edição nº 135

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MERCADO & NEGÓCIOS Príncipe e princesa da Holanda em missão comercial no Brasil Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►20 A 26 DE NOVEMBRO DE 2012 Ano 4 nº 135 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % Fechamento: 19 de noVemBRo de 2012 ►PÁGINA 2 Crédito: Bancos públicos se destacam ►PÁGINA 5 Saldo comercial negativo Estado faz megaoperação contra sonegação de ICMS IGP-M mostra delação na segunda prévia de novembro Carmen Fontenelle destaca papel de advogados que atuam na Baixada A s exportações brasileiras somam US$ 11,472 bi- lhões no mês, até a última sexta-feira (16), com aumento de 5,4% na média diária, em relação a novem- bro do ano passado, e sobre a média do mês anterior a evolução foi 16%. Mas, as importações tiveram de- sempenho mais forte: somam US$ 11,533 bilhões, com crescimento de 8,8% sobre novembro do ano passado e de 26,2% sobre a média de outubro. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A Operação Fiscalização Total, ação conjunta das secretarias de Governo, Fazenda e Polícia Militar para combater a sonegação do Imposto de Circulação de Mer- cadorias e Serviços (ICMS), em 24 horas vistoriou 2.161 caminhões. Desse total, as equipes registraram 484 infrações tributárias e por conta das quais foram lavrados 314 autos de infração. ►PÁGINA 2 P ara a candidata da oposição à presi- dência da OAB-RJ, o papel do advogado é de grande importân- cia, tendo em vista a desigualdade social e-m comparação a outras regiões. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que mede a inlação do aluguel, re- cuou 0,16% na segunda prévia de novembro, segundo informou nesta segunda- -feira (19) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período do mês passado, a variação fora de 0,15%. No ano, o índice acumula alta de 6,94% e, em 12 meses, de 6,82%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), conhecida como inlação do atacado e que integra o cálculo do indicador, caiu 0,35% contra 0,01% em igual período de outubro. Roberto Stuckert Filho/Presidência da República Marcelo Camargo/ABr Críticas a políticas de austeridade Mercado de carros usados tem leve recuperação A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender, na Espanha, que os países desenvolvidos adotem medidas que estimulem os investimentos e o consumo para enfrentar a crise econômica, e não as políticas de austeridade que estão colocando em prática. A crise econômica tem se agravado e a opção por “políticas ortodoxas”, segundo Dilma, tem levado as economias ricas à recessão, prejudicando diretamente a população com os cortes radicais de gastos e a retirada de direi- tos. “As principais lideranças do mundo desenvolvido não encontraram ainda um caminho que articule ajus- tes iscais apropriados e estímulos aos investimentos ao consumo”, disse a presidenta na abertura do semi- nário “Brasil en la Senda del Crecimiento”. Segundo Dilma, o Brasil tem feito sua parte para enfrentar a crise e o governo tem conseguido, apesar do cenário desfavorável, manter o nível de emprego e continuar reduzindo a desigualdade. A pós primeiro semestre de perdas, o setor de carros usados teve leve recuperação no segundo semes- tre, aponta a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). ►PÁGINA 4 P lacas e cartazes convocan- do a população para parti- cipar do ato político em de- fesa dos royalties do petróleo já foram expostos em vários pontos da cidade, como túneis de grande circulação e pré- dios, como a Central do Brasil (foto). Uma grande passeata de protesto está marcada para a próxima segunda-feira (26), com concentração às 14h, na Avenida Rio Branco, próximo à Igreja Candelária. ►PÁGINA 3 ►PÁGINA 7 O Petróleo é nosso Dolar Comercial 2,080 2,081 0,17 Dólar turismo 2,060 2,180 0,46 ibovespa 56.450,86 1,89 Divulgação/SCERJ

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Jornal Capital - Edição nº 135

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Page 1: Edição nº 135

MERCADO & NEGÓCIOS

Príncipe e princesa da Holanda

em missão comercial no Brasil

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►20 A 26 DE NOVEMBRO DE 2012

Ano 4 ● nº 135www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

Fechamento: 19 de noVemBRo de 2012

►PÁGINA 2

Crédito: Bancos públicos se destacam►PÁGINA 5

Saldo comercial negativo

Estado faz megaoperaçãocontra sonegação de ICMS

IGP-M mostra delação na segunda prévia de novembro

Carmen

Fontenelle

destaca papel

de advogados

que atuam na

Baixada

As exportações brasileiras somam US$ 11,472 bi-lhões no mês, até a última sexta-feira (16), com

aumento de 5,4% na média diária, em relação a novem-bro do ano passado, e sobre a média do mês anterior a evolução foi 16%. Mas, as importações tiveram de-sempenho mais forte: somam US$ 11,533 bilhões, com crescimento de 8,8% sobre novembro do ano passado e de 26,2% sobre a média de outubro. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A Operação Fiscalização Total, ação conjunta das secretarias de Governo, Fazenda e Polícia Militar para combater a sonegação do Imposto de Circulação de Mer-

cadorias e Serviços (ICMS), em 24 horas vistoriou 2.161 caminhões. Desse total, as equipes registraram 484 infrações tributárias e por conta das quais foram lavrados 314 autos de infração. ►PÁGINA 2

Para a candidata da oposição à presi-

dência da OAB-RJ, o papel do advogado é de grande importân-cia, tendo em vista a desigualdade social e-m comparação a outras regiões.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que mede a inlação do aluguel, re-cuou 0,16% na segunda prévia de novembro, segundo informou nesta segunda-

-feira (19) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período do mês passado, a variação fora de 0,15%. No ano, o índice acumula alta de 6,94% e, em 12 meses, de 6,82%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), conhecida como inlação do atacado e que integra o cálculo do indicador, caiu 0,35% contra 0,01% em igual período de outubro.

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Marcelo Camargo/ABr

Críticas a políticas

de austeridade

Mercado de carros

usados tem leve

recuperação

A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender, na Espanha, que os países desenvolvidos adotem

medidas que estimulem os investimentos e o consumo para enfrentar a crise econômica, e não as políticas de austeridade que estão colocando em prática. A crise econômica tem se agravado e a opção por “políticas ortodoxas”, segundo Dilma, tem levado as economias ricas à recessão, prejudicando diretamente a população com os cortes radicais de gastos e a retirada de direi-tos. “As principais lideranças do mundo desenvolvido não encontraram ainda um caminho que articule ajus-tes iscais apropriados e estímulos aos investimentos ao consumo”, disse a presidenta na abertura do semi-nário “Brasil en la Senda del Crecimiento”. Segundo Dilma, o Brasil tem feito sua parte para enfrentar a crise e o governo tem conseguido, apesar do cenário desfavorável, manter o nível de emprego e continuar reduzindo a desigualdade.

Após primeiro semestre de perdas, o setor de carros usados teve leve recuperação no segundo semes-

tre, aponta a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

►PÁGINA 4

P lacas e cartazes convocan-do a população para parti-

cipar do ato político em de-fesa dos royalties do petróleo já foram expostos em vários

pontos da cidade, como túneis de grande circulação e pré-

dios, como a Central do Brasil (foto). Uma grande passeata

de protesto está marcada para a próxima segunda-feira (26), com concentração às 14h, na

Avenida Rio Branco, próximo à Igreja Candelária.

►PÁGINA 3

►PÁGINA 7

O Petróleo é nosso

Dolar Comercial 2,080 2,081 0,17Dólar turismo 2,060 2,180 0,46ibovespa 56.450,86 1,89

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2 ►20 a 26 de Novembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Uma profissão em extinção

Foi preciso que um gru-po de empregadas do-

mésticas se unissem numa alegre rebelião para que o Brasil acordasse para uma realidade: a empregada doméstica, que substituiu a velha “Bá” descartada pela Lei Áurea. Se a aris-tocracia brasileira preferia agir como avestruz - recu-sando-se a admitir, como empregados, os negros li-bertos, considerando uma imperdoável afronta tal relação, preferindo im-portar italianos, espanhóis e até japoneses - a Repú-blica logo se instaurou, airmando que somos to-dos iguais, independente do fato do nascimento ter ocorrido numa bela man-são, ou numa palaita da periferia.

E a “revolução das domésticas” demonstrou que, muito em breve, as nossas Madames estarão importando auxiliares de serviços gerais do Mer-cosul e Europa, pois não restará no País tal espé-cie de “colaboradores”. A

piauiense Maria Inês Perei-ra da Silva, por exemplo, saiu de casa aos 14 anos para trabalhar como em-pregada doméstica em Flo-riano, uma cidade vizinha à sua, Rio Grande. Apesar da pouca idade, sua responsa-bilidade era limpar os cô-modos diariamente, lavar algumas roupas e cozinhar. Em vez de receber um salá-rio no im do mês, seu tra-balho era remunerado prin-cipalmente com material escolar para frequentar as aulas em uma escola muni-cipal da região. Decidida a avançar nos estudos, Maria Inês não reclamava das con-dições de trabalho, embora admita que a jornada era pesada para uma adolescen-te. Sem perder o foco, ela conseguiu concluir o equi-valente ao ensino médio proissionalizante e, desde 1998, tornou-se professora da rede pública de Floria-no, depois de passar em um concurso público.

Histórias como a de Ma-ria Inês tornam-se cada vez mais frequentes no Brasil. O aumento da escolaridade média da população e um

mercado de trabalho aque-cido que possibilita a aber-tura de vagas em diversos setores contribuem para que um número crescente de empregados domésticos mudem de proissão, con-forme explicou o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.Para conirmar sua tese, ele citou os da-dos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada pelo IBGE, que indicam queda no número de em-pregados domésticos em três anos. Somando 7,2 mi-lhões de pessoas em 2009, o contingente caiu para 6,6 milhões em 2011. “Quando a pessoa se torna empregada doméstica, em geral, ela não é preparada para aquilo, ela não planejou que seria dessa forma, mas acaba arruman-do o emprego e, por falta de opção, vai fazer o que apren-deu em consequência da sua própria condição social, que é arrumar, cozinhar, lavar roupa. Com um mercado de trabalho favorável, que

abre outras portas, e com nível de escolaridade mais elevado, que lhes permite conquistar essas vagas, as pessoas estão migrando para outros setores, princi-palmente comércio e ser-viços”, explicou.

Ao perceber o aumento na procura de mulheres, muitas vezes “desespe-radas”, por empregadas domésticas, a servidora pública federal Débora Castro decidiu administrar no Facebook uma lista e intermediar o contato entre as duas pontas. Ela recebe indicações de empregadas domésticas disponíveis e encaminha para as mulhe-res cadastradas, a maioria formada por mães com ilhos pequenos. “Atual-mente, a lista de babás tem 74 empregadas indicadas e praticamente o dobro de mães inscritas, que somam 141. Resolvi fazer a ponte porque percebemos que era muito grande o núme-ro de mães que precisavam de empregadas domésti-cas, principalmente com disponibilidade para dor-mir no serviço”, contou.

(*) Fechamento: 19 de noVemBRo de 2012

Estado faz megaoperaçãocontra sonegação de ICMSA Operação Fiscalização

Total, ação conjunta das secretarias de Governo, Fazenda e Polícia Militar para combater a sonegação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), realizada a partir das 12h do último dia 12, durou 24 horas e vistoriou 2.161 caminhões com in-dícios efetivos de irregu-laridades. Desse total, as equipes já registraram 484 infrações tributárias e por conta das quais foram la-vrados 314 autos de infra-ção - os demais casos con-tinuam em averiguação. Entre as infrações, havia casos de não apresentação

de nota iscal da mercado-ria ou do comprovante de pagamento do imposto da carga transportada.

As barreiras foram co-locadas em 16 pontos es-tratégicos de vias que dão acesso ao Estado do Rio de Janeiro. Quinhentos agentes, incluindo 150 au-ditores iscais da Fazenda deslocados para reforçar a ação, veriicaram a docu-mentação dos motoristas, que deveriam apresentar o comprovante do reco-lhimento do ICMS para a entrada em território lumi-nense. Nos casos em que foi veriicada a sonegação de ICMS, a empresa foi

autuada, recebendo multa e prazo para a regularização dos documentos.

A inalidade da opera-ção Fiscalização Total é o cumprimento das novas normas de Substituição Tributária (ST), em vigor desde 1º de novembro. A ST tem como modelo de tributação o recolhimento do ICMS por apenas um contribuinte. A partir desta iniciativa acaba a cobran-ça do tributo em cada uma das etapas que a mercado-ria percorre, entre a fábri-ca e os pontos de venda.

- A operação conjunta vem sendo planejada pela área de iscalização tribu-

tária desde que o Estado deiniu as novas regras e prazos de cobrança para a ST. Os contribuintes tiveram prazo de adap-tação e agora temos que garantir sua consolidação e para isso realizaremos novas operações - airmou o secretário de Fazenda, Renato Villela. O secre-tário acrescentou que a iscalização do trânsito de mercadorias se torna cada vez mais estratégica para a receita estadual e a co-laboração entre órgãos de governo, como ocorre na Operação Barreira Fiscal, torna essa iscalização mais eicaz.

Países ricos querem que

Brasil adote punição contra

empresas corruptas

O Brasil tornou-se alvo de pressão interna-

cional por protelar a apro-vação de lei anticorrupção que puna até mesmo com a extinção empresas que pagam suborno para fechar negócios dentro e fora do país. O Brasil se compro-meteu em aprovar a lei con-tra a corrupção ao se tornar signatário da Convenção da Organização para a Coope-ração e Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra o Suborno Transnacional, no ano 2000. A OCDE é um órgão de desenvol-vimento formado por 34 países, a maioria ricos da Europa e da América do Norte. A proposta foi en-caminhada pelo governo ao Congresso em 2010, porém, está parada em uma Comissão Especial da Câ-mara desde setembro de 2011. Informações não oi-ciais revelam que o atraso é provocado pelo lobby de empresas de engenharia e de construção civil, contrá-rias ao texto do Executivo.

Por trás do embate está a responsabilização ad-ministrativa e judicial das empresas - e não só seus representantes lagrados em atividades ilícitas. Se

já estivesse em vigor, a lei poderia, em tese, sepultar a Delta Construções, em-preiteira cujos ex-diretores foram presos sob acusação de negociar ilicitamen-te contratos públicos, até mesmo sob o comando do bicheiro Carlinhos Cacho-eira. Entre as penalidades previstas na lei em debate está multa de até 20% do faturamento bruto do últi-mo exercício anterior à ins-tauração do processo admi-nistrativo. Em 2011, só em contratos com o governo federal, a Delta faturou R$ 862 milhões.

Os parlamentares da co-missão, sob a condição do anonimato, revelam que, além do caso Delta, o des-fecho do julgamento do mensalão, com identiica-ção da cadeia de comando do esquema, pôs diretores e representantes de em-preiteiras em alerta. O mo-vimento contrário ao texto do relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), defende o substitutivo apresenta-do pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, na avaliação do governo, desi-gura o projeto e retira a res-ponsabilização objetiva das empresas na esfera judicial.

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,080 2,081 0,17

Dólar turismo 2,060 2,180 0,46

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,820 5,822 0,54

Dólar Austrália 1,040 1,041 0,69

Dólar Canadá 0,996 0,996 0,40

Euro 1,281 1,281 0,56

Franco Suíça 0,939 0,940 0,61

Iene Japão 81,310 81,400 0,17

Libra Esterlina Inglaterra 1,590 1,590 0,15

peso Chile 479,500 480,400 0,95

Peso Colômbia 1.817,500 1.819,500 0,26

Peso Livre Argentina 4,770 4,810 0,00

peso México 13,054 13,067 0,61

Peso Uruguai 19,750 19,950 0,00

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 56.450,86 1,89

IBX 20.590,85 1,36

Dow Jones 12.795 1,65

Nasdaq 2.904,88 1,81

Merval 2.295,33 0,54

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 111,110 111,130 3,02

Ouro onça troy 1.732,000 1.733,000 0,01

Prata onça troy 33,110 33,160 0,03

Platina onça troy 1.569,900 1.579,900 0,01

Paládio onça troy 636,700 643,700 0,05

Indicadores

Poupança 20/11 0,500

tR 19/11 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,25

Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

Page 3: Edição nº 135

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Agricultura familiar contará com R$ 10 bi

Comércio de rua do Rio prevê grandes vendas

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

JOSANE MARIA DIAS NASCIMENTO, 46 anos, empreendedora de Cuiabá (MT) - Gostaria de

saber como realmente funciona a implantação de

creches nos bairros. Sou presidente do Clube de

Mães e quero detalhes sobre esse assunto, onde

devo ir e o que é preciso para implantar.

Presidenta Dilma - Josane, vamos construir,

em parceria com os municípios, seis mil creches e

pré-escolas até 2014. Para isso, nós repassamos

para as prefeituras os recursos para as obras e, no

primeiro ano de funcionamento da creche, pagamos

também o custeio. Atualmente, temos 3.019 creches

em construção em todo o país, nas quais estamos

investindo R$ 3,4 bilhões. Em Mato Grosso, todas

as 83 unidades previstas para o estado até 2014

estão em andamento em 49 municípios, sendo 12

unidades em Cuiabá. Para que uma cidade receba o

apoio do governo federal, o primeiro passo deve ser

dado pela prefeitura, que deve assinar o Termo de

Adesão ao Plano de Metas Compromisso Todos pela

Educação e irmar convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação. A prefeitura deve entrar em

contato com o MEC pelo telefone 0800-616161, ou

no portal do FNDE (www.fnde.gov.br). Cada creche pode atender de 120 a 240 crianças, dependendo

do modelo adotado. As creches, Josane, são muito

importantes nessa fase que vai dos primeiros dias

de vida da criança até ela completar cinco anos,

quando as crianças precisam de estímulos que serão

decisivos para seu desenvolvimento nas etapas

seguintes do aprendizado.

MARCOS BARBOSA, 48 anos, funcionário público de Petrópolis (RJ) - Presidenta Dilma,

gostaria de saber sobre a Emenda Constitucional

n° 70 (EC-70), que trata da aposentadoria por

invalidez do funcionário público federal, estadual

e municipal. Essa emenda vai ser aprovada como

lei?

Presidenta Dilma - Marcos, essa Emenda foi

aprovada pelo Congresso Nacional em março deste ano e já está em vigor. Dessa forma, os servidores

que ingressaram no serviço público até 31 de

dezembro de 2003 e que se aposentaram ou vierem

a se aposentar por invalidez permanente terão seu

benefício calculado com base na remuneração

integral do cargo efetivo ocupado no momento da

aposentadoria. O benefício poderá ser integral ou

proporcional, dependendo do motivo da invalidez, e

será reajustado pela paridade com a remuneração

dos funcionários da ativa. Essa foi uma mudança

importante para os servidores que ingressaram no

serviço público até aquela época e que se aposentaram

por invalidez com rendimentos reduzidos. Todos os

órgãos públicos do Poder Executivo já receberam

uma orientação sobre como proceder para efetuar

o pagamento pelo novo valor. Se tiver mais alguma

dúvida, Marcos, procure o setor de recursos humanos

de seu órgão, que ele dará todas as orientações

necessárias.

OSCAR HENRIQUE COSTA HARDMAN, 20 anos, estudante de Aracaju (SE) - Presidenta,

porque o governo insiste em reduzir o IPI para

automóveis em vez de investir esse dinheiro em

um transporte coletivo de qualidade?

Presidenta Dilma - Oscar, nós estamos fazendo

investimentos expressivos em obras para melhorar

o transporte coletivo no Brasil, em parceria com

Estados e municípios. O PAC Mobilidade Grandes

Cidades, por exemplo, vai investir R$ 32,7 bilhões

em 51 municípios com mais de 700 mil habitantes.

São obras como a construção de metrôs, Veículos

Leves sobre Trilhos e corredores de ônibus, que vão

beneiciar mais de 53 milhões de brasileiros. Em julho, iniciamos a seleção de projetos para municípios com

população entre 250 e 700 mil habitantes, no PAC

Mobilidade Médias Cidades. Serão disponibilizados

R$ 7 bilhões para que 75 cidades de médio porte, em

18 estados brasileiros, realizem obras para melhorar

seu sistema de transporte coletivo. Sua cidade, Oscar,

se enquadra nesta linha de inanciamento. Estão em andamento obras de mobilidade urbana nas cidades

sedes da Copa do Mundo de 2014, que somam outros

R$ 11,8 bilhões de investimentos em transporte

público, em parceria com Estados e municípios. Em

simultâneo a todos esses investimentos, adotamos

medidas para, entre outras ações, reduzir impostos

sobre produtos industriais brasileiros e sobre a folha

de pagamento de diversos setores, com o objetivo

de fortalecer o investimento e continuar gerando

empregos na indústria.

Royalties: Rio fará manifestação

contra mudança na distribuição

Placas e cartazes convo-cando a população para

participar do ato político em defesa dos royalties do petróleo já foram expostos em vários pontos da cida-de, como prédios públicos e túneis de grande circula-ção. Uma grande passeata de protesto está marcada para segunda-feira (26), com concentração às 14h, na Avenida Rio Branco, próximo à Igreja Cande-lária. A mobilização tem o objetivo de sensibilizar a presidente Dilma Rousse-ff e fazê-la vetar o projeto do deputado federal Vital do Rêgo (PMDB-PB), que altera a distribuição do dinheiro dos royalties do petróleo de áreas já licita-

das e em exploração. De acordo com a proposta do parlamentar, boa parte da compensação inanceira paga aos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que hoje produzem pratica-mente todo o petróleo do Brasil, seja redividida e di-recionada a outros estados não produtores.

O governador Sérgio Cabral reairmou que está mobilizando a população para participar d caminha-da. Segundo ele, seu gover-no não se nega a discutir ou a negociar nova distri-buição de royalties para o futuro, a partir de um novo marco regulatório, mas não aceita mexer com o que já foi licitado. “O Rio de Ja-

neiro vai até perder no fu-turo, mas perde diante de uma nova distribuição (de royalties). Agora, com o que já foi leiloado, com o que já foi contratado, o que já faz parte das receitas do Estado, é uma violência sem tamanho”.

Cabral ressaltou que os royalties são necessá-rios ao Estado para o pa-gamento de aposentados e pensionistas, investimen-tos ambientais e até para pagamentos da dívida do Estado com a União. A presidenta Dilma Rousse-ff tem até o dia 30 de no-vembro para decidir sobre o projeto de lei. “Isso [o projeto de lei], na verdade, é um precedente perigosís-

simo. Quem acha que está se beneiciando com isso não vai resolver problema de nenhum estado brasilei-ro, porque o volume de re-cursos não resolve nada no Brasil, mas é fundamental para o Rio de Janeiro. O que hoje se faz com o Rio amanhã se pode fazer com a Zona Franca de Manaus, com os incentivos do Nor-deste, com os benefícios do Centro Oeste. Nem o povo do Rio nem nenhum político do Rio jamais le-vantou a voz para cobrar esses benefícios. O Rio de Janeiro sempre foi so-lidário com o Brasil e acho que o Brasil tem que ser solidário com o Rio” disse o governador.

Movimento "Veta Dilma" entra em campo no Engenhão

Após conquistar o tetra-campeonato brasileiro,

o Fluminense aderiu ao mo-vimento "Veta Dilma", no domingo (18), no Estádio do Engenhão. Durante o inter-valo da partida contra o Cru-zeiro, gandulas entraram em campo, carregando a faixa “Contra a injustiça do proje-to dos royalties”, que lembra a importância da passeata oicial, marcada para a pró-xima segunda-feira (26). Os outros três grandes times cariocas - Flamengo, Vasco e Botafogo - também ade-riram ao movimento com faixas da mobilização em defesa do Rio.

Divulgação

Debrieing Oicial dos Jogos de Londres 2012O Debrieing Oicial

do COI dos Jogos de Londres 2012, que teve iní-cio sábado (17), segue até quarta-feira (21). O evento, que faz parte do programa de transferências de co-nhecimentos do Comitê Olímpico Internacional, aconteceu no Hotel Wind-sor Barra, e reuniu mem-bros do Comitê Olímpico Internacional (COI), do Comitê Organizador dos Jogos de Londres 2012, do Rio 2016, dos Comitês Or-ganizadores de Sochi 2014 e PyeongChang 2018, além de representantes das três cidades candidatas aos Jo-gos Olímpicos de 2020: Is-tambul, Madri e Tóquio.

Na cerimônia de abertura do programa, marcaram presença o vice--governador e coordenador de Infraestrutura do Esta-do, Luiz Fernando Pezão, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o presidente do Co-mitê Organizador do Rio 2016, Carlos Arthur Nuz-man, o diretor executivo de

Jogos Olímpicos do COI, Gilbert Felli e também o o presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Londres, Sebastian Coe.

Criado durante a pre-paração para os Jogos de Sydney, no ano 2000, o programa de transferência de conhecimento do COI - que está em sua sétima edi-ção - tem o objetivo de au-

xiliar os organizadores nos preparativos para os jogos, com plenários que abor-dam questões como plane-jamento de infraestrutura, logística, transporte, prepa-ração das acomodações de atletas, instalações para as competições, dentre outras medidas para a bem-su-cedida realização do me-gaevento esportivo. Tam-

bém haverá um debrieing voltado especiicamente para os Jogos Paralímpi-cos. Durante esses dias, os membros dos comitês organizadores das cidades olímpicas vão trocar expe-riências sobre o que acon-teceu em Londres e sobre o que pode ser melhorado nas próximas edições dos jogos.

Carlos Magno-SCERJ

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Deputada Claise Maria cobra

melhorias para policiais vitimados

A Comissão Especial da Assembleia Legislati-

va do Rio (Alerj), que ana-lisa a situação de policiais civis e militares e bombei-ros vitimados em serviço, constatou que a falta de re-cursos humanos (médicos e auxiliares), medicamen-tos e uma melhor assistên-cia social são os principais problemas enfrentados por esses agentes da segurança pública e seus familiares. A comissão se reuniu com o comando da área médica da Polícia Militar, em um café da manhã realizado no Centro de Fisiatria e Rea-bilitação da Policia Mili-tar (CFRPM), em Olaria. “Pudemos constatar que a infraestrutura material e de recursos humanos que atende ao policial militar que sofreu um acidente em serviço remete à década de 1970. Hoje, nós temos uma PM com um efetivo ativo muito maior e, por conse-quência, um efetivo de ina-tivos e dependentes muito grande também", declarou a deputada, titular da comis-são, presidida pelo deputa-do Wagner Montes (PSD).DEMANDAS - Durante a visita, os parlamentares ouviram as demandas de atendimento para cerca de 200 mil pessoas, número

aproximado de policiais ativos, inativos e seus de-pendentes dentro do siste-ma de saúde da PMERJ e contaram também como serão os próximos passos do colegiado. "A comissão vai saber quanto custa su-prir estas necessidades; e, com isso, vamos pleitear, junto à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, que esses recursos sejam repassados na íntegra para a corporação", ponderou Montes. Já Flávio Bolso-naro (PP) acrescentou que a comissão fará audiências para ouvir pessoas que pre-cisaram deste tipo de aten-dimento. "Eu acredito que

o problema não seja por má vontade e sim pelo desco-nhecimento da real situa-ção. Não podemos tratar essa questão apenas com números", alertou.

Um dos pedidos da Co-missão junto ao Governo, atendendo uma reivindi-cação dos proissionais da unidade, será a realização de novos concursos públi-cos para a contratação de 120 oiciais médicos e mais 600 vagas para as funções de técnico em Fisioterapia, auxiliar de Enfermagem, auxiliar de Odontologia e operador de Raio X. "O que preocupa ainda é uma defasagem do número de

Divulgação

OAB: Candidato de oposição,Nogueira recebe apoio de Wadih

Mais de cem advogados militantes em Duque

de Caxias recepcionaram o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil--OAB/RJ, Wadih Damous e o candidato à presidência daquela Seccional, Felipe Santa Cruz, na terça-feira (14). Eles participaram de um encontro no centro do município, onde foi rea-lizado um almoço com os representantes da Chapa 2, de oposição -.“Experiência e Juventude - OAB Novos Rumos”, que tem à frente José Nogueira como pre-sidente e Wagner Soares como vice. Prestigiando o ex-vereador Laury Villar, vice-prefeito eleito na cha-pa de Alexandre Cardoso, a quem representou no even-to. Felipe Santa Cruz já ha-via mantido encontro ante-rior com os com a chapa de Duque de Caxias, com a qual assumiu compromisso de implantar o transporte gratuito para os advogados que atuam na cidade, como já existem em outras Co-marcas do Estado, caso se conirme sua vitória.

Durante a visita, José

Nogueira, que é atual Con-selheiro da seccional Rio, dirigiu-se aos advogados e à comitiva airmando estar muito feliz ao cons-tatar que os advogados de Duque de Caxias anseiam por mudanças. “Queremos promover uma administra-ção democrática, que valo-rize os advogados e fortale-ça a Ordem”. Em seguida, Laury Villar saudou os advogados e airmou que, assim como ocorreu nas eleições de outubro último, “os ares de mudança tam-bém chegarão à Ordem dos

Advogados do Brasil no município. Este é um sen-timento que podemos ver nos proissionais de Duque de Caxias”. DEMOCRACIA - Felipe Santa Cruz, que falou em seguida, enfatizou que, em-bora não se envolva com a política partidária, “a Or-dem defende o diálogo e o convívio com a classe política, buscando sempre fortalecer o exercício da de-mocracia. E nosso compro-misso é esse, democracia nas ações da Ordem”. Últi-mo a usar da palavra Wadih

Leticia Passowski/Agência Cathay

Antes da fala de José Nogueira, o presidente Wadih

Damous assinalou: “Duque de Caxias vive novos

tempos. Democracia pressupõe renovação, pressupõe

alternância de poder”

proissionais de saúde, principalmente médicos. A conta que temos aponta que para cada policial que entra na corporação, mais 2,3 dependentes passam a ser cobertos pelo sistema de saúde da PM, em média. Pensando rápido, vemos que se 500 policiais entra-rem hoje, mais ou menos 1500 novos dependentes serão assistidos pela saúde. Temos que aumentar pro-porcionalmente o número de médicos para atender essa demanda", explicou o tenente coronel Paulo José Garone, coordenador do Fundo de Saúde da Polícia Militar.

Damous agradeceu a todos “o carinho e o apoio” dos advogados de Duque de Ca-xias durante o seu mandato. “Duque de Caxias nunca nos faltou com a colabora-ção. E esse é o espírito que nos une, que nos mantém próximos cada vez mais e que contribui para o forta-lecimento da nossa classe e da nossa Ordem”.

- Duque de Caxias vive novos tempos. Democracia pressupõe renovação, pres-supõe alternância de poder. E a advocacia está inserida nessas mudanças, com no-vas perspectivas. O doutor Nogueira é um Conselhei-ro exemplar, que preza pela ética, irmeza e lealdade. Não tenham dúvidas de que assumindo sua presi-dência, a OAB em Duque de Caxias estará em boas mãos - concluiu Damous, sob demorados aplausos.

As eleições acontecerão no próximo dia 26, das 9h às 17h. Em Duque de Ca-xias, os advogados deverão dirigir-se à sede da OAB no município, localizada na Rua Passos da Pátria nº 191, bairro 25 de Agosto.

Mercado de carros

usados tem leve

recuperação

Após primeiro semestre de perdas, induzidas

pela redução do Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) para carros novos e pela restrição ao crédito, o setor de carros usados teve leve recupera-ção no segundo semestre, aponta a Federação Nacio-nal das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). As perdas do primeiro semes-tre levaram cerca de 4,5 mil lojas em todo o Brasil a fecharem as portas, segun-do estimativa da Fenau-to. Foi o que ocorreu com duas das três lojas de Celso Sidnei de Abreu, empresá-rio do ramo há sete anos. “Foi um ano duro. Juntou a redução do IPI, as diicul-dades da economia e com-plicou tudo”, avalia. Se-gundo a federação, o Brasil tem 40 mil lojas de revenda de carros usados, que em-pregam 240 mil pessoas di-retamente.

A queda nas vendas chegou a 12,1% nos pri-meiros cinco meses do ano, na comparação com igual período de 2011. Agora, os modelos com mais de três anos registram queda de cerca de 10%, no acumula-

do de janeiro a outubro. No entanto, os modelos mais novos, com menos de três anos, apresentam alta de 2,8%, no mesmo período.

O preço oferecido para quem pretende vender um carro usado icou de 20% a 25% menor, segundo lo-jistas entrevistados pela Agência Brasil. “Quando envolve troca de veículo, a perda é um pouco menor”, aponta Armando Monteiro, gerente de uma loja de re-venda na zona sul de São Paulo. Na compra de carro usado, a desvalorização é de 10% a 15%, informou o gerente.

Para o presidente da Associação de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp), Ge-orge Chahade, a restrição de crédito foi a principal responsável pela crise no setor. “De todos os proble-mas que podemos levantar, como redução do IPI, ques-tões econômicas e dimi-nuição do crédito, a maior parte se deve à menor aprovação de inanciamen-tos. É certo que a procura diminuiu, mas poderia ter se mantido em um patamar razoável se o crédito fosse mais fácil”, declarou.

PEC das Domésticas poderá

provocar demissões

Apelidada de PEC das Domésticas, a Pro-

posta de Emenda à Cons-tituição (PEC) 478/10, que passou pela Comissão Especial sobre Igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara de Deputados e que será encaminhada para apreciação do plenário da Casa e depois ao Senado, amplia os direitos dos em-pregados domésticos, in-cluindo obrigatoriedade de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Ser-viço (FGTS), carga horária semanal de 44 horas, hora extra e adicional noturno. A categoria reúne 6,6 mi-lhões de brasileiros, sen-do a maioria formada por mulheres, que somam 6,2 milhões de proissionais no ramo.

O consultor em empre-go doméstico Mário Ave-lino considera as mudan-ças previstas na PEC um “avanço justo”, que asse-gura à categoria direitos importantes já garantidos a outros proissionais. Ele ressalta, no entanto, que o impacto no orçamento das famílias pode levar a um “grande processo de de-

missões” e que muitas de-las devem acabar optando pela contratação de diaris-tas. Segundo Avelino, para evitar o movimento, que ele considera ruim tanto para os patrões como para as trabalhadoras, a PEC de-veria vir acompanhada de medidas que reduzam os custos do empregador.

Segundo o consultor, um levantamento feito pela instituição indicou que quase a metade das 2 mil famílias cadastradas na entidade demitiriam suas funcionárias caso fosse obrigatório o pagamento do FGTS. Essa é a mu-dança prevista na PEC que mais vai impactar os gastos mensais dos empregadores. “A grande massa dos em-pregadores pertence à clas-se média, que paga suas contas com esforço. Temos que fortalecer o emprega-do, mas também quem em-prega”, acrescentou. Uma das alternativas compen-satórias apontada por ele para aliviar os gastos dos empregadores é a redução do percentual de 12% pago ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Marcelo Camargo-ABr

Hemorio quer doação de sangue em massa

Novembro é o mês da do-ação de sangue. O Go-

verno do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Saúde, preparou uma sé-rie de ações de mobilização

e conscientização. O ponto alto será na Semana do Do-ador, entre os dias 21 e 28 de novembro. Tudo começa na Cinelândia. Nos dias 21 e 22, a programação inclui

uma grande coleta cidadã, que terá estrutura especial e confortável montada para re-ceber voluntários. A ação da Secretaria e do Hemorio é rea-lizada em parceria com alguns

órgãos de comunicação. Para mais informações, o voluntá-rio deve ligar para o Disque Sangue (0800-2820708), que esclarece dúvidas e informa endereços de postos de coleta.

Page 5: Edição nº 135

5►20 a 26 de Novembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Mais da metade das empresas

não pode mais se endividar

Pesquisa da Confede-ração Nacional da In-

dústria (CNI), divulgada sexta-fe Ra 16), mostra que 37% das empresas indus-triais não têm mais espa-ço para o endividamento. A pesquisa revela também que 16% das empresas dis-seram estar acima do limi-te de endividamento. No total, portanto, 53% das empresas industriais não

podem mais se endividar. De acordo com a pesquisa, 18% dizem não ter qual-quer tipo de endividamento atualmente. A maior parce-la, 69%, tem algum tipo de endividamento e 13% não responderam. A pesquisa foi feita com 2.383 empre-sas, sendo 849 pequenas, 937 médias e 597 grandes. Os dados foram coletados no período de 2 a 13 de ju-

lho de 2012.Usado por 69% das in-

dústrias, o capital próprio é a maior fonte de inan-ciamento, segundo os da-dos da CNI. Os emprésti-mos bancários compõem o inanciamento de 56% das empresas, enquanto o crédito de fornecedores e de clientes é utilizado por 34%. A captação externa de recursos é usada por

4% das companhias indus-triais.

Para 47% das empresas, a falta de linhas de crédito adequadas às suas necessi-dades foi a principal dii-culdade apontada na obten-ção de crédito. Em seguida, vem a exigência de garan-tias reais (assinalada por 44%) e de documentos e renovação de cadastros (re-gistrada por 39%).

Edital do trem-bala

será publicado dia 26 D

epois de ter sido adia-do pela Empresa de

Planejamento e Logística (EPL), o edital do leilão para o trem de alta veloci-dade (TAV) deverá ser pu-blicado no próximo dia 26. A informação consta no ba-lanço do Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC) 2, divulgado nesta segunda-feira (19) pelo go-verno federal. A publicação do edital deveria ter ocor-rido em outubro, conforme previsão anterior. O trem--bala ligará os municípios do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Campinas.

Como as tentativas de licitações anteriores – que buscaram grupos interes-sados em tocar o projeto como um todo – não des-pertaram interesse das em-presas, o governo federal decidiu dividir o processo em duas partes: uma para escolher os responsáveis pela fabricação dos trens e a operação do sistema

(incluindo o fornecimento de tecnologia do veículo) e outra para selecionar a empresa responsável pela construção do projeto.

O leilão deverá ocorrer em 29 de maio de 2013. A empresa ou consórcio ven-cedor será o que apresentar a melhor oferta, levando em consideração a rela-ção entre valor de outorga e valor para construção de túneis, pontes, viadutos e do próprio trem, além da transferência de tecnolo-gia, manutenção e opera-ção do veículo.

A Empresa de Plane-jamento e logística (EPL) será sócia do projeto e terá 10% de participação no empreendimento. A estatal será responsável pela apre-sentação do projeto execu-tivo do trem e pela escolha da empresa encarregada da construção, em etapa pos-terior, da infraestrutura ne-cessária para a entrada em operação do trem-bala.

Banco de Imagens

Bancos públicos se destacam

na contratação de crédito

A retração dos bancos privados na concessão

de créditos fez com que os bancos públicos ganhassem maior participação nesse segmento de mercado, nos últimos quatro anos. Os bancos privados nacionais detinham 47,9% das opera-ções de crédito, em setem-bro de 2008, mas apesar de o volume de crédito bancá-rio ter dobrado de lá para cá, a participação deles nos inanciamentos e emprés-timos caiu para 37,1% do mercado.

Os números constam de relatório do Departamento

Econômico do Banco Cen-tral (BC), segundo o qual os bancos privados estran-geiros também perderam espaço. Eles eram respon-sáveis, então, por 21,4% dos créditos, mas a partici-pação caiu para 16,7% no último mês de setembro. Em contrapartida, os ban-cos públicos, que à época detinham 30,7% do estoque de créditos, são agora de-tentores de 46,2% dos R$ 2,237 trilhões emprestados a terceiros – pessoas físicas e jurídicas.

A alteração nas con-cessões de crédito tende a

aumentar, uma vez que o estoque de inanciamentos cresceu 15,8% nos últimos 12 meses, até setembro, de acordo com o relatório do BC. Mas, no mesmo perío-do o Banco do Brasil regis-trou expansão de 20,5%, e o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa Econômica Federal, Fábia Lenza, es-timou crescimento muito maior este ano. Ele disse que só no mês de outubro, a Caixa contratou R$ 16,63 bilhões em créditos.

Além da retração natural dos bancos privados na con-cessão de créditos, depois da

crise inanceira generalizada com a falência do banco de investimentos norte-ame-ricano Lehman Brothers, em setembro de 2008, dois fatores contribuíram signii-cativamente para a mudança no peril creditício do país: o crédito consignado, com desconto direto do salário, e o aumento dos inancia-mentos imobiliários. Dois segmentos em que os ban-cos públicos têm atuação mais forte; principalmente a Caixa Econômica Federal, gestora dos recursos do Fun-do de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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6►20 a 26 de Novembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Faperj contempla projetos com recursos

que totalizam quase R$ 6 milhõesA Faperj (Fundação de

Amparo à Pesqui-sa Carlos Chagas Filho) anunciou o resultado de dois editais, contem-plando pesquisadores e empreendedores sedia-dos no Estado do Rio de Janeiro. No progra-ma Apoio à Formação e Consolidação de Grupos de Pesquisa Multi-Insti-tucionais e Interdiscipli-nares - 2012, foram 21 os projetos aprovados. Já em Apoio ao Desenvol-vimento da Tecnologia da Informação no Estado do Rio de Janeiro – 2012, o número de propostas que receberam a chance-la da Fundação foram 13. Os dois editais, juntos, preveem investimentos

de R$ 5,7 milhões.No edital destinado à

Formação e Consolida-ção de Grupos de Pesqui-sa Multi-Institucionais e Interdisciplinares, das 21 propostas contempladas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi a instituição com o maior número de projetos apro-vados, com um total de nove, seguida da Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com quatro. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universida-de Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) apa-recem na lista com dois projetos cada. Em seguida, as instituições que tiveram uma proposta aprovada fo-ram o Centro Brasileiro de

Pesquisas Físicas (CBPF), Instituto Militar de Enge-nharia (IME), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

O montante dos recur-sos alocados no edital para inanciamento dos projetos, devido à disponibilização orçamentária e inanceira passou de R$ 2 milhões para R$ 3,2 milhões. O edital apresentou demanda muitíssimo elevada, supe-rando a proporção de 12 para 1 dos recursos inicial-mente disponibilizados. O comitê de julgamento, for-mado por diversos pesqui-sadores da área de pesquisa interdisciplinar da Capes, oriundos de diversos esta-

do do País, foi bastante rigoroso e, em muitas das propostas apresen-tadas, não reconheceu a explicitação da inter-disciplinaridade exigi-da pelo edital, levan-do à recusa, por esse motivo, de um núme-ro substancial de pro-postas apresentadas. O programa de Apoio à formação e conso-lidação de grupos de pesquisa multi-institu-cionais e interdiscipli-nares, criado neste ano, tem como objetivo in-centivar a formação e consolidação de gru-pos de pesquisa com atuação em diferentes áreas e foco em temas interdisciplinares.

Príncipe Guilherme e princesa Máxima, da

Holanda, estão em missão comercial no Brasil

O príncipe Guilher-me Alexandre e a

princesa Máxima, da Ho-landa, reuniram-se nesta segunda-feira (19), no Mi-nistério da Fazenda, com o secretário executivo da pasta, Nelson Barbo-sa, e com o secretário de Assuntos Internacionais, Márcio Bicalho Conzen-dey. O casal real holandês está em missão comercial no Brasil, com o objetivo de assinar acordos e de-clarações de cooperação. O príncipe e a princesa es-tão viajando acompanha-dos de representantes de 175 empresas, institutos de pesquisa e universida-des holandesas.

De acordo com infor-mações da assessoria de

comunicação da Embai-xada da Holanda, o Brasil é o parceiro de negócios mais importante dos Países Baixos na América Latina. Segundo a embaixada, em 2011 o comércio bilateral registrou movimentação de US$ 15,9 bilhões, o que representa aumento de 32,6% na comparação com 2010. Além disso, a Ho-landa ocupa o quarto lugar como parceiro de exporta-ções de empresas brasilei-ras. A reunião do casal real no ministério foi fechada.

Na pauta divulgada pelo Ministério da Fazenda es-tão questões como a situ-ação econômica dos dois países, os efeitos da crise global e o papel de orga-nizações inanceiras inter-

nacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G20 (grupo que reúne as principais eco-nomias do mundo). Mais cedo, o príncipe a princesa foram recebidos em audi-ência pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoff-mann. Da Fazenda, eles se-guiram para a Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), onde será irmado um acordo de cooperação comercial entre a entida-de brasileira, a Associação Holandesa de Pequenas e Médias Empresas (MKN Nederland) e a Confede-ração Holandesa de In-dústrias e Empregadores (VNO-NCW). Durante a estada na capital federal, o príncipe e a princesa

também terão audiên-cias com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho; com o secretário executivo do Ministério da Edu-cação, José Henrique Paim; e com a secretá-ria executiva do Minis-tério da Cultura, Jeani-ne Pires.

A programação do casal real e da comiti-va também inclui uma passagem por Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Nesta terça--feira (20), eles partici-parão de um seminário sobre indústria alimen-tar na Universidade de São Paulo (USP), que tem campus no muni-cípio.

Congresso corre contra o tempo para aprovar

Orçamento de 2013 antes do NatalA pouco mais de um

mês para o Congres-so Nacional entrar em recesso, o parecer pre-liminar do Orçamento Geral da União de 2013 (OGU) ainda não foi vo-tado na Comissão Mista de Orçamento (CMO). A demora na apreciação pode atrasar a votação inal da proposta orça-mentária do ano que vem. Para acelerar o processo, o presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), convocou sete reuniões entre esta terça--feira (20) e quarta (21). A expectativa dos parla-mentares é conseguir i-nalmente aprovar o pare-cer preliminar do senador Romero Jucá (PMDB-

-RR), para que seja aber-to o prazo para apresenta-ção das emendas ao texto. Poderão ser apresentadas emendas individuais, de comissões e de bancadas. Depois, todas essas emen-das deverão ser divididas para serem apreciadas por relatores setoriais de diver-sas áreas.

Os relatores setoriais serão encarregados de sub-sidiar o relator geral com sugestões de investimen-tos em diversas áreas, tais como agricultura, educa-ção, saúde, entre outros. Por isso, os relatórios de-les devem ser apreciados e votados antes que o relator Romero Jucá produza seu parecer inal. Tudo isso de-veria acontecer até o dia 18

de dezembro, quando está previsto o início do recesso legislativo no Congresso.

Os parlamentares (de-putados e senadores), en-tretanto, já admitem que poderão precisar prorrogar o prazo para 21 de dezem-bro porque não será possí-vel concluir tudo a tempo. Para isso, eles trabalham com a hipótese de acelerar os trabalhos de apreciação da proposta orçamentária para que ela seja aprovada na comissão e no plenário do Congresso Nacional an-tes do Natal. Se isso não ocorrer, a presidenta Dilma Rousseff poderá iniciar o terceiro ano de seu manda-to sem ter o Orçamento de 2013 aprovado.

Paralelamente ao traba-

lho em torno da pro-posta orçamentária, os parlamentares do Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregula-ridades Graves (COI) ainda precisam emi-tir um parecer sobre a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de que devem ser suspensos os repasses de recursos públicos para 22 obras do governo federal. Na avaliação do TCU, es-ses empreendimentos têm indícios de irre-gularidades graves e devem ser paralisados para que os problemas sejam sanados.

Jornalistas visitam obras do novo Maracanã

O grupo de jornalis-tas nacionais e es-

trangeiros que estão no Brasil para participar do Debrieing Oicial COI dos Jogos Lon-dres 2012 visitou, nes-ta segunda-feira (19), as obras de reforma do novo Maracanã. De-pois de conhecer a ma-quete do novo estádio e visitar o Centro de Memória do Museu do Maracanã, a imprensa foi recepcionada pela secretária de Esporte e Lazer, Marcia Lins, que explicou como o Rio está se preparando para

os eventos esportivos. Do alto da torre de vidro, eles puderam acompanhar de perto o andamento das obras. A secretária saudou os visitantes e explicou que alguns elementos an-tigos do Maracanã estão sendo resgatados, e ou-tros serão reestruturados. No im da visita, os jorna-listas receberam um DVD sobre o estádio e uma pedra retirada durante as demolições. O repórter da Reuters Felipe Araújo airmou que a imprensa icou com a impressão de que as obras estão "bem consistentes":

Cessar-fogo depende de

Israel, diz líder do Hamas

O líder político do Hamas, Haled

Meshaal, não descar-tou irmar um cessar--fogo com Israel, mas airmou que para que isso ocorra os israe-lenses terão de dar o primeiro passo. Gaza viveu hoje (19) o sex-to dia consecutivo de ataques por parte do Exército israelense.

A ação militar de Israel contra o territó-rio palestino já matou pelo menos 95 pessoas e ataques de foguete lançados por militan-

tes palestinos contra o sul de Israel deixaram três mortos. "Quem come-çou a guerra, precisa pôr um im a ela'', airmou Meshaal, durante uma entrevista coletiva na ca-pital egípcia, Cairo.

O primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, que está negociando um acordo entre israelenses e palestinos no Cairo, air-mou que um cessar-fogo para Gaza pode estar pró-ximo, mas acrescentou que a natureza das nego-ciações tornam difícil fa-zer previsões.

Ministério não incentiva

internação compulsória

O coordenador ad-junto de Saúde

Mental do Ministério da Saúde, Leon Gar-cia, disse nesta se-gunda-feira (19) que o governo federal não incentiva a internação compulsória de de-pendentes de droga. O dirigente respondeu a participantes do semi-nário “Álcool e Outras Drogas: Um Desaio para os Proissionais de Saúde”, coorde-nado pelo Fórum dos Conselhos Federais

da Área de Saúde, que criticaram a implantação de políticas desse tipo no país.

- Internação compul-sória é uma política po-bre feita para pobre. É uma estratégia de higie-nização para mostrar um país bonito nos eventos internacionais - disse o coordenador do Movi-mento Nacional de Popu-lação de Rua (MNPR) e da Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Huma-nos (FNDDH), Samuel Rodrigues.

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7►20 a 26 de Novembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Contratações temporárias este

ano deverão crescer 5,5%

Em todo o país serão criadas neste im de

ano 155 mil vagas de tra-balho temporário. O núme-ro é 5,5% maior que o do mesmo período de 2011. A estimativa é da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Assertem). “Entendemos que esse aumento se deve ao fato da economia estar mais estável, ao [maior] acesso ao crédito, à redu-ção da taxa de juros e ao

Imposto sobre Produtos Industrializados [IPI - que teve a redução prorrogada pelo governo federal para produtos como carros, ge-ladeiras e móveis, entre outros]. As ações que o governo dotou estimulam as compras e, consequen-temente, as contratações”, disse a presidenta da As-sertem, Jismália de Oli-veira Alves. Segundo ela, São Paulo será responsável pelo maior número de con-trações.

- A indústria deve aten-der 25% dessas vagas e o comércio, portanto, ica com 75%. No caso do co-mércio, os principais con-tratantes são os shoppings centers, os supermercados, as lojas de departamento e o varejo de rua - ressal-tou. Em média, o comércio deve pagar em torno de R$ 872 (aumento de 3,5% em relação ao ano passado) e, a indústria, em torno de R$ 1.115 (crescimento de 5% em comparação a 2011).

Carmen: “Baixada tem participação

destacada nas eleições da OAB”

"A Baixada Fluminense é bem representativa e

tem papel destacado nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil", disse a advogada Carmen Fontenelle, candidata de oposição à presidência da OAB-RJ, pela Chapa Azul - É você na OAB, entre-vista exclusiva ao Capital. As eleições acontecerão no próximo dia 26. Segun-do Carmen, a região conta com aproximadamente dez mil advogados, através de subseções nos seguintes municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Magé. Nilópolis, Nova Igua-çú, Queimados, São João de Meriti e Seropédica.

A advogada assinalou que a Baixada é uma “re-gião de conlitos sociais, questões de trabalho im-portantes, questões pon-tuais de situações de co-mércio, de contratos muito grandes, pois abriga muitas empresas”. Ela acrescen-ta que existe “um grande volume de pessoas e com uma dinâmica social muito rica, ao mesmo tempo que

tem pessoas em estado de pobreza”.

- Diante desse quadro, o advogado tem uma impor-tância muito grande nessa questão sócio jurídica da região. Em Niterói, são dez mil proissionais mas lá o desequilíbrio é menor. Na Baixada, você tem Belford Roxo e Queimados, e tem Duque de Caxias e Nova Iguaçú. Então, ela preci-sa de uma diversidade de advocacia muito grande. A questão do mercado de trabalho está largada, a procura por mão de obra e a mão de obra são latentes e a Ordem precisa adminis-trar isso. Ela tem a credibi-lidade para gerenciar isso. Não é difícil, mas tem que querer, ter vontade política - explica.

Carmen Fontenelle des-tacou a importância da ca-pacitação dos proissionais da advocacia. “O advogado sai de uma universidade e vai encarar o exame da Or-dem. Eu acho que a OAB tem que entrar no ensino, cobrar e fazer parcerias, como iz na minha época.

Eu dava palpites nas gra-des, nas matérias, fazia mutirão e palestras nas fa-culdades. Fazia, ao mesmo tempo, um exame de ordem avaliatório e não terroris-mo. A Escola Superior de Advocacia [ESA] existe na capital para preparar para o exame da Ordem, ela tem que atuar como eu fazia, realizando maratona jurí-dica, por exemplo na Bai-xada Fluminense. Eu esco-lhia determinada região e durante uma semana, fazia palestras para advogados que ali atuavam. Então, a ESA tem que abrir seu le-que para capacitar também o advogado que está fora da capital, é a capacitação cultural também, de ética e comportamento. Tem que chamar o juiz para discu-tir junto as novidades vir-tuais, a modernidade. O jovem advogado, que ain-da está meio frágil, a ad-vogada que é mãe e icou cinco anos afastada e quer se reciclar, o advogado que está querendo estudar uma especialidade. O seu papel passa por aí”, concluiu.

Erbs Jr

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8 ►20 a 26 de Novembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Petrobras bate recorde

de entrega de gás naturalA Petrobras informou

sexta-feira (16) ter alcançado recorde em ou-tubro, pelo segundo mês consecutivo, na entrega anual, mensal e diária de gás natural ao mercado brasileiro. No mês passa-do, a petrolífera entregou 45,1 milhões de metros cúbicos do produto por dia. No dia 11 de outubro, a empresa disponibilizou ao mercado 49,6 milhões de metros cúbicos, alcan-çando um recorde históri-co diário na vazão. De ja-neiro a outubro, a entrega média diária foi 42,2 milhões de metros cúbi-cos – aumento de 14% em comparação à média diária dos primeiros dez meses de 2011, com 37 milhões de metros cúbi-cos por dia.

Em nota, a empresa atribuiu o resultado posi-tivo a “uma série de in-vestimentos” em projetos de produção de gás natu-ral do Plano de Antecipa-ção da Produção de Gás (Plangás). “Desde 2008, vários novos campos co-meçaram a produzir, no âmbito do Plangás, com destaque para os campos

de gás não associado de Canapu e Camarupim, no Espírito Santo; e de Me-xilhão, Uruguá e Tam-baú, na Bacia de Santos. O início das operações da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba e do Gasoduto Caragua-tatuba-Taubaté, no esta-do de São Paulo, também contribuiu para este re-sultado”, diz a nota.

A estatal ainda desta-cou, como fator que con-

tribuiu para alcançar o recorde, o incremento da entrega de gás para a ge-ração de energia nas usi-nas termoelétricas da Re-gião Norte; a elevação da produção do Campo de Lula, produzindo gás as-sociado de reservatórios do pré-sal na Bacia de Santos; e o êxito do Pro-grama de Otimização do Aproveitamento de Gás Natural (Poag 2015), que tem permitido melhora

Banco de Imagens

do desempenho das uni-dades operacionais das regiões Sul e Sudeste.

Implantado a partir de 2010 para elevar o apro-veitamento de gás na ex-ploração e produção, o Poag 2015 possibilitou à Petrobras aproveitamen-to de 91,5% do gás asso-ciado ao petróleo, até ou-tubro de 2012. O valor é superior ao recorde anual de aproveitamento de gás de 2011, que foi 89,2%.

Caixa diz que abertura de

novas contas compensou

redução de juros

A estratégia de redu-zir juros impulsionou

os resultados da Caixa, segundo avaliação dos vice-presidentes de Finan-ças, Márcio Percival Al-ves Pinto, e de Controle e Risco, Raphael Rezende Neto. Para eles, a redução das taxas, a partir de abril deste ano, foi compensada pelo aumento do número de clientes e de operações de crédito. “Ao mesmo tempo em que reduzimos taxas, aumentamos a base de clientes”, argumentou Percival. Os dados divul-gados nesta segunda-feira (19) pela Caixa mostram o lucro líquido de R$ 4,197 bilhões do banco, de janei-ro a setembro. Em relação a igual período de 2011, o crescimento foi 17,7%, o maior lucro apurado em nove meses iniciais de ano.

Desde abril, com o Pro-grama Caixa Melhor Cré-dito, estratégia de redução de juros, a Caixa recebeu, em média, 7,6 mil novos clientes por mês por meio da portabilidade de crédito, gerando R$ 80,3 milhões em novos empréstimos. A média mensal de abertura de contas correntes de pes-soas físicas passou de 205 mil no primeiro trimestre para 251 mil após o lança-mento do programa, cres-cimento de 22,2%. Para pessoas jurídicas, a média de contas correntes abertas passou de 27 mil para 40 mil, aumento de 43,4%.

A instituição inanceira informou também que au-mentou a participação no mercado de crédito para 14,5%, aumento de 2,7 pontos percentuais em 12 meses.