edição nº 08 (dezembro/2009)

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JORNAL POPULAR DO BRASIL | 8ª EDIÇÃO | ANO 1 | DEZEMBRO DE 2009 | R$0,50 A notícia que faz a diferença Ganhadora do “Miss Baixada 2009” é de Seropédica PÁGINA 11 Unidade só P ara Adultos Caxias quer Polícia Pacificadora PÁGINAS 8 e 9 PÁGINAS 6 e 7 PÁGINA 10 PÁGINA 10 PÁGINA 12 CALOTE Mc DONALD’S Rio Pax dá “cano” em clientes da Afeto Mau cheiro incomoda clientes em Caxias Nenhuma das UPAs da Baixada possui pediatra ALBERTO ELLOBO ALBERTO ELLOBO Revitalização do Centro de Caxias já começou n A revitalização do Cen- tro de Caxias já foi inau- gurada em sua primeira etapa. Após dois meses de obras, dezenas de palmei- ras imperiais e um cha- fariz dão uma nova apa- rência à região comercial da cidade. Apesar da bela paisagem, muitos morado- res criticam o investimen- to feito pela prefeitura. n Durante a confra- ternização do Conse- lho Comunitário de Segurança Pública, o vereador e presidente da Câmara, Mazinho, aproveitou para rei- vindicar uma Unidade de Policia Pacificado- ra para o município. n Apesar de contar com quatro unidades, o projeto Unidade de Pronto-Aten- dimento 24 Horas (UPA) apresenta problemas que vêm causando insatisfação em muitos moradores da re- gião. O maior deles, consta- tado pelo Jornal Popular, é a falta de médicos para as crianças, como Brayan, de dez meses (no colo do pai Edivan Vieira). Não há pediatra em Nova Iguaçu, Belford Roxo e Duque de Caxias. A demorada espera pela consulta também tem sido outro motivo de in- dignação e muitas pessoas acabam desistindo. n O Centro Tecnoló- gico de Educação Pro- fissionalizante (Cetep) também funciona agora em Japeri. Uma unidade do projeto, ligado à Fa- etec, foi inaugurada no município pelo gover- nador Sérgio Cabral, no mês de dezembro. Nes- se início, são oferecidas 790 vagas para vários cursos gratuitos. Japeri ganha núcleo do CETEP PÁGINA 3

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Jornal Popular do Brasil - Edição nº 08 (DEZEMBRO/2009)

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Page 1: Edição nº 08 (DEZEMBRO/2009)

DEZEMBRO/2009 | 1

JORNAL POPULAR DO BRASIL | 8ª EDIÇÃO | ANO 1 | DEZEMBRO DE 2009 | R$0,50

A notícia

que faz a

diferença

Ganhadora do “Miss Baixada2009” é deSeropédicaPÁGINA 11

Unidade só Para Adultos

Caxias quer Polícia

Pacificadora

PÁGINAS 8 e 9

PÁGINAS 6 e 7

PÁGINA 10

PÁGINA 10

PÁGINA 12

CALOTE

Mc DONALD’s

Rio Pax dá “cano” em clientes da

Afeto

Mau cheiro incomoda

clientes em Caxias

Nenhuma das UPAs da Baixada possui pediatra

ALBERTO ELLOBO

ALBE

RTO

ELLO

BO

Revitalização do Centro de Caxias já começoun A revitalização do Cen-tro de Caxias já foi inau-gurada em sua primeira etapa. Após dois meses de obras, dezenas de palmei-ras imperiais e um cha-fariz dão uma nova apa-rência à região comercial da cidade. Apesar da bela paisagem, muitos morado-res criticam o investimen-to feito pela prefeitura.

n Durante a confra-ternização do Conse-lho Comunitário de Segurança Pública, o vereador e presidente da Câmara, Mazinho, aproveitou para rei-vindicar uma Unidade de Policia Pacificado-ra para o município.

n Apesar de contar com quatro unidades, o projeto Unidade de Pronto-Aten-dimento 24 Horas (UPA) apresenta problemas que vêm causando insatisfação em muitos moradores da re-gião. O maior deles, consta-tado pelo Jornal Popular, é a falta de médicos para as crianças, como Brayan, de dez meses (no colo do pai Edivan Vieira). Não há pediatra em Nova Iguaçu, Belford Roxo e Duque de Caxias. A demorada espera pela consulta também tem sido outro motivo de in-dignação e muitas pessoas acabam desistindo.

n O Centro Tecnoló-gico de Educação Pro-fissionalizante (Cetep) também funciona agora em Japeri. Uma unidade do projeto, ligado à Fa-etec, foi inaugurada no município pelo gover-nador Sérgio Cabral, no mês de dezembro. Nes-se início, são oferecidas 790 vagas para vários cursos gratuitos.

Japeri ganha núcleo do

CETEP

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n O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), estará na Câma-ra de Vereadores de Duque de Caxias na segunda-feira (21/12), às 10 horas, para as-sinar o convênio de integra-ção do Vale Social. A cidade será a primeira do Estado a ter o Vale Social Integrado. Antes, ele somente de âmbi-to estadual. Com a parceria municipal diminuirá o tem-po de elaboração dos vales, uma vez que os funcionários do município serão treina-dos para acelerar o proces-so. A vitória é fruto de uma luta iniciada na Câmara de

Vereadores, em setembro, e beneficiará diretamente pelo menos 30 mil pessoas.

Colunas e artigos assinados, de responsabilidade de seus autores, não representam necessariamente

a opinião do jornal.

O Jornal Popular, de publicação mensal, circula em municípios da

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PUBLiCiTÁRiO RESPONSÁvEL:Alexandre Freire

Contatos: 21 7877-8873

iMPRESSÃO:Areté Editorial S/A

Do Brasil

Eleições no PT podem ser anuladas

ALBE

RTO

ELLO

BO

Estado e Prefeitura promovem parcerias pela qualificação profissional

inaugurado CETEP em JaperiALBERTO ELLOBO

Cabral assina convênioem Duque de Caxias

n Um golpe bem elabo-rado está aterrorizando motoristas que trafegam pelas rodovias do esta-do do Rio de Janeiro. Uma quadrilha muito bem organizada, que se divide em dois - ou até em três carros - esco-lhem suas vítimas nos postos de pedágio e en-tão passam a segui-las, discretamente.

Num determinado momento do percurso um dos carros do grupo criminoso emparelha o veículo com o da víti-ma escolhida, sinaliza algo como se houvesse algum problema no car-ro, depois acelera e vai embora. O motorista, acreditando ser alguém bem intencionado, para e verifica seu veículo. Nesse momento, outro carro - que vinha se-guindo a vítima sem ser notado, também para e seus ocupantes anun-ciam o assalto.

A Polícia Rodoviária Federal informa que trata-se de uma qua-drilha bem articulada, que conhece m u i -t o bem as estradas da região onde atua, por isso tem sido di-fícil pegá-los. Esse grupo de criminosos já vêm agindo há um certo tempo, segundo a PRF, que aconselha aos motoristas, caso isso aconteça, a não pararem em hipótese alguma antes de chegar em algum posto, restau-rante ou pedágio.

Golpe assusta quem viaja

nas estradas do Rio

n Japeri recebeu no dia 15/12 mais uma visita do governador Sérgio Cabral. Desta vez para a inauguração do Centro de Educação Tecnológica e Pro-fissionalizante (Cetep), uma nova unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Fae-tec) que oferece gratuitamente 790 vagas em vários cursos. O prefeito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, aproveitou a oportunidade para ressaltar as inúmeras melhorias que a cidade vem recebendo do go-verno do Estado como amplia-ção da rede de abastecimento de água, estação de tratamento de esgoto do bairro Belo Ho-

rizonte, onde fica o complexo prisional, e obras de drena-gem, saneamento e pavimen-tação de 17 ruas, incluindo a Estrada Ari Schiavo.

“Conseguimos firmar vários convênios como o do Padem, que prevê R$ 5 milhões para obras do projeto Bairro Bele-za, no Alecrim. Teremos mais R$ 3 milhões para obras no Santa Amélia. Cabral também conseguiu travar a construção de mais três presídios em Ja-peri, sem falar na construção do viaduto de Engenheiro Pe-dreira e de uma UPA 24h no município”, enumerou Timor, ressaltando também a preocu-

pação do governo do Estado em investir na educação e na formação técnica profissional.

Entre os cursos oferecidos pelo Cetep estão Informática (240), Montagem e Manutenção de Micro (120), Telemarketing (48), Bombeiro Hidráulico (40), Eletricista Predial (30), Inglês (132), Espanhol (132), Cabelei-reiro (24) e Manicure e Pedicure (24).

Durante a inauguração Ca-bral anunciou que o Gover-no do Estado vai implantar, a partir de fevereiro em 2010, o bilhete único no transporte intermunicipal, inicialmen-te, na Região Metropolitana.

No momento, os técnicos da Secretaria de Transportes es-tudam com os operadores de transporte coletivo os detalhes técnicos do projeto, que deve ficar pronto até o fim deste mês. Cabral informou que o valor ainda não está definido, mas garantiu que o Estado vai subsidiar parte dos custos. Se-gundo ele, o subsídio público é comum em todo mundo quan-do há a implantação do bilhete único nos transportes.

“Será um ganho extraordi-nário. Uma verdadeira carta de alforria para a população da Região Metropolitana”, enfati-zou o governador.

n As matrículas começam a ser realizadas na primei-ra semana de fevereiro. As aulas do novo Cetep serão iniciadas no dia 22 de feve-reiro. A unidade disponibi-lizará 2.378 oportunidades anualmente.

Como se inscrever

n INGlêS, ESPANHOl E INFORMáTICA - 6º ano do Ensino Fundamental e idade mí-nima de 12 anos. TElEMARkETING - Ensino Fundamental concluído e idade mínima de 16 anos. ElETRICISTA PREDIAl E BOMBEIRO HIDRáUlICO - 5º ano do Ensino Fundamental e 18 anos. MONTAGEM E MANUTENçãO DE MICROS - 8º ano do En-sino Fundamental e os módulos I e II do curso de Informática. É preciso ter idade mínima de 16 anos. CABElEIREIRO - 6º ano do Ensino Fundamental e 18 anos. MANICURE E PEDICURE - 6º ano do Ensino Fundamental e 16 anos.

Requisitos para os cursos disponíveis

n O colégio estadual Bair-ro Jardim América, loca-lizado em Belford Roxo, mudará de nome. Dentro de alguns dias, ele passará a chamar-se Colégio Estadu-al Professora Alda Regina Viana de Souza, em aten-dimento ao que determina o projeto de lei 1.418/08, cujo veto foi derrubado pela Assembleia legislati-va do Rio. O tributo, idea-lizado pela deputada Sula do Carmo (PMDB), será transformado em lei em al-guns dias, quando for pro-mulgado o teor do projeto avalizado pelo legislativo. De acordo com a autora, a alteração homenageia uma professora que trabalhou no local por 20 anos até sua morte, em 2006.

Colégio em B. Roxo mudará de nome

Queimados, B. Roxo e Caxias ganharãonovos pólos para o Pré-Vestibular-Socialn A Baixada Fluminense vai ganhar mais três polos para o curso Pré-Vestibular-Social (PVS). Ele é direcionado aos interessados que já conclu-íram ou que estão frequen-tando o último ano do Ensino Médio ou equivalente e que desejam realizar as provas de acesso às universidades, mas que não têm condições de arcar com os custos dos cursos preparatórios parti-culares. O Pré-Vestibular é totalmente gratuito e não tem limite de idade.

As inscrições serão realiza-das apenas pela internet até o

dia 02/03/10, através do site www.pvs.cederj.edu.br/alu-nos. Os novos pólos na Bai-xada serão em Queimados, na E. M. Prof. leopoldo Macha-do, em Beford Roxo, no C. E. Pres. kennedy e em Duque de Caxias, no C. E. Círculo Ope-rário. O PVS também tem ou-tras unidades em Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Magé e Itaguaí.

O Pré-Vestibular-Social é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janei-ro, através de sua Secretaria de Ciência e Tecnologia e da Fundação CECIERJ.

n O livro Nossa Gente, ide-alizado pela Prefeitura de Mes-quita, através da Coordenadoria de Gestão Participativa e escrito pela jornalista Bianca Vitória, guarda o relato de 26 moradores do município. Ele também traz elogios deixados pelo jornalis-ta Maurício kubrusly, que na televisão mostra histórias inte-ressantes de pessoas anônimas, conhecidas em suas viagens pelo Brasil.

Os livros serão distribuídos para escolas e bibliotecas pú-blicas, onde ficarão disponíveis para leitura. Quem tiver interes-se de adquirir um exemplar po-derá procurar a Coordenadoria de Gestão Participativa na pre-feitura. O livro custa R$ 10,00. A renda obtida será destinada para o Fundo Municipal de As-sistência Social – FMAS (Ban-co do Brasil, conta corrente no 17165-4, agência 4689-2).

Mesquita lança livro com história da população

Biblioteca é reaberta com novo acervo e arquivo digitalizado

n Após passar por moderni-zações e reformas estruturais, a Biblioteca Municipal Cial Brito, que funciona no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, foi reaberta ao público. Além dos novos computadores, mil livros atualizados e mobiliário, doa-dos pelo Ministério da Cultura, poderão ser utilizados gratui-tamente pelos usuários cadas-trados. Outra novidade que promete transformar o local em espaço de convivência é a sala de Diversidade Étnica, do pro-grama Mais Cultura.

A Biblioteca Municipal Cial

Brito foi inaugurada em 1976 e reúne hoje o maior acervo de livros da Baixada. Ao todo, são 45 mil exemplares que atendem a moradores de diversos mu-nicípios, entre eles Paracambi, Nilópolis e São João de Meriti. Para fazer empréstimos na Cial Brito basta levar comprovante de residência, identidade e uma foto 3X4 e fazer o cadastro de usuário. A biblioteca funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h, na Rua Getúlio Vargas 51, no Centro de Nova Iguaçu. Mais informações pelo telefone 2667-2631.

n A Justiça de Duque de Ca-xias poderá suspender as elei-ções para o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) no município, por falta de prestação de contas. O pedido foi feito pela advogada Célia Cristina Diniz da Silva no dia 24 de novembro, em nome do filiado Edson de Sá Nunes. A ação foi distribuída à 4ª Vara Cível da Comarca. O pedido de anulação tem como base a de-núncia feita no Ministério Pú-

blico no dia 13 de outubro, no processo n° 250710, de que não há prestação de contas desde 1998. Por isso, os nomes dos ti-tulares das chapas concorrentes são contestados. A ação, além das contas não aprovadas, de-nuncia ainda a existência de “in-dícios de Caixa 2” no Partido. A eleição aconteceu no último dia 22, quando foi reeleito Manoel Ramos da Silva, o Black, com 829 votos dos 1.613 filiados que compareceram.

Cabral, Alexandre Cardoso, Timor e o vereador Kerly Gustavo nas dependências do Centro Profissionalizante

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n A cidade de Duque de Caxias está, agora, bem enfeitada com palmeiras e linda. Pena que, enquanto isso, muitas crianças da es-colinha de futsal e de outras modalidades esportivas são obrigadas a treinar, na Vila Olímpica, com a camisa pelo avesso, por causa da falta de uniforme novo. E, em muitas escolas da rede pública municipal, o uni-forme dos alunos também não foi entregue. – Cássia Alcântara, 25 de Agosto, Duque de Caxias.

PAPO DO CAFEZINHOCom Alberto Marques

[email protected]

Arte: Alberto Ellobo (9320-1379)

Esta coluna, em sua maioria, é um resumo mensal do conteúdo postado no Blog Alberto Marques.Estes e outros artigos podem ser acompanhados diariamente, acessando o link http://albertomarques.blogspot.com

BRONCA POPULARBRONCA POPULARMande sua “bronca” para nossa redação: [email protected]

n Como 2010 é um ano eleitoral, o prefeito Zito tratou de reforçar a verba da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Duque de Caxias, utilizada basicamen-te na montagem de showmícios realizados durante as inaugurações e na publicação de matérias pagas em grandes jornais, revistas e até em emissoras de rádio e TV do Rio. Então, por que os jornais da Baixada só recebem uns trocados para não atrapalharem o governo com cobranças do tipo “o povo quer saber”.

No orçamento para o próximo ano, aprovado no últi-mo dia 15 pela Câmara, sem qualquer emenda dos ze-losos edis, com previsão de receita de R$ 1,598 bilhão de reais, a Assessoria de Comunicação foi aquinhoada

com nada menos do que R$ 8,95 milhões. Para efeito de avaliação sobre os critérios do governo para fixar as suas despesas, o Sepe/Caxias calculou que, se o prefei-to cumprisse o acordo firmado em setembro – de dar mais 1% no salário dos professores municipais, que só receberam 5% de reajuste em maio –, a despesa com o magistério aumentaria cerca de R$ 5 milhões por ano. Isto é, a prefeitura gastaria algo em torno de 55,75% da verba que foi destinada à propaganda das obras que o governo ainda não fez, nem irá fazer, por absoluta ineficiência do atual secretariado. Mas, se todas elas fossem feitas, alavancariam a campanha eleitoral do time do prefeito Zito.

MAiS EDUCACÃO OU MAiS PROPAGANDA?

n No final de 2008, os funcionários da Câmara de Caxias viveram mo-mentos de grande frustração ao se-rem informados pelo diretor Sérgio locatel de que não havia dinheiro para o pagamento do 13º salário. E a pergunta que todos hoje fazem é: o 13º salário será pago antes do Natal?Mazinho demonstrou que é rápido no gatilho. Na festa de confraternização do Conselho Comunitário de Seguran-

ça Pública, anunciou que a Câmara iria propor ao Governo do Estado a insta-lação de UPPs – Unidades de Polícia Pacificadora – em Duque de Caxias.

Por razões óbvias, os locais es-colhidos para as duas primeiras não poderiam deixar de ser as favelas da Mangueirinha, no Centenário, e do lixão, no centro do município e a cerca de um quilômetro da sede do legislativo.

n A festa do Conselho Comunitário de Segurança Pública foi um festival de rasgação de seda, mas alguns dos no-mes escolhidos para receber o diploma de “Destaque de 2009” pela colabora-ção com as atividades da entidade são mais do que merecidos.

Estão nesse rol dos grandes destaques o empresário Ronaldo de lima, ex-vene-rável da loja 18 (Praça da Maçonaria) e presidente da ONG Viva a Vida, a senho-ra Eunice Matino, presidente do lion’s Club de Duque de Caxias, e o vice-presi-dente do Conselho, Osmar de Paiva.

Outro destaque foi a intervenção de Osmar de Paiva, que reclamou da transformação do comando do 15º Batalhão (D. Caxias) numa “passarela para o desfile de oficiais que perderam outros comandos”, através de um in-tenso troca-troca. Seria uma espécie de prêmio de consolação e uma falta de respeito aos oficiais designados para o comando do 15º Batalhão da PM.

O tenente-coronel Sérgio luiz Mendes Afonso, sentado ao seu lado, diplomaticamente não contestou os números da violência em Duque de Caxias, mas revelou que, recentemen-te, com apoio do pessoal do BOPE e o auxílio de dois caminhões da Prefeitu-ra, conseguira retirar quatro toneladas de material que serviam de barreira à entrada não só da Polícia, mas também de ambulâncias e de carros do Corpo

de Bombeiros na Favela da Manguei-rinha, no Centenário.

Aproveitando o tema, o cel. Afonso avisou que este fora apenas o primeiro passo para o projeto de sufocamento dos traficantes, que fugiram do Rio para se esconderem em comunidades carentes da Baixada, como Favela do lixão, no Centro de Caxias, e as favelas Santa lú-cia e Getúlio Brasil, em Imbariê.

Em meio à discussão sobre a pobre-za franciscana da nossa Polícia, o cel. Afonso confirmou que o contingente do 15º BPM equivale hoje a um terço do que havia há 10 anos.

Para demonstrar o descaso de su-cessivos governos com a Segurança Pública, estudos da Secretaria de Segu-rança Pública do antigo Estado do Rio (antes da fusão GB-RJ) projetavam um contingente de 1,6 mil homens no en-tão 6º Batalhão da PM. Hoje, o total de homens naquela unidade não chega a 600, isto é, cerca de 10,43 homens para cada dez mil habitantes da cidade.

Se o comando da PM chamar de volta aos quartéis os policiais, inclu-sive graduados, que estão à disposição de prefeituras e câmaras de vereadores, atuando como seguranças pessoais das autoridades, o policiamento ostensivo, a cargo da PM, seria muito mais visível e eficiente. O governador terá coragem de determinar a volta desses policiais em um ano de eleição?

n Teve grande e negativa reper-cussão o escandaloso comporta-mento de uma assessora de Sérgio Cabral (Ana Paula - foto), que mandou os seguranças retirarem do palanque o fotógrafo George Fant, que faz parte da Assessoria de Comunicação da prefeitura.

Comunicada do ocorrido, a Associação Brasileira de Jor-nalistas (ABJ) informou que estaria em recesso até o dia 5 de janeiro, quando só então responderia sobre a denúncia feita pelos jornalistas da Bai-xada Fluminense.

Por mera coincidência, a visita do governador era para inaugurar, pela segunda vez em menos de um mês, o pro-jeto “Baixada Digital”, coman-dado pelo deputado federal licenciado e secretário de Ci-ência e Tecnologia do Estado, Alexandre Cardoso, que, re-centemente, declarou que não existe Imprensa na Baixada.

Ditadura voltou

Falta de uniformes

Crianças sem lazer

Desrespeito aos pedestres

n Até hoje, as crianças do bairro Marapicu es-tão sem área de lazer. A prefeitura prometeu construir uma praça com brinquedos e um cam-po de futebol, em frente ao Conjunto Habitacional Dom Bosco, e começou a fazer a obra. Mas, há mui-to tempo, ela está parada. Colocaram uns tapumes e não passou disso. É la-mentável. – Ana Cláudia de Oliveira Luiz, Mara-picu, Nova Iguaçu.

n Andar ou aguardar ônibus no Centro de Caxias em dias de chuva virou um grande desafio para nós, pedestres. Um exem-plo disso é a Avenida Doutor Manoel Teles, onde se formam grandes poças de água. O comércio é obrigado a colocar cones para evitar que seus estabelecimentos sejam “banhados” pela água suja jogada pelos ônibus que fazem ponto no local. Fica aqui a pergunta: por que o “choque de ordem” da prefeitura é cega diante desse problema, que acontece também na Ave-nida Presidente kennedy e em outros pontos da cidade? – Laurindo Aguiar, Bar dos Cavaleiros, Duque de Caxias

n BRONCAS DE MESQUiTA

n Um enorme buraco na calçada da Avenida Getúlio de Moura, em frente à empresa de ônibus Nossa Senhora da Penha, é um perigo para os pedestres. Por desconhece-rem o problema, muitas pessoas já caíram ali, principalmente à noite, indo parar num valão. Também é comum ônibus passarem bem perto de algum pedestre e ele acabar caindo. – Manoel Pereira da Silva, Vila Emil.

n Muitos moradores e comerciantes da Avenida Coelho da Rocha, em Mesquita, reclamam da falta de educação da população que joga lixo no terreno baldio ao lado da Igreja Nova Vida. Membros da igreja pintaram o muro com a intenção de dar uma melhor aparência ao terreno, mas, pouco tempo depois, jogaram um sofá velho fora e atearam fogo, deixando o muro manchado. Pedimos que a população tenha um pouco mais de educação.- Josilene Costa Santana, Rocha Sobrinho.

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n Quem procura a UPA do Par-que lafaiete, em Caxias, logo é avisado que o tempo de espera pode chegar a mais de cinco horas. Essa demora excessiva tem sido motivo de insatisfação e revolta de muitas pessoas que procuram a unidade em busca de atendimento. No dia em que esteve no local, nossa reporta-gem constatou que a situação era bastante complicada. Vá-rios pacientes, alguns inclusive com fortes dores, esperavam pela consulta há muito tempo. O curioso é que a própria UPA informa, através de um quadro, que o tempo máximo de espera é de quatro horas.

Segundo a Secretaria Estadu-al de Saúde, o tempo de espera varia muito de unidade para uni-dade, dependendo de dia e hora. De acordo com o projeto, se for um caso grave, o paciente en-trará direto na “sala vermelha”, onde receberá o atendimento necessário até que seu quadro clínico seja estabilizado e ele

possa ser removido para um hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel

de Urgência (SAMU). Todos os demais pacientes deverão se dirigir à recepção da UPA 24

horas, onde serão atendidos não por ordem de chegada, e sim conforme a gravidade do caso.

Unidades da região só tem atendimento pediátrico em extrema emergência Muitas queixas na UPA do Parque Lafaiete (Duque de Caxias)

Criança não tem vez nas UPAs da Baixada Demora no atendimento revolta populaçãoFOTOS: ALBERTO ELLOBO FOTOS: ALBERTO ELLOBO

n “Aqui, o tratamen-to para o adulto é muito bom, mas para as crianças não. A região está precisan-do de pediatra. Essa situação é péssima... horrível, temos que ir para um lugar lon-ge e pagar mais pas-sagem. Tenho um filho de nove anos, um de cinco e um de quatro anos. Já vim várias vezes pro-curar pediatra, mas desisti. Não venho mais aqui para isso. É um desgaste. Já o atendimento dentá-rio é muito bom.” – Elisabeth Souza do Nascimento.

“Temos que ir para

longe e pagar mais passagem”

“Foi uma obra eleitoreira. Passou as eleições e ficou o caos”n “Dei entrada há meia hora com pressão alta e me avisaram que eu poderia esperar de duas a cinco horas para ser atendida, por causa do número de pacientes. O atendimento está péssimo. Estou passando por isso há três semanas. Venho aqui e nunca consigo ser atendida. Cheguei às 18h e encontrei pessoas que estavam há mais de três horas aguardando o atendimento. Só tem um clínico geral para atender todo mundo. Sempre encon-tro a UPA muito cheia e acabo indo embora. Fico indignada com vejo em qualquer propaganda que o Governo do Estado criou a UPA para desafogar os hospitais. O projeto é um fra-casso. Quando inauguraram, o atendimento era ótimo. Havia clínicos gerais, pediatras e dentistas. Mas agora não tem mais pediatra. Foi uma obra eleitoreira. Passou a eleição e ficou um caos.” – Joyce Silva de Souza, promotora de vendas e moradora do Parque Araruama.

n “Parece que os profissionais daqui são principiantes. Eles não têm a noção do risco de cada paciente. Aqui, é necessário um médico experiente para observar isso.” – Luiz Carlos Trin-dade de Souza, motorista e pai da Joyce.

n“Trouxe minha mãe (Carmen dos Santos Pessoa, de 75 anos), que está com diarréia e vô-mito. Mas me arre-pendi de ter vindo aqui. Já reclamei da demora no aten-dimento (ela havia chegado às 17h20m e esperava há uma hora) e informaram que só tem dois mé-dicos atendendo.” – Vilma dos San-tos, moradora do Jardim Metrópole.

n “Minha esposa (Maria de Souza, 77 anos) está com problemas de intes-tino e chegou aqui há mais de uma hora. O atendi-mento está péssimo porque tem poucos médicos. Esse hos-pital é do estado, mas parece que é municipal. Há duas semanas, passei mal e fiquei quase três horas aqui. Às vezes, falta medica-mento e temos que ir buscar em outro hospital.” – Carlos de Souza, 80 anos, aposentado e mo-rador do Centro de Duque de Caxias.

n As Unidades de Pronto-Atendimento 24 Horas (UPAs) foram criadas em maio de 2007 no Estado do Rio, com o principal objetivo de desa-fogar os setores de emergên-cia dos hospitais públicos, oferecendo atendimento nas especialidades de clínica ge-ral, pediatria, odontologia e ortopedia. Cerca de dois anos e meio após seu lançamento, o projeto já apresenta pro-blemas, como acontece na Baixada Fluminense, onde faltam médicos e a espera por uma consulta chega a demorar horas.

Ao percorrer as quatro UPAs 24 Horas da região – de Cabuçu, em Nova Iguaçu, do Jardim Bom Pastor, em Bel-ford Roxo, e dos bairros Sara-puí e Parque lafaiete, em Du-que de Caxias –, nossa equipe de reportagem constatou que havia apenas clínicos gerais e dentistas. Faltavam pedia-tras e ortopedistas e, por outro lado, sobravam reclamações, principalmente em relação à pediatria. Na unidade do Sa-rapuí, encontramos o pequeno Brayan, de apenas dez me-ses, no colo do pai, o moto-rista Edivan Vieira Bezerra. Com sintomas de resfriado, o bebê aguardava cerca de uma hora para ser consultado pelo clínico geral:

“Estamos decepcionados porque ficamos sabendo que aqui não tem pediatra. Deviam avisar. Só o adulto pode ser atendido, a criança é exceção. Tem que ter aten-dimento para todos. Se cabe ao Governo do Estado, é problema deles. Não adian-

ta a UPA se não tem aten-dimento para as crianças. É uma falha gravíssima. Um absurdo!” – desabafou Edi-van, indignado com a situ-ação, a exemplo de outras pessoas ouvidas nas demais unidades da Baixada.

O coordenador do projeto UPA 24 Horas, Ricardo Bru-no, reconheceu a carência de

pediatras e informou que o Governo do Estado está se empenhando para contratar profissionais, para reforçar o quadro de pediatras das 22 unidades da rede. Segundo informações da Secretaria Es-tadual de Saúde, o reforço no número de pediatras poderá ser solucionado com a contra-tação de médicos aprovados

nos dois últimos concursos públicos. Além disso, o Esta-do vem buscando auxílio jun-to a entidades da classe e está oferecendo uma gratificação diferenciada para aqueles que queiram trabalhar nos finais de semana. Mas, até o momento, de acordo com a secretaria, não foi possível a aquisição de novos profissionais.

n O presidente luiz Inácio lula da Silva considera as Unidades de Pronto-Atendi-mento 24 Horas (UPAs) um projeto de sucesso. Em 2010, o Ministério da Saúde preten-de construir em todo o Brasil 500 UPAs, seguindo o modelo do Estado do Rio. Para a mi-nistra interina da Saúde, Már-cia Bassit, o País só tem a ga-nhar com a cópia do projeto.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, até o fim de 2010, o nú-mero de Unidades de Pronto-Atendimento 24 Horas vai ser bem maior. Nos próximos anos, o Estado do Rio terá outras 65 unidades, sendo 46 resultantes da parceria entre o governo estadual e o Minis-tério da Saúde e outras 19 de uma parceria do estado com a

prefeitura do Rio. Para cons-trução e manutenção dessas UPAs, a previsão anunciada é de R$ 223,1 milhões. Dessas novas expansões, nove serão na Baixada Fluminense e es-tão previstas para serem inauguradas nos municí-pios de Japeri, Queimados, Mesquita, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópo-lis, Magé e Itaguaí.

Lula considera UPAs modelo de sucesso

Anne [email protected]

Glauco [email protected]

Patrícia [email protected]

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8 | DEZEMBRO/2009 DEZEMBRO/2009 | 9

n O Centro de Duque de Ca-xias começou a ganhar um visual diferente. Palmeiras imperiais plantadas em um trecho de meio quilômetro da Avenida Presidente kenne-dy, iluminação artística e um chafariz construído na parte baixa do Viaduto Paulo lins dão, agora, um charme e uma valorização maior à região. A novidade corresponde à pri-meira etapa da obra de revi-talização do Centro, inaugu-rada na sexta-feira (18/11).

Destaque da fase inicial do projeto, um conjunto de 59 palmeiras foi colocado entre uma das entradas da cidade, na divisa com Vigário Geral, subúrbio do Rio, e as ime-diações da Praça do Pacifica-dor – onde fica o Centro Cul-tural Oscar Niemeyer. Com aproximadamente 12 metros, as árvores, cuja espécie é en-contrada em poucos lugares - como o Palácio Guanabara, o Jardim Botânico e a Quinta da Boa Vista -, representam uma paisagem nunca vista no

município e serão fundamen-tais para uma melhor arbori-zação do ambiente.

Investimento de R$ 49 mi-lhões, segundo a prefeitura, a revitalização, iniciada em se-tembro, terá outras etapas. De acordo com a Sanerio Enge-nharia ltda., responsável por toda execução da obra, a par-

tir de janeiro serão feitas as outras intervenções que fa-zem parte do projeto. Os cal-çadões da Praça do Relógio, da Rua José de Alvarenga e da Avenida Nilo Peçanha vão ganhar blocos intertravados, em substituição às pedras portuguesas, módulos com coberturas metálicas e siste-

ma de climatização, câmeras de segurança, quiosques, no-vos bancos, nova iluminação e arborização.

Além disso, as redes aé-reas de fios elétricos e ca-bos telefônicos passarão a ser subterrâneas e será feita uma expansão do sistema de drenagem. Novas gale-

rias de águas pluviais serão construídas entre a Presi-dente kennedy e a Avenida Nilo Peçanha, com o obje-tivo de pôr fim às inunda-ções causadas pelas fortes chuvas. A previsão é de que toda a revitalização do Cen-tro de Caxias esteja concluí-da em um total de 18 meses.

Obras de revitalização dão novo visual às ruas do Centro de Duque de Caxias

Cara nova para as festas de fim de anoFOTOS: ALBERTO ELLOBO

Estátua de Zumbi dará lugar a chafarizn Um dos responsáveis pela execução do projeto, o en-genheiro Gabriel Brito in-formou que a Praça do Reló-gio ganhará um monumento de aço que vai simbolizar a “árvore da fé”. Enquanto isso, no calçadão da Nilo Peçanha, que fica em frente, o local onde se encontra o tradicional monumento em

homenagem ao líder negro Zumbi dos Palmares será ocupado por um chafariz.

Gestora da obra, a enge-nheira Raquel Rojo afir-mou que, com a revitaliza-ção, o prefeito José Camilo Zito pretende levar moder-nidade e dar à região onde os investimentos estão sen-do feitos uma nova identi-

dade: “Com as obras, vai melhorar o aspecto visual do Centro e a população terá mais conforto.” – ga-rantiu Raquel. Ainda se-gundo a gestora, não está prevista no projeto qual-quer reforma das calçadas da Avenida Nilo Peçanha, nem mudanças na rede de luz e telefone da área.

População pede investimentos também para os bairros carentes

Morador do Grande Riopretende gastar mais no Natal

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n A população das cidades da Região Metropolitana vai comemorar o Natal com a tradicional troca de presentes, só que este ano ainda mais generosa. O gasto médio por consu-midor será o maior desde 2000: R$ 370,26, número 8,29% maior do que o do ano passado. É o que reve-la uma pesquisa da Feco-mércio-RJ realizada com 630 consumidores dia 7 de dezembro. Dos entrevis-tados, 74,29% pretendem presentear alguém contra os 73,63%, em 2008. A parcela de pessoas que vai dar mais de um presen-te subiu de 74,46% para 75,64%. Cada entrevista-do vai presentear, em mé-dia, 5 pessoas, uma a mais do que no ano anterior.

- O morador desses mu-nicípios viu a crise passar sem perder o emprego. Além disso, está com mais dinheiro no bolso. Mais confiante, o consumidor se

permite ser mais generoso - afirma Orlando Diniz, pre-sidente da Fecomércio-RJ. Os presentes que lideram o ranking de preferência dos consumidores são os seguintes: artigos de ves-tuário (roupa, acessórios e calçados), brinquedos e lembrancinhas. Mesmo com o grande movimento observado no comércio, os consumidores vão deixar as compras para a última hora, tendo em vista, que apenas 28,21% já com-praram os presentes. Ape-sar desse percentual ser baixo, ele é maior do que o do ano passado, o que demonstra que parte dos consumidores anteciparam suas compras.

Quanto à forma de pa-gamento, a grande maioria (77,08%) informou que vai pagar à vista. Dentre os que escolherão o parcela-mento, a preferência é por dividir a conta em cinco vezes no cartão de crédito.

ALBERTO ELOBO

Calçadões como o da José de Alvarenga (Centro de Caxias) ficam lotados nos dias que antecedem as festa de fim de ano

n Integrando pela primeira vez a urbanização de Duque de Caxias, as palmeiras imperiais provocam grande repercussão na população desde que come-çaram a ser plantadas, especial-mente no que diz respeito ao preço pago por cada árvore. Ba-seado nessa repercussão, o Jor-nal Popular foi às ruas do Cen-tro e ouviu a opinião de algumas

pessoas. A grande maioria delas criticou o investimento, apesar de considerar que, com as pal-meiras e a Praça do Chafariz, a região ficou mais bonita. Nossa reportagem também procurou saber, junto à prefeitura e à Sa-nerio Engenharia ltda., o custo detalhado da obra de revitaliza-ção, com ênfase no valor pago por cada palmeira e pelo cha-

fariz. No entanto, não conse-guimos obter essa informação. O governo municipal divulgou apenas o valor total a ser empre-gado no projeto – em torno de R$ 49 milhões – e a construtora alegou não poder passar esses dados, orientando que qualquer interessado no assunto deve en-trar em contato com a prefeitura. leia, a seguir, a opinião popular:

AFiNAL, QUANTO CUSTOU CADA PALMEiRA iMPERiAL?

n “Está bonito, mas isso não é a solução para os problemas de Caxias. As palmeiras só enfeitam e foi uma perda de tempo e de dinheiro fazer isso aí. Moro na cidade há qua-se cinqüenta anos e vejo que existem necessidades muito maiores. O trânsito daqui é um funil e vive apertado, e poderia ser construída uma rodoviária descente. A po-pulação está necessitando muito mais de investimen-tos em educação e saúde.” – Nélson Vieira de Carva-lho, morador da Paulicéia.

n “O dinheiro que foi investido nessas palmeiras poderia ser usa-do para outras coisas. Há menos de um ano, a prefeitura já tinha feito uma obra no mesmo lugar onde construiu o chafariz. Só em-belezamento não traz benefícios para a população.” – Cariane da Costa Silva, estudante do Centro de Duque de Caxias.

n “As palmeiras deixaram o Centro bonito, mas foi dinheiro desperdiçado, um investimento desnecessário. Soube que cada uma custou R$ 7 mil. Mas a prefeitura poderia deixar o lugar bo-nito com bem menos gasto. É mais necessário investir em educação, saúde, sanea-mento básico, calçamento e alimentação, por exemplo. E os bairros de Caxias que es-tão esquecidos? E as pessoas sem moradia e sem empre-go? E os moradores de rua? Na minha casa só entra água uma vez por semana. O pre-feito não vê isso? Sou contra o gasto sem necessidade.” – Washington de Oliveira, operador de máquinas, mo-rador da Vila São luiz

n “Acho essa obra desnecessá-ria. Existem coisas muito mais importantes para serem feitas. Não sabia que são palmeiras im-periais. Enquanto estão irrigando as palmeiras aqui, falta água na minha casa. Por causa das últi-mas chuvas, muitos moradores tiveram suas casas alagadas. A prefeitura deveria investir em melhorias para esses lugares, sa-neamento básico, asfaltamento, habitação, educação e saúde.” – Jaqueline da Costa, psicóloga, moradora do Gramacho.

n “As palmeiras são bonitas, mas acho que é dinheiro jogado fora. Onde eu moro não tem nada.” – Tereza Cristina Pereira, moradora do Parque Fluminense

n “Acho essa obra desnecessá-ria. Existem coisas muito mais importantes para serem feitas. Não sabia que são palmeiras imperiais. Enquanto estão irri-gando as palmeiras aqui, falta água na minha casa. Por causa das últimas chuvas, muitos mo-radores tiveram suas casas ala-gadas. A prefeitura deveria in-vestir em melhorias para esses lugares, saneamento básico, asfaltamento, habitação, edu-cação e saúde.” – Jaqueline da Costa, psicóloga, morado-ra do Gramacho.

n “É legal. Na cidade, qua-se não tem verde e acho que deveria ter mais verde. Isso é natureza e a natureza é tudo.” – Josefa Melo, dona de casa, moradora da Vila Rosário.

n “Para mim, essa obra não ser-ve, não tem utilidade nenhuma. É só para dizer que a cidade está bonita. Estão dizendo que cada palmeira custou R$ 18 mil. Mas a prefeitura tem que fazer hospi-tais, escolas e outros investimen-tos mais importantes.” – Aílson de Oliveira, servente de obras, morador do Parque lafaiete.

n “Sou da área de meio ambiente e acho que o ca-minho é esse. É necessário investir no verde, com a plantação de árvores, por exemplo. Pode-se fazer ou-tras coisas, mas sem deixar de investir no meio am-biente. O verde faz com que respiremos um ar mais puro e a palmeira vai contribuir para isso. O que adianta uma escola sem professor e um hospital sem médico? – Nilson Lopes, técnico de segurança do trabalho, mo-rador de Magé.

Palmeiras imperiais e um chafariz embelezam uma das entradas de Duque de Caxias

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n As famílias de pessoas mo-radoras de Duque de Caxias, beneficiárias do plano fune-rário Afeto, criado há alguns anos pela Funerária Duque de Caxias, que está fechada por ordem judicial, não estão con-seguindo fazer sepultamentos nos cemitérios da cidade. Eles também enfrentam outras difi-culdades para utilizar o bene-fício, como fazer o pagamento das prestações ou retirar o car-nê para pagamento. Isso por-que, com a decisão da justiça de lacrar o prédio onde a em-presa funcionava, no Centro de Duque de Caxias, no final de outubro, os beneficiários descobriram que seus planos estavam vinculados à Rio Pax Assistência Funeral, cuja sede é no Rio de Janeiro.

O direito de escolha para sepultamento, garantido pelo

contrato da Afeto, parece não valer mais. Quando a família insiste em sepultar o paren-te em Duque de Caxias, sob ameaça de contestar a empre-sa no Procon e na Justiça, aí, nesse momento, é oferecido um reembolso de, no máximo, três salários mínimos. Quem gastar mais pelo sepultamen-to, fica, portanto, com parte do prejuízo. O desrespeito da empresa carioca começa pela forma como trata os clientes que ainda procuram o plano no endereço original, na Ave-nida Duque de Caxias, n° 276. Somente quando chegam ao endereço, descobrem que a empresa não funciona mais no local. Por um cartaz feito a mão, são informados que de-vem entrar em contato com a Rio Pax, pelos telefones 2187-1100 ou 0800-6261100.

A reportagem do Jornal Popular, através de e-mail, tentou marcar uma entrevis-ta com representantes da Rio Pax para falar sobre o assun-

to. Isto, porém, não aconte-ceu, nem as perguntas enca-minhadas foram respondidas pela empresa. A funcionária Rosangela Mariano informou

que a diretoria seria consul-tada e, depois, enviaria as respostas para “o próximo exemplar”, referindo-se à edição seguinte do jornal.

n A Miss Seropédica, Adriana Marquesine (de vestido ver-melho), conquistou o título de Miss Baixada 2009. A morena, de 17 anos, venceu outras 12 concorrentes e agradou o júri formado por Roger Gobeth, Gracyanne, Andressa de Oli-veira, Jairzinho Furacão e pelo historiador Gênesis Torres. Emocionada, a nova Miss Bai-xada acredita que agradou porque não entrou na perso-nagem, preferindo se mos-trar de verdade ou, como ela prefere, “ser a mais Adriana possível”. O segundo lugar coube à Miss Magé e o ter-ceiro à representante de Bel-ford Roxo. A final do concur-so aconteceu no dia 18/12, no programa Balanço Geral, da Rede Record.

Além da finalíssima, o pro-grama contou ainda com a par-ticipação de Belo, que home-nageou as candidatas cantando o sucesso “Reinventar”. En-quanto as meninas se apresen-tavam no estúdio da Record Rio, shows com MC Sapão, Disfarce, Tchakabum e MC Marcinho eram transmitidos ao vivo, direto da quadra da Acadêmicos do Grande Rio. O apresentador Wagner Montes, que nasceu e passou a infância em Duque de Caxias, estava emocionado: - “Sou da Bai-xada e adorei poder mostrar a graça e a elegância das mo-ças de lá. O povo da Baixada é forte e a região não para de crescer em qualidade, mesmo diante de tantas dificuldades” – destaca o apresentador.

Morena de 17 anos se destaca entre outras 12 concorrentes e fatura o título

Luz na passarela: Miss Baixada 2009 é de Seropédica!Rio Pax não respeita contrato de quem paga o plano Afeto

Clientes de plano funerário ficam na mão

Na porta da antiga funerária, um cartaz feito a mão informa que osusuários do plano Afeto devem procurar a Rio Pax

n Durante a confraternização do Conselho Comunitário de Segurança Pública, realiza-da no dia 9 de dezembro, no plenário da Câmara de Duque de Caxias, para homenagear personalidades que se desta-caram em 2009, o vereador e presidente da Casa, Dalmar lírio Mazinho de Almeida Fi-lho, aproveitou a oportunidade para reivindicar, em nome do Poder legislativo, uma Unida-de de Polícia Pacificadora para Duque de Caxias, especifica-mente para a região conhecida como Mangueirinha, no bairro Centenário.

Segundo Mazinho, seguran-ça pública é um problema de todo o Estado do Rio de Ja-neiro e Duque de Caxias não pode ficar com sua segurança

comprometida. “Sabemos, que quanto mais se aperta o cerco aos criminosos no Rio de Ja-neiro, mais as cidades da Bai-xada ficam vulneráveis. Duque de Caxias precisa com urgên-cia, de Unidade de Polícia Pa-cificadora, especialmente lá na comunidade da Magueirinha”.

O vereador destacou, ainda, que segurança pública é hoje uma questão de enfrentamento conjunto, onde gestores públi-cos e sociedade precisam unir esforços em prol do bem co-mum e elogiou a iniciativa da deputada federal Andreia Zito, membro da Comissão que vem lutando pela PEC-300, Propos-ta de Emenda à Constituição que visa equiparar os salários da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros aos salários pra-

ticados no Distrito Federal. “O Rio de Janeiro pratica o segun-do pior salário para as catego-rias. Isso é impraticável e de-sumano”, defendeu Mazinho.

O vice-presidente do Con-selho Comunitário de Se-gurança, Osmar de Paiva, colocou em pauta dados im-portantes como o déficit de policiais e a falta de estrutura

que a corporação enfrenta. Segundo ele, hoje a corpora-ção tem menos de um terço do efetivo que tinha há 10 anos. “Estamos propondo uma reunião com os deputa-dos para que apóiem a cate-goria e a ideia é pedir apoio estrutural ao Ministério do Planejamento. Nossa polícia está encarando armamento de

guerra”, concluiu Osmar. Aproximadamente 70 per-

sonalidades que contribuíram com o Conselho de Segu-rança foram homenageadas. Mazinho entregou o prêmio Destaque 2009 à primeira dama e secretária de Assis-tência Social de Duque de Caxias, Claise Zito e ao ex-vereador laury Villar.

Vereador Mazinho reivindica UPP para ocupar complexo de favelas da Mangueirinha

Duque de Caxias quer Polícia PacificadoraALBERTO ELLOBO

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Várias autoridades prestigiaram o evento na Câmara Municipal

Adriana (de vestido vermelho) ao lado da Miss Magé (E) e da Miss Belford Roxo (D)

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12 | DEZEMBRO/2009

n Mundialmente conhecida por seus famosos lanches “fast-food”, a rede de lanchonetes Mc Donald´s está deixando a desejar no Centro de Duque de Caxias. Mas nada tem haver com a co-mida. Infiltrações no teto, mau cheiro, abafamento e falta de limpeza adequada nos banhei-ros são algumas das queixas de clientes da unidade que funciona na Avenida Presidente kennedy.

Incomodados com a situação, alguns deles entraram em con-tato com o Jornal Popular e, há poucos dias, nossa reportagem esteve no local. Bastaram apro-ximadamente 30 minutos para constatarmos a existência desses e de outros problemas que vêm desagradando os freqüentado-res. Em alguns pontos, como na entrada e na parte dos fundos, há sinais da infiltração que vem do teto. Nos fundos, onde ficam uma pequena área de lazer para crianças e uma área para festas, logo é possível sentir o abafa-mento e o cheiro desagradável.

Fazer o lanche naquele ponto também significa dividir espaço com muitas pessoas que apenas utilizam a lanchonete para cor-tar caminho entre o calçadão da Rua José de Alvarenga e a Pre-sidente kennedy. Isso é possível devido a uma porta ligando o Mc Donald´s a uma loja de roupas. Constatamos ainda que é grande a rotatividade nos dois banhei-ros, principalmente o feminino, com filas se formando na porta, e a presença de vendedores am-bulantes, engraxates e pedintes.

Consumidores reclamam do Mc Donald’s do Centro de Caxias

Mau cheiro na hora do lancheALBERTO ELLOBO

FOCO RÁPiDO

Por Alberto Marques

n O samba de Duque de Caxias está de luto. Foi sepultado na tarde de sábado (19), no Cemitério do Corte Oito, o corpo do sambista Os-mar Pereira Dantas, presidente da Associação Carnavalesca de Duque de Caxias. Além da luta contra um câncer, Dantas mantinha uma lon-ga campanha para que a Prefeitura voltasse a apoiar o Carnaval de rua da Cidade. Na campanha eleitoral, Zito prometera restabelecer a aju-da financeira aos blocos, mas nada aconteceu no primeiro Carnaval do novo mandato do prefeito, mesmo tendo um compositor da Grande Rio na Secretaria de Cultura, um órgão avesso à cultura popular.

n O mundo político foi abalado nos últimos dias, com a desistên-cia de dois candidatos que pode-riam mudar o panorama das elei-ções de 2010. A primeira baixa foi na sucessão presidencial, com a decisão do governador Aécio Ne-ves de sair da disputa, dentro do PSDB, pela indicação do candi-dato tucano, deixando o caminho livre para o paulista José Serra.

n A segunda renúncia, que poderá resultar na eleição do próximo go-vernador ainda no primeiro turno, foi do prefeito lindberg Farias, de Nova Iguaçu (PT), que não resistiu à pressão do comando do partido e do Palácio do Planalto e jogou a toalha. Derrotado nas eleições internas do PT por uma diferença de um milhar de votos, o prefeito iguaçuano esteve no Palácio Guanabara, onde comuni-cou ao governador Sérgio Cabral que deixaria o caminho livre para a coligação PMDB-PT. Agora, lindberg enfrentará a ex-senadora Benedita da Silva pela indicação a uma cadeira no senado, já que a segunda vaga deverá ser preenchi-da pelo presidente da Assembléia legislativa, deputado Jorge Pic-ciani, que controla o PMDB.

Luto no samba

Fora da disputa

Lindberg desiste

“Há muito tempo não vinha lanchar aqui. Mas é a última vez. Já reclamei com a gerência sobre o odor desagradável que não sei se vem do banheiro ou da saída de ar. Fiquei com nojo. Só pedi minha promoção porque sei que o padrão de qualidade dos alimentos é o mesmo para todas as lojas. – disse, quando estava indo embora, a univer-sitária Cíntia Alvarenga. Outra cliente que saiu reclamando foi a dona de casa Marlene Vieira:

“Isso aqui está pior do que banheiro público. Venho lanchar e tenho que entrar na fila com gente que só está de passagem?!

Tenho certeza que, quando che-gar a minha vez, o banheiro não vai estar lá essas coisas. É uma situação muito desagradável.” – reclamou Marlene.

Morador da região, o funcio-nário público Sebastião Figuei-redo considera a existência das infiltrações e do ambiente abafa-do um grande desrespeito: “Essa lanchonete do Mc Donald’s é muito antiga e está precisando de uma reforma urgentemente. Na Zona Sul do Rio, isso não iria acontecer.” – comparou ele.

Procurada pela reportagem, a rede Mc Donald´s respondeu so-bre as reclamações dos clientes,

através da Publicom Assessoria de Comunicação. De acordo com a empresa, a filial do Centro de Caxias já possui condiciona-dores de ar de última geração e estão sendo tomadas providên-cias, que incluem a criação de um sistema de vedação, para que a lanchonete não seja afetada por qualquer fonte de mau cheiro. O Mc Donald´s informou ainda que, na limpeza dos banheiros, são empregados os mesmos pro-cedimentos e número de funcio-nários que nas outras filiais, para garantir o padrão da rede, e que está à disposição dos clien-tes e leitores para quaisquer esclarecimentos.

Reclamações contra a unidade se acumulam