edição nº 45

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Balança comercial alcança novo superávit OS NÚMEROS positivos chegam a US$ 577 milhões, referentes a terceira semana de fevereiro, segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em apenas cinco dias úteis, as exportações chegaram a US$ 4,542 bilhões, com média diária de US$ 908,4 milhões. PÁGINA 8 EM ENTREVISTA exclusiva ao Capital, o presidente da Grande Rio, Helinho de Oliveira fala da superação da diretoria e funcionários e também do grande apoio demonstrada pela comunidade de Duque de Caxias para con- duzir a escola à Marquês de Sapucaí. Ele garantiu que as 3.200 fantasias que tradicionalmente são doadas à co- munidade, destruídas pelo incêndio, serão substituídas. A Escola vai desfilar com 4.000 integrantes. PAGINA 4 O SETOR de serviços foi o que mais contratou, chegando ao número de 17.432 novos empregos. O comércio foi o segun- do maior demandante de mão de obra da região com 8.543 novos fun- cionários. A indústria de transformação também foi destaque. PAGINA 2 ANALISTAS DO MERCA- DO financeiro consultados pelo Banco Central elevaram pela 11ª semana seguida a projeção para a inflação oficial este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,75% para 5,79%, segundo o boletim Focus, publicação do BC divulga- da toda segunda-feira. Para 2012, a estimativa para esse índice também subiu, ao passar de 4,70% para 4,78%. As projeções para o IPCA estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta tem margem de 2 pon- tos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior, de 2,5%. Cabe ao Banco Central perseguir a meta de inflação e para isso, a instituição usa como principal instrumento de controle da demanda por bens e serviços a taxa básica de juros, a Selic. Grande Rio supera tragédia e dá a volta por cima ALBERTO ELLOBO ALBERTO ELLOBO BANCO DE IMAGENS A Baixada gerando mais empregos Vereadores cobram gestão democrática na Câmara de Caxias Projeção de analistas para a inflação oficial chega a 5,79%, na 11ª alta seguida PAGINA 5 www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 N° 45 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2011 | NAS BANCAS RS 1,00 Pequenas quitam dívidas PÁG. 3 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) (*) FECHAMENTO: 21 DE FEVEREIRO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 21 DE FEVEREIRO DE 2011 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,666 1,668 0,24 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,610 1,770 0,56 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,450 5,541 0,11 Dólar Austrália 1,009 1,009 0,62 Dólar Canadá 0,982 0,982 0,38 Euro 1,367 1,368 0,15 Franco Suíça 0,946 0,947 0,24 Iene Japão 83,120 83,160 0,05 Libra Esterlina Inglaterra 1,622 1,622 0,19 Peso Chile 468,000 468,500 0,11 Peso Colômbia 1.875,000 1.876,000 0,05 Peso Livre Argentina 4,010 4,050 0,00 Peso MÉXICO 12,059 12,079 0,45 Peso Uruguai 19,350 19,550 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 67.258,66 1,19 Dow Jones 12.391,25 0,59 Nasdaq 2.833,95 0,08 IBX 21.770,81 1,08 Merval 3.515,45 0,61 Poupança 21/02 0,585 Poupança p/ 01 mês 0,522 Juros Selic meta ao ano 11,25 TR 18/02 0,022 Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Jornal Capital - Edição nº 45

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Page 1: Edição Nº 45

1CAPITAL22 a 28 de Fevereiro de 2011

Balança comercial alcança novo superávit

OS NÚMEROS positivos chegam a US$ 577 milhões, referentes a terceira semana de fevereiro, segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em apenas cinco dias úteis, as exportações chegaram a US$ 4,542 bilhões, com média diária de US$ 908,4 milhões. PÁGINA 8

EM ENTREVISTA exclusiva ao Capital, o presidente da Grande Rio, Helinho de Oliveira fala da superação da diretoria e funcionários e também do grande apoio demonstrada pela comunidade de Duque de Caxias para con-duzir a escola à Marquês de Sapucaí. Ele garantiu que as 3.200 fantasias que tradicionalmente são doadas à co-munidade, destruídas pelo incêndio, serão substituídas. A Escola vai desfi lar com 4.000 integrantes. PAGINA 4

O SETOR de serviços foi o que mais contratou, chegando ao número de 17.432 novos empregos. O comércio foi o segun-do maior demandante de mão de obra da região com 8.543 novos fun-cionários. A indústria de transformação também foi destaque. PAGINA 2

ANALISTAS DO MERCA-DO fi nanceiro consultados pelo Banco Central elevaram pela 11ª semana seguida a projeção para a inflação ofi cial este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,75% para 5,79%, segundo o boletim Focus, publicação do BC divulga-da toda segunda-feira. Para 2012, a estimativa para esse índice também subiu, ao passar de 4,70% para 4,78%. As projeções para o IPCA

estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta tem margem de 2 pon-tos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior, de 2,5%. Cabe ao Banco Central perseguir a meta de infl ação e para isso, a instituição usa como principal instrumento de controle da demanda por bens e serviços a taxa básica de juros, a Selic.

Grande Rio supera tragédia e dá a volta por cima

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A Baixadagerando mais

empregos

Vereadores cobram gestão

democrática na Câmara de Caxias

Projeção de analistas para a infl açãoofi cial chega a 5,79%, na 11ª alta seguida

PAGINA 5

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 � N° 45 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 22 A 28 DE FEVEREIRO DE 2011 | NAS BANCAS � RS 1,00

Pequenasquitam dívidas

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(*) FECHAMENTO: 21 DE FEVEREIRO DE 2011(*) FECHAMENTO: 21 DE FEVEREIRO DE 2011

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,666 1,668 0,24Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,610 1,770 0,56

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,450 5,541 0,11Dólar Austrália 1,009 1,009 0,62Dólar Canadá 0,982 0,982 0,38Euro 1,367 1,368 0,15Franco Suíça 0,946 0,947 0,24Iene Japão 83,120 83,160 0,05Libra Esterlina Inglaterra 1,622 1,622 0,19Peso Chile 468,000 468,500 0,11Peso Colômbia 1.875,000 1.876,000 0,05Peso Livre Argentina 4,010 4,050 0,00Peso MÉXICO 12,059 12,079 0,45Peso Uruguai 19,350 19,550 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 67.258,66 1,19Dow Jones 12.391,25 0,59Nasdaq 2.833,95 0,08IBX 21.770,81 1,08Merval 3.515,45 0,61

Poupança 21/02 0,585Poupança p/ 01 mês 0,522

Juros Selic meta ao ano 11,25TR 18/02 0,022

Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Page 2: Edição Nº 45

CAPITAL 22 a 28 de Fevereiro de 201122

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão,Karla Ferreira, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

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A SUPERINTENDÊNCIA Regional do Trabalho e Em-prego no Rio de Janeiro (SRTE), órgão do Ministério do Trabalho, autorizou a Petro-bras a recolocar em operação parcial a Plataforma Cherne 2, na Bacia de Santos. A autoriza-ção foi dada quinta-feira (17), após vistoria dos técnicos da superintendência, no último dia 14, quando fi cou consta-tado não haver mais “risco grave e iminente no ambiente laboral”.

Segundo informações da Pe-trobras à Agência Brasil, Cherne 2 retomou a produção no dia seguinte e está extraindo 3 mil barris de petróleo. Para a extra-ção, está sendo usado o sistema auxiliar de transferência de óleo, uma vez que o sistema principal continua interditado pela Justiça do Trabalho desde o incêndio ocorrido no dia 19 de janeiro, que provocou a suspensão das operações. Com essa limitação, a unidade produzirá apenas um terço da capacidade de extração

diária, que é de 9,3 mil barris. “A capacidade total da unidade será atingida após a parada [da plataforma] para manutenção, ainda em fevereiro”, informou a Petrobras.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindi-petro-NF) informou à Agência Brasil que outras unidades da estatal estão operando em condições inadequadas. Se-gundo o sindicato, a Petrobras tem apenas duas unidades de manutenção e segurança,

o que seria insufi ciente para promover os reparos neces-sários em várias das unidades de produção instalada na Bacia de Campos. O Sindipetro-NF denuncia que há problemas de segurança em pelo menos 30 das 45 unidades de produção instaladas na Bacia de Cam-pos, a maior província petro-lífera do país e que responde por cerca de 80% de toda a produção nacional de petróleo, hoje da ordem de 2 milhões de barris por dia.

Plataforma que pegou fogo volta a operar parcialmente

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

A desoneração da folha de pagamento e o FiscoO GOVERNO PROMETE desonerar a folha de pa-gamento como meio de reduzir o Custo Brasil, baixando de 22% para 11% a contribuição do empre-gador para a Previdência Social no mesmo instante em que utiliza o rolo com-pressor no Congresso para aprovar o novo salário mí-nimo, com a falácia de que mais do que R$ 545 iría quebrar não só a Previdên-cia, mas também milhares de prefeituras criadas pelo País nas últimas décadas com o único propósito de arranjar emprego para vereadores, prefeitos e secretários.

Para começar, o Gover-no poderia instituir uma contribuição única para a Previdência Social sobre o faturamento das empre-sas considerando que vem caindo acentuadamente o emprego de mão de obras em diversas atividades industriais, comerciais e até de serviços. Semana passada, um economista calculou em 40 mil o

número de bóias frias liberados em São Paulo com a mecanização da colheita da cana de açú-car. Serão, portanto, 40 mil trabalhadores que deixarão de contribuir para a Previdência mas, muito em breve, estarão pedindo benefícios como aposentadoria por idade, o antigo Funrural.

Seria muito mais sim-ples e não estrangularia a pequena e média empresa, área que mais cria em-pregos, se a desoneração da folha começasse pela remoção de pendurica-lhos que foram embutidos nos custos das empresas, como vale refeição, vale transporte, acidentes de trabalho e outras vanta-gens concedidas ao em-pregado, mas vinculadas à folha de pagamento. Por isso, a cada R$ 1.000 no contracheque, o emprega-dor gasta em torno de R$ 1.100,00 na forma de tri-butos, o que dobra o custo do empregado. Se as em-presas contribuíssem, por

exemplo, com 3% sobre o seu faturamento, a contri-buição das grandes corpo-rações ajudaria a desafogar o caixa do INSS, tendo como corolário a queda no custo do empregado para as empresas que utilizam mão de obra intensiva, como a construção civil, a indústria têxtil, os trans-portes e outras mais. Como exemplo, lembramos que, em 1973, a Companhia União Manufatora de Te-cidos, demolida durante a administração municipal passada, tinha cera de 900 empregados trabalhando no setor de fi ação e tecela-gem de juta, com produção anual de 1,5 milhão de sacos. Como o plástico estava começando a subs-tituir a juta na produção de sacaria para a exportação de café e açúcar, a empresa revolveu instalar um setor de tecelagem de sacos a base plástico. Com apenas 37 empregados, inclusive uma engenheira, conseguia produzir 500 mil sacos por ano. Se a contribuição

para a Previdência, que poderia incluir o SUS no rateio, fosse feita sobre o faturamento, o custo da mão de obra na tecelagem de juta seria bem menor, sem afetar a lucratividade do setor de plástico.

Já que o senador José Sarney se engajou na cam-panha pela Reforma Tribu-tária, poderia apresentar projeto, de lei substituindo a atual alíquota de con-tribuição para o INSS de 22% sobre a folha de paga-mento para um percentual, entre 3 e 5% sobre o fa-turamento. Essa mudança não afetaria, por exem-plo, a lucratividade dos bancos, inclusive a CEF, mas ajudaria os setores que dependem de mão de obra intensiva, como o comércio, a construção civil, a têxtil, tornando o produto exportado tão competitivo quanto o da China e outros países da Ásia, onde o regime de trabalho é semi escravo e o salário menor que o nosso mínimo.

O MERCADO de trabalho no Estado do Rio de Ja-neiro acompanhou o ritmo nacional e fechou 2010 com recorde de criação de empregos na série histórica: foram 190 mil novos pos-tos com carteira assinada, saldo 23,3% maior do que o registrado em 2008, o recorde anterior. O saldo de contratações na Baixada Fluminense foi o segundo maior dentre as regiões do Estado, registrando 28.478 novos postos de trabalho formal. Os dados estão na Nota Técnica “Acompanha-mento do Mercado Formal de Trabalho Fluminense”, divulgada pelo Sistema Firjan (Federação das In-dústrias do Estado do Rio de Janeiro) com dados do Ministério do Trabalho.

Na Baixada o setor de serviços foi o que mais con-tratou, chegando ao número

de 17.432 novos empregos, seguindo a tendência do restante do Estado que teve recorde de contratações no área (104.852). O comércio foi o segundo maior de-mandante de mão de obra da região com 8.543 novos funcionários. A Indústria de Transformação contratou 3.054 pessoas. Resultado da influência da geração de empregos nas indústrias de Material de transporte (1.247), sobretudo, na fa-bricação de Cabines, carro-cerias e reboques em Duque de Caxias (936).

As contratações da Quí-mica (799) concentradas nas atividades de Cosméti-cos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal e de Ar-tefatos de material plástico também tiveram impacto no saldo positivo da região. E impulsionada pelas deman-das da Construção Civil, a

indústria de Produtos mi-nerais não metálicos (389) apresentou boa movimen-tação de trabalhadores em toda a Baixada Fluminense em 2010.ESTADO - A geração de empregos recorde de 2010 resulta das contratações - também recordes - em Ser-viços (104.852), no Comér-cio (46.103), na Indústria de Transformação (29.004) e nos Serviços Industriais de Utilidade Pública (5.142). O saldo é cinco vezes mais alto que o de 2009 e supera em quase 60% o de 2008. Metalurgia foi o setor da indústria que obteve o sal-do mais expressivo (5.509 vagas), impulsionado pela nova siderúrgica na capital e pela demanda da Cons-trução Civil e da Indústria Naval. Depois vêm Material de Transporte (4.963), Pro-dutos Alimentícios, Bebidas

e Álcool Etílico (4.701) e Química (3.972), com con-tratações em diversas ati-vidades, de farmacêutica a refi no do petróleo, passando por embalagens plásticas.

Com saldos menores, as indústrias Mecânica, de Borracha, do Material Elétrico e Comunicação também contribuíram para o resultado, a reboque da Indústria Automotiva. O segmento de Produtos Mi-nerais Não-Metálicos foi outro que bateu recorde, com 1.647 vagas puxadas pelo fornecimento de ci-mento, concreto, cerâmi-ca e vidro à Construção Civil. A indústria Têxtil e do Vestuário, embora não tenha registrado recorde, empregou 2.606 pessoas a mais, mantendo alto ní-vel de contratações desde 2008, principalmente em Nova Friburgo.

Baixada foi a segunda maior geradora de empregos em 2010 A TRANSPETRO, subsi-

diária da Petrobras para a área de transporte, infor-mou que o Estaleiro Eisa iniciou semana passadsa a construção do primeiro dos quatro navios Panamax encomendados no âmbito do Programa de Moderni-zação e Expansão da Frota (Promef), que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa prevê a compra de 49 embarcações, a maio-ria para reforçar a operação no pré-sal. Os investimen-tos previstos no Promef somam R$ 9,6 bilhões. Os dois primeiros navios en-comendados ao Eisa serão lançados ao mar em 2012

e os demais, em 2013. O contrato com o estaleiro, de R$ 856 milhões, vai gerar até 4 mil empregos no pico das obras.

Já foram contratados 41 navios e oito estão em fase de licitação. Mais de 15 mil empregos di-retos foram criados, até agora, nos estaleiros do país. A expectativa é que, ao longo dos próximos anos, sejam abertos 40 mil empregos diretos e 160 mil indiretos apenas com a construção de na-vios para a Petrobras. O setor de petróleo e gás é o principal responsável pela revitalização da in-dústria naval brasileira.

Transpetro anuncia construçãode mais quatro navios do Promef

O MERCADO BRASILEIRO de produtos com base em na-notecnologia, desenvolvidos originalmente no país, somou no ano passado cerca de R$ 115 milhões. A pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a qual a Agência Brasil teve acesso, não con-sidera as tecnologias trazidas de matrizes para aplicações no país e nem os produtos importados. O presidente do Conselho Empresarial de Tec-nologia da Firjan, Fernando Sandroni, disse que o mercado de produtos nanotecnológicos desenvolvidos no Brasil ainda é pequeno em relação à esti-mativa de negócios gerados pela nanotecnologia no mundo em 2010, da ordem de US$ 383 bilhões.

Sandroni acredita, entre-

tanto, que o potencial de crescimento é muito grande, considerando-se que a nano-tecnologia é incentivada pelo governo federal devido à sua importância para o setor pro-dutivo nacional. O tema está incluído no Plano de Ação 2007/2010: Ciência, Tecno-logia e Inovação (Pitce) e na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). “O próprio governo elegeu a nanotec-nologia como um campo de atuação tecnológica prioritário para ser atendido pelos progra-mas federais”, disse. Sandroni ressaltou a importância, em 2011, de se verifi car como o corte de recursos atingirá o Ministério da Ciência e Tec-nologia (MC&T), afetando os diversos campos de pesquisa e os estímulos para a própria nanotecnologia.

Mercado brasileiro de nanotecnologiatem grande potencial de crescimento

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33CAPITAL22 a 28 de Fevereiro de 2011

O PÚBLICO DA BAIXADA Fluminense já dispõe da melhor culinária portuguesa e brasileira em um só lugar. Inaugurado em dezembro, o Restaurante Parrô da Vovó, localizado na Rodovia Wa-shington Luiz, em Duque de Caxias, já é considerado pelos freqüentadores como o novo point gastronômico, com preços acessíveis. O ambiente, com decoração rústica, é familiar e oferece pratos executivos a partir de R$ 12,90, diariamente, inclusive nos fi nais de se-mana.

O proprietário Luiz Car-los Ramos Correia disse ao Capital que o Salão Nobre Maria Alcina Ramos, todo refrigerado, dispõe de 132 lugares, podendo chegar a 162 se for necessário. A casa também faz reuniões corporativas com capaci-dade para 500 pessoas, uti-lizando o Salão e o espaço anexo. Toda a edificação possui cerca de 1.400 me-tros quadrados. Sobre a ori-gem do nome, ele explicou: “Parrô signifi ca cabana. A origem é portuguesa mas é muito utilizado em países

africanos, como Angola”. O tradicional bolinho de ba-calhau é um dos preferidos pelos freqüentadores.

Outro ponto forte é a mú-sica ao vivo. O “happy hour” acontece às sextas-feiras, a partir das 18h, com o melhor da música popular brasileira, onde se revezam Acauã Lucena, Robson (do grupo Dick Vigarista), Igor Silva e Sérgio Mariano, entre outros. Luiz informa que artistas interessados podem procurá-lo. “Nossa intenção, além de atender da melhor maneira possível

os clientes, é também valo-rizar cantores e músicos da Baixada Fluminense”, disse o empresário, que também dá suas “canjas” junto com os artistas. Aos sábados e domingos, as apresentações acontecem a partir do horá-rio de almoço.

O Restaurante Parrô da Vovó funciona no nú-mero 3990 da Rodovia Washington Luiz nº 3990, bairro Vila São Luiz, pró-ximo à Vantajosa Móveis e ao supermercado Car-refour. O telefone é (21) 3657-9256.

Parrô da Vovó, o novo point gastronômico da Baixada

ALBERTO ELLOBO

BANCO DE IMAGENS

O NÍVEL DE UTILI-ZAÇÃO da capacidade industrial instalada (UCI) fi cou abaixo da mediana em janeiro deste ano. O índice UCI fi cou em 45,2 pontos no primeiro mês do ano. O índice varia entre 0 e 100 pontos: indicadores acima de 50 pontos indicam nível da UCI aquecido. Os dados fazem parte da pesqui-sa Sondagem Industrial, divulgada segunda-feira (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o eco-nomista da CNI, Marcelo Azevedo, a queda foi provocada pela redução da demanda. “A indústria se antecipou e ajustou a sua produção ao perceber que a demanda está em declínio desde o fi nal do ano passado”, disse.

O número de janeiro fi cou abaixo do nível de dezembro do ano passado (48,2 pontos), que já indi-cava a redução do ritmo da atividade industrial. Essa queda não ocorria desde a crise econômica mindial, em 2008. Mesmo com a queda no índice de

ocupação da capacida-de instalada, as empresas mantiveram os estoques estáveis, com 50,4 pontos. O número demonstra que a redução na atividade era esperada pela indústria. Em fevereiro, a expectativa dos empresários é de otimismo nos próximos seis meses. Todos os índices aumen-taram quando comparados à pesquisa de janeiro. O maior destaque é para o setor exportador, cuja ex-pectativa subiu de 49 para 51,6 pontos. Entre as gran-des empresas, a expectativa subiu para 54,4 pontos ante 49,8 medidos em janeiro. O otimismo com relação à demanda aumentou de 58,2 pontos para 61,3 pontos.

A partir dessa edição, as pesquisas sobre o nível de utilização da capacidade instalada, evolução de estoques, evolução de número de empregados e expectativa de número de empregados passam a ser feitas mensalmen-te. A pesquisa foi feita com 1.449 empresas de grande, médio e pequeno portes, entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro.

Indústria reduz uso dacapacidade instalada

PELO SEXTO ANO seguido, as micro e pequenas empresas do país conseguiram elevar a taxa de quitação dos débitos na comparação com janeiro dos anos anteriores. O índice de pagamentos feitos à vista ou com um atraso máximo de sete dias atingiu 94,7%, superior ao registrado em igual mês

do ano passado quando havia alcançado 93,8%, e a todas as taxas medidas desde 2006.

O levantamento feito pela empresa de consultoria Serasa Experian, no entanto, mostra que em relação a dezembro, o setor diminuiu o fôlego de caixa. No último mês de 2010, a taxa tinha sido de 95,4%. A

queda no nível de capital de giro das empresas entre de-zembro e janeiro é visto como “normal” pelos economistas da Serasa que justifi cam o fenô-meno como efeito da redução sazonal de atividade.

Eles alertam, entretanto, que as micro e pequenas empresas, principalmente do setor indus-

trial, estão com mais difi culda-de de honrar os pagamentos em relação a dezembro por causa da maior concorrência com os importados. “O menor nível de pontualidade do setor indus-trial é refl exo das difi culdades que a valorização cambial vem acarretando ao setor em termos de perda de competitividade.”

Pontualidade de micro e pequenas empresas foi destaque

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CAPITAL 22 a 28 de Fevereiro de 201144

QUASE DUAS semanas depois do incêndio que con-sumiu todo o barracão da Es-cola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, no dia 7 de fe-vereiro, o presidente Helinho de Oliveira garantiu que a Es-cola irá para a avenida “com muita garra e determinação”. “Tudo foi queimado em ape-nas 22 minutos, menos a nossa paixão e o carinho da comunidade com a Escola”, disse Helinho ao Capital durante uma entrevista ex-clusiva concedida entre seus principais colaboradores e os operários que trabalham em dois turnos na montagem dos carros que a Escola vai levar para a Marquês de Sapucaí. Segundo Helinho, são cerca de 400 pessoas trabalhando no barracão e outros locais.

Caçulinha das grandes es-colas, a Grande Rio está enfrentando uma grande luta contra o tempo, segundo He-linho. “Não há espaço para a tristeza. Nossa hora hoje tem 62 minutos, pois nosso dia já chega a 25 horas. Minha residência virou uma sucur-sal do barracão, parentes e amigos estão trabalhando em tempo integral, assim como centenas de outras pessoas em vários locais, para que en-tremos na avenida de cabeça erguida. Além de nossas 36 alas, levaremos quatro alego-rias grandes e quatro tripés. Seremos quatro mil pessoas, sendo 3.700 da comunidade de Duque de Caxias”, enfa-tizou Helinho, um caxiense de berço e que em nenhum momento da entrevista mos-

trou abatimento. - Não podíamos deixar

de encarar a realidade de frente. Não temos tem-po para tristezas. Estamos

trabalhando duro, pois é o mínimo que podemos fazer para a nossa comunidade e para todos que vão para a avenida nos prestigiar”, dis-

se Helinho bastante emocio-nado, ao mesmo tempo que acompanha de perto o dia a dia no barracão número 7 da Cidade do Samba.

A Grande Rio vai desfi lar pelo Grupo Especial no dia 7 de março, com o enredo “Y-Jurerê Mirim - A Encan-tadora Ilha das Bruxas (Um conto de Cascaes)”, contando lendas e histórias da Ilha de Florianópolis. A Escola fará o último ensaio técnico em sua quadra, no centro de Duque de Caxias, nesta terça-feira, dia 22. O desfi le técnico fi nal, a céu aberto, vai acontecer no domingo, dia 27, na avenida Automóvel Clube, em Santa Cruz da Serra, a partir das 19h, onde são esperadas cerca de 50 mil pessoas. “O caldeirão vai ferver na avenida”, concluiu Helinho, um dos fundadores da Grande Rio, a qual preside há 17 anos, depois de passar por outros cargos, como diretor social e vice-presidente.

“A Comunidade é o nosso combustível”Helinho, Presidente da Grande Rio:

O PRESIDENTE Helinho disse que o caminho a ser seguido foi mostrado por cerca de quatro mil pessoas que lotaram a quadra em Caxias no dia seguinte ao incêndio. “A diretoria fi cou surpresa com a iniciativa do público em cantar o samba enredo, quando é de costume, ao abrir o ensaio técnico, a bateria aquecer

e depois é que o puxador entra. Foi só subirmos o palco que começou o samba, antes de qualquer outra coisa”, lembrou emo-cionado Helinho. Segundo ele, naquele momento, se existia alguma dúvida se a escola iria desfi lar ou não, ela foi por terra. “A comu-nidade é o nosso combus-tível, o nosso catalizador”.

Helinho acrescentou que as 3.200 fantasias que são doadas à comunidade e que foram queimadas, estão sendo feitas no-vamente. “Ninguém vai ficar sem fantasia. Este compromisso é meu e de toda a diretoria da Esco-la” disse Helinho, afir-mando que todos “estão arrancando forças de todo

lugar que é possível”, citando os nomes de Jai-der Soares, presidente de Honra, Leandro Soares, patrono, Milton Perácio e toda a equipe admi-nistrativa, além de artis-tas como Suzana Vieira, Regina e Paloma Duar-te, Raul Gazola e Hugo Gross, em um universo de milhares de pessoas e

componentes da Escola. O presidente da Grande

Rio deixou uma mensa-gem importante para a comunidade de Duque de Caxias. “O carinho e o apoio da comunidade é o principal combustível para nos conduzir à ave-nida depois da tragédia que nos abalou tanto. O nosso sonho é entregar

um título de Campeã. E isso vai ser concretizado muito em breve, podem ter certeza, pois continu-aremos trabalhando muito nessa direção”, assinalou o presidente, lembrando alguns grandes momentos da Escola nos últimos anos, como o vice-cam-peonato conquistado no ano passado.

ENSAIO APÓS O INCÊNDIO ESTIMULOU “A VOLTA POR CIMA”

Helinho (D) e o carnavalesco Cahê Rodrigues

ALBERTO ELLOBO

A PRESIDENTA Dilma Rous-seff disse segunda-feira (21) que os centros regionais de Referência em Crack e Outras Drogas vão capacitar cerca de 15 mil profi ssionais de saúde nos próximos 12 meses. Os médicos vão receber cursos para atender em unidades básicas de saúde, enquanto outros profissionais devem aprender sobre a desintoxi-cação em hospitais e clínicas. Para agentes comunitários de saúde, o curso será voltado ao atendimento nas ruas. “Eles vão conhecer as técnicas de tratamento e também as pos-

sibilidades de trazer essas pessoas de volta ao convívio social, ao trabalho e aos estu-dos”, afi rmou Dilma em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta.

Ela lembrou que o objeti-vo dos 49 centros é ofere-cer atendimento e acompa-nhamento aos dependentes químicos e aos familiares. Segundo a presidenta, o go-verno já realiza 13 estudos clínicos sobre o crack em seis universidades federais. “Nosso plano de enfren-tamento ao crack e outras drogas cerca o problema por

todos os lados”, afi rmou Dil-ma, ao se referir à prevenção, ao tratamento e ao combate ao tráfico, sobretudo nas fronteiras do país.

A presidenta fez a abertura dia 17, no Palácio do Planalto, do seminário sobre a implan-tação dos centros regionais de Referência em Crack e outras Drogas. O objetivo dos cen-tros, aprovados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) no fi m do ano passado, é capacitar profi ssio-nais da saúde e educação que atuam com o tema da depen-dência química.

Centros de referência em crack vão capacitar 15 mil profi ssionais

“Nosso dia jáchega a 25 horas”

GESTÃO, ACOMPA-NHAMENTO e auxílio no planejamento e execu-ção de ações que levem ao desenvolvimento do turismo no estado. Esse é o objetivo do projeto Rio Competitivo, apresenta-do quinta-feira (17) pelo secretário estadual de Tu-rismo, Ronald Ázaro, pela secretária nacional de Polí-ticas de Turismo, Bel Mes-quita, e pela coordenadora

da área de regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clevia Guerreiro. O plano é baseado no Índice de Competitividade desen-volvido pelo Ministério do Turismo, pelo Sebrae e pela Fundação Getulio Vargas.

Ainda neste primeiro se-mestre, dez municípios se-rão benefi ciados pelo Rio Competitivo: Arraial do Cabo, Cabo Frio, Itatiaia,

Niterói, Nova Friburgo, Resende, Teresópolis, Va-lença, Vassouras e Maricá. As primeiras ações a serem executadas por técnicos do Ministério do Turismo nas cidades serão a capacitação de pessoas para gestão, pla-nejamento e comercializa-ção do turismo, a ampliação dos conhecimentos sobre planejamento estratégico, marketing e o fortalecimen-to da governança.

Dez municípios serão benefi ciadospelo projeto Rio Competitivo

A TELEBRAS obteve a autorização da Agência Nacional de Teleco-municações (Anatel) para explorar o Ser-viço de Comunicação M u l t i m í d i a ( S C M ) , necessária para que a empresa possa comer-cializar banda larga. A permissão concede à estatal o direito de explorar esses serviços

no território nacional e internacional, sem ca-ráter de exclusividade, com prazo de validade indeterminado.

Agora, a Telebras espe-ra a aprovação da Anatel para iniciar o processo de licenciamento das estações da rede nacio-nal de banda larga. Até agora, já foram fi rmados cinco contratos para o

fornecimento de serviços e equipamentos para a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), mas o começo das instalações ainda de-pende de um acordo com a Eletrobras e a Petrobras para uso das fi bras ópti-cas das duas empresas. As negociações devem ser concluídas nos pró-ximos dias.

Telebras já tem autorização da Anatel para vender banda larga

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55CAPITAL22 a 28 de Fevereiro de 2011

Anuncie no Capital:2671-6611 / 7854-7256

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Transtorno de Personalidade Boderline (TPB) - fi nal

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

Vereadores de Caxias denunciamarbitrariedades do presidente

A SESSÃO DA CÂMARA de Duque de Caxias na última quinta-feira, dia 17, revelou a insatisfação de alguns vereadores com as atitudes que vem sendo tomadas pelo presidente da Casa, Dalmar Lìrio de Al-meida, o Mazinho (PSDB). Desta vez, o assunto em pauta foi a negativa da cessão do Plenário para a solenidade de posse do ex-vereador e ex-deputado Marcos Figueiredo, que assumiu a Secretaria de Habitação do município. O pedido não foi autorizado, mesmo sendo feito por uma comissão de verea-dores. Com isso, a posse acabou sendo feita a céu aberto, na Praça Gover-nador Roberto Silveira. O vereador Evangivaldo Santos Soares, o Grande, também do PSDB e que cumpre o primeiro manda-to, foi o primeiro a ocupar a tribuna para questionar a presidência do Legislativo.

- A Câmara parece que tem um ou dois donos, que fazem o que querem. Eu, porém, não vou abaixar a cabeça para ninguém - dis-cursou Grande, sob aplau-sos das galerias, ao mes-mo tempo que explicou que entrou para a política

“com mãos limpas e que vai sair da mesma forma”. Ao concluir o discurso, disse: “Se cara feia fi zesse mal, eu não tinha nascido. Quando coloquei a cara de fora, tinham empurrado de volta”.

O segundo parlamentar a usar a Tribuna para se queixar da presidência do Legislativo foi Jo-semar Padilha, do PPS. Ele disse estar “enver-gonhado” com a atitude em não receber o novo Secretário. “A Casa deve ser democrática mas na verdade está se tornando uma ditadura”, disparou Padilha, dizendo apoiar o colega Grande. Padilha terminou sua fa la de-nunciando que algumas mensagens do Prefeito Zito, voltadas para vários benefícios para o mu-nicípio, estão há muito tempo paradas na Câ-mara, aguardando vota-ção. Segundo o vereador Cláudio César Rodrigues Pereira, o Tato, presiden-te da Comissão de Cons-tituição e Justiça, isso está ocorrendo uma vez que algumas mensagens dependem de informa-ções complementares do Poder Executivo.

FALANDO AO CAPITAL, o vereador Grande, que pre-side a Comissão de Obras e Serviços Públicos, garantiu que a Câmara não discutiu, em nenhum momento, a votação da Resolução nº 2342, promulgada no dia 27 de dezembro de 2010, que outorgou o Título Honorário Benemérito da Comunidade ao vereador Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas É Nós, preso seis dias antes sob acusação de vários crimes, conforme publicou em pri-meira mão o Capital, notícia esta que ressoou como uma verdadeira bomba nos meios políticos da Baixada.

- A homenagem ao ve-reador Jonas, pelo qual te-nho respeito, não estava na ordem do dia - informou Grande, que acrescentou: “A Câmara não pode ser responsabilizada por isso. Não votamos tal homena-gem e, logo que tomei co-nhecimento do assunto, pedi explicações ao presidente e fi cou provado que nada ha-via sido discutido. Por isso, a homenagem foi derrubada”.

O vereador lamentou a fal-ta de uma participação maior dos moradores nos trabalhos e sessões do Legislativo, para acompanhar de perto as

iniciativas dos vereadores. Afirmou que seriedade e honestidade são virtudes. ”A imagem da Câmara tem que ser preservada, nós, vereado-res, não podemos dar as cos-tas para os eleitores - disse Grande, ao assinalar que “a política não deve ser usada para benefícios pessoais e sim para levar conquistas para a população”.

Disse ainda que antes de chegar à Câmara, eleito que foi em 2008, fechou o estabelecimento comercial que tinha para ter “dedica-ção exclusiva ao mandato”. “Não adianta ficar apenas na palavra, que faz isso, faz aquilo. Temos que ter atitude, isso faz a diferença. Temos que mostrar ao povo que somos mesmo seu porta-voz”, concluiu grande.

Grande diz que homenagem a vereadorpreso não constou da ‘ordem do dia’

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AQUELES QUE SOFREM do transtorno de per-sonalidade borderline são indivíduos que afastam aqueles de quem mais precisam e amam. Como os sintomas tornam-se perceptíveis principalmente na adolescência, a família desses indivíduos pode supor que a rebeldia, impulsividade, descontrole emocional e instabilidade da auto percepção e valores, são coisas típicas da idade, mas geralmente não fazem idéia que estão diante de um ente com um grave distúrbio e que sofre muito por ser assim.

As perturbações sofridas pelos portadores do TPB alcançam negativamente várias facetas psicossociais da vida, como as relações em ambientes de trabalho, na família, e na relação amorosa. Uma curiosidade, é que no convívio social, o indivíduo boderline é visto como “simpático e agradável”, comportamento total-mente diferente em relação as pessoas mais próximas e de convívio permanente. Para o paciente portador de TPB. não existe o ¨meio termo¨, é ¨oito ou oitenta¨ e se contrariadas ou se não conseguirem seuobjetivo, agem de forma agressiva e confl ituosa. Envolvimento com drogas, prostituição e tentativas de suicídio são possíveis resultados indesejáveisse não houver os de-vidos cuidados e terapia. A psicoterapia nesses casos é indispensável e emergencial.

A maioria dos estudos indica uma infância traumática (diversas formas de abusos; separação ou ausência dos pais, ou a soma de ambos) como precursora do TPB, ainda que alguns pesquisadores apontem uma predis-posição genética, além de disfunções no metabolismo cerebral. Estima-se que 2% da população sofram deste transtorno, com acometimento bem maior entre o sexo feminino.

Deputado inaugura gabinete em CaxiasCERCA DE 100 PESSO-AS participaram de um encontro entre autoridades e empresários da Baixada Fluminense para discutir o Plano Diretor do Arco Metropolitano foi realiza-do semana passada, no au-ditório da Firjan, em Nova Iguaçu. A obra foi projeta-do para servir como liga-ção entre as cinco princi-pais rodovias que cortam a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Durante o encontro foi realizada a palestra “Arco Metro-politano: Repercussões e Mudanças nos Municípios da Baixada Fluminense: Estratégias Integradas de Desenvolvimento”. Os presentes ouviram ideias e sugestões do subsecre-tário de Projetos e Urba-nismo do Estado, Vicente Loureiro, e do Gerente de Novos Investimentos e Infraestrutura da Firjan, Cristiano Prado Barbosa.

Foram debatidas as ações desenvolvidas ao longo dos dois últimos anos com os municí-pios da Representação Regional da Firjan na Baixada Fluminense. Fizeram também parte

da mesa o Presidente da Representação da Firjan na Baixada Fluminense, Carlos Erane Aguiar, e os Prefeitos de Nova Iguaçu, Sheila Gama, e de Mesquita, Artur Messias.

- O atual modelo faz com que boa parte da população das cidades vizinhas ao Rio de Janeiro tenha que gastar quatro, cinco horas por dia para fazer sua locomoção. Do ponto de vista econômico, ambiental e da qualidade de vida ele é insustentável. Além dos engarrafamentos enfrentados das cidades da Baixada para o Rio, nós tam-bém enfrentamos congestio-namentos dentro da região. O Arco Metropolitano vai mudar isso - garantiu Vi-cente Loureiro. Segundo ele, nos próximos 10 anos, 800 mil empregos devem ser criados no entorno do Arco Metropolitano. Já Cristiano Prado disse que o Arco vai representar uma redução de até 20% no custo do transporte para os moradores da Bai-xada e um aumento de R$ 2 bilhões no PIB do Rio de Janeiro.

Arco Metropolitano deve gerar 800 mil empregos em 10 anos O DEPUTADO FEDE-

R A L Á u r e o ( P RT B ) , inaugurou seu gabine-te parlamentar no Rio de Janeiro, no Edifício Eldorado, na Av. Bri-gadeiro Lima e Silva, bairro 25 de Agosto. A cerimônia aconteceu na noite do dia 17, quando o parlamentar discursou aos convidados, colabo-radores, correligionários, sindicalistas e autorida-des. A cerimônia foi con-duzida pela professora Marise Ribeiro, mãe do deputado, que convidou o Pastor José Dorimar, da Igreja Metodista do Pan-tanal, para orar pelo es-critório, pelos assessores

e,particularmente, pela passagem do aniversário do parlamentar.

O deputado estadual Dica improvisou um rápido dis-curso em homenagem ao de-

putado. Por sua vez, Aureo agradeceu, sem esconder a emoção, pela iniciativa. Ele lembrou sua trajetória e os desafi os que enfrentou, as difi culdades da campa-

nha, a alegria da vitória e o orgulho em representar o Estado na Câmara Federal. “Foram muitas vitórias, mas, sem Deus, nada disso seria possível”, fi nalizou o parlamentar.

Além do deputado Dica, também prestigiaram o evento o Secretário Muni-cipal de Habitaçao, Marco Figueiredo; a vereadora Gaete; a vice-presidente da OAB-Caxias, Marta Dantas; e o presidente do PRTB no Município, Janyr Menezes, e o Pastor Ewander Ferreira, da Igreja Metodista Central, da qual o deputado é mem-bro. Após a solenidade, os presentes participaram de um coquetel.

O deputado recebeu o abraço de vários amigos, entre eles Marcelo Cunha, diretor da ADJORI e do Capital

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CAPITAL 22 a 28 de Fevereiro de 201166

Atualidade

O TEATRO MUNICIPAL Armando Mello (TEMAM) vai retomar suas atividades como teatro-escola a partir de março. Primeiro teatro público construído em Du-que de Caxias, ele terá sua capacidade ampliada de 80 para 100 lugares, com novas poltronas, pintura geral e revisão comple-ta nas redes hidráulica e elétrica, além do sistema

de ar- condicionado. Para quem espera ansioso a oportunidade para dar o primeiro passo em direção à carreira artística, eis a oportunidade. As inscrições para o Curso de Iniciação Teatral do TEMAM são gratuitas e estarão abertas até o dia 15 de março, no próprio Teatro, localizado na Rua Frei Fidélis s/n°, no Shopping Center. São cerca

de 100 vagas para crianças, adolescentes e adultos. As aulas acontecerão duas ve-zes por semana e as aulas, que iniciarão no dia 21 de março, se estenderão até dezembro.

O administrador do Tea-tro, Carlos Lima, assumiu o cargo em novembro. Ele informou que vários outros projetos acontecerão a partir de abril, como o “Música ao

Meio Dia”, “Som das Quar-tas”, “Teatro às Quintas” e “Sextas Especiais”. “Es-tamos buscando parcerias. Nosso objetivo é fazer do Armando Mello um espaço voltado à valorização e di-vulgação dos talentos de Du-que de Caxias”, disse Lima. Mais informações sobre os cursos poderão ser obtidas de segunda a sexta-feira, através do telefone: 2671-3056.

Caxias abre inscrições gratuitas para cursos de iniciação teatralBANCO DE IMAGENS

FISCAIS DO PRO-CON-RJ recomeçaram esta semana a entregar notificações em esta-belecimentos comer-ciais, para alertar sobre o abuso na cobrança de tarifas de estaciona-mentos. Antes da deci-são judicial que deter-minou a paralisação na fi scalização, doze locais já haviam sido notifi ca-dos. Agora, onze ain-da precisam receber o aviso. O subsecretário

adjunto do Procon-RJ, José Bonifácio F. Novellino, determi-nou que, a partir desta terça-feira (22), depois de entregues todas as notifi cações, o Procon Móvel também auxilie nas fi scalizações para verifi car irregularida-des. O veículo estará nas ruas para atender aos consumidores no horário comercial, em locais que ainda serão defi nidos.

Procon volta a notifi car shoppings por abuso nastarifas de estacionamento

COM O FECHAMEN-TO do Aterro de Jardim Gramacho em dezembro deste ano definido em reunião realizada na sede da Secretaria Estadual do Ambiente, o prefeito de Duque de Caxias José Ca-milo Zito solicitou a seu secretariado a formação de uma comissão interse-torial para organizar e au-xiliar a transição dos cerca de 5 mil catadores de lixo que vivem no local e de

lá tiram o seu sustento. A comissão foi organizada dia 16 e representantes dela estiveram presentes em uma reunião extraordi-nária do Conselho Muni-cipal do Meio Ambiente, apresentando propostas de inclusão e geração de renda aos representantes dos catadores de Jardim Gramacho. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente Samuel Maia o trabalho de au-

xilio para reintegrar os catadores com o fi m do aterro precisará da ajuda de todos.

Presente a reunião do conselho, Nilson José dos Santos, que trabalha como catador de lixo no aterro de Jardim Gramacho há 27 anos, estava contente com as novas possibilidades para ele e todos os seus colegas. “Estamos agrade-cidos por todos que estão se esforçando em nos ajudar.

Nunca vi uma secretaria de Meio Ambiente trabalhar tanto quanto agora. Somos oito filhos de uma mãe catadora e estou entusias-mado com essas possibili-dades. Principalmente com a coleta seletiva, que já está dando certo”, disse Nilson, participante do documen-tário Lixo Extraordinário, que irá concorrer ao Oscar deste ano e é estrelado por seu irmão Sebastião dos Santos.

Comissão apresenta propostas para catadores de Jardim Gramacho

Delegada Martha Rocha toma posse na AcadepolA NOVA CHEFE da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, tomou posse sexta-feira (18), em cerimônia realizada na Academia de Polícia Civil Sylvio Terra (Acadepol). Ela assumiu o cargo após desligamento do delegado Allan Turnowski.”Ainda trago comigo a surpresa e a emoção de ter sido convidada para o cargo de chefe da Polícia Civil. É, com certeza, o maior e mais importante desafi o de minha história profi s-sional e pessoal”, disse a

delegada, que ingressou na Polícia Civil em 1983, tendo passado por vários cargos,entre eles a Sub-chefi a de Polícia.

Martha já defi niu alguns nomes que integrarão sua equipe. Para o Departa-mento Geral de Polícia da Capital (DGPC) foi anun-ciado o delegado Ricardo Dominguez. O Departa-mento Geral de Polícia Especializada (DGPE) será comandado pelo de-legado Márcio Franco de Mendonça, e o Departa-mento Geral de Polícia da

Baixada (DGPB) fi cará a cargo da delegada Tércia Amoêdo. Já o Departa-mento Geral de Polícia do Interior (DGPI) será dirigido pelo delegado João Batista Byron. Fo-ram definidos também os nomes dos delegados Sérgio Caldas, para a Sub-chefia Administrativa; Fernando Veloso, para Subchefia Operacional; e Luis Zetterman, para a Chefi a de Gabinete. A delegada Jéssica Almeida fi cará no cargo de diretora da Academia de Polícia

(Acadepol). O corregedor da Polícia Civil, Gilson Emiliano Soares, foi man-tido no cargo.

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O INSTITUTO Nacio-nal do Câncer (Inca) dará início dia 28, no Rio de Janeiro, a uma campanha para reforçar a doação de sangue no período que antecede o carnaval. O objetivo do Bloco da Solidariedade, segundo o instituto, é estimular as doações que normalmente caem pela metade durante os dias de folia. O tema da campanha deste ano é “Tá na Hora de Doar!”. A campanha tem como padrinhos os dançari-nos Carlinhos de Jesus e Ana Botafogo. Eles seguirão a pé, a partir das 11h de segunda-feira (28), do Serviço de Hemoterapia do Inca até a Estação Carioca do metrô onde se juntarão à bateria e à comissão de frente da Beija-Flor para incentivar os usu-ários a doarem antes de

cair na folia. De acordo com a che-

fe do Serviço de He-moterapia do Inca, Iara Motta, a campanha vai até o dia 4 de março, véspera de carnaval. O intuito, segundo ela, é garantir o atendimen-to dos pacientes com câncer que precisam da transfusão para con-tinuar o tratamento de quimioterapia, ci-rurgias e transplan-tes. Segundo Iara, os interessados devem comparecer ao banco de sangue do Inca, na Praça Cruz Verme-lha, com documento ofi cial com foto. A do-ação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 14h30 ou no sábado, das 8h às 12h. Para doar, é preci-so estar com boa saúde, ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 quilos.

Inca dará início a campanha para doação de sangue para o carnaval

O HORÁRIO DE VE-RÃO, que terminou à 0h de domingo (20), resultou em uma redução de 4,4% na demanda de energia do horário de pico, nas regiões onde o sistema foi adotado. No ano passado, a redução foi de 4,7% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 4,8%, na Região

Sul.Segundo dados pre-liminares do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a econo-mia da geração térmica evitada com a adoção do horário de verão foi estimada em R$ 30 mi-lhões, o que traz como consequência a redução da tarifa de energia elé-trica para o consumidor.

Horário de verão economizou 4,4% na demanda de energia

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77CAPITAL22 a 28 de Fevereiro de 2011

País

Internacional

A RECEITA FEDERAL já tem estudos prontos para o reajuste da tabela do Imposto de Renda de Pes-soa Física. Os técnicos só aguardam a solicitação das áreas políticas do go-verno para encaminhar à Procuradoria-Geral da Fa-zenda Nacional proposição legislativa sobre o reajuste, informou segunda-feira (21) o secretário da Receita

Federal, Carlos Alberto Barreto. “Temos estudos e estamos prontos para fazer qualquer ajuste”, disse. O governo só deverá enviar a proposta de reajuste da tabela do Imposto de Ren-da ao Congresso Nacional depois da aprovação do salário mínimo de R$ 545 no Senado. O valor já foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sér-gio, afirmou que assim que o valor do mínimo for aprovado nas duas casas legislativas, a correção de 4,5% da tabela será envia-da. Caso haja a correção, o secretário da Receita garantiu que o trabalha-dor poderá descontar o que as empresas recolhe-

ram a mais na declaração de 2012 (ano calendário 2011). “Não trará prejuízo aos contribuintes porque, no ajuste anual, eventuais recolhimentos a maior em função da tabela anterior serão ajustados e compen-sados”, garantiu Barreto. Segundo ele, não dá para retroagir e calcular tudo novamente por ser uma operação complexa.

Receita já tem estudos prontos parareajustes na tabela do Imposto de Renda A MESA DIRETORA da

Câmara dos Deputados desarquivou o Projeto de Lei Complementar (PLC) 591/10, que amplia em 50% o teto do Simples Nacional. A matéria já voltou a tramitar na Casa dia 18 e, de acordo com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), tem chance de ir logo a votação. “Depende só de acordo entre as lideranças”. Arquivado no fi m da legis-latura anterior, o PLC entrará na pauta da reunião, marcada para esta semana, quando as lideranças políticas da Câmara defi nirão a lista de propostas prioritárias para ir ao plenário imediatamente depois de a Casa votar as medidas provisórias que trancam a pauta.

De acordo com a proposta defendida pela nova frente parlamentar mista da micro

e pequena empresa, a ser for-malizada ainda esta semana, o limite da receita bruta anual para inclusão no Simples Na-cional passará dos atuais R$ 240 mil para R$ 360 mil, no caso das microempresas, e o teto para pequenas empresas será aumentado de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.

O projeto prevê que será considerado empreendedor individual todo trabalhador autônomo que tiver receita bruta até R$ 48 mil por ano, e não mais os R$ 36 mil da legislação em vigor. Entre outras mudanças para fa-cilitar a sobrevivência das micro e pequenas empresas, o projeto aumenta também o número de categorias profi s-sionais do Simples e institui o parcelamento de débitos tributários para que mais empresas possam fazer parte do sistema.

Câmara deve votar logo projeto que amplia teto do Simples Nacional

PELA PRIMEIRA VEZ em seus 317 anos de exis-tência, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) vai ter uma representação fora do país. De acordo com nota

da instituição, o Ministério da Fazenda já autorizou a instalação de um escritório em Buenos Aires, na Argen-tina. Nos últimos meses, a CMB produziu 106 milhões

de cédulas de 100 pesos, em parceria com sua congênere da Argentina, revelou a assessoria de imprensa da instituição. Segundo a CMB, a representação na

capital argentina facilitará o atendimento à demanda do Banco Central daquele país. Não foi informada a data de instalação do novo escritório.

Casa da Moeda vai abrir representação na Argentina

A EMBAIXADA DO Bra-sil na Líbia aguarda au-torização do governo do presidente líbio, Muammar Kadhafi , para o pouso de um avião fretado que vai retirar cerca de 170 brasilei-ros que estão em Benghazi - uma das principais cidades do país e onde há protestos intensos nas ruas. O Mi-nistério das Relações Ex-teriores em Brasília espera respostas da representação

diplomática sobre as ne-gociações. Os confrontos, que já duram mais de uma semana na Líbia, levaram ao agravamento da crise no país. Há difi culdades de comunicação com a Embaixada do Brasil em decorrência dos proble-mas de comunicação. A maioria dos telefones fi -xos na Líbia está impedida de fazer ligações para o exterior.

Na Líbia, de acordo com o I tamaraty, há cerca de 500 a 600 bra-sileiros. A ideia é retirar essas pessoas, que estão em Benghazi, e levá-las para a capital da Líbia, Tripoli. Porém, é necessário ainda obter visto de saída para os brasileiros. Só depois dessa autorização, os brasileiros poderão dei-xar a região.

O embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, fez o pedido às autoridades do país, no domingo (20) mas não obteve respos-ta. O avião foi fretado pela construtora Queiroz Galvão, responsável por alguns dos brasileiros que estão na região. Há também funcionários das empresas Odebrecht e Petrobras.

Governo aguarda autorização para retirar brasileiros da Líbia

Após tensos debates, sobre-tudo com a China, os minis-tros da Economia dos países do G20, reunidos em Paris sábado (19), conseguiram fechar um acordo sobre os indicadores que irão medir os desequilíbrios macroeco-nômicos entre os países. Os novos indicadores incluem a taxa de câmbio, elemento que o governo brasileiro avalia como “muito positivo”. A China, que até os últimos ins-tantes estava bloqueando as negociações, aceitou, contra-

riando as expectativas gerais, incluir a taxa de câmbio como um dos elementos que vão ser levados em conta para defi nir os défi cits ou superávits ex-cessivos dos países.

O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil “saiu satisfeito com esse acordo” porque ele contemplou muitos aspectos importantes para o Brasil. “Nós chegamos a um acordo para colocar os vários indicadores que interessavam ao Brasil, particularmente.

O principal para nós eram as contas externas e taxa de câmbio”, disse Mantega. “O Brasil está plenamente satis-feito porque [o acordo] aponta alguns desequilíbrios externos que indicam que existe guerra cambial, que existem países com o câmbio mais valori-zado do que outro. Portanto, vai na direção que o Brasil gostaria”, disse o ministro.

A posição brasileira no G20 a respeito da valoriza-ção do câmbio em alguns países se torna mais clara

após o fechamento do acor-do. Na sexta-feira (18), após uma reunião com os ministros da Economia do Bric (Brasil, Rússia, Índia, e agora também a África do Sul), Mantega havia prefe-rido não se estender sobre o tema da guerra cambial entre os Estados Unidos e a China. O ministro havia apenas dito que “não há um único responsável, mas um conjunto de responsáveis pela situação atual do de-salinhamento das moedas”.

Brasil se diz satisfeito com acordo do G20 sobre indicadores econômicos

A ORGANIZAÇÃO Mundial do Comércio (OMC) ratifi cou deci-são favorável ao Brasil na disputa com os Es-tados Unidos sobre as medidas antidumping impostas pelos norte-americanos ao suco de laranja brasileiro. A in-formação foi confi rma-da, por meio de nota, divulgada segunda-feira (21) pelo Ministério das Relações Exteriores. “O Brasil espera que os Estados Unidos se utilizem desta proposta para dar fi m ao zeroing [prática de cálculo ques-tionada pelo Brasil] e se adequar às regras”, diz o comunicado. De acordo com o Itamaraty, ainda dá espaço para apresen-tação de mais recursos ao painel do órgão de apelação da OMC, no prazo de 60 dias. Se não houver apelação, o

relatório será adotado pelo Órgão de Solução de Controvérsias da en-tidade.

- O presente relatório representa significati-va vitória do Brasil em tema de relevância para o comércio bilateral. O Brasil espera que esta nova decisão do painel encoraje os Estados Uni-dos a abandonar defi ni-tivamente a prática do zeroing [zeramento] em todos os procedimentos antidumping - informa a nota. No painel aberto pela OMC, em setem-bro de 2009, o governo brasileiro havia pedido a condenação de uma modalidade de cálculo utilizada pelos Estados Unidos para determinar se existiria dumping por parte de produtores brasi-leiros nas exportações de suco de laranja ao merca-do norte-americano.

Suco de laranja: Brasil vence Nova etapa contra os EUA

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CAPITAL 22 a 28 de Fevereiro de 201188

A TERCEIRA SEMANA de fevereiro registrou superávit comercial de US$ 577 mi-lhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior. No período, com cinco dias úteis, as exportações chegaram a US$ 4,542 bilhões, com média diária de US$ 908,4 milhões. As importações to-talizaram US$ 3,965 bilhões, com média por dia útil de US$ 793 milhões. Nas três semanas deste mês, com 14 dias úteis, o superávit co-

mercial fi cou em US$ 1,557 bilhão, com exportações de US$ 12,299 bilhões (média diária de US$ 878,5 milhões) e importações de US$ 10,742 bilhões (média de US$ 767,3 milhões por dia útil).

De janeiro até a terceira se-mana deste mês, com 35 dias úteis, o superávit comercial chegou a US$ 1,980 bilhão, contra US$ 556 milhões registrados em igual período de 2010. No acumulado até a última semana, as exporta-ções chegaram a US$ 27,513

bilhões (média de US$ 786,1 milhões por dia útil) e as im-portações fi caram em US$ 25,533 bilhões (média diária de US$ 729,5 milhões).

Na segunda semana de fevereiro, as exportações brasileiras somaram US$ 4,226 bilhões contra US$ 3,678 bilhões em importa-ções, resultando em superá-vit de US$ 548 milhões. O resultado positivo de mais de meio bilhão de dólares foi proveniente do aumento das vendas ao exterior nas

três categorias de produtos: básicos (+ 35,5%), semima-nufaturados (+ 32,8%) e ma-nufaturados (+ 18,6%). Entre os produtos básicos, os des-taques foram milho em grão, trigo e carnes bovina, suína e de frango. Nos produtos se-mimanufaturados, ferro, alu-mínio e couros alavancaram o segmento. Já nos produtos industrializados, ferro fun-dido, máquinas e aparelhos para terraplanagem, aviões e óleos combustíveis puxaram as vendas externas.

Balança comercial tem superávit de US$ 577 milhões

O MINISTÉRIO do Turismo espera aumentar em 30% o número de estrangeiros que vi-sitam o Brasil até 2016, ano em que serão realizados os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A afi rmação foi feita pelo minis-tro da pasta, Pedro Novais, em visita à cidade de Petrópolis, na região serrana fl uminense. Atualmente, cerca de 5 milhões de estrangeiros visitam o Brasil por ano. Novais também disse que o governo federal espera resolver até 2014 os problemas e gargalos que afetam os prin-cipais aeroportos brasileiros. “Nós precisamos dos aeroportos para fomentar o turismo. Sei que existem problemas, mas, pelo que tenho conversado dentro do governo e pelo que ouvi a presidenta [Dilma Rousseff] externar, é do nosso maior inte-resse antes da Copa [do Mundo] de 2014 termos esse assunto resolvido”, disse.

Mais turistas até 2016