edição nº7 (março 2014)

17
Oito dos dez novos PRHs já assinaram convênio com ANP Com a finalidade de ampliar a formação de mão de obra especializada para as diversas categorias profissionais demandadas para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, a ANP lançou, em agosto de 2013, o 5º edital de seu Programa de Recursos Humanos (PRH- ANP/MCTI). Dez novos programas de especialização em cursos de graduação, mestrado e doutorado nos temas “Margem Equatorial”, “Recursos Não Convencionais” e “Campos Maduros” foram selecionados, conforme publicado no boletim Petróleo e P&D nº 3. Os temas propostos representam algumas das prioridades surgidas com o desenvolvimento do setor e com as 11ª e 12ª Rodadas de Blocos de Petróleo e Gás Natural, realizadas em maio e novembro de 2013, respectivamente. Dentre os dez programas selecionados, oito são de instituições sediadas na região Nordeste, em cumprimento à determinação de se destinar um mínimo de 40% dos recursos do CT-Petro (fundo setorial de petróleo e gás natural) a programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico da indústria do petróleo nas regiões Norte e Nordeste. O 5º edital atendeu ao objetivo de incrementar a aplicação de recursos em setores prioritários e de servir como fonte de estímulo para o aumento da formação de mão de obra qualificada para atuar na indústria de petróleo e gás natural nessas regiões. Após a divulgação do resultado final do processo seletivo, em outubro de 2013, oito dos dez novos programas já firmaram a assinatura do convênio: UFPE, UFBA (dois programas), LNCC, UFRN, Unifor, UFPB e Ufersa. Três das instituições (UFRN, Unifor e Ufersa) já receberam os recursos do CT-Petro e estão em vias de lançar o edital de seleção dos bolsistas. As demais aguardam a liberação da segunda parcela de recursos do CT-Petro. Criado em 1999, fruto da preocupação da ANP com a escassez de mão de obra especializada para o setor de petróleo e gás natural, o PRH-ANP/MCTI abrange hoje 55 programas institucionais, distribuídos em 32 instituições de ensino, em 16 estados do Brasil. Já concedeu 5.038 bolsas de graduação, mestrado e doutorado, e investiu R$ 233,7 milhões para a concessão de bolsas e taxa de bancada. Os critérios para a seleção dos bolsistas e a aplicação dos recursos do PRH-ANP são definidos por comitês gestores formados por docentes das instituições participantes. Anualmente, o Programa é avaliado no Encontro de Coordenadores e Pesquisadores Visitantes de todas as instituições participantes, sob a coordenação da ANP. Outro encontro de avaliação é a Reunião Anual de Avaliação (RAA), realizada com a presença dos bolsistas. Estes apresentam os resultados de seus trabalhos a especialistas da ANP e da Universidade Petrobras e a representantes de instituições do setor de óleo e gás. Atualmente há 1.132 bolsas de estudo ativas, além das 45 bolsas de coordenador e 30 de pesquisador visitante, totalizando 1.207 bolsas ativas. Esses números incluem as bolsas concedidas com recursos do CT-Petro e da Cláusula de P&D. Entrevista: André Leite, diretor de desenvolvimento de campo e presidente interino da Statoil no Brasil p.3 Retomada da indústria naval e offshore no Brasil gera empregos e investimentos p.6

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Oito dos dez novos PRHs já assinaram convênio com ANP

Com a finalidade de ampliar a formação de mão de obra

especializada para as diversas categorias profissionais

demandadas para o setor de petróleo, gás natural e

biocombustíveis, a ANP lançou, em agosto de 2013, o 5º

edital de seu Programa de Recursos Humanos (PRH-

ANP/MCTI). Dez novos programas de especialização em

cursos de graduação, mestrado e doutorado nos temas

“Margem Equatorial”, “Recursos Não Convencionais” e

“Campos Maduros” foram selecionados, conforme

publicado no boletim Petróleo e P&D nº 3.

Os temas propostos representam algumas das prioridades

surgidas com o desenvolvimento do setor e com as 11ª e

12ª Rodadas de Blocos de Petróleo e Gás Natural,

realizadas em maio e novembro de 2013,

respectivamente.

Dentre os dez programas selecionados, oito são de

instituições sediadas na região Nordeste, em cumprimento

à determinação de se destinar um mínimo de 40% dos

recursos do CT-Petro (fundo setorial de petróleo e gás

natural) a programas de amparo à pesquisa científica e ao

desenvolvimento tecnológico da indústria do petróleo nas

regiões Norte e Nordeste. O 5º edital atendeu ao objetivo

de incrementar a aplicação de recursos em setores

prioritários e de servir como fonte de estímulo para o

aumento da formação de mão de obra qualificada para

atuar na indústria de petróleo e gás natural nessas regiões.

Após a divulgação do resultado final do processo seletivo,

em outubro de 2013, oito dos dez novos programas já

firmaram a assinatura do convênio: UFPE, UFBA (dois

programas), LNCC, UFRN, Unifor, UFPB e Ufersa. Três

das instituições (UFRN, Unifor e Ufersa) já receberam os

recursos do CT-Petro e estão em vias de lançar o edital de

seleção dos bolsistas. As demais aguardam a liberação da

segunda parcela de recursos do CT-Petro.

Criado em 1999, fruto da preocupação da ANP com a

escassez de mão de obra especializada para o setor de

petróleo e gás natural, o PRH-ANP/MCTI abrange hoje

55 programas institucionais, distribuídos em 32

instituições de ensino, em 16 estados do Brasil. Já

concedeu 5.038 bolsas de graduação, mestrado e

doutorado, e investiu R$ 233,7 milhões para a concessão

de bolsas e taxa de bancada.

Os critérios para a seleção dos bolsistas e a aplicação dos

recursos do PRH-ANP são definidos por comitês gestores

formados por docentes das instituições participantes.

Anualmente, o Programa é avaliado no Encontro de

Coordenadores e Pesquisadores Visitantes de todas as

instituições participantes, sob a coordenação da ANP.

Outro encontro de avaliação é a Reunião Anual de

Avaliação (RAA), realizada com a presença dos bolsistas.

Estes apresentam os resultados de seus trabalhos a

especialistas da ANP e da Universidade Petrobras e a

representantes de instituições do setor de óleo e gás.

Atualmente há 1.132 bolsas de estudo ativas, além das 45

bolsas de coordenador e 30 de pesquisador visitante,

totalizando 1.207 bolsas ativas. Esses números incluem as

bolsas concedidas com recursos do CT-Petro e da

Cláusula de P&D.

Entrevista: André Leite, diretor de

desenvolvimento de campo e presidente

interino da Statoil no Brasil p.3

Retomada da indústria naval e offshore no

Brasil gera empregos e investimentos

p.6

Edição nº 7 – Março de 2014

2

EXPEDIENTE

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Diretora-geral Magda Maria de Regina Chambriard

Diretores Florival Rodrigues de Carvalho Helder Queiroz Pinto Junior José Gutman Waldyr Martins Barroso

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Elias Ramos de Souza - Superintendente Tathiany Rodrigues Moreira de Camargo – Superintendente-adjunta Anália Francisca Ferreira – Assessora de Superintendência Coordenação de Banco de Dados e Estatística José Lopes de Souza – Coordenador Victor Manuel Campos Gonçalo Denise Coutinho da Silva Márcio Bezerra de Assumpção Roberta Salomão Moraes da Silva Coordenação de Estudos Estratégicos José Carlos Tigre – Coordenador Alice Kinue Jomori de Pinho Jacqueline Barboza Mariano Krongnon Wailamer de Souza Regueira Ney Mauricio Carneiro da Cunha Patricia Huguenin Baran Coordenação de Formação e Capacitação Profissional Ana Maria Botelho M. da Cunha – Coordenadora Bruno Lopes Dinucci Diego Gabriel da Costa Luiz Enrique Gonzalez Rafael Cruz Coutinho Ferreira Coordenação de Pesquisa e Desenvolvimento Luciana Maria Souza de Mesquita – Coordenadora Marcos de Faria Asevedo

Alex de Jesus Augusto Abrantes Anderson Lopes Rodrigues de Lima Antônio José Valleriote Nascimento Joana Duarte Ouro Alves Leonardo Pereira de Queiroz Luiz Antonio Sá Campos Maria Regina Horn Moacir Amaro dos Santos Filho

Elaboração Denise Coutinho da Silva Roberta Salomão Moraes da Silva Victor Manuel Campos Gonçalo

Edição nº 7 – Março de 2014

3

“O Brasil é um país chave para a estratégia de crescimento da Statoil”.

Segunda maior produtora de petróleo

no Brasil em 2013, a norueguesa

Statoil considera o País determinante

para sua estratégia de crescimento

internacional. Preocupada em

aumentar o fator de recuperação de

petróleo em campos maduros – no

caso do Brasil, o campo de

Peregrino, na Bacia de Campos, a

empresa tem adotado o uso de poços

multilaterais, horizontais de longa

extensão, o infill drilling, entre

outras técnicas para melhor sua

produção. Segundo André Leite,

diretor de desenvolvimento de

campo e presidente interino da

empresa no Brasil, a Statoil está

aproveitando a geração de recursos

obrigatórios de investimentos em

P,D & I para desenvolver pesquisas

tecnológicas tanto para uso nas

operações no País como no exterior.

Ele destaca também o apoio da

empresa ao Programa “Ciência sem

Fronteiras”, a seu ver uma iniciativa

muito promissora para o setor de

Óleo e Gás (O&G).

A Statoil tem 11 blocos

exploratórios no Brasil e apenas

um, Peregrino, em fase de

produção. Recentemente foi

anunciada a descoberta de

petróleo no prospecto offshore

Pão de Açúcar, localizado cerca

de 195 quilômetros do Estado do

Rio de Janeiro em águas com

profundidade de 2.800 metros, e

no prospecto Peregrino Sul –

já perfurado em 2012, onde um

novo poço exploratório é

planejado para 2014. Diante deste

cenário, qual é a importância do

Brasil nos planos de negócio da

companhia?

André Leite: O Brasil é um país

chave para a estratégia de

crescimento da Statoil. Atualmente,

aproximadamente um terço da

produção da Statoil vem de fora da

Noruega e o Brasil aparece com

importante contribuição. Peregrino é

o maior campo offshore operado

pela Statoil fora da Noruega. A

porção sul do campo de Peregrino

mais o campo de Pitangola – que

teve recentemente sua

comercialidade declarada –

compõem o projeto Peregrino Fase

II, que está sendo amadurecido

dentro da Statoil. Além disso, a

Statoil possui um portfólio

promissor em exploração e em

avaliação, na Bacia de Campos,

como o Pão de Açúcar, e no

Espírito Santo. Somos operadores

em quatro das licenças no Espírito

Santo.

A Noruega e, em particular a

Statoil, tem adotado uma forte

estratégia de recuperação

avançada em campos maduros, o

que começa a ser uma questão

importante também na Bacia de

Campos. Em que medida a

experiência norueguesa tem

ajudado a Statoil a melhorar sua

produção no Brasil? Quais são as

principais técnicas adotadas pela

empresa para aumentar o fator de

recuperação de petróleo na Bacia

de Campos?

André Leite: A Statoil vem

adotando uma série de medidas para

aumentar o fator de recuperação em

campos de óleo pesado, como

Peregrino, tendo obtido bons

resultados nessa área. Entre as

técnicas, podemos citar o uso de

poços multilaterais, que permitem o

aumento da drenagem pelo acesso

simultâneo a múltiplos reservatórios

ou a várias áreas dentro do mesmo

reservatório a partir do mesmo poço

principal; o uso de poços horizontais

de longa extensão, o infill drilling,

que consiste na perfuração de poços

adicionais entre poços existentes; e o

uso de válvulas tipo ICD e AICD,

que ajudam a reduzir o ingresso de

água nos poços. Com essas medidas,

nossa ambição é elevar o fator de

recuperação de Peregrino para 20%.

Atualmente, o campo de Peregrino

produz 100 mil barris de óleo

equivalente por dia (boe/d), sendo

quase a totalidade de petróleo. O

crescimento das reservas e o

consequente aumento da produção

de óleo serão possíveis a partir da

implantação da segunda fase de

desenvolvimento dos ativos, em

uma área adjacente mais ao sul da

que já produz. Quais os planos da

empresa para essa segunda fase?

André Leite: Recentemente, o

Comitê Executivo da Statoil

aprovou o chamado DG2 (Decision

Gate 2) do projeto Peregrino Fase

II, o que significa que o projeto teve

seu conceito validado e, agora, terá

seu desenvolvimento maturado até

ENTREVISTA – ANDRÉ LEITE

Foto

: Sta

toil

Edição nº 7 – Março de 2014

4

ser apresentado para a aprovação

final, o chamado FID, ou Final

Investment Decision, que

internamente denominamos DG3.

Esta etapa do projeto é esperada

para o final deste ano. O projeto

Peregrino Fase II é um elemento

importante e estratégico para a

ambição da Statoil de consolidar

uma posição de liderança no Brasil

e permitirá a extensão do ciclo de

vida do campo de Peregrino, porém

sem aumentar o volume diário de

produção. O conceito de produção

do projeto prevê uma plataforma do

tipo well head (WHP-C) com uma

unidade de perfuração, ligada ao

FPSO Peregrino através da

plataforma A (WHP existente).

A Statoil adquiriu seis blocos na

Bacia do Espírito Santo na 11ª

Rodada em parceria com outras

empresas, sendo operadora em

quatro deles. Qual é a expectativa

da empresa para esses blocos?

Que desafios tecnológicos a

Statoil terá nos blocos em que

será operadora?

André Leite: A aquisição desses

seis blocos é uma demonstração da

nossa ambição de ter um

crescimento de longo prazo no

Brasil e está em linha com a

estratégia de exploração da

companhia, de construir posições-

chave em bacias consideradas

promissoras. Em breve iniciaremos

os trabalhos na área. Estamos

finalizando as tratativas para assinar

o contrato de aquisição de sísmica

3D cobrindo cerca de 8.000km² nas

áreas dos seis blocos. A Statoil

atuou coordenando o processo de

concorrência da aquisição sísmica

em nome de seus parceiros na área

(Petrobras, Total e Queiroz

Galvão). Quanto aos desafios

tecnológicos, devem ser muitos,

principalmente associados à

profundidade do mar. Esse tipo de

desenvolvimento nos encoraja e nos

coloca em situação privilegiada,

dado o foco e tecnológico e a longa

experiência da empresa em

engenharia submarina (subsea).

Em 2012 foram gerados R$ 19,7

milhões em obrigações de

investimentos em P,D&I e, em

2013, o montante de recursos

gerados para investimento em

P,D&I quase dobrou, situando-se

em R$ 31,8 milhões. Qual é a

perspectiva da Statoil para a

aplicação dos recursos em P,D&I

no Brasil para os próximos anos?

André Leite: A Statoil estabeleceu

em 2011 um grupo de

pesquisadores baseado no Rio de

Janeiro por entender a obrigação de

investimento em P,D&I como

oportunidade de gerar pesquisas

tecnológicas no País, tanto para uso

em nossas operações no Brasil

como no exterior, ou seja,

visualizamos um potencial de

“exportação tecnológica”. A

estratégia de pesquisa deste grupo

tem foco em quatro áreas técnicas:

(1) estudos carbonáticos, visando

exploração, caracterização de

reservatórios e produção; (2)

engenharia submarina, com ênfase

em desenvolvimento tecnológico

para campos em águas profundas e

remotamente operados; (3)

gerenciamento de CO2 com foco no

controle de emissões atmosféricas e

captura e armazenamento de

dióxido de carbono; (4) recuperação

avançada de poços para produção

de óleos pesados e estimulação de

campos maduros. Além destas

quatro principais áreas, a Statoil

prevê utilização do recurso para

desenvolvimento de projetos junto à

indústria local e em outras áreas

especiais. Atualmente o portfólio de

P,D&I conta com 14 projetos em

andamento, grande parte

desenvolvidos juntos às

universidades parceiras e dois

projetos concluídos: um na área de

monitoramento ambiental (PEMCA

- Peregrino Environmental

Monitoring and Calcareous Algae)

e outro ligado ao desenvolvimento

industrial (PSSQP - Premium Sand

Screens Qualification Project).

Como último ponto a mencionar,

mas não menos importante, vale

salientar nossos investimentos no

programa “Ciência sem Fronteiras”,

na nossa visão uma iniciativa

acertada e que deverá trazer grandes

benefícios ao País e às empresas

que aqui operam, inclusive a Statoil.

A Statoil tem 9 projetos com

autorização prévia pela ANP para

realização de despesas

obrigatórias, totalizando R$ 18

milhões. Um dos projetos é o

desenvolvimento de uma

tecnologia de “Avaliação da

Integridade Estrutural de

Polímeros de Linhas Flexíveis”

(Poliflex). Outro projeto

aprovado recentemente pela ANP

é “Formação e propriedades de

emulsões para a produção de óleo

pesado”. O senhor poderia

detalhar esses projetos?

André Leite: O projeto “Formação

e propriedades de emulsões para a

produção de óleo pesado” é um

projeto da Statoil e da Sinochem, e

“A Statoil entende a

obrigação de

investimento em P,D&I

como oportunidade de

gerar pesquisas

tecnológicas no País,

tanto para uso nas

operações no Brasil como

no exterior, ou seja,

visualizamos um

potencial de exportação

tecnológica”.

Edição nº 7 – Março de 2014

5

será desenvolvido em parceria com o

Instituto Sintef do Brasil e a PUC-

Rio. O projeto visa prover suporte na

produção de óleos pesados no Brasil,

que é o tipo de óleo produzido pela

Statoil no campo de Peregrino. A

exploração deste tipo de óleo

demanda grandes investimentos em

tecnologia associados à manutenção

da produção continuada a longo

prazo, principalmente no que diz

respeito ao escoamento, principal

foco de estudo neste projeto.

Por sua vez, o projeto “Avaliação da

Integridade Estrutural de Polímeros

de Linhas Flexíveis” (Poliflex), será

desenvolvido em parceria com o

Instituto Sintef do Brasil e a

Coppe/UFRJ . É um projeto do

portfólio de Engenharia Submarina,

que tem como objetivo o

desenvolvimento de uma

metodologia numérico-experimental

para caracterização do

comportamento dependente do

tempo e da temperatura da camada

polimérica interna de linhas

flexíveis. Com isso, espera-se um

aumento na confiabilidade na

avaliação da integridade estrutural e

vida útil dos componentes

poliméricos do sistema de linhas

flexíveis e uma redução do risco

associado aos seus modos de falha.

No ano passado, a Statoil firmou

parceria com o programa “Ciência

sem Fronteiras”, do Ministério da

Ciência, Tecnologia e Inovação e

do Ministério da Educação, que

promove a internacionalização da

ciência e tecnologia por meio de

intercâmbio internacional. Desde

julho deste ano, a Statoil também

é parceira do “Portal Estágios &

Empregos”. O portal busca

promover aos bolsistas e ex-

bolsistas do programa “Ciência

sem Fronteiras” e às empresas

conveniadas um ambiente de fácil

acesso às oportunidades de vagas

e busca de perfis de mão de obra

altamente qualificada. Qual é a

importância desse tipo de

iniciativa para a Statoil?

André Leite: A Statoil entende o

apoio ao programa “Ciência sem

Fronteiras” como uma iniciativa

muito promissora, uma maneira de

fomentar a qualificação de

profissionais para atender a demanda

de mão de obra em tecnologia no

setor de Óleo e Gás (O&G). Nos

anos 70, o governo norueguês

propôs o crescimento sustentável do

país a partir do desenvolvimento do

setor de O&G, incentivando as

empresas do setor e as universidades

a colaborarem na formação de

pessoal e geração de conhecimento

nacional para o aumento da

competitividade do País. A Statoil

fez parte desta história e vislumbra a

possibilidade de compartilhar essa

experiência a partir do investimento

em formação de recursos humanos e

da facilitação do intercâmbio de

conhecimentos entre instituições de

ensino brasileiras e a indústria

norueguesa. Com isso, a iniciativa

facilitará a exposição de bolsistas às

experiências de pesquisa e

desenvolvimento científico

aplicados, e aos respectivos desafios

enfrentados, promovendo a

experiência de mercado. A

promoção deste mecanismo

colaborativo entre setor acadêmico

e indústria é fundamental para

agregar valor ao conhecimento do

candidato e à formação de

pesquisadores que futuramente

estarão preparados para desenvolver

pesquisas no Brasil, gerando

competitividade.

André Leite é formado em Engenharia Naval pela Escola Politécnica da USP em 1982 e possui mestrado em Engenharia Oceânica, também pela

EPUSP em 1997. Trabalhou de 1983 a 1989 na indústria naval, ingressando na Petrobras neste ano. Juntou-se à Statoil em 2006, onde permanece até

hoje. Na Statoil, exerceu os cargos de diretor técnico, gerente de instalação do FPSO Peregrino e diretor de desenvolvimento de campo, cargo que

hoje acumula com a presidência interina da empresa no Brasil.

“A promoção do

mecanismo colaborativo

entre setor acadêmico e

indústria é fundamental

para agregar valor à

formação de

pesquisadores que

futuramente estarão

preparados para

desenvolver pesquisas no

Brasil”.

Edição nº 7 – Março de 2014

6

Retomada da indústria naval no Brasil gera empregos e investimentos.

A Indústria Naval e Offshore brasileira

vive um momento único, fomentada

pelo crescimento da exploração e da

produção de petróleo e gás natural em

alto-mar. As sucessivas confirmações

de reservas na camada do pré-sal

brasileiro reforçam a necessidade de

fortalecimento dessa indústria, o que

vem se concretizando com a reforma e

construção de grandes estaleiros.

Após viver seu auge, no final da década

de 1970, quando chegou a ser a

segunda maior do mundo em carteira

de encomendas (atrás somente do

Japão) e com cerca de 40 mil

empregados, a indústria naval brasileira

entrou em declínio no início dos anos

1980. O cenário internacional não

possibilitava sustentar o ritmo de

crescimento econômico obtido nos

anos anteriores. O segundo choque do

petróleo, em 1979 contribuiu para a

retração do comércio internacional

marítimo e a consequente queda nos

valores dos fretes. O Brasil foi

impactado pela crise internacional e

teve que reduzir fortemente as

atividades de sua indústria naval, que

em 1999 tinha apenas 600

trabalhadores, segundo dados do

Sindicato Nacional da Indústria da

Construção e Reparação Naval e

Offshore (Sinaval).

O ano de 1999 marca a retomada

dessa indústria. Entre as políticas que

atuaram no resgate da indústria naval

brasileira, destacam-se as mudanças

nas políticas de compras da

Petrobras, a Lei do Petróleo (Lei

9.478/97) e o Programa de Apoio

Marítimo – Prorefam (1999). Em

2000, foi a vez do Programa Navega

Brasil, que trouxe modificações nas

condições do crédito a armadores e

estaleiros. As principais, contudo,

foram implantadas a partir de 2003: o

Programa de Mobilização da

Indústria Nacional de Petróleo e Gás

Natural – Prominp (2003), o

Programa de Modernização e

Expansão da Frota – Promef (2004) e

o Programa de Empresa Brasileira de

Navegação – EBN (2010).

Essa década de recuperação e tentativa

de consolidação da indústria da

construção naval brasileira apresenta

um balanço bastante positivo. Os

desafios da demanda têm sido

respondidos com investimentos das

empresas, e o emprego aumentou de

aproximadamente 2 mil pessoas, em

2000, para mais de 62 mil pessoas em

2012, de acordo com o Sinaval. Além

disso, os financiamentos anuais do

Fundo da Marinha Mercante (FMM)

aumentaram de R$ 300 milhões, em

2001, para R$ 2,4 bilhões, em 2009.

O desafio, agora, é alcançar a

competitividade que o País possuía

nos anos 1970. Para especialistas e

profissionais do mercado, entre os

principais entraves estão oferta

insuficiente de ensino técnico de

qualidade, ausência de investimento

em tecnologia de ponta, custos locais

de produção, prazos de entrega e

qualificação de mão de obra.

É necessária uma nova política de

desenvolvimento para evitar a

desmobilização do setor com o

fechamento de estaleiros no médio

prazo.

Segundo a Petrobras, no horizonte

2013-2020 o Brasil deverá ganhar 38

novas plataformas de produção, 28

sondas de perfuração, 88 navios de

transporte de óleo cru e derivados e

700 embarcações de apoio. As

empresas internacionais, detentoras

de soluções e tecnologia, têm

aproveitado este cenário, que deve

movimentar investimentos de US$

180 bilhões no período.

Feiras e Conferências

Anualmente são realizadas no Brasil

feiras e conferências da Indústria

Naval e Offshore, como por

exemplo: Navalshore – Marintec

South America, Brasil Offshore,

Macaé Offshore e Feira do Polo

Naval RS. Essa última, cuja terceira

edição foi realizada de 11 a 14 de

março, encerrou com estimativa de

US$ 56 milhões em negócios para os

próximos 12 meses. Foram mais de

22 mil visitantes em quatro dias de

evento, que contou com 165

painelistas. Com três eventos

simultâneos – Conferência

INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE

Estaleiro Rio Grande

Foto

: AG

DI

Edição nº 7 – Março de 2014

7

Internacional em Tecnologia Naval e

Offshore (Navtec), Rodadas de

Negócios e Seminário de Direito, a

Feira do Polo Naval apresentou as

principais novidades do mercado

internacional da área de petróleo e

gás. Além disso, discutiu questões

novas no mercado regional como as

energias renováveis.

Durante a Navtec, promovida pela

Universidade Federal do Rio Grande

(Furg), foram discutidos diversos

temas que promoveram o debate do

segmento naval e offshore, além de

buscar novas fontes de fomento para

a região. A relação com as energias

renováveis trouxe para a Feira do

Polo Naval a questão do sistema

energético brasileiro e as alternativas

para garantir que o desenvolvimento

não seja barrado pela questão da

energia elétrica.

Nos quatro dias de eventos estiveram

presentes diversas delegações

internacionais – Noruega, China,

Alemanha e Polônia. Helle Moen, da

Innovation Norway (Agência de

Inovação da Noruega), apresentou a

palestra “Centro Norueguês de

Expertise Marítimo: História e

mecanismos de cooperação”, na qual

destacou dados sociais e econômicos

e a participação norueguesa na

economia brasileira. Segundo ela, o

país nórdico é o sétimo maior

investidor no Brasil, com US$ 20

bilhões injetados por mais de 100

empresas. Moen apresentou o

programa que contempla 28 clusters

noruegueses, muitos focados no setor

naval, que é bastante desenvolvido

naquele país. Além da sinergia entre

o governo da Noruega e as empresas

para a execução desse projeto, ela

destacou que o país está aberto a

cooperar com o Brasil por meio de

seus clusters.

O embaixador da Polônia no Brasil,

Andrzej Braiter, também esteve

presente na Feira do Polo Naval

2014. O diplomata assistiu à

cerimônia de abertura e falou sobre

os objetivos de sua presença no

evento. Banhado pelo Mar Báltico,

no nordeste da Europa, a Polônia é

um grande produtor mundial de

embarcações e plataformas navais.

Braiter acredita que, unindo as

expertises dos dois países, ambos

podem competir melhor no segmento

naval internacional. Sua intenção

como embaixador recém-empossado

no Brasil é colocar brasileiros e

poloneses em contato, estreitando a

relação entre os países.

Diversos acordos foram assinados

durante a Feira. O primeiro entre a

Furg e a Tecvix para que a empresa

seja a âncora do Parque Tecnológico

Oceantec. Com esta assinatura, a

Ecovix passa a ser o primeiro

estaleiro do Brasil a fazer parte de

um polo tecnológico. O segundo foi

o protocolo de lançamento da criação

do centro de pesquisa eólica entre a

prefeitura de Rio Grande, a

Universidade Federal de Santa

Maria, a Universidade Federal de

Pelotas, a Universidade Federal do

Rio Grande e empresas e instituições

como Eletrosul, Ideal e Sindeólica.

Além disso, a Rodada de Negócios

do Sebrae/RS, esperada por muitos

empresários do setor naval, em sua 7ª

edição proporcionou a realização de

908 reuniões de negócios. Cerca de

20 grandes compradoras do setor

público e privado puderam conhecer

241 micro e pequenos

empreendedores que têm interesse

em negociar com a indústria naval.

Dessas reuniões, foram gerados

R$7,8 milhões em expectativas de

negócio. A ação do Sebrae/RS

contou com a parceria do Arranjo

Produtivo Local (APL) do Polo

Naval do Rio Grande do Sul e seu

entorno e apoio da Fiergs, da Rede

Petro, da Superintendência do Porto

do Rio Grande, da Prefeitura

Municipal do Rio Grande, da

Petrobras e do Fórum Regional do

Prominp.

Foto

: A

GD

I

Estande da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento e palestra da Navtec realizada durante a Feira do Polo Naval RS.

Edição nº 7 – Março de 2014

8

Histórico da indústria naval brasileira

A história da indústria naval brasileira tem início no século XVI, quando pequenos estaleiros artesanais, voltados para

a construção de canoas e pequenos barcos, além da prestação de serviços de reparo, foram surgindo ao longo da costa

brasileira. No entanto, o ano de 1846 é que marca o desenvolvimento da indústria naval privada, com a construção da

Fundição e Companhia da Ponta da Areia, que hoje vem a ser o estaleiro Mauá.

Outros estaleiros de capital nacional surgiram no Brasil na segunda metade do século XIX e início do século XX – Só

(RS), Caneco (RJ) e Emaq (RJ), mas foi somente a partir da segunda metade da década de 1950 que essa indústria

assumiu um ritmo mais acelerado, impulsionada pelo Plano de Metas de Juscelino Kubitschek.

O Plano de Metas estabelecia 30 metas para os segmentos de energia, transporte, alimentação e indústria de base. A Meta 28 tinha como objetivo prover recursos para renovação, ampliação e recuperação da frota mercante nacional,

evitar a importação de navios, diminuir despesas com afretamento de navios estrangeiros, assegurar a continuidade

das encomendas de navios e estimular a exportação de embarcações.

Em 1959, com a vinda dos estaleiros Ishibras (Japão) e Verolme (Holanda) para o Brasil, houve um aumento na

capacidade de produção do setor. Enquanto a indústria de construção naval ia se desenvolvendo no País, observava-se

a formação de uma cadeia de fornecimento de aço e componentes mecânicos e elétricos que assumiam um importante

papel para assegurar o suprimento de bens para os novos estaleiros.

No final da década de 1960 e início dos anos 1970, o governo Costa e Silva promoveu um novo ciclo de

investimentos em infraestrutura e novas políticas para o desenvolvimento do setor naval brasileiro. Foi criada a

Superintendência Nacional da Marinha Mercante (Sunamam), que tinha o poder de definir os planos de construção

naval e gerir os recursos destinados ao financiamento dessa atividade. Os armadores passaram a ter acesso aos

financiamentos e subsídios para fabricar navios cujas especificações eram definidas pela Sunamam, além de proteção

da concorrência do mercado internacional.

A trajetória da indústria da construção naval era ditada pelo ritmo de desenvolvimento da Marinha Mercante. O

crescimento e a modernização da frota mercante brasileira nos fretes de longo curso e de cabotagem geravam mais

encomendas de navios, como cargueiros, tanques, graneleiros e rebocadores, para os estaleiros nacionais, que

beneficiados por políticas governamentais e acesso a linhas de financiamento mais competitivas, levaram o Brasil, no

início da década de 1980, ao posto de segunda potência da indústria de construção naval do mundo, atrás apenas do

Japão, de acordo com o Sinaval.

Com a alta do petróleo motivada pelo segundo choque do petróleo, em 1979, houve retração no comércio

internacional marítimo e a consequente queda nos valores dos fretes. Tal situação impactou a arrecadação do Fundo

de Marinha Mercante, fragilizou a situação financeira dos armadores nacionais e reduziu drasticamente o nível de atividade dos estaleiros instalados no Brasil, levando alguns à falência, como foi o caso do estaleiro Só. Os índices de

inadimplência de armadores e estaleiros com a Sunaman foram elevados, com impacto na saúde financeira da

instituição e na sua capacidade de conceder novos financiamentos.

No início da década de 1980, o País vivenciou um aumento no seu déficit em conta corrente, que passou de US$1,7

bilhão em 1967 para US$16,3 bilhões em 1982. Além disso, houve um ciclo de aumento inflacionário, que chegou a

330% ao ano, com reflexos significativos para a economia. O Brasil entrou em recessão econômica generalizada e a

indústria de construção naval sofreu impactos diretos. Nesse cenário, o governo Figueiredo lançou um novo plano de

estímulo à indústria de construção naval, o Plano Permanente de Construção Naval (PPCN: 1981-1983). No entanto, o

plano ficou aquém da meta e não foi suficiente para superar o cenário econômico desfavorável nem dar

sustentabilidade à indústria de construção naval brasileira. O cenário econômico desse período levou o Brasil a

declarar moratório em 1982, gerando, ao longo da década, a estagnação da indústria nacional.

A década de 1990 se iniciou com o agravamento da dívida externa, que atingiu o patamar de US$ 123,4 bilhões. A

liberalização do transporte marítimo de longo curso, resultado da abertura comercial e financeira ocorrida em 1990,

pelo governo Collor, trouxe desafios adicionais para as principais empresas de navegação brasileiras, como a Lloyd, a

Libra e a Aliança. Com o objetivo de reduzir os fretes marítimos, a medida do governo gerou uma forte disputa com

armadores internacionais que, por se apresentarem mais competitivos, acabaram adquirindo as principais empresas

brasileiras ao longo da década. Os tempos áureos da indústria de construção naval brasileira chegavam ao fim.

Fonte: Petrobras, “Retomada da indústria naval e offshore do Brasil 2003-2013-2020: visão Petrobras”

Edição nº 7 – Março de 2014

9

ANP autoriza investimentos de R$ 91 milhões nos Programas de Recursos Humanos da ANP e Petrobras

Em fevereiro de 2014, a ANP concedeu 48 autorizações

para Programas de Recursos Humanos de nível superior,

somando mais de R$ 91 milhões. Elas visam à aplicação

de recursos da cláusula de P,D&I, em programas já

existentes, na concessão e manutenção de bolsas de

estudo, além de manutenção e melhoria das atividades

necessárias ao desenvolvimento da programação

acadêmica – a Taxa de Bancada.

Para o PRH da Petrobras, que é de responsabilidade e

gestão da mesma, foram concedidas 14 autorizações,

totalizando R$ 60 milhões. Já para o PRH-ANP, cuja

responsabilidade de gestão é da ANP, por meio da

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento

Tecnológico (SPD), foram 37 autorizações, somando R$

31 milhões.

Além desses, foram autorizados mais 10 projetos de

investimento em P,D&I, no montante de R$ 25 milhões,

sendo 4 para implantação de infraestrutura laboratorial,

2 para pesquisa em biocombustíveis e 1 para incremento

em projeto de Ciências sem Fronteiras, conforme tabela

a seguir.

Autorizações Prévias de Fevereiro de 2014

Concessionária Projeto Instituição Executora

Valor Autorizado (R$)

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Químico do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 01

UFRJ 538.473,60

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Engenharia Civil para o Setor de Petróleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 02

UFRJ 617.212,80

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Sistemas Oceânicos e Tecnologia Submarina para Exploração de Petróleo e Gás em Águas Profundas, por meio de apoio ao PRH 03

UFRJ 948.268,80

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Sistemas Energéticos com ênfase no Estudo da Regulação, Economia e Política do Petróleo e Gás Natural, por meio de apoio ao PRH 04

USP 352.195,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Geologia e Ciências Ambientais Aplicadas ao Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, por meio de apoio ao PRH 05

UNESP 603.734,40

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos no Programa Interdepartamental em Petróleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 07

PUC-RIO 136.339,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Engenharia Mecânica e Química com Ênfase em Petróleo e Gás (MECPETRO), por meio de apoio ao PRH 08

UFBA 496.195,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Engenharia Mecânica e Química com Ênfase em Petróleo e Gás (MECPETRO), por meio de apoio ao PRH 09

UFSC 1.085.385,60

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Planejamento e Otimização de Processos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, por meio de apoio ao PRH 10

UTFPR 653.673,60

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Geologia do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 12

UFRGS 272.678,40

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos no Programa EQ-ANP, por meio de apoio ao PRH 13

UFRJ 926.352,00

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Ciências e Engenharia dos Recursos Naturais de Óleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 15

UNICAMP 674.812,80

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Engenharia da Energia e do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 16

UNIFEI 107.539,20

AUTORIZAÇÕES PRÉVIAS

Edição nº 7 – Março de 2014

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Concessionária Projeto Instituição Executora

Valor Autorizado (R$)

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Análise de Bacia Aplicada à Exploração de Petróleo e Gás Natural, por meio de apoio ao PRH 17

UERJ 165.139,20

Petrobras Fomento à Formação de Recursos Humanos em Capacitação de Recursos Humanos em Geologia do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 18

UFRJ 107.539,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Engenharia com Ênfase em Petróleo da EPUSP, por meio de apoio ao PRH 19

USP 1.631.520,00

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos no Programa de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, por meio de apoio ao PRH 20

UENF 517.334,40

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos de Ensino de Economia, Planejamento Energético e Engenharia de Produção na Indústria do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 21

UFRJ 955.152,00

Petrobras Fomento à Formação de Recursos Humanos em Geologia, Geofísica e Informática no Setor de Petróleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 22

UFRN 2.170.281,60

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos no Programa Interdisciplinar em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, por meio de apoio ao PRH 24

UFPR 1.084.608,00

Petrobras Formação de Recursos Humanos para o Setor Petróleo e Gás em Geociências e Engenharia Civil, por meio de apoio ao PRH 26

UFPE 1.912.636,80

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Estudos Ambientais em Áreas de Atuação da Indústria do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 27

FURG 538.473,60

Petrobras Formação de Recursos Humanos para o Setor Petróleo e Gás em Engenharia De Processamento Químico Do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 28

UFPE 3.536.496,00

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Petróleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 29

UFES 3.832.243,20

Petrobras Fomento à Formação de Recursos Humanos em Química, Engenharia de Materiais e Engenharia Mecânica na indústria do petróleo e gás, por meio de apoio ao PRH 30

UFRN 840.729,60

Petrobras Fomento à Formação de Recursos Humanos em Ciência e Engenharia de Petróleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 31

UFC 574.934,40

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Direito do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 33

UERJ 107.539,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos nas Áreas de Automação, Controle e Instrumentação para a Indústria do Petróleo e Gás, por meio de apoio ao PRH 34

UFSC 624.873,60

Petrobras Fomento à Formação de Recursos Humanos em Integridade Estrutural em instalações da Industria do Petróleo, por meio de apoio ao PRH 35

UFRJ 546.134,40

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Direito do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis por meio de apoio ao PRH 36

UFRN 393.696,00

Petrobras Fomento à Formação de Recursos humanos em Engenharia Mecânica para o Uso eficiente de Biocombustíveis, por meio de apoio ao PRH 37

UFRJ 409.795,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Direito do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis por meio de apoio ao PRH 38

UFRGS 28.800,00

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em Biocombustíveis e Energia -PRH-ANP/UFMA, por meio de apoio ao PRH 39

UFMA 488.534,40

Petrobras Fomento à formação de Recursos Humanos em: Profissionais de Engenharia Civil e Química para Atuação no setor de Petróleo, gás e Energia, por meio de apoio ao PRH 40

UFAL 1.141.430,40

Petrobras Fomento à formação de Recursos Humanos: Engenharia Ambiental Aplicada à indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, por meio de apoio ao PRH 41

UFRJ 409.795,20

Petrobras Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis em Eficiência Energética, por meio de apoio ao PRH 43

UFRN 898.329,60

Petrobras Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis no Programa Multidisciplinar em Tecnologia de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, por meio de apoio ao PRH 44

UFSCar 380.995,20

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em "Tecnologia de UFPE 6.185.344,00

Edição nº 7 – Março de 2014

11

Concessionária Projeto Instituição Executora

Valor Autorizado (R$)

Equipamentos" por meio da criação do PRH-PB 203

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Produção de Bioenergia, por meio da criação do PRH-PB 210

UEMS 4.702.552,00

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Monitoramento, Bioprodução e Recuperação de Áreas Degradadas no Estado da Bahia, por meio da criação do PRH-PB 211

UESB 2.469.243,20

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Sistemas Elétricos Industriais, por meio da criação do PRH-PB 214

UFJF 1.340.819,20

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Geociências por meio da criação do PRH-PB 215

UFRGS 3.314.169,60

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Modelagem Matemática e Computacional por meio da criação do PRH-PB 216

UFRGS 3.089.642,20

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Modelos de Informação e Infraestrutura em TI por meio da criação do PRH-PB 217

UFRGS 4.414.881,30

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Engenharia Elétrica por meio da criação do PRH-PB 219

UFRJ 4.537.073,60

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Automação Industrial por meio da criação do PRH-PB 220

UFRN 4.762.524,45

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Engenharia de Petróleo por meio da criação do PRH-PB 221

UFRN 7.686.393,40

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Química do Petróleo por meio da criação do PRH-PB 222

UFRN 7.432.911,55

Petrobras Fomento à formação de recursos humanos em "automação Offshore" por meio da continuidade do PRH-PB 223

UNB 4.536.760,65

Petrobras

Fomento a Formação de Recursos Humanos em Tecnologia de Materiais Metálicos e Cerâmicos, Mudanças Climáticas, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável, por meio da criação do PRH-PB 224

UNB 2.049.296,40

Petrobras Fomento a Formação de Recursos Humanos em Biotecnologia e Meio Ambiente por meio da criação do PRH-PB 225

Unimontes 3.841.822,40

BG Fomento à formação de Recursos Humanos por intermédio do Programa Ciência sem Fronteiras

UFRGS 643.802,82

Petrobras Instalação do Sistema de Correnteza do Laboratório de Tecnologia Oceânica

UFRJ 7.528.426,59

BG Gestão de Águas Usando Nanotecnologia Aplicada à Indústria de Petróleo e Gás

UFSC 8.247.034,84

Petrobras Implantação do Centro de Tecnologia de Nanotubos de Carbono UFMG 6.791.166,09

Petrobras Deslignificação de bagaço de cana-de-açúcar por enzimas de fungos basidiomicetos

Fiocruz 1.144.426,03

Petrobras Estabilidade e Escoamento de Emulsões de Água em Petróleos Parafínicos

UFRJ 338.853,32

Petrobras Estudo da influência dos compostos oxigenados oriundos do bio-óleo utilizado na estabilidade da gasolina verde, obtida por co-processamento em unidades de FCC, durante a estocagem

PUC-Rio 609.428,00

TOTAL 116.376.443,64

Fonte: SPD/ANP.

Além das autorizações para os PRH’s, a Petrobras

recebeu outras cinco autorizações, acrescentando R$ 15

milhões em investimentos, com destaque para mais um

projeto de seu Programa Tecnológico de Águas

Profundas (Procap).

A implantação do Centro de Tecnologia de Nanotubos

de Carbono (CTNanotubos) terá como objetivo o

desenvolvimento de tecnologia de nanotubos de carbono

aplicada a materiais cimentícios e poliméricos. Nos

últimos anos, devido aos inúmeros avanços

tecnológicos, as pesquisas relacionadas aos

nanomateriais se intensificaram. A busca por produtos

com propriedades específicas ocorre em todo o mundo,

sendo que os que incorporam nanopartículas de

carbono, principalmente nanotubos, são os mais

analisados. Estes materiais têm propriedades

relacionadas principalmente à grande resistência

mecânica (como resistência à tração e módulo de

elasticidade), elevada condutibilidade elétrica e térmica,

além de alta flexibilidade. Por essas características,

aliadas a uma alta razão comprimento/diâmetro dos

nanotubos de carbono, a adição de uma pequena

porcentagem desses materiais a polímeros e cimento,

por exemplo, pode resultar em um expressivo aumento

de desempenho de equipamentos submarinos, como

Edição nº 7 – Março de 2014

12

bend-stiffeners e revestimentos para risers flexíveis, já

que as novas reservas de petróleo estão localizadas em

regiões de grande complexidade (maior profundidade,

condições extremas de temperatura e pressão, etc).

Neste cenário, estruturas com maior resistência química

e mecânica poderiam aumentar a confiabilidade dos

processos, a disponibilidade dos equipamentos, e levar a

condições mais seguras de operação.

A BG também recebeu autorização no mês de fevereiro:

o projeto BG-13, autorizado em julho de 2013 e que faz

parte do Programa Ciências Sem Fronteiras, recebeu

uma autorização adicional visando a concessão de novas

bolsas de estudo.

O segundo projeto da BG também é relacionado à

nanotecnologia. O programa visa à estruturação de um

centro de referência em pesquisa de classe mundial no

Brasil em tratamento e gestão das águas no setor de

petróleo e gás usando nanotecnologia. Além disso, este

programa visa avaliar as várias formas que a

nanotecnologia pode ser aplicada na mudança de

direcionamento da gestão da água na indústria de

petróleo e gás. As particularidades magnéticas, óticas e

acústicas das nanopartículas podem ser aproveitadas

para fornecer informações detalhadas sobre a qualidade

da água, sendo o monitoramento em tempo real e “on-

line” crucial em sistemas tecnológicos de água em

escala real. Adicionalmente as nanopartículas, quando

apropriadamente adaptadas com revestimentos de

superfície, as permite interagir com grandes volumes de

água sem sedimentação ou coagulação. Nanopartículas

e nanorevestimentos podem melhorar o fluxo dos

fluidos, inibindo a corrosão e a formação de

incrustações. Nanoquímica avançada pode formar

catalisadores magnéticos para tratar água e oferecer

processos que utilizam muito menos energia.

De 2006 a fevereiro de 2014, a ANP concedeu 1.173

autorizações prévias, gerando investimentos em várias

instituições e beneficiando diversos estados, conforme

demonstram as tabelas a seguir.

Recursos por Instituição

Instituição Nº de Autorizações Recursos (R$) % Recursos UFRJ 221 468.799.122 12,30% UFPE 34 151.560.827 3,98% PUC-Rio 43 134.594.216 3,53% UNICAMP 60 111.214.805 2,92% UFRN 65 104.062.365 2,73% UFRGS 64 99.705.147 2,62% UFSC 37 96.833.273 2,54% UFF 24 77.287.781 2,03% IEAPM/ Marinha do Brasil 58 75.047.897 1,97% USP 2 73.877.740 1,94% UFS 20 57.779.629 1,52% UFES 17 53.758.117 1,41% UFBA 33 50.279.438 1,32% IPT-SP 15 48.857.831 1,28% UERJ 24 48.752.041 1,28% CIABA/ Marinha do Brasil 1 47.881.369 1,26% UFSCar 17 47.450.292 1,24% INT 14 42.252.639 1,11% CIAGA/ Marinha do Brasil 2 40.651.490 1,07% Instituições Diversas 419 1.632.600.005 42,83% PNQP/PROMINP* 3 348.722.780 9,15%

Total 1.173 3.811.968.805 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

*Programas de capacitação de recursos humanos que envolvem várias instituições no Brasil.

Edição nº 7 – Março de 2014

13

Fonte: SPD/ANP.

* O projeto PNQP/Prominp foi somado no número de projetos de SP por ser a sede administrativa, mas os recursos foram distribuídos pelas UFs de

acordo com a destinação prevista no projeto.

** Estão incluídos três projetos Ciência Sem Fronteiras de participação nacional (R$336.764.378,20), o Programa INCT/MCT (R$15.186.253,80), o

primeiro projeto de apoio ao PRH (R$8.122.564,80), o projeto para apoio à elaboração de projetos executivos relacionados à implantação de

infraestrutura laboratorial (R$20.000.000,00) e os três poços estratigráficos (R$ 298.684.561,00).

O quadro abaixo mostra uma divisão dos projetos por área temática.

Autorizações Prévias Concedidas pela ANP de 2006 a 2014 por Área

Área Nº de Autorizações Recursos (R$) % Recursos

Exploração 123 241.584.461 6,34%

Produção 255 678.813.741 17,81%

Abastecimento 195 326.144.944 8,56%

Gás, Energia, Desenvolvimento Sustentável 192 281.110.440 7,37%

Gestão e Inovação 7 6.064.637 0,16%

Núcleos Regionais (multiáreas) 57 201.704.299 5,29%

PROMINP* 6 437.255.639 11,47%

Projetos Avulsos (multiáreas) 143 467.088.654 12,25%

Recursos Humanos 186 526.062.023 13,80%

Ciência Sem Fronteiras 6 347.455.407 9,11%

Poço Estratigráfico 3 298.684.561 7,84%

Total 1.173 3.811.968.805 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

* Inclui as despesas previstas nos projetos: PNQP/Prominp, Ciaga/Marinha do Brasil e Ciaba/Marinha do Brasil .

Recursos por Unidade Federativa

UF* Nº de Autorizações Recursos (R$) % Recursos

RJ 410 1.276.045.152 33,47% SP 203 477.176.766 12,52% PE 37 201.843.463 5,29% RS 108 187.243.308 4,91% RN 74 165.694.178 4,35% BA 49 136.564.630 3,58% MG 64 113.198.084 2,97% SC 39 101.876.360 2,67% SE 27 86.465.093 2,27% ES 18 74.537.360 1,96% PA 11 66.150.887 1,74% PR 30 60.211.539 1,58% CE 29 55.905.313 1,47% DF 20 36.560.968 0,96% MA 8 28.914.543 0,76% AL 6 19.508.135 0,51% PB 17 14.585.928 0,38% AM 5 9.667.307 0,25% GO 4 8.251.185 0,22% MS 2 7.694.684 0,20% PI 1 3.630.090 0,10% TO 1 973.944 0,03% MT 1 367.500 0,01% RO 0 144.630 0,00% Nacional** 9 678.757.758 17,81%

Total 1.173 3.811.968.805 100,00%

Edição nº 7 – Março de 2014

14

A Figura abaixo mostra a distribuição dos recursos de P,D&I autorizados, por estado e região.

Fonte: SPD/ANP.

A tabela ao lado apresenta as concessionárias que

já receberam autorizações prévias para realização

de despesas obrigatórias. A admissão destas

despesas é regulamentada pela Resolução ANP nº

33/2005 e pelo Regulamento Técnico ANP nº

5/2005. Além de avaliar e aprovar os projetos

encaminhados pelos concessionários, a ANP

fiscaliza o cumprimento das normas, reconhecendo

ou não a aplicação dos investimentos em P,D&I,

por meio de análise técnica dos relatórios anuais

encaminhados pelos concessionários e por visitas

técnicas aos projetos.

Projetos e Recursos por Concessionária (2006 a 2014)

Concessionária Nº de

Autorizações Recursos (R$) % Recursos

Petrobras 1.117 3.632.886.963 95,30%

BG 15 108.423.493 2,84%

Shell 4 23.418.572 0,61%

Statoil 9 18.048.275 0,47%

Repsol 7 8.714.634 0,23%

Sinochem 6 7.799.422 0,20%

Chevron 11 6.273.776 0,16%

Frade Japão 1 3.157.523 0,08%

BP 1 2.091.858 0,05%

Queiroz Galvão 2 1.154.289 0,03%

Total 1.173 3.811.968.805 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

Edição nº 7 – Março de 2014

15

57 unidades de pesquisa habilitadas pelas novas regras Até fevereiro de 2014, 57 unidades de pesquisa de

34 instituições foram credenciadas, segundo a

regulação vigente. Para realizar projetos de

pesquisa e desenvolvimento com recursos

decorrentes das Cláusulas de Investimento em

P,D&I, as instituições interessadas precisam estar

credenciadas pela ANP.

O credenciamento consiste no reconhecimento de

que estas instituições atuam em área de relevante

interesse para as indústrias de petróleo, gás natural

e biocombustíveis, com reconhecida idoneidade e

competência tecnológica, e que dispõem de

infraestrutura e condições operacionais para a

execução das atividades de pesquisa e

desenvolvimento a que se propõem.

Com a entrada em vigor da Resolução ANP nº

47/2012, as instituições que tenham recebido

recursos financeiros no âmbito do Plano Nacional

de Ciência e Tecnologia do Setor de Petróleo e Gás

(CT-Petro) precisam protocolar na ANP uma nova

solicitação de credenciamento até 31/03/14. A

entidade que não protocolar a solicitação de

credenciamento nos termos previstos e que tiver

projeto de P,D&I em andamento, contratado no

âmbito da cláusula de P,D&I, ficará inabilitada para

o recebimento de recursos da cláusula até que tenha

seu credenciamento aprovado nos termos do

Regulamento Técnico ANP nº 7/2012.

Uma mesma instituição poderá apresentar mais de

uma unidade de pesquisa, em função das

peculiaridades de sua estrutura organizacional e das

atividades de P,D&I por ela desenvolvidas nas

diferentes áreas do setor. Uma unidade de pesquisa

é a estrutura que comporta a infraestrutura física, os

equipamentos e recursos humanos associados à

execução das atividades, no âmbito das linhas de

pesquisa objeto do credenciamento, podendo ser

constituída por um ou mais laboratórios. O

processo de credenciamento da ANP segue regras

estabelecidas pela Resolução ANP nº 47/2012 e

pelo Regulamento Técnico ANP nº 07/2012.

Instituições credenciadas pelo novo regulamento até Fevereiro de 2014

Instituição Unidade de Pesquisa UF

Abendi Laboratório de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção SP Certi Centro de Metrologia e Instrumentação SC CHM Seção de Modelagem Oceanográfica RJ CNEN Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN MG CNPEM Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol SP CNPEM Laboratório Nacional de Luz Síncrotron SP CNPEM Laboratório Nacional de Nanotecnologia SP CTI Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer SP Dnit Instituto de Pesquisas Rodoviárias DF Ezute Fundação Ezute SP Feevale Central Analítica RS IAC Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana do Instituto Agronômico SP IAC Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Horticultura do Instituto Agronômico SP IAC Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica dos Agronegócios de Grãos e Fibras do Instituto Agronômico SP IAC Centro de P&D de Ecofisiologia e Biofísica do Instituto Agronômico SP IAC Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do Instituto Agronômico SP IAC Centro de P&D de Solos e Recursos Ambientais do Instituto Agronômico SP IEAPM Departamento de Pesquisas RJ IEAv Instituto de Estudos Avançados SP IMT Divisão de Motores e Veículos SP IMT Laboratório de Engenharia Bioquímica SP IMT Laboratório de Engenharia Química e de Engenharia de Alimentos SP IMT Laboratório de Microondas SP IRT Laboratório de Desenvolvimento BA JBRJ Diretoria de Pesquisas Científicas RJ PUC-Rio Laboratório de Sistemas de Comunicações RJ PUC-Rio Grupo de Reologia RJ Senai-BA Centro de Tecnologia Industrial Pedro Ribeiro - Cetind BA

CREDENCIAMENTO EM P&D

Edição nº 7 – Março de 2014

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Instituição Unidade de Pesquisa UF

Senai-BA Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia - Cimatec BA Senai-RJ Centro de Tecnologia Senai Solda RJ Senai-RJ Centro de Tecnologia Senai Ambiental - Serviços Analíticos RJ Tecpar Centro de Energias PR UCL Laboratório de Fluidos e Fenômenos de Transporte ES UERJ Faculdade de Geologia - DGAP RJ UFBA Núcleo de Estudos Ambientais BA UFGD Grupo de Pesquisa Arena - Aproveitamento de Recursos Energéticos da Natureza MS UFMG Laboratório de Ensaios de Combustíveis MG UFOP Geologia Estrutural e Modelagem Tectônica de bacias sedimentares MG UFOP Laboratório de Geoquímica Analítica MG UFPR Grupo de Eletroquímica Aplicada PR UFRGS Laboratório de Corrosão, Proteção e Reciclagem de Materiais - LACOR RS UFSC Laboratório de Conexionismo e Ciências Cognitivas - L3C SC UFSC Laboratório de Meios Porosos e Propriedades Termofísicas SC UFSC Laboratório de Pavimentação SC UFSC Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica SC

UFSC Grupo de Pesquisa em Controle, Automação e Instrumentação para a Indústria de Petróleo, Gás e Energia

SC

UFSC Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas - REMAS SC UFU Laboratório de Mecânica dos Fluidos MG UFU Laboratório de Tecnologia em Atrito e Desgaste MG

Unesp Centro de Monitoramento e Pesquisa da Qualidade de Combustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados

SP

Unifap Centro de Ciências Ambientais e Recursos Naturais Não Renováveis do Amapá – CCAR AP Unifei Grupo de Estudos em Tecnologias de Conversão de Energia - Getec MG Unifei Grupo de Excelência em Materiais Funcionais MG Unifei Núcleo de Separadores Compactos MG Unifei Instituto de Sistemas Elétricos e Energia MG Unimontes Departamento de Biologia Geral MG USP Tanque de Provas Numérico SP

Fonte: SPD/ANP.

A figura a seguir mostra a localização regional das instituições credenciadas pela ANP até 28/02/2014, segundo

regulamentação vigente.

Fonte: SPD/ANP.

Edição nº 7 – Março de 2014

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No que tange às áreas e temas em que atuam as

instituições credenciadas, a tabela a seguir relaciona

todas as instituições ao seu escopo de pesquisa. São 57

unidades de pesquisa credenciadas pela ANP,

habilitadas para atuar em 22 temas relacionados à

indústria de petróleo, gás natural e biocombustíveis.

Saiba mais em www.anp.gov.br/P-E-D.

Instituições Credenciadas, por Área e Tema

Área Tema Instituição

Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural – Onshore e Offshore

Exploração Abendi, Ezute, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UCL, UFOP, Unifei, UFSC, CNPEM, UERJ, USP

Produção Abendi, CTI, CNEN, Ezute, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFOP, UFU, UFSC, CNPEM, Unifei, PUC-Rio, USP

Recuperação Avançada de Petróleo CNEN, CNPEM, UFSC

Engenharia de Poço IEAv, Senai Cimatec, UFSC, UCL, CNPEM

Gás Natural

Produção e Processamento de Gás Natural -

Movimentação e Armazenamento de Gás Natural Abendi, Senai Cimatec, UFSC, USP

Utilização de Gás Natural Unifei, UFPR, Senai Cimatec, CNPEM

Abastecimento

Refino Abendi, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, CNEN, Dnit, UFSC, CNPEM

Combustíveis e Lubrificantes UFMG, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind

Petroquímica de 1ª e 2ª Geração IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFSC

Biocombustíveis

Biodiesel UFMG, Tecpar, IAC, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, Unimontes, Unesp, CNPEM, UFSC

Bioetanol Unifei, IAC, IMT, Senai Cetind, CNPEM

Energia a partir de Outras Fontes de Biomassa UFMG, Tecpar, IAC, IMT, Senai Cetind, Unimontes, Feevale, CNPEM, UFGD

Biocombustíveis Avançados (2ª, 3ª, 4ª geração) UFMG, IAC, IMT, Senai Cetind, CNPEM

Bioquerosene de Aviação IMT, Senai, Unesp, CNPEM, Unifei

Outras Fontes de Energia

Hidrogênio Unesp, Senai Cetind, CNPEM

Energia Solar UFSC, CNPEM, UFGD

Outras Fontes Alternativas IAC, Senai Cimatec, Unifei

Temas Transversais

Materiais UFMG, UFU, UFPR, Senai-RJ, Abendi, CTI, IEAv, Senai Cimatec, UFSC, Dnit, Certi, CNPEM, Unifei, UFRGS

Segurança e Meio Ambiente

UFBA, Tecpar, UFPR, CHM, IEAPM, JBRJ, Abendi, Ezute, IAC, IEAv, IMT, Senai Cetind, CNEN, Unimontes, Feevale, CNPEM, Unifei, IRT, UFGD, UNIFAP, UFSC, USP, UFRGS

Distribuição, Logística e Transporte Ezute, UFSC, CNPEM, USP

Avaliação da Conformidade, Monitoramento e Controle

UFPR, Abendi, CTI, IEAv, Dnit, Certi, UFSC, IRT, Senai-RJ, PUC-Rio

Regulação do Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Aspectos Econômicos Unifei, Ezute, Certi, UFSC

Aspectos Jurídicos -

Fonte: SPD/ANP.