Bíblia ensina existe um culto de adoração a Jesus, existe a glorificação de Jesus.

Gerald Vann acertadamen-te afirmou que a adoração não faz parte da vida cristã; ela é a própria vida cristã. Somos chamados a uma pre-ocupação perene com Deus, se adorássemos como deve-mos não nos preocuparíamos como fazê-lo, sabem porque? Porque a adoração é a fun-ção mais elevada da alma humana.

Em nosso Natal Jesus deve ser adorado com mais inten-sidade. O Natal não deve ser apenas uma época de novas roupas, de comida gostosa, cartões especiais... Tudo isso é bom, mas em primeiro lu-gar nós não devemos esque-cer que Jesus ocupa o lugar de honra em nosso Natal, e em toda nossa vida. Porque Ele como parte integrante da Santíssima Trindade é digno de toda honra (Ap 22.13). O Natal que a Bíblia ensina.

III. Existe Um Sentimento de Dar, e de Servir

Mateus 2.11 diz: “... e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra”. Interessante que aqueles homens, procu-raram por Jesus, e o acharam, assim acontece com o ser humano que o busca de todo o seu coração, certamente o

encontrará. Depois o ado-raram e deram presentes. Observem que no Natal de-les, eles não receberam, mas deram presentes. Quantas vezes quando não recebemos aquele presente que acreditá-vamos ser merecedores, ou um cartão de Natal, ficamos tristes... Mas no Natal que a Bíblia nos ensina, o senti-mento que predomina é o de dar, e dar o melhor. “Coisa mais bem aventurada é dar do que receber” (At 10.35).

Aqueles homens deram o que tinham de melhor, as pri-mícias de suas posses: ouro, incenso e mirra, o ouro sempre foi muito valioso, o incenso e a mirra também o eram. No aspecto teológico poderíamos dizer que o ouro representava a majestade de Jesus, Ele é o Rei. O incenso o sacerdócio, ele é o Sumo Sacerdote; e a mirra representava a morte, que Jesus é o cordeiro de Deus para ser sacrificado pelo peca-do dos salvos.

A pergunta que vem a men-te é: Qual o presente que daremos a Jesus nesse Natal? Talvez o melhor presente fosse responder a pergunta: Como podemos servir me-lhor ao nosso Senhor? Nesse Natal devemos assumir um compromisso de servir me-lhor a Deus neste novo ano que vai começar, comece o ano novo com uma vida nova, faça hoje um compro-misso com Deus de servi-lo melhor a cada dia. Essa pode-rá ser uma grande experiên-cia em nossas vidas. O Natal que a Bíblia nos ensina.

IV. Ter as Bênçãos da Presença Real de Jesus

O ponto principal do Natal é a presença real de Jesus. No verso de Mateus 2.10,11 está escrito: “Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande alegria. E entrando em casa viram o menino com Maria sua mãe...”. A primeira consequência da presença de Jesus naquela casa era sublime paz e alegria que contagiava a todos que ali estavam.

Assim também acontece hoje, a presença de Jesus em nossas vidas, em nossos lares, em nossas igrejas, traz um brilho todo especial. Só conseguimos ter paz e alegria completa, se a presença de Jesus fizer parte das nossas vidas. Busquemos pois cada vez mais a presença de Jesus em nossas vidas. Principal-mente neste Natal. É preciso que Jesus ocupe o lugar de maior destaque em nosso Natal. FELIZ NATAL COM JESUS CRISTO.

reflexão

O Natal que a Bíblia ensina

6 o jornal batista – domingo, 15/12/13 notícias do brasil batista

7o jornal batista – domingo, 15/12/13missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Por uma semana, mis-sionários que atuam junto aos surdos par-ticiparam de reunião

de atualização missionária na sede de Missões Nacionais. Foi um tempo em que pude-ram trocar experiências, ava-liar o trabalho desenvolvido até o momento e, principal-mente, alinhar os trabalhos à visão de igreja multiplicado-ra. Foram muitos os testemu-nhos de vidas transformadas por Jesus.

“Estamos trabalhando na visão de evangelização dis-cipuladora, trazendo enfoque bastante relevante em relação à importância da oração na vida pessoal dos nossos mis-sionários”, declarou Marília Moares Manhães, coorde-nadora do Ministério com Surdos de Missões Nacionais.

Segundo a missionária De-nise Atanázio, que atua em Macapá (AP), a oração foi jus-tamente um dos pontos que mais chamou sua atenção. “É importante estarmos em ora-ção e comunhão com Deus. Essa foi uma ênfase muito boa. Temos tido ótimas expe-riências nesses dias”, avaliou.

No Brasil, existem mais de 9 milhões de surdos, de acor-do com o Censo 2010 do Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Infeliz-mente, a maioria dos surdos vive à margem da sociedade, sem conseguir comunicação

sequer com os membros da família. Como consequên-cia, males como depressão, alcoolismo, suicídio, entre outros, têm destruído a vida de muitos. Visando alcançar surdos para Cristo, Missões Nacionais foi pioneira no envio de missionários surdos para a plantação de igrejas em Libras e nesta reunião mais um marco histórico foi alcançado.

Foi apresentado em culto na sede o Manual de Plantação de Igrejas em Libras. Um ma-terial auxiliar ao trabalho dos missionários junto aos surdos e também igrejas que desejem iniciar este ministério. Marília destacou que o conteúdo des-te manual contempla também as ações que têm dado certo nos campos missionários,

mostrando o que realmente é eficaz para o evangelismo, discipulado e plantação de igrejas para surdos.

“O manual vai ter textos e também será em libras. Vai incentivar tanto ouvintes quanto surdos na igreja em Libras. É um material muito importante porque vai for-necer informações úteis para que o leitor possa agir em seu local de trabalho”.

Além das palestras, minis-tradas pelos gerentes execu-tivos de Missões Nacionais, envolvendo temas como evangelização discipuladora, comunicação e mobilização, finanças, entre outros, os missionários também pude-ram compartilhar bênçãos e desafios durante um culto especial realizado junto com

os funcionários de Missões Nacionais. Na ocasião, hou-ve um clamor pela vida dos missionários e também pelo surgimento de mais obrei-ros para os campos. “Temos que enviar mais missionários surdos, temos que abençoar mais pessoas”, disse o pr. Fer-nando Brandão, diretor exe-cutivo de Missões Nacionais.

No último dia de reunião, os missionários receberam a visita de dois russos que falaram sobre a carência de obreiros para o país deles, apresentando também as oportunidades de evangeli-zação de surdos na Rússia por meio de estratégias na área de esportes, entre outras. Diante de todas as experi-ências adquiridas durante a semana da reunião, o mis-

sionário Josivaldo Beda, que atua em Camaçari (BA), junto com sua esposa, Valdelina Beda, afirmou: “Aprendemos vários assuntos diferentes, que não conhecíamos. Nós poderemos melhorar com o que aprendemos, aplican-do futebol e desenvolvendo ação social. Foi importante aprender também sobre a realidade de outro país”.

Para o missionário em for-mação, Rafael Wagner do Nascimento, de Recife (PE), a semana de reunião represen-tou um tempo maravilhoso no qual ele, realmente, teve a confirmação do seu chamado. “Deus quer que eu comece esse projeto de igreja em li-bras. Essa é uma visão que vai trazer avanço e eu agradeço a Deus pela Junta de Missões Nacionais”, relatou.

Interceda para que o Se-nhor continue capacitando os missionários que já estão atu-ando e para que mais pessoas aceitem a oportunidade de alcançar os surdos que estão em solo brasileiro.

Ainda estão abertas as inscrições para o Curso de Formação de Líderes para Ministério com Surdos, que acontecerá entre os dias 06 e 26 de janeiro, no Instituto Metodista, em Teresópolis (RJ). As inscrições vão até o dia 30 de dezembro e po-dem ser feitas através do link http://www.jmn.com.br/jmn/cadastro.aspx. Para mais in-formações, entre em contato pelo e-mail [email protected] .

Missionários surdos alinhados à visão de igreja multiplicadora

Troca de experiências e avaliação do trabalho realizado

Momento de clamor pelo ministério

8 o jornal batista – domingo, 15/12/13 notícias do brasil batista

Musical basea -do em livro de Henry Blackaby e Claude King

foi apresentado por grande coral de igrejas batistas e metodista em homenagem ao aniversário da capital de Goiás.

Goiânia completou 80 anos de fundação no últi-mo 24 de outubro. Tanto a prefeitura como o governo do Estado prepararam uma extensa programação para comemorar a data. Inau-guração de diversas obras, grandes shows e inúmeros atrativos foram oferecidos à população goianiense como presente de aniversário. O povo de Deus que mora na cidade e região metropolita-na também recebeu home-nagem com a apresentação do belo musical Experiência com Deus.

A Segunda Igreja Batista em Goiânia (SIB), ícone da capital e do bairro onde está localizada – Campinas -, apresentou o musical para o público em geral como pre-sente no aniversário da cida-de. O teatro Basileu França, recebeu 1.600 pessoas, nas duas apresentações.

Ezequiel Brasil, pastor titu-lar da SIB, entende a impor-tância de participar de even-tos assim. “Estamos prontos para participar dos principais eventos e datas festivas todos os anos e, principalmente, no aniversário de nossa cidade”. Ele conta que havia o dese-jo de ampliar a inserção da igreja na sociedade e, com algumas experiências bem sucedidas em apresentar mu-sicais fora, ele viu que, para ampliar as ações, somente o pessoal da Segunda Igreja não seria suficiente, por isso, convidaram outras 20 igrejas e, juntos formaram o Coral Vozes de Goiânia.

Então, para completar o grupo que apresentaria o mu-sical Experiência com Deus, a Segunda Igreja conseguiu reunir 200 vozes, nos quatro naipes – soprano, contralto, tenor e baixo -, com todas as divisões possíveis. E ainda incrementou com a participa-ção, em uma das músicas, de 20 vozes infantis – momento ímpar no espetáculo.

O musical foi realizado graças à disposição e des-prendimento de coristas da Primeira Igreja Batista em Goiânia, Igreja Batista Coim-

bra, Comunidade Batista, Comunidade Batista da Paz, Igreja Batista do Jardim das Esmeraldas, Igreja Metodista Central em Goiânia, Escola de Música Sonata e de par-ticipantes de coros de várias outras igrejas. O resultado é fruto do esforço e dedicação dos ministros de música de cada igreja que preparou seus corais.

Os cantores foram acom-panhados pela Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, formado por alunos da Escola de Artes Basileu França, ins-tituição mantida pelo Estado, voltada à profissionalização de músicos, atores, dança-rinos e outros artistas. Para esta cantata, todos os naipes da orquestra foram utilizados – cordas, madeiras, metais e percussão -, sendo que cerca de 60 músicos se uniram ao grande coral.

Segundo o pastor Ezequiel, uma das vantagens da apre-sentação no teatro é que todos se sentiram na obrigação de ser profissionais. “Não dá para aceitar remendos numa peça dessas, aliás, em nossas igre-jas também deveria ser assim, deveríamos priorizar sempre a qualidade”, avaliou.

Músicas“Impactante”, “maravilho-

so”, “inesquecível” são al-guns dos adjetivos utilizados pelo público ao descrever o que viram, na saída do teatro. O repertório impe-cável leva a assinatura dos renomados músicos norte--americanos Gary Rhodes e Claire Cloninger, que transformaram o best-seller Experiência com Deus na bela peça, publicada pela Lifeway, já traduzida para 45 línguas, e que alcançou a in-crível marca de sete milhões de cópias vendidas.

O pastor Ezequiel Brasil comentou que o sucesso do musical não aconteceu por acaso: “É obra do trabalho dedicado e do talento de cada corista, dos músicos e da regência experiente e firme do maestro Emilio De Cesar”, comentou. “O pro-pósito é proclamar a Palavra de Deus através da mensa-gem musical e isso o maestro soube conduzir muito bem, e a mensagem foi passada”, concluiu.

Aliás, o currículo do ma-estro diz tudo. Presbite-riano, Emilio De Cesar já viajou o mundo inteiro se

apresentando com seus coros e coleciona troféus de toda parte do plane-ta. Hoje, atua em proje-tos sociais que trabalham com jovens em situação de vulnerabilidade social. “O que fazemos naquele pro-jeto é reabilitar ou impedir que essas pessoas caiam na marginalidade, através de música”, resume. A batuta também se move para dire-cionar claves de sol e de fá em corais filantrópicos no Brasil e fora dele.

Convidado para reger o Coral Vozes de Goiânia, o maestro brasiliense encon-trou um grupo bem ensaia-do, entrosado e afinado. Quando provocado a dizer se foi difícil ou não trabalhar com tanta gente de igrejas diferentes ao mesmo tempo, ele disparou: “Complica-do sempre é, mas quando cheguei e vi que os coros estavam bem treinados e que o maior trabalho seria integrar a orquestra às vozes, entendi que seria possível. Os ministros de música das igrejas fizeram um excelente trabalho. Do contrário, não haveria musical”, disse Emi-lio De Cesar.

Experiência com Deus para os 80 anos de Goiânia

Coral Vozes de Goiânia

Coral Vozes de Goiânia

9o jornal batista – domingo, 15/12/13notícias do brasil batista

ImpactoO ministro de música da

Segunda Igreja Batista em Goiânia, José Orlando Teixei-ra, foi quem trouxe a cantata para a cidade. Ele quis repetir o que já havia vivenciado na Igreja Batista Central de Taguatinga. No ano passado, ensaiou o coro Magnificat, maior grupo musical da SIB, para se apresentar nas come-morações do aniversário da igreja e contou com a parti-cipação de coristas da igreja de Taguatinga, conhecedores das canções e de todas as deixas. Na ocasião, Experi-ência com Deus foi cantado, narrado e encenado.

José Orlando conta que apresentar o musical na IBCT foi uma oportunidade muito boa e que ele gostaria que a SIB também vivenciasse esse momento. “Como já tínha-mos e conhecíamos todo o material, conversamos com o pastor Ezequiel e resolvemos montar a peça em 2012 para as comemorações de 68 anos da SIB”, relatou o ministro de música.

Foi a percepção do impacto que o musical Experiência com Deus causou na igreja, na vida dos coristas e nos visitantes que fez com que o ministro de música e o pastor resolvessem que seria bom es-tender isso à vida de mais pes-soas, impactar a cidade. Daí a reapresentação este ano. “O Experiência com Deus tem uma proposta de edificação muito grande, é uma oportu-nidade excelente para fazer a

pessoa refletir sobre sua inti-midade com Deus”, acentuou José Orlando.

Ele mencionou que a pro-posta de acrescentar outras vozes ao coro Magnificat agradou. “Porque não con-vidar outros coros para inte-grar o musical? Como nós já tínhamos feito uma vez, e o grupo-base estava formado, era só agregar pessoas, como de fato foi feito”, sintetizou. Sobre o acompanhamento da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, ele completa: “Um grande coro precisa de uma grande orquestra”.

Com brilho nos olhos, ele revela como foi trabalhar o musical: “Esse musical é mui-to denso, muito bonito, cria-tivo, de muito bom gosto aos nossos ouvidos. Eu, que sou músico, prezo pela beleza, pela arte em si também. Acho que a arte existe para nós usarmos da melhor maneira possível como ferramenta de louvor ao Senhor”.

E o brilho aumentou quan-do falou de sua própria expe-riência com Deus durante os dias de preparação do coral e de apresentação do musical. “Não é que vamos buscar experiências somente no sentido sobrenatural, mas ao buscarmos entender a vonta-de de Deus para nossa vida. E esse musical nos desperta para percebermos isso, onde Deus está atuando, o que ele quer fazer, o que quer que eu faça, o que Ele quer de nós, o que Deus quer fazer em nós e através de nós”, concluiu.

Experiência com Deus para os 80 anos de Goiânia

Novas apresentações

O musical mal terminou e já havia um burburinho no meio batista em Goiânia. Quem assistiu, pede bis. Quem não foi ao teatro, não se conforma por ter perdido o espetáculo.

Outras apresentações já foram realizadas, mas quem não viu ainda tem mais uma chance. Anote então data, horário e local para não perder sua oportunidade!

* 21 de dezembro, às 20h, na Comunidade Batista de GoiâniaRua S-1, 439, St. Bela Vista, Goiânia – GO. Fone: (62) 3095-3680.

Teatro Basileu França Pr. Ezequiel Brasil em entrevista a TBC

Maestro Emílio de CésarMinistro Orlando Teixeira

Coristas contam sua experiência com Deus

“Um grande benefício deste musical foi a comunhão promovida entre as igrejas participantes. Gostei de ver nossos irmãos motivados e dispostos a dar continuidade ao trabalho”.

Pr. Ezequiel Brasil

“Esse musical é especial. Ele é diferente de tudo o que eu já cantei, pela mensagem muito edificante que ele traz. Nos leva a pensar em nossa vida, em nosso comprometimento com Deus, em nosso crescimento espiritual, na edificação. É muito impactante não só na vida dos cristãos, mas de todos aqueles que forem ouvir.”

Sylmara Cintra, contralto

“Participar desse musical é um exercício de humildade. Quando estamos em um coral não tem como aparecer mais que o outro, é a unidade que vai trazer o efeito. Eu tenho entendido que uma das coisas que transformam nossa vida é a atitude de humildade. As canções deste musical lembram muito o amor de Deus, o sacrifício que ele fez por mandar Jesus para pagar uma pena que era nossa, isso realmente impacta nossas vidas”.

Bruna Brasil, contralto

“O musical Experiência com Deus tem trazido para mim muita ado-ração ao Senhor, mesmo nos ensaios ou quando estou sozinha em casa repassando as músicas, eu sinto uma presença inesquecível, inseparável do Senhor. É um musical de adoração, que nos traz muita esperança”.

Maria Helena Alves Cardoso, soprano

“Pra mim, tem duas situações envolvidas aqui. Uma é a alegria de reencontrar pessoas de outras igrejas, com quem convivi, e que não via a 15, 20 anos. E o outro lado é a oportunidade de reviver a experiência com Deus que cada um de nós teve ou poderá ter um dia. É um musical evangelístico, mas também fala demais ao coração dos crentes, toca, comove muito. Neste musical, eu vejo que Deus nos abençoa para podermos abençoar outras pessoas”.

Solange Miranda, contralto

“Em primeiro lugar, é maravilhoso podermos adorar a Deus, e através do coral trazer a Palavra, as boas novas às pessoas. Deus é maravilhoso, a cada dia um milagre novo. Só a união dessas igrejas já é um milagre. Para quem participa é uma experiência maravilhosa, e ainda vai atingir muitas vidas, em nome de Jesus”.

Divino Lúcio Fassa, baixo

10 o jornal batista – domingo, 15/12/13 notícias do brasil batista

Departamento de Comunicação daJuventude Batista Brasileira

Os jovens sempre serão os catali-zadores das grandes mudanças, em qualquer época, geração ou sociedade, sacodem mentalida-

de e modificam comportamentos. Vivemos em desenvolvimento. Mudanças acontecem o tempo todo. Não ficamos estáticos, nos movimentamos. Criamos, aperfeiçoamos, descobrimos e alcançamos. Sendo assim, as oportunidades para sermos resposta de Deus para essa geração necessitam ser discernidas. Não podemos mais repetir programas que respondiam a geração dos nossos pais. Esta-mos no período pós-moderno, pós internet, cuidando de uma geração cada vez mais conectada com um mundo cada dia mais digital. Um mundo sem fronteiras onde a tecnologia permite trocas em múltiplos tem-pos e espaço. Sem limites físicos e sociais. É a primeira geração global de jovens.

Praticamente todos os aspectos referente à maneira como vivemos, pensamos e nos relacionamos uns com os outros estão se transformando em ritmo acelerado. Positivo ou negativo, sentimos o impacto da globa-lização, da revolução digital e da alteração no equilíbrio do poder econômico e político da nossa nação.

Acreditamos que o jovem tem nas mãos o grande poder de impactar e transformar o meio que vive, através de princípios mo-rais e éticos que o nosso mestre Jesus nos ensina. A Juventude Batista Brasileira (JBB) entende esta geração como uma geração que pensa e transforma por meio de suas atitudes. Por isso, investimos na formação da galera. Em cada atividade que realiza-mos nosso foco é guiar o jovem cristão a amar a Deus profundamente, proclamar o evangelho e engajar-se em causas sociais relevantes.

Sentimos que a vocação de Deus, nesta hora, nos convoca como Juventude Batista Brasileira para o desenvolvimento de ações que inspirem os nossos jovens para uma vivência missional comprometida, sabendo que o contexto de toda nossa missão é o mundo no qual vivemos.

Estamos propondo a percepção das reali-dades das mudanças e uma resposta frente a esses novos desafios.

Deus já tem gerado projetos em nosso coração e já estamos agindo, mesmo em al-guns momentos de forma silenciosa. Pouco a pouco os projetos estão ganhando vida, espaço e movimento.

Pés no Arado, Geração Desafio, Paixão Pela Juventude, Brigadeiro de Morango,

Teen Brasil, Oi Amiga, Fóruns, Despertar, Blogs, outros surgindo como: Escola de Líderes, Pra você sorrir, Ações Esportiva, Juventude, Fé e Teologia e Ações diretas com os estudantes. A influência do ambien-te escolar na vida de um jovem ou adoles-cente é incontestável e queremos agir nessa esfera também, motivando a viverem uma Microrrevolução cotidiana que impactam positivamente a rotina da sua comunidade levando a verdade do Reino.

O Evangelho nos fala do Reino de Deus, que é um reino de paz e de justiça. Je-sus anunciou e viveu o Reino de Deus e desafiou-nos a fazer o mesmo. Nesse reino, Deus está no centro e dá sentido para a vida toda e a vida de todos. Nele as crianças são cuidadas, os velhos bem tratados e os jovens são fortes. Nele a família prevê segurança e aconchego e na comunidade uns cuidam dos outros.

O BRASIL é o nosso país e celebramos sua gente, seus adolescentes e jovens, sua cor misturada e seu sabor de vida.

Estamos trabalhando para uma JBB com um claro compromisso com a nossa juventude, que possuem uma energia realizadora. De-sejamos e vamos trabalhar para uma geração que ame a Deus profundamente e que ofe-reçam ao Pai os melhores anos de sua vida.

Vocação e Reino

11o jornal batista – domingo, 15/12/13missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Os colaboradores da sede de Mis-sões Mundiais, bem como todos

os missionários, inclusive mobilizadores, já foram con-vocados para entrar em cam-po com Cristo pelas nações. E nesse time, ninguém fica de fora. Todos foram oficialmen-te escalados durante o culto de lançamento da Campanha 2014 – Entre em Campo com Cristo, pelas Nações, que tem como divisa Apocalipse 15.4, “Todas as nações virão à tua presença e te adorarão”. A convocação foi feita no dia 29 de novembro, na capela do Seminário Teológico Ba-tista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Na ausência do nosso Diretor Executivo, Pr. João Marcos Barreto Soares, que se recupera de um pro-blema de saúde, o culto foi dirigido pelo novo gerente de Comunicação e Marketing, Pr. Davidson Freitas.

Com o apoio da assistente de planejamento em Ma-rketing, Juliana Gonçalves, o Pr. Davidson apresentou todo o material desenvolvi-do por sua equipe e orienta-do pelos coordenadores re-gionais e direção executiva para mobilizar as igrejas em 2014. O pastor comentou cada peça e agradeceu a participação e envolvimento de todos os colaboradores nesta missão. Ele fez uma

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Missões Mundiais formou e envia-rá mais 11 mis-sionários para

os campos transculturais. O culto de gratidão e co-missionamento dos novos obreiros aconteceu no dia 30 de novembro na capela do Seminário Teológico Ba-tista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, mas a missão de cada um já começou. Agora, eles se unem ao time de mais de 800 missionários que já estão em campo com Cristo, pelas nações.

O treinamento, que acon-teceu na capital fluminense, começou em agosto e em ritmo acelerado.

“O treinamento foi uma experiência muito agradá-vel, e foram quatro meses

menção à sua antecessora, a professora Jaci Madsen, que deu o pontapé inicial nesta Campanha.

Um dos destaques do ma-terial que começou a ser enviado na primeira semana de dezembro às igrejas ba-tistas brasileiras é o cartaz do Programa Radical. Com o aumento do número de equi-pes e de integrantes, agora o programa tem um cartaz próprio.

A emoção do culto ficou por conta da exibição do clipe da Campanha em que todos puderam cantar a mús-cia-tema “Rei das Nações”, uma composição de Jorge Rehder, falecido em 2009, e que foi gravada pela ban-da Vencedores por Cristo nos anos 1970. A música foi escolhida pela JMM porque dizia tudo o que se pretende falar às igrejas em 2014. Mais uma vez, o arranjo foi prepa-rado pelo casal Leo e Vanessa Gomes, que deu à música a identidade de Missões Mun-diais, fazendo uma regrava-ção com uma proposta que mescla ritmos africanos à música de Rehder.

Uma das peças mais aguar-dadas do kit é o DVD. Neste ano, o vídeo que promete emocionar é o que mostra a recuperação de meninas do Sul da Ásia, resgatadas de áreas de prostituição, e que hoje são atendidas pelo projeto Jeevan Sach (Vida Real). Nesta Campanha, todo o DVD tem tradução em Libras.

bem intensos”, destaca o missionário Daniel Oliver, que junto com sua esposa, Helena, seguirá para o conti-nente asiático.

Daniel e Helena fazem par-te do contingente de novos missionários que entrará em campo em um país do Sudes-te da Ásia para testemunhar o evangelho de Cristo. Esta

Dia EspecialEntre as metas da JMM para

2014 está o alvo de oferta para o Dia Especial. Houve um crescimento de 15% em relação ao alvo de 2013. O objetivo agora é arrecadar junto às igrejas um total de 17 milhões de reais em ofer-tas missionárias. Mas para entrar em campo, inclusive os mais hostis, com a men-sagem da salvação, é preciso muito mais que recursos fi-nanceiros.

“Não precisamos apenas de dinheiro para alcançar os cerca de 3.800 povos que ainda não conhecem a Cris-to. Precisamos também de pessoas dispostas a seguir aos campos, de outras para mo-bilizar e de muitas orações. Precisamos que todos entrem em campo, com seus dons e talentos, para formarmos um só time”, afirmou o Pr. Davidson.

Com lágrimas nos olhos, o pastor lembrou que 4,5 milhões de pessoas precisam ser alcançadas. Ele comparou a salvação de uma vida à vi-bração de uma torcida come-morando o gol de um título.

“Há festa no céu quando um pecador se arrepende”, lembrou o pastor. Para que esta festa se repita muitas e muitas vezes em 2014, é preciso que cada igreja aten-da à convocação de Missões Mundiais e “Entre em Campo com Cristo, pelas Nações”. O apito inicial já foi dado. Vamos, lado a lado, ganhar vidas para Jesus.

nação é justamente a que receberá seis dos 11 novos obreiros, e a expectativa de-les é muito grande.

“Ainda não temos ideia exatamente do que vai acon-tecer no campo. Temos as ferramentas, mas não sabe-mos como Deus poderá usá--las”, afirma Daniel, colocan-do-se à disposição do Senhor.

Conheça os pilares de Missões Mundiais

Tudo tem um alicerce, um fundamento, e Missões Mun-diais também tem o seu. Esta-mos em Cristo, o motivo de existirmos. Viver como Jesus viveu é fazer o que ele fez. As-sim surgiram os pilares da JMM. Através deles, conseguimos ex-pressar de maneira prática como podemos servir com a vida por inteiro à Missão de Deus.

Interceder: Não fazemos nada sem oração, fé e sub-missão a Deus. Precisamos orar pelo nosso próximo e por nós mesmos, pedindo para que o Espírito Santo nos capacite a viver como Jesus – indo e chamando todas as pessoas que encontrarmos, em nosso país ou em outras nações, para serem aprendi-zes do jeito de ser de Jesus. Nossas orações fortalecem os missionários e a evangeliza-ção dos povos. ORE!

Ir: Significa chegar aos lu-gares em que Deus deseja

O missionário Lucas Vieira, que foi o orador da turma destacou os desafios que serão enfrentados nesta nova etapa.

“Este culto é de encerra-mento do treinamento, mas tão-somente um culto de iní-cio daquilo que o Senhor tem para fazer na nossa vida”, afirmou.

O coordenador do curso de Capacitação Missionária, Pr. Girlan Silva, disse que é uma satisfação não apenas para Missões Mundiais, mas para todas as igrejas brasilei-ras, saber que missionários estão sendo enviados a cada semestre.

A mensagem foi levada pelo coordenador do Progra-ma Radical, Pr. Fabiano Pe-reira, que enfatizou a neces-sidade de enviar missionários para lugares onde as pessoas estão sedentas do evangelho.

a sua presença - a sua e a dele. É deixar em cada passo uma marca do próprio Deus. Seja a conexão entre Cristo e aqueles que não o conhe-cem. VÁ!

Mobilizar: Onde você esti-ver, aonde você for, faça Cristo conhecido. Compartilhe um estilo de vida missional com palavras e com atitudes. Mo-bilize seus amigos, familiares e igreja para que a intensidade do envolvimento com o traba-lho sociomissionário mundial aumente dia a dia. FALE!

Ofertar: Seja a resposta de que o mundo precisa: ame, doe, oferte. Viva a justiça. Viva a Missão. Ame a Deus e ao próximo! Compreenda a urgência e a necessidade de levar Cristo ao mundo. Vocação, tempo, talentos e os recursos que Deus deu a você são a expressão da sua vida entregue como oferta viva ao Senhor. Oferte com amor, sinceridade e liberali-dade. DOE!

No encerramento, o geren-te de Missões, Pr. Alexandre Peixoto, destacou que os missionários estão sendo enviados para lugares onde a presença evangélica é mí-nima ou quase nula.

A oração de comissiona-mento foi feita por Eliezer Magalhães, pastor do Mi-nistério de Evangelismo e Missões da PIB Curitiba/PR.

Os novos missionários apa-recerão no quadro de obreiros (peça enviada no kit da Cam-panha JMM) apenas em 2015, mas desde já precisam de suas orações e adoção financeira para que possam entrar em campo o mais breve possível.

Agradeça a Deus pelas vi-das de Charles e Camila Lo-pes, Paulo e Isabel Gomes, Lucas e Talita Vieira, Daniel e Helena Oliver, Rodrigo e Elaine Zulianni, e Roberto Luiz Gomes.

Pr. Davidson Freitas, gerente de Comunicação e Marketing, dirige culto de lançamento da Campanha 2014

Missões Mundiais lança Campanha 2014

Mais missionários em campo

Novos missionários oraram ajoelhados durante comissionamento

12 o jornal batista – domingo, 15/12/13 notícias do brasil batista

Pr. Ibrahim

A Jordânia é uma mo-narquia com pouco mais de 6 milhões de habitantes. Des-

ta população, entre 20 e 30 mil são surdos. No país tem mais surdos do que o de cristãos praticantes. Calcula--se que somente cerca 5% da população seja oficialmen-te nascida de pais cristãos, mesmo que na prática não sejam convertidos. Desta for-ma, podemos dizer que são “povo não alcançado” pelo

Juliane BohringerCoordenadora do Núcleo Social de Ijuí

O Núcleo Social de Ijuí foi oficial-mente inaugu-rado em 01 de

agosto de 2008 e nasceu a partir da percepção e ques-tionamento do Lar da Crian-ça Henrique Liebich sobre a situação social em que se encontravam crianças e adolescentes do município, especialmente das comuni-dades vizinhas à Instituição.

Frente a esta necessidade, percebeu-se a urgência de se proporem programas edu-cativos que beneficiassem a promoção, a proteção e inclusão social destes seg-mentos, vulnerabilizados pela situação de risco social. E, principalmente, para às famí-lias, na medida em que, como segmento específico da socie-dade, possui características comportamentais peculiares, podendo ser importante agen-te de evolução da sociedade, revertendo a exclusão por meio da promoção humana e desenvolvimento social.

Ao reconhecer a perspecti-va de complexidade, o pro-jeto, de caráter preventivo, identifica a necessidade de uma abordagem integrada em contexto multidisciplinar, de modo a dar conta e atuar em diferentes níveis. O com-ponente educativo, ou peda-gógico, encontra-se presente na possibilidade da criança agregar conhecimentos e

Evangelho, porém, quando pensamos na etnia surda en-tão afunilamos para menos de 2% de cristãos com pouca oportunidade de conhecerem Jesus.

Sendo a língua árabe a se-gunda mais difícil do mundo, imagine que estes surdos precisam comunicar-se por Libras (linguagem de sinais) na forma de sua cultura. Por-tanto, fica ainda mais difícil comunicar o evangelho de maneira clara a esse povo. Outro desafio é a Palavra de Deus para a etnia surda,

desenvolver um conjunto de competências sociais e instrumentais, que podem favorecer uma inserção social menos desigual.

DefiniçãoO Núcleo Social de Ijuí é

um programa social desen-volvido pelo Lar da Criança Henrique Liebich, (Unidade Prestadora de Serviços da Sociedade Batista de Benefi-cência TABEA) - medida de proteção social básica, de-senvolvido em turno inverso à escola, para atendimento a crianças e adolescentes mora-dores de bairros adjacentes à Instituição, não participantes de outros programas sociais, com idades de 6 a 16 anos, devidamente matriculada e frequentando a escola regu-lar. As atividades acontecem nas segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 8h às 17 horas, sendo que na quarta--feira a equipe tem reuniões de planejamento.

Além das oficinas e proje-tos, o programa também ofe-rece apoio multidisciplinar e refeições balanceadas.

Atualmente, o Núcleo So-cial tem 53 crianças e adoles-centes matriculados.

Oficinas e projetosAtravés das oficinas, pro-

jetos e ações que realiza, dentro de uma perspectiva de inclusão social e reflexões sobre noções de valores e princípios, o programa con-tribui para a formação do sujeito, o desenvolvimento

que deve ser em formato visual, o que ainda não te-mos. Além disso, a honra é um valor muito importante entre os muçulmanos e ter alguém surdo na família traz grande desonra diante do povo, assim são discrimina-dos e muitas vezes excluídos socialmente, até por seus próprios familiares.

A religião islâmica por sua vez considera que é designo de Deus serem surdos devido algum pecado cometido, ape-sar de não crerem em pecado original. Por sua carência

de suas habilidades, individu-ais e coletivas, favorecendo sua inclusão na sociedade, contemplando o repasse de valores, ética e cidadania.

As oficinas desenvolvidas são: Recreação; Apoio Es-colar; Leitura; Artes e Re-ciclagem; Musicalização; Informática e Mídias Sociais.

Além das oficinas, as crian-ças e adolescentes também participam do Projeto Judô Cidadão, realizado em par-ceria com a Associação Judô Noroeste, todas as sextas-fei-ras. Também são desenvol-vidos projetos culturais, que possibilitam e promovem a participação comunitária e a socialização das crianças e adolescentes participantes do projeto através de visita a feiras de exposição, cinema, teatro, pontos turísticos, pro-gramações especiais realiza-das no município, passeios culturais e de lazer.

Dentre os eixos temáticos de trabalho do Núcleo Social, estão as ações ambientais, vi-sando a conscientização para com o cuidado da natureza. Este ano, os participantes rea-lizaram plantio de mudas de árvores nativas, visita a ARL6 (Associação dos Recicladores da Linha 6), dia do uso racio-nal da água, coleta de lixo nos arredores da Instituição; pan-

são mais abertos a conhecer o Evangelho que os demais, em geral. Pela Lei do país é proibida toda forma de pro-selitismo, por isso temos que mostrar o amor de Jesus atra-vés da dedicação de nossas vidas diariamente. Este ano queremos divulgar o trabalho artesanal destes surdos, com cartões natalinos escrito em árabe e português que O Messias nasceu ... Aleluia!

Perceba a grandeza desta mensagem, em um país onde dizer que Jesus é Deus é con-siderado blasfêmia! Quere-

fletagem sobre coleta seletiva de lixo nos bairros próximos à instituição, além de palestras sobre o meio ambiente.

Atividades comemorativas aos 5 anos

Foi realizada a exposição itinerante denominada “Po-rongos em cor & arte”, ini-ciada em 9 de setembro, composta por porongos que, através da criatividade das crianças e adolescen-tes, transforma-se em lindo artesanato. A exposição é itinerante e visitará vários locais do município de Ijuí e encerra no final do ano.

Foi realizada também uma celebração de louvor e grati-dão a Deus pelos 5 anos do Núcleo Social de Ijuí, no dia 31 de outubro.

Alegria em servirJuliane Bohringer, coorde-

nadora do Núcleo Social de Ijuí declarou: “Com muita alegria e satisfação faço par-te desta história desde a sua criação. Minha motivação em estar aqui é transmitir o amor de Deus a estas crianças e adolescentes, podendo mos-trar uma forma diferente de viver do que estão acostuma-dos a ver e assim dar a eles a opção de escolha. Muitos já tomaram uma decisão ao

mos então dar a vocês a opor-tunidade de presentearem, de forma especial algum amigo não cristão oferecendo-lhe um cartão feito pelos surdos da Casa Cultural de Surdos da Jordânia. Se cada membro comprar pelo menos um car-tão atingiremos a meta de 50 cartões por Igreja. Participe desta Campanha! Todo valor arrecadado irá diretamente para os projetos da Casa Cul-tura de Surdos.

Os pedidos poderão ser feitos através do email: [email protected] .

lado de Jesus e um pai já foi batizado e está frequentando à Igreja e levando seus filhos.

As crianças e adolescentes relatam para a equipe que se sentem amados e respeitados neste ambiente, como se o Núcleo Social de Ijuí fosse a sua segunda casa. Algumas crianças, hoje adolescentes, estão participando do pro-grama desde a fundação, em 2008.

Outra área em que investi-mos é no apoio escolar, auxi-liando os participantes em suas dificuldades de aprendizagem, tentando suprir as carências pedagógicas que alguns dos participantes possuem e, para honra e glória do Senhor Jesus, em 2012 tivemos 100% de aprovação escolar.

Pedimos que Deus nos dê a cada dia sua visão para continuarmos nesta obra tão maravilhosa que é o Núcleo Social de Ijuí”

Núcleo, Lar e TabeaRua José Bonifácio, 1623 –

Bairro Storch – Ijuí /RS.Fone: (55) 3332-1095blog: nucleosocialijui.blo-

gspot.com

Faça parte desta história de amor.

Contribua. Visite. Ore. En-volva-se.

Esperamos por você!

Etnia surda da Jordânia faz cartão artesanal

Núcleo Social de Ijuí5 ANOS INVESTINDO NA TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS

Departamento de Ação Social da CBB

OBITUÁRIO

Javan Pacheco BentoUma página de saudade e esperança

13o jornal batista – domingo, 15/12/13notícias do brasil batista

Texto de: Loyde Pacheco Bento

“E vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passa-ram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21.1).

Estive dormindo a tarde inteira, pois ao vol-tar do sepultamento, fora deitar-me. Ma-

chucada. Cansada. Esgotada. Exausta. À noitinha, Dedea me acorda docemente: “Mãe, estava preocupada. Você dormiu muuuito!”

Eu esgotara o cálice amargo do Jardim da Saudade. Lá ficara o corpo do irmão que-rido, que fora levado para o Jardim um pouco antes da ce-rimônia, no caixão, cercado de flores, flores e mais flores cor de trigo amadurecido – Palmas? Margaridas? – Lin-das! Já não estava tão pálido, como da última vez em que o vimos do outro lado da rua em que moramos, dentro do carro de um dos filhos, mer-gulhado em profunda incons-ciência, sem forças para falar comigo e minhas duas filhas, sem nos reconhecer. Agora já recobrara nossa negritude sertaneja; os olhos levemente cerrados e a serenidade do semblante nos faziam crer que partira do mundo dor-mindo, e sem sentir dor; o rosto acaboclado conservava as características dos outros indígenas do sertão baiano, que povoavam a região fran-ciscana nos tempos idos.

Desejei, sonhei e supliquei ao Pai, tanto... Eu queria ou-vir aquele tenor lindo, lindo, mais uma vez neste mundo! Não fora este o plano do Senhor. Quem sabe, já não estaria reservada carinhosa-

Pastor Clóvis Lopes de Sousa

Seu nome significa: Princesa = Filha do Rei, Senhora nobre.

Em I Reis 3.38b, Davi diz: “Não sabes que hoje caiu um príncipe em Israel, um grande homem?”

Fiz uma transliteração do texto, usando em lugar de príncipe, princesa e em lugar de homem, mulher. Fiz desse texto a base da minha mensa-

mente uma vaga de tenor, a ser preenchida com urgên-cia? E se o Senhor não teria dito: “É chegada a hora?” E lá se foi o nosso Javan, um servo fiel, “entrando pelas portas”. Canta agora no Glo-rioso Coral com os remidos aos pés do Rei Jesus, as ves-tes resplandescentes, a voz canora que Deus lhe deu... Isto é maravilhoso! Quando o Senhor me chamar, “... hei de achar mais harmonia / no cantar que eu assistir / se naquela melodia / sua voz também ouvir”.

- Mas, meu irmãozinho, como dói essa saudade!

Durante quase oitenta anos, ele me amou sem restrições, sempre demonstrando o dese-jo de estar perto de mim. Mes-mo nos dias mais sombrios, já com o cérebro bastante abalado pelo mal que o atin-gira, levantava pela manhã perguntando: “Loyde já tele-fonou?” Daí, pegava a bolsa e apetrechos de viagem e ia até a porta da rua, informando a todos: “Bem, agora eu vou na casa da Loyde”. Havia um longo caminho a ser percorri-do até a estação ferroviária e ele não podia andar sozinho, mas não se dava conta desse fato. Também não se dava conta da sua limitação para andar de ônibus, nem mesmo entrar em qualquer deles, sem acompanhante. Tampouco pensava na distância entre Iguaba e Rio de Janeiro. O que ele queria era vir. Só isto que queria.

Quando Javan nasceu eu já era uma menininha de cinco anos. Por isso, através do es-pelho da saudade, eu o vejo em várias ocasiões. Vejo-o recém-nascido, cheirando a alfazema, vestindo roupinhas costuradas por “mãinha”,

gem no culto realizado antes do sepultamento dessa gran-de serva de Deus. No dia 15 à noite houve um culto e na manhã do dia 16 noutro culto onde pregou o pastor Güent-ter Carlos Krieger. No culto da tarde estavam presentes 16 pastores que acompanha-ram até o cemitério.

Escrevi o livro Heróis da Obra Missionária no Brasil, a biografia do Casal Horace Wilson e Salle Fite, coloquei um subtítulo: Árvores que

feitas de retalhos de fazen-das, compradas a peso nas lojas barateiras da pequena cidade. Ninado na rede por mim e pelos irmãos mais velhos, com belas cantigas inocentes: “Este ‘meninin’ é do céu, não se cria.” ... “Xô, pavão, de cima do telhado / deixa meu benzinho / dormir sossegado”.

Vejo-o garoto levado, me-nino sapeca, fazendo peralti-ces, armando estripulias.

Tornou-se trabalhador e crente.

Um dos momentos de sua vida que mais me comove é vê-lo, diariamente, com doze anos apenas, e ainda de calças curtas, chegar em casa à noitinha e entregar à “mãinha”, com sorriso cari-nhoso e triunfante, a gratifi-cação que recebia do “seu” (senhor) Puccini, dono da tipografia em que trabalhava, fazendo entregas e aprenden-do a profissão de tipógrafo--compositor. A gratificação era destinada por “mãinha” a completar a compra de ali-mentos, no mercado, no dia seguinte. Depois disso, o me-ninozinho se deitava na sua caminha, sempre piscando os olhinhos e sorrindo feliz.

Chegando ao Rio, pouco mais que adolescentes, ti-vemos que trabalhar de dia, para o sustento da casa, e, de noite, estudar, por amor às letras.

Javan não ficou um só dia desempregado! Logo no pri-meiro dia, arranjou um jornal emprestado e foi lendo todos os anúncios de vagas para empregos. Saiu para candi-datar-se. Quando voltou à noitinha, já tinha sido admiti-do numa tipografia no centro da cidade, como compositor gráfico profissional.

sempre produziram sombras, flores e frutos.

Ele faleceu há 3 anos e ela no dia 14 de agosto de 2013. O trabalho do casal no Brasil começou no dia 2 de de-zembro de 1950 em Corren-te, Piauí. Chegaram a Céres Goiás no dia 21 de julho de 1958, onde fundaram a Es-cola Batista de Horticultura e Granjas B.H. Foreman. Ela foi sempre a secretária e tesou-reira da escola. Foi presiden-te da União Feminina Batista

Ele era esperto e inteligen-te! Comparecia às aulas, dava sempre uma “olhadinha” em seus apontamentos. Arranja-va sempre um tempinho para seus passatempos e pequenas diversões. Sempre tirava al-gumas horas por semana para estudar um pouquinho.

Enquanto ‘nosotros’ nos descabelávamos às altas ho-ras da noite, tentando encon-trar soluções para equações matemáticas e desenhos geo-métricos, ele se levantava de mansinho da cama, chegava pertinho de nós e, com as mãos pesadas e calejadas pelo trabalho, tomava o com-passo e demais instrumentos, ia medindo e desenhando retas e curvas, falando deva-gar e baixinho, como se esti-vesse dando uma aula para si mesmo. Dessa mesma forma procedia em relação a outras matérias.

Hospital Regional de Ara-ruama. A saúde piorando. A morte se aproximando a passos largos. Ele pensava em seus dois irmãos e queria notícias. “Ele já soube?” “Ela já sabe?” Nada o fazia esque-cer de nós. Como nos amava!

Não dá mais. Ele foi-se em-bora mesmo.

Como posso pensar nisso, Senhor? Meu irmão, meu amigo, meu canarinho “can-tadô”. Não poderei mais vê--lo neste mundo?

No culto no Jardim da Sau-dade, cantamos sob a regên-cia de Neaci: “Há um país nas terras de além rio ...” Agradeço ao Senhor por ter--me dado este presente tão precioso, meu irmão Javan.

E agora? Como posso viver sem meu irmão tão amado? A lacuna é grande demais, meu Deus! Quem vai cantar comigo a duas vozes? Um

Goiana em 1960, secretária correspondente e tesoureira de 1977 a 1987. Por muitos anos foi secretária da Igreja Batista de Céres e líder das Mensageiras do Rei do Estado de Goiás. Se envolveu com amor e dedicação na obra do Senhor, destacando a As-sociação das Igrejas Batistas do Centro Norte de Goiás. Amava as almas pelas quais Cristo morreu.

Deixou 3 filhas: Anna, Mil-le e Júlia, 3 genros e 3 netos,

dia cantamos juntos “Ah se eu tivesse mil vozes”.

Cadê os poemas de Catulo, que ele sabia de cor e reci-tava para mim? Cadê o meu “tenorzinho” preferido? Cadê o meu canarinho “cantadô”?

O mar já não existe, não é? O mar tempestuoso, te-nebroso, de maldades, de amarguras, de desavenças já não existe. Agora é novo céu e nova terra. Acabaram-se as dores. A tribulação passou. A surdez passou. A solidão pas-sou. Descansa em paz, Javan.

O culto no Jardim da Sau-dade foi consolador e edifi-cante. O Pr. Novais trouxe uma mensagem edificante e profunda. Falou da vida em Cristo, da gestação, do parto, da necessidade de viver com Cristo. Quem não aceita Cris-to não tem vida. A vida que o descrente acredita possuir é uma ficção. Linda men-sagem! Todos os presentes ouviram com atenção e res-peito. Com curiosidade, até.

Nossa esperança é que vi-rão os frutos. Vi muitos rostos amados, que eu não quero esquecer. Eram raios de sol nas trevas de minha dor.

O meu profundo reconhe-cimento a todos vocês e a todos que oraram por nós e nos deram assistência de amor no longo período em que meu amor, digo, meu irmão amargou a moléstia e a saudade. Não vou citar no-mes, penso neles com amor. O Senhor sabe de todos e dar-lhes-á a recompensa por tudo. Amém.

além de vários brasileiros que adotou como filhos do co-ração, sendo eu o primeiro. Amou a Cristo, amou mis-sões, amou os brasileiros e amou o Brasil onde agora na cidade de Ceres, Goiás, está sepultada ao lado do esposo e do filho Charles que mor-reu afogado no Rio das Almas aos nove anos de idade.

A obra por eles realizada, só a eternidade revelará. Às filhas, genros e netos, as nos-sas condolências.

Salle Ann Fite21/02/1926 – 14/08/2013

14 o jornal batista – domingo, 15/12/13 notícias do brasil batista

João Paulo de SouzaCoordenador/DAER-SUL-MS

No período de 15 a 17 de novembro de 2013, com a parceria da ASSI-

BAS-MS, foi realizado o III Congresso de Embaixadores do Rei da Região Sul de Mato Grosso do Sul – III CONER-SUL. O evento aconteceu na cidade de Dourados-MS, no Acampamento da Primeira Igreja Batista. Houve a par-ticipação de 11 embaixadas, sendo inscritos 109 meninos e 20 conselheiros. Como é

Dep. Comunicação da PIB Indaiatuba, SP

As crianças da Pri-meira Igreja Batis-ta em Indaiatuba (SP) se mobilizaram

para trabalhar em prol de missões. Voluntariamente elas doaram seus próprios brinquedos e dia 01 de de-zembro, após o culto, orga-nizaram um bazar visando arrecadar uma oferta para missões. Fato impressionante é que muitas compraram no-

Dep.Comunicação da PIB em Indaiatuba, SP

As mulheres da Pri-meira Igreja Batis-ta em Indaiatuba (SP), lideradas pela

irmã Aneilda Ferreira dos Santos, literalmente, se co-locaram em ação, pois dia

de conhecimento de muitos, a Organização Embaixadores do Rei tem como público alvo meninos entre 9 a 16 anos, visando auxilia-los em seu desenvolvimento físico, emocional, intelectual e es-piritual.

No III CONERSUL, através das competições esportivas (futebol, atletismo, xadrez, dama, ping pong e dominó), bíblicas (esgrima, esgrima avançada, debate de versícu-los, pregador do evangelho, montagem bíblica, gincana sobre II Timóteo, conheci-mento da organização ER e

vamente o próprio brinquedo doado. O preço máximo era R$3,00 e o bazar também foi oportunidade de convidar amiguinhos interessados em adquirir brinquedos em boa qualidade com preço baixo.

No final, quase todos os brinquedos foram vendidos e a impressão dominante no rosto das crianças era a alegria de estar servindo ao Senhor Jesus Cristo e a satis-fação de estar cooperando com a missão de proclamar o Evangelho.

30 de novembro, reuniram--se para celebrar oficialmen-te a reativação desse depar-tamento tão importante da igreja local, e que estava desativado. O ato aconte-ceu em culto de gratidão a Deus, com a presença de mulheres da Igreja Batis-ta Jardim Morada do Sol,

apresentação de peças tea-trais) e no convívio com os demais acampantes, os Em-baixadores do Rei puderam demonstrar tudo que têm aprendido em suas Embai-xadas.

Destaque para a Embaixa-da Pr. Alfredo Lourenço de Carvalho da Igreja Batista Memorial Charles Compton que, em apenas três anos de organização, é a atual Cam-peã Estadual e conseguiu o feito do Bicampeonato Re-gional (II e III CONERSUL).

Segundo os conselheiros, estas conquistas são frutos da

bem como a presidente da MCA da Associação Batista de Campinas e Adjacên-cias, irmã Ângela Costa que levou a Palavra de Deus. Após o culto, todos os pre-sentes foram recepcionados no salão social para uma confraternização com doces e salgados.

dedicação de seus embaixa-dores e do trabalho contínuo realizado nos últimos anos. Os mesmos apontam a apli-cação do Sistema de Postos como principal fator para o crescimento individual dos Embaixadores e a aplicação do MDA como principal fator de crescimento coletivo da Embaixada.

Para 2014 as principais metas são criar o FORTE Pr. Alberto Pena Machado, que terá como finalidade auxiliar as embaixadas com suporte de material, promoção de cursos para conselheiros e

promover encontros men-sais entre as embaixadas, fomentando o fortalecimento das embaixadas existentes, reabertura das embaixadas fechadas e abertura de novas embaixadas na região sul de Mato Grosso do Sul, além de realizarmos o IV CONERSUL.

Sabemos que muitos são os desafios para o próximo ano, mas queremos continuar a ser agentes de transformação na vida de juniores e adoles-centes, bem como de suas fa-mílias, para que eles cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

Bazar missionário

de brinquedos

Embaixadores do Rei realizam o III CONERSUL na cidade de

Dourados, MS

Mulher Cristã em Ação comemora

reativação em Indaiatuba

15o jornal batista – domingo, 15/12/13ponto de vista

Pr. Noélio DuarteEscritor, Educador, Pastor, Membro Titular e Capelão da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB

Em uma pequena cida-de do interior, numa comunidade evan-gélica, faleceu uma

idosa senhora. E como era uma pessoa muito querida, houve grande consternação naquele local. Por todos os lugares, um só comentário: “Ela era tão prestativa!” “Ela se foi muito precocemente!” “Ela era muito boa para mor-rer!” “Sentiremos saudades porque todos, de alguma maneira, fomos abençoados por sua vida”... E muitos ou-tros lamentos. Todos foram convidados para o culto de gratidão a Deus por sua vida na única igreja evangélica daquela localidade. O pastor daquela igreja, mesmo sob o impacto de uma forte emo-ção, realizou a cerimônia nas dependências do templo que estava lotado. No banco da frente, a família estava sentada, todos juntos: os dois filhos e o marido daquela idosa e caridosa senhora. Ele não resistia, chorava muito e exclamava com muita tris-teza, com um lamento em voz alta:

- Ah, como eu amo você, mulher!

Durante o sermão, a mes-ma expressão. E quando o cortejo seguiu, da igreja até o cemitério, o viúvo ia empur-rando o caixão juntamente com muitos irmãos não pa-rava de chorar e exclamava num brado de dor:

- Ah, como eu amo você, mulher!

No cemitério, o pastor leu um texto bíblico e alguns irmãos deram testemunho da abençoadora vida daquela anciã. E na beira da sepultu-ra, quando o caixão era bai-xado à cova, aquele homem aumentou o seu pranto de forma tão apaixonada que causou um certo constran-gimento entre os presentes. Parentes e amigos já estavam visivelmente incomodados. Então, os filhos se aproxima-ram, e com palavras ternas tentaram acalmar o velho pai, dizendo suavamente:

- Tudo bem, papai. Nós entendemos o que o senhor sentia pela mamãe, mas tam-bém não precisa se expor assim, repetindo sempre a mesma coisa...

O viúvo olhava fixamente o caixão sendo lentamente abaixado à cova. E ao final da última oração, os familiares jogaram um pouco de terra, exceto o marido enlutado que com um buquê de flores na mão, bradava ainda mais forte, mesmo com os filhos

tentando contê-lo, e continu-ava a dizer:

- Ah, como eu amo você, mulher!

Um a um os parentes e ami-gos começaram a se retirar, mas aquele obstinado viúvo se recusava a sair de perto da sepultura. Então, num gesto de amor, o pastor se aproximou numa tentativa de consolá-lo, dizendo o quanto lamentava e que sabia o que ia no íntimo de sua alma, mas que estava na hora de ir para casa, retomar a vida e conti-nuar a desenvolver cada pro-jeto... Mas ele repetia com o olhar fixo no chão:

- Ah! Como eu amo você, mulher!

O pastor o abraçou terna-mente enquanto ele gemia desconsolado e lhe disse:

- Irmão querido, eu não te-nho dúvidas, seus filhos não têm dúvidas e ninguém aqui duvida disso e tenho certeza de que ela sabia que o senhor a amava!

Então o homem parou de chorar e olhando fixamente para o pastor, disse com voz embargada de emoção, arre-pendimento e dor:

- Pastor, o senhor não en-tende... É que uma vez eu cheguei em casa mais cedo do trabalho e, como de cos-tume, me assentei na cozi-nha onde ela trabalhava com muita alegria, e ela já me

esperava com o cafezinho meio amargo que eu gostava tanto. Então, eu tirei minhas botas, fiquei olhando esse anjo trabalhar, ensaiei dizer essas palavras, pigarreei duas vezes e quase disse isso para ela... Quase disse... Agora é tarde... Como eu gostaria de ter dito naquele momento e ela ouvisse e me desse um longo abraço...

Por vezes, trabalhamos de sol a sol, durante toda a se-mana, fazendo até mesmo horas extras para adquirirmos bens e aumentarmos o nosso patrimônio, mesmo que para isto, os relacionamentos e o afeto sejam prejudicados. En-tão compramos a melhor tele-visão, os melhores celulares, o mais completo notebook, geladeiras e fogões do último tipo, carro mais potente. Mas o fato é que para se ter tudo isto é preciso abrir mão da qualidade de tempo doado aos familiares. E nessa ob-sessão de trabalhar para ter, perdemos relacionamentos, e as pessoas ao nosso redor vão ficando mais distantes e isola-das. Vale a pena? Uma vida familiar saudável é baseada não em coisas, mas em pala-vras de incentivo, motivação e estímulo.

É urgente não deixar para amanhã palavras de afeto, ternura e amor. Pessoas ao nosso redor estão clamando

silenciosamente por valori-zação, proximidade e toque de afeto. E quando isto deixa de acontecer, abrigamos den-tro de nossas casas, pessoas doentes emocionalmente. E isto, num futuro não muito distante se reverterá em tris-teza, depressão e frustração.

Nos meios profissionais, quando alguém atinge uma marca de sucesso, somos os primeiros a dizer o quanto aquela pessoa é importante e como é valorosa! Mas, no seio da nossa própria família, hesitamos em dizer o quanto os amamos, o quanto são im-portantes para nós. Por vezes dizemos, sim, mas diante de um corpo inerte dentro de um caixão quando não pode mais nos ouvir. Portanto, enquan-to estão vivos, valorizemos os nossos dizendo do nosso afeto, nosso carinho e amor.

Lembre-se: Perdão, elogios, palavras de amor nunca são demais. São combustíveis para a vida. Pessoas com o seu tanque emocional reple-to, são felizes e vitoriosas em todas as áreas da vida.

É necessário que não eco-nomizemos palavras de ter-nura, revelando amor e gra-tidão, pois definitivamente, o amanhã pode não chegar, ou pode ser muito tarde!

Vamos começar agora e mudar isto? Diga ainda hoje: Queridos eu amo vocês!