edição nº 99

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MERCADO & NEGÓCIOS Autoridades prometem fazer do Jardim Gramacho bairro modelo CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź 13 a 19 de março de 2012 Ano 4 Ɣ nº 99 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Atualidade Compra Venda % FECHAMENTO: 12 DE MARÇO DE 2012 ŹPÁGINA 2 Ipem decide monitorar relógios da Light ŹPÁGINA 3 Mantega diz que vai ampliar desoneração e ajustar tarifas Para a CNI, situação da indústria vai melhorar O crescimento do fa- turamento real das indústrias brasileiras em janeiro recuou 1,4% na comparação com de- zembro de 2011. Apesar do desempenho, a Con- federação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a tendência para o setor é positiva para os próximos meses. Parte disso, segundo o geren- te de Política Econômi- ca da Entidade, Flávio Castelo Branco, se deve às medidas adotadas no ano passado pelo go- verno, que começam a surtir efeito. ŹPÁGINA 2 Elza iúza/ABr O governo estuda am- pliar a desoneração da folha de pagamento para outros setores, além dos que já foram contem- plados pelo Plano Brasil Maior. "A desoneração será ampliada e ajustare- mos as tarifas", disse o ministro da Fazenda, Gui- do Mantega (foto), após encontro com empresários do setor industrial. ŹPÁGINA 5 Ministério aperta a Demanda de consumidor por crédito volta a cair D epois de 23 anos no cargo, Ricardo Teixeira renunciou em deinitivo à Presidência da Conederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele deixou também o comando do Comitê Organizador Local da Copa de 2014. ŹPÁGINA 6 O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, notificou a gigante Google para explicar os motivos que a levaram a alterar o texto que trata da utilização de dados pessoais de seus usuários resume 60 itens em apenas um. ŹPÁGINA 7 Marcello Casal Jr./ABr ŹPÁGINA 7 "A lei da icha limpa deveria valer para tudo" Greve de vigilantes pára agências da Baixada A afirmação foi feita pelo deputado estadual Wagner Montes (PSD) em entrevista ao Capital. Segundo o parlamentar, a lei da ficha limpa deveria valer para todos os cargos públicos, sem exceção. ŹPÁGINA 4 A greve dos vigilantes do Estado do Rio de Ja- neiro, que começou nesta segunda-feira (12), provo- cou a suspensão no atendi- mento presencial das prin- cipais agências bancárias na Baixada Fluminense. Quinze Sindicatos estão envolvidos na paralisação. Esta é, depois de alguns anos, a primeira grande paralisação da categoria, que reúne cerca de 70 mil profissionais. A categoria exige reajuste salarial de 2%, reposição da inflação de 2011, plano de saúde, aumento do auxílio ali- mentação para R$ 16,50 e melhoria da bonificação por risco de vida, que hoje Valmir de Paulo é de apenas 8%. Segundo os sindicalistas, o Rio tem o oitavo pior salário do país. “Estamos distribuin- do informações em todas as cidades e o movimento deve crescer”, disse o vice- presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio, Antonio Carlos Silva Oliveira. Dolar Comercial 1,803 1,805 1,12 Dólar Turismo 1,760 1,950 2,63 Ibovespa 66.384,76 0,48

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Jornal Capital - Edição nº 99

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Page 1: Edição Nº 99

MERCADO & NEGÓCIOS

Autoridades prometem fazer do

Jardim Gramacho bairro modelo

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ 13 a 19 de março de 2012

Ano 4 ズ nº 99www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Atualidade Compra Venda %

FECHAMENTO: 12 DE MARÇO DE 2012

モPÁGINA 2

Ipem decide monitorar relógios da LightモPÁGINA 3

Mantega diz que vai ampliar desoneração e ajustar tarifas

Para a CNI,

situação

da indústria

vai melhorar

O crescimento do fa-turamento real das

indústrias brasileiras em janeiro recuou 1,4% na comparação com de-zembro de 2011. Apesar do desempenho, a Con-federação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a tendência para o setor é positiva para os próximos meses. Parte disso, segundo o geren-te de Política Econômi-ca da Entidade, Flávio Castelo Branco, se deve às medidas adotadas no ano passado pelo go-verno, que começam a surtir efeito.

モPÁGINA 2

Elza iúza/ABr

O governo estuda am-pliar a desoneração

da folha de pagamento para outros setores, além dos que já foram contem-plados pelo Plano Brasil Maior. "A desoneração será ampliada e ajustare-mos as tarifas", disse o ministro da Fazenda, Gui-do Mantega (foto), após encontro com empresários do setor industrial.

モPÁGINA 5

Ministério

aperta a

Demanda de consumidor por crédito volta a cair

Depois de 23 anos no cargo, Ricardo Teixeira renunciou em deinitivo à Presidência da Conederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele deixou

também o comando do Comitê Organizador Local da Copa de 2014. モPÁGINA 6

O Departamento de Proteção e Defesa

do Consumidor do Ministério da

Justiça, notificou a gigante Google para

explicar os motivos que a levaram a

alterar o texto que trata da utilização de

dados pessoais de seus usuários resume

60 itens em apenas um. モPÁGINA 7

Marcello Casal Jr./ABr

モPÁGINA 7

"A lei da icha limpa deveria valer para tudo"

Greve de vigilantes pára

agências da Baixada

A afirmação foi feita pelo deputado estadual Wagner Montes (PSD) em entrevista ao

Capital. Segundo o parlamentar, a lei da ficha limpa deveria valer para todos os

cargos públicos, sem exceção. モPÁGINA 4

A greve dos vigilantes do

Estado do Rio de Ja-

neiro, que começou nesta

segunda-feira (12), provo-

cou a suspensão no atendi-

mento presencial das prin-

cipais agências bancárias

na Baixada Fluminense.

Quinze Sindicatos estão

envolvidos na paralisação.

Esta é, depois de alguns

anos, a primeira grande

paralisação da categoria,

que reúne cerca de 70 mil profissionais. A categoria exige reajuste salarial de

2%, reposição da inflação

de 2011, plano de saúde,

aumento do auxílio ali-

mentação para R$ 16,50

e melhoria da bonificação

por risco de vida, que hoje

Valmir de Paulo

é de apenas 8%. Segundo

os sindicalistas, o Rio tem

o oitavo pior salário do

país. “Estamos distribuin-

do informações em todas

as cidades e o movimento

deve crescer”, disse o vice-

presidente do Sindicato dos

Vigilantes do Município do

Rio, Antonio Carlos Silva Oliveira.

Dolar Comercial 1,803 1,805 1,12Dólar Turismo 1,760 1,950 2,63Ibovespa 66.384,76 0,48

Page 2: Edição Nº 99

2 モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,803 1,805 1,12Dólar Turismo 1,760 1,950 2,63

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,649 5,652 0,26Dólar Austrália 1,052 1,052 0,51Dólar Canadá 0,992 0,992 0,18Euro 1,315 1,315 0,28Franco Suíça 0,916 0,916 0,26Iene Japão 82,320 82,360 0,07Libra Esterlina Inglaterra 1,563 1,564 0,19Peso Chile 485,200 486,100 0,52Peso Colômbia 1.766,000 1,7668,000 0,30Peso Livre Argentina 4,320 4,370 0,00Peso MÉXICO 12,654 12,656 0,04Peso Uruguai 19,450 19,650 0,51

Bolsa

Valor Variação %

Ibovespa 66.384,76 0,48IBX 22.302,89 0,54Dow Jones 12.959,71 0,29Nasdaq 2.983,66 0,16Merval 2.642,21 0,86

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 128,860 128,880 0,00Ouro onça troy 1.700,550 1.701,520 0,03Prata onça troy 33,650 34,680 0,00Platina onça troy 1.692,240 1.699,750 0,00Paládio onça troy 698,470 704,020 0,00

Indicadores

Poupança 13/03 0,509Poupança p/ 1 mês 12/03 0,540TR 12/03 0,040Juros Selic meta ao ano 9,75Salário Mínimo (Federal) r$ 622,00

Ponto de Observação

Alberto Marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

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Telefax: (21) 2671-6611Endereços eletrônicos:

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

Crescimento com igualdade

Por onze anos seguidos o Brasil tem apresentado redução das desigualdades. Somente no último ano,

a pobreza caiu 7,9%, dando continuidade ao processo estabelecido ao longo de toda a década passada. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a perspectiva é de que as desigualdades devem diminuir ainda mais nos próximos anos. A mesma pesquisa indica que as classes D e E deverão icar cada vez menores em comparação com o total da população. Em 2003, essa faixa social tinha 96 milhões de pessoas. Hoje são 63 milhões, e em 2014 esse número deverá ser de 49 milhões de pessoas.

Essa migração entre classes tem várias razões. Mas o crescimento do emprego formal e a inclusão econômica das famílias mais pobres por meio dos programas sociais brasileiros, que são referência no mundo inteiro , podem ser apontados entre os principais motivadores. Em parte, talvez seja por isso que o Brasil também lidere o Índice de Felicidade Futura (IFF), pesquisa realizada em 158 países, incluindo Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.

No entanto, temos muitos desaios a superar e grandes obstáculos a serem transpostos. Embora tenhamos tido grandes avanços, o país está entre os 12 com menor igualdade no mundo. Se o Brasil quiser permanecer entre as nações economicamente mais desenvolvidas, terá que promover uma mudança política no que diz respeito à qualidade do processo decisório. Um novo protagonista precisa fazer parte da tomada de decisões. Trata-se do imenso contingente de brasileiros que integram a nova classe média. Esse segmento tem sido o que mais aumenta. E, até 2014, de cada dez pessoas, seis estarão na classe C.

A consolidação de nossa classe média poderá assegurar um estágio de maior igualdade econômica , porque o aumento da renda desses brasileiros vai continuar permitindo o aumento do consumo interno e, consequentemente, da produção e do emprego. É um ciclo virtuoso que o país persegue e, com um ele, um projeto de futuro, em que cada cidadão deixa de lutar exclusivamente pela sua subsistência e passa a ter melhores oportunidades para realizar, melhorar e atingir seus objetivos de vida.

A nova queda da Selic não satisfaz o empresariado

A queda da taxa Selic na semana passada,

reduzida de 10,50% para 9,75% ao ano, desagra-dou a diversos setores empresariais e até lide-ranças sindicais dos tra-balhadores na indústria. Em nota oicial, a Fede-ração das Indústrias do Estado do Rio – FIRJAM – a redução de 0,75% na referida taxa, referencial no mercado inanceiro nacional, é insuicien-te para fazer a indústria voltar a crescer, no mo-mento em que os Estados reduzem o ICMS sobre produtos importados, desde que desembar-quem nos portos e aero-portos dessas unidades da federação,o que agra-va o processo de desin-dustrialização do Pais..

Na nota, a Firjam diz que "é muito bem-vinda a intensiicação do pro-cesso de redução da taxa básica de juros, face o baixo desempenho da in-

dústria brasileira em 2011 e no mês de janeiro", lem-brando que, ao mesmo tem-po, com o cenário de forte expansão monetária nas economias desenvolvidas e juros próximos de zero, como ocorre nos EE.UU., a queda da Selic permite minimizar os diferenciais de juros e a pressão sobre o real.

Para o Sistema Firjan, no entanto, a redução da Selic é condição necessária para a retomada do cresci-mento industrial nos pró-ximos meses. No entanto, não é suiciente. Para a en-tidade, "juros mais baixos devem ser acompanhados de um choque de competi-tividade".

Para o presidente da Força Sindical, uma das maiores concentrações de sindicatos do país, o depu-tado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) a que-da da taxa Selic é tímida e insuiciente para aquecer o consumo, gerar empregos e melhorar o PIB. Para o par-lamentar paulista, um pou-

co mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um cresci-mento expressivo da eco-nomia. "É um absurdo esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco Cen-tral", concluiu o presidente da "Força".

Essa convergência de opiniões entre as lideranças das indústrias e dos empre-gados mostra o "mata sapo" em que se transformou a luta entre duas correntes de peso entre os economistas: desenvolvimentistas prefe-rem um ambiente de cres-cimento mais forte com a concessão para uma taxa de inlação abaixo de 5% ao anos em contraponto aos monetaristas, que de-fendem uma política dura com juros mais altos para conter os índices inlacio-nários.

Nenhuma das duas cor-rentes, no entanto, tocam no cerne da questão: o maior tomador de emprés-timos é o Governo e, para

vender os seu "papagai-so", oferece um dos juros mais altos do mundo. O Governo insiste em ven-der títulos para reforçar o capital do BNDES, por exemplo, que oferece capital com juros subsi-diados. Nessa operação, a troca de títulos por em-préstimo, o Governo reti-ra recursos do mercado, que poderiam reforçar a poupança nacional, para "vendê-los" a preços ir-risórios para alguns se-tores, como as empresas da construção civil que participam de projetos do PAC, como o "Mi-nha Casa, Minha Vida", a construção de estádios que icarão ociosos de-pois da Copa de 2014, ou em empreitadas teme-rárias como a Usina de Belo Monte, no rio Xin-gu, que só irá produzir energia elétrica (que não pode ser estocada) du-rante 4 meses a cada ano, devido à falta de chuvas por longos períodos na Amazônia.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

(*) FECHAMENTO: 12 DE MARÇO DE 2012

Situação da indústria melhorará nos próximos meses, avalia CNIO crescimento do fatura-

mento real das indús-trias brasileiras em janeiro recuou 1,4% na compara-ção com dezembro de 2011. Apesar do desempenho, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a tendência para o setor é positiva para os próximos meses. Parte disso, segun-do o gerente de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, se deve às medidas adotadas no ano passado pelo governo, que começam a surtir efeito. “A nossa expectativa é de me-lhora gradual para os pró-ximos meses. Os dado de janeiro são ainda ambíguos,

com sinais positivos, mas também negativos, como na queda do faturamento. Houve, possivelmente, uma redução nos estoques. Isso pode signiicar que as em-presas estejam voltando a um grau de normalidade”, disse Castelo Branco du-rante o anúncio dos indica-dores industriais referentes a janeiro.

- Mas há medidas toma-das pelo governo no ano passado que começam a ter impacto - lembrou re-ferindo-se às desonerações tributárias adotadas pela equipe econômica. “Por im, ontem (quarta-feira, 7), com a queda mais forte

dos juros, a expectativa é que tenhamos ainda quedas futuras, reduzindo o custo inanceiro das empresas e estimulando a demanda por parte das famílias”, acres-centou. De acordo com Cas-telo Branco, esse conjunto de ações, vindo acompa-nhadas de uma melhora no ambiente internacional e de soluções para os problemas iscais da Europa, levarão as atividades da indústria “a uma gradual recuperação”. ”Mas para uma retomada mais forte, precisamos de medidas adicionais que re-forcem a competitividade dos produtos brasileiros nos aspectos tributários, custo

de capital, logística, deso-neração de folha e de ou-tras agendas de longo prazo como educação e inovação, que precisam de uma im-plementação mais efetiva e mais célere”, completou.

Os setores industriais que, segundo os indicado-res da CNI, apresentaram os melhores índices de fa-turamento em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2011, foram os de material eletrônico e de te-lecomunicações (40,8% a mais), de Madeira (27,2%), papel e celulose (22,8%) e máquinas e equipamentos (17,8%), de acordo com o estudo.

Page 3: Edição Nº 99

3モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta DILMA ROUSSEFF: [email protected] [email protected]

ANTÔNIO GRAZZIANO DE ARRUDA, 47 anos, professor em Araguaína (TO) - No exterior, as pessoas têm uma visão melhor do Brasil do que nós mesmos. Embora nos últimos 12 anos tenha melhorado a percepção que os brasileiros têm do seu país, ainda assim o governo pensa em uma forma de elevar a

autoestima de seu povo?

Presidenta Dilma – Antônio, a autoestima dos brasileiros já está melhorando muito, porque as pessoas

percebem a evolução do país. Antigamente, boa parte dos países progredia, enquanto o Brasil marcava

passo. Agora estamos crescendo, apesar da crise vivida pelos países desenvolvidos. O que nos enche de

orgulho também é o fato de o crescimento econômico ocorrer simultaneamente à redução da pobreza e da

desigualdade e em uma democracia política cada vez

mais consolidada. Nos últimos nove anos, 40 milhões de brasileiros chegaram à classe média. Enquanto o

desemprego cresce em vários países, em 2011 nós

criamos quase 2 milhões de novos empregos com

carteira assinada. Diversos países estão com os olhos

voltados para o Brasil, para conhecer nossas soluções

na agricultura, na produção de biocombustíveis,

na eletriicação rural. O programa Luz para Todos foi escolhido, pela ONU, como referência para a elaboração de um plano para levar energia às

populações mais pobres de todos os países até 2030.

O Bolsa Família inspira programas de transferência

de renda em várias regiões do mundo. O Brasil está

se tornando uma referência. Tanto que a presença do nosso país tem sido cada vez mais exigida nos fóruns

internacionais e isso deve ser motivo de orgulho para

todos nós, brasileiros.

JORGE LUÍS R. DE SOUSA, 55 anos, pedreiro em Pedro II (PI) - O governo federal cancelou a

implantação de cisternas de placa. Que outro tipo de cisterna vai ser oferecido è população do semiárido nordestino? Haverá trabalho para nós, pedreiros?

Presidenta Dilma – Jorge, o governo não cancelou

a implantação de cisternas de placa. Ao contrário, das 750 mil cisternas que serão implantadas até 2014, pelo programa Água para Todos, 450 mil serão de placa. E contamos com a utilização de mão de

obra dos pedreiros locais, como você, que ajudam o

programa a deslanchar. As outras 300 mil cisternas serão de polietileno e, como serão fabricadas no

próprio Nordeste, também ajudarão a gerar empregos na região. Vamos utilizar estes dois modelos porque

queremos acelerar a implantação de alternativas

de acesso à água no semiárido nordestino, o que é

fundamental para o consumo humano, para o gado

e para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região. O Água para Todos faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, e é coordenado pelo Ministério da

Integração Nacional. Estamos fazendo vários outros investimentos no Nordeste que vão gerar muitos empregos para os pedreiros. Para o seu município,

por exemplo, pelo PAC 2, estão previstas obras de saneamento, moradia, abastecimento de água e duas

creches, além de já estar aprovada a construção de uma

unidade básica de saúde e duas quadras esportivas.

EGNALDO JOSÉ DE CARVALHO, 44 anos, encarregado operacional em São Paulo (SP) - Por que não podemos sacar FGTS de contas inativas? É um dinheiro que pertence ao trabalhador, mas as normas estipulam que ele só pode sacar depois de icar três anos sem carteira assinada. A senhora não acha que essas regras deveriam ser alteradas?

Presidenta Dilma – O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo primordial de proteger o trabalhador nos casos de demissão “sem

justa causa”. Por isto, Egnaldo, quando o trabalhador

deixa o emprego espontaneamente, ele não pode fazer

a retirada imediatamente, mas se permanecer fora do

regime do FGTS por três anos, também poderá fazer o saque. Há várias outras situações, no entanto, em

que o FGTS também pode ser sacado. Por exemplo, para a aquisição da casa própria; em caso de doenças

como câncer e aids; em caso de necessidade pessoal

urgente e grave, causada por enchentes; quando a

empresa empregadora é extinta etc. O que não for

sacado, será liberado na época da aposentadoria.

Estas regras foram criadas pelo Congresso Nacional porque, além de ser uma garantia individual para o

trabalhador, o Fundo tem também o objetivo de ajudar

toda a sociedade, ao assegurar recursos para inanciar programas de habitação popular, saneamento básico

e infraestrutura urbana. As normas e diretrizes do FGTS são estabelecidas pelo Conselho Curador, que é formado por representantes dos trabalhadores, dos

patrões e do governo.

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

Direito Empresarial

Pedidos de falência voltam a subir em fevereiro, aponta Serasa

O número de pedidos de falência voltou

a subir em fevereiro, se-gundo dados divulgados na segunda-feira, dia 05 de março, pela Serasa. No mês passado, foram 152 pedidos, ante 124 em janeiro.

Entre os pedidos efetuados, 27 foram de grandes empresas – o maior número desde março de 2011, quando 31 companhias de gran-

de porte izeram o pedido. Outros 79 pedidos vieram de pequenas empresas, e 46, de médias.

- O aumento da inadim-plência das empresas, sobretudo via protestos, indica que o requerimen-to de falências vem sendo utilizado como forma de cobrança - airma a Serasa em nota. “A inadimplência das empresas vem subindo em razão da menor capaci-dade de gerar receitas para pagar as dívidas assumi-das, consequência clara da

baixa atividade econômica e dos juros ainda elevados”.

Também em fevereiro, tiveram a falência de-cretada 45 companhias, seis a mais do que no mês anterior - 35 delas, de micro e pe-quenas em-presas. Foi ainda reque-rida recupe-ração judi-

Arthur Salomão* cial de 49 companhias, de todos os portes.

Prazo de entrega da Rais é prorrogado para dia 23

O Ministério do Tra-balho prorrogou até

o próximo dia 23 o prazo para as empresas enviarem os dados da declaração da Relação Anual de Infor-mações Sociais (Rais) ano-base 2011. Inicialmente, o prazo terminaria dia 9. Se-gundo o ministério, até as 8h do dia 8, 5,5 milhões de empresas haviam consegui-do enviar as informações. A expectativa é que este ano sejam informados aproxi-madamente 69 milhões de vínculos empregatícios. O Serviço Federal de Proces-samento de Dados (Serpro) constatou que o aplicativo responsável por analisar as

informações enviadas pelas empresas apresenta baixo desempenho quando sub-metido à análise de grande volume de dados, causando um elevado tempo de res-posta. O Serpro informou que equipes de desenvol-vimento estão trabalhando para solucionar o problema.

A declaração da Rais é obrigatória a todos os esta-belecimentos inscritos no CNPJ com ou sem empre-gados. A declaração deve ser feita pela internet, nos endereços eletrônicos http://portal.mte.gov.br/rais/ e www.rais.gov.br. Os esta-belecimentos ou entidades que não tiveram vínculos

empregatícios no ano-base poderão declarar a Rais Ne-gativa, com opção online. A entrega da Rais é isenta de tarifas.

Os estabelecimentos com mais de 100 emprega-dos devem usar certiicação digital. Será oferecida para todas as declarações a alter-nativa de transmiti-las com certiicado digital. Caso haja necessidade de reti-icar as informações pres-tadas, o término do prazo para envio, sem multa, é 23 de março de 2012. O Mi-nistério do Trabalho pede aos estabelecimentos que não deixem de preencher os campos sobre raça/cor;

pessoas com deiciência e escolaridade dos trabalha-dores. A pasta considera esses dados essenciais para implementação de políticas públicas para esses seg-mentos.

Em caso de dúvidas, os empregadores podem con-tatar a Central de Atendi-mento da Rais pelo telefone 08007282326 ou as superin-tendências regionais do Tra-balho e Emprego, gerências ou agências de sua região. O empregador que não en-tregar a Rais no prazo legal icará sujeito à multa, no va-lor mínimo de R$ 425,64, acrescida de R$ 106,4 por bimestre de atraso.

Ipem vai acompanhar medição de relógios de distribuidora de energia

Após o aumento das re-clamações por parte

dos moradores de bairros da zona norte da cidade do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense, o Instituto de Pesos e Medidas do estado (Ipem-RJ) começa nesta quarta-feira (14) uma me-dição paralela aos marcado-res da Light, concessionária

responsável pela distribui-ção de energia nessas regi-ões. A iniciativa, a pedido da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), tem como objetivo esclare-cer o aumento nos valores das contas de luz que, em alguns casos, chegaram a mais de 900%. Os testes vão

começar pelo bairro Jardim América, onde se concentra o maior número de queixas. Os aparelhos do instituto vão periciar os relógios dos moradores que se sentiram lesados e registraram re-clamação em algum órgão competente.

De acordo com a dire-tora do Ipem-RJ, Soraya

Santos, “quem entrou com reclamação pode icar tran-quilo, porque ele vai ter sua conta suspensa e terá de pagar o valor médio dos últimos três meses. Agora, é importante que o usuário saiba que vai pagar a dife-rença se a nova marcação conirmar a anterior”, ex-plicou.

Parque Tecnológico do Rio terá R$ 500 milhões em três anos

Nos próximos três anos, mais de R$ 500

milhões serão investidos na construção de unida-des de pesquisa no Par-que Tecnológico do Rio. Considerado o maior do Brasil, com 350 mil me-tros quadrados, o espaço está localizado na ilha da cidade universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A inicia-tiva prevê a instalação de mais de 200 empresas em toda a área do parque, transformando o Rio num

polo de desenvolvimen-to da ciência, tecnologia e inovação. As empresas instaladas no parque têm uma ligação direta com al-guns dos mais importantes centros de pesquisas tec-nológicas do País, como o Centro de Tecnologia, o Instituto de Engenharia Nuclear, o Centro de Pes-quisa em Energia Elétrica e o Centro de Pesquisas da Petrobras.

Atualmente, cerca de 30 empresas, entre peque-nas, médias e grandes, já

funcionam ou ainda vão ser construídas no local. O superintendente de Com-petitividade da Secretaria de Desenvolvimento Eco-nômico, Energia, Indústria e Serviços, Sérgio Teixei-ra, disse que o Governo do Estado participará da pré-seleção das empresas através de uma comissão criada pela universidade e também pelo conselho di-retor estratégico do parque. “Como se trata de uma área federal, as grandes empre-sas interessadas foram es-

colhidas por meio de licita-ção. Em três anos, teremos cinco mil pesquisadores qualiicados que trabalha-rão no local. Este espaço é referência internacional”, airmou Teixeira.

A meta do projeto é proporcionar uma maior interação entre a universi-dade e empresas interessa-das nas oportunidades do pré-sal, já que o local con-ta com laboratórios de úl-tima geração, proissionais qualiicados e pesquisado-res brasileiros de ponta.

Page 4: Edição Nº 99

4 モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie!Ligue: 21 2671-6611

RODRIGO DE CASTRO é jornalista e pós-graduado em Marketing e Comunicação Empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Barcas x Carrões

A Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) vi-veu uma das semanas mais polêmicas da

atual legislatura. Tudo começou com a aprova-ção da nova concessão de operação ás Barcas S.A, que foi utilizada pela oposição ao Gover-nador para justiicar o aumento da tarifa de R$ 3,80 para R$ 4,50. A votação da concessão não tem uma relação direta com o aumento da pas-sagem. No entanto, opositores digamos mais “maldosos” divulgaram a um jornal carioca a relação dos deputados que votaram a favor da concessão e (pasmem!) o telefone celular des-tes, que passaram a receber ligações de “supos-tos” manifestantes ameaçando-os. Foi preciso que o Presidente Paulo Melo mais uma vez entrasse em cena e com a habitual autoridade colocasse os “pingos nos is” em discurso que durou mais de uma hora, se comprometendo em averiguar o caso e anunciando punição rígida aos irresponsáveis, entenda-se cassação!

Mas, os ventos que teimam em mudar de lado... indicaram o início de mais uma crise das grandes na Alerj. A Mesa Diretora da Casa deci-diu padronizar a frota de carros a disposição dos parlamentares e, com isso, saem de cena os Bo-ras comprados em 2007 para entrar na garagem o Fluence Privilége, cujo preço oscila em torno de R$ 76 mil. Estima-se uma despesa de R$ 2,9 milhões com a compra. A presidência já justii-cou que encomendou apenas um estudo técni-co e que a mudança na frota não se dará agora, mas a imprensa passou todo o inal-de-semana repercutindo o fato e a população luminense já manifestou-se indignada. A oposição esfrega as mãos e prepara sua artilharia pesada. A semana promete!

Moradores, todos os cariocas se beneiciem dessas obras.

Deputado Wagner Montes defende ‘icha limpa para tudo’

Em entrevista exclusiva ao Capital, o deputado

estadual Wagner Montes (PSD), disse que é a favor da adoção da chamada “i-cha limpa” para qualquer cargo. “Eu sou a favor da icha limpa não só para os parlamentares, sou a favor para qualquer cargo públi-co. Eu acho que tem que ter icha limpa para tudo. Primeiro que sempre me manifestei a favor do con-curso público. Segundo, eu acho que qualquer pessoa para assumir qualquer car-go, mesmo comissionado, tem que ter a icha limpa. Se por acaso, houver algu-ma manobra para burlar a exigência com relação aos comissionados, por exem-plo, que a pessoa respon-sável pela sua nomeação seja responsabilizada pela omissão dos atos realiza-

dos pelo seu subalterno”, defendeu o deputado. Se-gundo ele, essa providên-cia teria que vir dos órgãos federais para dar o exem-plo. “O exemplo tem que vir de cima e em todos os níveis dos Poderes, seja federal, estadual ou muni-cipal”, completou Montes.

O deputado conirmou a pré-candidatura do ilho Wagner Montes (PRB), atual Subsecretário de Tra-balho e Renda do Estado, a uma vaga na Câmara do Rio. “Na outra eleição ele quis vir candidato e eu não deixei. Eu disse: você não está pronto, você tem que estudar, se preparar para ser vereador, você não pode ser mais um verea-dor. Você vai ser cobrado até por causa do nome”, disse o deputado. Hoje, a situação é outra. “Ele é o

responsável pelos postos do SINE, conseguiu coisas maravilhosas, como fazer uma gestão compartilhada com as Prefeituras, medi-da que economizou mais de R$ 1,2 milhão para o Estado com esse convênio. Agora está negociando um convênio com a FAETEC, para desenvolver um tra-balho em conjunto para capacitação proissional, o que certamente vai trazer também grande economia para os cofres públicos e qualiicação melhor para os trabalhadores”, lembrou Montes.

- Caso seja eleito, pro-cure ser o melhor verea-dor - venho dizendo a ele. “Você será o mais cobrado, por mim na televisão e em casa pelo pai. O primeiro puxão de orelha quem vai dar sou eu quando acor-

Banco de Imagens

dar. Por outro lado, ele me questiona muito, gosta de política, tem as vantagens que graças a Deus herdou de mim, é humilde, traba-lhador e é corretíssimo, en-tão essas são três vantagens que um político tem que ter - concluiu o deputado.

Wagner Montes, ilho do deputado e apresentador,

vai concorrer a uma vaga na Câmara do Rio

Moradora de Japeri tem textos em coletânea de autores independentes

Fabiele Penco, bacharel em Direito e moradora

de Japeri, teve dois textos publicados na edição 2011 do livro Cronicidades, lan-çado pela editora InCult Produções Culturais. A edição já pode ser adquiri-da em bancas. O livro faz

parte do projeto Escrito-res Independente, que tem como objetivo principal promover autores e escrito-res de crônicas, desconhe-cidos do grande público, através da publicação de um livro com textos inédi-tos. Cinquenta autores, de

diferentes partes do país foram selecionadas. Os textos estão disponíveis no site Clube de Autores, onde podem ser adquiridos por meio eletrônico. Os textos de Fabiele são “O coração sempre diz a verdade” e “A viagem que mudara tudo”.

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5モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Ministro diz que vai ampliar desoneração e ajustar tarifasO governo estuda am-

pliar a desoneração da folha de pagamento para outros setores, além dos que já foram contemplados pelo Plano Brasil Maior. "A desoneração será am-pliada e ajustaremos as ta-rifas", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após encontro com empre-sários do setor industrial, no último dia 9. O ministro informou que está conver-sando com empresários, convidando novos setores a entrar e está discutindo qual alíquota substituirá o pagamento do INSS. Atu-almente, em troca de 20% de pagamento sobre a fo-lha, é cobrada alíquota de 1,5% sobre o faturamento das empresas do setores têxtil, calçados e tecnolo-gia da informação.

Segundo Mantega, a nova tarifa "certamente será uma alíquota que be-neiciará o setor produti-vo". O ministro airmou ainda que todos os setores da indústria poderão ser in-cluídos nesse plano, desde que manifestem interesse. A desoneração valerá para o longo prazo, disse Man-tega, que nesta sexta-feira esteve reunido com repre-sentantes do Instituto de Estudos para o Desenvol-vimento Industrial (Iedi) e

cerca de 20 empresários, durante pouco menos de duas horas, em São Paulo.

PRUDÊNCIA - A nova medida do governo para proteger o real na guerra cambial “tem caráter pru-dencial”, informou o Mi-nistério da Fazenda. De acordo com nota do Mi-nistério da Fazenda, divul-gada no início da tarde, a medida reforça a decisão de “reduzir o luxo de ca-pital especulativo que entra

no país para obter ganhos com a diferença entre os juros praticados nos países avançados e a taxa básica de juros brasileira”.

A nota diz ainda que a ampliação do prazo refor-ça a decisão do governo, anunciada no dia 1º de março pelo ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, de restringir a entrada de capi-tal estrangeiro para aplica-ções de curto prazo no país. De acordo com o decreto,

a medida vale “nas liquida-ções de operações de câm-bio contratadas a partir de 12 de março de 2012, para ingresso de recursos no país, inclusive por meio de operações simultâneas, re-ferentes a empréstimo ex-terno sujeito a registro no Banco Central, contratado de forma direta ou median-te emissão de títulos no mercado internacional com prazo médio mínimo até 1,8 mil dias: 6%”.

Baixada nova

medida contra

queda do dólar

Decreto publicado nes-ta segunda-feira (12)

no Diário Oicial da União eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas li-quidações de operações de câmbio contratadas a partir dessa data, para in-gresso de recursos no país (empréstimos externos). No dia 1º, o governo já ti-nha elevado de dois para três anos o prazo para a incidência do imposto nos empréstimos externos. Na prática, isso signiica que o dinheiro terá de icar mais tempo no país para evitar a taxação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tinha avisado que o go-verno iria adotar medidas para defender o real e que a equipe econômica não ica-rá assistindo à guerra cam-bial de forma impassível.

De acordo com o decre-to, a medida vale “nas li-quidações de operações de câmbio contratadas a partir de 12 de março de 2012, para ingresso de recursos no país, inclusive por meio de operações simultâneas, referentes a empréstimo externo sujeito a registro

no Banco Central, contra-tado de forma direta ou mediante emissão de títu-los no mercado internacio-nal com prazo médio mí-nimo até 1.800 dias: 6%”. No ano passado, o governo já havia anunciado a co-brança de IOF nessas ope-rações de empréstimos de empresas e bancos no ex-terior. Inicialmente, icou estabelecido que emprés-timos com menos de 360 dias pagariam IOF. Depois, o prazo foi estendido para 720 dias (dois anos). Na época, a ideia do governo era não só conter a queda da moeda, mas também a excessiva oferta de crédito na economia brasileira.

A valorização excessi-va do real prejudica as ex-portações pois os produtos brasileiros icam mais ca-ros no exterior, diicultan-do a venda nos mercados estrangeiros que, diante da crise, têm desvalorizado muitas vezes supericial-mente suas moedas. Por outro lado, afeta a indús-tria nacional que tem dii-culdade de concorrer com produtos estrangeiros cada vez mais baratos diante da desvalorização do dólar.

Elza iúza-ABr

Compromissos sobre trabalho na

construção civil já estão valendoO Compromisso Nacio-

nal para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Constru-ção, irmado em 1º de mar-ço de 2012, está em vigor desde aquela data. Ele tem como objetivo aprimorar as condições de trabalho nos canteiros de obras do país, segundo o Presidente do Sindicato dos Traba-lhadores nas Indústrias da Construção Civil, Monta-gem Industrial, Mobiliário, Mármore e Granito e do Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Niló-polis, Magé e Guapimirim, Josimar Campos de Souza, o Mazinho. “Esta é a pri-meira vez que se realiza um acordo desse nível para a construção civil a nível nacional. Suas diretrizes são fruto de intensas ne-gociações ocorridas entre o governo federal - sob a coordenação da Secreta-ria-Geral da Presidência da República, e as enti-dades representativas de empresários e empregados do setor da construção”, lembrou o Sindicalista ao Capital, ele que participou da Comissão durante nove meses através da União Geral dos Trabalhado-res (UGT), a qual o SITI-COMMM é iliado.

De acordo com o líder sindical, “o acordo reair-ma o compromisso de con-tratação na região, trazendo estabilidade de seis meses de contrato com renovação de mais seis meses. O pa-pel do SITICOMMM é es-tar junto às empresas para discutir, instruir e iscali-zar, em especial as obras do PAC. Se as empresas não cumprirem as determi-nações, cabe ao Sindicato levar tal constatação ao Governo Federal”, assina-lou Mazinho, que preside o SITICOMMM desde 2002.”Nossa atuação per-manente nos trabalhos em Brasília é motivo de orgu-lho para toda a categoria, uma vez que ela estava re-presentada na mesa de dis-cussão, propondo iniciati-vas e ações para a melhoria das condições de trabalho para os proissionais do se-tor”.DIRETRIZES - Ao todo, segundo Mazinho, foram dezoito reuniões e três ple-nárias, iniciadas em março e concluídas em dezembro. “Elas serviram para deinir e acordar os termos que re-sultaram no Compromisso, reunindo diretrizes sobre recrutamento e seleção, formação e qualiicação proissional, saúde e segu-

rança, representação sin-dical no local de trabalho, condições de trabalho, e relações com a comunida-de”, explicou o Sindicalis-ta, que destacou os avan-ços que representam os mecanismos de estímulo à formalização contratual e o fortalecimento do Sine, a implementação de comitês de saúde e segurança e a adoção de representantes sindicais nas obras, entre outras iniciativas.

- Para acompanhar o Compromisso Nacional, foi criada a Mesa Nacio-nal Permanente para o Aperfeiçoamento das Con-dições de Trabalho na In-dústria da Construção, que tem caráter tripartite (com representantes do governo federal, setor empresarial e centrais sindicais), e é co-ordenada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em conjunto com o Ministério do Tra-balho e Emprego. Além de funcionar como um espaço permanente de discussão entre as partes envolvidas, a Mesa também tem a in-cumbência de receber e di-vulgar as adesões ao Com-promisso – acrescentou Mazinho.A MESA - Participam da Mesa, como represen-

tantes dos trabalhadores: Central Única dos Tra-balhadores (CUT); Força Sindical; Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Central dos Tra-balhadores e Trabalhado-ras do Brasil (CTB); União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Confederação Nacional dos Trabalhado-res na Indústria (CNTI); Confederação Nacional dos Trabalhadores nas In-dústrias da Construção (CNTIC); Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indús-trias da Construção e da Madeira (CONTICOM); Confederação Nacional dos Trabalhadores na In-dústria da Construção e do Mobiliário (CONTRI-COM); e Federação Nacio-nal dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (FENATRACOP).

Já a parte patronal está representada pelo Sindica-to Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infra-estrutura (Sinicon) e pela Câmara Brasileira da Indús-tria da Construção (CBIC). Além da Secretaria-Geral, também estão representa-dos na Mesa, pelo governo federal, os seguintes Minis-

térios: Trabalho e Emprego; Planejamento, Orçamento e Gestão; Previdência Social; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Casa

Civil; Educação; Cidades; Minas e Energia; Esporte; Integração Nacional; Trans-portes; e a Secretaria de Di-reitos Humanos.

Mazinho, Presidente do SITICOMMM,

participou da Comissão que atuou em Brasília ao longo de nove meses

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6 モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Autoridades prometem fazer do

Jardim Gramacho bairro modelo

Sacriicado durante décadas pelo despejo

de milhares de tonela-das lixo vindos de vários municípios, o bairro Jar-dim Gramacho, locali-zado no primeiro distri-to de Duque de Caxias, prepara-se para se tornar um bairro modelo, com qualidade de vida para seus moradores. Os úl-timos caminhões com dejetos ainda fazem uso da área que se tornou o maior lixão a céu aberto da América Latina, mas a expectativa é que suas atividades sejam encer-radas até o inal de abril. Representantes dos ca-tadores de materiais re-cicláveis, que vivem do aterro sanitário, se reuni-ram sexta-feira (9) com

representantes dos Gover-nos Federal, Estadual e Municipal. O objetivo foi conhecer o cotidiano dos trabalhadores e analisar as reivindicações feitas ao po-der público.

Pelo menos 1.800 ca-tadores foram cadastrados pela Prefeitura de Duque de Caxias, através das Se-cretarias de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), entre janeiro e fevereiro. Com o im do aterro sanitário, cerca de 8 mil pessoas - levando-se em conta que cada tenha mulher e pelo menos dois ilhos - perderam sua for-ma de sustento. Assim, os trabalhadores cadastrados serão incluídos em progra-mas sociais, cursos de qua-liicação e associações de

geração de renda.Os catadores receberam

as autoridades em sua as-sociação, no Jardim Gra-macho, onde foram apre-sentadas as reivindicações para serem implementadas após o im do aterro sani-tário. Estiveram presentes os secretários municipais de Assistência Social (Ro-seli Duarte) e Meio Am-biente (Samuel Maia), a deputada federal Andreia Zito, o secretário geral da Casa Civil do Governo Federal, Diogo Nogueira, técnicos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e representantes da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e de ou-tras instituições parcei-ras da iniciativa, como o PANGEA, INCRA, Banco

do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica, IBASE e Assecampe, entre outras.

Após a reunião, as autoridades izeram uma visita ao aterro sanitário para consta-tar a realidade em que vivem os catadores de materiais recicláveis. No trajeto, a caravana cruzou alguns cami-nhões que ainda des-pejam o lixo no aterro sanitário. O projeto Id Missões vai promover cursos e oicinas de geração de renda para os catadores. Em um prédio ao lado, os ca-tadores poderão fabri-car blocos de alvena-ria e outros artefatos de cimento.

ProJovem Urbano abre 600 vagas em Meriti

Seiscentas vagas es-tão à disposição de

jovens entre 18 e 29 anos que não tenham terminado o Ensino Fundamental. Quem quiser aproveitar essa chance para melhorar de vida, ainda ganha uma bolsa mensal no valor de R$ 100 como ajuda de custo. Os in-teressados devem se inscrever no projeto ProJovem Urbano, que oferece ainda qualii-cação proissional nas áreas de turismo, ali-mentação e telemarke-

ting. As inscrições icarão

abertas até 30 de abril, no Centro Cultural Meri-tiense, em Vilar dos Teles e no Complexo Cultural Kennedi Jaime, no Cen-tro. Com duração de 18 meses e aulas noturnas, o ProJovem será oferecido em três unidades escola-res municipais Orlando Francisco, Deputado Lu-cas de Andrade Figueira e Ignácio Lucas. As aulas terão início dia 7 de maio. Informações pelos telefo-nes 2651-1017 e 2756-7946.

Brasil deve diversiicar exportações para a China, diz embaixador brasileiro

O Brasil deve diver-siicar as expor-

tações para a China, alertou hoje (8) o em-baixador do Brasil na China, Clodoaldo Hu-gueney, durante even-to na Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no Rio de Janeiro. As exportações brasileiras para a China dependem basicamen-te de três commodities, que são a soja, o miné-rio de ferro e o petróleo. O embaixador disse que o Brasil precisa passar a vender produtos agrí-colas mais processados, como carnes, ou pro-dutos manufaturados,

de maior valor agregado. “Não há nada de errado em exportar commodi-ties”, disse Hugueney, mas ressaltou que “o nos-so dever de casa é traba-lhar na diversiicação da pauta e pensar em expor-tar mais produtos manufa-turados para a China”.

O embaixador lembrou que o Brasil já exporta para a China os aviões da Embraer, um grande produto manufaturado. Segundo ele, a empre-sa brasileira detém mais de 75% do mercado da aviação regional chinês. Ele também lembrou do anúncio, nesta semana, do contrato entre a com-

panhia BRF Foods com uma grande rede chinesa de carnes e outros produ-tos “vai aumentar ainda mais a nossa presença no mercado chinês de carnes processadas, de frangos e de bovinos, onde o Brasil já tem uma posição de li-derança”.

Segundo o embaixador, o preço das commodities segue elevado e a deman-da por produtos básicos, como a soja e o minério de ferro, por exemplo, tende a aumentar. No setor de car-nes, as vendas brasileiras para a China estão cres-cendo. “Eu não vejo uma perspectiva de que haja uma desaceleração brusca,

nem na economia nem nas exportações brasi-leiras”.

Hugueney disse que o governo brasi-leiro está trabalhando na diversiicação da pauta, para dar um salto qualitativo. Ele deixou claro, porém, que esse não é um es-forço só do governo. Mesmo com a pauta de commodities, as exportações brasilei-ras para a China vêm aumentando ano a ano, gerando supe-rávits signiicativos, como no ano passado, da ordem de US$ 11 bilhões.

Importação de carros: Brasil pede informações ao México

O Ministério do Desenvolvimen-

to, Indústria e Comér-cio Exterior conir-mou sextafeira (9) o envio de carta, no dia anterior, ao governo do México, na qual solicita a limitação de embarques de veícu-los mexicanos para o Brasil a uma cota de US$ 1,4 bilhão (R$ 2,49 bilhões a preços de hoje) pelos pró-ximos três anos. O pedido, encaminha-do diretamente aos

ministros mexicanos de Economia, Bruno Fer-rari, e Relações Exterio-res, Patricia Espinosa, é parte de outras deman-das do Brasil para rene-gociar o acordo bilateral de comércio automoti-vo. O governo brasileiro evita, porém, fazer qual-quer comentário sobre o assunto. A assessoria do ministro Ferrnando Pi-mentel, do MDIC, reve-la que só haverá alguma manifestação depois da resposta do governo me-xicano.

Ricardo Teixeira renuncia à presidência da CBF

O presidente da Con-federação Brasi-

leira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, re-nunciou nesta segunda-feira (12) ao cargo, que

ocupou durante 23 anos. Teixeira deixa também o comando do Comitê Orga-nizador Local da Copa de 2014. O novo presidente é José Maria Marin, que está

no comando da CBF desde a semana passada, quando Teixeira pediu licença do cargo, alegando problemas de saúde.

Na carta em que comu-nica a Marin sua saída do cargo, Ricardo Teixeira diz que deixa a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido. “Futebol em nosso país é sempre automaticamente associa-do a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o ta-lento. Quando perdemos, imperou a desorganiza-ção”, ressalta Teixeira.

Ele diz ainda que fez o que estava a seu alcance,

sacriicando inclusive a saúde e renunciando ao convívio familiar. “Fui criticado nas der-rotas e subvalorizado nas vitórias”, lembra Teixeira na carta, mas destaca: “isso é mui-to pouco, pois tive a honra de administrar não somente a con-federação de futebol mais vencedora do mundo, mas também o que o ser humano tem de mais humano: seus sonhos, seu or-gulho, seu sentimen-to de pertencer a uma grande torcida, que se confunde com o país”.

Antonio Cruz-ABrFecomércio-RJ diz que corte irme nos juros era necessário

A Federação do Co-mércio do Rio (Fe-

comércio–RJ) elogiou a decisão do Comitê de Política Monetária (Co-pom) do Banco Central (BC) de reduzir a taxa básica de juros (Selic). O BC baixou a taxa de 10,5% para 9,75% ao ano, uma redução de 0,75 ponto percentual. Para o presidente Or-lando Diniz, “um dia depois de tomarmos ci-ência do grau de desa-celeração da economia brasileira, não poderí-amos receber outra de-

cisão do BC. Se já era um resultado esperado, depois da divulgação do PIB [Pro-duto Interno Bruto] desta terça-feira, o corte irme nos juros tornou-se ainda mais premente. Vivemos hoje um ambiente marca-do por inlação em queda, cortes no Orçamento fe-deral, desaquecimento de importantes economias no front internacional, cresci-mento doméstico acima de seu potencial, investimen-tos em vias de maturação e diferencial de juros como atrativo ao capital especu-lativo”.

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7モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie! Ligue: 21 2671-6611

Demanda do consumidor

por crédito cai pelo

segundo mês seguido

A procura por crédito em todo o país caiu

8,7%, em fevereiro, com-parado a janeiro, e 13,3% sobre igual mês do ano passado, segundo o Indi-cador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, houve queda de 9,7% ante ao mesmo perío-do de 2011. Essa é a segun-da queda mensal seguida. Em janeiro, o movimento já tinha recuado 8,2% ante dezembro de 2011.Os índi-ces negativos foram regis-trados em todas as faixas de renda, principalmente na população mais pobre. Para os que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil men-sais o movimento diminuiu mais fortemente (-8,9%). Em seguida, vêm aqueles que recebem mais de R$ 10 mil (-7,6%).

O economista da Serasa

Experian Luiz Rabi des-tacou que, que após fazer dívidas entre 2010 e 2011, é hora de um acerto de con-tas para muitos desses con-sumidores, apesar de o Co-mitê de Política Monetária (Copom) estar mantendo a trajetória de redução da taxa básica de juros, a Se-lic. Como a inadimplência aumentou, a prioridade é regularizar dívidas em atraso e evitar o nome sujo no mercado. “Nas classes mais pobres, as pessoas, geralmente, não têm re-servas inanceiras e têm de separar uma parte do que recebem todo o mês para quitar dívidas e garantir o acesso a novos inancia-mentos”, observou Rabi.

As reduções foram mais acentuadas nas regiões Sul (-9,2%) e Sudeste (-9,4%), seguidas pela Nordes-te (-7,6%), Centro-Oeste (-7,5%) e Norte (-4,4%).

Banco de Imagens

Google vai ter que explicar nova política de privacidadeO Departamento de

Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, noti-icou a gigante Google para que explique, em dez dias, os motivos que levaram a companhia a alterar o texto que trata da utilização de dados pessoais de seus usu-ários e resume 60 itens em apenas um - o que segundo especialistas é pouco trans-parente. A decisão da em-presa sobre as mudanças na política de privacidade está sendo questionada em vá-rios países, especialmente nos Estados Unidos.

Segundo nota do DPDC, o pedido de esclarecimento "foi feito com base na le-gislação de defesa do con-sumidor e no direito cons-titucional à privacidade"

no Brasil. Entre os detalhes solicitados a Google pelo órgão, estão o processo realizado pela companhia para a revisão da política de privacidade. A Justiça também quer saber de que forma a sociedade pode se manifestar sobre as mudanças. E também foi questionado "se há uma al-ternativa para aqueles que desejam utilizar os diver-sos produtos, sem que haja uma interconexão de seus dados pessoais entre eles" - alguns exemplos são o Gmail, o Google+ e o You-Tube, que precisam que o usuário esteja logado para aproveitar funções especí-

icas de contas pessoais.Outra polêmica aborda-

da pelo órgão na carta de notiicação é o conteúdo privado dos e-mails que também é acessado pela Google (com uma leitu-ra automática de palavras chave) para ins de publi-cidade customizada. Ex-cluindo a parte técnica, o DPDC pediu ainda infor-mações que dizem respeito a "autorização do consumi-dor para a combinação de seus dados pessoais com os produtos e serviços" da Google. De acordo com o DPDC, o não cumprimen-to de uma notiicação pode dar origem à um processo administrativo, instaurado pelo órgão na Justiça. A Google não se manifestou sobre a notiicação.

Lançada campanha pró doação de leite materno

Amamentar é um ato que resume de forma

sublime o sentimento es-pecial de ser mãe e em es-pecial, mulher. Assim pen-sando, deputada estadual Claise Maria Zito (PSD) escolheu o Dia Internacio-nal da Mulher, comemora-do em 8 de março, para o lançamento da mais nova campanha idealizada pela Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Ido-so da Assembleia Legisla-tiva do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a qual pre-side. Trata-se da campanha “Recicle Vida”, que preten-de arrecadar potes de vidro com tampas de plástico que

são ideais para armazena-mento do leite materno de doadoras e estão em falta no mercado.

A deputada criou o Pro-jeto de Lei que institui a Semana Estadual de Do-ação de Leite Materno, programada para o mês de outubro, quando uma série de atividades estimularão a doação de leite materno aos Bancos de Leite de todo o estado. “O leite materno é a primeira e principal fonte de nutrição dos bebês. Tem todos os ingredientes ne-cessários para o desenvol-vimento da criança e uma série de fatores de proteção contra doenças. O problema

é que nem todos os bebês têm um peito para mamar. São os casos dos órfãos, dos recém-nascidos inter-nados em UTI e daqueles cujas mães não produzem leite. Para contornar essa situação, existem os Bancos de Leite Humano. Qualquer mulher que produza leite em excesso pode ser doado-ra. O procedimento é rápido e fácil. Basta esterilizar um pote de vidro (tipo de maio-nese), coletar o leite e arma-zenar no freezer”, explica Claise, cujo Projeto de Lei em tramitação.

O Gabinete Itinerante da deputada, montado na Pra-ça do Paciicador, no Centro

de Duque de Caxias foi o ponto de partida para divul-gar a campanha através de informativos e divulgar os postos de coleta para a do-ação de potes de vidro com tampa de plástico.

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Vereador Jairinho defende novos

investimentos na Zona Oeste

O vereador Dr. Jairinho (PSC) tem sido um

dos principais articulado-res, na Câmara do Rio, de novos investimentos para a Zona Oeste. Segundo ele, a melhoria da infraestrutu-ra urbana na região é fun-damental para deixar um legado permanente aos ca-riocas após a realização da Copa do Mundo e dos Jo-gos Olímpicos, em 2016. O crescimento da cidade, na opinião do vereador, deve ocorrer onde ele é mais ne-cessário, ou seja, na Zona Oeste.

- Nós temos que apro-

veitar o investimento que o município está recebendo e fazer com que esses 16 dias de Olimpíadas se transfor-mem em um legado para a vida toda. O prefeito tem sensibilidade política e so-cial, e a responsabilidade necessária de fazer com que a Zona Oeste receba os investimentos – airma, o vereador, que é primeiro Secretário do Legislativo. Ele lembra que o Rio de Janeiro vive um momento histórico de oportunidades e desaios. "A cidade dei-xou de ser apenas o cartão postal do Brasil para se

transformar em protagonis-ta de um novo ciclo virtu-oso".

Em seu segundo man-dato, Jairinho acumula uma série de realizações em fa-vor da Zona Oeste. Pela primeira vez, os chefes do Poder Executivo nos três níveis de Governo (União, estado e município) uniram forças em torno de obje-tivos comuns. Assim, foi possível desenvolver estra-tégias que colocaram o Rio em destaque no cenário internacional. Por ter sido escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016,

a cidade vai produzir em cinco anos o que levaria 30 para concluir.

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8 モ13 a 19 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Ligue: 21 2671-6611ANUNCIE

Safra de grãos 2011/2012 deve chegar a 157,8 milhões de toneladasA produção de grãos

brasileira deve chegar a 157,8 milhões de tonela-das, de acordo com o sex-to levantamento da safra 2011/2012, feito pela Com-panhia Nacional de Abas-tecimento (Conab) e divul-gado no dia 8. O volume é 3,1%, ou cerca de 5 milhões de toneladas, menor que os 162,9 milhões de toneladas colhidas na safra anterior. No entanto, em relação ao quinto levantamento, pu-

blicado há um mês, houve aumento de 0,5%, ou 744,2 mil toneladas.

Segundo a Conab, o acréscimo em relação ao último levantamento se deve à recuperação da la-voura do milho primeira safra e do crescimento do milho segunda safra. No total, a produção de milho deve crescer 7,5%, che-gando a uma safra de 61,7 milhões de toneladas. Con-siderando apenas o milho

segunda safra, deverá ha-ver crescimento de 20,1%, com estimativa de 25,8 mi-lhões de toneladas.

A soja, no entanto, que junto com o milho compõe mais de 80% do volume de grãos, deve ter sua produ-ção reduzida em 8,7%, i-cando em 68,7 milhões de toneladas. A área plantada deve chegar a 51,68 mi-lhões de hectares, 1,79 mi-lhão de hectares, ou 3,6% a mais, que os 49,88 milhões

de hectares da última safra. De acordo com a Conab, o milho e a soja são respon-sáveis pela ampliação de área. O Arroz e o feijão, no entanto, apresentaram re-dução na área plantada.

A pesquisa foi realizada por 60 técnicos da Conab, entre os dias 23 e 29 de fe-vereiro, ouvindo represen-tantes de órgãos públicos e privados ligados à produ-ção agrícola dos todos os estados produtores.

Diferença entre exportações e importações em março é positiva

A balança comercial bra-sileira registrou supe-

rávit de US$ 260 milhões nos sete dias úteis das duas primeiras semanas de mar-ço, segundo dados divulga-dos nesta segunda-feira (12) pelo Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado das exportações de US$ 6,527 bilhões e importações de US$ 6,257 bilhões. A média diária de embarques externos de março icou em US$ 931 milhões. Nas compras internas, a média diária registrada icou em US$ 893,9 milhões.

Quando comparado ao mesmo período de 2011, os embarques externos aumentaram 1,4%, e as importações avançaram 5,8%. No acumulado do ano, as exportações so-mam US$ 40,686 bilhões

e as importações registram US$ 40,003 bilhões. O su-perávit se mantém positivo em US$ 683 milhões.

As exportações melho-raram por conta do aumen-to de vendas de produtos básicos (+5,7%), principal-

mente algodão em bruto, petróleo em bruto, carnes de frango e suína. Em con-trapartida, houve queda nas exportações de semimanu-faturados (-3,8%) e manu-faturados (-2,9%).

Do lado das importa-ções, aumentaram, prin-cipalmente, as compras de adubos e fertilizantes (+63,1%), instrumentos de ótica e precisão (+22,3%), produtos farmacêuticos (+22,0%), químicos or-gânicos e inorgânicos (+17,9%), siderúrgicos (+13,2%), borracha e obras (+9,5%) e equipamentos mecânicos (+8,1%).

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