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PUB SEXTA-FEIRA, 21 OUTUBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1539 (II Série) | Preço: 0,90 Assembleia Distrital pondera levar Beja e Ourique a tribunal António Sebastião denuncia autarquias por falta de pagamentos. Grande entrevista em www.diariodoalentejo.pt Seca atrasa sementeiras e prejudica olivais Não chove no Alentejo desde o início de se- tembro. E o verão que se prolonga pelo outo- no adentro está a atrasar as sementeiras e a prejudicar gravemente os olivais, principal- mente os de sequeiro. A boa notícia: os me- teorologistas prometem água para o fim de semana. pág. 7 Gasparões na vanguarda da compostagem caseira O Centro de Educação Ambiental dos Gasparões, Ferreira do Alentejo, foi recentemente distingui- do a nível nacional pela sua aposta na composta- gem caseira, promovendo como prática comum a valorização de resíduos orgânicos. Trabalho para velhos e jovens. pág. 10 Feira da Caça abre hoje em Mértola Uma das principais vertentes do desenvolvi- mento económico do concelho de Mértola, o turismo cinegético está este fim de semana em grande destaque na Vila Museu. Há 777 zonas de caça turística no Alentejo. E a aposta está cada vez mais centrada nos caçadores estran- geiros. pág. 4 Com dívidas à Assembleia Distrital que vão para além dos seis meses, as câmaras de Beja e de Ourique podem vir a sentar-se no banco dos réus. Quem o afirma é António Sebastião, presidente da Assembleia Distrital, que acusa Pulido Valente de “sacudir a água do capote” quanto ao estado a que chegou o Museu Regional de Beja, equipamento que deveria ser integrado no património do município bejense. O presidente da Câmara de Almodôvar fala ainda das responsabilidades do PS e da CDU quanto à falta de decisões nas instâncias intermunicipais. E diz que a Somincor tem espoliado o seu concelho. págs. 16/17 Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt JOSÉ FERROLHO JOSÉ SERRANO Esta semana editado pela Guerra & Paz, o livro 100 Anos – Guarda Nacional Republicana traz o documento oficial do relato da morte de Catarina Eufémia, redigido pelo comandante do posto de Baleizão. Um auto que reproduzimos em facsimile em www.diariodoalentejo.pt. Uma verdadeira paródia, não fosse público o trágico desfecho dos acontecimentos. pág. 11 A morte “oficial” de Catarina Eufémia PAULO MONTEIRO Externato António Sérgio Escola privada de Beringel é a melhor classificada nos rankings pág. 5

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Page 1: Ediçao n.º1539

PUB

SEXTA-FEIRA, 21 OUTUBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, N.º 1539 (II Série) | Preço: € 0,90

Assembleia Distrital pondera levar Beja e Ourique a tribunal

António Sebastião denuncia autarquias por falta de pagamentos. Grande entrevista em www.diariodoalentejo.pt

Seca atrasa sementeiras e prejudica olivaisNão chove no Alentejo desde o início de se-tembro. E o verão que se prolonga pelo outo-no adentro está a atrasar as sementeiras e a prejudicar gravemente os olivais, principal-mente os de sequeiro. A boa notícia: os me-teorologistas prometem água para o fi m de semana. pág. 7

Gasparões na vanguarda da compostagem caseiraO Centro de Educação Ambiental dos Gasparões, Ferreira do Alentejo, foi recentemente distingui-do a nível nacional pela sua aposta na composta-gem caseira, promovendo como prática comum a valorização de resíduos orgânicos. Trabalho para velhos e jovens. pág. 10

Feira da Caça abre hoje em MértolaUma das principais vertentes do desenvolvi-mento económico do concelho de Mértola, o turismo cinegético está este fi m de semana em grande destaque na Vila Museu. Há 777 zonas de caça turística no Alentejo. E a aposta está cada vez mais centrada nos caçadores estran-geiros. pág. 4

Com dívidas à Assembleia Distrital que vão para além dos seis meses, as câmaras de Beja e de Ourique podem vir a sentar-se no banco dos réus. Quem o afi rma é António Sebastião, presidente da Assembleia

Distrital, que acusa Pulido Valente de “sacudir a água do capote” quanto ao estado a que chegou o Museu Regional de Beja, equipamento que deveria ser integrado no património do município bejense. O

presidente da Câmara de Almodôvar fala ainda das responsabilidades do PS e da CDU quanto à falta de decisões nas instâncias intermunicipais. E diz que a Somincor tem espoliado o seu concelho. págs. 16/17

Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.ptJO

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Esta semana editado pela Guerra & Paz, o livro 100 Anos – Guarda Nacional Republicana traz o documento ofi cial do relato da morte de Catarina Eufémia, redigido pelo comandante do posto de Baleizão. Um auto que reproduzimos em facsimile em www.diariodoalentejo.pt. Uma verdadeira paródia, não fosse público o trágico desfecho dos acontecimentos.

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A morte “ofi cial” de Catarina Eufémia

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Externato António SérgioEscola privada de Beringelé a melhor classifi cada nos rankings

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011 Editorial

DinheiroPaulo Barriga

O País está teso. O Estado está falido. As empresas estão in-

solvíveis. Os próprios bancos dizem-se descapitalizados. A bolsa está no vermelho. As famílias, as que ainda lá não estão, caminham acelerada-mente para a miséria. Não há dinheiro. Acabou-se o pi-lim. Não há guita e ponto fi-nal, diz o Governo sob o tom ruminante do ministro das Finanças. Mas falta aqui um parágrafo onde caiba a mais estúpida das perguntas: mas o dinheiro é coisa que desa-pareça como as pombinhas brancas costumam desapa-recer na cartola do Luís de Matos? O dinheiro não será antes assim como o lixo? Se não está em casa ensacado, está aos magotes nos aterros? Ou na berma de uma estrada? Ou no rego de um barranco? É que mesmo escondido ou reciclado ou até mesmo in-cinerado, o lixo nunca deixa de existir. E o dinheiro? Onde para o dinheiro? Deixou de existir, o dinheiro que falta ao País, ao Estado, às empresas e às famílias? Ou estará nal-gum aterro? Não faria muito mais sentido o Governo dos pseudo-af litos procurar a salvação nos entulhamentos de dinheiro que por aí há – todos sabemos que os há, to-dos sabemos onde estão – do que nas puídas algibeiras dos mais desgraçados? Este é um governo de garimpei-ros tontos, que sabem muito bem onde está o filão, mas que persistem no miserável garimpo dos rejeitados. Para não dar nas vistas. Existindo, o dinheiro existe sempre, es-tes hortelões que nos que-rem governar tinham apenas que cumprir o mais elemen-tar preceito agrícola: o do es-terco. Só tem bom uso se for bem estrambalhado. Se não é apenas um monte de excre-mento malcheiroso e cheio de mosquedo. É como o di-nheiro.

“Mesmo que todos os outros pagassem não resolvia nada” já que a câmara bejense “é responsável por 60 por cento dos orçamentos das instituições intermunicipais”.

Manuel Narra, presidente da Câmara de Vidigueira

José Guerreiro

59 anos, agricultorDe um modo geral acho que não tem havido grandes melho-rias. Houve uma certa expeta-tiva quando se alterou o elenco camarário mas com o tempo a evolução que se esperava não aconteceu. Vejo bastantes difi-culdades porque a situação está cada vez pior, a crise é um facto em todo o lado. No Alentejo também. Isto é uma terra di-fícil onde a vida tem sido mais difícil até do que noutros pon-tos do País, quer seja no lito-ral ou nas grandes cidades.

José Lima

37 anos, funcionário públicoEstá igual. Continuam os proble-mas, a câmara tem um problema financeiro aparentemente grave e a crise não tem ajudado, mas de qualquer forma tinha esperança que nesta altura já tivessem mu-dado para melhor e continuam na mesma. Acho que vai conti-nuar tudo igual, porque as câma-ras muitas vezes trabalham ape-nas para os votos, fazendo eventos desnecessários quando podiam utilizar as verbas, que são escas-sas, em obras que fazem mais falta e que acabam por não ser feitas.

Joaquina

59 anos, costureira Não sei. Então o País está em crise e vão fazer obras? Onde é que está o dinheiro? Acho isso muito duvidoso, vamos ver... Então agora estão a man-dar parar tudo como é que a câ-mara vai fazer? É uma exce-ção? Não sabemos o que está para vir, ainda faltam mais dois anos. Era bom para a ci-dade que a câmara fizesse.

Maria da Paz

66 anos, subchefe de escritório Acho que não está melhor, mas o executivo camarário tem feito algumas obras e nós estamos à espera que faça mais. Se calhar não faz mais porque não pode. Acho que ainda pode fazer. Se tiver dinheiro para isso... Mas se não tiver também não pode fazer milagres. O que tem feito é bonito e é bom para a cidade.

Voz do povo Acha que Beja está melhor agora do que há dois anos? Inquérito de Ângela Costa

Fotonotícia Convento de Nossa Senhora da Conceição Vivem-se dias de intranquilidade na casa de freiras onde suposta-

mente Mariana Alcoforado se deixou tomar de amores por um cavaleiro francês. E onde hoje era suposto funcionar com dignidade o Mu-

seu Regional de Beja. Propriedade da Assembleia Distrital, entidade que as autarquias parecem não levar muito a sério, o Museu degrada -

-se a cada dia que passa. A segurança dos tesouros e das obras de arte começa a ser questionada, numa instituição onde já não há sequer di-

nheiro para as fotocópias e onde os funcionários recebem os ordenados quando Deus vai querendo. PB Foto de José Ferrolho

Vice-versa“O Narra (…) ataca sempre é a Câmara de Beja. Porquê? Na Ambaal não somos o principal devedor. Por que é que só nos ataca a nós? Não ataca as outras câmaras, só ataca a Câmara de Beja”.

Jorge Pulido Valente, in “DA”

nheiro.

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011Rede social

A Europa pode estar em perigo?

Vivemos uma situação muito difí-cil, é preciso atuar rapidamente se não o projeto do euro pode estar em causa e, estando esse, está também o projeto europeu. A moeda única é um pilar fundamental na constitui-ção europeia e é urgente tomar medi-das. Acho que a medida mais urgente é a nível do processo de decisão que é muito lento e não se ajusta à escala de tempo do mercado. O tempo de deci-são, não só do Parlamento Europeu mas também de toda a estrutura da União Europeia dos 27 estados mem-bros, é lenta e desde a aprovação pela Comissão até à aplicação prática de-mora tempo porque muitas vezes as decisões precisam de retificação mas os mercados reagem em segundos.

Que futuro para a Europa fora de um

quadro federalista?

Acho que temos que dar mais poder à Comissão, fazer uma maior integra-ção, aprofundar e tornar algumas das políticas que são só responsabilidade dos estados membros em responsa-bilidades conjuntas. Uma maior co-ordenação de algumas das políticas levar-nos-á ao caminho para encon-trar uma saída.

E Portugal, pensa que a implemen-

tação das medidas do memorando

da troika é suficiente para acalmar

os mercados?

As medidas da troika vão muito no sentido de pôr as finanças públicas em ordem, diminuir o défice, estan-car a dívida e, principalmente, co-meçar a diminui-la. Agora, a par disso temos que preparar as refor-mas estruturais para o crescimento. Acho que há três pilares em que te-mos que atuar: o primeiro é o défice e o segundo a dívida, que estão já a ser tratados com as medidas da troika. Temos que fazer reformas estrutu-rais para preparar Portugal para o crescimento, e o efeito demora a sur-gir. Há aqui um terceiro pilar: temos que ser pró-ativos. Temos que uti-lizar os fundos estruturais dispo-níveis rapidamente, cerca de 15 mil milhões de euros nos próximos dois anos. Temos que os utilizar bem e ra-pidamente e em setores que ajudem o crescimento.

Concorda com as medidas que este

governo está a implementar?

Temos que tornar os nossos pro-gramas sociais sustentáveis, e como neste momento não há quem nos empreste dinheiro e nós não conse-guimos exportar mais do que aquilo que gastamos, temos que corrigir esse balanço. Ângela Costa

4 perguntasa Graça

Carvalho

Tão giros que eles ficam com os capotes da ConfrariaA Confraria dos Gastrónomos do Alentejo reuniu há dias o seu cabido geral, no Museu de Beja. A talha dourada vai-se aguentando.

A sorte de haver sol e outras sortes na Feira de CastroMilhares de pessoas desceram ao largo da Feira de Castro no passado fim de semana. Lá onde é possível encontrar de tudo.

Já que em Beja não se mexem fomos ver se Évora nos mereciaUma delegação do movimento “Beja Merece” manifestou-se este fim de semana na praça do Sertório, em Évora. Indignados.

Também haverá meninos, mas esta foi a procissão das caloirasDecorreu durante toda a semana a receção aos novos caloiros do IP Beja. E aqui vão elas já temperadas de farinha, na procissão das velas.

Virgem Suta: indo eles, indo eles a caminho do CanadáNão havia ligações do aeroporto de Beja para Toronto, mesmo assim lá foram eles sorridentes tocar umas guitarradas aos povos do Norte.

Deputada do PSD ao Parlamento Europeu

Semana passada

QUINTA-FEIRA, DIA 13

MOURA GNR PRENDE GATUNOS

Dez militares do Destacamento Territorial de Moura da GNR detiveram três indivíduos e recuperaram 11 espingardas e vários artigos roubados numa dezena de furtos qualificados. Os homens têm entre os 20 e 23 anos. Na mesma altura a GNR constituiu arguido um jovem de 19 anos. No decurso da operação foram recuperadas sete espingardas caçadeiras, três de ar comprimido e uma de ar comprimido modificado para calibre proibido a civis, que tinham sido roubadas pelos homens em furtos qualificados ocorridos em Moura, Brinches Pedrógão do Alentejo e Amieira. A GNR apreendeu ainda 104 munições de vários calibres, oito motosserras, uma televisão e várias ferramentas.

SEXTA-FEIRA, DIA 14

GRÂNDOLA CENTENAS EXIGEM REABERTURA DO CENTRO DE SAÚDE 24 HORAS POR DIA

Duas centenas de pessoas concentraram-se junto ao Centro de Saúde de Grândola para exigirem a aplicação de uma recomendação, aprovada pelo PSD e CDS/PP, para a reabertura daquela unidade de saúde 24 horas por dia.

SÁBADO, DIA 15

CASTRO VERDE DISCUSSÃO ACABA EM HOMICÍDIO

Desavenças antigas entre vizinhos estarão na origem da troca de tiros entre dois homens, no lugar de Lombador, de Santa Bárbara de Padrões, Castro Verde, do qual resultou a morte de um dos intervenientes. A vítima, de 51 anos de idade, foi atingida no abdómen e, apesar de socorrido no local pelos elementos de uma viatura médica de emergência e reanimação, não resistiu e faleceu durante o transporte de ambulância. O alegado homicida, de 46 anos, pôs-se em fuga, ferido num braço, mas acabou por se entregar à GNR de Aljustrel.

DOMINGO, DIA 16

FERREIRA MOTOCICLISTA MORRE NA N121

Um motociclista morreu em consequência de um despiste na Estrada Nacional 121, próximo de Aldeia de Ruins, no concelho de Ferreira do Alentejo. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou que prestaram socorro ao acidente dois bombeiros da corporação de Ferreira do Alentejo com uma ambulância. Nas operações de socorro esteve ainda envolvida uma viatura médica de emergência e reanimação de Beja.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 17

ODEMIRA BEBÉ DE DIAS MORRE

Uma bebé, filha de um casal residente em Odemira, morreu em casa seis dias após ter nascido, noticiou o “Diário de Notícias”. O pai acusa o Centro de Saúde de Odemira de “falta de ajuda”, uma vez que “depois de ter ido duas vezes àquela unidade, na sequência de gritos e choro da menina, além de problemas respiratórios, a bebé foi mandada para casa, mas acabou por piorar”. O centro confirmou que a criança foi assistida duas vezes “e os médicos que a observaram não consideraram que fosse necessária a sua transferência para outro hospital”. A autópsia revelou-se “inconclusiva”. De acordo com o “Diário de Notícias”, no hospital de Santigo do Cacém, onde se realizou a autópsia, “foram recolhidos vários órgãos” e enviados para o Instituto de Medicina Legal.

TERÇA-FEIRA, DIA 18

SANTIAGO MEGA SALADA DE FRUTAS

Crianças de jardins de infância e escolas do 1.º ciclo do ensino básico de Santiago do Cacém comemoraram o Dia Mundial da Alimentação com jogos, histórias, pinturas e uma mega salada de frutas. As iniciativas foram promovidas pela Câmara de Santiago do Cacém, no âmbito do projeto “Comer Bem e Crescer Melhor”, que trabalha a temática da educação e da segurança alimentar.

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sexta-feira, vai ser inaugurado o mo-numento que simboliza esta von-tade, mas que sobretudo homena-geia os caçadores e os amantes desta atividade.

Os caçadores, no entanto, este ano, não estão muito satisfeitos com o clima que se faz sentir em outubro. “As temperaturas estão muito ele-vadas. Os cães cansam-se mais fa-cilmente e há muita gente a evitar sair para a caça”, conta o presidente da FAC. A paixão, essa, é que não se desvanece. “Isto é uma cultura e uma tradição. É um prazer”, lembra Alberto Cavaco.

“O Alentejo é provavelmente a zona

com maior aptidão para a caça” “O Alentejo é uma das melhores zo-nas do País para a prática desta ativi-dade e tem muitas potencialidades”, garante o presidente da Federação Alentejana de Caçadores.

Potencialidades que também são aproveitadas pelo setor do turismo

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Na capaII Feira da Caça em Mértola começa hoje

Alentejo tem 777 zonas de caça turística

Feira da Caçacom programação

variada

A II Feira da Caça conta com uma programação vasta. Hoje, sexta-feira, tem lugar uma demonstração de caça ao coelho com cachorros, a inauguração do mo-

numento “Mértola Capital da Caça”, um colóquio e momen-tos musicais. Amanhã, sábado, decorre a 2.ª Taça Ibérica, uma montaria ao javali, uma corrida de cães galgos, uma demons-tração de caça ao coelho, uma demonstração de falcoaria, tiro aos pratos, uma prova de vinhos e animação, entre outras ati-vidades. No domingo, último dia do certame, realiza-se o 2.º Campeonato de Caça de Salto, demonstrações de cães e falco-aria e uma demonstração de caça ao coelho, entre outras. O espaço das tasquinhas será certamente um dos espaços mais concorridos e a gastronomia um dos pratos fortes do certame. A Feira da Caça conta com a presença de cerca de 60 exposito-res e a organização espera que o espaço seja visitado por mi-lhares de visitantes.

Bruna Soares

A caça arrasta centenas de amantes e no Alentejo é uma atividade enraizada. As con-

dições de excelência da região são uma das razões; no entanto, a tradi-ção, no que à caça diz respeito, tam-bém se vai mantendo, embora, de acordo com Alberto Cavaco, presi-dente da Federação Alentejana de Caçadores (FAC), “as gerações mais novas não sejam tão caçadoras como as de antigamente”.

Em Mértola, este fim de semana, porém, vão cruzar-se várias gerações naquele que é o grande certame di-recionado para o setor da caça na re-gião. “Apesar de a sua primeira edi-ção ter tido lugar apenas em 2010, a Feira da Caça é já considerada como uma das melhores organizações deste tipo a nível nacional”, considera a Câmara Municipal de Mértola, or-ganizadora do evento.

Mértola, na verdade, designa--se como a “Capital da Caça” e Jorge Rosa, presidente da autarquia, ex-plica: “Vários caçadores, nacionais e estrangeiros, elegem esta região como a melhor do País. Somos um concelho de referência para esta prá-tica e achámos bastante interessante este conceito, que nos permite afir-mar esta reconhecida importância”.

São cada vez mais os caçadores que procuram Mértola e, segundo o autarca, “a tipologia do terreno, até pela sua dificuldade, atrai vários inte-ressados, que encontram em Mértola as condições ideais para realizar as suas caçadas”.

“Era importante realçar estas ca-racterísticas tão próprias deste ter-ritório e despertar a atenção ainda de mais gente. Somos reconhecidos e temos também conhecimento so-bre esta área e quisemos evidenciar a nossa excelência, no que à ativi-dade cinegética diz respeito”, afirma Jorge Rosa, lembrando que hoje,

“É ainda preciso realçar os empregos diretos e indiretos que esta atividade gera, uma vez que são necessários gestores de caça, guardas, secretários, batedores, matilheiros, trabalhadores rurais, entre outros”.

cinegético. “Existe um bom aprovei-tamento no que diz respeito ao mer-cado interno. Acontece que a maio-ria das zonas de caça turística não está a fazer promoção para o mer-cado externo”, afirma Ana Palma, da Turismo do Alentejo (ERT).

“Mértola é o exemplo de um con-celho onde existe um bom aprovei-tamento deste setor, mas é também preciso realçar que só as zonas de caça turística é que podem vender o produto”, conta a técnica da ERT. E acrescenta: “O Alentejo é prova-velmente a zona com maior aptidão para a caça e esta pode ser, para além do que já representa, uma atividade com bastante peso para o desenvol-vimento da região, até porque não se pode esquecer que o cliente da caça, normalmente, tem uma boa dispo-nibilidade financeira, embora já se note que, neste momento, até as pes-soas com bastante dinheiro se estão a conter”.

Um cliente de caça estrangeiro, por exemplo, segundo Ana Palma, “necessita, mesmo que só queira ca-çar por um dia, de tirar a licença anual, bem como fazer um seguro também anual. A isto juntam-se as dormidas, os almoços e jantares, as peças de caça, entre outros”.

De acordo com dados de março de 2011, a partir de informação da Autoridade Florestal Nacional, “exis-tem 777 zonas de caça turística no Alentejo”, o que representa uma área ocupada de “890 773 hectares”. A área média das zonas de caça turís-tica é de cerca de “1 262 hectares”.

“É ainda preciso realçar os em-pregos diretos e indiretos que esta atividade gera, uma vez que são ne-cessários gestores de caça, guardas, secretários, batedores, matilheiros, trabalhadores rurais, taxidermistas e ainda o comércio (espingardarias, que existem em muitas localidades da região)”, diz Ana Palma.

Mértola, este fim de semana, de-dica toda a sua atenção a esta ativi-dade e para a autarquia, “mais do que uma mostra de produtos e de empre-sas, a Feira da Caça desempenha, em termos particulares, um papel pri-mordial na promoção dos recursos cinegéticos do concelho”.

É a caça a dinamizar o tecido eco-nómico local e a atrair turistas para o concelho e, consequentemente, para a região.

O turismo cinegético já contribui há algum tempo para o desen-volvimento da região. O Alentejo é uma zona de excelência para a prática da caça e Mértola é um dos concelhos que está apos-tado nesta atividade, até porque as condições do seu território já são reconhecidas a nível nacional e internacional. Segundo da-dos apurados em março de 2011, “o Alentejo conta com 777 zonas de caça turística” e o objetivo agora é apostar na promoção ex-terna, para captar a atenção de caçadores estrangeiros. Mértola volta a promover o seu território a partir de hoje, sexta-feira, com a II Feira da Caça.

Texto Bruna Soares

Vários caçadores, nacionais e estrangeiros, elegem

esta região como a melhor do País. Somos um

concelho de referência para esta prática.”

Jorge Rosa❝ é o número de expositores que vão marcar

presença na II edição da Feira da Caça,

que começa hoje, sexta-feira, em Mértola.58

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Rankings ordenam escolas com base nos resultados dos exames nacionais

Externato é o melhor posicionadoe Santiago Maior a que mais subiu

O Externato António Sérgio, de Beringel, é a escola do ensino básico (até ao 9.º ano) do con-celho de Beja melhor classifi-cada nos rankings dos jornais “Expresso” e “Público”, divul-gados recentemente. A Escola Básica Integrada de Santiago Maior foi o estabelecimento de ensino que mais lugares subiu nas duas listagens e a Escola Básica Integrada Mário Beirão a que mais desceu.

Texto Nélia Pedrosa

Rankings divulgados re-centemente pelos jornais “Expresso” e “Público”,

elaborados com base nos resul-tados da primeira fase dos exa-mes nacionais do ensino básico e secundário (e tendo como cri-térios o número de provas ou as médias das disciplinas mais con-corridas), apontam o Externato António Sérgio, de Beringel, como

o melhor posicionado entre as seis escolas com ensino básico (até ao 9.º ano) do concelho de Beja. No “Público”, num total de 1 238 es-colas, o Externato aparece em 122.º lugar (em 2010 era 449.º). No ranking do “Expresso”, que con-tabiliza 1 291 estabelecimento de ensino, fica em 91.º (em 2010 es-tava em 276.º).

Ainda em relação ao en-sino até ao 9.º ano, logo a seguir ao Externato, quer num ranking quer noutro, embora em posi-ções diferentes, aparece a Escola Secundária com 3.º Ciclo Diogo de Gouveia (159.º no “Público” e 171.º no “Expresso”), subindo mais de 250 posições. A Escola Secundária com 3.º Ciclo D. Manuel I é a ter-ceira melhor posicionada no con-celho embora tenha descido da 127.ª para a 419.ª posição, segundo o “Público”, e da 110.ª para a 387.º, de acordo com o “Expresso”.

Em quarto situa-se a Escola Básica Integrada de Santiago

Maior, o estabelecimento de en-sino que mais lugares subiu nos dois rankings – de 1 047.º para 652.º (“Público) e de 958.º para 700.º (“Expresso”). A Escola Básica Integrada de Santa Maria surge em quinto, no conjunto das seis escolas, passando de 1 234.º para 918.º lugar, na lista do “Público”, e de 1 106.º para 976.º lugar, no ranking do “Expresso”. Por fim, a Escola Básica Integrada Mário Beirão, que em 2010 se situava acima do meio das tabelas, apa-rece agora em 1 067.º (“Público”) e 1 086.º (“Expresso”).

Com resultados também menos satisfatórios surgem as duas esco-las secundárias. A Diogo de Gouveia, que no ano passado se situava, se-gundo os dois rankings, em 58.º e 62.º, surge agora em 182.º (“Público”) e 153.º (“Expresso”), num total de 609 estabelecimentos de ensino. Também a D. Manuel I desceu de posições, en-contrando-se no 255.º e 251.º lugares (em 616 escolas).

Em declarações ao “Diário do Alentejo”, o diretor do Agrupamento de Escolas de Santiago Maior, adian-tou que os resultados “ainda não fo-ram analisados nos órgãos pró-prios [da escola]”, mas admite que “são animadores”, embora ressalve que “os rankings valem o que va-lem”: “Não os podemos ignorar, mas também não os podemos valorizar, quando subimos ou quando desce-mos”, diz.

A significativa subida de lu-gares – quase 400 no ranking do “Público” e mais de 250 na tabela do “Expresso” – poderá ser fruto, diz Joaquim Cabecinha, do trabalho que a escola tem vindo a desenvol-ver, em articulação com as famílias, no sentido de motivar os jovens alu-nos. “Muitos dos alunos do nosso agrupamento, com perspetivas de prosseguimento de estudos, aca-bam por procurar as escolas secun-dárias na mudança do 2.º para o 3.º ciclo, de modo que dos que ficam cá a grande maioria não tem no seu

horizonte um ensino superior. São jovens muito mais difíceis de moti-var, de trabalhar, e o que temos pe-dido aos docentes é rigor, exigência, trabalho, esse tem sido o lema da di-reção. No ano passado fizemos uma reunião com os encarregados de educação, inclusive do primeiro ci-clo, e mostrámos-lhes os resultados dos exames da escola e pedimos-lhes que colaborassem connosco, porque a articulação entre a escola e a família é fundamental. Parece que resultou”.

Maria Dulce Alves, diretora do Agrupamento de Escolas de Mário Beirão adiantou, por sua vez, que a direção está a analisar os da-dos pelo que ainda não é possí-vel fazer qualquer comentário. O “Diário do Alentejo” tentou ainda obter reações junto das direções do Externato António Sérgio e das escolas secundárias Diogo de Gouveia e D. Manuel I mas tal não foi possível até ao fecho da pre-sente edição.

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Externato António Sérgio Escola Sec. c/ 3.º Ciclo Diogo de Gouveia Escola Sec. c/ 3.º Ciclo D. Manuel I

Externato António Sérgio 449 122Escola Sec. c/ 3.º Ciclo Diogo de Gouveia 441 159 58 182Escola Sec. c/ 3.º Ciclo D. Manuel I 127 419 201 255Escola Básica Integrada Santiago Maior 1 047 652 Escola Básica Integrada Santa Maria 1 234 918 Escola Básica Integrada Mário Beirão 479 1 067

ENSINO BÁSICO 2010 2011

ENSINO SECUNDÁRIO 2010 2011

Externato António Sérgio 276 91Escola Sec. c/ 3.º Ciclo Diogo de Gouveia 414 171 62 153Escola Sec. c/ 3.º Ciclo D. Manuel I 110 387 199 251Escola Básica Integrada Santiago Maior 958 700 Escola Básica Integrada Santa Maria 1 106 976 Escola Básica Integrada Mário Beirão 415 1 086

ENSINO BÁSICO 2010 2011

ENSINO SECUNDÁRIO 2010 2011

Escola Básica Integrada de Santiago Maior Escola Básica Integrada de Santa Maria Escola Básica Integrada Mário Beirão

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JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA.Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 [email protected]

Já é proprietário de uma albergaria nesta zona. O que o

leva a investir numa segunda unidade, de maior dimen-

são, justamente em tempos de contenção de custos?

É o facto de haver uma perspetiva de desenvolvimento turístico nesta região. Acaba por ser um risco elevado o facto de estarmos a investir numa altura destas, mas já estamos aqui há 10 anos e não temos tido, até à data, razão de queixa em termos de movimento, em termos de procura. O investimento ronda 1,5 milhões de eu-ros. Trata-se de um empreendimento com cerca de dois mil metros quadrados de área de construção; não temos ainda a contas fechadas mas a tendência é sempre para subir mais qualquer coisa.

Em que fase de construção é que se encontra o

novo hotel e quando se prevê que possa entrar em

funcionamento?

Tudo apontava para que, até ao final do ano, tivéssemos a obra concluída. Estamos um bocadinho atrasados mas va-mos tentar ver se até ao final do ano ainda conseguimos. A entrada de funcionamento será sempre em 2012. Seria bom que fosse logo em janeiro mas não sei, vamos ver.

Que condições é que oferece este novo hotel?

É um edifício constituído por três pisos. No piso de cima, temos quartos duplos, 14. Depois, temos um piso inter-médio, constituído por duas suites e seis apartamentos, o que totaliza 22 quartos. No piso inferior, temos a rece-ção, uma sala multiusos para eventos, com cerca de 600 metros quadrados e capacidade para cerca de 400 pes-soas. Para além disto, temos também uma sala de estar e outra, mais pequena, para reuniões.

Qual será o público-alvo desta unidade hoteleira?

Não estamos canalizados para um determinado tipo es-pecífico de cliente, apesar de estarem previstos preços mais elevados do que na albergaria, uma vez que aqui as condições são melhores. As duas unidades ficam sepa-radas por 100 metros e a meio temos uma piscina. Todo o empreendimento está inserido numa propriedade com 3,5 hectares. Ao fim e ao cabo é uma ampliação: os edifícios estão separados fisicamente mas vão funcio-nar como um só.

Ao todo, quantos postos de trabalho estão previstos?

Numa fase inicial, não vamos empregar aqui muito mais pessoas, talvez mais duas ou três. Neste momento, te-mos oito. Tudo vai depender do movimento. Seria bom sinal se tivéssemos que reforçar significativamente o pessoal.

Carla Ferreira

Empresário investe 1,5 milhões de euros num novo hotel de três estrelas na zona da barragem de Odivelas

Francisco Gato MaiaProprietário do hotel “O Gato”, de três estrelas, que deverá abrir portas em 2012, na freguesia de Odivelas, Ferreira do Alentejo

Em resposta à af irmação de António Sebastião de que há direitos que têm sido sone-

gados e roubados ao concelho de Almodôvar em relação à derrama da Somincor, o presidente da Câmara de Castro Verde afirma não saber do que se fala. Para Francisco Duarte, tendo em conta a legislação em vi-gor, “não há roubos ou desvios”. “A Câmara de Almodôvar tem uma ação contra a administração tribu-tária e eu não conheço os pormeno-res dessa ação. Quando ela for jul-gada, saber-se-á se houve algum erro ou alguma interpretação me-nos correta da administração tribu-tária sobre essa matéria. Mas o ape-lidar de roubo não me parece muito correto”.

O objeto de disputa entre os dois concelhos é a derrama, o imposto pago pela Somincor. Em relação a este assunto, a responsável de comu-nicação da empresa, Lígia Várzea, refere que não há muito a dizer. “Isso é um imposto, uma obrigação legal que a empresa tem perante o

Francisco Duarte sobre a derrama da Somincor

“Não há roubos ou desvios”A propósito da pretensão da autarquia de Almodôvar em receber parte da derrama da Somincor, o presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, Francisco Duarte, considera ser perfeitamente legítimo que a au-tarquia vizinha procure resolver o que considera ser um problema. No entanto, Francisco Duarte salvaguarda a posição da câmara através da legislação existente. “A legislação que existe é clara nesta maté-ria: a derrama é paga em função dos estabelecimentos fixos e, no caso concreto da Somincor, o estabelecimento fixo situa-se no concelho de Castro Verde”. O autarca sublinha que, independentemente da legitimi-dade de Almodôvar, a derrama não pode ser repartida, de acordo com a atual lei.

Texto Marco Monteiro Cândido

governo português. Quanto a isso, a empresa não se pronuncia”. Segundo Lígia Várzea, a Somincor limita-se a cumprir a legislação em vigor, não tendo “qualquer posição” em relação ao pretendido pela Câmara Municipal de Almodôvar. “A autar-quia tem todo o direito de se pronun-ciar, mas isto é a legislação”.

A representante da Somincor afirma que a empresa aguarda o re-sultado da ação que decorre em tribu-nal, mas sublinha que trata-se de um assunto entre a autarquia e o Governo. “Nós cumprimos as nossas obrigações, a forma como depois é distribuído, já não temos nada a ver com isso. Nós pa-gamos a derrama ao governo central e o central é que depois faz a distribui-ção segundo a lei em vigor”.

António Sebastião apontou a falta de solidariedade entre concelhos para o desenvolvimento de uma região a propósito da derrama da Somincor, que deveria ser repartida entre Castro Verde e Almodôvar. Francisco Duarte considera que esta questão da der-rama não se trata de um caso de so-lidariedade. Para o presidente da Câmara de Castro Verde, há que ser solidário para o futuro que aí vem. “Solidariedade é reivindicarmos que haja uma lei das finanças locais que permita aos municípios manter a sua autonomia, que está seriamente ame-açada pelas previsões já anunciadas pelo atual governo. Aí sim, nós ma-nifestamos e gostaríamos que hou-vesse unanimidade de todos os mu-nicípios para combater as pretensões que constituem uma séria ameaça ao poder local”.

As comissões de utentes do concelho de Santiago do Cacém realizam na próxima segunda-feira,

dia 24, pelas 19 horas, junto à extensão de saúde de São Francisco da Serra, uma concentração

“pela reabertura das extensões de saúde que encerraram no concelho (São Bartolomeu, Deixa-

-o-Resto e São Francisco) e pela defesa do Serviço Nacional de Saúde”. A concentração conta

com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e das juntas de freguesia.

Santiago exige reabertura

de extensões de saúde

A Câmara de Almodôvar tem uma ação contra a administração tributária (...) Quando ela for julgada, saber --se-á se houve algum erro (...) Mas o apelidar de roubo não me parece muito correto

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As previsões meteorológicas apon-tam para o regresso da chuva já ama-nhã, sábado, a todo o país e também ao Alentejo. É uma notícia que agrada, sobretudo, aos agricultores, já que a chuva está arredada dos campos alentejanos desde o passado dia 1 de setembro.

Texto Carlos Júlio Ilustração Susa Monteiro

“Aqui na Margem Esquerda esse foi o último dia em que choveu e a chuva que caíu não foi bené-

fica para o olival. Fez nascer muita mosca e, em conjunto com as altas temperatu-ras, fez com que a doença se espalhasse pe-los olivais de sequeiro, fazendo diminuir a produção de azeitona”, diz ao “Diário do Alentejo” Sebastião Rodrigues, da Associação de Agricultores do Concelho de Serpa.

Para este dirigente associativo, “a falta de água está também a comprometer as sementeiras, uma vez que os agricultores têm medo de meter a semente à terra que

está muito dura. E sem água as sementes também não vão germinar”.

“As pastagens estão secas, embora as re-servas de água, aqui no concelho, ainda sejam elevadas, não existindo quaisquer problemas com as culturas regadas ou com o abebera-mento do gado”, acrescenta.

“Se começar a chover já este fim de se-mana, como apontam as previsões, isso vai ajudar -nos, seja ao nível das pastagens, seja das sementeiras. Caso contrário, a situação atual poderá agravar-se”, refere Sebastião Rodrigues.

Por seu lado, Miguel Madeira, agricul-tor na zona de Mértola e dirigente da ACOS (Associação de Criadores de Ovinos do Sul), desdramatiza a situação.

“Neste momento ainda não se está a viver uma situação muito complicada. Temos que perceber o clima em que vivemos e aqui no Alentejo temos um clima mediterrânico que é assim mesmo, em que, por vezes, existem outonos com temperaturas elevadas e me-nos chuvosos. É o que se está a passar, mas não é nada de excecional para o nosso tipo de clima”, sublinha.

Miguel Madeira acrescenta que “a falta de chuva e o calor elevado estão a fazer com que haja algum atraso nas sementeiras e que as pastagens só apareçam mais tarde, mas ape-nas isso. A questão mais complicada, e que tem obrigado os agricultores a um maior es-forço financeiro, tem sido a necessidade de darem suplementos alimentares aos animais, uma vez que as pastagens estão muito empo-brecidas, devido à falta de chuva”.

Nas culturas regadas, o calor tem obrigado também a um maior gasto de água, mas se a chuva regressar dentro de dias, como se prevê, “haverá condições para as sementeiras e para a renovação das pastagens. O que se está a pas-sar agora não é nada de anormal para o nosso clima”, reforça Miguel Madeira.

Depois de um mês de setembro muito seco, o mês de outubro tem sido o mais quente desde há 70 anos. Segundo o Instituto de Metorologia foram ultrapassados este mês os máximos históricos em 11 estações de medi-ção e nos primeiros 10 dias do mês registada uma temperatura média 4,4ºC acima do nor-mal. No Porto, com uma temperatura média de 21,8ºC, o desvio chegou a 6,2ºC.

Não chove desde o início de setembro

Calor atrasa sementeiras

Moura é o concelho da região que apresenta maior percentagem de população cigana no seu territó-

rio. Os dados resultam de um estudo efe-tuado pelo Grupo de Trabalho de Minorias Étnicas da Plataforma Supra Concelhia do Baixo Alentejo, em colaboração com esta-giários do núcleo de Beja de Serviço Social do Instituto Politécnico de Beja.

Segundo o jornal “A Planície”, Moura conta com a maior percentagem de presença de ciganos no seu território, “35,4 por cento”. Segue-se Beja com “27,9 por cento” e Serpa

com “14,9 por cento”. O objetivo foi identificar e caracterizar um

conjunto de indicadores integrados sobre a po-pulação de etnia cigana no Baixo Alentejo, tendo por base a identificação de todos os agregados familiares de etnia cigana em processo familiar, ou seja, com processos de acompanhamento.

Os responsáveis pelo projeto conside-ram, no entanto, que tendo em conta que a base de identificação foi os agregados fami-liares em processo familiar, que os dados ob-tidos podem não refletir a realidade existente no distrito, mas que constituem, contudo, um

primeiro retrato do distrito. O estudo poderá ainda ser aprofundado.

A caracterização permitiu averiguar “a existência de cerca de 438 agregados familia-res no distrito de Beja (2 048 indivíduos de et-nia cigana). Em termos demográficos conclui-se que a população masculina (52,1 por cento) está em maior número que a população femi-nina (47, 9 por cento).

Constatou-se ainda que a população ci-gana do distrito de Beja é essencialmente jo-vem. Cerca de 58,9 por cento da população si-tua-se entre os zero e os 19 anos de idade.

Há 438 agregados familiares no distrito de Beja

Ciganos preferem Moura

Juntas de Beja de luto pela extinção Juntas de freguesia do distrito de Beja vão ao

longo dos próximos dias hastear bandeiras

negras e colocar faixas nas suas sedes por

“repúdio pela extinção de freguesias”

prevista na reforma da administração local.

“Estamos frontalmente contra a extinção

ou aglomeração de qualquer freguesia,

a não ser por vontade própria dos seus

órgãos e das suas populações”, justificou o

coordenador distrital de Beja da Associação

Nacional de Freguesias, Álvaro Nobre.

PCP exige “desenvolvimento pleno” do aeroporto O grupo parlamentar do PCP exigiu esta

semana, na sequência de uma visita do

deputado João Ramos ao aeroporto de

Beja, o “desenvolvimento pleno” de todas

as valências da infraestrutura aeronáutica.

A ANA – Aeroportos de Portugal “deverá

continuar o esforço no sentido de potenciar

a vertente de manutenção que o aeroporto

deve ter associada”, refere o PCP, adiantando

que, no que toca às vertentes de transporte de

carga e de passageiros, estas “encontram-se

limitadas pela falta de desenvolvimento que

houve noutros projetos de âmbito regional”.

Autarcas contra desativação da linha Beja/FuncheiraO movimento “Beja Merece” e os presidentes

das câmaras de Castro Verde e Ourique

repudiaram esta semana a prevista

desativação da linha ferroviária entre Beja e

Funcheira, que assegura a ligação ao Algarve.

Para Francisco Duarte (Castro Verde), a

concretizar-se, esta medida será “mais um

contributo decisivo para a desertificação

humana da região e a quebra da qualidade de

vida das populações”. Na mesma linha, Pedro

do Carmo (Ourique) considera tratar-se de

“mais uma machadada grave na mobilidade

das populações”, que irá contribuir para “a

desertificação e o abandono do interior”.

Grândola celebra dia do concelho Outubro é mês de comemorações em

Grândola. Amanhã, sábado, assinala-se o

dia do concelho, com um programa que tem

início pelas 10 e 30 horas e que contempla uma

cerimónia do hastear da bandeira, nos paços

do concelho, uma sessão solene comemorativa

dos 467 anos da atribuição do foral de

Grândola, bem como a entrega de medalhas de

mérito municipal. Hoje ainda, é inaugurada

na biblioteca municipal, pelas 18 e 30 horas, a

exposição “História Arqueológica de Grândola

– Vestígios e Artefactos” e, pelas 21 e 30

horas, no Cine-Granadeiro, sobe ao palco o

espetáculo de teatro “As peúgas de Einstein”.

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A 22 de setembro passado, o corpo de Lars Bo Rasmussen, dinamarquês de 68 anos, foi encontrado já sem

vida no palacete da sua herdade, na Torre Vã, Panoias, no concelho de Ourique. Foi o caseiro da propriedade que encontrou o corpo do dinamarquês, pendurado numa corda, com uma toalha vermelha a envol-ver-lhe a cabeça e completamente despido.

A morte de Lars Rasmussen, assumida inicialmente pelas autoridades como um suicídio através de enforcamento, conheceu uma série de erros de procedimento. A casa não foi selada, o delegado de saúde não se di-rigiu ao local para declarar a morte, o corpo foi retirado pelos bombeiros com a presença da Guarda Nacional Republicana e partiu--se do pressuposto que seria um suicídio.

Lars Bo Rasmussen pretendia transfor-mar a herdade da Torre Vã, o local onde foi encontrado morto, num edifício de turismo em espaço rural intitulado “Hotel Rural Torre Vã”. Homem culto e de posses, antigo funcionário da Comissão Europeia e adepto de xadrez, participando frequentemente em torneios, havia casado há pouco tempo com uma jovem brasileira de 24 anos.

Apesar do corpo ter sido encontrado a 22 de setembro, a morte já havia acontecido há alguns dias, dado o estado de decomposição do corpo. A autópsia ao dinamarquês ape-nas foi efetuada no início de outubro, tendo sido cremado no próprio dia. O caso está a ser investigado neste momento pela Polícia Judiciária de Faro. Quanto à viúva, Micheli Rasmussen, saiu de Portugal.

Judiciária investiga em Panoias

Suicídio de dinamarquês

Um homem de 28 anos foi detido em Sevilha (Espanha) como presumí-vel autor do homicídio de dois ho-

mens e uma mulher búlgaros ocorrido em Aljustrel, em dezembro de 2010, anunciou a Polícia Judiciária.

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) anuncia a detenção do suspeito, explicando que o homem está “preso à ordem dos juí-zos de instrução criminal da Audiência Nacional, em Madrid, a fim de ser extradi-tado para Portugal”.

O homem foi identificado pela Directoria do Sul da PJ como presumível autor do tri-plo homicídio dos búlgaros, acabando por ser detido no passado dia 10, “com base num mandado de detenção europeu”.

As vítimas, recorda a força policial, “fo-ram atraídas”, em dezembro de 2010, para um “sítio ermo” do concelho de Aljustrel para a “realização de um negócio de com-pra de cobre”.

“Quando ali chegaram” as vítimas foram “emboscadas a tiro” e assassinadas.

Os corpos dos búlgaros, um casal e outro

homem, oriundos da zona de Palmela, fo-ram encontrados no dia 18 de dezembro de 2010 junto a uma carrinha no Monte Valverde, um local ermo na freguesia de Rio de Moinhos (Aljustrel).

Na altura, um amigo dos três búlgaros, Vladimir Yurukov, admitiu que as vítimas andavam com algum dinheiro dos negócios de sucata, mas disse desconhecer os moti-vos que os teriam levado ao Alentejo, numa carrinha propriedade do dono de uma suca-teira de Pinhal Novo.

O cadáver de um dos homens, Yasen Charakchiev, de 39 anos, foi trasladado no início de janeiro deste ano para o país de origem, onde a família realizou o funeral.

Já os corpos do casal também assassi-nado, Vasil Pavlov, de 55 anos, e Sashka Ingiliyska, de 50 anos, foram cremados e as cinzas trasladadas no mesmo mês para a Bulgária, onde decorreram os funerais.

As autópsias realizadas nos serviços de Medicina Legal em Beja confirmaram que se tratou de um triplo homicídio por arma de fogo.

Detido em Espanha suposto homicida

Morte de búlgaros em Aljustrel

Torre Vã

Lars Rasmussen pretendia transformar

o edifício num hotel rural

A febre do cobre

O “Diário do Alentejo” deu especial destaque a este crime em janeiro

DR

O edifício da Câmara Municipal de Cuba foi esta quarta-feira, 19, alvo de uma aparente tentativa de assalto, segundo

confirmou ao “Diário do Alentejo” o vice-pre-sidente do executivo, Carlos Almeida. “Logo às 9 da manhã, quando os funcionários da secção de Contabilidade chegaram ao gabinete aperce-beram-se de que as gavetas e as secretárias esta-vam revolvidas mas, até ao momento, não nos demos conta do desaparecimento de nenhum bem ou valor, até porque aqui não se guarda

dinheiro”, explicou. A entrada nesta secção do piso térreo foi feita, sem arrombamento, por uma das janelas laterais mas os presumíveis assaltantes parecem não ter ido mais além. “A porta que dá para o interior do edifício é muito forte” e não revela sinais de ter sido violada, acrescenta Carlos Almeida. A ocorrência já foi denunciada às autoridades que fizeram o levan-tamento de impressões digitais logo na manhã de quarta-feira. No mesmo dia, um dos restau-rantes da vila foi também assaltado.

Câmara de Cuba

Assalto falhado

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O Ministério da Agricultura do Mar, do

Ambiente e do Território recusa suspen-

der ou reabrir o processo relativo ao Plano

de Ordenamento do Sudoeste Alentejano e

Costa Vicentina. E agora?

Perante a situação conhecida e prepotente do governo anterior, seguida pelo atual, os municípios da área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina reu-niram-se e concluíram que teriam de recor-rer aos tribunais para ver reconhecidos os seus argumentos. Não baixaremos os braços.

Os autarcas consideram que este plano de

ordenamento não serve os interesses das

populações locais. Depois do Ministério

ter fechado esta oportunidade de entendi-

mento como vai reivindicar o que considera

justo para o seu concelho?

O processo de revisão do Plano do Parque de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina so-licitado pelos municípios não teve conse-quências práticas, tendo-se dado sequência à via judicial com a entrada de um processo de impugnação do Plano do Parque Natural no Supremo Tribunal Administrativo de Lisboa no passado dia 19 de setembro, como forma de dar sequência ao reconhecimento das justas reivindicações dos municípios e das populações locais.

O que é que o preocupa mais em todo este

processo?

A prepotência de um Estado com “mão de ferro”! A descriminação negativa a que têm sido sujeitas as populações do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, desde a cria-ção da área de Paisagem Protegida até aos nossos dias com o Parque Natural do Sudoeste Alentejano, não é aceitável. Esta região nunca viu qualquer investimento público do estado central ser conside-rado prioritário. Desde as acessibilidades, com o adiamento sucessivo do IC4-Sines --Lagos, passando pelas restrições nas ativi-dades da pesca até à ausência de valorização e promoção turística/ambiental, a região tem sido esquecida pelo estado central, in-cluindo a óbvia e justa revindicação dos au-tarcas e populações locais para que a região fosse alvo de um plano de investimentos pú-blicos financiados pelo QREN. O que nunca foi reconhecido.

Bruna Soares

“Esta região nunca viu qualquer investimento público prioritário”

José Alberto GuerreiroPresidente da Câmara Municipal de Odemira

Segundo a enfermeira Luísa Águas, umas das três conselheiras em aleita-mento da unidade – juntamente com

as enfermeiras Ana Felisberto e Cândida Santos –, este tipo de atendimento a grávidas e mães vinha sendo feito nos consultórios, “um espaço em que toda a gente pode entrar”, o que não era a situação ideal. “Estávamos constantemente a ser interrompidos e há mães que não têm problema em estarem des-pidas mas há outras que não se sentem à von-tade. Achámos que para melhorar a quali-dade dos nossos cuidados teríamos que ter um espaço físico, não tão exposto, onde pu-déssemos falar com essas mães”, esclarece a enfermeira, adiantando que o mesmo visa a “promoção do aleitamento materno, de forma a contribuir para a redução da per-centagem de abandono da amamentação”. É que para além das estatísticas que situam o Alentejo no último lugar no que diz res-peito ao aleitamento materno, dados resul-

tantes de um questionário aplicado na USF Alfabeja às mães que amamentaram até aos seis meses indica “uma percentagem muito baixinha de mães a amamentar em exclu-sivo”. “Verificamos que fazem a amamenta-ção mista, dão mama mas também dão leite de fórmula”, explica.

A existência do cantinho da amamentação, diz Luísa Águas, vai permitir também agen-dar ações de formação destinadas “a todas as grávidas e mães que já iniciaram a amamen-tação”, para “dar resposta a todas as dúvidas” e mostrar as vantagens da mesma tanto para o bebé como para a mãe. Atualmente, as dúvi-das mais frequentes, que levam à procura dos serviços das conselheiras da Alfabeja, dizem respeito “à recolha do leite e sua conservação – como deve ser feita e que tipo de bombas existe, e também a problemas como mastites ou fissuras dos mamilos”.

Ainda no âmbito da estratégia de promo-ção do aleitamento materno, Luísa Águas

considera fundamental a implementação em Beja da linha SOS Amamentação, que permi-tiria abranger “ainda mais grávidas e mães” na região, para além de permitir formar con-selheiras em amamentação (que não neces-sitam de ser profissionais de saúde), uma vez que atualmente essa formação é feita em Lisboa. “Temos que ter um número mínimo de pessoas interessadas em serem conse-lheiras para avançarmos em Beja com a SOS Amamentação e ainda não foi possível reu-nir esse número”, diz.

Apesar das estatísticas não muito anima-doras, Luísa Águas acredita “que as coisas vão melhorar”. “Felizmente agora já temos muitas mães que amamentam. Creio que este ano va-mos ter números bem melhores do que no ano passado”, diz, ao mesmo tempo que deixa um apelo: “Antes de desistirem procurem-nos, so-licitem ajuda, porque todas as mães são capa-zes de amamentar”. O cantinho está aberto de segunda a sexta-feira.

Alentejo tem a taxa mais baixa do País

Aleitamento materno

A necessidade de melhorar os cuidados prestados ao nível do aleitamento ma-terno e os dados estatísticos que apon-tam o Alentejo como sendo a região do País com a taxa de amamentação mais baixa levaram a Unidade de Saúde Familiar (USF) Alfabeja (novo centro de saúde junto ao Hospital) a criar o can-tinho da amamentação, o primeiro da cidade, inaugurado há pouco mais de duas semanas.

Texto Nélia Pedrosa

Ilustração Susa Monteiro

Mário Barreto é o novo comandante

BA11 celebra 47 anos

A Base Aérea n.º 11 (BA11) de Beja cele-bra hoje, sexta-feira, 47 anos e recebe como novo comandante o coronel pi-

loto-aviador Mário Barreto, sucedendo ao co-ronel piloto-aviador Barros Ferreira, que co-mandou a unidade nos últimos dois anos. A transferência de comando, a partir das 11 e 30 horas, integra-se na cerimónia de comemo-

ração anual do Dia da Unidade, que será pre-sidida pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general José Pinheiro. Além da “passa-gem de testemunho” do comando, a cerimó-nia, que começa às 7 e 30 horas, inclui, entre outras iniciativas, uma missa, imposição de condecorações e um desfile das forças em pa-rada e de meios aéreos da BA11.

A base foi criada em 1964 para corres-ponder aos acordos bilaterais entre o Estado Português e a então República Federal da Alemanha, para “proporcionar facilidades de treino operacional” para a Força Aérea Alemã, que ocupou a unidade militar até 1993. Após a saída dos alemães, a Força Aérea Portuguesa passou a gerir a BA11.

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Inaugurado em 2009, o Centro de Educação Ambiental dos Gasparões (CEAG), em Ferreira do Alentejo, foi um dos 10 proje-tos nacionais a quem a Clínica da Educação reconheceu o mérito na gala anual “Sorrir na Educação”, realizada há dias em Lisboa. A promoção da “valorização de re-síduos orgânicos como uma prá-tica comum, com o envolvimento desde os mais jovens aos idosos”, foi um argumento de peso nesta distinção, justifica Rita Paiva, a coordenadora.

Texto Carla Ferreira

A Clínica de Educação, institui-ção especializada em serviços de apoio a crianças com difi-

culdades de aprendizagem e suas famí-lias, distinguiu recentemente o Centro de Educação Ambiental dos Gasparões (CEAG), em Ferreira do Alentejo, com um reconhecimento de mérito. O galar-dão foi entregue no último dia 11, no âm-bito da gala anual “Sorrir na Educação”, que decorreu no Teatro São Luiz, em Lisboa, e é a parte visível de um projeto de responsabilidade social homónimo. O CEAG, inaugurado em 2009 como uma das várias medidas do programa do município local Ferreira Sustentável foi um dos 10 projetos reconhecidos, “por ter como desafio mudar o compor-tamento de várias gerações e introduzir o método de valorização de resíduos or-gânicos como uma prática comum, com o envolvimento desde os mais jovens aos idosos”, justifica Rita Paiva, a coordena-dora.

A Clínica da Educação encontrou o projeto alentejano através da Bolsa de Valores Sociais, na qual está cotado. Aqui, ao replicar-se o funcionamento da Bolsa de Valores, facilita-se o encon-tro entre organizações da sociedade ci-vil e os chamados investidores sociais, dispostos a apoiar as instituições atra-vés da compra das suas ações sociais. Tendo começado a sua atividade como ecocentro de compostagem caseira (foi uma das 16 candidaturas aprovadas pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu), apostado em pro-mover a recolha seletiva de resíduos, a sua valorização orgânica e a redução do depósito em aterro, o CEAG permitiu também, desde logo, reabilitar uma an-tiga escola primária, edifício cujo futuro mais provável seria o do encerramento e

inevitável degradação. O projeto financiado, uma parce-

ria entre o município de Ferreira do Alentejo e o Centro de Estudos Vasco da Gama, do Instituto Politécnico de Beja, teve a duração de dois anos mas, termi-nado o prazo, considerou-se, atendendo às “excelentes condições” do local, alar-gar o âmbito das atividades desenvol-vidas. É assim que o ecocentro de com-postagem caseira passa a ter o estatuto de centro de educação ambiental, man-tendo a temática da compostagem como pano de fundo mas explorando outras temáticas ambientais. Desde o arran-que, já passaram pela antiga escola pri-mária dos Gasparões 1 200 visitantes, “na sua maioria de escolas básicas e se-cundárias do concelho de Ferreira e dos concelhos vizinhos, mas também alu-nos do ensino superior, grupos de idosos e da comunidade em geral”, esclarece a engenheira do ambiente.

Experiências laboratoriais, atividades demonstrativas de energias renováveis, ateliês de reciclagem, sessões de com-postagem, jogos pedagógicos, ativida-des práticas na horta pedagógica e jardim dos aromas são algumas das propostas

do CEAG, com “muita recetividade” por parte do público mais novo. “O contacto com a natureza, a abordagem prática das questões ambientais, e as atividades lú-dico-pedagógicas facilitam a aprendiza-gem e a consolidação dos conhecimentos por parte das crianças, tornando-as cida-dãos ambientalmente mais conscientes”, defende a coordenadora.

Considerando que, em média, cerca de três quartos dos resíduos caseiros são matéria orgânica, depreende-se que “a compostagem doméstica é uma excelente solução para reduzir substancialmente a quantidade de lixo” que é depositado no contentor e, consequentemente, trans-portado para aterro sanitário, “minimi-zando o impacto ambiental e os custos de transporte e manutenção”, sublinha Rita Paiva. Até ao momento, em torno da compostagem caseira, a grande bandeira do centro, têm decorrido vários cursos dirigidos a diferentes públicos. Além da componente teórica e prática, estas ações de formação têm um desafio final – a cada participante que manifeste vontade de praticar em casa o processo aprendido, são oferecidos um compostor e um ma-nual de apoio.

Centro de Educação Ambiental dos Gasparões distinguido

Em nome da compostagemUniversidade Sénior de Beja com inscrições abertas Decorrem entre os próximos dias 24 e 28 as inscrições

para a Universidade Sénior de Beja. Os interessados

deverão contactar a secretaria da universidade

(pavilhões de madeira) no Instituto Politécnico

de Beja, entre as 9 e as 12 horas e as 14 e 30 e as 17

horas. As aulas terão início no dia 7 de novembro.

Câmara de Castro promove reuniões nas freguesias No quadro de preparação das Opções do Plano e

Orçamento 2012, a Câmara Municipal de Castro

Verde está a promover um conjunto de reuniões

de trabalho nas freguesias, abertas à população,

com a participação dos eleitos das assembleias de

freguesia. Depois de Casével e São Marcos, será a

vez de Castro Verde (dia 24, junta de freguesia),

Entradas (dia 25, junta de freguesia, 21 horas) e Santa

Bárbara (dia 26, junta de freguesia, 19 horas).

Cáritas realiza “Volta do Voluntariado” A Cáritas Diocesana de Beja leva a efeito entre os dias 24

e 28 a “Volta do Voluntariado”, iniciativa integrada nas

comemorações do Ano Europeu do Voluntariado e que

decorrerá no Instituto Politécnico de Beja. A sessão de

abertura oficial da iniciativa terá lugar na segunda-feira,

pelas 14 horas, no auditório do Politécnico. O programa

para os restantes dias, subordinados às temáticas

voluntariado ambiental, na saúde, de proximidade e

jovem/educação, propõe um vasto conjunto de iniciativas,

nomeadamente workshops, colóquios, apresentação de

projetos locais, exposições, contos, teatro e música.

é o número de visitantes que já passaram

pelo Centro de Educação Ambiental dos

Gasparões desde 20091 200

“O contacto com a natureza, a abordagem prática das questões

ambientais, e as atividades lúdico-pedagógicas facilitam a aprendizagem

e a consolidação dos conhecimentos por parte das crianças,

tornando-as cidadãos ambientalmente mais conscientes” Rita Paiva

Lúdico Crianças aprendem a brincar como melhorar o ambiente

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O povo de Baleizão era de “má” ín-dole. E Catarina Eufémia foi vítima do “automatismo” da pistola-metra-

lhadora do tenente João Tomás Carrajola. Por razões meramente técnicas, “sem qualquer in-terferência do dito oficial”, a arma disparou-se e atingiu a camponesa, que nesse dia 19 de maio de 1954, na herdade do Olival, em Baleizão, de-safiava um rancho de ceifeiras a abandonarem o trabalho, em protesto contra os baixos salá-rios. A morte de Catarina deveu-se, pois, a um incidente fortuito, ao excessivo grau de automa-tismo duma pistola-metralhadora, que não à ação do tenente Carrajola.

Esta versão da morte de Catarina Eufémia, bem como o juízo sobre a população de Baleizão, consta dum relatório elaborado pelo coman-dante do posto da GNR local, datado de 1 de no-vembro de 1960. O documento é um dos que fi-guram no livro 100 Anos – Guarda Nacional Republicana, apresentado no dia 12, em Lisboa. Coordenado por Nuno Andrade, tenente-coronel

da GNR e licenciado em História, a obra, editada pela Guerra e Paz, traça a história daquela força militarizada, através de centenas de imagens.

Além da morte de Catarina, que foi, na ver-dade, causada por disparos voluntários do te-nente Carrajola, o relatório agora divulgado descreve outro “caso relacionado com a ordem pública” ocorrido em Baleizão, em 17 de agosto do mesmo ano de 1954. Por ocasião duma visita do ex-comandante do posto da GNR da aldeia, capitão Camilo José Delgado, “grande parte do povo amotinou-se”. Um oficial “tentou conven-cer os amotinados a dispersarem”, mas estes cercaram e tentaram agredi-lo. Os “desordei-ros” debandaram depois duns tiros para o ar, mas a GNR capturou António Fernando Filipe, Agostinho Borrega e António da Silva Caetano, que foram conduzidos à cadeia de Peniche. Perante estas alterações da ordem pública, o chefe do posto de Baleizão só podia concluir que os locais tinham “ideias subversivas bastante avançadas”. AF

Livro revela auto da GNR

A morte “oficial” de Catarina

I – Data da Instalação:9 de Dezembro de 1948II – Casos Relacionados com a Ordem

Pública: No dia 19 de Maio, do ano de 1954, um rancho de ceifeiras, instigadas por agentes comunistas, dirigiram-se à herdade do Olival, sita nos subúrbios desta localidade, a fim de por meio de ameaças obrigarem um outro rancho também de ceifeiras, que se encontravam trabalhando naquela propriedade, a abando-narem o trabalho, para exigirem salários exage-rados e estabelecerem a confusão, dando por esse motivo origem a uma grande alteração da or-dem pública, tornando-se necessário, deslocar-se a esta localidade, uma força comandada pelo então Comandante da Secção de Beja, Sr. tenente João Tomas Carrajola, a fim de por co-bro aos acontecimentos. Durante estes tu-multos um grupo de mulheres, do qual fa-zia parte Catarina Eufémia, com termos ameaçadores, dirigiu-se ao comandante da força.

Este Sr. Oficial, que estava armado de Pistola Metralhadora, tentou persuadir as amotinadas a dispersarem e nesse mo-mento, devido ao automatismo da arma, esta disparou-se sem qualquer interferên-cia do dito oficial, cuja bala atingiu a re-ferida Eufémia, ferindo-a gravemente, a qual veio a falecer no hospital de Beja.

No dia 17 de Agosto do mesmo ano, nova alteração da ordem pública se regis-tou nesta localidade. Uma grande parte do povo amotinou-se em frente do posto da G.N.R. também com fins subversivos. Nesse dia, encontrava-se de visita a este

Posto, o ex-Comandante da Comanhia Exmº. Snr. Capitão Camilo José Delgado, cujo Sr. Oficial, tentou por meios sussó-rios convencer os amotinados a dispersa-rem e restabelecer a ordem. Todavia, os de-sordeiros, cercaram o oficial em questão e tentaram agredi-lo, mas algumas pra-ças do efectivo do Posto, fazendo diversos tiros dirigidos para o espaço, levaram os amotinados a abandonarem os seu inten-

tos e a desbandarem-se. Em consequência deste acontecimento, foram capturados como princi-pais responsáveis e con-duzidos sob prisão para a cadeia de Peniche, os seguintes indivíduos: António Fernando Filipe, casado, de 32 anos de idade, traba-lhador, natural e re-sidente em Baleizão;

Agostinho Borraga, casado, de 30 anos de idade, trabalhador, natural de Baleizão e residente em Lisboa e António da Silva Caetano, casado, de 27 anos de idade, trabalhador, também natural de Baleizão e residente em Lisboa.

III – Índole da População: Há.IV – Meio de vida da população:Uma parte da população dedica-se ao

trabalho agrícola e outra parte dedica--se ao negócio do gado muar, cavalar e asinino.

V – Situação económica, política e social:

Situação económica. Regular. Política. Têm ideias subversivas bastante avança-das. Social. Precária.

Quartel em Baleizão, 1 de Novembro de 1960.

O Comandante de Posto

Relato original do oficial da GNR que presenciou a morte de Catarina Eufémia.

Imagem disponível em www.diariodoalentejo.pt.

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Até 27 de novembro, está patente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a exposição “Viagens.

O Tesouro da Vidigueira”, que apresenta três importantes peças em prata do século XVI, originárias do antigo Convento de Nossa Senhora das Relíquias (atual Quinta do Carmo), daquela vila.

O acervo, classificado como bem de interesse público (Tesouro Nacional) desde 2001, é composto “por um oratório-relicário, um porta-paz e uma estante de missal que foram objeto de uma ação de conserva-ção e restauro do Departamento de Conservação e Restauro do Instituto dos Museus e da Conservação, patrocinada pela empresa EPAL, inte-g rad a nu m vasto projeto de pesquisa internacional nas áreas da investigação laboratorial e documental”, a f i r mou ao “Diário do Alentejo” a comissária da exposição, Luísa Penalva.

Estudos recentemente efetuados vieram trazer

No Museu de Arte Antiga

Tesouro da Vidigueira

O jornalista e escritor Batista- -Bastos vai debruçar-se sobre a obra jornalística do autor de

Os Gatos, numa palestra subordinada ao tema “Fialho de Almeida: a grandeza do jornalista”. Trata-se de mais uma conferência do ciclo “Autores falam de Autores” que a Sociedade Portuguesa de Autores tem vindo a desenvolver. O en-contro com a obra de Fialho está agen-dado para a próxima terça-feira, 25, pe-las 18 e 30 horas, no auditório maestro

Frederico de Freitas, em Lisboa.Figura controversa e marcante da

viragem do século XIX para o século XX, Fialho de Almeida é um ser lumi-noso, controverso, polémico e, por isso mesmo, cheio de sombras. Um homem do campo, natural de Vila de Frades, Vidigueira, que depressa aprendeu as manhas da grande cidade. Tendo apre-ciado “viver entre o imediatamente visto e a transcendência do que não é percetível”.

Ciclo na Sociedade Portuguesa de Autores

Fialho de Almeida jornalista

As Onze Mil Virgensde Alcácer“A Capela das Onze Mil Virgens – os homens

por detrás da obra” é o título do seminário

que reúne amanhã, sábado, em Alcácer do

Sal, “alguns conhecidos estudiosos nacionais

da história da arquitetura”, diz a câmara

municipal, a entidade organizadora do evento,

que conta com o apoio da Faculdade de

Arquitetura do Porto. O seminário terá lugar

pelas 14 horas na igreja de Santo António.

A capela das Onze Mil Virgens, adianta a

autarquia, “é um dos mais emblemáticos

monumentos renascentistas do País, um

exemplar único no sul de Portugal”. Agregada

à igreja do Convento de Santo António, “foi

mandada erguer para albergar os restos mortais

de D. Pedro de Mascarenhas e as relíquias

por este trazidas das muitas viagens que fez a

mando do rei”. O evento deverá contar, entre

outras, com as intervenções de Domingos

Tavares, que falará sobre o arquiteto António

Tavares, e de João Pedro Xavier, que apresentará

o tema “A geometria e a arquitetura da Capela

das Onze Mil Virgens”. No final terá lugar um

recital de música e poesia, com Maurícia Telles.

ADPM cria salas de estudo em Beja A ADPM – Associação de Defesa Património

de Mértola criou, em Beja, o projeto Salas de

Estudo, um espaço de apoio pedagógico para

crianças do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico. Este

projeto, que conta com o envolvimento de uma

equipa técnica especializada, pretende, “em

constante articulação com as famílias, oferecer

a crianças do 1º e 2º ciclo do ensino básico um

espaço complementar de aprendizagem”. As

salas de estudo têm lugar nas instalações da

ADPM, em Beja. Os “horários serão articulados

com os pais e com os alunos, de acordo com as

necessidades e disponibilidades de cada um”. As

inscrições decorrem até ao final do mês.

(Tesouro Nacional) omposto “por umo, um porta-paz e missal que uma

rva-do

de

ntejo” exposição,

ntementem trazer

nova luz sobre a autoria das peças, que se pensa terem sido elaboradas cerca de 1580, e sobre a origem das mesmas. “Apesar de até ao momento terem sido atribuídas a um trabalho indo-português, a descoberta de carateres chineses no interior do orató-rio-relicário veio permitir equacionar uma série de hipóteses que as tornam ainda mais importantes no panorama da histó-ria de arte”, diz a comissária.

Quanto à origem das peças, Luísa Penalva salienta: “Até ao início deste

projeto, sabíamos que as peças ti-nham sido encomenda-das pelo padre André Coutinho, um portuense

que partiu para Oriente cerca de 1545 e que depois de enriquecer, tomou os vo-tos religiosos tendo regres-sado a Portugal cerca de 1583. Devido à sua l igaç ão com D. Miguel da G a m a , ne to do grande na-vegador, i n-g r e s s o u n o convento car-

melita onde veio a falecer em 1597. Com a in-

vestigação que tem vindo a ser de-senvolvida pelo Museu Nacional de Arte Antiga coordenando várias instituições nacionais e

internacionais, é possível hoje saber que André Coutinho andou não apenas na Índia mas também em Macau, no Japão e na Conchichina. Foi um homem que se dedicou à tentativa de mediar os dois pa-droados no Oriente, franciscano e jesu-íta, e as peças patentes nesta exposição são bom exemplo disso”.

Para a comissária, o Tesouro da Vidigueira demonstra que o universa-lismo dos portugueses vem de tempos remotos. “As três peças apresentam de-talhes relevantes tanto pelo seu virtuo-sismo técnico como pela iconografia ne-las patente misturando-se de uma forma extraordinária, por exemplo, a evidente inf luência da gravura europeia e os de-talhes lindíssimos das bases das peças inspirados em padrões decorativos mo-góis. Nestas peças o Ocidente e o Oriente encontram-se de uma forma perfeita. No oratório relicário, peça mais relevante para a ordem carmelita, as figuras dos apóstolos e da Virgem são nitidamente inspirados nos desenhos que circula-vam desde a Europa para Oriente como forma de suporte visual da evangeliza-ção, os desenhos de pequenos animais que brincam por entre f loridos ramos de videira são de inf luência nitidamente mogol. Já os carateres chineses que fo-ram descobertos, desenhados no seu in-terior, aproximam esta peça à estadia de André Coutinho em Macau. Esta mis-tura de tão variadas inf luências torna--se, assim, num testemunho de uma glo-balização alcançada pelos portugueses já no século XVI”.

Alberto Franco

As três peças apresentam detalhes relevantes tanto pelo seu virtuosismo técnico

como pela iconografia nelas patente misturando-se de uma forma extraordinária,

por exemplo, a evidente influência da gravura europeia e os detalhes lindíssimos

das bases das peças inspirados em padrões decorativos mogóis”. Luísa Penalva❝ é o ano em que se pensa que foram

elaboradas as peças agora expostas

no Museu Nacional de Arte Antiga.1580

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Vidas

Dizem as más-línguas que nas ofici-nas dos antigos sapateiros nunca fal-tava um garrafão de vinho, para que os

mestres bate-sola, entre dois consertos, pudes-sem matar o bicho. Mário Grilo, sapateiro da era digital, trocou o garrafão pelo computador. Na sua oficina, em Cuba, o portátil é uma fer-ramenta tão importante como as sovelas ou as agulhas com que fabrica botas alentejanas e ou-tro calçado de reconhecida qualidade. Sempre on line com os muitos seguidores da sua página no Facebook e do seu blogue Alentejanas por Medida, Mário Grilo divulga os seus produtos com uma eficiência notável.

Tal estratégia tem dado frutos. “Dantes as pessoas telefonavam-me, agora contactam-me pelo Facebook. Neste momento, mais de metade das encomendas que recebo são por via eletró-nica”, garante ao “Diário do Alentejo” o artesão de Cuba, cujo trabalho tem merecido a atenção da televisão e da imprensa nacional. Em breve, chegará ao cinema. Uma empresa francesa de produção de filmes, a Making Prod, encomen-dou-lhe o calçado e todos os acessórios em couro para um filme ambientado na Grécia antiga.

Nascido em Cuba, há 39 anos, Mário Grilo iniciou-se na arte da sapataria para ocupar o tempo. “Nas férias de verão de 1984, para não andar de cabeça ao sol, comecei a frequentar a oficina de sapateiro do senhor Saturnino”, re-corda. “Por ali me entretinha, tirando umas ca-pas velhas duns sapatos, pregando um prego ou outro”. Mas as férias passaram e Mário con-tinuou. “Com vontade de aprender mais, fui --me deixando ficar pela oficina e passei a estu-dar à noite. Comecei a reparar calçado em casa, com material comprado na Cooperativa dos Sapateiros de Beja, e habituei-me a ganhar di-nheiro para as minhas despesas. Habituei-me de tal modo que nunca mais larguei o ofício…”

Da reparação passou ao fabrico de cal-çado. “Muita gente perguntava-me quando começava a fazer botas. Eu respondia que nunca tinha feito, que não sabia… Mas como

sempre fui muito engenhocas aceitei o desa-fio. Desmanchei umas botas velhas para saber como se fazia, comprei as peles e fiz o meu pri-meiro par de botas alentejanas, para a minha irmã”. Hoje em dia, “a minha atividade prin-cipal é o fabrico de botas alentejanas por me-dida, que os clientes podem personalizar ao seu gosto”. O resultado “são botas fabricadas se-gundo os métodos tradicionais, mas com um caráter inovador. São mais leves, mais confor-táveis e podem adaptar-se ao gosto do cliente”. Mário Grilo já fez botas “até à cintura, franzi-das, com bordados, com alterações no acaba-mento dos canos, nas costuras, etc.”. Quem diz

botas diz sapatos. “Uma das minhas criações mais originais é um sapato alentejano de ata-cadores, às riscas. Para conseguir este efeito, se-melhante a pele de zebra, usei pele decalcada”. O que nunca falta é a ‘assinatura’ do artista nas obras que produz. “Os clientes pedem-me que marque o calçado com o meu nome e eu faço --lhes a vontade”.

Pelas mãos de Mário Grilo têm passado pés de famosos, como a atriz Maria de Medeiros, a ex-modelo Carla Caldeira, os cantores Nuno Guerreiro, Rui Veloso e Rui Reininho. “Para Maria de Medeiros fiz umas tradicionais bo-tas de ceifeira, com a particularidade de serem

em pele preta, extremamente fina. Na parte su-perior apliquei-lhes uma faixa em pele de touro bravo. Dentro de dias irei cortar umas botas em que vou colocar uma faixa em pele de cabra, com pelo, junto à pele ensebada”.

Por estes dias, na oficina de Cuba, vivem-se momentos de azáfama. Na primeira semana de outubro foi preciso entregar a primeira parte duma grande encomenda da Making Prod, uma produtora cinematográfica francesa. Depois de consultar vários artesãos portugue-ses, a empresa encarregou Mário Grilo de pro-duzir o calçado e demais artefactos em couro para um filme passado na antiga Grécia, a ro-dar em França e Portugal. “É preciso fabricar sandálias, cintos, coletes e muito mais. É uma encomenda que me deixou muito satisfeito, pois pode abrir a porta a outros trabalhos no cinema”.

A oficina de Mário Grilo emprega duas pessoas a tempo inteiro e uma em part-time. “Talvez até empregasse mais, se não fosse tão difícil arranjar pessoas com gosto por este trabalho”, lamenta o artesão. “Passaram por cá algumas que depois de aprenderem o ofí-cio desistiram. É um ramo em que é difícil arranjar empregados para toda a vida”. O que falta a outros artesãos e pequenos empresá-rios para obterem o sucesso de Mário Grilo? “Além do trabalho e da persistência, é preciso tirar partido das novas ferramentas, ao nível da comunicação e não só. E, sempre que pos-sível, aceitar o desafio de trabalhos difíceis. São estes que nos diferenciam, quando bem sucedidos”. A continuar assim, o sapateiro alentejano poderá cumprir um dos seus so-nhos: “Dava-me muito gozo fazer uns sapatos para o presidente dos EUA, Barack Obama”, confessa. Não custa admitir que sim, que tarde ou cedo uma criação de Mário Grilo pi-sará a Casa Branca. Afinal, não foi um ale-gado conterrâneo seu, Cristóvão Colombo, que descobriu a América?

Alberto Franco

Mário Grilo faz sapatos para o cinema

O sapateiro da era digital

Desmanchei umas botas velhas

para saber como se fazia,

comprei as peles

e fiz o meu primeiro

par de botas alentejanas,

para a minha irmã.

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Opinião

Entre outros cidadãos bejenses anónimos, o movimento “BEJA MERECE” compareceu à concentração dos “Indignados”

em Évora, na praça do Sertório. Foi uma bela e simpática atitude que não passou despercebida. É nestas alturas de aperto que se constata que as rivalidades não passam de trivialidades. PB

Havemos de ouvir falar do Orçamento de Estado para 2012 durante muitos anos. Havemos certamente de o avaliar pela sua eficácia no cumprimento dos critérios negociados com a troika, mas será igualmente julgado por impor ao País uma via rápida para o empobrecimento e por aplicar ao estado e às suas funções públicas o recuo da história recente do País. Editorial do jornal “Público”, 18 de outubro de 2011

A Casa dos Segredos Bruno Ferreira Humorista

Está a ser um sucesso de audi-ências, a Casa dos Segredos. Diametralmente oposto ao de-sinteresse que os portugueses sentem por quem dita as contin-gências na sua própria casa. Isto leva-me a concluir que o verda-deiro serviço público televisivo seria aliar o concurso ao universo da política nacional. Ora aqui

fica a ideia para o diretor de programas que chegar pri-meiro.

Comecemos pelo primeiro segredo do nosso concurso: “Sou responsável por um buraco orçamental de mais de seis milhões”. O leitor mais perspicaz descobre num piscar de olhos que o detentor deste segredo é Alberto João Jardim. Mas para aumentar a tensão do telespetador, quando Jardim é apresentado naquele elevador que desvenda os concorrentes, tem ao lado Cavaco Silva. Ou, dito pelo pri-meiro, o sr. Silva. Depois Teresa Guilherme desvenda mais um segredo: “Eu sabia da existência de um buraco orça-mental de mais de seis milhões na Madeira há mais de dois meses e não disse nada a ninguém”. Parece simples, mas a coisa vai começar a complicar-se.

Junto da porta que dá para o jardim da casa, Teresa Guilherme manda entrar Alberto João, mas pede a Cavaco que se dirija ao confessionário. Lá dentro espera-o o procu-rador-geral da República, Pinto Monteiro. A “Voz” lembra-os de que ambos sabiam da existência do buraco nas contas da Madeira, mas que jamais o poderão revelar, para além de terem de fingir não se conhecer.

Um dos objetivos do programa é deixar o espeta-dor baralhado no cruzamento entre cada segredo e os di-versos concorrentes. Desta forma a produção lança o se-guinte segredo: “Prometi não aumentar os impostos, mas teve mesmo de ser, porque isto estava muito pior do que eu pensava”. À partida parece fácil, mas conheçamos os próxi-mos concorrentes: António Guterres, José Sócrates e Durão Barroso. Pois é. Agora tudo se complica. Até porque, para baralhar, surge outro segredo: “Fugi para o estrangeiro quando isto deu para o torto”.

Se até aqui parece que com muita concentração ainda se consegue fazer corresponder o segredo certo ao concor-rente de direito, acrescentem-se os jogadores João Vale e Azevedo e Fátima Felgueiras. Ah, pois é... A produção não facilita e os dois próximos concorrentes vão juntos ao con-fessionário: Passos Coelho e Paulo Portas têm de fazer acre-ditar os restantes concorrentes que mantêm uma coligação baseada na partilha da mesma visão para o País durante os próximos quatro anos.

Depois dão entrada na casa Manuel Maria Carrilho e Francisco Assis. E a Teresa apresenta mais um segredo: “Levei um murro na boca por amor”. Isto é o prime-time no seu melhor. É que os concorrentes que se seguem são, nada mais, nada menos, do que Pedro Miguel Ramos, e um grupo de militantes socialistas felgueirenses.

Mais um segredo: “Fui namorada de um primeiro-mi-nistro”. Logo de seguida são apresentadas mais duas candi-datas ao prémio final: Fernanda Câncio e a ex-doce Fátima Padilha. Teresa fala com ambas no confessionário e ex-plica-lhes que dentro da casa vão encontrar duas antigas paixões. Os segredos são para manter, mas a veia casamen-teira de Teresa vai pôr à prova o que resta dos sentimentos do passado.

Mas não é tudo. Quando pensávamos que todos os

habitantes da casa estavam apresentados, um último con-corrente sai de uma tampa de relva do jardim, porque não conseguiu descer mais baixo. Mário Simões, deputado do PSD eleito por Beja é o concorrente suplente que entra à úl-tima da hora no lugar de outro jogador, Carlos Moedas, que trocou de concurso para o “Achas que Sabes Dançar”. E mais um segredo por desvendar: “Enquanto deu jeito fui a favor da ligação ferroviária Beja-Lisboa, mas isso agora não interessa nada”.

E só falta um último concorrente: Jorge Silva Carvalho, o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, alegado responsável pela fuga de informações para a Ongoing, onde atualmente trabalha. A sua missão: cúm-plice da “Voz”. O seu papel no jogo: ouvir as conversas dos restantes concorrentes e bufar tudo à produção.

E agora? Quem nomeará Jardim? Sócrates ou o sr. Silva? Fátima Felgueiras continuará o assédio a Sócrates? Fernanda Câncio vai nisso? Quem fará as vezes do Marco e andará ao pontapé com os outros concorrentes? Vale e Azevedo conseguirá escavar um túnel no jardim da casa e fugir para Londres? Quem desiste primeiro? Guterres ou Durão? É tudo. Por agora.

Escreveré enganar o tempo Cristina Taquelim Mediadora de Leitura

Chega devagar o Monstro. Aproxima-se mascarado de pe-quenos esquecimentos: hoje as chaves do carro, amanhã um pagamento que não se fez, de-pois um saco de compras.

Lentamente, neurónio a neu-rónio, o monstro apaga as cone-xões. O Monstro sabe como con-fundir a memória que temos dos

lugares, dos factos, dos nascimentos e mortes. Ele sabe que, para preencher os vazios, construiremos delírios, inventare-mos histórias por onde nos perderemos à deriva, até chegar à morada da frustração e do medo. Ele sabe que vivemos para construir sentido, que necessitamos de nos sentir seguros e vergará cada hora dos nossos dias à rotina, sem a qual não conseguiremos funcionar. Mais tarde não guardaremos nem as rotinas.

Perdemos a capacidade de aprender. Das sensações não conheceremos senão a saciedade e a dor, das emoções resta-rão a raiva e o medo. Deixaremos de recuar perante o fogo porque já também ele nos levou a memória da primeira queimadura.

Nada detém o Monstro: abana as estruturas espácio-tem-porais que estão na base do acesso à palavra e ao pensamento abstrato e estas desmoronam-se uma a uma. Perdemos a coe-rência de discurso, a demência invade gestos e olhar e todos os instrumentos que poderíamos usar para expressar ideias, afetos, pensamentos, emoções.

Lentamente, o Monstro instala-se confortavelmente na nossa casa, ocupa-a e empurra-nos para o limbo: lugar onde moram todas as ausências.

A cada segundo o Monstro faz novas vítimas. Todas tem rosto e nome: Eugénio, Leonel, Marta, Zé Nunes… Só em Portugal estimam-se mais de 150 mil , o número das suas vi-timas e na Europa mais de 7,3 milhões de rostos.

O Monstro também tem rosto e o seu nome tem um es-tranho acento Alemão: Alzheimer.

É preciso sair à rua, é preciso essa insubordinação, essa re-volta. Mia Couto, “Jornal de Notícias”, 16 de outubro de 2011

Outubro de 1925

Cisão, em Beja,no Partido Republicano Nacionalista

“A criação do Part ido Republicano Nacionalista em fevereiro de 1923, a partir da fusão do Partido Liberal

com o Partido Reconstituinte, é aplaudida em Beja nos meios republicanos mais conservadores, que se fazem representar no I Congresso do par-tido, realizado em Lisboa de 17 a 19 de março do mesmo ano, por quarenta e dois delegados lidera-dos por Francisco Manuel Pereira Coelho, que as-sim regressa à política ativa de que se tinha afas-tado em março de 1918, e por Joaquim Lança, um homem ligado aos interesses económicos e que faz a sua entrada na política com a adesão ao Partido Liberal em novembro de 1921.

Com o intuito de integrar os setores mais con-servadores do Baixo Alentejo no bloco conserva-dor que a constituição do Partido Nacionalista re-presenta e, simultaneamente, chamar a atenção para o peso dos nacionalistas na região, no dia 18 de julho de 1923 este partido realiza, em Beja, uma sessão de propaganda, traduzida na homenagem ao velho republicano de direita, Jacinto Nunes, de Grândola, e ao seu filho Jorge Nunes, que conta com a presença do presidente do partido, Ginestal Machado, e do secretário do Diretório, Pedro Pita”. (1)

Com a aproximação do ato eleitoral para o Congresso da República (Parlamento e Senado), marcado para 8 de novembro de 1925, o Partido Nacionalista entra, em Beja, num processo de ci-são, em resultado das divergências quanto à es-colha dos candidatos a deputados protagoniza-das por Joaquim Lança, apoiado pelas comissões municipal e paroquiais de Beja do partido, e Jaime António Palma Mira, que tem do seu lado Comissão Distrital dos nacionalistas.

Na preparação da lista de candidatos dos na-cionalistas os órgãos de Beja do partido avançam com os nomes de Joaquim Lança e de António Aresta Branco. A Comissão distrital não aceita es-tes nomes, mantendo o seu apoio a Jaime Palma Mira, médico e dono, na altura, da maior clínica de Beja e que, em 1921, tinha sido dirigente nacional do Partido Liberal. Como o Diretório do Partido Nacionalista subscreve as posições da direção po-lítica de Beja do partido, Joaquim Lança demite-se, encabeçando um processo de dissidência que conduz, em finais de outubro de 1925, à desvin-culação do Centro Republicano Nacionalista de Beja do partido, transformando-se em centro re-publicano conservador autónomo, com o nome de Centro Republicano Dr. António Aresta Branco. O semanário,“O Bejense”, expressão dos interes-ses dos republicanos mais conservadores do Baixo Alentejo, também se desvincula dos nacionalis-tas nesta data, transformando-se no porta-voz do grupo dissidente, liderado por Joaquim Lança.

(1) Mateus, Rui e Piçarra, Constantino, Beja: Roteiros

Republicanos, Quidnovi, Matosinhos, 2010

Constantino Piçarra

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O movimento de cidadania autointitulado “INDIGANADOS” saiu à rua no passado fim de semana. Em várias cidades do

País. Da Europa. Do mundo. Mas não se mostrou em Beja. Onde, por hábito, costuma passar-se coisa nenhuma no que respeita aos cívicos, à indignação, à palavra pública e livre. É pena, mas é assim. PB

No ranking dos exames nacionais, as escolas de Beja saíram com a fotografia algo tremida. Excluindo o Externado ANTÓNIO

SÉRGIO, que anda perto das 100 melhores escolas, da subida assinalável da Santiago Maior e residual da Santa Maria, o resultado dos demais estabelecimentos de ensino ficou aquém do esperado. É para refletir. PB

Efeméride

Poemário

Há 50 anosNão é normaaconselhável tudo calare consentir...

Em tempo de pilhagem das remune-rações de quem vive do seu trabalho, de “suspensão” de direitos sociais

e laborais, de sanha persecutória contra o Poder Local democrático, em tempo de fúria destruidora do Portugal de Abril, quando crescem as saudades da Revolução dos Cravos, um bom conselho numa cró-nica escrita há meio século.

Da autoria do jornalista Melo Garrido, no “Varandim da Cidade” da edição de 19 de outubro de 1961 do “Diário do Alentejo”:

“Os reparos que fizemos, nesta sec-ção, acerca do novo arranjo urbanístico do Largo de S. João, deram motivo à concor-dância de muitos leitores, expressa de di-versas maneiras. Por essas atitudes e por outras informações que temos recolhido, fica-nos a certeza de que o traçado, já em execução, das obras referidas, merece for-mal e quase unânime reprovação da popu-lação citadina, o que prova o desacerto do ‘plano’ e a necessidade de o rectificar antes que se esteja perante o ‘consumatum est’.

Por outro lado, segundo julgamos sa-ber, nem à própria Câmara Municipal ele agrada, pois terá sido imposto pela Direcção de Urbanização.

A eterna, incompreensível e perni-ciosa centralização de serviços, que rouba aos Municípios a liberdade de acção que devia ser intrínseca às suas actividades e que os torna meros executantes de reso-luções quase sempre tomadas sem o in-dispensável conhecimento directo dos problemas e as quais por isso mesmo são inquinadas de defeitos desconcertantes.

No entanto, cremos que cabe ás pró-prias Câmaras o direito e mesmo o dever de reagirem contra esses erros gritantes, não aceitando uma passividade que fere o seu prestígio e o das individualidades que as orientam e afecta ainda duramente a valorização e o progresso das terras.

Os Municípios são os organismos com maior autoridade para defenderem os interesses locais, tudo lhes compe-tindo fazer para os pôr a salvo de ideias fantasiosas ou inadaptáveis aos meios.

Ainda que se torne necessário bater o pé – com firmeza e energia.

Tudo calar e consentir não será uma norma aconselhável. Neste como em tan-tos outros casos.”

*Como tristezas não pagam dívidas, on-

tem como hoje, o “Diário do Alentejo ame-nizava habitualmente a leitura do vesper-tino com “A graça da tarde”. Como esta:

“Lucinda: – Pensei sempre que vale muito mais morrer do que chegar a ser ve-lha e feia.

Ermelinda: – E o que foi que te fez mu-dar de opinião?”.

Carlos Lopes Pereira

Versos dedicadosà situação

Hélder de Sousa Viegas

No mundo a ambiçãoAnda perto da loucuraAumenta o número de pobresOs ricos com mais fartura

A ganância pelo dinheiroPor capital sem barreirasAntes era regionalAgora não tem fronteiras

Com tanta falta acabamDesta vida por partirE a seguir à morte destesSão os ricos a cair

Sempre foram exploradoresNão se cansam de os sugarEsquecendo onde se apoiamAcabam por se matar

Outrora o trabalharEra estímulo dava prazerAgora pouco produzemAssim não se pode viver

Quem trabalha nada temOs lucros são desviadosPara aqueles que nada fazemEstamos todos condenados

O homem que se julga espertoNão vê o que anda a fazerEstá cavando a sepulturaJulgando que não vai morrer

Saudade

Manuel Dias Horta

Mandei recado pelo vento que passaConvidei a amizadePubliquei na praçaEste encontro com a saudade

Para os que desta vida jamais gozarãoRezei, em silêncio, uma oraçãoLembro-me deles com frequênciaEra grande a convivência

E, tu, saudade, relicário da humanidade,guarda bem, bem guardadoOs sonhos, as paixões e as ilusõesDe quem por esta casa tenha passado

Meus versos

não têm grande ornamentação

Que mais queríeis vós

dum poeta de ocasião!?

Centrodo Lidador

Hélder de Sousa Viegas

Há mesmo junto ao casteloUm prédio de grande valorCom missão bem altruístaÉ o Centro do Lidador

Muito tempo abandonadoUma autêntica crueldadeAgora está aproveitadoServe para qualquer idade

Por muitos é frequentadoHá bastantes diversõesConvívio vários trabalhosJogos danças e reuniões

As tardes já são pequenasCom tanto onde entreterRejuvenescem suas almasDá-lhes gosto de viver

Os seniores mais isoladosPró centro vão conviverO oásis no desertoGrandes momentos de lazer

Alentejanos

Nogueira Pardal

A Manuel da Fonseca

Com sachos, foices, mulas e aradosManejados por mãos alentejanas,(As mãos do sofrimento, mãos humanas,Mãos-grito dos que viviam sufocados,

Daqueles que jamais foram vergados,Filhos-heróis das terras transtaganasQue cansavam de tão longes e planas.)Se cuidava do trigo e dos montados.

Só o desbravar da terra é que os dobrava,Pois logo o pôr-do-sol os levantavaNo fim de mais um dia de trabalho.

Mas à noite e mau grado a vida duraFalavam em derrubar a ditaduraE do cante faziam agasalho.

Lamento, mas vou abandonar este grupo. Não me revejo na falta de debate, exigível neste mo-mento de “crise colossal”, assistindo unicamente à divulgação de ações e posições dos dirigentes do PSD e de membros do governo. Julgo, e sinto-me no direito de o manifestar, que não é este o caminho: nem o de aceitar o nosso estrangulamento, nem o de aceitar, sem duvidar, das so-luções encontradas. E, como já uma vez aqui sugeri, não faz sentido o título “Mudar com Carlos Moedas”. Mudar, sim! Com o PSD? Sem dúvidas. Mas não desta forma. Até já, companheiros! João Espinho, no grupo do Facebook “Mudar Com Carlos Moedas”, 18 de outubro de 2011

Cartas ao diretorOs assaltosDiamantino António Funcheira

(…) Por estes dias, uns indivíduos e qua-tro mulheres pararam ao pé de minha casa com uma carrinha e levantaram o capô da carrinha e pediram-me água, dizendo que o radiador estava estragado. Então fui bus-car água à minha casa, carregando a água numa garrafa de plástico, quatro ou cinco vezes, e não havia meio do radiador fi-car cheio. Isto tudo era para fazer tempo para assaltar a casa, o que não aconteceu, por sorte, porque uma vizinha aproximou-se para falar com a minha mulher, e viu uma cigana a puxar o cortinado de uma ja-nela do quarto, para entrar em casa, e de-pois dava-se o assalto. Como a cigana foi apanhada a tentar entrar em casa, fugiu para o carro e puseram-se todos em fuga. Tratava-se de ciganos romenos, o carro ti-nha matrícula estrangeira.

Algumas verdadesJosé Ramos Monte de Caparica

D. Manuel Falcão, bispo emérito de Beja, numa entrevista bem conduzida por Paulo Barriga, no “DA” de 23/09/2011, diz as suas verdades e inverdades.

Acerta quando diz que a fé é pessoal, mas não diz que é um dom, um favor de Deus para a pessoa que Ele quer salvar. (...) O bispo aposentado bejense chama de cris-tãos aos católicos, quando já devia saber que há católicos que não são verdadeiros cristãos, e muitos destes que não são cató-licos. Saberá que um católico cumpre a von-tade do padre, do bispo ou do Papa, mas um verdadeiro cristão faz por cumprir os man-damentos da Lei de Deus, e aceita a Cristo, Filho de Deus, como Mestre e Salvador?

Lembrar-se-á ainda este sr. clérigo que a Bíblia Sagrada nunca proibiu o ca-samento mesmo entre homens da Igreja, e que por causa dessa proibição tem havido crimes sexuais de toda a espécie desses fal-sos religiosos? (...) Talvez soubesse dessas coisas, mas teremos que perdoar-lhe, por-que certamente devido à idade, já se esque-ceu de muita coisa. Talvez até que Cristo é o único intercessor, intermediário, entre Deus e os homens, e não a infinidade de santos e santas que pululam nas igrejas e que só Deus sabe quais os verdadeiros.

Os fariseus consideravam Cristo e seus discípulos como laicos, leigos, seculares não religiosos. No entanto foram a pedra fundamental da Igreja Cristã, quatro sécu-los antes do catolicismo.

Não esqueça e aceite ao menos, D. Manuel, que Cristo é a “Verdade, o Caminho e a Vida”. E, porque, “nin-guém é justo” como diz a Bíblia. Haja arrependimento.

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Entrevista

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António Sebastião, presidente da Assembleia Distrital, fala de falta de res-

peito de alguns municípios para com esta entidade e avança com a possibili-

dade de levar a tribunal as câmaras de Beja e Ourique, por atrasos nos paga-

mentos. Sebastião acusa Pulido Valente de “sacudir a água do capote” quanto

ao Museu Regional de Beja, que deveria ser totalmente assumido pela edi-

lidade bejense. No seu último mandato à frente da Câmara de Almodôvar, o

autarca denuncia que a crise no intermunicipalismo se deve à “falta de to-

mada de decisões” e que essa responsabilidade deve ser assacada aos presi-

dentes eleitos pelo PS e pela CDU. Sebastião é igualmente duro quanto ao pa-

pel dos municípios do litoral na Ambaal: “O seu interesse é zero”. E que a luta

pelo controlo do “Diário do Alentejo” é a maior “clivagem” que existe entre

as diferentes autarquias associadas, pelo que o jornal deverá “sair da esfera

dos municípios”. Por fim, Sebastião acusa a empresa mineira Somincor de “es-

poliar” o concelho de Almodôvar e de falta de solidariedade de Castro Verde

quanto à questão da derrama gerada pelas minas de Neves Corvo. Grande en-

trevista na íntegra em www.diariodoalentejo.pt

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

Autarquias devem mais de seis meses de comparticipações, diz António Sebastião

Assembleia Distrital pode processar as câmaras de Beja e Ourique

Já pensou no que vai fazer depois de abando-

nar a Câmara de Almodôvar, uma vez que não

se pode recandidatar?

Já pensei, já refleti sobre isso. Há várias ques-tões que podem acontecer. Há uma disponibi-lidade minha, porque me sinto em condições de poder trabalhar para a região. Como é que isso irá acontecer? Não sei! É uma questão que podemos ainda amadurecer ao longo deste tempo todo. Continuarei neste próximo ano muito interessado no concelho de Almodôvar, procurarei também pôr em prática a estraté-gia que tenho para o concelho e depois, no ou-tro ano, termos tempo para discutir qual irá ser o futuro, sendo certo que eu estarei dispo-nível para qualquer outro projeto, dentro da-quilo que o Partido Social Democrata tiver para a própria região.

Mas tem alguma coisa em mente?

Não. Neste momento não.

Já lhe ocorreu ou exclui a hipótese de se can-

didatar a outra câmara, como Ourique, por

exemplo, ou Beja?

Não. Não ponho nada de parte. Qualquer coisa pode acontecer.

É um autarca eleito pelo partido que está atu-

almente no governo. O seu passado político

não lhe faz turvar um bocado os nervos ao ver

um governo a ter que tomar decisões perfei-

tamente esmagadoras das populações?

Preocupa-me e acho que preocupa toda a gente. Aquilo que foi anunciado pelo primeiro-mi-nistro é uma preocupação em termos dos ren-dimentos das famílias. O que preciso de per-ceber é se realmente as medidas tiveram uma grande preocupação de justiça social. Não te-nho dúvida de que, neste momento, face à si-tuação em que o País está e aos compromissos que foram assumidos, haja grandes alterna-tivas. Agora, é preciso saber se há realmente uma preocupação de aplicação destas medi-das de forma justa para o povo português. É um orçamento violento.

Pelo facto de ser o único autarca laranja no

Baixo Alentejo, como se sente no papel de fiel

da balança, em instituições como a Ambaal,

por exemplo, ou a Assembleia Distrital?

Sendo o homem que desempata, como é que

se tem sentido ao longo destes tempos?

Tenho procurado contribuir para resolver problemas e estabelecer consensos. Nalguns casos tenho conseguido resolver e noutros

tenho dado uma ajuda boa.

Isso não se tem notado muito em instituições

como a Ambaal.

Sim, é mais difícil, mas isso tem a ver com o “Diário do Alentejo”. O “Diário do Alentejo” é sempre aquela questão que às vezes mais pro-blemas levanta. E também tem a ver com o pro-blema da tomada de decisão. Há que tomar de-cisões. Muitas vezes discutimos muito e não tomamos decisões.

Todos os presidentes se escondem atrás desse

chavão da falta da tomada de decisões…

Quem tem que tomar decisões são todos e neste caso a responsabilidade é do PS e da CDU, que são a maioria. Quer dizer, não sou eu que te-nho que tomar decisões. Eu posso ajudar, mas as decisões têm que ser tomadas… Repare que estamos a falar de uma Ambaal que tem 17 municípios que são do Partido Socialista e do Partido Comunista, não estamos a falar de um único município do PSD. Portanto, as decisões têm que ser tomadas por eles; é óbvio quem tem que tomar decisões.

Esta situação com a Ambaal não pode repre-

sentar também o fim do intermunicipalismo

no Alentejo?

Acho que não. A única questão que se coloca aqui são os municípios do litoral saírem. A Ambaal tem 18 municípios e a Comunidade Intermunicipal tem 13. O que se coloca é a saída daqueles cinco municípios do litoral. Mas re-pare, tirando Odemira que pertence ao distrito de Beja, qual é o papel relevante, ativo, interes-sado dos outros municípios na Ambaal? É zero. É nenhum. Alcácer, Santiago e Sines não têm papel nenhum. Não pagam as contribuições re-centes, vêm às reuniões da assembleia intermu-nicipal e não vêm a mais nada, essas reuniões são duas ou três por ano.

Como é que está a proposta de integração da

Ambaal na Cimbal, proposta por Almodôvar?

Já foi aprovada. Está neste momento no conse-lho diretivo da Ambaal, na assembleia inter-municipal, e está a iniciar-se um processo de fusão ou extinção da Ambaal, passando o patri-mónio para a Cimbal.

Disse há pouco que o “Diário do Alentejo” é o

principal problema da Ambaal. Pode especifi-

car um pouco melhor?

A experiência que tenho ao longo des-tes anos todos diz-me que os problemas de

O “DA” deve sair da esfera dos municípios. Ou na totalidade ou em parte.

Neste momento o que acontece é que o “DA” tem um custo

que é muito superior àquilo que é a sua receita.

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clivagem e de menor capacidade de enten-dimento tiveram sempre por base o “DA”. É uma questão já antiga. Houve sempre pro-blemas com o “DA”.

Então o que deve ser feito para resolver isso?

O “DA” deve sair da esfera dos municípios. Ou na totalidade ou em parte. Neste momento o que acontece é que o “DA” tem um custo que é muito superior àquilo que é a sua receita. Tem um quadro de pessoal que é feito essencial-mente por trabalhadores com vínculo con-tratual da administração pública, portanto é rígido, tem alguma dificuldade em ser mo-vimentado. Acho que este período de ajusta-mento que vai acontecer com a extinção da Ambaal e a passagem para a Cimbal, um perí-odo que vai levar algum tempo, deveria servir também para ajustar o funcionamento do “DA” em termos daquilo que um jornal deve ter.

Está a sugerir que o “Diário do Alentejo” deve

emagrecer em termos de quadros?

O “DA” absorveu um conjunto de trabalhado-res que vieram da antiga gráfica e que hoje es-tão ali, enfim… Temos que ver quais as neces-sidades do “DA”. Também não acredito que se formos para uma privatização, entre aspas, haja muitos interessados. Podemos correr o risco de uma estrutura muito pesada, com custos muito pesados, não interessar a ninguém.

As câmaras não têm perfil para serem proprie-

tárias de um jornal?

Acho que não. Sinceramente. As câmaras quando querem dar notícias têm os seus bole-tins municipais e mesmo esses devem ter al-guma deontologia na publicação e devem ser-vir essencialmente para informar e dar voz aos munícipes nessas coisas.

Equacionou recentemente demitir-se da pre-

sidência da Assembleia Distrital de Beja. Quer

comentar?

Em relação a isso eu até fiquei admirado porque foi aquilo que foi extraído da entrevista que dei. Mas isso para mim até não foi o mais impor-tante, que eu disse relativamente à Assembleia Distrital. Mas isso depois são os critérios dos jornalistas que pegaram naquilo.

Mas admite sair da presidência?

Não, não de imediato. O que eu disse foi que já denunciei uma situação que eu acho inadmis-sível e que é, independentemente de pensarmos que a Assembleia Distrital é útil ou não, o facto de ela existir e ter 15 trabalhadores. E tem que ha-ver respeito pela Assembleia Distrital, pelos seus trabalhadores e pelos compromissos assumidos. O princípio tem que ser esse. Agora se serve se não serve, isso é outro assunto. Não há condições neste momento nem para a dissolver, nem para a esvaziar. Portanto ela tem que existir.

Acusou Jorge Pulido Valente de sacudir a água

do capote em relação ao Museu Regional de

Beja?

Agora como o município de Beja nem se-quer paga a contribuição que tem que pagar à

Assembleia Distrital, e que corresponde a 60 por cento do seu orçamento, como é que o mu-nicípio de Beja vai assumir os 100 por cento? Não assume.

E é por isso que diz que o autarca de Beja sa-

code a água do capote?

Exatamente. O município de Beja, em nove transferências do ano de 2011, transferiu uma. Quando há um município que detém a respon-sabilidade de 60 por cento daquilo que é o or-çamento e não transfere é evidente que cria uma situação de grande instabilidade para a Assembleia Distrital, com os salários principal-mente. Porque o museu tem uma manutenção que tem que ser feita, um conjunto de atividades que devia também ser feitas ao longo do ano, há o trabalho burocrático, administrativo… Há um conjunto de dívidas, há sistemas de alarme, há sistemas de limpeza, que estão em causa. Há as contribuições para a Segurança Social e para as Finanças dos trabalhadores que estão em causa. E há tudo isso porquê? Porque a Câmara de Beja não paga. Isto é a realidade. Pode encon-trar-se um conjunto de soluções para isso. Mas isso é apenas o tal “sacudir a água do capote”. E depois há o município de Ourique que também não transfere, tem dívidas desde 2004 e não transfere. Há dois municípios com quatro ou cinco meses em atraso e há outros que estão em dia e há outros até que já pagaram as suas con-tribuições até dezembro. Por exemplo, agora te-nho que entrar em contato com o presidente da Câmara de Vidigueira porque temos que fazer alguma intervenção no museu, porque todos os anos antes do inverno há uma limpeza às calei-ras, uma limpeza aos algerozes e não se podem fazer porque nós não pagámos ao empreiteiro em 2010, não vamos agora falar com o senhor a dizer: “Olhe agora vai outra vez o mesmo ser-viço”. Nós acertámos isso e tenho que falar com o presidente da Câmara de Vidigueira para mandarmos lá uns técnicos e uns funcionários das câmaras de Almodôvar e de Vidigueira fa-zer esse trabalho. E perguntamos ao senhor pre-sidente da Câmara de Beja, como é que é? E ele

disse que não tinha ninguém para fazer isso.

Acha que neste quadro o museu corre o risco

de fechar? E de haver despedimentos?

Não, despedimentos não. Pedimos agora uma reunião ao secretário de Estado da Cultura, onde irei colocar estas questões todas. Como sabe, existe também o problema do Arquivo Distrital de Beja que também não conseguimos resolver e também não acho que agora, com esta conjuntura, seja possível resolver. O arquivo é também propriedade da Assembleia Distrital e está a funcionar. Houve uma proposta de alie-nação desse património à Secretaria de Estado da Cultura e isso poderia resolver os proble-mas financeiros da Assembleia Distrital. Houve também uma proposta do pagamento de uma renda de prestação do imóvel e tudo isso não tem tido resposta, nem do antigo governo, atra-vés do Ministério da Cultura. Neste momento já enviámos para o secretário de Estado um me-morando com estas questões todas e estamos à espera de reunião. Portanto, antes da reunião com o secretário de Estado, antes de vermos tudo isto, antes de avançarem processos judi-ciais para com os municípios que têm verbas em atraso, vamos ver o que acontece.

Quem é que propôs isso? E quem irá ser levado

a tribunal?

A avançar, será o município de Ourique e pro-vavelmente o município de Beja. Porque a Assembleia Distrital deu autorização para se avançar com processos judiciais a municípios que tivessem atrasos nos pagamentos superio-res a seis meses, e portanto é possível fazer isso. Agora isso não nos resolve de imediato o pro-blema porque são processos que levam muito tempo.

Para além dos ordenados que se vão atrasando,

quanto é que a Assembleia Distrital deve?

Deve cento e tal mil euros.

E quanto é que devem à assembleia?

Mais do que aquilo que a assembleia deve. Portanto, se fosse tudo pago a Assembleia Distrital ficava com tudo pago, completamente. A assembleia e o museu. A dívida à assembleia é superior à divida da assembleia.

Essa dívida é na maior parte da Câmara

Municipal de Beja. O que acha da integração

do museu na Cimbal, como propõe o presi-

dente de Beja?

Sim. Talvez aí uns 70 por cento da dívida sejam da Câmara de Beja. Pode ser uma solução de re-curso e alternativa; nós defendemos determi-nado tipo de situações consoante os nossos inte-resses. O presidente da Câmara de Beja, quando era presidente em Mértola, defendia que te-ria de ser a Câmara de Beja a receber o museu. Hoje é presidente da Câmara de Beja e defende que deve ser uma entidade regional a ficar com o museu. Houve aqui uma alteração completa e clara nestas coisas. A Assembleia Distrital é sempre utilizada para questiúnculas, confron-tos políticos e partidários. Deveríamos encon-trar uma solução para a Assembleia Distrital e o museu deveria ser absorvido pela Câmara Municipal de Beja.

Diz que a Somincor nega direitos à Câmara de

Almodôvar. Quer concretizar?

Nós temos sido espoliados de um direito que nos assiste enquanto concelho ao longo de vá-rios anos. Foi-nos negada uma parte do im-posto local que nos devia ser entregue, cha-mada derrama. Claramente é isso. Nós temos uma Somincor aqui, que extraiu milhões de toneladas de concentrados de cobre do con-celho de Almodôvar com um teor riquís-simo. Uma riqueza que existe sob o concelho de Almodôvar e que foi extraída e comerciali-zada pela Somincor e do qual nós não recebe-mos um cêntimo. E eu julgo que isto é uma in-justiça muito grande.

Sentiu falta de solidariedade da parte de

Castro Verde nesta questão?

Sim, acho que sim. Até porque se falou muito, em teoria, dessa questão de solidariedade, do inter-municipalismo e da necessidade de termos polí-ticas que sejam intermunicipais e não apenas po-líticas concelhias. É muito bonito e muito falado mas quando mexe nos interesses rejeita-se clara-mente. E toda a gente sabe que uma parte da ri-queza da Somincor é do concelho de Almodôvar.

O que se coloca é a saída daqueles cinco municípios do litoral. Mas repare, tirando Odemira que

pertence ao distrito de Beja, qual é o papel relevante, ativo, interessado dos outros municípios

na Ambaal? É zero. É nenhum. Alcácer, Santiago e Sines não têm papel nenhum.

O município de Beja, em nove transferências do ano de 2011, transferiu uma. Quando há um município que detém 60 por cento daquilo que é o orçamento e não transfere é evidente que cria uma situação de grande instabilidade.

Reações à entrevista de Jorge Pulido Valente A entrevista de Jorge Pulido Valente publi-cada pelo “DA” na última edição suscitou diferentes rea-ções. José Barriga, seu mandatário nas eleições de 2009, diz que o autarca lhe faz lembrar “um general, cego, surdo e mudo”; Rodeia Machado acusa o presidente da câmara de “má-fé” e garante que os bombeiros ganham

muito menos que os mil euros por mês referidos; Manuel Castro e Brito, presidente da ACOS e um dos apoiantes de Pulido Valente nas eleições de 2009, confessa-se desilu-dido com “o modelo elitista” que as iniciativas do municí-pio revelam; Jorge Picado, vereador da CDU, recusa a ideia de que os comunistas “são o grão na engrenagem” na au-tarquia e diz que o presidente é um homem “acossado” e

“vê fantasmas em todo o lado e até já desconfia da própria sombra”; Manuel Narra, apontado por Pulido como puta-tivo candidato dos comunistas à autarquia de Beja, recusa a ideia, mas afirma que se fosse candidato “não abandona-ria o mandato a meio na Vidigueira para ir para uma insti-tuição que servisse de trampolim para chegar à câmara”. Leia todas as opiniões em www.diariodoalentejo.pt

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Desporto

Despertar recebe o Estoril

Campeonato Nacional de Juniores

– Série D – 6.ª jornada: U. Montemor,

2-Desp.Portugal, 1; Atlético, 7-Despertar,

1; Estoril, 1-Internacional, 2; BM Almada,

2-Farense, 0; Olhanense, 0-Lusitano, 0;

Oeiras, 6-Imortal, 1. Classificação: 1.º BM

Almada, 14 pontos. 2.º Internacional, 13.

3.º Atlético, 10. 4.º Lusitano, Farense e

Estoril, 9. 7.º Despertar e Olhanense, 8. 9.º

Oeiras, 7. 10.º Imortal, 6. 11º U.Montemor,

4. 12.º Desp.Portugal, 2. Próxima jor-

nada (22/10): U.Montemor-Atlético;

Despertar-Estoril; Internacional-BM

Almada; Farense-Olhanense; Lusitano-

-Oeiras; Desp.Portugal-Imortal.

Castrense visita o Despertar

Campeonato Nacional de Iniciados

– Série F – 8.ª Jornada: Barreirense,

1-Lusitano VRSA, 2; V.Setúbal, 4-Lagos,

0; Imortal, 0-Olhanense, 1; Juventude,

1-Despertar, 1; Castrense, 1-Louletano, 4;

Odeáxere. 0-Lus.Évora, 0. Classificação:

1.º Olhanense, 19 pontos. 2.º V.Setúbal,

16. 3.º Imortal e Odeáxere, 14. 5.º Lusitano

VRSA, 13. 6.º Barreirense e Louletano,

12. 8.º Esp.Lagos, 10. 9.º Despertar, 9.

10.º Lus.Évora, 7. 11.º Castrense, 6. 12.º

Juventude, 2. Próxima jornada (23/10):

Barreirense-V.Setúbal; Lagos-Imortal;

Olhanense-Juventude; Despertar -

-Castrense; Louletano-Odeáxere;

Lusitano VRSA-Lus.Évora.

Vitórias tangenciais e empates

Campeonato Distrital de Iniciados

Resultados da 1.ª jornada: Milfontes,

1-Almodôvar, 2; Negrilhos, 1-Despertar,

1; Guadiana, 1-Desportivo Beja, 2;

Moura, 1-Odemirense, 2; Ferreirense,

2-Amarelejense, 1; B.º Conceição, 1-Serpa,

1. Folgou o Ourique. Classificação: 1.º

Odemirense, Desportivo Beja, Ferreirense e

Almodôvar, 3 pontos. 5.º Despertar, Serpa,

Negrilhos e B.º Conceição, 1. 9.º Ourique,

Milfontes, Amarelejense, Guadiana

e Moura, 0. Próxima jornada (23/10):

Despertar-Milfontes; Desp.Beja-Negrilhos;

Odemirense-Guadiana; Ama re le jen se -

-Moura; Serpa-Ferrei rense; Ourique-B.º

Con ceição. Folga o Almodôvar.

Um quarteto na liderança

Campeonato Distrital de Infantis

Resultados da 4.ª jornada (série A):

Sporting Cuba, 4-Alvito, 6; Beringelense,

4-Ferreirense, 5; Desper tar, 5-Vasco da

Gama, 2. Folgaram: Operário, N.S.Beja e

B.º Conceição. Classificação: 1.º Despertar

A, Ferreirense, Alvito e Vasco da Gama, 9

pontos. 5.º B.º Conceição, 3. 6.º Sporting

Cuba, N.Sportinguista Beja, Beringelense

e Operário, 0. Próxima jornada (22/10):

B.º Conceição-Sp.Cuba; Alvito -

-Beringelense; Ferreirense-N.S.Beja.

Folgam: Vasco da Gama, Despertar A e

Operário. Com o início da competição

nas séries B e C deste escalão, o campe-

onato entrará na sua plenitude sendo a

jornada composta pelos seguintes jogos:

série B – Guadiana-São Domingos; Serpa -

-Moura; Aldenovense-Piense; Despertar

B-Santo Aleixo Restauração. Série C:

Aljustrelense-Almodôvar; Milfontes -

-Ourique; Operário FC-Odemirense;

Boavista-Castrense.

Futebol Juvenil

Moura e Aljustrelense despediram-se da Taça de Portugal com a maior digni-dade, derrotados tangencialmente por adversários mais poderosos que ainda fizeram “tremer”.

Texto e fotos Firmino Paixão

As hostes vimaranenses, que nos últi-mos tempos têm andado de candeias às avessas com a sua equipa de futebol,

não terão ganho para o susto quando, ainda du-rante a primeira parte, viram o Moura adian-tar-se no marcador. Henrique Gomes foi o he-rói que deu a vantagem aos mourenses e só aos 90 minutos (outra vez os 90 minutos, é que esta equipa já perdeu pontos em três jogos sobre o apito final) o argelino Soudani conseguiu o em-pate para a formação da cidade berço. Já em tempo de prolongamento, o mesmo Soudani fez o tento da vitória minhota e afastou o Moura da Taça de Portugal. Caíram de pé! Mas saíram do D. Afonso Henriques sob forte aplauso dos adeptos vimaranenses.

No Estádio do Mar, em Leixões, a equipa local “viu-se e desejou-se” para vencer a forte motivação com que os “mineiros” de Aljustrel encararam esta eliminatória. Dando força às suas fraquezas, os aljustre-lenses conseguiram levar o jogo até aos 79 minutos com o marcador em branco, sendo nessa altura traídos por um lance de bola parada. Perderam tangencialmente e sua-ram a camisola, dignificaram os emblemas e o futebol alentejano.

Moura visita o Juventude No domingo estão de regresso os respetivos campeonatos na-cionais e o Moura terá uma deslocação até ao Sanches de Miranda, na cidade de Évora, para defrontar o Juventude. Um jogo em que a motivação trazida do Minho pode ser benéfica para a equipa.

Na terceira divisão nacional joga --se também mais uma ronda, em que as

Taça de Portugal – 3.ª eliminatória

Clubes alentejanos fazem “tremer” poderosos

A Taça Fundação Inatel em futebol, edição 2011/12, vai ter início no fim de semana de 29 e 30 e terá a par-

ticipação de 39 equipas, sendo duas delas (Soneguense e Cercalense) do distrito de Setúbal. Para efeitos competitivos as equi-pas foram enquadradas em cinco séries e o calendário da ronda inaugural é o se-

equipas do distrito vão jogar em casa. O Aljustrelense para receber a formação do União de Montemor; o Despertar vai abrir

as portas do seu recinto aos algarvios do Quarteirense. Jogos difíceis para os dois conjuntos alentejanos.

Taça Fundação Inatel já tem calendárioguinte: Grupo A: Soneguense-Cercalense; Bemposta-Longueira; Malavado-Cava-leiro; Folga: Campo Redondo. Grupo B: Luzianes-Pereirense; Amoreirense-Gar-vão; Santaclarense-Colense; Relíquias-Na-ve redondense. Grupo C: Santa Vitória - -Jun geiros; Mombeja-São Matias; Faro Alentejo-Figueirense; Beringelense-Pe-

nedo Gordo. Grupo D: Quintos-Brinches; Louredense-Salvadense; Ficalho-Neves; Sobral D’Adiça-Luso Serpense. Grupo E: Alcariense-Sta Clara-a-Nova; Aldeia de Fernandes-Trindade; Albernoense - -Desportivo de Sete; Sanjoanense --Almodovarense.

Firmino Paixão

Campeonato Nacional da 3.ª Divisão em Futsal – Série D 2.ª Jornada: Évora Futsal, 2-Louletano,

4; Atalaia, 4-Quinta Conde, 2; Baronia, 2-Sonâmbulos, 5; Sassoeiros, 2-Benfica VRSA, 4;

Independentes, 3-Portela, 4; Messines, 1-Rangel, 4; Sporting Viana, 4-Os Indefetíveis, 6. Próxima

jornada (22/10): Independentes-Sp.Viana; Portela Benfica-VRSA; Indefetíveis-Atalaia; Quinta

Conde-Messines; Rangel-Baronia; Sonâmbulos-Évora Futsal; e Louletano-Sassoeiros.

Baronia joga

na Brandoa em futsal

Aljustrelense Turma mineira não deu descanso ao mítico Leixões

Moura A equipa alentejana chegou a sonhar com a vitória, em Guimarães

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Francisco Corujo foi o sucessor natural de uma grande referência do futebol bejense, Honório Alves. Nasceu em

20 de outubro de 1952, fez ontem 59 anos, e cedo começou a revelar a competência para defender as balizas do Desportivo de Beja, clube que, faz questão de referir, o projetou “para o mundo da bola”. Com este emblema fez o seu percurso formativo e depois quase toda a sua carreira, com o intervalo de duas épocas em que representou o Atlético de Reguengos e o Moura Atlético Clube, clubes que ajudou a subir à 3.ª Divisão Nacional. Como treinador esteve algumas épocas no Despertar, ao lado de João Caçoila, e foi ad-junto de Francisco Fernandes nos bons tem-pos do Desportivo de Beja. Um pouco afas-tado do futebol, aceitou prognosticar a jornada de domingo.

(X) GUADIANA/VASCO DA GAMAO Guadiana tem uma equipa muito jovem e que promete um futuro risonho ao clube, mas a maior experiência do Vasco da Gama irá prevalecer.

(X) PANOIAS/MILFONTESSerá um jogo emotivo, mas o Milfontes quer man-ter-se nos primeiros lugares e não deixará de le-var pontos de Panoias.

(1) CASTRENSE/ALMODÔVARSerá um grande derby. Mas o Castrense é forte e é candidato assumido, jogando em casa é favorito.

(X) ROSAIRENSE/SERPAO Rosairense é difícil de bater no seu próprio ter-reno, mas o Serpa também é uma equipa com va-lor, aposto na divisão dos pontos.

(1) ODEMIRENSE/SÃO MARCOSO Odemirense é francamente favorito, joga em casa e tem uma boa equipa.

(1) FERREIRENSE/ALDENOVENSEO Ferreirense reforçou-se bem e está a tentar lu-tar pelos primeiros lugares.

(X) SPORTING DE CUBA/DESPORTIVO DE BEJAO Desportivo é sempre o Desportivo. O Cuba é uma equipa aguerrida, difícil de bater em casa, por isso vou pelo empate.

Hoje palpito eu... Francisco Corujo

Campeonato Distrital de Futebol Feminino – Serpa na defesa do título Com a participação de seis equipas inicia-se amanhã, sábado, mais uma edição do Campeonato Distrital de Futebol Feminino, competição em que as jogadoras do Futebol Clube de Serpa vão defender o título conquistado na época anterior. O calendário da ronda inaugu-ral caprichou no reencontro das equipas das casas do Benfica de Almodôvar e Castro Verde, as campeãs em título visitam o Mineiro Aljustrelense e o Ourique joga em casa com o Odemirense. As partidas estão marcadas para a tarde de amanhã, com o apito inicial a soar às 15 horas.

Depois da vitória em S. Teotónio, o Cabeça Gorda mantém-se invicto na liderança, seguido de perto pelo

B.º Conceição (que goleou o Sanluizense) e do Ourique, equipa que está a revelar -se a surpresa do campeonato. Negrilhos e Barrancos ainda não pontuaram.

Resultados: Alvorada, 0-Messejanense, 0; Amarelejense, 3-Vale de Vargo, 0; B.º Conceição, 5-Sanluizense, 0; Ourique, 4-Barrancos, 3; Renascente, 1-Cabeça Gor da, 3; Piense, 2-Saboia, 0. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 9 pontos. 2.º B.º Conceição e Ourique, 7. 4.º Piense, Amarelejense e Renascente, 6. 7.º Messejanense, 4. 8.º Saboia, 3. 9.º Alvorada, Vale de Vargo e Sanluizense, 1. 12.º Negrilhos e Barrancos, 0. Próxima jornada (22/10): Negrilhos --Piense; Saboia-Rensacente; Sanluizense --Amarelejense; Barrancos-B.º Conceição; Cabeça Gorda-Ourique; Vale de Vargo --Alvorada. FP

Campeonato Distrital da 1.ª Divisão

FC Castrense reforçou liderança

Com uma vitória tangencial, mas categórica, em Milfontes, a formação do Castrense não

só manteve a liderança como aumen-tou em um ponto a vantagem para o segundo classificado, que é agora, e um tanto surpreendentemente, o Aldenovense. No grupo dos tercei-ros incluem-se alguns dos favoritos, Ferreirense e Milfontes, mas também o Serpa, o Rosairense e o Panoias. Algo vai mal em Vidigueira onde a equipa não consegue pontuar. O Almodôvar estreou treinador e conseguiu o pri-meiro ponto com o vizinho Rosairense. O Guadiana conquistou a primeira vi-tória. Este início de época tem sido fér-til em derbys, a jornada de domingo não foge à regra, com um interessante Castrense-Almodôvar e um sempre empolgante Cuba-Desportivo de Beja. Mas o jogo que elegemos para o topo da jornada é o de Ferreira do Alentejo para avaliarmos até onde pode a equipa de Carlos Guerreiro defender o honroso segundo lugar que ocupa.

Resultados da 4.ª jornada: Guadiana, 4-Sporting Cuba, 2; Vasco da Gama, 0-Panoias, 1;

Milfontes, 1-Castrense, 2; Almodôvar, 1-Rosairense, 1; Serpa, 2-Odemirense, 1; São Marcos, 0-Ferreirense, 1; Aldenovense, 2-Desportivo de Beja, 1.

Classif icação: 1.º Castrense, 12 pontos. 2.º Aldenovense, 9. 3.º Milfontes, Serpa, Ferreirense, Panóias e Rosairense, 7. 8.º Odemirense, 6. 9.º Desportivo Beja, 5. 10.º Sporting Cuba

e São Marcos, 4. 12.º Guadiana, 3. 13.º Almodôvar, 1. 14.º Vasco da Gama, 0.

Próxima jornada (23/10): Guadiana - -Vas co Gama; Panoias-Milfontes; Castrense-Almodôvar; Rosairense - -Serpa; Odemirense-São Marcos; Ferreirense-Aldenovense; Sporting Cuba-Desportivo Beja.

Firmino Paixão

1.ª Divisão FC Serpa venceu o Odemirense

Campeonato Distrital da 2.ª Divisão

Ferrobico imparável

2.ª Divisão Bairro da Conceição goleou o Sanluizense

Distrital de Benjamins

Os mais jovens em competição

Chegou a vez dos mais jovens futebolistas inicia-rem a sua prova. A ansiedade deve ser muita e a vontade de vencer também. O campeonato será

disputado por 27 equipas e está dividido em três séries. Os jogos disputam-se aos sábados pelas 10 e 30 horas. A primeira jornada tem a seguinte agenda: série A: Vasco Gama-Sp.Cuba; Figueirense-Ferreirense; N.S.Beja --Be ringelense; Despertar A-Casa do Benfica. Folga o Alvito. Série B: Serpa-Bairro da Conceição; Desp.Beja-Despertar B; Piense-Aldenovense; Guadiana - -Amarelejense. Folga o Moura. Série C: Almodôvar - -Odemirense; Castrense-Milfontes; Rosairense --Panoias; Ourique-Renascente. Folga o Aljustrelense.

Joga-se no próximo fim de semana a 1.ª eliminatória

da Taça Distrito de Beja em futsal com o seguinte

quadro de jogos: série A: Alfundão-N.S.Beja e

IPBeja-Alcoforado (19/10); Série B: Vila Ruiva -

-V.N.S.Bento; Almodovarense-A.Surdos Beja.

Taça Distrito de Beja

em futsal

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Maria Tomázia, 91 anos, feitos recentemente, assume-se como a verdadeira rainha do antigo bairro bejense conhecido pelo “arrabalde”. A matriarca impõe respeito e nem o mais ousado “chico esperto” leva a melhor sobre a idosa senhora. Trava dois dedos de conversa com a mais díspar das almas que porventura se predisponha a ouvi-la. Maria Tomázia carrega consigo um rol de histórias de encantar. Nunca renegou a sua condição de mulher trabalhadora e construiu um lar onde as cores desportivas assentaram sob a sigla do azul. O seu saudoso marido era do Belenenses, o filho Mariano seguiu as peugadas do pai e o Zé António permanece adepto do FC Porto. Lá em casa o vermelho e o verde, desportivamente falando, ficaram órfãos à porta. Do bairro do “arrabalde” ressaltaram para a ribalta alguns dos antigos artistas da bola da velha urbe paxjuliana. Enquanto moço recordo os desafios com os rapazes do “arrabalde” que utilizavam, na altura, como campo um dos espaços da velha mata onde se localiza, hoje, o hospital de Beja. Ao cruzar épocas, já longínquas, recordo velhos derbys com aquela malta do “arrabalde”! O Zé António, membro do clã Lameira, foi meu companheiro de equipa nos juvenis do Despertar nos anos 60. O Mariano também deu uns chutos na redondinha. O pai, homem de uma outra geração, defendia com garra as cores do emblema com a cruz de Cristo ao peito. Resolvida para uma resposta à ponta da língua, Maria Tomázia, um dos ícones já raros da cidade, perdoem-me o devaneio, foi sempre uma mulher adversa a essa coisa da bola, refugiava-se na gentileza com o próximo, não obstante a vitalidade colocada no diálogo. O seu espírito aberto e o aspeto brincalhão mantêm-se. Dizia-me, numa destas últimas manhãs, a senhora residente na rua de Lisboa: “Eu sou a rainha do ‘arrabalde”! Desportivamente… concordo.

Rainha do “arrabalde”!José Saúde

Arbitragem O conselho de arbitragem da Associação de Futebol de Beja realiza hoje, sexta-feira, na Biblioteca Municipal de Aljustrel, pe-las 19 e 30 horas, uma ação de formação para árbitros e observadores. Amanhã, sábado, no Complexo Desportivo Fernando Mamede, reali-zam-se as segundas provas de aptidão para árbitros.

Andebol Zona Azul lideraCampeonato Nacional da 1.ª

Divisão Seniores Masculinos

Zona Sul – 5.ª jornada: Boa

Hora, 32-Oriental, 28; Torrense,

28-Almada, 19; Zona Azul, 40-

A.C. Sines, 29; N.Guadiana, 22-

N.A. Redondo, 28; Costa D’Oiro,

15-Lagos, 28. Classificação: 1.º

Zona Azul, 13 pontos. 2.º Boa Hora

e Lagos, 12. 4.º Almada e Redondo,

11. 6.º Torrense, 10. 7.º Oriental,

Costa D’Oiro e N. Guadiana, 7.

10.º Loures, 6. 11.º A.C. Sines, 4. O

campeonato prossegue apenas no

próximo dia 29 com a deslocação

da Zona Azul ao Redondo. O

Sines jogará em casa com os

lacobrigenses do Costa D’Oiro.

Nacional de iniciadosCampeonato Nacional da 1.ª

Divisão de Iniciados Masculinos

Zona 6 – 5.ª jornada: V. Setúbal,

30-CCP Serpa, 24; Almada, 19-

Alto Moinho, 29; Torrense,

43-Quinta Nova, 30; Lagoa,

31-Vela Tavira, 18. O Centro

de Cultura Popular de Serpa

mantém-se no último lugar

da tabela e amanhã volta a

jogar em casa com a formação

do alto do Moinho, pelas 16

horas, no Pavilhão Carlos

Pinhão, na cidade de Serpa.

Atletismo II Meeting JovemRealiza-se amanhã, sábado, no

Estádio Municipal de Castro

Verde, o II Meeting Atletismo

Jovem, uma prova organizada

pelo município com o apoio da

Associação de Atletismo de Beja.

A competição destina-se aos

escalões de benjamins, infantis,

iniciados e juvenis, federados ou

não. A concentração dos atletas

está marcada para as 14 e 30

horas e as provas vão decorrer

entre as 15 e as 17 e 30 horas.

Pesca desportivaProva em Grândola A praia da Aberta Nova, no

concelho de Grândola, vai receber

durante a manhã do próximo dia

30 o “Open Surfcasting 2011”,

prova de pesca desportiva de

mar organizada pela Associação

de Pescadores Desportivos de

Grândola e que se insere no

programa de comemorações

do dia do concelho.

O candidato às eleições para a Federação Portuguesa de Futebol, Fernando

Gomes, foi o primeiro a vir a Beja apresentar o seu manifesto eleito-ral ao movimento associativo da re-gião. Numa reunião em que o exe-cutivo da Associação de Futebol de Beja compareceu em peso, e os clu-bes nem por isso, Fernando Gomes convidou José Luís Ramalho, presi-dente da associação, para manda-tário nacional da candidatura. O ainda presidente da Liga do Futebol Profissional, e um dos três candi-datos já assumidos às eleições fede-rativas de 10 de dezembro próximo, fez-se acompanhar de Humberto Coelho e de Hermínio Loureiro.

José Luís Ramalho, ex-presi-dente do Instituto Politécnico de Beja, tinha dito ao “Diário do Alentejo”, momentos antes da reu-nião se iniciar, que o sentido de voto da A.F.Beja dependeria de

uma reunião a realizar com os clu-bes filiados, mas, hora e meia de-pois, e tendo já aceite o convite de Fernando Gomes, admitiu que o apoio ao candidatoestava “de certo modo implícito”.

“A direção tem vindo a acom-panhar o processo eleitoral, todos nós tínhamos uma ideia sobre esta candidatura, não quisemos foi an-teciparmo-nos sem primeiro as-sistirmos à apresentação daquilo que são as linhas gerais do seu

programa”, explicou o dirigente. José Luís Ramalho justificou ainda o apoio à candidatura: “Tem à sua volta nomes prestigiantes do fute-bol, pessoas conhecedoras, diri-gentes com provas dadas, pessoas com experiência, pela sua forma-ção e prática desportiva, com ideias que nos agradam, que irão provo-car uma certa rotura que começou a desenhar-se quando foram apro-vados os novos estatutos”.

Quanto ao seu desempenho futuro como mandatário nacio-nal de Fernando Gomes, o presi-dente da A.F.Beja disse: “Será um papel meramente simbólico, espe-cialmente a provar que as associa-ções têm neste momento o mesmo peso. Foi uma honra ter aceite este convite, fi-lo com muito prazer, mas fundamentalmente porque estamos num momento de uma viragem no futebol nacional”, concluiu.

A formação do Futebol Clube Albernoense venceu o XI Torneio Município

de Beja, tradicional competição que serve de reentré às equipas do concelho que disputam o antigo Campeonato Distrital do Inatel, hoje Taça Fundão Inatel em futebol. O tor-neio realizou-se em duas fases e ao logo dos dois últimos fins de semana, tendo a fase preliminar da prova de-corrido em Penedo Gordo, Quintos e Salvada, etapa onde foram encon-trados os três finalistas que disputa-ram entre si o triunfo absoluto: São

Matias, Beringelense e Albernoense. Esta fase complementar decor-

reu já nos relvados sintéticos do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja. Recorde-se ainda que estiveram em prova as equipas do Salvadense, São Matias, Santa Vitória, Beringelense, Louredense, Mombeja, Penedo Gordo, Albernoense, Trindade e Quintos, registando a ausência de última hora da equipa das Neves.

Nos jogos que decidiram o tí-tulo, a equipa de Albernoa ven-ceu primeiro o Beringelense (2-

1) e depois o São Matias (1-0), assegurando, desde logo, a con-quista do torneio. A disputa do 2.º e 3.º lugares pendeu para o Beringelense, que derrotou o São Matias por 2-0. Individualmente foi premiado o jogador Nuno Bolotinha (Louredense) como me-lhor marcador do torneio (dois golos). Classificação final: 1.º Albernoense; 2.º Beringelense; 3.º São Matias; 4.º Salvadense; 5.º Mombeja; 6.º Quintos; 7.º Penedo Gordo; 8.º Trindade; 9.º Louredense; e 10.º Santa Vitória.

XI Torneio Município de Beja

Albernoense foi a melhor equipa

Ramalho é mandatário nacional

Beja com Gomes

O VII Torneio Internacional de Kayak Pólo

realiza-se este fim de semana na Piscina Olímpica

da Cidade de Beja, com organização da Associação

Juvenil Pagaia Sul e o apoio técnico da Federação

Portuguesa de Canoagem. As entradas são livres.

Torneio internacional

de kayak pólo em Beja

O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, época 2011/2012, vai iniciar-

se amanhã, sábado, com as qua-tro equipas sul alentejanas en-quadradas na Zona Sul, duas delas, a de Castro Verde e a de Aljustrel, a estrearem-se em casa. O Estremoz, quinta equipa da re-

gião, folga nesta primeira jornada. O calendário da ronda inaugu-ral é o seguinte: Aljustrelense-Azeitonense; Boliqueime-Sei-xal; Castrense-Lisbonense; Os Lobinhos-H.Santiago; e Sa le-siana-H.Grândola. Os jogos es-tão marcados para as 18 horas, com exceção da partida em que

intervém a equipa de Santiago do Cacém, agendada para as 20. O Nacional da 2.ª Divisão tam-bém tem início aprazado para a tarde de amanhã e, neste pata-mar, a única formação alentejana é o Hóquei Clube Vasco da Gama, de Sines, que jogará em casa com o Hóquei de Sintra.

Hóquei em patins

Castrense e Mineiro jogam em casa

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21Sexta-feira,

21 OUTUBRO 2011Nº 1539 (II Série) classifi cados diversos

BOA OPORTUNIDADEImóvel no centro histórico.

VENDE-SE. 65.000 euros

Contactar tm. 968983208

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASSERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.28 - Um prédio rústico denominado “Ratoeiras”, com a área de 1,5620 hectares, composto de cultura arvense de 3ª classe e olival de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classe, inscrito na matriz cadastral da freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira sob o artigo 100 Secção A com o valor pa-trimonial de € 63,73 para efeitos de IMI e de € 2.817,50 para efeitos de IMT.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO, residente em VILA DE FRADES, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-10-11 e as 16:00 horas do dia 2011-12-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 4.200,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso

ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-29, pelas 12:00 horas, e termina no dia 2011-12-14 às 12:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmis-sões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337200901005685NIF/NIPC: 178053252Nome: JOSE JUSTINO FIALHO CAEIROMorada: R LUIS DE CAMÕES N 13 - VILA DE FRADES - VILA DE

FRADES2011-10-11

O Chefe de Finanças:

José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIO

VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.25 - Prédio urbano sito em Rua do Pinhei-ro, com 1 Piso, de Tipologia T3, destinado a armazéns e actividade industrial (lagar de azeite) composto por 4 compartimentos, duas dependências e quintal, com a área total do terreno de 38700 m2, área de implantação do edifi cio de 1600 m2, área bruta de construção de 1795,60 m2, área bruta dependente de 1600 m2 e área bruta privativa de 1600 m2 inscrito na matriz predial da freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira sob o artigo 136 com o valor patrimonial de € 91.715,00.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEI-RA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO, residente em VILA DE FRADES, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-10-11 e as 16:00 horas do dia 2011-12-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 64.200,50.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-29, pelas 10:30 horas, e termina no dia 2011-12-14 às 10:30. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e median-te requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores des-conhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337200901005685NIF/NIPC: 178053252Nome: JOSE JUSTINO FIALHO CAEIROMorada: R LUIS DE CAMÕES N 13 - VILA DE FRADES - VILA

DE FRADES2011-10-11

O Chefe de Finanças:José Maria Pereira Aniceto

OFICINA

RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS

TESTAGENS

SERVIÇO DE TORNO

SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

Encamisar blocos

orçamentos com ou sem material

PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO

Sítio Horta de St. António

Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516

Transportes de Serviços Urgentes

Urgente diurno (recolhas e entregas no próprio dia)

Urgente nacional (de hoje para amanhã)

Urgente Espanha (de hoje para amanhã, antes das 10H)

Urgente internacional (o mais urgente com cobertura mundial)

e-comerce – para empresas que comercializam os seus produtos através da Internet

Outros

Contactos: Beja, Évora – 284 321 760 | Sines – 269 636 087

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.93 - Prédio urbano sito na Rua das Portas

de Aljustrel nº 15 - r/c em Beja, com a afectação de arrecadação e arru-

mos, com a área bruta privativa de 56,0000m2 e área bruta dependente

de 2,2000m2, inscrito na matriz predial sob o artigo 1680 - Fracção A,

da Freguesia de São João Baptista.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de

Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber

que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos

artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo

Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem

acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para

pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) MAURO PEREIRA DE SOUZA,

residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado

a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas

do dia 2011-10-14 e as 16:00 horas do dia 2011-12-12.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 3.878,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador

registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens

penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”,

“Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A

licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base

da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresen-

tadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-28, pelas 10:00

horas, e termina no dia 2011-12-13 às 10:00. As propostas, uma vez sub-

metidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do

Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da

portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão

de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo

de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de

execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante

requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados

do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o

depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma

parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses

(256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos

que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre

as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto

Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT),

contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos

e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo

de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos

que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado

(240º/CPPT).

Teor do Edital:

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200901021192 (e

apensos)

NIF/NIPC: 244358702

Nome: MAURO PEREIRA DE SOUZA

Morada: R PORTAS DE ALJUSTREL N 15 - BEJA - BEJA

2011-09-21

O Chefe de Finanças

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Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 Única Publicação

CENTRO INFANTIL CORONEL SOUSA TAVARES

CONVOCATÓRIANos termos do Artigo Trigésimo dos Estatutos do

Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, convocam-se

todos os Sócios para uma Assembleia-Geral a realizar

no próximo dia 15 de Novembro de 2011, pelas 20

horas, na sede da Instituição com a seguinte ordem

de trabalhos:

1 - Apreciação e Votação da Conta de Exploração

Previsional e Orçamento de Investimentos e Desinves-

timentos para o Ano de 2012.

2- Regulamento Interno de Funcionamento do CATL

“A Escola”.

3- Outros Assuntos.

Se à hora marcada não estiver presente mais de

metade dos associados com direito a voto a Assem-

bleia reunirá uma hora depois com qualquer número

de presentes.

Beja, 13 de Outubro de 2011

O Presidente da Assembleia Geral

João da Silva Martins

Page 22: Ediçao n.º1539

22Diário do Alentejo21 outubro 2011

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Page 23: Ediçao n.º1539

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TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan

Mamografi a e Ecografi a Mamária

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Electrocardiograma com relatório

Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.

Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,

Portugal Telecom e Advancecare

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7800-451 BEJA Tel. 284324690

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Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro

Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan

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Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.

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E-Mail: [email protected]

Urologia ▼

saúde 23Diário do Alentejo

21 outubro 2011

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido ValenteDr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de LisboaDr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de BejaDr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de BejaDr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.Dr. Rogério Guerreiro – NaturopatiaDr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina FamiliarDr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de BejaDrª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de LisboaDr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. BejaDr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa MariaDr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de BejaDr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo AlentejoDr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de BejaDr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/ObstetríciaDr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de BejaDr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de BejaDr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta.Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celuliteDr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

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Page 24: Ediçao n.º1539

24Diário do Alentejo21 outubro 2011

institucionalDiário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASSERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.26 - Um prédio rústico denominado “Courela da Marquesa” com a área de

5,8500 hectares,composto de cultura arvense de 3ª e 4ª classe e olival de 3ª e 4ª classe,inscrito na matriz

cadastral da freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira sob o artigo 20 Secção A com o valor

patrimonial de €152,72 para efeitos de IMI e de € 6.751,75 para efeitos de IMT.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em

LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos

termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da

portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra

indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO, residente em VILA DE FRADES,

o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre

as 16:00 horas do dia 2011-10-11 e as 16:00 horas do dia 2011-12-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 17.500,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e

autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens

penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica

de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base

da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-29, pelas 11:00 horas, e termina no dia 2011-12-14 às

11:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a

adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15

dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de

execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado,

entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado

o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um

terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeada-

mente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto

Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação

(242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem,

no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia

real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337200901005685

NIF/NIPC: 178053252

Nome: JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO

Morada: R LUIS DE CAMÕES N 13 - VILA DE FRADES - VILA DE FRADES

2011-10-11

O Chefe de Finanças:

José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASSERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.27 - Prédio rústico denominado “Ratoeiras”, com a área de 1,5000 hectares, com-

posto de cultura arvense de 3ª classe e olival de 3ª e 4ª classe, inscrito na matriz cadastral da freguesia de Vila

de Frades, concelho de Vidigueira sob o artigo 99 Secção A, com o valor patrimonial de € 48,90 para efeitos de

IMI e de € 2.161,87 para efeitos de IMT.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE

AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos

248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1

de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida

constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO, residente em VILA DE FRADES, o(a) qual

deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas

do dia 2011-10-11 e as 16:00 horas do dia 2011-12-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 4.200,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenti-

cação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”,

ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão

Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a

qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-29, pelas 11:30 horas, e termina no dia 2011-12-14 às 11:30.

As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação

do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias,

contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução

fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue

no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no

prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante

em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente

o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor

Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2),

citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de

15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem

penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337200901005685

NIF/NIPC: 178053252

Nome: JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO

Morada: R LUIS DE CAMÕES N 13 - VILA DE FRADES - VILA DE FRADES

2011-10-11

O Chefe de Finanças

José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASSERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.24 - Um prédio urbano sito em Rua do Infante nº 37 em Vila de Frades, destinado a habitação, com 1 piso de Tipologia T5, com a área total do terreno de 1206 m2, área de implantação do edificio de 321 m2, área bruta de construção de 321 m2, área bruta dependente de 150 m2 e área bruta privativa de 150 m2, inscrito na matriz predial da freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira sob o artigo 971, com o valor patrimonial de € 77.730,00.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal.

É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE JUSTINO FIALHO CAEIRO, residente em VILA DE FRADES, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-10-11 e as 16:00 horas do dia 2011-12-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 54.411,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e

autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-29, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-12-14 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeada-mente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclama-rem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identificação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337200901005685NIF/NIPC: 178053252Nome: JOSE JUSTINO FIALHO CAEIROMorada: R LUIS DE CAMÕES N 13 - VILA DE FRADES - VILA DE FRADES2011-10-11

O Chefe de Finanças:José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE FERREIRA DO ALENTEJO-0272

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0272.2011.41 - Serv. Finanças FERREIRA DO ALENTEJO - [0272] Freguesia de Ferreira Do Alentejo , 1/3 do Prédio Urbano, sito na Rua Alexandre Herculano nº 34 - Ferreira do Alentejo, inscrito na matriz predial urbana daquela freguesia sob o artigo 3160 e descrito na CRP deste concelho como fi cha 4661 da mesma freguesia.

Fernando Manuel Ferreira Lopes, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças FERREIRA DO ALENTE-JO-0272, sito em PRAÇA COMENDADOR INFANTE PASSANHA 16, FERREIRA DO ALENTEJO, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) LUIS JOÃO DE CAMPOS ALBERTO ALFEIRÃO, residente em FERREIRA DO ALENTEJO, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-12 e as 16:00 horas do dia 2012-01-09.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 6.018,19.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenti-

cação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-25, pelas 16:00 horas, e termina no dia 2012-01-09 às 16:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudi-cação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0272200701007947 (e apensos)NIF/NIPC: 138676593Nome: LUIS JOÃO DE CAMPOS ALBERTO ALFEIRÃOMorada: R VISCONDE DE FERREIRA R/C - FERREIRA DO ALENTEJO - FERREIRA DO ALENTEJO2011-10-12

O Chefe de Finanças

Fernando Manuel Ferreira Lopes

Page 25: Ediçao n.º1539

institucional 25Diário do Alentejo

21 outubro 2011

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.97 - Prédio urbano destinado a serviços, sito em Areias de S. João, lote 4 2º andar em Albufeira, freguesia de Albufeira, concelho de Albufeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 16578 fracção “AAU”, escritório poente 1, composto por três compartimentos, casa de banho e varanda, com a área bruta privativa de 50,6400 m2 e área bruta dependente de 11,6600 m2.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra in-dicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOAQUIM VAZ CLAUDIO, residente em ALBERNOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-21 e as 10:00 horas do dia 2011-12-20-

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 46.298,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao

“Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-05, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-12-20 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finan-ças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante reque-rimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200501028081NIF/NIPC: 112689922Nome: JOAQUIM VAZ CLAUDIOMorada: R DE ALJUSTREL N 16 - ALBERNOA – ALBERNOA2011-10-03

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.98 - 19/20 do prédio urbano destinado a garagem e arrumos, sito em Areias de S. João, lote 4, cave, em Albufeira, freguesia de Albufeira, concelho de Albufeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 16578 fracção “B”, composta por um compartimento destinado a garagem e 6 compartimentos destinados a arrumos, com a área de 404 m2.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra in-dicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOAQUIM VAZ CLAUDIO, residente em AL-BERNOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-21 e as 11:00 horas do dia 2011-12-20.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 96.937,05.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao

“Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-05, pelas 11:00 horas, e termina no dia 2011-12-20 às 11:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finan-ças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante reque-rimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,

de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200501028081NIF/NIPC: 112689922Nome: JOAQUIM VAZ CLAUDIOMorada: R DE ALJUSTREL N 16 - ALBERNOA - ALBERNOA2011-10-03

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.99 - Prédio urbano destinado a comércio, sito em Areias de S. João, lote4, r/c, em Albufeira, freguesia de Albufeira, concelho de Albufeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 16578, fracção “U”, loja norte poente 1, composta por três compartimentos, casa de banho e varanda, com a área bruta privativa de 50,6400 m2 e área bruta dependente de 11,6600 m2.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra in-dicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOAQUIM VAZ CLAUDIO, residente em ALBERNOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-21 e as 12:00 horas do dia 2011-12-20.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 52.348,10.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao

“Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-05, pelas 12:00 horas, e termina no dia 2011-12 20 às 12:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finan-ças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante reque-rimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200501028081NIF/NIPC: 112689922Nome: JOAQUIM VAZ CLAUDIOMorada: R DE ALJUSTREL N 16 - ALBERNOA – ALBERNOA2011-10-03

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.100 - Prédio urbano destinado a serviços, sito em Areias de S. João, lote 4 1º andar, em Albufeira, freguesia de Albufeira, concelho de Albufeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 16578 fracção “AT”, escritório norte 6, composto por três compartimentos, casa de banho, arrumos e varanda, com a área bruta privativa de 51,3600 m2 e área bruta dependente de 12,4000 m2.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado,

penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOAQUIM VAZ CLAUDIO, residente em AL-BERNOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-21 e as 10:00 horas do dia 2011-12-21.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 46.634,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao

“Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-06, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-12-21 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finan-ças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante reque-rimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200501028081NIF/NIPC: 112689922Nome: JOAQUIM VAZ CLAUDIOMorada: R DE ALJUSTREL N 16 - ALBERNOA – ALBERNOA2011-10-03

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.101 - Prédio urbano destinado a serviços, sito em Areias de S. João, lote 4 2º andar em Albufeira, freguesia de Albufeira, concelho de Albufeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 16578, fracção “AAT”, escritório norte 6, composto por três compartimentos, casa de banho, arrumos e varanda, com a área bruta privativa de 51,3600 m2 e área bruta dependente de 12,4000 m2.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOAQUIM VAZ CLAUDIO, residente em AL-BERNOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-21 e as 11:00 horas do dia 2011-12-21.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 47.096,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao

“Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-06, pelas 11:00 horas, e termina no dia 2011-12 21 às 11:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante reque-rimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,

de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200501028081NIF/NIPC: 112689922Nome: JOAQUIM VAZ CLAUDIOMorada: R DE ALJUSTREL N 16 - ALBERNOA – ALBERNOA2011-10-03

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DA LIC. LUCINDA

DO ROSÁRIO BERNARDO MARTINS GRAVATACertifi co para efeitos de publicação que, por escritura DE JUSTIFI-

CAÇÃO NOTARIAL outorgada hoje neste Cartório, lavrada a folhas 100, do livro de noras 345-E, MARIA FRANCISCA BENTO VERÍSSIMO, viúva, EUNICE MARIA BENTO VERÍSSIMO, solteira, maior, residentes na Rua dos Lusíadas, nº 305, r/c, Sassoeiros, Carcavelos, Cascais e MARIA EUGÉNIA BENTO VERÍSSIMO FERREIRA, autorizada por seu marido, JOSÉ LUÍS QUINTINO FERREIRA, casados no regime de comunhão de adquiridos, residentes na Praceta Vasco da Gama, lote 1-B, Sassoeiros, Carcavelos, Cascais, justifi caram ser donas e legítimas possuidoras, com exclusão de outrem e em comum e sem determinação de parte ou direito, dos seguintes prédios não descritos na Conservatória do Registo Predial de Mértola: 1) – Prédio rústico, composto de cultura arvense, com a área de 3.500 ha, sito em Geralda, freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, a confrontar do norte com Maria Ana Rita, sul com herdeiros de Maria Helena, nascente com Herdeira de Balbina da Palma Santos Romana e poente com António Mateus da Silva e Augusto Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 183, secção C; 2) – Prédio rústico, composto de cultura arvense, com a área de 1,0875ha, sito em Giralda, freguesia referida de Santana de Cambas, a confrontar do norte com Aldina Fialho Alves de Sousa e outros, sul com Bárbara Lourenço, nascente com José António Santos Romana e poente com Camila Mourão Faleiro Ferreira, inscrito na matriz sob o artigo 74, secção D; 3) – Prédio urbano, que serve de cavalariça e palheiro, construção de taipa, com a superfície coberta 52 m2, sito em Corvos, freguesia e concelho de Mértola, a confrontar do norte e nascente com via pública, sul com prédio de Francisco Veríssimo e poente com prédio de Manuel Marques Castilho, inscrito na matriz sob o artigo 1022; 4) – Prédio urbano, com três compartimentos, construção de taipa, com a superfície coberta de 46 m2, sito em Corvos, freguesia e concelho de Mértola, a confrontar do norte com prédio de Alberto dos Santos Pereira Monteiro, sul e nascente com via pública e poente com prédio de Francisco Inácio, inscrito na matriz sob o artigo 1035, prédios que se encontram inscritos na matriz em nome de Francisco Veríssimo, residente que foi em Corvos, Mértola e que foram adquiridos por Mário da Cruz Veríssimo, à data casado com Maria Francisca Bento Veríssimo no regime da comunhão geral de bens, actualmente falecido, de quem as justifi cantes são as únicas herdeiras, em partilha verbal a que procedeu com os demais interessados por óbito do referido Francisco Veríssimo, seu pai, no ano de mil novecentos e setenta e três. Que, dos identifi cados prédios não têm as justifi cantes título formal de aquisição, tendo o dis-solvido casal do referido Mário da Cruz Veríssimo entrado na sua posse na data da referida partilha verbal por óbito de Francisco Veríssimo. Que, quer as justifi cantes, como herdeiras do seu falecido marido e pai, quer antes o dissolvido casal, se encontram na posse dos referidos prédios há mais de vinte anos, posse que sempre exerceram de forma ininterrupta, como se de coisa sua se tratasse, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, pública, pacífi ca e contínua e do consenso que os mesmos prédios lhes pertencem por praticarem todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, pelo que os adquiriram por usucapião, não tendo assim documentos que lhes permitam fazer a prova de aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme o original.Oeiras, seis de Outubro de dois mil e onze.

A NotáriaLucinda do Rosário Bernardo Martins Gravata

Page 26: Ediçao n.º1539

26Diário do Alentejo21 outubro 2011

institucional diversos necrologiaDiário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE LISBOA

Marta Chalaça

Certifi co para efeitos de publicação que por escritura

lavrada neste Cartório em dez de Outubro de dois mil e

onze, exarada a folhas vinte e seis e seguintes do Livro de

Notas para Escrituras Diversas número Trezentos e Sessenta

e Três, foi lavrada uma escritura de Justifi cação Notarial na

qual, PEDRO DE SANTOS AGUDO MATOS ÁGUAS, casado

sob o regime da separação de bens, com Ana Maria Arantes

Freire Torres Matos Águas, natural da freguesia de São Jorge

de Arroios, concelho de Lisboa, residente na Avenida Ilha da

Madeira, número 22, quarto andar D, em Lisboa, NIF 146

675 975 e TIAGO DE SANTOS AGUDO MATOS ÁGUAS,

solteiro, maior, natural da freguesia de São Sebastião da

Pedreira, concelho de Lisboa, residente na Avenida Helen

KelIer, 15, nono andar esquerdo, em Lisboa, NIF 146 675

991, declaram que são donos e legítimos possuidores, com

exclusão de outrem, do prédio rústico denominado “Cerca

dos Pinheiros”, sito na freguesia de São Luís, concelho de

Odemira, descrito na Conservatória do Registo Predial de

Odemira sob o número mil seiscentos e cinquenta e oito, da

freguesia de São Luís, inscrito na matriz predial rústica da

mencionada freguesia sob o artigo 132 da secção L;

Que, na verdade, dois dezoito avos do mencionado

prédio encontram-se já registados a favor deles primeiros

outorgantes pela apresentação um de seis de Junho de mil

novecentos e setenta e dois, um dezoito avos a favor deles

primeiros outorgantes, em comum e sem determinação de

parte ou direito, pela apresentação cento e cinquenta e nove

de treze de Maio de dois mil e onze;

Que os restantes cinco sextos mostram-se registados a

favor de Manuel Joaquim Águas, pela apresentação três de

vinte e seis de Setembro de mil novecentos e sessenta;

Que, porém, esta última quota parte (cinco sextos), foi

por eles primeiros outorgantes adquirida ao titular inscrito,

por contrato de compra e venda titulado por escritura pública

lavrada por notário público, não se recordando, contudo, do

cartório notarial onde esta foi celebrada e que não lograram

identifi car, não obstante as numerosas buscas a que para

o efeito procederam, não tendo, assim, podido obter o título

que lhes permita – reatando o trato sucessivo – registar os

aludidos cinco sextos do mencionado prédio a seu favor,

razão por que recorrem ao presente meio como forma de

deduzirem o aludido trato sucessivo, a partir do citado titular

inscrito dos referidos cinco sextos;

Conferido está conforme não havendo nada que res-

trinja, omita, amplie, modifi que ou condicione o que foi

certifi cado.

Lisboa, Cartório Notarial aos dez de Outubro de dois

mil e onze.

A Notária,

Lic. Maria Marta de Matos Ferreira Chalaça das Neves

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 Única Publicação

ANÚNCIO

PROCESSO N° 288/09.1TBORQ

Insolvência de Pessoa Colectiva

do Tribunal Judicial de Ourique

PANIFICADORA E CONFEITARIA RAMOS

– INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO E PASTELARIA,

UNIPESSOAL, LDA.

Nos autos acima identifi cados aceitam-se propostas até ao dia

31 de Outubro de 2011 em carta fechada, dirigida ao Administrador

da Insolvência, para Rua da Agra, 20 Sala 33, 4150-025 Porto, pelos

interessados na compra dos seguintes bens, e que serão entregues

a quem maior preço oferecer e sujeito a aceitação se os valores

forem baixos.

– Verba 1 - Prédio urbano, descrito na Conservatória do Registo

Predial de Ourique sob o n° 1816, e inscrito na matriz predial sob o

artigo 4170 (com origem no artigo 3603), da freguesia de Ourique,

com afectação para armazéns e actividade industrial, com doze di-

visões, com a área coberta de 748,25 m2 e descoberta de 4.251,75

m2, sito em Sitio da Nora Velha – Aldeia Nova da Favela, com valor

patrimonial de 121.297,00 €.

– Verba 2 - Equipamento Administrativo, composto por uma

secretária, duas prateleiras, duas cadeiras, dois fornos, 15 tabulei-

ros de persiana, lava mãos de pedal, sistema de ar condicionado,

máquina de amassar 150 kg antiga, bancada, batedeira e telas, duas

mesas tendedeiras.

Para ver os bens está reservado o dia 25 de Outubro de 2011,

das 14h às 16h30m, para as verbas 1 e 2, e para qualquer informa-

ção os contactos do Administrador da Insolvência são: Napoleão

Duarte, domicilio na Rua da Agra, 20 Sala 33, 4150-025 Porto, Tel/

Fax 226100030/226177783.

Aceitam-se propostas verba a verba, ou em conjunto.

O Administrador da Insolvência

Napoleão Duarte

Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.103 - Prédio urbano destinado a habitação, composto por três divisões, com a área total de 125,2000 m2, sito na Rua das Pedras nº1 em Beringel, freguesia de Beringel, concelho de Beja, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1900.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) JOÃO MANUEL PARREIRA PRUDEN-CIO, residente em BERINGEL, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-21 e as 10:00 horas do dia 2011-12-14.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 41.412,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso

ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-29, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-12-14 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Trans-missões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200701040499 (e apen-

sos)NIF/NIPC: 184668352Nome: JOÃO MANUEL PARREIRA PRUDENCIOMorada: R JESUS N 8 - BERINGEL - BERINGEL2011-10-12

O Chefe de Finanças:

Manuel José Borracha Pólvora

BODAS DE OURO

Teresa de Jesus Pólvora Vieira Chibeles

José Bento Chibeles

A 22 de Outubro de 2011 comemoram o

seu 50º aniversário de casamento.

Parabéns e felicidades aos dois e que per-

dure o que os uniu ao longo de todos estes

anos.

São os votos de sua filha e genro.

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Diário do Alentejo nº 1539 de 21/10/2011 Única Publicação

CLUBE BEJENSE DOS AMADORES

DE PESCA DESPORTIVA

CONVOCATÓRIA

Conforme o disposto no Artigo 16º dos estatutos

do Clube, convoco todos os sócios, a assistirem à As-

sembleia Geral Ordinária que se realizará no dia 4 de

Novembro de 2011, pelas 20 horas na sua sede sita na

Rua António Vilar e David Abreu, 4-A, em Beja.

Se à hora marcada não comparecer o número legal

de sócios, face aos estatutos, a assembleia realizar-se-

á uma hora mais tarde com os sócios que estiverem

presentes.

Ordem de Trabalhos:

1 – Apreciação e votação do relatório e contas do

ano 2010.

2 – Eleição dos novos corpos gerentes para o ano

2011.

3 – Outros assuntos de interesse.

O Presidente da Assembleia Geral

Manuel Matos Pereira

PARTICIPAÇÃO

E AGRADECIMENTO

Prof. Doutora

Maria José Galrito Cheira

Sua mãe, sobrinha e restante família, vêm por este meio cumprir o

doloroso dever de participar o seu falecimento ocorrido no passado

dia 17-10-2011 e na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agra-

decer muito reconhecidamente a todos quantos a acompanharam à

sua última morada, estiveram presentes neste momento tão difícil

ou que de qualquer modo lhes manifestaram o seu pesar.

Page 27: Ediçao n.º1539

necrologia diversos 27Diário do Alentejo

21 outubro 2011

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BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. JOAQUINA SOARES CHACOTO, de 95 anos, natural de Alfundão - Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

VALE DE AÇOR DE CIMA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ALONSO MANUEL JACINTO, de 89 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Francisca Catarina de Brito. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Vale de Açor de Cima - Alcaria Ruiva, para o cemitério de Vale de Açor.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL FRANCISCO PALMA, de 91 anos, natural de Trindade - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.

LISBOA

†. Faleceu o Exmo. Sr. Dr. HENRIQUE COLAÇO SOBRAL DO ROSÁRIO, de 74 anos, natural de Messejana - Aljustrel, casado com a Exma. Sra. D. Lúcia Martins Batista Sobral do Rosário. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Capela do Hospital de Santa Maria em Lisboa, para o cemitério de Benfica - Lisboa.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO JOSÉ QUINTOS LEANDRO, de 49 anos, natural de Salvador - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

VILA NOVA DE MILFONTES

†. Faleceu o Exmo. Sr. JORGE MANUEL CHAVEIRO, de 82 anos, natural de Ferreira do Alentejo, casado com a Exma. Sra. D. Maria Antónia da Conceição do Carmo Fezes. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Galeado - Vila Nova de Milfontes.

BALEIZÃO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. EMÍLIA TERESA DA FONSECA, de 93 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

QUINTOS

†. Faleceu a Exma. Sra. D. EUZÁRIA MARIA MARTINS, de 77 anos, natural de Quintos - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. Prof. Doutora MARIA JOSÉ GALRITO CHEIRA, de 58 anos, natural de Baleizão - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

CANADÁ - ENTRADAS

†. Faleceu o Exmo. Sr. LÁZARO CONTREIRAS SALES, de 80 anos, natural de Entradas - Castro Verde, casado com a Exma. Sra. D. Constança das Dores Pinto. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de Entradas, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

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Telm: 967026828 - 967026517

Vila Nova de S. Bento

Faleceu o Exmo. Sr. Vitorino

Agostinho Carolino de 86

anos casado com Catarina

Garcias Grilo, natural de Vila

Nova de S. Bento. O funeral

a cargo desta Agência reali-

zou-se no passado dia 17 de

Outubro da casa mortuária

de Vila Nova de S. Bento para

o cemitério local.

Sua esposa e fi lhas, na im-

possibilidade de Agradecer

pessoalmente a todas as

pessoas que compareceram

ao funeral e manifestaram

o seu pesar, vem por este

meio expressar o seu agra-

decimento a todos os que

estiveram presentes.

A-do-Pinto

Faleceu o Exmo. Sr. Bento

Inverno Rézio de 76 anos

casado com Olívia Lanita

Américo, natural de Vila Nova

de S. Bento. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no

passado dia 16 de Outubro

da casa mortuária de A-do-

Pinto para o cemitério de Vila

Nova de S. Bento.

Sua esposa e fi lhos, na im-

possibilidade de Agradecer

pessoalmente a todas as

pessoas que compareceram

ao funeral e manifestaram

o seu pesar, vem por este

meio expressar o seu agra-

decimento a todos os que

estiveram presentes.

AGRADECIMENTO

Judite do Ó

Guerreiro Mestre CurtinhaSua fi lha, genro, netos e restantes familiares vêm por este meio

agradecer a todos os que os acompanharam nesta hora de dor

e testemunharam o seu profundo pesar. Os nossos sinceros

agradecimentos.

Trindade

MISSA

Francisca Martins

Fontaínha1º Ano de Eterna Saudade

Sua irmã e sobrinho partici-pam a todas as pessoas de suas relações e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 23/10/2011, domingo, às 17 horas na Igreja de Trindade, agrade-cendo desde já a todos os que se dignarem aparecer.

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

João Manuel

Braizinha CorujoIrmãos, cunhado, sobrinhos

e restante família cumprem

o doloroso dever de parti-

cipar o falecimento do seu

ente querido ocorrido no dia

11/10/2011, e na impossibi-

lidade de o fazer individu-

almente vêm por este meio

agradecer a todas as pes-

soas que o acompanharam

à sua última morada ou que

de qualquer forma manifes-

taram o seu pesar.

MISSA

Clarisse Bárbara1º Ano de Eterna Saudade

Suas fi lhas participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 23/10/2011, domingo, às 10.00 h na Igreja do Bairro de Nossa Senhora da Conceição em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participem.

Nossa Senhora

das Neves

MISSA

Joaquim Manuel

Espada Burrica1º Ano de Eterna Saudade

Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 22 de Outubro, sábado, pelas 18.30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a todas as pessoas que nela participarem.A tua ausência trouxe-nos a saudademas nunca o nosso esque-cimento.Descansa em paz.

Da tua esposa e fi lhos

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Boa vidaComer Espetada de salmão grelhada em pau de loureiro regada com limão e salada de batata com salsa Ingredientes (4 pessoas)

800g salmão fresco com 200g; 2 pimentos verdes; 2 cebolas; 2 tomates; Sumo de 2 limões; Sal grosso q.b.;Para a salada de batata: 400g batatas;1 cebola;1 molho de salsa;1 dente de alho;Azeite q.b.;Sal fino q.b.

Preparação: Corte o salmão em cubos e tempere com sal. Corte os legumes no formato que desejar. Faça a espetada em pau de lou-reiro, intercalando os alimentos. Unte com azeite e leve a grelhar. Entretanto, coza as batatas com pele em água e sal. Descasque e corte em cubos. Faça um refogado com cebola picada, alho e azeite. Junte as batatas e tempere com sal. Polvilhe com salsa picada e na altura de servir regue a espetada com sumo de limão.Nota: Se preferir sirva a salada de ba-tata fria, preparando-a no dia anterior. Sirva o limão cortado em quartos, pois é mais fácil de espremer.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

..

JazzRicardo Pinheiro

“Open Letter”

Esta doce cachorrinha com menos de três meses procura uma família “cinco estrelas” que lhe dê uma casa e

a atenção que precisa. O canil não é um bom sítio para crescer e brincar. Será de porte médio/grande e tem

um pelo semilongo muito bonito. Como a maioria dos cachorros é muito sociável e dócil. Tem vacinas e já foi

desparasitada. Em adulta será esterilizada pela associação. Venham conhecer esta doce menina e o seu irmão

ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; [email protected]

Guitarrista, compositor e musicólogo, Ricardo Pinheiro tem vindo nos últi-mos anos a assumir protagonismo so-

bretudo na esfera académica, como coordena-dor da licenciatura em Jazz e Música Moderna da Universidade Lusíada. Neste seu disco de estreia, para a catalã Fresh Sound New Talent, Pinheiro revela uma personalidade musical madura, não apenas enquanto instrumentista tecnicamente dotado (sóbrio e equilibrado nas intervenções), mas sobretudo enquanto com-positor e arranjador, assinando a totalidade

do programa. Para cumprir os seus pro-pósitos, arrolou um sexteto de exceção, constituído pelo sa-xofonista norte- -americano Chris Cheek (que se re-parte pelo tenor e pelo soprano, onde o prefiro), os pianis-tas Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva (também em Fender Rhodes e acordeão), o con-trabaixista Demian Cabaud e o baterista Alexandre Frazão. Com uma escrita límpida e refinada, Ricardo Pinheiro navega em águas se-guras, não muito distantes das sulca-das por outros músi-

cos nacionais com uma matriz de formação si-milar (Berklee College of Music, em Boston). A este propósito, não nego que gostaria de o escutar em contextos de maior liberdade for-mal, onde corresse mais riscos e pudesse dar outro azo à sua dimensão de improvi-sador. A quase totalidade do disco é preen-chida por peças de pendor tranquilo (“Isabel (Raindrops)”, “Sereno (para Patrícia)”), muito assente nos diálogos entre guitarra e saxofone (“Reflektion”, “Somewhere Nowhere”, “Open Letter”) e na competência da secção rítmica. Em “Mechanique”, o guitarrista desenvolve li-nhas mais groove, com o saxofonista a rubri-car boa prestação no soprano. Afastando-se do denominador comum, “Pop-Up” é mais nervosa, com Cheek no tenor e João Paulo no Rhodes. “Isabel (Teardrops)” conta com a ca-dência dolente do acordeão de João Paulo so-bre a base atmosférica proporcionada pela gui-tarra do líder. Uma estreia promissora de um músico com muito para dar ao jazz nacional.

António Branco

Ricardo Pinheiro –

“Open Letter”

Ricardo Pinheiro

(guitarra), Chris Cheek

(saxofones tenor

e soprano), Mário

Laginha (piano), João

Paulo Esteves da Silva

(piano, Fender Rhodes,

acordeão), Demian

Cabaud (contrabaixo)

e Alexandre Frazão

(bateria).

Editora: Fresh Sound

New Talent

Ano: 2010

FilateliaJosé Bonifácio em carimbode Coimbra

O Congresso Luso-Brasileiro de História das Ciências que se realizará em Coimbra na próxima semana (de

26 a 29) ficará assinalado com a emissão de um carimbo comemorativo que reproduz José Bonifácio de Andrada e Silva, ilustre português que foi um dos pais da independência do Brasil.

O congresso pretende assinalar os 100 anos da criação da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, que resultou da fu-são das faculdades de Filosofia e Matemática, criadas pela reforma pombalina.

A secção filatélica da Associação Académica de Coimbra participa no evento com uma mos-

tra filatélica cujo tema central será a ciên-cia, com coleções so-bre matemática, José de Andrada e Silva, carim-bos de ciência e cidade de Coimbra. No dia 27, quinta-feira, os CTT te-rão disponível um posto de correio temporário, no auditório da Reitoria,

onde será utilizado um carimbo comemorativo em toda a correspondência entregue, que retra-tará José Bonifácio de Andrada e Silva, geofí-sico, que está ligado à Universidade de Coimbra e à fundação do Brasil.

Por carta régia do ainda príncipe regente D. João VI, José Bonifácio foi nomeado intendente geral das Minas e Metais do Reino e profes-sor da cadeira de Metalurgia da Universidade de Coimbra. Pouco tempo durou o seu pro-fessorado, pois preferiu dedicar-se de inten-dente geral das Minas e Metais do Reino. Na sua atividade profissional, José Bonifácio tam-bém dirigiu os trabalhos de encanamento do rio Mondego e a desobstrução do curso do rio Douro, no sítio do Cachão da Valeira.

Andrada e Silva já se encontra representado na filatelia portuguesa. Com efeito ele é uma das três personalidades que ilustram a emis-são de quatro selos (no de 2$50) comemorativa dos 150 anos da independência do Brasil emi-tida em 1972. Os três restantes retratam Tomé de Sousa (1$00) e D. Pedro IV (3$50); o ou-tro selo (6$00) é dedicado à comunidade luso-brasileira.

Geada de Sousa

BD

“Fugitifs”

“Fugitifs” é o tí-tulo do primeiro tomo de uma

curiosa nova série, Yerzhan, lançada pela Dercourt e com criação da parceria Régis Hautière e Efa.

Num futuro próximo (2040), Baukonour é uma ci-dade penitenciária sob juri-disção russa. Tudo faz prever que explodirá de um mo-mento para o outro devido à quente subida das teorias is-lâmicas e a outros múltiplos conflitos político-religiosos.

A fuga de um prisioneiro da zona de alta segurança vai agitar toda a região, en-volvendo Yerzhan, um jovem normal e pacifista... Unidos e fugitivos serão agora o pró-prio Yerzhan, seu atrevido amigo Rafik e o misterioso evadido que, afinal, é uma mulher sem medo...

Outras novidadesPela Lombard: “Monster Al lerg y”, por Centomo, Artibani, Barlucci e Canepa; “Maximum Ride”, por James Patterson e Narae Lee; “Boule et Bill, Vacances en Plein Air”, por Laurence Gillot e Zelda Zonk; “Gargamer et les Schtroumpfs”, por Peyo; e “Vous Désirez?”, por Lucile Gomez.

Pela Asa: “Subindo o Mississipi”, por Goscinny e Morris, com imperdoáveis erros de tradução.

Pela Editura Casa Radio: “Aventurile Lui Cipollino”, por Gi a n n i Ro d a r i e A lex a nd r u Ciubot a r iu ; “Tom Sawyer si Hunckberry Finn”, por Mark Twain e Ionut Popescu; e “Omul Invizibil”, por H.G.Wells e Puiu Manu.

Luiz Beira

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PetiscosA jovial saltarilha

Uma lebre, brincando no campo, em plena liberdade, pro-voca um deslumbramento como na natureza há poucos. São animais muito fortes, com músculos poderosos e sa-

lientes nos membros anteriores. Compatíveis com as inacreditá-veis velocidades que alcançam.

A “lepus capensis”, ao contrário do que frequentemente surge em publicações de alguma responsabilidade, não é um roedor mas sim um lagomorfo.

Um número muito limitado de pessoas caçam-nas a cavalo com galgos. É uma prática que preserva cerca de oitenta por cento das lebres perseguidas, isto é, em média, só uma lebre em cada cinco que saem à corrida é capturada e morta. Por outro lado, sendo um animal de locomoção terrestre e sem tendência para se abrigar ou esconder, como o seu primo coelho, confiando gene-ticamente na sua velocidade, é presa muito fácil do tiro de caça-deira. Um caçador de salto, de vulgares aptidões, conta, ao longo da vida, pelos dedos duma mão, as vezes que deixou um destes magníficos animais fugir.

Mesmo assim, algumas organizações, ditas, de defesa dos animais, estão contra esta prática venatória. Vá-se lá saber

disso se mantêm memória através dum número infindável de receitas.

Comecemos então pelo mais vulgar. A lebre estufada à ma-neira alentejana, semelhante ao “civet francês.” Sangra-se a le-bre aparando o sangue para um recipiente e reserva-se o fígado. Arranja-se, lava-se com bom vinho tinto e guarda-se esse vinho. A lebre vai a marinar em vinho tinto – pode ser de qualidade in-ferior – e rodelas de cebola. Um dia, pelo menos. Corta-se em bo-cados que se levam ao lume com cebola picada, azeite e toucinho. Quando o refogado secar deita-se o vinho tinto reservado, uma colher de farinha diluída, sal, pimenta e noz-moscada.

Tapa-se e coze lentamente, em lume baixo. Mexe-se de vez em quando, segurando o tacho pelas pegas e, se precisar, acrescenta--se mais vinho.

Quando estiver praticamente pronta, junta-se o sangue e o fí-gado picado. Ferve mais dez minutos. Necessita, entretanto, dum generoso golpe de vinagre. Deve ficar muito escura.

Serve-se com arroz branco, carolino, muito solto. Também ficam bem palitos de pão fritos em azeite. Vai para a mesa bem quente e o vinho tinto com que se acompanha deve ser o mesmo com que se cozinhou.

Muitos reis e rainhas a comeram assim. Convêm mostrar res-peito, pela memória e pelo cozinhado.

António Almodôvar

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porquê! Só se acham que este é um desporto elitista, porque está associado à equitação e aos cavalos portanto a pessoas mais “ri-cas”. Bom, é difícil juntar tanta asneira e preconceito juntos mas isso é lá com a felicidade de cada um e com a maneira que, cada um, tem de a procurar. O que posso garantir é que, como espetá-culo, mesmo assistido a pé, proporciona momentos únicos de be-leza animal, com os cães, os cavalos e, evidentemente, a própria lebre, correndo pelos campos.

Desde tempos imemoriais que foi caçada com auxilio de cães, muito tempo antes de existir no Ocidente a vulgaríssima pólvora. Naturalmente, foi também cozinhada e comida desde esses tem-pos, daí resultando que em todos os países europeus, onde existe,

Considerado um dos mais prestigiados guitarristas mundiais, Joel Xavier comemora duas décadas

de carreira e visita Vila Nova de Santo André no arranque do VII Jazz AlémTejo, hoje, sexta-feira.

O espetáculo, intitulado “Back to the Blues 20 Years After”, tem início pelas 22 horas, no auditório

da Escola Secundária de Santo André, inaugurando um ciclo de concertos em que estão incluídos

nomes como PBP Trio (dia 27), Carlos Barretto (dia 28) e Orlanda Guilande Quarteto (dia 29).

Joel Xavier inaugura

festival de jazz em Santo André

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Fim de semana

“Mentalidades, comportamentos e preconceitos” são a matéria-prima do espetáculo

“Cómicas Realidades”, que subirá hoje ao palco do Pax Julia Teatro Municipal, a partir das

22 horas, pelo Teatro de Portalegre. Trata-se de cinco pequenas histórias cómicas escritas

por João Manuel Bastos e interpretadas por Adriano Bailadeira e Vítor Pires, refletindo

comportamentos quotidianos que, muito provavelmente, o espetador reconhecerá.

Teatrode Portalegre

hojeno Pax Julia

O 6.º Circuito Nacional de Danças Clássicas e Latinas vai este ano ter lugar em Beja, ao longo de todo o dia de amanhã, sábado, no Pavilhão de Santa Maria, prevendo a presença

de alguns dos melhores dançarinos nacionais, num total de cerca de 150 pares de vários escalões. Autorizada pela Federação Portuguesa de Dança Desportiva, a prova é organizada pela Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, instituição que já há vários anos é responsá-vel na cidade pelo ensino da modalidade. “A nossa escola tem tido um percurso muito bom e com reconhecimento nacio-nal. Faz todo o sentido a reali-zação desta prova em Beja”, explica José Mata, da or-ganização e também dançarino, acres-centando que se trata de uma aposta dupla: “Queremos, por um lado, di-vulgar as danças de salão na região e, por ou-tro lado, conseguir mais alu-nos e apoios por parte das entida-des locais”.

Com início pelas 14 horas, com as danças clássicas, o circuito prosse-gue pelas 16 e 30 horas, com as eliminatórias das latinas. As finais decorrem pelas 20 ho-ras e a entrega de troféus duas horas e meia mais tarde. O júri é composto por cinco elementos (três portugueses e dois estrangeiros) que vão avaliar algumas das duplas mais brilhan-tes do País. José Mata enumera alguns: Alexander Nabiullin e Barbara Ribeiro; Ricardo Marques e Sandra Silva; Cristiano Valente e Filipa Lamolinairie; Pedro Vieira e Ana Rita Paiva; Renato Brás e Ana Carolina; Fábio Calvo e Rita Carriço.

O 6.º Circuito Nacional de Danças Clássicas e Latinas é a terceira prova até ao momento rea- lizada na cidade sob organização da escola de danças de salão da Capricho Bejense, inscrita na Associação de Setúbal de Dança Desportiva. “As duas anteriores foram consideradas das mais bem organizadas”, orgulha-se José Mata. São 14 ao todo os pares de dançarinos que Beja tem a competir nas provas nacionais, sendo que ao longo dos últimos seis anos têm sido conquistados vários títulos. De campeões nacionais e Taça de Portugal (em juniores 1, juniores 2, juventude, adultos e senio-res 1), além da Taça da Cidade de Setúbal por quatro anos conse-cutivos. Por seu turno, José Mata e Solange Mata (na foto) são o par (seniores 1) que representou Portugal no Campeonato do Mundo em Salou, Espanha, em 2010, e que se prepara para rumar até Rouen, França, no próximo mês de dezembro, para repetir a experiência.

6.º Circuito Nacional de Danças Clássicas e Latinas amanhã, sábado

Beja, capital das danças de salão por um dia

Ensaios de canteno Museuda Ruralidade E porque a oralidade é uma das

componentes mais fortes do

Museu da Ruralidade, recém-

-inaugurado em Entradas (Castro

Verde), é já hoje que é dado o

pontapé de saída do ciclo Ensaios

de Cante que ali decorrerá até

finais de novembro próximo.

As Ceifeiras de Entradas são

as primeiras, seguindo-lhes os

Cardadores da Sete (dia 28 de

outubro), as Vozes de Casével (4

de novembro), as Camponesas de

Castro Verde (18 de novembro)

e os Ganhões de Castro Verde

(25 de novembro). O espaço é o

da taberna do museu, aberto a

partir das 21 horas a todos os

interessados em perceber como se

aprende e interpreta uma moda.

Marionetas para todos na Biblioteca de Beja Amanhã, sábado, a tarde é

de marionetas na Biblioteca

Municipal de Beja. A proposta

vem do grupo Trulé, que

apresenta o espetáculo “Amores

e humores da bonecada” – no

auditório, a partir das 16 horas

– concebido e manipulado por

Manuel Costa Dias para públicos

de todas as idades. Dez “atores”

que têm em comum, “para lhes

dar o momento de existência,

o homem de negro que os faz e

se faz boneco. E então eles, os

atores, a solo enamoram-se,

ironizam, uns ingénuos,

outros arrogantes, mas todos

sorvendo pequenos fragmentos

da vida”, desvenda a sinopse.

Artesanato em cortiça no Museu de Vidigueira Inaugurada na terça-feira, 18, no

Museu Municipal de Vidigueira,

a exposição “CortiçArte” vai

estar patente até ao próximo

dia 20 de novembro, mostrando

peças em cortiça dos artesãos

Álvaro Valadas (Portel), António

Rato (Santana) e Isidro Verdasca

(Évora). Obras que levam a marca

do “saber fazer de outros tempos,

em que o relógio para e apenas se

ouve o laborar do canivete e da

faca a golpear delicadamente a

matéria-prima”, para ver de terça a

domingo, entre as 10 e as 17 horas.

uito Nacional de Danças Clássicas e Latinas vai este ano ter lugar , ao longo de todo o dia de amanhã, sábado,hão de Santa Maria, prevendo a presençalhores dançarinos nacionais, num total ares de vários escalões. Autorizada pela guesa de Dança Desportiva, a provaa Sociedade Filarmónica Capricho ão que já há vários anos é responsá-o ensino da modalidade. “Aido um percurso muito hecimento nacio-entido a reali-

va em Beja”, a, da or-

mbéms-

de por ou-ir mais alu-parte das entida-

elas 14 horas, com as o circuito prosse-horas, com as

as latinas. Aspelas 20 ho-

e troféus duass tarde. O júri é

nco elementos (trêsis estrangeiros) que vão das duplas mais brilhan-é Mata enumera alguns:ullin e Barbara Ribeiro;es e Sandra Silva; CristianoLamolinairie; Pedro Vieira e Renato Brás e Ana Carolina; a Carriço.Nacional de Danças Clássicas ra prova até ao momento rea- sob organização da escola de da Capricho Bejense, inscrita Setúbal de Dança Desportiva.es foram consideradas das mais ”, orgulha-se José Mata. São 14 ao todo arinos que Beja tem a competir nas provasque ao longo dos últimos seis anos têm sido

rios títulos. De campeões nacionais e Taça de iores 1, juniores 2, juventude, adultos e senio-ça da Cidade de Setúbal por quatro anos conse-urno, José Mata e Solange Mata (na foto) são o ooue representou Portugal no Campeonato do , Espanha, em 2010, e que se prepara para

n, França, no próximo mês de dezembro, eriência.

Cantatade António Cartageno apresenta-se em Lagos A “Cantata a Nossa Senhora

da Conceição”, da autoria do

padre António Cartageno,

ruma a Lagos amanhã, sábado,

apresentando-se pelas 21 horas,

na igreja de São Sebastião. A

obra, deste que também é um

estudioso do cante religioso

alentejano, será interpretada pela

Orquestra Clássica da Academia

de Lagos, Coro do Carmo de Beja,

Coral Vozes da Vidigueira e Coral

Galp Energia, de Vila Nova de

Santo André. Como solistas na

cidade algarvia apresentam-se

Daniel Paixão e a soprano

Ângela Silva, uma das vozes que

acompanham o músico Rodrigo

Leão, além de antiga aluna e

professora do Conservatório

Regional do Baixo Alentejo.

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011passatempo

sindicato amigo

A conjuntura económica tem levado inúmeras pessoas a inscrever-se em sindicatos fazendo com que os mesmos fiquem a rebentar pelas costuras. Este facto levou a que os sindicatos tivessem de ser mais rigorosos na seleção dos seus futuros sindicalistas. Deste modo, a “Não confirmo, nem desminto” associa-se aos sindicatos e promove um passatempo. Envie um SMS com a mensagem “Ana Avoila é a maior” para o n.º 1234. A cada 1258 SMS é ad-mitido um novo sindicalista no sindicato da sua preferência. Os restantes receberão um poster autografado de Carvalho da Silva na “Festa do Avante!” de 1979. Cada SMS tem o custo do IVA do leite com chocolate.

Pax Julia Metal Fest foi cancelado e procura consolo nos braços da Bejalternativa

Já não bastava o final da Bejalternativa, uma investigação conjunta com o programa televisivo 70X7 apurou que a edição do Pax Julia Metal Fest deste ano foi cancelada. A organização acusou a câmara municipal de sabotagem, todavia, segundo conseguimos descobrir, os motivos do cancelamento foram outros. “Não entendíamos a música: tanto podiam estar a cantar sobre o amor e o sofrimento, como podiam cantar sobre o Código do IVA. Além disso, houve uma senhora que mora ao pé da Casa da Cultura que ficou com problemas de surdez e só ouve aqueles apitos para cães e a Júlia Pinheiro. Temos que

salvaguardar a saúde pública”, confidenciou fonte da autarquia. Mas os adeptos do Metal Fest estão inconformados: “Uma palhaçada, é o que é. Já não vou poder ver bandas de metal alentejano como os The Masters of the Mint of the Stream (Os Senhores da Hortelã da Ribeira) ou os Undertakers of Garden Cod (Os Cangalheiros do Jardim do Bacalhau). Se viessem cá os Xutos ou o cabelo do Luís Represas atuar, já havia dinheiro”.

Falta de dinheiro nas companhiasde teatro da regiãotorna-as especialmente habilitadas para representar peças sobre a miséria humana

As companhias de teatro da região atravessam

grandes dificuldades financeiras, fruto, entre ou-

tros aspetos, do atraso no pagamento dos apoios

à atividade teatral. Os salários representam parte

do problema. “Neste momento só temos dinheiro

para fazer ‘O Auto da Compadecida’, de Ariano

Suassuna, em teatro de fantoches ou então com

bonequinhos feitos de fósforos. Parecendo que

não, a peça tem mais personagens que o Bloco

de Esquerda tem eleitores na Madeira”, afirmou

o ponto de uma companhia de teatro bejense. E

acrescentou: “No horizonte existe a possibilidade

de fazer uma peça sobre um orfanato inglês do sé-

culo XIX em que, para sobreviver, as personagens

limpam chaminés e engraxam sapatos na rua com

a língua, no meio de temperaturas negativas. As

crianças fazem tudo para evitar a fome, o que,

para muitos elementos da nossa companhia não

será muito difícil de representar”.

Caro leitor: quando acabar de ler esta frase, já abriu mais uma “loja do ouro” em Beja

Depois da praga de croissanterias na década de 80

e das lojas dos 300 na década de 90, o novo século

apresenta-nos a nova praga: a das “lojas de ouro”.

É raro o dia em que acordamos e não nos depa-

ramos com uma loja da especialidade. Esta nova

tendência do mercado é apenas fruto da crise eco-

nómica ou uma epidemia ao nível do herpes la-

bial? O tempo o dirá! A verdade é que cada vez são

mais os portugueses que recorrem a estes estabe-

lecimentos, mas não só. Todos os dias há imigran-

tes ucranianos, pejados com dentes de ouro, que

se tornam milionários em potência: só o maxilar

superior de alguns vale mais do que o orçamento

das Festas de Quintos.

Navio espanhol naufragado em 1589 ao largo de Grândola despertacuriosidade porque foi aí que nasceu a duquesa de Alba

A arqueologia subaquática no mar de

Grândola está a dar os primeiros passos,

mas as expectativas em relação a pos-

síveis descobertas são muito elevadas.

Desde que foi descoberto um descasca-

dor de alhos de Gonçalo Mendes da Maia

(O Lidador) na praia de Messejana que

não havia tanto entusiasmo. Um dos ob-

jetivos na zona de Grândola é encontrar

o navio espanhol “Nuestra Señora del

Rosario”, naufragado em 1589, que ainda

guarda toneladas de ouro. Contudo, o mo-

tivo de maior interesse reside no facto de

essa embarcação ter sido o local de nasci-

mento da recém-casada duquesa de Alba,

como se pode ver na sua certidão de nas-

cimento escrita em aramaico. E também

há duas certidões de casamento. “Ela ca-

sou no barco com dois marinheiros: o pri-

meiro morreu de escorbuto e o segundo

de velhice, quando ela começou a usar

andarilho”, explicou-nos um pescador da

zona que conhece aquelas águas como

ninguém. “Sei muito bem onde está o

navio que só pode ser espanhol: a proa

ainda tem cascas de pipas e pacotes de

caramelos”.

Inquérito Já utilizou alguma horta comunitária?

FRANQUELIM BARBA RUIVA, 33 ANOS

Defensor da legalização da canabis e autor da tese “A im-

portância do djambé na Revolução Francesa”

É claro que sim, e não há nada daquelas coisas

transgénicas. Não quero cá cebolas com sa-

bor a manteiga de cor ou tomates com cheiro

a óleo de cedro. O máximo que tive foi um rá-

bano com um toque de marijuana. Se aquilo

batia, man! Juro que vi o Bob Marley a comer

rissóis de camarão com o Elvis no Parque de

Merendas.

GENOVEVA ADELGAÇANTE, 51 ANOS

Pessoa que come bolos de manhã, faz caminhadas pela

tarde e à noite não percebe por que é que não emagrece

Sim, porque tenho muito cuidado com a ali-

mentação. Que fique claro, não sou gorda,

tenho é os ossos largos. Outro dia comi uma

açorda, carne de porco à alentejana, dois

queijos Serpa e uma encharcada. No final,

comi uma salada de rúcula e manjericão que

corta tudo o que é açúcar e castrol. De resto,

sou um pisco a comer.

RUI TIQUE, 18 ANOS

Pessoa para quem o telemóvel é um órgão vital, e 3.º dan em Mafia Wars

(ele só nos respondeu por SMS, apesar de estarmos a 20 centímetros dele)

Nã entendu Eça ssena das ortax. Disem q us le-

gumes de lá, tipo, são bons pq é pordussão pró-

prya, ó lá o quisso é, mas toda agente sabe q as

ssenoiras só vem do Continente (LOL) y q Eça

ssena da alphaçe não vem da terra (LOLADA)

mas çim do Intermarché… duh…

Os fãs locaisficaram petrificadosquando souberamda decisão.

do Pax Julia Metal Fest deste ano foi cancelada. A organização acusou a câmara municipal de sabotagem, todavia, segundo conseguimos descobrir, os motivosdo cancelamento foram outros. “Não entendíamos a música: tanto podiam estar a cantar sobre o amor e o sofrimento, como podiam cantar sobre o Código do IVA.Além disso, houve uma senhora que mora ao pé da Casa da Cultura que ficou com problemas de surdez e só ouve aqueles apitos para cães e a Júlia Pinheiro. Temos que

Os fãs locaisficaram petrificadosquando souberamda decisão.

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Nº 1539 (II Série) | 21 outubro 2011

RIbanho POR LUCA

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Hoje, sexta-feira, 21, o sol vai brilhar em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 13 e os 35 graus centígrados. Amanhã, sábado, espera-se chuva e uma descida da temperatura. No domingo prevê-se aguaceiros.

“Seara de Vento” por Maria do Céu Guerra em Santiago O Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca

2010, promovido pela Câmara Municipal de

Santiago do Cacém, será entregue amanhã,

sábado, pelas 15 e 30 horas, na biblioteca da

cidade. A cerimónia contempla o lançamento da

obra vencedora, Caixa Baixa, de Eduardo Palaio,

e o espetáculo de leitura em voz alta “Seara de

Vento”, pela consagrada atriz Maria do Céu

Guerra, baseado no romance homónimo do

autor cujo centenário do nascimento é celebrado

este ano.

Caminho reedita obrade Manuel da FonsecaAo fim de muitos anos de abandono, a Editorial

Caminho, atualmente no grupo Leya, por ocasião

do centenário do nascimento do escritor, resolveu

reeditar a obra de Manuel da Fonseca. Durante

o mês de outubro chegarão aos escaparates o

romance Cerromaior e o livro de contos Aldeia

Nova. E para breve a Obra Poética, Um Anjo no

Trapézio e Tempo de Solidão.

Museu do Relógio de Serpa também em Évora O Museu do Relógio, em Serpa, assinou na

segunda-feira, 17, um protocolo de parceria

com a Fundação Inatel, que visa a abertura para

breve de uma segunda unidade museológica

no centro histórico de Évora, para “estimular o

fluxo turístico e cultural no Alentejo”. “Foi um

processo/acordo algo moroso mas que felizmente,

para ambas as partes, já foi celebrado”, explica

o fundador e diretor, António Tavares de

Almeida. Atualmente o Museu do Relógio, em

Serpa, conta para o seu funcionamento com

oito colaboradores, entre eles quatro mestres

relojoeiros restauradores, duas guias, um gestor -

-conservador e uma auxiliar de limpeza. Com

a abertura do segundo Museu do Relógio, em

Évora, “as despesas aumentarão mas esperemos

que o fluxo turístico seja compatível”, conclui

Tavares de Almeida.

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Luís Mendonça de Carvalho, profes-sor e diretor do Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja (IPB), é

o único português entre os coautores do pri-meiro manual sobre etnobiologia destinado a estudantes universitários. Ethnobiology, editado pela Wiley-Blackwell nos Estados Unidos e no Reino Unido, é a primeira obra a fazer uma revisão sobre o estado da arte nesta área científica, que se debruça sobre a interação entre as sociedades humanas tra-dicionais e os seus recursos biológicos. Luís Carvalho é responsável pelo capítulo refe-rente à simbologia das plantas.

É o único português a integrar a equipa

de autores daquele que é o primeiro ma-

nual sobre etnobiologia destinado aos

estudantes universitários. Como surgiu

esta oportunidade?

Devido às atividades de cultura cientí-fica desenvolvidas no Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja e à minha tese de doutoramento, que versou sobre o uso tradicional das plantas no Alentejo (Beja). Na sequência das mesmas, fui in-vestigador na Universidade de Harvard, onde implementei um conjunto de ações no domínio da educação científica, re-correndo às coleções de botânica econó-mica da Universidade de Harvard e às coleções de arte do Museu Fogg, o qual alberga uma das mais importantes cole-ções norte-americanas de arte europeia. Uma dessas atividades foi o desenvolvi-mento de um percurso etnobotânico no Museu Fogg, sobre a simbologia das plan-tas (“Do Gótico Tardio ao Naturalismo

Luís Mendonça de Carvalho,44 anos, naturalde AbrantesDedicou a sua tese de doutoramento em Biologia, na Universidade de Coimbra, ao uso tradicional das plantas no Alentejo, e especializou-se em Estudos Museológicos na Universidade de Évora, instituição de ensino de que é investigador, juntamente com a Universidade Nova de Lisboa. Esteve como visiting scholar na Universidade de Harvard, Estados Unidos.

Inglês”); outra foi a organização de uma exposição sobre a simbologia das plan-tas na Inglaterra vitoriana. Na sequên-cia destas e de outras atividades seme-lhantes, recebi o convite para integrar a equipa que redigiu o manual.

O seu capítulo refere-se à simbologia

das plantas. Pode dar-nos alguns exem-

plos mais significativos dos muitos usos

simbólicos que aborda?

Alguns exemplos: a árvore da vida em diversas culturas (palmeira, oliveira, fi-gueira-de-Bengala, freixo); os símbolos nacionais (cedro/Líbano; índigo/tuare-gues; ácer-do-açúcar/Canadá); a herál-dica (folhas de carvalho, rosa, flor-de-lis, crisântemo); as plantas e movimentos so-ciais (cravos/Revolução de Abril; flower power/movimento hippie); a linguagem das flores (violetas, peónia, rosa); a sim-bologia da cor (açafrão/budistas, ruiva-dos-tintureiros/tapetes persas)… Inclui uma referência ao concelho de Beja, so-bre a tradição das Maias.

Que importância tem esta obra no âm-

bito desta área científica?

Esta obra reúne, pela primeira vez, as prin-cipais questões estudadas pela etnobiologia, nas suas distintas subáreas: etnobotânica, etnozoologia, etnomicologia, paleobotâ-nica, agroecologia, etc… que estudam os usos tradicionais das plantas, animais e fungos, o uso passado das plantas, a gestão dos agroecossistemas, entre outros temas.

Entrevista de Carla Ferreira

Luís Mendonça de Carvalho, diretor do Museu Botânico

Professor do IPB é coautor do pioneiro Ethnobiology