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Distribuição gratuita Ano 8 . Nº 87 Nov/Dez de 2010 O seu condomínio em revista Especial percorre vários condomínios e aborda riquíssimo conteúdo com histórias de síndicos e suas façanhas Pufe, pequeno e útil Biro Biro e a língua comprida Só quero saber do que pode dar certo DECORAÇÃO CRÔNICA

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Revista Portal dos Condomínios, distribuida em condomínios residenciais de Jundiaí-SP, via mala direta, com 7 mil exemplares, para mais de 100 condomínios. Nesta edição, especial completo em homenagem ao Dia do Síndico.

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Distribuição gratuitaAno 8 . Nº 87Nov/Dez de 2010

O seu condomínio em revista

Especial percorre vários condomínios e aborda riquíssimo conteúdo com histórias de síndicos e suas façanhas

Pufe, pequenoe útil

Biro Biro e a língua comprida

Só quero saber doque pode dar certo

DECORAÇÃO

CRÔNICA

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3Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

Reconhecimento e RespeitoEntrevistar mais de 10 profissionais liga-

dos à área condominial, discutir e entender os atuais e constantes problemas, procurar e anal-isar possíveis soluções de situações corriqueiras que só mudam o endereço, mas não a sua for-ma, entender a pessoa que está por trás de um dos cargos – podemos dizer assim – mais ingra-tos que envolvem a coletividade, o síndico.

Durante mais de 30 dias, percorremos os quatro cantos da cidade de Jundiaí em busca de histórias vividas pelos síndicos, aquele pro-fissional que está de frente com o problema, muitas vezes sem a real necessidade de ser chamado. Justiça seja feita, o síndico também é um ser humano e possui vida por trás do in-terfone. E o resultado dessa pesquisa são os ca-sos analisados em condomínios e loteamentos residenciais da cidade (abrimos até um espaço para um condomínio industrial de Itupeva, nesta edição), em uma reportagem completa, detalhada, e que servirá de exemplo para a melhor convivência e discussão na sua próxima reunião de condomínio, seja ela amanhã ou du-rante o ano de 2011.

Para quem folhear as oito páginas da re-portagem de capa poderá chegar à conclusão que, realmente no dia 30 de novembro – Dia do Síndico, haverá de esquecer todos os ran-cores e ‘arranca-rabos’ e dar os parabéns para o seu síndico ou o seu presidente da associação de moradores. Isso não justifica que o mérito é exclusivamente dele por to-das as benfeitorias em seu condomínio, mas em casos analisados pela nossa reportagem,

Redação: Rua Bela Vista, 650 - Bela Vista

CEP.13207-780 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142

[email protected]

A revista é um produto da io! comunica

CNPJ: 06.539.018/0001-42

www.iocomunica.com.br

Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654

Designer Gráfico: Paloma Cremonesi

Arte Final: Paloma Cremonesi

Reportagens: Rodrigo Góes

Atendimento e Logística: Sérgio Porcari Filho

Colaboradores: Márcio Lestingi e Talita Rocca

Tiragem: 7.000 exemplares.

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,

Atenção síndico e administra-dor. Mantenha o cadastro do seu condomínio atualizado.Entre em contato com nosso canal direto exclusivo para você: [email protected]

mediante protocolo para moradores de condomí-

nios constantes em cadastro do Portal dos Condo-

mínios. Caso ainda não receba e queira o exemplar

em seu condomínio, ligue para 11. 4522-2142.

Site: www.condominioemrevista.com.br

Twitter: @pcondominios

Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com

Os artigos assinados são de inteira responsabili-

dade do autor e não representam o pensamento

do jornal.

EXPEDIENTE

NA WEB

pudemos comprovar que dificilmente a pessoa escolhe ser síndico, porém a par-tir do momento em que assume o posto, se dedica em busca do bem-estar condo-minial. O mérito também não é exclusivo ao síndico quando se tem a contribuição de conselheiros, sub-síndico e todos os envolvi-dos em uma administração de condomínio.

Parabéns síndico pelo seu dia e esperamos que 2011 seja um ano repleto de ações plane-jadas e transparentes em seu mandato para, quem sabe, tentar a releição!!!

*Em 2010 o Portal dos Condomínios trouxe

uma revolução para o mercado editorial dirigido em Jundiaí. Após sete anos trabalhando em forma-to jornal, em maio houve a migração para a revista e um melhor aprofundamento do seu conteúdo.

A revista iniciou com um projeto – se é que devemos chamar assim, visto que a mídia Portal dos Condomínios existe desde 2003 – de 16 pági-nas, sem poluição visual. A cada edição, um pro-gresso. Esta última de 2010 está com 32 páginas, mas mantendo o padrão gráfico proposto desde o início. A evolução se deu tão somente por você, leitor, que nos acompanha, e você, anunciante, que investe a sua marca em uma revista que respira credibilidade.

Toda nossa equipe só tem o que agradecer por este ano e que em 2011 novas frentes se abrirão, e melhores e maiores oportunidades estarão à nossa disposição para que o Portal dos Condomínios possa continuar com esse respeito que devemos a vocês. Ótima leitura.

EDITORIAL ÍNDICE

CADASTRO

*A utilidade dos pufes

*A atribuição dos síndicos

*Capa - Especial síndico

*As frutas de Jundiaí

*Não vire estatística

*ABC do condomínio

* A família para seu filho

* Jardim vertical

*UD - Lixeiras

*Biro Biro

PARA ANUNCIAR11 4522.214211 4521.3670

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4 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

DECORAÇÃO & DESIGN

Pequeno Emilia usa e abusa dos pufes na decoração e utilidade para sua casa

Por Talita Rocca

Quando o assunto é praticidade,

o pufe é uma excelente opção para

casas com espaços pequenos e

para quem recebe visitas. Mesa,

bancada, cadeira e apoio para

pés são algumas das funciona-

lidades desse objeto que ofere-

ce muito conforto para o dia a

dia.

Além de aconchegante,

o pufe pode complementar a

decoração basta enfeitar a peça

com um tecido colorido ou es-

tampado. “Esse objeto não tem

mais o conceito de quebra-galho.

Hoje em dia temos pufes com luz,

imagens e até sons”, conta Fernanda

Torricelli, design de interiores.

Fernando Tardini, comerciante, aposta na ver-

satilidade. “Alguns traduzem design

e outros conforto, mas seu maior

diferencial é realmente a possibilida-

de de suprir várias necessidades em

diversos momentos”, afirma.

Fernanda afirma que o item com-

bina com os quatro cantos da casa.

“Os pufes podem ser colocados na co-

zinha, no quarto, na sala, no closet, no

banheiro e até mesmo na varanda. Só é

preciso tomar cuidado para o tecido estar

adequado com o ambiente”, dá a dica.

Tardini ressalta que cada ambiente merece

estudo individual de espaço e necessidade do in-

divíduo que vai utilizá-lo. “A versatilidade do pufe

normalmente permite seu ingresso na maioria

dos cômodos. Além de decorativo é um item bas-

tante funcional”

Para Carla Lima, arquiteta, o pufe é muito

útil. “Além de ser confortável, não ocupa muito

espaço”, relata.

Já para Emília Santos, o objeto tem outra uti-

lidade. “A proposta era de ter alguns pequenos

pufes espalhados, para as visitas apoiarem seus

pertences. O pufe é uma peça prática e coringa,

deixa a casa mais informal”, afirma a estudante

de gastronomia.

Mãe de quatro filhos, Emília conta que para

receber tantos amigos, o segredo é espalhar pu-

fes por todos os cômodos da residência. “Minha

casa é decorada com vários sofás, mas o que

mais atrai as pessoas são os pufes”, conta.

Dentre tantas opções, o pufe é utilizado tam-

bém como brinquedoteca de criança. A estudante

lembra que quando chegam filhos de seus ami-

gos em sua casa, o objeto vira pista de corrida.

O pufe se tornou tão importante que acaba

Foto

s: T

alita

Roc

ca

Page 5: Edição nov/dez

5Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

objeto, grande utilidadesendo peça chave no desenvolvimento de proje-

tos para residências. “Utilizamos pufes com fina-

lidades diferentes nos nossos últimos projetos”,

conta Carla.

Quem preza pela ecologia pode decorar sua

residência com pufes feitos até de garrafas pet.

CustosA variação de preços entre os modelos de

pufes é bastante elástica. É necessário levar em

consideração matéria-prima, formatos, acaba-

mentos, designers envolvidos que possam assinar

essa peça e também revestimentos. Normalmente

a opção pelo pufe é mais econômica que a do es-

tofado ou a cadeira, porém não são concorrentes

de um mesmo espaço, e sim um complemento

do outro.

Higienização do pufeA limpeza está relacionada com o tipo de

material que reveste o pufe. Cada material mere-

ce atenção diferente do outro, chenilles e suedes,

couros e couros sintéticos.

De uma forma geral, a higie-

nização dos estofados é feita

por empresas especializadas,

porém a manutenção diária

pode ser feita com aspi-

rador de cerdas macias

e produtos neutros que

não agridam a superfície

do estofado.

IMPORTANTE

Nunca aplique pro-

dutos químicos que não

sejam próprios ou reco-

mendados na peça, como

álcool.

A impermeabilização do

revestimento é outra forma inte-

ressante. Essa aplicação não permite

que no caso de um acidente com água, o

líquido penetre na espuma.

Carla e Fernanda apostam nos pufes para incluir em seus

projetos

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6 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

A dura atribuição de ser síndico e suas responsabilidades

VIVER EM CONDOMÍNIO

No dia 30 de novembro é comemorado o dia do síndico. Sabemos que a figura do

síndico é muito importante para a vida do condomínio. Podemos afirmar sem perigo

de errar que as consideráveis atribuições outorgadas ao síndico, seja por força de lei

ou pela convenção de condomínio/estatuto, adicionadas à complexidade das rela-

ções civis, trabalhistas e negociais que envolvem o condomínio ou associação de

moradores acarretam, no mais das vezes, a impossibilidade e o risco de desem-

penhar sozinho sua função. Administrar um condomínio hoje demanda tempo

disponível e conhecimento técnico, nem sempre o síndico dispõe de ambos.

Segundo o Jornal Estado de São Paulo “nos últimos três anos, o número de

síndicos que são empresários passou de 23% para 27%. Em segundo lugar no

ranking atual estão os administradores de empresas que, na lista de 2006,

ficavam em 5º posição. Advogados também sobem no pódio deste ano -

no último balanço ostentavam o 6ª degrau. Já os aposentados, que eram

9,8%, passaram para 8,7%. Mesmo declínio para as donas de casa, que

caíram de 10,5% para 7,1%.”

Como os condomínios cresceram, ou seja, aumentou o número

de condomínios com amplos espaços de lazer, houve uma neces-

sidade para a profissionalização do síndico, sendo que os próprios

condôminos passaram a ser mais exigentes com relação a estes.

O síndico durante a sua administração de buscar observar os di-

reitos e deveres de cada um dos condôminos, bem como zelar

pelas regras que regulamentam a vida em condomínio. Para

tanto, o síndico deve sempre buscar a orientação em três

documentos básicos: o Código Civil, a Convenção do Con-

domínio (uma espécie de “constituição”) e o Regulamento

Interno, estes dois últimos específicos para cada prédio.

Devemos lembrar que o cargo de síndico é “executivo” e

não “legislativo”, ou seja, as normas de convivência legal-

mente válidas são aquelas previstas na convenção e no

regulamento interno, aprovadas pelos condôminos. Para

criar novas regras é preciso alterar estes documentos em

assembleia, com aprovação de 2/3 dos titulares das frações

ideais do condomínio no caso da convenção e maioria sim-

ples no caso do regulamento interno.

As funções do síndico estão definidas no artigo 1348 do Có-

digo Civil, tendo o síndico responsabilidade civil e criminal.

A responsabilidade civil do síndico ocorrerá quanto este não

cumprir suas atribuições adequadamente de forma que

ocasione prejuízos ao condomínio, condôminos ou a

terceiros.

A responsabilidade criminal do síndico ocorrerá

quando este não cumprir suas atribuições

adequadamente agindo de forma omis-

siva, bem como aja de maneira que

pode ser disciplinada como crimi-

nosa.

Lembramos que o síndico

não atua sozinho, de-

vendo ser assessorado

pelo subsíndico e pelo

conselho consul-

tivo/fiscal. Sendo que esse conjunto de pessoas permite alguns benefícios. Por

exemplo: na ausência do síndico, quem assume o papel é o subsíndico, que

responde oficialmente pelas funções específicas do síndico, e o conselho fiscal

atua fiscalizando a gestão do síndico. É bom esclarecer que é muito importante a

existência desse conselho, para fiscalizar a atuação do síndico. Com isso, o síndico

estará resguardado da sua própria imagem, pois as despesas do condomínio são

acompanhadas por um conselho que preza, antes de tudo, pelos reais interesses dos

condôminos.

Atualmente a missão do síndico se sustenta em quatro pilares fundamentais para uma

boa administração condominial: 1ª) síndico preparado, ou seja, deve ser uma pessoa

interessada nos problemas administrativos da coletividade agindo com transparência,

divulgação dos trabalhos da administração, comunicação de todas as informações con-

dominiais, busca da qualidade nos prestadores de serviços, realizar investimentos em ob-

ras e manutenções de forma perfeita e, por fim, a utilização do bom senso; 2ª) bons com-

panheiros, ou seja, subsíndicos e conselheiros participativos e que busquem ajudar o síndico

nas decisões garantindo transparência e participação de todos os envolvidos na administração

condominial; 3ª) administradora de qualidade, as quais deverão exercer as funções burocráticas

dando suporte aos síndicos através de seus departamentos diversos; e 4ª) corpo jurídico próprio, a

contratação de advogado (seja para prestar serviços habitualmente, seja para uma demanda espe-

cífica) é competência do síndico; e isso faz sentido: muitos condôminos podem não concordar com

a contratação de um advogado, alegando aumento dos custos, contudo, este tipo de profissional é

quase que indispensável para um condomínio, ademais, contratar um advogado para cada causa pode

sair mais oneroso do que fechar um contrato de prestação de serviços em caráter ‘global’.

Por fim, gostaríamos de dizer a todos os síndicos que nos lêem que é com muita satisfação que os

parabenizamos por todo o empenho e dedicação demonstradas, pois sabemos que a sua função é

árdua e por mais que você faça pelo seu condomínio, ainda, às vezes é incompreendido. Parabéns a

todos os síndicos pelo seu dia !!!!

Se o leitor ainda tiver dúvidas ou desejar sugerir novos assuntos para abordagem

desta coluna, poderá encaminhar “e-mail” para o endereço especialmente criado para esta finalidade:

[email protected]

*Newton Nery Feodrippe de Sousa Neto,

advogado especializado em direito condominial e de vizi-

nhança, assessor especial da presidência da 33ª Subsecção da OAB de Jun-

diaí, presidente da Comissão Cultural da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí gestão

2007/2009, Síndico de Condomínio, pós-graduando em Direito Civil e Processo Civil, co-

laborador do programa Viver em Condomínio da Rádio Difusora Jundiaí.

* Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito condominial e

de vizinhança, diretor tesoureiro da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí, mem-

bro da Comissão Cultural da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí gestão

2007/2009, membro associado da ProEmpi (Associação das Empresas

e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região), repre-

sentante da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí no Conselho

Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí

2008/2009, colaborador do programa Viver em Con-

domínio da Rádio Difusora Jundiaí, possui ainda

formação técnica em administração de em-

presas.

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7Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

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8 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

Bem-estar condominialTarefa do síndico, dever de todos os moradores

Por Márcio Lestingi

Se fizermos o ranking das pessoas mais

polêmicas e controversas que viemos a co-

nhecer ao longo de toda a nossa vida, quais

seriam as citadas em uma enquete definitiva

No Tereza Cristina, Pedro Garcia construiu a por-taria com doações dos moradores e agora concilia

o seu trabalho de corretor com o de presidente da Associação, graças a colaboração dos moradores.

com a memória de nossos melhores fios de

cabelos? A primeira imagem que nos viria à

cabeça é a da professora de redação ou a do

treinador da escolinha de futebol? É a do árbi-

tro que não deu ao seu time o pênalti mais es-

candaloso da história? É a da diretora da esco-

la ou a do primeiro chefe? Sem falar no

examinador da prova de habilita-

ção para veículos automo-

tores e na dona Maria

– aquela vizinha

de esquina que

e n t r e g a v a

aos nos-

sos pais todas as traquinagens não permitidas.

Independentemente dos fortes competidores

que disputariam os melhores espaços no hall

da fama dos neurônios das lembranças, a-

certou quem apostou no síndico como o tema

principal dessa reportagem.

Nas grandes cidades, cada vez mais amea-

çadas pela falta de segurança e de espaço, a

figura do síndico, como o harmonizador dos

espaços de vivência e convivência, aparece i-

negavelmente em destaque, entre as cartas de

valor no baralho dos moradores condominiza-

dos, mesmo entre aqueles que nem sequer sa-

bem o seu nome. Cabe ao síndico - em alguns

casos por decisões próprias, em outros, por de-

cisões legitimadas pelas assembleias condomi-

niais – gerenciar toda a carteira de prestadores

de serviços terceirizados que conservam e reno-

vam cada molécula de ar das áreas comuns e

das áreas privativas. É o síndico quem contrata

o fornecedor, quem supervisiona e aprova o

serviço efetuado, e quem ordena os pagamen-

tos das empresas parceiras, mas, parem o e-

levador!

Indo direto ao que interessa, quais são as

boas práticas e as boas ideias que resultaram

em redução da taxa condominial, aumento da

receita e melhoria no ambiente de moradia

dos condomínios de Jundiaí e região? Quais

os atores principais dessa peça? O que faz a

gestão de um síndico uma história de sucesso?

Antes, contaremos as histórias de alguns

“malucos” que chegaram ao posto de síndico

Capa

Fotos: Márcio Lestingi

Page 9: Edição nov/dez

9Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

em seus respectivos residenciais.

Syndicu et poderiumDe acordo com o dicionário Aurélio, síndi-

co vem do grego sýndikos e significa advoga-

do, defensor. Mais tarde passou para o latim

como syndicu e veio a designar o antigo procu-

rador de uma comunidade, o indivíduo escolhi-

do para zelar ou defender os interesses de uma

associação ou de uma classe. Pode ser também

o administrador de uma massa falida.

No Brasil, o síndico é a pessoa indicada

pelos condôminos para tratar dos interesses e

da administração do imóvel – o interessante é

notar que a palavra síndico não faz parte do

léxico de nenhum outro idioma, em nenhum

outro país, já que em Portugal se usa o termo

administrador de condomínio.

Mais assertivamente, a enciclopédia virtual

wikipedia define o síndico como “aquele que

faz tudo aquilo que todos deveriam fazer pelo

condomínio, e não o fazem por falta de tempo

ou disponibilidade,

comodismo ou

omissão”. Como

a ocupação de

síndico não é

uma profissão

r e g u l a m e n -

tada, as opin-

iões sobre o

perfil ideal

do escolhido

para admi-

nistrar um

condomínio são

muito diversas

umas das outras.

Independente-

mente do modelo

adotado – as opções

disponíveis variam, desde

aquele com o síndico mora-

dor e voluntário, até o marcado

pela contratação de um profissional estra-

nho ao condomínio. O ocupante deve pautar

sua gestão por valores como transparência

na prestação de contas, fácil e rápida aces-

sibilidade a todos os moradores, preocupação

constante em reduzir a taxa condominial, e

muito jogo de cintura para lidar com os quei-

xumes e reivindicações dos condôminos.

Aberta a sindicânciaA primeira regulamentação do papel de

um síndico veio com a lei federal 4591/64 –

conhecida como lei dos condomínios – ainda

em vigor, mas que teve vários de seus disposi-

tivos revogados e substituídos pela lei federal

10406/02, do novo Código Civil. Nesse novo

regimento, em seu artigo 1348, foram reesta-

belecidas as dez prerrogativas do síndico e suas

ferramentas obrigatórias de trabalho, que são

o próprio Código Civil, a Convenção Condomi-

nial, o Regulamento Interno e todas as atas de

assembleia já realizadas, assim como os orça-

mentos anuais de despesa e de receita e o se-

guro das edificações.

O mandato na função de comandante ger-

al das tropas sindicais dura dois anos, e pode

ser renovado uma vez. Concomitantemente à

eleição do síndico, também são escolhidos o

subsíndico, os três conselheiros titulares e os

três suplentes, que se unem ao zelador e aos

ajudantes de serviços gerais na batalha pela

conservação das instala-

ções e bem-estar nas

relações humanas. Es-

clarecidos os aspectos

legais, como e por que

um morador se candidata

ao posto mais importante

de seu condomínio?

A primeira eleição,

geralmente, é involun-

tária. “Eu não queria

ser síndico”, começa

a nos relatar José

Luis Rodrigues Sam-

paio, do Cond. Res.

Ricardo Albiero, na

Vila Hortolândia, an-

tes de demonstrar um

imenso carinho e gosto

para resolver as mazelas

da função. “No começo

é diferente, dá um pou-

co de receio que se dis-

sipa com a colaboração do

conselho e dos amigos”,

continua Elza Souza Villar,

do edifício Ilhas Gregas,

enquanto explica que os

próprios condôminos lan-

çaram sua candidatura e a

José Luiz reduziu a inadimplência de 40% para 10% , no Ricardo Albiero. Agora o desafio é fazer a cobertura das garagens.

Elza usa um ótimo rela-cionamento com os mo-radores para integrar todos os condôminos no Ilhas Gregas.

Page 10: Edição nov/dez

10 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

convenceram a

assumir o pos-

to, em função de

suas habilidades no

trato com as pessoas.

Como conse-lho aos marin-

heiros de primeira viagem, Wagner

Carpi, ex-síndico do Chácara das Flores II, re-

comenda ao candidato à função que faça uma

avaliação fiscal completa do edifício, antes de

se assumir qualquer compromisso.Essa análise

inclui saber quais os protestos contra o con-

domínio, quais os processos trabalhistas e se

o CNPJ está limpo. “O número de inadimplen-

tes pode assustar”, completa. Como comple-

mento, o advogado condominial Newton Nery

Feodrippe de Sousa Neto explica que os con-

domínios não têm personalidade jurídica, con-

tudo podem ter inscrição no CNPJ, contas em

instituições bancárias, formalizar contratos e

contratar empregados.

Antes do pente fino, entretanto, vem a

candidatura. Fabíola Martho, presidente do

conselho e síndica do condomínio residencial

Bosque dos Jatobás, no Engordadouro, conta

que, logo nos primeiros dias do condomínio,

também recebeu um pedido dos moradores

para exercer a função, pois viram na advogada,

muita segurança, capacidade administrativa

e disponibilidade de tempo para monitorar a

execução das primeiras obras. “Como eu tinha

um filho pequeno, precisava estar próxima e,

ao receber o convite dos moradores, formalizei

a proposta para trabalhar todos os dias pela

manhã. Logo obtive autorização da assembleia

para iniciar o meu mandato”. Aliás, segundo

José Marco Ferreira da Silva, sócio-proprietário

da imobiliária e administradora de condomínios

Móbile, possuidora de uma carteira de clientes

com mais de 100 condomínios - as mulheres

são melhores síndicas. “Elas exercem melhor

a função que os homens. São mais sensíveis,

enxergam coisas que os homens não enxergam

porque administram as próprias casas”, explica

logo em seguida.

O síndico e sua obraNo loteamento fechado Tereza Cristina,

localizado no Medeiros, a obra do corretor

de imóveis Pedro Garcia é tão extensa, que os

moradores não querem vê-lo sair do cargo de

presidente do conselho fiscal e de síndico.

Há dez anos na função, Pedro já revolu-

cionou a

vida de seu

condomínio. Re-

cuperou o lago, fez o

passeio ao seu redor, a ilu-

minação noturna, e conseguiu

a doação dos casais de cisnes e de

marrecos que o habitam. Arborizou todas

as ruas de seu interior, fez a pavimentação, a

sinalização e a colocação de placas. Coordenou

a criação do pomar e o plantio de mais de 400

mudas de árvores frutíferas como manga, jabu-

ticaba, pitanga, carambola e poncã, entre out-

ras.

Graças às doações dos condôminos, con-

seguiu construir a portaria de seu residencial ao

custo zero e, além de tudo, consegue fazer a

conservação das áreas comuns dos 260 lotes à

taxa fixa mensal de R$ 190,00. “Os serviços e

recursos que não conseguimos com a prefeitu-

ra, conseguimos com a participação dos mora-

dores”, explica Pedro, afirmando que a prefei-

tura faz toda a coleta de lixo, o recapeamento

e a limpeza das bordas do lago, de modo que,

sobra a seu único jardineiro, fazer as podas,

cortes e limpezas complementares. Porém,

esclarece o motivo pelo qual não se recandi-

datará ao cargo, nas eleições de dezembro de

2010: “Os moradores são todos meus amigos

e, mesmo assim, nas assembleias e reuniões,

dão dores de cabeça intermináveis, pois as pes-

Fabíola acaba de implan-tar um site para melhorar a comunicação com os condôminos e planeja um sistema de distribuição de correspondências dentro

do Bosque dos Jatobás.

No Tour de Versailles, Milaré optou pela segurança com portaria própria e agora pre-tende refazer a fachada.

Page 11: Edição nov/dez

11Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

soas transferem ao síndico a responsabilidade

por mediar todos os conflitos”.

Em conclusão, afirma que, apesar de não

receber remuneração alguma pelos dias de

síndico, procura todos os dias antecipar as me-

lhorias que podem ser feitas e agradar aos mo-

radores.

No condomínio Tour de Versailles, na rua

do Retiro, o síndico Sebastião Eduardo Mi-

laré está em sua terceira gestão nos 13 anos

de existência do condomínio. Entre as realiza-

ções que reduziram os gastos do condomínio,

destaca a substituição do combustível da cal-

deira que gera o aquecimento da água - de

GLP para gás natural, o que gerou economia

aproximada de 20% ao mês na conta gasosa

– a alternação das lâmpadas que iluminam a

garagem, que gerou outros 15% e a divisão da

caixa d´água em duas metades independen-

tes, com impacto ao redor de 10% a menos no

consumo. Já no Villa Giuseppe, segundo a atu-

al administradora do condomínio, Móbile, ela e

a ex-síndica organizaram um mutirão para de-

tectar os vazamentos de cada apartamento. A

redução do consumo de água chegou a quase

40%, ao fim dos reparos e manutenções. No

Cond. Morada da Serra, fizeram a individualiza-

ção dos hidrômetros.

José Luis Rodrigues Sampaio, do Cond. Res.

Ricardo Albiero, está em sua segunda gestão,

e uma de suas ações mais comemoradas é

a redução do consumo de energia em cerca

de 30% por desativação da bomba d´água

que abastecia seu reservatório. José Luis, que

também é técnico mecânico, reparou que a

pressão da água da rua era suficiente para

encher a caixa d´água elevada de seu prédio,

diretamente, sem necessidade de encher a cis-

terna para depois gastar com energia de bom-

beamento – no entanto, quando há raciona-

mento ou rodízio de água da rede, a bomba é

novamente ligada.

Outra ação implantada foi a troca da em-

presa que fazia a vigilância e o

controle da portaria. “Ganhamos

na rapidez e na qualidade do aten-

dimento, além da redução mensal

de dois mil Reais nos custos com

a operação de segurança”.

Apesar dos avanços, o

mesmo síndico faz uma

ressalva: “Traba-lhar

para os condomínios

é muito des-

gastante. En-

contramos mais

reclamações que

elogios”.

Em alguns

locais, a redução

da taxa condominial vem da administração

rigorosa dos contratos com os terceiros e da

supervisão da qualidade e do andamento dos

serviços prestados. A síndica Andréia Corozola,

do Chácara das Flores I, pede descontos e res-

sarcimentos, quando constata que o serviço

contratado não lhe atendeu a contento. Caso

o baixo nível de serviço continue, ela promove

rapidamente a troca do fornecedor. Em sua

primeira gestão, Andréia, que tem como bra-

ço direito a subsíndica Zenaide Augusto, faz

questão de dividir com a mesma, todas as de-

No Chácara das Flores I, Andréia e Zenaide

modernizaram a administração e estão revitalizando todas as

áreas comuns do condomínio.

Page 12: Edição nov/dez

12 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

cisões tomadas. Porém, para manter a saúde

financeira e a harmonia em seu condomínio

revela: “Não existe mágica. Tem que cobrar os

inadimplentes, acabar com os favores, facili-

dades e dívidas que impactam no resultado fi-

nanceiro”.

Dessa maneira, em cerca de um ano e

meio, a incansável dupla conseguiu elevar o

saldo em caixa de R$ 115 mil para R$ 160

mil, mesmo com os cerca de R$ 100 mil

gastos na reforma da portaria, nos conser-

tos do telhado, do para-raios e na substitu-

ição dos bloquetes do estacionamento, além

da implantação das câmeras de segurança.

Outra boa prática utilizada por Andréia foi

ter aprovado, em assembleia, quais obras

os moradores julgavam prioritárias em seu

mandato. “Das dez obras apontadas, oito

já foram concluí-

das e a pintura

do salão de

festas já está

na fase de

a p r o v a ç ã o

dos orça-

mentos”.

N o

M a i s o n

C l a s s i c ,

o síndico

João Ro-

berto Far-

ia, a fim

de resolver

o incômodo

o c a s i o n a d o

pelas constantes

quedas de ener-

gia - não resolvido

pela concessionária de

energia elétrica até

o fechamento dessa ed-

ição - aprovou em assembleia,

ainda em 2010, a compra de um

gerador de energia por aproximados

R$ 60 mil. Parte desse custo foi cobe-

rto com o aumento provisório da taxa

condominial. João afirma que mel-

horou o conforto no prédio, e que o

gerador entra em funcionamento dois

segundos após a ocorrência de queda

de energia nos elevadores. Ressalta

também que as medidas de redução

do consumo de energia devem ser

perseguidas diariamente, e que o

uso consciente do elevador – em seu

prédio, os elevadores só aceitam um

comando por vez – tem auxiliado na

consecução desse objetivo.

Outra boa ação já difundida em

Jundiaí é a coleta do óleo de cozinha usa-

do. Separado, o mesmo é enviado para a

saponificação e é devolvido ao condomínio

que, assim, não gasta com esse produto de

limpeza. O Morada dos Deuses e o Bosque

dos Jatobás, por exemplo, são adeptos

dessa prática. Em complemento, é impor-

tante dizer que a coleta seletiva de papel,

papelão, plásticos e metais para a recicla-

gem é utilíssima para diminuir a quantidade

de lixo despejada, diariamente nos aterros

da cidade, além de permitir o emprego e a

inclusão social dos trabalhadores das coop-

erativas de catadores de sucatas. Sua venda,

entretanto, quando praticada, tem servido

apenas para custear o café da manhã dos

funcionários do condomínio, conforme es-

clarece José Marcos, da Móbile.

Voltando à Fabíola Martho, a condutora

jatobense lembra que o primeiro síndico, em

geral, implanta todo o sistema de seguran-

ça. Observadora e ciente da intensa movi-

mentação que se iniciaria nas obras de seu

condomínio, Fabíola estabeleceu o sistema

biométrico para

o controle de

entrada dos

moradores, de

crachás para

visitantes e

de cartões de

ponto para os

terceiros. “Des-

sa maneira,

consigo saber

em tempo real

quais as pessoas

presentes inter-

namente”, arre-

mata a síndica.

Outro ponto por

ela lembrado

é que, no iní-

cio, a cobrança

de taxa condominial é irrisória, depois sobe

para a construção da portaria e ou-tras ob-

“O síndico não é empregado do condomínio”, afirma Celso

Coelho, sócio-diretor da Imobiliária

Mediterrâneo e presidente do

ACIJUN

João Faria, do Maison Classic, foi o primeiro da região da Chácara Urbana a usar gerador e agora a meta é se adequar às exigências do AVCB.

Page 13: Edição nov/dez

13Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

Page 14: Edição nov/dez

14 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

ras necessárias. Por fim, tende a estabilizar

num patamar que permite a boa conserva-

ção das instalações e a manutenção do fun-

do de reserva para fins específicos, como a

cobertura das garagens.

O que dizem os sindicatos, as imobi-

liárias, as associações, os advogados e as

demais entidades classistas sobre o papel do

síndico

“O síndico não é empregado do con-

domínio”, afirma Celso Coelho, sócio-diretor

da Imobiliária Mediterrâneo e presidente

do ACIJUN – Associação dos Corretores de

Imóveis de Jundiaí e Região - abrindo o in-

ventário das declarações sobre o tema.

Em 1988, a música “Go Back” dos Titãs

atingia o topo das paradas de sucesso, nas

rádios e no extinto programa Globo de Ouro,

com o contagiante refrão “Só quero saber

do que pode dar certo. Não tenho tempo

a perder”. Parece uma mensagem talhada

“A solução não é mudar a empresa, é mudar o funcionário” , Gustavo Giarolla, síndico profis-

sional contratado pelo Bracaiúva e pelo Ciprel

“O mais difícil é administrar o dinheiro do pessoal” , responde o síndico José Luis, do Ricardo Albiero, quando

perguntado sobre os desafios da função de síndico

“Difícil é convencer os condôminos que a co-brança da taxa condominial é necessária” , emenda

Celso Coelho – sócio diretor da Mediterrâneo e presidente do ACIJUN

“O síndico pode gerar inimizade com vizinhos, dentro dos condomínios. Sendo profissional, ele tende a harmonizar melhor as relações que o síndico morador. Vai pesquisar, estabelecer regra, apresentar projeto e estabelecer como será”, vaticina José do Amaral Nogueira Jr., presidente do Sindisíndicos

“O importante é ter um contrato de manuten-ção com todos os serviços prestados às áreas comuns”, João Roberto Faria, síndico do Maison Classic

“O condômino deve trazer também sugestões e não só reclamações”, Andréia Corozola, síndica do Chácara das

Flores I, ao pedir uma mudança na postura dos moradores

“É importante não bater de frente com o reclamante” , ensina a dupla Andréia Corozola

e Zenaide Augusto, respectivamente síndica e subsíndica do Chácara das

Flores I

“O síndico profissional, na cidade de Jundiaí, ainda é uma situação muito verde, e também um pouco polêmica” – de Marcel Piacentini, da imobiliária e

administradora de condomínio Piacentini, apresentando a razão dos con-

domínios em Jundiaí pouco contratarem o sindico profissional. “Hoje administrar condomínio não é só emitir boleto e rodar relatório financeiro”, completa Marcel ao escla-

recer o papel das administradoras

“Antes era algo frio, não tinha nem confrater-nização de fim de ano”, informa a síndica Elza Souza Villar, do

Ilhas Gregas, ao explicar o que mudou em sua gestão, e ainda arremata: “O síndico quer unir as pessoas”, para concluir sua opinião

sobre o papel do síndico

“Difícil é lidar com as pessoas”, esclarece o

síndico profissional Wagner Carpi, sobre a mesma pergunta, e ainda emenda:

“Como síndico, trate igualmente os condôminos, sem diferenciá-lo por ser seu amigo ou vizinho”

“Quando você mora no condomínio, realmente sabe o que é”, explica Fabíola Martho, síndica do residencial Bosque

dos Jatobás, ao relatar como reconhece e prioriza os problemas relatados

pelos moradores

“Só quero saber do que pode dar certo”

para uso e abuso dos síndicos ouvidos nessa

reportagem que, em sua maioria, foram guia-

dos pelos seus vizinhos, à posição de “o escol-

hido” para administração de seus condomínios,

sem que isso inicialmente fizesse parte de seus

planos. Diante desse quadro, a solução adota-

da foi a de pensar positivamente, com foco

e disciplina, como ensinam os autores do

best-seller “O Segredo”. Dessa maneira, cos-

turando os depoimentos de todos os entre-

vistados, os 11 segredos dos síndicos, nas pa-

lavras deles mesmos são os seguintes:

Page 15: Edição nov/dez

15Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

“Existem 85 mil síndicos só no estado de

São Paulo”, contextualiza José do Amaral

Nogueira Jr., presidente do Sindsin - Sindi-

cato dos síndicos de condomínios residen-

ciais, comerciais e mistos de shopping cen-

ters, incorporações, loteamentos e flats de

São Paulo.

Amaral, que fundou o sindicato em

2008, é defensor da profissionalização e

da regulamentação do ofício de síndico –

que já dispõe de registro no CBO, cadastro

brasileiro de ocupações, desde 2002 – para

atender à crescente demanda por especia-

lização e assessoria nos condomínios. “A

contratação de

um síndico pro-

fissional, prática

que se espalha

pela cidade de

São Paulo, ajudará

a evitar os pro-

blemas causados

pelo despreparo

dos atuais síndi-

cos, que se can-

didatam e se ele-

gem por causa da

isenção da taxa

condominial ou

pela remunera-

ção. Muitas vezes,

nem sabem que

responderão civil

e criminalmente

pelas conseqüên-

cias de seus atos”, continua. “O síndico é

um colaborador”, aponta, de maneira mais

conservadora Marcel Piacentini, diretor co-

mercial da Piacentini, imobiliária que tam-

bém administra dezenas de condomínios

na região. “Como colaborador, ele não tem

conhecimento total dos direitos e deveres

determinados na lei”, completa Marcel, ex-

plicando que é de fundamental importância

a escolha da administradora que

dará suporte ao trabalho do

síndico, auxiliando-o nas de-

cisões mais intangíveis, com

amparo legal, administra-

tivo e contábil.

Wagner Carpi, que

também é síndico profis-

sional, relata que a ter-

ceirização dos serviços

administrativos libera o

escolhido dos moradores

para fazer benfeitorias,

cabendo à administradora

o pagamento

dos prestado-

res de serviços, a

emissão de boletos

e a cobrança dos ina-

dimplentes. “A grande

maioria dos síndicos tem a

sua profissão e exerce a fun-

ção de administrador do con-

domínio nas horas livres”,

completa, sem esquecer de

dizer que o síndico não pre-

cisa estar presente em todas

as emergências do dia a dia,

mas tem de estar comunicável

às 24 horas.

Nas rotinas diárias, Marcel

destaca como principais fer-

ramentas de gestão dos co-

legas do saudoso Tim Maia,

por exemplo, a assembleia

condominial e o suporte dado pelas admi-

nistradoras. “A assembleia é o instrumento

legal que vai dar condições ao síndico para

desenvolver sua gestão e para aprovar as

contas das gestões anteriores”. Já a ad-

ministradora, frisa Marcel, deve ser muito

bem escolhida, para ser o braço direito do

síndico. “Nós vemos muitas vontades dos

síndicos sendo inibidas por preceitos legais

ou por cláusulas da convenção condominial,

após consultas às administradoras”, ao que

prontamente emenda: “Depois, os síndicos

vêm nos agradecer”.

José Marco, da Móbile, nota que o papel

do síndico é gerir as relações entre o con-

domínio e os terceirizados de manutenção

predial e funcionários, e dar tratativa ime-

diata aos problemas, em observância às nor-

mas do residencial, cabendo aos administra-

dores auxiliar no recolhimento de impostos,

pagamento de fornecedores e aplicação das

penalidades.

Outro trabalho feito pelas empresas de

Marcel e José Marco é a organização de pa-

lestras e workshops exclusivos sobre temas

como reciclagem, bullying, ECA - Estatuto

da Criança e do Adolescente, e atitudes

responsáveis no consumo de água e energia,

além de ações educativas como a escolha

do síndico-mirim (neste momento, Marcel

mostra com orgulho recente ata condomi-

Síndicos profis-sionais - salários

que podem variar de um mil e

quinhentos reais a R$ 5 mil, depen-

dendo do tamanho do prédio e tam-bém do número de apartamentos

existentes

Marcel, da Pia-centini, defende o fortalecimento das relações de síndico e admi-nistradora na prevenção dos problemas.

Page 16: Edição nov/dez

16 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

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17Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

Page 18: Edição nov/dez

18 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

nial feita em assembléia mirim).

Síndico: Morador ou Profissional?

O síndico profissional é aquele prepara-

do para fazer a gestão de qualquer tipo de

condomínio, em toda a sua complexidade.

Com a expansão do mercado de imóveis nos

grandes centros urbanos, a construção de

enormes prédios, com várias torres, gera a

cada dia, muitas oportunidades de trabalho

para síndicos profissionais, com salários

que podem variar de um mil e quinhentos

reais a R$ 5 mil, dependendo do tamanho

do prédio e também do número de aparta-

mentos existentes. De acordo com o Secovi-

SP – Sindicato da Habitação de São Paulo

- alguns destes novos prédios chegam a ter

mais de trinta torres, o que torna o trabalho

de um síndico uma missão realmente com-

plexa.

Em Jundiaí, até o fechamento desta e-

dição, três síndicos profissionais foram en-

contrados. Wagner Carpi – que se apresen-

tou ao mercado como síndico profissional,

ao final de 2009, e já mencionado anterior-

mente nesta reportagem – informou ter seis

propostas de trabalho em análise, na região.

Wagner explica que três modelos de

gestão de condomínios são comumente en-

contrados. O primeiro, a autogestão, é o

do síndico morador que faz tudo e é mais

aplicado a condomínios pequenos, com até

dez apartamentos. O segundo, o mais co-

mum é o da cogestão, em que o síndico-

morador terceiriza boa parte das funções

de escritório - como o pagamento de for-

necedores e a emissão de boletos - à ad-

ministradora de condomínios. O terceiro

modelo é o da contratação de um síndico

profissional, que pode administrar con-

domínios residenciais, comerciais ou indus-

triais, como o faz Gustavo Giarolla, respon-

sável pelo Bracaiúva e pelo Ciprel.

Gustavo é engenheiro elétrico de for-

mação, mas assumiu a administração do

Bracaiúva temporariamente, através de

uma indicação. “O dono do condomínio e

as 23 empresas que dele participam busca-

vam uma pessoa de confiança para apagar

as más lembranças das experiências anteri-

ores”, explica o jundiaiense. No final do ano

seguinte, Gustavo procurou uma especializa-

ção no Secovi e, apesar do tempo escasso,

busca atualmente o terceiro condomínio

para compor sua carteira de clientes.

Na sua gestão, Giarolla vivencia algumas

particularidades. “Não há contrato com uma

administradora, mas os serviços de portaria

e vigilância são terceirizados. A inadimplên-

cia é zero e não há reunião de condomínio.

Faço reuniões separadas, em cada empresa,

com as duas pessoas responsáveis pelas

decisões”, afirma Gustavo, explicando que

dessa maneira agiliza e legitima as decisões.

“Para ser síndico profissional, tem que ter

paciência, tem que saber conversar”, com-

pleta o engenheiro, antes de ressaltar que

outra característica da sua administração

é o uso de profissionais recém contratados

nas empresas terceirizadas, para poder “for-

má-los”, sem vícios adquiridos em outras

empresas.

No mercado existem cursos

preparatórios para a função,

desde pequenos work-

shops de um dia até

cursos de gradu-

ação como

o de gestão de condomínios oferecido pelo

UDF – Centro Universitário do Distrito Feder-

al – ou o de Gerenciamento de Fa-cilidades,

oferecido pela USP, passando por outros que

são verdadeiras especializações, com seis

meses de duração. Boas opções de formação

podem ser encontradas também no Seco-

vi-SP, na Assosindicos, no Sindi-sindicos,

através do site Sindico.net e em consulto-

rias como a Tecnoponta.

Gustavo, do Con-domínio Industrial

Bracaiúva, em Itupeva-SP, está construindo um refeitório e

planeja terceirizar parte da adminis-tração para sobrar tempo para outras

benfeitorias.

Page 19: Edição nov/dez

19Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

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Page 20: Edição nov/dez

20 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

QUATRO CANTOS

Por Talita RoccaJundiaí é conhecida como a “terra

da uva”, mas será que realmente podemos considerá-la apenas

como da uva? Segundo o secre-tário de agricultura, Jorge Ya-

tim, a região se transformou na maior produtora de uvas

de mesa no Brasil. “Jundiaí possui cerca de 25 mil-

hões de pés de uva da variedade Niágara ro-

sada, o que significa 95% da produção lo-

cal”, contabiliza.O município

apresenta uma agricultura di-

v e r s i f i c a d a , o destaque

é para a f r u t i -

c u l -

tura. Além da uva, a cidade está em evi-dência por conta da plantação de outras frutas. “Caqui, poncã, pêssego, laranja e banana também são bastante comuns na cidade”, afirma o secretário.

Com a chegada do verão, para manter o corpo hidratado e saudável, o consumo de frutas aumenta. Ricardo Strabello, pro-prietário do Frutas Rondon, conta que nos dias mais quentes a venda de outros produtos também cresce. “Além dos sucos, os consumidores optam pela salada de fru-tas e alguns até trocam a refeição diária pela salada”, comemora.

Exemplo disso é Edvaldo Cordeiro de Lima, motorista, que consome o produto natural como forma de cuidar da saúde. “Em dias quentes, água e suco de frutas fazem parte da minha dieta diária”, conta.

Yatim ressalta ainda que para que o consumo de frutas seja realmente saudáv-el, é necessário tomar alguns cuidados básicos no seu armazenamento. “Ao con-trário dos produtos de origem animal, as frutas, após a colheita, mantém ativos

todos os processos biológicos vitais. Por conta disso e também pelo alto teor

de água em sua composição química, as frutas são alta-

mente perecíveis”, ex-

Acessíveis,Em sua barraca de frutas Ricardo tem até salada de frutas com açai

Talit

a Ro

cca

Page 21: Edição nov/dez

21Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

saborosas e nutritivasplica.

As frutas maduras devem ser con-servadas em ambiente refrigerado. Caso ainda estejam verdes, necessitam ser mantidas em temperatura ambien-te até atingir o amadurecimento de-sejado e só depois colocadas no re-frigerador. É importante guardá-las inteiras para evitar perdas do valor nutritivo.

Para acelerar o amadurecimento de algumas frutas, siga algumas di-cas:

Mamão: faça riscos com uma faca em volta da fruta, no sentido do com-primento.

Caqui: pingue uma gota de vi-nagre ou álcool no local onde estava o cabo e o embrulhe em um jornal.

Banana: Coloque um tomate na fruteira junto com os cachos.

Dicas para ter um consumo saudável:

- Dê preferência às frutas da época, pois são mais saborosas e baratas;

- Prefira frutas da região, pois sofrem poucos danos com o manuseio e transporte;

- Antes de comer uma fruta, lave-a bem com água corrente; - O ideal é ingerir ao natural ou levemente refrigerada;

- Ao descascar uma fruta, retire o mínimo possível de casca para evitar perda de

substâncias nutritivas;- Para preparar saladas de frutas e

sucos naturais, corte-as apenas momentos antes de serem

consumidas.

Imagem ilustrativa

Page 22: Edição nov/dez

22 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

Não vire estatística no Final de AnoDúvida! É o que prevalece sempre que tenho

que escrever uma matéria. A dificuldade é sobre

o que escrever e como escrever será que as pes-

soas vão ler, será uma informação útil? Escrever é

sempre uma responsabilidade muito grande, ainda

mais para mim, que, como escritor, sou ótimo fi-

sioterapeuta.

Meu nome é Neto Aiello, sou fisioterapeuta

formado desde 2002, fiz pós-graduação em Acu-

puntura e “O Aparelho Locomotor no Esporte”,

pela Escola Paulista de Medicina. Esta é a primeira

vez (de muitas, espero) que escrevo para uma re-

vista deste porte e vou falar sobre o Final de Ano.

Estamos entrando na reta final de 2010, e com

ela estão chegando as famosas comemorações,

confraternizações e compromissos. São diversas de-

las: Natal, Reveillon, férias escolares, praia, “comi-

lança”, bebedeira, 13º, o “adorável” Amigo Secreto

da Empresa; sem se esquecer do nascimento do

menino Jesus. Juntamente com tanta alegria, vem

os inconvenientes, trânsito, fechamento de metas

no trabalho, compras de natal e do peru, frequen-

tar o “inferno” chamado shopping, criança ociosa

em casa, enfim uma loucura. Com tantos compro-

missos, não se espante se nas próximas semanas

você estiver irritado e cansado, querendo ver logo

o fim de tudo isso. Nessa época do ano o nível

de estresse do brasileiro aumenta 75%, segundo

a ISMA BR (Internacional Stress Management As-

sociation - Brasil), associação voltada para o estudo

do estresse.

O estresse pode se manifestar com sintomas

físicos (dores de cabeça e no corpo, alterações

gastrointestinais e aumento da pressão arterial),

emocionais (ansiedade, angústia e preocupação) e

comportamentais (uso excessivo de drogas, álcool,

tabaco e ataques a geladeira).

Há diversas maneiras, todas muito simples,

para fugir dessa estatística, sem precisar recorrer

aos remédios, que além de terem efeitos colaterais,

agem nas dores, mas não trata as causas das mes-

mas. Hábitos saudáveis são muito eficazes, como

a pratica de atividades físicas, dietas leves, boa

hidratação e procurar atividades relaxantes, que

acalmem e distraia a mente.

Outra ótima alternativa é a acupuntura. O

tratamento para o estresse e suas manifestações

sistêmicas e psicológicas tem apresentado resul-

tados bastante satisfatórios, pois não há efeitos

colaterais relevantes que sejam conhecidos. Em

geral, recomenda-se de uma a duas aplicações por

semana.

A quiropraxia, tem mostrado bom desem-

penho no combate ao estresse, pois ela atua

ARTIGO

Neto Aiello Fisioterapeuta, especia-lista em Acupuntura e Pós-Graduado em “O Aparelho Locomotor no Esporte”[email protected]

diretamente na mobilidade da coluna vertebral,

melhorando qualquer dor ou tensão relacionada,

presente nesta região.

A fitoterapia é outra boa alternativa. O trata-

mento é feito com o uso de plantas medicinais, a

matéria-prima utilizada são folhas, caule, flores,

raízes ou frutos é uma técnica 100% natural.

Poderia estender este artigo com uma in-

finidade de técnicas e tratamentos que previnem,

diminuem ou tratem os efeitos do estresse causado

pela “loucura” do final de ano, mas com certeza

ninguém teria paciência para ler meu artigo até

o fim. O mais importante para o combate do

estresse é procurar uma alternativa que a pessoa

se identifique, escolher profissionais qualificados

e preparados para desenvolver um bom trabalho

com resultados satisfatórios e eficientes. Que venha

2011! Bom Natal e Boas Festas para todos!

Page 23: Edição nov/dez

23Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

FIQUE POR DENTRO

Assembleia – é a reunião na qual os moradores to-

mam decisões a respeito do condomínio. Tais decisões,

desde que não contrariem as leis em vigor, tornam-se

as regras do condomínio obrigando os moradores e

visitantes e só podem ser anuladas judicialmente ou

por deliberação em outra assembleia. Existem três tipos

delas para deliberações sobre a edificação:

Assembleia Geral Extraordinária - É realizada

sempre que os interesses do condomínio exigirem, con-

vocada pelo síndico ou por no mínimo ¼ dos condômi-

nos. Geralmente, as deliberações são aprovadas pela

maioria dos presentes, com direito a voto.

Assembleia Geral Ordinária - É realizada uma vez

por ano. Tem como principal finalidade a aprovação de

verbas para as despesas de condomínio do próximo

exercício, bem como aprovar e apresentar a prestação

de contas do exercício que se encerrou.

Assembleia Geral Especial - É realizada em casos

especiais definidos em lei, como nas situações abaixo:

- ocorrência de sinistro total ou que destrua mais

de 2/3 da edificação;

- para decisão sobre demolição e reconstrução

da edificação ou ainda sobre a alienação do imóvel,

quer por motivos urbanísticos, arquitetônicos, quer em

decorrência de condenação da edificação em virtude de

insegurança ou insalubridade.

Procuração - É um documento, por meio do

qual uma pessoa recebe poderes de outra para, em

seu nome, praticar atos ou administrar interesses. Nor-

malmente é escrita, podendo ser feita por instrumento

público (tabelião) ou particular. É com esse instrumento

que o locatário pode participar das assembleias em

nome do locador. Caso o proprietário do imóvel não

compareça às assembleias, o inquilino, mesmo sem

procuração, poderá votar questões envolvendo despe-

sas ordinárias de condomínio.

Quórum - É o número legal mínimo de condômi-

nos que devem estar presentes para a realização das

assembleias, para que tenham validade. Os principais

quóruns são:

- para deliberação das assembleias gerais or-

dinárias: normalmente maioria simples dos presentes

com direito a voto, salvo estipulação diversa em con-

venção;

- para aprovação da convenção: votos dos pro-

prietários que representem, no mínimo, 2/3 das frações

ideais que compõem o condomínio;

- para alteração da convenção: votos de condômi-

nos que representem no mínimo 2/3 do total das fra-

ções ideais, salvo a estipulação diversa em convenção;

- para deliberação sobre reconstrução ou venda do

terreno ou materiais, em virtude de sinistro total ou que

destruiu mais de 2/3 da edificação: mínimo de votos

que representem a metade mais um das frações ideais

de terreno (Art. 14 da Lei 4.591/64);

- para deliberação sobre demolição e reconstrução

do prédio ou alienação em virtude de insegurança,

insalubridade, motivos urbanísticos ou arquitetônicos:

condôminos que representem pelo menos 2/3 do total

de unidades isoladas e frações ideais corresponden-

tes a 80% do terreno e coisas comuns (Art. 17 da Lei

4.591/64);

- para convocação de assembleia geral ex-

traordinária: 1/4, no mínimo, dos condôminos;

- para destituição do síndico: é necessário o voto

da maioria absoluta dos membros presentes em assem-

bléia especialmente convocada;

- para os casos de alienação, concessão a terceiros

de parte de uso comum, alteração do destino de parte

do terreno ou coisa de uso comum: totalidade de votos

representativos do condomínio.

Alienação: transferir o imóvel para outra pessoa.

Concessão: permitir que outra pessoa use o imóvel.

Fonte: Secovi

ABC DOCONDOMÍNIO

ASSEMBLEIAS E QUÓRUNS

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24 Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010

EDUCAÇÃO

Maria Isabel Gut

Psicóloga e Orientadora Educacional

Colégio Divino Salvador

Vários estudiosos escrevem sobre a im-

portância do papel da família na vida do filho

– alunos. Queremos falar da prática: daquilo

que assistimos no dia a dia de um grande

colégio. O aluno vai passando por diferente

etapas e necessidades no seu desenvolvimento,

porém, em todos os momentos, nas diferentes

faixas etárias, nos diferentes cursos, é inegável

o grande reflexo e a grande diferença entre

aqueles que são bem “assistidos” e aqueles

que são “abandonados”. Esse “abandono” não

acontece só porque trabalhamos muito para ga-

rantir a sobrevivência. Vivemos numa sociedade

exigente, que cada vez mais nos cobra o “ser” e

o “ter”. Consequentemente, essas necessidades

atingem em cheio a vida de nossos filhos.

O abandono a que nos referimos é a solidão

a que muitas vezes o filho é submetido. Solidão

de palavras, de gestos, de interesse e de ter que

dar conta sozinho. Funcionamos, sim, como

fiscalizadores e não como acompanhantes-par-

O que representaa família na vidado seu filho ?

ceiros, não só da vida escolar, mas da vida deles

em geral. Ouvir os filhos dá trabalho, porque,

a partir da fala deles, temos que rever nossos

conceitos, nossa juventude, nossa função de

pais, e isso nem sempre é muito agradável.

Nossos filhos precisam de nós!

Interessarmo-nos pelos assuntos deles sig-

nifica pararmos outras coisas para ter escuta,

ouvirmos a opinião que eles conseguem ter,

entrarmos no mundo da idade deles, sem a-

charmos que o mundo gira em torno da nossa

verdade absoluta. A tendência natural é que

nós, pais, sejamos sempre movidos por boas

intenções, mas ao negar uma simples realidade,

uma pequena experiência de vida, damos ao

filho ou a impressão de que ele existe num

mundo incompreensível ou de que sua

capacidade é insuficiente.

O fi lho deve sentir-se

levado a sério, tendo

suas próprias opi-

niões e esco-

lhas. Tem o

d i re i to

d e

errar, de começar de novo, de investigar. E nós,

pais, precisamos cuidar dos nossos gestos, do

nosso olhar, da palavra mal pensada e dita,

pois podemos contribuir para atenuar ou ace-

lerar problemas mais sérios. Somos o adulto da

relação.

Nós, pais, somos referência para nossos

filhos, e se formos uma referência parada, que

não opina, que não se interessa, que deixa o

tempo correr para ver se lá na frente tem jeito,

estaremos seriamente sujeitos a ficar recolhendo

os cacos da nossa dificuldade em assumir a

missão que é nossa, e que ninguém poderá

substituir: a de sermos pais.

.

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BEM-ESTAR

Um novo estilo

Por Talita RoccaFolhas e flores trazem ao ambiente harmonia,

calma e saúde. O aumento gradativo da popula-

ção de Jundiaí – hoje com 350 mil habitantes – faz

com que o número de casas e apartamentos cresça

e a metragem dos espaços externos dos imóveis di-

minua, tornando a falta do verde das plantas um

empecilho. Para quem sofre com esse problema há

uma solução: o jardim vertical.

O botânico francês Patrick Blanc, especialista

em plantas da floresta subtropical, após observar

os vegetais que vivem em penhascos e rochas,

percebeu que além da terra, água e luz são o su-

ficiente para uma planta sobreviver. Inspirados nos

trabalhos verticais do francês em prédios espalha-

dos por diversos lugares do mundo, paisagistas

tornaram essa técnica muito comum em São Pau-

Talit

a R

occa

lo. O jardim vertical chega a Jundiaí

com força total e segundo

especialistas, já é con-

siderado tendência

mundial.

S e g u n d o

Emerson Da

Pós, empre-

sário do ramo

de plantas

ornamentais,

essa jardina-

gem é simples

de manter. “As es-

pécies utilizadas são

epífetas, que requerem

poucos nutrientes e pequena

quantidade de água para se desenvolve-

rem, pois elas próprias retiram os nutrientes da at-

mosfera”, afirma.

O Engenheiro agrônomo André Camargo res-

salta que apesar de simples manutenção, o jardim

vertical exige alguns cuidados básicos. “É muito

importante verificar se os bicos de irrigação não

estão entupidos e fazer adubação a cada três me-

ses”, completa o engenheiro.

Para Emerson é necessária ajuda profissional

para escolher as plantas adequadas ao ambiente,

e depois é só utilizar a criatividade. “A única preo-

cupação que devemos ter é quais plantas podem

ser utilizadas na área externa e quais preferem luz

artificial” completa.

O jardim vertical é muito utilizado também

para cobrir paredes com má aparência ou pouco

de jardim

Materiais necessários: 1. Impermeabilize bem com produtos

apropriados a parede de qualquer tamanho

que queira revestir;

2. De acordo com o tamanho da pare-

de, escolha a forma de aplicação, que pode ser

painel de madeira ou grades de ferro fixados à

parede para não danificá-la;

3. Coloque placas ou estacas de fibra de

coco ou xaxim;

4. Coloque na parte inferior um coletor no

formato de calha para escoar a água;

5. Coloque terra, adubo e escolha plantas

de várias espécies para enfeitar.

Custos:Para montar a estrutura de um jardim ver-

tical com sistema de irrigação automatizado, o

custo varia de R$ 3.500,00 a R$ 4.000,00, já

para quem prefere um sistema não automati-

zado – sistema inteligente – o valor, em média

é de R$ 2.500,00.

utilizadas. Já para as cozinheiras, uma ótima opção

é o jardim vertical feito com temperos, como man-

jericão, salsinha e cebolinha.

As plantas mais utilizadas para o jardim ver-

tical são: Bromélias; Pilea Nummularifolia; orquí-

deas; chuva de ouro; rhypsalis; Maranta; Avenca;

Dendrobium miniatura; Peperômia; samambaias;

begônia, entre outras.

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UTILIDADES DOMÉSTICAS

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Desde o faleci-mento de seu pai, o

dono de um boteco na periferia da cidade,

que o prédio não foi mais o mesmo. Na parte que cabia

à Dona Ruth, veio o papagaio que ficava no bar de seu pai, o Famoso Biro Biro.

Criado no bar, Biro Biro conhecia todos os palavrões pos-síveis e imaginários aprendidos em vários anos de convivência no poleiro da entrada do estabelecimento comercial.

Assobiava o hino do Corinthians quase inteiro, quando ouvia o hino gritava: Timão ê o, Timão ê o ...Tudo isso en-quanto o hino tocava, sem parar e aos berros. Quando ouvia o hino do Palmeiras, lançava um rol de palavrões de tirar as crianças da sala. No do São Paulo, “bambi” era o xingamento mais infantil.

Voltado para a piscina não parava de gritar: Gostosa, casa comigo que te dou um tanquinho. Só respeitava o porteiro, que pelo uniforme, era chamado de capitão.

No começo Biro Biro era atração, todos os condôminos o achavam engraçado. Quando acordava pedia café, na hora do almoço queria Campari e no final da tarde queria ver o Datena.

Com o passar do tempo os vizinhos começaram a achar complicado, pois chamava uma vizinha de vaca, outro de corno, o mocinho que fazia balé, de São Paulino boiola, e assim por diante. Para cada vizinho lançava um apelido que, com toda certeza aprendera nos anos que passou pendurado no Bar de seu dono.

Porém as reclamações começaram a chegar ao síndico. Às vezes de forma oral, outras registradas no livro de ocorrência, até que Dona Ruth foi chamada para uma reunião com os demais condôminos, e o problema era o Biro Biro.

O que fazer com o Biro Biro? Reeducá –lo seria impossível pois já tinha certa idade, Era mandar calar a boca e já vinha um rosário de palavrões. Até que um dia Dona Ruth precisou viajar e teve que deixar o Biro Biro na casa de sua empregada e dai viria a solução. Deixar para sempre o papagaio aos cui-dados de sua auxiliar.

Porém, sua secretária para assuntos domésticos morava vizinha a uma creche municipal e o problema só mudou de endereço. No primeiro dia, Biro Biro xingou todas as profes-soras de “vaca”, o diretor de “viado”, o caseiro de “corno” e todas as crianças enriqueceram seus vocabulário com uma centena de palavrões.

No dia seguinte Biro Biro foi engaiolado e levado a uma instituição protetora de animais, ainda hoje grita que é inocente

pede para levá –lo ao bar mais próximo e implora ajuda para o Datena livrá – lo da prisão, que por sinal será bem longe do convívio social.

Por

Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista

CRÔNICA

Biro Biro

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