edição nº 86

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MERCADO & NEGÓCIOS Brasil e Argentina vão modificar acordo do setor automotivo Gestores de universidades federais são alvos de inquéritos CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ►13 a 19 de dezembro de 2011 Construção civil deverá ser o grande destaque em 2012 Ano 3 nº 86 www.jornalcapital.jor.br ►PÁGINA 8 Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % FECHAMENTO: 12 DE DEZEMBRO DE 2011 ►PÁGINA 2 Site www. jornalcapital .jor.br Vereadores de Caxias podem perder mandatos Transpetro lança ao mar o navio José Alencar O meio político de Duque de Caxias está com as atenções voltadas para a Câmara Municipal. Pelo menos quatro suplentes estão reivindicando o afastamento de titulares, através da justiça eleito- ral, sob pretexto de seus titulares mudarem de sigla sem justificativa. ►PÁGINA 5 A Transpetro e o Estaleiro Mauá lançaram ao mar nesta segunda-feira (12), o navio de produtos José Alencar, batizado em homenagem ao ex-vice-presidente da República. O navio foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos finais antes da entrega à Companhia para início de operações. Com 183 metros de comprimento e capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis, o José Alencar é o último da série de quatro navios de produtos encomendados pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) ao Estaleiro Mauá. O Brasil tem hoje a quarta maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo e ocupa a quinta posição no ranking das encomendas de navios em geral. A indústria naval brasileira, que tinha menos de 2 mil trabalhadores na virada do século, hoje emprega quase 60 mil pessoas. Agencia Petrobras Banco de Imagens Federal indicia cúpula da Reduc Mais freio aos produtos importados O s Administrado- res da Refinaria Duque de Caxias da Petrobras serão indiciados pela Polí- cia Federal por crime ambiental, pelo lan- çamento de efluentes no Rio Iguaçu. A decisão é do delega- do Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patri- mônio Histórico da PF, que já remeteu o inquérito ao Ministé- rio Público Federal. Em nota, a empresa questionou o resul- tado das análises do INEA. ►PÁGINA 3 O ministro da Ciên- cia, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mer- cadante, disse que o governo deve ampliar a exigência de conteúdo nacional como forma de barrar a concorrên- cia dos produtos im- portados. Para justificar a proteção, o ministro usou a China como exemplo ao comparar a taxa de nacionalização do setor automobilís- tico brasileiro, recen- temente ampliada para 65%, mas ainda bem abaixo da exigência chinesa, de 90%. ►PÁGINA 4 Banco de Imagens Empresa de Caxias ganha prêmio de competitividade Faturamento da indústria eletroeletrônica cresce 8,5% Receita Federal terá malha fina para empresas Saldo das exportações ficou negativo na última semana D as seis vencedoras do prêmio de competitivi- dade MPE Brasil RJ 2011 - o mais importan- te para micro e pequenas empresas, cooperativas e associações produtivas - metade é do interior fluminense. O resultado foi anunciado na sede da Firjan, no Centro do Rio. As vitoriosas represen- tarão o Rio na disputa nacional da premiação, em março do ano que vem, em Brasília. Entre as selecionadas estão a Lumman, de Três Rios, na categoria comércio; a Tour Shop, de Búzios, na categoria turismo; o Palace Hotel, de Campos; a Polifix, de São Gonçalo, na categoria indústria; a Duc Gás, de Duque de Caxias, na categoria co- mércio; e academia de ginástica Stronger Center, de Niterói, na categoria serviços. ►PÁGINA 5 ►PÁGINA 5 ►PÁGINA 4 ►PÁGINA 5 Dolar Comercial 1,843 1,845 2,15 Dólar Turismo 1,750 1,930 0,00 Ibovespa 57.346,86 1,53

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Jornal Capital - Edição nº 86

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Page 1: Edição Nº 86

MERCADO & NEGÓCIOS

Brasil e Argentina vão modificar acordo do setor automotivo

Gestores de universidades federais são alvos de inquéritos

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►13 a 19 de dezembro de 2011

Construção civil deverá ser o grande destaque em 2012

Ano 3 ● nº 86www.jornalcapital.jor.br

►PÁGINA 8

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

Fechamento: 12 de dezembro de 2011

►PÁGINA 2

Sitewww.jornalcapital

.jor.br

Vereadores de Caxias podem perder mandatos

Transpetro lança ao mar o navio José Alencar

O meio político de Duque de Caxias está com as atenções voltadas para a Câmara Municipal.

Pelo menos quatro suplentes estão reivindicando o afastamento de titulares, através da justiça eleito-ral, sob pretexto de seus titulares mudarem de sigla sem justificativa.

►PÁGINA 5

A Transpetro e o Estaleiro Mauá lançaram ao mar nesta segunda-feira (12), o navio de

produtos José Alencar, batizado em homenagem ao ex-vice-presidente da República. O navio foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos finais antes da entrega à Companhia para início de operações. Com 183 metros de comprimento e capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis, o José Alencar é o último da série de quatro navios de produtos encomendados pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) ao Estaleiro Mauá. O Brasil tem hoje a quarta maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo e ocupa a quinta posição no ranking das encomendas de navios em geral. A indústria naval brasileira, que tinha menos de 2 mil trabalhadores na virada do século, hoje emprega quase 60 mil pessoas.

Agencia Petrobras

Banco de Imagens

Federal indicia cúpula da Reduc Mais freio aos produtos importadosOs Administrado-

res da Refinaria Duque de Caxias da Petrobras serão indiciados pela Polí-cia Federal por crime ambiental, pelo lan-çamento de efluentes no Rio Iguaçu. A decisão é do delega-do Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patri-mônio Histórico da PF, que já remeteu o inquérito ao Ministé-rio Público Federal. Em nota, a empresa questionou o resul-tado das análises do INEA. ►PÁGINA 3

O ministro da Ciên-cia, Tecnologia e

Inovação, Aloizio Mer-cadante, disse que o governo deve ampliar a exigência de conteúdo nacional como forma de barrar a concorrên-cia dos produtos im-portados. Para justificar a proteção, o ministro usou a China como exemplo ao comparar a taxa de nacionalização do setor automobilís-tico brasileiro, recen-temente ampliada para 65%, mas ainda bem abaixo da exigência chinesa, de 90%.

►PÁGINA 4

Banco de Imagens

Empresa de Caxiasganha prêmio

de competitividade

Faturamento da indústria eletroeletrônica cresce 8,5%

Receita Federal terá malha fina para empresas

Saldo das exportações ficou negativo na última semana

Das seis vencedoras do prêmio de competitivi-dade MPE Brasil RJ 2011 - o mais importan-

te para micro e pequenas empresas, cooperativas e associações produtivas - metade é do interior fluminense. O resultado foi anunciado na sede da Firjan, no Centro do Rio. As vitoriosas represen-tarão o Rio na disputa nacional da premiação, em março do ano que vem, em Brasília. Entre as selecionadas estão a Lumman, de Três Rios, na categoria comércio; a Tour Shop, de Búzios, na categoria turismo; o Palace Hotel, de Campos; a Polifix, de São Gonçalo, na categoria indústria; a Duc Gás, de Duque de Caxias, na categoria co-mércio; e academia de ginástica Stronger Center, de Niterói, na categoria serviços.

►PÁGINA 5

►PÁGINA 5

►PÁGINA 4

►PÁGINA 5

Dolar Comercial 1,843 1,845 2,15Dólar turismo 1,750 1,930 0,00

ibovespa 57.346,86 1,53

Page 2: Edição Nº 86

2 ►13 a 19 de Dezembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

CambioMoeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,843 1,845 2,15Dólar turismo 1,750 1,930 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %Coroa Dinamarca 5,636 5,639 1,50Dólar austrália 1,007 1,007 1,44Dólar Canadá 1,025 1,026 0,79Euro 1,318 1,319 1,42Franco Suíça 0,937 0,937 1,36iene Japão 77,880 77,290 0,41libra Esterlina inglaterra 1,558 1,558 0,51peso Chile 514,700 515,100 0,92peso Colômbia 1.930,800 1.931,900 0,20peso livre argentina 4,265 4,305 0,00peso México 13,820 13,828 1,91peso Uruguai 19,700 19,900 0,25

bolsaValor Variação %

ibovespa 57.346,86 1,53IbX 19.673,09 1,17Dow Jones 12.021,39 1,34Nasdaq 2.612,26 1,31Merval 2.485,41 2,84

CommoditiesUnidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - brent barril 108,460 108,480 0,08Ouro onça troy 1.666,000 1.667,000 0,04prata onça troy 31,290 31,360 0,06platina onça troy 1.479,680 1.489,680 0,11paládio onça troy 657,720 663,270 0,04

indicadorespoupança 13/12 0,556Poupança p/ 1 mês 09/12 0,600tR 12/12 0,070Juros Selic meta ao ano 11,00Salário Mínimo (Federal) r$ 545,00Salário Mínimo (RJ) r$ 581,88

Ponto de Observação

alberto marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet:

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

moreira Franco é ministro chefe da Secretaria de assuntos estratégicos da Presidência da república

Colunado Moreira

Sonho de milhões

A realização do sonho da casa própria é uma das mais fe-lizes consequências - e evidências - do quanto melho-

rou a renda da população brasileira na última década. Para aqueles que estão entre os 30 milhões que ascenderam so-cialmente e integram a nova classe média, ter mais dinheiro no bolso representou também a possibilidade de conquistar sua moradia. Quem ainda não chegou lá, deve se organizar e ficar atento a programas governamentais. O balanço mais recente do programa Minha Casa Minha Vida revela que o esforço do setor público continua avançando. Só neste ano, foram contratadas a construção de 354 mil moradias. Esse número se soma a 1 milhão de casas e apartamentos con-tratados no governo do presidente Lula. Em 2011, já foram concluídas mais de 400 mil, e 500 mil estão em obras. Até 2014, o governo federal deverá atingir a marca de mais de 2 milhões de moradias construídas. Para isso, vai aplicar R$ 125,7 bilhões nesse que é o maior e mais amplo programa habitacional do País. Em quatro anos, nada menos do que 1,2 milhão de unidades, ou seja, 60% do total, serão re-servadas para famílias com rendimentos de até R$ 1,6 mil por mês. Quem tem uma renda maior do que o teto do pro-grama, também encontra boas oportunidades. Em 12 me-ses, o financiamento habitacional atingiu R$ 141 bilhões e representa mais da metade do volume das modalidade de crédito operadas pela Caixa, o que consolida ainda mais o banco como o principal financiador da moradia dos bra-sileiros. No site da Caixa, assim como de outros, o cliente pode simular sua operação de crédito. Nesses casos, porém, penso que a conversa com o gerente de sua conta pode ser o passo mais indicado. Em um cenário internacional cada vez mais problemático, a experiência do Minha Casa e Minha Vida e o crescimento do setor habitacional representam um enorme desafio para os governantes e para sociedade. Ele será capaz de medir tanto a nossa obsessão pelos resultados eficazes, como também o cuidado de nossa geração com o futuro de milhões de famílias, que percebem na realização do sonho da casa própria o caminho para conquistas ainda maiores de cada um de seus integrantes.

O papel do pré escolar no futuro do seu filho

Para avaliar a rela-ção e a influência

da educação infantil no desempenho, competên-cia interpessoal e até a percepção de estresse na 2ª série do ensino fun-damental, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) desenvol-veram um estudo com 95 crianças em fase escolar. A Dra. Edna Maria Mar-turano, da Faculdade de Medicina da USP, e um grupo de colegas contam em um artigo publicado, na edição de junho da revista Psicologia Es-colar e Educacional re-alizaram uma pesquisa com pais, responsáveis e professores em busca de uma resposta.

Segundo os autores do estudo, “os anos do ensino fundamental são uma fase significati-va no desenvolvimento das crianças. Ocupando quase uma década, cons-tituem um período de importantes conquistas cognitivas e comporta-

mentais”.Segundo revela a Agên-

cia Notisa, especializada em temas de saúde, du-rante a pesquisa as crian-ças foram divididas entre aquelas que tiveram edu-cação infantil (EI) e as que não tiveram. Segundo os autores, os estudantes que possuíam algum histórico de ensino pré-escolar apre-sentaram médias de nota maiores do que o grupo sem pré escolar em todas as provas. Além disso, o grupo de crianças sem edu-cação anterior registrou índices mais altos de sus-cetibilidade a estressores escolares.

Segundo os autores, as informações fornecidas pelos responsáveis foram mais favoráveis às crian-ças com pré escolar, indi-cando, por exemplo, que aquelas que possuíam esse requisito eram avaliadas como mais queridas pelos colegas. De acordo com o artigo, as crianças que fre-quentaram pelo menos um ano de ensino infantil têm maior habilidade social de autocontrole, responsabili-dade e cooperação. Foram

realizadas comparações também entre as crianças que tinham histórico de educação infantil e, segun-do dados do artigo, não fo-ram encontradas diferenças significativas no desempe-nho dessas crianças.

Os autores concluem que as crianças que não frequentaram o ensino pré-escolar encontram-se em desvantagem em relação às outras. Eles ressaltam ainda que os benefícios da educação infantil podem ser observados já no pri-meiro ano de pré-escola, e que têm efeitos prolonga-dos, mesmo após o conta-to com o ambiente escolar formal. O estudo aponta para a importância da edu-cação infantil no desempe-nho escolar das crianças, seja no âmbito acadêmico ou social. Afirma ainda que o ensino pré-escolar de qualidade prepara o aluno para os possíveis desafios da aprendizagem conven-ciona.

Essa pesquisa, além de revelar o papel do pré es-colar no desenvolvimento da criança, com reflexos por toda a sua vida, de-

monstra a importância do pré escolar no sistema de ensino municipal, já que é da responsabilidade das prefeituras o oferecimen-to de todos os níveis da chamada Educação Bási-ca, fiando para os Estados o ensino de Nível Médio, inclusive o técnico pro-fissionalizante. Como em 2012 teremos eleições municipais – prefeitos e vereadores – o eleitor deve prestar atenção às propostas que os candi-datos a esses cargos irão propor durante a campa-nha eleitoral. Não bas-ta, no entanto, o simples enunciado do tipo "se for eleito, prometo fazer tudo pela Educação". A ofer-ta do candidato deve ter como base estudos a res-peito do tema, mostrando o seu efetivo engajamen-to no desenvolvimen-to de uma Educação de qualidade em sua cidade. Com diriam nossos avós, de boas intenções e falsas promessas de políticos o Inferno anda cheio. E a nossa paciência, como eleitor-contribuinte, ain-da mais!

(*) Fechamento: 12 de dezembro de 2011

Alimentos caros pressionaram a taxa de inflação em novembro

O aumento da demanda nesta época de fim de

ano é o principal fator que explica a alta dos preços dos alimentos, que exerce-ram a maior pressão sobre a inflação de novembro. A avaliação é da coordenado-ra de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes. Segundo ela, os produtos alimen-tícios foram responsáveis por quase metade (48%) do Índice Nacional de Pre-ços ao Consumidor Amplo

(IPCA), divulgado hoje (8), pelo instituto.

O IPCA subiu 0,52% de outubro para novembro. O preço dos alimentos tive alta de 1,08%, após elevação de 0,56% em outubro. Euli-na Nunes ressaltou que as carnes, que ficaram 2,63% mais caras, foram as que mais pressionaram a infla-ção dos alimentos. “As car-nes subiram muito no ano passado e fecharam 2010 com mais de 20% de alta. Este ano, não apresentaram variação significativa, mas

se mantiveram em um nível alto e, agora, com a chega-da do fim do ano, quando a demanda aumenta, foi possível repassar alguns custos que estavam retidos, em função da elevação nos gastos com confinamento e com ração”, explicou.

Por outro lado, o leite ficou 2,02% mais barato e exerceu o principal im-pacto negativo sobre a taxa de inflação, aliviando um pouco a pressão de alta. Já os preços dos produtos não alimentícios subiram

menos de outubro para novembro, de 0,39% para 0,35%. O grupo das des-pesas pessoais (de 0,22% para 0,88%) foi respon-sável pela segunda maior variação em novembro, depois dos alimentos. A principal pressão partiu de empregados domésticos (de 0,1% para 1,36%), mas também ficaram mais caros os serviços de manicure (de 0,88% para 1,98%), ca-beleireiro (de 0,54% para 1,19%) e costureira (de 0,41% para 1,64%).

Indústria criativa do Rio paga os melhores salários do país

As empresas fluminen-ses pagam o maior

salário do país da chamada indústria criativa, segundo estudo divulgado pela Fe-deração das Indústrias do estado (Firjan). O salário médio é R$ 3.014, 31% acima da média nacional do setor, que engloba as áreas de televisão, música, cinema, arquitetura e pu-blicidade, entre outras. São Paulo, com média de R$ 2.775, aparece na segunda posição. O estudo da Firjan tomou por base o ano pas-sado e avaliou 13 estados.

O gerente da Divisão

de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mer-cês, disse à Agência Brasil que o “trabalhador criativo

fluminense se destaca, de fato, como o mais bem re-munerado do país. Além de o salário ser 31% superior

aos demais núcleos criati-vos estaduais, o trabalha-dor criativo do Rio ganha 64% a mais em relação aos demais trabalhadores do estado”. Segundo o econo-mista, a indústria criativa tem, de modo geral, alto valor agregado atrelado aos seus produtos. “Até porque os trabalhadores têm ele-vado grau de instrução. E, no Rio de Janeiro, a gente tem tipicamente ativida-des criativas culturalmente muito famosas. O carnaval é um dos grandes eventos com forte atividade criati-va”, exemplificou.

Page 3: Edição Nº 86

3►13 a 19 de Dezembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta: [email protected] [email protected]

GILVAN JONES DOS SANTOS, 33 anos, professor em São Paulo (SP) - Sou paraplégico e me orgulhei em ver o desempenho do Brasil no Parapan. Acho que o seu governo precisa olhar muito para esse segmento.Presidenta Dilma – O seu orgulho, Gilvan, é o mesmo de todos nós, brasileiros, com o desempenho excepcional dos nossos para-atletas. O mérito é todo deles, que nos deram exemplos vivos de determinação, perseverança e superação. Por meio do Bolsa Atleta, nós demos uma ajuda, que foi muito bem aproveitada. Das 197 medalhas conquistadas, 156 vieram no peito de beneficiários do programa Bolsa Atleta: 56 ouros, 52 pratas e 48 bronzes. Entre esses bolsistas está o nadador Daniel Dias, que ganhou 11 ouros e é o maior vencedor da história dos Jogos Parapanamericanos. O programa garante uma remuneração mensal para que eles se dediquem exclusivamente aos treinos e competições. Quase 14 mil esportistas, incluindo os para-atletas, já receberam a bolsa. Mas nós não nos limitamos apenas a estimular a prática esportiva das pessoas com deficiência. Recentemente, lançamos o Viver sem Limite, que prevê um conjunto amplo de ações estratégicas em educação, saúde, cidadania e acessibilidade. O programa visa a autonomia da pessoa com deficiência, com a sua integração plena à vida da sociedade. Vamos investir, até 2014, R$ 7,6 bilhões no Viver sem Limite, pois sabemos que, com oportunidades, todas as pessoas com deficiência conseguem superar barreiras e realizar seus sonhos.

ANA PAULA C. JANSEN, 19 anos, estudante em Porto Alegre (RS) - Gostaria de saber se cresceram ou diminuíram as denúncias de violência contra a mulher e como o Brasil poderia diminuir os casos de brasileiras vítimas de abusos no exterior. Presidenta Dilma – O número de denúncias vem crescendo e isso é positivo, porque mostra que as mulheres estão mais conscientes e cada vez mais enfrentando o problema de frente. A Secretaria de Políticas para as Mulheres mantém, gratuitamente, o Ligue 180. O objetivo é orientar, informar sobre como funciona a legislação de proteção, como a Lei Maria da Penha, e sobre onde e como buscar atendimento. Desde 2007, o Ligue 180 já atendeu mais de dois milhões de mulheres. Só este ano, até outubro, a central recebeu 530 mil ligações. A partir de 25 de novembro, Ana Paula, nós estendemos esse serviço gratuito, que tem salvado muitas vidas, também para as brasileiras que vivem na Espanha, Itália e Portugal. Da Espanha, as mulheres devem ligar para 900 990 055; da Itália, para 800 172 211; e de Portugal, para 800 800 550. Na ligação, as brasileiras devem optar por 1 ou 3 e informar à atendente, em português, o número 61-3799 0180. Uma das principais políticas de proteção é a Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, que atua de forma articulada com estados, municípios, instituições públicas e a comunidade. Objetivo: dar atenção social, psicológica, orientação jurídica e, sendo necessário, acolhimento nas Casas Abrigo.

ADALBERTO LUZ, 48 anos, biólogo em Florianópolis (SC) - Quais as propostas que o Brasil quer discutir na Rio +20?Presidenta Dilma – Adalberto, o governo já tem um conjunto de propostas para discussão na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20. O documento, elaborado pela Comissão Nacional da Rio +20, é fruto de consultas à sociedade, a órgãos dos três níveis de governo, ao Congresso e ao Poder Judiciário. Entre as propostas, destaco a criação de um Programa de Proteção Socioambiental Global, uma espécie de Bolsa Família mundial; a definição de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – a exemplo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio –, para serem cumpridos entre 2015 e 2030; novos indicadores para medir o Desenvolvimento, com a incorporação de elementos de sustentabilidade ao cálculo do PIB; e o Pacto Global para Produção e Consumo Sustentáveis, que inclui compras públicas sustentáveis. Em relação aos novos desafios do desenvolvimento sustentável, propomos prioridade a temas da agenda social, como a erradicação da pobreza extrema, combate às desigualdades, acesso à saúde, educação, promoção da igualdade de gênero e racial, entre vários outros pontos. O documento, na íntegra, pode ser acessado na página http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/rio20_propostabr_182.pdf. Os fundamentos da nossa proposta são a promoção de uma economia verde, no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e o aperfeiçoamento da governança global do desenvolvimento sustentável.

Polícia Federal vai indiciaradministradores da Reduc

Os Administradores da Refinaria Duque de

Caxias (Reduc) da Petro-bras serão indiciados pela Polícia Federal (PF) por crime ambiental, pelo lan-çamento de efluentes no Rio Iguaçu. A decisão é do delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Am-biente e Patrimônio Histó-rico da PF, que já remeteu o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF). “Que eu vou indiciar pes-soas da Reduc, isso aí é fora de dúvida. Uma vez que o crime ambiental aconteceu. Tem gente lá que tem de ser responsável por isso”, disse Scliar. Ele pediu mais prazo à Justiça para ouvir outras pessoas, a fim de individualizar as responsabilidades e apurar todos os fatos.

O delegado explicou que as análises da água fo-ram feitas por técnicos do Instituto Estadual do Am-

biente (Inea) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A poluição ocorreu em de-zembro do ano passado e agosto deste ano. “Nós fize-mos a coleta nos efluentes da Reduc e fizemos exames laboratoriais. Laudos peri-ciais comprovaram que o material despejado no Rio

Iguaçu é poluente, que des-cumpre os parâmetros exi-gidos por leis ambientais. Os efluentes alcançavam níveis de óleo e graxa mui-to acima do que é permitido pelos regulamentos. Níveis de fenóis, sólidos e sedi-mentados acima do permiti-do. Estava tudo errado”.

Segundo Scliar, o lança-

mento contraria a Resolu-ção 357 do Conselho Na-cional do Meio Ambiente (Conama), que entre outras coisas estabelece padrões de classificação para qua-lidade nos corpos hídricos. Além disso, a pena está pre-vista no Artigo 54 da Lei 9.605/98 e estabelece prisão de um a cinco anos.

Empresa questiona resultados das análisesA Petrobras, em nota,

considerou que as amostras coletadas pela PF e analisadas pelo Inea “apre-sentaram resultados que não podem ser considerados vá-lidos, sob o ponto de vista técnico de metodologia de coleta”. A estatal esclareceu que tem estação de trata-

mento de efluentes indus-triais responsáveis por pro-cessar as descargas no Rio Iguaçu. “Os efluentes são monitorados segundo frequ-ência e parâmetros exigidos pelo Inea, que recebe men-salmente os relatórios com resultados das análises”. A nota informa ainda que “não

ocorreu nenhum vazamento de óleo por ocasião de visto-ria do Inea em 23/12/2010, ou posterior a essa data”. A companhia sustenta que o suposto vazamento seria na verdade lançamento de efluente tratado, conforme legislação em vigor. Se-gundo a Petrobras, a Reduc

mantém monitoramento do Rio Iguaçu e os resultados das análises indicam que o local é fortemente impac-tado por esgoto sanitário, “sendo sua qualidade pior à do ponto de lançamento dos efluentes, indicando pouca ou nenhuma contribuição da refinaria”.

Palhaços criticam políticos e pedem volta do bonde

No Dia Internacional do Palhaço, come-

morado dia 10, dezenas de artistas do riso fizeram uma manifestação bem-humorada junto aos Arcos da Lapa, pedindo a volta do tradicional bondinho de Santa Teresa, e aprovei-taram para criticar a classe política pelos escândalos frequentes. O ato fez parte do 10º Encontro Interna-cional de Palhaços Anjos do Picadeiro, que come-çou no último dia 5 e en-cerrou domingo (11), com

oficinas, debates e ativida-des circenses.

O palhaço brasileiro Seu Flor, nome artístico de João Carlos Artigos, um dos coordenadores do en-contro internacional Anjos do Picadeiro, explicou que o objetivo do encontro é a troca de informações e o debate sobre a profissão. A diretora de comunica-ção social da Associação dos Moradores de Santa Teresa, Débora Lerrer, en-fatizou que a comunidade não foi ouvida na escolha

sobre o novo modelo de bonde para o bairro, que teve o sistema paralisado desde o dia 27 de agosto passado, quando um bon-de descarrilou, causando a morte de cinco pessoas e deixando mais de 50 pas-sageiros feridos.

- Nós não queremos que essa reforma do bonde passe por cima da vontade popular. O governo do es-tado fez um acordo com a Carris de Lisboa, sem le-var em consideração um seminário técnico que or-

ganizamos, com o clube e o sindicato de engenharia. Podemos colocar o bonde para funcionar nos moldes tradicionais, com algumas modificações para aprimo-rar a segurança, de forma muito mais rápida e bara-ta do que o governo apre-sentou”, assinalou Débora. Segundo ela, implantar os bondes com tecnologia da empresa portuguesa cus-tará R$ 5 milhões, valor que pode ser cortado pela metade se os novos bondes forem feitos no Brasil.

Banco de Imagens

Page 4: Edição Nº 86

4 ►13 a 19 de Dezembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Marcelo Cunha

Geiza rocha é jornalista e secretária-geraldo Fórum Permanente de desenvolvimentoestratégico do estado do rio de Janeiro ornalista roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Custo e qualidade das obras

São recorrentes na imprensa matérias sobre a baixa qualidade das obras públicas entregues à população.

E, de quem é a responsabilidade sobre estas obras? Uni-camente do contratante? O Estado do Rio atravessa uma fase de pujança, em que muitas obras estão sendo entre-gues à população em seus 92 municípios. Qual a capa-cidade de fiscalizar estas intervenções e seus impactos, bem como a qualidade do produto final?

O Poder Legislativo estadual está atento e vai contri-buir, através do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, levantando este debate. Nesta terça-feira (dia 13), a partir das 9h, repre-sentantes do Governo do Estado, do Crea, do Sinduscon, da Firjan, da Caixa Econômica Federal, do IAB, estarão reunidos na ALERJ para debater o assunto e buscar al-ternativas que tornem menos onerosas as obras públicas.

No caso da Habitação, por exemplo, o Brasil, a des-peito do déficit habitacional que enfrenta (faltam 5,8 milhões de moradias para suprir a demanda populacio-nal), ainda não domina técnicas de construção baratas e modernas. Só no estado do Rio de Janeiro, segundo a FGV, faltam 537 mil casas. O estudo, que tem como base dados da PNAD 2009 aponta que São Paulo e Rio concentram 19,4% e 9,3% das carências habitacionais, respectivamente. Apesar da tendência de queda deste déficit, precisamos ficar atentos e contribuir para que as casas que estão sendo entregues sejam da melhor quali-dade. Da mesma forma, a pavimentação das vias.

O objetivo deste seminário é debater as responsabili-dades de cada um dos entes neste processo e apresentar propostas. O evento encerra a agenda de atividades de 2011 do Fórum. Este ano foram realizados nove debates no Plenário da Alerj que abordaram temas como o de-senvolvimento sustentável das regiões Norte e Noroeste, o papel do Legislativo no Legado dos Megaeventos es-portivos, a cadeia produtiva da pecuária de corte e ações para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas no estado, dentre outros. O canal 12 da Net transmite ao vivo o encontro. Não perca e participe!

Vereador Grande busca melhorias para moradores de Campos ElíseosExercendo o primeiro

mandato, o vereador Evangivaldo Santos Soa-res, o Grande, do PSDB, vem se destacando na busca de melhorias para a região de Campos Elíseos. “Se falarmos em saneamento básico, por exemplo, são mais de 60 ruas asfalta-das, das quais 21 de minha iniciativa, em Terra Santa, Marilândia e Divinéia, en-tre outros locais”, assinala o vereador em entrevista ao Capital. O parlamentar fez um pequeno balanço de suas iniciativas em várias áreas, como educação, saú-de, assistência social e in-fra-estrutura, entre outras. “Nós, que representamos a população que nos elegeu, temos que corresponder a essa confiança. Meu tempo e meu mandato são volta-dos para os interesses dos

moradores”, disse Gran-de, destacando algumas de suas indicações e projetos executados pelo Executivo e outras propostas a serem executadas em 2012.

Na área de educação, por exemplo, que ele diz ser “a base de tudo”, Gran-de destaca a construção da Escola de Tempo Integral, que deverá ser inaugurada

no inicio do ano, projeto que ele solicitou ao pre-feito Zito que estendesse à região. Ainda naquela área, ele solicitou a me-lhoria das instalações do Colégio Monteiro Lobato, bem como a construção de quadra coberta no Colégio Marilândia, e ampliação do Colégio Maria Anger Gua-rino e Dr. Manoel Reis, ao

lado da delegacia da área. O vereador fez outra

indicação importante, que é a construção de uma cre-che no bairro. Segundo o vereador, ela deverá ser erguida na área do posto de saúde, que deixará o local e passará a funcionar em outro espaço. “Acredi-to que a creche vá atender cerca de 200 crianças. As-sim como as outras, vai ser uma obra de grande im-portância para a comuni-dade, uma vez que o CAIC atende crianças desnutri-das”, assinala o vereador. O vereador destacou tam-bém a construção de uma UNET (Unidade de Edu-cação para o Trabalho), da Fundec, que oferece qualificação à comunida-de há mais de um ano, em funcionamento na Avenida Actura nº 31.

Cresce faturamento da indústria eletroeletrônicaA indústria eletroele-

trônica brasileira vai encerrar 2011 com um fa-turamento de R$ 134,9 bilhões, 8,5% acima do obtido em 2010. Apesar da expansão, o resultado é inferior ao crescimento de 13% projetado pelo setor, de acordo com o presiden-te da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Ele-

trônica (Abinee), Humberto Barbato. Ele queixou-se da concorrência dos importa-dos e atribuiu essa situação ao aumento de 18,2% no déficit comercial do setor, que chegou a US$ 32,2 bi-lhões este ano. Enquanto as exportações somaram US$ 7,8 bilhões, as importações de bens acabados e de pro-dutos como componentes

alcançou US$ 40 milhões, uma alta de 14,9% em re-lação ao registrado no ano passado.

- O Brasil está em pro-cesso de desindustrializa-ção - avaliou Barbato, ao destacar que a valorização do real e o aumento do cus-to de produção têm preju-dicado a indústria do setor. Apesar disso, o líder empre-

sarial projeta para 2012 um aumento de 13% no fatura-mento, que deve chegar a R$ 152,5 bilhões. Há ainda previsão de crescimento das exportações, que devem ter alta de 5%, atingindo US$ 8,3 bilhões. Mas as impor-tações também deverão continuar crescendo, com alta estimada de 15%, so-mando US$ 46,1 bilhões.

Governo quer frear ainda mais a entrada de importadosO ministro da Ciência,

Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse que o governo deve ampliar a exigência de conteúdo na-cional como forma de barrar a concorrência dos produtos importados. Para justificar a proteção, o ministro usou a China como exemplo ao comparar a taxa de naciona-lização do setor automobilís-tico brasileiro, recentemente ampliada para 65%, mas ainda bem abaixo da exigên-cia chinesa, de 90%. “Va-mos aumentar as exigências de conteúdo local de todas as cadeias estratégicas. Isso

vale para TICs [Tecnologia da Informação e da Comu-nicação] e indústria automo-bilística”, disse o ministro ao participar de um encontro da Associação Brasileira da In-dústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em São Paulo.

O ministro reiterou que essa é uma determinação da presidenta Dilma Rousseff e que o governo usará todos os instrumentos disponíveis para evitar a prática de dum-ping (venda ao exterior por preço abaixo do praticado no mercado de origem). “Não podem dizer que tomamos medidas protecionistas por-

que não estamos liderando a lista de países protecio-nistas”, disse Mercadante. Segundo ele, o governo está tomando todo o cuidado para não ferir as regras da Organi-zação Mundial do Comércio (OMC).

Mercadante informou que o desafio do governo é a in-dústria de componentes. Ele informou aos empresários que o governo está disposto a acatar uma proposta do setor da indústria eletroeletrônica, que seja reservada uma par-te dos fundos setoriais para aquisição de produtos no mercado interno.

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5►13 a 19 de Dezembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie! Ligue: 21 2671-6611cinemade graça

Nesta terça-feira (13), a partir das 14h, os cinco primeiros leitores que ligarem para o Capital no (21) 2671-6611 ganharão

um par de convites para assistir os filmes em cartaz

Vereadores de Caxias podem perder mandatosO meio político de Du-

que de Caxias está com as atenções voltadas para a Câmara Municipal. Pelo menos quatro suplen-tes estão reivindicando vagas na justiça eleitoral, sob pretexto de seus titula-res mudarem de sigla sem justificativa. As ações são de perda de cargo eletivo por desfiliação partidária sem justa causa. Os su-plentes são Antonio Carlos da Silva (Carlos do Toldo) e José Carlos da Costa (Dilinho), ambos do PTN; Elena Alves Melo (Hele-na do Posto), do PSDB, e José Raimundo Campos (Zé do Cloro), do PTB. O primeiro reivindica o man-dato de Marcos Fernandes de Araújo (Marquinho Oi), o segundo o de Margarete da Conceição de Souza Cardoso (Gaete), o tercei-ro o de Moacyr Rodrigues da Silva (Moacyr da Am-bulância) e o último, o de

Joaquim José Santos Ale-xandre, O Quinzé.

Entre os quatro verea-dores ameaçados de per-derem mandato, a situação mais delicada parece ser a de Marcos Fernandes de Araujo, o Marquinhos Oi, que deixou o DEM para ingressar no PSDB. Se-gundo informações não oficiais, o vereador, não liberado oficialmente pelo partido pelo qual foi elei-to, teria ingressado em ou-tro por decisão própria. O

Capital tentou confirmar a informação com o ve-reador e com o presiden-te do DEM, Hugo Neto, mas não obteve êxito em nenhuma das várias tenta-tivas que fez. O suplente Carlos do Toldo, localiza-do pela reportagem, disse estar pronto para assumir o mandato. “Com certe-za serei melhor do que aquele que lá está”, disse o suplente, que acrescen-tou: “Eu trabalho desde os dez anos de idade e o meu

propósito é ser diferente, não ser igual a ninguém, e tenho certeza que posso assumir esse cargo de ve-reador plenamente pois eu estou preparado e sei mui-to bem o que eu quero”, garantiu Carlos, que obte-ve 1.339 votos.

Ele disse ainda que não entrou na política “para ganhar dinheiro”. “Meu propósito é dar qualidade de vida para a população de bairros como Parque Santista, Vila Cruzeiro, Parque Eldorado, Figuei-ra, Capivari, São Judas Tadeu, Vila Maria Helena, Cidade Nova, Amapá, Jar-dim Primavera, São Lou-renço e Xerém, no 4º Dis-trito. A política tem que mudar. Chega de políticos que aparecem na época de eleição, fazem promessas, conquistam o voto e de-pois somem. Eu vou fazer a diferença”, prometeu Carlos do Toldo.

Marcelo Cunha

Carlos do Toldo pleiteia o mandato de Marquinho Oi

Brasil acumulou em dezembro déficit comercial

de US$ 730 milhões

As importações no va-lor de US$ 5,003

bilhões superaram as ex-portações de US$ 4,273 bilhões na segunda semana deste mês. Com isso, foi registrado déficit comercial de US$ 730 milhões, infor-mou segunda-feira (12) o Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior. Na primeira semana havia sido regis-trado superávit comercial de US$ 319 milhões, mas, com o déficit divulgado, o saldo preliminar do mês está negativo em US$ 411 milhões. Nas duas semanas de dezembro, as exporta-ções chegaram a US$ 6,058 bilhões, com média de US$ 865,4 milhões, por dia útil. As importações ficaram em

US$ 6,469 bilhões, com média diária de US$ 924,1 milhões.

De janeiro até a segun-da semana de dezembro, o superávit comercial soma US$ 25,563 bilhões, cres-cimento de 57,2% em rela-ção a igual período de 2010 (US$ 16,259 bilhões). As exportações alcançaram US$ 239,970 bilhões, com média por dia útil de US$ 1,016 bilhão. Houve cres-cimento de 27,5% em re-lação ao período com igual número de úteis de 2010 (236). As importações fi-caram em US$ 214,407 bilhões, com média por dia útil de US$ 908,5 milhões e crescimento de 24,6%, em relação ao período do ano passado.

Empresa de Caxias ganha prêmio de competitividade

Das seis vencedoras do prêmio de compe-

titividade MPE Brasil RJ 2011 - o mais importan-te para micro e pequenas empresas, cooperativas e associações produtivas - metade é do interior flu-minense. O resultado foi anunciado nesta segunda-feira (12/12), na sede da Firjan, no Centro do Rio. As vitoriosas representa-rão o Rio na disputa na-cional da premiação, em março do ano que vem, em Brasília. Entre as sele-cionadas estão a Lumman, de Três Rios, na categoria comércio; a Tour Shop, de Búzios, na categoria turismo; o Palace Hotel, de Campos; a Polifix, de São Gonçalo, na catego-ria indústria; a Duc Gás,

de Caxias, na categoria comércio; e academia de ginástica Stronger Center, de Niterói, na categoria serviços.

A conquista do prêmio na etapa estadual já garan-te ao vencedor um certifi-cado e o direito de usar o selo do MPE Brasil, pro-movido nos 27 estados. Além da disputa da etapa nacional, as vencedoras estaduais participarão do evento de reconhecimen-to nacional, também em Brasília. A etapa flumi-nense do prêmio é uma realização da Secretaria Estadual de Desenvolvi-mento Econômico, Ener-gia, Indústria e Serviços, Sebrae-RJ, Firjan e Ger-dau-Cosigua.

Na edição estadual do

prêmio deste ano, 3.466 candidatas fluminenses entregaram, após a inscri-ção, o questionário de ava-liação. No ano passado, 1.527 empresas fluminen-ses haviam preenchido o questionário. O resultado deste ano repetiu o Rio no segundo melhor resultado nacional e como o estado com a maior participação no Sudeste, região com o mais elevado PIB do país. No Sudeste, o Rio detém o terceiro maior número de micro e pequenas em-presas, de acordo com o Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empre-sa, divulgado pelo Sebrae em parceria com o Depar-tamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos (Dieese).

- O resultado do MPE Brasil RJ deste ano mos-tra o aumento do nível das empresas do interior. Também é um reconheci-mento do esforço do Leste Fluminense, que teve dois vencedores, um de Nite-rói, outro de São Gonça-lo. Nessa região, o total de questionários entre-gues foi dez vezes maior do que em 2010 - afirmou a coordenadora do prêmio pela Secretaria estadual de Desenvolvimento Eco-nômico, Claudia de Luca.

Este ano, não houve vencedoras nas categorias agronegócio, serviços de educação, TI e saúde, e nos destaques de Boas Praticas de Responsabilidade So-cioambiental e Boas Prati-cas de Inovação.

Receita Federal anuncia criação de malha

fina para empresas

As pessoas jurídicas também terão a sua

malha fina. A informação é do secretário da Recei-ta Federal, Carlos Alberto Barreto. A malha fina é o banco de dados do Fisco, onde são armazenadas as declarações que apresen-tam inconsistências após os diversos cruzamentos realizados pelos sistemas informatizados do Fisco. Hoje, já é possível, por exemplo, com dados das notas fiscais eletrônicas, cruzar informações sobre subfaturamento e omissão de receitas. Sendo assim, é possível fazer auditorias eletrônicas, disse Barreto, por meio dos valores de compra e assim estimar as receitas do contribuinte. Se a Receita detectar irregu-laridades, a empresa será chamada a se regularizar. “Se não fizer a regulariza-ção, sofrerá a ação fiscal. Os sistemas estão sendo finalizados e já têm capa-cidade de entrar em produ-ção em 2012”, disse.

A base do Sistema Públi-co de Escrituração Digital (Sped) permite atualmen-te o acesso aos dados das empresas tanto pelo Fisco federal quanto pelos fiscos estaduais. Mesmo com os convênios para a troca de dados com os estados, não é necessário nenhum tipo de solicitação da Receita Federal, porque com o Sped as informações estão dispo-níveis para todos. “Assim como temos a malha da pessoa física, teremos a ins-tituição da malha da pessoa jurídica dando maior abran-gência à presença fiscal e al-cançando todos os níveis de contribuintes. É importante notar que a malha consiste, sem ter a presença da fisca-lização, do cruzamento de informações internas e ex-ternas”, disse Barreto.

Barreto informou ainda que a fiscalização continua-rá, em 2012, voltada para os grandes contribuintes. Prin-cipalmente, os que fazem, segundo ele, planejamento tributário abusivo.

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6 ►13 a 19 de Dezembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

Claise Maria Zito agraciada comprêmio de destaque nacional

A deputada estadual Claise Maria Zito

(PSD), na condição de convidada de honra, inte-grou a Mesa Diretora da Sessão Solene da Premia-ção Top Prefeitos 2011, realizada no Rio de Janei-ro, no Salão Nobre Mauá do Centro de Convenções RB1, na noite de sexta-feira (9). A parlamentar não estava ali somente para agraciar os cinquen-ta prefeitos que mais se destacaram no País em sua atuação, mas, sim para, em caráter especial e por decisão unânime do Conselho Diretor do Ins-tituto Biosfera, receber o Diploma e a Medalha de Destaque Nacional em Responsabilidade Social, sendo reconhecida como a deputada mais atuante do país nas questões refe-rentes ao desenvolvimen-to social.

- Recebi com muito orgulho e alegria a notí-cia da premiação, princi-palmente porque acredito que esta honraria é um reconhecimento a conti-nuidade de um trabalho

que comecei na minha ci-dade, Duque de Caxias, quando fui Secretária de Assistência social. Desen-volvemos um trabalho que foi reconhecido internacio-nalmente com o prêmio In-tegracion Latino America-no por ser focado na busca de uma melhor qualidade de vida para os menos fa-vorecidos e pela aplicação de programas e ações que tinham como alvo as famí-lias. Hoje, como deputada estadual, procuro através

do meu mandato levar este trabalho para todo o esta-do do Rio de Janeiro e em apenas oito meses já alcan-çamos mais esse reconhe-cimento - disse Claize. O Instituto Biosfera é presidi-do pelo professor Dorival Correia Bruni.

- É belíssimo o trabalho que a deputada Claise Ma-ria Zito vem desenvolven-do e muito me emocionou quando ela nos apresentou o programa Renda Melhor, que conseguiu aplicar jun-

to ao Governo do Es-tado na comunidade do Jardim Gramacho, onde será desativado o lixão e assim, am-parou milhares de fa-mílias que ali vivem - disse Bruni. O even-to está na sua sétima edição, tendo agra-ciado diversas perso-nalidades nacionais comprometidas com o país, notadamente no que diz respeito à busca da melhoria da qualidade de vida da população que repre-sentam ou integram. Desta vez, receberam a comenda prefei-tos dos 50 municí-pios brasileiros que mais se destacaram por ações e iniciati-vas que contribuíram efetivamente para a otimização da quali-dade de vida das suas populações. No esta-do do Rio de Janeiro, quatro prefeituras fo-ram agraciadas: Na-tividade, Paraíba do Sul, Porto Real e São João da Barra.

Comissões lançam campanha em favor dos idosos

A campanha de cons-cientização sobre o

respeito aos idosos nos transportes públicos foi lançada segunda-feira (12) pelas Comissões de Transportes e de Assun-tos da Criança, Adoles-cente e do Idoso da As-sembleia Legislativa do Rio (Alerj), em atividade realizada na Central do Brasil. Os presidentes das duas comissões, Marce-lo Simão (PSB) e Claise

Maria Zito (PSD), res-pectivamente, entregaram panfletos, conversaram com motoristas e cobrado-res e colaram cartazes no interior dos ônibus. Clai-se destacou a importância da adesão dos motoristas à campanha. “Conversei com os motoristas sobre a importância deles nesta campanha. Muitos estão falando que vão colabo-rar. Nosso objetivo está sendo alcançado”, desta-

cou. Além de motoristas e outros profissionais do transporte, os deputados conversaram também com idosos que relataram as di-ficuldades pelas quais pas-sam diariamente.

A Comissão da Criança, do Adolescente e do Idoso registra todos os dias uma média de 15 denúncias de maus-tratos a idosos. A maioria se refere aos trans-portes públicos. A expecta-tiva é que, com a campanha,

esse número caia no próximo ano. De acor-do com a deputada, outras medidas serão tomadas para intensi-ficar a campanha. A parlamentar não des-carta ações punitivas para criar uma consci-ência de respeito aos idosos. Também serão propostos cursos de re-ciclagem para atender melhor às pessoas com direito à gratuidade.

Polícia francesa treina PMs do Rio para ações

em grandes eventos

Cerca de 80 homens da Polícia Mili-

tar do Rio de Janei-ro foram capacitados durante duas semanas pela Polícia Nacional da França com ob-jetivo de melhorar a segurança do durante grandes eventos, como a Conferência Rio+20, em 2012, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Participaram do trei-namento policiais dos batalhões de Choque, de Operações Policiais Especiais (Bope), de Ações com Cães e do Regimento de Polícia Montada. Eles recebe-ram treinamentos es-pecíficos em controle de tumultos, segurança em estádios e manu-tenção da ordem públi-ca. A tropa aprendeu também técnicas para agilizar o atendimento médico de emergência às vítimas e aos poli-ciais feridos.

De acordo com o relações públicas do Batalhão de Choque,

tenente Alexandre Lima Ramos, disse que as ati-vidades desenvolvidas no intercâmbio simulavam situações de extremo. “Na última sexta feira [9] houve uma demonstração de tudo o que foi passado no intercâmbio nos dias anteriores. Aquilo foi uma apresentação final onde nós simulávamos uma manifestação que perdia a sua finalidade de manifestação e passa-va por uma situação de desordem, caos instaura-do a partir de elementos marginais que tentavam depredar o patrimônio público, obstruir vias e destruir o patrimônio pri-vado”, disse.

Segundo Ramos, em 2012 esses policiais vão atuar nos estádios durante os campeonatos Cario-ca e Brasileiro. Segundo ele, a experiência que os agentes franceses passa-ram durante o treinamen-to será colocada em práti-ca, e o que for aplicável e viável à atividade do poli-cial militar será desenvol-vido em grandes eventos.

Colunista do Capital premiado

mais uma vezPela segunda vez, o

jornalista Alberto Marques, colunista do Capital, foi escolhi-do para o Prêmio de Destaque de Comu-nicação de 2011 pelo Conselho Comunitário de Segurança Públi-ca - AISP15. Ele será entregue quinta-feira (15), às 15h, na últi-ma reunião do ano do CCS, que será realiza-do no campus da Uni-versidade Estácio de Sá, no Jardim 25 de Agosto. O Comandan-te Geral da PM, Coro-nel Erir Ribeiro Costa

Filho é o convidado de honra da reunião na qual seu antecessor, Coronal Mario Sergio Brito Du-arte, será o palestrante convidado.

O prêmio chegará às mãos do veterano e respeitado colunista no momento em que ele completa 52 anos de ati-vidade na imprensa de Duque de Caxias, tendo começado em dezembro de 1959 no jornal "Fo-lha da Cidade". Essa é a segunda vez que Al-berto Marques ganha o prêmio do CCS, pois já fora contemplado em 2009 pela atuação como moderador do “Blog do Alberto Marques”, que semana passada superou a casa dos 720 mil aces-sos, sendo um dos mais concorridos blogs da Baixada sem vinculação com empresas de comu-nicação. O jornalista também já foi premiado duas vezes com título semelhante por parte do Lons Club Internacional e ainda com o Prêmio de Comunicação do Forum Cultural da Baixada Flu-minense, em 2008.

Arquivo

Divulgação

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País

Internacional Brasil e Argentina vão modificar acordo do setor automotivo

Os governos do Brasil e da Argentina vão

modificar o acordo co-mercial para o setor au-tomotivo e exigir maior conteúdo regional das montadoras que fabricam veículos nos dois países. A decisão foi tomada em reunião sexta-feira (9) em Buenos Aires, entre o ministro de Desenvol-vimento, Indústria e Co-mércio Exterior, Fernan-do Pimentel, e a ministra da Indústria da Argenti-

na, Débora Giorgi e atende a uma decisão política das presidentas Dilma Rous-seff e Cristina Kirchner. O atual acordo, que vigora até 2013, exige que os veículos fabricados no Brasil e na Argentina tenham 65% de conteúdo nacional. Mas no Brasil esse cálculo inclui salários pagos a trabalha-dores brasileiros, além das despesas em propaganda e marketing.

- Vamos fazer um es-forço muito grande para

que a Argentina e o Bra-sil aumentem o conteúdo regional e que possam se transformar num pólo de exportação de peças para montadoras de outras par-tes do mundo - disse o assessor especial da Pre-sidência, Marco Aurélio Garcia. Garcia disse que o Brasil importa hoje mais do que US$ 22 bilhões em autopeças. “É um dé-ficit importante e é uma situação que precisamos reverter”. Caso contrário,

a indústria automo-tiva dos dois países será “condenada” a ser apenas montadora veículos, em vez de fabricá-los.

Não há prazo para a implementação das novas medidas. Segun-do o assessor especial, trata-se de uma decisão política tomada pelas presidentas Dilma e Cristina em reunião bilateral feita em Cara-cas, nesta semana.

Mais de 35 mil pessoas foram assassinadas com armas de fogo em 2010

Dados do Minis-tério da Saúde

indicam que 35.233 brasileiros morreram, em 2010, vítimas de armas de fogo. O nú-mero corresponde a 70,5% dos 49.932 as-sassinatos cometidos no país, no ano pas-sado. Se forem consi-derados os suicídios, os acidentes e mortes de intenção indeter-minada, as armas de fogo foram os instru-mentos responsáveis pela morte de mais de 38 mil pessoas. O le-vantamento faz parte do Sistema de Infor-mações de Mortalida-de publicado regular-mente pelo ministério em seu site.

Os números, que ainda são prelimina-res, são inferiores aos registrados em 2009 (39,6 mil mortes vio-lentas, sendo 36,6 mil homicídios pro-vocados por armas de

fogo), mas segundo o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, as taxas de 2010 ainda são consideradas “altas ta-xas”, mesmo se levando em conta que as compa-rações devem ser feitas com cuidado pelo fato dos dados serem pre-liminares. Barreto co-mentou o levantamento do Ministério da Saúde no Seminário de De-sarmamento, Controle de Armas e Prevenção à Violência, promovi-do pela representação das Nações Unidas no Brasil em parceria com a Assembleia Legisla-tiva do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo Barreto, para reverter esse qua-dro, é preciso reduzir o número de armas de fogo nas mãos de civis. Entre as políticas volta-das para esse objetivo estão as campanhas de desarmamento.

Proposta de divisão do Pará é rejeitada por 66,6% dos eleitores

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) di-

vulgou à 0h40 da ma-drugada de segunda-feira (12) a apuração final do plebiscito sobre a propos-ta de divisão do estado do Pará. Pelo resultado, 66,6% dos eleitores re-jeitaram a criação dos estados de Carajás e do Tapajós, enquanto 33,4% se disseram favoráveis. Houve 1,05% de votos nulos e 0,41% em bran-co, em um total de 3,6 milhões de votos válidos. Pelos dados do Tribunal

Regional Eleitoral (TRE) do Pará, 4.848.495 eleito-res estavam aptos a votar, mas houve 1.246.646 abs-tenções, o equivalente a 25,71% do total. Os eleito-res compareceram a 14.249 seções espalhadas em todo o estado.

Na votação, o eleitor teve de responder sim ou não a duas perguntas. Na primeira, se era a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós; e na segunda, se era a favor da divisão do Pará para a criação do

estado de Carajás. O pre-sidente do TSE, Ricardo Lewandowski, disse no do-mingo (11), em Belém, que a realização do plebiscito representou "um momento histórico" e comemorou o fato de a votação ter ocor-rido de forma "ordeira e pacífica".

- Realmente é um mo-mento histórico extrema-mente importante, e isso mostra que a democracia brasileira está amadureci-da e consolidada - disse o ministro. “Novamente o povo brasileiro, notada-

mente o povo paraense, comparece às urnas de forma absolutamente ordeira e pacífica para manifestar a sua opi-nião quanto à possível separação do estado.” Lewandowski lembrou que o gasto com a re-alização do plebiscito foi inferior ao estimado inicialmente, que era aproximadamente R$ 25 milhões. Segundo ele, as despesas ficaram em torno de R$ 19 mi-lhões, incluindo o uso das Forças Armadas.

Coca-Cola expõe fórmula secreta em museu de Atlanta

A Coca-Cola Com-pany transferiu a

fórmula secreta de 125 anos para um novo lar, no Mundo da Coca-Cola em Atlanta. Como ponto culminante do 125º aniversário do re-frigerante, a empresa está compartilhando a história e o eterno apelo de sua fórmula secreta em uma expo-sição inédita, na qual os visitantes podem conhecer a marca mais admirada do mundo

como jamais o fizeram antes. Pela primeira vez na história, a caixa forte contendo a fórmula se-creta estará visível para o público da exposição permanente “A Caixa Forte da Fórmula Secre-ta”, inaugurada dia 8. A Companhia transferiu a fórmula secreta da Coca-Cola de uma caixa forte do SunTrust Bank, no centro de Atlanta - onde ficou guardada desde 1925 - para o Mundo da Coca-Cola.

Pastoral da Terra denuncia desapropriações forçadas em projeto do grupo EBX

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) di-

vulgou nota no sábado (10) contra o processo de desapropriação de agri-cultores no município de São João da Barra, norte do estado do Rio, onde está sendo construído um complexo industrial liga-do ao Superporto de Açu, do grupo EBX, do empre-sário Eike Batista. A CPT denunciou que um núme-

ro que pode chegar a 1,5 mil famílias - nos distritos de Água Preta, Barra do Ja-caré, Sabonete, Cazumbá, Campo da Praia, Bajuru, Quixaba, Azeitona, Cape-la São Pedro e Açu - estão sendo pressionadas a aban-donarem suas casas.

A representante da CPT na região, Carolina de Cás-sia, disse que a vontade de quase todos moradores é permanecer na terra, onde

se encontram há gerações, mas se sentem pressiona-dos a saírem. “A obra está avançando de forma muito truculenta, tirando os agri-cultores e os ameaçando. Lá tem muitos idosos que moram há anos na região e estão adoecendo [com a si-tuação]. Nós encontramos vários deles que entraram em processo de depressão e estão acamados”.

A empresa LLX, subsi-

diária da área de logísti-ca do grupo EBX, infor-mou por sua assessoria que está investindo R$ 150 milhões no proces-so de desapropriação, inclusive com a cons-trução de uma localida-de batizada de Vila da Terra, para onde estão sendo levadas 90 famí-lias de pequenos agri-cultores, que tinham até dez hectares.

Presidente do Peru substitui mais da metade dos ministros

O presidente do Peru, Ollanta Humala,

substituiu dez dos 18 ministros de seu gabine-te. A reforma ministerial alterou as pastas da se-

guinte forma: a Agricul-tura passa a ser liderada por Luis Ginocchio; a Justiça, por Juan Jimé-nez; a área de políticas para mulheres, por Ana

Jara; o Interior, por Da-niel Lozada; a Defesa, por Alberto Otárola; a Cultura, por Luis Peira-no; o Trabalho, por Luis Villena; a Produção, por

José Urquizo; a área de Minas e Energia, por Jorge Humber-to Merino; e o Meio Ambiente, por Ma-nuel Pulgar Vidal.

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8 ►13 a 19 de Dezembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

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Faturamento das exportações doagronegócio bate novo recorde

As exportações brasi-leiras do agronegócio

registraram novo recorde em novembro, alcançando US$ 87 bilhões. A quantia supera a meta prevista para 2011, de US$ 85 bilhões. Os dados fazem parte da Balança Comercial de Agronegócio, divulgada dia 9 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor acumulado no ano é 24,4% superior ao regis-trado no mesmo período do ano passado. O resul-

tado positivo é atribuído à elevação do preço médio de exportação dos princi-pais produtos brasileiros. Com relação à quantidade, apenas o complexo soja e o café ampliaram os em-barques, em 8% e 1,4%, respectivamente, em rela-ção a outubro.

Os produtos do com-plexo soja (grão, farelo e óleo) são os principais itens de exportação do agronegócio brasileiro. As vendas para o exterior so-maram US$ 22,92 bilhões.

Entre janeiro e novembro, houve aumento de 38,9% ante o mesmo período de 2010. Em segundo lu-gar nas receitas aparece o complexo sucroalcoolei-ro (etanol e açúcar), com vendas de US$ 14,99 bi-lhões (+18,9%). As car-nes seguem na terceira posição entre os principais produtos exportados, tota-lizando US$ 14,35 bilhões (+14,8%).

Também houve cresci-mento no valor exportado para os principais blocos

econômicos, entre janei-ro e novembro de 2011: África (+42,1%); Oce-ania (+49,6%); Europa Ocidental (+33,2%); Ásia (+31,1%), Nafta (+22,5%), Mercosul (+19,9%) e União Europeia (+18,1%). Por países, houve este ano aumento das expor-tações para a maioria dos vinte principais destinos importadores, com des-taque (em valores) para Argélia (+74,6%), Japão (+49,6%), China (+45,6%) e Espanha (+40,6).

Construção civil poderá ser o grandedestaque da economia em 2012

A crise internacional não está assustando a

construção civil brasileira. Ao contrário, para o presi-dente da Câmara Brasileira da Indústria Construção (Cbic), Paulo Safady Si-mão, há boas chances de o setor ser “o grande player” de 2012, com um cresci-mento projetado de 5,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor. Na cadeia, a expectativa é de cresci-mento ainda maior, entre 8,5% e 9%. “Não temos problemas de recursos, de regras e nem de modelos ou projetos. E o mercado

imobiliário tem batido re-corde atrás de recorde, com uma previsão de recursos superior a R$ 110 bilhões, contando com os da pou-pança e do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]”, disse Paulo Si-mão em almoço oferecido aos jornalistas especializa-dos, em Brasília.

Parte do otimismo se deve aos reflexos do "Pro-grama Minha Casa, Minha Vida" no mercado de imó-veis destinados às classes média e baixa, além das obras da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 e

do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC). Desde 2004, o setor vem registrando, de acordo com a Cbic, “incremento con-sistente em suas atividades, deixando para trás décadas de dificuldades”. Em 2010, o PIB da construção regis-trou desempenho recorde, com crescimento de 11,6%.

A situação pode ficar ainda melhor, caso se con-firme a expectativa de en-trada de capital estrangeiro no setor. “Ainda virão mui-tos recursos do exterior, porque esses investidores estão sem condições de in-

vestir nos outros mercados, principalmente no europeu. Isso é muito bom para nos-so setor. E as medidas ado-tadas recentemente pelo governo favorecerão ainda mais esses investimentos [estrangeiros] em infraes-trutura”, acrescentou Safa-dy, ao se referir às medidas que reduziram de 6% para zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financei-ras (IOF) sobre aplicações de estrangeiros em títulos privados (debêntures) de longo prazo, com prazos de vencimento superiores a quatro anos.