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Testemunhas do ApocalipseParte III

Márcio Santos2004

(Ficção Baseada no Apocalipse)Ilustrações: Daniela Santana

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total sem a permissão por escrito por parte do autor. Catalogado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob número 321839/2004.

CDD 808.3 CDD236SOUZA, Márcio Santos deAs Testemunhas do Apocalipse, 1a. EdiçãoRio de Janeiro, 200450 p1. Ficção Religiosa2. Literatura Juvenil I.Título

Pedidos:EMAIL: vendas@pedradeajuda.comSITE: http://www.pedradeajuda.com

Uma Breve PalavraEste é meu primeiro livro de ficção

evangélica. Ficção porque são fatos irreais. Entretanto, o leitor irá perceber que tais fatos são baseados no Apocalipse. Por isso, é importante ressaltar que pus neste livro a minha visão do que poderia acontecer na Grande Tribulação e não do que realmente vai acontecer, apesar de tais acontecimentos escritos aqui estarem bem próximos do que a Bíblia relata. Mas, o mais importante é que tenho certeza que a estória contada falará ao coração de cada um, alertando para os acontecimentos profetizados na Bíblia Sagrada. Por isso, devemos a cada dia estar vigiando! 1

“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as

suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mateus 25:1-13)

Capítulo 1

No Acampamento

Após muito tempo procurando Gabriel, finalmente Bruno e Ester parecem tê-lo encontrado. Ao chegar no acampamento de uma judia chamada Rachel, eles ficam diante da verdade. “Podem entrar meus irmãos.” - chamou Rachel. Ao entrar Ester começou a soluçar em lágrimas de alegria. “Meu filho! Obrigada Senhor!”- exclamou Ester, beijando Gabrielzinho sem parar, o abraçou e o banhou em lágrimas. Bruno abraçou Ester e Gabriel ao mesmo tempo e exclamou: “Obrigado, Senhor, pela tua infinita misericórdia!” Os gritos de alegria eram tantos que chamou a atenção daquele povo que vieram ao acampamento.Bruno então exclamou: “Dou graças ao bom D’us de Abraão, Isaque e Jacó, que protegeu meu filho e me fez sorrir novamente! No meio da angústia Ele me trouxe alegria! No meio da tribulação, me trouxe vida! Louvado seja o

Senhor que enviou Seu Filho para nos salvar!”A alegria era tanta que o sacerdote trouxe as filhas de Sião com seus tamborins. Ele tocou o shofar chamando o povo para a grande festa. Quando a noite chegou a festa começou. Bruno, Ester, Gabriel e Rachel começaram a dançar em roda na presença do Grande D’us. Olhando para o céu, uma grande labareda de fogo começou a se movimentar no ritmo das canções. Bruno olhou para Ester e disse: “Nunca vi uma noite tão linda como a de hoje! Até o Senhor está mostrando a Sua alegria!”O orvalho caiu pela madrugada e uma fina camada como a neve caía do céu. A festa se prolongou até o sol nascer, quando o povo começava a catar pelo chão algo branquinho e cheiroso. “O que é isto?” - Perguntou Bruno para Isaac. “É o maná que o Senhor nos envia todos os dias para nos alimentar!” Mais tarde, Isaac trouxe para Bruno e Ester um acampamento para eles. Bruno lhe agradece e lhe pede: “Não se esqueça. Precisamos falar com o sumo sacerdote a respeito de Yeshua. É muito importante.” Isaac concorda e segue em direção a Yacob.“Rabi, tenho duas pessoas que dizem serem enviados por Yaveh para nos declarar onde está o Messias.” Rabi Yacob lhe responde: “Pois bem,

traga-os aqui e veremos se é verdade.”Quando Bruno e Ester se aproximaram, faltando ainda uns três metros para chegar ao acampamento de Yacob este grita: “Párem. Eu não acredito. São vocês dois novamente?! Eu já falei para vocês que não acredito em suas palavras.”Bruno então replicou: “Quando Abraão se encontrou com Melquisedeque e lhe deu o dízimo, por acaso Melquisedeque era judeu? Por acaso Jacó já existia? O senhor pode não crer em minhas palavras mas eu possuo conhecimento e posso provar dentro das leis e dos profetas. Me conceda que eu lhe mostre no livro de Zacarias e no livro de Isaías. Se tens tanta certeza de que não possuo nenhum ensinamento, por que temes em me ouvir? Não é acaso que o Senhor bem falou por Isaías para engordar o vosso coração, que este povo venha ouvir e não entender?”Isaac interrompe e roga: “Rabi, permita ouvi-los. Se for consistente só temos a aprender. Se não, os expulsaremos do arraial.” Yacob então fez sinal para que eles entrassem em seu acampamento.“Pois, bem, o que vocês tem a dizer?” - perguntou Yacob. Bruno lhe responde: “O livro de Zacarias fala de um dia que ainda vai

acontecer. O Messias virá do céu e pisará o Monte das Oliveiras. Isso se dará quando Israel estiver cercado em Megido pelos exércitos da terra. Depois do livramento, o povo de Israel se dará conta de que o Messias nada mais é do que Yeshua, o que morreu mas ressuscitou. Observe que aqui fala que eles verão aquele quem o traspassaram. Não só este versículo aponta Yeshua como o Messias, mas inúmeros outros versículos. Se o senhor ler o Apocalipse escrito pelo apóstolo João verá que todas as coisas se encaixam. A única coisa que peço é que o senhor leia e verifique por si mesmo o que estou dizendo. Como todos vocês vieram parar aqui? Não foi um milagre? Este milagre está escrito aqui. Leia!”O Rabi Yacob ficou pensativo e pediu um tempo. Bruno e Ester saíram de seu acampamento e começaram a orar: “Senhor, permita que ele veja e entenda. As cidades estão assoladas e há poucos habitantes na terra. Acaso não chegou o momento? Permita, Senhor...”Ao pôr do sol, Yacob manda chamá-los novamente e falou: “Pois bem meus irmãos. Eu nasci e cresci entendendo que Yeshua era um impostor. Mas, observando tudo isso, parece que um tampão saiu de meus olhos e agora consigo compreender. Realmente, tudo se encaixa.

Yeshua veio como Yosef, o sofredor mas em breve Ele virá como o Rei David, vencedor. Já ouve um tempo em que alguns rabinos tiveram essa interpretação, mas nunca imaginava que poderia ser apontado ao Messias dos gentios. Mas observando Isaías entendi que Yaveh concedeu aos gentios uma oportunidade de conhecê-lo. Vou chamar o povo para esclarecê-los.”Pela manhã, manhã do Shabath, na leitura da Torah, o Rabi Yacob trouxe as palavras de Isaías, Zacarias, Ezequiel, Moisés, Daniel. Foram sete horas de leitura e explicações e o povo não teve fome. Terminado a leitura, o povo colocou seus rostos inclinados ao pó da terra e começaram a adorar a D’us. Todos permaneceram em jejum até o pôr do sol. Todos os dias, Yacob chamava Bruno e Ester para meditarem na Palavra de D’us e Yacob se admirava com os ensinos de Bruno e pedia sempre perdão a D’us por ter sido arrogante nos tempos de outrora.A vida no arraial dos judeus era repleta de cantoria e danças e a cada Shabath mais os judeus se aprofundavam na crença do Messias verdadeiro...Poucos dias depois, Ester vira para Bruno e diz: “Estou muito feliz. Eu, você, Gabrielzinho e todo

esse povo! Realmente o Senhor é a fonte de nossa alegria! Aqui não temos prata nem ouro, mas temos muito mais: a presença de nosso D’us. E, para surpresa sua, Louvado seja o Senhor: estou grávida de novo!” Bruno olhou para Ester, sorriu e disse: “Louvado seja o Senhor! A herança do Senhor novamente veio sobre nós!”

Capítulo 2

Tolektanon, a imagem de Eya

Com a fuga dos judeus para o Deserto, Lord Mytra se irou tremendamente e jurou por si mesmo que os judeus não ficariam impune: “Fiz de tudo por esse povo obstinado e o que recebo em troca? Este povo não merece mais existir na face da terra. Essas bombas são a resposta de que Israel nunca quis paz com os moradores da terra. Quantos estão sofrendo e chorando. Até quando haverá tanta morte? Israel é inimigo da Paz. Até quando vamos contar nossos mortos? Israel cometeu esse crime. Temos que fazer algo!” - disse ele numa entevista. Ainda, no Dia Mundial da Paz, no sexto ano, na praça da Paz (antiga praça São Pedro), diante de TOLEKTANON, a estátua falante, prometeu que a questão dos judeus estava para se finalizar. Disse ele: “Povo meu, eu prometo que ainda este ano vou vencer esta batalha. Trarei Paz à Terra. Eu convoco a todos que desejam essa paz a se unir ao Grande Exército Mundial o

mais rápido possível, pois acabaremos com aqueles que promovem dissenção sobre a terra: acabaremos com esses que proclamam o nome de Jesus e com todos os judeus. Lembrem-se, vocês que guardam o Alcorão, vocês são minhas fiéis testemunhas, pois Maomé mesmo falou, inspirado por mim, que deveríamos quebrar as cruzes e os judeus. E vocês, moradores da terra que desejam a Paz, unen-se a nós, pois esses são os que promovem guerra na terra. Eu prometo um Novo Tempo de Paz.” Quando a estátua falante terminou, Lord Mytra, referindo-se ao Papa Pedro II disse: “Eis o meu ungido, a verdadeira Raiz de Davi, que Eya preparou para nós, na forma de homem, o Sexto Buda, aquele que veio unir todas as religiões em uma só harmonia. A partir de amanhã, dia 1° do Sexto ano de Mytra, eu decreto Guerra a todos que proclamam o nome de Yeshua e a todos que proclamam o nome de D’us, que desconhecem a autoridade de Eya. Que Haja Paz na Terra!” E todos naquela praça disse em uma só voz: “Haja Paz!”

“Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não

adorassem a imagem da besta.” (Ap 13.15)

O mundo estava estranho. O céu estava escuro, o sol parecia não querer mostrar sua luz. A fome no mundo começou a assolar os moradores da terra. Até os animais selvagens começaram a caçar os homens no meio das cidades em busca de alimento, mas Pedro II sempre usou palavras de ânimo e confirmou que seria necessário pormover um grande sacrifício a Eya para que o sol voltasse a brilhar: “Estamos reunindo os cristãos dos quatro cantos da terra e em breve sacrificaremos a Eya, que nos trará a luz do sol novamente.”

“Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que estava montado nele tinha uma balança na mão. E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Um queniz de trigo por um denário, e três quenizes de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho. (Ap 6.5,6)

Com a fome apertando, os povos da terra começaram a caçar os cristãos e a prendê-los. Em menos de três meses e meio foram

colocados na Praça da Paz uma multidão de cristãos acorrentados. Todos que não tinham a marca da besta eram considerados cristãos. A fome era tanta que até os animais estavam morrendo. Era comum aparecer um leão ou uma hiena ou um lobo perambulando em busca de carne humana para sobreviver. Até a natureza estava sofrendo na espectativa do fim.No quarto mês do sexto ano de Mytra, assustadoramente, após tanto cáos, o Lord Mytra apresentou para todas as nações, na Praça da Paz, diante de TOLEKTANON, vários cristãos e judeus amarrados e nús. A maioria estava em pele e osso, fracos, pois não comiam nem bebiam há alguns dias. Diante de todos, Lord Mytra proclamou: “Quem é por nós, sacrifique-os à TOLEKTANON!” Após falar aquilo, uma multidão de pessoas carregando espadas e foices começaram a cortar as cabeças de todo aquele povo.

Quando terminaram a matança, o chão começou a tremer. Todos ficaram atônitos sem saber o que fazer. De repente viram os sete vulcões, a qual aquela cidade fora erguida, começarem a exalar uma fumaça preta. Naquele mesmo instante Lord Mytra e Pedro II saíram correndo e pegaram um helicóptero que os levaram embora. O povo, por sua vez, começou

a correr, atropelando uns aos outros... Como nos tempos de Pompéia, uma grande nuvem cinza se apoderou daquela cidade e numa grande explosão milhares de pessoas foram mortas ainda de pé. Foi pior do que qualquer bomba nuclear. Todos daquela cidade morreram. Ninguém sobreviveu. Até a estátua de TOLEKTANON foi destruída. O cáos invadiu aquela cidade que antes era sinônimo de aliança entre os povos.

“Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga. E os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio; e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento.”(Ap 18.8-10)

O mundo estava assustado com tudo aquilo. Os governantes ficaram atônitos, mudos. Muitos pensaram que o Lord Mytra e Pedro II haviam morrido. Casas eram invadidas por seus prórios

vizinhos. Voltara a lei do mais forte. Não havia mais esperança sobre a terra. No final do 4° mês, Lord Mytra e Pedro II apareceram em cadeia mundial, falando da Rússia e disse: “Chegou a hora. Temos que retomar a paz Mundial. Imagens de satélite indicam um acampamento judeu perto do Sinai. Vamos nos preparar para eliminá-los da face da Terra.” Ainda falando aquelas palavras, de repente, o povo daquele palácio começou a sentir uma coceira na região onde a marca da Besta havia sido feita e começou a arder muito. Vários repórteres de vários cantos da terra começaram a noticiar a mesma coisa. Os hospitais estavam lotados e ninguém sabia do que se tratava aquela doença.

“Então foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra; e apareceu uma chaga ruim e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.” (Apocalipse 16:2)

No dia seguinte, quando perguntado sobre do que se tratava aquilo, Lord Mytra declarou: “Os judeus novamente atacaram os povos da terra. Enquanto estavam acampados no Sinai, eles

desenvolveram uma arma química que produziu essa chaga. É por isso que temos que acabar com eles. Eu fiz uma aliança entre os Generais da terra e em breve vamos acabar com isso. Eu faço questão que não fique nem mais um judeu sequer na face da terra! Em nome da Paz Mundial!”

...Enquanto isso, no acampamento...

No acampamento judeu, um soldado israelita chegou numa velocidade tão grande que, ao chegar, o cavalo que estava babando, caiu no chão e morreu. Então ele, correndo para o Rabino Yacob declarou: “Lord Mytra declarou Guerra definitiva contra nós e, o pior de tudo é que muitos povos acreditam que somos nós os causadores de tanto sofrimento na terra. Os generais estão se posicionando para nos exterminar...”Falado aquelas palavras, o Rabino pegou o Shofar e o tocou com o toque de guerra. A multidão começou a sair de suas tendas e se aproximaram para ouvir o pronunciamento: “Meu povo, se YAVEH não intervir por nós agora, será o nosso fim! Morreremos aqui no deserto? Não. Devemos ir para nossa terra. A terra que Adonai prometeu a nossos pais. Vamos para Jerusalém

onde nos espera a Salvação do Senhor! Chegou o momento da nossa Redenção!”

Falado aquelas palavras, o povo começou a juntar suas coisas e começaram a marchar à terra de Canaã. Bruno olhou para os olhos de Ester e disse: “Falta pouco! Agora veremos a redenção de nosso D’us! Estamos indo a Jerusalém, mas não chegaremos exatamente lá. Seremos parados em Al Lejjun, pois lá é Megido, onde acontecerá o Armagedom.”Era uma cena muito linda de ser vista. Milhares de judeus marchando como nos tempos antigos e a presença do Senhor não se apartava do arraial. O povo cantava em uma só voz a música que Bruno havia-lhes ensinado: “Pelo Senhor, marchamos, sim. Com Seu exército: a chave da vitória. Que nos leva a possuir a Terra Prometida.Vamos cantar o canto da Vitória: Glória Deus!Vencemos a Batalha. Sua Glória será vista em toda terra!O nosso General é o Messias, oh, oh.Seguimos os seus passos. oh, oh.Nenhum inimigo nos resistirá!...”

Capítulo 3

A Grande Ceia da Morte

No sexto mês do sexto ano de Mytra, o mundo ainda estava um cáos. A defesa Civil da Europa não tinha mais condição de contar os mortos. O Planeta Terra parecia mais Planeta Morte. O cheiro naquelas regiões eram tão terríveis e causavam vários tipos de doenças. E por causa da irradiação, começaram a nascer pessoas deformadas. O número de morte no nascimento era assustador. E, ainda por cima, por causa daquelas armas que foram lançadas sobre a terra, o clima na terra mudou. Geleiras inteiras haviam se derretido, o mar invadiu várias regiões da terra e em vários lugares começou a haver congelamento dos mares. Era como se o eixo da terra havia mudado. Houve até o nascimento de novas terras que antes estavam encobertas pelas águas. Mas essas terras eram sombrias, sem vida.

“E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o inferno seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra.” (Ap 6.8)

O céu parecia estar externando o que se passava sobre a terra. Até o amarelo do sol estava diferente. Os cientistas diziam que não só o eixo da terra havia mudado, mas a sua órbita também. Diziam que a terra havia ficado mais perto do sol e que em breve haveria muita seca sobre a terra e que todos deveriam economizar água. Em conseqüência dessas mudanças, eram raras as plantações com sucesso sobre a terra. Quando não era morte pelas doenças causadas, eram mortes por causa da fome. As Bolsas de valores em toda a terra proclamaram falência. A notícia de empresários que haviam se matado crescia cada vez mais. O cáos era tão grande que as redes noticiavam que mulheres, por causa do desespero e da fome, estavam comendo seus próprios filhos. Homens matavam outros para se saciarem. A confusão era tanta que Lord Mytra não estava mais dando conta da situação e a única coisa

que ele fazia era a de acusar os judeus e cristãos de toda essa confusão. Ele os chamava de “A Praga do Mundo”. Por causa do sofrimento, muitos faziam votos a ele e, quando achavam uma pessoa falando de Yeshua, eles matavam. Os abutres eram os mais felizes naqueles dias.Ainda, no dia 2340 após o arrebatamento, Lord Mytra declarou que o Exército da Redenção já estava pronto para marchar rumo à Paz Mundial, que já havia uma esquadra chegando à Israel pelo Mar Mediterrâneo e que um grande exército estava se aproximando por terra, vindo da Rússia. Quando a Rede Mundial de Televisão começou a transmitir a esquadra vinda no Mar Mediterrâneo, algo de muito estranho aconteceu: o mar começou a ficar vermelho e com cheiro de sangue. De repente, em vários pontos do globo terrestre o mesmo começou a ser transmitido. O Mar havia morrido, literalmente. Os cientistas constataram que a vida marinha estava em extinção.

Uma semana depois, numa entrevista, Lord Mytra declarou que os cientistas haviam descoberto que o sangue das águas do mar haviam sido ocasionados por uma arma química que Israel havia fabricado e lançado nos Mares da Terra. Mais uma vez Lord Mytra declarou:

“Vejam o quanto esse povo é perigoso. Devemos cortar o mal pela raiz enqüanto coisa pior não acontece.” Após ditas aquelas palavras, outros povos que ainda não haviam enviado tropas à Israel começaram a enviar imediatamente. Era questão de segurança Mundial. Quatro dias após aquele pronunciamento, algo de estranho aconteceu: Até as fontes e os rios não davam mais água, mas sangue. Dessa maneira, muitos começaram a se levantar contra Israel. O Mundo estava odioso. As nações da terra determinaram que tudo aquilo tinha que parar.

“O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, que és e que eras, o Santo; porque julgaste estas coisas; porque derramaram o sangue de santos e de profetas, e tu lhes tens dado sangue a beber; eles o merecem. E ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.” (Apocalipse 16:4-7)

Enquanto isso, à caminho de Israel, Ester, grávida de seu segundo filho, começou a passar

mal. Bruno ficou desesperado! Começou a gritar: “Um médico! Um médico! Minha esposa vai dar à luz antes do tempo! Socorro!” Gritou durante vinte minutos e nada. Rachel, a segunda mãe de Gabriel, veio correndo perto deles e ajudou Ester. Depois de duas horas, dentro do acampamento, Bruno escutou um choro de bebê. Seu lindo bebê havia nascido! Correu para dentro e viu: Era tão pequenino, tão lindo! Tão frágil para uma época tão tenebrosa! Ester se emocionou e disse: “Seu nome será chamado Maranata! Pois já nasceu clamando Vem Jesus!” Bruno coçou a cabeça e disse: “É, nunca vi esse nome em pessoa alguma mas eu concordo com você. Eu também estou desejoso que Yeshua volte logo e nos resgate!” Ester cortou o cordão umbilical com seus dentes e Rachel ajudou nos curativos. Devido a isso, não conseguiram prosseguir juntamente com o arraial e tiveram que permanecerem acampados na região da antiga Jericó. Rachel ficou com eles.“Rachel, por que você não acompanha o seu povo?” - perguntou Ester. Ela abaixou a cabeça durante alguns minutos e declarou: “É porque eu amo o Gabrielzinho como se fosse meu filho. Sabe, eu não posso ter filho. Tive um problema

de saúde e tiveram que retirar meu útero. Daí, quando eu soube que o orfanato estava sendo saqueado para salvar as crianças eu corri até lá e só havia sobrado nosso pequeno Gabriel. Quando o segurei ele olhou para mim e sorriu. Entendi que o Senhor havia me concedido ele como filho. Quando vocês chegaram, confesso que temi em meu coração achando que nunca mais poderia vê-lo novamente. Por isso, onde vocês forem eu pesso que eu vá junto, por favor.”Ester abraça Rachel e diz: “É muito bom saber que posso contar contigo. Sabe, não sei até quando sobreviverei a essa tribulação. Se eu morrer, vou morrer segura de que meus filhos já tem uma mãe. Você tem sido uma irmã para mim.”Passado sete dias, Rachel se aproximou com Yacob ao acampamento e disse: “Temos que circuncidar Maranata. É nossa lei!” Ester entendeu e disse: “Tudo bem. Embora sei que a verdadeira circuncisão é a do coração, eu permito sim, pois eu sei que é muito importante para vocês.” Yacob fez a circuncisão, agradeceu a Yaveh e disse: “Amanhã teremos que levantar acampamento. O nosso povo já está chegando ao campo de batalha e eu preciso estar lá. Quanto a vocês, se quiserem, podem ficar.”

Bruno segura a mão de Yacob e diz: “Chegamos aqui juntos e eu não posso deixar de ver o Grande livramento. Quero estar presente quando Yeshua descer sobre a terra.” Yacob se vira para Ester e diz: “Tudo bem, mas faço questão que usem meu cavalo. Ester não pode ficar andando nesse estado.” Ester olha para Yacob com olhar de carinho e diz: “Muito obrigado. O senhor é um bom homem. Em breve o Messias virá e tenho certeza que o senhor será reconhecido por sua bondade.”

Capítulo 4

Al Lejjun

No quarto dia do nono mês do ano sexto de Mytra, no dia 2440, chegando na Planície de Al Lejjum, a antiga Megido, o povo de Israel havia sido impedido de prosseguir. Um grande exército, muito numeroso estava em Jerusalém e em Nazaré e um outro havia se aproximado pelo sul e outro pelo norte. Israel estava cercada em Al Lejjun. Nada mais podia ser feito a não ser esperar em YAVEH. Parecia que aquele era o momento mas, milagrosamente, uma nuvem se posicionou somente sobre o povo de Israel. O Rabino se alegrou e disse: “Vejam o livramento do Senhor!” Enquanto ainda falava, o sol começou a aquecer aquele exército. E começaram a gritar de dor e a blasfemar o nome do D´us de Israel. A noite havia chegado mas a lua parecia o sol de tão claro que estava. Naquela noite, se é que se podia chamar de noite, um grande estrondo se ouviu naquele lugar e desceu do monte água

pura para o vale de Megido. Era a provisão de D´us para Israel. Quando o sol nasceu, parecia o sol de verão sobre o Rio de Janeiro e ao meio dia as plantações começaram a queimar, mas Israel estava debaixo da Nuvem do Senhor. O mundo parecia estar caminhando para o seu fim.

“O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grande calor; e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.” (Apocalipse 16:8-9)

“Sobre todo monte alto, e todo outeiro elevado haverá ribeiros e correntes de águas, no dia da grande matança, quando caírem as torres. E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor atar a contusão do seu povo, e curar a chaga da sua ferida. Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo na sua ira, e com densa nuvem de fumaça; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor;” (Isaías 30:25-27)

Quando o Lord Mytra foi questionado pelos repórteres se aquilo também era obra dos judeus (perguntaram em forma de deboche), ele simplesmente falou: “Eles podem até dizer que é obra do D’us deles, mas tudo isso é conseqüência das bombas de Israel que mudaram o eixo e a órbita da terra. Eya está irado com Israel. Temos que acabar com eles para a paz retornar à Terra. Quando isso acontecer, Pedro II garante que invocará os seus poderes para voltar tudo ao normal. Ninguém é maior que o Grande Pedro! Vamos terminar logo com isso!”No décimo primeiro mês do ano sexto, o exército Mundial já estava novamente posicionado para destruir Israel. Haviam adquirido roupas térmicas e cada vez mais se aproximavam exércitos vindo de toda parte do mundo. Até o Lord Mytra e Pedro II vieram para aquele campo de batalha. Muitos se prostavam aos dois como se fossem deuses. Ele dizia: “Quando vocês sacrificarem o povo judeu a mim eu ordenarei que Eya faça com que a terra volte ao normal.”Quando Bruno ouviu aquilo, mesmo de longe, ele correu para aquele lugar e gritou: “Ouçam: tudo isso é mentira. Não acreditem nele. Em breve o Senhor Jesus voltará para salvar Israel. Venham para o nosso lado, pois será o

vencedor!” Quando Bruno falou aquilo, Lord Mytra começou a rir e disse: “Não vês que o povo de Israel já está condenado? Por acaso você não quer passar para o nosso lado?” Bruno olhou para os olhos daquele povo e viu que não adiantava nada falar, mas era tarde demais: Lord Mytra o pegou, o amarrou e disse: “Eu mesmo vou efetuar o primeiro sacrifício do dia...” Apontou sua espada para Bruno, levantou-a sobre sua cabeça e, quando ia golpeá-lo Ester ficou na frente de Bruno e gritou: “Naaaão!”. Então Lord Mytra, num só golpe arrancou a cabeça dos dois. Naquele instante, um grande gemido se ouviu ao redor. Os homens começaram a sentir dor e começaram a blasfemar o D’us de Israel, mas não se arrependeram. Rachel agarrou Gabriel e Maranata em seus braços e fechou seus olhos, não entendendo o que estava acontecendo.

“O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam de dor as suas línguas. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram o Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras.” (Apocalipse 16:10-11)

”Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?.E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram. (Ap 6.9-11)

Capítulo 5O Dia do Senhor

... Diante do Grande Trono

Mas, diante do trono de D’us, Bruno e Ester foram os últimos servos de Yeshua a serem martirizados e foram recebidos com grande alegria pelo Senhor o qual lhes falou: “Vinde benditos de meu Pai, porque branquetearam vossas vestes no meu sangue. Chegou o momento em que pisarei o lagar do vinho do furor da Ira do Deus Todo-Poderoso!” E todos que estavam ali louvaram ao Senhor com brados de alegria: “Digno é o Cordeiro, que foi morto. Santo. Santo. Santo é o Senhor dos Exércitos. Sua Glória será vista em toda a Terra!”

... No acampamento

No acampamento dos judeus eles deram as mãos uns aos outros e começaram a clamar ao Senhor pela salvação. Permaneciam orando e ficaram em jejum como nos dias de Yom Kippur. O Rabino levantou sua voz em oração pedindo

perdão a D’us por não terem recebido o Messias quando Ele viera no passado. Clamava pedindo que o Messias viesse finalmente salvá-los naquele momento. O povo chorava e clamava, colocava seus rostos no pó da terra, crendo que poderia ainda haver uma esperança.No segundo dia do duodécimo mês de Mytra, dia 2499, algo de muito estranho aconteceu: O Rio Eufrates havia secado totalmente. Não havia mais rio. Com isso, Lord Mytra e Pedro II caminharam rumo ao oriente para convencer os outros reis que não deveriam temer, pois Eya estava a favor deles, pois Eya havia secado o Rio Eufrates temporariamente para facilitar a passagem deles e ainda disse: “O D’us de Israel abriu apenas uma passagem no Mar Vermelho mas eis que eu sequei todo o Rio Eufrates para terminarmos logo com a batalha. Venham e seremos vitoriosos.” Assim, a China, a Índia, o Paquistão, o Iraque e todos os representantes orientais concordaram em segui-los para lá e foram, apressadamente, crendo que a Solução Final estava para acontecer.

“O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente. E da boca do dragão, e da boca da

besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.) E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.” (Apocalipse 16:12-16)

No vigésimo segundo dia do duodécimo mês de Mytra, dia 2519, todos já estavam preparados para atacar os Judeus. Ouviu-se um grito: “Ataquem! Alcancemos a Paz!” Os soldados corriam, Israel estava cercada em Megido. O Rabino Yacob gritava: “Acalmem-se! Se morrermos, iremos para o Senhor.” Continuou: “Olhai para o alto Israel, pois é de lá que virá nossa Redenção! O nosso socorro vem do Senhor que fez os céu e a terra. Ele não deixará que nossos pés vacilem. É Ele quem nos guarda...” Quando terminou de falar, o chão do exército começou a tremer e abrir. Parecia um formigueiro sendo derrubado pelo chão. O chão estava tragando o exército e Israel estava

intacta. O Rabino gritou: “Mil cairão ao seu lado e dez mil à sua direita e tu não serás atingido, oh Israel!” A Terra tremeu, as cidades da terra foram destruidas. Todos os ídolos foram destruidos. D’us sacudiu a terra como aquele que sacode uma árvore para tirar os seus frutos. Chegou o Grande Dia do Senhor! Ouvia-se o grito dos homens do exército Mundial. Lord Mytra e Pedro II queriam se esconder e não conseguiram. Chovia pedra com o peso de 35 quilos. Os homens se escondiam nas fendas das rochas. O Temor da Presença de D’us começou a pairar sobre os corações. Yeshua ha Mashiah estava chegando. Em toda a terra se ouvia o grito das pessoas. Muitos queriam se matar mas não sonseguiam, pois a morte parecia ter fugido daquele Grande dia. Pessoas esmagadas, decapitadas, se contorciam de dor mas não morriam. Pessoas sem pernas, outras sem braços, outras com as víceras expostas... Até a morte fugiu da presença do Grande Rei.

“O sétimo anjo derramou a sua taça no ar; e saiu uma grande voz do santuário, da parte do trono, dizendo: Está feito. E houve relâmpagos e vozes e trovões; houve também um grande terremoto, qual nunca houvera desde que há homens sobre

a terra, terremoto tão forte quão grande; e a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e Deus lembrou-se da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho do furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras quase do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraivada; porque a sua praga era mui grande.” (Apocalipse 16:17-21)

De repente, ouviu-se o som de um Shofar diferente, bem alto, como aquele que se havia ouvido no Monte Sinai, na outorga da Torah. O povo olhou para o alto e eis que viram o céu se abrindo e o Senhor Yeshua ha Machiah vindo com Poder e Glória sobre um cavalo branco. Seus olhos eram como chamas de fogo, estava coroado com diademas. Suas vestes eram salpicadas de sangue e em sua coxa estava escrito REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. Atrás dele vinham exércitos montados em cavalos brancos, vestidos de linho fino, branco e puro.Ele desceu sobre o Monte das Oliveiras e disse: “Está feito!” Abriu-se debaixo de seus pés uma

grande fenda que fez abrir o chão e tragou o restante do exército inimigo de D’us. Quem ficou ainda de pé os vermes começaram a sair de suas narinas e de suas bocas e morreram sufocados. Os abutres começaram a vir e a comer a carne deles. Foi um grande banquete para os abutres!

“E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes.” (Apocalipse 19:17-18)

Aquele dia era um dia diferente. Quando o Senhor voltou à Sião o clima mudou. Não estava quente nem frio. Era um dia diferente e maravilhoso. Abriu-se um vale entre o monte das Oliveiras e todo o povo de Israel fugiu por ali.Após estarem seguros, aquelas multidões de judeus olharam para Yeshua ha Mashiah, viram suas mãos, pés e seu lado que havia sido furado em sua crucificação. Então os judeus se

arrependeram de nunca terem dado crédito à pregação do Senhor, por terem endurecido o coração para Yeshua, o verdadeiro Mashiah. Choraram amargamente e clamaram por perdão. O povo gritava e chorava: “Perdoa-nos Senhor, perdoa-nos. Tende misericórida de nós.” Israel finalmente se converteu ao Senhor. Yeshua olhou para eles e disse: “Não temas povo meu, chegai-vos a mim.” Após aquela palavra o povo se levantou e se aproximou de Yeshua, que continuou: “Eu sou o Messias que fora crucificado por vós. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes crucificado; porque para salvação vossa o Pai me enviou. Assim não fostes vós que me crucificastes, senão pela vontade do Pai, que me coroou e me entregou o Seu Reino. E agora vi para restaurar o Reino de Israel, como foi prometi a Davi.”Naquele instante Lord Mytra e Pedro II se levantaram, montaram em seus cavalos e gritaram: “Vamos acabar de vez com o Reino de D’us!” Muitos, dos que estavam ainda vivos se levantaram do chão e foram em direção ao Senhor, mas nem chegaram perto. A Besta e o Anticristo foram presos e lançados no lago de Enxofre. E apenas com uma palavra todos os inimigos foram consumidos. Havia uma grande

multidão de corpos jazendo em Megido. A cena era de triunfo misturado com a terrível visão dos corpos mergulhados em sangue, os abutres por cima deles, se fartando a cada instante, mas ao mesmo tempo a alegria no coração dos judeus era de se admirar, com suas cantorias e louvor a Yeshua.

“E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles.” (Apocalipse 19:19-21)

Naquele mesmo instante desceu um Anjo muito grande com uma cadeia na mão e ele foi ao abismo e prendeu Satanás e o amarrou. O Senhor lacrou o abismo e disse que importava ainda que depois de mil anos ele fosse solto para provar o coração dos que habitarão a terra.

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos.” (Apocalipse 20:1-2)

Ninguém mais daquele exército ficou vivo e o povo de Israel cantava ao Senhor durante todo o tempo. Grande era a alegria com que cantavam ao Senhor o Salmo 48.

“GRANDE é o Senhor e mui digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo. Formoso de sítio, e alegria de toda a terra é o monte Sião sobre os lados do norte, a cidade do grande Rei. Deus é conhecido nos seus palácios por um alto refúgio. Porque eis que os reis se ajuntaram; eles passaram juntos. Viram-no e ficaram maravilhados; ficaram assombrados e se apressaram em fugir. Tremor ali os tomou, e dores como de mulher de parto. Tu quebras as naus de Társis com um vento oriental. Como o ouvimos, assim o vimos na cidade do Senhor dos Exércitos, na cidade do nosso Deus. Deus a confirmará para sempre. (Selá.)Lembramo-nos, ó Deus, da tua benignidade, no

meio do teu templo. Segundo é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor, até aos fins da terra; a tua mão direita está cheia de justiça. Alegre-se o monte de Sião; alegrem-se as filhas de Judá por causa dos teus juízos. Rodeai Sião, e cercai-a, contai as suas torres. Marcai bem os seus antemuros, considerai os seus palácios, para que o conteis à geração seguinte. Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte.”

Capítulo 6

A Grande Restauração

Naquele momento, o Senhor estendeu suas mãos e trasnformou os montes e os tornou em planícies sobre Israel e disse: “Israel permanecerá na Terra Prometida. Meu Reino será em Jerusalém e eu governarei sobre a Terra.” E essa voz se ouvia sobre toda a terra. E foi posto uns tronos e se assentaram aqueles que o Senhor deu poder para julgar os moradores da terra. E o Senhor então separou os bodes das ovelhas.Depois daquele dia, aqueles que haviam sido mortos na Grande Tribulação, por causa do Testemunho de Jesus, ressuscitaram. Bruno e Ester se olharam um para o outro e disseram: “Deus seja louvado! Ressuscitamos! Faremos parte do Reino de Yeshua!”

“Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa

do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Apocalipse 20:4)

Enquanto isso, o tribunal do Senhor decretava as decisões do Grande Rei. O Grande Rei mandou chamar Bruno e Ester. Ao se encontrarem com o Senhor, Ele sorriu para os dois e disse: “Eu sempre estive protegendo vocês. Eu vos amo. Amo a todos os meus filhos. Como recompensa pela vossa fidelidade lhes mostrarei o que farei a todos os povos da terra. Eu os curarei.”Trouxeram Gabrielzinho à presença do Grande Rei e o Senhor curou Gabriel e ele se tornou um menino totalmente saudável como qualquer outro. Gabriel olhou para o Senhor e o abraçou com muito carinho. Após trouxeram os demais doentes e o Senhor curou a todos.

“E desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.” (Daniel 12:11)

“Bem-aventurado é o que espera e chega aos mil trezentos e trinta e cinco dias.” (Daniel 12:12)

Quando se passaram 75 dias após a volta do Senhor, o povo da terra recebeu da parte do Senhor uma casa de campo, cada família a parte. Nessa época, a indústria não mais existia. As armas foram derretidas e transformadas em enxadas, os animais passaram a comer somente das ervas do campo e se tornaram inofencíveis. Todos receberam uma terra para lavrar. Parecia um Jardim particular para cada família! Os salvos que ressuscitaram na volta de Yeshua, cada um recebeu um pedaço de terra para governar. Bruno e Ester receberam a grande honra de governar a terra número 77 da província de Benjamim. O Senhor havia juntado todos os continentes em um só e os dividiu em doze províncias. Cada província também foi dividida, seguindo a organização dos juízes de 12, de 144 e de 20736*.

*Essa numeração é totalmente fictícia, utilizando múltiplos de 12 pois o no. 12 significa oraganização. Fiz isso apenas para dar um significado no sermão da montanha em que os

mansos herdarão a terra. Apenas temos a certeza de que os que ressuscitarem após a grande tribulação reinarão com Cristo. Baseado nisso desenvolvi a idéia de que serão uma espécie de governantes.

... Anos depois

Maranata, filho de Bruno e Ester já estava com 80 anos de idade e não se cansava de contar todas as histórias de Bruno e Ester para seus filhos, dizendo: “pois haverá ainda um dia em que Satanás será solto e tentará ainda enganar os moradores da terra para guerrearem contra o Senhor, mas quando isso acontecer, virá o Fim de todas as coisas e o Juízo Final do Grande D’us virá para julgar grandes e pequenos, mortos e vivos. Vocês viverão muito. Por isso cuidado. Se apliquem em servir ao Senhor e não deixem de ir a Jerusalém para adorar o Senhor. É por isso que eu vou com vocês todos os anos, pois o Senhor é digno de ser louvado! À propósito, vamos aproveitar que Samuel irá amanhã para Jerusalém e vamos pedir para nos levar juntamente com ele. Hoje é feliz quem nasce em Israel e é sempre bom ser amigo de um judeu!” Naqueles dias a Grande Festa das Cabanas era

a mais esperada por todos. Quando se aproximavam os seus dias cada um convidava o outro para ir para Israel. Quando chegavam lá os corações pulavam de alegria e a presença do Senhor emanava na Grande Jerusalém a ponto de todos terem seus rostos resplandecidos como acontecera com Moisés.Os judeus eram as pessoas mais amadas da terra. Todos queriam ser amigos dos judeus. Feliz eram aqueles que habitavam próximos de Jerusalém. A paz era abundante em cada coração.

“Exulta, e alegra-te ó filha de Sião, porque eis que venho, e habitarei no meio de ti, diz o Senhor. E naquele dia muitas nações se ajuntarão ao Senhor, e serão o meu povo, e habitarei no meio de ti e saberás que o Senhor dos Exércitos me enviou a ti. Então o Senhor herdará a Judá como sua porção na terra santa, e ainda escolherá a Jerusalém. Cala-te, toda a carne, diante do Senhor, porque ele se levantou da sua santa morada.” (Zc 2.10-13)

“Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu próximo para debaixo da videira e para debaixo da figueira.” (Zc 3.10)

“E aqueles que estão longe virão, e edificarão no templo do Senhor, e vós sabereis que o Senhor dos Exércitos me tem enviado a vós; e isto sucederá assim, se diligentemente ouvirdes a voz do Senhor vosso Deus.” (Zc 6.15)

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão os povos e os habitantes de muitas cidades. E os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei. Assim virão muitos povos e poderosas nações, a buscar em Jerusalém ao Senhor dos Exércitos, e a suplicar o favor do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.” (Zc 8.20-23)

No outro dia, quando prepararam seus cavalos para a viagem, a família de Samuel se reuniu a eles, fizeram uma oração, cantaram um louvor e depois saíram em cavalgada pela Estrada da Fé, rumo a Jerusalém.

Capítulo 7

A Vida com Abundância

Todos viajavam felizes e cantando. Maranata gritou em tom de alegria: “Oh Glória a D’us. Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.” E todos gritaram: “Amém!” Era comum ver anjos voando, outros ajudando os peregrinos e muitos que cantavam juntamente com eles. A estrada era plana e tinha um rio com águas cristalinas. Joshua, o neto mais novo de Maranata perguntou a seu avô: “Vô, de onde vem essa água tão limpa?” Então Maranata lhe respondeu: “Ela nasce debaixo do Trono do Grande Rei Yeshua e corre para todas as nações. É porque bebemos dessa água que não temos mais doenças na terra e é por isso que tenho esse mesmo vigor de quando tinha vinte anos. Yeshua me falou que novamente haverá muitos anciãos de muitos dias na terra. Não sei quantos serão os dias de minha vida mas com o ânimo que estou creio que vou viver ainda muito.”

Joshua ficou contente em saber que seu avô viveria muito e que ele também. Maranata então pega Joshua no colo e lhe diz: “Lembre-se: temos que fazer essa peregrinação todos os anos para que o Senhor sempre abençoe nossa terra com a chuva. E, se você viver até o ano mil, fique atento, pois Satanás será solto para tentar os moradores da terra. É importante que, quando você crescer, casar e ter filhos, nunca deixe de contar as histórias que eu conto para vocês e a importância de peregrinar a Jerusalém todos os anos, para ofertarmos ao Senhor com nossa adoração.” Joshua balançou a cabeça concordando e disse: “Eu prometo vovô, que nunca deixarei de falar das obras e da salvação de nosso Grande Rei Yeshua.”Após quinze dias de viagem, avistaram a Grande Jerusalém do Grande Rei. Em volta dela havia um muro de fogo que nunca se apagava. Era um fogo diferente, que não queimava os que iam buscar ao Senhor, mas ao se aproximar daquele fogo os corações ardiam de alegria. Alguns pulavam de alegria, outros cantavam ao Senhor e muitos caíam no chão em gargalhadas de tanta alegria que sentiam. Finalmente passaram pelos portões e chegaram a Jerusalém para a Grande Festa dos Tabernáculos. Os cavalos estavam enfeitados e

em suas campainhas estava escrito “SANTO AO SENHOR”. A multidão de tendas espalhadas na Grande Planície da Paz era incontável. Cada família cozinhava em panelas consagradas. Tudo era consagrado ao Senhor.

Naquele dia se gravará sobre as campainhas dos cavalos. SANTO AO SENHOR; e as panelas na casa do Senhor serão como as bacias diante do altar.21 E todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor dos exércitos; e todos os que sacrificarem virão, e delas tomarão, e nelas cozerão. Naquele dia não haverá mais cananeu na casa do Senhor dos exércitos. (Zc 14.20,21)

Foi concedido à família de Maranata e de Samuel ficarem mais para o lado oriental, no meio da tribo de Benjamim, perto da entrada do Grande Templo. E ali se acamparam.No dia do Sucot, ouviu-se uma linda canção entoada pelos cento e quarenta e quatro mil jovens que cercavam o Grande Rei. Onde o Grande Rei caminhava eles o seguiam. Quando parava, eles paravam também. Mas a doce melodia, tão linda, entrava pelos corações e

todos eram impelidos a cantarem também. Anjos voavam ao redor do Grande Rei. Havia uma fileira de anjos com espadas reluzentes um de frente para o outro e, quando o Grande Rei passava, eles abriam espaço para Ele passar. Era uma cena muito linda de se ver. E todos se prostavam com o rosto no pó quando Ele passava.O Grande Rei Yeshua levantou as mãos e saía delas uma luz que penetrava os corações com alegria. Todos ficavam calados pois sabiam que Ele ia falar. Quando falava, ensinando os mistérios do Reino, ninguém sentia fome pois suas palavras eram como alimento e as almas também eram alimentadas e saciadas com grande alegria. E sempre os alertava: “Cuidado, quando o inimigo de vossas almas vos tentar pois muitos serão seduzidos por ele e se levantarão contra mim. Ensinai a vossos filhos e dizei a vossos filhos que assim deverão também fazer.”Um jovem que estava próximo lhe perguntou: “Senhor, como pode alguém se levantar contra o Senhor? De ti procedem as chuvas, a alegria, a saúde. Quando chega a hora de irmos para os nossos lares já vamos sentindo o desejo de retornar para cá. O meu desejo era morar aqui para sempre!” Então o Senhor lhe falou: “O

coração do homem é enganoso e perverso. Somente aqueles que me buscam encontram descanso para suas almas. Aqueles que bebem da água da vida são abeçoados, mas haverá sempre aqueles que possuem corações endurecidos, rebeldes, obstinados que não estão propensos a me buscar. O Pai vos concedeu o direito de escolher e não são poucos que cederão a última tentação da terra. Na verdade vos digo que milhares de milhares dos quatro cantos da terra se levantarão conta o meu Reino, nos últimos dias. Mas ficai apercebidos porque eu vos falei.”Passados os sete dias da Grande Festa, Bruno, o prefeito da área 77 de Benjamim foi à frente conduzindo a multidão que estava sob seus cuidados. E todo o povo ia cantando e louvando ao Senhor de volta para seus lares.

Capítulo 8

Henrique, o rebelde

Todos os anos o Sucot era momento de alegria e harmonia entre os povos. A cada ano que passava mais o número de peregrinos aumentava.No ano 565 do Grande Reino de Yeshua, Maranata já estava com 565 anos e ainda não se sentia cansado de viver. Já estava com netos, bisnetos, trinetos, tetranetos, pentaneto e hexaneto e lá se vai. Sua geração era abeçoada. Os melhores quartetos da terra eram de sua geração. A voz era um dom da família Maranata. Muitos vizinhos vinham ouví-los nas reuniões semanais da comunidade.Porém, havia um de seus hexanetos que naquele ano decidiu não ir à Jerusalém. Maranata o chamou e perguntou: “Por que você disse que não vai à Jerusalém este ano?” Henrique lhe respondeu: “Já estou cansado de todos os anos ter que viajar tão longe. Não vão

sentir minha falta lá. Ademais, tenho que preparar a terra para semear.” Maranata então replicou: “Henrique, você não sabe o que está falando. Existe uma profecia de que a terra não seria abençoada com a chuva caso a família não fosse a Jerusalém adorar ao Senhor.” Henrique torce o nariz e declara: “Isso é estória de lenda. Como poderia chover na horta de meu vizinho que vai à Jerusalém e não chover na minha? Isso é estória para nos coagir a ir a Jerusalém.” Maranata balança a cabeça, desapontado e fala: “Isso é contigo. É melhor obedecer do que sacrificar. É uma pena ouvir isso de você. Mas como tens procedido como louco se prepare para as consequências de seus atos.” Três meses depois, na época da chuva, aconteceu algo interessante. Choveu ao redor do sítio do Henrique, menos no sítio dele, o que o deixou irado. Quando chegou a época da colheita, ele havia perdido todos os seus grãos que havia sido semeado e ficou sem nada. Quando a estocagem de alimento acabou, tentou pedir a seus vizinhos, mas a lei não permitia que ele fosse ajudado, por causa da rebeldia. Ele pediu uma audiência com Bruno o que foi concedido em três dias.Quando Henrique se aproxima de Bruno, este lhe pergunta: “Por que não foste à Grande Festa

dos Tabernáculos este ano?” Henrique lhe respondeu: “Estive ocupado com a semeadura, por isso não pude ir.” Bruno lhe orientou: “Não sabias da lei da semeadura, que só poderia ser feito ao retornar de Jerusalém?” Pois bem, a sua punição será simples dessa vez: trabalharás no sítio de seu vizinho por sete meses e ele te sustentará durante esse período. Depois, ele te emprestará mantimento por mais cinco meses e você deverá pagá-lo no final de sua colheita. Terás que trabalhar por ti e por ele no próximo ano.”Henrique teve que concordar mas se irou em seu coração e reclamou dentro de si: “Que governo é esse que escraviza as pessoas? Isso não é justo. Quando vou ser livre para fazer o que quiser? Pelo jeito nem quando eu ficar velho e passar minha terra para meus filhos.”Assim, Henrique trabalhou arduamente para se sustentar. Mas todos os dias ele reclamava do Grande Rei em seu coração. No ano 570, Henrique observou que seu vizinho Tiago estava com uma super safra enquanto que a dele estava minguada. Durante a noite, Henrique foi até o celeiro de Tiago e roubou algumas sacas de feijão e o escondeu dentro de seu quarto, para ninguém descobrir. Mas logo pela manhã a guarda Real o recolheu e o levou

preso até Jerusalém.Na audiêcia o Grande Rei lhe perguntou: “Por que agiste de loucura roubando a teu irmão?” Henrique lhe respondeu: “Fiquei com medo de faltar mantimento para mim. Mas eu ia devolver.” O Grande Rei olhou para ele e disse: “Mentira. Eu julgo com justiça porque conheço o que se passa em cada coração. O seu coração diz que faria de novo. Portanto, terás uma pena de sete anos. Habitarás nas regiões exteriores e a sua terra será cultivada por aquele que roubaste e quando retornares serás servo daquele que roubaste até que se completem o ano do jubileu.”

“Então disse-me: Esta é a maldição que sairá pela face de toda a terra; porque qualquer que furtar, será desarraigado, conforme está estabelecido de um lado do rolo; como também qualquer que jurar falsamente, será desarraigado, conforme está estabelecido do outro lado do rolo.” (Zc 5.3)

Henrique foi levado às regiões exteriores onde a terra não dava o seu fruto e ficou vigiado por seres muito estranhos. Estavam ali outros que haviam se rebelado contras as ordens do

Grande Rei. O lugar era tenebroso, um lugar distante com pouca luz. Ali Henrique percebeu a falta de paz no coração e a tristeza tomou conta do seu ser.No ano 577, quando retornou, voltou a cultivar sua terra e não quis mais se envolver em confusão, dizendo em seu coração: “Que governo é esse onde não temos liberdade de fazer o que quiser?” Porém, todos os anos Henrique ia a Jerusalém suplicar o favor do Senhor, pedindo pela chuva serôdia a seu tempo.

“PEDI ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia, sim, ao Senhor que faz relâmpagos; e lhes dará chuvas abundantes, e a cada um erva no campo.” (Zc 10.1)

Assim como henrique, ainda havia muitos que infrigiam as leis do Senhor e assim eram punidos. O roubo não era tolerado, nem ofença, nem briga, nem confusão, nem rebeldia, muito menos a mentira. Todos tinham que obedecer as leis do Senhor e assim a terra continuava em paz e harmonia.No ano 806 Maranata já estava cansado e pediu ao Senhor para levá-lo ao Paraíso. Foi uma

grande festa de despedida na família de Maranata. A família de Maranata já estava com três milhões de membros, mas todos compareceram a sua festa, inclusive Henrique, porque dizia em seu coração: “Melhor ir até lá antes que seja punido por isso.”A família de Henrique não era tão numerosa porque depois que foi punido, no ano 570, ficou estéril e não teve mais filhos durante quatro gerações, o que sempre seu coração se enchia de inveja em ver as famílias de seus irmãos bem numerosas.Assim, ao chegar em Jerusalém, na festa dos Tabernáculos, Yeshua chamou os anjos e levaram a todos os anciãos que já estavam se sentindo cansado à presença do Grande Rei. O Grande Rei Yeshua, com um sopro de sua boca, os transformou à vista de todos e assim foram levados ao Paraíso. Era grande a alegria dos anciãos porque sabiam que em breve chegariam o momento deles partirem também.Diante do tabernáculo do Grande Rei todos dançavam e cantavam. “Com alegria cantai de júbilo. Ao Senhor cantai, pois Ele é merecedor de toda honra, toda glória e todo poder.” Grande eram as festas e produzia alegria a todos que o amavam. Todos os povos dançavam diante do Grande Rei.

Henrique, porém, se mantinha dentro de sua tenda. Ainda guardava em seu coração muita mágoa. Yeshua se aproximou de sua tenda e chamou: “Henrique, saia para fora pois hoje vim falar com você.”Henrique saiu e não conseguia olhar para os olhos do Senhor. Então o Senhor lhe falou: “Por acaso sou eu o responsável por seus sofrimentos? De que se queixas? Deveríeis se queixar de suas próprias atitudes. Você vem todos os anos e me honra com os lábios mas não com seu coração. Se você abrir o seu coração a me buscar e a me honrar de verdade, a alegria irá invadir o teu ser e o seu rancor se transformará em gozo para a tua alma. Assim como fui para seus pais serei contigo se me servirdes com o teu coração.” Henrique falou em seu coração: “Isso são só palavras. O Senhor não me ama mais.” Então Yeshua lhe falou: “Pensas que não conheço os seus pensamentos? Eu esquadrinho o coração do homem. Ainda que você não me ame eu ainda te amo. O meu sacrifício na cruz é a maior prova de amor por ti. Ah, como eu queria te abençoar, mas tu insistes em não me honrar pela dureza do teu coração. Saiba tu que sempre estarei de braços abertos para ti. A minha misericórdia se estende de gerações em gerações.”

Capítulo 9

Satanás é solto

No ano 1000, assim como foi instituído, as cadeias de Satanás se soltaram. Rapidamente ele começou a fazer discursos em todas as províncias incitando os cidadãos do Reino a lutarem com ele por um novo governo que ele dizia que seria um Governo da Liberdade. Ele dizia que Yeshua era inimigo do povo, que exigia obediência pois ele era um grande Ditador. Quando chegou na província 77 de Benjamim, Satanás, que disse se chamar Lúcifer, fez o seu discurso dizendo que Yeshua era o verdadeiro enganador que somente ele era aquele que traria luz ao mundo. Henrique o apoiou. Lúcifer então pediu a Henrique para dar seu testemunho e começou: “Meus irmãos, só porque não pude ir a Jerusalém fui punido. Tive que ser escravo para sobreviver à fome. Quando tive fome e peguei alguns grãos de feijão emprestado, fui tomado como ladrão sem direito a um julgamento justo. O Rei Yeshua é um tirano.

Vamos apoiar a Lúcifer. Ele teve o poder de se soltar das cadeias que o amarravam então ele tem o poder para tomar o trono de Jerusalém.” Em todos os lugares que Lúcifer andava Henrique ia junto com ele dando o seu testemunho e convencendo a milhares de pessoas. Henrique e Lúcifer falavam muitas mentiras acerca da Palavra, acerca de Yeshua e acerca de D’us. Lúcifer dizia que no seu Novo Governo ele daria liberdade para todos fazerem o que quiserem, que ia liberar qualquer tipo de casamento porque o povo teria liberdade para ter várias mulheres e que ia ensiná-los os ensinamentos mais secretos do passado que Yeshua não permitia que eles soubessem. Passados seis meses, o número de adeptos ao Exército da Liberdade já passavam dos seiscentos e sessenta e seis milhões. Lúcifer falava que se Yeshua tivesse poder para destruí-lo já o teria feito e que isso era sinal de fraqueza, que em breve Yeshua teria que se render. Famílias tentavam convencer as outras a se unirem em marcha a Jerusalém para tomarem o trono de Yeshua. No nono mês do milésimo ano de Yeshua, o número de adeptos do Exército da Liberdade era tanto que não se podia mais contar. Eram miríades de miríades de pessoas vindas dos quatro cantos da terra.

Lúcifer falava e as pessoas pareciam hipnotizadas. O exército de Lúcifer fazia lembrar o exército de Hitler, da Segunda Guerra Mundial. Faziam parte todo tipo de gente. O espírito da Rebeldia estava no coração deles, o que era inacreditável, pois nunca jamais na história houve um reinado tão justo e próspero como o reinado do Grande Rei Yeshua. No Reino de Yeshua nunca houve quem padecesse de fome, nem quem ficasse doente, nem quem fosse injustiçado, nem quem fosse enganado. As suas leis serviam de mantimento e alegria para a alma. Somente os desobedientes e maus eram punidos para o bem da humanidade. O Grande Rei Yeshua governava com vara de ferro para o bem de todos. Os justos o amavam, o adoravam, o serviam e nunca tinham queixa de nada. Para os justos, o Reinado do Grande Rei era maravilhoso, um reinado de paz, de amor a D’us e ao próximo, de respeito uns com os outros. Não se podia roubar, nem adulterar, nem mentir, nem matar. Os pais eram honrados, o Shabath era respeitado e era um dia onde todos das famílias se reuniam para ouvir a Palavra do Grande D’us, seus mandamentos, suas bênçãos, lembranças das histórias antigas. O Shabath era um dia de alegria e aprendizagem onde todos se reuniam

para o bem de todos. O Grande D’us era adorado e nenhuma imagem de escultura era reverenciado. Ninguém falava o nome de D’us sem respeito pelo Seu Grande Nome. Mesmo assim, muitos estavam com seus corações endurecidos, acreditando nas mentiras de Satanás. Satanás prometia que àqueles que falassem contra o Reino do Messias teriam direito a dominar sobre a terra, que seriam seus governantes. Prometeu-lhes o poder das trevas, que o poder das trevas era maior que o poder da luz. Prometeu-lhes o direito de vingança. A cada dia que passava mais pessoas se unia aquele exército. E corriam por toda a terra os mensageiros de Satanás dizendo: “Dentro de trinta dias aqueles que não se unirem a nós será destruído. Suas casas serão incendiadas e suas lavouras serão destruídas.Dos que eram a favor do Messias começaram a peregrinar para Jerusalém como nos dias de Sucot. As carruagens corriam em direção a Jerusalém e quando chegavam gritavam: “Senhor, Senhor, o enganador das almas está se preparando para a guerra! Salva-nos!” Mas o Grande Rei lhes falava com voz de trovão: “Aquietai-vos pois é mister que esse dia aconteça.” Então aquelas palavras produziam paz no coração do povo e o povo se acalmava.

A cada dia chegavam a Jerusalém aqueles que não deram ouvidos a Satanás. A medida que iam chegando o muro de fogo ia se expandindo. Todos buscavam o refúgio em Jerusalém. Os que eram espiões de Satanás não conseguiam entrar em Jerusalém pois o fogo os queimava.

Capítulo 10

A Guerra de Gogue e Magogue

O Exército da Liberdade se reuniu no antigo vale de Megido. Todos estavam com suas foices, enxadas, facões em suas mãos. A promessa de um governo livre, como dizia Lúcifer, fazia com que aquela multidão de multidões gritassem: “Por Lúcifer e seu governo, vamos vencer.” Lúcifer levantou as mãos para todos ficarem calados e ouvir. Então ele falou: “Hoje, chegou o dia de derrotarmos o Filho de D’us. Hoje, somos como prisioneiros em nossa terra mas amanhã seremos livres para fazermos o que quisermos. Prenderemos a Yeshua e seus santos. Arrasaremos com seus acampamentos. Yeshua se renderá para sempre. Vocês verão como serei um rei liberal. Não haverá lei, nem punição, nem temor. Habitaremos em nosso mundo e faremos dele o que quisermos. Liberdade!” E todos gritavam: “Liberdade.”Henrique levantou a bandeira do novo governo

de Lúcifer e todos gritaram: “Ahu! Ahu! Ahu!”. Sim, gritaram em uma só voz.No acampamento do Grande Rei seus súditos vieram lhe falar: “Senhor, o que faremos? Lutaremos contra eles? Se quiserdes, estamos prontos para morrermos por ti.” O Grande Rei lhes falou: “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus, sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” Então o povo exclamou: “O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”Então o povo se ajoelhou perante o Grande Rei e o adorou: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos. Quem não te temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Pois só tu és santo; por isso todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.”Do outro lado dos muros Lúcifer mandou a todos cercarem o acampamento dos santos e a cidade do Grande Rei. As multidões incontáveis de pessoas cercaram a grande cidade. Todos estavam prontos para a batalha. Lúcifer gritou: “Avante meu povo, rumo a Liberdade!” Após o zunido das vozes Yeshua tocou o Shofar. Creio que nesse momento, o Grande D’us ao ver aquela rebelião, chorou. Sim, chorou lágrimas de

fogo, pois caiu dos céus grandes gotas de fogo e consumiu todo aquele exército. Ninguém ficou de pé. Todos foram reduzidos a cinzas. Ninguém subsistiu e foram levados ao inferno. Um grande anjo de D’us pegou a Lúcifer e o lançou no grande lago de Enxofre, onde já estavam a besta e o anticristo.O povo do Grande Rei gritava com júbilo dizendo: “Só o Senhor é D’us!” Ao redor do Grande Rei os cento e quarenta e quatro mil escolhidos começaram a cantar ao Senhor e todos os acompanharam em louvor. “O Senhor reina; está vestido de majestade. O Senhor se revestiu, cingiu-se de fortaleza; o mundo também está estabelecido, de modo que não pode ser abalado. O teu trono está firme desde a antigüidade; desde a eternidade tu existes. Os rios levantaram, ó Senhor, os rios levantaram o seu ruído, os rios levantam o seu fragor. Mais que o ruído das grandes águas, mais que as vagas estrondosas do mar, poderoso é o Senhor nas alturas. Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre. (1)

“ e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo

número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade querida; mas desceu fogo do céu, e os devorou; “ (Ap 20.8,9)

(1) Salmo 93

Yeshua falou com voz de trovão e disse: “Meus filhos. Está consumado a vossa provação. Vós que não destes ouvidos à tentação, vós que sempre me amastes, sereis para sempre o meu povo e eu vos serei o vosso D’us. Chegou a hora do Grande Juízo de D’us.Após essas palavras a terra e o céu desapareceram e todos estavam diante de um Grande Trono Branco. Todos ficaram calados. Estavam como mudos diante do Grande Trono.

Capítulo 11

O Juízo Final

Estavam diante do Grande Trono Branco todos os homens, grandes e pequenos. Foram abertos grandes livros mas o principal era chamado de O Livro da Vida. Os justos foram julgados primeiros, segundo suas obras. Havia uma mulher que na sua vida nunca teve oportunidade em sua igreja mas foi aberto o livro de sua vida e suas obras foram reveladas. Ela, na verdade, era uma grande coluna em sua igreja pois fazia incensantemente orações pelo seu pastor e sua igreja. Foi revelado que suas orações foram o motivo daquela igreja ter dado tantos frutos. Havia um pastor de uma grande igreja que foi mencionado um dia em que um membro queira muito lhe falar, pois estavam com sua mente atormentada, precisava de ajuda; porém ele não teve tempo para ele, por causa de seus muitos afezeres, o que levou aquele membro a se suicidar.

Havia uma pessoa que foi revelado sobre um dia que o Senhor havia lhe dados ordens a falar de seu amor a uma pessoa moribunda em um hospital, mas por causa do medo de sofrer reprovação por parte de seus familliares, deixou de fazê-lo. Era a última oportunidade daquela pessoa em ouvir sobre a cruz de Cristo.Havia um pastor muito rico em que o Senhor desejava que ele enviasse missionários aos quatro cantos da terra, abrisse igrejas em todos os lugares, mas utilizou a riqueza para seus próprios desejos. Utilizou a riqueza da igreja para edificar grandes igrejas luxuosas, o que lhe trouxe muito “status” em sua sociedade. Havia uma mulher que havia recebido dos céus a ordem de ensinar a seus filhos o Caminho de Cristo, mas por causa de seu egoísmo, deixou seus filhos seguirem seus caminhos sem ao menos terem ouvido falar do amor de Cristo. Quando creceram, nunca quiseram ouvir o Evangelho.Foi mostrado ministérios infrutíferos, ministérios sem piedade, todos os tipos de ministérios. O tempo parecia não passar e todos ficavam aguardando o momento de ouvir seus nomes e serem julgados.Não havia ninguém que pudesse ser salvo por suas próprias obras mas por terem dado

testemunho de Cristo e por causa do sangue de Jesus, que os escreveu no Livro da Vida porque creram, foram salvos. Claro, de cada um foram falados as más obras, as omissões e falhas mas também foram mencionados as boas obras, os momentos de fidelidade, os momentos de misericórdia, os momentos de fé e gratidão. Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de que sem o sangue do Cordeiro ninguém poderia ser salvo. Foi mostrado os momentos em que pensávamos estar sós mas o Senhor estava em todo momento a nosso lado, nos consolando, nos ajudando. Foi mostrado para os salvos as provas e o resultado delas, de como cada um crescia como servos depois de passar por cada uma delas.

Foi mostrado o resultado das orações, das vidas curadas, salvas. Do resultado do empenho dos servos do altíssimo, daqueles que amaram mais a D’us que suas próprias almas, que tiveram mais prazer nas coisas do Altíssimo do que nas coisas do mundo. O resultado dos obreiros, dos missionários que não tiveram suas vidas por preciosas.

Todos falavam em uma só voz: “Justo és Senhor. Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e

verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos. Quem não te temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Pois só tu és santo; por isso todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.”Depois, aqueles que estavam mortos no inferno, os injustos, ficaram diante do Grande Trono e todos se dobraram ao Senhor. Os governantes foram julgados pelos povos oprimidos, pelo dinheiro que roubaram do povo. Os corruptos foram julgados, os grandes líderes também e todo o restante.Havia um homem que tinha sido poderoso na terra, responsável por milhares de mortes, o seu coração tremia diante de D’us.Havia um homem que tinha sido rei na terra, com todo o seu luxo e poderio onde foi mostrado o clamor do povo de sua época, aqueles que morreram de fome e os que foram mortos por desejarem comer o pão.Havia um homem que tinha roubado o dinheiro que ia ser empregado nos hospitais e foi mostrado a ele a multidão de gente que teria sido salvo se aquele dinheiro fosse bem empregado na saúde do povo.Havia um homem que era empresário mas sonegava os impostos para ficar mais rico. Foi mostrado a ele a morte daqueles que seriam

beneficiados com seus impostos mas não puderam receber ajuda pois faltou recursos para ajudá-lo.Foi mostrado um policial que deixou um bandido escapar porque recebera dinheiro e depois foi-lhe mostrado as vítimas que aquele bandido fizera depois de sua soltura.Havia alguns que foram cantores na terra, receberam o dom de D’us para cantar nas igrejas, mas venderam suas almas pela fama e pelo dinheiro. Não tinham mais voz para falar diante do Grande Trono.Foi mostrado os filhos que abandonaram seus pais em asilos sem nunca mesmo os terem visitado, porque estavam ocupados com seus afazeres.Foi mostrado a um jovem o dia em que o Senhor se apresentou a ele através de um servo que lhe falou do amor de Cristo mas ele não o ouviu e logo depois morreu sem salvação.Foram mostrados todos os segredos, nada em oculto deixou de ser revelado. Não havia mais poderosos nem dominadores mas todos estavam de joelhos diante do grande Trono Branco. Os adúlteros foram julgados, os fornicadores, aqueles que se envolveram com prostituição, com o sexo ilícito, com idolatria, com homicídios, com roubos, com mentiras. Os ateus tremiam

diante de D’us, os feiticeiros se contorciam de pavor, os idólatras sentiam vergonha de seus atos e ficavam com seus rostos ao chão. Aqueles que ensinavam a mentira ficaram mudos diante do grande D’us.Então, ao final de todas as leituras, foi lido o Livro da Vida e todos que tiveram seus nomes pronunciados foram levados ao Grande Paraíso de D’us. Quando o último nome foi lido e o livro fora fechado, aqueles que não tiveram seus nomes escritos ali, começaram a tremer e a prantear e a gritar. Eles rangiam seus dentes porque sabiam que o castigo eterno estava prestes a começar. O pavor tomou conta deles. Mas não havia mais esperança para eles porque seus nomes não foram encontrados no livro da vida e por isso foram lançados no lago de fogo para serem atormentados por toda a eternidade, onde já estavam a besta e o anticristo.

“ Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” (1 Co

6.9,10)

“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20.14-15)

“Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus.” (Rm 14.11)

Capítulo 12

Novos Céus e Nova Terra

Estavam diante do Grande D’us todos os salvos e então o Senhor fez novos céus e nova terra. Nessa terra não havia divisão do material e o espiritual. Haviam anjos e o próprio D’us os vinha visistar. Estavam Mariana, Lúcio, Bruno, Ester, Gabriel, Maranata e toda sua família que fora salva e todos se alegravam cada dia no senhor. O lugar era lindo, as flores louvavam a D’us. Não havia necessidade de sol pois o Senhor os iluminava. Ali não havia incrédulos, nem quem praticava abominação, nem assassinos, nem impuros, nem feiticeiros, nem idólatras, nem mentirosos.A Santa Cidade de Jerusalém desceu do céu com a Glória do Grande D’us. Do Grande trono saía uma água que virava um grande rio de águas cristalinas. Havia uma grande árvore chamada de Árvore da Vida, cujas folhas serviam de remédio para todas as nações.

Foi prometido que nunca mais haveria qualquer maldição. Que ninguém mais ia chorar nem mais morrer, mas que estrariam para sempre diante do Grande D’us.De repende, Bruno ouviu uma voz: “Bruno, Bruno, acorda meu filho!” Bruno acordou, olhou para sua mãe e falou: “Como dormi? Quero ir até o Senhor.” Ele se levantou, olhou pela janela e ficou atordoado. Sua mente demorou alguns minutos para se recompor e disse: “Parecia real. Acho que tive uma espécie de visão ou arrebatamento. Não sei, mas parecia real. O que estou fazendo aqui?” Sua mãe lhe falou: “Filho, já estava preocupada, você já dorme há três dias, tive que chamar os médicos mas eles disseram que você parecia estar em coma. Eles não conseguiram fazê-lo acordar. Bruno coçou a cabeça e falou: “Mãe, acho que devo contar a todos o que vi. Tenho certeza que foi uma revelação. Ainda não consigo acreditar que estou aqui.”Na outra semana, Ester lhe procurou e disse: “Bruno, não consigo mais viver sem você. Quero ser tua para sempre. Quando soube que você estava no hospital, tive medo de te perder.” Bruno abraçou Ester se mantendo um pouco distante e disse: “Eu te amo com amor puro e quero continuar assim. Vou trabalhar muito pela

nossa felicidade.” Ester estranhou um pouco e lhe pergunta: “Bruno, por que você não me abraça direito, quero te sentir em meus braços.” Ele replica: “Calma. Não posso deixar que a brasa atinja nossas vestes pois do contrário podemos ser queimados.” Ester lhe pergunta: “Que história é essa? Não estou entendendo nada.” Bruno então lhe fala: “Quero me casar com você. Vamos marcar nosso noivado para o próximo mês. Nesse dia, vou revelar a todos o que o Senhor me revelou.”

Passado um mês, durante o noivado, Bruno pediu a todos para se aproximarem e começou a falar: “Como todos sabem, estive, o que os médicos disseram, em coma durante três dias. Na verdade, passei por uma experiência fantástica o que nós, evangélicos, chamamos de arrebatamento de sentido. Durante este arrebatamento, o Senhor me revelou que Ele está prestes a voltar e a buscar a Sua igreja e que devemos estar preparados para não ficarmos nessa terra e sim subirmos com Ele. Neste sonho, minha mãe estava numa casa de campo e assim como faço agora ela começou a contar: Tive um sonho muito terrível ontem à noite! Este sonho está perturbando minha alma, desejando contá-lo a todos vocês....”

CONSIDERAÇÕES FINAISEsta Ficção Evangélica tem apenas o propósito de acordar aqueles que estão dormindo para o fato de que Jesus em breve virá arrebatar Sua Igreja e executar o seu Juízo sobre a terra. Espero que sirva também para aqueles que proventura não ouvirem o chamado e entrarem por esse terrível período. Mas, será mais fácil subir como Noiva do Senhor! Por isso, se prepare, meu amado leitor, pois eu asseguro que, pelos sinais dos tempos, Jesus em breve voltará. O Dia e a Hora niguém sabe.

Tentei ser fiel o máximo possível ao livro de Apocalipse e dos Profetas, contando através de uma estória emocionate de Bruno e Ester, os dois jovens que não vigiaram e perderam o Arrebatamento. Não tenho nenhuma pretensão desse livro ser um livro profético, nem ainda ser uma revelação do Apocalipse, pois não é, trata-se apenas de uma estória fictícia. Prova disso é que existem várias outras estórias sobre o assunto, uma diferente da outra. A profecia necessária já está em Apocalipse e nos profetas. Espero sim, que com a leitura dessa ficção, o amado leitor possa desejar descobrir em Apocalipse e nos profetas mensagens de Deus para sua vida.

Existe muita dúvida por parte dos estudiosos em muitos aspectos como, por exemplo, se os fatos escritos no Apocalipse são literais ou simbólicos? A Besta será uma pessoa normal? Um ser diferente? Um sistema? Os gafanhotos com caldas de escorpião são literais ou representam doenças? São algumas das indagações de muitas pessoas. Eu tratei esta ficção de maneira que os fatos fiquem pelo menos plausíveis em seus aspectos. De maneira nenhuma sou o dono da verdade. Agora, existem muitos aspectos claros que estão registrados no apocalipse que não temos a menor dúvida. Por exemplo, haverá perseguição dos que ficaram, dos que não aceitarem a marca da besta. Depois, haverá, por parte do Senhor, a punição para os que aceitaram a marca da besta, para os que seguiram a besta e o anticristo. Com certeza Jesus voltará e restaurará o reino de Israel, sendo Ele o Grande Rei etc.Coloquei a Besta como um antipapa, não como um Papa comum. Existe uma profecia entre os próprios católicos acerca de um antipapa e, na verdade, eles até consideram que houve alguns antipapas no passado. De maneira nenhuma quis ofender a fé que o povo católico tem na pessoa do Papa, da qual eu como evangélico não compartilho porque aprendi nas escrituras

que o Senhor Jesus é merecedor de toda a honra, toda a glória e todo poder e só a Ele devemos reverenciar. Os homens que estão em nossa liderança devem sim serem respeitados mas não reverenciados. Considerando a grandiosidade da presença católica em todo o mundo e a influência dos Papas ao longo de toda a história da humanidade, inclusive no mundo muçumano, é provável e plausível que Satanás se misture entre os religiosos para enganar a muitos e escolha um segundo Judas para esse fim, se fingindo de servo de D’us para depois mostrar a sua verdadeira face. “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” (2 Co 11.13-15) Como evangélico, claro, possuo inúmeras divergências em relação a doutrina católica, principalmente no tocante a adoração de imagens de escultura, o que a Bíblia condena nos dez mandamentos, mas reconheço o esforço dos sacerdotes católicos em manter o aspecto moral da religião deles de maneira que, se algum

Papa vier trazendo inovações à moralidade da igreja, saibam que esse é um iníquo, ou quem sabe, o iníquo. De tudo, devemos, evangélicos ou católicos, observar as escrituras para não sermos enganados, pois as escrituras mesmo dizem: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1.8,9) Sobre o milênio, me baseei no livro de Zacarias. A certeza que tenho do milênio é que todos devem ir a Jerusalém. A punição da falta de chuva é evidente. A punição de Henrique em ir para as trevas exteriores faz parte da ficção literária e não um fato bíblico, para dar enredo à história e uma explicação de como Henrique se tornou contra o governo do Messias, pois é fato sim de que milhares de milhares, dos quatro cantos da terra se levantarão contra o Senhor no final do Milênio.Sobre o juízo final, sabemos sim que todos serão julgados por suas obras e ações. Usei pensamentos bíblicos para elaborar alguns juízos como o livro de Ezequiel em referência ao Atalaia, mas usei também o senso de indignação

sobre os governantes que deveriam servir ao povo mas insistem em governar para seus próprios interesses, se esquecendo dos necessitados, dos moribundos nos hospitais, dos órfãos e das viúvas. O governo corrupto e seus corruptores. Muitos não se dão conta mas os sonegadores também cometem homicídio passivo, deixando de entrar recursos para a saúde do povo. No juízo, veio em meu coração que todos entenderão que somos todos pecadores e que só seremos salvos através da Graça, pelo sangue do Cordeiro. Por isso imaginei o juízo como da maneira que escrevi que, é claro, creio ser plausível, mas é apenas uma ficção literária. Como será o juízo? Naquele dia havemos de saber com exatidão.Enfim, a responsabilidade foi tremenda, o que me levou a orar ao Senhor pedindo Sua ajuda, para que não escreva nada que venha a ferir o evangelho, mas sim me basear por ele; por isso tremo diante da possibilidade de ter cometido muitas falhas humanas e por isso, de antemão, pesso perdão aos irmãos por qualquer falha cometida ou alguma ofença, pois só utilizei meu direito de livre expressão, segundo a Constituição Brasileira e peço categoricamente que não deixem de ler os seguintes livros: Isaías, Daniel, Zacarias e Apocalipse, minhas fontes de

pesquisa. E, caso queira receber ensinamento bíblico no assunto de escatologia, recomendo meu livro “Visão Panorâmica da Bíblia” que trata do Plano da Salvação de Gênesis à Apocalipse, mostrando que Jesus, ou Yeshua, é o tema principal da Torah, dos Profetas, das Poesias e de toda a História da Humanidade. Visite nosso Site: http://www.pedradeajuda.com. Para os judeus que queiram entender nossa visão do porquê crermos que Yeshua é o Messias, oriento a leitura de meu livro “A Messianidade de Yeshua de Nazaré”.A paz do Senhor, Shalom Adonai!

Pastor Márcio Santos.