edição número 1712 - 07 de abril de 2013

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Restos mortais de Manoel Lisboa podem ser de outra pessoa A família de Manoel Lisboa, estudante e líder do Partido Comunista Revolucionário (PCR) até hoje não sabe se o corpo entregue pelo Exército, em 1973, data em que foi morto em sessões de tortura pela ditadura militar, é o dele ou de outra pessoa. Por determinação do comandante do então 20º Batalhão de Caçadores, o caixão nunca foi aberto. Um exame de DNA poderá ser solicitado, agora, por uma das três Comissões da Verdade em Alagoas. PÁGINA 4 SANDRO LIMA REPRODUÇÃO / BOPE POUPANÇA: 0,4134% DÓLAR COMERCIAL R$ 1,98 R$ 1,98 DOLAR PARALELO R$ 2,05 R$ 2,14 OURO: R$ 101,50 Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas 01:43 2.0 07:51 0.3 13:53 2.1 20:11 0.2 Mínima 22º Máxima 32º Marés FINANÇAS TEMPO DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 7 DE ABRIL DE 2013 N 0 1712 R$ 3,00 EXEMPLAR DO ASSINANTE tribunahoje.com TRIBUNA INDEPENDENTE 21 ANOS DEPOIS JULGAMENTO DO MASSACRE DO CARANDIRU TEM INÍCIO NA 2ª FEIRA PÁGINA 7 BOPE PODE PERDER SÍMBOLO DA CAVEIRA Uma resolução do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ligado à Presidên- cia da República, proíbe o uso de símbolos que façam apologia à violência em fardas e veículos das polícias, assim como a caveira do Bope. A Polícia Militar em Alagoas desconsi- dera a possibilidade de retirar o emblema do batalhão, porém entidades de direitos humanos do Estado prometem se mobilizar para fazer valer a medida. PÁGINA 13 FERNANDO COLLOR ‘DESAFIO O GOVERNADOR A PACIFICAR O ESTADO’ O senador Fernando Collor (PTB) desafiou o governa- dor Teotonio Vilela a “pacificar Alagoas”. “Os homicídios aumentam e o Estado não faz a sua parte no Plano Brasil Mais Seguro, porque faltam policiais nas ruas”, disse. E acrescentou: “Com Vilela, Alagoas parou no tempo”. PÁGINA 2 PARAÍSO ECOLÓGICO AMEAÇADO POLUIÇÃO, OCUPAÇÃO DESORDENADA, RETIRADA DE VEGETAÇÃO E OUTRAS AGRESSÕES ESTÃO LEVANDO ECOSSISTEMA À MORTE PÁGINAS 9 a 11 LAGOA MANGUABA PREFEITURA DE MACEIÓ RUI PALMEIRA COMPLETA 100 DIAS DE GOVERNO BOTANDO ORDEM NA CASA Ao completar 100 dias de gestão, o prefeito Rui Palmeira começa a colocar “ordem na casa” e a mostrar resultados de sua administração, mesmo sem orçamento e uma dívida herdada de quase R$ 170 milhões. PÁGINA 3 CONTATO direto com o povo tem sido uma das marcas de Rui

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Page 1: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

Restos mortais de Manoel Lisboa podem ser de outra pessoa

A família de Manoel Lisboa, estudante e líder do Partido Comunista Revolucionário (PCR) até hoje não sabe se o corpo entregue pelo Exército, em 1973, data em que foi morto em

sessões de tortura pela ditadura militar, é o dele ou de outra pessoa. Por determinação do comandante do então 20º Batalhão de Caçadores, o caixão nunca foi aberto. Um exame de

DNA poderá ser solicitado, agora, por uma das três Comissões da Verdade em Alagoas.PÁGINA 4

SANDRO LIMA

REPRODUÇÃO / BOPE

POUPANÇA: 0,4134%

DÓLAR COMERCIALR$ 1,98 R$ 1,98

DOLAR PARALELOR$ 2,05 R$ 2,14

OURO:R$ 101,50

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

01:43 2.0 07:51 0.3 13:53 2.1 20:11 0.2

Mínima

22ºMáxima

32º

Marés

FINANÇAS

TEMPO

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS

7 DE ABRIL DE 2013 N0 1712

R$ 3,00

EXEMPLAR DOASSINANTE

tribunahoje.com

TRIBUNAINDEPENDENTE

21 ANOS DEPOISJULGAMENTO DO MASSACRE DO CARANDIRU TEM INÍCIO NA 2ª FEIRAPÁGINA 7

BOPE PODE PERDER SÍMBOLO DA CAVEIRAUma resolução do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ligado à Presidên-

cia da República, proíbe o uso de símbolos que façam apologia à violência em fardas e veículos das polícias, assim como a caveira do Bope. A Polícia Militar em Alagoas desconsi-dera a possibilidade de retirar o emblema do batalhão, porém entidades de direitos humanos

do Estado prometem se mobilizar para fazer valer a medida.PÁGINA 13

FERNANDO COLLOR‘DESAFIO O GOVERNADOR A PACIFICAR O ESTADO’

O senador Fernando Collor (PTB) desafiou o governa-dor Teotonio Vilela a “pacificar Alagoas”. “Os homicídios

aumentam e o Estado não faz a sua parte no Plano Brasil Mais Seguro, porque faltam policiais nas ruas”, disse. E acrescentou: “Com Vilela, Alagoas parou no tempo”.

PÁGINA 2

PARAÍSO ECOLÓGICO AMEAÇADOPOLUIÇÃO, OCUPAÇÃO DESORDENADA, RETIRADA DE VEGETAÇÃO E OUTRAS AGRESSÕES ESTÃO LEVANDO ECOSSISTEMA À MORTE PÁGINAS 9 a 11

LAGOA MANGUABA

PREFEITURA DE MACEIÓRUI PALMEIRA COMPLETA 100 DIAS DE GOVERNO BOTANDO ORDEM NA CASA Ao completar 100 dias de gestão, o prefeito Rui Palmeira começa a colocar “ordem na casa” e a mostrar resultados de sua administração, mesmo sem orçamento e uma dívida herdada de quase R$ 170 milhões. PÁGINA 3

CONTATO direto com o povo tem sido uma das marcas de Rui

Page 2: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013POLÍTICA2

Collor desafia Vilela a pacificar AlagoasSenador alagoano acusa governador Teotonio Vilela de omissão e demora diante da situação da seca no Estado

SANDRO LIMA/ARQUIVO

Senador Fernando Collor diz que não há ataques e sim críticas por promessas públicas não cumpridas

Não se sabe ao certo os rumos da eleição de 2014. Quem será candidato a que e com quem, contra quem. O que se sabe e o que a conjuntura política

vem apresentando, em definitivo, são dois palanques políti-cos bem distintos: de um lado o senador Fernando Col-lor (PTB); e do outro, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Se perguntados qual seria o destino de ambos, eles desconversam, mas seus discursos de posições antagônicas dão tom da disputa entre eles. Bastidores dão conta que Collor é candidatíssimo a sua reeleição como senador da República por Alagoas. Por outro lado, nada impede dele ser postulante ao Palácio República dos Palmares, mais uma vez.

Teotonio Vilela, então, ao estilo, não emite parecer prévio nem por decreto. “Está muito cedo”, sempre diz o governador quando é indagado sobre seu futuro político.

Nesta entrevista, o senador Fernando Collor justifica sua forte postura diante dos problemas do Estado e ain-

Por 2014, Dilma injeta R$ 3 bilhões no Rio

Na sequência de agrados para conter eventual sangria no futuro palanque eleitoral, a presidente Dilma investirá pesado no governo de Sérgio Cabral e do vice Luiz Fernando Pezão, candidato do

PMDB à sucessão. Após trocar ministros para se reaproximar do PDT, PR e PMDB, ela desembarca no Rio dia 27 de Abril para assinar contrato de R$ 3,2 bilhões através do Banco do Brasil para financiar obras do estado e do governo federal em parceria com o Palácio Guanabara.

EstratégiaEla presenteia o Rio no momento em que o estado luta contra o risco da perda dos royalties e em que o PMDB reclama da pré-candidatura de Lindbergh (PT) ao governo.

Sonhando O PMDB ainda acredita que terá um vice do PT e que Lula e Dilma tiram Lindbergh da disputa. São pragmáticos: Dilma não tem Minas, ES e SP. Então precisa do Rio.

Apostas‘Aécio (PSDB) terá 7 milhões de votos só em Minas, e ainda ‘pega’ Sul da Bahia. Tem São Paulo com ele, e no ES o apoio do ex-governador Paulo Hartung’, diz pemedebista.

O PoetaO vice-presidente Michel Temer lançará seu livro de poesias ‘Anônima Intimidade’ na Sexta-feira na Associação Comercial do Rio. Embora fique constrangido com regalias, a segurança no populoso Centro carioca en-volverá fechamento da Rua da Candelária e adjacentes, para a comitiva com carros blindados, ambulâncias, batedores etc.

Precedente Da última vez que andou com carro descaracterizado, o vice passou sus-to: um pivete em São Paulo abriu sua porta para tentar roubar o relógio, e foi um festival de pistolas dos federais apontadas para o menino.

É verdadeGente do SNI conta: Itamar Franco bateu pé para viajar no seu Fusca, sozinho, do Rio para Juiz de Fora. Descobriu-se seguido por mal-encara-dos no meio do caminho. Num posto, ligou assustado para o general e ouviu: ‘Calma, presidente, somos nós’.

Na pistaPara o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), o ministro dos Transportes, Cesar Borges, tem ‘capacidade para impulsionar obras inclusive do Paraná’.

BBB Um assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) perdeu o sossego na Câ-mara. Desde que confrontou seguranças em protesto, vem sendo filmado por agentes por onde anda.

Invasão do bemNuma pesquisa, a Arquidiocese do Rio descobriu que não há mais pas-sagens aéreas de vários países para o Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude. Dom Orani acha que os ônibus e transatlânticos vão invadir a cidade.

Epa, epaO deputado Vitor Penido (DEM-MG) está intrigado. Conseguiu em ação pelo STF a execução de R$ 70 milhões provenientes de débitos por pagamento irregular das mineradoras. Ninguém sabe onde foi parar a bolada no cofre de Nova Lima (MG).

AtropeloPor pressa para pegar um voo para Salvador, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) – que tomou gosto de presidir sessões vazias – atropelou o regimento na Quarta, passou na frente do colega Carlos Sampaio, líder do PSDB, e discursou como líder, que não é.

Olha o sustoCom a queda de juros provocada pela presidente Dilma, os bancos privados perderam, juntos, R$ 1,5 bilhão em lucro líquido no segundo semestre de 2012, mostrou relatório do BC. A turma anda descontente e dividida, digamos, para 2014.

Lucro no palanqueO Itaú já está simpático à Marina Silva (REDE) e Eduardo Campos (PSB). O Bradesco, grande doador de 2010 dos petistas, ainda apoia Dilma.

Tapete verdeA 9ine, empresa de Ronaldo Fenômeno, investe em outro ‘gramado’. Conquistou a conta de propaganda do MasterMinds Poker Festival, que acontece até Terça.

Ponto Final Políticos especialistas em pesquisas estão surpresos com o crescimento de Dilma Rousseff na intenção do eleitorado feminino.

Com Marcos Seabra e Vinicius Tavareswww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

TRIBUNAINDEPENDENTE

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

da indica onde está errado e o que pode ser corrigido, em tempo hábil, para Alagoas não desandar e regredir ainda mais, tanto economicamente, como politicamente.

Perguntado sobre essa tal antecipação das eleições gerais de 2014, Collor não entra no mérito e confirmou que está sim trabalhando para levantar recursos para, pelo menos, 60 municípios alagoanos, de sua base eleitoral. “Minha atuação segue sem maiores percalços”, confirmou.

O parlamentar explicou que o promovido, supostamente pelo governo do Estado, é na verdade a atuação do gover-no federal em Alagoas. “Nada mais que isso”, pontuou o senador.

Já sobre a ‘menina dos olhos’ do atual governador, o estaleiro Eisa, Fernando Collor confirmou que está em-penhado em tocá-lo para frente com a ajuda dos demais membros da bancada federal alagoana.

Como ‘cereja do bolo’, Fernando Collor ressaltou o elo-gio de Dilma à sua atuação à serviço do Governo. “Muito me honra”.

Tribuna Independen-te - Qual a avaliação que o senhor faz da situação do Estado de Alagoas, especial-mente após sete anos de ges-tão do governador Teotonio Vilela Filho?

Fernando Collor – Mi-nha análise é profundamen-te crítica. É como se Alago-as tivesse parado no tempo nesse período. A gestão é pí-fia e os alagoanos que mais precisam da mão solidária do governo do Estado sofrem com o imobilismo que con-taminou áreas essenciais, como a Saúde, a Educação e a Segurança Pública.

T.I. - O senhor não vem sendo muito severo nas críti-cas ao governador?

Fernando Collor - Cos-tumo me opor a quem assu-miu responsabilidades pú-blicas e não cumpre com seu dever. Esta, aliás, é uma postura legítima e democrá-tica de quem não concorda com esse marasmo governa-mental que tanto prejudica a sociedade alagoana.

T.I. – O senhor poderia ser mais preciso?

Fernando Collor – Houve perda de ano letivo na rede estadual, o serviço de saúde ofertado entrou em colapso e o HGE [Hos-pital Geral do Estado] é um hospital de guerra que vive na penúria, na UTI, sem di-reito a respirador artificial. E o governador não dialoga com os médicos nem busca pacificar essa relação com os servidores. Quanto à vio-lência, esta tomou conta da capital e do interior: os ho-micídios aumentam e o Es-tado não faz a sua parte no Plano Brasil Mais Seguro, porque faltam policiais nas ruas. No socorro aos ser-tanejos, o governador, em seus costumeiros passos de tartaruga, passou sete me-ses com R$ 35 milhões em conta, sem repassar aos mu-nicípios em estado de emer-gência. É muito descaso que gera indignação. A cobrança tem que ser feita e a crítica deve ser exercitada para o bem de todos.

T.I. - Sobre a seca, o go-vernador Teotonio Vilela Filho reagiu transferindo a sede do Governo para o Sertão. Ele ainda desafiou o senhor a uma comparação entre seus feitos e os dele. O senhor topa?

Fernando Collor - Transferiu depois de muita cobrança e, mesmo assim, passou seis anos sem tomar atitude semelhante. Sobre o desafio, é até hilariante. O governador quer comparar

as minhas ações governa-mentais de 1987 com o atual trabalho do governo federal, em Alagoas? Sim, porque as obras que acontecem por aqui são resultados de di-nheiro mandado de Brasília por Lula e Dilma [Ambos petistas]. A marca que o tucano Vilela vai deixar é a de campeão de endivida-mento. Os empréstimos são gigantescos e os benefícios não são visíveis à sociedade. Falta transparência nessa prestação de contas. Eu é que desafio o governador a pacificar o Estado, a chamar as categorias ao diálogo, a resolver o problema dos médicos, a dar celeridade na emissão de certidão de óbitos de 180 pessoas que foram sepultadas nessa si-tuação, a dignificar o ensino estadual e a colocar mais policiais nas ruas para ga-

Tenho trabalhado para ajudar o Estado. Apre-sentei emendas ao Orça-mento da União destinan-do recursos para cerca de 60 municípios, dos quais 40 cidades já se benefici-aram ou se beneficiam de obras decorrentesdesses recursos”.

Na primeira oportunidade, sugeri ao então presidente Lula que incluísse o canal do Sertão no PAC [Pro-grama de Aceleração do Crescimento, do governo federal], o que acelerou a obra.

No socorro aos sertanejos, o governador, em seus costumeiros passos de tartaruga, passou sete meses com R$ 35 milhões em conta, sem repassar aos municípios em estado de emergência”.

A marca que o tucano Vilela vai deixar é a de campeão de endividamento. Os empréstimos são gigantescos e os benefícios não são visíveis à sociedade. Falta transparência nessa prestação de contas”.

FERNANDO C0LLORSENADOR DA REPÚBLICA

rantir segurança aos alago-anos.

T.I. - O senhor é acusado de antecipar a agenda elei-toral. O senhor está em cam-panha?

Fernando Collor - Na verdade, estou em pleno exercício do meu mandato de senador. Tenho traba-lhado para ajudar o Estado. Apresentei emendas ao or-çamento da União destinan-do recursos para cerca de 60 municípios, dos quais 40 cidades já se beneficiaram ou se beneficiam de obras decorrentes desses recursos. Na primeira oportunidade, sugeri ao então presidente Lula que incluísse o canal do Sertão no PAC [Progra-ma de Aceleração do Cresci-mento, do governo federal], o que acelerou a obra. Tenho me colocado à disposição dos prefeitos para ajudar, como

puder, em Brasília. Assim também vem ocorrendo na questão do desenvolvimen-to e na geração de empre-gos, quando participei de reunião, ao lado de outros colegas de bancada, com a ministra do Meio-Ambiente, a fim de acelerar o processo de viabilização do estaleiro Eisa. Agora, de novo na pre-sidência da Comissão de In-fraestrutura do Senado Fe-deral, tenho me dedicado a contribuir na aceleração das principais obras estruturan-tes do Brasil e do Nordeste e trabalhando para a retoma-da das obras da BR 101 que, aliás, também estão sendo realizadas com recursos do governo federal. Muito me honra, inclusive, a recente manifestação da presidenta Dilma de reconhecimento desse meu trabalho parla-mentar.

Page 3: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

MAIS PERTOBairro Vivo virou ‘estrela’ da gestãoUma das iniciativas de sucesso da atual gestão na capital maceio-ense é o projeto Bairro Vivo. “O projeto Bairro Vivo, com ações diretamente nas comunidades, já é uma realidade. Nesta segunda vamos anun-ciar uma parceria para o prolongamento do Corredor Vera Arruda, na Jatiúca. Temos muito trabalho pela frente” complementou Rui Palmeira. O projeto Bairro Vivo do qual fala Rui Palmeira começou a ser executado no primeiro sábado da gestão do novo prefeito.

SECOM-MACEIÓ

YVETTE MOURA/SECOM-MACEIÓ

Ricardo Wanderley, procurador-geral do município, reconhece a exigência de Rui pela retidão

Rui Palmeira encaminhou representação ao Ministério Público para apurar irregularidades que encontrou

IDEÁRIO

Transparência e probidade como marcas

Rui chega aos 100 dias botando ‘ordem na casa’Prefeito de Maceió lamenta descaso da gestão anterior, mas já colhe frutos

Sem prestação de contas, os recursos da merenda de Maceió vindos de Brasília fo-ram bloqueados em janeiro deste ano, restando à nova secretária de Educação, Ana Dayse, recorrer a Brasília para resolver mais esta ur-gência.

“A equipe de transição, formada por mim, pela pro-fessora Ana Dayse, e pelo professor Clayton Santos, já havia detectado e registrado vários problemas. Quando protocolamos um pedido ex-tenso de informações e não obtivemos respostas, já tí-nhamos um cenário da tra-gédia a ser enfrentada”, dis-se à reportagem da Tribuna Independente, o hoje pro-curador geral do Município, Ricardo Wanderley.

Os 100 dias da gestão Palmeira também tiveram a marca da transparência. O prefeito ordenou a publi-cação integral da folha de pagamentos salarial da pre-feitura no link www.trans-parencia.maceio.al.gov.br, e já determinou à Secretaria de Controle Interno que exe-cute o mais rápido possível ferramentas como o Portal da Transparência do muni-cípio.

Palmeira é rigoroso no

Prestes a completar 100 dias de gestão, nesta segunda-feira

(8), o prefeito Rui Palmeira (PSDB) começa a colocar “or-dem na casa” e mostrar resul-tados de sua administração.

“Há muito o que fazer e as dificuldades encontra-das no início somente nos estimulam mais. Já conse-guimos neste período curto realizar assinaturas de or-dem de serviço de obras e conseguimos honrar nosso compromisso de valorizar o servidor público com reajus-te salarial. Estou visitando quase que diariamente os bairros e realizando ações, como reparos na iluminação, tapa buracos e limpeza”, afirmou o prefeito à Tribu-na Independente.

Os desafios de Rui Pal-meira na prefeitura de Ma-ceió são inúmeros. A cidade possui indicadores sociais que a colocam em desvan-tagem regional e nacional, especialmente na área so-cial, negligenciada pela ges-tão anterior. Inclusive, na era Cícero Almeida (PSD) a capital foi desabilitada em programas do Ministério de Desenvolvimento Social.

O prefeito Rui Palmeira assumiu em um cenário de caos com uma dívida herda-da de quase R$ 150 milhões

ORÇAMENTOTrabalho se sobrepõe a falta de dinheiroMesmo sem Orçamento, Rui Palmeira conseguiu fazer com que a Secretaria de Educação pudesse dar ordem de serviço para a construção imediata de novas creches em Maceió, em especial na periferia. Serão 20 novas unidades em toda a capital. Rui também assinou a ordem de serviço para a construção da ligação entre o Barro Duro e a Cruz das Almas, na nova avenida de Maceió. Na saúde, o prefeito deve anunciar a construção de duas Upas 24 Horas.

O mundo sem domésticas

Da jornalista Ana Carolina Peliz, que mora em Paris há cinco anos, sobre os novos direitos das empregadas domésticas no Brasil: “... Falar de empregos domésticos na França é como fazer uma

previsão do que provavelmente será o Brasil dentro de alguns anos com a valorização deste trabalho. Este quadro parece desesperador para alguns.A boa notícia é que entre mortos e feridos, quase todos sobrevivem. Atualmente os franceses se dedicam em média três horas diárias ao trabalho doméstico. Para facilitar as tarefas, uma série de eletrodomésticos é usada. Aqui a máquina de lavar pratos funciona e é extremamente útil. A vida em geral é mais prática, as pessoas não esquentam a cabeça quando têm convidados para jantar e nem todas as roupas são passadas. O interessante é que, até onde pude comprovar, ninguém morre por causa disso. Se as empregadas domésticas a tempo integral praticamente não existem mais na França, as babás continuam sendo imprescindíveis, já que o Estado não consegue garantir lugares em creches para todas as crianças. Mas elas ganham bom salários, seus horários são respeitados e só cuidam das crianças. Pais e mães se revezam para buscar os filhos na escola, alguns não contam nem com a ajuda da família e ainda assim, contra todas as expectativas, conseguem! Na França o trabalho doméstico já nem recebe mais esta conotação, é um trabalho como outro qualquer e os trabalhadores desta área têm direitos e deveres como todos. Parece óbvio, não é mesmo? Tudo é uma questão de adaptação.”

Tempo ao tempoJosé Thomaz Nonô, vice-governador, tem uma resposta pronta para quem procura saber sobre seu futuro político: não tem obsessão de ser candidato a nada. Mas, se as circunstâncias lhe forem favoráveis, em 2014 poderá ser candidato a governador ou a senador. Uma única certe-za: “Não há possibilidade de eu ser candidato a deputado federal”.

RestriçõesAmigos do deputado federal Alexandre Toledo estão preocupados com sua carreira política. Depois de flertar o PSB, alguns correligionários do PSDB, inclusive lideranças tucanas, lhe deram as costas e ele ficou sem espaço no governo estadual. Como tem um bom potencial de votos, não é fácil ser aceito em outro partido, para a disputa à reeleição.

Peso pesadoA campanha do senador Fernando Collor, no próximo ano, à reeleição ou ao governo, ganhou um reforço de peso, segundo o jornalista Bernardino Souto Maior, em seu blog, no Cada Minuto. Trata-se de Rubens Villar, que em Alagoas foi deputado estadual e suplente de senador e, em Roraima, governador nomeado.

ModernidadeAmanhã, o Tribunal de Justiça de Alagoas dá outro avanço importante visando agilizar os trâmites processuais, ao iniciar a recepção virtual de processos cíveis, originários ou em grau de recurso. Isso já acontece com os processos criminais desde novembro de 2012. O novo passo marca a data de atualização do Sistema de Automação do Judiciário.

ReciclagemDe hoje ao dia 13 de abril, empresários que integram o APL Móveis do Agreste e do Programa de Desenvolvimento para Micro e Pequenas Indústrias participarão do Salão Internacional do Móvel, em Milão, Itália. Conhecerão novidades sobre tecnologia de móveis e terão contato com profissionais da área do mobiliário, design e arquitetura.

À lutaA CUT/Alagoas promove amanhã, no Calçadão do Comércio, uma mobilização em defesa da saúde pública e pela revogação das chama-das “organizações sociais”(OSs), criadas para viabilizar terceirizações e privatizações. O ato é em função do Dia Mundial da Saúde, comemorado hoje. Às 9 horas, em frente ao prédio do antigo Produban.

Pra copiarUm exemplo de amor à vida e determinação: o Conselho Federal da OAB vai homenagear, em sua sessão de amanhã, dia 8, a advogada Darci Mendonça Morena, de 71 anos, recém-formada e que foi aprovada no último Exame de Ordem sem necessidade de fazer cursinho. Morado-ra de Vitória, Espírito Santo, ela fez vestibular aos 65 anos.

quesito probidade. “Ele [Pal-meira] pede análise minha dos processos e está sempre atento para que a gestão es-teja integralmente dentro da lei. Como ele é também advogado, conhece a fundo a questão da administração

para com fornecedores e prestadores de serviço e R$ 23 milhões de débitos pre-videnciários deixados pela gestão de Almeida.

SEM SURPRESASQuando tomou posse, a

equipe técnica de Rui Pal-meira já sabia de informa-

pública e suas nuances jurí-dicas”, diz ainda o procura-dor geral do Município.

Na ordem de enxugar gastos, o primeiro balanço extra oficial da comissão de repactuação de contratos instituída por Rui Palmeira

ções terríveis: as quase 130 escolas e os cerca de 70 pos-tos necessitavam de reparo e reformas urgentes, uma vez que foram sucateados pela administração anterior. Fal-tavam remédios básicos nas unidades de saúde e meren-da nas escolas municipais.

por meio de decreto indica que o município já conseguiu reduzir quase R$ 5 milhões anuais em valores de con-tratos globais da prefeitura, além dos outros recursos que por determinação do prefei-to a gestão economizou.

Sobre a merenda, um deta-lhe importante é de que a não prestação de contas da gestão de Cícero Almeida para com o Programa Nacio-nal de Alimentação Escolar (PNAE), do Ministério da Educação, arrastava-se des-de 2006.

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* O grupo “Janela Brasileira” é a atração de hoje, no Concerto aos Domingos, realização do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas com apoio da secretaria estadual de Cultura. Às 10 horas, pontualmente, no salão nobre do IHGAL, com entrada franca.

* Na última 3ª feira, dois de abril, completou 30 anos a morte da cantora mineira clara Nunes, que em poucos anos de vida se tornou referência na MPB. Ela é homenageada hoje pelo programa “Aplauso”, na Educati-va FM (10 horas) e na Difusora AM (18 horas).

* Amanhã, às 8 horas, no Centro de Educação da Ufal, no Campus A.C.Simões, estudiosos do sistema penitenciário alagoano estarão reu-nidos para discutir as soluções para o atendimento aos direitos humanos dos presidiários em Alagoas.

* De hoje até 4ª feira, dia10, acontece, no Centro de Convenções de Maceió, a 7ª edição do Nordeste Culinária. O evento, de caráter interna-cional, tem o objetivo de orientar o início das carreiras de profissionais de cozinha, através de atividades de capacitação.

* O Cine Sesi Cultural encerra hoje sua presença em Canapi, no Sertão alagoano, com exibição do curta de animação “Vida Maria” e do longa “Enrolados”. Às 18h30m, ao ar livre, na Rua Sônia Malta, no centro da cidade, com acesso gratuito.

* Francisco Carlos Nascimento, o “Chicão”, árbitro alagoano do quadro da FIFA, inicia suas atividades internacionais. Foi quarto árbitro no jogo Atlético MG x Arsenal (ARG) e, 4ª feira próxima, terá a mesma função em Corínthians x San José, no Pacaembu.

Foi-se o tempo em que a justiça penal existia apenas para vingança”RENAN CALHEIROSPresidente do Senado ao defender que o sistema prisional brasileiro proporcione condições humanas para o cumprimento da pena e ressocialização

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

Page 4: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

Alagoas tenta avançar na verdade sobre a ditaduraTrês Comissões têm a missão de elucidar crimes ocorridos nos anos de chumbo

FAMÍLIA DIVIDIDAManoel tinha irmão capitão do ExércitoAlfredo Lisboa comentou inclusi-ve, um paradoxo familiar. “A gente tem que ter muito cuidado quando se refere a algumas coi-sas. Na minha família tinha uma coisa interessante para época. Tinha um líder comunista, que era o Manoel Lisboa, e tinha um capitão do Exército brasilei-ro, que era o irmão dele. Que pediu baixa do serviço militar após descobrir que o irmão mor-reu depois de ser preso. Ele na hora entendeu que havia sido feito uma armação”, ressaltou o sobrinho do revolucionário.

NAS COMISSÕESParticipação familiar é fundamentalTanto Magno Francisco, quan-to Audálio Dantas, acreditam que muitos documentos foram destruídos e que nesses casos “a verdade só será revelada com a participação de familiares de am-bos os lados envolvidos naquele confuso período”. Neste sentido, eles também compartilham a ideia de que as Comissões da Verdade terão esse fator primor-dial para elucidar os desapare-cimentos e homicídios ocorridos durante a ditadura militar. Nos demais estados da Federação, as Comissões estão a todo vapor.

A provadora de Hitler

A revista alemã “Der Spiegel” publicou nesta semana a história de Margot Wölk de 95 anos, que na Segunda Guerra Mundial manteve uma dieta incomum. Enquanto a maioria dos alemães enfrentava

dificuldades para obter os alimentos mais básicos, ela provava os pratos mais sofisticados. Ela era uma das 15 jovens provadoras da comida de Hitler no quartel-general do front leste, conhecido como Wolfsschanze (“Toca do Lobo”) e foi a única a não ser fuzilada pelos soviéticos após a tomada do local (que fica na Polônia) em 1944. Segundo narrativa de Margot, ela teve a casa bombardeada e por isso se refugiou na casa da sogra a menos de 3km da base de Hitler. Na época, o Reich temia que os aliados pudessem matar o Fürher por envenenamento. Foi cooptada para trabalhar no local, mas afirmou que nunca chegou a ver Hitler pessoal-mente, mas soube em primeira mão do atentado fracassado realizado no local em julho de 1944. Por causa do episódio todas as “provadoras” pas-saram a viver em uma espécie de cativeiro. Ela revelou agora que nunca tinha carne na dieta de Hitler porque ele era vegetariano. Sua vida foi salva por um tenente alemão, que a ajudou a fugir em um trem para Ber-lim, pouco antes da ofensiva dos russos. Mas posteriormente, ao voltar à região, foi detida pelo Exército Vermelho cujos membros a estupraram repetidamente durante duas semanas. Devido aos ferimentos ela nunca pode ter filhos. Ela disse que demorou muitos anos para que voltasse a ter prazer ao comer, mas que hoje já superou tudo e se considera uma mulher feliz. Pense numa história!

Amigos da repressãoA Comissão da Verdade já identificou cerca de 250 pessoas suspeitas de terem colaborado com os orgãos de repressão da ditadura militar, e pretende convocá-los para depor. A informa-ção é do coordenador do grupo, Paulo Sérgio Pinheiro. Salientou, contudo, que as oitivas serão discretas, para que os depoentes colaborem. A Comissão também se mobiliza para ouvir outros

civis, principalmente políticos e empresários que tenham colaborado com a articulação do golpe militar e com o financiamento da repressão. Um dos civis que vai ser chamado a depor é o economista Delfim Neto, que foi ministro nos governos de Costa e Silva, Médici (Fazenda) e Figueire-do (Agricultura). Ele foi um dos signatários do AI-5 que cerceou todas as liberdades do país.

Combate à sífilisNeste domingo (7) é o Dia Nacional de Combate à Sífilis e a data servirá para a realização de atividades de conscientização da população sobre a doença. Durante toda a semana as ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde foram voltadas para o conhecimento e para a reali-zação dos testes rápidos em diversas comunidades da capital. A exemplo de outras doenças a sífilis necessita de um diagnóstico rápido, uma vez que a falta de tratamento pode causar complicações como cegueira, doenças cerebrais e problemas cardíacos. Por isso mesmo é importante que a população tome conhecimento de como se prevenir para não ser acometido pela doença.

Na hora certaA fabricante de relógios Technos comunicou à Comissão de Valores Mo-biliários (CVM) que adquiriu 100% do capital votante e 95,8% do capital total da Dumont Saab do Brasil por R$ 182,1 milhões. Com a aquisição o portfólio da Technos passa para 19 marcas, sendo sete próprias e 12 licenciadas. Ela também passa a ser a distribuidora oficial no Brasil das marcas Fossil, Michael Kors, Empório Armani, Diesel e Marc Jacobs. Além disso, a empresa passa a contar com cerca de dez mil clientes varejistas e aproximadamente de 140 franquias exclusivas. A assistên-cia técnica tambem é ampliada para 15 escritórios próprios e um centro técnico em São Paulo.

Crimes contra jornalistasO Conselho de Comunicação do Congresso aprovou moção ao projeto de lei que trata da participação da Polícia Federal na investigação de crimes contra a atividade jornalística. O projeto, de autoria do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) especifica a participação da PF quando houve omissão ou ineficiência das esferas competentes. No documento os conselheiros também pediram que seja considerada a necessidade de se ampliar o projeto para contemplar pessoas que realizam “atividade meio” para a função jornalística, especialmente os radialistas.

Fórum de nutriçãoA Síndrome metabólica na infância será o tema central abordado na terceira edição do Fórum Alagoas de Nutrição em Pediatria marcado para 16 a 18 de maio no Centro de Convenções. O evento é promovido por docentes da Faculdade de Nutrição da Ufal e do Cesmac e envolve resi-dentes multiprofissionais em Saúde da Criança do Hospital Universitário Alberto Antunes. O Fórum é direcionado para estudantes e profissionais das áreas de Nutrição, Enfermagem, Educação Física, Medicina e Far-mácia. Além de minicursos, mesas-redondas e palestras, também será exibido no encontro o documentário “Muito Além do Peso” seguido de um debate entre os participantes.

Fórum de nutrição 2A escolha do tema central do Fórum aconteceu em decorrência da alta frequência de crianças com obesidade que procuram o atendimento ambulatorial. A ideia é investigar a dificuldade em obter resultados com intervenção nutricional em crianças, explicou a organizadora do Fórum desde a sua primeira edição, professora Mônica Lopes. Acredita-se que o evento terá a participação de aproximadamente 700 participantes, uma vez que o assunto sugere a participação também de endocrinologistas, pediatras, farmacêuticos e psicólogos e outros agentes multidisciplinares.

• Alagoas e o Nordeste estarão na torcida por Coruripe no domingo, 21, no Programa do Faustão da Rede Globo. O município do Litoral Sul do Estado estará representando toda a região Nordeste no quadro “Dança da Galera”.

• O objetivo é divulgar as cidades escolhidas, destacando suas caracte-rísticas, belezas naturais, sua história e seu povo. Caso Coruripe vença a disputa, e a gente vai torcer muito por isso, receberá R$ 100 mil para projetos educacionais.

• A produtora americana Time For Fun confirmou que a banda Black Sabbath fará shows nos próximos meses em São Paulo, Rio de Janeiro e em Porto Alegre. As datas e os locais nestas cidades serão anunciados em breve.

• A histórica banda se apresentará com seus principais integrantes como Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler, que fizeram a cabeça de milhões de roqueiros em todo mundo na década de 70 principalmente.

• Da formação original do grupo apenas o baterista Bill Ward não virá ao Brasil. Ele considerou que o convite da produtora foi desrespeitoso, já que ele participaria somente de três musicas.

• O Sabbath vem divulgar no Brasil o álbum “13” o primeiro de estúdio do grupo, com Ozzy nos vocais desde “Never Say Die” de 1978. Ozzy esteve no Brasil em 2011 em um show com banda própria.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

DIVULGAÇÃO

De 1964 a 1985 a voz do Brasil foi calada pelos rifles e bombas da repressão militar

MANOEL LISBOA

Família tem dúvidas sobre autenticidade dos restos mortais

DÚVIDA PAIRA

Calçados parecidos e blusa teriamajudado a identificar o corpo

Para as famílias das ví-timas da ditadura, além da revolta, há também muita da dúvida no que tange ao para-deiro de seus entes. Esse é o caso demonstrado por Alfredo Lisboa, sobrinho de Manoel Lisboa - uma das principais lideranças estudantis, tam-bém morto pelo regime.

Ele e sua família não pu-deram abrir o caixão, para, ao menos, fazer o reconhecimen-to do corpo entregue a família como sendo dele, e nem sub-meter os restos a um exame mais minucioso, como o de DNA.

“Em quatro de setembro de 1973, Cid Moreira [apre-sentador do Jornal Nacional, da Rede Globo] estava anun-ciando a morte do comunista Manoel Lisboa de Moura. A partir daí, começou o proble-ma sobre a questão do corpo. Naquela época, a minha avó, mãe do Manoel, foi comigo ao quartel, na época o quartel do 20 Batalhão de Caçado-res, hoje o 59° Batalhão de Infantaria Motorizada, e lá tivemos uma conversa com o comandante”, narrou.

Por meio deste contato, a família conseguiu confirmar

a vinda do corpo de Lisboa. “Mas tinha que ser caixão la-crado e ninguém podia saber o que havia dentro, não se poderia fazer nenhum tipo de exame nem nada, e o pessoal ficou meio receoso na época com esse travamento todo e acabaram resolvendo não tra-zer e não mexer mais nessa situação”, lembrou Alfredo.

Os restos mortais chega-ram de fato, porém, 30 anos depois, e a família ainda não tem certeza de fato se o corpo, hoje, enterrado em Alagoas, é realmente de Manoel Lisboa. (EM)

O tempo passou e na re-alidade, para a chegada dos restos mortais em Maceió se passaram 30 anos.

“Entre 2002 e 2003, os companheiros dele de partido [Lisboa era militante do Par-tido Comunista Revolucioná-rio-PCR], em especial o Cajá [conviveu com Lisboa duran-te a ditadura e que também chegou a ser preso] entrou em contato conosco dizendo que os restos mortais de Lis-boa estavam em São Paulo”, lembrou Alfredo Lisboa.

A dúvida é reforçada após seguinte relato. “Eram dois

os restos mortais, um de Ma-noel e o outro em nome de Emanuel [ambos com sobre-nome Lisboa]. Nós fomos lá, com vovó que já estava velha e ela declinou o desejo de ter os restos mortais dele aqui. Sabia ela que, podia não ser”, justificou o sobrinho do líder estudantil.

Cajá, segundo Alfredo Lisboa, foi a exumação do corpo de Manoel e reconhe-ceu uma chinela, similar a que ele usava, e uma blusa, também parecida com a que ele costumava usar.

Para Magno Francisco,

do Instituto Manoel Lisboa, em Alagoas são registrados, até o momento, a morte de onze jornalistas durante a ditadura. Esse número pode parecer estranho quando comparado ao apresentado pelo presidente da Comissão da Verdade da Federação Nacional dos Jornalistas (Fe-naj), Audálio Dantas.

Ele diz ter relatos de 22 crimes confirmados no Bra-sil. No entanto, Magno escla-rece que ao final dos traba-lhos das comissões estaduais, será possível fazer um novo registro. (EM)

ERIK MAIAREPÓRTER

“Todo mundo bateu palma quando o cor-po caiu. Eu acaba-

va de matar o presidente do Brasil. Fácil, um tiro só. Bem no olho do safado, que morreu ali mesmo, todo en-sanguentado”. Essa é a letra da música ‘Tô Feliz’ (Matei o presidente), de Gabriel, o pensador. Em outras épocas uma música como essa não teria sido gravada, e o ar-tista, com certeza, teria sido preso, porque não dizer, “de-saparecido misteriosamente”.

Esse passado, embora bem recente, causou tanto mal ao país que, ainda hoje, continua assombrando a so-ciedade, deixando cicatrizes profundas provocadas pelos anos da ditadura militar bra-sileira.

Foi num obscuro 1º de abril de 1964, que os milita-res tomaram o poder e mer-gulharam o país numa guerra civil branca, onde a alienação era a arma que matava, tor-turava e massacrava toda uma geração. E é essa névoa que as Comissões da Verda-de está querendo cessar para mostrar a nação o que de fato acontecia nos porões do regi-me.

A missão sobretudo é cor-rigir erros históricos como o atestado de óbito do jornalis-ta Vladimir Herzog, que du-rante 38 anos, segundo o do-cumento emitido pelo regime militar, foi considerado um suicida, e que há pouco mais de três semanas foi corrigi-do agora apresentando como causa mortis “morto tortura-do em um órgão da ditadura”.

Outro caso a ser eluci-dado, e até um caso mais próximo aos alagoanos. O Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna, o Doi-Codi, traz que o jorna-lista Jaime Miranda está de-saparecido, segundo relatos oficiais, enquanto que logi-camente sua família até hoje reclama seus restos mortais.

A Tribuna Independen-te inicia neste domingo, uma série de matérias com relatos e histórias para auxiliar o tra-balho das Comissões da Ver-dade, instaladas em Alagoas.

COMISSÕESNeste momento, apenas

uma Comissão está em fun-cionamento. Ela foi institu-ída, semana passada, pelo Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindijornal), com o foco nos desmandos cometi-dos contra a categoria.

Há outra CV, proposta de pelo deputado estadual Jud-son Cabral (PT), aprovada no parlamento, mas está inati-va. Outra e muito bem vinda foi criada no Diretório Cen-tral de Estudantes da Ufal, que deve investigar os crimes contra estudantes.

Page 5: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

Mosaico de informações é construídoMembro do Instituto Manoel Lisboa critica morosidade brasileira e alagoana, e lamenta barreiras impostas pelo Estado

ERIK MAIAREPÓRTER

Para Magno Francis-co, do Instituto Ma-noel Lisboa e ligado

ao PCR, os trabalhos de investigação em relação aos casos relacionados à ditadura militar no Es-tado de Alagoas, estão aquém do que deveriam.

O militante político diz que “o Brasil está muito atrasado em relação a paí-ses vizinhos, como o Chile, Argentina e Uruguai”. Mag-no acredita que “as Comis-sões da Verdade, apesar de serem avanços, ainda representam um atraso em relação às barbáries come-tidas, pois ainda não apre-sentarão punições contra os culpados, muito embora, os identifique”.

Segundo ele, esse é o caso do atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, que “é acusado de participar das sessões de tortura que culminaram na morte de Vladimir Herzog”.

Magno, de novo concorda com Audálio Dantas quando, diz que há uma contradição nas atitudes tomadas pelos atuais gestores públicos. Au-dálio diz que “Dilma Rousse-

ff [PT] foi umas das pessoas que combateu, inclusive fa-zendo o uso de armas, a dita-dura e que em seu governo, quase 50 anos após o golpe, as respostas em relação a esse período ainda deixam muito a desejar”.

Já para Magno, “há uma passividade do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho [PSDB], que é filho de um dos líderes do processo de redemocratização do país. Já que mesmo a Comissão da Verdade tendo sido apro-vada na Assembleia Legis-lativa, o governador ainda tentou impor um método de trabalho que pode cercear as respostas que possam vir a serem encontradas”.

O membro do PCR lem-brou do livro “Memórias da Guerra Suja”, do ex-agente policial do Departamento de Ordem Política e Social, o Dops, Cláudio Guerra, que hoje é pastor evangélico.

O livro do ex-agente da ditadura cita que corpos de revolucionários foram inci-nerados em fornalhas de usi-nas. “Com essas informações ele teria duas intenções, es-clarecer uma verdade da época e encobrir a participa-ção de alguns personagens importantes do regime”, acredita Magno.

SANDRO LIMA

De acordo com Magno, Brasil precisa aprender com países vizinhos

MAGNO FRANCISCO

‘Se avançou muito pouco em 30 anos’Quase 30 anos após o fim

do regime militar, Magno Francisco considera “não ter havido grandes avanços que possam ser realmente signi-ficativos”.

Na avaliação do militan-te do PCR, “a mudança do atestado de óbito de Vla-dimir Herzog e a transfe-rência dos restos mortais de Maneol Lisboa, de São Paulo para Alagoas, são as grandes conquistas pós ditadura, deixando muito trabalho para as comissões

apresentarem nos próximos quatro meses”.

O governo federal estipu-lou o prazo de quatro meses para que as Comissões da Verdade, localizadas nos es-tados, apresentem os rela-tórios de possíveis avanços. A União espera apresentar um relatório farto em de-talhes até 2014. “Este é o prazo também definido pelo governo federal para a apre-sentação dos resultados pe-las comissões nacionais”, frisou Magno Francisco.

EXPERIÊNCIASUm dos estados onde os

trabalhos de investigação estão em exponencial cres-cimento é Minas Gerais. Desde outubro de 2012, filial mineira da Comissão da Ver-dade apura as reais causas da morte do ex-presidente Jucelino Kubitschek. Outro caso que está na mira da Co-missão é a morte do também ex-presidente João Goulart, deposto pelo próprio golpe militar.

Juscelino morreu em um

acidente de trânsito no dia 22 de agosto de 1976 em Re-sende, no Rio de Janeiro. A Comissão decidiu analisar a morte do ex-presidente, por haver dúvidas de que o acidente tenha sido preme-ditado.

De acordo com o inquéri-to, o Chevrolet Opala em que o ex-presidente estava foi atingido por trás por um ôni-bus e, desgovernado, atra-vessou o canteiro central, até ser atingido frontalmen-te por uma carreta. (EM)

Regulamentando?

Uma semana após o Senado igualar os direitos das domésticas aos dos demais trabalhadores, o PSDB encaminhou uma curiosa proposta de regulamentação da medida. Não, o projeto não visa

ampliar benefícios. Ao contrário, propõe zerar a multa do FGTS para os patrões que demitirem as domésticas sem justa causa e reduzir, de 20% para 8%, a alíquota do INSS. O projeto claramente agrada aos emprega-dores, mas os tucanos juram que a limitação dos direitos é do interesse das próprias domésticas. (Editoria de Politica – Carta Capital)

Socialistas O nome trabalhado para dar voz PSB na Casa de Tavares Bastos é do secretário de Trabalho, Alberto Sextafeira. Mesmo tendo um histórico pra lá de nebuloso, hoje o ex-gestor do antigo Ce-fet é a bola da vez. A ex-prefeita Kátia Born deve ficar mesmo nos bastidores e se preocupando em alavancar o nome do presidenciável da sigla, Edu-ardo Campos, atual governador de Pernambuco.

Novo mercadoO prefeito Cristiano Matheus (PMDB) entregará à sociedade deodorense o novo mercado do artesanato dotado de infraestrutura para acolher os artesãos da histórica Marechal Deodoro. O evento contará com a presen-ça do deputado federal Renan Filho (PMDB) que no último mês conse-guiu junto ao governo federal inserir a primeira capital de Alagoas no PAC das cidades históricas.

CollorindoQuem quiser que não se engane com o anseio de Collor de Mello tentar a reeleição ao Senado. Montando um verdadeiro dossiê contra a gestão de Vilela e aliando-se as estruturas sindicais, a dos médicos, umas das mais fortes, por exemplo, leva a crer que no pulo do gato pode ser dado. Quem se atrelar ao nome de Vilela em 2014 vai carregar a cruz da rejeição; é nessa possibilidade que Collor de Mello vem trabalho com sua equipe, essa mais que tarimbada.

Falta fiscalizaçãoA praia de Paripueira foi recentemente notícia nacional, do ponto de vista positivo, devido a suas inúmeras belezas naturais. Mas a falta de fiscalização atrai carros desgovernados pelo areal, o que não é de hoje. No último feriado da Semana Santa o acontecimento foi uma constante; causando transtorno para banhistas e a quem fazia caminhada pelo local.

Enquanto isso...... Na paradisíaca Barra de São Miguel os quadrículos continuam soltos sendo pilotados por adolescentes e adultos, um verdadeiro show de irres-ponsabilidade. Quando a poliícia aborda recebe de imediato a carteirada: “Papai é dotô!”. Não muda nunca!

FortalecendoO PSD de João Lyra iniciou a ‘caça’ aos novos filiados. Com cinco prefeitos e outro tanto de vereados o partido de JL buscou o silêncio e as organizações administrativas internas. Falar sobre 2014 está proibido.

Olho vivoAmanhã, às 10h, estarão presentes na reunião da Associação dos Muni-cípios Alagoanos, o chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Alagoas, Cláudio Pacheco Vilhena, e o promotor do Ministério Público, Luiz Carlos, para explicar aos prefeitos a importância da Lei de Acesso à Informação e sobre o programa Olho Vivo.

ProlongamentoEm mais uma de suas ações para beneficiar a sociedade maceioense, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) estará amanhã (8) assinando a ordem de serviço para o prolongamento do corredor Vera Arruda.

Buscando apoioNesta segunda-feira (8), às 08h30, o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, os familiares do bancário assassinado Dimas Holanda. A audiência foi solicitada pelos parentes da vítima, assassinada há quinze anos. O motivo da reunião é por conta da recente decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas que, por maioria de votos, rejeitou a denúncia ofertada pelo MPE em 2010, que apontou o deputado João Beltrão como o autor inte-lectual do homicídio.

Audiência públicaA Câmara Municipal de Maceió realizará amanhã (8) Sessão Especial para debater as doenças transmissíveis. O objetivo do encontro é traçar estratégias para a prevenção e controle destas doenças e discutir a am-pliação da capacidade de atuação da rede assistencial.

CotidianoLININHO NOVAIS - [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 6: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

Opinião

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Presidente do Senado Federal

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

FPE em discussãoA votação dos novos critérios de par-

tilha do Fundo de Participação dos Estados (FPE) pode ocorrer na

próxima terça-feira (9), caso os senado-res e as lideranças partidárias cheguem a acordo.

O montante atual do fundo dos estados é de cerca de R$ 70 bilhões e a receita do fundo representa até 60% do orçamento de alguns estados menos desenvolvidos. Por isso, se faz necessário um consenso em torno da garantia de recebimento dos percentuais atuais até 2015.

Pela proposta, em 2016 e 2017, os es-tados receberiam o montante de 2015, corrigido pelo IPCA mais 50% da varia-ção real do PIB. Valores que excedam o total pago dessa forma seriam distribu-ídos segundo dois critérios: diretamente proporcional à população e inversamente proporcional à renda per capita.

As atuais regras de distribuição dos recursos do FPE foram consideradas in-constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O prazo original para defi-nição de novos critérios era 31 de dezem-

bro de 2012. Por decisão do ministro Ri-cardo Lewandowski, o Congresso ganhou prazo adicional, até junho deste ano, com a manutenção das antigas regras.

Com a proposta de novas regas do fun-do o que se espera é que se tornem reali-dade a função constitucional do FPE que é a de assegurar um desenvolvimento regional equilibrado. O efeito dos repas-ses bilionários do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para reduzir as desi-gualdades econômicas entre os estados é “nulo ou negativo”. A conclusão é do economista Felipe Salto, especialista em contas públicas da Tendências Con-sultoria, que concluiu mestrado sobre o desempenho dos Estados com os recursos do fundo entre 1985 e 2010.

Desde 1989 com as mesmas regras, o FPE rendeu aos estados no ano passado mais de R$ 47 bilhões. Esses recursos não têm destinação carim-bada, isto é, os governadores podem gastar o dinheiro da forma que dese-jarem e isso provocou as mudanças ora em discussão.

Dentre os bispos de cidades romanas, lá século IV, escolheu--se um, como início de uma for-ma sucessória de poderes, numa nova estrutura da Igreja. Assim, aparece a figura de Pedro-papa.

Papa, derivada do grego anti-go “pater” (pai), somente aplica-do dois séculos depois, cabendo a Dom João I o iniciante desse título. Não se sabendo dos crité-rios posteriormente adotados, ao longo da história da Igreja dita universal, foram eleitos 266 papas.

Leão XIII (1878/1903), enca-beça uma lista de dez últimos Pontífices, que termina com Jo-seph Ratzinger (2005/fevereiro 2013). Apenas este e o polaco Wojtyla não são italianos.

Os europeus exerceram a he-gemonia pontifícia por 1.300 anos. Jorge Maglio Bergoglio, é de gentílico bonaerense.

Culto, de um rico currículo apostolar, cujo noviciado na Companhia de Jesus começou em 1958; docente de psicologia,

literatura e teologia, na Facul-dade de Teologia em San Mi-guel, Tucumán, com passagens e serviços prestados na Europa e Chile, o credenciaram Bispo Auxiliar de Buenos Aires.

Sua eleição para Sumo Pon-tífice causou euforia entre os latino-americanos, mas não evi-tou desagrado entre seus pró-prios compatriotas, merecendo reparos de deputados, logo que a notícia chegou ao parlamento, na tarde de 13 de março.

Filho de italianos, como é o brasileiro Dom Odílio Scherer neto de alemães. Os dois, não possuem uma rigorosidade éti-nica latino-americana.

O nome papal de Francis-co pode esconder o elitismo de sua ancestralidade, porém não dissipa a desconfiança quanto a sua parceria na efetiva cons-trução de paz, prosperidade e justiça social, especialmente no Continente de sua origem.

Dom Chico, fugindo a possí-vel cacofonia, (chico, menino em

espanhol), ou carinhoso apelido em português, contra ele pesam acusações de leniente, em rela-ção à ditadura militar argenti-na, pouco fazendo para evitar torturas em dois padres jesuí-tas.

Vem à tona sua declaração, taxando de “perigoso o modelo político populista e paternalis-ta”. Seu perfil, por argentinos, é de conservador moderado, frio e calculista, embora atuante em áreas carentes.

Esperemos que reveja esse posicionamento, a fim de que não recaia nas mesmices de seus antecessores: João Paulo II, que apoiou o regime de Pino-chet e agressão de Reagan aos sandinistas nicaraguenses, e Bento XVI, um omisso aos gol-pes de Estado de Honduras e Paraguai.

Melhor caminho diplomáti-co é seguir o exemplo de João XXIII e Paulo VI, que condena-ram a guerra do Vietnã e a dita-dura brasileira.

Palmeira dos Índios é a ter-ceira maior cidade do estado de Alagoas, contando com mais de 70 mil habitantes. A prince-sa do sertão, como é carinhosa-mente apelidada, assim como outras cidades do estado, se criou numa área que no sécu-lo XVIII era aldeia dos índios Xucuru-Kariris. Localizados entre o brejo Cafurna e os pal-merais da serra da Boa Vista, os índios que viviam na região de palmerais batizaram o mu-nicípio: Palmeira dos Índios.

Além de sofrer com os males da seca agressiva e duradoura que assola toda a região nor-destina, hoje, o povo palmei-rense enfrenta um verdadeiro drama social: a ameaça de de-sabrigo e da perda de seu pa-trimônio. Isto porque naquela região está sendo desenvolvido pela Fundação Nacional do Ín-dio, a FUNAI, um trabalho de demarcação de área destinada à comunidade indígena, que, caso seja concretizado, irá de-sabrigar, pelo menos, 12 mil pessoas.

A área em questão, de acor-do com a própria FUNAI, não é ocupada por nenhuma comuni-dade indígena há mais de um século. A informação dada pelo parecer técnico é de que, no ano de 1988 os índios habita-vam as áreas da Fazenda Can-to e da Mata Cafurna, ambas distantes da que está sendo demarcada.

Precedente em relação à decisão constitucional acerca de demarcações de terras in-

dígenas, o julgamento do caso Raposa Serra do Sol pelo Su-premo Tribunal Federal (STF), em 2009, determinou o marco temporal para efetivação de ocupações indígenas.

A área da reserva Raposa Serra do Sol, localizada no estado de Roraima, foi fonte de disputa entre índios e agri-cultores. Naquele julgado, o STF definiu que a demarcação da terra é legítima, quando a comunidade indígena tenha ocupado a área demarcada desde cinco de outubro do ano de 1988, ou seja, a data da pro-mulgação da Carta Magna.

Diferentemente do que ocorreu em Roraima, a área demarcada em Palmeira dos Índios não era ocupada por nenhuma comunidade indíge-na no ano de 1988. Portanto, a área demarcada em Palmeira dos Índios não configura seme-lhança com o delimitado pela decisão do STF.

É de suma importância a de-fesa da garantia de terras para as comunidades indígenas. Mas, é necessário ressaltar, que em Palmeira dos Índios os povos indígenas já possuem suas terras. Não existe índio desaldeado naquela região.

A área demarcada pela FU-NAI para ocupação possui a extensão de 7 mil hectares, en-quanto, o tamanho médio das propriedades em Palmeira dos Índios é de 2 hectares. Basta fazer o cálculo para mensurar o prejuízo.

A demarcação removerá da

região cidadãos que passaram a vida para adquirir um pe-queno pedaço de terra, e que agora correm o risco de ver o patrimônio desaparecer. São pessoas que possuem proprie-dades obtidas de maneira legí-tima, inclusive com registro no cartório competente desde me-ados de 1930. Habitantes que possuem direito à proprieda-de adquirida, assegurado pelo tempo de posse duradouro. O direito à propriedade é assegu-rado pela Constituição Fede-ral, e não deve ser modificado de forma indevida. Posso ante-ver que essa decisão adminis-trativa configura insegurança jurídica e acarreta risco direto ao potencial de investimento no país, uma vez que, consoli-dada a decisão da FUNAI, pas-sa a não existir mais no Brasil a garantia à propriedade, que a qualquer momento pode ser demarcada para ser transfor-mada em área de ocupação.

O País deve oferecer condi-ções para que os nossos índios vivam com dignidade. Mas não podemos fazer isso barrando o desenvolvimento econômico de regiões, retirando direitos fundamentais. Não podemos resolver um problema criando um outro ainda maior.

É primordial encontrar uma maneira de defender os habi-tantes de Palmeira dos Índios nessa dura batalha. E garan-tir a construção de um Brasil coerente e seguro, que propor-ciona a cada um o seu espaço. Seja índio ou não índio.

Ainda triste e perplexa com a morte trágica e inesperada da minha amiga Cleria Lilian Villas Boas, a nossa Kelly, em União dos Palmares. Quarta--feira foi a celebração do séti-mo dia, com orações que acon-teceram na Igreja Matriz de Santa Maria Madalena, tendo emocionado os amigos e fami-liares que a amavam e amam: queremos justiça.

A polícia alagoana já está à procura do suposto assassino e isso alivia um pouco a nossa dor, mas é necessário que esse troglodita seja detido e pague pela brutalidade cometida, mas a gente sabe que vai apa-recer alguém para defender e soltá-lo logo.

Não dá para a gente des-crever a sensação que tem de um caso de violência estúpida como o que aconteceu com ela. Além da barbaridade come-tida contra a nossa amiga, a falta de estrutura do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML) nos causou constrangi-mentos que vão ficar em nossa memória por muito tempo.

Não pudemos velar o corpo da nossa amiga normalmente, como a gente faz com todo ente

querido, fazer aquele rito de passagem como fizemos com nosso também amigo Silvio Sarmento, morto há menos de um mês. Passamos toda a Sex-ta-feira Santa no IML fazendo contatos e aguardando para que o corpo fosse liberado.

Aquilo ali é uma verdadei-ra casa dos horrores. Durante toda a manhã, tarde e parte da noite ficamos lá, expostos àquele mau cheiro e a todo estado de torpor, revolta e comoção e não conseguimos a liberação do corpo da nossa amiga para que tivesse um se-pultamento digno.

Dezesseis corpos jaziam não em pedras frias, como se di-ria na linguagem policialesca, mas no chão, feito lixo para o descarte, como eu disse an-teriormente em outro texto postado no blog e naquele ins-tante a gente teve mais cons-ciência ainda de como o ser humano é tratado na socieda-de, quando não é aquinhoado, mas Kelly não será esquecida assim, ela tinha e tem muitos amigos.

Diante daquilo tudo que es-távamos passando resolvemos denunciar o caso à imprensa e

se não tivéssemos feito isso o corpo só teria sido examinado no domingo e olhe lá. Uma falta de humanidade o que se passa naquela instituição.

Por conta das nossas recla-mações na imprensa, recebi um telefonema de uma autori-dade pedindo desculpas pelos transtornos que estávamos passando e tentando explicar o inexplicável e ainda me pas-sando informações erradas de que o corpo já estava sendo li-berado no começo da tarde do sábado. Ledo engano: só con-seguimos sepultar nossa Kel-lhy na noite do sábado.

Fiz vários apelos, reclama-mos e eu disse num post no blog, às autoridades alagoa-nas, que procurassem resol-ver a questão, pois aquelas pessoas que estavam ali, junto com minha amiga, são seres humanos que tiveram suas vidas ceifadas também brutal-mente.

Nossa Cleria Lilian foi em-bora, nos deixou órfãos e ca-rentes e eu muito mais porque perdi uma grande amiga, uma cuidadora e uma quase irmã. O que nos resta é a indigna-ção, o choro e a saudade.

Dom Chico

Os direitos de Palmeira dos Índios

Ainda triste e perplexa...

TRIBUNAINDEPENDENTE

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7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICA

Massacre do Carandiru em julgamentoVinte anos depois da matança de 111 presos, 26 policiais sentam no banco dos reús nesta segunda-feira

Tese de que ‘bandido bom é bandido morto’ pode absolver policiais

Por falta de conforto, deputados apelidam edifício com nome do presídio

O julgamento do Massacre do Carandiru, marcado para começar nesta segunda-feira, terá como principal desafio um “problema ideológico”, na opinião dos promotores do caso Fernando Pereira da Silva e Márcio Augusto Friggi de Carvalho. O crime ocorreu em outubro de 1992. “Infelizmente, muita gente ainda pensa que bandido bom é bandido morto”, afirmou Carvalho, durante uma coletiva de imprensa sobre o caso. Para os promotores, há o risco de os jurados tomarem as decisões influenciados por essa ideologia, e não pelas provas do processo.

Os deputados federais apelidaram, pela falta de conforto, o edifício com apartamentos funcionais onde alguns deles moram, em Brasília, de “Caran-diru”, numa referência à casa de detenção com o mesmo nome construída em São Paulo, conhecida como maior presídio da América Latina, e pelos massacres; o de maior repercussão ocorreu em 1992 quando 111 presos foram mortos e que foi desativado em 2002. Os gabinetes funcionam nos anexos III e IV da Câmara dos Deputados. Os primeiros têm 33,7 metros quadrados, mas não dispõem de banheiro privativo.

Mais de 20 anos após a morte de 111 pre-sos no episódio que

ficou internacionalmente co-nhecido como “Massacre do Carandiru”, ocorrido em 2 de outubro de 1992 na Casa

de Detenção de São Paulo, os primeiros 26 policiais milita-res acusados de participação nos crimes vão ao banco dos réus a partir desta segunda--feira (8). O júri popular está marcado para as 9 horas, no

Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. O juiz designado para o caso é José Augusto Nardy Marza-gão, da Vara do Júri de San-tana. O grupo atuou no pri-meiro pavimento do Pavilhão

9, onde foram contabilizadas 15 mortes. Dos 28 policiais originalmente acusados por esses homicídios, dois deles já morreram, de acordo com a defesa do grupo. Outros três julgamentos estão pre-

vistos para ocorrer durante 2013, com os policiais envol-vidos nas mortes ocorridas nos outros três pavimentos do estabelecimento prisional..

Até hoje, o único julga-do pelo episódio foi o coronel

Ubiratan Guimarães, con-denado a 632 anos de prisão em júri popular em 2001. Ele seria absolvido no julgamen-to do recurso em 2006 pelo Órgão Especial do Tribu-nal de Justiça de São Paulo.

Entre as versões para o início da briga está a dis-puta por um varal ou pelo controle de drogas no pre-sídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a si-tuação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.

A defesa afirma que os policiais militares foram hostilizados e que os presos estavam armados. Já os de-tentos garantem que atira-ram todas as armas bran-cas pela janela das celas assim que perceberam a in-vasão. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimen-tos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos. Nenhum deles a bala.

Devido ao grande número de réus envolvidos, o jul-gamento será feito em eta-pas. A previsão é de que a primeira dure entre uma e duas semanas. Na primeira fase, 26 réus serão julgados aos quais são imputadas 15 acusações de homicídio qualificado.

Entre as testemunhas solicitadas para serem ou-vidas pela defesa dos poli-ciais estão o ex-governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, o ex-secretá-rio de Segurança Pública, Pedro Franco de Campos, e três desembargadores, que acompanharam as negociações antes da in-vasão da Casa de Deten-ção de São Paulo, além de policiais militares que não participaram da ação mas conhecem o tipo de opera-ção empregada na ocasião.

Intimado a comparecer, Fleury não foi localizado em sua residência, na zona oeste da capital paulista, e a sua presença é incerta. “Ele sabia do julgamento e se não comparecer mostra que está fugindo das suas responsabilidades”, disse a advogada.

A advogada dos policiais, Ieda Ribeiro de Souza, afir-ma que durante o julga-mento pretende explorar o fato de o Instituto de Cri-minalística de São Paulo não ter realizado, durante todo esse tempo, a perícia nas armas, o que, segundo ela, seria essencial para individualizar a conduta de cada policial no dia das mortes.

VERSÃOBriga por um varal iniciou a matança

ANTONIO FLEURYEx-governador será ouvido sobre o caso

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

O processo é um dos maiores da Justiça de São Paulo, com 57 volumes de autos principais e mais de 90 apensos, além dos documentos de autos des-membrados, perfazendo um total de mais de 50 mil páginas.

Nesta segunda-feira (8), serão sorteados os sete jurados que vão compor o júri popular. Em casos mais comuns, são sele-cionadas 25 pessoas para o sorteio. Mas, devido ao tamanho do julgamento, o juiz vai chamar 50 pessoas como forma de precaução em caso de desistências.

A promotoria vai levar seis testemunhas para esta primeira fase de julgamento: quatro ex--presidiários e um agente penitenciário, todos teste-munhas do massacre, além do perito criminal Osvaldo Negrini, autor do principal laudo sobre a morte dos presos. Ouvido no ano pas-sado pela Agência Brasil, por ocasião dos 20 anos da tragédia, o perito disse que nunca havia visto, durante sua carreira, “algo tão de-sumano”.

O único julgado pela tra-gédia até agora, coronel Ubiratan Guimarães, co-mandante da Polícia Militar à época, foi inocentado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em fevereiro de 2006. O militar foi assassinado em setembro do mesmo ano, em crime do qual a namorada foi acusada e depois absol-vida (em novembro do ano passado), por falta de pro-vas.

Em 2001, o coronel Ubi-ratan, como era conhecido, foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros que foram vitimados na invasão do complexo penitenciário do Carandiru. Segundo docu-mento de 2000, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), havia superlotação no com-plexo.

Depois de ter sua história manchada, a casa de deten-ção foi desativada no começo de 2002 e demolida no final do ano. No lugar, foi cons-truído o Parque da Juven-tude.

JURADOSCinquenta pessoas são convocadas

CEL. GUIMARÃESComandante foi morto em 2006 em SP

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013PUBLICIDADE

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CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

Cidades

Santuário ecológico ameaçado

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

Quem um dia imaginou que a Lagoa Manguaba, a maior do Estado e uma das que contribuíram para a criação do nome Alagoas, corre o risco de morrer? A ação da natureza tem, mesmo, o poder

de fazer esse imenso ecossistema assorear, pelo simples fato de a laguna ser um depositário final de dois rios.

No entanto, antes dessa catástrofe, agressões menores, porém constantes, cometidas por nós, seres humanos, es-tão matando pouco a pouco cada sinal de vida que ainda insiste em sobreviver nesse grande santuário ecológico. (Páginas 10 e 11)

SAND

RO

LIMA

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MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE

Lagoa pede socorro e recebe displicência como respostaAção predatória da comunidade em torno dela e falta de atuação do governo abalam a ManguabaANA PAULA OMENAREPÓRTER

Agredido direta e in-diretamente durante décadas a fio, um dos

maiores complexos lagunares de Alagoas, considerado um santuário ecológico mundial, corre hoje um sério risco de desaparecer. Por sua ligação com o mar, a Manguaba é classificada como laguna. Mas, para os mais próximos, será sempre a lagoa Mangu-aba, fonte de vida para todo um raro e intrincado ecossis-tema – um berçário marinho que luta para sobreviver ao assoreamento, ao esgoto despejado diretamente, ao desmatamento e à pressão da indústria canavieira.

A partir do cais da cidade de Marechal Deodoro, a Tri-buna Independente percor-reu os principais trechos da laguna Manguaba registrando flagrantes das agressões im-postas a ela pelo homem.

Os pneus descartados en-tre os mangues dão à lagoa o aspecto de um depósito de lixo. As clareiras, como feridas abertas no mangue, lembram a devastação causada pelos que exploram de maneira pre-datória a pesca do carangue-jo. Os sinais do assoreamen-to provocado pela ocupação imobiliária desordenada, com suas “ilhas” de areia, e até um poste de energia instalado no meio da laguna foram regis-trados pelas lentes do repórter fotográfico Sandro Lima.

Para o biólogo Diego San-tos, a urbanização sem plane-jamento tem afetado direta e indiretamente o equilíbrio lo-cal, pois, mesmo as obras dis-tantes da margem destinam grande quantidade de areia à lagoa. Areia, como a deixa-da pela recente duplicação da AL-101 Sul. Um prejuízo “es-túpido”, nas palavras do espe-cialista.

“As areias das construções na região têm entrado no sis-tema da lagoa e devem conti-nuar entrando em curto prazo por conta da expansão imobili-ária no Litoral Sul. Sem falar na chuva que contribui para que essa areia seja levada mais rapidamente para dentro da lagoa, formando assim os bolsões, ou seja, o assoreamen-to”, observa Santos.

Ele lembra que, em 2007, quando começou a vivenciar os problemas na lagoa, “a Manguaba já estava perdendo profundidade”. “Hoje os pesca-dores estão buscando seu sus-tento nestes bolsões de areia com a água no meio da ‘cane-la’ e até migrando de profis-são para garantir o sustento”, alerta.

Para a presidente da Fede-ração de Pescadores de Alago-as, Eliane Morais, a situação é lamentável em virtude, sobre-tudo, do assoreamento da la-guna. Ela comenta que a falta de vontade política dos gesto-res locais tem contribuído para a situação preocupante em que a Manguaba se encontra.

“Até agora, o governo esta-dual não fez nada para mudar a realidade da Manguaba, que em breve vai virar um pânta-no. A laguna pede socorro há anos e até o momento ninguém fez nada. Falta vontade políti-ca de realizar a dragagem da Manguaba e assim garantir a sobrevivência de aproximada-mente quatro mil pescadores que dependem diretamente desta renda para comer”, pon-tua.

“Há anos o governo prome-te fazer a dragagem das duas lagoas, Mundaú e Manguaba. É preciso uma limpeza urgen-te dessas lagoas. Do contrário, elas não terão muitos anos pela frente”, alerta.

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

Ocupação imobiliária desordenada se soma à poluição, desmatamento e pressão da indústria canavieria por espaço e sufoca a lagoa

Fartos em outra época, crustáceos começam a desaparecer do maguezal em torno da Manguaba

BERÇÁRIO

Fragilidade de ecossistema exige estudos de impacto de dragagem

PEQUENAS ALTERAÇÕES

Problemas começaram a surgir há 20 anos

A Agência Nacional de Águas (ANA) desenvolve atualmente um estudo do impacto ambiental que seria causado por uma dragagem, ou seja, para a retirada do excesso de areia acumulado no fundo da laguna Man-guaba. A análise, segundo a assessoria do órgão federal, ainda não foi concluída, mas poderá determinar as reais condições de assoreamento e seus efeitos na área.

Para o presidente do In-stituto do Meio Ambiente em Alagoas (IMA/AL), Adriano Augusto, o projeto é considerado grandioso para reverter a situação, intervindo nas duas lagu-nas de Alagoas, Mundaú e Manguaba. “Para saber se

haverá algum impacto na laguna durante a dragagem é preciso fazer um estudo de impacto primeiro. Não adi-anta fazer de qualquer jeito e depois acabar compromet-endo mais tarde”, explica.

Adriano Augusto argu-menta ainda que outros projetos elaborados entre o governo do Estado e a Com-panhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) po-dem garantir a sobrevivên-cia das lagunas. Um deles, diz, prevê o esgotamento sanitário das cidades que margeiam os rios Mundaú e Paraíba, que desembocam na laguna Manguaba.

CobrançaNesse ponto, o presidente

do IMA faz uma crítica aos prefeitos dessas regiões e diz lamentar que os gestores “só se preocupem em con-struir praças ou pavimentar ruas”, esquecendo do esgota-mento sanitário quando, em muitos desses municípios, os resíduos são descartados diretamente no complexo la-gunar.

“Verba tem em Brasília, mas, para garantir o re-curso, é preciso demanda de projetos elaborados pelos gestores municipais. Essa iniciativa quem deve buscar são os gestores. É preciso solicitar a demanda técnica para que o dinheiro chegue”, lembra Adriano Augusto.

A reportagem foi informa-da pela assessoria de comu-

nicação da Codevasf que não existe um projeto da Com-panhia que abranja mais diretamente os municípios de Marechal Deodoro e Pi-lar, que margeiam a laguna Manguaba, mas apenas os 50 municípios do Vale do São Francisco são contemplados.

Ainda conforme a asses-soria da Codevasf, um pro-jeto tramita no congresso nacional acerca da ampli-ação da área de atuação da Companhia para os demais municípios alagoanos. O re-lator do projeto, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), apresentou parecer pela não implicação da proposta em aumento ou diminuição da receita ou da despesa pública. (A.P.O.)

Segundo o biólogo Diego Santos, como consequência do crescimento desordena-do da região no entorno da lagoa Manguaba, o curso normal dos canais que a lig-am ao mar tem sido altera-do, prejudicando até mesmo a saída das embarcações de pescadores veteranos.

Santos lembra que o prob-lema do assoreamento na Manguaba não é novo, e vem se apresentando desde a década de 1990, com indí-cios de alterações na laguna.

O biólogo destaca que até a ocorrência dos crustáceos, famosos e fartos em outros tempos, teria diminuído porque os animais estari-am buscando outros locais como área de reprodução ou refúgio. O motivo não seria outro senão a poluição da laguna.

Como exemplo, Santos cita o caso das tartarugas encon-tradas mortas por asfixia depois da ingestão de plás-tico, confundido com águas vivas pelos animais. “No-venta e cinco por cento dos animais marinhos utilizam a lagoa como berçário natu-ral, como os peixes tainha, as tartarugas, o camarão, e até os tubarões cabeça-cha-ta”, observa. (A.P.O.)

DANOS INTENSOS

Educação, só, não consegue salvar estuário

Para garantir a sobrevi-vência do complexo lagunar Manguaba, não adianta ape-nas educar, afirma a coorde-nadora do programa Lagoa Viva, Lenice Moraes. Para ela, sem o investimento por parte do poder público na preservação da área, o ecos-sistema está fadado a desa-parecer.

“Projetos existem, mas não são colocados em ação pe-los gestores. Verba também tem, porém ninguém sabe para onde vai esse dinheiro. Só educar, não vai garantir a total mudança. É necessário que os gestores tenham um comportamento ambiental no sentido de controlar o lixo e promover a implantação de uma rede coletora de esgo-to para que ele não continue sendo descartado nas lagoas indevidamente”, afirma.

O biólogo Diego Santos reforça a problemática da má utilização de recursos públicos para a fiscalização das lagoas. “É uma questão que deve ser levantada ainda mais por ambientalistas”. De acordo com Santos, “há verba para o custeio da preservação ambiental”.

CONSCIENTIZAÇÃOO programa coordenado

por Lenice promove a educa-ção ambiental e os princípios de sustentabilidade como for-ma de contribuir para a me-lhoria da qualidade de vida da comunidade alagoana. O principal objetivo do Lagoa Viva é implementar uma for-mação continuada em educa-ção ambiental para professo-res da educação básica das redes municipais e estadual de ensino em Alagoas.

Na opinião da coordena-dora, sem esse trabalho, a situação das lagunas poderia estar ainda pior. “O progra-ma existe desde 2001 e já levou educação ambiental a mais de 226 mil estudantes da rede pública de ensino, e gerou uma mudança grande de comportamento com essa integração, dos muros da es-cola para a sociedade”, ava-lia.

A educação ambiental le-vada pelo Lagoa Viva é dire-cionada a todas as modalida-des de ensino. Atualmente, o programa é executado em 39 municípios, entre eles: Maceió, Marechal Deodoro, Pilar e Santa Luzia do Norte. (A.P.O.)

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CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

‘Cílios’ da lagoa estão sendo devastadosQueimadas, despejo de lixo em meio à vegetação e clareiras abertas por pescadores deixam complexo desprotegido

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

Apontada como base da economia alagoana há mais de um século, a

indústria canavieira exerce seu poder e pressão sobre o poder público para obter mais espaço para a plan-tação da cana-de-açúcar.

Essa expansão tem deixa-do apenas vestígios de Mata Atlântica, que dominava a paisagem alagoana, mas é pouco a pouco substituída pelas plantações de cana.

De acordo com o biólogo Diego Santos, essa devasta-ção também atinge a Lagoa Manguaba, onde apenas vestígios da Mata Ciliar po-dem ser vistos.

Ele explica que a impor-tância dessa vegetação para a lagoa é como a importância dos cílios para os olhos, por isso o nome dado a ela.

Com a Mata Ciliar enfra-quecida, a lagoa sofre ainda mais com o assoreamento,

isso porque a terra é levada mais facilmente para dentro do leito, com o processo de erosão.

Para tentar amenizar esse e outros problemas ge-rados pela queima da palha da cana no processo de co-lheita, uma decisão do Su-perior Tribunal de Justiça proibiu a ação, em 2009.

Alguns estados, como São Paulo, começaram a implan-tar práticas alternativas desde 2002, porém, em Ala-goas, o projeto de lei apre-sentado no ano passado na Assembleia Legislativa para regulamentar a medida foi vetado e esquecido.

Segundo o deputado au-tor da proposta, Antonio Albuquerque (PTdoB), inte-resses dos usineiros e plan-tadores de cana barraram a evolução da proposta na casa. Por outro lado, o se-tor alega que com a grande quantidade de áreas planta-das com alto grau de inclina-ção, não é possível substituir

a colheita manual, com quei-madas, pela colheita meca-nizada.

CONTAMINAÇÃOO biólogo Diego Santos

lembra ainda que indústrias instaladas nas proximida-des da lagoa também afetam o equilíbrio do complexo la-gunar. Um exemplo seria a contaminação do lençol fre-ático por uma fabricante de adubo instalada ao lado de um trecho de Mata Ciliar da Manguaba.

“Em 1999 e 2000 houve uma mortandade de pei-xes grande pelo acúmulo de agrotóxicos nos canaviais oriundos de uma multinacio-nal. Infelizmente, a agressão direta e indireta do homem tem ameaçado um santuário ecológico conhecido mun-dialmente”, alerta.

Outros fatores que con-tribuem com a devastação da mata ciliar são as clarei-ras abertas por pescadores e o despejo de lixo em meio à vegetação.

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

Falta de pescado é sentida pouco a pouco pela comunidade local e pesca se torna atividade inviável

Esgoto das casas escorre até a lagoa e contribui com o empobrecimento desse ecossistema

Ausência de Mata Ciliar na área ocupada por coqueiral e devastação de mangue são registros do local

FITOPLÂNCTONS

Reação da natureza também gera desequilíbrio de ecossistema

O oceanógrafo e especia-lista em geoquímica, Paulo Petter diz ainda que, devi-do à quantidade de sal na Lagoa Manguaba, ocorre a proliferação de fitoplânc-tons, o que deixa a água com uma tonalidade esver-deada.

“Na laguna, existem al-tos índices de clorofila. A poluição orgânica é inten-sa. Com muitos nutrientes, nasce muito fitoplâncton e alguns liberam toxinas. E a própria biomassa, quando começa a apodrecer, come-

ça a consumir oxigênio”, ar-gumenta.

Com a finalidade de ana-lisar a situação da laguna, suas características quí-micas, físicas e biológicas, coletas trimestrais de fito-plâncton são feitas duran-te o ano por estudiosos do Museu de Historia Viva da Ufal. “Diante do excesso de nitrogênio e fósforo, esses nutrientes acabam prejudi-cando a Lagoa Manguaba, tanto quanto a retirada de mangue”, alerta o profes-sor.

ASSOREAMENTOPara Paulo Petter, a ten-

dência de assoreamento de uma laguna deve-se ao fato de ela ser um depositário fi-nal de sedimento. “Possivel-mente, se continuar desse jeito, vai acabar. Quantas toneladas de sedimento che-gam a esta lagoa por ano? Al-gumas medidas têm que ser tomadas em longo prazo para despoluir. Há muitos anos ela está sendo degradada. Desorganizar é muito mais fácil que organizar”, lamenta o especialista. (A.P.O.)

INFLUÊNCIA DO MAR

Escassez de chuvas aumenta a salinidade e afasta os peixes

A escassez de chuva na cabeceira dos rios Mundaú e Paraíba, que se encontram com a lagoa Manguaba, de acordo com o oceanógrafo e especialista em geoquími-ca, Paulo Petter, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), reduz o vo-lume da água doce em seus leitos, chegando ao ponto em que, ao se encontrar com a água do mar, esse volume não é suficiente para diluir a concentração de sal exis-tente na mistura.

Assim, segundo o profes-sor, a salinidade da Man-

guaba já gira em torno de 23 gramas de sal por litro de água, quase a mesma concentração observada na água do mar, que chega a aproximadamente a 35 gra-mas por litro.

Pela evidência, Paulo Petter diz que o problema acaba por alterar profun-damente as características biológicas da Manguaba. “A pesca fica prejudicada. Os peixes acabam migrando para a foz do rio”.

O especialista explica que não é correto pensar que os problemas com a laguna

se iniciam em Alagoas. “A laguna é a porção final de um sistema. A maior par-te dos problemas é gerada longe, ainda lá na bacia hidrográfica dos rios Para-íba e Mundaú, que nascem em Pernambuco. Esses rios cortam mais de 200 quilô-metros entre Pernambuco e Alagoas até chegar à laguna Manguaba. Nas cidades do Pilar e Marechal Deodoro, onde o esgoto vai direto para a laguna, é possível identi-ficar o mau cheiro, na parte da orla, diante do aporte de esgotos”, lembra. (A.P.O.)

QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA

Projetos municipais de esgotamento emperram em burocraciaDois projetos de infra-

estrutura extremamen-te importantes para a sobrevivência da laguna Manguaba vivem hoje dois momentos distin-tos. Enquanto o projeto de esgotamento sanitá-rio da cidade de Mare-chal Deodoro tem boa perspectiva de tornar-se realidade, no município de Pilar a obra de sane-amento foi embargada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) devido a irregularidades come-tidas pela prefeitura na gestão anterior.

Na semana passada, uma reunião provocada pela Fundação Nacio-nal de Saúde (Funasa) colocou “na parede” a

Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e a empresa que desen-volveu o projeto de es-gotamento sanitário em Marechal Deodoro. De acordo com o presidente da Funasa em Alagoas, Roosevelt Patriota, caso as pendências acerca do projeto em Marechal não sejam sanadas de imediato, os recursos da ordem de R$ 10 milhões já garantidos pelo gover-no federal podem voltar para Brasília.

“O governo federal não está sendo atendido no sentido de [a prefeitura] mandar as pendências sobre o projeto, como, por exemplo, a planilha orçamentária com o va-

lor final do projeto do esgotamento sanitário. É absurdo se passar seis meses para enviar uma resposta. Se ela não for feita de forma imediata, o dinheiro vai ser de-volvido. A aprovação do projeto de esgotamento sanitário de Marechal agora depende da Sein-fra resolver as pendên-cias e encaminhar para a aprovação pela Funasa”, avisa Patriota.

Para o prefeito de Ma-rechal Deodoro, Cris-tiano Mateus, o recurso empenhado já estaria até “caduco” pelo tempo decorrido desde que o projeto inicial foi elabo-rado.

“Hoje, o valor só para

começar a obra está or-çado em R$ 16 milhões. A Seinfra tem pendên-cias que ainda não foram sanadas e que precisam ser feitas de imediato, como cálculo estrutural, planilha orçamentária e de licença ambiental”, ressalta Mateus.

“A Secretaria parece não ter vontade de fazer acontecer. Dá mais prio-ridade a outras obras e esquece o sítio histórico de Marechal Deodoro. Com as obras de sanea-mento do Francês foi do mesmo jeito”, critica o prefeito.

A Seinfra, por meio da assessoria de comu-nicação, informou que, juntamente com a em-

presa que elabora o estu-do técnico em Marechal Deodoro, está fazendo as correções recomendadas pela Funasa. Essa seria a razão da demora na execução do projeto.

PilarNa cidade do Pilar, o

prefeito Carlos Alberto Canuto informou que uma obra de saneamen-to básico na orla do mu-nicípio chegou a ser ini-ciada, porém teria sido embargada pelo TCU, devido a irregularidades detectadas.

“Não é somente o Pilar que despeja esgoto na Manguaba. Tem outros municípios que margeiam a laguna também, mas é claro que o Pilar tem que

fazer a sua parte, e é por isso que estamos toman-do o pé da situação com idas frequentes a Brasí-lia para tratar do assun-to”, salienta Canuto.

Enquanto a burocracia emperra a ação do poder público, a laguna Man-guaba luta para respi-rar, à mercê de quem não se importa com a existência de um ecos-sistema raro em troca de interesses particulares e do lucro a curto pra-zo. Resta a esperança de que a beleza, a riqueza e a variedade das formas de vida que habitam esse sistema continuem existindo e possam ser desfrutadas pelas próxi-mas gerações. (A.P.O.)

Page 12: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013CIDADES12 TRIBUNAINDEPENDENTE

Mais potássio reduz risco de derrameElemento presente na dieta leva a uma redução de 24% no risco da doença que tanto mata no Brasil e no mundo

DIVULGAÇÃO

Mamão papaia é rico em potássio, essencial para regular o sódio

Um incremento no con-sumo de frutas e leg-umes frescos e uma

redução na ingestão de ali-mentos industrializados podem aumentar a presença do po-tássio na dieta e levar a uma redução de 24% no risco de der-rames cerebrais na população.

Hoje, a doença é a principal causa de morte e incapacidade no Brasil.

A indicação vem de uma grande revisão de estudos li-derada por pesquisadores da OMS (Organização Mundial da Saúde) e publicada no “British Medical Journal”.

O trabalho envolve dados de quase 130 mil pessoas saudá-veis e mostra que, entre as que consumiam mais potássio (de 3,5 g a 4,7 g por dia), o risco de derrame era 24% menor do que no grupo que ingeria menos des-se nutriente.

O potássio é essencial para o funcionamento celular e ser-ve como contraponto à ação do sódio, componente do sal forte-mente ligado à hipertensão, que

é fator de risco para derrames e outras doenças cardiovascula-res.

O trabalho sobre potássio, assinado por Nancy Aburto, do Departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvi-mento da OMS, é acompanha-do por outras duas revisões de estudos a respeito do efeito de reduções do consumo de sódio na pressão.

Que cortar o sal da dieta ajuda a controlar a pressão é mais do que sabido. O que ain-da se discute são as metas ide-ais de consumo diário -e como implementá-las.

Hoje, a OMS recomenda até 5 g de sal por dia --o equivalen-te a 2 g de sódio.

De acordo com o trabalho liderado pelo pesquisador Feng He, da Universidade de Lon-dres, diminuir o consumo de sal dos atuais 9 g a 12 g observados em média na população para 5 g já teria um grande impacto, mas um corte mais radical, para 3 g, seria ainda melhor para o controle da pressão arterial.

Posse em Campo Alegre

A Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre, pro-moveu na sexta-feira, 5, a posse coletiva novos conselheiros membros do Conselho Municipal de Educação do municí-

pio. Com a perspectiva de uma educação cada vez mais democrá-tica, o conselho tem papel de fundamental importância nas metas educacionais do município.

Os reis da boemia

Intelectuais de grandes méritos, eles se sobressaíram dentre os boêmios elegan-tes e finórios de sua época. Reinaram durante anos nas noitadas e madrugadas maceioenses Bráulio Leite Júnior, Arnoldo Jambo e Petrônio Vianna, tradicio-

nais defensores das nossas culturas artística e literária, de memórias saudosas. Desde a época de colégio, esses ilustres camaradas sempre souberam primar pela brincadeira sadia, num tempo em que o sério era mesmo levado em conta e a irreverência se tirava de letra. Jamais deixaram de preservar suas imagens de cidadãos respeitáveis. Bráulio Leite Jr, que terminou seus dias no conforto do seu tradicionalíssimo Sítio Velho, na aprazível Paripueira, aposentou-se como advogado, jornalista, escri-tor, folclorista, ator e teatrólogo. Durante anos dirigiu o Teatro Deodoro. Arnoldo Jambo, que será sempre lembrado por nós como exemplo de amor à cultura e às letras, também foi advogado, jornalista, crítico literário, escritor e membro da Academia Alagoana de Letras. Transferiu-se de Maceió para o Recife, onde, até a morte, continuou escrevendo. Petrônio Vianna - avô do jornalista homônimo que enobrece o quadro de repór-teres desta Tribuna Independente -, foi matemático dos mais laureados da Terra dos Marechais, professor universitário e catedrático do Lyceu Alagoano, tendo se dedicado ao ensino durante de 54 anos ininterruptos. “Se eu parar, eu caio”, repetia sempre. No dia que parou, caiu para sempre. Mas legou à posteridade uma bela história. Aprendi muito com esses caras. Bato no peito e orgulhosamente proclamo que sempre gozei do privilégio da amizade dos três. Contavam as más línguas, que quando esses amigos cismavam de encarar uma birita, eles só paravam quando os estoques alcoolíferos das redondezas de onde se achavam aboletados, começavam a ficar seriamente abalados. O incrível é que nunca ficavam bêbados. Mas, abalada de verdade, ficou, certo dia, a saúde do professor Petrônio Vianna que, a conselho médico, teve de dar um “stop” na boemia, “por tempo indetermina-do”. Bráulio Leite revoltou-se e desabafou com uma certa dose de egoísmo: - Mas logo agora, que o Arnoldo está se transferindo com malas e bagagens pro Recife, meu irmão! E o Petrônio: - O que é que eu posso fazer? Preciso recuperar a minha saúde! Mas não teve problema porque o jornalista e publicitário Alberto Jambo, irmão de Arnoldo, também de saudosa memória e gozador por excelência, passou a preen-cher a lacuna aberta por Vianna. Justo nesse período recessivo do matemático, eis que cismou de rever a terra natal, o invulgar filólogo e dicionarista Aurélio Buarque de Hollanda, que também era boêmio de carteirinha e ligadíssimo ao trio famoso. Com a ausência de Vianna, apenas a dupla Bráulio/Arnoldo foi ao aeroporto dos Palmares recepcionar o ilustre amigo. Assim que Mestre Aurélio assentou o solados dos pés em terra firme, ele foi logo perguntando ao Bráulio: - Como é, gordo, a zona ainda está no mesmo lugar? Estava. Firme e forte. A farra que promoveram na boate Areia Branca do folcló-rico Biu Mossoró, durou 24 horas. A ausência de Petrônio Vianna foi lamentadíssi-ma. Dessa vez, os três, que jamais se embriagavam, incrivelmente ficaram de porre. É quando Bráulio Leite inventou de sugerir uma visita a Petrônio, isso às 4 e meia da manhã! - Vamos lá, turma? Mestre Aurélio, que sempre foi o mais sensato da turma, ponderou: - Mas numa hora desta, gordo?! O cara deve estar dormindo! - Tá nada, rapaz! Conheço a peça! Vamos embora! Às 5 horas eles estavam batendo na porta da casa do professor, que ficava na ladeira dos Martírios. Bráulio Leite abriu o bocão: - Petrôôôniooo! Ô Petrôôôniooo! De lá de dentro respondeu uma voz sonolentamente sumida: - Quem é? - É a polícia! - brincou o Bráulio. Petrônio Vianna, que sempre foi valente, pinoteou da cama, deu garra de um re-vólver .38 “canela seca”, e correu para a porta da rua, de pijama, disposto a iniciar a Terceira Guerra Mundial. No que abriu a porta, deu de cara com o trio, que de tão biritado, desabou dentro de casa. Difícil foi levantar o Bráulio, que naquela época pesava 230. E a farra, acrescida de mais um participante, prosseguiu na casa do professor Petrônio Vianna, que nesse dia quebrou o regime e a promessa: tirou o atraso de 8 meses de absoluta abstinência alcoolífera.

A calcinha da anja Depois que aposentou-se - primeiro, como atleta de futebol e, depois, na qualidade de funcionário público estadual categorizado -, o Edson Correia da Silva virou boêmio. - Já dei minha parcela de sacrifício ao trabalho. Meu caso agora é sombra, água fresca, e, vez ou outra, um uisquezinho, uma cervrejinha... - anunciou perante o cunhado José Arthur Justo, economista, escritor e ex-presidente do finado Banco do Estado de Alagoas (Produban). Edson Correia da Silva não é outro senão o famoso Deda, que durante muitos anos brilhou nos nossos estádios vestindo a camisa do alviceleste Centro Sportivo Alagoano (CSA). Ele chegou também a ser titular da seleção alagoana de futebol. Deda era um verdadeiro maestro com a pelota no pé. Dono de um futebol elegante e fino, ele ar-rancava aplausos até da torcida adversária. Recorda José Arthur que o seu cunhado Deda certa vez tentou safar-se de uma situação crítica perante a esposa, dona Jacira, e complicou-se ainda mais. O fato, que vai abaixo papeado, ocorreu numa quinta-feira santa. Deda e dona Jacira tinham ido à igreja de Santa Rita, bairro do Farol, para assistir a tradicional cerimônia do Lava-Pés. No ambiente sagrado do templo católico, fiéis compenetrados, em postura de profundo respeito, eis que o Deda chegou mais pra perto da cara-metade e cochichou no seu ouvido: - Minha filha, necessito dar um pulinho lá fora. Volto já! Que “volto já” foi esse que o Deda só retornou no Domingo da Ressurreição, direto pra casa, e na maior ressaca. Lógico que não foi recebido com flores e banda de música. Indignadíssima, madame Jacira deu-lhe o maior esbregue: - Mas isso é coisa que se faça, rapaz? Posso saber onde o senhor se meteu? E ele, todo atrapalhado: - Ah, minha filha, você não sabe o que aconteceu. Assim que saí para tomar um arzinho na porta da igreja, lá vem uma procissão! - Procissão???!!! Que procissão foi essa? - Uma procissão, ora! Escute e história! Aí aquela multidão cheia de cantoria, me levou junto, no peito e na marra. Não pude fazer nada! Então, fui na onda. Um lava-pé aqui, outro lava-pé alí, quando dei fé, já era sábado de Alelúia! Mal acabou de contar essa fantástica odisséia, Deda deu um bocejo e caiu na cama, tão cansado se achava em decorrência de “suas andanças pela paróquia”. Não teve nem condições de recolher o automóvel à garagem. A esposa foi quem procurou cumprir a tarefa de guardá-lo. Naquilo que ela sentou diante do volante manobrá-lo, tomou um susto danado: sobre o banco do carona, jazia uma calcinha de langerie. Aí, não prestou para o nosso atleta, que tentou uma justificativa, tão inverossímil quanto desastrosa: - Meu Jesus Cristo! Mas que engano terrível eu cometi! Imagine, minha filha, que eu trouxe a relíquia errada! Ao invés de um pedaço do manto da santa, eu peguei foi a calcinha da anja! Quase deu divórcio.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

CompromissoA prefeita Pauline Pereira falou da importância e do compromisso dos novos conselheiros, desejan-do boa sorte a todos. Na oportu-nidade a prefeita falou também dos avanços já registrados na educação de Campo Alegre, como o aumento no número de matrí-culas em creches, a construção de novas unidades de creches em na cidade e na zona rural, e o ensino de tempo integral na rede municipal que já é uma realidade. A prefeita encerrou sua fala com a seguinte frase, “Conto com o empenho de todos e tenho certeza que juntos faremos um Campo Alegre bem melhor”.

AmpliaçãoDurante a solenidade a secretária de educação do município, a professora Josineide Vasconcelos Granja falou da ampliação da composição do conse-lho, com a participação de mais representatividades aumentando envolvendo outros órgãos que ajudarão a traçar as metas da educa-ção do município.

ImportanteO vereador José Correia – Jura, que fez parte também da gestão anterior do conselho, destacou que o conselho é um órgão muito importante e muito sério, pois é o conselho que vai definir as normas da educação do município.Participaram da solenidade os ve-readores, Jura, Piu Espetus, Jeane Nascimento, Arquelino Cezar e Alan do Lucinho. Diretores de escolas, profes-sores e membros da Semed também prestigiaram o evento.

Deu certo A informação está no portal arapiraquense 7segundos: O Ônibus do Desarmamento da Secretaria da Paz de Alagoas superou as expecta-tivas de arrecadação de armas de fogo, durante as três semanas que esteve instalado no centro de Arapiraca. As primeiras 42 armas foram apresentadas, na manhã de sexta-feira (5), no 3º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Novo Horizonte. Depois da apresentação, a equipe da Sepaz foi surpreendida ao receber mais 56 armas. Totalizando, 103 armas recolhidas no Ônibus.

Paz no interiorAinda na matéria do portal 7segundos: As autoridades destacaram a consciência da população arapiraquense que foi ao ônibus para contribuir com a criação de uma cul-tura de paz no interior. “Isso demonstra que população de Arapiraca compreendeu que ter uma arma em casa não proporciona segurança”, afirmou o superintendente de Promoção de Cultura de Paz Adalberon Sá Júnior.

Entrega voluntáriaO coronel Marcos Mendonça afirmou que a campanha é importante por incentivar a entrega voluntária de armas. “Esse número significativo mostra que a população está, de forma consciente, entregando um instrumento que a princípio pode parecer de defesa, mas é de ataque”, enfatizou o militar.Sobre o perigo de ter uma arma em casa, Mendonça citou o caso da mu-lher que matou acidentalmente o filho com uma espingarda, esta semana, na cidade de São José da Laje.

Operações policiaisO 3º Batalhão de Policiamento Militar é um dos pontos fixos de arreca-dação de armas no Estado. O tenente-coronel Wellington Bittencourt lembrou que qualquer pessoa pode ir à sede do policiamento, em Arapiraca, e entregar sua arma. Bittencourt frisou ainda o trabalho do ostensivo que representa um percentual significativo de armas apreen-didas em operações policiais. De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, desde novem-bro de 2012, foram recolhidas 222 armas de fogo em Alagoas, superan-do o número de 147 armas arrecadadas em todos os pontos fixos do Estado no ano passado.

DescontoOs estudantes que moram em Marechal Deodoro e es-tão matriculados em escolas públicas de Maceió, terão desconto de 40% nas pas-sagens de ônibus. Porém, é preciso fazer um cadastro na sede da empresa Real Alagoas, em Maceió.

BenefícioPara se ter uma idéia melhor sobre o benefício, a passagem que custa R$ 2,50 custará R$ 1,50 para o aluno beneficia-do. O desconto é o resultado de uma parceria entre a prefeitura e a empresa, e os estudantes que irão se beneficiar precisam fazer um cadastro levando até a empresa a documentação pedida no comunicado da Secretaria de Educação.

ArapiracaA partir desta segunda-feira (8), trecho da Rua São Francisco passará a ser mão única no sentido Rua Tibúrcio Magalhães à Rua São Luís, no bairro Ouro Preto. Agentes de trânsito estão no local a partir das 7h30 da manhã, de segunda-feira, para monitorar o trânsito e orientar os condutores de veículos.

... Para alertar os motoristas, a Superintendência Municipal de Transpor-tes e Trânsito (SMTT), colocou uma faixa na esquina da Rua São Luís com a Rua São Francisco.

... A faixa avisa que “Esta rua será contramão neste sentido”, ou seja, da Rua São Luís em direção à Rua Tibúrcio Magalhães. No entanto, a medida só entrará em vigor a partir da próxima segunda-feira (8).

... De acordo com o Departamento de Trânsito (DT), da SMTT, um estudo técnico de tráfego realizado no local apontou a necessidade de inverter o sentido da rua para possibilitar melhor fluidez ao trânsito daquela região.

... Outro fator importante, de acordo com o DT, que levou à mudança foi à questão do fluxo de veículos circulando pelas ruas onde há grande movimentação comercial, principalmente estabelecimentos de oficinas e de peças automotivas.

Page 13: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

PM não pretende extinguir caveiraSímbolo do Bope vai de encontro a resolução da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e foi retirado na ParaíbaALANA BERTOREPÓRTER

Uma resolução da Se-cretaria de Direitos Humanos da Pre-

sidência da República que trata da proibição do uso de símbolos com conteúdo inti-midatório, ameaçador ou que faça apologia à violência em fardamentos e veículos ofi-ciais das polícias anda cau-sando polêmica no Brasil. Em Alagoas, porém, a Polícia Militar, que usa o símbolo de uma caveira com uma faca cravada em seu crânio como emblema do Batalhão de Operações Especiais (Bope), diz que seus símbolos conti-nuarão sendo os mesmos.

A medida foi publicada em dezembro, por meio da Resolução de número oito do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, daquela secretaria, e em seu inciso XVII destaca a proibi-ção: “É vedado o uso, em far-damentos e veículos oficiais das polícias, de símbolos e expressões com conteúdo in-timidatório ou ameaçador, assim como frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam apo-logia ao crime ou à violên-cia”.

No Estado da Paraíba, o emblema do Bope foi retirado no dia 22 de março. O pedido

de proibição foi protocolado por nove entidades de direi-tos humanos ao governador do Estado e à Secretaria de Segurança Pública.

A Tribuna Indepen-dente procurou o comando do Bope e da PM em Alagoas para repercutir o fato, mas a corporação disse que não fala sobre o assunto porque a mudança não acontecerá por aqui. “O que ocorreu na Paraíba foi um caso pontu-al”, frisou o major Roberto Amorim, da assessoria de imprensa da PM.

Para o presidente da Co-missão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Daniel Pereira, as ins-tituições policiais deveriam, sim, abolir os símbolos con-siderados agressivos. “As po-lícias teriam que fazer isso, mas muitas ainda não fize-ram”, disse ele.

Daniel afirma que símbo-los como o da caveira do Bope é uma afronta à democracia. “É uma política de intimidar. Nem tudo que é tradição é aceitável, as coisas mudam e é preciso se adaptar às mu-danças”, enfatizou.

O presidente da comissão afirmou apoiar a resolução. “A polícia luta para defender a cidadania e evitar conflitos e esse símbolo é agressivo”, pontuou.

ADAILSON CALHEIROS

ADAILSON CALHEIROS

Caveira pode ser considerada intimidatória, ameaçadora e uma apologia à violência, conforme resolução

Presidente da Comissão de Direiros Humanos da ALE considera que caveira afronta a Constituição

SINAL DE FORÇA

Associações defendem uso do símbolo

O major Wellington Fra-goso, presidente da Associa-ção dos Oficiais Militares de Alagoas, questionou sobre o que seria colocado no lugar da caveira, que representa o Bope, caso ela fosse extinta como símbolo do batalhão: “O que iria substituir o sím-bolo então, flores?”, dispa-rou.

Para Fragoso, a caveira é uma forma de mostrar que a polícia vai até o final das consequências para comba-ter o crime. “O policial su-pera tudo para proteger a sociedade, vai até as últimas consequências”, justificou.

Ele completou que a ca-veira com o punhal mostra destemor e não é agressivo, em sua opinião. “Antes o nome era Batalhão de Cho-que, pois era uma tropa de repressão, tinha o potencial máximo. A mesma coisa foi esse símbolo”, esclareceu. Na opinião dele, a retirada do símbolo não vai influen-ciar na ação dos policiais.

O presidente da Associa-ção dos Subtenentes e Sar-gentos da PM de Alagoas (Assmal), sargento Teobaldo Almeida, afirmou que ini-cialmente a Tropa de Cho-que tinha como emblema uma pantera e depois, com o Bope, passou a ser uma caveira. “Dentro da institui-ção, o símbolo não influencia ninguém. Cada instituição tem o seu símbolo”.

O sargento alegou que atualmente as polícias es-tão pautadas em prestar um bom serviço à comunidade. “A formação antiga era mais desumana, hoje a formação é única e muita coisa mu-dou”, colocou.

Ele acrescentou que o maior avanço está na men-te do profissional. “Do meu ponto de vista, a retirada do símbolo não afeta a qualifi-cação, nem a formação”, re-bateu.

ESTADOA secretária do Estado

da Mulher, da Cidadaia e dos Direitos Humanos, Ká-tia Born, disse que como ci-dadã acha o símbolo do Bope muito agressivo. “Minha sugestão seria discutir para que haja uma mudança, pois violência chama violência e a sociedade precisa de har-monia”, comentou. (A.B.)

COMISSÃO DA ALE

Deputado quer discutir tema com o ComandoO deputado Marquinhos

Madeira (PT), que é presi-dente da Comissão de Diretos Humanos da Assembleia Le-gislativa do Estado de Alago-as (ALE), citou a Resolução número oito do Conselho de Defesa dos Direitos da Pes-soa Humana, e disse que se posiciona contrário ao uso de símbolos agressivos, pois considera uma afronta aos princípios constitucionais. “Atinge o estado democrático de direito”, salientou.

Segundo o deputado, o assunto será levado à Comis-são de Direitos Humanos da ALE. Ele promete procurar o Comando Geral da Polícia Militar para tratar do assun-to. “Com a discussão, vamos tomar algum posicionamen-to”, concluiu.

O deputado Judson Cabral (PT), que é membro da Co-missão de Direitos Humanos da ALE, colocou que é preciso que haja uma manifestação da comunidade para que a comissão se posicione. “Caso ocorra provocação de alguma entidade, podemos juntar as

comissões da OAB e da ALE para que possa ser feito algo em relação aos símbolos que intimidem”, destacou.

Judson também conside-ra agressiva a simbologia do Bope. “Eu acho que este não é o papel da polícia”, opinou.

PARAÍBAA decisão da Polícia Mi-

litar da Paraíba de retirar a caveira do emblema do Bope provocou uma crise na corpo-ração, polêmica e reações de oficiais superiores da corpo-ração.

No fim de março, nove en-tidades de direitos humanos protocolaram pedido de proi-bição do uso do símbolo ao go-vernador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB-PB), à Secre-taria de Segurança Pública e ao comando da PM.

Os grupos alegaram o des-cumprimento de resolução da Secretaria Nacional de Direi-tos Humanos. O movimento foi impulsionado pelo depu-tado federal Luiz Couto (PT--PB), que se manifestou na Câmara de Deputados contra o emblema. (A.B. / Com IG)

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013 CIDADES 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 14: Edição número 1712 - 07 de abril de 2013

Empreendedorismo integra currículo de 14 universidadesObjetivo é formar profissionais para o desenvolvimento regional e nacional

Quatorze instituições de ensino superior vão come-çar a oferecer a seus alu-

nos cursos voltados ao empreen-dedorismo. Ao todo, mais de 16 mil estudantes serão beneficia-dos por um convênio assinado entre o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e essas universidades.

O projeto é formado por qua-tro iniciativas: criação de uma disciplina de empreendedoris-mo na grade das universidades; utilização de uma ferramenta virtual de ensino chamada Bi-zGame Campus para que os alunos aprendam a tomar de-cisões empresariais; estímulo a pesquisas na área de empre-

endedorismo; e licenciamento para as escolas utilizarem a metodologia Sebrae de treina-mento empresarial, a exemplo d o Empretec.

FORMAR PARA CRESCER“O objetivo é capacitar as

instituições de ensino para se tornarem atores cada vez mais relevantes no desenvolvimento regional e nacional, formando profissionais com capacidade de empreender, seja nas empresas, seja por meio da criação de seus próprios negócios”, afirma Luiz Barretto, presidente do Sebrae.

“Hoje, é fundamental pen-sarmos em educação empreen-dedora quando falamos de for-mação de jovens para entrar no

mercado de trabalho”, completa.As instituições de ensino po-

dem escolher quais iniciativas querem oferecer a seus alunos.

No caso do BizGame Cam-pus, o professor cria um jogo virtual em que os estudantes decidem o que fazer em situa-ções que simulam o cotidiano de um empresário.

Para chegar a essa etapa, é fundamental que aulas an-teriores tenham trabalhado os conceitos necessários para que a prática seja proveitosa.

Já no caso dos cursos do Sebrae, são os próprios profes-sores das universidades, devi-damente capacitados pela ins-tituição, que aplicam os cursos

com a metodologia testada e aprovada por milhares de em-preendedores.

As parcerias com as institui-ções de ensino superior começa-ram em 2010, com apenas seis escolas. Em São Paulo, a ESPM (Escola Superior de Propagan-da e Marketing); em Brasília, UCB (Universidade Católica de Brasília), UnB (Universidade de Brasília) e UniCeub (Centro de Ensino Unificado de Brasí-lia); em Minas Gerais, a FDC (Fundação Dom Cabral); e, na Bahia, a FSB (Faculdade Social da Bahia).

Os resultados foram positi-vos e, por isso, o convênio está sendo ampliado.

DIVULGAÇÃO

Para o Sebrae, é fundamental pensar em educação empreendedora quando se fala de formação do jovem

SAÚDE

Prevenção em busca de mais produtividade

MEDIDAS

Colaboradores mais saudáveis no trabalho

“Este conceito chamado de saúde populacional nasceu nos Estados Unidos e foi motivado porque os empresários não ti-nham mais condições de arcar com os custos das doenças dos funcionários”, explica Paulo Marcos Senra Souza, vice-pre-sidente da ASAP e assessor da presidência da Amil, outra empresa envolvida.

“A origem desta carga fi-nanceira detectada era a au-sência de políticas preventi-vas. O que queremos no Brasil é conseguir indicadores que comprovem que o investimento preventivo, de fato, é revertido em redução de custos e o au-mento da produtividade. São planos de ação que podem ser estendidos do meio empresa-rial para as escolas e clubes”, exemplifica Senra.

Fábio de Souza Abreu, di-retor da Axismed e eleito pre-sidente da ASAP, avalia que o perfil de cada empresa exige atuação diferente dos empre-gadores. Uma empresa de te-lemarketing, em que a maior parte dos funcionários é jovem e mulher terá indicadores e demandas distintas de uma fábrica onde atuam homens de meia-idade, exemplificou Abreu.

“Mas em todas as circuns-tâncias, conforme já definiu em 2006 o Fórum Econômico Mundial de Davos, o ambiente de trabalho é o mais indicado para promover saúde, não só por uma questão financeira mas por uma questão de res-ponsabilidade social.”

RESTAURANTES E ESCADASAlém de montar um banco

de dados com as informações de saúde dos trabalhadores e criar índices de custo/benefí-cio dos programas de saúde no trabalho, outra meta da Alian-ça é disseminar, por meio de workshops, estratégias exito-sas de programas corporativos de bem-estar.

Melhorar a qualidade nutricional dos refeitórios empresariais, incentivar o uso das escadas em vez dos elevadores e reservar tempo no expedi ente para a práti-ca de exercícios estão entre as diretrizes já elencadas pelo grupo como táticas para emagrecer os funcionários e melhorar a saúde.

“Nós fizemos um trabalho com 1.500 funcionários, por meio de avaliação nutricio-nal, e conseguimos 78% de adesão e 16% de emagreci-mento”, diz o diretor-médico da Vivo, Michel Daud Filho, secretário da ASAP.

“Negociamos com os res-taurantes localizados no entorno da empresa e aju-damos a elaborar um pra-to saudável, light e que foi incorporado nas redes. O cardápio é divulgado aos funcionários, que ganham saúde. Os restaurantes lu-cram ao vender o produto. Todo mundo sai ganhando”, disse Daud Filho, que é es-pecializado em Promoção de Saúde pela American Uni-versity.

DOENÇAS CAMPEÃSO ranking das dez doen-

ças que mais afastaram os trabalhadores do serviço em 2010 resultaram em 571.042 licenças trabalhistas, uma média de 65 por hora.

Da mesma forma que dor nas costas, joelhos ma-chucados, hérnia inguinal, depressão, mioma uterino, varizes, doença isquêmica do coração, hemorragia no início da gravidez, câncer de mama e bexiga caída são líderes – nesta ordem – em fazer com que as pessoas fi-quem afastadas de seus car-gos, estes problemas tam-bém podem ser reflexo das más condições do ambiente de trabalho.

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

SEM PESO

Empresas unidas para emagrecer funcionários

Uma associação formada por 12 empresas brasileiras foi oficializada com o objetivo de reduzir a obesidade, controlar o colesterol e melhorar a pressão arterial dos funcionários.

O grupo, batizado de Alian-ça para a Saúde Populacional (Asap), vai mapear os fatores de risco entre os trabalhadores e criar políticas preventivas de doenças crônicas, como diabe-tes, câncer, infarto, acidente vascular cerebral, depressão e dependência química.

Isso porque, além de nume-rosas entre os trabalhadores de todos os setores, essas con-dições de saúde estão entre os principais gatilhos das doenças que mais afastam os funcioná-rios dos postos de trabalho.

Cenário doenteNo último levantamento

feito pelo Ministério da Saú-de, o cenário encontrado com a população adulta do País é preocupante. Os pesquisado-res constataram que 90% da mão-de-obra brasileira é de se-dentários, 48% convivem com excesso de peso e só 15% con-

somem a quantidade ideal de frutas, legumes e hortaliças. Além disso, 22% dos maiores de 18 anos são fumantes e 16% ingerem bebida alcoólica de for-ma nociva.

“As pesquisas empresarias já existentes dão conta de que 20% dos riscos de doença dos trabalhadores advêm do am-biente profissional e 50% são provocados por hábitos de ris-co”, afirmou Marília Ehl Barbo-sa, administradora de empre-sas especializada em qualidade de vida, presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde e uma das fundadoras da Asap.

“Por isso, o primeiro passo da associação será mapear os indicadores de saúde dos fun-cionários, dividir os trabalhado-res em grupos de risco e mensu-rar a efetividade dos programas das empresas na redução de fal-tas, na diminuição dos custos e na melhora do ambiente corpo-rativo”, completou Marília que já foi consultora da Agência de Saúde Suplementar (ANS) e do Conselho Nacional de Saúde.

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PUBLICIDADE 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

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MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesCruzeiro chega em Maceió nesta segunda-feira para encarar o CSA na Copa do BrasilO Cruzeiro definiu a programação de viagem para o jogo de estreia na Copa do Brasil, na próxima quarta-feira (10), contra o CSA, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Antes deste compromisso, a Raposa vai enfrentar o América-MG, neste domingo. Após o compromisso pelo Estadual, os jogadores do Cruzeiro voltarão aos treinos na segunda-feira, às 9h, na Toca da Raposa II. O embarque da delegação cruzeirense para Maceió está marcado para as 13h. Na terça-feira, o técnico Marcelo Oliveira comandará o último treinamento da equipe antes da partida contra o CSA. A atividade será realizada terça no Corinthians Alagoano, às 16h.

Clássico baiano inaugura hoje a Arena Fonte NovaTécnicos de Bahia e Vitória estão bastante otimistas e novo palco do futebol em Salvador estará lotado

Um treino para deixar tudo ajustado. As-sim pôde ser defi-

nida a última atividade do Bahia. Antes do Ba-Vi deste domingo, às 16h, o técnico Jorginho tentou definir todo o sistema tático do Tricolor e prever pos-síveis alternativas do rival. Sem contar com Titi, que ficou na academia pelo seg-undo dia consecutivo, Fahel foi improvisado na defesa.

Para não deixar os joga-dores serem surpreendidos no domingo, o treinador montou o time reserva da mesma maneira que o Vi-tória atuou nos três últimos jogos. Com um homem de

referência no ataque e dois abertos pelas ponta, Jorgi-nho orientou os jogadores da defesa para definir o es-quema de marcação para o Ba-Vi.

A atividade foi realizada em apenas metade do gra-mado principal, que teve a grama cortada para ficar se-melhante à da Fonte Nova. Como Titi não treinou, Fahel iniciou o treinamen-to como zagueiro. No meio da atividade, Diones foi testado na posição ao lado de Danny Morais. O time titular treinou com: Mar-celo Lomba; Neto, Danny Morais, Fahel e Magal; Dio-nes; Feijão (Marquinhos),

Hélder e Paulo Rosales (An-derson Talisca); Adriano e Obina.

O técnico Caio Junior não precisará de espiões para colher informações so-bre o Bahia. Para descobrir pontos fortes e fracos da equipe tricolor, o treinador só precisa apelar para a me-mória. No ano passado, ele treinou o Esquadrão de Aço durante a disputa do Cam-peonato Brasileiro da Série A e também na Copa Sula-mericana. Foram apenas 10 jogos pelo Bahia, tempo que, apesar de curto, foi o suficiente para o técnico sa-ber o que terá pela frente neste fim de semana. Clássico entre Bahia e Vitória inagura de forma oficial neste domingo a Arena Fonte Nova em Salvador

CHANCES REMOTAS

Vasco abre mão do Carioca e prepara testes para o Brasileiro

TERRA TERRA

ARQUIVO

Sem lesão, Guerrero treina com bola no Corinthians e vai enfrentar o São Bernardo neste domingo Presidente Marcos Barbosa deve conduzir as eleições do conselho deliberativo do CRB

PAULISTÃO

Guerrero está de volta ao time do Corinthians contra o São Bernardo

ELEIÇÕES

João Beltrão é o mais cotado para assumir o conselho do CRB

O conselho deliberativo e a diretoria executiva do CRB estão em trégua. Esta semana aconteceram reu-niões entre o grupo de con-selheiros que está a frente nas negociações das vendas do Estádio Severiano Go-mes Filho e Beer CRB com o presidente Marcos Barbosa.

Todos estão voltados a iniciar uma união e já colo-cam o nome do conselheiro e deputado João Beltrão, para assumir a presidência do Conselho. Além de Bel-trão, o nome do empresá-

rio Márcio Lessa continua como provável candidato. A eleição deve acontecer na segunda quinzena de abril.

Existe também a possibi-lidade de um encontro para definição da compra do ter-reno e construção do Centro de Treinamento do Galo. O local mais cotado deve ser no Pólo em Marechal Deo-doro. O estádio, foi vendido por R$ 20 milhões, e o Beer por quase R$ 4 milhões.

“Estamos trabalhando para o bem do CRB. Esse é o objetivo desta gestão está

sendo marcada pela trans-parência e honestidade. Por isso peço um pouco mais de paciência ao torcedores que em breve teremos novida-des sobre nosso grande so-nho que é o CT”, disse Bar-bosa.

O acordo selado com o grupo GBarbosa, que com-prou o campo, é para entre-ga no imóvel no final deste ano. Esta semana inclusive, uma equipe de topógrafos esteve no local realizando os primeiros trabalhos de demarcação de área.

Praticamente eliminado da Taça Rio e sem mais chan-ces de conquistar o Estadual, consequentemente, o Vasco ainda tem três jogos a cum-prir no campeonato antes do fim da competição e usará as partidas como testes para o Brasileirão.

O grupo treinou em um campo alternativo inicial-mente com o intuito de pre-servar o gramado de São Januário. No entanto, a mu-dança de local evitou também serviu para evitar os protes-tos dos torcedores. O técnico Paulo Autuori reuniu todo

o grupo para uma conversa no início do treinos. Depois, os titulares trabalharam na academia e os reservas trei-naram fundamentos.

O experiente lateral direi-to Nei acredita na superação do mau momento pela equi-pe cruzmaltina, mas descar-

ta as chances de classificação no Carioca.

“Matematicamente até podem existir chances, mas sabemos que não dá mais. Pensando apenas no Bo-tafogo, a gente precisaria vencer todos os jogos e eles perderem todos. Agora o

time precisa aproveitar as três rodadas que faltam (Fri-burguense, Quissamã e Ma-dureira) como testes para o Brasileirão. Teremos de trei-nar fortes, aproveitar o que o Paulo Autuori tem para pas-sar para começarmos a ou-tra competição mais fortes”,

analisou. O Vasco volta a campo neste domingo, quan-do enfrenta o Friburguense, em São Januário, a partir das 18h30.

OUTROS JOGOS15h30 Audax x Macaé16h Bangu x Boavista16h Botafogo x Olaria

O atacante Paolo Guerre-ro está recuperado de dores na coxa direita e vai enfren-tar o São Bernardo neste domingo, às 16h no Pacaem-bu. Sem lesão constatada, o peruano treinou no CT Joa-quim Grava e não reclamou de novas dores no local. Com isso, Tite vai devolver ritmo ao atacante antes do duelo da Taça Libertadores con-tra o San José, quarta-feira, também no Pacaembu.

Mais uma vez, o técni-co terá de fazer mudanças em relação ao jogo anterior

– vitória por 1 a 0 sobre o Millonarios, em Bogotá. São cinco desfalques: Alessandro e Emerson Sheik, suspensos, além de Ralf, Paulinho e Ale-xandre Pato, que integram a seleção brasileira.

De acordo com o coman-dante, a formação será a seguinte: Cássio (Julio Ce-sar), Edenílson, Gil, Chicão e Fábio Santos; Guilherme Andrade e Guilherme; Jorge Henrique, Romarinho e Gio-vanni (Paulo Vitor); Guerre-ro. Entre os mais experien-tes, que inspiram maiores

cuidados, apenas o zagueiro Paulo André será poupado. Danilo será relacionado, mas pode ficar no banco de reser-vas. Em conversa com Tite, o meia se disse em boas condi-ções para o jogo de domingo. No entanto, o técnico quer alguém de peso como opção para o segundo tempo. Caso essa condição se confirme, os garotos Paulo Vitor e Gio-vanni disputariam a vaga.

OUTROS JOGOSPonte Preta x PalmeirasBotafogo-SP x São PauloA.Sorocaba x Mirassol

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DIVERSÃO&ARTE 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Mosquito”, novo disco do Yeah Yeah Yeahs, já está disponível em streaming. O trio americano, formado por Karen O, Brian Chase e Nick Zin-ner, permitiu a audição de seu quarto álbum no YouTube. Entre uma música e outra, os artistas fazem pequenos comentários sobre o processo de produção do trabalho. Antes da primeira faixa, Karen O, a vocalista, diz estar “muito animada” com o resultado das gravações.

Após um intervalo de três anos, nos quais tentaram a sorte sozinhos, os Jonas Brothers retornaram para a cena musical com “Pom Poms”, single que será o abre-alas do quinto álbum do grupo, previsto para ser lançado este ano. “Este primeiro hit combina o som pop com o rock e ressalta a habilidade musical e vocal dos três irmãos”, informou a gravadora da banda em uma nota. A música já está à venda em várias plataformas digitais.

Após três anos, Jonas Brothers lançam novo single “Pom Poms”

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

Yeah Yeah Yeahs libera novo álbum na internet

DANIEL DE MELO SOARESESPECIAL PARA D&A

O Cinema de Arte de Maceió completou no mês de março

18 anos de existência, exibindo filmes que ge-ralmente ficam fora do circuito.

Tudo começou num fi-nal de semana de março de 1995 no espaço dos cinemas Iguatemi I e II, quando o segundo cine-ma exibiu o filme francês A Rainha Margot, estre-lado por Isabelle Adjani. O cinema II foi pequeno para uma multidão ávida por um cinema diferen-ciado. O segundo filme foi o iugoslavo Antes da Chuva, que revelava as atrocidades e a divisão de um povo durante a chamada Guerra da Bós-nia. O terceiro filme foi o documentário Tudo É Verdade, que o cineasta americano Orson Welles não conseguiu concluir.

Estes três filmes sim-bolizam um pouco do que é o perfil das ses-sões do cinema de arte. Nelas já foram exibidos tanto o cinema moder-no atual como a antiga produção de clássicos memoráveis, tais como: Lolita e 2001 - Uma Odis-séia no Espaço, ambos de Stanley Kubrick; Um Corpo que Cai e Psicose, de Hitchcock; Os Incom-preendidos, de Francois Truffaut. Dentre outros. Como também produ-ções mais recentes de novos nomes do cinema, como o espanhol Al-modovar e seu inquieto filme de começo de car-reira Maus Hábitos; e a revelação francesa de François Ozon e seus fil-mes inquietantes como Swimming Pool, A Pisci-na ou Oito Mulheres.

Muitos filmes da ses-são de arte superlotaram as poltronas, gerando um frenesi. Por exem-

plo, o filme brasileiro Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho, adaptação do roman-ce do mesmo nome, de autoria de Raduan Nas-sar, provocou a volta de muitas pessoas da porta do cinema pois dentro não havia mais lugar. O que fez com que no sábado nova multidão comparecesse ao cine-ma 1 do velho Iguatemi. Na plateia, pessoas ilus-tres, como o escritores Raduan Nassar e Ariano Suassuna, além do dire-tor do filme.

Outro que também causou polêmica e mul-tidão foi a produção anglo-italiana, O Carteiro e o Poeta, baseado no livro do escritor chileno Antônio Scarmeta. Uma multidão superlotou o cinema e cadeiras da Praça de Alimentação ajudaram um pouco aos expectadores. Na primei-ra noite do filme, o então arcebisbo de Maceió, Dom Edvaldo Amaral estava em pé encostado numa amurada. Sua pre-sença foi notada por um funcionário do cinema e de imediato a cadeira do porteiro foi entregue à autoridade religiosa, que agradeceu e disse ser fã de cinema desde jovem, atuando em cine clubes.

O próprio Elinaldo Barros, coordenador das sessões desde o seu iní-cio, por diversas vezes foi apanhar filmes no de-partamento de carga do Aeroporto dos Palmares e na rodoviária de Ma-ceió, porque chegaram com atraso e precisavam ser exibidos. Agora em março, a sessão de arte atinge 18 anos, no es-paço moderno do Kino-plex, ofertando sempre um bom cinema e satis-fazendo um seleta e fiel plateia. E espera conti-nuar assim por um longo tempo.

UMA ODISSEIAO cinema de arte de Maceió completa 18 anos. A maioridade é repleta de lutas e uma batalha árdua de Elinaldo Barros, seu criador. Aqui, seu filho faz um texto onde conta as impressões do projeto que trouxe o bom cinema para as telas alagoanas

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DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTE

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Baião de Dois Hoje é o último dia para quem deseja conferir o espetáculo musical Baião de Dois, do Coretfal, em cartaz no Teatro Deodoro. A sessão acontece às 17h. os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia entrada e compra antecipada). Mais informações: 9645-1118 e 8802-4237.

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

Sirva-se de mais um gole Hoje, às 16h, a Mopho volta à Cuscuzeria Café, a casa mais charmosa da Avenida Amélia Rosa, para mais uma apresentação de seu show acústico. Para dar ainda mais sabor à atração, além de Clube do Vinil, a Chef Manu Magalhães promete um menu especial. Reservas de mesas podem ser feitas pelos telefones 3034-8000 e 3021-1019.

Marrom A casa de shows Musique vai ser o palco da turnê “Duas Faces”, que comemora os 40 anos de carreira da cantora Alcione. No dia 27 de abril, é a vez de Alagoas receber seu espetáculo, que já passou por lugares como Salvador, Recife, Belo Horizonte, São Luís, São Paulo, Mossoró e Natal. O show é fruto do projeto registrado em dois CDs/DVDs que foram lançados, oficialmente, durante a turnê. A cantora comemora da maneira que mais gosta: cantando para os fãs numa turnê nacional, que teve início no dia 15 de outubro e não tem data para terminar. Ingressos: R$ 100 (mezanino) / R$ 40 (pista) / R$ 960 (mesa para seis pessoas). Pontos de venda: Casa das Tintas (Farol e Ponta Verde). Vendas de mesas: Colcci (Maceió Shop-ping). Vendas on-line: www.gaproducocoes.com. Realização: GA Produ-ções. Mais informações: (82) 3032-5210 ou 9601-2828.

Preto & BrancoSe Chico César diz que alma não tem cor, Marcelo Marrom e Rodrigo Capella estão aí pra provar que humor também não. Comédia em Preto & Branco, sob supervisão de Fábio Nascimento apresenta um espetáculo totalmente autoral, cheio de esquetes, improviso e música. Com um texto flexível por se tratar do cotidiano, a peça é um belo convite à gargalhada. Elogiados por grandes artistas, casas lotadas e recordes de público, o espetáculo divide o foco entre os artistas e a plateia. O show te convida a deixar a timidez de lado e “entrar na dança” com os atores. O show tam-bém contará com a participação do comediante alagoano Fernando Peron. Comédia em Preto e Branco chega a Maceió em única apresentação, domingo 28 de abril, às 20h, no Teatro Gustavo Leite. Ingressos à venda na loja Freaks (segundo piso do Maceió Shopping) nos valores de R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Mais informações: (82) 3317-9346 / 3231-9559 / 9628-9499.

Mostra Sesi Vem aí, a quinta edição da Mostra Sesi de Documentários (Sesi.doc), nos dias 12, 13 e 14 de abril, no Centro Cultural Sesi, que realiza o evento em parceria com a Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Na programação, diversos documentários, nacionais e estrangeiros, sobre temas variados. Os ingressos vão ser vendidos antes de cada sessão a R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). O passaporte para duas sessões custa R$ 20 e R$ 10 e, para três, R$ 30 e R$ 15 – valores são referentes, respectivamente, à inteira e meia-entrada. A programação completa da Mostra Sesi de Documentários está disponível no site www.centroculturalsesi.com.br. Outras informações, pelo telefone (82) 3235-5191.

Dinho & Cia A banda Capital Inicial faz show, no dia 19 de abril, às 22h, na casa de espetáculos Musique. A produção ainda não divulgou valores de ingressos, nem locais de venda. Mais o telefone de informação é 3327-8700.

Ballet de LondrinaO Ballet de Londrina vai passar por Alagoas com sua turnê comemora-tiva das duas décadas de atividade. As apresentações acontecerão dias 17 e 18 de abril, no Teatro Deodo-ro. As duas sessões acontecerão sempre às 20h. A produção não informou ainda os valores dos ingressos, nem os locais de venda. Mais informações: (82) 3034.0930 / 8825.2808.

Arte e féUm olhar de fé, coragem e sofri-mento. Olhar que envolve, acolhe e ama. São os Olhares de Maria, tema da exposição que acontece no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), a até o dia 8 de abril. A exposição é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e apoio do Ateliê Tendão de Achiles. Com técnicas de fotogra-fia e desenho, artistas revelam os Olhares de Maria diante da anun-ciação da Paixão (Via Crucis) e da Ascensão de seu filho, Jesus Cristo. Com curadoria de Achiles Escobar, a exposição apresenta o olhar das fotógrafas alagoanas Kelly Baeta, Viviane Duarte, Sandra Aguiar e da paraguaia Nímia Braga e dese-nhos de Achiles Escobar e Miguel Fernandes.

Dinossauros Está em cartaz, no Maceió Shopping, a exposição do Parque Temático Itineran-te Mundo Jurássico, com réplicas de dinossauros em tamanho real, com som e movimentos, em um cenário que irá pro-porcionar aos visitantes a sensação de viajar no tempo e conhecer o habi-tat natural dessas incríveis figuras pré-históricas. Para tornar o passeio didático e divertido, a exposição contará com guias treinados, totens ilustrativos e textos sobre a história da vida antes do homem, dos dinossauros, da sua classificação, dos fósseis e muitas outras curiosidades. A exposição fica aberta de segunda a sábado, das 14h às 22h, e nos domingos e feriados, das 14h às 21h. Para mais informações, os contatos são 3235-5301 e 9925-7299.

No MaikaiNo próximo dia 26 (uma sexta-feira) o cantor Nando Reis desembarca em Maceió. O show será realizado no Maikai Show Bar, localizado no Stella Maris. O show faz parte da turnê “Sei”, do último álbum do músico. O cantor comemora também 30 anos de car-reira. Data: 26 de abril de 2013. Mais informações: 3305.4400.

Mulheres e homens A atriz Ivana iza está de volta, este final de semana, com o espetáculo Devas-sas - O que as mulheres gostariam que fizessem com elas na cama. A comédia é um monologo da atriz que fez sucesso nas duas últimas tempo-radas. Um espetáculo leve, que guia o público a refletir sobre os anseios e histórias de mulheres que buscam a satisfação plena de seus desejos, livres de pudores ainda, infelizmente, ainda tão comuns quando se trata de falar de sexo. Valores: Plateia Central e Frisas - R$ 40 (inteira) - R$ 20 (meia-entrada); Camarote - R$ 30 (inteira) - R$ 15 (meia-entrada) e Balcão - R$ 15 (valor único).

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DIVERSÃO&ARTE 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

HORÓSCOPO

TV TUDO Bate-rebate

C’est fini

MENOS ATRIBULADO

Prêmio Jabuti abre inscrições com mudanças no regulamento

A 55ª edição do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes prêmios li-

terários do país, teve inscrições abertas para obras editadas no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2012.

Depois de um ano turbu-lento, em que concorrentes na categoria romance se sentiram prejudicados por notas zero distribuídas por um membro do júri (Rodrigo Gurgel, que ficou conhecido como Jurado C), a premiação teve mudanças

no regulamento.A principal delas é volta de

uma limitação nas notas que os jurados podem dar aos concor-rentes: elas podem ser de 8 a 10, não mais de 0 a 10. Sem a possibilidade de dar um zero, um jurado sozinho não pode desequilibrar tanto a disputa como no ano passado --nos anos anteriores, a nota mínima já era oito.

O novo regulamento também esclarece que, entre antologias, só podem concorrer aquelas cujos textos sejam todos inéditos no Brasil.

Outra mudança é a inclu-são da não ficção entre obras

que concorrem na categoria tradução --nos dois últimos anos, livros finalistas foram desclassificados por serem de não ficção, quando o regula-mento estipulava que só obras literárias podiam concorrer.

Houve ainda a junção de categorias, em razão do baixo número de inscrições em al-gumas delas no ano passado. São elas: ciências exatas com tecnologia e informática; arte com fotografia; e economia, administração e negócios com

turismo e hote-laria.

Com isso, e com a inclusão da categoria tradução de obra de ficção alemão--português, o Prêmio Jabuti tem neste ano 27 categorias, ante 29 em 2012.

Os premiados em cada categoria receberão, além do troféu, o valor de R$ 3,5 mil. Ao final, há a escolha do livro do ano de ficção e do livro do ano de não ficção --cada um desses recebe R$ 35 mil.

Como no ano passado, o prêmio terá um conselho tra-balhando com o curador José Luiz Goldfarb. São conselhei-ros Antonio Carlos de Moraes Sartini, Frederico Barbosa, Luis Carlos de Menezes e Már-cia Lígia Guidin.

Os valores de inscrições va-riam de R$ 210 a R$ 390. Veja mais informações em www.premiojabuti.com.br.

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Alem do espaço livre pra você se realizar, sem amarras ou controles, que é desejo, aspiração, que provoca ganas de viver e acontecer, há o espaço comum, onde sua voz de comando será testada. Prepare-se para esta vivencia e convivência a partir de hoje.Carta do Dia: O 7 de Espadas, que significa Novos Planos, Interferên-ciasTOURO – (20/4 a 20/5) – Momento rico de seu período de revisão de vida acontece agora; as consider-ações práticas, até então tidas e havidas como ‘caretas’, limitantes, mas que lhe são caras ao coração e ao espirito, foram rejeitadas. Mas agora, com a minguante lunar, você tem seu lugar de novo.Carta do Dia: A Rainha de Ouros, que significa Ambição, PoderGÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Concen-tre-se na exploração de seus dotes e talentos, pois através deles desco-brirá, nesse período, como tornar sua vida pessoal mais consistente. Afora as palavras, os sonhos, os ideais, dê o passo decisivo: esta-belecer prioridades e partir para a realização deles. É isso, agora.Carta do Dia: A Papisa, que significa Estabilidade, Estudo e MistérioCÂNCER – (22/6 a 22/7) – Boas vi-brações da Lua para discriminar seu estilo de vida, cortando fora o que não tem relevância. Pra começar, as relações que botam você pra baixo. Assim também seus parceiros e clientes querem qualidade acima de qualquer suspeita. Conceda algo a seu parceiro.Carta do Dia: O Papa, que significa SabedoriaLEÃO – (23/7 a 22/8) – Lua min-guante em Capricórnio é promessa de um pouco de reflexão e ordem neste momento de estouvamento e ira desgovernada, no coletivo. Bom pra você escutar seu corpo, cuidar da saúde e melhorar a convivência com os mais próximos.Carta do Dia: O Rei de Copas, que significa Poder de Concretização, RespeitoVIRGEM – (23/8 a 22/9) – A mudan-ça lunar de hoje age como um freio no arroubo dos parceiros e sócios; a partir de hoje e até a próxima Lua

nova, você estará mais seguro e terá mais apoios para seus intentos profissionais. Mas o amor também ganha um bom alento agora.Carta do Dia: O 3 de Espadas, que significa Amizade, EquilíbrioLIBRA – (23/9 a 22/10) – Mudança lunar incrementa sua sensibilidade até o eclipse de 25/4; a poeira vai baixando com mais sensibilidade para escolhas intimas, a cena familiar se acomoda melhor, com a intervenção firme de quem sabe distinguir o essencial do acessório. Carta do Dia: O Diabo, que significa Energias NegativasESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Lua, Sol e Marte em ângulo tenso configuram mudança lunar que propicia conversas e esclarecimen-tos, pontes para um ambiente de compromisso e seriedade. Tensões e impulsos arrevesados - tome cuidado com mudanças de clima. Amor em baixa.Carta do Dia: O Cavaleiro de Copas, que significa Proposta VantajosaSAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Lua minguante em Capricórnio é filtro para estabelecer até onde você pode ou deve ir numa conquista - amorosa, profissional, ou outra qualquer. Criatividade sim, mas no limite de seus valores. Filhos e amores gritarão contra. Paciência, é o que você tem.Carta do Dia: O Ás de Ouros, que significa Harmonia e ProsperidadeCAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Veja primeiro se você tem que ir atrás ou aceitar as demandas e imposições da família. Chegou o momento de ouvir primeiro suas ne-cessidades e respeita-las pra valer.Carta do Dia: O Mágico, que sig-nifica HabilidadeAQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Ex-celente oportunidade de resolver uma situação que estava gerando desconforto na sua relação, uma nova fase mais tranquila está para chegar.Carta do Dia: A Lua, que significa Falsas IlusõesPEIXES – (19/2 a 20/3) -Partilhe a sua vida com as pessoas em quem confia. Vai conseguir resolver uma situação que tinha ficado pendente.Carta do Dia: A Imperatriz, que significa Realização

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“Projétil”de mani-festantes

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Traje de(?): é

usado em cerimônias

(?) falho:revela um

desejooculto

Fazerbarulho

commoedas

Algazarra;zoeira

Velho, eminglês

Desejo dedormir

À (?): a maneira deviver do ocioso

Tony Ramos, atorbrasileiro

Talher pa-ra cortar(?)-pois:ervilha

Estabelecimentocomo o pub

Grupo familiar tra-dicional da Escócia

(?) Dylan,cantorA irmãda mãe

Empresa fonográficabritânica

Fricçãoentre

corposPor (?):

às ocultas

Amor-próprio

Rã, eminglêsExperi-

mento (aroupa)

Crianci-nha; bebê

(bras.)Contraçãode duassílabasem uma

só (Gram.)

Tiritava(de frio)

Juntar; ligarEncontrar-se furioso

(fam.)

Eu, tu e ele (Gram.)Átomo e-nergizado

B A R

3/bob — clã — íon — old. 4/frog. 5/petit. 8/sinérese. 9/falatório. 13/estar por conta.

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

MACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

DIVULGAÇÃO/GLOBO

Marcelo Silva, número 1 das novelas da Re-cord, em contato com os principais autores, tem garantido que não haverá mais “sagas” na emissora, ou seja, novelas quase inter-mináveis, marca da gestão anterior.E essa regra se aplica também ao primeiro trabalho de Carlos Lombardi na Record, “Pecado Mortal”, que terá um número de capítulos bem razoável.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·De 12 de abril a 30 de maio, o Teatro Eva Herz, em São Paulo, recebe o monólogo “A obscena senhora D.”, com Susan Damasceno. ·A direção é de Rosi Cam-pos e Donizeti Mazonas.·O seriado policial “A Teia”, com Paulo Vilhena à frente do elenco, foi mesmo fechado em 10 episódios. A direção é de Rogério Gomes.·Rogério Gomes que segue muito cotado na Globo para dirigir a novela do Aguinaldo Silva, no ano que vem, na faixa das 9.·Ainda em relação ao se-riado “A Teia”, falam que ele chega para ocupar um espaço deixado pelo bom “Força Tarefa”, do Murilo Benício.·Marcius Melhem e Le-andro Hassum poderão voltar a trabalhar juntos, no semestre que vem, na Globo.·Existem dois projetos envolvendo os artistas em avaliação.·Ratinho comemora o bom momento de audiência do seu programa no SBT.·Entre outros fatores, o fato de o Ibope estar lá em cima facilita a negociação com as gravadoras.

Ex-diretor do programa destaca Vídeo Show’ atual

Companheiro de tantas jornadas, algumas inesque-cíveis no “SBT Repórter” e hoje um dos “gurus” mais importantes desta santa coluna, manda um

recado que aqui vai na íntegra e só na assinatura terá seu nome revelado: “Sou forçado a fazer um comentário como ex-diretor do Vídeo Show. Que maravilha de ce-nário o recém-inaugurado pela Rede Globo para aquele programa. Há muito não via algo tão harmonioso, tão equilibrado, de tão bom gosto. A iluminação perfeita, a posição das câmeras irrepreensível e, de fato, um dos melhores cenários já produzidos nos últimos tempos na TV brasileira, sem exagero de minha parte. Não sei quem idealizou, não sei quem produziu, não sei quem iluminou, quem escolheu os adereços, mas tudo me dá uma baita inveja de não estar mais dirigindo o pro-grama. Até serviu para ocultar, inteligentemente, os excessos corpóreos do apresentador, sem es-conder a beleza singela da apresentadora”. Odilon Coutinho Não é legal ler quem entende? Falar mais o quê?

Agora paraJosé Luiz Datena, depois de vári-os ameaços, garante que agora é definitivo e ele vai mesmo parar com o seu programa de todas as manhãs na rádio Bandeirantes.Nem tanto por vontade dele, mas por desejo e orientação do seu médico, dr.Paulo Pontes, para não forçar as cordas vocais.

IntervaloApostando em frases de efeito, como “Um gênio é uma pessoa de talento que faz toda a lição de casa”, de Thomas Edison, e “É preciso coragem para ter talento”, do crítico dinamarquês Georg Brandes, a Globo deu partida no “35º Prêmio Profissionais do Ano”.As inscrições vão até o próximo dia 15 em todo o país.

Merece simNo capítulo de segunda-feira de “Salve Jorge”, Glória Perez fez questão de mencionar Eduardo Faustini, do “Fantástico”, um dos maiores jornalistas investigativos do Brasil na atualidade. Na cena, a delegada Helô, Giovanna Antonelli, por telefone, solicita matérias feitas por ele sobre o tráfico humano.

Teve trocoVia Twitter, Faustini agradeceu pela lembrança da autora, por ter o seu nome mencionado no trabalho dela.Mas disse que não merecia tamanha honra.

Festa do GalvãoO “Bem, Amigos!”, do Galvão Bueno, comemora neste mês uma década de apresentações no “Sportv”.Para o dia 29, já se promete uma edição especial, possivelmente com as participações de Paulinho da Viola e Toquinho, convidados da estreia. Também se pre-tende montar uma plateia, com presença de artistas, esportistas, imprensa e gente do mercado.

Deve ficarTiago Abravanel fez contrato por obra na Globo, válido apenas pela novela “Salve Jorge”.Mas não deve ficar nisso. Verifica-se que já existem movimentos para que ele assine, imediatamente, ainda durante o trabalho atual, um novo compromisso por 4 anos.

Record 1Volta e meia, nas principais concor-rentes da Rede Record, se questiona por que a sua direção não busca no mercado um executivo que possa transformar a emissora numa indús-tria? Como é a Globo, por exemplo. Entende-se que falta esse profissional, alguém diferenciado, que possa pensar a programação como um todo e fazer a Record subir nesse cenário.

Record 2 Mais do que torrar fortunas com estúdios, contratar artistas, que nem sempre são bem utilizados, a Record não teve – pelo menos nos últimos 12 anos - alguém com esse perfil. O falecido Eduardo Lafon foi o último. O problema, sempre observado pelo mercado, é a insistência em manter pessoas da igreja nos principais postos da emissora. Aí, vai do nada pra lugar nenhum.

Vamos com calma 1 Tão logo se divulgou a presença do craque Neymar em “Amor à Vida”, perseguido pela Tatá Werneck, (foto acima), o pessoal do contra começou a disparar críticas, nas redes sociais. E sempre alertando para o fato de que o milionário jogador estava ocupando o espaço de um ator de verdade, coisa que já fez em outras oportunidades e na mesma Globo.

Vamos com calma 2Só que é importante lembrar que esse tipo de recurso - convocar esportistas famosos para rápidas presenças em novelas, séries e filmes – passou a ser algo bastante natural, aqui e lá fora prin-cipalmente.E, cá pra nós, não tira pedaço de nin-guém, desde que se evitem os exageros. Cada um no seu quadrado. São situações que muitas vezes não pas-sam de segundos ou alguns minutos.

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DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 7 DE ABRIL DE 2013

Cleide e Carlos Méro, dois amigos superespeciais

e um casal adjetivo em nosso mundo social. Sempre

merecerão os nossos aplausos

Coronel Albérico Cordeiro e Geneíldes Oliveira se destacam em todas as reuniões e simbolizam um exemplo de como viver bem

Rafaela Bandeira, uma bela arquiteta e supercompetente, vem realizando projetos

belos e admirados em nossa cidade. Parabéns,

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

Todas as correspondências, como convites para esta coluna, e para Elenilson Gomes, deverão ser enviadas para Av. Sandoval Arroxelas, 840, Edf. Calliate Ap. 204 PV. CEP: 57035-230

FOTO BY CHICO BRANDÃO

Simbolizando uma bela família com uma harmonia especial, enfocamos as irmãs Corália Wanderley, Kátia Wanderley e Olguinha Wanderley, três amigas queridas que sempre merecerão os nossos aplausos

Eqqus Hermès

A Hyndai aproveitou o Salão do Automóvel de Nova York para

apresentar, além da versão 2014 de seus principais produtos para o mercado americano, uma edição de colecionador de seu sedan topo de linha Equus. Baseado no modelo do ano passado, porém estendido, o interior do carro ganha acabamento e detalhes feitos em couro selecionado pelos designers da Hermès. Nos painéis das portas a marca francesa optou pelo couro de crocodilo e o visual lembra as bolsas da marca. Ao todo 20 itens foram produzidos especialmente para a edição especial. Não é a primeira vez que a montadora coreana Hyundai faz parceria com marcas famosas no mundo da moda – o sedan Genesis teve edição especial Prada que supostamente não vendeu como esperado.

4ª Bazar Fashion Day

O Espaço Pierre Chalita, no Jaraguá, mais uma vez se transformará em paraíso das boas compras.

Na próxima semana, nos dias 10 e 11 de abril, das 10h às 22 horas, a 4ª edição do bazar beneficente Fashion Day reunirá pechinchas de mais de 30 grifes da cidade, com descontos de até 70%. Desta vez, a entidade que receberá 100% do valor arrecadado com os ingressos, que serão vendidos a R$ 15, será a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Dentre as novas lojas participantes estão marcas consagradas de moda feminina, masculina, acessórios e decoração,

como Carmem Steffens, Diamici, Patsy, Santa Lolla, Lucaroly, Nixx, On The Fit, Lolis, Spatifillus, Bisou Bisou, Bonton, Brilho, Mia, Print Paka, MG Brand, Marquesa e Contém 1g. Repetindo o sucesso das edições anteriores, Club Lyon, Dona Tetê, Ellus, Hit, Karakola, Seda Pura, Água de Coco, Donna Moça, Mabuh, Endy Mesquita, Lov Design e Monjour já estão confirmadíssimas. Instalada em um quiosque central, a loja Amelie reunirá, também com preços promocionais, peças assinadas por vários designers e estilistas da terra, como Adriana Arruda, Lúcia Bastos e Fábia Muniz. Para completar, o chef Wanderson Medeiros comandará uma série de degustações de algumas de suas delícias, como o “Refogado de Siri sobre Mousseline de Raízes Aromatizado com Hortelã”.

Nordeste culinária

Profissionais reconhecidos no cenário nacional e internacional estarão reunidos em

Maceió para a 7ª edição do Nordeste Culinária. O evento, que será realizado no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, entre os dias 7 e 10 de abril, tem como objetivo dar o pontapé para a iniciação das carreiras dos profissionais de cozinha com diversas capacitações. No congresso, as atrações incluem palestrantes conhecidos dentro e fora do Brasil, como os chefs Wanderson Medeiros (AL), Rivandro França (PE), Antônio Mendes (AL), Luzinete Veiga (SP), Lucas Piubelli (PE), Rosângela Marinho (RJ), Ana Costa (SP), Alexandre Bispo (SP), Álvaro Rodrigues (SP), entre outros nomes, que oferecerão palestras, exposições comerciais, mostra de cakes, oficinas, cursos rápidos e degustação de produtos, tudo com o propósito de oferecer o que há de mais moderno em culinária e gastronomia para os participantes. São esperados mais de dez mil visitantes.

Novo endereço

Os empresários Lis Nunes e Marcos Mendes inauguram na próxima

terça-feira (16), o novo QG da Boudoir Esmalteria que agora conta com serviço premium de manicure, pedicure e nail art. Lis Nunes e Marcos Mendes reúnem a press, clientes e parceiros para o lançamento oficial da loja na próxima terça-feira (16), a partir das 18h, na Galeria Iate, no bairro da Ponta Verde.

Unhas postiças

Há um novo acessório de beleza nas passarelas

de desfiles do SPFW: maxiunhas postiças. Por muito tempo longe de qualquer associação com a moda, as fake nails prometem revanche, já que apareceram como um statement nas unhas das modelos que desfilaram para Tufi Duek (em versão glamorosa, longa e dourada) e Adriana Degreas (com jeito mais retrô e francesinha negra sobre base rosa), nesta edição de verão da semana de moda. Pronta para aderir ao momento fantasia da nova manicure?

“Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente”

Prêmio nacional de competividade

Spa jeito saudável

Agradecendo a querida jornalista Cristina Sampaio

o convite para conhecer o mais novo SPA do Estado. O Spa Jeito Saudável, que funcionará no Hotel Gugaporanga, no Km 3, da AL 220, na Barra de São de Miguel, um dos locais mais paradisíacos do mundo, será oficialmente apresentando à imprensa na próxima quinta-feira, dia 11, em um belo almoço assinado pela chef Cristiana Purcell. O novo empreendimento alia a beleza da barra, com o primor da cozinha internacional e, claro, muita qualidade de vida. Com certeza estaremos no almoço de lançamento. Sucesso aos idealizadores!

Empresários de micro e pequenas empresas de Alagoas sendo reconhecidos em evento nacional do prêmio MPE-Brasil, prêmio

de competitividade para as micro e pequenas empresas.> Restaurante Akuaba> Clínica de Estética Vida Bella> DProteção> Fazenda Albuquerque> Em Alagoas o prêmio é coordenado pelo MAC-Movimento Alagoas Competitiva

• 60 minutos • Porções: 4 INGREDIENTES• Linguado • 220 g de champignon• 260 g de cebola aperitivo • 10 g de salsa fresca (2 colheres de sopa picadas)• 600 g de filé de linguado fresco • 600 ml de caldo de peixe • 160 ml de vinho branco seco • ½ limão siciliano• 100 g de manteiga extra sem sal • 1 folha de louro• 5 g de sal • 2 g de pimenta branca em grãos

• 1 g de flor de sal roxa de Guérande, feita do vinho de Shiraz• Cereais cozidos • 60 g de arroz selvagem• 8 g de cevadinha em grão • 70 g de farinha de trigo para quibe• 200 ml de azeite extra-virgem• Caldo de legumes (para cozinhar a farinha de trigo para quibe)• 50 g de aspargos frescos bem verdes• 60 g de cebola• 20 g de manteiga extra sem sal • 4 g de sal iodado• Pitadas de pimenta-do-reino moída na hora • Ervas frescas: ½ colher (sopa) de salsa e ciboulette; ½ colher (café) de hortelã

Linguado com molho bonne-femme • 5 ml de azeite de gergelimMODO DE PREPAROPARA O LINGUADO Aqueça o forno a 180º C. Numa assadeira untada com manteiga, coloque em camadas o champignon, a cebola picada, a folha de louro e a salsinha. Disponha os filés levemente temperados com sal e pimenta branca e cubra com caldo de peixe e vinho branco até passar o nível dos filés. Coloque por cima uma folha de papel manteiga. Asse por 12 a 14 minutos. Filtre o caldo do cozimento, adicione o suco de limão e, em uma panela média reduza a 2/3. Verifique o sabor e a consistência e finalize com a manteiga fresca. Monte o prato, com o peixe e os cereais cozidos. Sobre o peixe, coloque uma pitada de flor-de-sal roxa. PARA OS CEREAIS COZIDOS Lave o arroz selvagem, a cevada e coloque para cozinhar

separadamente. Esfarele o trigo para quibe com azeite de oliva, salgue levemente e cozinhe no caldo de legumes. Adicione uma pitada de sal na água do arroz e da cevada. Descasque os aspargos, após retirar a base para evitar que fique fibroso (mais fibrosos) e cozinhe em bastante água salgada. Dê um choque térmico com água e gelo, escorra e reserve. Na hora de servir, aqueça os cereais com um pouco de manteiga, tempere com sal e pimenta moída, junte os aspargos e as ervas frescas picadas. Finalize com azeite de gergelim.

Pequenas cirurgias

A nossa queridíssima dermatologista Cleide Vieira, uma das proprietárias da Clínica Dermis, no Harmony II, comunica a todos os pacientes que

ela vem realizando pequenos procedimentos dermatológicos no seu próprio consultório. Agende sua avaliação.

Moacira e Andréa Cunha, duas empresárias de sucesso na moda em nossa sociedade, apresenta um belíssimo modelo da grife Alphorria, que as nossas amigas poderão encontrar na conhecida Entre&Vista, localizada na Galeria Victoria Place, Ponta Verde. Confiram!

Dry Clean

A Dry Clean está bombando na Ponta

Verde. Estivemos visitando os amigos Henrique, José e Ana Dória e vimos alguns modelos mais grifados do mundo fashion nos cabides da conhecida lavanderia. A empresa é conhecida pela qualidade do trabalho, mesmo com os materiais mais nobres, serviço, além de pontualidade. Parabéns aos amigos pela tecnologia empregada e dedicação aos clientes.

André Fon

Ontem foi apresentado, às 14h, no canal aberto

16 TV FAROL e no canal 8 da NET será apresentado o programa TV Planeta Fashion e a entrevista principal do programa será com o colunista Romeu Loureiro, que conta detalhes do seu aniversário, que vai acontecer no dia 16 de abril, no Espaço Pierre Chalita. No mesmo programa, o fotógrafo e apresentador entrevista a empresária Rose Carrel no troféu Destaque Alagoano, de Jacira Leão, que aconteceu no shopping Maceió.

Nordeste Culinária

Palestras, exposição comercial, mostra de cakes, oficinas,

cursos rápidos, degustação de produtos e o que há de mais moderno em culinária e gastronomia estão programados para a sétima edição do Nordeste Culinária. O evento, que reúne profissionais e público em um só local, terá início neste domingo (7), às 9h, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió. Os mais renomados chefs de cozinha do Brasil estarão na capital alagoana para ministrar palestras de domingo (7) até quarta-feira (10). Entre eles, estão Wanderson Medeiros, Álvaro Rodrigues, Arthur Coelho, Rosângela Marinho, Luzinete Veiga, Ana Costa, Rivandro França, Lucas Piubelle, Antônio Mendes, Alexandre Bispo, Thaís e Wagner Amorim.

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